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Cap. 6 – A Idade do Ouro no Brasil e as Revoltas Coloniais. HISTÓRIA: DAS CAVERNA AO TERCEIRO MILÊNIO Aulas 1 – As bandeiras e a exploração mineradora 2 – As revoltas coloniais

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Capítulo

Cap. 6 – A Idade do Ouro no Brasil e as Revoltas Coloniais.

HISTÓRIA: DAS

CAVERNA AO

TERCEIRO MILÊNIO

Aulas

1 – As bandeiras e a exploração mineradora

2 – As revoltas coloniais

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O início do “ciclo” do ouro – século XVII

▪ No final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro começaram a diminuir;

▪ Portugal precisou buscar novas fontes de renda, pois os portugueses lucravam muito com taxas e impostos cobrados no Brasil;

▪ Neste contexto, os bandeirantes, no final do século XVII, começaram a encontrar minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Portugal viu nesta atividade uma nova fonte de renda.

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▪ Desde o início dacolonização, osbandeirantes se lançaramsobre os indígenas,chegando muitas vezes ainvadir Missões Jesuíticas,onde milhares de índiosvivenciavam outrosprocessos dedesestruturação culturalcom base na evangelizaçãoe catequese.

Domingos Jorge Velho (1641-1705),bandeirante paulista. Pintura deBenedito Calixto (1853-1927), 1903.

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▪ Bandeirantes: heróis?

O Monumento às Bandeiras é uma obra em “homenagem” aos Bandeirantes,que desbravavam os sertões durante os séculos XVII e XVIII. Foi inaugurada noano de 1954, fazendo parte das comemorações do IV Centenário da cidade deSão Paulo (1953). É alvo de constantes protestos pela violência usada pelosbandeirantes no processo de colonização do território brasileiro.

▪ Autor: Victor

Brecheret (1894-

1955). Monumento

às Bandeiras, no

Parque Ibirapuera,

São Paulo, Brasil.

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▪ [...] ou vilões?

Em SP, o Monumento às Bandeiras amanheceu pintado com tinta colorida nesta sexta

(30/09/2016) (Foto: Felipe Rau/Estadão Conteúdo)

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1 – As bandeiras e a exploração mineradora

Portugal enfrentava problemas econômicos

O açúcar brasileiro enfrentava a concorrência antilhana

Perda de possessões no Oriente e na África

Grave crise econômica

A Coroa passou a estimular a procura por metais preciosos na colônia

Entradas: expedições oficiais de exploração do interior da colônia

Bandeiras:expedições armadas organizadas em geral

por particulares paulistas

▪ Busca de índios para escravização

▪ Combate às revoltas indígenas

▪ Destruição de quilombos

▪ Procura por metais preciosos

Objetivos

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As bandeiras dos séculos XVII e XVIII

Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991, p. 24.

BANDEIRAS DOS SÉCULOS XVII E XVIII

CARTO

GRAFIA

: ERIC

SO

N G

UIL

HERM

E L

UCIA

NO

330 km

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▪ Missões jesuítas espanholas no sul: terras dos atuais estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além de áreas da Argentina e do Paraguai.

▪ Nessas missões, os índios eram evangelizados, principalmente por meio do canto e do teatro. Cultivavam a terra, criavam gado, faziam artesanato.

▪ As bandeiras paulistas atacaram as missões em busca de índios para trabalhar como escravos, principalmente nas lavouras paulistas.

▪ Após sucessivas investidas paulistas, muitas missões jesuíticas foram destruídas.

Os ataques às missões

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▪ Os bandeirantes descobriram ouro na região do Rio das Velhas por volta de 1695 → a partir daí ocuparam-se várias áreas em Minas, Mato Grosso (1719) e Goiás (1725).

▪ Iniciou-se um processo acelerado de urbanização nas áreas próximas às minas descobertas.

▪ O grande afluxo de pessoas para a região e a escassez de gêneros de subsistência causaram graves crises de fome.

▪ Com o tempo, a escassez de alimentos foi reduzindo com o cultivo de roças de subsistência, a diversificação das atividades econômicas e o comércio de produtos vindos de outras regiões da colônia.

A exploração aurífera

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A exploração aurífera

▪ Imagem disponível em: <https://bit.ly/2Gwmjfw>. Acesso em: 02 out. 2020.

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▪ A Coroa organizou rapidamente um sistema de exploração das minas:

• Distribuição das datas → privilégio aos grupos mais ricos.• Criação da Intendência de Minas (1702) → responsável

pela cobrança dos tributos, policiamento e justiça local.

▪ As formas de arrecadação variaram com o tempo, destacando-se:

• O quinto → 20% do metal extraído cabia à Coroa.• A capitação → cobrança de um imposto por cabeça de

escravo maior de 12 anos.• A derrama → cobrança de impostos atrasados ou

extraordinários.

▪ Em 1725, a Coroa instalou a primeira Casa de Fundição –onde o ouro seria fundido, tributado e transformado em barras.

A exploração aurífera

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A exploração aurífera

▪ Imagem disponível em: <https://bit.ly/2Gwmjfw>. Acesso em: 02 out. 2020.

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▪ Percebemos que os altos impostos, as taxas, as punições

e os abusos de poder político exercido pelos portugueses

sobre o povo que vivia na região e no Brasil como um

todo, gerava conflitos que culminariam em várias revoltas.

A exploração aurífera

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▪ Guerra dos Emboabas (1708-1709) → conflito entre paulistas e outros colonos (emboabas), principalmente portugueses, pelo controle da região das minas.

▪ Os paulistas exigiam o direito exclusivo sobre as lavras concedidas pela Coroa.

▪ Resultado do confronto:

• Derrota dos paulistas.• Criação da Capitania de São Paulo e das Minas de Ouro.• Os paulistas avançam mais para o interior em busca de novas minas de ouro → descoberta de novas jazidas em Mato Grosso e Goiás → ampliação da América portuguesa.

A Guerra dos Emboabas

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▪ Os diamantes foram descobertos na região da Comarca de Serro Frio, no norte das Minas Gerais. Para garantir um controle eficiente da região, a Coroa criou o Distrito Diamantino.

▪ As regras para a exploração de diamantes tiveram três momentos:

• Intendência dos Diamantes (a partir de 1734) →semelhante ao do ouro nas minas → concessão de datas e cobrança do quisto.

• Contratos de Monopólio (1740-1771) → um contratador tinha o monopólio da exploração.

• Real Extração (depois de 1771) → quando a Coroa assumiuo controle direto da atividade no Distrito.

A extração de diamantes

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A extração de diamantes

Imagem: Diamond Mining, Brazil, ca. 1770 / Carlos

Julião / The Atlantic Slave Trade and Slave Life in

the Americas: A Visual Record / public domain.

Imagem: Les laveurs de diamants / Autor desconhecido / public domain.

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Cálculo aproximado da produção de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso no século XVIII (kg)

Anos Minas Gerais Goiás Mato Grosso

1730-1734 7.500 1.000 500

1735-1739 10.637 2.000 1.500

1740-1744 10.047 3.000 1.100

1745-1749 9.712 4.000 1.100

1750-1754 8.780 5.880 1.100

1755-1759 8.016 3.500 1.100

1760-1764 7.399 2.500 600

1765-1769 6.659 2.500 600

1770-1774 6.179 2.000 600

1775-1779 5.518 2.000 600

1780-1784 4.884 1.000 400

1785-1789 3.511 1.000 400

1790-1794 3.360 750 400

1795-1799 3.249 750 400

Fonte: PINTO, Virgílio Noya. O ouro brasileiro e o comércio anglo-português. São Paulo: Nacional, 1979.

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Os rebeldes da colônia2 – As revoltas coloniais

Revoltas coloniais (séculos XVII e XVIII)

Revoltas com caráter regional, que contestavam aspectos da

política metropolitana

Revoltas com caráter separatista, buscando o rompimento

com a metrópole

Revolta de Beckman

(1684)

Guerra dos Mascates

(1710-1711)

Revolta de Vila Rica(1720)

ConjuraçãoMineira(1789)

Conjuração Baiana(1798)

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Os rebeldes da colônia

REVOLTAS COLONIAIS

Fonte: Isto É Brasil, 500 anos: atlas histórico. São Paulo: Três, 1998.

CARTO

GRAFIA

: AN

DERSO

N D

E A

ND

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TEL

350 km

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▪ O estado do Maranhão sofria no século XVII →desabastecimento de gêneros alimentícios, manufaturados e escravos.

▪ A Coroa criou então a Companhia Geral de Comércio do Maranhão, que deveria abastecer a região → mas surgiram problemas:

• A Companhia impôs uma política de preços que prejudicava os colonos.

• Os produtos e escravos enviados para a região eram insuficientes.

▪ Em 1684 explode a revolta liderada pelos irmãos Beckman.

A Revolta de Beckman

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▪ Os rebeldes tomaram o depósito, aboliram o monopólio da Companhia e formaram um Governo Provisório.

▪ A Coroa negociou com os sublevados, determinou o fim do monopólio da Companhia e nomeou um novo governador para o Maranhão → depois prendeu os líderes e executou Manuel Beckman em 1685.

▪ Os monopólios e taxas que tinham sido abolidos foram restabelecidos.

A Revolta de Beckman

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▪ Durante a invasão holandesa, Recife foi escolhida para sede da administração e recebeu diversas melhorias e infraestrutura, o que não ocorreu com Olinda.

▪ Segunda metade do século XVII → concorrência do açúcar antilhano → queda nos preços do açúcar brasileiro →→ endividamento dos senhores do engenho de Olinda com os comerciantes de Recife.

▪ 1709 → Recife foi elevada à categoria de vila → a aristocracia de Olinda não aceita e inicia-se a revolta.

▪ A aristocracia de Olinda ocupa Recife → os comerciantes de Recife retomam a cidade com o apoio de outras capitanias.

▪ 1711 → O novo governador nomeado pela Coroa ordenou a prisão dos líderes olindenses e manteve Recife como vila.

A Guerra dos Mascates

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▪ A Coroa decretou, em 1719, a instalação das Casas de Fundição na área mineradora → objetivos:

• Ampliar o controle sobre a atividade nas minas.• Cobrar o quinto e evitar o contrabando.

▪ Os colonos se rebelaram contra essas leis, liderados pelo minerador português Filipe dos Santos.

▪ Os rebeldes publicaram um documento no qual denunciavam a corrupção dos funcionários da Coroa e exigiam o fechamento das Casas de Fundição.

▪ O governador da capitania reprimiu rapidamente o movimento → os rebeldes foram presos e Filipe dos Santos foi condenado à morte e executado.

A Revolta de Vila Rica

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A Conjuração Mineira

▪ A capitania de Minas Gerais vivia uma crise econômica no final do século XVIII → escasseava o ouro e o pagamento do quinto (100 arrobas anuais) estava em atraso →aumentavam as pressões da Coroa para a execução da derrama (cobrança dos quintos em atraso).

▪ Membros da elite colonial estavam descontentes com a política da Coroa portuguesa → conheciam as ideiasiluministas e a Declaração de Independência dos Estados Unidos → pretendiam tomar o poder na capitania e instituir uma república.

▪ A questão escravista ficou indefinida, pois a maioria dos conjurados eram proprietários de escravos.

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A devassa

▪ Em fins de 1788, os conjurados aguardavam a derrama para agir, mas ela não aconteceu.

▪ Em seguida, o governador convocou membros do grupo para o pagamento dos impostos atrasados.

▪ Joaquim Silvério dos Reis aceitou delatar os colegas em troca de perdão das dívidas → iniciou-se a devassa.

▪ Em 1791, 34 pessoas foram julgadas pelo crime de lesa-majestade → 11 foram condenadas à morte → apenas Tiradentes foi executado.

▪ Os outros condenados tiveram suas penas transformadas em degredo perpétuo.

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O mito Tiradentes

▪ Depois da proclamação da república no Brasil, em 1889, Tiradentes foi elevado à condição de herói.

▪ Os republicanos viram nele um personagem para representar a luta do Brasil contra a opressão colonial portuguesa.

▪ Porém, a Conjuração Mineira significou, de fato, um conflito entre os interesses econômicos da colônia e do reino → não era, em si, um

movimento nacional.

Tiradentes esquartejado, de Pedro Américo, pintura de 1893.

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A Conjuração Baiana

▪ A Conjuração Baiana (1798), diferentemente da Mineira, envolveu pessoas das camadas populares e, por isso, tomou um caráter social → defendia o fim da escravidão e das diferenças baseadas na cor da pele.

▪ Mulatos, escravos, ex-escravos, homens brancos pobres, alfaiates, pedreiros, soldados e bordadores formaram a base social desse movimento inspirado nos ideais da Revolução Francesa.

▪ As ideias da Conjuração Baiana se espalharam a partir da associação maçônica Cavaleiros da Luz. Propunham, além do fim da escravidão:

• Proclamação de uma república na Bahia nos moldes jacobinos.• Mudanças no sistema tributário e aumento dos soldos militares.• Liberdade de comércio e representação popular.

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A repressão aos conjurados baianos

▪ A participação popular afastou os maçônicos do movimento, que passou a ser conduzido por alfaiates, negros, mulatos e soldados.

▪ Com base em denúncias, investigações realizadas pelas autoridades levaram aos elaboradores dos cartazes afixados nas ruas de Salvador → os participantes foram presos.

▪ O processo culminou na condenação à morte de dois soldados e dois alfaiates → foram esquartejados e seus restos espalhados pela capitania.

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Capítulo

24

Referência (conteúdo):

Livro Didático do aluno(a): BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: Das Cavernas

ao Terceiro Milênio. – 4. ed. – São Paulo: Moderna, 2016. [2º Ano]