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    Documento Orientador da Actividade do Monitor Programa JOGAR -

    Escola Municipal de Natao 1

    CMARA MUNICIPAL DE VORA

    DCD-DESPORTO

    ELABORADO POR:

    PROF. JOS CORREIA

    PROF. SCAR TOJO

    COLABORAO:INS VIGRIO

    CAPA:

    DAVID PRAZERES

    OUTUBRO, 2004

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    INDCE

    1. INTRODUO AO PROGRAMA JOGAR_____________________________ 3

    2. CARACTERIZAO DA POPULAO ALVO __________________________ 5

    3. COMPETNCIAS A DESENVOLVER _________________________________ 7

    4. ESTRATGIAS PSICOPEDAGGICAS _______________________________ 9

    5. ELABORAO DA SESSO _______________________________________ 11

    6. OBJECTIVOS ESPECFICOS_______________________________________ 13

    7. PROPOSTAS DE EXERCCIOS _____________________________________ 15

    8. AVALIAO PSICOPEDAGGICA__________________________________ 19

    BIBLIOGRAFIA ____________________________________________________ 20

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    1. Introduo ao Programa JOGAR

    Ao longo do tempo, constata-se que a importncia atribuda ao papel da

    educao psicomotora no contexto educativo tem vindo a aumentar (Domnguez,Rosales & Benito, 1999), sendo hoje impossvel no reconhecer os seus contributos

    para o desenvolvimento integral e harmonioso dos indivduos (Matos, 2000).

    A sua importncia mais se acentua quando nos reportamos infncia. Sendo

    esta um espao de grandes transformaes desenvolvimentais, nas quais a

    qualidade e a abrangncia das mesmas condiciona o desenvolvimento futuro da

    criana, e sabendo a priorique a educao psicomotora atinge estdios qualitativos

    que precedem o desenvolvimento cognitivo e social, importante que a mesma seja

    contemplada enquanto parte integrante do processo educativo da criana (Matos,

    2000).

    Sabemos hoje que os perodos crticos e as aprendizagens psicomotoras

    fundamentais se situam nos escales etrios correspondentes ao 1 Ciclo do Ensino

    Bsico. A ausncia de actividade apropriada durante este perodo, traduz-se

    frequentemente em carncias irremediveis.

    Atendendo ao referido anteriormente, e perante os dfices de prticas ldicas e

    pr-desportivas com crianas do 1 Ciclo do Ensino Bsico no concelho, a Cmara

    Municipal de vora fez nascer o Programa JOGAR, delineando um modelo de

    interveno, conjuntamente com a comunidade educativa e outras entidades do

    associativismo desportivo local, que preconiza:

    Sensibilizar a comunidade eborense em geral e a escolar em particular

    para a importncia das prticas ldicas e desportivas como factor

    fundamental na melhoria do bem-estar e da qualidade de vida;

    Fomentar a prtica desportiva organizada, facilitadora da aproximao da

    escola realidade envolvente e potenciando a aco dos diferentes

    agentes desportivos locais;

    Contribuir para o desenvolvimento integral e harmonioso da criana em

    diferentes domnios, a saber, psicomotor, scio-afectivo e cognitivo;

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    Apreender os conhecimentos relativos interpretao e participao nas

    estruturas e fenmenos sociais, extra-escolares, no seio das quais se

    realizam as actividades fsicas;

    Apetrechar as escolas de materiais e espaos fsicos adequados prtica

    desportiva.

    Procurando definir um nvel de interveno municipal ajustado a esta realidade

    e intervir nele de forma cada mais qualificada, os mecanismos de apoio ao

    desempenho do monitor assumem uma importncia crucial neste processo. Nesta

    linha de responsabilizao pedaggica e organizacional, a Seco Desportiva da

    Cmara Municipal de vora, elaborou o presente Documento Orientador da

    Actividade do Monitor, que se encontra estruturado em sete blocos principais: (2)

    caracterizao da populao alvo, (3) competncias a desenvolver, (4) estratgias

    psicopedaggicas, (5) elaborao da sesso, (6), objectivos especficos, (7)

    propostas de exerccios, e (8) avaliao.

    Do ponto de vista das necessidades de desenvolvimento multilateral da criana,

    a principal exigncia que este documento orientador deve satisfazer, a

    continuidade e a regularidade de actividade fsica adequada, pedagogicamente

    orientada pelo seu monitor.

    Sendo um documento orientador, importante desenvolver um papel activo ecrtico por parte de todos os monitores e associaes envolvidas, no sentido de o

    melhorar e complementar, de modo a que o mesmo possa constituir um quadro de

    referncia para todos os intervenientes.

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    2. Caracterizao da Populao Alvo

    Tendo o Programa JOGAR uma interveno dirigida populao das escolas

    do 1 Ciclo do Ensino Bsico, de todo pertinente que o monitor se acerque das

    particularidades desenvolvimentais desta populao, para que possa desenvolver

    uma metodologia de trabalho adequada s suas caractersticas e, assim, poder

    atingir os objectivos por si delineados.

    Durante o escalo etrio dos 6/7 aos 10/11 anos, no qual se inscreve a

    populao alvo em questo, ocorre a plena maturao do sistema nervoso e do

    desenvolvimento motor. Neste ltimo, a criana aperfeioa progressivamente as

    suas aces, nomeadamente ao nvel da rapidez e preciso, como tambm capaz

    de acompanhar o aumento de complexidade das tarefas. Verifica-se tambm a

    consolidao da adaptao s estruturas espaciais e temporais, o que permite

    criana melhorar a coordenao das suas aces e uma maior segurana na

    realizao dos movimentos. Outra aquisio caracterstica desta fase a

    capacidade de diferenciao das diferentes partes do corpo, sendo que o ganho de

    conscincia corporal permite criana ter comportamentos socialmente mais

    ajustados.

    Em termos morfolgicos, segundo Pacheco (2001) a criana poder ser

    considerada como um Mosaico, que possui mais de 1500 cartilagens em perodo

    de crescimento, que se iro posteriormente transformar nos cerca de 208 ossos que

    todos ns possumos na idade adulta, havendo por isso que ter alguns cuidados nas

    cargas a ministrar nas sesses de ensino.

    , no entanto, necessrio entender que as caractersticas que se descrevem

    para uma determinada idade, nem sempre tm uma correspondncia absoluta com

    a realidade. Isto porque pode haver diferentes formas de expresso e deenvolvimento durante a infncia e tambm porque nem sempre a idade cronolgica

    (o nmero de anos e dias de vida decorridos aps o nascimento) corresponde

    idade biolgica (a maturidade geral do organismo, do sistema hormonal, do

    esqueleto, determinado neste caso, pelo grau de ossificao da estrutura ssea) da

    criana.

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    Passamos a enumerar algumas caractersticas predominantes:

    Quadro I Caractersticas das Crianas entre os 6 e os 10 anos (adaptado de Pacheco, 2001)

    Boa capacidade de aprendizagem dos exerccios e dos objectivos a atingir;

    Possuem o gosto pelo movimento, pelo jogo e pelas actividades fsicas;

    Fraca capacidade de ateno informao que lhe queremos fornecer;Fraca possibilidade de integrao e de reteno de contedos, se os mesmos no

    forem sistematizados;

    Boa capacidade de imaginao;

    Impera o pensamento concreto e o pensamento centrado em si;

    Gostam de ser o centro das atenes, atraindo para si as atenes do professor e

    colegas;

    Constituio fsica equilibrada e harmoniosa;

    Boa predisposio para o desenvolvimento de flexibilidade, capacidadescoordenativas e lateralidade.

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    3. Competncias a Desenvolver

    O contributo da educao psicomotora constitui um elemento fundamental para

    o desenvolvimento da inteligncia, da afectividade e da personalidade da criana,

    uma vez que no s lhe permite ganhar conscincia do seu corpo e do mundo que acircunda, como tambm lhe providencia o espao para os seus primeiros contactos

    sociais dentro de um grupo, que auxiliam o desenvolvimento da sua

    espontaneidade, criatividade e responsabilidade (Dominguez, et al., 1999).

    Por outro lado, o desenvolvimento fsico da criana atinge estdios qualitativos

    que precedem o desenvolvimento cognitivo e social. Assim, a actividade fsica

    educativa oferece aos alunos experincias concretas, necessrias s abstraces e

    operaes cognitivas inscritas nos Programas de outras reas, preparando osalunos para a sua abordagem ou aplicao. Estas evidncias justificam a

    importncia crucial desta rea Curricular no 1 Ciclo, como componente inalienvel

    da Educao.

    As actividades ldicas e pr-desportivas assumem assim importncia

    fundamental como veculo de desenvolvimento da criana, entendido num processo

    integral e harmonioso. Resumidamente, podemos considerar trs grandes domnios

    do desenvolvimento: o cognitivo, o scio-afectivo e o psicomotor:

    Domnio Capacidades a desenvolver

    Psicomotor

    - coordenao motora global;- execuo de elementos e gestos tcnicos e tcticos especficos acada modalidade;- resistncia geral;- flexibilidade e agilidade;- ritmo;- controlo da orientao espacial;- velocidade de reaco simples e complexa de execuo de acesmotoras bsicas e de deslocamento;- equilbrio dinmico em situaes de voo, de acelerao e de apoioinstvel e/ou limitado;- auto-estima;- auto-confiana;- motivao intrnseca.

    Scio-afectivo

    - respeito pelo prximo;- cooperao;

    - responsabilidade;- cordialidade e auto-controlo;

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    Cognitivo

    - Interpretao correcta dos exerccios realizados;- Compreenso, aplicao e cumprimento de regras;- Realizao de forma correcta das componentes crticas de cadaexerccio;- Expresso oral com correco de alguns elementos da actividade;- Utilizao destas aprendizagens noutras reas curriculares;

    Quadro II: Identificao de algumas capacidades a desenvolver nos domnios psicomotor,scio-afectivo e cognitivo.

    Porque a criana uma totalidade, personalidade complexa que se

    desenvolve de forma integrada, global, a interveno do monitor processa-se de

    forma sistemtica, interagindo em qualquer dos domnios. A riqueza de estmulos e

    vivncias diversificadas, devem reforar todas as dimenses possveis dos trs

    domnios de aprendizagem, potenciando-se umas s outras (Matos, 2000).

    Orientada neste sentido, a interveno do monitor deve desenvolver-se de

    forma estruturada, procurando em cada momento o desenvolvimento de

    capacidades concretas, que assegurem no final do processo a aquisio de um

    conjunto de competncias fundamentais.

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    4. Estratgias Psicopedaggicas

    Segundo Coelho (2004), apesar da preparao psicopedaggica dos tcnicos

    desportivos ser um instrumento fundamental e indispensvel aco e interveno

    dos mesmos no processo desportivo, verifica-se que os insucessos obtidos pelostcnicos no exercer das suas funes e cumprimento dos seus objectivos, em geral,

    so justificados por carncias psicopedaggicas (estratgias desajustadas do

    contexto de interveno). Posto isto, apresentamos em seguida ALGUMAS sugestes

    de estratgias psicopedaggicas a que o monitor poder recorrer no decurso da sua

    actividade (Buceta, 2001; Martens, 1999).

    Motivao

    - Providenciar um clima de trabalho agradvel, em que predominem actividades

    estimulantes e interessantes;

    - Programar tarefas concretizveis e exigncias adequadas ao nvel das

    capacidades dos alunos, salvaguardando uma aprendizagem gradual e diferentes

    ritmos de progresso;

    - Utilizar diferentes materiais e exerccios que pressuponham tanto o trabalho em

    grupo como individual;

    - Proporcionar aos alunos experincias de xito e ajud-los a atribuir o sucesso s

    suas prprias capacidades, sua competncia;

    - Centrar o elogio no esforo, empenho e progresso conseguidos pelos alunos, ao

    invs dos resultados propriamente ditos;

    - Elogiar imediatamente a seguir apresentao de um comportamento desejado;

    - Reforar continuamente os alunos no incio da aprendizagem de contedos novos

    e, numa fase mais avanada, atribuir o reforo de forma intermitente;

    - Abordar positivamente os aspectos a corrigir, destacando primeiramente um

    aspecto positivo evidenciado pelo aluno, em seguida o que se pretende corrigir e,por ltimo, novamente o reconhecimento de um aspecto positivo.

    Comportamento

    - Equilibrar a interveno estruturada e proposta pelo monitor e a participao dos

    alunos nos processos de tomada de deciso, atendendo ao seu nvel de

    maturidade;

    - Reconhecer que a superao dos erros alcanada com o tempo, que permite

    uma melhor assimilao e domnio da informao recebida, e que os mesmos so

    inerentes ao processo formativo dos alunos;

    - Complementar uma explicao com a respectiva demonstrao, executada pelo

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    monitor ou pelos alunos, por forma a consolidar a explicao e os critrios de xito

    da tarefa;

    - Ser activo nos deslocamentos no espao de aula para que os alunos possam ser

    adequadamente supervisionados, garantindo aspectos de segurana, rentabilizao

    do tempo de aula e preveno de comportamentos menos correctos;

    - Observar como os alunos actuam para que o monitor se certifique se a explicao

    foi compreendida e, em caso contrrio, interromper o exerccio e explicar de novo;

    - Explicar, em caso de realizao incorrecta de uma tarefa, onde o aluno procedeu

    mal, como o deve corrigir e oferecer-lhe uma nova oportunidade de realizao da

    tarefa, ao invs de o repreender;

    - Centrar a ateno no progresso dos alunos mais do que nos seus aspectos

    deficitrios, destacando sempre os aspectos de evoluo;

    - Distribuir a ateno por todos os alunos;

    - Providenciar aos alunos um feedback descritivo e avaliativo, para que saibam

    como esto a executar uma determinada tarefa, o que necessitam de melhorar e

    como;

    - Dar prioridade aprendizagem e execuo dos exerccios propostos e s depois

    deixar o aluno fazer o que mais gosta;

    Comunicao

    - Apresentar de forma clara, precisa e sucinta as tarefas e os seus objectivos

    - Estabelecer regras de funcionamento da tarefa e as consequncias do seu no

    cumprimento;

    - Permitir que os alunos pensem por si mesmos, ao invs de ser o monitor a dizer

    sistematicamente o que devero fazer em cada momento;

    - Apropriar comportamentos verbais e no verbais, como sendo o olhar para os

    alunos quando falamos com eles, utilizar um tom e volume de voz adequados, etc.;

    - Utilizar o questionamento como mtodo de ensino, quer na fase principal quer na

    final, de forma a verificar os conhecimentos/aquisies dos alunos.

    Organizao

    - Utilizar tarefas que se relacionem com aprendizagens anteriores;

    - Consciencializar os alunos para a necessidade de se disporem em U, sempreque o monitor d qualquer tipo de instruo;

    - Fazer com que todos os alunos participem na arrumao do material.

    Quadro III: Sugestes de algumas estratgias psicopedaggicas a que o monitor poder

    recorrer no decurso da sua actividade.

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    5. Elaborao da Sesso

    Na elaborao das sesses importante ter em conta alguns aspectos de

    modo a facilitar a interveno do monitor.Embora o monitor no tenha que ficar preso/limitado, planificao, esta

    dever ser o mais previsvel e segura possvel, de modo abranger o maior nmero

    de variveis possveis. Desta forma, menos provvel que surja algum tipo de

    imprevisto, embora no possamos excluir esta hiptese.

    necessrio recordar que as sesses esto sempre estruturadas em 3

    grandes fases, designadamente a INICIAL, a DESENVOLVIMENTO (PRINCIPAL) e a

    FINAL;

    Na FASE INICIAL da sesso procurar sempre cumprir os seguintes

    parmetros:

    - Explicar os objectivos planeados;

    - Informar sobre a forma como os objectivos vo ser atingidos e centrar a

    ateno dos alunos sobre os pontos essenciais a cumprir;

    - Elevar o nvel motivacional dos alunos.

    Na FASE DESENVOLVIMENTO (PRINCIPAL)da sesso os aspectos a ter em conta

    sero os seguintes:

    - Cumprir os objectivos propostos;

    - Desenvolver exerccios motivadores, tendo em ateno o grau de

    aprendizagem dos alunos e onde exista uma enorme aplicao destes, com

    vista a atingir os objectivos.

    Na FASE FINAL da sesso ter em conta os seguintes aspectos:

    - Efectuar uma reviso breve das tarefas realizadas focando sempre os

    pontos crticos a ter em conta por parte dos alunos e eventualmente uma

    extenso dos contedos;

    - Terminar a sesso de uma forma agradvel (retorno calma).

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    Elaboramos uma planificao que pode servir de exemplo ao monitor, tendo em

    ateno os aspectos mais importantes supracitados.

    PLANO DE AULA N. 3 DATA HORAS 14.30 15.30

    DURAO DA AULA 60

    TEMPO TIL 45

    N. DE ALUNOS 23 2A INSTALAES Recinto desportivo da escola

    PROFESSOR

    Contedos:

    Deslocamentos/Equilbrios;

    Percia e Manipulao;

    OBJECTIVO(S)ESPECFICO(S)

    Realizar aces motoras bsicas de deslocamento, no solo e em aparelhossegundo uma estrutura rtmica, encadeamento, ou combinao demovimentos, coordenando a sua aco para aproveitar as qualidadesmotoras possibilitadas pela situao;

    Realizar jogos pr-desportivos, compreendendo as regras dos jogos, e tendosucesso na realizao dos mesmos;

    Manipular bola n. 3 realizando correctamente diversos exerccios.

    MATERIAL NECESSRIO Bolas N. 3; Colcho de Solo; Mesas; Bancos Suecos

    SEQUNCIA DAS TAREFAS/ESTRATGIAS/CONTROLO DESCRIO EXERCCIOS/OBJECTIVOS

    FASE INICIAL INFORMAO INICIAL5

    7

    -APRESENTAO;

    -AQUECIMENTOJOGO DOS SINAIS

    Estabelecer regras de comportamento; Definiodos objectivos da sesso;

    Os alunos correm volta do pavilho, e ao sinaldo professor realizam os seguintes movimentos:1-sentar;2-deitar;3-ajoelhar;4-muda de direco;5-formar grupos de 4, 3, 7, 5

    FASE PRINCIPAL EXPLICAO/DEMONSTRAO/REALIZAO DE EXERCCIOS20

    15

    -MANIPULAO COMBOLA

    - MINI-CIRCUITO - TRANSPOROBSTCULOS

    Os alunos movimentam-se livremente pelo recinto eao sinal do professor realizam individualmente

    diversos exerccios de manipulao de bola;Variante: Os alunos formam grupos de 2 elementos comuma bola e frente a frente realizam diversos exerccios demanipulao de bola.

    Realizao de um mini circuito: No colcho realizar rolamentos; Subir e descer as mesas; Realizar equilbrio no banco sueco.

    FASE FINAL (RETORNO CALMA) INFORMAO FINAL5 -EXERCCIOS DEFLEXIBILIDADE Retorno calma;

    Reflexo da aula realizada; Motivar os alunos para a prxima sesso.

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    6. Objectivos Especficos

    No que diz respeito Escola Municipal de Natao, pretendemos que exista

    uma familiarizao por parte de todas as crianas com o meio aqutico. Tendo em

    vista este pressuposto os objectivos atingir nesta actividade, so os seguintes:

    Nvel Introdutrio

    Coordenar a inspirao e a expirao em diversas situaes simples com e

    sem apoios, fazendo a inspirao curta e a expirao completa activa e

    prolongada s pela boca, s pelo nariz e simultaneamente pelas duas vias;

    Flutuar em equilbrio, em diferentes posies partindo de apoio de ps e mos

    para a flutuao vertical e horizontal (facial e dorsal). Combinar as posies

    de flutuao em sequncias (coordenando essas mudanas com os

    movimentos da cabea e respirao): vertical-horizontal, horizontal facial-

    dorsal;

    Associar o mergulho s diferentes posies de flutuao abrindo os olhos

    durante a imerso para se deslocar com intencionalidade em tarefas simples

    (apanhar objectos, seguir colegas, etc.), a vrios nveis de profundidade;

    Deslocar-se em flutuao, coordenando as aces propulsivas das pernas e

    braos com a respirao em diferentes planos de gua e eixos corporais,

    explorando a resistncia da gua e orientando-se com intencionalidade para

    transportar, receber e passar objectos, seguir colegas, etc.

    Saltar para a piscina, partindo de posies e apoios variados (ps, ps e

    mos, joelhos, frontal e lateral), mergulhando para apanhar um objecto no

    fundo e voltar para uma posio de flutuao.

    Nvel Elementar:

    Coordenar e combinar a inspirao e a expirao em diversas situaes

    propulsivas complexas de pernas e de braos (percursos aquticos, situaes

    de equilbrio com mudanas de direco e posio e outras situaes

    inabituais);

    Realizar os modos de respirao dos estilos crol e costas, associado aos

    movimentos propulsivos;

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    Coordenar a expirao com a imerso, em exerccios de orientao, equilbrio,

    propulso, respirao e salto realizados nos planos de gua superficial, mdio

    e profundo;

    Deslocar-se em posio dorsal e ventral, diferenciando as fases de entrada

    das mos, trajecto propulsivo e recuperao de acordo com os estilos decostas e crol, com ritmo e velocidade adequados aos movimentos

    propulsivos de braos e pernas e posio da cabea, coordenadas com a

    respirao nos respectivos estilos;

    Saltar de cabea a partir da posio de p (com e sem ajuda) fazendo o

    impulso com extenso do corpo e entrando na gua em trajectria oblqua;

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    7. Propostas de Exerccios

    Adaptao ao Meio Aqutico

    Posio Inicial DesenvolvimentoGuerra nas Ilhas

    Alunos sentados sobre as coxas naborda da piscina

    Movimentar as pernas, tendo comoobjectivo bombear o companheiro

    Redemoinho

    Alunos sentados sobre os glteos,deixando a perna livre, desde aarticulao coxo-femural, mos apoiadasna borda da piscina. Um p em apoio naparede e o outro estendido dentro da

    gua

    Levar a perna em aproximao superfcieda gua, com uma semiflexo do joelho,deixando o p bem relaxado. Sentir aresistncia da gua no peito do p, nosentido de baixo para cima, quando dochute.

    Remar contra a gua

    Alunos dentro de gua, encostados naparede da piscina, com os joelhossemiflexionados (ombros abaixo do nvelda gua), braos estendidoshorizontalmente frente, com as palmasdas mos voltadas para fora

    Levar simultaneamente os braosestendidos at a lateral, ao mesmo tempotirar os ps de apoio do fundo da piscina

    Vivo ou Morto

    Alunos espalhados fora da gua

    Ao comando da palavra vivo, dita peloprofessor, os alunos devero permanecerfora de gua: e, palavra morto, deveroatirar-se na gua. Nesta brincadeira, oprofessor dever tentar confundir os alunospara que os mesmos pulem de volta gua.

    Passa Passa

    Colocados em duplas, frente a frente, demos dadas e elevadas na altura dosombros

    A dupla inicial dever passar pelo tnel, umde cada vez; o segundo, pela segundadupla e assim sucessivamente. medidaque termina a passagem pelo tnel, a duplatoma a posio inicial, de mos dada, paradar continuidade formao do tnel

    aquando, ento, todos os alunos tero amesma oportunidade.Bola ao Tnel

    Formao em coluna, com a gua aonvel da cintura

    O primeiro, com a bola, coloca o rosto nagua e passa a bola por entre suas pernaspara o companheiro que estimediatamente atrs, e assimsucessivamente at ao ltimo, ao receber abola, dever caminhar para lev-la eentregar ao primeiro que iniciou apassagem da bola.

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    Bola ao Ar

    Alunos dispersos na piscina, cada qualcom uma bola

    Ao comando do professor, todos os alunosdevero afundar juntamente com a bola,inclusive o rosto (cabea). Ao solt-la, tiraro rosto da gua tentando apanhar a bolaante que caia na gua.

    O senhor do Reino

    Os alunos podero estar dentro ou forada gua ( espalhar balas, bolas de gudeou qualquer outro objecto quepermanea no fundo, onde a piscinarepresentar o reino). O aluno quequiser ser o senhor do reino deverprovar que capaz de cuidar domesmo.

    Os alunos devero retirar do fundo a maiorquantidade possvel de objectos,representaro os dotes a serem contados.Quem mais se aventurar em procurar osobjectos e trouxer a maior quantidade, sero senhor do reino

    Respirao

    Passeio no Rio

    Coluna por um, mos nos ombros docompanheiro da frente.

    Fazendo o passeio no rio (caminhando),quando o professor disser: olha a ponte!,todos se abaixam e colocam o rosto nagua para no bater com a cabea naponte.

    Pega a Cabea

    Alunos vontade na piscina

    Um ser o pegador, que tentar pegar seucompanheiro; mas s poder faz-lo comum toque na cabea, caso esteja com elafora da gua, pois se antes de ser tocadoafundar, mesmo voltando, no mais poderser apanhado, a no ser em outra investida

    Pedra Perdida

    Dispor os alunos em duas colunas,ficando o primeiro de cada coluna naborda, e atirar uma pedra para o fundoda piscina

    Dado o sinal, o primeiro aluno de cadacoluna lana-se at o local onde a pedra seencontra. Aquele que conseguir apanhar apedra e levant-la acima da cabeamarcar um ponto para a sua equipa. Emseguida, submerge a pedra novamente.

    Pulando que nem Sapo

    Alunos dispersos dentro da piscina, emposio de ccoras, de modo, que acabea fique prxima superfcie da

    gua

    Ao pula, d-se um movimento ao corpoagachado como fazem os sapos, inspirandopela boca. Ao retomar em contacto comapoio no fundo da piscina, expira-se pelonariz estando j com o rosto/cabea dentroda gua

    Jogo dos Caadores

    Dividir os alunos em dois grupos: oscaadores e os fugitivos. Determina-se um tempo (2 minutos).

    Dado o sinal, os caadores devero sair nacaptura dos fugitivos; estes procuram evitarserem apanhados, fugindo, mergulhando,ou de outra maneira qualquer. S nosero apanhados quando submersos.

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    Submarino

    Fora da gua, dividir os alunos em duascolunas

    Ao sinal do professor, os alunos iniciaisatiram-se gua e avanam uns 3 metros,fazem meia-volta e ficam na posio comas pernas afastadas lateralmente. Em

    seguida, os segundos se atiram emergulham passando entre as pernas dosprimeiros. Terminada a passagem, ficamem afastamento lateral, atrs dos primeirospara a formao de um tnel submarino.

    Olha o Sapinho

    Alunos dispersos dentro da piscina. Oprofessor dever lanar um objecto deplstico em cor viva, com formato de umsapinho.

    voz de comando: vamos ver quem sabeonde est o sapinho?, os alunos deveroinspirar pela boca, mergulhar, procurandolocalizar o objecto, expirando pelo nariz,sem tirar a cabea da gua at necessitarinspirar novamente.

    Flutuao

    Tudo o que desce tem de subir

    Numa parte mais profunda da piscina,colocar uma escada, cano etc, de talmodo que o aluno possa apoiar-se edescer.

    Inspirar profundamente e descer comauxlio das mos (escada, cabo, cano, etc)a determinada profundidade e, depois,aguardar a sua flutuao.

    Barrilzinho

    Alunos dispersos na piscina.

    Inspirar profundamente, abraar e seguraras pernas (levando as coxas de encontroao abdome) e se soltar.

    Vivo ou MortoAlunos dispersos dentro da piscina

    Quando o professor chamar pela palavravivo, o aluno ter de andar; e quandodisser meio vivo, ter de segurar osjoelhos e encost-los ao tronco e se soltar;quando disser morto, dever flutuar decostas.

    Cambalhota

    Alunos dispersos dentro da piscina,utilizando a parte mais profunda.

    Por aco contnua dos braos que semovem em vrios sentidos, os alunosdevero dar cambalhotas em posio debolinhas (barrilzinho), para frente e paratrs.

    Avio

    Alunos dentro da piscina, em duplas;aluno A em flutuao decbito ventral,braos, na lateral e pernas unidas,seguras pelo aluno B.

    Aluno B dever impulsionar para a frente oavio (A), que dever imitar o som domesmo, com borbulhas na gua.

    A Bruxa

    Alunos dispersos num dos lados dapiscina e do outro ficar a bruxa (alunoA).

    A bruxa diz: A bruxa entra em campo, esai a correr atrs dos colegas. Aquele quefor tocado pela bruxa ficar enfeitiado;para no ocorrer isto, ele dever submergir,inspirando para poder ficar mais tempo.

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    Deslize

    Corrida dos Peixinhos

    Alunos em fileira num lado da piscina,com um p na parede

    Impulsionar na parede, deixando o corpodeslizar em decbito ventral at ao ponto

    mais distante. Vence aquele que conseguirmaior distncia.

    O submarino

    Alunos em duplas dentro da piscina:aluno A em p, com as pernasafastadas.

    O aluno B dever impulsionar para a frentepassando por entre as pernas de A;Alternar a posio: B passar por entre aspernas de A; Ser vencedora a dupla queconseguir chegar do outro lado primeiro;

    O carrinho

    Alunos em duplas e dispersos napiscina. O aluno A estar em decbito

    ventral, apoiado pelas mos de B.

    Um transporta o outro, com amovimentao das pernas. Alternar

    Motor da Lanha vai funcionar

    Cada aluno com uma prancha

    Batimento de pernas com prancha.

    O motor pifou, o negcio remar

    Alunos em decbito ventral, com aprancha no peito.

    As pernas no funcionam e, sendo assim,devero remar com os braos,alternadamente.

    O Golfinho

    Alunos dentro da piscina; colocar duasou trs cordas, com distncia de dois

    metros entre si, na largura e nvel dagua. Dividir os alunos em dois ou maisgrupos.

    Os grupos devero dar um impulso nofundo da piscina para saltar a corda,seguido um mergulho (pode ser utilizadoem forma de competio)

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    8. Avaliao Psicopedaggica

    A avaliao sempre uma questo alvo de preocupao no contexto educativo.

    De acordo com Castejn (1999), entende-se por avaliao um processo que

    integra a observao de um determinado meio de acordo com parmetros

    delineados previamente, objectivando no final a elaborao de uma valorao com

    base nos dados recolhidos.

    Nesta definio, extremamente importante destacar o termo valorao. Ainda

    que seja possvel atravs dos instrumentos de medida alcanar um grau elevado de

    objectividade na recolha da informao, a avaliao em contexto educativo difcil

    de se assumir somente neste registo (Castejn, 1999). Ela um processo mais

    amplo que, para alm de integrar a medio, pressupe tambm a formulao de

    um juzo de valor sobre algo ou algum (Contreras, 1990 citado por Castejn, 1999),

    pelo que aqui se introduz alguma subjectividade. Neste sentido, importante

    reconhecer que a avaliao sempre uma aproximao ao real.

    A avaliao extremamente importante no processo de ensino-aprendizagem,

    devendo esta ser parte integrante do planeamento da actividade do monitor. Na

    medida em que lhe permite averiguar a validade e a adequao ao contexto em

    questo de uma metodologia de trabalho, em ordem a aumentar a qualidade do seu

    ensino. Atravs da avaliao o monitor recebe, pela recolha de informao a

    diversos nveis, um feedback acerca do desenvolvimento das aprendizagens dos

    seus alunos, que lhe possibilita traar a evoluo dos mesmos e, caso necessrio,

    reformular o processo de ensino.

    A avaliao susceptvel de ser (deve ser!) desenvolvida em diversos

    momentos no decorrer da actividade. O seu conhecimento atempado por parte do

    corpo docente um instrumento de extrema utilidade para a avaliao formal erepresenta uma importncia acrescida do papel do monitor no contexto educativo.

    A avaliao global ao funcionamento do Programa um processo complexo,

    que cruza informaes de forma transversal, implicando contributos dos alunos,

    docentes, auditores, pais e outros intervenientes. Aos monitores compete a

    responsabilidade de avaliar os alunos segundo um quadro de competncias (utilizar

    documento anexo) psicopedaggicas em dois momentos: antes dos finais do 2 e

    do 3 perodo.

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    BIBLIOGRAFIA

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    1 Nota: Os documentos de apoio supracitados podem ser consultados na seco de desporto da

    Cmara Municipal de vora.