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EDITAL:
I OLIMPÍADA INTERNA DE SIMULAÇÃO EM MEDICINA DE EMERGÊNCIA E TERAPIA INTENSIVA DA FASEH
O Laboratório de Simulação Realística – LABSIM “Professor Paulo Roberto Ferreira
Henriques” e a Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (FASEH) convida os alunos
do curso de Enfermagem, Fisioterapia e Medicina da instituição de ensino FASEH
para participar da I Olimpíada Interna de Simulação em Medicina de Emergência e
Terapia intensiva da FASEH.
A ideia do evento é selecionar acadêmicos para compor o comitê de representantes
da FASEH na II Olimpíada Mineira de Simulação Realística em Medicina de
Emergência e Terapia Intensiva, que será realizada na Faculdade FAMINAS-BH
nos dias 17 e 18 de maio de 2018.
Os alunos interessados na participação da Olímpiadas Interna devem ter ciência do
seu objetivo e ter condições e disponibilidade para participar da Olímpiada Mineira
cujo edital está disponível no site da IES que sediará o evento: www.faminasbh.edu.br.
A FASEH no ato de suas responsabilidades como Instituição de Ensino Superior e no
zelo de sua missão mantendo o compromisso do ensino de seus alunos com
seriedade e competência fomentará os custos relativos as inscrições de suas equipes
na II Edição da Olimpíada Mineira de Simulação. Entretanto, os alunos interessados
devem se comprometer com este processo de seleção, bem como ao programa de
treinamento proposto por ele.
1. DAS INSCRIÇÕES
As inscrições poderão ser realizadas a partir do dia 20 de abril de 2018 até o dia 23
de abril de 2018. O candidato deverá realizar a inscrição na coordenação de cursos
com as secretárias no horário comercial de 08:00 às 17:00h.
Por meio da I Edição da Olimpíada Interna de Simulação Realística em Medicina de
Emergência e Terapia Intensiva a FASEH formará quatro times com 6 integrantes, um
para cada modalidade descrita no Edital da II Olimpíada Mineira de Simulação
Realística:
- ACLS: Suporte Avançado de Vida em Cardiologia
- PALS: Suporte Avançado de Vida em Pediatria
- PHTLS: Suporte Pré Hospitalar de Vida no Trauma
- CPR Hands Only Competition: Competição de RCP somente com as mãos
De acordo com as normas da II Olimpíada Mineira de Simulação Realística em
Medicina de Emergência e Terapia Intensiva as competições ACLS, PALS e PHTLS
serão disputadas por equipes e haverá cinco (5) integrantes podendo haver um (1)
suplente que pode ou não competir propriamente nas competições, no entanto o
mesmo fará parte integral na equipe.
A competição na modalidade CPR Hands Only Competition conforme descrito no
Edital da Olimpíada Mineira é disputada individualmente.
A FASEH decide, por meio deste edital, selecionar 5 titulares e 1 suplente em
cada um dos seus times das competições por equipes e 6 titulares para competir
na modalidade CPR Hands Only Competition.
Os alunos deverão indicar no ato de sua inscrição qual a modalidade que deseja
competir. Em cada modalidade serão selecionados os alunos com maior pontuação
na prova de conhecimento.
Como critério de desempate será considerado o período mais avançado
prioritariamente tendo em vista que este aluno tem menos chances de participar em
outra oportunidade.
3. DO PROCESSO SELETIVO
➢ O processo seletivo irá ocorrer às 18:00h do dia 24 de abril de 2018.
➢ O processo seletivo será elaborado e executado pelos professores
responsáveis pelo LabSim.
➢ O processo seletivo é destinado aos alunos dos cursos de enfermagem,
fisioterapia e medicina a partir do 4° período de cada curso tendo em vista o
desenvolvimento profissional básico necessário para competição nas
modalidades descritas na II Olimpíada Mineira de Simulação Realística em
Medicina de Emergência e Terapia Intensiva.
➢ A seleção será realizada por meio de prova teórica objetiva abrangendo
questões de conhecimentos sobre atendimento básico e avançado de parada
cardiorrespiratória (PCR) – assunto este que permeia as 4 modalidades da
competição.
➢ A comissão organizadora da I Olimpíada Interna de Simulação Realística em
Medicina de Emergência e Terapia Intensiva da FASEH indica algumas
referências, e disponibiliza alguns materiais de estudo no anexo I.
➢ A prova teórica consistirá em 20 questões de múltipla escolha com valor de 5,0
pontos cada.
➢ Os alunos terão 60 minutos para realizar a prova teórica.
➢ Os candidatos serão selecionados segundo o seu desempenho no processo
seletivo até o preenchimento do número de 6 vagas para cada modalidade.
➢ O mínimo de nota na prova teórica para aprovação é 70%.
Caso haja empate, seguirá a seguinte ordem para desempate:
1. Maior pontuação em questão objetiva de maior peso (será definido pelos
professores do Labsim).
2. Período mais avançado.
➢ O candidato deverá comparecer ao local designado (disponibilizado na
coordenação de cursos) para a realização da prova com antecedência mínima
de 15 minutos do horário fixado para o início das mesmas, munido de lápis,
borracha e canetas, não será permitido o uso de celulares, relógios pagers e
outros instrumentos eletrônicos que deverão estar desligados na bolsa mantida
debaixo da carteira ou em local designado pelo aplicador.
➢ Não será permitida a permanência de candidatos no local de prova portando
aparelhos eletrônicos tais como: bip, telefone celular, calculadora, pager,
walkman, rádio receptor, gravador, ou qualquer outro aparelho eletrônico, em
funcionamento.
4.ELIMINAÇÃO
➢ Será eliminado deste processo seletivo o candidato que:
✓ Apresentar-se após o horário estabelecido para o início da prova;
✓ Não comparecer à prova, seja qual for o motivo alegado;
✓ For surpreendido durante a realização da prova em comunicação com
outras pessoas, ou utilizando-se de livros, notas e qualquer outro impresso
não permitido, bem como quaisquer aparelhos eletrônicos.
A FASEH reserva-se o direito de alterar as datas, horários e locais de realização das
provas previstas deste Edital, bem como de cancelar o concurso, por motivos fortuitos
ou de força maior, a critério da própria instituição. Em qualquer desses casos, porém,
avisará com antecedência.
6. DA CLASSIFICAÇÃO E DOS RESULTADOS
A FASEH disponibilizará o resultado por meio do Blackboard, pelo e-mail informado na
inscrição e através de comunicado disposto na sala de coordenação de cursos.
ANEXO I – METERIAL DE ESTUDO
SUPORTE BÁSICO DE VIDA – ADULTO
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA – ADULTO
RESUMO: PCR DO BÁSICO AO AVANÇADO
Prof. Msc. Daniel Fernandes
Equipamentos e/ou materiais necessários
1) Carro de emergência com materiais e medicamentos; 2) Cardiodesfibrilador com cabos de monitorização de ECG; 3) Cabo e pás de marca-passo transcutâneo; 4) Prancha rígida de reanimação; 5) Cama, maca ou prancha de resgate; 6) Bolsa vávula-máscara (ambú); 7) Látex; 8) Umidificador; 9) Kit laringoscópio; 10) Cânula de Guedel; 11) Fio guia para intubação; 12) Válvula de pressão para oxigênio; 13) Válvula de pressão para ar comprimido; 14) Válvula de pressão para aspirador; 15) Copo de aspiração transparente; 16) Aspirador portátil; 17) Ventilador mecânico; 18) Monitor multiparamétrico.
Etapas
Nome da Atividade Responsável (is) Descrição da Atividade
Identificação da PCR
Membros da equipe
Como devem fazer os membros da equipe assistencial: - Independente de onde o paciente esteja em ambiente pré ou intrahospitalar deve-se: - Verificar inconsciência: tocar os ombros e chamar a vítima em voz alta pelo nome ou por pronome de tratamento (Senhor/Senhora) – conforme ilustrado na Fig. 1. - Verificar ausência de respiração (observar se há incursões torácicas efetivas) e de pulso central (palpar pulso carotídeo proximal ao socorrista) simultaneamente durante 5 a 10 segundos. (Fig. 2)
Fig 1 – Passo 1: Verificação da responsividade
Fig 2 – Passo 2: Verificação da respiração e do pulso
Fonte: www.googleimages.com
Nome da Atividade Responsável (is) Descrição da Atividade
Chamar por ajuda
Membros da equipe
Como proceder: - Se em ambiente pré-hospitalar o simples fato do paciente estar inconsciente já requer a necessidade acionamento de ajuda que deve ser realizada de forma imperativa apontando para alguém presente e dizendo: VOCÊ, LIGUE PARA O SAMU 192 INFORME QUE ESTAMOS DIANTE DE UMA PARADA CARDÍACA E BUSQUE O DEA MAIS PRÓXIMO QUE EXISTE (ORIENTAR QUANTO AOS POSSÍVEIS LOCAIS ONDE HÁ DISPONIBILIDADE DE DEA). - Se em ambiente hospitalar contar com a ajuda da equipe multiprofissional que está presente o tempo todo ou acionar o Time de Resposta Rápida por meio de Código de Emergência. - Quem identificar o evento deve nomear um colega ou acompanhante para acionar o enfermeiro de plantão, chamar o médico e trazer o carro de emergência enquanto inicia as manobras de RCP. - Na ausência de alguém para auxiliá-lo a chamar ajuda, o profissional deve deixar o paciente e chamar ajuda o mais rápido possível antes de iniciar as manobras de RCP. - O enfermeiro plantonista é responsável por prover o correto dimensionamento de pessoal para o atendimento à intercorrência e também
organizando a equipe de atendimento. - A equipe de atendimento, idealmente, deve ser composta por 5 pessoas. - O profissional médico e o enfermeiro podem ou não estar inclusos nesse quantitativo, ou somarem o mesmo. *No entanto, é importante ressaltar que o médico é privativamente o prescritor do cenário, cabe a ele enquanto atributos legais de sua função prescrever drogas e procedimentos necessários para garantir o correto atendimento à esta emergência. Assim sendo, a PCR é caracterizada como a maior emergência médica sendo permitido ao médico o uso da prescrição verbal, que no entanto, deve ser duplamente conferida pela equipe de enfermagem. **O enfermeiro é responsável, no âmbito de suas atribuições legais, pela supervisão técnica da equipe de enfermagem e compete-lhe privativamente dentro de sua equipe, a prestação de assistência ao paciente criticamente enfermo e a execução e auxílio à procedimentos de alta complexidade. Além disso, cabe ao enfermeiro atuar como líder, garantindo a organização, segurança e qualidade do atendimento conforme os padrões definidos por este documento o qual é consonante com legislação técnica e jurídica pertinentes. ***O fisioterapeuta é um profissional essencial no atendimento ao paciente criticamente enfermo e no âmbito de suas atribuições profissionais tem formação para o manejo avançado das vias aéreas atuando como equipe multiprofissional junto ao médico e enfermeiro. Assim, quando presente é um excelente componente para assumir a função via aérea, no entanto também pode e deve auxiliar em outras atividades quando necessário mediante a organização da cena pelo líder. OBSERVAÇÃO: O líder é o papel exercido pelo profissional com conhecimento, habilidade, atitude, valores e engajamento necessário para organização da cena e envolvimento das pessoas em prol da execução de um atendimento de qualidade e seguro. - Deste modo, deve-se garantir que sejam desempenhados os seguintes papéis:
• Compressão Torácica 1: responsável por
colocar a prancha rígida sobre o tronco do paciente, puxar a escadinha e iniciar as compressões torácicas.
• Compressão torácica 2: responsável por auxiliar o 1 na colocação da prancha e escadinha e revezar com ele as compressões torácicas.
• Via aérea: responsável por preparar o dispositivo bolsa-valva-máscara (ambú). Assim, deve ventilar o paciente conforme o momento do atendimento. Após invasão da via aérea, se for necessário que ela ocorra, passar a ventilação com ambú ao médico, testar tubo, montar laringoscópio, cortar fixação e assistir o médico auxiliando na testagem do tubo. Fixar o tubo e assumir a ventilação, ventilando conforme o momento do atendimento. Caso não haja membros suficientes na equipe, esse é um bom papel para que o enfermeiro, enquanto, líder da equipe atue, pois ele ficará próximo ao médico, interceptando todas as prescrições, podendo assim conferi-las e verificar o correto cumprimento das mesmas pelos técnicos de enfermagem. A posição da via aérea, atrás da cabeça do paciente ainda permite a visão geral de toda cena, garantindo que todos os detalhes sejam observados pelo líder.
• Medicação: o responsável por esse papel deve ser alguém da equipe de enfermagem, preferencialmente um técnico experiente e habilitado para preparar e administrar todas as medicações prescritas e localizar materiais necessários para execução de procedimentos com eficácia no carro de emergência.
• Observador: responsável por observar todo o atendimento, atentar para detalhes de qualidade das manobras de RCP (compressão e ventilação), contar e registrar o tempo dos eventos:
- Tempo de RCP: a cada 2 minutos informar a todos para que ocorra o revezamento entre os
elementos da compressão torácica; - Tempo de infusão das drogas:
• Adrenalina: utilizada em todos os ritmos de parada a partir da primeira dose, informar a necessidade de uma nova dose ciclo sim e um ciclo não (obedecendo ao tempo de meia vida de 3 a 5 minutos).
• Amiodarona: utilizada apenas nos ritmos chocáveis (FV e TV sem pulso). Após a primeira dose de adrenalina deve-se intercalar a amiodarona até 2 doses, ou seja, nos 2 primeiros ciclos que não for administrada adrenalina, procede-se a infusão de amiodarona.
- Feedback do ciclo anterior: após o reinicio de cada novo ciclo, o observador deve fazer um rápido apanhado do ciclo anterior auxiliando o médico na tomada de decisão.
O papel do observador é uma função que pode ser desempenhada tanto pelo enfermeiro quanto pelo médico. O enfermeiro no âmbito de sua liderança poderá acompanhar a execução de todos os processos garantindo segurança e excelência nos mesmos. O observador deve-se se posicionar nos pés do paciente tendo toda a cena em seu campo visual. *A desfibrilação manual é um procedimento que
deve ser prescrito pelo médico e deve ser realizado somente na sua presença e, por ser considerado um procedimento crítico deve ser executado por ele ou pelo enfermeiro.
Compressão Torácica (C)
Elementos Compressão Torácica 1 e 2
Até a chegada do médico, enfermeiro e carro de emergência deve ser realizado pela equipe de enfermagem o BLS: A pessoa que identificou a PCR seja ela profissional da saúde ou leigo deve, após chamar por ajuda, iniciar imediatamente a realização de compressões torácicas. - Não se deve esperar uma ordem médica ou do enfermeiro para iniciar as compressões torácicas. Todo o pessoal treinando no reconhecimento da PCR tem autorização por este protocolo para iniciar as medidas de reanimação apenas com compressões torácicas. - Compressões de qualidade são realizadas sobre
uma superfície rígida, mas até a chegada do carro de emergência com a prancha devem ser iniciadas ainda sobre o colchão, assim que a prancha estiver disponível instale-a. - As compressões devem ser fortes o suficiente para comprimir de 5 a 6 cm o diâmetro anteroposterior do tórax do adulto. - As mãos do socorrista devem estar sobrepostas, os dedos da mão que estiver por cima devem ser entrelaçados, a região hipotênar (calcanhar) da mão que estiver por baixo deve ser apoiada no centro do tórax do paciente, mais especificamente no terço inferior do osso externo. Os braços devem ser mantidos esticados formando um ângulo de 90º com a superfície do tórax a ser comprimido, de modo que o tronco do socorrista esteja sobre o tronco da vítima. Assim, a coluna lombar do socorrista deve operar como uma alavanca deslocando o tronco do mesmo para cima e para baixo. - A frequência das compressões deve ser rápida, de modo que o socorrista alcance um número de 100 a 120 compressões por minuto. Para tanto, deve-se lançar mão de recursos que possam garantir o controle do ritmo tais como cronômetros e metrônomos (compasso 1:1, ritmo de 100 a 120). - Relaxar a pressão realizada pelas mãos sobre o tórax após cada compressão realizada, permitindo o retorno do tórax a posição normal.
Fig. 3 – Posição das mãos para realização de compressão torácica
Compressões (C) e
Ventilações (B)
Elementos Compressão Torácica 1 e 2 e Via aérea
- A pessoa responsável pela via aérea deve agir conforme o passo-a-passo a seguir:
1) Montar o dispositivo bolsa-válvula-máscara;
2) Conectar o látex na fonte de O2, ajustar o fluxômetro no máximo de sua capacidade, encher a bolsa reservatória – Fig. 4;
3) Instalar uma cânula orofaríngea (Guedel) no paciente, conforme ilustrado na Fig. 5:
A) Medir a cânula de tamanho ideal: da fissura labial até o ângulo da mandíbula do paciente;
B) Inserir a cânula com a concavidade para cima ao encontro do palato duro deslizando-a sobre ele;
C) Quando sentir o palato mole, girar a cânula 180° pescando a base da língua. 4) Acoplar a máscara corretamente ao rosto
do paciente utilizando a técnica de duas mãos para um socorrista (Formar a letra “C” sobre a máscara com os dedos indicador e polegar da mão dominante e uma letra “E” com os dedos médio, anelar e mindinho sobre a mandíbula e o queixo do paciente. Os dedos que formam o “C” devem fazer pressão na parte transparente da máscara levando-a ao encontro do rosto do paciente. Os dedos que formam o “E” devem fazer pressão na mandíbula puxando a cabeça para trás, hiperextendendo a cabeça e abrindo a via aérea). Quando houver dois socorristas disponíveis para via aérea utilizar a técnica de quatro mãos (um socorrista deve posicionar-se atrás da cabeça do paciente e com as suas duas mãos formar duas letras “C” com os indicadores e polegares sobre a parte transparente da máscara fazendo pressão sobre o rosto do paciente. Os dedos médio, anelar e mindinho de ambas as mãos devem apoiar-se sobre a mandíbula e trazê-la para trás, abrindo a via aérea). Assim, deve-se ventilar o paciente conforme o momento do atendimento – Fig. 6a, 6b e 6c.
- No BLS a relação compressão: ventilação é 30 compressões para 2 ventilações, compondo um ciclo. - Durante a realização do BLS, se o cenário não dispor de relógio devem ser executados 5 ciclos de 30 compressões para 2 ventilações, que equivalem a mais ou menos 2 minutos. - Após cada sequência de 5 ciclos deve-se trocar quem está realizando as compressões, evitando o esgotamento do socorrista e garantindo a eficácia das manobras. Contudo, se houver relógio ou cronômetro, deve-se priorizar a contagem do tempo de 2 minutos fidedignamente.
Fig. 4 –Montagem do Dispositivo Bolsa-valva-máscara (Ambú)
Fonte: www.protec.com.br
Fig. 5 – Técnica de inserção da cânula orotraqueal (Guedel)
Fonte: www.periop.com.br
Fig. 6a - Técnica de ventilação com bolsa-valva-máscara para um socorrista (um “C” e um “E”)
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2013.
Fig. 6b – Técnica de ventilação com a bolsa-valva-máscara para dois socorristas (dois “C” e dois “E”)
Fonte: www.periop.com.br
Fig. 6c – Técnica de Abertura de Via Aérea para ventilação
Fonte: www.slideplayer.com.br
Ventilação (B) Invasiva
5) Após invasão da via aérea, se for necessário que ela ocorra, passar a ventilação com ambú ao médico, testar tubo, montar laringoscópio, cortar fixação e assistir ao médico auxiliando na testagem do tubo. Fixar o tubo e assumir a ventilação, ventilando conforme o momento do atendimento. Caso não haja membros suficientes na equipe, esse é um bom papel para que o enfermeiro, enquanto líder atue, pois, ele ficará próximo ao médico interceptando todas as prescrições podendo assim conferi-las e verificar o correto cumprimento das mesmas pelos técnicos de enfermagem. A posição da via aérea, atrás da cabeça do paciente ainda permite a visão geral de toda cena, garantindo que todos os detalhes sejam observados pelo líder.
- As manobras de resgate executadas durante o BLS devem ser mantidas até que o paciente manifeste sinais espontâneos de vida (movimentar-se; abrir os olhos; emitir sons vocais; recobrar completamente a consciência) ou até que a equipe médica chegue e assuma o ACLS.
Implementar o Suporte Avançado de Vida (ACLS)
Médico, Enfermeiro e Técnicos com Carro de
Emergência
- O primeiro passo do Suporte Avançado (ACLS) é reavaliar o BLS:
• C (compressão): - Avaliar o ritmo de PCR; - Manter a qualidade das compressões torácicas; - Administrar terapia elétrica; - Providenciar acesso para drogas; - Infundir drogas;
• B (a via aérea esta patente?) - Se a resposta for: sim, manter a ventilação com bolsa-valva-máscara. - Se a resposta for: não, tentar aperfeiçoar a técnica introduzindo cânula orofaríngea caso não esteja instalada ainda ou ventilando a 4 mãos antes de tentar uma intubação orotraqueal ou inserção de máscara laríngea. Caso seja necessário proceder a intubação e ressaltar que as compressões torácicas não devem ser interrompidas por mais de 10 segundos.
Analisar o Ritmo de PCR
Médico e/ou enfermeiro
ACLS: Assim que a equipe médica chegar no cenário da PCR, deve-se providenciar a análise o ritmo de PCR para o que médico possa iniciar as condutas de atendimento avançado. - Analisar o ritmo: a primeira forma para análise do ritmo rápida e eficaz deve ser realizada por meio da monitorização nas pás do cardiodesfibrilador. Para tanto se deve seguir os seguintes passos ilustrados na Fig. 7:
• Ligar o cardiodesfibrilador na carga recomendada pelo fabricante;
• Retirar as pás do suporte;
• Colocar gel condutor nas pás; Posicionar as pás adequadamente (A pá sinalizada como “esterno” deve ser pressionada no ápice do tórax direito e a pá sinalizada como “ápice” deve ser posicionada na região do ictus córdis – 5º espaço intercostal esquerdo) sobre o tórax do paciente, conforme ilustra a Fig. 8.
Fig. 7 – Cardiolife (NihonKohden)
Fonte: jmed.com.br
Fig. 8 – Utilização das pás do Cardiodesfibrilador
Fonte: Sociedade Brasileira, 2013.
Desfibrilar (D)
Médico
- Após a análise do ritmo, caso o paciente apresente Fibrilação Ventricular (FV) ou Taquicardia Ventricular (TV) sem pulso, o médico deverá indicar a desfibrilação com a carga recomendada pelo fabricante, podendo esta ser intensificada no primeiro ou nos choques consecutivos até a carga máxima deste aparelho. ATENÇÃO: Antes de chocar conferir se há gel condutor suficiente nas pás, se não há ninguém, inclusive você encostado no leito ou no corpo do paciente e se não há oxigênio fluindo sobre o tórax do paciente. Esses cuidados evitam intercorrências como: queimaduras na pele do paciente e explosões.
Organizar o atendimento
Enfermeiro
- O enfermeiro deve cuidar para que as manobras de RCP sejam reiniciadas imediatamente: prosseguir por 2 minutos com as compressões e ventilações conforme preconizado no BLS (seguir as mesmas orientações da relação compressão: ventilação, profundidade, frequência e ritmo). - O Observador a partir de agora começar a contar os ciclos de 2 minutos de duração, como se esse fosse o primeiro. - O colaborador responsável pela compressão torácica 1 ou 2 deve providenciar a monitorização contínua do paciente, imediatamente após o primeiro choque, deve utilizar eletrodos descartáveis que serão conectados aos cabos de monitorização do cardioversor e em seguida colados no tórax do paciente. - O cardioversor pode ter cabos com 3 vias ou 5 vias no padrão europeu do ILCOR ou americano da AHA. - Atentar para as dicas de monitorização em cada padrão: # Europeu (BRASIL E FLAMENGO) # Americano (RALA/RLLL).
- A Fig. 9 ilustra o cabo para monitorização de ECG.
Fig9 – Cabo de monitorização
Fonte: www.jmed.com.br
Administrar medicações
Medicação
- O colaborador responsável pela medicação, primeiro, precisa obter um acesso venoso periférico para administração de medicamentos. - O momento para iniciar a infusão de drogas depende do ritmo da parada cardiorrespiratória e da prescrição do médico assistente:
• FV/TV sem pulso (chocáveis): a primeira droga a ser administrada deve ser adrenalina 1mg refratária ao primeiro choque. Podem ser intercaladas duas doses de amiodarona, entre as doses de adrenalina, a primeira de 300 e a segunda de 150mg. O tempo de meia-vida destas drogas é de 3 a 5 minutos, então, a administração das drogas será alternada da seguinte forma:
Identificar a PCR > Iniciar as manobras de RCP >Monitorizar em pás e Desfibrilar > Reiniciar as manobras de RCP (2 min.) + Providenciar monitorização contínua + Providenciar acesso venoso periférico> Desfibrilar > Reiniciar as manobras de RCP (2 min.) + Administrar adrenalina 1mg EV em bolus seguida de flush de 20ml de SF 0,9% e elevar o membro do paciente no qual está o acesso venoso por 10 a 15 segundos > Desfibrilar >Reiniciar manobras de RCP (2 min.) + Administrar
amiodarona 300mg EV em bolus seguida de flush de 20ml de SF 0,9% e elevar o membro do paciente no qual está o acesso venoso por 10 a 15 segundos > Desfibrilar > Reiniciar as manobras de RCP (2 min.) + Administrar adrenalina 1mg EV em bolus seguida de flush de 20ml de SF 0,9% e elevar o membro do paciente no qual está o acesso venoso por 10 a 15 segundos > Desfibrilar > Reiniciar manobras de RCP (2 min.) + Administrar 2ª. dose de amiodarona 150mg EV em bolus seguida de flush de 20ml de SF 0,9% e elevar o membro do paciente no qual está o acesso venoso por 10 a 15 segundos> Desfibrilar > Reiniciar as manobras de RCP (2 min.) + Administrar adrenalina 1mg EV em bolus seguida de flush de 20ml de SF 0,9% e elevar o membro do paciente no qual está o acesso venoso por 10 a 15 segundos >Desfibrilar > Reiniciar as manobras de RCP (2 min.) – Esse ciclo não tem droga > Desfibrilar > Reiniciar as manobras de RCP (2 min.) + Administrar adrenalina 1mg EV em bolus seguida de flush de 20ml de SF 0,9% e elevar o membro do paciente no qual está o acesso venoso por 10 a 15 segundos> CONTINUAR A PARTIR DO AZUL ENQUANTO HOUVER RÍTIMO CHOCÁVEL.
• AESP/Assistolia (não chocáveis): a única droga utilizada é a adrenalina 1mg, que deve ser administrada assim que for obtido um acesso venoso periférico. O tempo de meia-vida desta droga é de 3 a 5 minutos, então, deve-se alternar sua administração um ciclo sim e um ciclo não, sendo assim a administração será de 4 em 4 minutos, conforme descrito abaixo:
Identificar a PCR > Iniciar as manobras de RCP > Monitorizar em pás – ritmo não chocável> Reiniciar as manobras de RCP (2 min.) + Providenciar monitorização contínua + Providenciar acesso venoso periférico + Administrar adrenalina 1mg EV em bolus seguida de flush de 20ml de SF 0,9% e elevar o membro do paciente no qual está o acesso venoso por 10 a 15 segundos> Reiniciar as manobras de RCP (2 min.) – Esse ciclo não tem droga > Repetir enquanto não houver ritmo chocável. A Fig. 10a e 10b representam os algoritmos de atendimento a PCR da American Heart Association.
Obter via de administração para drogas
Equipe de Enfermagem
- O melhor acesso para administração de drogas durante uma situação de emergência é o venoso periférico (AVP) calibroso (pelo menos jelco nº 18), contudo deve-se ter bom senso neste momento e não postergar as ações essenciais compressões e ventilações, a eficácia deve ser garantida pela liderança do enfermeiro (não interromper as compressões por mais de 10 segundos). - O sistema para manutenção deste AVP deve conter uma linha formada com extensor de duas vias, three way (no meio) e equipo simples com injetor lateral ou three way (na ponta) e equipo simples com injetor lateral, possibilitando a realização de flush de 20 ml de SF 0,9% após a administração de cada droga para otimizar sua chegada ao coração – Fig. 11. - Após cada droga administrada e flush deve elevar o membro do paciente por 10 a 15 segundos pelo mesmo motivo. - Na inviabilidade da obtenção de AVP deve ser utilizada preferencialmente a via INTRAÓSSEA, que tem a mesma disponibilidade da via endovenosa sendo as doses de drogas idênticas. - A via intratubo é uma alternativa para administração de medicamentos. No entanto, somente as seguintes drogas podem ser administradas: Naloxona Atropina Vasopressina Epinefrina Lidocaína - A dose considerada para esta via deve ser de 2 a 2,5 vezes maior que a endovenosa. - Caso o paciente tenha um acesso venoso central viável este pode ser utilizado, mas devem ser cessadas todas as infusões contínuas que estiverem correndo no paciente, principalmente drogas vasoativas e hemoderivados. No entanto, este não é a melhor via de acesso, por ser longa, portanto, o flush é essencial. #SF 0,9% livre deve ser evitado exceto em casos de hipovolemia quando deve-se correr apenas de 1 a 2 litros, para evitar edema agudo de pulmão.
Fig. 10a – Algoritmo de Atendimento a PCR em Ritmos Chocáveis (FV/TV sem pulso)
Fonte: Guidelines CPR by Amerincan Heart Association, 2010
Fig. 10b – Algorítimo de Atendimento a PCR em Rítimos Não Chocáveis (Atividade Elétrica Sem Pulso – AESP/Assistolia)
Fonte: Guidelines by American Heart Association, 2010.
Fig. 11 – Montagem e confecção de acesso venoso periférico no atendimento a PCR
Fone: Adaptado de www.uinioeste.com.br
Instituir cuidados pós PCR
Médico e Enfermeiro
- Realizar o ABCD secundário:
• A (Via Aérea): Avaliar patência da via aérea.
Perguntas: 1) A via aérea está pérvia? Avaliar o nível de
consciência se: Responsivo: otimizar suporte de O2 adequadamente para alcançar SPO2 alvo de 94%. Não responsivo: invadir via aérea se ainda não estiver avançada. 1A: TOT com capnografia e verificação do posicionamento com ausculta de 5 pontos.
• B(Ventilação): otimizar a ventilação. Perguntas:
1) A ventilação está adequada? Melhorar o suporte de VM não invasivo mediante permeabilidade da Via aérea. Instituir VM invasiva adequadamente para manter a SPO2 alvo de 94%.
• C (Circulação): otimizar e manter a estabilidade hemodinâmica.
Perguntas: 1) Qual a pressão arterial? Aferir a pressão arterial e garantir pressão sistólica alvo de < ou = 90mmHg ou pressão arterial média (PAM) < ou = 65mmHg. Lançar mão de recursos para estabilização hemodinâmica:
- Reanimação volêmica: bolus de soluções salinas; - Drogas vasoativas: noradrenalina na dose de 2 a 10mcg/min em infusão contínua controlada; dopamina na dose de 2 a 20mcg/kg de peso/min em infusão contínua controlada. Instituir medidas de monitorização contínua para dados vitais (pressão arterial, saturação de oxigênio, eletrocardiograma, frequência cardíaca, temperatura e outros necessários). 2) Tem protocolo de hipotermia terapêutico
do serviço? Iniciar medidas de indução de hipotermia terapêutica visando alcançar faixa de 32 a 36°C por 24 horas e após resfriar 1 grau a cada 2 horas. Sugere-se: - Utilizar manta e/ou colchão térmico; - Utilizar bolsa ou compressas de água gelada; - Monitorar a temperatura central (termômetro esofagiano).
• D (Diagnóstico Diferencial): determinar a causa da PCR pensando nos 5H’s e 5T’s. (Fig. 10a). Solicitar exames complementares – RX de tórax; gasometria arterial; revisão laboratorial completa (hemograma, dosagem de íons, bioquímica, prova hepática e renal). Solicitar e encaminhar como prioridade cateterismo cardíaco para pacientes com suspeita forte de SCA como causa da PCR. Solicitar e encaminhar para a continuidade dos cuidados no CTI.
RÍTMOS DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Fibrilação Ventricular: ritmo anárquico, desorganizado e incapaz de gerar pulso.
Caracterizado por perda de controle do nó sinoatrial e atividade de focos equitópicos
os quais promovem a fibrilação incapaz de gerar atividade cardíaca efetiva.
Taquicardia Ventricular sem Pulso: ritmo com maior organização do que a FV, no
qual também há perda de função do nós sinoatrial, porém, quem assume o controle é
o nó atrioventricular ou qualquer outro ponto abaixo dele. O coração bate emu ma
frequência muito elevada não gerando débito cardíaco e nem pulso – O PULSO DEVE
SER VERFICADO.
Atividade Elétrica sem Pulso: ritmo organizado, o funcionamento elétrico do coração
está preservado, não há nenhuma alteração. Contudo, os componentes mecânicos
estão alterados, há problemas, falhas na bomba não havendo pulso.
Assistolia: não há ritmo elétrico, não ha funciomento mecânico. As atividades
cardíacas estão completamente cessadas. ESTE RITMO DEVE SER CONFIRMADO,
através da checagem dos CAbos, GAnhos e Derivações.
LINKS DE ESTUDO
ACLS:
1) DESTAQUES DA DIRETRIZ EM PORTUGUÊS:
https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-Highlights-
Portuguese.pdf
2) VÍDEO ACLS AMERICAN HEART ASSOCIATION:
https://www.youtube.com/watch?v=tmRI3YHfMg8
3) 2015 AMERICAN HEART ASSOCIATION GUIDELINES UPDATE FOR
CARDIOPULMONARY RESUSCITATION AND EMERGENCY CARDIOVASCULAR CARE.
Part 7: Adult Advanced Cardiovascular Life Support
http://circ.ahajournals.org/content/132/18_suppl_2/S444
4) 2015 American Heart Association Guidelines Update for Cardiopulmonary
Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Part 8: Post–Cardiac Arrest
Care.
http://circ.ahajournals.org/content/132/18_suppl_2/S465