36
1 DEZ 2010

Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

Citation preview

Page 1: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

1DEZ 2010

Page 2: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

2DEZ 2010

Page 3: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

3DEZ 2010

Page 4: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

4DEZ 2010

(16) 3025-2486(16) 3025-2486

TELEFONE

E-MAILS

JOÃO AP. BUENO CAMARGOEngº Agrônomo. Batatais (SP). “Soli-cito alteração em meu endereço de cor-respondência. Grato e parabéns pela re-vista.

DAIANA LILIAN FALEIROSPublicitária. Franca (SP). “Gostaria de receber a revista”.

GUSTAVO BORGES RISSATTIMédica Veterinária. Barretos (SP). “Sou estudante em Medicina Veterinária e gos-taria de receber a revista”.

JOSÉ RENATO PEIXOTOTécnico em Gestão de Empresa Rural.Franca (SP). “Gostaria de assinar a revis-ta. Li alguns artigos nela e me interessei bastante pelo conteúdo”.

CELSO ANTONIO MEDEIROSAgricultor. Passos (MG). “Parabéns pelas matérias. Gostaria de receber a Re-vista Attalea.”

JOSÉ APARECIDO FREITAS SILVACafeicultor. São Sebastião do Paraíso (MG). “Achei muito interessante a revista. Sou cafeicultor e gostaria de assiná-la”.

RONALDO SOUSA DE OLIVEIRAEmpresário. Uberaba (MG). “Recebe-mos todos os meses a Revista Attalea Agronegócios. Solicito alteração em meu endereço”.

LANCELORT AGUSTIN ALMADASupervisor - Adubos Triângulo. Piumhi (MG). “Trabalho como supervisor de Área da empresa Adubos Triângulo e gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegó-cios”.

Liberação lenta

CONTATOSITE

www.revistadeagronegocios.com.br

NOVO ENDEREÇORua José Domingos de Oliveira Morais, nº 3581, Esplanada Primo Meneghetti

CEP 14.403-240 - Franca (SP)

[email protected]@netsite.com.br

[email protected]

EDITORIAL

A Química voltada à agricultura, na atualidade, é um dos pontos-chaves para uma boa rentabili-

dade fi nanceira no plantio e condução da lavoura. Não que os “antigos” não soubessem utilizar artifícios impor-tantes na produção de alimentos e tudo mais. Mas que as descobertas dos últi-mos anos no ramo da nanotecnologia e na liberação lenta de nutrientes revo-lucionou a indústria de fertilizantes.

Porém, como todas as coisas boas que se inventa neste país, muitos “aproveitadores” apoderam-se do mer-cado, ludibriando produtores rurais e empresários do setor de agronegócios.

São várias empresas existentes no país neste ramo, mas poucas podem-os considerar como responsáveis e confi áveis como Embrafós, Fertec e Produquímica.

Nesta edição apresentamos a importância do manejo alimentar na redução da acidose ruminal e laminite em vacas leiteiras. Também no setor leiteiro, publicamos artigo que com-prova o aumento da produção de sila-gem com milho transgênico.

Destacamos, no setor de máqui-nas, a conquista da Palini & Alves e os benefícios da Roda D´água na agricul-tura.

Trazemos ainda, um novo patro-cinador, a INCOBI - Indústria de Má-

quinas Agrícolas Biagi, de Cajuru (SP). No setor da cafeicultura, des-

taque para a matéria sobre a nomeação de Wagner Rossi, para permanecer na pasta do MAPA - Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento. Também para a matéria sobre o “De-sempenho de clones de Café Arábica para os próximos anos”.

Ressaltamos, ainda, a criação da entidade Origens Produtoras do Café do Brasil, a nova entidade represen-tativa do setor cafeeiro no país. Que o setor possa ter, fi nalmente, a represen-tativade que merece no cenário mun-dial.

Com relação à silvicultura, apre-sentamos pesquisa sobre a utilização segura do Lodo de Esgoto na adubação de fl orestas.

Na criação de abelhas sem-ferrão, destacamos a introdução de rainhas em colméias de abelhas nativas do Brasil.

Na cultura da cana-de-açúcar, apresentamos mais um artigo interes-sante do francês Olivier Genevieve e uma matéria importante sobre a am-pliação do cultivo do amendoim, na entressafra da cana.

Aproveitamos para parabenizar o Escritório Alvorada (Franca/SP) pelos 35 anos de existência para a comuni-dade rural de Franca e região.

Uma boa leitura a todos!

Page 5: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

5DEZ 2010

NUTRIÇÃO ANIMAL

A fi m de reestrutu-rar seu portifólio e implementar inova-ções em seus pro-

gramas nutricionais, a Evialis, uma das líderes mundiais em nutrição animal, anuncia o lançamento de uma nova mar-ca de produtos para esse mer-cado. A Presence chega para substituir a Purina nos seg-mentos de ruminantes, eqüi-nos, peixes, camarões, aves e suínos, marca comercializada pela Evialis ao longo dos dois últimos anos, após aquisição da

Evialis apresenta ‘Presence’, nova marca de produtos para nutrição animal.

divisão de nutrição animal da Cargill.A Evialis utilizará a marca Purina

até junho de 2011, promovendo uma substituição gradativa pela marca Pre-sence. A transição, que tem início em outubro, contará com o relançamento de todo o portifólio Purina com a nova marca, e será feita em etapas pré-defi n-idas.

Até cumprir todo o cronograma, a empresa vai manter as duas marcas em circulação. “A decisão de introduz-ir uma nova marca no mercado é fruto da necessidade de expansão de port-fólio e inovação constante. Com uma marca própria, poderemos adequar as linhas em circulação de acordo com as tendências de mercado e demandas dos clientes. Esses fatores fi cavam limita-dos no antigo modelo.”, explica Nilton Perez, diretor presidente da Evialis no Brasil, salientando que, “com a mudan-ça, a Evialis passa a ter maior liberdade para inovação e também para a entrada em novos segmentos.”

A empresa entende que tem um amplo desafi o pela frente, mas o encara como uma grande oportunidade e está confi ante com a receptividade do mer-cado. “Uma marca é feita de atributos muito superiores a um nome ou a uma

representação gráfi ca. Nossa marca é constituída por pessoas, com experiên-cia e conhecimento das necessidades dos consumidores e proximidade dos clientes. E isso não se encerra, mas sim se intensifi ca. Todas essas qualidades, aliadas à excelência na formulação dos produtos, serão mantidas na nova Pres-ence, que já nasce grande. Continua-remos contando com a maior e mais especializada rede de distribuição de produtos do segmento do país”, infor-ma Perez. A equipe Evialis recebeu a notícia com entusiasmo e já passou por treinamentos para responder a pos-síveis dúvidas dos clientes, prospectos e do mercado.

A Evialis continua sendo pro-prietária das fórmulas dos produtos e da engenharia de produção. A equipe interna e a rede de revendas perman-ecem inalteradas.

A empresa prevê que a estimativa de crescimento do faturamento de 10% ao ano seja mantida. “Trata-se de uma decisão estratégica e muito coerente com a ambição da Evialis no Brasil, que é de crescer e incrementar os seus investimentos. O Brasil é hoje para a Evialis uma das principais atividades do grupo, senão a principal”, fi naliza o

Nilton Perez, presidente da Evialis Brasil

executivo.

Criação da Marca - Para a escolha e desenvolvimento da nova marca, um time de profi s-sionais especialistas da Evialis no Brasil e França realizou uma série de estudos e análises sobre percepções e aceitação de dife-rentes marcas. A Presence foi a escolhida, e tem como princi-pais atributos o compromisso com a excelência dos produtos, inovação, profi ssionalismo da equipe, dinamismo, parceria com clientes e revendedores,

integridade, universalidade e confi -ança.

A Empresa - A Evialis, empresa francesa e uma das líderes mundiais em Nutrição Animal, está presente industrialmente em 18 países, possui mais de 75 unidades industriais e co-mercializa produtos e serviços em mais de 50 países. A empresa possui mais de 5 mil funcionários e está presente no mercado mundial há mais de 70 anos.

Atuando no Brasil há mais de 70 anos, o grupo Evialis possui fábri-cas localizadas em Barra Mansa (RJ), Canoas (RS), Contagem (MG), Des-calvado (SP), Inhumas (GO), Paulínia (SP) e duas em São Lourenço da Mata (PE), além de sua subsidiária Zoofort, em Primavera do Leste (MT). O grupo atua nos mais diversos segmentos de nutrição animal: ruminantes, eqüinos, aquicultura, aves, suínos e pet-food, através do fornecimento de rações completas, suplementos minerais e premixes.

Trata-se de um grande grupo es-pecializado em nutrição animal, pre-parado e capacitado para proporcionar ao mercado tecnologias específi cas e voltadas para cada objetivo e necessi-dade dos produtores rurais. A

FOTO

: Div

ulga

ção

Page 6: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

6DEZ 2010

Manejo alimentar visando reduzir acidose ruminal e laminite em vacas leiteiras

Junio Cesar Martinez 1

A acidose ruminal sub-aguda é um problema, de cer-ta forma, predominante nos rebanhos leiteiros. Em vacas alimentadas com ração total, aproximadamente 25% das vacas certamente tem pH ru-minal abaixo de 5,5. Isso com-promete a perfeita digestão da dieta, uma vez que o pH rumi-nal é grandemente uma função de balanço entre a produção de ácidos graxos voláteis pro-venientes da fermentação de carboidratos, sua neutraliza-ção pelas tampões salivares e dietéticos, e sua remoção pela absorção através da parede do

1 - Doutor em Ciência Animal e Pastagens pela Esalq/USP.

rúmen, ou passagem pelo rúmen.A acidose é causada pelo con-

sumo de alta quantidade de carboidra-tos ruminalmente disponíveis, baixa quantidade de fi bra efetiva, ou ambos. Laminite, uma infl amação asséptica das camadas dérmicas dentro do casco e é a maior causa de manqueira de va-cas leiteiras, relacionada a acidose ru-minal.

Porém, não podemos nos es-quecer de que vacas leiteiras de alta produção terão inevitavelmente algum grau de acidose, dadas as características da dieta para esse tipo de animal, e o comportamento fi siológico e ingestivo da vaca. Assim, excelente manejo do cocho e investimento em conforto ani-mal têm sido apontados como fatores de risco para acidose e laminite em re-banhos leiteiros.

Então, escrevo este artigo para destacar os desafi os que enfrentamos, bem como os nossos esforços para mi-nimizar a acidose ruminal e a laminite de vacas leiteiras, ressaltar que a mar-gem de erro em nossos programas de formulação de ração é pequena, bem como, para apontar os pontos de con-trole onde poderemos atuar.

Dieta de Transição - Na prática,

nada mais é do que aumentar gradati-vamente a proporção de concentrado na ração total, durante as ultimas pou-cas semanas do pré-parto, o que é uma prática comum. O consumo de quan-tidade excessiva ou mínima de con-centrado durante o período seco pode aumentar o risco de acidose. Quan-tidade excessiva pode levar a riscos de acidose, mas é pouco provável devido ao baixo consumo de alimento nesta fase; também porque os produtores costumam ser econômicos com relação a quantidade de concentrado para va-cas secas. Por outro lado, quantidade mínima também pode levar a acidose, uma vez que a falta de absorção de áci-dos graxos voláteis pelas papilas rumi-nais e a adaptação dos microrganismos ruminais à alta quantidade de energia que será ingerida apos o parto.

Estresse Calórico - A pesquisa já demonstrou baixo pH ruminal de va-cas leiteiras quando mantidas em am-biente quente e úmido (30ºC e 85% de umidade relativa) de que de vacas em ambiente mais fresco (18ºC e 50% de umidade relativa), quando alimenta-das com alta forragem (35% de grãos, pH de 6,1 vc 6,4) ou dietas de alto grão (65% grão, pH 5,6 vs 6,1), possivel-mente devido à diminuição da ativi-

dade ruminal e redução da ingestão de alimento. Vacas sob efeito de estresse calórico selecionam a ração total em busca de aumentar a ingestão de partículas pequenas e con-centrado, visando diminuir a ingestão de fi bra e, com isso, a produção de calor proveni-ente do metabolismo. Por isso, existe uma recomendação para se aumentar a FDN fi si-camente efetiva (aquela capaz de estimular a ruminação) e reduzir os carboidratos não fi brosos, visando reduzir os riscos de acidose. Assim, um manejo que otimize o confor-to dos animais e minimizem o estresse calórico é um impor-

tante componente para a prevenção de laminite.

Aditivos - Existem muitos aditi-vos disponíveis para uso em dietas de vacas leiteiras visando minimizar a acidose ou laminite. A suplementação com monensina sódica é um exemplo que tem demonstrado bom funciona-mento para aumentar a efi ciência da produção de leite. A cetose sub-clinica foi reduzida em vacas em transição tratadas com cápsulas de liberação con-trolada de monensina. Também pode ser usada para prevenir acidose lática, demonstrando ser um produto interes-sante para reduzir acidose e laminite, embora mais algumas pesquisas sejam requeridas.

Aparentemente, a monensina mantém ou aumenta o pH de vacas leiteiras. Em confi namento de gado de corte, os animais aumentaram a frequência de alimentação e reduziram o tamanho médio da refeição.

O pH ruminal diminui após as refeições, e esta diminuição vai pro-gredindo a medida que aumenta o tamanho das refeições e diminui a quantidade de FDN dietético. A suple-mentação com bicarbonato de sódio atenua a queda do pH pós-alimenta-ção, e pode atenuar a acidose. A reco-

Consumo excessivo ou reduzido de concentrado no período seco pode aumentar o risco de acidose

FOTO

: Edi

tora

Atta

lea

LEITE

Page 7: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

7DEZ 2010

LEITE

VOCÊ SABIA?# Que em cerca de 63% das terras agricultáveis do Bra-

sil o alumínio tóxico está presente causando redução do sistema radicular das principais culturas. Para neutralizá-lo é que se emprega o calcário associado ao gesso agrícola.

# Cidade x Campo – estima-se que até o ano de 2010 o crescimento das áreas urbanas vai subtrair cem milhões de hectares da agricultura. Somente na China, desde 1995, a área rural perdeu dois milhões de hectares para as cidades.

# Que a produção comercial de tratores começou com o famoso modelo Fordson, desenvolvido por Henry Ford e anunciado em 1917.

# Que o primeiro trator brasileiro foi fabricado em 1959 pela Companhia Brasileira de Tratores, mais conhecida como CBT, em São Carlos (SP).

# Que a população rural em 1960 era maioria quando 54,9% das pessoas moravam no campo. Houve um êxo-do rural impressionante nos últimos tempos. Já em 1970 moravam no campo apenas 44,1% dos brasileiros. A que-da continuou em 1980 baixou para 32,4%, em 1990 para 24,4% , em 2000 cerca de 18,8 % e atualmente a estimativa é de 17%. Cada vez mais bocas para serem alimentadas.

por Hélio Casale

mendação de inclusão de 0.7 a 1,0% da ração total tem sido genericamente utilizada.

Foi relatado que 20mg/vaca/dia de suplementação com biotina reduziu a laminite de vacas leiteiras, através da queratinização da epiderme do casco. A biotina não influencia a produção de ácidos graxos voláteis e a digestibilidade apa-rente no trato digestivo.

Também, existem relatos na literatura de que laminite pode ser decorrente da carência de alguns elementos minerais, como zinco, manganês, cobre e cobalto, pois eles também atuam na queratinização, con-forme o descrito para a biotina. E por fim, alguns estudos foram feitos com leveduras muito específicas, como Lactobacillus plantarum, Entero-coccus faecium, Megasphaera elsdenii e Propionibacterium, e demonstraram eficácia na atenuação da acidose, mas os trabalhos ainda são muito escassos e os dados não conclusivos.

Preparo da Dieta - Grande varia-ção nas concentrações de MS, energia e FDN podem ser observadas entre silos. Diferentes silos feitos na mesma pro-priedade certamente terão composição diferente. Isso enfatiza a importância do controle meticuloso da utilização

do alimento, para minimizar a vari-ação dos lotes, e para a obtenção de amostras re-presentativas do que está sendo fornecido aos animais. Logica-mente, esse con-trole somente é interessante em fazendas que fazem con-trole do manejo

nutricional de forma bastante disciplinada, pois de nada adi-anta realizar analise bromato-logica do alimento e contratar um excelente nutricionista para formular a ração, se ao alimen-tar, esse procedimento é feito usando uma pá-carregadeira de grande capacidade, mas de mínima precisão. Outra questão a ser avaliada é da utilização de silos “bag”. Muitas vezes se tem variação na composição do ali-mento entre os silos, principal-mente aqueles com históricos diferentes, como dia de colhei-ta, condições climáticas, talhões diferentes, variedade, tamanho de partícula (máquinas diferen-tes para cortar), dentre outros fatores. Fazendas que utilizam

grande quantidade e diversidade de subprodutos agroindustriais também deverão estar atentas as variações na composição destes. Portanto, em siste-mas bastante ajustados, essa diferença poderá ser transferida para o concen-trado, para o perfeito balanceamento da dieta.

Considerações Finais - Podemos observar que dispomos de conhe-cimentos sobre manejo e nutrição de vacas leiteiras, bem como disponibili-dade de produtos, capazes de atenuar consideravelmente os problemas de acidose ruminal e laminite. Manejo nutricional e investimento em confor-to para os animais são requisitos chaves para minimização, ou mesmo elimi-nação do problema. (FONTE: Texto adaptado de notas de aula do Professor Dr Randy D. Shaver, da University of Wisconsin, Madison - EUA).

Um dos problemas causados pela acidose é a laminite, como a ob-servada acima nos cascos de bovino de leite.

FOTO

:Div

ulga

ção

A

Page 8: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

8DEZ 2010

FERTILIZANTES

A Produquímica Indústria e Comércio S.A aposta nos Fertilizantes Inteligentes e tem investido forte em uma

ampla linha de produtos para o mer-cado nacional voltada para várias cul-turas, principalmente para as de citros, café, hortaliças e milho. “São fertili-zantes de liberação lenta e controlada de nutrientes, cuja tecnologia permite aumentar a performance agronômica do fertilizante, diminuir o número de entradas na lavoura, além de evitar a contaminação do meio ambiente”, explica Cláudia Afonso, Gerente de Produtos da linha. Para o agricultor, essa alta efi ciência e tecnologia du-rante a adubação representam a otimi-zação da mão-de-obra, do tempo e da quantidade de fertilizante aplicado.

Entre os destaques está a linha de produtos Producote®. A caracte-rística principal desta linha é que o Ni-trogênio e o Potássio são encapsulados com Enxofre e polímero orgânico e o Fósforo com polímero. Com isto, há a maximização da efi ciência do uso dos nutrientes, reduzindo drasticamente as perdas de Nitrogênio por volatilização, lixiviação e desnitrifi cação, as perdas de Potássio por lixiviação e a redução

Produquímica aposta emfertilizantes inteligentes de liberação lenta e controlada

Fertilizante Producote

Fertilizante Polyblen

da adsorção de Fósforo às partículas do solo.

Esta linha de produtos apresenta formulações com vários períodos de liberação de nutrientes que são dis-ponibilizados de forma lenta e con-trolada para atender às necessidades das diferentes culturas em diversas condições edafoclimáticas.

“Com o objetivo de construir fórmulas sob medida para os dife-

A

rentes cultivos e regiões, oferecendo soluções completas para a adubação, a Produquímica elaborou uma mistura física de Producote® com fertilizantes convencionais. Essa linha recebe o nome de Polyblen®. Com essa inova-ção, o produtor maximiza a efi ciência do uso dos nutrientes”, observa Cláu-dia.

Líder Mundial em Micronutrien-tes - O Grupo Produquímica foi funda-do no Brasil em 1965 e é líder mundial em micronutrientes para a agricultura e nutrição animal. Também está pre-sente no mercado externo, com produ-tos que chegam atualmente aos países do Mercosul, Europa e Oriente Médio. O Grupo atua em quatro áreas de negó-cios: nutrição vegetal, nutrição animal, tratamento de águas e indústria quími-ca. Seu complexo industrial recebeu recentemente novos investimentos para elevar a capacidade produtiva. Suas nove unidades estão localizadas estrategicamente em Suzano (SP), Ma-ceió (AL), São José dos Campos (SP), Igarassu (PE), Varginha (MG), Mauá (SP), Jacareí (SP) e Cubatão (SP).

Page 9: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

9DEZ 2010

Page 10: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

10DEZ 2010

A Organização Internacional do Café e oAcordo Internacional do Café são dispensáveis?

José Luis dos Santos Rufi no 1

A existência da OIC provoca, no mínimo, dois questio-namentos importantes. O primeiro deles decorre de

ser ela um arranjo único no mercado mundial. Criada em 1963, quando então se acreditava possível, e desejá-vel, exercer a governança de mercado via uma instituição que organizasse os interesses dos diversos segmentos por meio de acordos multilaterais, a OIC navegou, até o início dos anos 80, em confortável ambiente onde o interven-cionismo estatal era a tônica entre os países membros.

No mesmo período em que vice-jou a OIC, outras instituições seme-lhantes também foram ativadas, sendo a OPEP a mais conhecida delas, prin-cipalmente, na década de 70. Mesmo essa, não obstante a importância do petróleo, já não exerce qualquer papel fundamental no mercado e não passa da associação de 11 países produtores sem nenhuma infl uência nos rumos do mercado dessem produto. Desconheço a existência da OISoja, OIAlgodão, ou mesmo de organizações internacio-nais voltadas para apoiar o desenvolvi-mento de cadeias produtivas não agrí-colas por meio de acordos multilaterais entre Países. Todas elas se valem, para disciplinar os mercados, de instrumen-tos reguladores mais contemporâneos, como, por exemplo, a Organização Mundial do Comércio.

A segunda questão, no entanto, é mais relevante e toma maior dimen-são quando observo nossas autoridades e lideranças cafeeiras voltarem suas atenções para o Acordo Internacional do Café. Nesse momento, temo que estejam privilegiando mecanismos que terão pouco ou nenhum impacto sobre a nossa cafeicultura, em detrimento de estarem buscando as verdadeiras soluções para as nossas difi culdades. Se assim for, as verdadeiras opções de desenvolvimento da cafeicultura brasileira deixam de ser abordadas por nossos deputados e demais líderes em Audiência Pública da maior importân-cia, relegando as verdadeiras soluções

1 - Engenheiro Agronômo, Doutor em Economia Rural e pesquisador da Embrapa

ao esquecimento, enquanto tratam de um Acordo com o objetivo pomposo e vazio que diz: “O objetivo do presente Acordo é fortalecer o setor cafeeiro global num contexto de mercado, pro-movendo sua expansão sustentável em benefício de todos os participantes do Setor”.

Ainda bem que, paralelamente a esse desperdício de tempo e desvio de foco, temos instituições e pessoas se dedicando a buscar soluções que real-mente apontam para o melhor desem-penho da nossa cafeicultura. Exemplos recentes de esforços bem mais produ-tivos podem ser verifi cados nas regiões produtoras de café.

No Sul de Minas, podemos obser-var a Cooxupé empenhada em ampliar sua estrutura física, conduzindo um arrojado e moderno projeto de arma-zenamento para cerca de 2 milhões de sacas de café, ao tempo em que mo-derniza seu laboratório de qualidade e se ocupa com a capacitação de seus funcionários, com a evolução técnica e econômicas de seus cooperados e com a busca de novos e mais rentáveis op-ções de mercado.

No Cerrado, assistimos ao esfor-ço do CACCER para coordenar ações de valorização do café de sua região de abrangência, trazendo visitantes/compradores de outros países e pro-movendo a viagem de sondagem mer-cadológica que visam à ampliação do número e da qualidade dos mercados compradores e, simultaneamente, se volta para proporcionar uma assistên-cia técnica e gerencial para seus cafe-icultores.

Na Zona da Mata, assistimos o empenho do SEBRAE-MG, em con-junto com a Secretaria a Agricultura do Estado de Minas e da Faemg e com o apoio das associações locais de cafei-cultores, desenvolvendo um trabalho moderno para implantação do Projeto “Foco competitivo do café das Matas de Minas” com o objetivo de reforçar a competitividade desse pólo cafee-iro, orientando ações coordenadas que buscam integrar as perspectivas individuais a uma visão conjunta de um futuro melhor para a cafeicultura regional.

Se ao invés de discutirem um

acordo multilateral - cujo histórico é uma sucessão de rompimentos e de cláusulas não cumpridas por seus sig-natários - a liderança cafeeira estivesse apoiando e incentivando ações desses tipos, certamente teríamos um resul-tado muito mais auspicioso. Pasmem, mas o principal argumento para que o Brasil celebre o tal acordo é que so-mos o maior País produtor e o segundo maior consumidor de café do mundo. Ora, esses são, exatamente, os argu-mentos fundamentais para jogarmos o jogo de mercado e da produção, ampli-ando cada vez mais a nossa capacidade de produzir com qualidade e de buscar as melhores oportunidades de inserção nos mercados nacional e internacional, que não se curvam a acordos celebra-dos nos gabinetes, mas sim, ao alto pa-drão de competência estabelecido por meio de ações mais adequadas, como as já apontadas.

Por último, é oportuno lem-brar que durante a forte crise viven-ciada pela cafeicultura brasileira nessa década, não se registrou, para solução dos problemas, qualquer infl uência dos Acordos Internacionais do Café celebrados anteriormente. Não obs-tante, a reunião da OIC realizada em setembro de 2005, em Salvador, se pro-punha a “traçar estratégias futuras que busquem o equilíbrio entre produção e consumo”. Que foi feito por essa orga-nização desde então?

Autoridades cafeeiras, é muito provável que, ao se empenharem para legitimar o Acordo Internacional do Café de 2007, estejam apenas dando tiros de festim nesse combate por um futuro melhor de nossa cafeicultura que é, certamente, o objetivo maior de todos vocês.

CAFEICULTURA

A

NOTAConfi ra maiores informações sobre todos os AICs no artigo de Carlos Eduardo de Andrade: “EFEITOS DOS ACORDOS INTERNACIO-NAIS DO CAFÉ PARA O BRASIL NO PERÍODO DE 1960 A 1992”, postado no site da Revista Attalea Agronegócios (www.revistadeagro-negocios.com.br)

Page 11: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

11DEZ 2010

José Benevides Romano 1

Segundo especialistas do agronegócio, mais de 50% do mi-lho plantado no Brasil na safra 2010 é geneticamente mo-difi cado, ou seja, transgênico. Essa tecnologia para a cul-tura do milho foi aprovada no Brasil há apenas 02 anos, e

esse rápido avanço na adoção dessa tecnologia em todas as culturas já coloca o Brasil como 2º país do mundo em área plantada com sementes transgênicas.

E na pecuária de leite e carne essa tendência não é diferente, pois o produtor já percebeu os benefícios da utilização dos milhos transgênicos, que hoje estão cada vez mais acessíveis, indepen-dente do tamanho de sua área plantada.

À medida que o produtor de leite vem se conscientizando que é importante obter altas produtividades aliadas à produção de silagem de milho com alta energia, ele percebe que para isso é fundamental investir numa lavoura que lhe dê bons resultados agronômicos com menores custos operacionais na utilização de máquinas e defensivos.

Nesse sentido, a utilização de sementes transgênicas de mi-

Aumenta a utilização de milho transgênico na produção de silagem

lho na produção de silagem de alta qualidade se en-caixam perfeitamente, já que podem aliar elevado potencial produtivo devido ao controle do ataque das lagartas, além de proporcionarem uma silagem com qualidade bromatológica superior.

É interessante observar que, ao contrário do que muitas empresas multinacionais imaginavam, a adoção das sementes de milho transgênico por pequenos produtores tem crescido consideravel-mente, principalmente pelo fato de que na maio-ria das vezes, eles não possuem estrutura adequada e oportuna de maquinário (trator e pulverizador) para pulverização da lavouras atacadas pelas lagar-tas.

Além disso, ao optar pelo milho transgênico o produtor proporciona benefícios ao meio ambien-te, já que a tecnologia possibilita a redução da apli-cação de inseticidas e do uso de produtos químicos, o menor consumo de água (com a redução da apli-cação de inseticidas), o menor uso de combustível (por utilizar menos máquinas no campo), a redução da contaminação do agricultor que aplica os in-seticidas (pela redução do contato com produtos químicos), e consequentemente maior qualidade de vida do produtor.

E quanto à questão da segurança, é impor-tante ressaltar que os vários produtos derivados dos milhos geneticamente modifi cados foram minucio-samente avaliados quanto aos riscos para humanos e animais, e não apresentaram nenhum efeito ad-verso, ou seja, se mostraram tão seguros, nutritivos e saudáveis quanto os milhos convencionais, tanto para alimentação humana quanto animal.

1 - Engenheiro Agrônomo da Riber Sementes

FOTO

: Edi

tora

Atta

lea

A

LEITE

Portanto, a utilização de transgênicos na produção de uma silagem de milho de alta qualidade vem se tornando uma revolução tecnológica, ambien-tal e social, tendo em vista as grandes transformações que estão ocorrendo no campo, independente do ta-manho e segmento do produtor rural.

Page 12: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

12DEZ 2010

Roda D´água: robustez e durabilidadeMÁQUINAS

Inventada na década de 40 para suprir necessidades essenciais de abasteci-mento de água, a Bomba

Roda D’água é hoje um ícone de preservação da natureza e ganho econômico.

Desenvolvida para diversas situações de bombeamento, tan-to para longas distâncias quanto para alturas elevadas, as Bombas a Roda D’água têm como princi-pais características a robustez, a alta durabilidade e a baixa ma-nutenção, tudo isso sem o uso da energia elétrica.

No entanto, existem alguns procedimentos que contribuem para que tais qualidades se pre-servem e que os usuários deste tipo de equipamentos usufruam de todos os benefícios que eles podem proporcionar.

Instalando uma Bomba D´Água - Após o dimensio-namento do melhor conjunto “bomba e roda” deve-se preparar o local da instalação.

Para a escolha do local de instalação adequado atente para:

- Água para acionamento da roda;

- Água que será bombeada (mina de água);

- Construção da base de con-creto para instalação do suporte;

- Local livre de enchentes e erosões;

- Nivelamento do suporte, pois ele estando nivelado irá garantir o bom desempenho do produto;

- Após a fi xação do suporte, o mancal também deve ser fi xado e nivelado;

- Para a montagem da Bomba no mancal posicione o rolete de forma a encaixá-lo corretamente no quadrante evitando colisões entre as peças no ato de juntar os dois conjuntos;

Deve-se ter ainda uma aten-ção especial para que a entra-da da água na bomba seja por sucção, pois por gravidade apesar de facilitar o bombeamento, não é recomendada, além de causar uma maior entrada de detritos no sistema gerando o mau funciona-mento das válvulas e seu desgaste acelerado, o equipamento não foi projetado para funcionar “afoga-do”.

Importância da Troca de Óleo - Os componentes mecâ-nicos da Bomba a Roda D’água trabalham lubrifi cados por óleo SAE 30 ou 40. A importância da troca de óleo é manter a lubri-fi cação das partes metálicas que trabalham em contato reduzindo atrito, evitando desgaste e a cor-rosão dos elementos internos, o que em suma aumenta a durabili-dade do produto. A troca de óleo possibilita a verifi cação de funci-onamento dos componentes no interior do cárter. A recomenda-ção é que esse procedimento seja executado a cada 3 meses.

Importância da Troca Cor-reta de Gaxetas - A Bomba a Roda D’água possui um sistema

de vedação regulável de baixo custo de manuten-ção que é ideal para condições severas de trabalho, como a falta de água na sucção, que faz com que os pistões trabalhem a seco e a presença de areia na água bombeada.

Quando observado um grande vazamento de água pelas gaxetas, pode se corrigir imediatamente com um pequeno aperto da sobreposta. Com o tempo as gaxetas vão se acomodando e perdendo seu efeito de vedação, por isto, é importante que na troca das gaxetas todos os anéis sejam substituí-dos. Quando a troca é feita parcialmente somente os anéis novos participam da vedação tornando a troca bem mais frequente que o necessário. A

FOTO

S: B

omba

s Roc

hfer

INFORMAÇÕESCANAL - A loja especializada Rochfer

www.canalbombas.com.brTel. (16) 3018-1992 / 3724-7280

Page 13: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

13DEZ 2010

MÁQUINAS

Podemos classifi car e analisar a evolução da Palini & Alves nesses últimos anos

como uma empresa que atravessou as turbulências da crise global e vem ex-pandindo ainda mais o mer-cado a cada ano, através da qualidade insuperável das máquinas já bastante conhe-cidas no mercado, e também mediante a diversifi cação de produtos com lançamentos que vem mudando a ótica do segmento.

Palini & Alves: pelo 3º ano consecutivo entre as 10 melhores empresas do agronegócio nacional no setor de tratores e máquinas agrícolas

A prova concreta da consagração da marca se dá quando neste ano de 2010, a Palini & Alves foi eleita pelo terceiro ano consecutivo entre as 10 melhores empresas do agronegócio na-cional no setor de tratores e máquinas agrícolas através de pesquisa da Globo Rural, sobre os dados fornecidos pelo Serasa Experian, que constatou um grande volume de investimentos pre-vistos pelas 30 campeãs dos principais segmentos para os próximos anos.

A cada ano a empresa melhora signifi cativamente a sua classifi cação e a presença nas categorias: Evolução do Ativo (1º lugar); Giro do Ativo (6º lugar); Rentabilidade da PL (7º lugar); Liquidez Corrente (10º lugar); Margem Líquida (10º lugar); e Margem da Ati-vidade (10º lugar).

A seleção das melhores em cada um dos 30 setores leva em conta a soma dos pontos dos dez critérios elaborados

pela redação da revista Globo Rural e Serasa Experian.

Nestes últimos 25 anos a safra brasileira de grãos saltou de 23,9 mi-lhões de toneladas para 149 milhões de toneladas, gerando assim um aumento de 175% e posicionando o Brasil como um dos principais responsáveis pelo crescimento deste setor e solidifi cando o nosso país como um dos grandes pila-res no mercado internacional.

Hoje, a Palini & Alves possui uma das fábricas mais modernas no Brasil com uma área de 60 mil m², a empresa produz equipamentos para processar café arábica ou robusta, cafés naturais, cereja descascado ou pergaminho (des-polpado) e diversos outros grãos como milho, soja, feij ão, castanha, etc. Ser-viços, que vão desde a pós-colheita até o café pronto para a exportação ou para as torrefações.

Atualmente a empresa também

vem tendo grande sucesso nos novos segmentos de Carretas Agrícolas e Pai-néis Elétricos.

Visando uma melhor expansão de seus negócios, a Palini & Alves tem projetos para muito em breve au-mentar ainda mais sua capacidade de produção, bem como sua cobertura nacional e internacional; para atender ainda melhor nossos parceiros e cola-boradores.

A trajetória da empresa é marca-da com arrojo e dedicação até culminar na liderança do mercado de máquinas agrícolas para processamento de café e outros grãos.

O resultado da classifi cação da Palini & Alves estar entre as melhores empresas do agronegócio nacional é engrandecedor para toda a cadeia produtiva do café. Em nome de toda a diretoria, parabenizamos a equipe Palini & Alves pela conquista. A

FOTO

:Div

ulga

ção

Page 14: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

14DEZ 2010

IRRIGAÇÃO

Irrigação por pulsosAndré Luís T.

Fernandes 1

A agricultura brasileira busca constantemente diminuir seus custos de produção e aumentar a qualidade do

produto colhido, mantendo assim a competitividade no mercado nacional e internacional mesmo em momentos de crise. Neste contexto, o aumento de produtividade é o fator que mais contribui para redução de custos e a ir-rigação é considerada a tecnologia de produção agrícola mais efi ciente para esta fi nalidade, pois também contribui para a estabilidade da produtividade.

O Brasil já irriga 240.000 ha de todo o seu parque cafeeiro, o que re-presenta quase 10% da cafeicultura na-cional. O que chama a atenção é que esta fatia irrigada responde por 25% da produção nacional, mostrando a grande competitividade da cafeicul-tura irrigada nacional.

Os cafezais irrigados estão mais concentrados nos estados do Espíri-to Santo, Minas Gerais, Bahia e, em menor proporção, em Goiás, Mato Grosso, Rondônia e São Paulo.

A irrigação tem sido utilizada mesmo nas regiões consideradas tradi-cionais para o cafeeiro, como o sul de Minas Gerais, Zona da Mata de Minas Gerais, Mogiana Paulista, Es-

pírito Santo, etc. Trabalhos de pesquisa demonstram que o aumento de produ-tividade média com o uso da irrigação (médias de pelos menos 3 safras) tem sido de 50%, quando comparada com as lavouras de sequeiro, trabalhos estes desenvolvidos nas regiões de Lavras e Viçosa, Minas Gerais, regiões consi-deradas aptas climaticamente ao cul-tivo do cafeeiro, sem a necessidade de irrigação.

Convém salientar que, embora a irrigação seja viável nestas regiões, o benefício do uso desta tecnologia é mais evidente em regiões mais quentes,

onde a temperatura média mensal difi -cilmente fi ca abaixo dos 19º C, como as novas fronteiras do café, como Barreiras, Luiz Eduardo Ma-

Figura 1 - Consumo de água por uma planta de café, ao longo do dia.

CLASSIFICAÇÃODAS REGIÕES

REGIÕES QUENTES(ano todo > 19ºC)Catalão/GO, Brasília/DF,Barreiras/BA REGIÕES MÉDIAS(jun e jul < 19ºC)Patrocínio/MG, Araguari/MG, Bonfi nópolis/MG, Paracatu/MG, Marília/SPREGIÕES FRIAS(mai a ago < 19ºC)Londrina/PR, Franca/SP, Varginha/MG, Carmo do Paranaíba/MG

TEMPERATURA MÉDIA MENSAL (ºC)J F M A M J J A S O N D

Temperaturas acima de 19ºC Temperaturas abaixo de 19ºC

Tabela 1 - Classifi cação das regiões cafeeiras do Brasil de acordo com as temperaturas médias mensais.

1 - Doutor em Engenharia de Água e Solo, pro-fessor da Universidade de Uberaba (UNIUBE) e coordenador do Núcleo de Cafeicultura Irrigada da Embrapa Café.

T1 - 1 linha gotejamento convencionalT2 - 2 linhas gotejamento por pulsosT3 - 3 linhas gotejamento por pulsosT4 - 4 linhas gotejamento por pulsosT5 - Sequeiro

TRATAMENTOS Safra 2008(sc/ha)

Safra 2009(sc/ha)

Média(sc/ha)

47,7 b60,5 a51,0 b69,3 a12,6 c

70,9 a38,3 b40,7 b69,9 a68,0 a

59,3 a49,4 b45,8 b69,6 a40,3 b

As médias seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si na coluna, pelo Teste Scott Knott a 5% de probabilidade

galhães e Cocos, na Bahia. Na Tabela 1, é possível verifi car a divisão da ca-feicultura brasileira em regiões, de acordo com a temperatura. As regiões podem ser classifi cadas, segundo San-tinato; Fernandes (2002) em “frias”, “médias” e quentes. A irrigação tem proporcionado melhores resultados de produtividade nas regiões quentes, se-guido pelas médias e, por último, nas frias.

Vários experimentos têm sido conduzidos nas diferentes regiões ca-feeiras, objetivando, principalmente, avaliar o efeito da irrigação na produ-tividade e qualidade do cafeeiro, sendo vários deles relacionados a estresse hí-drico x produtividade/qualidade.

Existem diferentes sistemas de irrigação que podem ser utilizados, sendo que a escolha do sistema de ir-rigação mais adequado depende de

Tabela 2 - Primeiras safras da lavoura de Catuaí Vermelho, no sul de Minas Gerais, Varginha/MG, Fazenda Experimental da Fundação Pro-café.

Page 15: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

15DEZ 2010

IRRIGAÇÃO

Exemplo de grande desenvolvimento radicular com a utiliza-ção da nutrirrigação por pulsos

uma série de fatores, destacan-do-se o tipo de solo, a topo-grafia, o tamanho da área, os fatores climáticos, os fatores relacionados ao manejo da cultura, o déficit hídrico, a ca-pacidade de investimento do produtor e o custo do sistema de irrigação. Além disso, deve-se ter em mente também que é grande o volume de água exi-gido na irrigação e, por isso, a necessidade de otimizar a utilização deste recurso é um dos aspectos mais importantes que deverá, também, ser consi-derado no momento de decidir pelo método e pelo sistema de irrigação a ser utilizado.

O uso de métodos de irrigação mais eficientes no consumo de água está cada vez mais disseminado no Brasil e a irrigação por gotejamento em café é uma realidade em todas as prin-cipais regiões produtoras.

Um sistema inovador de produção de café foi proposto por uma grande empresa multinacional de gotejamen-to em 2005 em caráter experimental. Hoje, já existem áreas comerciais em São Paulo e no Triângulo Mineiro usu-fruindo desta tecnologia exclusiva. A técnica consiste basicamente em usar um sistema de gotejamento por pulsos para aplicar a água seguindo a curva de transpiração da planta ao longo do dia.

Nesta água, também são aplicados os fertilizantes, buscando desta forma suprir a necessidade momentânea de Aágua e nutrientes da planta, realizando-se várias irrigações pequenas apenas durante o dia (pulsos) e aplicando solução nutritiva (nutrirrigação).

Nesta revolucionária for-ma de suprir as necessidades hídricas e nutricionais da plan-ta, não se usa o solo como reser-vatório de água e sim como um suporte à planta. Desta forma, aplica-se a solução nutritiva para a demanda horária da planta, várias vezes ao longo do dia (pulsos) à medida que a radiação do sol aumenta e con-sequentemente, a transpiração da planta (Fig 1).

Nesta técnica, objetiva-se aumentar o desenvolvimento radicular em superfície, para que se potencialize a absorção

de água e nutrientes, proporcionando menores perdas destes elementos pela pronta assimilação pela planta (Fig 2).

Em trabalho realizado por Paiva; Sanches (2010) na Estação Experimen-tal de Varginha pertencente ao Procafé observam-se resultados significativos em aumento de produtividade nas duas primeiras safras de café Catuaí Ver-melho no expaçamento de 3,5 x 0,7m, conforme pode ser visto na Tabela 2:

Para compor um sistema de nu-trirrigação por pulsos, não basta so-mente utilizar gotejadores antidre-nantes. É necessário que todo o sistema de gotejamento seja antidrenante, pois pequenas variações topográficas den-tro do bloco de irrigação farão o siste-ma drenar e quando os pulsos forem aplicados - que são irrigações de curto espaço de tempo, 5 a 15 minutos -, o tempo de pressurização causará de-

suniformidade na aplicação da solução nutritiva. Portanto, este sistema tem uma engenharia es-pecífica e componentes especí-ficos, além dos gotejadores, que são válvulas de retenção, válvu-las antidrenantes de linhas de tubogotejadores e um sistema de fertirrigação automatizado.

Outra peculiaridade deste sistema é a necessidade de uma manutenção mais específica para prevenir crescimento mi-crobiano, pois, como todo o sistema está sempre cheio de solução nutritiva, há um es-tímulo para crescimento de

algas, bactérias e protozoários que po-dem causar desuniformidade. Isso é controlado com injeções mais frequen-tes de oxidantes, como o hipoclorito.

Até o momento, os resultados em produtividade que o sistema de nutrir-rigação por pulso tem proporcionado justificam o investimento. Em média, tem-se obtido incremento de 5 a 10 sacas por hectare comparando-se com o sistema de gotejamento convencio-nal. Esta diferença custeia o diferencial de investimento já na primeira safra.

Com a participação de produ-tores, pesquisadores e consultores, esta tecnologia tem-se adaptado às condições brasileiras tecnologias de ponta no uso da água que já são con-sagradas em Israel, Europa e África do Sul, cumprindo assim sua função de líder em prover tecnologias inovadoras no uso de água na agricultura.

FOTO

: Em

brap

a C

afé

Page 16: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

16DEZ 2010

CAFEICULTURA

Arnaldo Bottrel Reis 1

O Brasil é o maior produtor de café do mundo. Dentre as espécies, a mais comercia-lizada no mercado nacional

e internacional é o café arábica, o qual controlamos de 50% da comercializa-ção mundial. É por isso que esse grão é conhecido no país como ouro verde.

Porém o famoso cafezinho brasileiro há muito tempo vem so-frendo com a desvalorização perante o produto colombiano ou de países centrais. Fato é que a comparação é in-justa, assim como o valor agregado ao grão produzido no Brasil e ao produ-zido na Colômbia.

Algumas observações que são ignoradas pelo comércio na bolsa de Nova Iorque fazem toda a diferença para o consumidor. O café colombiano, negociado no contrato “C”, é um tipo lavado e precisa ser comercializado em até seis meses para não perder suas ca-racterísticas, como a cor. Já o brasileiro é natural, que além da qualidade supe-rior, ainda pode ser armazenado até o mercado oferecer preço justo.

Essa disparidade exige uma des-valorização de 40%, aproximada-mente, perante os cafés certifi cados na bolsa americana. Mas não há essa de-preciação, o que impossibilita a comer-cialização por produtores brasileiros.

Na cotação de U$2 libra peso, em março do ano que vem, a Colômbia vai comercializar seu café com preço cer-ca de 50 centavos de dólar sobre este valor. Enquanto o Brasil vai vender o produto de melhor qualidade a 30 cen-

tavos de dólar menos. Se o café colom-biano representa o contrato “C”, por- que a cotação não é regularmente U$ 2,50? O resultado disso é uma perda de quase R$ 90 por saca.

A sociedade e o contribuinte são quem paga pelo prejuízo. O país perde divisas fazendo negociações no mercado internacional baseada numa cotação de concorrente e produto que não correspondem ao brasileiro. E não há alternativas para marketing do café

A diferença entre o café brasileiro e o colombiano

brasileiro, visto que a Colômbia con-seguiu tornar censo comum que seu produto é o melhor. Com isso, o produ-tor tem que vender sua produção a va-lores muito menores para sobreviver.

A situação já é de conhecimento o governo, mas as multinacionais e ex-portadoras vêm pressionando. Como não bastasse a desvalorização, a classe ainda tem uma dívida que a torna de-pendente de um sistema. Isso impos-sibilita a comercialização justa, visto que sem capital, o produtor tem que entregar a produção ao valor que en-contrar para sobreviver apenas, sem condições de investir e revitalizar a la-voura e melhorar a produção.

O que a classe espera é uma solução do governo, da próxima ad-ministração, para que o cafeicultor tenha prazer em produzir o grão ouro verde do Brasil. Isso começa com a valorização do produto perante os ou-tros de qualidade inferior no mercado internacional. O produtor não tem que viver se martirizando com o risco de sua falta, sua família fi car desestabili-zada. É necessário que haja algo para assegurá-lo.

1 - Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha (MG) e vice-presidente da Associa-ção Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite – Sincal.

X

A

FOTO

: Edi

tora

Atta

lea

Page 17: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

17DEZ 2010

CAFEICULTURA

A

Há tempos que os fundamen-tos do mercado de café não criavam um ambiente tão favorável para a valorização

dos preços da commodity. O aumento do consumo internacional e domésti-co, mesmo após um cenário de crise global, e a oferta mais apertada, depois da redução da safra colombiana e dos países da América Central, já fi zeram com que as cotações subissem 47,3% na bolsa de Nova York em 2010, ape-sar da queda de 1,29% em novembro, como mostram cálculos do Valor Data até o dia 26.

A conjuntura para o café é tão favorável que no Brasil, maior produ-tor e exportador do planeta, já está difícil encontrar até mudas para serem adquiridas. A valorização dos preços nos últimos meses foi tão intensa que os viveiristas - como são chamados os produtores de mudas - de alguns dos principais polos do país não con-seguiram atender à demanda de quem deixou a decisão de comprar as novas plantas para a última a hora.

Em Minas Gerais, responsável por 52,3% da oferta nacional de café, não há mais mudas disponíveis. Dono do maior parque cafeeiro do país, com 3,11 bilhões de pés em produção e outros 473,7 milhões em formação, o Estado tem necessidade média de 155 milhões de mudas novas por ano, con-siderando-se uma taxa de renovação de 5%. “Em Minas Gerais não existe mais muda para comprar. Pague o preço que for, hoje já não é mais possível encon-trar quem tenha mudas para vender”, afi rma Antônio Carlos Paulino, presi-dente da Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo.

Preço alto no mercado motiva produtor a aumentar taxa de renovação e a plantar em novas áreas

Segundo Paulino, o preço médio do milheiro de mudas no início do ano estava em R$ 250, mas apenas para quem fechava contratos de compras naquele momento e para entrega entre outubro e novembro. Para quem optou por fazer as compras no mercado dis-ponível, apenas no momento do plan-tio, o preço médio do lote de mil mu-das subiu de 30% a 50%, dependendo do período de compra.

“O valor das mudas acompanha o preço da saca. Quem acertou a compra antes pagou menos do que quem dei-xou para a última hora. O fato é que quem quer comprar agora não conse-gue mais”, afi rma Paulino.

Em São Paulo, segundo maior produtor de café arábica do Brasil, com um parque cafeeiro total de 446,2 mi-lhões de pés, a situação não é diferente. De acordo com dados da Secretaria de Agricultura do Estado, a disponibili-dade de mudas este foi inferior que em 2009. A expectativa dos viveiristas para a oferta de mudas para 2010 é também menor que a do ano passado. O plano

anual dos viveiristas paulistas de 2009 previa a oferta de 21,3 milhões de mu-das, enquanto para este ano a disponi-bilidade de mudas foi reduzida para 21,3 milhões, quase 35% a menos.

O desestímulo dos produtores de mudas está relacionado com os preços. Em novembro do ano passado, o valor médio da saca de café, segundo o CE-PEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, era de R$ 272,55. Em maio, quando a produção de mudas começa, a saca de café já va-lia R$ 289. O preço chegou a R$ 355 em novembro, 30% mais do que no mesmo período do ano passado.

“Ainda não conseguimos quan-tifi car exatamente, mas já é possível sentir uma migração de áreas de pasta-gem e grãos para o café. Foi esse efeito manada que pegou os viveiristas no contrapé e fez com que a disponibili-dade de mudas fi casse mais ajustada”, diz Celso Vegro, pesquisador do IEA - Instituto de Economia Agrícola, órgão da Secretaria de Agricultura paulista.

Há 12 anos no negócio de mudas, o produtor Walter Garcia Bronzi ven-deu neste ano 1,5 milhão de mudas a partir dos dois viveiros que tem no in-terior paulista, em Batatais e Altinópo-lis. A disponibilidade do produtor aca-bou há dois meses, apesar de o período de plantio do café durar de dezembro a fevereiro. “E se eu tivesse mais um milhão teria para quem vender. Nunca vi uma demanda tão grande quanto a desse ano, tanto que consegui vender a unidade por entre R$ 0,35 e R$ 0,40 este ano, sendo que o preço histori-camente varia de R$ 0,20 a R$ 0,25”, afi rma Bronzi. (Adaptado de VALOR ECONÔMICO)

FOTO

: Edi

tora

Atta

lea

Page 18: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

18DEZ 2010

O Escritório de Contabilidade Rural Alvorada teve seu início em 1º de Julho de 1975, completando 35 anos de existência neste ano de 2010.

Conta com uma equipe prepara-da para atender a todos com efi cácia e respeito, privando sempre pela ética e qualidade. Estamos preparados para o século 21, inovando sempre com tec-nologia atualizada, com o intuito de ampliar o número de clientes, aten-dendo Franca e toda região, bem como todo Estado de São Paulo e também outros Estados.

Os proprietários e familiares do Escritório Alvorada agradecem, primeiramente a Deus por terem al-cançado este feito, e a todos os clientes, colaboradores e fornecedores que sem-pre contribuíram para o sucesso desta empresa, pela preferência e confi ança depositada em todos esses anos!

PARABÉNS....... 35 ANOS!!!!

Funcionários do Escritório Alvorada

FOTO

: Div

ulga

ção

Page 19: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

19DEZ 2010

Page 20: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

20DEZ 2010

CAFEICULTURA

Café arábica brasileiro será negociado na Bolsa NY

A ABAG - Associação Brasileira do Agronegócio realizou no último dia 18 de novembro, o

seu 19º Fórum; um café da manhã que contou com cerca de 100 pessoas e abordou o tema “Eventos Extremos”, um dos principais desafi os da huma-nidade neste século.

Os eventos climáticos extremos podem ocorrer na forma de enchen-tes, secas prolongadas, ondas de calor, tufões e tornados. “Em muitos casos é possível prever a probabilidade e as localizações geográfi cas da ocorrência de eventos climáticos extremos. O problema é que em função das mu-danças climáticas provocadas pelo homem, a sua frequência e a inten-sidade aumentaram”, disse Carlo Lo-vatelli, Presidente da ABAG.

O Presidente da AGF Allianz, Max Thiermann, abordou em sua palestra o mercado de seguro rural diante de eventos climáticos. “O se-guro rural no Brasil contra perdas decorrentes de fenômenos climáticos adversos, está tendo uma evolução

19º Fórum da ABAG abordou o tema Eventos Extremosacentuada nos últimos anos. Em 2005 foram R$ 9 milhões em prêmios, já em 2009 foram R$ 448 milhões.

Um exemplo foram as tempes-tades ocorridas em Santa Catarina em 2008, 80% dos 27 mil produtores da região foram afetados pela chuva e o prejuízo com as lavouras de feij ão foi estimado em US$ 50 milhões. O si-nistro pago por conta do evento foi na ordem de US$ 257 milhões”, explicou Thiermann.

A experiência com a passagem do furacão Katrina, em New Orleans, no estado americano de Louisiana, em agosto de 2005, foi relatada por Ha-rold Doley III, Diretor e co-fundador do Lugano Group Incorporated. “O Ka-trina começou como um desastre natu-ral, mas evoluiu para uma catástrofe humana, pois não estávamos prepara-dos para isso. As pessoas sucumbiram com várias doenças e todos os níveis de governos falharam em proteger os seus cidadãos. New Orleans tornou-se universalmente conhecida como o epí-tome de uma falha organizacional”.

Os impactos dos eventos extre-mos na cadeia produtiva do agronegó-cio foi o tema da palestra de Sérgio Trindade, Prêmio Nobel da Paz em 2007 como membro do IPCC - Painel Internacional de Mudanças Climáti-cas. “O aquecimento global aumenta a temperatura dos oceanos, do ar e da terra e conduz a eventos climáticos extremos, a expansão no volume dos oceanos promove fusão do gelo polar e eleva o nível do mar e o alagamento permanente de áreas costeiras destrói infraestrutura de transporte, termi-nais e portos impactam diretamente nas cadeias produtivas do agronegó-cio. A sustentabilidade é o equilí-brio entre o ambiental, o social e o econômico. Os problemas sociais são mais antigos, já as questões relaciona-das ao ambiente são discussões recen-tes. Para superar com êxito uma situa-ção de desastre natural, por exemplo, os atores envolvidos precisam chegar a um consenso e agir com assertivi-dade para se chegar no que chamamos de sustentabilidade”, disse Trindade.

A

O café arábica brasileiro (lavado ou semilavado) poderá ser negociado na Bolsa de Nova York. A de-

cisão foi tomada no começo de dezem-bro, em reunião do Conselho de Ad-ministração da Bolsa.

A Bolsa de Nova York é o prin-cipal mercado de formação de preços desse tipo de produto, em que são ne-gociados exclusivamente os cafés la-vados. “A Bolsa percebeu que o Brasil tem participação importante nesse mercado, já que somos o maior produ-tor e exportador de café do mundo”, enfatiza o diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Robério Silva.

A medida atende pedido do mi-nistro da Agricultura, Wagner Rossi, feito em junho deste ano, ao chefe de operações da Bolsa, Thomas Farley. Na carta, Rossi ressaltou o crescimento da produção brasileira do café arábica la-vado e semi-lavado nos últimos anos.

“A aceitação internacional do produto é resultado de investimentos feitos pelo governo e setor privado, destina-dos a aumentar a qualidade dos grãos de café produzidos, bem como dos es-forços para respeitar os rígidos padrões sociais e ambientais no meio rural”, disse o ministro.

Rossi acrescentou, ainda, que os testes de qualidade realizados pelos peritos da Bolsa concluíram que há qualidade dos Cafés do Brasil e que o produto está em conformidade com as especifi cações e os padrões de quali-dade do contrato C.

O país dispõe de um parque produtor que ocupa 2,1 milhões de hectares. De acordo com a CONAB - Companhia Nacional de Abastecimen-to, a produção de café deverá alcan-çar mais de 47 milhões de sacas nesta safra. “Esse resultado está relacionado às transformações da cafeicultura nos últimos anos, como a evolução tec-nológica, por meio de avanços na área genética das plantas, dos sistemas de

plantio, irrigação e mecanização”, ex-plica Silva.

Ao todo, 14 estados produzem café em 1,9 mil municípios e o país tem a vantagem de produzir variados tipos do produto, o que amplia a capacidade de atender as exigências mundiais. O setor é responsável por empregar di-reta ou indiretamente oito milhões de pessoas.

Hoje, 19 países produtores são certifi cados pela Bolsa de Nova York para emissão de contratos para essa variedade: Burundi, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador,Guatemala, Honduras, Índia, México, Nicarágua, Nova Guiné, Panamá, Peru, Quênia, República Dominicana, Ruanda, Tan-zânia, Uganda e Venezuela.

No Brasil, o café arábica natural, principal variedade produzida no país, é negociado na BM&F/Bovespa e o café robusta, no London Terminal Market. (FONTE: MAPA, adaptada pelo Ca-féPoint).

Page 21: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

21DEZ 2010

CAFEICULTURA

Os diferenciais de um produto são demonstrados através de resultados e efi ciência no campo

João Benetti 1

No decorrer de alguns anos é percebido o aumento signifi cativo da concorrência no mercado, gerando maior competitividade e uma maratona para conseguirem con-

quistar seu espaço, sejam através dos seus diferen-cias de serviços ou da importância de seus produtos.

Porém nem sempre isso é possível, pois falar dos diferenciais de um produto parece algo muito simples, justamente pelo fato que “o papel aceita tudo”. Mas quando o produto tem qualidade, é efi ci-ente e os resultados são comprovados através do próprio consumi-dor (produtor rural), o papel se torna apenas um registro e veículo da informação.

A Embrafós, durante o decorrer dos anos, vem se alicerçando através dos resultados obtidos em campo, onde seus produtos tem se destacado signifi cativamente no mercado junto aos produtores, (Quadro 1).

Além dos resultados comprovados através dos próprios produtores, a empresa com a preocupação de oferecer produtos inovadores e com tecnologia, tem fi rmado parcerias juntos a insti-tuições de pesquisas como: Fundação Procafé, Esalq/USP, CPQBA – Unicamp (Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Bi-ológicas e Agrícolas) e, recentemente, fi zemos uma parceria com a Fafram, para continuarmos evidenciando os resultados, inovando sempre.

Embrafós é sinônimo de compromisso com a natureza e com seus clientes, oferecendo produtos diferenciados e Certifi cado pelo IBD.

Vulcan = Produto com 30% de matéria orgânica vegetal;

FF Organic Power = produto a base de fósforo, enriquecido com matéria orgânica vegetal, com microor-ganismos solubiliza-dores de fósforo, com liberação gradual, oferecendo as culturas trabalhadas maior

FF Organic Plus = produto com maior concentração de fós-foro utilizado no plantio, enriquecido com matéria orgânica vegetal, com micro-organismos solubi-lizadores de fósforo, com liberação gra-dual, oferecendo às

efi ciência com 100% de aproveitamento.

culturas trabalhadas maior efi ciência com 100% de aproveitamento.

Quadro 1 - Produtos da Embrafós

1 - Engenheiro Agrônomo e Diretor Comercial da Embrafós (www.embrafos.com.br)

A

Page 22: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

22DEZ 2010

CAFEICULTURA

Wagner Rossi é confi rmado Ministro da Agricultura no próximo governo

O paulistano Wagner Gonçalves Rossi per-manecerá no MAPA - Ministério da Ag-

ricultura, Pecuária e Abaste-cimento. O anúncio foi feito no início de dezembro pela presi-dente eleita Dilma Rousseff. Ele está à frente da pasta desde 31 de março deste ano, quando foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para con-duzir políticas que permitam o desenvolvimento da produção agropecuária com sustentabi-lidade. “É uma honra ser convi-dado pela presidente Dilma para permanecer no cargo. Há muito trabalho a ser desenvolvido para manter a agricultura brasileira em evidência”, disse o ministro.

Nesses nove meses à frente do cargo, Wagner Rossi anun-ciou o maior volume de crédito já destinado ao setor rural. São R$ 100 bilhões voltados para os produ-tores investirem em custeio, comer-cialização, aquisição de equipamentos, construção e ampliação de armazéns e seguro, durante a safra 2010/2011. Na gestão de Rossi também foi instituído o Programa Agricultura de Baixo Car-bono (ABC) para incentivar o uso de técnicas mais produtivas e sustentáveis na lavoura. O programa está alinhado às metas estabelecidas pelo governo brasileiro para redução das emissões de gases de efeito estufa. O programa ABC

dispõe de R$ 2 bilhões para serem apli-cados em práticas como plantio direto, recuperação de pastagens e plantio de fl orestas.

Trajetória – Com mais de 30 anos dedicados ao setor rural, Wagner Ros-si, 67 anos, já ocupou diversos cargos na administração pública federal e no estado de São Paulo, além de ter se des-tacado como parlamentar. No governo Lula, ele foi presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em São Paulo, foi titular das secretarias de Transportes, Infraestrutura Viária, Educa-ção, e Esportes e Turismo, nas gestões dos governadores O-restes Quércia e Luiz Antonio Fleury Filho, além de presi-dente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

Nascido na cidade de São Paulo, o ministro vive em Ribeirão Preto (SP), desde a década de 70, onde iniciou suas atividades de empresário e produtor rural. A carreira política teve início em 1983, quando Wagner Rossi foi eleito deputado estadual. Em seguida, assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados.

Quem é o Ministro - Wagner Rossi é graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e em Admi-

nistração de Empresas pela Univer-sidade de Ribeirão Preto. Fez pós-gra-duação em Economia Política (USP), é mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas e PhD em Ad-ministração e Economia da Educação pela Bowling Green State Univer-sity, Ohio (EUA). Ainda nos Estados Unidos, na década de 1970, Rossi fez o curso de educação popular com o professor Paulo Freire, na University of Michigan (EUA). Casado, é pai de cinco fi lhos e tem 13 netos. A

FOTO

: Div

ulga

ção

Page 23: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

23DEZ 2010

CAFEICULTURA

Em pouco tempo, os cafeicul-tores poderão utilizar mudas clonadas de café arábica com resistência ao bicho-mineiro-

do-cafeeiro (Leucoptera coffeella) e à ferrugem (Hemileia coffeicolla), boa qualidade de bebida e alta produtivi-dade. Para alcançar esses resultados, há 12 anos são selecionados, por meio de propagação vegetativa, plantas ma-trizes com características de grande in-teresse agronômico e econômico.

A previsão é começar, no fi nal de 2011, a distribuição de mudas clona-das aos produtores de cooperativas de Minas Gerais e de outras regiões produtoras. Nessa etapa serão avali-ados a adaptação e o comportamento agronômico das plantas selecionadas. “Será uma boa opção para a região do Cerrado, que sofre com a ocorrência do bicho-mineiro”, relata o pesquisa-dor Carlos Henrique Carvalho, da Em-brapa Café, de Brasília (DF), e coorde-nador do estudo.

No decorrer de 2010 e 2011, os clones serão multiplicados para serem repassados aos produtores no fi nal de 2011. “É necessário um ano e meio para desenvolver uma muda clonada”, explica Carvalho. Futuramente, a mul-tiplicação do material poderá ser feita em biofábricas de iniciativa privada ou de cooperativas com o repasse da tec-nologia desenvolvida pela Embrapa.

O pesquisador destaca que a téc-nica da clonagem permite que as novas plantas tenham as mesmas característi-cas das originais, enquanto na multi-plicação por sementes isso não ocorre com tanta fi delidade, como é o caso das híbridas. O desenvolvimento de cultivares de café arábica envolve um longo processo. Normalmente, demora cerca de 30 anos para uma nova culti-var chegar ao campo. Esse tempo pode ser reduzido para aproximadamente 10 anos com a seleção de plantas matrizes de grande importância agronômica e produção de mudas clonadas.

Segundo Carvalho, a técnica de reprodução é considerada a mais a-dequada alternativa para a multipli-cação de plantas híbridas (cruzadas geneticamente) em larga escala. Em caráter experimental, a propagação por embriogênese somática foi testada com sucesso para a multiplicação de híbridos em alguns países da América Central. Cultivares obtidas por esse processo apresentam comportamento semelhante ao das oriundas de semen-tes, não havendo limitação para usá-las. A FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, por demanda levantada pelo Polo de Excelência do Café (PEC/Café), é uma das instituições que apóiam fi nancei-ramente o projeto, além da Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira (Pro-café), do Conselho Nacional de Desen-volvimento Científi co e Tecnológico (CNPq), e do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.

Produtores testarão desempenho de clones de arábica em um ano

A

Page 24: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

24DEZ 2010

CAFEICULTURA

A

São Paulo, 17 de novembro de 2010, um marco histórico para cafeicultura Brasileira. Em reunião realizada junto às asso-ciações e representantes de diversas regiões produtoras do café do Brasil, decidiram pela criação de uma nova entidade

que terá como objetivo principal a integração e representação das regiões cafeicultoras e seus produtores, na defesa de seus reais in-teresses. A ideia vem sendo discutida e desenhada há mais de 8 meses e leva em conta as signifi cativas mudanças da cafeicultura e as tendências emergentes dos consumidores com relação a valori-zação da “origem” dos produtos que consomem.

A reunião foi aberta ao público e estiveram presentes na mesma representantes e cafeicultores das regiões da Alta Mogiana, Baixa Mogiana, Bahia, Cerrado Mineiro, Paraná, e Sul de Minas, além de representantes de empresas, associações e cooperativas, que juntos discutiram a proposta inicial do estatuto de fundação da nova associação.

Por que uma Nova Entidade? - Percebemos que, pratica-

mente toda a cadeia do café está organizada, de acordo com cada área de atuação, temos os setores da indústria da torrefação e solú-vel, exportadores e grandes produtores de cafés especiais por exem-plo, sendo representados com legitimidade por entidades próprias

São Paulo, 17 de novembro de 2010, um marco histórico para

Origens Produtoras do Café do Brasil, nova entidade representativa do café

que defendem os interesses de cada setor. Isto não acontece com os produtores e as regiões produtoras, que não possuem uma representação abrangente, que possa defender os reais interesses do setor produtivo.

O Ponto Inicial - Pela primeira vez na história

do agronegócio café, temos regiões produtoras se or-ganizando e algumas delas já estão representadas por entidades. Neste cenário entendemos estar diante de uma oportunidade única: ter uma representação le-gitimada e controlada pelos próprios produtores, por meio da “Associação das Origens Produtoras do Café do Brasil”.

A Associação - Uma nova entidade: neutra e

democrática, que tenha legitimidade e ideais em comum, que acredite que o futuro da cafeicultura brasileira está na integração e na valorização das regiões e de seus produtores. “Buscamos novas formas de pensar e agir, junto aos produtores que querem fazer diferente e com estratégias fundamentadas”.

Para defender os interesses das “Origens Produ-toras do Café do Brasil” três pilares. Primeiro, Orga-nização e Integração das regiões visando desenvolvi-mento e a valorização das regiões e seus produtores. Segundo, na Representatividade Política, com foco na defesa dos reais interesses das regiões cafeeiras e dos seus produtores. E por fi m, a Promoção e Marketing das “Origens Produtoras do Café do Brasil”, com foco no desenvolvimento de estratégias e ações institucio-nais para a marca.

A Estrutura Organizacional - A nova entidade

é aberta para todas as regiões produtoras de cafés no Brasil, demarcadas ofi cialmente ou não.

Cada região será representada por uma entidade defi nida pelos produtores daquela região, essas enti-dades formarão o “Conselho Deliberativo”, que será o órgão maior. Independente do tamanho da área da região ou da produtividade, cada região terá direito a duas cadeiras e um voto.

Uma “Diretoria Administrativa” composta por 4 membros e o “Conselho Fiscal” composto de 3 mem-bros, serão escolhidos pelo “Conselho Deliberativo”, e terão o papel de gerenciar e fi scalizar a nova As-sociação.

Próximos Passos - Uma nova reunião acontecerá

também em São Paulo – Capital. Estão programadas como atividades, a defi nição dos membros do “Con-selho Deliberativo”, assim como serão discutidas a defi nição das primeiras ações estratégicas. Esta próxi-ma reunião será fechada às regiões produtoras que já se inscreveram e às regiões que solicitarem participa-ção.

Page 25: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

25DEZ 2010

CAFEICULTURA

País terá preço fi rme em 2011 e safra recorde em 2013

A

A próxima safra brasileira de café deve chegar a 42 milhões de sacas. O volume, o melhor da história para um ano de baixa produção de-vido à bianualidade da cultura, deve embalar

o ciclo seguinte. Para 2012/2013, espera-se que o País supere a marca das 50 milhões de sacas. Os números são da CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. No melhor no ano de safra cheia do Brasil, em 2002, foram produzidas 48,48 milhões de sacas.

Apesar das áreas de plantio do café não acumu-larem expansões nos últimos anos, a produção segue crescendo, segundo a CONAB. De acordo com a es-tatal, a temporada 2010/2011 deve ser encerrada com 2.082.430 hectares, ante os 2.092.909 hectares cultiva-dos no ano passado.

Este ano, a produção, que acabou em outubro, deve mesmo fechar em torno 47,2 milhões de sacas, o que representa um aumento de 19% ante a safra ante-rior, e apenas 2% se comparado à safra de 2008.

Para Airton Camargo, superintendente de Agronegócio da CONAB, o setor está optando agora por qualidade e produtividade. “A área foi menor este ano e a produção foi maior, isso se deve à melhoria nas condições para o café. O produtor tem a expectativa de melhor preço; o tratamento que eles estão dando a planta é melhor e existem também novas lavouras. Tudo isso colabora para essa fase”, afi rma.

Para Camargo, o resultado disso já é visível e, no ano que vem - que será de baixa produção - o Brasil poderá atingir uma colheita de até 42 milhões de sacas, reduzindo ainda mais a diferença entre anos de alta e baixa produção. “A diferença entre os anos está caindo, mas nunca será igual: em um ano a plantação rende mais e no outro, com a planta mais cansada, ela pro-duz menos. Agora se não batermos o recorde este ano, o faremos em 2013, quando vejo uma produção superior a 50 milhões de sacas”.

Ele também lembrou que os resultados deste ano, junto com a valorização do grão, serviu para dar mais

confi ança ao produtor, que conseguiu arcar com os custos e a-inda guardar uma parte do lucro para futuros investimentos. “O produtor está vendendo a bons preços o café este ano. Com isso, os investimentos nas lavouras com irrigação, adubo e cuidados na limpeza podem fi car mais intensos, e melhorar a qualidade de seu produto”.

“Ao que parece todos os ventos sopram para o lado do café, isso porque além de fi rmar um bom estoque, com a colheita deste ano, e obter bons preços em sua venda, o produtor contará a-inda com a expectativa de estabilidade nos preços até o meio do ano que vem”, afi rmou Gil Carlos Barabach, analista da Safras & Mercado.

“Esta é uma alta consistente, pois tem fundamento nos es-toques baixos e na escassez de café de qualidade. A safra do ano que vem do Brasil será uma safra baixa, então esperamos que até o meio do ano que vem teremos um mercado com os preços es-táveis por conta da pouca oferta”, diz Barabach.

Para o analista, o produtor teve neste ano de 2010 um vo-lume maior e um preço muito bom, que serviu para ordenar os gastos e planejar futuros investimentos tanto em qualidade quan-to em produtividade.

FOTO

: Edi

tora

Atta

lea

Page 26: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

26DEZ 2010 “A cana de açúcar, esta planta

matricial”

ARTIGO

Olivier Genevieve - presidente da ONG Sucre-Ethique e Professor na Escola de Comércio INSEEC. Lyon - Paris.

A

De todos os produtos agríco-las, poucos possuem tantos derivados quanto a cana de açúcar: açúcar para in-

dústrias alimentícias, farmacêuti-cas, automobilísticas, químicas etc. Podemos chamar esta planta como um planta matricial, ou seja, podendo ser utilizadas em várias aplicações e setores econômicos.

No livro “SUGAR, a Bittersweet History” (“Açúcar, uma História Agri-doce ») a canadense Elizabeth Abbott, especialista no assunto canavieiro, começa com a história de uma inglesa chamada Mary usando, no século 18, uma simples colher de açúcar para o chá dela . Assim, com uma simples co-lher de açúcar, a globalização inicia-se da China até as Américas via os con-sumidores europeus, cada vez mais numerosos e como poder de consumir produtos “exóticos” cada vez mais baratos.

A cana de açúcar acompanhou e até participou da criação de nações modernas. Em 1639, os holandeses trocaram a Nova Amsterdã pelo Suri-name, deixando os ingleses criar Nova Yorque. Em 1763, os franceses trocar-am o Canadá pelas ilhas de açúcar de Martinica e Guadalupe, até hoje fran-cesas. Na África, os escravos foram ne-cessários para a exploração da planta, modifi cando profundamente este con-tinente. Como seriam os Estados Uni-dos ou o Canada, o Suriname, a África ou até o Brasil sem a cana de açúcar ?

Hoje em dia, a indústria cana-vieira tem um papel enorme nas eco-nomias nacionais de muitos países sobretudo os países em desenvolvi-mento. No Brasil, campeão mundial das exportações, mais de 1,3 milhão pessoas trabalham no setor e na India 35 milhões de pessoas vivem da plan-ta. Em países africanos, como o Sene-

gal, Camarões e Moçambique, o setor canavieiro é o primeiro empregador privado. Um amigo, padre missionario, no Malawi, na Africa, explicou-me que nestes países uma usina parece “um oá-sis de tecnologia e progresso num mar de miséria”.

O progresso é bom somente quando o lucro pode ser dividido, se-gundo diz Auguste Comte (1798-1857) na fi losofi a positivista. De fato, a eco-nomia formal que o setor gera para estes países é fonte de impostos que garantem uma certa forma de justiça social, com a redistribuição de um es-tado moderno. Sem impostos, não teria simplesmente luz pública nas ruas das cidades! Isso demostra o papel incon-testável desta planta, tanto por ter uma sociedade moderna do que mais justa. Isso explica por parte o aspecto social que o Lula vendia na diplomacia do “etanol” para a Africa.

O mercado globalizado aproveita o que o David Ricardo, fi lho espiritual do Adam Smith, chamou de vantagens comparativas. No mundo ideal dos economistas, baseado no comércio, precisa-se comprar no melhor preço para vender no preço de mercado em um lugar onde se necessita o produto. Isso signifi ca que modelo o mais efi ci-ente seria economicamente o melhor. Todavia, a economia não pode ser des-ligada do social, ou seja, do ser huma-no. Uma via média seria a utopia para um desenvolvimento sustentável do setor tanto quanto da sociedade.

Esquematicamente, dois modelos de cultivo da cana existem no mundo: o modelo produtivista e de monocul-tura brasileiro (no qual a rotação de culturas com a cana pode “aliviar” o peso ecológico e o uso de agrotóxicos) e o modelo familiar indiano.

O modelo indiano é interessante na medida em que fi ca em cima de

pequenas fazendas, mas impossibilita economias de escalas com a mecaniza-ção e limita o acesso a novas tecnolo-gias da agronomia moderna. Este mo-delo foi uma “resposta” ao aumento da população, que passou em 100 anos de 120 mil pessoas a mais de 1 bilhão (no qual o Brasil foi somente de 20 mil a 200 milhões de pessoas).

O modelo “socialista” indiano im-pediu a concentração de terras, sendo que, pelo contrário, o modelo “capita-lista” brasileiro naturalmente favorece a existências de grandes fazendas, principalmente em estados com menor densidade demográfi ca. Duas medidas de valor que poderiam, talvez um dia, equipararem-se, só a fi m de assegurar emprego e efi ciência para todos.

Nosso mundo moderno, con-sequência da revolução industrial da medade do século 19, é intresecamente ligado a duas invenções maiores: o mo-tor a explosão e a fada eletricidade. Hoje em dia, o açúcar continua revo-lucionado o mundo com um aspecto material em quatro níveis: o açúcar, produto tanto para a comida quan-to para o uso farmacêutico ou a sua própria capacidade fi sica em ser um anti-oxigênio natural e barato; o ál-cool, tanto de boca quanto para os car-ros e quem sabe um dias para os aviões; a energia elétrica para nossos inúmeros aparelhos domésticos, que facilitam o nosso dia-a-dia; e, enfi m, a captação de CO2, assegurando, de uma certa forma , um equilíbro entre a natureza e o homem, dono da terra.

500 anos após a sua chegada no Brasil, a partir da Ilha da Madeira, dos árabes e dos indianos, a cana de açúcar brasileira nunca foi tão moderna.

Tomara que esta planta tão ge-nerosa possa dar para a sociedade todos os frutos do progresso.

Page 27: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

27DEZ 2010

A

À sombra da cana, amendoim desponta na região de Jaboticabal (SP)

Pouco se vê da doce fruta na cidade. Os pés de jabu-ticaba habitam um quintal aqui outro acolá, batizam

uma antiga praça, de onde vem o nome da cidade, mas no fi m das contas, o negócio de Jaboticabal (SP) é mesmo a cana-de-açúcar. E é na esteira dessa cultura que os pés do rasteiro amendoim vêm se valendo para conseguir espaço ao sol, desbancando até a soja como alternativa de rotação de cultura nos canaviais.

De Jaboticabal e região parte o amendoim para os usos mais no-bres da indústria alimentícia, não só nacional mas do exigente mer-cado europeu. Os salgadinhos es-tão no topo da pirâmide, por exigir grãos inteiros e claros. Torrones e chocolates sucedem os “snacks” na escala de qualidade do produto. Por fi m, paçocas e doces diversos que só perdem em virtudes para o amendoim esmagado para produção de óleo de co-zinha e ração.

Dessa região também vem o mo-delo “cana-amendoim”, que está sendo replicado a outras regiões de São Paulo para onde os canaviais avançaram no lugar das pastagens - com as quais o amendoim já fazia parceria como cul-tura de rotação.

A produção nacional dessa ole-aginosa está na casa das 300 mil tone-ladas - apesar da queda no ano passado, resultado da menor renovação dos canaviais. Desse total, cerca de 230 mil toneladas, ou 76%, são originadas em São Paulo - o restante se distribui no Paraná, Minas e Mato Grosso.

Jaboticabal é considerada o epi-centro do amendoim, que também tem outro forte polo de produção nas tradi-cionais regiões paulistas de Marília e Tupã. Não só pela forte produção local e dos municípios vizinhos, mas por se-diar a maior cooperativa brasileira de produtores de amendoim, a Cooperati-va dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba (Coplana), que neste ano ini-ciou investimentos de R$ 30 milhões para expandir em 20% a capacidade de recebimento e processamento do grão.

O projeto inclui a construção de

uma nova fábrica, que vai permitir au-tomatizar 100% dos processos da uni-dade, que tem capacidade para rece-ber (pré-limpeza, secagem, limpeza, envase e armazenamento) e processar (descascar, tirar película e padronizar) 50 mil toneladas de amendoim em cas-ca, que resulta em uma produção fi nal de 36 mil toneladas do grão.

“Somos pequenos produtores de cana e grandes de amendoim”, diz Roberto Cestari, vice-presidente da Coplana. Isso porque, em área própria, geralmente de menor dimensão, é que os produtores cooperados entram com cana. Para cultivar amendoim, arren-dam áreas de grandes produtores de cana e de usinas. Walter Aparecido de Souza, o maior produtor de amendoim da cooperativa, planta 800 hectares da oleaginosa por ano, sendo que 80% em área arrendada. Como haverá maior área de renovação de canavial, este ano ele vai conseguir plantar 15% a mais.

Natural de Jaboticabal, Souza diz que a vantagem da roça de amendoim é que ela gera lucro mesmo em áreas muito pequenas, o que não ocorre com a soja. Ainda, demanda menos inves-timento em maquinário. “Você pode plantar amendoim em uma área de 50 hectares. Mas soja não é viável em me-nos de 250 hectares”, diz Souza.

O que acontece com o amendoim,

diz o produtor, é que ele demanda muito manejo. Somente de inseti-cida e fungicida são oito aplicações de cada um. De herbicida, mais uma dose. “Durante a safra, o manejo é muito intensivo e o produtor não sai do campo. Por isso, dizem, não costuma nascer fi lho de produtor nove meses depois da safra”, brinca o produtor.

Os 160 produtores associados da Coplana - que tem como um dos fundadores Antonio Rodrigues Fil-ho, pai do ex-ministro da Agricul-tura Roberto Rodrigues - colheram na safra 2009/10 44 mil toneladas de amendoim em casca, 20% da produção nacional. São também os principais exportadores do país com 16 mil toneladas, das 42 mil tonela-das que devem ser enviadas ao exte-rior neste ano.

O amendoim é uma oleaginosa de origem sul-americana e que, no Brasil, começou a ser cultivada na década de 40, também em São Paulo, para produção de óleo de cozinha e farelo. O país chegou a ser um dos principais produtores mundiais do grão e produ-zia o dobro dos volumes atuais, diz Re-nata Martins, pesquisadora do Institu-to de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura de São Paulo.

Até que problemas de sanidade - marcados pela elevada incidência do fungo afl atoxina - provocaram o de-clínio da cultura, intensifi cado com o fortalecimento da soja como fonte de óleo para alimentação, conta Renata. A partir do fi m dos anos 90, iniciou-se movimento para recuperar a cultura.

O primeiro passo foi a substi-tuição da variedade rasteira por uma mais verticalizada para permitir a me-canização da colheita. Essa variedade também traz grãos maiores e mais claros, muito demandados pelas em-presas europeias.

Dos anos 2000 para cá, já com mais tecnologia, a produção expandiu 75%. O ganho de produtividade, de-vido ao uso de mais tecnologia, subiu 60%. “Em Jaboticabal, a produtividade dobrou para 180 sacas de 25 quilos nos últimos anos”, orgulha-se Cestari. (FONTE: Folha de S.Paulo)

GRÃOS

FOTO

: Fol

ha d

e SP

Page 28: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

28DEZ 2010

SILVICULTURA

Água e Floresta Plantada: polêmica em discussão

Um estudo recente, resultado da inicia-tiva independente do Diálogo Florestal, que

busca facilitar a interação e a troca de conhecimento entre os representantes do setor socioam-biental e os da indústria de base fl orestal, traz algumas respostas sobre a relação entre água e fl o-restas. De autoria do professor Walter de Paula Lima, do Depar-tamento de Ciências Florestais, da ESALQ/USP, “A Silvicultura e a Água: ciência, dogmas, desafi os” faz uma análise cultural, científi ca e histórica a respeito dos vários aspectos que envolvem o assunto.

“Do ponto de vista da ciência, os resultados acumulados de inúmeros trabalhos de pesquisa mostram que não existe, necessariamente, antagonismo nenhum entre uma coisa e outra”, re-sume o professor autor do estudo. Ele afi rma que, do ponto de vista fi siológi-co do consumo de água, o eucalipto por exemplo, é uma espécie fl orestal absolutamente normal.

De acordo com o professor, a opinião pública generalizada de que as fl orestas naturais, em todas as circuns-tâncias são sempre benéfi cas para os recursos hídricos, no sentido de que elas fazem chover, aumentam a vazão dos rios, reduzem enchentes e mantêm a qualidade da água é questionável e deve dar lugar à percepção moderna, baseada na experimentação científi ca. “Se trata de uma relação muito mais complexa, cujos resultados vão de-pender da interação de vários fatores e não apenas da presença ou ausência da fl oresta”, avalia Lima.

Essa opinião é compartilhada pelo diretor executivo da Associação Pa-ranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Carlos Mendes, entidade que participa do Fórum Regional Paraná e Santa Catarina do Diálogo Florestal. “A fl oresta plantada bem manejada, con-tribui para a manutenção e a melhoria da água no sistema com um todo. De-fendemos junto às empresas associadas a utilização cada vez mais crescente do manejo fl orestal em mosaico, que

entremeia fl orestas plantadas com fl o-restas naturais e o uso consciente dos recursos naturais”, afi rma Mendes. A associação representa mais de 40 em-presas no Estado, que, juntas, somam cerca de 70% da área ocupada com fl o-restas plantadas no Paraná.

Para o diretor executivo do Ins-tituto BioAtlântica, Carlos Alberto Mesquita, também participante do Diálogo, “afi rmar que as plantações fl orestais não necessariamente produ-zem danos não signifi ca relativizar a questão das fl orestas, mas, sim, a das bacias hidrográfi cas”.

Segundo Mesquita, o estudo mostra que cada bacia hidrográfi ca tem uma dinâmica própria, e a disponibili-dade de água não é uma questão apenas de uso do solo, mas um conjunto de fatores, que inclui também as precipi-tações e o tipo de manejo aplicado às plantações, homogêneas ou não. “Tam-bém não é só uma questão de manejo, pois, dependendo das condições hídri-cas da área, às vezes, nem restauração fl orestal intensiva com espécies nativas é interessante”, complementa Mesqui-ta, lembrando que todas as fl orestas em crescimento costumam demandar vo-lumes maiores de água.

MANEJO ADEQUADO - Para garantir a manutenção da quantidade e da qualidade da água, o pesquisador defende o manejo correto das planta-ções fl orestais e das outras atividades na propriedade rural. “Os benefícios ambientais das plantações vão depen-der crucialmente do plano de manejo, em termos da interação dos plantios

fl orestais com os demais elemen-tos da paisagem, desde a sua for-mação até a sua colheita”, afi rma.

O estudo diz ainda que o planejamento do manejo de plantações fl orestais deve levar em conta as limitações naturais do meio, em termos de disponi-bilidade natural de água e tam-bém das demandas já estabeleci-das desse recurso, assim como em termos da ocupação dos es-paços produtivos da paisagem. “O manejo das plantações de eu-

calipto tem que levar em conta essas particularidades e limitações ecológi-cas e hidrológicas. Pela mesma razão, também tem a mesma responsabi-lidade social e ambiental o manejo da soja, da cana, da laranja, do boi”, afi rma o professor Lima.

MONITORAMENTO - O pro-fessor alerta para uma peça-chave na busca do manejo fl orestal sustentável: o monitoramento, que, segundo ele, deve ser entendido como processo de obtenção de informações sobre os re-sultados das ações de manejo sobre o meio ambiente. ”O monitoramento tem que ser entendido como parte in-tegrante do próprio manejo fl orestal sustentável, como ferramenta para a melhoria contínua, assim como para avaliar se as práticas estão, gradativa-mente e no longo prazo, degradando o solo, alterando o ciclo de nutrientes e, portanto, o potencial produtivo do solo, ou ainda degradando o funciona-mento hidrológico das microbacias hi-drográfi cas”, afi rma. Ele lembra ainda que deve ser levado em conta a própria diversidade natural da paisagem como clima, solo, geologia, geomorfologia e vegetação. “Em cada região, todas es-sas manifestações e as especifi cidades locais vão ser diferentes, o que implica reconhecer que nunca haverá um re-ceituário que seja de aplicação univer-sal”, completa.

Para acessar a íntegra do docu-mento “A Silvicultura e a Água: Ciên-cia, Dogmas, Desafi os”, visite o site: www.dialogofl orestal.org.br.

FOTO

: Edi

tora

Atta

lea

A

Page 29: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

29DEZ 2010

SILVICULTURA

A

Lodo de esgoto é seguro na adubação de fl orestas

O uso de lodo de esgoto no plantio de es-pécies fl orestais pode ser a maneira mais ecologicamente correta de eliminar o lixo que se acumula nas estações de tratamen-

to. Além de não oferecer riscos para o solo, as plan-tas ou os humanos, a adubação com lodo já apresen-tou resultados melhores do que a adubação mineral. Para estudar a viabilidade da técnica e comprovar sua segurança, pesquisadores da Unesp de Botucatu realizam experimentos desde 2005. O trabalho fi nal foi apresentado no VII Simpósio Interamericano de Biossólidos, realizado em Campinas (SP).

O crescimento da população mundial gera um aumento constante da produção de lodo, proveni-ente dos resíduos domésticos e industriais das ci-dades. O lodo produzido é tratado e, normalmente, encaminhado para aterros sanitários. Mas os ater-ros são cada vez mais escassos e, em alguns casos, causam contaminação de lençóis freáticos. Por isso, o uso do lodo na agricultura surge como uma boa opção para o descarte desse lodo.

A engenheira fl orestal Thalita Fernanda Sam-paio, doutoranda em Ciência Florestal pela Unesp de Botucatu, explica que a técnica já é utilizada e pode ser benefi cente caso se tome os cuidados necessári-os. “É preciso estar atento para a questão relativa ao uso na agricultura, em plantios que servem para a alimentação humana. Nesses casos, a legislação não permite o uso do lodo. Mas em casos como plantio de cana-de-açúcar ou fl orestas, a legislação permite. Para as fl orestas, nós queremos que o uso seja 100% liberado, sem necessidade de fazer a compostagem, porque o lodo cru é rico em nitrogênio e fósforo. Além de darmos uma disposição correta para o re-síduo, vamos estar ajudando o produtor a obter mais lucros”, explica.

O lodo utilizado na pesquisa foi proveniente da Estação de Tratamento de Jundiaí e possui uma quantidade de metais pesados quase inexistente, muito inferior ao nível permitido pela legislação.

O trabalho de pesquisa foi realizado em par-ceria com a empresa Suzano Papel e Celulose e a Universidade de Santiago de Compostela, e recebeu apoio da Fapesp. Em uma área fl orestal, foram testa-

das doses variadas de lodo, de 0 a 20 toneladas por hectare, em comparação com um tratamento de adubo mineral convencio-nal (NPK). O local escolhido para o experimento tinha solo arenoso, onde os elementos lixi-viam com mais facilidade, o que torna mais visível a presença de metais pesados. Foram adubadas nove espécies amazônicas. Após 6, 12, 18 e 24 meses foram feitas análises do solo de macro e mi-cro nutrientes, além do teor de metais pesados.

Seis meses após a aplica-ção do lodo, foi detectada uma quantidade de cádmio e mer-cúrio crescente de acordo com as doses. Mas até a dosagem de 20 toneladas essa quantidade fi cou abaixo do nível permitido pela

legislação e não contaminou o solo nem as plantas. Aos 12 meses, a quantidade de cádmio diminuiu e o mercúrio sumiu por completo. Aos 18 meses ne-nhum teor de metal pesado foi identifi cado. Além de não con-taminar o solo, os experimentos revelaram que a adubação com lodo foi mais efi ciente que a convencional.

A pesquisa comprovou que esse lodo para a área fl o-restal é excelente. As espécies cresceram tão bem ou melhores do que o tratamento com adubo mineral, tanto em relação à al-tura quanto em relação ao diâ-metro e nutrição foliar afi rma Thalita. (FONTE: Portal Dia de Campo)

FOTO

: Sab

esp

Page 30: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

30DEZ 2010

Colméia com rainha forasteiraMELIPONICULTURA

Em uma colméia, a sucessora da abelha-rainha será uma de suas descendentes. Pelo

menos é o que se imaginava. No entanto, uma pesquisa feita com a Melipona scutellaris, uma es-pécie da tribo Meliponini que compreende as Abelhas Sem Ferrão, mostra que isso pode não ocorrer.

O trabalho fez parte do doutorado da bióloga Denise de Araujo Alves, defendido e aprovado em agosto e publicado em outubro na revista Biology Letters.

Denise contou com Bolsa de Dou-torado Direto da FAPESP e seu estudo esteve inserido no Projeto Temático “Biodiversidade e uso sustentável de polinizadores”, que se realizou no âm-bito do Programa Biota-FAPESP e foi coordenado por Vera Lúcia Imperatriz Fonseca, professora titular em Ecologia do Instituto de Biociências da Univer-sidade de São Paulo (IB-USP).

“O resultado foi surpreendente. Verifi camos que, nas colônias nas quais houve substituição natural de rainhas fecundadas, as rainhas substitutas, em alguns casos, não eram oriundas daquela colônia”, disse Vera Lúcia à Agência FAPESP.

A pesquisa trouxe as primeiras evidências de um parasitismo social intraespecífi co para colônias de abel-has Meliponini. O primeiro a sugerir a idéia foi o pesquisador holandês Marinus Sommeij er. Em experimentos na Costa Rica e em Trinidad Tobago, chamou-lhe a atenção o elevado núme-ro de abelhas-rainhas que nasciam em uma colônia, o que o levou a lançar a hipótese de que algumas poderiam as-sumir um ninho órfão (sem rainha).

Mas Sommeij er, após um estudo baseado em observações que rainhas saiam vivas das colônias, não levou adiante a investigação e a hipótese fi -cou sem comprovação.

Denise começou seu trabalho em São Simão (SP), com abelhas do exper-imento do professor Paulo Nogueira Neto, também do IB-USP. Nessa fase, ela coletou pupas de favos dos ninhos amostrados em diferentes épocas do

ano. Esse material foi submetido a uma análise molecular na Bélgica pelo pro-fessor Tom Wenseleers, da Universi-dade de Leuven. Nos resultados, foram detectadas evidências da existência de rainhas oriundas de outras colmeias.

“Acreditava-se que uma rainha que não assumisse o ninho em que nasceu seria morta logo ao emergir ou sairia com parte das operárias para fundar um novo ninho. Mas o experi-mento apontou outra possibilidade: ela poderia assumir um ninho órfão”, disse Denise, destacando que a descoberta derrubou também a crença de que a abelha-rainha teria de ser uma descen-dente de sua antecessora.

Para dar suporte biológico à nova tese, a bióloga aprofundou a investi-gação. Retirou as rainhas de alguns ninhos mantidos no Laboratório de Abelhas da USP, em São Paulo, e ob-servou-os para ver quem seria a nova rainha.

Primeiro, foi determinado o genótipo parental das pupas da colônia original por meio da técnica de marca-dores moleculares de microssatélites. A seguir, após a fecundação da nova rainha, parte de sua asa foi retirada. O material foi submetido à análise de genótipos parentais para indicar o nin-ho de origem do inseto. Depois, a cria da nova rainha também foi genotipada.

O resultado foi que, em cerca de 25% das substituições das rainhas-mãe, o genótipo das novas crias não coin-cidiu com o das pupas originais da col-meia, confi rmando o parasitismo social intraespecífi co.

“Como esse fato foi observado em duas localidades diferentes, São Simão

e São Paulo, acreditamos que se trata de um fenômeno comum a esse grupo”, disse Denise.

“No Brasil, relatos de cria-dores de abelhas sem ferrão tam-bém se referem a rainhas virgens andando nas proximidades dos meliponários, mas a sua im-portância para as colônias órfãs era desconhecida”, afi rmou.

Parasitismo Intraespecí-fi co - Uma das consequências da descoberta atinge os criadores de

abelhas sem ferrão. O protocolo atual de melhoramento genético não con-sidera a possibilidade de uma inter-ferência genética externa por meio da introdução de uma rainha estranha ao ninho.

“Descobrimos que não há como garantir que a linhagem obtida no me-lhoramento permanecerá constante ao longo das gerações”, observou Denise. Com isso, se um produtor adquiriu uma colmeia com uma linhagem de alta produção de mel, não há garantias de que esses resultados continuarão, pois a colônia está sujeita a receber uma rainha com genótipo diferente.

“Esse estudo abre uma nova linha de pesquisa acadêmica, a de parasi-tismo intraespecífi co, e terá aplica-ções práticas na genética de popula-ções”, disse Vera Lúcia. Segundo ela, as análises moleculares serão cada vez mais aplicadas na resolução de pro-blemas comportamentais.

“Nossos próximos passos serão no sentido de verifi car se esse fenômeno ocorre em todas as abelhas do gênero Melipona”, disse. As abelhas da tribo Meliponini, foco do Projeto Temático coordenado por Vera Lúcia, possuem o ferrão atrofi ado. Apenas na região neotropical, que nas Américas vai do México até a Argentina, elas se divi-dem em mais de 400 espécies já descri-tas, mas se estima que o número seja bem maior.

“Além disso, essas abelhas são agentes polinizadores muito impor-tantes tanto de espécies vegetais de áreas conservadas como de culturas agrícolas de interesse econômico”, disse. (FONTE: Agência FAPESP)

FOTO

: Edi

tora

Atta

lea

Page 31: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

31DEZ 2010

NOTAS ~ NOTAS ~ NOTAS ~ NOTAS ~ NOTAS ~ NOTAS

Com mais de 25 anos de atuação no mercado de inseminação arti fi cial, Auro de Andrade, empresário e vete-rinário formado pela UNESP de Jabo-ti cabal (SP), deixa a CRI Genéti ca Bra-sil (São Carlos/SP) para trilhar novos caminhos. Nessa nova fase, vai atuar na gestão e consultoria de negócios, provendo produtos e serviços volta-dos à reprodução animal e implemen-tação de projetos pecuários. Auro é um dos principais nomes do ramo de inseminação e tornou-se um respei-tado especialista em genéti ca bovina e produção animal. Inf. (16) 9962-2753

MERCADO GANHA EXPERIÊNCIA DVA E A QUALIDADE DE AGROQUÍMICOS

COIMMA GANHA 2 TOUROS DE OURO FREUDENBERG EM MÁQUINAS AGRÍCOLAS

EDGARD BRESSANI ASSUME OCTAVIO CAFÉ CNTBio LIBERA MILHO YIELDGARD VT PRO

A DVA (Campinas/SP) anuncia joint-venture na China com a Iprochem para a formação da Ipro DVA, empresa res-ponsável pela estruturação e gestão de um moderno laboratório de controle de qualidade de insumos uti lizados na produção de agroquímicos. Segundo Carlos Pellicer, presidente da DVA Bra-sil, a qualidade dos insumos é um dos mais importantes compromissos da empresa. Mais do que isso, representa a segurança de qualidade dos nossos produtos, o que confere confi abilidade e diferenciação ao porti fólio da DVA. Inf. www.dvabrasil.com.br.

A Coimma (Dracena/SP) mais uma vez foi uma das grandes vencedoras do troféu “Touro de Ouro 2010”, iniciati va da Revista AG, consagrando-se como a em-presa de maior destaque nos seg-mentos de Troncos de Contenção e Balanças. José Otacílio da Silveira, diretor comercial da Coimma, rece-beu os troféus durante cerimônia realizada na sede da Sociedade Rural Brasileira (SRB), em São Paulo (SP). Informações: (18) 3821-9900. www.coimma.com.br.

A micronAir®, marca da Freuden-berg Não Tecidos, líder global em fi ltros de ar-condicionado para veículos, lança no mercado brasileiro produtos espe-cífi cos para máquinas agrícolas, como colheitadeiras e pulverizadores. Este é um mercado que tem pers-pecti va de crescimento de 21% no próximo ano, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Mas, além do incremento em quanti -dade de veículos, a empresa conta com a evolução do conforto destes equipa-mentos para seus condutores. Informa-ções: www.micronair.com.br.

A Monsanto começou as vendas do milho YieldGard VT PRO no Brasil, a se-gunda geração de biotecnologia para o controle de pragas na cultura. O milho YieldGard VT PRO é um avanço em relação a controle de pragas, quando comparado às tecnologias lançadas anteriormente. Por ser a única tecno-logia que possui duas proteínas de Bt (Bacillus thuringiensis), o YieldGard VT PRO garante um controle superior das principais pragas do milho (lagarta-do-cartucho, lagarta-da-espiga e a broca-do-colmo). Informações: www.mon-santo.com.br

Edgard Bressani, que até outu-bro era um dos executi vos da Ipa-nema Coff ees, é o novo superin-tendente da Divisão Agropecuária da Octavio Café (Organizações Sol Panamby). Além de acompanhar diretamente todo o processo de produção na Fazenda Nossa Sen-hora Aparecida e nas demais pro-priedades de café do grupo, em Pedregulho (SP), Bressani atuará na exportação e promoção internacio-nal da marca Octavio Café. Infor-mações: www.octaviocafe.com.br.

BB LIBERA R$ 18 BI NESTA SAFRA JATOCLEAN LANÇA PULVERIZADOR COSTALOs desembolsos do Banco do

Brasil para a safra 2010/11 soma-vam R$ 17,8 bilhões fi nal de no-vembro, 8% mais do que em igual período anterior, segundo Luis Car-los Guedes Pinto, vice-presidente de Agronegócios do banco. A maior evolução ocorre na agricultura em-presarial, cujo montante ati nge R$ 13,5 bilhões, 9,6% mais do que no período 2009/10. Guedes destaca a boa evolução da linha de crédito do Pronamp, um programa de apoio ao médio produtor. Apesar dos custos menores de produção nesta safra, o desembolso do Banco do Brasil somou R$ 1,8 bilhão para esse segmento, com aumento de 16,3% em relação à safra passada.

A JactoClean (Pompéia/SP), em-presa do Grupo Jacto e referência na-cional em equipamentos para limpeza, amplia seu portf ólio com o lançamento do Pulverizador Costal SP. Um de seus grandes diferenciais é sua aplicação no segmento urbano, no qual é espe-cialmente indicado para ati vidades de conservação e limpeza, como dedeti za-ção, odorização, limpeza dos rolos compressores uti lizados na construção de malhas rodoviárias, entre outras funções. Destaca-se, ainda, na pulve-rização de herbicidas, inseti cidas e fun-gicidas na agricultura ou no controle de ervas daninhas em áreas urbanizadas. Informações: www.jactoclean.com.br.

Page 32: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

32DEZ 2010

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

268,41269,34262,48260,10268,02256,64247,50255,34254,29262,20272,55281,57

2009

Média Mensal dos Preços Recebidos pelos Produtores 1

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq/BM&F e Boletim do Café - Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro - 1 - Em R$/saca de 60kg, posto, com Funrural e sem ICMS

280,75278,68279,70282,18289,46305,13302,36313,93328,23327,15353,88

2010

PAÍS

BrasilVietnãColômbiaIndonésiaEtiópiaÍndiaMéxicoGuatemalaPeruHondurasC. MarfimNicaráguaEl SalvadorOutros

39.47018.000

9.00010.700

4.5004.8274.2003.5003.7503.8701.8501.4181.115

15.751

PRODUÇÃO MUNDIAL

FONTE: MAPA / SPAE / CONAB e OIC.

2009Prod

ANO

19961997199819992000200120022003200420052006200720082009

CONSUMO(milhões sc)

Evolução do Consumo Interno

FONTE: ABIC. Período = novembro a outubro, sacas de 60kg

3,333,443,613,733,813,913,863,724,014,114,274,424,514,65

4,164,304,514,674,764,884,834,655,015,145,345,535,645,81

11,011,512,212,713,213,614,013,714,915,516,317,117,718,4

inclusivesolúvel

kg caféverde

kg cafétorrado

ARÁBICATipo 6 BC-Duro

(Base Cepea-Esalq)

ARÁBICATipo C Int. 500

(Base Varginha-MG)

ARÁBICATipo C Int. 500

(Base Vitória-ES)

CONILLONTipo 6-Pen.13

(Base Cepea-Esalq)

CONILLONTipo 7 BC

(Base Vitória-ES)

227,66224,07212,57200,20197,13188,45180,09186,13188,89180,77161,61176,41

2009

173,51168,47173,67158,23160,51167,57171,50171,45170,03173,81186,00

2010

184,25193,33196,77198,30204,75196,43191,04194,52190,95182,62180,00185,75

2009

189,50191,39186,52190,00200,00230,00220,00215,00223,10225,00227,00

2010

230,00233,33233,41230,85235,05228,10225,35230,24221,90226,67229,75232,25

2009

233,75227,78221,52225,50231,90241,43246,82234,09234,76240,00248,00

2010

205,50212,22208,46203,55201,45191,43184,57188,10184,76181,43180,50187,00

2009

185,00172,78166,52174,00190,00200,00195,00190,00193,33193,00192,00

2010

CONSUMO(kg/hab.ano)

torrado emoído

-10,611,012,212,613,013,312,914,114,615,416,116,717,4

(%)

32,3714,76

7,388,773,693,963,442,873,083,171,521,160,91

12,92

2008 2007 2006Prod (%)

45,99218.500

8.6649.3504.3504.3714.6513.7853.8723.4502.3531.6151.547

15.588

35,9114,44

6,767,303,403,413,632,953,022,691,841,261,21

12,17

Prod (%)

36.07016.46712.504

7.7774.9064.4604.1504.1003.0633.8422.5981.7001.621

16.138

30,2113,7910,47

6,514,113,743,483,432,573,222,181,421,36

13,52

Prod (%)

42.51219.34012.541

7.4834.6365.1584.2003.9504.3193.4612.8471.3001.371

16.020

32,9214,98

9,715,793,593,993,253,063,342,682,201,011,06

12,41

PAÍS

BrasilVietnãColômbiaIndonésiaEtiópiaÍndiaMéxicoGuatemalaPeruHondurasC. MarfimNicaráguaEl SalvadorOutros

30.48117.090

7.8946.5191.8513.1082.8383.5083.0743.0841.8841.3711.307

10.749

EXPORTAÇÃO MUNDIAL2009

Prod (%)

32,1718,04

8,336,881,953,282,993,703,243,251,991,451,38

11,34

2008 2007 2006Prod (%)

29.72816.10111.0855.7412.8523.3782.4483.7783.7333.2591.5851.6251.438

10.915

30,4416,4911,355,882,923,462,513,873,823,341,621,661,47

11,18

Prod (%)

28.39817.93611.5572.9453.0732.7181.9503.8002.8433.3821.8331.5101.396

13.232

29,4118,5711,973,053,182,812,023,932,943,501,901,561,45

13,70

Prod (%)

27.97813.90410.936

4.1172.8033.7422.2003.6504.0993.2312.5311.1101.149

10.829

30,3215,0711,854,463,044,062,383,964,443,502,741,201,25

11,74

FONTE: MIDC / SECEX e OIC.

TOTAL 94.758 97.666 96.573 92.279 TOTAL 121.951 128.088 119.396 129.138

TOTAL 263,20 303,85 229,74 235,05 191,56 207,13 193,67 170,49 194,08 184,22

O MERCADO DO CAFÉ

ITEM1. Produção (milhões/saca) (1)

1.1. Área em produção (milhões/hectare) 1.2. Produtividade (sacas/hectare)2. Exportação (verde, solúvel e torrado) (2)

2.1. Quantidade (milhões/saca) 2.2. Valor (mlhões/US$) 2.3. Preço Médio (US$/saca)3. Consumo Interno (T, M e solúvel) 3.1 Consumo per capita (kg/hab.ano)4. Estoques do Funcafé (milhões/sacas)5. Orçamento aprovado Funcafé (milhões R$) 5.1. Financiamentos 5.2. Publicidade e Promoção do Cafés do Brasil 5.3. Pesquisa Cafeeira6. Participação das exportações brasileiras em relação às exportações mundiais (em sc) (%) (4)

7. Participação do café nas exportações do agronegócio (em US$) (%) (5

201047,2

2,122,7

23,53,8

161,4919,3

5,90,5

2.8462.673

15,015,0

31,6

6,7

INDICADORES DE DESEMPENHO DA CAFEICULTURA BRASILEIRA

FONTE: DCAF, CONAB, ABIC, MDIC/SECEX, OIC, CEPEA/Esalq/BM&F. // (1) - 2010, com base no 2º Levantamento de Safra da CONAB (maio/10); // (2) - 2010, de janeiro a abril; // (3) - 2010, estimativa; // (4) 2010 - de janeiro a março.

200939,5

2,118,9

30,54,3

140,3818,4

5,80,5

2.8442.673

15,015,3

32,2

6,6

200846,0

2,221,2

29,74,8

160,2017,7

5,60,5

2.5612.441

13,012,0

30,4

6,6

200736,1

2,221,2

29,74,8

160,2017,7

5,60,7

2.1472.026

13,012,0

30,4

6,6

200642,5

2,219,8

28,03,4

137,0317,1

5,51,9

1.6801.579

5,67,5

30,3

6,8

200532,9

2,214,9

26,42,9

110,8015,5

5,13,2

1.2821.249

8,412,0

30,2

6,6

200439,3

2,217,8

26,72,0

76,3014,9

5,04,3

1.2261.201

5,08,0

29,3

5,2

200328,8

2,213,1

25,71,5

59,5913,7

4,75,1

5505243,58,0

29,9

5,0

200248,5

2,321,0

28,41,4

48,1714,0

4,85,4

8246931,65,1

32,0

5,5

200131,3

2,214,4

23,31,4

59,8813,6

4,95,6

8988558,0

16,0

25,8

5,9

Page 33: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

33DEZ 2010

MÊS

JFMAMJJASOND

0,4910,4720,5100,5200,5380,5340,5160,4380,4480,4480,4010,310

2005 2006ESTADO DE SP - REGIÃO DE FRANCA (SP)

LEITE C 1

0,3730,3870,440

-0,4760,4730,5050,5080,4760,5080,5000,537

0,5350,5350,5600,5350,5890,5800,6500,7800,7750,7750,6550,640

2007 20080,6350,6150,5850,6700,7600,7390,7330,7030,6960,6060,5770,588

0,5990,5500,5530,5620,6000,6410,6830,6890,6720,6350,6020,532

2009 20100,5240,5230,5190,6550,7340,6850,7000,6500,6000,6590,656

FONTE: FAESP / AEX Consultoria - 1 - Em R$/litro.

O MERCADO DO LEITE

UFJUL/2010

0,68500,63380,72860,76400,76230,68100,68700,72180,64760,57420,66510,69650,63000,75410,66470,68840,64030,7077

PREÇOS PAGOS PELOS LATICÍNIOS (brutos) e RECEBIDO PELOS PRODUTORES (líquidos) 1

FONTE: CEPEA-Esalq/USP. - 1 - Preços pagos no mês, referentes ao leite entregue no mês anterior. - 2 - Preço Bruto Médio Incluso frete e CESSR (ex-Funrural)

REGIÃO

SP

FrancaSão José Rio PretoMacroMetropolitana SPVale do ParaíbaTriângulo Mineiro / Alto ParanaíbaSul / Sudoeste de MinasVale do Rio DoceCentro GoianoSul GoianoNoroesteMetropolitana Porto AlegreOeste CatarinenseVale do ItajaíCentro Oriental ParanaenseOeste ParanaenseNorte Central ParanaenseCentro Sul BaianoSul Baiano

MG

RS

PR

GO

SC

BA

prod. latic.2

-0,68490,75580,81410,82260,70970,71640,79170,67410,61810,70880,74930,65190,79010,71110,74750,65750,7626

JUN/2010

0,73400,68560,81230,77640,83280,76620,75730,75720,71440,64010,74490,75000,64000,79760,68950,73520,62530,7387

prod. latic.2

-0,73410,85020,82170,88750,79130,80350,81340,74150,67470,78690,80620,67000,82440,73570,78970,64000,7969

MAI/2010

0,65500,67570,81000,76420,84440,75530,73470,79160,77660,68840,74370,76950,65000,79680,71290,79580,60410,7492

prod. latic.2

-0,73350,86000,81440,88510,78970,77530,84690,80600,73150,80120,82790,68000,83350,75630,84670,61840,8109

2.795,635,549,244,714,755,431,5

7,81,6

45,943,631,6

2,4

LITROS DE LEITE NECESSÁRIOS PARA COMPRAR INSUMOS E SERVIÇOS NA PECUÁRIA DE LEITE 1

FONTE: EMBRAPA / CNPGL - Alziro Vasconcelos Carneiro e Jacqueline Dias Alves. - a - Preço médio do leite tipo C, pago ao produtor.

INSUMO / SERVIÇOS

Vaca em Lactação (+ 12 litros)DiaristaRação para Vaca em Lactação (sc 50kg)Farelo de Algodão (sc 50kg)Sal Comum (sc 25kg)NeguvonTintura de Iodo a 10% (litro)Remédio para Mastite (Mastilac)Vacina Aftosa (dose)Uréia PecuáriaSulfato de Amônia (sc 50kg)Detergente alcalino (limpeza ordenha)Óleo Diesel (litro)

R$ 0,812a

Jun/10

2.937,035,049,046,015,055,032,0

8,11,6

45,044,032,0

2,4

R$ 0,813Mai/10

2.950,035,051,049,015,058,033,0

8,21,6

48,049,035,0

2,5

R$ 0,780Abr/10

3.044,039,061,054,017,067,037,0

9,41,8

54,054,041,0

2,8

R$ 0,700Mar/10

2.960,044,068,062,018,074,041,010,2

1,960,056,044,0

3,0

R$ 0,643Fev/10

3.197,043,067,067,019,071,045,0

9,32,0

61,054,042,0

3,2

R$ 0,609Jan/10

2.915,039,055,053,016,048,037,0

8,01,8

50,047,036,0

2,7

R$ 0,718Set/10

3.079,042,058,053,017,073,040,0

7,91,8

50,049,037,0

2,8

R$ 0,710Ago/10

2.81938,051,049,016,062,034,0

8,31,7

48,048,035,0

2,6

R$ 0,755Jul/10

AGO/2010

0,60000,63900,71180,75600,71510,66950,65450,69210,62150,56150,63600,64290,58000,72310,63610,67090,63,500,6736

prod. latic.2

-0,68430,74000,80630,75730,69980,68560,73350,64260,60310,67510,70530,61190,75770,67000,71870,65910,7277

OUT/2010

0,70330,72450,79660,76820,70250,69300,72520,69720,59030,63920,70520,55970,73650,69660,74830,65800,7287

prod. latic.2

0,65600,65960,69630,75380,72920,66570,65760,68150,66310,54360,58280,65210,52600,70170,65540,69690,63250,6739

3.028,040,053,052,016,051,037,0

8,01,8

52,051,037,0

2,7

R$ 0,720Out/10

Page 34: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

34DEZ 2010

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

0,31520,30280,30890,32170,26320,22990,22430,22680,22610,21740,23700,2418

20070,24020,25290,26280,25380,25060,23850,24930,24980,26850,29200,30150,3116

0,32380,33940,32110,29780,28020,27490,29930,30840,33750,36760,37440,3886

0,43910,47260,43070,38880,34860,32530,33740,34890,37600,40050,4236

2008 2009 2010MENSAL 1

38,2937,9037,6335,1331,6529,3428,0527,3626,9126,4226,3826,46

200726,4626,5526,7427,7127,5326,9326,9727,0227,4128,0228,5428,97

29,4429,9830,3832,5231,4930,8831,3331,8132,7133,8734,7835,67

36,9138,0238,1342,4540,3638,5237,9637,9438,4839,2840,15

2008 2009 2010CAMPO 2

42,7742,3442,0339,2435,3632,7731,3330,5730,0629,5229,4729,55

200729,5529,6629,8730,9530,7530,0830,1330,1930,6131,3031,8832,36

32,8833,4933,9336,3235,1834,4934,9935,5336,5437,8338,8539,85

41,2242,4742,5947,4245,0843,0342,4142,3842,9843,8744,85

2008 2009 2010ESTEIRA 3

CANA-DE-AÇÚCAR

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

74,6174,8576,1977,2480,5291,5392,7992,0588,8290,7988,3982,20

vist75,4175,6077,0278,1181,5292,6193,8993,0089,9492,1589,5783,41

84,0181,5477,5480,0379,4780,8581,3977,9277,2577,1874,3576,64

85,3582,5478,5180,9380,3281,6882,2878,9878,5878,6175,7175,66

praz2008

BOI GORDO / SP 1

vist praz vist praz75,7077,0379,0382,3380,8182,1683,7388,6793,49

100,62113,80

76,9778,1279,8883,3481,6883,0184,5689,4994,56

101,64115,01

2009 2010 MÊS

JFMAMJJASOND

493,19504,14517,13551,69623,64712,18751,18740,16726,05716,86702,55659,71

vist1 pes2

2008

BEZERRO / Mato Grosso Sul 1

2009 2010

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LIMA TAHITI 1

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LARANJA POSTA INDÚSTRIA 1

MÊS

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

LARANJA PERA 1

186,40186,20187,01187,22187,11187,44187,03185,83185,61185,55185,28186,17

636,23627,96634,15651,69633,71648,49638,08615,85607,08596,24592,23593,97

vist1 pes2

186,21186,22186,82188,46188,39191,75191,75187,65194,29186,79187,09185,99

601,17608,98649,59705,26722,07722,78679,96666,82695,40719,19719,51

vist1 pes2

182,58190,86190,77190,61191,01195,16193,76185,28188,76188,02179,15

MÊS

JFMAMJJASOND

183,62137,77142,15135,18128,71126,00126,98120,90120,84122,18116,26112,22

vist1 praz2

ALGODÃO EM PLUMA1

140,98142,39146,94139,81133,05130,14131,50125,09124,87126,46120,51116,14

116,56115,17111,87111,39124,70119,79117,10116,21115,22116,94124,43132,71

119,75118,12114,73114,24127,88122,86120,10119,22118,22119,99127,67136,16

141,27141,72148,62160,56155,96156,80164,49183,80215,34222,48269,55

144,95145,42152,50164,74160,04160,91168,75188,62220,98228,29276,64

SOJA 1

2006

MILHO 1

17,5516,5214,6214,4415,2516,4716,6916,8617,9421,0922,9324,96

30,9327,7927,1926,6227,4326,8827,7624,5623,7822,3220,5120,75

2007 2008

23,6722,2620,6221,2922,2522,2420,5519,4219,1320,6020,4120,02

2009 2010

19,6618,3518,4718,1618,6719,4318,7420,4224,3625,1528,23

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

MÊS

25,0222,0220,2019,2018,9319,5818,9722,1326,9527,3631,7233,80

2006

29,2527,5325,7024,9126,4627,5927,7327,3028,1130,5433,0631,93

46,2347,7145,8344,3344,7049,9950,5844,7046,0844,6345,1344,61

2007 2008

49,2147,5645,3547,9550,3949,8947,8348,2046,0744,6746,0742,87

2009 2010

39,8035,7334,1434,4935,5936,0938,5841,3242,5944,8848,97

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

MÊS

32,0032,5831,8030,0130,0830,7131,3434,5638,6739,9142,0743,98

2006

3,092,182,282,825,526,50

11,3828,8735,7644,6026,58

5,78

4,745,157,845,244,775,979,61

20,1038,9551,7846,6416,26

2007 2008

6,195,034,944,224,794,896,62

26,5231,4722,2821,53

9,83

2009

2,922,343,87

10,7016,4918,8517,9714,8219,0320,9914,9210,16

2005

9,139,78

12,6411,669,368,798,979,139,73

11,0412,5113,85

15,0817,1019,0216,6013,8211,2810,9811,0610,4811,4813,4514,10

2006 2007

15,3816,9517,0314,6512,0411,3911,3811,0110,6410,8310,24

9,70

2008 2009

10,009,82

11,1310,46

9,137,666,486,477,047,588,488,94

15,6819,5319,0813,7210,68

9,3810,1211,4712,5112,6012,7613,48

2005

7,086,836,015,856,107,148,718,447,947,869,70

11,53

15,4615,5013,68

8,797,887,97

10,9310,16

9,789,89

11,7712,61

2006 2007

13,4612,39

9,668,388,279,72

10,959,719,339,578,637,27

2008 2009

6,805,924,954,504,053,683,655,045,665,866,416,95

12,139,908,667,587,218,10

10,0610,7611,0411,5212,5114,26

2005

4,762,712,372,153,818,36

17,6421,9516,8611,879,986,41

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/arroba (15kg) FONTE: CEPEA/Esalq. Para M. Grosso Sul - 1 - Em R$/cab - 2 - Em R$/kg

FONTE: UDOP - 1 - Em R$/kg ATR // 2 - 109,19 kg ATR // 3 - 121,97 kg ATR

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em centavos R$/libra peso FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/saca de 60kgFONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em R$/saca de 60kg

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, a prazo, entregue no portão, sem contrato.

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, mercado interno, na árvore.

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 27,0kg, mercado interno, colhido.

2010

7,709,77

10,178,24

13,0014,7014,8814,9015,1915,2315,3515,44

2010

10,8917,2219,1716,5014,4915,1314,9014,9416,8319,1719,9319,30

2010

7,028,829,53

11,1214,2518,9621,4922,6331,7525,4230,7425,15

BEZERRO / São Paulo 1

2006

341,01341,89341,69347,65364,42370,14361,67365,51369,08374,37370,13366,08

492,82503,88518,07553,43624,51713,33752,17740,02724,67717,00703,33660,14

2007 2008

636,50629,36635,79657,06661,06656,90641,71618,36604,06597,02585,92592,25

2009 2010

599,80614,68647,90699,60718,62721,53684,39669,62686,57708,95714,04

JANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

MÊS

366,38377,36394,33408,47419,30427,29434,89452,92462,15466,46473,66480,86

FONTE: CEPEA - 1 Em R$/cabeça, descontado prazo de pagamento pela NPR

2008vist1 praz2

2009vist1 praz2

2010

Page 35: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

35DEZ 2010

LIVROSAGENDA DE EVENTOS

BEM-ESTAR E PRODUÇÃO DE FRANGOS DE CORTEDias: 03/12. FUNEP. Local: Centro de Con-venções da UNESP, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3209-1300. Email:- [email protected]. Site:-www.funep.com.br.

7º CURSO DE NOÇÕES EM MORFOLOGIA E JULGAMENTO DE ZEBUÍNOS - CORTEDias: 03 a 04/12. ABCZ. Local: Parque “Fer-nando Costa”, Uberaba (MG). Tel: (34) 3319-3930. Email:- [email protected]. Site:-www.abcz.org.br.

CURSO DE HORTICULTURA E FRUTICUL-TURA ORGÂNICADias: 04/12. AAO. Local: Sitio Catavento, Indaiatuba, São Paulo (SP). Tel: (11) 3875-2625. Email:- [email protected]. Site:-www.aao.org.br.

20º CONIRD - Congresso Nacional de Irri-gação e DrenagemDias: 06 a 08/12. ABID. Local: Centro de Eventos “Rômulo Kardec de Camargos” - Tat-tersal de Elite da ABCZ, Uberaba (MG). Tel: (34) 9132-4130. Email:- [email protected]. Site:-www.abid.org.br.

CURSO - TÉCNICAS DE CRIAÇÃO DE INSETOS PARA PROGRAMAS DE CON-TROLE BIOLÓGICODias: 06 e 10/12. FEALQ. Local: Anfiteatro do Setor de Entomologia ESALQ/USP, Piraci-caba (SP). Tel: (19) 3417-6604. Email:- [email protected]. Site:-www.fealq.org.br.

64º CURSO DE NOÇÕES EM MORFOLO-GIA E JULGAMENTO DE ZEBUÍNOSDias: 06 a 10/12. ABCZ. Local: Parque “Fer-nando Costa”, Uberaba (MG). Tel: (34) 3319-3930. Email:- [email protected]. Site:-www.abcz.org.br.

SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BEM ESTAR DE ANIMAIS DE PRODUÇÃODias: 08 e 09/12. FEALQ. Local: Anfiteatro do Pavilhão da Engenharia ESALQ/USP, Piraci-caba (SP). Tel: (19) 3417-6604. Email:- [email protected]. Site:-www.fealq.org.br.

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE MANE-JADORES DE PRAGAS DO TOMATEDias: 09/12. GRAVENA. Local: Instituto de Zootecnia, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3203-2221. Site:-www.gravena.com.br.

MANEJO DO SOLO E CONTROLE ALTER-NATIVO DE PRAGAS E DOENÇAS NA A-GRICULTURA ORGÂNICADias: 11/12. AAO. Local: Parque da Água Branca, São Paulo (SP). Tel: (11) 3875-2625. Site:-www.aao.org.br.

25º TREINAMENTO EM MÉTODOS DE DI-AGNÓSTICO E CONTROLE DE BRUCE-LOSE E TUBERCULOSE ANIMALDias: 13 a 17/12. FUNEP. Local: Depto. Me-dicina Veterinária Preventiva UNESP, Ja-boticabal (SP). Tel: (16) 3209-1300. Email:- [email protected]. Site:-www.funep.com.br.

6º MINICURSO DE ACAROLOGIADias: 15 a 17/12. APTA / SAA-SP. Local: Lab-oratório de Acarologia, Centro Experimental do Instituto Biológico, Campinas (SP). Tel: (19) 3243-0396. Email:- [email protected]. Site:-www.apta.sp.gov.br.

7º MINICURSO DE ACAROLOGIADias: 15 a 17/12. APTA / SAA-SP. Local: Lab-oratório de Acarologia, Centro Experimental do Instituto Biológico, Campinas (SP). Tel: (19) 3243-0396. Email:- [email protected]. Site:-www.apta.sp.gov.br.

SHOW SAFRA 2011Dias: 21 a 22/01. FUNDAÇÃO RIO VERDE. Local: Fundação Rio Verde (Rod. MT-449, km 08), Lucas do Rio Verde (MT). Tel: (65) 3549-1161. Email:- [email protected]. Site:-www.fundacaorioverde.com.br.

SHOW RURAL COOPAVEL 2011Dias: 07 a 11/02. COOPAVEL. Local: Show Rural Coopavel, Cascavel (PR). Tel: (45) 3225-6885. Email:- [email protected]. Site:-www.showrural.com.br.

8ª FEINCO - Feira Internacional de Capri-nos e OvinosDias: 21 a 25/03. AGROCENTRO. Local: Centro de Exposição Imigrantes, São Paulo (SP). Tel: (11) 5067-6767. Email:- [email protected]. Site:-www.feinco.com.br.

18ª AGRISHOW - Feira Internacional de Tecnologia em AçãoDias: 02 a 06/05. REED EXHIBITIONS e AL-CANTARA MACHADO. Local: Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico - Centro Cana, Ribeirão Preto (SP). Tel: (11) 5067-6767. Site:-www.agrishow.com.br.

42ª EXPOAGRO - Exposição Agropecuária de Franca (SP)Dias: 13 a 29/05. ASSOC. PROD. RURAIS DO BOM JARDIM. Local: Parque de Ex-posições “Fernando Costa”, Franca (SP). Tel: (16) 3724-7080. Email:- [email protected]. Site:-www.franca.sp.gov.br/ex-poagro.

3ª EXPOVERDE - Feira de Flores, Frutas, Hortaliças, Plantas Nativas, Plantas Orna-mentais, Plantas Medicinais, Agricultura Orgânica, Insumos, Máquinas e Implemen-tos de Franca (SP)Dias: 22 a 25/09. ASSOC. PROD. RURAIS DO BOM JARDIM. Local: Parque de Ex-posições “Fernando Costa”, Franca (SP). Tel: (16) 3724-7080. Email:- [email protected]. Site:-www.franca.sp.gov.br/ex-poagro.

RECOMENDAÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DE FUNGOS

ENTOMOPATOGÊNICOS NO CONTROLE DE PRAGAS

AUTORLuis Francisco Angeli Neves, Pedro Manuel J.O. Neves e Marcos Rodrigues de FariaEDITORAFUNDAGCONTATOEmail: fundag@

JANEIRO 2011

DEZEMBRO

CITROS: TECNOLOGIADE APLICAÇÃO

AUTORFUNDECITRUSEDITORAFUNDECITRUSCONTATOwww.fundecitrus.com.br. EMAIL: [email protected]. (16) 3332-2589

A rede entomofungo foi criada por um grupo de 11 professores e pesquisa-dores brasileiros em reunião realizada durante o 8º SINCOBIOL em São Pedro (SP), em junho de 2003. Todos os par-ticipantes desenvolvem pesquisas com fungos para o controle de artrópodes- pragas. O principal objetivo da Rede é o de congregar professores, pesquisa-dores, especialistas e alunos de pós- graduação na discussão de estudos e trabalhos, tanto básicos como aplica-dos, relativos ao controle microbiano com fungos entomopatogênicos. Esta obra é a primeira publicada pela Rede, hoje com 25 membros e tem como ob-jetivo fornecer informações práticas e técnicas sobre o uso de micoinseticias (inseticidas à base de fungos) no con-trole de insetos e ácaros - praga em diferentes culturas.

A Tecnologia de Aplicação é o emprego de todos os conhecimentos científicos que proporcionem a correta colocação do produto, em quantidade necessária, de forma econômica, com mínimo de contaminação de outras áreas. Não se resume ao ato de aplicar o produto, mas sim na interação entre vários fatores (cultura, praga, doença, planta invasora, produto, equipamento e ambiente) buscando um controle efi-ciente.

fundag.br. Tel. (14) 9101-6262

FEVEREIRO 2011

MARÇO 2011

MAIO 2011

SETEMBRO 2011

Page 36: Edição 52 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2010

36DEZ 2010