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PÁG. 1 Vargem Grande do Sul e Região - Maio de 2011 - Ano II - Nº 21 - Distribuição Gratuita

Edição 21 - Maio 2011

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Edição 21 - Maio 2011

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Vargem Grande do Sul e Região - Maio de 2011 - Ano II - Nº 21 - Distribuição Gratuita

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EDITORIAL

EXPEDIENTEO Jornal do Produtor é uma publicaçãomensal, editado à rua Antônio Rodriguesdo Prado, 48, Bairro N. Sra. Aparecida,Vargem Grande do Sul - SP. E-mail:[email protected] - Fone: (19)3641-1392

Jornalista ResponsávelBruno de Souza - MTb 46.896

Diagramação, Fotos e ArtesRicardo Falcão - Angelino Jr.

PublicidadesFernando W. Franco - (19) 9310-5700

Circulação: Vargem Grande do Sul -Aguaí - Águas daPrata - Caconde - Casa Branca – Campinas

( Ceasa) - Divinolândia - Espírito Santo do Pinhal -Itobi – Itapetininga - Mococa - Santa Cruz das

Palmeiras - Santo Antônio do Jardim - São João daBoa Vista - São José do Rio Pardo - São Sebastiãoda Grama - Tambaú - Tapiratiba – Porto Ferreira -Ribeirão Preto - São José do Rio Preto. Em Minas

Gerais Sacramento e Araxá.

Égua quarto-de-milha mais cara da históriados leilões no Brasil é vendida por R$ 752 mil

Lance foi dado durante o 8º Leilão Velocidade, realizado pela MBA Leilões, em Sorocaba

Indianápolis Chicks é o nome daégua de 18 meses que bateu o re-corde de animal da raça quarto-de-milha mais caro vendido em

leilões no país. O lance deR$ 752 mil foi dado no dia9 de abril, durante o 8ºLeilão Velocidade, realiza-do pela MBA Leilões, emSorocaba. O valor serápago em 16 parcelasiguais.

A égua é uma grandepromessa para os campe-onatos dos próximos anosna categoria velocidade.Sua irmã, Styliss Jess Br,foi campeã mundial eSupreme Race Horse, so-mando o prêmio de U$ 785mil nas 11 vitórias conquis-

tadas. Indianápolis foi criada BennyRosset, do Haras Flor do Campo,em Cabreúva. A fêmea de pelagem

castanha possui a genética da po-tência do pai Chicks Beduíno e dacampeã mundial Stylish Secret. Apotra pertence agora ao Haras San-to Ângelo, de Brotas.

O Agro Canal foi o primeiro ca-nal de televisão a direcionar suaprogramação aos interesses co-merciais do homem do campo. Suacomunicação está voltada paraações de vendas e merchandising,abordando itens como maquináriosagrícolas, medicamentos veteriná-rios, defensivos, fertilizantes, grãos,imóveis, veículos, acessórios, en-tre outros. O canal tem perfil deuma revista eletrônica especializa-da em agronegócios e já virou re-ferência em Leilões de Leite. (MCOComunicação Empresarial)

Indianápolis Chicks bateu o recorde de animal da raçaquarto-de-milha mais caro vendido em leilões no país

Leilane Alves

Termina em 31 de maio aprimeira etapa da campanha devacinação contra a febre aftosaem São Paulo. Neste mês, ape-nas os bois e búfalos com até24 meses devem ser vacina-dos. Dos 11 milhões do totalde cabeças do rebanhopaulista, pouco menos de cin-co milhões estão nessa faixaetária.

De acordo com a chefe doServiço de Saúde Animal (SSA)de São Paulo, Patrícia SilviaPozzetti, a mobilização será fei-ta em todas as 150 mil propri-edades rurais. Em 2% delas, avacinação será assistida porveterinários do estado para ga-

Começou a vacinaçãocontra aftosa em São Paulo

Nesta etapa da campanha, apenas bois e búfalos com até24 meses devem ser vacinados no estado

rantir a cobertura de 100% dorebanho.

Na última etapa da campa-nha, em novembro de 2010,quando os animais de todas asfaixas etárias recebem a vaci-na, a cobertura ficou próximados 99%.

Desde março de 1996, SãoPaulo não registra casos de fe-bre aftosa.

O produtor tem até o dia 7de junho para comprovar quevacinou o rebanho. Basta levaro documento de compra da va-cina a uma das 103 UnidadesVeterinárias Locais (UVL) ou aum dos 282 Escritórios deAtendimento à Comunidade(EAC).

O Brasil vem se tornando funda-mental para empresas multinacionaisde máquinas agrícolas devido ao in-centivo à compra e a capitalização dosagricultores. E o Programa Mais Ali-mentos tem mostrado ser um impor-tante fator. Para se ter ideia, os agri-cultores familiares ampliaram em seisvezes os negócios fechados por meiodele na 18ª Agrishow, em Ribeirão Pre-to.

Na edição deste ano, foram nego-ciados cerca de R$ 27 milhões. O mon-tante refere-se a 300 propostas apre-sentadas ao Banco do Brasil nos cincodias da feira. Em 2010, cerca de 200projetos recebidos pelo Banco signifi-caram R$ 4 milhões em negócios.

Em meio a esses dados, o Brasilfirma-se como uma nova e importan-te fronteira agrícola para o resto domundo. E isso tem atraído não só visi-tantes, mas aumentado consideravel-mente a participação de empresas es-trangeiras na feira. Entre os nomes im-portantes que passaram pela Agrishoweste ano está o presidente mundial daDivisão Agrícola da John Deere, Markvon Pentz. Ele visitou a feira nos pri-meiro dia e esteve acompanhado pelopresidente da John Deere Brasil, AaronWetzel.

Na ocasião, Mark percorreu oestande e almoçou com produtores cli-entes da John Deere, Ilizar Antonov,da região de Rio Verde, de Goiás,Evandro e Clóvis Cortesia, do estadodo Mato Grosso, Marize Dias Costa, deIpameri, em Goiás e Paulo Rodrigues,produtor de cana na região de Ribei-rão Preto. Durante sua visita, ele ain-da recebeu em mãos de RicardoCardozo de Lima o Falcão um exem-plar do Jornal do Produtor.

Diante das importantes autoridadesque estiveram presentes na Agrishow,verifica-se mais uma vez a importân-cia desta feira, que hoje é consideradao centro do agronegócio brasileiro.

O centro doagronegócio brasileiro

Mark von Pentz, presidente mundial daDivisãoAgrícola da John Deere, junto com Ricardo

Falcão, sócio proprietário do Jornal do Produtor

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CATI divulga Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável

O Escritório de Desenvolvi-mento Rural (EDR) de São Joãoda Boa Vista realizou emDivinolândia uma reunião doConselho Regional de Desenvol-vimento Rural. O evento ocor-reu no dia 27 de abril e tevecomo objetivo a divulgação doProjeto de DesenvolvimentoRural Sustentável (PDRS) –Microbacias II – Acesso ao Mer-cado. A reunião contou com apresença de autoridades, repre-sentantes dos Sindicatos Rurais,associações, cooperativas deprodutores e integrantes dosConselhos Municipais de Desen-volvimento Rural de todos osmunicípios da região.

O engenheiro agrônomo JoãoBatista Vivarelli, diretor técnicoda CATI Regional, destacou naocasião que a missão dacoordenadoria é promover o de-senvolvimento rural sustentá-vel, por meio de programas eações participativas, comenvolvimento da comunidade,de entidades parceiras e de to-dos os segmentos dos negóci-os agrícolas.

O PDRS – Microbacias II –acesso ao Mercado é um traba-lho realizado através de umconvênio entre o Governo doEstado de São Paulo e o BancoMundial (BIRD) que prevê uminvestimento de US$ 130,00 mi-lhões, sendo US$ 78,00 milhõesdo BIRD e US$52,00 milhões doEstado de São Paulo. O projetotem como objetivo geral au-mentar a competitividade daagricultura familiar, melhoran-do simultaneamente suasustentabilidade ambiental,tendo o foco de fortalecer a po-sição dos agricultores familia-res nas cadeias produtivas e re-forçar sua capacidade de nego-ciação coletiva com os opera-dores de mercado do mercado.

O projeto será acessado atra-vés das unidades municipais da

Durante reunião em Divinolândia, Microbacias IIAcesso ao Mercado foi debatido com o Conselho Regional de Desenvolvimento Rural

CATI e os municípios paulistasforam classificados e priorizadosem três níveis: Alta, Média eBaixa Prioridade. Na região, osmunicípios de Águas da Prata,Divinolândia, Caconde, SantoAntônio do Jardim, Tambaú,Tapiratiba e Vargem Grande doSul estão classificados comoAlta Prioridade e todos os ou-tros são de média prioridade.

O projetoSão possíveis beneficiários do

PDRS – Microbacia II - Acessoao Mercado, as organizações deprodutores rurais (cooperativasou associações), legalmenteconstituídas há pelo menos umano, com grupo mínimo de 15produtores ligados a uma mes-ma cadeia produtiva e compos-to predominante por agriculto-res familiar. Estes grupos pode-rão apresentar uma proposta denegócio que deverá obrigatori-amente contemplar ações cole-tivas, investimento de uso co-letivo dos associados integran-

tes da proposta e não obriga-toriamente, ações nas proprie-dades dos associados: individu-almente ou por meios de gru-pos informais (somente produ-tores familiares poderão rece-ber incentivo individual), o va-

lor máximo apoiado por associ-ação será de R$ 800 mil, comum reembolso de até 70% doinvestimento a fundo perdido.

A CATI irá realizar uma ouduas chamadas anuais para re-ceber as propostas de negóciosdas cooperativas ou associa-ções. Estas propostas deverãoser encaminhadas acoordenadoria através da Casada Agricultura para análise, ava-liação, ranqueamento epriorização.

Os resultados esperados a ní-vel estadual são: apoio de 300iniciativas de negócios, 90 %das organizações participantescom uma gestão eficaz, implan-tação do Centro de Informaçõesdo Agronegócio on-line, implan-tação de 10 Centros Regionaise 150 salas municipais deagronegócios, implantação doSistema de Pagamento por Ser-viços Ambientais e implantaçãodo Sistema de Gestão de MalhaViária Municipal em 120 cida-des do Estado.

Mais informações:EDR São João da Boa VistaTelefone: (19) 3623-3723

Projeto Microbacias II foi o tema principal da reunião realizda em Divinolândia

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Na abertura da 23ª Feira da Associação Americana de CafésEspeciais (SCAA, na sigla em inglês), realizada em 28 de abril, odiretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, RobérioSilva, afirmou que o Brasil é capaz de fornecer cafés finos ou especiaispara todo tipo de mercado consumidor.

“Já pensaram que em um país onde se produz muito café há muito parase escolher em termos de grãos especiais?”, questionou Silva, ao público queparticipou da cerimônia no centro de convenções George R. Brown, em Houston,Estados Unidos.

Segundo ele, o Brasil volta a ser país tema do evento da SCAA, 11 anos depois,como um dos maiores fornecedores mundiais de cafés especiais e não mais comouma promessa, posição ocupada no ano 2000. “Temos uma incrível diversidade dequalidades, o que está claro no slogan ‘Um país, muitos sabores’”, disse, se referin-do ao slogan criado para a marca Cafés do Brasil. “Porém, ainda temos um longocaminho para fazer com que os nossos cafés especiais se consolidem no mercado. Ofato de o Brasil ser o maior produtor mundial dificulta nosso posicionamento nosegmento dos especiais”, considerou o diretor.

De acordo com ele, ainda existe a percepção e o estigma de que o Brasil apenas égrande em quantidade e não em qualidade. “Estamos aqui mais uma vez para mos-trar que o Brasil é a terra dos cafés especiais”, completou.

O diretor do Ministério da Agricultura ainda reforçou que o Brasil é a maior fontede cafés sustentáveis certificados do mundo. Os produtores brasileiros, afirma, fa-zem o melhor para respeitar o meio ambiente e seguir a legislação nacional quetrata do assunto, a mais rigorosa que existe. Silva lembrou também que, no Brasil,o café é plantado principalmente por pequenos produtores, em fazendas com, emmédia, 10 hectares. Mas, tanto em grandes plantações como em pequenas propri-edades é possível produzir grãos de alta qualidade.

Além disso, Silva destacou também que no país há outro tipo desustentabilidade: a econômica. “A eficiência da produção brasileira de café ga-rante que cerca de 90% do preço de exportação retorne para nossos pro-dutores, a maior porcentagem registrada em um país produtor”,

afirmou. (MAPA)

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A empresa reuniu diferentes representantes da cadeia agrícola na comunidade Top Ciência para discutirtemas como manejo de pragas e doenças, tratamento de sementes e fisiologia das plantas

A Comunidade Top Ciência se destaca no cenário agrícolacomo palco de troca de informações entre pesquisadores, pro-dutores rurais, técnicos e consultores. Somente no ano de 2010,a BASF realizou cerca de 100 chats para fomentar discussõessobre temas como tratamento de sementes, fisiologia das plan-tas, nematóides, manejo de pragas e doenças, entre outros.Os chats promovidos pela BASF impactaram cerca de 4 milpessoas com aproximadamente 40 por bate-papo. Os debatesgiraram em tornos dos mais variados cultivoscomo soja, milho, algodão, cana-de-açúcar,amendoim e maçã. A Comunidade também éum importante canal de conectividade para usu-ários do serviço Digilab. Além dos bate-papos,os usuários enviaram mais de 300 mensagensatravés do Fórum Top Ciência.

O Digilab consiste na união de um micros-cópio digital, capaz de aumentar a imagem ematé 200 vezes, e um software com banco dedados e imagens das principais pragas e doen-ças. Ao suspeitar que a lavoura está sofrendo oataque de uma doença, o técnico recolhe algumas amostrasdas plantas, como folhas, hastes, raízes. Com a amostra emmãos, o profissional realiza uma avaliação comparativa entreo material e as imagens da biblioteca virtual do Digilab. Osoftware com o banco de dados foi desenvolvido com base naliteratura especializada e com apoio de pesquisadores univer-sitários. Na atual versão, o banco de dados contempla 33 dife-rentes pragas, 138 tipos de doenças e 89 espécies de ervasdaninhas separadas em 16 culturas. O acervo serve de con-sulta para os usuários, que fazem o comparativo com a amos-tra recebida. Desde 2009, cerca de 33 mil imagens foramcapturadas pelos usuários com o serviço e mais de 5 mil ima-gens catalogadas na biblioteca virtual.

Durante 2010, a BASF firmou parcerias com cooperativas,

entidades e pesquisadores para cessão do serviço Digilab. Atecnologia já está presente em 30% do território nacional.Essa abrangência permitiu que a serviço acumulasse casos desucesso ao longo do ano. No município de São Domingos,Santa Catarina, o serviço auxiliou na identificação do primeirofoco de ferrugem asiática da safra 2010/11 no estado. A melada soja e a Rhizoctonia Solani surgiram em regiões sojicultorascom sintomas diferentes dos habituais, confundindo os pro-

dutores. Com o Digilab, foi possível identificaras doenças e os técnicos puderam fazer a re-comendação correta.

Com foco em pesquisa agrícola, a BASF lan-çou o Digilab 500. O microscópio da nova ver-são traz uma lente com capacidade de aumentode até 500 vezes, sendo ideal para professo-res, pesquisadores e consultores. O equipa-mento reúne as funcionalidades de alguns mi-croscópios e máquinas fotográficas digitaisutilizadas em laboratórios.

A BASF iniciou 2011 realizando o ZOOM –Concurso Fotográfico Digilab. A competição, que se estenderáaté o mês de julho, foi idealizada para estimular ainda mais atroca de informações entre os usuários do Digilab e daComunidade Top Ciência. “Sabemos que o Digilab con-quistou seu espaço junto a produtores, pesquisado-res e consultores ao se mostrar um serviço eficientee que criou um novo patamar de assistência técni-ca. Queremos conectar cada vez mais as pessoasque trabalham em prol da agricultura brasileira,para que a troca de informações entre os elos dacadeia eleve ainda mais a excelência da produçãonacional”, finaliza a gerente de Comunicação e Ser-viços de Relacionamento com o Cliente da BASF,

Adriana Boock.

Durante 2010,foram realizados

cerca de 100chats que

impactarammais de 4 mil

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O bom momento da agricultura brasileira refletiu nos ne-gócios fechados durante a 18ª Agrishow (Feira Internacionalde Tecnologia Agrícola em Ação). O evento foi realizado en-tre os dias 2 a 6 de maio no Polo Regional de Desenvolvi-mento Tecnológico do Centro-Leste/Centro de Cana IAC, emRibeirão Preto. A estimativa preliminar de valores negocia-dos durante a feira indicou que o volume de vendas superouR$ 1 bilhão.

O levantamento foi feito por dois dos três bancos –Santander, Bradesco e Banco do Brasil - que intermediaramas negociações (principalmente os financiamentos) duranteo evento. Segundo a organização, a feira atraiu este anocerca de 146 mil visitantes, 765 expositores nacionais e in-ternacionais e representantes de 45 países. Na área reser-vada para apresentações práticas, aconteceram 800 demons-trações de máquinas.

De acordo com o presidente da Agrishow, Cesário Ramalho,que também preside a Associação Brasileira de Agribusiness(Abag), os bons resultados obtidos este ano refletem a “mus-culatura do agronegócio brasileiro”. Segundo ele, o momen-to foi oportuno devido aos números alcançados na safra 2010/11 com a colheita recorde de grãos, de 157,4 milhões detoneladas, a elevação de 7,4% do Valor Bruto de Produção(VBP), e a retomada dos investimentos do setorsucroenergético. “Tudo isso aquece os negócios de compra evenda de máquinas, implementos e equipamentos”, disseRamalho.

Autoridades presentesRamalho ressaltou a expressão que a Agrishow adquiriu

este ano, do ponto de vista político. Para ele, a presença deinúmeras autoridades reafirma a importância do evento, hojeconsiderado o centro do agronegócio brasileiro, a vitrine dessesetor no País.

Dentre as autoridades presentes estavam os ministros daAgricultura, Wagner Rossi, do Desenvolvimento Agrário, Afon-so Florence, e da Integração, Fernando Bezerra, que anun-ciou oficialmente durante a feira a criação da Secretaria Na-cional de Irrigação. Além deles, o evento contou com a pre-sença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e aindacinco ministros da Agricultura do Uruguai, Argentina,Paraguai, Chile e Bolívia.

Na segunda-feira, dia 2, durante a cerimônia oficial deabertura do evento, Alckmin assinou o controle de cessão daárea da Fazenda Experimental (de propriedade do Estado)por mais 30 anos a partir de 2014, para a realização daAgrishow. A feira, a partir do ano que vem, será presididapor Maurílio Biaggi Filho, empresário do setor sucroenergético.(Globo Rural)

Foto: Sala de imprensa Agrishow

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O diretor do Grupo Agco para a América do Sul, Jak Torretta,afirmou que o Brasil vem se tornando fundamental para em-presas multinacionais de máquinas agrícolas devido ao in-centivo à compra e a capitalização dos agricultores. Em en-trevista à Globo Rural, ele citou o programa social Mais Ali-mentos como grande incentivador da economia agrícola bra-sileira nos últimos anos, que vem impulsionando a venda demáquinas desde o ano de 2009. “Tivemos um grande saltono mercado de máquinas agrícolas a partir dos programassociais do governo. Foi notável a movimentação econômica”,comentou o diretor. Uma das marcas da Agco, a Valtra,divulgou durante a Agrishow que registrou um crescimentode 15% nos negócios com tratores e 30% com colheitadeiras.

Na quarta-feira, dia 4, o ministro do Desenvolvimento Agrá-rio (MDA), Afonso Florence, visitou a feira e lançou mais duascategorias do Programa Mais Alimentos: três colheitadeirasde café e uma de cana-de-açúcar. Na ocasião, ele entregouuma colheitadeira financiada a produtores de café de MinasGerais.

O Mais Alimentos é um programa de financiamento do MDAque financia a compra de máquinas agrícolas para produtoresrurais cadastrados no Programa Nacional de Agricultura Fami-liar (Pronaf). Segundo Florence, em 2010 foram destinadosR$ 5 bilhões em 150 mil contratos. O ministro não informouquais as expectativas do MDA para os financiamentos em 2011,mas garantiu que o programa vai crescer. “Queremos superareste número [de R$ 5 bilhões] este ano e a pujança da agri-cultura brasileira vai permitir isso”, disse.

Pelo Mais Alimentos, os produtores podem tomar emprés-timos de R$ 150 mil (individual) ou de até R$ 500 mil (coleti-vo) para o financiamento de máquinas agrícolas. A dívida temcarência de três anos e poderá ser quitada em sete anos.

Visitantes e empresas estrangeirasO Brasil como uma nova e importante fronteira agrícola

para o resto do mundo foi o que atraiu tantos visitantes eempresas estrangeiras na feira. “Não tem como uma empre-sa que atua no setor agrícola estar fora do mercado brasilei-ro. A América do Sul como um todo, mas principalmente oBrasil, constituem hoje o mercado mais imporante para osetor”, afirmou o presidente mundial do Grupo CNH,Andreas Klauser, em entrevista à Globo Rural.

Devido à importância da Agrishow, Klauser, que co-manda os negócios da Áustria, organizou ao redor domundo um grupo do primeiro escalão da empresa paraparticipar do evento. “Eu quis que todos viessem co-nhecer de perto o que está acontecendo aqui. É fun-damental que possamos estar perto do produtor ruralbrasileiro para entender exatamente qual é a suademanda”, disse. (Globo Rural)

Fotos: Falcão Foto & Arte

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John DeereDurante a Agrishow, a John Deere apresentou uma série de lançamentos, com modelos de tratores, incluindo alguns especialmente

destinados à aplicação nos canaviais e na atividade florestal, além de colhedoras de algodão e equipamentos para produção de fenoe forragem. Entre os destaques estava a plantadora Greensystem PP1102, com tecnologia desenvolvida pela empresa para as mudasda tecnologia Plene, da Syngenta, que modifica a forma de plantio da cana. Também foram expostos produtos da John Deere Water(voltados para a irrigação) e da John Deere Florestal (para a atividade em reflorestamentos).

Massey FergusonA Massey Ferguson comemorou o sucesso obtido durante a Agrishow. Com a presença de mais de 40 concessionárias represen-

tando a maior rede de distribuidores de máquinas agrícolas do País, a empresa apresentou seu primeiro pulverizador, novostratores compactos e florestais e uma ampliação na oferta para agricultura de precisão, além da entrada no segmento de enfardadoras.

New HollandDurante a Agrishow, a New Holland apresentou um novo conceito de marca de equipamentos agrícolas: lançando três grandes

novidades para o mercado brasileiro, a marca se estabelece com uma linha completa de máquinas para o setor. A novidade é o novopulverizador SP3500, a colheitadeira de duplo rotor da classe VI CR6080 e a linha de tratores T8 – com o maior trator produzido noPaís, alcançando 389 cv – que consolidou a participação da marca no mercado de máquinas de alta potência.

Fotos: Falcão Foto & Arte

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BridgestoneEntre os expositores, também esteve

presente a Bridgestone, a maior fabrican-te de pneumáticos do mundo. Por meio dasua marca Firestone, ela apresentou o chipinteligente. O dispositivo é acoplado a cadapneu e, por meio de radiofrequência, for-nece uma série de informações, como iden-tificação numérica, marca, modelo, dimen-são, ciclo de vida e desenho de reforma dopneu. Além desta tecnologia, a empresatambém apresentou os seus consagradospneus radiais All Traction 23°, All TractionFWD, All Traction DT e o Radial 9000.

FordA Ford preparou uma pista mega radical para o

público que esteve na Agrishow. Durante o even-to, os amantes dos veículos puderam se aventu-rar com as picapes Ford Ranger e F-250, além dojipe Troller e testar suas habilidades na pista. Alémdisso, a Ford também apresentou toda sua linhade picapes e caminhões com ofertas super dife-renciadas para os consumidores.

Outro destaque foi a exposição do novo cami-nhão Cargo 2012, último lançamento damontadora e que traz o que há de mais inovadorno segmento.

STIHLLíder no mercado brasileiro de ferramentas mo-

torizadas, a STIHL também participou desta edi-ção da Agrishow. Além dos lançamentos, a em-presa trouxe demonstrações e exposição doportfólio completo de produtos, com soluções paraplantio de mudas, tratamento fitossanitário, lim-peza, pulverização, construção de cercas e outrasaplicações. Pulverizadores, sopradores, perfurado-res, roçadeiras, motosseras, ferramentasmultifuncionais, lavadoras e uma série de outrasferramentas, motorizadas e elétricas chamaram aatenção dos produtores que visitaram o evento.

FuzilA Fuzil esteve mais uma vez

presente da Agrishow. A em-presa de Vargem Gde. do Sulapresentou toda sua linha deprodutos. Atualmente ela é umsólido grupo brasileiro comatuação na área industrial, naárea comercial atacadista, distri-buindo e representando as me-lhores marcas de ferragens, fer-ramentas e produtos veterinári-os para mais de 10 mil clientes.

AviaçãoCom o crescimento do se-

tor agropecuário, empresassegmentos diferenciadostambém aproveitaram parafazer grandes negócios naAgrishow. A Embraer tambémvem aumentando sua parti-cipação em feiras doagronegócio. Sua estrela parao campo é o Ipanema, aviãomovido a etanol. O avião cus-ta em média R$ 600 mil.

Fotos: Falcão Foto & Arte

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Nova variedadede berinjela

Crioulo domina ranking anual das Rédeas

Entre os 50 exemplares sele-cionados para compor o rankingdos melhores nas rédeas no anociclo 2010/2011 da AssociaçãoNacional de Cavalos de Rédeas(ANCR), 11 cavalos Crioulosmarcaram presença, incluindo oprimeiríssimo colocado na lista.Mesmo com uma inserção re-cente na modalidade, a raça vem

Exemplar da raça conquistou três provas mais importantes no cenário nacional. Premiaçãoaconteceu na Fazenda Barrinha, em Espírito Santo do Pinhal

conquistando um espaçoconsiderável nestas provase confirmando a sua fun-cionalidade. Um dosexemplos destas conquis-tas foi o título nacional doCrioulo Las Callanas Julito,que foi coroado com aTríplice Coroa da ANCR noinício de abril.

Sob comando do cava-leiro Gabriel Diano, oexemplar conquistou astrês provas mais impor-tantes no cenário nacionaldas Rédeas em 2011: Po-tro do Futuro, SuperStakes e Derby.

A premiação aconteceuna Fazenda Barrinha, emEspírito Santo do Pinhal. Ofato marca outra conquis-ta inusitada, pois pela pri-meira vez na história da

premiação, em 20 anos, cavaloe cavaleiro conquistam o títulojuntos.

Além da conquista de GabrielDiano e Las Callanas Julito, ou-tros crioulos vêm despontandono universo das rédeas. A me-lhor colocação do país (7º lugarentre 23 participantes) nos Jo-

Crioulo Las Callanas Julito foi coroado com a TrípliceCoroa da ANCR

gos Equestres Mundiais (WorldEquestrian Games), realizadaanualmente em diferentes pon-tos do mundo, foi conquistadopor Wellington Teixeira e o cri-oulo SJ Rodopio.

Considerada a “Copa do Mun-do do Cavalo”, a disputa organi-zada pela Federação EquestreInternacional (FEI) foi realizadaentre os dias 25 de setembro e10 de outubro de 2010, no es-tado norte-americano deKentucky.

Além de Teixeira, João Antô-nio (Jango) Salgado também le-vou um cavalo Crioulo, impulsi-onando a equipe brasileira paraa 14ª colocação na prova, amelhor do país em JogosEquestres Mundiais.

Em meio à predominância dosQuartos de Milha na modalida-de, o Crioulo também ganhouuma prova de rédeas própriapara a raça: a Copa Querência.Organizada pela Associação Ga-úcha dos Cavalos de Rédeas(AGCR), a disputa já está na sua7ª edição e distribuiu mais de R$150 mil em prêmios em 2011.(ABCCC Associação Brasileira deCriadores de Cavalos Crioulos)

A Empresa Brasilei-ra de PesquisaA g r o p e c u á r i a(Embrapa) colocou àdisposição doshorticultores brasilei-ros sementes da berin-jela Ciça. A nova vari-edade é resultado docruzamento degenótipos resistentesàs doenças que cau-sam danos à cultura.

Em condições favo-ráveis, as sementesproduzem até 120 to-neladas de frutos porhectare. As folhas, decoloração verde-escu-ra, não possuem espi-nhos, o que facilita omanuseio durante a co-lheita. Além da resis-tência às doenças, aCiça apresenta boaadaptação a variaçõesclimáticas, uniformida-de do fruto e da plantae boa conservação pós-colheita.

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IAC apresentou três novascultivares de café arábica na Agrishow

O Instituto Agronômico (IAC) le-vou para a Agrishow 2011 três no-vas cultivares de café tipo arábicacom alta produtividade, porte bai-xo e ótima qualidade da bebida. Sãoelas a Tupi RN IAC 1669-13, OuroVerde IAC H 5010-5 e Obatã Ama-relo IAC 4739.

Duas delas – a Tupi RN IAC 1669-13 e Obatã Amarelo IAC 4739 – sãoresistentes à principal doença docafé, a ferrugem, característica quepode reduzir até cerca de 10% aaplicação de defensivos agrícolas.A cultivar Tupi RN IAC 1669-13 éainda resistente ao nematóideMeloidogyne exigua, o que permiteque seja plantada em regiões ondehá problemas com a praga. O IACterá ainda expostas outras duas cul-tivares de café já conhecidas pelosprodutores, a Obatã IAC 1669-20e a Catuaí Vermelho IAC 144.

As cinco cultivares têm produti-vidade média em torno de 40 a 60sacas de café beneficiado em áreasirrigadas. Nas regiões não irrigadassuas produtividades variam entre30 e 45 sacas por hectare. A culti-var Obatã IAC 1669-20 teve pro-dutividade média, no período de seisanos de colheita consecutivos de37,5 sacas de café beneficiado. Se-gundo o pesquisador do IAC,Oliveiro Guerreiro Filho, cerca de75% do parque de café brasileirosão produzidos com o arábica. “Des-se total, aproximadamente 45% sãoplantados com a cultivar Catuaí.Juntamente com a cultivar MundoNovo, são os dois café arábica maisplantados no Brasil”, disse.

Desenvolvidas para terem por-te baixo, as cultivares têm colheitafacilitada o que diminui os custoscom mão-de-obra necessária. “Ou-tra vantagem das cultivares de por-te baixo e compacto é que as plan-tas podem ser cultivadas com mai-or densidade, pois o espaçamentoentre elas é menor. Com isso pode-se plantar mais mudas em umamesma área”, explicou.

Outra característica importantedas cultivares é a maturação dos

Desenvolvidas para terem porte baixo, as cultivares têm colheita |facilitada o que diminui os custos com mão-de-obra necessária

frutos. Segundo o pesquisador, di-ferenças na maturação dos frutossão devidas às características ge-néticas das plantas e às condiçõesambientais. Guerreiro explica queum ranking pode ser feito com amaturação das cinco cultivares. ATupi RN IAC 1669-13 é a mais pre-coce de todas, seguidas da CatuaíVermelho IAC 144 e Ouro VerdeIAC H 5010-5, que têm maturaçãomédia e, por último, as Obatã Ama-relo IAC 4739 e Obatã IAC 1669-20, que são de médias a tardias.“Com essa diferença de maturação,o produtor pode colher o café em

períodos um pouco diferentes. As-sim, é possível distribuir melhor acolheita e diminuir a quantidade demão de obra empregada”, afirmou.

QualidadeA qualidade das bebidas é ou-

tro ponto fundamental nas cultiva-res apresentadas pelo InstitutoAgronômico na Feira. Se outroranking fosse feito com as cultiva-res levadas pelo IAC, segundoGuerreiro, Ouro Verde IAC H 5010-5 ficaria na primeira posição, comqualidade de bebida consideradaexcelente. Logo atrás viria a Catuaí

Vermelho IAC 44, considerada óti-ma e seriam seguidas pela Tupi RNIAC 1669-13, Obatã IAC 1669-20e Obatã Amarelo IAC 4739, classi-ficadas com boa qualidade de be-bida. “São pequenas variações,mas todas elas são muito boas”,explicou Guerreiro.

ResistênciaTrês variedades são resistentes

à principal doença do café, a ferru-gem. Obatã IAC 1669-20, ObatãAmarelo IAC 4739 e Tupi RN IAC1669-13 e podem dispensar a apli-cação de defensivos agrícolas des-tinados ao controle químico da do-ença. “A pesar de variável, do cus-to total de produção, cerca de 15%se relaciona ao controlefitossanitário. Reduzir o uso de de-fensivos é uma ótima contribuiçãopara os produtores”, diz o pesquisa-dor. Além disso, o uso de cultivaresresistentes pode, em alguns casos,viabilizar o cultivo em regiões que oíndice de incidência da doença é muitoelevado. No caso da Tupi RN IAC1669-13, essa característica é aindamais importante, já que é a cultivar éresistente também ao nematóideMeloidogyne exigua que reduz sen-sivelmente a produção de cultivaressuscetíveis em determinadas regiõesprodutoras. As cinco cultivares de cafédesenvolvidas pelo IAC têm plantiorecomendado para todas as regiõesprodutoras de café do Brasil. (IAC)

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Produtor tem três novas cultivares de batata-doceVariedades apresentam produtividade superior a 32 toneladas por hectare e atendem

a demandas por coloração e maior ou menor grau de suculênciaA Empresa Brasileira de Pes-

quisa Agropecuária (Embrapa)lançou três novas cultivares debatata-doce, que apresentamuma produtividade superior a 32toneladas por hectare – quatrovezes maior do que à média bra-sileira de oito toneladas – e aten-dem a demandas específicas dosconsumidores, como coloraçãoe maior ou menor grau desuculência.

Segundo o órgão, o trio denovas cultivares tem a intençãode atender necessidades da pon-ta final do processo, os consu-midores. Itens como sabor, core suculência estão presentes. ABRS Amélia, de coloração rosaclara e rica em pró-vitamina A,conta com um alto teor desuculência, tendo um grandedestaque na questão culinária.“A BRS Amélia salienta-se pelagrande aceitação devido ao sa-bor e à cor da polpa, umalaranjado intenso. Quando co-zida, a textura é úmida e mela-da, macia e extremamentedoce”, comenta o pesquisadorLuís Antônio Suíta de Castro,responsável pela seleção dasvariedades.

A cultivar também está rela-cionada com a questão da saú-de. A pró-vitamina é um com-

ponente nutricional essencialpara a população, principalmen-te a infantil. Na questão da pro-dutividade, ensaios da Embrapae testes com agricultores che-garam a 32 toneladas por hec-tare.

A BRS Rubissol, com casca

avermelhada, destaca-se pelauniformidade das batatas-doce.Possui excelentes característicaspara consumo de mesa, mastambém pode ser utilizada noprocessamento industrial. A pro-dutividade é outro atrativo. Amédia é de 40 toneladas por

hectares.Já a BRS Cuia tem coloração

creme e pode chegar a até 60toneladas por hectare. Ganhadestaque na questão culináriadevido ao tamanho relativamen-te grande das batatas. Tambémapresenta boa adequação aoprocesso industrial.

SeleçãoOs produtos foram desenvol-

vidos pela Embrapa Clima Tem-perado (Pelotas, RS) por meiode um processo de seleção ge-nética por competição. O primei-ro passo, de acordo com os pes-quisadores, foi reunir 70 aces-sos genéticos de batata-doceexistentes no Rio Grande do Sul.Durante dez anos, foi feita a se-leção desse material para iden-tificar as de maior potencial. Ascultivares selecionadas aindapassaram por um processo deeliminação de doenças, geran-do plantas de batata-doce li-vres de qualquer vírus e commaior produção. “A grandeprodutividade vem justamentedo fato de ter havido uma se-leção de material genético demaior qualidade e de ter ocor-rido a eliminação de doenças”,explica Castro.

(Globo Rural Online)

O trio de novas cultivares tem a intenção de atender necessidades da ponta final do processo, osconsumidores

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Eventos agropecuáriosprogramados para junho

Vem aí a 38ª EAPIC

Começaram os preparativospara a 38ª EAPIC (ExposiçãoAgropecuária, Industrial e Comer-cial de São João da Boa Vista). Oevento será no Recinto de Expo-

Evento será entre os dias 8 a 17 de julho no Recinto de Exposições “José Ruy deLima Azevedo”, em São João da Boa Vista

Dia 1 a 5 - 19ª Festa do Frango e Peão Boiadeiro -Pereiras. Informações: PrefeituraDia 2 a 12 - 45ª Feira Agropecuária e Industrial deOurinhos e Região - Ourinhos. Informações: Prefeitura- (14) 3302-2600 e Sindicato Rural - (14) 3322-6411Dia 2 e 3 - 49ª Festa da Colheita - Guatapará.Informações: Prefeitura, Associação AgroculturalEsportiva de Guatapará e Santander BanespaDia 3 a 12 - 28ª Expoam (Exposição Agropecuáriade Mococa) - Mococa. Informações: Prefeitura,Sindicato Rural, Secretaria de Agricultura e Casa daAgriculturaDia 9 a 11 - Feira Agropecuária e 6ª Festa do PeãoBoiadeiro - Quatá. Informações: Prefeitura - (18) 3366-9500 e Casa da Agricultura - (18) 3366-1070Dia 13 a 17 - 17ª Feicorte (Feira Internacional daCadeia Produtiva da Carne) - São Paulo. Informações:Agrocentro Feira e Exposições e SAA2ª Quinzena - 32ª Feira de Animais - Santa Lúcia.Informações: Prefeitura - (16) 3396-9600 e CâmaraMunicipal - (16) 3396-14452ª Quinzena - 9ª Feicampo (Feira de Grandes ePequenos Animais e Implementos Agrícolas) -Taubaté. Informações: Sindicato Rural - (12) 3634-2700Dia 17 a 25 - 38ª Ficcap (Feira Industrial, Cultural,Comercial e Agropecuária) - Santa Fé do Sul.Informações: Prefeitura - (17) 3631-9500Dia 23 a 26 - 23ª Expojac (Feira Agropecuária deJacupiranga) - Jacupiranga. Informações: Prefeiturae Casa da Agricultura - (13) 3864-6400 / 3864-1055Dia 25 e 26 de junho e 2, 3, 9 e 10 de julho - 28ª Festado Morango de Jarinu, Atibaia e Região - Jarinu eAtibaia. Informações: Associação Do Morango - (11)4417 -1097 / 4417 -1110, Prefeitura de Jarinu - (11)4016 -3843 e Prefeitura de Atibaia - (11) 4414 -75004ª semana - 2ª Exposição Agropecuária de Atibaia -Atibaia. Informações: Prefeitura - (11) 4414-2200Encontro de Cafeicultores de Montanha -Divinolândia (Bairro Laranjal). Informações: Prefeitura,Associação dos Cafeicultores de Montanha, SindicatoRural, Casa da Agricultura e SENAR.23ª Festa da Cerejeira - Garça. Informações: Prefeiturae Departamento de Cultura - (14) 3471-1909Obs: Antes de ir a qualquer um desses eventos, procuresempre contatar a organização para saber maisdetalhes

sições “José Ruy de Lima Azeve-do” entre os dias 8 a 17 de julho.

Considerada uma das maioresfeiras do gênero do Estado de SãoPaulo, a EAPIC contará com di-versas atrações, isso tanto paraos produtores rurais que vão aoevento conferir as exposições eprovas, como também ao públi-co em geral que irá ao eventopara assistir aos shows.

Em meio a sua programação,destaca-se a exposiçãoagropecuária. Reconhecida emuito respeitada em todo o Bra-sil, ela reúne animais de todo opaís e até mesmo do exterior, comjulgamentos ranqueados por as-sociações conceituadas no ramo.

Dentro da programação, o pú-blico pode conferir as tradicionaisexposições de bovinos e equinos.Além disso, o evento traz provasde charrete, hipismo clássico emarcha de equinos e muares.

O rodeio é outro atrativo daEAPIC. As provas de montaria emtouros e em cavalos fazem partedo Circuito Nacional de Rodeio, or-ganizado pela CNAR (Confedera-ção Nacional de Rodeio). Devidoessa grande estrutura e tambémpor reunir diversos atrativos si-multaneamente, a exposição temse projetado cada vez mais no ce-nário nacional, ficando conhecidapopularmente como a “festacountry mais completa do país”.

Dia 8 (sexta-feira) – Fernando e Sorocaba

Dia 9 (sábado) – Eduardo Costa

Dia 10 (domingo) – Gusttavo Lima

Dia 14 (quinta-feira) – Jorge e Mateus

Dia 15 (sexta-feira) – Claudia Leitte

Dia 17 (domingo) – Paula Fernandes

Dia 16 (sábado) – Zezé Di Camargo & Luciano

Fonte: www.eapic.com.br

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A criação racional de abelhasrepresenta uma importante ati-vidade comercial que beneficiao homem com produtos diretoscomo o pólen, o mel, a própolis,a geléia real e a cera, os quaissão utilizados, especialmente,para fins alimentícios, cosméti-cos e fármacos. Da mesma for-ma, a apicultura é uma ativida-de de grande intensidade paraa produção agrícola, pois asabelhas realizam o processo depolinização necessário para aperpetuação e disseminaçãodas espécies vegetais.

No apiário do Departamentode Entomologia e Acarologia(LEA) da Escola Superior deAgricultura “Luiz de Queiroz”(USP/ESALQ), em Piracicaba,foi realizado um experimento decampo para caracterizar o pó-len quanto à sua origem botâ-nica e alguns parâmetros físi-co-químicos e relacioná-los como desenvolvimento de abelhasafricanizadas (Apis mellifera L.)medido pelo tamanho da áreaocupada com pólen, mel e criadentro da colméia (cm2) e aassimetria flutuante das asas deabelhas operárias.

As coletas foram realizadasnas quatro estações climáticasdo ano no local em que foraminstaladas cinco colméias. Nooutono, o ensaio foi realizadoentre 2 de abril e 28 de maiode 2008; no inverno, entre 9de julho e 3 de setembro de2008; na primavera, entre 7 deoutubro e 2 de dezembro de2008; e no verão, entre 9 dejaneiro e 6 de março de 2009.“O local de instalação apresen-ta domínio de vegetação de Flo-resta Estacional Semidecidual(Mata Atlântica), porém comamplas áreas antropizadas,onde existem cultivos agrícolase canteiros ornamentais comárvores e ervas”, diz Anna FridaHatsue Modro, autora da tese‘Influência do pólen sobre o de-senvolvimento de colônias de

Experimento aponta fatores quecontribuem na atividade apícola

Coleta de cargas de pólen interceptadas no alvado dascolméias experimentais

a b e l h a safricanizadas( A p i sm e l l i f e r aL.)’.

O estudomenc ionaque o pólenque é reti-rado dasanteras dasflores pelasa b e l h a scampeirasé transpor-tado para a colméia por meiodas corbículas ou cestos, loca-lizadas no último par de pernasdas operárias. O resultado daanálise polínica realizada emcargas de pólen, retidas peloscoletores instalados na entradadas colméias, ou armazenadosem células dos favos (pão deabelhas) são indicativos segu-ros do período de produção, ori-gem botânica e geográfica doproduto.

‘Pão de abelhas’No trabalho conduzido pelos

pesquisadores do LEA, foi con-siderado ‘pão de abelhas’, as car-gas de pólen depositadas nosfavos, em alvéolos, geralmentepróximos aos de cria, que pas-sa por um processo de fermen-tação, devido ao acréscimo desecreções salivares produzidaspelas abelhas. “Ao longo do anoforam encontrados 81 tipospolínicos nas cargas de pólen in-terceptadas, pertencentes a 34famílias botânicas, sendoFabaceae, Asteraceae eMalvaceae as famílias com mai-or freqüência de tipos polínicose, Myrtaceae, a família com altafrequência de grãos de pólen”,afirma a pesquisadora.

A pesquisa destaca que a ava-liação sazonal da influência daqualidade do pólen sobre o de-senvolvimento de colôniasafricanizadas, levando em con-sideração as características

ambientaise parâ-m e t r o spara a de-terminaçãoda qualida-de e quan-tidade dopólen cole-tado e ar-mazenadoe para odesenvolvi-mento dec o l ô n i a s

são importantes, pois permitemo domínio de técnicas de avalia-ção do desenvolvimento de co-lônias e da qualidade do pólen,divulgam a composição do pó-len apícola e a riqueza da floraregional, promovem um maiorconhecimento sobre o compor-tamento forrageiro e o desen-volvimento de colôniasafricanizadas em regiões brasi-leiras. “Esses fatores contribu-em na atividade apícola regio-nal, sendo utilizado no manejode colméias para direcionar ati-vidades da apicultura migrató-ria, auxiliar na elaboração desubstitutos de pólen, determinarlocais de instalação de apiários

e definir o período de escassezde recurso protéico”.

Outro resultado da pesquisaindica que as médias anuais damatéria seca (67,41%), prote-ína bruta (27,02%), extratoetéreo (3,66%), matéria mine-ral (3,34%) e carboidratos to-tais (65,41%) de cargas e, ma-téria seca (78,80%) e proteínabruta (25,89%) de pão de abe-lhas estão de acordo com o re-gulamento técnico paracomercialização do pólen noBrasil. “Com estes e demais re-sultados obtidos, concluímosque as famílias botânicasFabaceae, Asteraceae,Malvaceae e Myrtaceae podemser indicadas como fontespoliníferas para Piracicaba”, afir-ma o orientador da pesquisa,professor Luís Carlos Marchini,do LEA. “A origem botânica dopólen apícola tem efeito sobresua qualidade físico-química. Osvalores de proteína bruta, ex-trato etéreo, quantidade de pó-len coletado, riqueza eequitabilidade da composiçãopolínica influenciam positiva-mente o desenvolvimento decolônias”, conclui o orientador.(USP/ESALQ)

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