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SAÚDE | Pág 12 SEGURANÇA | Pág 09 1,00 R$ APENAS DOMINGO , 27/01/2013 | DIÁRIO | ANO 2 | N° 534 | CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao » HIPOCONDRIA: A SOCIEDADE ESTÁ VICIADA EM REMÉDIOS DÍVIDA EM ALEGRE PASSA DE R$ 7 MILHÕES EM PEDRA MENINA, O CLIMA É DE INSEGURANÇA ESPECIAL | Págs 10 e 11 TRAIÇÕES, CORRUPÇÃO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA DISTRITO DE DORES DO RIO PRETO ASSISTE A ONDA DE ASSALTOS E POPULAÇÃO TEME QUE O LOCAL PERCA A CARACTERÍSTICA DE TRANQUILIDADE DEPOIS DE POUCO MAIS DE UMA SEMANA DA AÇÃO QUE PRENDEU 10 EX-PREFEITOS, CONFIRA TUDO SOBRE OS DESDOBRAMENTOS DA OPERAÇÃO DERRAMA OPERAÇÃO DERRAMA POLÍTICA | Pág 02 PREFEITO DE VENDA NOVA SERÁ PALESTRANTE EM BRASÍLIA PSICÓLOGO APONTA CRESCIMENTO NO NÚMERO DE PESSOAS QUE ACREDITAM TER ALGUM TIPO DE DOENÇA PARA CONSUMIR » MEDICAMENTOS. ELE INDICA AINDA AS CARACTERÍSTICAS DE QUEM CONVIVE COM ESSA SITUAÇÃO CARNAVAL VAI TER BLOCO DA PICUÍBA DEPOIS DE QUASE UM MÊS À FRENTE DA PREFEITURA, PAULO LEMOS TEM » O DIAGNÓSTICO MAIS PRECISO DAS FINANÇAS: ‘‘SITUAÇÃO É DEPLORÁVEL’’ MARCOS FREIRE DIVULGAÇÃO POLÍTICA | Pág 04 MARCOS FREIRE

Edição 534

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Page 1: Edição 534

saúde | Pág 12

segurança | Pág 09

1,00r$

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DOMINGO, 27/01/2013 | DIÁRIO | ANO 2 | N° 534 | CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.aquies.com.br @folhadocaparao » facebook.com/grupofolhadocaparao »

hipocondria: a sociedade está viciada em remédios

dívida em alegre passa de r$ 7 milhões

em pedra menina, o clima é de insegurança

esPecial | Págs 10 e 11

traições, corrupção e formação de quadrilha

distrito de dores do rio Preto assiste a onda de assaltos e PoPulação teme que o local Perca a característica de tranquilidade

dePois de Pouco mais de uma semana da ação que Prendeu 10 ex-Prefeitos, confira tudo sobre os desdobramentos da oPeração derrama

oPeração derrama

Política | Pág 02

prefeito de venda nova será

palestrante em brasília

Psicólogo aPonta crescimento no número de Pessoas que acreditam ter algum tiPo de doença Para consumir »medicamentos. ele indica ainda as características de quem convive com essa situação

CARNAvAL vAI TERbLOCO DA PICUíbA

dePois de quase um mês à frente da Prefeitura, Paulo lemos tem »o diagnóstico mais Preciso das finanças: ‘‘situação é dePlorável’’

marc

os fr

eire

divulgação

Política | Pág 04

marcos freire

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DOMINGO, 27/01/2013 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL

www.AQUIES.com.br02 POLÍTICA

divulgação

ALExANDRE GARCIA

Eu sei que você não os viu, mas eles estão voando de capital em capi-tal. Um vai de jatinho emprestado, cujo dono talvez reze a oração de São Francisco “é dando que se recebe”, o outro vai esvaziando os bolsos de tanto pagar passagem. Uma candi-data ficou em Brasília, confiando no telefone e na internet. A Câmara tem a metade de eleitores de Serra da Saudade, Minas. São 513 deputa-dos federais. No Senado, 81. Então para que tanta viagem e tanta cam-panha?

Em primeiro lugar, porque todo político quer ser presidente da República um dia - ou mais de um dia. Aqui no Brasil, podem viajar ao mesmo tempo para o ex-terior o presiden-te e o vice. Nesse caso, o presi-dente da Câmara vira presidente da República e pode ir de avião oficial pousar no seu município, como já acon-teceu. Mas se o presidente do Senado estiver de olhar cúpido para uma boquinha na cadeira presidencial, o presidente da Câmara, depois de ter alimenta-do seu ego e seu currículo com uma interinidadezinha, pode viajar tam-bém e conceder a honra ao presiden-te do Senado, de assumir o Palácio do Planalto. Afinal, não custa nada.

Não custa? O Presidente do Sena-do pode contratar até 34 comissio-nados, sem concurso, com salários que chegam a 19 mil reais por mês. Embora com toda essa companhia, ele não assume sozinho o comando

do Senado. Por incrível que pareça, ele terá dois vices, mais quatro se-nadores que chefiarão as secretarias. Todos com direito a levar para o Se-nado, sem concurso, mais de uma dúzia de comissionados - cada um. Na Câmara, o presidente pode no-mear 46 comissionados, com salá-rios de até 14 mil por mês. Os dois vices e os quatro deputados secre-tários, podem nomear 33 sem con-curso - cada um. E até os suplentes podem nomear: 11 cada um. Além disso, para conforto dos senhores deputados, estão sendo gastos 280

milhões de reais para reformas dos apartamen-tos. São 463 resi-dências.

É claro que você não pensa que quem está custeando isso é algum sultão das arábias. É o seu imposto que paga isso. Você traba-lha quase cinco meses do ano só para sustentar os governos que não garantem sua vida, nem um bom hospi-tal, nem uma boa

escola para seus filhos. Na Suécia - o primeiro lugar no índice de demo-cracia, entre 167 países -, deputado que não mora na capital agora tem direito a um “apartamento”de 18 metros quadrados; os de mais sorte desfrutam de 40 metros quadrados. Lá, ninguém tem carro oficial indi-vidual, como no Senado Brasileiro, nem essa multidão de assessores, porque o contribuinte sueco não permitiria. Por que será que lá não precisa. Será que é porque lá é uma democracia?

LÁ É UMA DEMOCRACIADesculpe, eu sei que você não está interessado em eleições dos

presidentes da Câmara e do Senado, mas se você souber o quan-to está pagando por isso, na certa vai continuar esta leitura. Por algum motivo, pelo menos dois candidatos estão percorrendo o país em campanha política.

Por incrível que pa-reça, ele terá dois vices, mais quatro senadores que chefiarão as secreta-rias. Todos com direito a levar para o Senado, sem concurso, mais de uma dúzia de comissionados - cada um. Na Câmara, o presidente pode no-mear 46 comissionados, com salários de até 14 mil por mês.

VENDA NOVA DO IMIGRANTE

Prefeito vai ser um dos palestrantes em Brasília

DALTON PERIM vAI fALAR SObRE bOAS PRáTICAS EM MESA REDONDA COM »GESTORES DO PAÍS INTEIRO

O prefeito de Venda Nova do Imigrante, Dalton Perim (PMDB) será um dos pales-trantes do Encontro Nacio-nal com Novos Prefeitos e Prefeitas - Brasil Sustentá-vel, que será realizado em Brasília durante os dias 28, 29 e 30 de janeiro, no Cen-tro de Convenções Ulysses Guimarães.

O objetivo do encontro é apresentar aos novos gestores municipais os programas do Governo Federal que têm reflexo direto nas prefeituras com base em quatro eixos: Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Econô-mico, Desenvolvimento Ambiental e Urbano e Parti-cipação Social e Cidadania.

A presidenta Dilma Rousseff estará presente ao evento, juntamente com os ministros de Estado, e a de-terminação é do geral ao es-pecífico para cada município e que todos possam sair do encontro animados e com perspectivas de poder não só viabilizar parceiras já em andamento, mas de ampliá-las. A presidenta Dilma quer que os inúmeros programas do governo federal sejam ex-plicitados, esclarecidos, des-de as diretrizes até a situação em cada município.

Um dos destaques na pro-gramação do Encontro Na-cional será a programação das mesas de Boas Práticas, na qual prefeitos e ex-prefei-tos apresentarão aos partici-

pantes casos de sucesso em suas gestões.

Venda Nova do Imigran-te marcará presença nas me-sas de Boas Práticas com a palestra do prefeito Dalton Perim, na manhã do dia 30/01, quarta-feira, na área do desenvolvimento econô-mico destacando a impor-tância do turismo rural no Município.

Para o prefeito, é muito im-portante e gratificante a par-ticipação do Município neste evento para colaborar com os demais colegas prefeitos e se-cretários a experiência do Mu-nicípio no desenvolvimento e apoio ao agroturismo.

Em sua palestra o prefei-to destacará inicialmente os dados municipais, pas-sando por um histórico e

público do agroturismo no Município; dados do for-talecimento da agricultura familiar; os fatores impor-tantes para a consolidação deste projeto e os pontos fortes que o mantêm cres-cente, e por fim destacará as ações estratégicas do poder público para que o turismo rural avance cada vez mais, o que vem ocorrendo nos últimos anos, sendo esta palestra uma grande opor-tunidade para apresentar os frutos positivos de ações concretas que consolidam o projeto do agroturismo no município, merecendo elo-gios dos produtores rurais pela participação efetiva da administração pública mu-nicipal nos eventos do seg-mento turístico.

EXPEDIENTEDIRETOR GERAL: Elias CarvalhoEDITOR DE CRIAÇÃO E ARTE: Carlos Guilherme Gomes REPóRTEREs: Alissandra Mendes, Filipe Rodrigues,Marcos Freire e Olívia MariaDIAGRAMADOREs: Carlos Guilherme Gomes e Marcelo Lopes Mothé

Circulação: Es - Afonso Cláudio, Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Iconha, Irupi, Itapemirim, Iúna, Jerônimo Monteiro, Marataízes, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Piúma, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, São José do Calçado, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante.

COLAbORADOREs: Alexandre Garcia, Ewerton M. Tréggia, Guilherme Gomes, Luciana Fernandes, Ramon Barros, Ricardo Lemos, Ruy Guedes, Sérgio Garschagen, Sérgio Neves, Sérgio Oliveira, Wagner Medeiros Junior.

E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected];

As matérias assinadas publicadas neste jornal, necessariamente não traduzem a opinião do próprio jornal. A veracidade das informações publicitárias veiculadas é de responsabilidade de quem as patrocina (anunciante). A legislação não impõe ao órgão que veicula o anúncio (jornal) a obrigatoriedade de verificação e comprovação da fidedignidade e correção destes anúncios. Fonte: STJ (Superior Tribunal de Justiça).

GRUPO FOLHA DO CAPARAÓ DE COMUNICAÇÃO LTDA- MECNPJ: 10.916.216.0001-55. AV. GOVERNADOR CRISTIANO DIAS LOPES FILHO, 75, bairro GILBERTO MACHADO, CEP 29.303-320, Cachoeiro de Itapemirim-ES.Anexo a GrafBand. Tel: (28) 3521 7726

FALE COM A REDAÇÃO: (28) 9904 7726 ANUNCIE / AssINE: (28) 3521 7726 / 3036 [email protected] [email protected]

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DOMINGO, 27/01/2013 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL 03OPINIÃOwww.AQUIES.com.br

A COOPERATIVA DOS TRABALHADORES

por Ruy Guedes - [email protected]

(histórias da minha vida em Cachoeiro) EU ME LEMBRO

Luiz Santos Neves, o popular “Luiz 90”, nosso colega de imprensa, apareceu certo dia na Rádio Cachoeiro com o propósito de convidar a mim, o Danilo Neves e o Nelson Pereira para fazer parte do quadro de sócios da Cooperativa Habitacional dos trabalhadores de Cachoeiro de Itapemirim, entidade recém-fundada em nossa cidade pelo Inocoop-ES (Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais), órgão autônomo prestador de serviços ligado ao Banco Nacional da Habitação (BNH) que, por sua vez, pertencia à estrutura do então Ministério do Interior. Decorria a década de 70, anos vividos à sombra da ditadura militar, quando o governo centralizador e autoritário empenhava-se em realizar obras grandiosas de norte a sul do país, tal como a Rodovia Transamazônica. Dentro desta concepção megalomaníaca estava inserida a política habitacional, dispondo de verbas astronômicas distribuídas por um sistema bancário próprio e que se ramificava em todos os estados numa extraordinária capilaridade. Iniciado nas capitais e nas principais cidades do interior, a política habitacional dos governos militares proporcionou, a bem da verdade, milhões de moradias destinadas, prioritariamente, a uma emergente classe média que surgia no país naquela época, ou seja: trabalhadores que ganhavam acima de três salários-mínimos.

Primeiro presidente da Coophab-CI, Luiz 90, com seu eterno bom humor e inabalável teimosia, tentava vencer a desconfiança geral (tal como aconteceu comigo, Danilo e Nelson) e atrair novos integrantes para o quadro social da cooperativa que, sob sua gestão, implantou o Conjunto Habitacional Waldir Furtado Amorim, hoje popularmente conhecido como “BNH de baixo”. A partir daí as coisas ficaram mais fáceis e a cooperativa logo anunciou seu novo empreendimento: a construção de um novo conjunto habitacional no bairro Aeroporto. Ao fazer minha inscrição, Luiz 90 me surpreendeu anunciando que eu seria seu candidato à presidência do órgão. E mais: a eleição aconteceria dias depois, durante a primeira assembléia geral dos novos associados. Honrado e surpreso com o fato pedi que ele permanecesse na entidade como Secretário Executivo. E foi assim que eu, que nunca havia construído um simples muro na vida, me vi à frente de uma diretoria, com a incumbência de construir 196 casas dotadas de toda a infra-estrutura necessária aos seus moradores: pavimentação, sistema de captação e tratamento de esgotos, rede de coleta de águas pluviais, equipamentos comunitários e implantação de uma adutora virgem e de um reservatório d’água, sem contar a rede de iluminação pública, obtida através de convênio com a prefeitura.

As dificuldades foram muitas, sendo que a primeira delas deveu-se ao fato de a empresa vencedora da concorrência pública para executar a obra falir poucos meses após seu início. Ao BNH restava, tão somente, paralisar os trabalhos e realizar

novo processo de concorrência (o que levaria aproximadamente dois anos) ou... permitir que a própria cooperativa assumisse sua continuação! Decidimos, por unanimidade, aceitar a segunda hipótese, conscientes de nossa responsabilidade e dos riscos que correríamos dali prá frente. Valeu-nos, então, a extraordinária competência do Inocoop-ES, nosso órgão assessor administrativo, técnico e financeiro; do secretário executivo Luiz 90; e o trabalho diuturno da Comissão de Fiscalização, criada por mim e formada pelos companheiros Darcy Daré (diretor financeiro), Walterly Andrade, o “Téco” (diretor administrativo), e os Conselheiros Fiscais Osvaldo Secchin, Jair Pessine, Lauro Rabelo e José Luiz Santolin, que compareciam diariamente ao canteiro da obra, verificando detalhadamente tudo que havia sido construído no dia anterior, chegando, mesmo, a derrubar muros e paredes defeituosos, para desespero do mestre-de-obras português que havíamos contratado.

O conjunto habitacional, batizado de “Rui Pinto Bandeira”, inaugurado numa radiosa manhã em 1980, deu origem a um populoso bairro, com o mesmo nome, que surgiu ao seu redor nos últimos anos. A Coophab-CI foi desativada após a extinção do BNH, e igualmente extinta anos depois. O

Inocoop-ES continua em atividade, atuando na implantação de novos empreendimentos na Grande Vitória. Daqueles anos de lutas, responsabilidades e realizações, guardo gratificantes recordações, como, por exemplo, a realização, em 1980, em Cachoeiro, do 2º Encontro Estadual das Cooperativas Habitacionais do Espírito Santo, quando recebi o título de “Dirigente do Ano”, honraria que, por merecimento, reparti com os demais companheiros de diretoria. Na foto, a mesa diretora da sessão de abertura, vendo-se, da esquerda para a direita: Dr. José Carlos de Carvalho (diretor superintendente do Inocoop-ES), Prof. Deusdedit Baptista (que, em razão da nossa amizade, havia se tornado um valioso consultor jurídico da Cooperativa, e que representava, na oportunidade, o prefeito Gilson Carone), e o Dr. Arizio Varejão Passos Costa (diretor do Banco Nacional da Habitação). Eu anunciava na ocasião, a construção de um novo empreendimento: o Conjunto Residencial Aílton Coelho Costa Filho, hoje popularmente conhecido como “Conjunto Marbrasa”, com 118 apartamentos, que seria entregue dois anos depois.

Ruy Guedes é músico e radialista aposentado

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domingo, 27/01/2013 CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL

www.AQUiES.com.br04 PoLÍTiCA

De acordo com o prefeito de Alegre, Paulo Lemos, as principais prioridades de sua administração, neste primeiro momento, serão a saúde e a ação social. Pensa, também, em incentivar a implan-tação de pousadas, dentro do programa Cama e Café, já bem difundido em ou-tros municípios da região, transformando propriedades rurais em locais que possam acolher turistas. “E também vamos incen-tivar o artesanato e deixar a cidade mais bonita, inclusive os distritos, explorando nossa topografia privilegiada”, afirma.

Além disso, Lemos também pretende buscar recursos para a implantação de um distrito industrial e fortalecer a agrope-cuária, inclusive, com a revitalização do Parque de Exposições, que também deve prestigiar os estudantes. Outro objeti-vo é a instalação de portais nas entradas da cidade e melhorar o Teatro Munici-pal, onde também devem acontecer as licitações abertas ao público. “Quero a transparência plena, com a popula-ção conhecendo a receita e a despesa do município, e quero, inclusive, instalar

Apesar dos problemas, prefeito aponta prioridades

marcos freire

ALEGRE

MARCOS [email protected]

Paulo Lemos afirma que encontrou município em estado deplorável

o PREfEiTo ConTA QUE o mUniCÍPio ESTAvA SEndo mAL TRATAdo E QUE EnConTRoU mUiTAS dÍvidAS, ALém dE máQUinAS E vEÍCULoS SEm CondiçõES dE »RodAR, mAS ESPERA ConSERTAR SiTUAçÃo Com Um CHoQUE dE gESTÃo

Depois de assumir a Prefeitura de Alegre e edi-tar decreto de urgência administrativa, o prefeito Paulo Lemos justifica sua atitude ao afirmar que o município se encontra em estado deplorável, finan-ceiramente e administrati-vamente. Entre os muitos problemas enfrentados, o prefeito destaca a dívida que chega a, aproximada-mente, R$ 7 milhões, sem contar mais R$ 4 milhões de uma autarquia do mu-nicípio, mais precisamente a Fafia.

Segundo Paulo Lemos, a maior parte da arreca-dação do município está comprometida com par-celamentos de dívidas. In-clusive, o parcelamento de uma dívida de R$ 2,534 milhões com o Fundo de Pensão que foi fechada no final de 2012. De acordo como prefeito, isso fere a Lei de Responsabilida-de Fiscal (LRF). “Não se pode fazer qualquer parce-lamento no último quadri-mestre do ano”, destaca

Por isso, o prefeito Paulo Lemos revela que está fa-zendo “economia de guer-ra”. “Quero chegar a R$ 280 mil de economia por mês”, afirma. Para isso, conta que está cortando aluguéis, locação de veícu-los e limitando ao mínimo os comissionados e contra-tados, além de outras des-pesas diversas. “Por isso, a Prefeitura não vai realizar carnaval na cidade, por-que seria uma incoerência, com o município devendo tanto, gastarmos com fes-ta”, enfatiza o prefeito.

Paulo Lemos conta, ainda, que encontrou tudo sem funcionar na Prefeitura, nem mesmo os serviços prioritários, “porque não tiveram a delicadeza de prorrogar contratos de internet, te-lefone, limpeza pública – que é terceirizada, para que tivéssemos tempo de fazer as licitações neces-sárias”. “Só conseguimos instalar uma linha telefô-nica fixa para o gabinete e uma para cada Secreta-ria”, conta o prefeito, que acrescenta: “A cidade esta-va mal tratada, com os jar-

dins abandonados, logo a cidade conhecida como Cidade Jardim”, enfatiza.

O prefeito conta, ain-da, que encontrou 80% do maquinário da Prefei-tura sem possibilidade de funcionar. Depois de con-tratar um mecânico para fazer um levantamento e saber o que precisa ir para leilão, descobriu que 50% está sucateado. “Só temos uma patrol e uma retroes-cavadeira rodando, o que é um grave problema para um município que possui 773 km quadrados”, re-clama Lemos. Ele também lembra, na frota, existe apenas um caminhone-te da Agricultura e outra do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), além de seis veículos da Saúde e do Meio Am-biente, e um outro para atender a todos em via-gens. “Por aqui, estamos andando em nossos carros particulares”, conta.

VisãoEle também reclama da

falta de informações, que não teriam sido passadas pela administração ante-

rior. Desta forma, Paulo Lemos resolveu colocar um auditor federal que está ajudando a levantar os dados. “Hoje, tenho uma visão melhor e consi-go enxergar os desmandos cometidos, como o caso de um médico comissionado que estava recebendo há anos, morando em São Paulo”, revela o prefeito, que também destaca que o Setor de Licitação, agora, ficará junto com a Contro-ladoria do município.

Também pensando em economizar, o prefeito re-vela que está interessado em uma área, que perten-ce ao Estado, medindo 2 mil metros quadrados de área interna e mais 2 mil metros quadrados na parte externa, onde existe um grande armazém. No local, ele pretende utilizar o espaço para centralizar 70% da administração, o que resultaria em econo-mia com aluguéis. “Com exceção da saúde, ação social, cultura e turismo, além de obras, que já está em espaço próprio do município”, explica.

Finalmente, o prefeito

Paulo Lemos afirma que, para resolver os proble-mas, está promovendo um choque de gestão, vi-sando buscar o equilíbrio financeiro e conseguir manter em dia a folha de pagamento e o custeio da administração. E espera contar, também, com o apoio do Governo do Es-tado e Federal para con-

seguir investimentos. “O gasto com pessoal está em 70% da arrecadação, mas acredito que já em janei-ro deve cair”, revela. No entanto, o prefeito espera contar com a compreensão do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Estamos trabalhando e precisamos de um tempo maior para nos organizar”, afirma.

o prefeito Paulo Lemos quer alcançar a transparência plena em sua administração

um painel eletrônico, onde todas as informações serão colocadas”, conta.

Finalmente, o prefeito afirma que o prin-cipal é resolver os problemas e trabalhar. “Mas é preciso ter paciência, neste início”, coloca Paulo Lemos. E a confiança do pre-feito transparece em sua equipe, na qual confia e destaca a competência. “Também contamos com o apoio da população e estou muito contente com o posiciona-mento do governador Casagrande, que se colocou à disposição e disse que vai co-laborar com nosso município”, conclui.

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Carnaval no interior de Venda noVa do ImIgrante

O baile OrganizadO pela cOmunidade de bicuíba será nO dia 09 de »fevereirO a partir das 21h00 nO ginásiO de espOrtes de sãO JOãO de viçOsa

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OLÍVIA [email protected]

divulgação

diáriO | ano 2 | n° 534cachoeiro de itapemirim e região sul

dOmingO, 27/01/2013 cachOeirO de itapemirim e regiãO sul 05

Em Venda Nova do Imi-grante a programação de carnaval fica por conta do Bloco Carnavalesco Uni-dos da Bicuíba, do bairro Bicuíba, localizado entre a sede e o distrito de São João de Viçosa.

O Bloco Carnavalesco realizará o 2º Baile de Car-naval durante a programa-ção do carnaval de 2013, no Ginásio de Esportes de São João de Viçosa. O baile que é a única alternativa de festejo carnavalesco gratui-

ta na cidade acontecerá no dia 09 de fevereiro a partir das 21h00.

“Por ser a única opção de folia e também por muitos foliões preferirem ficar na cidade e evitar o trânsito nessa época que as estradas estão cheias, conseguimos reunir cerca de 500 pessoas no nosso bloco, vindas até de municípios vizinhos, como Conceição do Caste-lo, para pular o carnaval co-nosco” disse Maria Moreira organizadora do evento.

No dia 08 de fevereiro (sexta-feira), o bloco rea-liza a tradicional noite de

“Esquenta” para preparar os foliões para o desfile no sábado, a partir das 19h30, saindo de frente da con-centração do bloco (casa da Maria Moreira, em Bi-cuíba) até o Ginásio de São João. Na sexta, a animação é por conta da Banda Me-tal Show, da Prefeitura de Venda Nova do Imigrante.

Quem quiser pode partici-par do desfile usando as fan-tasias que o bloco arrecada durante o desfile das escolas de Vitória. Este ano as fanta-sias só serão distribuídas no dia 02 de fevereiro sábado, antes do desfile do bloco. O Bloco Carnavalesco realizará o 2º Baile de Carnaval no Ginásio de Esportes de São João de Viçosa

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DOMINGO, 27/01/2013 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E REGIÃO SUL06 www.aquies.com.br

ConCurso de marChinhas divulga semifinalistas ELIMINATóRIA DO CONCURSO SERá NO DIA 6 DE fEvEREIRO, NO »

MERCADO MUNICIPAL DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

divulgação/pmciA Secretaria Municipal

de Cultura de Cachoeiro de Itapemirim divulgou nesta sexta-feira (25) a lista das composições sele-cionadas para a fase elimi-natória do 2º Concurso de Marchinhas Carnavalescas – Prêmio Carlos Imperial.

Entre 21 canções inscri-tas, dez se classificaram, após avaliação de comissão julgadora. Elas serão apre-sentadas ao público e a um júri técnico no dia 6 de fe-vereiro, a partir das 20h00, no Mercado Municipal São João, abrindo a programa-ção de Carnaval da cidade.

Três canções serão sele-cionadas para a final, que será realizada no dia se-guinte, quando serão re-apresentadas, a partir das 20h00, também no Mer-cado. Os vencedores vão receber troféus e prêmios em dinheiro. Para o pri-meiro lugar, a premiação é

de R$ 2.500. O segundo colocado recebe R$ 1.500 e o terceiro, R$ 1.000.

“Nós recebemos compo-sições de grandes centros, como Vitória e Rio de Ja-neiro, mas o que mais cha-mou a atenção foi a parti-cipação de novos composi-tores de Cachoeiro. Assim, o concurso vai cumprir o objetivo de revelar talen-tos”, destaca a secretária

MARCHINHAS SELECIONADAS“Apelo Popular”, de Leonardo Gazzoni“O Cara é o Imperial”, de Rudson Costa“Chega de Rodeio”, de Chico Lessa “Carnaval na Bahia”, de Arnoldo Silva“A Idade do Bobo”, de Antônio Carlos“Marataízes Iate Clube”, de Silvino Santana“Cachoeiro Meu Amor”, de José Paineiras“Neném Doido e Seus Blue Caps”, de Diego Ardisson “Minha Nega”, de Hericson Freitas“Água que Passarinho não Bebe”,

de Antônio Cláudio da Silva

municipal de Cultura, Jo-ana D’Arck Caetano.

A programação nos dias 6 e 7 de fevereiro ainda conta com outras atrações de peso, como a Orquestra Voadora, do Rio de Janei-ro, e os grupos Projeto Fei-joada e Dukasamba. Todas as apresentações serão rea-lizadas no Mercado Muni-cipal, no bairro Amarelo, com entrada franca.

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domingo, 27/01/2013CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL 07www.aquies.com.br

Áries

Libra Escorpião Sagitário Capricórnio Aquário Peixes

Touro Gêmeos Câncer Leão Virgem20/0320/04

23/0922/10

23/1021/11

22/1121/12

22/1221/01

21/0118/02

19/0219/03

21/0420/05

21/0520/06

21/0621/07

22/0722/08

23/0822/09

Saturno, em tenso aspecto com o Sol e Mercúrio em Aquário, pro-mete estimular de maneira concre-ta seus negócios, especialmente os que envolverem grandes empre-sas, clubes e instituições. No amor pode haver boas novidades.

Saturno continua exigindo seriedade e compromisso em seus relacionamentos, tanto os pessoais quanto os profissionais. Uma parceria comercial pode apresentar algum problema ou dificuldade. Mantenha a calma.

Saturno em seu signo conti-nua exigindo muito de você, de seus esforços e responsabilidades cada vez maiores, especialmente se você pertencer ao primeiro de-canato. Faça o que deve ser feito e você receberá a recompensa.

Saturno continua exigindo muito de seu mundo mental, abrindo novas portas e oportuni-dades para novos conhecimentos. As viagens podem fazer parte des-se processo de crescimento men-tal e intelectual.

Seu regente exige organização e concretização de seus planos e projetos relativos às suas finanças e investimentos. Não é hora de gastar, mas, sim, de acumular re-cursos financeiros. Mantenha seu dinheiro sob controle.

Saturno exige seriedade em toda colocação de ideias e proje-tos que envolvam a comunica-ção. O momento é de compro-metimento e responsabilidades que devem ser assumidas sem nenhum receio.

Saturno pede reclusão nes-te momento, a fim de que você consiga colocar algumas ideias em ordem em seu mundo mental e emocional. Não tenha receio de deixar para trás tudo o que não tem mais serventia em sua vida.

Saturno mostra para você nes-ta fase o verdadeiro valor de suas conquistas nos últimos anos, espe-cialmente relacionadas ao traba-lho. O momento é de dedicação e intensidade no setor, mas também de sucesso e reconhecimento.

Saturno exige seriedade em seus projetos, especialmente os que envolverem pessoas e negó-cios com outros países. É possível que um problema ou dificuldade impeça o andamento de uma via-gem ou negociação.

Saturno exige, através de alguns acontecimentos, que você observe sua maneira de se relacionar, es-pecialmente em relacionamentos pessoais onde o amor foi estabele-cido. É preciso deixar a necessida-de de posse e controle de lado.

Saturno tem exigido posturas mais sérias diante de situações que envolvam seus relaciona-mentos, tanto os pessoais quanto os profissionais. Uma parceria de negócios pode apresentar alguns problemas. Tenha paciência.

Saturno pressiona e exige pos-turas diante de situações mais difíceis em seu ambiente de tra-balho. Os relacionamentos com colegas ou superiores podem passar por uma fase mais difícil. Preste atenção ao que você fala.

Ela não se acha bonita, tampouco Sensual. Mas certamente não foi apenas por sua simpatia que Thayane Moreno, de 22 anos, chamou a atenção de Jojo, coreógrafo de Latino. Ele descobriu Thayane nas redes sociais e a convidou para fazer um teste para integrar o time de dançarinas do cantor.

Justin Bieber está sendo investigado pela polícia ca-nadense por agressão com uma arma de brinquedo. Segundo o site “TMZ”, o cantor brincava com seus irmãos, Jaxon e Jazmyn, de 3 e 4 anos, numa are-na de Ottawa, no Cana-dá, onde se apresentaria quando um dos dardos

de plástico da arma de brinquedo atingiu uma segurança do local. A segurança comunicou a equipe de Bieber e fez um boletim de ocorrência com a polícia local. Segundo o “TMZ”, eles estão levando o caso a sério e abriram uma investigação. Algumas pessoas que trabalhavam no local no dia do ocorrido já foram entrevistadas.

Ronaldo curtiu um dia de praia com seu novo affair, Paula Mo-rais, ma manhã desta sexta-feira, 25. O ex-jogador trocou beijos e carícias entre um mergulho e outro com a DJ no mar do Leblon, Zona Sul do Rio.

Gugu Liberato resolveu não apagar de seu camarim um recado deixa-do por Hebe em 2012. A apresentado-ra escreveu de batom no espelho do local: “Gugu, eu te amo. Hebe”.

“Neste espelho, escrito com batom, está um re-cado que minha saudosa Hebe deixou quando esteve na Record no ano passado. Ela utilizou meu camarim e me deixou este mimo. Vcs con-seguem ler? Saudades Hebe!”, escreveu Gugu.

Rihanna dei-xou muito pouco à imaginação ao deixar uma boate na quinta-feira, 24, em Los Angeles, na Califórnia. A cantora usava um vestido que ficou transparente com os flashes dos paparazzi, reve-lando a calcinha de Rihanna e que ela não usava sutiã.

ThAyAnE MorEno, A noVA

dAnçArinA dE LATino

BiEBEr é investigado por agressão com arma de brinquedo, diz site

mesmo de vestido preto, rihAnnA mostra demais ao deixar boate

ronALdo curte praia com paula morais, que assume: ‘estamos namorando’

GuGu LiBErATo mostra recado deixado por Hebe em seu camarim

HorÓscopo

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www.AQUIES.com.brdomIngo, 27/01/2013 CACHoEIRo dE ITAPEmIRIm E REgIÃo SUL08

Ramon BaRRos @ramonbarros

www.facebook.com/ramonbarros.tv

[email protected](28) 9882 8981

NEIA E JORGE MURAD Estão inaugurando uma nova fase para o paladar do Cachoeiren-

se: cafés gelados encontrados em vários sabores no Mourad’s.

Daniela e Alex pelo olhar de José Carlos de Oliveira, o fotógrafo das celebridades

Bom dia especial para o competente Médico André Sena e sua esposa

Aniversariante desta semana, Roberta Oliveira Carvalho, Esposa do Miquéias Carvalho recebe nossos parabéns

SUL PERdE dE noVo »Enquanto Linhares ganha novo supermercado no primeiro semestre, Cachoeiro fica aquém do crescimento.

CAI no goSTo »Do público as empresas consideradas sérias e bem estruturadas. A Natura tem ainda a campanha da sustentabilidade, que agrega mais valor à marca.

REnnER E nATURA »São duas empresas que devem crescer. O motivo é expectativa de alta do consumo da classe C, que aumenta o poder de compra.

RESPonSABILIdAdE SoCIAL »Pode ser um aliado ao aumento do Faturamento.

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domingo, 27/01/2013 CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL 09SEgURAnçAwww.AQUiES.com.br

DORES DO RIO PRETO

MARCOS [email protected]

Comunidade de Pedra Menina preocupada com falta de segurança

moRAdoRES do diSTRiTo ESTÃo PREoCUPAdoS Com A fALTA dE PoLiCiAmEnTo, mAS Pm AfiRmA QUE LoCALidAdE PASSARá A RECEbER PRESEnçA dE viATURA E PoLiCiAiS »

Depois de assistir ação de assaltantes contra a única agência bancária que existia no distrito duas vezes em três meses, a comunidade de Pedra Menina, em Do-res do Rio Preto, na região do Caparaó Capixaba, anda preocupada com a falta de segurança. A localidade fica no pé da Serra do Caparaó, na divisa entre o Espírito Santo e Minas Gerais, com fácil acesso de pessoas vin-das de diversos lugares, sem que haja presença de força policial.

Na última ação, os assal-tantes chegaram ao distrito à noite, estouraram as vidra-

ças da agência e levaram o dinheiro do caixa eletrônico. Desde então, a agência está fechada e, conforme aviso fixado na porta de vidro que sobrou, a unidade ficará fechada até segunda ordem, por falta de segurança. Ao mesmo tempo, outros dois comerciantes que também ofereciam serviços de cor-respondência bancária, mais precisamente as duas farmácias de Pedra Menina, suspenderam o atendimen-to, até sentirem que existe segurança.

O comerciante Frederico Ayres – Fred – explica que não se trata do montante de dinheiro nestes serviços, “até porque não é muito dinheiro”, mas por causa

do risco que se corre. Ele destaca, ainda, que a região é turística, com pousadas em atividade, e é preciso oferecer segurança para os turistas. “Ao mesmo tempo, precisamos de segurança para os moradores, porque não sabemos quem estamos recebendo, pois o visitante também pode não ser uma boa pessoa”, coloca. Segun-do informações de outros empresários, já existem funcionários com medo de trabalhar à noite.

PoliciamentoDesta forma, a comuni-

dade está reivindicando po-liciamento ostensivo para o distrito e região, não só para inibir assaltos ou roubos,

Empresa contrata COORDENADOR PEDAGÓGICO para CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES

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A C DE SOUZA SOBREIRA E CIA LTDA ME torna público que está requerendo ao IEMA, através do processo n° 57921229, Licença de Operação para Lavador de Veículos em Alegre-ES.

COMUNICADO

mas também para comba-ter abusos que estão acon-tecendo, principalmente, durante os finais de sema-na. De acordo com alguns

moradores, motos, carros e até caminhões circulam em alta velocidade pela rua principal do distrito, inclu-sive com menores pilotando

e empinando motos, o que coloca moradores em risco.

Coforme informações da 2ª Companhia do 3º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Guaçuí – que é responsável pelo policia-mento em Dores do Rio Preto e, consequentemen-te, em Pedra Menina, o comando determinou a implantação de uma esca-la de policiamento para o distrito. De acordo com a PM, a localidade passará a contar com patrulhamento, composto de viatura e dois policiais militares, duran-te o dia e também à noite, em horários não específi-cos, para dificultar a ação de bandidos e de qualquer pessoa que infrinja a lei.

Pedra Menina fica aos pés da Serra do Caparaó e quer manter sua tranquilidade

Marcos Freire

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domingo, 27/01/2013 CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL

www.AQUiES.com.br10 ESPECiAL

divulgação

entre Ferraço e o empresário Cláudio Múrcio Salazar, sócio da CMS, na sede da prefeitura de Itapemirim para discutir o tema dos royalties de. Essa teria sido a origem do esquema de fraudes, que teria proporcionado o pagamento mais de R$ 1 milhão em honorários à empresa e eventuais sócios ocultos.

Yamoto afirmou ainda Norma Ayub seria influenciada por Theodorico. Na correspondência, ele demonstra profundo conhecimento sobre o esquema ao revelar detalhes de clausulas publicadas e não publicadas dos contratos entre a prefeitura de Itapemirim e a CMS.

O irmão da ex-prefeita de Itapemirim, Norma Ayub, o advogado Yamato Ayub Alves já tinha denunciado o esquema e suposta participação do deputado estadual Theodorico de Assis Ferraço. No ano passado, Yamato revelou as articulações do parlamentar desde o ano de 2005 a favor da empresa de consultoria CMS.

Em correspondência enviada ao então interventor estadual em Presidente Kennedy, promotor aposentado Lourival Lima do Nascimento, ele narrou os bastidores das fraudes nos municípios e alertou que o esquema havia se espalhado por outros municípios.

Ele revelou as frequentes reuniões

iRmÃo já TinHA dEnUnCiAdo ESQUEmA

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

ALISSANDRA [email protected]

Operação Derrama revela esquema de corrupção em prefeituras

doS Ex-PREfEiToS PRESoS, SomEnTE noRmA AyUb, mULHER do dEPUTAdo ESTAdUAL THEodoRiCo »fERRAço foi SoLTA nA noiTE dE SExTA-fEiRA, APóS dETERminAçÃo dA jUSTiçA

A Operação Derrama, que levou para a prisão 31 pessoas, entre elas, 10 ex-prefeitos capixabas acusados de participação no esquema de fraudes na recuperação de tributos em oito municípios virou manchete dos principais veículos de comunicação do estado e do país.

O esquema começava com a contratação sem li-citação, da empresa CMS Consultoria para a recupe-ração de dívidas de impos-tos. A partir daí, a empresa operava com a cobrança dessas dívidas em nome da prefeitura. Segundo a denúncia, os valores eram aumentados artificialmen-te. Do total arrecadado, cerca de 40% eram dividi-dos entre os membros da quadrilha.

No município de Ara-cruz, a estimativa é de que tenham sido desviados cerca de R$ 13 milhões. Mas o esquema, repetido em outros cinco municí-pios capixabas, pode ter rendido mais de R$ 200

milhões em fraudes na ar-recadação.

Os primeiros indícios da fraude surgiram durante uma auditoria do Tribu-nal de Contas do Espírito Santo, em Aracruz. A de-núncia foi encaminhada ao Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e a Corrupção (Nurocc), e ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que aprofundaram a inves-tigação e pediram a prisão dos envolvidos.

Em dezembro, 11 pes-soas foram presas, entre funcionários municipais e fiscais de renda da Prefei-tura de Aracruz, os sócios de uma empresa e um fun-cionário do Tribunal de Contas do Estado. O es-quema chegava a permitir que 40,97% do valor pago pelos contribuintes ao município em decorrência dos serviços prestado pela CMS fossem rateados en-tre a empresa e fiscais da prefeitura. Atualmente a CMS vinha recebendo so-mente de uma prefeitura parcelas de valores supe-riores a R$ 400.000,00, em decorrência de uma

autuação realizada numa multinacional.

No dia 18 de janeiro, a Nurocc deflagrou a opera-ção que resultou na prisão de 11 pessoas, entre elas, sete ex-prefeitos do esta-do: de Linhares, Guerino Luiz Zanon; de Guarapari, Edson Figueiredo Maga-lhães; de Aracruz, Ademar Coutinho Devens e Luiz Carlos Cacá Gonçalves; de Marataízes, Ananias Fran-cisco Vieira; de Anchieta, Edival José Petri e Moacyr Carone Assad.

No dia seguinte, O nome dado à ope-

ração, segundo a Polícia Civil, foi uma alusão às cobranças abusivas de ta-xas e impostos praticados pela Coroa Portuguesa no período do Brasil co-lonial. A ‘derrama’ tinha como objetivo estabelecer uma cota anual cobrada aos produtores de ouro em Minas Gerais e foi o motivo que desencadeou a Inconfidência Mineira, no século XVIII.

MAIs PRIsõEsNa noite do dia 18, às

23h30, o desembargador

Ronaldo Gonçalves, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), relator do processo que apura os desdobramentos da Operação Derrama, decretou a prisão da ex-prefeita de Itapemirim, Norma Ayub (DEM).

Além dela, outro ex-prefeito de Itapemirim, Alcino Cardoso, também teve prisão decretada. A prefeitura de Itapemirim teve contratos assinados durante a gestão de Nor-ma com a empresa CSM.

Através de nota, a asses-soria de comunicação da Prefeitura de Itapemirim informou que o município teve contratos assinados durante a gestão Norma Ayub com a empresa.

“Até o momento apu-ramos que foram pagos à empresa investigada, entre 2007 e 2012, o valor total de R$ 2.545.208,28 (dois milhões quinhentos e qua-renta e cinco mil duzentos e oito reais e vinte e oito centavos). Só no ano de 2012 a administração an-terior pagou a CSM o valor de R$ 1.017.466,05, sendo em 31/01/2012 a quan-

Desembargador Ronaldo Gonçalves, relator do processo que apura os desdobramentos da Operação Derrama

tia R$ 100.054,35, em 02/02/2012 R$ 895.177,40 e em 24/09/2012 R$ 22.234,30. Os valores apurados tratam-se de empenhos liquidados, ou seja, pagos. A gestão atual irá atuar em consonância com todos os órgãos fis-

calizadores e contribuirá com qualquer solicitação advinda dos órgãos de fis-calização e controle. Todos os atos, contratos e convê-nios serão disponibilizados ao contribuinte tão logo os processos sejam instruídos e finalizados”, diz a nota.

Ele denunciou que os acordos traziam expresso o pagamento de uma comissão de 0,6% sobre as receitas recuperadas, porém, um outro dispositivo previa o pagamento de honorários (fixados em 15%).

“É estranha a demonstração de subserviência, negligência ou omissão ante muitas denúncias graves ali apresentadas, contra ações típicas de quadrilha atuando no município de Itapemirim, onde o deputado Theodorico de Assis Ferraço exerce a administração de fato usando sua esposa para a prática de suas mazelas sem limites”, narrou.

Yamoto disse ainda que apresentou

uma denúncia sobre os mesmos fatos à Promotoria de Justiça do município em 2009. Essa não teria sido a primeira vez que o irmão de Norma Ayub teria se voltado contra a administração da irmã. No sistema processual do TJES, constam duas ações populares movidas pelo advogado contra a ex-prefeita Norma Ayub, todas ajuizadas no dia 27 de setembro de 2012, em relação à suposta nomeação de servidores fantasmas em cargos de assessoria. Os dois processos acabaram sendo rejeitados pelo juiz da comarca, Marcelo Mattar Coutinho, pouco menos de um mês depois do ajuizamento das ações.

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domingo, 27/01/2013 CACHoEiRo dE iTAPEmiRim E REgiÃo SUL 11ESPECiALwww.AQUiES.com.br

Theodorico afirmou que questões pessoais teriam levado Yamato a se afastar dele e de Norma e que Sandra virou adversária política dela.

Itapemirim, que previa percentual à CMS. Dos R$ 13 milhões que a CMS recebeu de prefeituras capixabas, segundo apuração inicial, mais de R$ 5 milhões vieram do município de Aracruz, e outros R$ 4,4 milhões de Linhares.

Essa é uma das principais irregularidades destacadas no inquérito, já que a cobrança dos tributos não poderia ser privatizada. Há também a contratação sem licitação e situações em que o trâmite normal do processo de cobrança teria sido deixado de lado e as empresas teriam sido autuadas de forma vexatória.

Nesta semana, o deputado Theodorico Ferraço prestou depoimento ao Nurocc, e negou que fosse o prefeito de Itapemirim, como acusou seu cunhado Yamato Ayub, irmão de Norma Ayub (DEM). Ele disse que não articulou o contrato do município com a CMS Consultoria e chegou a dizer que na Prefeitura de Itapemirim ele não era chefão, e sim apenas peão.

Em cerca de três horas de depoimento, o deputado rebateu as acusações de Yamato e da ex-vice-prefeita Sandra Peçanha, que constam no relatório final da operação de que ele tentou interferir na cobrança de tributos e que o dono da CMS, Claudio Salazar Pinto, tratava diretamente com ele sobre o contrato com a prefeitura. Além disso, negou ter tentado intimidar uma representante da Petrobras.

As cobranças de créditos tributários feitos por municípios com a ajuda da CMS Consultoria levaram algumas empresas a recorrerem à Justiça por entenderem que o valor cobrado e a forma foram abusivos.

Conforme a investigação da Operação Derrama, em um dos casos que a CMS atuou em Aracruz, a Petrobras foi autuada em R$ 246 milhões. O valor levou a empresa a recorrer à Justiça e o pagamento está pendente.

Ainda são citados recursos da Shell, Chevron e Petrobras contra cobranças feitas em

FERRAço PRESTA dEPoimEnTo BRigA nA JUSTiçA PoR ALToS vALoRES

Ex-vice de Norma Ayub confirma esquema

O depoimento da ex-vi-ce-prefeita de Itapemirim, Sandra Peçanha de Almei-da Marvila, revelou o grau de envolvimento de Theo-dorico Ferraço (DEM) nas fraudes em acordos para a recuperação de créditos tributários.

Ela, que assinou o pri-meiro contrato com a

CMS no exercício do cargo de chefe do Execu-tivo em 2005, confirmou a participação de Ferraço nas negociatas que culmi-naram com a contratação da consultoria, principal investigada no esquema.

Sandra contou que o marido da então prefeita Norma Ayub tratava dos

assuntos pertinentes aos contratos do município, em especial, ao acordo entre a prefeitura e a em-presa CMS. O contrato milionário de consultoria, inclusive, teria sido moti-vo de atrito entre ela e a então prefeita, que teria utilizado a vice para assi-nar contratos em situações

de emergência. Além disso, ela revelou

também que os empresá-rios Cláudio Mucio Sala-zar Pinto e Cláudio Mu-cio Salazar Pinto Filho, sócios da CMS, tratavam do contrato diretamente com Theodorico e com o ex-secretário de Finanças, Eder Botelho Fonseca.Norma Ayub, ex-prefeita de Itapemirim

Procurador pede a soltura de ex-prefeitos

Justiça manda soltar Norma Ayub

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Pro-curadoria-Geral de Justiça, se manifestou pelo desmembra-mento do inquérito policial e pela realização de diligências imprescindíveis à proposição de eventual ação penal sobre o caso à Justiça. O documen-to foi enviado ao desembar-gador Ronaldo Gonçalves de Souza, relator do processo, na tarde da última quarta-feira.

Quanto aos pedidos de liberdade, o MPES opinou

O desembargador Ro-naldo Gonçalves decidiu, na noite de sexta-feira, acatar parcialmente o pe-dido do Ministério Públi-co Estadual, que solicitou a soltura dos ex-prefeitos presos durante a Opera-ção Derrama. Na sua sen-tença, o magistrado deci-diu soltar apenas a ex-prefeita de Itapemirim, Norma Ayub (DEM).

De acordo com o de-sembargador, os outros nove ex-prefeitos envol-vidos no processo vão continuar presos, já que no pedido do Ministério Público não foram apre-sentadas as justificativas individuais que pudessem

pela substituição da prisão preventiva por novas medi-das cautelares, em virtude de alguns investigados não pos-suírem mais vínculo com as administrações municipais. A medida restritiva de liber-dade havia sido determinada para não atrapalhar a instru-ção criminal, o que não se verifica, vez que muitos se desligaram de suas funções públicas há anos.

O MPES destacou que, caso surjam novos fatos que justifiquem a decretação da

prisão preventiva a mesma será requerida. Assim como, caso os beneficiados descum-pram as medidas cautelares impostas, estes poderão ter a prisão decretada novamente. A manifestação da Procu-radoria-Geral de Justiça é convergente com o entendi-mento do Supremo Tribu-nal Federal que defende que quando não há indícios de autoria e materialidade para deflagrar a ação penal, não há razão para a manutenção da prisão processual.

ser levadas em considera-ção para que eles fossem colocados em liberdade.

Mesmo em liberdade, Norma fica proibida de se ausentar do município de Itapemirim, de com-parecer em qualquer de-pendência da prefeitura local, além de ficar im-possibilidade de manter qualquer tipo de conta-to com funcionários do Executivo da cidade. O desembargador determi-nou também o recolhi-mento do seu passaporte para evitar que ela deixe o país.

Vão continuar presos no Quartel da PM os ex-prefeitos Edson Figueire-

do (Guarapari), Ademar Devens (Aracruz), Gue-rino Zanon (Linhares), Edival Petri (Anchieta), Valter Luiz Potratz (Piú-ma), além dos ex-procu-radores e ex-servidores de prefeituras Zamir Gomes Rosalino, Eder Botelho, Cládio Múcio Salazar e Analice Gobeti Pianis-soli.

Já no Centro de Deten-ção Provisória de Viana II estão detidos os ex-pre-feitos Ananias Francisco Vieira, Moacyr Carone Assad e Alcino Cardoso. Nenhum deles possuem curso superior. Eles di-videm a mesma cela da unidade.

Page 12: Edição 534

saúde domingo, 27/01/2013 CaCHoeiRo de iTaPemiRim e RegiÃo sUL

www.aQUies.com.br12

OLÍVIA [email protected]

ilustração

Mania de tomar remédios: pode ser hipocondria

a HiPoCondRia é Um medo imagináRio oU Uma PReoCUPaçÃo exCessiva de sofReR de Uma LesÃo oU doença QUe, na ReaLidade, nÃo exisTe »

cachoeiro de itapemirim

A hipocondria ou a mania de doença são do-res reais, sentidas pelos pacientes, mas que tem origem de seus proble-mas na mente tumultu-ada e na carência afeti-va. Atire a primeira pe-dra quem nunca sentiu essa ou aquela dorzinha e logo se imaginou aco-metido de uma compli-cação muito mais séria. Não existe homem ou mulher que, pelo me-nos algumas vezes na

vida, não se viu tomado por temores infundados acerca da própria saúde. Mas há gente que exage-ra. “Dor de cabeça? Só pode ser tumor no cé-rebro. Azia. Meu Deus, e se for um câncer no estômago?”

Pessoas hipocondrí-acas são assim. Estão sempre contraindo uma doença terrível. Em ge-ral, visitam a farmácia como quem vai ao su-permercado. Adoram novidades da indústria farmacêutica. Conhe-cem todos os medica-

mentos e sempre estão questionando o balco-nista. Não dispensam o roteiro pelos consultó-rios e se irritam quando algum médico lhe diz que não tem nada.

“É comum um pa-ciente chegar ao con-sultório reclamando de alguma dor e o médico fazer todos os exames e não constatar nenhuma doença. Geralmente o hipocondríaco sente a dor de que se quei-xa e sofre. Mas o seu mal está na mente e no complicado mecanismo

que rege as emoções e as relações do ser humano com o mundo exterior. Muitos dos casos aten-didos em clínicas e hos-pitais se enquadram a síndrome hipocondría-ca que atinge as pessoas “normais” na agitação da vida moderna”, diz o psicólogo Fernando Fiuza.

No fundo, o hipo-condríaco é uma pessoa carente que busca na as-sistência médica alguém que lhe dê atenção. Ela insiste e, muitas vezes, acaba conseguindo que o médico solicite exa-mes e prescreva remé-dios. Sente-se aliviada por alguns dias e, de-pois, encontra outro motivo para voltar ao consultório ou ao hos-pital. A pior notícia para o hipocondríaco é ouvir o doutor dizer que o seu problema é psíquico.

A empresária Bruna Munique, 31 anos, so-fre com a doença desde criança. “Eu me lembro que sentia dores e recla-

mava muito com a mi-nha mãe, e tudo estava na minha cabeça, muitas vezes ela me dava água com açúcar falando que era remédio e a dor pas-sava” conta Bruna.

Já na fase adulta as idas ao médico foram se tornando cada vez mais frequentes, a jovem car-regava uma farmácia na bolsa, não existia um único medicamento que ela não conheces-se ou já tivesse usado. “Acho que o pior para o hipocondríaco é aceitar a doença e procurar aju-da, no meu caso foram anos de visitas intermi-náveis aos vários médi-cos para ouvir sempre a mesma coisa, que eu não tinha nada, sem contar que não podia ouvir al-guém reclamando que estava sentindo alguma dor que logo aquilo se transferia para mim.”

Há casos em que a hi-pocondria é deflagrada por uma situação trau-mática, como a perda do emprego ou morte na família. Metade dos

hipocondríacos sofre de depressão. Angústia e ansiedade são dois componentes marcan-tes na psicologia de quem vive se imagi-nando doente. O risco maior, no entanto, está na automedicação con-tumaz e na fixação da mente em sentimentos e pensamentos mór-bidos o que, ao longo do tempo, pode afetar o equilíbrio orgânico e possibilitar o surgimen-to de doenças reais.

“O hipocondríaco quando não consegue a prescrição médica acusa o médico de incompe-tente, na tentativa de obter a cura para o mal que julga estar sentindo, já o médico para evitar o consumo desnecessário de algum medicamen-to que posteriormente pode ocasionar uma doença real ao paciente, encaminha o caso para um psicólogo que vai cuidar da doença com tratamento adequado”, afirma o psicólogo Fer-nando Fiuza.