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MARÇO2010 · Telefone 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Avenida General Humberto Delgado - Edifício Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected] · www.oribatejo.pt Director ALVES JANA - MENSAL - Nº 5470 - ANO 110 - GRATUITO ESPECIAL NESTA EDIÇÃO Abrantes pela Vida está mobilizada contra o cancro Cento e vinte equipas preparam a Festa da Vida que será no próxi- mo dia 20 de Março. página 10 SAÚDE Maria de Lourdes Pintasilgo faria 80 anos em Janeiro Abrantina de nascimento, Lour- des Pintasilgo foi uma mulher de causas reconhecida em todo o mundo. página 14 PERSONALIDADE O inventor que mudou a agricultura em Portugal Escola Profissional de Mouriscas faz vinte anos Um ciclo de conferências assina- la duas décadas ao serviço do de- senvolviment rural. página 7 EDUCAÇÃO Saúde e bem estar MANUEL LOPES DE SOUSA I página 3

ed JA Fev/10

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Jornal de Abrantes

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MARÇO2010· Telefone 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Avenida General Humberto Delgado - Edifício Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected] · www.oribatejo.pt

Director ALVES JANA - MENSAL - Nº 5470 - ANO 110 - GRATUITO

ESPECIAL NESTA EDIÇÃO

Abrantes pela Vida está mobilizada contra o cancroCento e vinte equipas preparam a Festa da Vida que será no próxi-mo dia 20 de Março. página 10

SAÚDE

Maria de Lourdes Pintasilgo faria 80 anos em JaneiroAbrantina de nascimento, Lour-des Pintasilgo foi uma mulher de causas reconhecida em todo o mundo. página 14

PERSONALIDADE

O inventor que mudou a agricultura em Portugal

Escola Profissional de Mouriscas faz vinte anosUm ciclo de conferências assina-la duas décadas ao serviço do de-senvolviment rural. página 7

EDUCAÇÃO

Saúde e bem estar

MANUEL LOPES DE SOUSA

I página 3

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MARÇO20102 jaABERTURA

FOTO CRÍTICA

O que significa para si a Quaresma?

Não havia necessidade de deixar a rede, pois não? É certo que custa “só” 150 euros...

NOME Sónia SanfonaIDADE 38 anosPROFISSÃO AdvogadaCARGO Governadora Civil de San-tarémRESIDÊNCIA AlpiarçaUMA POVOAÇÃO AlpiarçaUM CAFÉ “Pézinhos no Rio”, em ConstânciaUM BAR “Outra vez Ilda “, em AlpiarçaUM PETISCO Carapauzinhos de escabecheUM RESTAURANTE “ A grelha do Zêzere” em Ferreira do ZêzerePRATO PREFERIDO “ A grelha do Zêzere” em Ferreira do ZêzereUM LUGAR PARA PASSEAR Par-que de S. Lourenço em AbrantesUM RECANTO A DESCOBRIR Des-cobrir os marcos da Cultura Aviei-ra no TejoUM DISCO Todos do Paulo GonzoUM FILME “ A vida é Bela” de Roberto BenigniUM LEMA DE VIDA “Espera o me-lhor mas prepara-te para o pior”UMA VIAGEM Pelo Ribatejo: Co-meçando pela Companhia das Lezírias, passando pelo Museu do Vinho no Cartaxo e rumando a Santarém para visitar a riqueza do seu património, seguindo para uma visita à Imponência do Mu-seu dos Patudos em Alpiarça, ao Castelo de Almourol e ao Caste-lo de Torres Novas e rumando aos Olhos de Água em A Alcanena, a uma visita ao Convento de Cristo em Tomar, ao Santuário de Fáti-ma e terminando tranquilamente na Barragem do Castelo de Bode (um dos muitos roteiros de uma região de Excelência a descobrir).

Sónia Sanfona

EDITORIAL

“Violentas são as margens”

SUGESTÕES DE ...

VOX POP

Adelino GomesComandante Bombeiros

É a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Pás-coa. Durante esta época, os seus fi éis são convidados a um perío-do de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmo-la e da oração. Mas é também por excelência, tempo de festa cristã que muitas vezes se mistura com as festas pagãs. É disso exemplo, as Festas de Constância”.

Lurdes VicenteAssistente operacional

Eu sou católica e como tal para mim a Quaresma é um tempo de refl exão. Na minha aldeia faço par-te do grupo parquial, leio as leitu-ras na Missa e participo nas várias actividades da igrega da aldeia.

Catarina DiasEmpregada de balcão

Para mim a Quaresma são 40 dias para refl etir sobre a vida. Fazer al-guns sacrifícios como pôr algum dinheir de lado, para doar a ins-tituições ou até mesmo à Igreja. Geralmente consigo reunir cerca de 50 euros para doar. Tenho uma tia que é freira e incutiu-nos este espírito na família.

Pedro LeitãoBombeiro voluntário

É o tempo de iniciação para o res-suscitar de Jesus Cristo. Esta época, para mim, é marcada pe-las procissões que temos aqui no Sardoal. Penso também que devia fazer algo mais pelos outros nes-ta altura. Acho que é bom que as pessoas façam isso, ajudar.

Abrantes não é uma cidade vio-lenta, mas também não é uma ci-dade segura. E a “prova” disso é que as pessoas não se sentem se-guram e sustentam a sua insegu-rança numa cadeia de factos que as preocupa. Isto é, que lhes diz que são crescentes as probabili-dades de virem a ser vítimas de incómodos ou mesmo agressões.

Não podemos esperar uma cida-de liofi lizada, pasteurizada, imune

a toda a forma de violência. Isso não existe. Mais que isso, uma ci-dade moderna, porque aberta e plural, está sujeita a várias for-mas de confl ito e, por isso, a al-guma violência. Mas a violência é como qualquer outro mal, se não se combate, cresce por si mesmo. E em Abrantes há focos bem loca-lizados, reconhecidos, de agentes de violência, de agressão, de mal-feitorias, que são deixados a actu-

al impunemente. Não é admissí-vel, dêem as autoridades as vol-tas que quiserem. Algumas das personagens no activo violento de Abrantes e arredores são meno-res. Uma vida madrasta lançou-os numa carreira desviante que só pode crescer e amadurecer, se nada for feito. E não está a ser fei-to o mínimo necessário. Não con-tra esses menores, mas a favor deles, que têm direito – sim, di-

reito! – a uma vida social de quali-dade, de dignidade, de realização pessoal. E a única forma de reali-zação a que têm acesso é pela via da asneira. Onde estão as autori-dades que têm responsabilidade por estes menores?

Resumindo. Os cidadãos têm direito a não ser incomodados e agredidos, e a verem preserva-dos os seus bens. Estes meno-res identifi cados têm direito àqui-

lo que nunca tiveram, a uma edu-cação que lhes permita uma vida digna e livre da marginalidade em que caíram. Nem os cidadãos co-muns nem estes menores têm meios para resolver o problema por si mesmos. Portanto.

Alves Jana

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3MARÇO2010ja ENTREVISTA

O segredo da criatividade é simplesMANUEL LOPES DE SOUSA

“Pus as minhas máquinas à disposição para um museu”

Manuel Lopes de Sousa tem 86 anos e uma lon-ga história como inven-tor e militante da criativi-dade. As suas máquinas de limpar azeitona ou de limpar cereais são reco-nhecidas como respon-sáveis por uma revolução na agricultura portugue-sa. Tem mostrado a sua obra em sessões em es-colas, do primeiro ciclo ao ensino superior. Premiado em Bruxelas, em Genebra e em Portugal, tem ainda em Abrantes uma empresa onde só se fabricam cria-ções suas.

Com 86 anos, ainda con-tinua a trabalhar?

E hei de continuar, por-que o trabalho dá saúde. Hoje trabalho muito me-nos, porque a lavoura foi muito afectada, e eu esta-va inteiramente dedicado à lavoura.

Mas sempre vai apare-cendo. Dizem que eu já de-via estar era a descansar, mas para mim o descanso é o trabalho. Ainda ontem [à data da desta conversa] recebi uma proposta para fornecer algumas máqui-nas para o mercado ango-lano.

Já em tempos trabalhou para o mercado angolano, através da MDF.

Sim, a Metalúrgica Duarte Ferreira vendia em exclusi-vo a minha tarara para lim-peza de cereais, tanto em Angola como em Portugal. As máquinas saíam da mi-nha ofi cina já com a marca Tramagal.

Das suas invenções, qual destaca hoje?

Isso é difícil, embora haja algumas que deram mais nas vistas. Por exemplo a máquina para limpeza de azeitona, que é um siste-ma ímpar no mundo e que, após mais de 30 anos, ain-da não foi ultrapassada. Ou o descamisador-descaro-lador, uma máquina formi-dável, uma mecânica linda,

que ainda hoje dá brado em certos mercados. E muitas outras. A menina dos nos-sos olhos é aquela em que estamos a trabalhar; mas ainda não está acabada e já estamos apensar nou-tra. Tudo tem a sua essên-cia criativa. Por exemplo, eu tenho um colhedor de frutos que é muito simples, um hino à criatividade pela sua simplicidade. Porque o inventor deve sempre fazer leve, simples e efi ciente.

É uma das usas criações mais recentes. Já está a ser produzida?

Ainda não, mas faço conta de ainda este ano pô-la em

produção. Mas, entretan-to, já fi z uma máquina de soldadura em círculo. Em soldaduras em círculo, no mundo não se faz melhor. Pode fazer-se igual, mas melhor não.

E projectos, agora?Nunca se está parado, há

muito por fazer e para fa-zer, mas já não é possível fazer-se tudo o que está na gaveta.. Era preciso que a nossa gente estivesse preparada para continuar a minha obra, por exem-plo. A face criativa de tudo o que eu tenho feito devida ser assimilada pelos nos-sos jovens.

Continua a ser um mili-tante da criatividade.

Essa, hoje, é a minha principal tecla, mas é difí-cil. Porque deve começar nas escolas, mas as esco-las estão um bocado des-motivadas, não olham para o que é essencial para o país, que é o despertar da criatividade na juventude. Porque a criatividade, não se ensina, desperta-se, mas até aos 20 anos, não é depois. Todos nós temos esse bichinho, mas se aos 20 anos não estiver des-pertado, está adormecido. E bastariam seis anos para se notar com força o de-senvolvimento criativo no

país. Bastava que nas es-colas se apresentasse pe-riodicamente autênticos criativos, que mostrassem aos alunos o que é a cria-tividade. Não basta dar co-nhecimentos, tem de se mostrar como eles podem e devem ser aplicados en-genhosamente. Hoje fala-se muito em inovação, mas esquece-se que a inova-ção é fi lha da criatividade. E é nos bancos das escolas que se deve dar esta for-mação. Sem a criatividade, não vamos a lado nenhum. Um país que não desper-ta a sua juventude para a criatividade, está adorme-cido e será incapaz de re-solver os seus problemas económicos e sociais.

Como pode resumir o que é a criatividade?

A criatividade não é nem mais nem menos que a aplicação engenhosa dos nossos conhecimentos. É a arte de ganhar vitórias em todos os sectores da pre-sença do homem. Está ao alcance de todos nós, bas-ta ter presente e fazer uso do meu provérbio, que reza assim: cabeça a funcionar, mãos controladas, solu-ções encontradas e reali-zadas. Não é preciso mais.

Alves Jana

“Cabeça a funcionar, mãos controladas, soluções encontradas e realizadas”

Manuel Lopes de Sousa

Nascimento: 1923Naturalidade:AbrantesFormação: 4ª classeEmpresário:desde os 21 anos

Principais criações1938 - Máquina de fa-zer arame em S *1951 - Máquina de cor-tar legumes e frutos1952 - Descarolador de milho1963 - Máquina de cor-tar mato1964 - Máquina de fen-der chumbo esférico1972 - Tarara para lim-peza de cereais1978 - Máquina de lim-par azeitona1982 - Filtro de ar para o nariz1999 - Máquina de se-parar resíduos de bor-racha2001 - Colhedor de fru-tos diversos2003 – Máquina para soldaduras circulares

Principais reconhecimentos1964 – Medalha de Pra-ta, Bruxelas1972 – Medalha de Pra-ta, Bruxelas1977 – Medalha de Ouro, Genebra1979 – Prémio Feira Nacional de Agricul-tura1982 - Medalha de Ouro, Bruxelas1995 – Medalha Muni-cipal de Mérito Indus-trial, Abrantes2004 – Ofi cial da Ordem de Mérito Agrícola, Co-mercial e Industrial

Para melhor conhe-cimento, ver revista Zahara, nºs 1 e 2 (2003)

* com apenas 15 anos

Tem tido alguns problemas com a violência.

Lamento que essa violência não seja combatida, porque tira forças às pes-soas, chegam até a ter medo de andar na rua. Eu sou um dos que sinto isso. Eu tinha uma secção se sucatas úteis, em Alferrarede, ma, apesar da fal-ta que ainda faz, fui obrigado a fechar essa empresa porque eram constantes os roubos. Ainda se podem lá ver portas em ferro todas partidas.

Em tempos falou da possibilidade de o produto das suas criações fi car em memória, num museu. Como está a si-tuação?

Zero. Todo o meu trabalho, as mi-nhas máquinas, mesmo novas, pu-las por mais que uma vez à disposição da nossa Câmara para um futuro museu. Há ainda outras máquinas, que não são minhas, mas que têm muito interesse, que estão ao dispor para esse museu, caso ele venha a concretizar-se.

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MARÇO20104 jaESPECIAL SAÚDE E BEM ESTAR

o jornal de abrantes on line em www.oribatejo.ptwww.oribatejo.pt

O nosso pensamento sobre a saúde é muito “medico-centrado”. Pensamos mui-to a saúde em termos de medicina curativa, e mui-to pouco, por exemplo, em saúde preventiva. Que, ali-ás, é cada vez reconhecida como decisiva.

Além disso, continuamos a pensar mesmo a medicina curativa apenas em cuida-dos médicos, isto é, cuida-dos regulados pela Ordem do Médicos. Mas Saúde e Bem-Estar são muito mais do que medicina tradicio-nal, centro de saúde e hos-pital. A própria Organiza-ção Mundial de Saúde defi -niu em 1983 a saúde como “um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. Tem, portanto, uma dimen-são “não material” ou “es-piritual”, se quisermos. Ou,

pelo menos, uma dimensão inegável de bem-estar. Fo-mos procurar no nosso ter-ritório algumas pistas deste lado da vida, tão importante como todos os outros.

Um estilo de vida saudável

Inês Barriguinha, gerente do Viva Fit Abrantes, acon-selha qualquer pessoa a ter “uma alimentação saudá-vel, a praticar actividades de ar livre, a minimizar tudo o que seja uma vida seden-tária e fazer exercício físi-co pelo menos três vezes por semana se não puder ser todos os dias.” O exercí-cio físico, diz, “só faz senti-

do se for praticado com re-gularidade, pois são assim uma pessoa se sente moti-vada e vê resultados.” Tanto para adultos como para jo-vens, é necessário “não es-tar pregado à televisão e ao computador”. No fundo, le-var um “estilo de vida sau-dável”. E insiste: “Se uma pessoa cuidar da saúde, não vai ter necessidade de tantos medicamentos, ou seja, diminui a factura da farmácia e aumenta o seu bem-estar”.

Contra o stressO stress ataca cada vez

mais e mata cada vez mais. Patrícia Alfaiate, bióloga e gerente da empresa Equi-líbrio Activo diz que o prin-cipal segredo no combate

ao stress está em ter “bons hábitos alimentares e bons hábitos de sono, o que chamamos de higiene do sono”. Como as várias po-luições e os intensos ritmos de vida a agirem sobre nós, “é inevitável aconselhar al-guns anti-oxidantes ou an-ti-aging, isto é, produtos naturais contra o envelhe-cimento e o desgaste físico e psíquico.” E fi nalmente, muito importante, “rir, rir todos os dias, pelo menos cinco minutos por dia.”

A massagemIsilda Rodrigues, técnica e

gerente da Espuma de sa-bão, explica que o objectivo principal quando faz massa-gem é “que a pessoa se sin-ta bem e consiga relaxar”.

Saúde e bem estar

VIDA SAUDÁVEL

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5MARÇO2010ja ESPECIAL SAÚDE E BEM ESTAR

A Oceanus – Clínica de Estética tem uma vasta gama de produtos na sua área de actividade. Mas neste mês de Março, à vol-ta do dia do Pai, faz uma aposta especial dirigida a homens, com descon-to de 20% nos produtos e serviços para homens. E é grande a oferta para o pú-blico masculino.

Tratamento de rosto, lim-peza de pele, tratamen-to anti-idade, massagem são alguns dos cuidados que os homens ali podem encontrar. No tratamento anti-idade, por exemplo, o fotorrjuvenescimento a luz pulsada, o preenchimento de rugas com botox (feito por um médico), a depila-ção a cera e a luz pulsa-da são algumas das hipó-

teses. Manicure e pedicu-re e emagrecimento, com consultas de nutrição, e tratamento de radiotera-pia contra a fl acidez são outros cuidados de saúde e bem-estar para homens. Também o tratamento de varizes e derrames ali se podem encontrar. A elec-troestimulação e a pla-taforma vibratória ou gi-nástica passiva são outras possibilidades, esta última indicada para homens que não podem fazer ginásio. A massagem geotermal ou anti-stress são outros produtos ao serviço dos homens que cuidam de si e do seu bem-estar.

OceanusEdifício SopadelTel. 241365033

O que remete de imedia-to para as tensões que tra-zemos acumuladas. Além disso, “ao relaxar, conse-gue-se melhorar a circula-ção sanguínea e linfática”, o que signifi ca melhor oxige-nação e mais imunidade. “A pessoa chega aqui cansada, com stress, e sai daqui re-juvenescida”. Estamos ha-bituados a pensar o corpo apenas como corpo orgâni-co, mas nele está o segre-do do modo como nos sen-timos, como somos. Não admira, por isso, que Isil-da Rodrigues explique que os efeitos vão até ao nível da auto-estima. “Há tem-pos tive uma cliente que me pediu uma massagem para um certo dia, tinha que ser mesmo naquele dia. Depois explicou. No dia seguinte ia fazer uma entrevista de tra-balho e queria ir na melhor forma.” E depois, a mas-sagem também inclui um tempo de conversa, porque “as pessoas gostam de fa-lar” e isso ajuda a uma me-lhor relação, que se refl ec-te aos vários níveis. Mas a massagem não é apenas melhorar a circulação e ac-tivar os músculos. As mãos que percorrem o corpo, em movimentos de “cuidado e entrega”, são uma bênção. O corpo precisa de ser to-

cado, bem tocado, e isso sente-o quem vai a uma massagem. Além disso, o ambiente ajuda, com mú-sica também ela relaxante, “um tipo de música diferen-te para cada tipo de massa-gem”, odores agradáveis e uma decoração a condizer. Não é por acaso que a mas-sagem é uma prevenção e uma terapia cada vez mais procurada.

O homem também merece

Regina Amaro, a empre-sária que também dirige a Oceanus, não tem dúvida de que está a verifi car-se uma maior adesão dos ho-mens a cuidados de beleza. Até há pouco, “a beleza era pensada apenas para mu-lheres”. Mas “os homens também precisam de cui-dar de si e também estão sujeitos a ritmos intensos e ao desgaste do stress.” E precisam de sentir-se bem na sua pele e de dar uma boa imagem de si. Por isso

“está a verifi car-se uma adesão crescente por par-te dos homens.” Como se-ria previsível, “isso vê-se mais nas grandes cidades, porque o interior é mais conservador.” Mas isso não impede que nas cidades do interior esse mesmo movi-mento vai ganhando forma. “Nós temos já clientes ho-mens, e tudo indica que va-mos ter cada vez mais.” A Oceanus quer dar uma aju-da e, por isso, está a lan-çar uma campanha dirigida para os homens.

A leituraFrancisco Lopes, bibliote-

cário de Abrantes, parece surpreendido por lhe pedi-rem para falar de leitura e bem-estar. De imediato en-contra as pontas para desa-tar o nó. “Há, desde logo, os livros de auto-ajuda.” Seja no domínio psíquico ou da gestão de si, seja em do-mínios mais tradicionais, como o controlo da obesida-de ou os cuidados gerais de saúde. Aqui o livro assume o papel de informação téc-nica que deve ser utilizada. “Mas é preciso ter cuidado. Porque a actividade edito-rial é uma indústria e, como em tudo, aparece o bom e o mau.” O leitor precisa, por-tanto, de escolher com cri-

tério num domínio que está na moda e que, por isso, é explorado também como negócio.

Mas a leitura em si mes-ma, ou leitura de recreação tem outros efeitos, ou “uti-lidade”. “Tal como a arte, a leitura pode ser incluída nas coisas ou actividades inúteis”, ou seja, cujo sen-tido não é de carácter ins-trumental. “Mas isso não impede que a leitura tenha um lado prático, relaciona-do com a saúde e bem-es-tar. Por exemplo, a leitura, tal como o cinema, é uma forma de evasão, permite-nos aliviar-nos das pres-sões e abrir novos horizon-tes”, como quem diz refres-car os quadros mentais. “A leitura faz-nos sair do nos-so mundo real e transpor-ta-nos para um universo de fi cção. É como viajar, que é óptimo. Isso equilibra-nos. E por vezes até adormece-mos, o que também é ópti-mo.”

OCEANUS

Estética para homens

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MARÇO20106 jaESPECIAL SAÚDE E BEM ESTAR

Pode parecer, à primei-ra vista, “apenas” uma perfumaria, mas não é. A Espuma de sabão as-sume-se como Clínica de Estética e Bem-Es-tar. E para isso, oferece uma grande diversidade de produtos e serviços. Perfumaria, sim, e cos-méticos e lingerie. Sen-tir-se bem consigo e dar aos outros uma boa ima-gem de si é decisivo. Mas como “clínica”, a Espuma de sabão vai mais longe. Isilda Rodrigues fez há 27 anos a sua formação de base e continua a ac-tualizar-se. “Temos de ir inovando, utilizar as me-lhores tecnologias para oferecer a melhor qua-lidade nos serviços que prestamos”, explica. Des-de logo, os ligados à esté-tica: tratamento do rosto e do corpo, como rejuve-nescimento facial, e tra-tamento dos pelos a la-ser, serviço de manicure e pedicure, massagens.

No capítulo das mas-

sagens, a oferta é diversifi cada. Podemos escolher a massagem das pedras quentes, muito re-laxante, ou sensações do Oriente, o ritual do cacau (japonês), a massagem anti-stress com óleos quentes, que abre os po-ros e penetra na pele em profundidade, ou a tuina, chinesa. Estas são aplica-das pelas “mãos de velu-do” de Isilda Rodrigues. O shiatsu também ali pode ser encontrado, mas é feito por um técnico que vem de fora, sob enco-menda.

Além destes serviços dirigidos ao bem-estar, há ainda valências mé-dicas como esclerotera-pia ou tratamento de va-rizes, nutricionismo, para o controlo do peso das clientes, e ainda medicina estética.

Espuma de SabãoR. N. Senhora da Con-ceiçãoTel. 241 363 442

O Viva Fit Abrantes está a cumprir dois anos de actividade. Com um total de 300 inscritos e uma fre-quência média de 30 senhoras por dia, é considerado um êxito por parte dos seus responsáveis.

Saulo Antunes, sócio do empre-endimento, diz mesmo que “tem corrido muito bem.” Como matriz distintiva, o Viva Fit caracteriza-se por ser apenas para senhoras, o que lhes permite estar mais à von-

tade, e por oferecer um programa de “30 minutos por sessão, num circuito de treino em máquinas hi-dráulicas, sempre com o acompa-nhamento de uma instrutora qua-lifi cada.” A maioria das frequen-tadoras “é assídua”, mas Saulo Antunes frisa que para manter os número de sucesso “tem-se que batalhar muito, porque quem não está habituado ao exercício, se não é assíduo acaba por perder a von-tade”. Percebe-se que, por fundo

há uma falta de tradição de activi-dade física, o que torna mais im-portante qualquer projecto nesta área. E é isso que fazem. “O nosso objectivo é continuar a trabalhar para que as pessoas pratiquem mais exercício físico.” E resumo, trata-se de “oferecer saúde com espírito positivo”.

Viva FitAv. Forças ArmadasTel. 241332059

Oferecer saúde com espírito positivo2 ANOS VIVA FIT

ESPUMA DE SABÃO

Lavar a alma

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7MARÇO2010ja ESPECIAL SAÚDE E BEM ESTAR

A saúde através de pro-dutos naturais é, como o nome indica, a aposta da empresa Equilíbrio Acti-vo – Centro Dietético e Te-rapias Naturais. Há quem pense os produtos natu-rais, nomeadamente de ervanária, apenas como presenção.

Contudo, cada vez mais a fi toterapia, ou terapia através de produtos vege-tais, é procurada para efei-tos de tratamento. “Não somos contra a medicina convencional. Somos com-plementares. Muitas ve-zes trabalhamos em con-junto,” explica Patrícia Al-faiate, bióloga, gerente e terapeuta da empresa. “A medicina convencional muitas vezes trata um ór-gão doente, tantas vezes com efeitos colaterais, e

nós tratamos o corpo todo, o terreno biológico, que é o campo da pessoa. Temos assim um organismo mais regulado, a funcionar den-tro dos parâmetros regula-res, a responder melhor às agressões externas.” É isso mesmo que diz o nome da empresa: um organismo em equilíbrio, mas equilí-brio dinâmico, activo.

As principais áreas de trabalho são a dor, o en-velhecimento, a nutrição, a depressão, e cada vez mais os tumores, os quis-tos, mesmo os cancros, as doenças auto-imunes. No-tam-se as melhorias, visí-veis até nas análises clíni-cas. Mas cada vez mais têm surgido clientes na área do emagrecimento. “Temos um programa com acom-panhamento semanal per-sonalizado, o que nos per-

mite dietas bem adaptadas e uma grande proximidade ao cliente, o que facilita a detecção de outros eventu-ais problemas.”

Além disso, mas através de terapeutas externos que ali prestam serviço, exis-tem também as valências de acunpunctura, osteopa-tia e homeopatia.

O facto de Patrícia Alfaia-te ser bióloga é, segundo diz, “uma mais valia”, pois permite-lhe “perceber melhor tanto os princípios activos das plantas como a acção destes no funcio-namento do organismos”. Tanto mais, diz, que “não há legislação para a me-dicina natural, que traba-lha sobre a alçada do Mi-nistério da Agricultura. Por isso os produtos no merca-do não estão padronizados e garantidos. Isso faz, por

exemplo, que um cliente encontre alho a dois euros no supermercado e a 10 euros numa loja da espe-cialidade, e confunde-se porque não percebe don-de vem a diferença.” A sua formação em biologia, ex-plica, permite-lhe “garan-tir efi cácia e segurança”, aquilo que a legislação não garante, por ser inexistente neste domínio. É por esta falta de legislação que os produtos naturais não são designados como “medica-mentos”, mas “suplemen-tos alimentares”. Contudo, diz Patrícia Alfaiate, “são tão trabalhados como os medicamentos e os princí-pios activos estão bem pa-dronizados”.

Equilíbrio ActivoR. Luís de Camões, Tel. 241105112

EQUILÍBRIO ACTIVO

O equilíbrio através de terapias naturais

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MARÇO20108 jaREGIÃO

As construções de uma nova ponte sobre o rio Tejo, que ligaria Tramagal à A23, e do troço do IC9 que iria passar pelo concelho de Abrantes foram suspen-sos pelo Governo. Como é compreensível, estas sus-pensões causaram natural tristeza na região e mes-mo alguns receios pelo impacto negativo que po-dem ter sobre os projectos da Mitsubishi. Segundo a presidente da Câmara Mu-nicipal de Abrantes, a liga-ção da fábrica Mitsubishi, em Tramagal, à A23 “con-tinua a ser essencial para a competitividade da fá-brica, mas também para todo o tecido industrial e de privados, de Abrantes e da região”. Maria do Céu Albuquerque considera que esta suspensão “pode condicionar os projectos de crescimento da fábri-ca Mitsubishi”, avançan-

do ainda que esta decisão vai “contra as expectativas e compromissos assumi-dos”.

A autarca adianta que já pediu uma reunião com o Ministério para dar conta da importância da cons-trução deste troço, que li-garia Abrantes e Ponte de Sôr. “Quero crer que isto seja apenas uma suspen-são para corresponder às difi culdades e às ne-cessidades do controlo do défi ce que este ano assim é imposto”.

Maria do Céu espera que estes dois projectos pos-sam ainda ser contempla-dos na revisão do Plano Rodoviário.

O IC9 está inscrito no Plano Nacional Rodovi-ário (PNR) desde 2000, e iria passar entre outras ci-dades por Nazaré, Tomar, Abrantes terminando pró-ximo de Ponte de Sôr.

Ponte de Tramagal e IC9 não avançam

A Escola Profi ssional de Desenvolvimento Agríco-la de Abrantes cumpre no dia 20 de Março 20 anos da inauguração das suas instalações na Herdade da Murteira, em Mouriscas.

Como esse dia é sábado e não há alunos a Escola, as celebrações vão decor-rer de 17 a 19. No dia 17 ha-verá um conjunto de coló-quios centrados na tema do turismo em espaço rural, e no dia 18 os colóquios terão temática agrícola. O dia 19 será para partir o bolo na eira, com o testemunho de antigos alunos.

Na verdade, começou como Escola Profi ssional de Agricultura de Abrantes, no ano lectivo de 1989/90, com uma turma de 20 alunos do curso Técnico de Gestão Agrícola. Iniciou a sua ac-tividade lectiva na hoje Es-cola Dr. Manuel Fernandes, a partir da qual teve a sua origem. A 20 de Março des-se ano lectivo instalou-se ofi cialmente na Murteira, com alguma da sua activi-dade lectiva a funcionar na então Escola C+S de Mou-riscas. O diálogo desde o início mantido com as ne-cessidades do meio, levou-a a criar novos cursos em

resposta às necessidades sentidas. Logo no segundo ano abriu o curso de Téc-nico Florestal e mais tarde cursos centrados no cavalo, no turismo em espaço rural e nos espaços verdes.

No ano 2000, mudou para a designação que tem hoje, sempre na perspectiva do desenvolvimento sustentá-vel local e regional, sem es-quecer a sua integração no panorama nacional e tendo uma participação activa a nível internacional. Refi ra-se, a propósito, que já for-mou alunos de todo o país, ilhas incluídas, e da Guiné, S. Tomé e Príncipe, Cabo

Verde, Angola, Moçambi-que e Timor, bem, como de França, Alemanha, Itália e Finlândia, estes em resul-tado de protocolos de coo-peração. Hoje, ao todo, são cerca de 260 alunos, 60 pro-fessores e 30 funcionários.

A 17 de Abril, vai ter lu-gar na Escola uma prova de equitação, obstáculos, integrada na Rota do Tejo. E na semana seguinte, até 23, recebe 25 pessoas, ale-mãs, romenas, húngaras e checas, em representação das escolas que partici-pam num projecto comum no âmbito do programa Co-menius.

EPEDRA celebra 20 anos

ESCOLA PROFISSIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL

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9MARÇO2010ja REGIÃO

Alferrarede em Festa

51 ANOS DE FREGUESIA

Foi numa esquina da Igre-ja de Alferrarede, durante uma venda de fogaças que se falou da deterioração do templo religioso com 80 anos. Dessa conversa dese-nhou-se um movimento in-formal que começou a dar os passos necessários para que outros cidadãos se jun-tassem. Do pedido ao arqui-tecto para fazer o projecto de requalifi cação do interior e ao arquitecto paisagista para fazer o estudo do ex-terior foi outro salto. Depois juntaram-se os donativos de particulares ou empre-sas, em dinheiro ou géne-ros, para que as obras pu-dessem avançar.

Carlos Almeida, o páro-co, revelou a sua surpresa quando estas pessoas fo-ram ter com ele e explica-ram o que pretendiam fazer. Concordou com as obras, pois a igreja necessitava, e mudou as missas para o Salão Paroquial, até que a intervenção esteja concluí-da. O movimento apanhou-o de surpresa, porque as pessoas estão envolvidas de tal maneira que, há dias, contou ele, “uma senhora pediu-me 50 cêntimos para uma rifa. E disse-me que o prémio já estava a ser sor-teado por diversas vezes, porque sempre que saía, quem o ganhava oferecia-o

para novo sorteio”.O processo não foi sim-

ples, já que para avançar com as obras foi necessá-ria a respectiva aprovação, o que teve de passar pelas estruturas da Igreja, uma vez que irá modifi car o seu interior, apesar das melho-rias que vai introduzir.

Mas, com este movimen-to a ganhar forma, o que é que querem fazer na Igreja que daqui por dois meses comemora o 80º aniversá-rio? Pedro Fontes, um dos elementos desta comissão explicou que o arquitecto fez o projecto de requalifi -cação por forma a melhorar a luminosidade do templo e o conforto para os crentes que ali se deslocam. Quan-to ao exterior, o amplo adro vai ter uma zona de estacio-namento, outra de parque, com iluminação e muitas árvores, oliveiras, por te-rem a ver com a história de Alferrarede. Mesmo neste caso, foram oferecidas mais árvores do que as necessá-rias.

Pedro Fontes revelou que, indo à história da Igreja, também foi assim, das von-tades da população, que ela foi construída. E quando se fala em crise “qual crise, aí está a resposta dos habitan-tes da terra”.

Jerónimo Belo Jorge

Cidadania põe Igreja de Alferrarede em obras

A Freguesia de Alferrarede festejou os 51 anos da sua criação. Entre outras ini-ciativas, um jantar foi a oca-sião pensada para prestar homenagem, através da atribuição da Medalha de Mérito da Freguesia, a al-gumas personalidade que estão ligadas ao desenvol-vimento de Alferrarede.

Os homenageados foram Fernando Simão, indus-trial aposentado e direc-tor do Centro Social local, Celso Dias Mariano, indus-trial aposentado, Amândio Mendes, industrial no acti-vo, Manuel Martinho, fotó-grafo e o responsável pelo Jornal de Alferrarede que em novembro fará 25 anos, Nelson de Carvalho, ante-rior presidente da Câma-ra, e Bento Raínho, o cria-dor do Rancho Folclórico de Alferrarede e o responsável por várias iniciativas cultu-rais na freguesia, este a tí-tulo póstumo.

Mais importante que os

51 já decorridos são os pró-ximos que aí vêm. Por isso perguntámos à Presidente da Câmara, Maria do Céu, como vê Alferrarede dentro de 15 anos.

Da janela da CâmaraAlferrarede é hoje um

pólo essencial da cidade. Com os projectos progra-mados para os próximos anos, a freguesia reforçará a sua importância no nú-cleo urbano de Abrantes.

Nos últimos anos, Alferrarede recuperou a sua função de acolhimento de empresas, a par da lo-calização privilegiada pela proximidade à A23. O tra-balho de requalifi cação do espaço da ex. Quimi-gal, transformado no Tec-nopólo do Vale do Tejo, em complementaridade com a zona industrial, contribui para a afi rmação da voca-ção da freguesia, centrada no desenvolvimento indus-trial e acolhimento empre-sarial e, nos anos próximos

também do conhecimento, tecnologia e inovação, com a transferência da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes.

Integrada numa conste-lação urbana policêntrica, a freguesia de Alferrarede retomará na próxima dé-cada o seu papel de pólo dinamizador da economia da região: Um Parque In-dustrial em franca expan-são com dinâmica e ca-pacidade para continuar a acolher mais empresas e novos investimentos; Um Parque Tecnológico com a marca da tecnologia e da inovação que intensifi cará a oferta de infra-estruturas de acolhimento e de servi-ços de alta qualidade, tec-nologia de ponta e inovação às empresas e aos interve-nientes económicos e so-ciais da região. O Tecnopolo é hoje, e de há alguns anos, um elemento fundamen-tal que coloca a tecnologia e a inovação ao serviço da revitalização e desenvolvi-

mento sustentável do con-celho. No futuro será um ponto de encontro entre a indústria, o sector empre-sarial e o conhecimento. Uma referência para a re-gião e para o país;

Conhecimento, Educação e Formação – Além da ins-talação da ESTA está a ca-minho o novo Centro Es-colar. Se adicionarmos os projectos – municipal - para qualifi cação do território (conclusão do processo de requalifi cação da Avenida António Farinha Pereira) e – privados – novos núcleos habitacionais, Alferrarede será uma freguesia mais próspera e mais coesa.

É o desígnio da nossa in-tervenção.

+ empresas, + empre-go, + educação, + qualida-de de vida, + empreende-dorismo. + comunidade. +Alferrarede!

Parabéns Alferrarede!

Maria do Céu Albuquerque

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MARÇO201010 jaREGIÃO

Foram cerca de 1.900 pes-soas que se inscreveram num total de 112 equipas no projecto abrantino de “Um Dia Pela Vida”. Trata-se dos maiores números em Por-tugal, superando os máxi-mos anteriores, atingidos pelo concelho de Guima-rães. O nível de adesão “tem excedido as expectativas da organização local”, adiantou Matilde Sacavém, uma das responsáveis do projecto “Abrantes Pela Vida”.

E acrescenta em balanço que “tem sido uma experi-ência muito enriquecedora. Toda a comunidade se mo-bilizou com grande emo-ção e vontade de trabalhar. Não apenas na zona da ci-dade, mas também na zona rural. É um tema que toca a todos”. E não se trata ape-nas de actividades de diver-são, pois também ao nível das sessões de sensibiliza-ção e esclarecimento o tra-balho tem sido intenso. Ma-

tilde Sacavém afi rma que “os nossos enfermeiros têm sido muito solicitados para estarem presentes tanto em escolas como nas nou-tras actividades, para fala-rem sobre a doença.” E têm havido mesmo actividades de animação centradas na mensagem da prevenção. “Por exemplo, o dia 4 de Fe-vereiro, Dia Mundial Contra o Cancro, mobilizou várias escolas de Abrantes, Alvega, Tramagal e Constância. De-correu no período da manhã uma palestra sobre este as-sunto, e às 12h30 em ponto, em todas as escolas, foram lançados balões”.

É um verdadeiro movimen-to social que em Abrantes, mas também Constância e Sardoal, está a preparar a “celebração da vida” que será o dia 20 de Março.

Até lá, continuam as acti-vidades que visam dois ob-jectivos: alertar para a luta contra o cancro, nomeada-mente para a necessidade

de prevenção e diagnósti-co precoce, e recolher fun-dos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro.

O dia 20 de Março, que está a ser preparado des-de 29 de Novembro, vai ser um dia de festa. Começa por uma marcha que se desloca às 9h30 dos Plátanos para o Tecnopolo.

Aí, uma primeira cerimó-nia enquadra o signifi cado do que ali vai decorrer e se-gue-se uma primeira volta à pista, a Volta dos Vencedo-res, aqueles que defronta-ram pessoalmente o cancro e estão vivos.

Depois, ao longo do dia, ha-verá sempre gente a cami-nhar naquela pista, simboli-zando a caminhada de cada um e de todos nós contra o cancro. No mesmo recinto e também durante todo o dia, haverá actuação de artistas e stands de actividades e de comidas e bebidas. Às 20h00 será o momento alto, a ce-rimónia da luminárias, um

momento de homenagem tanto às vítimas do cancro como às pessoas que ainda lutam contra ele. A luminá-ria “consiste num saco de papel com areia com uma fonte luminosa que, depois de acesa, produz, com as outras, que serão milhares, um efeito muito bonito.” E a festa continua pela noite adiante.

Trata-se de uma celebra-ção da Vida e dos Vence-dores, ao mesmo tempo que se afi rma que o cancro não é uma maldição e que quem foi apanhado por ele não tem de olhar-se ou ser olhado de forma negativa ou com comiseração.

Matilde Sacavém faz um convite à população. ”Que-remos que todos passem pelo Tecnopolo nesse dia, que possam comer, beber, ouvir música e outras diver-sões. E participar na ceri-mónia das luminárias.”

Alves Jana

6 de Março - Barrada : caminhada.- Abrantes: Feira da La-dra, de manhã, com ven-das várias; e Mini Torneio de Futebol 7 no campo nº2 da cidade desportiva, Abrantes.. - Pego: Missa em memó-ria das vítimas do cancro, pelas 11h; sessão de es-clarecimento sobre cancro da mama e do útero com possíveis testemunhos de sobreviventes, na Junta de freguesia, às 16h30; jan-tar convívio e karaoke, às 20h.- Alferrarede: jogo de fu-tebol às 15h; arraial às 15h30 Centro Cívico de Alferrarede Velha.- Montalvo: Baile da Velha (tradição de Montalvo) na Casa do Povo, às 21h. - Tramagal: aula de aeróbica, Lg dos Comba-tentes, às 11h.- Rio de Moinhos: leilão solidário, na sede da Jun-ta de Freguesia, às 16h.

8 de Março - Alferraede: quermesse e venda de bolos no pátio do Centro Social, de tarde.- Constância: jantar “As Mulheres das Equipas de Um Dia Pela Vida cele-bram o Ano Internacional da Mulher”.

13 de Março - Tramagal: Caminhada Pela Vida, partida da sede do Agrupamento de Esco-las, às 9h, e almoço parti-lhado. - Abrantes: “Um Dia BinT-Tage Pela Vida”, 7 km, partida da Escola Práti-ca de Cavalaria, às 10h. E

ainda subida em balão de ar quente e comes e be-bes todo o dia.- Abrantes: passeio his-tórico pela cidade com Candeias Silva, partida às 14h30 do largo das paste-larias.- Alferrarede: Curso de Iniciação à Prova de Vi-nhos, Azeites e Enchidos, das 10h às 13h no Tecno-polo.- Constância: percurso pe-destre no Vale do Zêzere, partida do Posto de Turis-mo às 14hs. - Constância: caminhada com partida do Parque de Merendas às 14h; no fi nal, largada de balões e lan-che.- Sentieiras: torneio de sueca, no Centro Popular, às 15h.- Portela: uma exposição na Sociedade Recreativa, com sessão de informa-ção e presença de vários grupos do concelho.

14 de Março - Constância: caminhada cultural e almoço.

20 de Março FESTA DE ENCARRA-MENTOTodo o dia, até de madru-gadaPontos altos:Início às 9h30, com cortejo do Jardim dos PlátanosVolta dos Vencedores, às 10hCerimónia das luminárias, às 22h

Entretanto, continua um sem número de activida-des que se desenrolam ao longo do tempo.

Abrantes pela vida, contra o cancroUM DIA PELA VIDA

As actividades

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11MARÇO2010ja CIÊNCIA

Arqueologia em Mação e astronomia em ConstânciaASSOCIATIVISMO CIENTÍFICO

Mação conta com uma nova associação. Trata-se da As-sociação “Instituto Terra e Memória – Centro de Estu-dos Superiores de Mação”.

Como o nome indica, é uma associação que se situa no campo do “ensino supe-rior” e vem dar continuida-de ao trabalho que vem sen-do desenvolvido desde 2007 pelo mesmo “Instituto Terra e Memória”, que era da res-ponsabilidade do Municí-pio de Mação e do Instituto Politécnico de Tomar. O ob-jectivo da sua constituição “baseia-se na promoção da investigação, da formação pós-graduada e da forma-ção profi ssional avançada nos domínios da arqueolo-gia e da gestão do patrimó-nio cultural no seu contexto territorial, bem como na va-

lorização do património no âmbito do desenvolvimento sustentável”.

Neste sentido, o ITM “po-derá organizar cursos, se-minários, conferências, reu-niões e publicações, bem como participar em pro-jectos de parceria que vi-sem objectivos convergen-tes com os seus”. Às enti-dades fundadoras “podem agora juntar-se instituições, académicas ou outras, na-cionais ou internacionais, que prossigam objectivos convergentes com os do ITM”.

Trata-se de uma asso-ciação sem fi ns lucrativos que tem como sócios-fun-dadores a Câmara Muni-cipal de Mação, o Instituto Politécnico de Toma, o Cen-tro Europeu de Investiga-ção da Pré-História do Alto

Ribatejo e o Centro de Inter-pretação de Arqueologia do Alto Ribatejo.

Desde então tem sido um pólo de referência no mun-do da investigação da Ar-queologia e Arte Rupestre. Dezenas de estudantes de todo o Mundo desenvol-vem, neste momento, os seus trabalhos científi cos nos laboratórios do ITM, em

Mação, sobretudo no âm-bito do Mestrado em Pré-História e Arte Rupestre e Doutoramento em Quater-nário, Materiais e Cultura.

O ITM acolhe várias expo-sições temáticas resultan-tes dos trabalhos de inves-tigação. Quem também tem residência fi xa no Institu-to Terra e Memória é o An-dakatu, o famoso Homem

da Pré-História que ensina a Pré-História e a Arqueolo-gia aos mais pequenos, com recurso a ateliers de expe-rimentação, num interes-santíssimo projecto lúdico-educativo do Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, de Mação.

A constituição da nova As-sociação vem, segundo os seus promotores, “dar um novo impulso a todo o im-portante trabalho que já se realiza no ITM, reforçan-do parcerias entre institui-ções portuguesas e de todo o Mundo”.

Também o “Centro Ci-ência Viva de Constância - Parque Temático de Astro-nomia” assumiu o estatuto de associação. Como sabe-mos, “constitui um convite à participação em activida-des baseadas na Astrono-

mia. Até ao momento era da responsabilidade do Muni-cípio de Constância. A partir de agora, sem que a Câma-ra abandone o “seu” parque de divulgação da astrono-mia, a nova associação tem maior mobilidade na gestão própria e na captação de re-cursos.

No caso de Mação, trata-se de uma associação de investigação científi ca que também faz divulgação. No caso de Constância, trata-se de uma associação que faz divulgação científi ca que também coopera no âmbito da investigação. Em ambos os casos, porém, a ciência é o seu objecto central e, para esta, a investigação e a di-vulgação são duas faces da mesma moeda.

Alves Jana

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MARÇO201012 jaSÁVEL E LAMPREIA

GASTRONOMIA

No passado dia 22, os Correios de Abrantes reabriram depois de profundas obras de remodelação. O novo design e a maior qualidade do espaço pretendem melhorar a imagem e sobretudo o serviço.

Abrantes e Barquinha com o rio à mesa

novo e-mail [email protected]

jornal abrantesdeCorreios de Abrantescom casa nova

Pelo quarto ano consecuti-vo realiza-se em Abrantes o Festival de gastronomia “Sa-bores do Tejo”, até ao pró-ximo dia 7 de março. Tam-bém no concelho de Vila Nova da Barquinha decorre a 16ª Mostra gastronómica do sá-vel e da lampreia, até 4 de Abril.

Em Abrantes são seis os restaurantes do concelho aderentes a esta iniciativa, que vão confeccionar pratos como arroz de lampreia (me-diante reserva), bem como açorda de sável ou achigã, grelhado ou frito. Na ementa o visitante encontra também receitas de cabrito, entrecos-to com migas ou maranhos. A tradicional couve com feijão e os doces conventuais do con-celho de Abrantes, como as tigeladas, lampreias de ovos

e palha de Abrantes, também podem ser degustadas.

No concelho de Vila Nova da Barquinha são cerca de 10 os restaurantes que se asso-ciaram a esta 16.ª edição do mês do sável e da lampreia. A açorda de sável, o arroz de lampreia, entre outras igua-rias, fazem parte da cozinha típica deste concelho ribeiri-nho.

Ao fi m-de-semana, quem saborear os pratos confeccio-nados com sável e lampreia nos restaurantes do conce-lho de Barquinha, ganha bi-lhetes para passeios de bar-co ao Castelo de Almourol. É atribuído um bilhete por cada dose, sendo válidos durante a iniciativa.

Este é um monumen-to nacional considerado uma das 21 Maravilhas de Portugal , segundo nos

adiantou Fernando Freire, ve-reador do município.

Maria João Ricardo

ABRANTESRestaurantes aderentes “A Cascata”, Alferrarede; Herdade de Cadouços, Água Travessa-Bemposta; “O Ramiro”, Rio de Moinhos; “Santa Isabel”, Abrantes; São Lourenço, Abrantes; “Solar do Lobo”, S. Miguel do Rio Torto

V.N. BARQUINHARestaurantes aderentes “Almourol”, Tancos; A Carro-ça, Limeiras; “Ikarus”, Bar-quinha; “O Chico”, Praia do Ribatejo; “Palmeira”, Barqui-nha; “Platina”, Cardal; Quin-ta dos Rouxinóis, Madeiras; “Soltejo”, Barquinha; “Stop”, Atalaia; Tasquinha da Adélia, Barquinha.

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13MARÇO2010ja REGIÃO

A feira está de abaladaTermina no dia 7 de Março

a Feira de S. Matias. Esteve ameaçada, por uma hipó-tese de boicote dos vende-dores por causa do méto-do de distribuição dos stan-ds pelo recinto e ainda pelo confl ito entre os empresá-rios dos divertimentos com o governo. Mas no dia apra-zado a feira abriu a porta. Talvez, porém, um pouco

combalida por estes confl i-tos iniciais, e também pelo mau tempo que se tem fei-to sentir, pois apresenta-se “um pouco fraca”. Certo é que, segundo a presidente da câmara, esta será a úl-tima feira em Alferrarede. No próximo ano regresse a Abrantes, para se instalar será nas traseiras do mer-cado diário.

Uma máquina de lavar louça para facilitar a vida

CAMPANHA A FAVOR DO CAT

Estamos lembrados da campanha de solida-riedade que o Jornal de Abrantes e a Antena Livre lançaram a favor do CAT em Dezembro passado. Como referimos no últi-mo número, o produto al-cançado não foi sufi ciente para adquirir a pretendi-da máquina de lavar rou-pa. Além disso, alguns ci-dadãos mobilizaram-se e tiveram a iniciativa de oferecê-la ao CAT. Ópti-mo. Havia, porém que dar outros passos, porque as necessidades de uma casa destas são sempre maiores que os apoios.

No dia 1 de Março, os passos chegaram a bom termo. O Jornal de Abrantes e a Antena Livre, em parceria com a fi rma Robalo e Filho, fi zeram a entrega ao cónego José da Graça de uma máqui-na de lavar louça. O res-ponsável pelo Centro de

Acolhimento Temporário afi rmou a sua “gratidão” por haver quem ajude este tipo de instituições, e a directora da casa, Ana Silva, afi rmou que se tra-ta de um equipamento que “vem facilitar muito o trabalho” da casa, permi-tindo assim que as pes-soas que ali trabalham fi quem mais disponíveis para as crianças. Por seu lado, Sérgio Robalo fez da sua participação uma for-ma de “apoio ao trabalho que o Pe. José da Gra-ça tem desenvolvido” na área social. Chega assim a bom fi m a campanha de solidariedade que em boa hora desenvolvemos, um fi m que era devido a todos aqueles que participaram da mesma e, podemos di-zê-lo, àquelas crianças já por demais feridas pela vida. E um fi m merecido por todos quantos para elas trabalham.

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MARÇO201014 jaCULTURA

A casa onde Maria de Lourdes Pintasilgo nasceu tem uma lápide a assinalar o facto. Mas a Câmara deliberou que o edifício fosse transformado em casa-memória da ilustre abrantina. E foi mesmo colocada a hipótese de a inaugu-ração ser feita para assinalar os 80 anos do nascimento de Lourdes Pintasilgo. Contactado o proprietário, mostrou-se disponível para a venda do imóvel, mas o valor que pediu foi considerado “exorbitante”, tanto mais que ali habita uma rendeira, que teria de ser realojada. Foi decidido fazer uma avaliação técnica, mas a rendeira “não deixou entrar a co-missão de avaliação”. Por esse motivo, o assunto não teve o andamento desejado.

Alves jana

“Às vinte horas do dia de-zoito do mês de Janei-ro do ano de mil novecen-tos e trinta, nasceu na Rua do Brazil, número trinta e nove, na freguesia de S. João Baptista desta cidade, um indivíduo do sexo femi-nino, a quem foi posto nome de Maria de Lourdes Ruivo da Silva Matos Pintasilgo...” Assim começava a certidão de nascimento daquela que até hoje foi a única primei-ra-ministra e a única can-didata à Presidência da Re-pública em Portugal. Entre-tanto, desenvolveu intensa actividade de intervenção cívica, fora e dentro das es-truturas político-adminis-trativas, tanto antes como depois do 25 de Abril. Ao longo da sua vida de 74 anos

foi intenso o trabalho e a re-fl exão, um pouco por todo o mundo, ao serviço das cau-sas que a mobilizaram, a luta contra a pobreza, o de-senvolvimento sustentável, os direitos das mulheres e o aprofundamento da igualdade e da dignidade humana. À pergunta “o que a faz correr?”, respondeu ao DNA, – A dignidade huma-na. Tal como dizíamos há 30 anos - “desde que haja um homem que não é livre, nós não somos livres mesmo que tenhamos alcançado a liberdade”. (...) Dar condi-ções a todas as pessoas... é o meu combate.” E de modo particular às mulheres, uma das linhas a que deu sempre a maior atenção. Aliás trouxe para Portugal o

GRAAL, um movimento lei-go dedicado à promoção da dignidade das mulheres em todas as dimensões.

“Mulher das cidades futu-ras”, “pioneira”, “sensível à trepidação dos dias”, “mu-lher de causas”, “agitado-ra de consciências”, “poli-ticamente perturbadora”, “inconformista”, “seduto-ra”, “sonhadora”, “utópica”, “engenheira de utopias” fo-ram alguns dos “títulos” com que foi agraciada por muitos dos seus admirado-res. Morreu em Lisboa, em 2004. O seu pensamento e a sua obra são agora continu-ados pela Fundação Cuidar o Futuro, de que foi funda-dora e cuja matriz arquitec-tou.

Alves Jana

NOS 80 ANOS DO NASCIMENTO DE MARIA DE LOURDES PINTASILGO

Maria de Lourdes Pintasilgo“mulher das cidades futuras”

Uma casa-memória à espera de melhores dias

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17MARÇO2010ja AMBIENTE

São precisos mais voluntários para “Limpar Portugal”

DIA 20 DE MARÇO

No próximo dia 20 de Mar-ço, decorre a operação Lim-par Portugal, uma iniciativa do projecto com o mesmo nome. Trata-se de um mo-vimento cívico cujo objec-to é “promover a educação ambiental por intermédio da iniciativa de limpar a fl ores-ta portuguesa”.

É uma iniciativa inspira-da num projecto desenvolvi-do na Estónia, em 2008. Em Portugal a iniciativa partiu de um grupo ligado ao to-do-o-terreno, que através da Internet lançou o movi-mento.

Carlos Lopes, enfermeiro, é o rosto abrantino do projec-to. “Aqui em Abrantes a ini-ciativa nasceu no fi nal do ve-

rão de 2009 tendo eu criado o grupo de Abrantes. No iní-cio apareceram poucas pes-soas mas com a divulgação na Internet o grupo compôs-se e criou-se uma dinâmica. Temos contado com o apoio da Câmara e das Juntas de Freguesia desde a primei-ra hora, e também mais re-centemente da Antena Livre e da empresa Valnor.”

Na prática, a acção do pró-ximo dia 20 vai ser limpar o lixo que se encontra espa-lhado pela fl oresta. “Neste momento temos muitas de-zenas de lixeiras clandes-tinas identifi cadas no con-celho (www.3rdblock.net) e estamos na fase de fazer o levantamento dos meios necessários para a remo-

ção das mesmas. Espera-mos que até ao fi nal do mês de Fevereiro tenhamos este levantamento feito, para de-pois reforçarmos a angaria-ção de voluntários.” E, com tantos locais para limpar vão ser necessários bastantes voluntários. “O que o pro-jecto mais necessita é de vo-luntários para o dia 20. Nes-te momento teremos cerca de 80 pessoas disponíveis o que é manifestamente pou-co.” Ou seja, há que multi-plicar os meios humanos. Para as pessoas se inscre-verem como voluntárias, “a maneira mais fácil é através do site www.limparportugal.org e depois no concelho de Abrantes preencher a fi cha que temos online, ou então

enviar um mail para [email protected]. Poderão também pre-encher a fi cha que se encon-tra disponível em alguns ca-fés da cidade.”

Mas não só de pessoas vive a limpeza da fl oresta. “Necessitamos também de apoio em termos de meios de transporte, nomeada-mente carrinhas de caixa aberta e pequenas camio-netas.”

O lixo que se encontra em inúmeros pontos da fl oresta representa um perigo para a saúde pública, aumenta os riscos de incêndio e so-bretudo é sinal de uma pro-funda falta de civismo, ou de educação.

Alves Jana

• Pego. Uma lixeira que mostra a necessidade de Limpar Portugal… e também algumas cabeças nada educadas.

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MARÇO201018 jaCULTURA

o jornal de abrantes on line em www.oribatejo.pt

Alunos de Mação, mas também de Sardoal e Abrantes aprendem fl auta, clarinete, piano, saxofo-ne, trompete, trombone, violino, violoncelo, guitarra e percussão em Mação. Além da indispensá-vel iniciação musical.

Desde 2008 que em Mação há ensino reconhecido de Música. Numa parceria com a Municipal de Mação, o Conservatório do Canto Firme, de Tomar, abriu a Escola de Música de Mação.

Ali é leccionado o ensino ar-ticulado, do 5º ao 12º ano, que é reconhecido como se fosse a disciplina de música leccionada na escola ofi cial e por isso é fi -nanciado a 100% pelo Ministério da Educação. Mas também são ministrados o ensino supletivo, que vai para lá do ensino ofi cial, e que não é fi nanciado mas em que os alunos podem obter um apoio da Câmara Municipal. Por fi m, há ainda cursos livres.

Os alunos, com idades entre os cinco e os 18 anos, são acom-panhados por 11 professores, do Conservatório, desde Feve-reiro do ano passado nas ins-talações do antigo Matadouro requalifi cadas para o efeito.

Nuno Leal, professor em Ma-ção de formação musical e clas-se de conjunto, explica que a Es-cola de Música de Mação preten-de dinamizar a vertente musical na região. Por isso, além das

aulas, promove ainda concer-tos com músicos profi ssionais, para lá das audições públicas próprias de uma escola de mú-sica. Uma das difi culdades da Escola é que é muito caro estu-dar música em Portugal. Na Es-cola de Mação a propina ronda os 80 euros/mês. Esta parceria teve início em Setembro de 2008. O ensino articulado é gratuito, mas quem pretende continuar os seus estudos sente difi cul-dade. Um instrumento musical, de qualidade média, custa entre 700 a 1000 euros.

Quanto ao futuro, Nuno Leal reforça que se pretende continu-ar com o trabalho que está a ser desenvolvido. Mas manifesta-se preocupado por num concelho tão pequeno existir duas esco-las de música. Com efeito, além deste pólo do Conservatório do Canto Firme, há agora um outro projecto de formação musical em Mação, o Zethoven, também com classes de ensino de instru-mentos. Isto cria alguma indefi -nição de que resulta uma situa-ção desconfortável que nos dei-xa muito apreensivos. Uma vez que o meio é pequeno, não me parece haver lugar para os dois projectos, quanto mais não seja porque o público de recrutamen-to é muito reduzido. O futuro, diz o professor, “passa pelo que a autarquia quiser fazer”.

O FNATES está de vol-ta. Mais uma vez, o Cen-tro de Recuperação e Integração de Abrantes assina esta VIII edição, a segunda internacional, nos dias 22 a 27 de Mar-ço. Vai ser no cine-teatro S. Pedro, em Abrantes.

Mais uma vez também, será um conjunto de es-pectáculos de elevada qualidade, apesar de os seus actores serem so-bretudo crianças, jovens e adultos com proble-mas vários.

Mais uma vez ainda, o Brasil faz elevar a expec-tativa sobre o que dali poderemos ver. Lembre-mos que no ano passado o TAMTAM e o seu fun-dador e mentor, Renato di Renzo deixaram uma impressão muito forte. Este ano espera-se que seja reincidente, tan-to mais que o grupo nos traz também o Carna-val ao centro da cidade. Mas do Brasil vem ain-da um outro grupo, este de dança em cadeiras de rodas, a afi rmar que o impossível é só aquilo que fi ca para lá da ima-ginação.

Mas se o Brasil coloca um tempero especial no FNATES, os grupos por-tugueses que, ao longo dos anos, nos têm dado espectáculos de muita qualidade não vão este

ano deixar os pergami-nhos irem Tejo abaixo.

Cá estamos para ver. E aplaudir, tanto os acto-res e dançarinos, como todos os que trabalham com estas pessoas que, apesar de terem difi cul-dade, não merecem me-nos que os outros uma vida normal à sua me-dida.

PROGRAMADia 22 segunda-feira10h30 – Sessão de Aber-tura do FNATES e cerimónia inaugural do Ano Europeu do comba-te à pobreza e exclusão social no Médio TejoDança “Murmúrio do corpo”, pelo CRIARTE, coreografi a de Ana Ma-chado e Cátia Silva14h30 – O Feiticeiro de Oz, pelo RIARTE, ence-nação de Ana Machado

21h00 – Uma gota de amor, pela APPACDM, de Setúbal, encenação de Vítor Branco

Dia 23 terça-feira14h30 – A Terra pode ser chamada de chão…, pelo Grupo de Arte TAMTAM, de S. Paulo, Brasil, ence-nação de Renato di Ren-zo21h00 – Brasilidade, pelo Rodas Corpo em Movi-mento, grupo de danças sobre rodas, do Rio de Janeiro, Brasil, coreogra-fi a de Camila Rodrigues e Soyane Vargas

Dia 24 quarta-feira14h30 – Traços e Trocas – Elogio à Folia, Carna-val de rua na Pç Barão da Batalha, pelo Grupo de Arte TAMTAM, encena-ção de Renato di Renzo21h00 – Fragmentos

de um corpo só, uma co-produção Era uma Vez e Teatro Crinabel, en-cenação de Marco PaivaDia 25 quinta-feira14h30 – Brasilidade, pelo Rodas Corpo em Movi-mento, grupo de danças sobre rodas, do Rio de Janeiro, Brasil, coreogra-fi a de Camila Rodrigues e Soyane Vargas21h00 – História de Por-tugal Parte V – A revolta dos heróis, pelo Grupo de Teatro Terapêutico do Espaço T, Porto, encena-ção de João Pereira

Dia 26 sexta-feira09h30 – Workshop técni-co – Novas formas de in-clusão… a Arte, no Edifí-cio Pirâmide14h30 – Uma hsitória das histórias, pelo CI-TARTE, CRITorres Novas, encenação de João Pau-lo Vieirae ainda Os sentimentos, Grupo Viva, APPC Faro, encenação de Dário Cruz21h00 – A Terra pode ser chamada de chão…, pelo Grupo de Arte TAMTAM, de S. Paulo, Brasil, ence-nação de Renato di Ren-zo

Dia 27 sábado21h00 – O pátio dos pa-tos, Grupo de Teatro Pa-lha de Abrantes, encena-ção de Artur Marques e Rita Pinheiro.

Escola de Música em Mação

CRIA ORGANIZA NOVA EDIÇÃO DO FNATES

Festival especial para toda a gente

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19MARÇO2010ja CULTURA

Quando seguimos na es-trada que liga Alferrarede ao Sardoal, depois do Olho-de-Boi, se então olharmos para o lado direito, pode-mos descobrir, por entre os arbustos, a velha ponte-represa de que agora nos ocupamos.

Esta barragem-repre-sa tem de altura máxima 13,5 m, o comprimento é de cerca de 55 m e a es-pessura é de 11 m. É cons-tituída por dois muros ver-ticais, com aterro intermé-dio, cuja composição só seria determinável atra-vés de sondagens. Estes muros têm uma espessu-ra média de cerca de dois metros e são de alvenaria, feita de grandes blocos de xisto com as juntas fecha-das com argamassa que contem elementos de cerâ-mica, obtidos por moagem, à semelhança do opus sig-ninum romano. Estes pare-dões são bastante robustos e são eles que, fi rmemen-te, têm aguentado, duran-

te séculos, com a força das águas da ribeira, bastan-te considerável em alturas de cheia. Entre os dois pas-sa uma estrada, por onde, ainda hoje, pode transitar, sem difi culdade, qualquer automóvel. A água pas-sa para jusante através de uma abertura aberta na base da barragem e não há vestígios de que tenha tido em tempos qualquer com-porta.

Desconhece-se o que se encontra no espaço inte-rior, entre os muros e en-tão, como tudo o que é an-tigo e desconhecido é mis-terioso, foi preenchido por lendas, criadas pelos habi-tantes da região. Os velhi-nhos das imediações situ-am aí a morada dos mouros (seres situados entre o real e o imaginário, que pou-co têm a ver com os mu-çulmanos que ocuparam outrora o nosso território) e das mouras encantadas que nas manhãs de S. João se sentam nas velhas pa-redes da ponte a pentear,

com pentes de oiro, os seus longos e bonitos cabelos.

Apesar destas lendas e do nome (também é conhecida por “Ponte dos

Mouros”), nada indica que seja obra dos muçul-manos e o mais provável é que a construção da estru-tura actual se situe no pe-ríodo fi lipino, dadas as ana-logias desta barragem com algumas espanholas, man-dadas construir por Filipe II. Seja como for, é notá-vel a sua semelhança, tan-

to na tecnologia como em alguns dos materiais utili-zados, com a barragem da Represa cujos vestígios se situam nos limites dos con-celhos Abrantes/Gavião. As albufeiras criadas por estas duas barragens são as de maior volume, encontradas em território nacional.

Muito perto, en-contraram-se, na margem esquerda, a montante, res-tos de um muro de cerca de cinco metros feito de “opus signinum” (uma espécie de

argamassa feita com tijo-lo moído, material muito utilizado por este povo nas suas construções) e vestí-gios semelhantes, embora de menor envergadura na margem direita, o que re-força a hipótese de ter exis-tido, no mesmo local, uma estrutura romana que teria antecedido esta. A menos de um quilómetro a jusan-te, descobriram-se, ainda não há muito tempo, restos do que parece ter sido uma importante “villa” romana,

podendo esta ponte-repre-sa ter estado com ela rela-cionada.

Hoje este monumento en-contra-se totalmente oculto por mato e canaviais, cujas raízes estão, certamente a afectar as suas paredes e fundamentos.

Teresa Aparício

Bibliografi a:QUINTELA, António de Car-valho, CARDOSO, João Luís, MASCARENHAS, José Manuel, “Aproveitamentos Hidráulicos Romanos”, Cen-tro de Estudos de Hidrossis-temas do Departamento de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico, 1986QUINTELA, António de Car-valho, CARDOSO, João Luís, MASCARENHAS, José Manuel, “Barragens Roma-nas do Distrito de Castelo Branco e Barragem de Alferrarede” Conimbriga XX-XIV – 1995 - SILVA, J. Candeias, “Cen-tésima Edição do Jornal de Alferrarede” Ed. de Manuel Martinho, 1994

A ponte-represa de AlferraredeLUGARES COM HISTÓRIA

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MARÇO201020 jaCARTAZ

FICHA TÉCNICA

Director GeralJoaquim Duarte

DirectorAlves Jana (TE.756)

[email protected]

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179

E-mail: [email protected]

RedacçãoJerónimo Belo Jorge ([email protected] João Ricardo (CP. 6383)

[email protected]é Lopes

[email protected]

Rita Duarte (directora comercial)

[email protected] Ângelo

[email protected] Batista

[email protected]

ImpressãoImprejornal, S.A.

Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa

Editora e proprietáriaJortejo, Lda.Apartado 355

2002 SANTARÉM Codex

GERÊNCIAFrancisco Santos, Ângela Gil,

Albertino Antunes

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Celeste Pereira,

Gabriela Alves e João [email protected]

Departamento de MarketingPatricia Duarte (Direcção), Cata-

rina Fonseca e Catarina Silva. [email protected]

Departamento Recursos HumanosNuno Silva (Direcção)

Sónia [email protected]

Departamento SistemasInformação

Tiago Fidalgo (Direcção) Hugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 501636110

Sócios com mais de 10% de capital

Sojormedia 83%

jornal abrantesde

ABRANTESExposição permanente - Museu Dom Lopo de Almeida - Igreja de Santa Maria do Castelo5 de março - Teatro - Drákula, pela companhia do Chapitô - Ci-ne-teatro São Pedro, às 21h307 de março - Música - concerto do 81º Aniversário de Orfeão de Abrantes - 17 horas - Igreja da Misericórdia – entrada livreAté 7 de março – IV Festival de gastronomia “Sabores do Tejo” – restaurantes aderentes11 de março - Encontro com José Abrantes – Retrospectiva da sua vida e obra - Biblioteca António Botto Até 12 de março - Exposição de pintura por Eurico Gonçalves - Galeria Municipal de Arte, de 3ª a sábado, das 10horas às 12h30 e das 14horas às 18h3012 de março - Música - café-con-certo com Caféjazz Trio - Peque-no Auditório do Cine-teatro São Pedro, às 21h3012 e 13 de março - Música - Fes-tival - Efeito Borboleta - The Allstar Project, Olga, GNU, Bla-ck Bombaim, The Glokenwise e Miss Lava - Sociedade Artística Tramagalense

13 de março - Teatro Infantil - Babiliglub- Companhia Teatro de Objectos - Cine-teatro São Pedro, às 10h30Até 16 de março - Exposição so-bre José Abrantes - 35 anos de vida e obra em retrospectiva - Bi-blioteca Municipal António Botto, de 2ª a 6ª das 9 horas às 19h3016 de março - A Menina Dança? - Bailhe animado pelo grupo Musi-

cal F&M - Pequeno Auditório do Cine-teatro São Pedro, Às 15h0018 de março - Encontro com o autor Pedro Pinto a propósito do livro - O último Bandeirante - Bi-blioteca António Botto, às 21h3019 de março - Música - Apolo - Quatro jovens interpretam temas da pop nacional numa roupagem clássica - Cine-teatro São Pedro, às 21h30 - Bilhetes a 10 euros

Dia 20 de março - Um Dia Pela Vida - Festa de encerramento - Tecnopólo20 de março a 16 de abril - Ex-posição - Autores estrangeiros - Obras de poesia experimental da colecção de Fernando Aguiar - Galeria Municipal de Arte20 de março a 16 de abril Ex-posição - Autores portugueses - Obras de poesia experimental da

Eurico Gonçalves Surrealismo, Dádá e ZenGaleria Municipal de Abrantes

Um dos mais signifi cativos surrealistas por-tugueses, Eurico Gonçalves, mostra na Galeria Municipal, de Abrantes, até 12 de Março, uma parte da sua obra. Trata-se de uma pintura que, no espírito do surrealismo, mas também do Zen, se despoja da carga das convenções herdadas e procura uma pureza e uma ingenuidade primor-dial. O vazio de um fundo despojado e a expres-são através de cores mediterrânicas faz a ponte com as tradições mediterrânicas. Também a sua pintura-escrita se aparenta com a escrita árabe. O disco solar é, em última análise, parafrasean-do Ramos Rosa, a afi rmação, do pintor, de que “ESTOU VIVO E ESCREVO SOL”. A visitar, com a leitura da documentação disponível.

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21MARÇO2010jacolecção de Fernando Aguiar - Bi-blioteca António Botto22 a 27 de março - Teatro Fnates 2010 - Cine-teatro São Pedro – Bi-lhetes a 1 euroAté 22 de maio – Evocação dos 500 anos da morte de D. Francis-co de Almeida - Todos os sábados de manhã, no centro histórico de Abrantes

CONSTÂNCIAAté 31 de março - Mostra Bio-bi-bliográfi ca de Ana de Castro Osório - Biblioteca Alexandre O’Neill, dias úteis das 10h às 12h30 e das 14h às 18h30

7 e 8 de março - Passeio Pedestre da Mulher - Concentração no Par-que Municipal, às 10 horasDe 6 a 27 de março - Exposição de pintura de Maria Leonor Pereira e Maria Raquel Atalaia - Posto de Tu-

rismo, das 9h30 às 13horas e das 14h30 às 18horas

MAÇÃO13 e 14 de março - 2º Grande prémio de Mação em Jetski - Praia Fluvial da Ortiga

BARQUINHAAté 27 de março – Exposição - A meio caminho - pelos alunos fi nalistas do Curso de Artes Plásti-cas do IPT - Galeria de Arte - de 2ª a sábado das 9h30 às 12h30 e das 14h às 18hAté 31 de março - Mostra biblio-gráfi ca - 1 mês, 1 escritor - Eça de Queirós em destaque - Biblioteca MunicipalAté 4 de abril - XVI mês do Sável e da Lampreia - Mostra gastronómi-ca - Restaurantes aderentes

SARDOAL6 de março - Teatro - Cascata de Emoções, pela companhia de teatro de Montes da Senhora - Centro Cul-tural Gil Vicente, às 21h3o6 de março - Música - concerto com Mind the Gap e Ravi - bandas de punk rock frances - Atrium do GE-TAS, a partir das 23horas - entrada livre

CARTAZ

CINEMAABRANTESCine-teatro São Pedro - Espalhafi tas, às 21h303 de março – “Capitalismo, uma história de amor”10 de março – “Welcome”17 de março - “Um Profeta”31 de março – “O Sangue”

Centro Comercial Millenium, às 21h30 De 4 a 10 de março – “A Bela e o Paparazzo”De 11 a 17 de março – “Nas nuvens”

CONSTÂNCIA13 de março – “Avatar”14 de março – “Alvin e os Esquilos 2” – 15 horas20 de março – “2 Amas de gravata” 27 de março - “Sherlock Holmes”

SARDOAL14 de março - Planeta 51 - Centro Cultural Gil Vicente, às 16 horas27 de março - A Bela e o Paparazzo - Centro Cultural Gil Vicente, às 16horas e às 21h30

TORRES NOVASToreshopping - de 4 a 10 de marçoSala 1 – “Amar...é Complicado!” Sala 2 – “A Princesa e o Sapo” e “O Lobiso-mem”Sala 3 – “Alice no País das Maravilhas”

Page 22: ed JA Fev/10

MARÇO201022 jaPUBLICIDADE

SÃO FACUNDO

Faleceu

Maria Gervásia Clementina11-10-1930 • 12-01-2010

Seus fi lhos, nora, genros, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

BICAS

Faleceu

Balbina Joaquina Catarino Orvalho 13-12-1940 • 19-01-2010

Seu marido, fi lhos, noras, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

SANTA MARGARIDA DA COUTADA

Faleceu

José Agostinho Farinha22-06-1922 • 27-01-2010

Seus,fi lhos, nora, genro, netos bisnetos e restantes fami-liares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL

Faleceu

José Maria Branco 21-05-1937 • 14-01-2010

Sua esposa, fi lha e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanha-ram o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

Valentina Rocha18-01-1922 • 03-01-2010

AgradecimentoMarido, fi lhos, netos e bisnetos de Valentina Rocha, agradecem a todos que a velaram e a acompanharam à sua última morada, bem como ao gerente e restante pessoal da Soltram, pela disponibili-dade que sempre revelaram para lhe proporcionar a qualidade de vida que necessitava. O nosso bem Haja para todos

ABRANTES

Manuel CalvárioN. 25-12-1923 • F.12-02-10

Agradecimento

Sua família na impossibilidade de o fazerem pessoal-mente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o velaram, assistiram à Missa de Corpo Presente e o acompanharam à sua última morada no Cemitério de Santa Catarina.A todos o nosso profundo reconhecimento

TRAMAGAL

Faleceu

Narcisa Matilde03-05-1920 • 19-01-2010

Sua fi lha e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

CRUXIFIXO - TRAMAGAL

Faleceu

Soledade Ferreira Godinho10-04-1920 • 15-01-2010

Seu genro, neto e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanha-ram o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

Pela Família O nosso bem Haja para todos. José Martins Serras Emílio e Carla Serra

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL

EDITAL N.º 02/2010MIGUEL JORGE ANDRADE PITA MORA ALVES

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL

FAZ PÚBLICO que, para efeitos do art.º 91º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, se publica as deliberações da Assembleia Municipal, tomadas em sessão ordinária realizada no dia 24 de Fevereiro de 2010:

- Seguro de Acidentes Pessoais dos Eleitos Locais, nos termos do artº 17º, da Lei nº 29/ 1987, de 30 de Junho;

(Deliberado por unanimidade aprovar a proposta para fi xação de seguro dos membros da Assembleia Municipal de Sardoal)

- Proposta de Regimento da Assembleia Municipal; (Deliberado por unanimidade aprovar na Generalidade a proposta de

Regimento da Assembleia Municipal)- Alteração do Plano Director Municipal de Sardoal por adaptação ao

Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo; (Deliberado por unanimidade aprovar a alteração ao Plano Director

Municipal de Sardoal)

E para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares públicos de estilo.

Paços do Município de Sardoal, 01 de Março de 2010

O Presidente da Assembleia MunicipalMiguel Jorge Andrade Pita Mora Alves

ABRANTESVENDO PERMUTO

PRÉDIO OU ALUGO LOJA - ESCRITORIO

Contacto 217 930 100

CONVOCATÓRIAASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DO A.D.S.A.C.

AGRUPAMENTO DE DEFESA SANITÁRIA DE ABRANTES E CONSTÂNCIA

Ao abrigo do art. 12º dos Estatutos do seu nº5, con-voco os produtores associados que sc encontrem em pleno gozo dos seus direitos, a reunirem em As-sembleia Geral a realizar no dia 26 de Março de 2010, pelas 14 horas, na sede do A.D.S.A.C. sita na Av. Dr. Solano de Abreu, nº 38 em Abrantes, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Apresentação para apreciação e votação do Re-latório e Contas da Direcção e Parecer do Conselho Fiscal:

2. Tratar de outros assuntos que se julguem de in-teresse para o A.D.S.A.C.

Não havendo número sufi ciente de produtores asso-ciados para a Assembleia funcionar à hora indicada, a mesma funcionará uma hora depois, com qualquer número de produtores associados presentes.

Abrantes, 3 de Março de 2010

O Presidente da Mesa da Assembieia GeralVictor Manuel Bastos Silva

Page 23: ed JA Fev/10

23MARÇO2010ja PROFISSÕES LIBERAIS

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEMDE ABRANTES

Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

CONSULTAS POR MARCAÇÃOACUPUNCTURADr.ª Elisabete Alexandra Duarte SerraALERGOLOGIADr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa MartaCARDIOLOGIADr.ª Maria João CarvalhoCIRURGIADr. Francisco Rufi noCLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio - Dr. António PrôaDERMATOLOGIADr.ª Maria João SilvaGASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia SequeiraMEDICINA INTERNADr. Matoso FerreiraNEFROLOGIADr. Mário SilvaNEUROCIRURGIADr. Armando LopesNEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João PinhelOFTALMOLOGIADr. Luís CardigaORTOPEDIADr. Matos MeloOTORRINOLARINGOLOGIADr. João EloiPNEUMOLOGIADr. Carlos Luís LousadaPROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia GerraPSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;Dr.ª Maria Conceição CaladoPSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima PalmaUROLOGIADr. Rafael PassarinhoNUTRICIONISTADr.ª Carla LouroSERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria JoãoTERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

novo e-mail [email protected]

jornal abrantesde

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