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Dra Maria Nazareth Grisolia Vieira da Silva

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Dra Maria Nazareth Grisolia Vieira da Silva

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Você conhece alguma curiosidade sobre as libélulas, aqueles pequeninos insetos que passam por nós sempre com muita pressa?

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As libélulas passam a maior parte de suas vidas dentro da água, sofrendo metamorfoses. Algumas espécies demoram até 5 anos nessa fase. Somente após esse período é que saem da água, e têm apenas 2 meses para voar, para viver. Têm pressa, sabem o que querem e do que precisam.

Também nós, seres humanos, passamos por várias transformações. Mas parece que, ao chegarmos na idade madura, nem sempre estamos prontos. Algumas pessoas chegam àvelhice sem disposição de ir em busca do que querem e do que sentem que precisam.

Mesmo sabendo que têm menos tempo pela frente do que aquele que ficou para trás, as pessoas perdem tempo. Lamentam-se, procurando culpados e desculpas, esperando o inesperado, que muitas vezes não acontece.

Ocupam-se demais com o medo, que distorce a realidade e é empecilho do progresso moral, espiritual e até material.

Enquanto isso, o tempo passa......

Os países mais desenvolvidos do que o nosso envelheceram mais devagar. Isso significa que, até chegarem ao ponto de terem a maioria das pessoas com mais de 50 anos, eles tiveram tempo de alterar suas condições de vida, para que essa população pudesse viver bem.

Nosso país está envelhecendo rápido, e ainda dependemos demais da força de trabalho do jovem. As políticas sociais e de saúde têm sido trabalhadas em pró do envelhecimento, mas ainda são insuficientes na prática. Temos que fazer a nossa parte.

Para o ano de 2050, a expectativa no Brasil, bem como em todo o mundo, é de que existirão mais idosos do que crianças abaixo de 15 anos, fenômeno esse nunca antes observado.

(Caderno n. 19 de Atenção Básica, Ministério da Saúde/2010)

O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural de diminuição progressiva da reseva funcional dos indivíduos – senescência – o que, em condições normais, não costuma provocar qualquer problema.

(Caderno de Atenção Básica n. 19, Ministério da Saúde/2010)

No entanto, em condições de sobrecarga, como por exemplo doenças, acidentes e stress emocional, pode acontecer uma condição patológica, que requeira assistência – a senilidade.

(Caderno de Atenção Básica n. 19, Ministério da Saúde/2010)

Reserva funcional pode ser compreendida como a capacidade de funcionarmos com normalidade, no nosso dia a dia. Permite-nos ações compatíveis com nossas necessidades e com o que a vida exige de nós.

Vamos entender melhor algumas coisas:

A reserva funcional de uma pessoa sadia de 70 anos é menor do que a de uma pessoa sadia de 15 anos. Se ambos apostarem uma corrida, é muito grande a chance desta última ganhar, o que não significa que aquela pessoa idosa esteja doente.

Por outro lado, se duas pessoas idosas apostarem corrida, aquela que nunca fumou deve, muito provavelmente, ganhar de uma que tenha problemas respiratórios causados pelo cigarro.

É por isso que precisamos fazer nossa parte. A medicina não poderá mudar muita coisa quando chegar a velhice de uma vida vivida sem qualidade, com falhas e vícios. E as políticas sociais não têm recursos ilimitados para garantir a todos os que envelhecem uma vida provida das necessidades básicas e de conforto.

O país também tem suas responsabilidades. Educação, saneamento básico, prevenção de doenças, emprego, moradia e lazer devem fazer parte de uma vida que leve a um envelhecimento sadio.

Temos que fazer nossa parte, e o país não quer outra coisa que não seja uma boa qualidade de vida para as pessoas idosas. Para pessoas de todas as idades!

Tudo o que for diferente disso édesconfortável, oneroso e impede o crescimento.

Pense nisso!

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.....Se quisermos realizar um sonho, uma meta, ou simplesmente fazer uma mudança, temos de subir, temos de nos expor e deixar para trás o que nos era familiar. Devemos sair em território desconhecido, e encontrar nossas próprias asas.

John Two Hawks