69
DIZIMOS ECCLESIASTICOS 1: OBLAÇÕES PIAS

Dissertações sobre os Dizimos Ecclesiasticos · 2007. 7. 19. · t'n Grincs., 61, 3'r. Não posso dcixar cIt: abvertir ji aqui, qiie na lei mo- saica (5 3) não se rriandavarn pagar

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

DIZIMOS ECCLESIASTICOS 1:

OBLAÇÕES PIAS

SOBRE US DIZIIDS BCCLESIASTICOS

Sua irrige~n ri prugressos, c o qiic 6 hoje mais dispii tav~l itn priilira do fbro

Origem dos dizimos na lei natural. e no lovitico

Ahraliáo, vencidos cluairo reis, offereceii no sacerdritc Melcliiscdccli, rei da Siilcm, yuc o tiavia benzido c offc- recido por cllc! sacrificio, a decirri:i parte dos despojos da guerra, Gmes., C. 14, i;: 80. O p:iiri;~rclia Jlicoli na srin jornada a Mesopni;lrnin, fez rolo dc of f~recer a Ileus n dizimo d e iotlns 3s SII;IS C O L I S ; ~ ~ , ( ~ c H P . ~ . . t:. 28. B 22.

Nota: Antes rle Aliinliáo j:i entre os ctialile~is cra costtime que ellc incitoti, de nffei.eçrimern os dizimos em sacrificios. Spenccr dc L q i b . I lckteor. . Rilirol., L. 3, C. 10, Sec. ,I. Iloherncr., o11 Pan(1. 8ti, 3 2. a Os primoiros sacrificios (ii iz Filangieri, Scienc. da Lrgisl., Tnin. 3, C. 5)dns Iiorncns, n5o foram mais quci rle lierva. O pac juntam a si in familia no meio ,

de iim c,arnpo par;) offcrecci. s i i a Iiomentgein i Divindnile. %O se criritieciarri então nem templos nem altnrcs. 0 C a m p o

I

milia. i0 desejo naliiral de agradar i 13iriridailc mulli~ilicriu dc-

pais ascct.cmonias; crii:n o larradnr 030 pdde scr sacerd(ile. Consagrarnrn-st: a Diuiridade algiiris logares partirularrs. ITrii preciso cslabeleçcr ministlos, para se incumbirem d'csse ç~iidado, e a attencgo coriliiiiia que cxigili o scu minislci'io obrigou a maior liarte dos [ m o s ri fazer ilo s3cei.ilncio um i*orvpo scparndo. Era ncces4aiqio rliie este corpo, erlrangeiro a todas as occupaçrics domesticas, fosse entrelido i s despe- ans da sociedade. Os e;) ficiiis. os ptlrsas, OS I ~ C ~ S C I I S , OS g,rV(?- ~ O F , OS romanos assigiiararn alguns inidimcntos ai] sxcsrilo- ' cio. A cl evoçio fez o primeiro liasso, etc-n Cori1ir:im-se Rie- ger., P. 3, 5 kGG. Cnvallar., Insrir. Cialzm~., I'. I, C . 3 h , $ 1, Boliorner*., de Paroch.. Scct. 7, C. i, $ 9 , et ad l'and, Ererc. HR, 5 2, Gonanl. nd i:. 10, a de Drci~n., r i . 3 .

Porkrn o dizimo ile Abiwliáo :L Mclcliiscdccli foi uma olilnçao volii niiirin, para sncrilicio?, i! n a i ~ liarri, si1 sicn- t:içáo dlaquellc saceidiilr. l)iliioit, co T?.cilrrdo dos diz6 mos, pap . (rnitii) 30, Bnlienier.. odPand.. 6xei.c. 86, 5 3. Da mesina f0rma rt prolnessa cle J'acob foi \ato volunta- rio, e não ohrigaçlia, l!;uma sacrificios pari iculares , c n à o para sustcntaçnii do sacrilicadiir. Dunoil e Rolieiner., sw prn.

$ 3

Moysés, 1rgisladi)r c m nomc [!c Drii?, irnlior aos israe- litas, poro judaico, a riIiiignç5o dos iliziirio:ip.irn o s leviias, que não parliciparam d e [inimtillia e disliiliiiiçáo de lerras, e q u e sedis lr ibuiam pc136 ~ul l . i1~1r ihus , L P C ~ ~ . , 1:. 27, P 30 e 32, Nunier.., C. 18, 1; 20, Ilncicroi~., C. I h, r 92. E ailida no tempo d a ~ i r é g r n ~ ã o d e Jcsus Cliris~ri, se papirai i i exa- ctiin'ientc o s dizirnos pelas triljiis aos Iiivita3, corno s e iiota en i S. Uaih.. C. 23, t 13. iti!i S. 1,iir. C. "I, v 42, dizinios '

~ I I G :is çii:iii;ls leis rnGinii;ivarn p:igrir nssirn aornries rleciriix I c r r r , s ivc i 1 ~ r r i ~ g i I ~ u s , sive d c porriis nrbortirn.. . o;iiiiiurn tlcciiii;~rii ri: ori.s, bo\ i s c1 c a p i x ; rliin: suti 1i;isloi.i~ vilga trnnseiiiii, cluidquid dcciri~iiiii ~cr ici- i l , snric~ific;itilior n o - m i n o . . . . Decimani fi.utneiili iiri, et rini, e t olei, et p ~ i t i i o - #eniitn d c arrnetiiis, e1 ovilius.

Nota. ~Rcgiliiis qiioqric oIim (esliTic nolierner , nd Pond., Eacri:. 86, $ h ) , ti,iIiiiti loco ilcciriias salritas inter Gentes fuissc, obscrvni~unl Clei*it., ad Gcni:s. 1 1 , 3 i , e %7,2G, Slieii- cer.. ci lat. Lnc., Scct. I , $ 2, ai1 iliicrn rnureni allu~lei-c vide- tur S;imiiel jtis Rtgiiirri eiplic:iri~. i . Sarnucl, 8, iEi. Utrum ,iiirc ine;io Ileiis iii ~iripiilri suo (:;i% ~iriilicarri~it, t;tnquam i,ex in theociatin, id quotl coriti?iiilit, í:li:ric. ndSoldcii, Diss.cital., C. 3, ctim Spciisei~., e1 Uiidisa, Ilisi. I3:cles. l>ter. 'l 'csfnn~. P. I, Sect. 3, [ia;. 3!)2; an verti inoi'em ;iritir!iii:m, iluo dc- cirnz Uco Ctinsecral~ fiii:ririt? zspetlitionein ailcii facilk vi- detur. Pteius, vcl irid; rct.osimiit? cst, ijuod dcciinris Israclix Iiarril jussi íucruiit 13i10 sacrificar?, aiit eas in Altari ofkrre; Sacriliciiç ali^ vicliniz crmarit :isi:ri;it,r!; scd qund 13i:~is e35 Sacet ilotilius, c t 1,evitis ir] siisti~iilatii-11ie111 ~ ! c c ~ ~ l i a r i cx ciiiis :issigiinrei.it, iit Hii l i i j i i i ijiiiilein cs popiilo.lcrram colercnt, p;iinlern justa sortem iri ilirisioric capcrcnt. Lcviix aulcm, e! Sai.ci,iIntc9s a l i Ii;ir tlirisioiic prnitus esserit cxclusi. Sacr(!rum crita, qu:c siitis anipIz e1 pleiix snlicit~idinis ci'lit,.unicc iis incurriliclilit, ii qiia iiori videbarilui' arocriiidi per a g r a r i ~ e1 pcr:iiai.ix rei I:iliores, xrluum ucrò umoirio e m , iit, clui in judicio Familix crciscuridx ex Dci Srfilciilia pixlerili crant, i r i rrinipoosa1iritic:ni hujus jnctiirs ali uriircrso [iol~~ilii alc- renlur, ct cer tnfl i~ircilaiii es rr.riclilius, c1 ~iccoi~iliiis nccipe- i-ciit, i i i i;iiibiis ririrnariis 1sr~clil:iri~iii RctIdliis consislcl.i;irit. Si ipsi iritcr fr*alihts snns p:ii.tciii 1crr.n: ;tcc.e[iis~crit, jpsirricl qiialliii: cx re siia ri~ric!us ~icl'ci[ieic, et pectira a1et.e liotuis- sclit. Utromi[~ic vis it:li!rrliclii~n, (!I utttiiirirlrie iis a ~icipulo su[i~icdiinriili~rri. t;irr \-iiimii [ir;r?i~isi! lieriniit? 11liI.1 Juix suo, (III:I Res Su1)ih~?n~i;s, rh:iis it:~ti) silhi 1 i r ~ t l i ~ ~ ~ b a ~ , c t l~oc trili11- trrm iiirsus jtire Suo Sai:ri~rliiliI~iis, c b t , I.r!ritis a;;si;n~lint. Do- ccnl bre circiiríist:itiiix, liiis cs 1,c:ti l,l(~anicii rlci.iitns i1et:imas magoopere ab illis, rliire ali AIir.;iliittiio iiLl:ilai, rml a Jacobn per yolum [irurriissx, t i ilrcrr?, ct 11irri~aiini scti~iu rn liiicintlue habuisse; Ii:cc i~iiiplir: I l cn Sacihilii,n!i:iritrii. [.i111 rincrificiorirm communi, nori illai, qilfis Jus >Ioç:iicrici, S:rrrrd{itiIius, et Le- vitis in dii.ersiii;i [incrn :issi;..ti;ivcr:i!: !::rc io iltioi'iirnijiie Stalii

1,cir:iiiii 1i:ilit:r.i: IIU~CI':LIII., i ic i r i ill:i%, 4lii:t: " I . :~ l~m~ iii:iliiil~licri, seu Civiiern ~ii~;esiip~iiiiiiirit: t i tquc l a r i i i l i i i[ iiivcrsus li:r,r;i- rum Orbis h11ic ti~iI111ti> s ~ i l ) j e d ~ ~ ~ ~1 ~ 1 ~ 1 l ; i t ~ l i i r ~ i l ~ r r a Ca- naai]. et lsraclilicri. IlulIiriger., de Ilecilrt. Jifrl., Ekei,cit. 5 .

aoiin cuiir ita sirit, plliriiim cs t , dcçimas, qii:irum q i d Jiid;~os tri[iler erat r.aiii:i. S;iceihdi)tilius, Leviliscliie iri Hqiii- IilicaTsraeliiic~ proprias, c1 iilcri Iiriscx cis suuleritaritl~is friisse, cl~iori pai*ttiiri iii ilii.iliiorie ier.i,:i: Cariaan iirillam tutcr.iiit. Niiiri, i$, 23, cum tariieii esserit cs iamilia J;icol)i, et Seorsini 'I1.i- liurn coiistituerenl, I3;isn~:. rir Daciiii. 5 (i; Il;i!i: rstia riarti- ciilaris, ct Snli getiti Israclilic;~ 1~rupi.i:i crati. Caricordii (suli- stancililmcritc com Uoliciner'ri) (:nvallnr., I i rs t . Cunon., P, 2, i:. 35. $ I. r;it?iidti o scgiiiitfir o mcsrrin (:lcrir. t'n Grincs., 61, 3'r.

Não posso dcixar c I t : abvertir j i aqui, qi ie na lei mo- saica (5 3) não se rriandavarn pagar Jizirnns purarnerite pt!ssones, 11r!m dc fetos de porcos, ~al l i r i l ins, e oiitros ani- iri;ies, inns sii (10s rebanhos de bois, ovellins e caliras; e d'cstcs s6 o dizimo dos fctos. mas nao tias 16s e leites; rieni se rnand,iviim p q : w diziiiios de pesqiieiras, moinhos, I:ih~;\res, cnx:iriICs, nicl e outras cousas, dc qire dcpois o . d ' . , ' trcrto cnt/ciizico os rii;iiiilou li:igar, (:OR~O se póde ver ria Const. r10 Yurt., L. 2, T. 4 , (:OIISI,. 5, clrl Harbos., de Ya- r-och., C. 2 8 , $' i , L:i;nnez dr Frurt., lj. I, C. 4: Tudo isto l'rii exrc!sso das leis mosiiicns. Rieger, P. 3, 5 477, Cns- !ilha, '~'OII). 7 , C o ~ ~ i r , C. 10. +i i.;isiio p s que lc i escri- pia se nãti iiagsvi<ni ris tlizi rnns prssoaps e mistos, e só se esialielt~ct\rain na lci i la gracn, s cxpõetii coiii S. Tlio- i n i s o moder rio tliccilo;i-i Piitiiz.. 'I'orri. r5, Tri i i . 9, Dissert. 4, C. 3, 5 (i, rasfies l~e t r i :iplisr.ciiics~ cltie riada Iêetii de so- lidez, e hndarn-sc n o s e i . ~ ã o 229 de Slintri Apstir iho, que e apoctmiptio, co t r i i i ao ilianle se verá a 5 , beni co- mo os canones 66 e 68, Caus. I ti, Q. i , e oiitros, cuja falsidade se não havia descohr.i,\ii no tempo de S. Thomis, ii indaque já 110 lernpo qrie csc:rcveu Paluxio. Tdrn bein a 3, sc vwi a rcri lndeir:~ iiiiicirliir~~ri (tos dizinios pcsso:ies.

Causa, o origcm dos dizirnos na lei da gracri: Epocha do principio do seu estabeIecimento nas mais nacões catholicas

Nos pi.inicii*os ires scculos ri:i Iprclja, viviam os liislius, presliy ir vos i3 disctirios scí (Ir. oli l l i~ócs, i l i ie Tcilulli, iri. no +4polngci. C. 39, dizia serem rciIrin\arias serri coae~aci, Nos seguiniesOrigenes, S. Cypritirlo, S. Jo%o C;Iir~sosloiiio, S a ~ t n .\gosti~iho, c OU~I.C)S padres, equiliai.;inilo os s:icci9- dotes d a lei ila graça aos do I e ~ i i i c o ; os bislios aos piiii- tihces mi i~ i r r ios ; os presl~yleros aos s;iccrdolcs; os disco- nos aos leviias; 3 Eiic1iarisii;i :io s;icrificio no templo; os nossos nllares aos do Itn-iplo; e prcsiipposlri. rsla siii i i- Ihança cnliLaram a pregar a riccessidadc de pagarem os christios os dizirnos do leri i ico para suhsis~encin do cs- tado eccleuiastico. Relallias dii:i sermões d'esles pndrcs se rkerii ~rnriscriptos porPalrrz., ikeolo!~. rnlil-.,Torn. 5,Traci. 9, Diss. 4, C. 1, 55 G e 7, Eotiemer., atl Yandect., Exerc. 8G, $5 F c 8, Van-Esp., de htr. ECGERS., P. 2, Sect. 4, T. 2, C. f a 6, Rieg., P. 3. $5 468 e 469. Conf. Dunorl, no Trat. dos D i z i t ~ ~ o s , pag. 2 , x LIL L ) ~ x L I ~ F , Addit. ad Lue. Fcri,tir., v r rbo Décimz, : in. 6, Bohen-ier., tle Pu~lich., Secl. 7, C. l , a 5 7,

,Berard.,Torn. l,Jus.Ecclrs., Diss. R, C. 5,pag.(iiiihi) 1'38, Cavallar., Inst. Ca~ion., P. 2. C. 34, $ 2, Uingam., Oriy. Eccles,, L. .'i, C. 5, 1, Tliomasin., de Vet. ct Noo. E c c l ~ s . Discipl., P. 3, L. i , C. 3, 5 !). e outros qilr. esics referem.

I

Nola: Em I:ilaiigii:ri, Scieac. dn I.egisl., Tom. 2, C. 5 , ~ag . (milii) Gfi, vemos esta Yota: .Leia-se o artigo 8." do Sader, que i! nhi,cviado rln anligci livro cle Xenri-Aresla, e se acha- rão na bôra dc %oroasir,o os inesnios prcc.citos, que provam nossos pailrcs cm os scculos d a igrinraricia. Não hasta, dia O proltlieta dos perdas, qire soasas Iioas olirris excedam as TO- Iliris (\:i5 nl.rol.e~, as golns i1:i ~ 1 1 1 1 ~ 3 , as arri:is tlo mar, 3s PS- lrelliis do lirriinnientri, a lirn i ~ i i c t!ll;is sejam agrai!nreis, C [it,cihisn i l i i t \ , o Uc.eirith (o 1'1.i.l SI: digiic :ili~ir~ovri-liis Vos n:n

- 1iuJiis obter iirn t;il bvoi., sen;io p;igari(lri 1ieltni.nle a c.;lc guia i13 s3113rã0 O d i ~ . i ~ n o ilns vnssiis Iii:ns, dc rnssas ictrns, iIn vosso ilinlieii'o; c 1 r n iimn ]iiil:i~r;i, iie liitlii o qiic urjs ps- sitis. Sr. ri Drstui' i:s3lisri!ilo, Y O S S : ~ 31 111a es~ap~ir i 110s lurriicn- icis 110 iriiatiiri. Vrjs sr!rcis n'csic iiiiriiilo cirinul:i(lris ile 1011- vorcs, e v3s grisnrcia cin ri otiirri tlr i i t u i Iicm etrlriio. 0 s des- tiiies szn os or;iruius rlo cbii. Kai1;i Ilics k ~ c c i l l l f ~ ; C eihlss2o OS qiie s:ili.nin tíidús os tiomenss.

- -

E S E ~ S prilgaçsics 110s piidrcs da Igi'cjii não cr;irri i t i i i - r n ~ i l i ~ a s de pibeeeiio (iicrn elles crnril Icgisladorcs), c sri erairi esborli~ori:is, c stinsorilis cs1imu1:intc~s 113 pitdi id~ dos fieis, Tomasin., de ?'eleter et A'ou. EccEcs. Discipl., P. 3, L. i , C . 4 , Bolieri-icr,, nd Pnndect., Excrc. 86, $ 9, Van- Esp., supra, C. 4, n. 10 e 14, Kiegrr., P. 3, 5 lríiS, 13u- riùd, no Trat. dos Dizimes, pag. C) (pré;a~cie3 I ~ U C G a r c i ~ inseriu nu dccrcio, V. inf ix) . -

- - _ , ,

$ 7

O resuliado d'cslas esliart3r,óes fui pi.incipi;irctrr os c,iii.isi~os in:iis pios a p3g;~r COM ~ l t ' i i t ~ ip io ~01~11i: l r iu OS

dizirnos do Ic~iiico, c propngritido-se si-ir:cesuivarnente. tt devo~iio dus ficis, passo11 3 fortt~:~r costntnc, Paiua., s u p r i ) ,

\ 8,Van-Esp., n. 13, Ricgilr., P. 3, $5 U!t, 4*7O, $87, 503, avallar., supra , shli 2 , Uunoil, supi'n, ri". 2, suh t

.La Dixine*.

- fiota: Bem que u serrirxo 240, i;rit: se stlribuc a Sarilci Agos- liritio, no Can. Gfi, Caus. I li, Q. I, e apiicrípbo, Vari-ESII., su- pra, ri. 12, o Addicionaiioi. de Ferrar,, supra, 11.7, tambern o Can, 68, Caus. I G , I). 4, nltri l i i i i i lo :i S. Jernriynio&lut3 viveu no priricipio do lieculo iv) i! a[ii,cri[ilio, r cilirn dn si>- culo rx. Beixd, kn carro^,., P. 3, (:. 13, prrg. 152, A d r l i ~ . a Férrar., ri. 9, Giliert., Corp. Jur. Cu:,rlzor~., 'Itiri~. 3, pag. 4 k%? col. 2. Da mesma fbrnia o Gari. 4, Cnuu, iCi, Q. 7, rit~iilhuido a Santo Arnhrosici, Cilirrt, siipia. N3u H I C ' ~ I O Ç ( i 5 i ' a r i ~ ~ e s Sfii -- -

5 ------ 5 (! ?H, na t:aiis. 12, Q . I, de Sinlplizio, n alguns Liiyos nri

x i n o de $7;;: bcm qii; vistas as sti:is integras apud Berard. in Cariun., P. 2, C. &i, [Jag. 3;) r? C.46, pag. 335 e p q . 3%. Gibcit, siilira, pag. 143, Cot, I. §O ahi se trata das ohla~àes, que sr! faziam ali a l i a r cosluniarl;is ri9psses seculos. - - -

It! 8 -

Ali! os fins dn sceuln 1-1 não tlouuo concilio geral, ou pi'uv;ivcl ri.icrire ti;is taais iiacücis que estabelecesse a olrri- gatão dos diziriios corno preceiio, l<ieg., ag. 3, sub 5 460, Gilieii, Corp. J w . Cnnnn, Torn.3, pag. 1f2, Col. 2, Reg. 3 Bohemer., ad l'aizd., Excrc. 56 , $5 9 ct 10. O que se diz das cons~i lui i ;~es apostolieaq L. 8., C . 30, e L. 4, C. 25, 47, 29 e 35, tem a censura de Kieg., supra, Bohemer., sub 5 8 (airidaque, como diz Rieg., apcsar de serem espu-

*rios, conduzii.;im bastanlc pa1-a o csiab~lceiniento dos di- eimos depois do seculo TI). A mesiria censura padece o que se diz do c,oticilio rotriann na nnno de 3389, debaixo - - t io papa Li,irriaso, ilieg., su~ii.;~.

$ 9 - -

Só sim depois do miio do ceculo cr o cai~cilio turonensa do anno de 5G7 lembrou os dizimos de Abrali@, apud Harduin., Tom. 3, Coitctlioi.., pag. 368, ut i b i : ~ I l l u d vcro instantissime eommonernus, ut Abrahae docurnen ts sc- quenles decimas cx omni iaculiati: n o n pigcnt Ueo pro re- liqiiis, q u s possidciis conservandis olforre: oe s i lii ipse inopiam generet, qiii paria mil irihuik, uLplura retentet, e! quotl tlicendum est vcrius, suum pcrsolvst prfiiiiirn, iie se Irahi videai peccatr~ doiiliriiinle cnplivum, eic. Ergo si- quis in Abraha: conlocari vu l t gremio, ejiisrlem non re- pugiiet exemplu 1 . Prirt ; ,m~siamente adverte Bohemer., d. Exerc. 86, 5 10, a rcspcito d'es~e concilio. que si suli ~ ~ a c i s a ncccssitn t e j ;i rn s~~i .e~d:r? riiissent deciins, P;ilr~s sinc (luliia wnoiics de hae argumciito in ipso concilio edi- dissr~i t lrcla iiiiaiino i:iriiini rst. In rpi~tnlu iyiiridirn -

V O I ~ I C I T Palres ~ ; i r [ ~ in ~ i r ~ ~ i , i o r ~ i l ~ r i ~ itijice~*c:, in !111;t 1 1 1 ~ ~*:i

alia. Concilia ct. monila cxlilicariiiir. cuim in cntiaiiibiis nnn tiioiiita sed przccpia iIentiir. Conf. lTrancisc,. cle Lc lloyc, L. 2, hist. Jiir. Gilioii., Tit. E, $ 4 : Jusri!iiaiius i n Icgi biis suis eiirurri mcnrioncrri riullrirn tacii., ci. cliii:~ adliuç Chiici. lia de iis silerit circa 1i;eci tempora, prolaliile cst, iariiiirii Fali-uin dockrminii pi.iv;ii;i c:iriini ueccssii:iicm inci11c;itani fuissel. Confira-se o que no dizimo rlc Abrali30 disse rio 5 8, para melhor se ~onfirriiar o si~nsoi-io do coitei\io 111. rolleiise.

. F i o

O concilio rle I'lucoii no anno de 585, ayitict EIiiiduin-, r 1 l on i . 3, pag. 461, e que tt.ansctererain os ciiatlos Oohe- nier., 5 1 1 , Van-Esp., supra, n. 18, Ricg., P. 3, 5 671, foi o primeiro que (li na sua provincii~l preeeitou os di- zimos do levitico por obri&ai;ão, e comriiriou pcna de cx- communhiío, Flciiry, lfiçtor. Ecclcs., L. 2k, n. 5 0 . Porem reflecie Boheiner., suli 1, Q. : Pene omces c11 ristianos ah oflicio iii solverirlis decirnis descirisse, iiiunt Piitres; Dixcris pokius ilccimas ririndurn iiriivrrs:iliicr irilroduc1;is. fuissc, Palresquc hujiis concilii ex quorund;ini T'atriim an- kiquorum (v) iloc,tririn deceptos credidisse ~ i i . a ~ i n i cai-um oti1iierat:irri cssc. l l ic uoicus carion ex sxculo vi addrrci potest, ctuo decima sstriil iin per;itx.. Conf. Gi bcrt, Corp. J. Cnn., Tom. 3, ting. 14.2, Cal. 2.

E Yan-Esp., supra, siib ri. IO! :ii!verte qut: a Ex canorie Concilii Maiisc,onensis sallim c,ciucludiilir sexto sxcu!o i n qiiibusdam pnriibus fideles ad dccinisriirn solutioiicm C%- pisse consiringi; sed qiiia hoc ~~oriciliurii ex solis metrotio- litariis, et episcopis s i i b reglio ~egi.; Gunirarririi consiiiutis: conslilil; neqiiaquam ex tioc canoiie to.ncliidi lioiesi,, .e- rier:ilo eo teinpow fuisse przceptirni dr: stili:cnrlis Jecimis. Iiitcrirn in Iioc carione verarn rritioiierii iin11:isiii I i r ~ , c e l ~ l i r1e solven ilis dccimis t i iu rcr,l)is raprilsseri) l-liitrcs - --Quas sacerdotes in iisurn pnupei-uiil, n . i i ~ c;itiiivoriiiii re~lcrnplio- nettl cro;atiips siiis o~i i ionibt is Iincciii [iripiilci :ir sriluiem

irrilii~lr~iil - u t d~~j ic i i s ; i~orcs , iioti LI! ,lo~iiiirus, i t i i l 1,r~)- priciarios dzcim:ii*iirn,z ctc.

Nu seciilo \li priuc,ns vestigi~is rcs1;tni iIc dclei-rtiiii:iq%ci dc iliziirios. !-Tai.duiii.; Tuiii. 3, Cuiiciliot.., ~isg. 1752. no iinrio d e 688, rcfc1.e uiis c:i[iiiulus dc Tlicodiii.~ clc (;ar)- luaria, erli que sc ;iriiiuiiçiarti clixirnol. No Cap. 2%: I'i.es- byter dcci?ua.s dnre iio?i cogolii.r*; iio C. 30: trilintiirii ccc1~- si@ si ! , S ~ L ' Z I ~ C O Y L S I I C ~ ~ ~ ~ ~ O C S ~ p~.ou i~ tc iu : ; ~ U I H C ? I ,H(! jicruperes i# decimis vim pulirrntia, Uohcmer., supra: 5 11, i,i fiiae.

O rn;iis vcrosirriil c qiic no scçulri viri pririi:ipiou o csi:i- bclcciiiiento (10s diaiirios ycl;is leis dos inilierariies, e Iiiir ~ r c c i s n riecexsitlndc rlo i:Iei.o q u c scive a ifrt.cj:i; q. priisiliie o usti d;is cililliçcies i.olliritar.ias se lia\-ia resliindo, o chris- tiaiiisrnti Iinvia ;iugri~entado: e 5 ~ir~opui.~,áo a muliiplici- i-lade dtl templos. Depois do irripe r;idor Cnnslnnsino e icmpi, da paz da igreja, pelas Ic~s il'rslc c seguintcs irnpei'adores sc ~iei-mitiiu ao clero a :idquisiçZo de lielis de ri li^. h OOUFII

temrio imrnens:ls libesriliilad~~s clc r.liris\àos e rricsinci dos reis enriy uccciharn o cliero a l i iIem;isi:i, :i pcinlo de iiF\u pte- cisarcrii de iliziiiins~i:ir:~ n su;i s[ilisisierici:i, ncrn d ~ ' 0\11;iy(le~ (alem de outrcis iiieins cri111 cIl;e :is i;rcj:!s en2ross:ir:irn ein ri%ucr.s). Ycja-se n rnililia Uiss~rlai.iiii sobi-C as oliliiciirs, a s 18. Mas iios c:ilnrnitcisos ieinliris, I: ç;i~is;inllo i r i ~ t ! ~ j ; i

css;~s iiqiiczas diis igi-ilj;is, fiii.ain iiir;;itlitl:~s, u tori~~iilos os bens d:is igu:jas O ~ I O S pr;ti~(Ics, iiiiIitnrrs, r!lc., rcriuzindo- se ouira rc;! o d c r o i tiei.ic~ssirl;idt! dos diziriios, conic, ii nico recuinso liara a 5113 su i~s is i~ t lc i : i j C t l ~ ~ t i o a s ~~s&g;içõos dos padres I! csscs roticilius tiiili:irii iniilliot. ftiiii1:irncnio para proniover ,.i pir.rl;-ide ilos clii,isc\os i10 1i:tg:imenb clos dizi- lrioq. ISti6ri i! qiic riii çcriilo \-i11 í:ni*iris Iiagiio OS ~ii'ecei- [OU l,t!os 5tus(;;il)i1 III:\IT::~ I Io i~i tsq , , Esyit.. (ias Leis. I> 31,

ibi: 4 Os ~*egiil;irrientos Icitos iio teiiipo d e Pipiiio iinliarn

(lado á igreja antes a espcraiiça de uma coiisolaqão, que uma consolnçáo effcctiua. E como Carlos Martello acliou iodo o palrimonio puhlicii entre as maos dos ecclusinsiicos, Cnilos Magno acliou os bens dos ecclesiasticos entre iis

I : L ~ O S das gmlcs d e guerra. Náo se podia fazer restituir a csie o qtie se Ilics linha dndo, e as circumstancias n'rlssc tcnipo occurreri!es ein que se esia ia faziam a cousa aiiids inais irnliraiicri\,cl quc etla o niio e i a d e sua iinlureza. De outra parte o christianisrnti nBo devia perecer por falia dc rriinislros ( 9 ) . tempIos e i n s t r u c ~ õ e s . ~

(*) Em as gucrns civis que se elevaram no tempo de Car- los Maitelln, os bens da igrVja de Rheims fiirarn dados íios leigos. Licirou-se o clero sutisislir como elle podesse. Isto se diz na ida de S. Iiemy, Sarius, Tom. 1 , png. 279.

#Isto fez qnc Carios Magno esialieleceu (Lei dos Loiii-

bardos, L. 3, T. 3, $5 1 e 2) os dizinios, novo genero de licns, que !ere esta i'antagem para o clero, que sendo sin- gul ; l rme~~le dados ;i igreja, foi mais facil depois d e reco- iihecer 3s S U ~ S 11surpaçi3es (+ ) . i

(*) Sim, porque logo a pouco tempo por doaçIo dos reis, por ioíeudações, Iior usurpa:óes qut? relerem os escrililores, corn os cluacs Bobemer., ad Pand., Eaorc. 86, 3 $ 13 (veja- se a miiilia I)isserln~üosobre ns oblocòcs, a $25) se privaram muitos pnrochos dos dizimos, siitistitliintlo-se-ll~cs vigarios com corigruas.

(0 concilio dcA1:lcon no arino de 585 (ainrla falla hjon- iesquieu), que ordenav:t que sr, pagassern os diziinos, diz ria verdade que çc tiaviam pngri nos Icriipcis aritigos; niris elle dix iamliem, que do seli teiiipo não se pagavam ja- mais. Qticni diividn q n e mies rlc I;nrlos Magno se não ti- rcssr, ;ilmr:rto ;t nibli:i e prégado os dons c offertas dB Ie- vitico'! Xln:: i1ii dizti. que 1111~'s (J'CSI~I f~rifiripl: os (lizitnos

podiam loi. siila prkgnrlos (5 5) , mas que cllcs nao (lsta\~a~rt ailida csial~clccidos.

11C;irlos Illngrio lcz mais, e rE-se qiie 0e10 c.zpitiilnr (1,: Villis (em 800). Art. fi, elle obrigoti os seiii; prup~miiis lun- dos iio ]);ig;tmcii to 110s dizitrios, c isto foi eriiào utii grandt! esernplo.

As Icis Jc Carlos M;igno so!ii-c o cstlibelccimeiiio ilos dizimos cr.;irri a o l i i ;~ tia iicccssiilriile; a rcligi30 sU alii levc parto, c a su[ici.slii.ão n ciiliii iii:~ parte alii I ~ ~ C . M

Nuta. N'csies f:icliis Iiisloi.iciis 'Ia cpoclin e causa dri esta- Lielccimenh dr is rlixinios coticord3rn Uuiiod, r io ' I ' ra[c~~t i tlus Bizii~ios, 1igg. 2, Cnt.aIl:ir., Z,rst. Cunon., pag.2, C. 3'1, $ 2. \ á i i . l l :q~ . , p:ig. 2, 3ect. 4 , T. I . C. I , a gNO, Iiicgei.., [iag. 3, n 5 413, e inillhiir TJoIicrrier., ad Pand., Ererc. 86, a 12, aoiidc tiririsçrevc os capitulares dc Csr'los Magrio i1 cslc rcs- peilo.

13

Logrrq!ie Carlos M;ignu j;t siiipliui-ido suas conquistas, ~stalieiecia ii'c1l;is os dizinios, Boliemer., supra, § 13. Mas prostlgue hlon tesquicu : 10 projecto de Carlos Magno não t'elicitou logo; esta carga pui,ci:eir acnblante por muito pc- sada (+I. O p:ifi;~n~ento (jus dizimos eni os judcua tiiili:i enlwtlo rio [ilano da fiindnção d : ~ sua rc~[iutilictl(Conf '$3), mas i i q i ~ i o ~~n;nrneiilo dos clizirnos era utna c a r p iride- pendcrile ilns do estabclecimciiio da monsrcliin. l'tjdr-sti vcr fias disposi~nils ile Loliiario juntas ás leis dos lom- bardos (L. 3, T. 3, C. 6) a d~ficuli lndc que lioiive crn rc- cebcr os diximos ~ic las Icis civis; póilc-sc julgai, iiclos dif- ferenies zariones dos concilios, as (Iifliculdailcs quc liouie a faze-10s rcccbcr pctas ltlis eczlrsiiisiic;is (++).

(*) nIuilos por náo Iiagai'ctri dizinios rião qiicriain ciilii~ar as terr;is, o cluc oscasiorioii ri i;;ipit~lar dc I , l i i ~ tlc Biitiaire, do anrio clc $29, Eili~:. (!e l::~litz, png. tili:J, hIotitcç!]., siilira.

(**) Kio sc I!~r.i3iii nioriilo os [)rivos ncin petas prkgaçõcs dos padres (3 5), nt!iii ~ i c l u cotii:iIiii iiirtiocnse (5 91, nem pelo I)(! Alacuo ($ {O) 3 14gar I : O I I S ~ ; I I I ~ C ~ I P I I ~ ~ dizirnos. Ecin pclu

syrioilo clc lirançkrt do aritio de i 9 i , il?irinrido j6 t:nrliis Ma- giio (iipucl Balux. ex Montcsil., suprli), crn o (lua[ para se 1ii.o- iiinrcr o cst;ilir:leeirnento dos dizimos se represeniaram cala- tnidatlc.~; ncrn Liasliiu o exemplo de Carlos llagrio. De f0rm:i q ~ i t , como conzliie Rolierner., fld Pnnd,, Exerc. 86, fi 13, no fim: 4113 rim tino iinpetil, scd per varios ttmporurn ~iei'iodiis ]-ler tliressa reriiin iliseriinina, iiifinitnsque clt?ri artcs boi: triliuturn populo irnposilum, alilii citius, alilii seriiis, iiel:

uliiqi~"l.clr.C siiie tui.bis putilicis, i11 de Scntia refert Grag.. . de Ilolsatili Ilelmonil . . ., de Tburirigia. Aclcir Vit. Vippst.. ., dc llolrinin. Fleiiry, Ilisl. I:cc/Fs., cfc. Conf. Rirgiir., 1'. :I,

. $ I&y$n.

p 1'1

a . 4 1 ~ oo atilerri ~iiitnit r11 iempore ([iroseg~ii: liicg., $ 4.75) SLI I I I I I I ~ deciinrii.11 iri uscs siimpsil incremenla, cx quo i lla- iriim pixsiat i@jure divi ino ~irl-ccepfa esse crcdelaliir, eui dociriii;~ liius SS. PP. zcll us, c1 atiiliigiiz qriorii nd;irn c,onciliorurii plirases occasioncrii ci. iiiictori~:iiom dedisst: vidcii~ur. 8 Cuiif. Bo!ienier., de P ~ o c h , , Scçt. 7 , C . i , s~ilt 5 i7. .41nd;t riicsmo Gregorio IX (quc goreriiou 3 barca de S. Pedrii pelos ~itiiios de 122'7, depois de i:stabc~eeidos tiiiiri:isaliricnte os tIizimos) no C. 1, de IIeci~n., in 6 . O , de- ciciori aos prb~adores, ut iibi: u Discretioni vestrae Iiian- damiis ilis~r~iciiiis inhilicnics, rie tulia, q u a audieniex a deci tiiarurri soluiiciiie i.c~ratian t ; vcl uliis ariirnas corrum- yant :~iidientirirn iri sermonibus vesiris, vel alibi propo- riert: dc i:;?letao prresuinatis. Irnnio vcrliti, ct opere iiifor- metis eosdern, 111 ;id soluiionerii priedici»riini pr.omptiP: voliiniitlis aniiiio s ~ i i t inlcnti.. (0 tliie n 'es~a decreta1 se póde presulipor, e que a fez riei:rssariri, e bcrn conjectu- ravel.)

Assim o dizimo (conçl~ie D ~ i i i o i l , pag. -2) quc tem sido Iiiiia otila~ãn ~riluriiarin na si13 nrigem, foi csialielecido lielo cnsriirnc., F! depois tem sido drcIui.,zdo d e riecessi- ( l a d ~ . n (;oi~l'. r ~ i ~ r i ~ l u l . , 00. ~ C U P / ~ ( ., P. I, C. 72, n. 23 ; {;1*ini ; t11i l i11.~ ~ ) I Y * ~ I ! I . . I,. 3. 4:. (i. r i , 3: i ' ;~n -K~p . , P. 2?

Progresso dos dizimos e obriga@ de so pagarcm pelas decretaes dos papas

Por forca das ~i rkg l i~ões dos padres (5s); dos cnrioncs, íiindaquo slguns npiicriphoç (5 'i na nola e $ 8); dns çnri-

~ i l i ~ s , aindnqtic iiacioriaes, i!cidarleiios iIri fim do seculo vi

(53 9, 10, i l ) c dos fins do seculn ir ( 5 I f ) ; por força da legislaqáo do irnliorador Carlos Xlagno, firmada com o seu caemtilo, nos tiris ilo seculo viii c priiicipio do JX, aiiidarjue apesar dc conrradicqcies (5 12 e 13); e por Forca das t)régações, que depois d'esie civil cst:rliclecirriciilo çontiiiuarrim ($ i t ) , sc es\aL~'lecei.am os dizirnos na iriiiior pari,: rlas navoes clirisiàs do oçcidenie (na igreja grega nunca se riapai.;lm; reja-se i1ifi.a. s) , até o ponto iIe os his- pos ~ S ~ ~ C I I I da l i ~ r 1 1 1 de e sco~nn i~~r i l i~ io c.on1i.a os refr:icla- rios qne iião os ~ I ~ ~ : I V : L I I ) , Vari-Esp., Y. 2, Serl. 4, 'i'. 1, C. l ! ;i n. 25: Ilicp.. P. 3? 5 470.

Tal t! i) 11rnprvsso (10 ~ ! s ~ ~ i l ~ ~ I ~ ~ c ~ i ~ ~ i t ~ ~ i ~ o (10s ~lixi~iios, c propagacão d'ellcs pclo cIirisr.ianisrno. dcs(1o C;irlos Ma- gno, lios fins d o scculo vi11 e ririncipio do i x , rli. o sr. Lslc cra o esiadii dos dizilnns, cjulindo açtibn:os i1ii.c iio se-

' C U ~ O nI principiaiain ;i5 (:arias ticçrcines (10s papas legis- lando a respeiio d'cllcs. I1eios :innos dc 109'3, etri que

.regia a cadeira o liripa Pasclioal 11: elle n o C. 2, de Decim., já decitIi14 a ctu~itl;i, se os ç l c i ~ i ~ o s dcviarii dizimo. O papa Adrisiio, que I,rc.iidin na igrcjti dc I)ciis [iclos anilos de 1154, no C. 3, rl~cidiu a c(jiiiiovcssis solire dizimos entre

sbbadc rnorincha] c urri p;iroclio; e iio C. 6 se os mon-

ps .[irivilegiados deviam dirinloa das ier1.r s d o novo rc- (1iizid:is i crilturri.

8 17

O papa Alexandre 111 (vigario d e Cliiisio cfcsde o anno rle i i 3 ) , iio C. 5 , ao arcebispo tIc Cnnliiaris e setis sul- ftqytiicos. determinou compellisscrn com ciicommunbio AriS p3roclliarios para que pagassem diziriios de moirilios, prstlueitv;rs, feno, Ia, e in~eiiaiiicnle (liecri qiie Van-lzsp., P. 2 , Scct. 4, T. 2, C. i, n. 27, adverie corri a integra da rlecretal, que ;Ilexan(Ire 111 para assim o dclermiiinr r i i ien- deu a o coslume que s e VPP~GCOU). O rnesmo palia 110

C. [i, rcsc~.evendo ao bispoVentoniense, mandou compuf- srir os parocliianos, que pagassem o rlizírrio das ulicltias e d e todo o fructo (decreta1 que d incsmo Van-Esp., n. 30, cliz muttlada por S. Haymundo n a collccç5o d'aqiicll..is decrelaes). E nos capitulas segriintcs desile o 7 alé ii 23, decidiu varias consull:is que se llie lizerzin sobre os tli- zirnos, e a diversos objectos.

O papa Lucio 111, quc ~ i o z a iliiarn pelos nnnos de 2 181, no C. 20 decidi11 que os diziinos pessoaes íj:i inven- iados) sc clcvem a jgrcja etn qizc? se recehern os silcrsrnen- OS, e os piediacs conrorme o costrimc; Cteiiierite 111 pelos annos de 1187, n o C. 2 i, que de todos os froctos s c de- veiri rliaimos. Cclesiirio 111, successor cm i 191, n o C. 2 2 c 23, rnnndw que os dizimos se pagirern non deductis ex- pensis, e taolhem dos inoinlios de vcrito. I i i n o ~ r i c i o 111, que ~r inc ip iou a reger o papai10 am 11 98; ellc desde 0

C. 2' sié o 33 decidiu outras (lu\.iiliis eni consultns de variou bispos. Emfim Greporio I9 pi'lo aritio de 1 2 8 7 de- terminou o que se v6 n o C. ftri.

Nota: Jiidiciosamcntc adverte o citado Vati-llçp., a n. 87, 3. faee das int~gras de al~um:is d ' (>~ ias (l!~~rcÍ;ics: 1 .O, qrie

4 o - - ..

S. i7aymundii ile Pcniirirorte (i3nmpiIaiIor tf'eilas tior oriirbni ile Gtilgnriri IY, e qiie se piililicnr;im em .I2:1i), rei:oriir;i muitas d'etlas, rliie aliis sc iiiridarVatn ern cnstiiines qiic os

, papas viinm [irtivados. e em iIiie sc lundaiam (Conf. Diiriod, [ ias 83, 3); L", nota se em riuiras d'ellas, fundarein-ar: os palias no sgaerna ilc que os dizimns se deviam aos sacerdo- tes da lei da graqa por direito {tivino, comn se deriam aos da lei oscri~ila ; 3.", que oiitros Iinpas lias suas dec.retaes se iun - dararn na; ilou[ririas dos saritns pailres, cliie hh.iam prbgadn u persuadido a cnntriliuiflo (10s dizimos do Levitico, elc. ; b.', que estas decrctaes assim uilleccionadas c truncadas umas c fundadas outras rias Icis do Loviiico, e scrmães dos padres (e algumas em çanontxs, que j i vimos ($ 71, serem apozriplios), ficararri coristiluiiido o corpo do direito canoiiico ; S.", que os ilecrelalislas que nem riram 3s inlegras miilila- d 3 ~ , Ijeslilliiiios das Iiizes da Iiistoria (iliie lemos visto), jri- rando nas palavras dos papas lias reft:rid;is dacrelaes, crimn se fossem de f8, e seguindn a sua letra sem niiiro profunrlo exame, dodiiziiam d'ellas varias coricliisfies. D'asles defeilos do collector e dos decreialisias ern gcnl, para os prwarer- mos nos adrerlem ns ISsiati~los riri ~cnirsi~siílndc, L. 2, T. 8, C. 5 , a 5 20.

8 19

Dcpois d'aquc:llrs p:rtias (5s i (i, 17 e i S), Gregorio IX pelos annos dc 1237 marido11 no C. i , de Decim. in C.', quc os prhgnrlorcs cslioi~tnssetn os povos solire a obriga- çáo dos dizirnos, e çoin proiiilitn vont:idc os pagassem. Alexandre IV pdos niirios tle 125$ n o C. 2, rud. t i l . i?? G.", decidiu vati~is quesirics sobre ~irivile;ios de isenç6o ile dizirnos (sesto das dcc~.crric)s ordetiado em 1-98). Cte- mente V pelos aiiiios tfr! 1 30-5 I~gisloii o c1 iie se vi: n:ks Clemeniirias, L. 3, T. 8 (~iiiii1ii:ndns cm 13 17). I1:nifirri 'Bonihcio VIII, na crtr;ivag;iiiic ile Dcciniis, pii lr1irntl:l em 1325, d ~ c i d i u o que ri'tilln sc \C.

Nota-se que neiiliuma i1'esl;is dcc'retaes se vê qiie fosso resposta de nlgiiin papa a cciris~lra de al~iini iiispci d;i Hss- parilia ou Lusiiani:~; mas tndns rurarn ilei.isõrç çntirr! critisul- tas e demandas dc hispnc, pariiçlios, niongcs, rtr., de outras nacóes. Rrstn pois verinris o5 Mos, n cslaliclc~.imcr)lo, o prn- gi.esso iros ciizimos ri'csle ibi:iiio.

!iIi'l-IGO li:

Origem e estabelecimento dos diiimos no norso reino '

Sabcrnoç pelas liislorias cjue no priricipio do seciilo ~ s i r

os snrracrnos invntliram e occupsrarn a maior parte da ITi1spriiiti;i e n nossa Ltisitnnia, c arliri se coiiscrrarani (iiir~darliie tiilerasam a nossa i,eligiâo), emiluarito os reis de L e a n lo principiarnrn, e depois o senhor conile Hen. rique e seu tilho o senhor D. Afftiiiso I, n3o eoncluirarn a sua total ealincção. Nào vemos qiie nos concilios antigos da nossa Lusitania, ncm no 1 ." Br:icli;uense, iranscripto por Brilo, h!onarch. Lilsit., P. 2, L. 6. C:. 13; riem no de Merida, copiado pelo mesmo Brilo, L. 6. C. 22; nem rio 3." Bracliarcnse celebrado depois 675 (lodos no tempo iloc godos, e antes dn invasao dos sarraccnos), apud eurid. Driio, P. 2, 1,. (i, C. 27, se tratasse rle rlizimos, mas 96 i1;is obliiçoes e divisão d'ellas: c supposto n'aquellé ul- timo se anniinciam bens e rendas tlas igrejas, estes eram acluellles que depois de Consianiino, pe l ,~ permissão d'elle t: de alguils successorps (o qtie 1130 revogaraiii os godos) os lieis davarri com mao liberal ;is igrej:is (5 127.

N'ncluelles caliimiiosos lempos d:is invsscies siiccessivas ,

(10s vnndnlos, euei70s, alanos, godos e slirracenos, oaose- ria facil communicareni-se i Lusitxnia esses parliculares concilios, ioronense do anrio de 567 (5 91, nem o de Ma- con do anno ílc 583 (W 401, nern os ccipitulnrcs de Car- 10s hlagrio 10 !"L, (sobre sei. tudo islo local tla Frariça e Itsliíi). E pÒrtariio é bem \.erosiiriil iliie' ate oç fins do se- çulo a1 e principio do sccuto sit iião se pagatam dizi- mos cm Portugal? só principiarnin a pagar-se nos f ins d'aqucHc r piiricitiio rl'r~tíb srciila, como tirni rliscori,e 0

l l o ~ ] ~ r ~ ~ o anlii~liario I r 4 Joatliiim i l t b Ssrira Rosn de Vi- e r h ~ , debaixo da yslavra a decirnas I ; piip. 3'1.5, ibi:

a lodos saliem o que erarn as dcciirias II;I lei aniiga; mas n'io está i ~ ~ e r i g u a d o ainda o tempo cerlo LI definido ern que esse prcceito legal passou a ter obserrancia na lei da gr3~;1. NO I Y e v secolos havia alguns qoe'por de- voi;áo ila\+iiin as suas decinias ti çxssr do Serilior. Algutis saritos padres assirn o ~icoiisetliav~irn, inas nenhum as pro- paz como l e i imprcterivel (Conf. 55 5 e ti) ao povo livre e res3tirado. No de 567 os bispos da provincia de Tours, liavendo celelrrailo slnodo, dit-igiram ao povo uma ency- d ica exhoriando-o a pga8r OS dizi!nos, e propondo-lhe o e ~ c m p l o ile At~ralião Conf. $ 9). Avaiite passou o conci- i lio Matisconcnse 2." t e 585, que no canon 5 . 2 e queixa de quq4"asi todos os chris~áns se liouvessem esquecido do coslilrrie antigo de sc pagiiiein as deçinias i s igrejas. E porlanlo inanda coro pena de excommunháo que rl'ali em diante assim se giiarde, pura que os ministros da Se- nhor, dasocciiparlos cle lorlas os cuiduilos da terra, tiiiica- menle se ocçupetn ctti cliam:lr sobre ris povos a s hen(8os d o céu, a paz e sallrnyZo (Conf. 5 10). E fiiialmcrite os capitut;ires de 77!1 e 801 convenceram os povos da ohri- gação das deçiriins erri Joga11 dia oblaçhes qiie &antes e desde a priinitiva chris~aizrladt? se priiiicavam. Mas csta disciplin:~ não clicgoii por eritso atti os ullinios fins e tia- lisas da Hcspanlia, que gciaia i i ~ a b ~ ~ n l i a d i i pelos sequa- zes d e Illafonia. Kos Tiris do seculo si é qiiatirlo os nossos maiores foram reconliccentio a olir*igac;ão das decimas oti ,

dizimos, que sú no scculo xii geralmerite foi entre riús re- conlieciiin, clc. r

$ 3 2

O mrisiiio aiiliquaria iIi:baixo da p;i!avra 4 igrejas, de- pois de ter i fiice dl: muiios diploni;is referido os fados das nossas igrcjns e seris bens, c susierilação dos seus mipisrros, coriclue psg. si., ut ibi: , %Do soliredito se manifesta qoc por todo O seculo xr

S

principias (10 seciiio xrr :is igri!jas c r i~ost~iros eram apa- nagens. morgados ou patrirni~nios da gente leiga; reser- vada unicamcrite a Cru@ e Iimilada porsão para os ele- figos ou monges que 311 serviam a Deus, ministravciin os sacramentos, ca~equisavarri os rudes, ensinaram rilguinas Ieiras, e curavam espiritualmente os povos. Por lodo este Tempo se oáo offcrece docutnento alguin que nos convença tie que sni Portugtil se pagavam os dizirrios, como logo depois se pralieou. E lesiatnento oti doa6Des das vilas e herdades que ás igrejas e mosteiros se faziam eram os Fundos da sua subsistencia (Conf. 5 20); mas eslas fa- zendas eram agriciiltadas pelos respectivos servos ou co- loncç com as rendas e pensões que se pacteavaiii; peiisões e Eendas em que os secolares se nutriam. reservadas para os pastores dns almas as primicias, obla~ões, passacs e outros benesseç de que honestamente se mantinham sem ostentaçio que os dizimos ao depois lhe grangearsm..

% 23

Em gtines circumstanciss pois, por que modo, e dc quaes frrietos loram estabelecidos entre nOs os dizimos no fim do scculo ZI e principio do ?cri 6 dificil certificar. Não temos lei geral originaria e , G X . ~ J : G S X ~ U ~ n'esses tenipos iinpo- zesse a olrigaçtio dos dizimos: os; diplomstiços nada mais nos dizem que o exposto ($5 21 e 22). O decreto de Gra-

nuns canones ciano, eni que a respeito dos dizimos ha al, que já vimos apocriphos (5 91, se findou de compilar no anno de 1 181. Berard., in ejuç P r ~ f . , Obs. 7 e 8; e s6 sesoenla annos depois, e no anno de 1214, se v& ref~rido nas cbrtes de Coimkra. Mcllo, Hist. J. C. L.: S 63. Se pois o decreto de Gracirino só se u l i i r n ~ ~ ~ no rncio do seculo xri, se as decrelaes de Gregorio IX só foram pulilicadas em 1434, principio do seculo MII. E se os dizimos no nosso reino j i estavam ern uso desde rd im do seculo sr e prin- cipio do seculo sii ($5 21 e 23): 6 consequenle que o uso dos dizimùs nu nosso reino, nem púde attribuir-se aos - -- --

caiiones do dt'c1*e1o de Gr3uciiino, nem Lís dccreiaes, por- que usados n'este reiiio antes da cornpilsç30 do decreto, c muito antcs da publica~ão das dccreines.

Sabemos pela relação de MeHo, L. 1, pag. 75, que o conde Henrique, em doação confirmada por seu filho no anno de 1135, dando a igreja de S. Wdro de Rates ao mosteiro de caridade, fez expressa menção dos dizimos de pgo, vinho e linho, e assim só ires ou quatro annos ,

depois da ultimaçao do dtlcreto de Graciano, sendo incri- vel que com tanta brevidade, e em tempo em que não havia uso d a imprensa se propagasse a Portugal antes d'esta doação o decreto de Graciano. Sabemos de certo que em f 199 (fim do secuto xri) no fora1 que El-Ilci D. Sanzho deu a Penamacor (e tamhem nos de Proenqa a Velha e Salvaterra do Extremo) se mandam pagar os dizirnos e primicias a todas as igrejas, dos quaes o bispo teria uma lerceirn parte, os clerigos ou parochos outra, e a outra terceira ficaria aos parochianos para a gastarem onde fosse necessario, com ornamentos, livros, fabrica; o mesmo frei Joaquim, debaixo das palavras #grada#, pag, 44, e t tert;as pontificaes 1, pag. 376. E estes dizimos eram adecimam de pane, et vinu, et de omnihiis fructibus cb pecoriblss.. Tambem ahi se disse naccipiant primitias ãinplas fungas dc ovni pane.. Dizirnos e primicias do Levitico, ut 5 3, e não pessoaes, nem outi>as que depois se ampliaram, ut § 4.

5 23

h por1:inlo o mais rcrosimil que os dizirnos j i iisados n'este reino antes da pubiicoi;ão do decreto e decretaes, OU succederani erri lagar das oblaçóeç dos freis, que ha- viam cessado com as riqiiczas das igrejas, ou effeito das ~"gaçfies dos padres pelo que liam na Biblia (este livro divino que milascossmenle sempre appareceti em toda a

P

p:irha, S P s;tIvoi~ toil;i3 :H ~ I I V ; ~ S ~ I ( ~ S dos l ~ ~ i ~ I ~ : ~ r o s ) , appl icanh ao saçr~rrlocio cla I c l i (13 grnq:l as leis esciiptas c1n fai.or d o Levitieo. ou o elfeiio das coiisliliii~òes apos- iolicns (vci.dadeiraii~etiie ohra do seculo v ) , e d'ases an- tigos ca nones (aind:ir~is e a~iocriptios) nas collecçõcs ante- riores i de Graciano (que r i h t: Ber a i 11. no seu prcfacio), cons~ i iu i~ões e cuiiories que os pidres iritirnariam aos nosws lusiianos, oii prkgando-llics o inesrno que S. Jero- njmo, Santo Agosliriho, S. Chrj-sostomo, etc. ($5 5 e C), pela Itçao dos mesmos santos padres, ou pcla cornniuni-

r cacáo d'esses concilias de Tours e Maçon, e capitulares de Carlos Magno, de que nos seçulos xi e xrr, em que a Lu- silania eslava liberlada dos s;iriacenos, era jii facil a coni- miinicação, ou porque assini como o estarem os Licns dtis igrpjas lia Italia e Prariça no fim do seciilo viir cni tioder tle leigos, foi a cniisu neressaitia d o esialielecirricrito tlos (lizimos por Cnrlos 3i;igrio ('ti i", 4 3); como ri'rsie reino desde o tempo dos godns, e ainda depois dus sarr acenos, Iiaviu a niesma causa que na Italia e ti'rnriça (5 Si?)), esta igual necessidade cnire nos seria a rasa0 d n iri~roducção dos dizirnos, ]i usados anles da inirodiicção d o decreio ile Graciano c decretaes, e nao o niestno deci'eto e cleçre- taes milito liobteriorcs ao nosso uso dos diziriios; sem ser preciso dizer com Gineiner, Irzst. J. E., Secl. 2, 5 408, que: 4Rescripla Poritificum cirça Decirnas, qua Lcges E c c l ~ s i a s t i c ~ iirn obligrindi; Iial~ere nequeiitii, etc. D e corn Eybel, lrtlrod. ad Jus Eccla., Tom. 2. S 12iti: aspiritua- lem Ecclesiae potesinicm ad lemprat ia deciinasutii alia- rumque ewactionum onera fidelibus iiiiponenda se se iion extendit . . . E-I2 profecto cùnsideraiioiies pro neccssilate decimarum nullarn r;itinriis Legem. riulliiin Cliribii pizce- pturn, nullani ::cr:il:;:i> tioiísi;itcii~. sed soliim pro dcci- marum usu consueluiiineç, et Çonstitritiones Printipum. .. cleprelirndunt, etc.

5 2G

Ora nós vemos n'esle reino tima lotal variedade d e cos-

iurries a respeito dc png;~nicnlos de diziinns. iaiitn nas quotas como lias espi!cies de fruclos, sem uniformidade nas parochias; enl.re tantas, só a uma original causa po- demos attril~uir esta viiriedade. Esia causa verosimi1meni.e foi, que l i o'esse principio cada uma das parochias o lh- receria essa qtiota e cssa cspccie de Fructos, qiie bojo ve- inos se c s t i pagarido uiiifoi.memeri\e em cada uma paro- ctiia, se n5o % (que depois dc inlrnduzidos n'este reino o decrcio-p, as dccr~lncs (tlsle do direito canonico, qiie d e legislaçbes locaes passou a forinsr um decreto conimum ecclcsiastico) os pai-oçhos auclorisados com esses cnnones vni-dildeii.os iiü apoeriplios e dcc.rciaes tr.iincsdas (S 48, Nol.); os par-ochos lalvez corn csscs riovos textos arigrricii- i:ir,i;iin os nossos origiri;ies diziinns, na maior pllrble esccs- sivos airid;i ijos do Leriiico, 3) e exccssiviis dos nossos o r i ~ i n a c s ~ 5 24 no f i ~ n ) .

Não e dificil conjecturar estes i:\;cessris deliois da iiitro- duccão [!as decrelaes, fazendo-se argiimento a coin~nirnilt~r ncr:itlrwtibrrs do clesinjn ile se !nr.ii[iletar que se tem nota30 no clero, crimo se vê da his!nri;i e iriniimerareis coricilins. Isto não k ineii, 6 do graride cannnista Van-Esp., de Jicr Eccles.. I'. C, Scct. 4, T. 2, C. 2, siih 3 19, ~ l i i : aVix dutiium quiri I i i ccçlesiristici in Itujos prz,tensionis fiiridarnentum nssum- pserint D:tcrelales Rnmanorum Pnntiticiim, qiiihus Episcn- pus mandatur, ipsos Laicos, etiarn ppi. Censuram cogendos ai1 soivendas decitnas e s omriiliiis frugibus terri% et anirriii- iium fmlibus.

41Cum eiiim hx Decrctalcs pas.l;im in sctiolis pulilice per- legcreriliir, et pro jure comrnuni i n hac materia Deçi mar um a Uoctorihiis juventuti proponerenlur; nnri miriim si Ecule- siasticis facile persuasum fuerit, Laicos a(! sn!utioncm om. niuin illarum I)ucimariim esse i:nnstringcndos; contrariam- qiie consuetudine~il abusivatn repiilarerit; przsertim quia Poii1ifii:es in fiisee Decrelatibiis Iinri obscrii'e innuebant, obli- rationi?in solvendi Ilr?cimas cx nmiiibris fructibiis, et aoima- lium ímtibus Jure Divirjo, et ex 'Traditione hpastolica indu-- ct,am esw, i11 siiperiiis iiielurn RSL.

~ N c c dirbiuoi quin plura r.niikian rcccplos mores ci!m nota- biii siitiinde Heipublic:~, srii I'iblilicrr? spu E ~ c l e s i a s t i ~ ~ per- tut,li;itiuiic qunldiotics et diCfjcultUes esciteritur, et orjantur;

22

eo quod pasçim in Stholis, Doclnres juvcntiiti Decrelales aJ L i l t c ra rn exponenlês, opiaicines auditaribizs imprirnant, niu- ribus piitriz plane diffoormes, ae cum patriis Legibus inclim- - patibiies. n

COROLL.4RIO A-

- - Nela etiam que a nossa Ord. Affonsina, L. 2, T. 8, ã~a-

nuelína, L.2, T. 5, e a Filippina, L. 3, T. 8 b . d30 a primeira preferencia em falla de lei paaia aos costumes do reino, e so em falta de lei, eslylo ou coshumes do reino mandarn jul- gar o caso, sendo materja que traga peccado, por CIS sanlõs canones; de f@a que aintlaque seja materia que traga pernado, segundo os canones, deve ser decidtda pelas leis e costumes do reino, se bm que só por direito divirin são os povos obrigados gsustentaçãrido parochn, e para esse fsmsub- stituiram os dizimos que temos visto antes da introdbc~áo das decretaes ; com isto cumprem o preceito divino, seni ja- mais peccarem. N'esle sentido procede o 3.' preceito da igreja (reja-se o consectario primeiro e seguinte). Os novos estatutos da universidade no L. 2, T. 4, C. 2, $10, dizem que a nossã igreja lusitana gosa~eliberdadcs que consistem na re- , tens'o d~ alguns usos e costumes, e observandas mnonicas que sempre conservou, e tem direito de conservar e defen- der; dizendo no L. 2, T. 8, C. 6, g '25, que algumas decre- taes dos papas se acornmodaram aos usos e costumes do se- culo, do logar e da prorincia para que rescrevia~n, dizendo no mesmo C. 6 , $ 13, que deve= como essencial a inda- gação do riso e pratica sobre qualquer artigo do direito na igreja portuseza, para ter preferencia n direito canonico patrió, escsipto ou consuetudiiiario; vem finalmente a dizer no mesmo C. 6, %, 10, ser possivel que muitas das de@= sejam antiquadas, e sem usa algaia na igreja universal ou na portugueza. Tão longe pois de se declarar recehido iini- versalmenle n'esk reino o direito das decretnes, pelo con- trario se preferem a ellas as liberdades, usos e costumes particulares da nossa nação antecedentes 1 introducrão das demtacs. -

COfiSECTA RIOS Do exposto nos artigos precedentes

- I - CONSECThRIO GERAL

Os diaimos cotiio ues náo siio deriilns por direito divino aos ministros do santuario, mas so como uma iIcceole sos tcn la~o

fallarsni cano~iistas :i dc f~nder qiic os dizirnos do Leviiico s e deveni por direito d i~rr io , ainda na lei da graça, aos ministi-os d o saiituario, equiparados aos pon. tifices maxirnos, aos preshyieros e aos levitas; fundan- do-se já nos csnones de Gracixno, jB nas aiicinridrides dos padres, já nas decrctaes dos ;ipas, que tomatatnporfun- dnmento e x p r ~ s s o d a suas cecisões, r o deverem-se de di- reito divino; e em outras mais rasors que eslíifou Pesi- deaiix n o T~nr't. de Orig. el 12(r. Decin~ar., C. I. Poi-ém erraram grosseiramciiti:, porqric o direito divino no evan- gelho nào obrigou ao pagamento dos dizimos, sii sim (o que iaepetiri o nposlolo), que o rnercenario é digno de re- miinetaç30. que o qrre serve ao altar deve d'elle sei. ali- meniado, assim como ri Lioi do trigo, que tritura. elc.; de forma que no direiio (livino e no moral $6 tcm fiindn- merito urna congi'uri e decente sirsteiitaç80, e nada mais. Os dizirnos quanto i qiioia tiveram as origens e causas que temos vislo; o poder lernpo1.31 foi o que os esiabele- . ceu. Elles riso se p:içni.arn jainirs na igreja grega orien- tal, e ainda na occidentd não se paguv:tm, jamais em at- gumas nações, e em oiilras n&o a decinia, nias a vigcsima. a lrigesima, a qwdiagcsiitiiti, ctc., Iiainles dos frucios aclui d e ceriqs, alern dc ou iros, scni uni foi-rn idade univer.s:if. nas qiroias e ii:*s ospecies d e friiclii s, e te. S r i h i i i i l icX ac:i- bar se iue iiiniipozeisc i*elcrir iíbd:rq as rasfics, t L O ~ M 11s

DT). wiifrarios. Eu rnr: sa i i~faco corn reniissãii :i 1,uc. Ferrar,, verbo Drcitriri~, Art. 4.2 ri . 13, e $eu tidrliciiina- dor a, n. 16, Patuz., TIicoloq. ,%r., Torn. 5, T r a ~ . 9, Diss. 4, Cap. l a 5 9, e CUP. S. 5 2, Van-Fhp., P. 2, Seci. 4, T. 2, Cap. i ; Riegrr., F'. 3, a 5 497, aci 5 503. Berartl .hrs í kckes . Torn. 1, Diss. 6, Ca. . 5, png. 128, Eybel, I n l r ~ d . , ud Jus Ecclcs.,Toin. 2.5 I& Gniriiiicr., Inslil Jiir. &cles., Sect. 2, a 5 407, Tondiit., QQ. Benejc., l'om. I , C:ip. 72, Uuriod, no Vatrido dos Dizirnos, p;1g. 30, 31 e 33: Ho- hemer., nd Pnnd., Euerc. 86, a 7 , ct de I'srorh., Sect. 7, Csp. I , 3, 4, 5 e outros innameraveis, Cüslr. Pal., Trrit. 10, I i~sp . irnir.. rle Decinl. Piind. I ;L r i . 4 , obi optirne.

Nula: O graride Gibet,l, Corp. Jirr. Caniln., Tnrn. 3, ,

T. 14, de Benef. Eticles., Sect. I, depois de colligir e r e b t i ~ todos os canories. concilins, padres e decretaes qii e persua- diram serem os dizirnos devidos por direito divino; wn- due assim : u Hujusmntli teslirnonia explicaritur dc iibliga- Iúrne alcndi Sacros Miiiislros, acsubministraridi, quz retlui- riinlur ad Cultum Divinum iri subjungendis Regulis circa deciinns ubi usteiidiliir ex jpso jure Canonico i l l a s non esse juris Divini.~ El Sect. 5 iri l in.

Se se devessem p r direito divino aos curas das almas, nem os pontilices o poderiam dis[icorisar, netn os reis extin- gui-los subrogando i:cingriins nos curas, etc. Ora os paps desde o estabelecimenlo dos tiizirnos teem disposto d'elles, airida a favor dos leigos, aírancando-os aos ?,liras c parochos, o que rião poderiam fazer se fossem d e direito divino, Patuz., supra., C:istilli., di! Te1.1., Deciin., C. 4 , Diinnil, supra, pag. 30. Em Napiiles Rii.am abolidos por editos do rei, e sb provideni:iados es painclios de urna congrua suslenkiii;ão Ca- rallar. iasl. Canon. I'. 2, C. 34, i I!. Em Liglak1i.a (ondk se pagam dizirnos) muitos parociios tfiern cedido d'el- les, qiieihenda orna conpua, e 18 nas dioceses em qiie ainda se pagavam, padece diminiiiç5o a agriciiltura Filarigieri, Scienc. da LpgW., Tom. 2, Cap. .I$?,' no fim, Young, AritA- met.. poli!., P. I. Hoje os publicistasassen~am que os diai~nos como bens t,emporaes da igreja em si nada icem de espiri- tunlidade; estão siijeiloç ti djsposiçáo do summo imperarite, saha aos parochos irma competente r,ongriia, Eyhd., Tom. 2, 5 136, Gmein., Insl. &r. B:ckes., Sect. 2. $ BOD, Rieg., P. 1,

W 378, Van-Esp., Tom. 3, pag. 973, TIL 2, Cap. I (edi1;ão de 1781). E repiitando-su os dieimos corno quaesqiier ou- tros bens da igiej:~, Bohemer. ad P n n d . , Eiercit. 88, $ 33, i: bem claro o que em geral dos bens da igreja clizem os Esfai. du utiivrrsidade de Coimbra, L. 2, T. 8, C. 2, 5 29.

I1 - CONSECTARIO GERA L

O cosluuie Bu paroeliias e não o direito das dei:reiaes, i o qiie deve regular o payamcnlo dos dieiiiios

11: i inn regra gcrnl que o pagamento dos dieiriios, o11 scja rliianto :i quola, OU seja qiianlo ás cspeçics (li: fr11- ctos, que se deve regular pclos antigos costumes das pa- rochias. Rieg., P. 3, Fj 515, Van-Esp., P. 2. Sect. (i., T. 2, C. . . . a C; I I , Castilh., Tertiis Decimar., C. i 3, a n . "2, Dunod. no Tratado dos dtzirnos, pag. 26, Toridui., QQ. Re- nif., P. i. C. 39. li. 2 e 3. Cabcd., P. i, Der. 205. n. 2, plene Corte;id., Decis 487, n. I , Barboç., dc Pa- ro-och., C. 28, 5 3, n. 64, infcrinrlo a n. 65: 4Colligilur 1.", defendendum esse Coiisuç~udinem, qun intrtidiictiim cst, ut ex cerlis fruciilius nii\lu decima, vcl aliqua iltius por- rio persolvalur. L'aict, si espendairius, matiente Congrria sustcnlatione Rliiiistri, in refirluis t a i~~~irrirncirlo jus bunia- num per enernplioiiem violari; ac s u l i nde nibil miriiin, si talis Consucludo rationahilis obscrvctur . . . Colligitur S.", valere Consueludinein, ut ei; certis fruciibtts, piiiu foeiio vel olco decima iion solvaiur.. . ui de mintitis dccima: nori solrantur . . . Colligitur 3." valere quciqae Coiisiieiiidinrm, quod ex eodem prxdio una Ecclosia decimns maiores percipiut, et alia minores.. . Consrictiidine potes\ decinla praedialis rediici ad vigesimarn.. . Colligiiur 5.", Consue- tudincni operari posse circa onznes deci nias personsles.. . ColliClitiit. denique, in solvendic; Decimis servandurn esse Consueliidinem. ele. D .4çreçcerlta o ciiado Cortead., n. 2

wguinlcs, que: ~ T a m Cunsuctudo, qii;rz pi'o loco, quam

pro temporc, ct rei qunlitate recepta f t~sri l ; ac cliam qrruad quatain 81 forn13rn solvcndi.. . uiii fnerit Consuciiido re- eppta, et praescripta, ut decin~z iian solvantiir, nisi fue- rint peritae. rron delionlur nrsi peiantur.. . Consuetudine (n. i?), obiineri potest, tit decimarum debitores libere culligant t'ructuç, et in eorum licirieis sinc icstibus rccon- daiit, et postes decimas solvatlt (Et decis. 158, n. 10). Si nulla si t Consoetudo defcrendi decimas ad liorreum Episcopi, seu Parochi, eo casu debitortis nnn i e n c n a u r T 13s dt?Pt?rre, etc. u

Fíide haver costiime de pagar o dizimo na herdade, na adega, no celleiio, e s6 a certos tempos, crimo,o. y., pelo S. Martiriho., Cancer 1, Var., C, 23, n. 9, Duniid, na Trn- tada da diairnos, pag. 25, k Les Canunistes:_u Consue- tudine inlroduci polest, u t mitior qirota fruciiium del~ca- tur, Vnn-Esp, P. 12, Saci. 4, T. 2, C. 8, n. 1 0 ~ . alialida Coosuetudo, yuod loco animalium solvatur certa pccunia- rum summaxioniine Dccim~Toridut. , QQ.Bcnrfir., Tom. 1, C. 67, n. 7 3 . (I Putest introduri Consiiciudo i11 nulla pror- sus deanirnalihus decimapr;~stetur, Toi~dui.. supran. Póde haver coslurne dc se nJo pzigarem dizirnos miudnç (vulgo iiieucas), Dunod, pag. 26, * Comme, Ponianell., de PUCE., El- &, C1. 1'3, I?. i , n. 86. (e quaes sejam os dizirnos miu- dos vid. Van-Esp., P. 2, Scct. 4, T . 2, C. 6, a n. 26, Dn- nod, pag. 3)+ Pdide bavcr cnstun~c contra os capiiulos 7, 23, 86 e 98 de Uecim., de se pagar o dizimo rleductis se- minihecs, ef exj~ctts~s, Corlead., Drc. 18'3, n. 3, Boliemer., de fFaroc., Sect. 7, Can. 1, 15. (*) aConsuetudine obtirieri potest, ui decimarum debitores libere cnlligant fructus, et in eoruni horreis sine iestibus recoridatit, e t posiea aeci- mas solrant, Coriead., Dec. 187, n. 12, CaLed. Dec, 283*.

-

(+I No censuro as rasões dos decretaiisias, cm que sc fundaram para persuadirem que se nsodevoni d~di iz ir 3s so mentes e despem, ras0ss que dc to& recopilou e este foi1 D a p . , C. 25, a n. 110; porqiie mie e o i ~ s o mars ~ e r a l . Censuro sim a Cmsl . do Porl . . L. 9 , T. !I.. CODS? &, 5 i, q13B rrprnvoii o costumo i:í>nlnrio rliil'admitlc i> crimmnm dos UD.

Esta regra pois, e de que OS DD. fazem estas deduc- ções, deve entpnder-se, para que os paroclios com o pre- texto do qiie determinani as decrctaes (a 5 16). não pos- sam prelender que os parochianos Ibes paguem outros mais dizimos qiic n3o sejarti os de antigo coslumado na quota ou especie de fructou de que os pagavam. Varios edjtos de principes, que refere Van-Esp., de Jui.. Ecclcs., P. 2, Sect. 4, L. 2, C. 2 , a n. 14, se oppozeram aos dizimado- res quc preteiidern exigir dizimos aiem dos coslumndos: Conl. Fevret., de Abm., L. 5 , C. i, n. 6. E no nosso reino compele recurso 6 corda, Pereira, de Man. Reg., C. 13, n. 5. Addentes ad Cardos., verbo Dscihiila, pag, 2'31, Cd. I . As- sim em favor dos morat1oi.e~ da ldanha a Kovn se jiilgou no juizo da corda, no recurso que iniorpnzeram de uina synodal do bispado da Guarda, qiie Ille alterava os cos- lumes dos diziti~os, cooio se vC ent Peg., Toiii. 8, ad Ord. L. 2, L. 1, 5 41, n. 25, pag. 190, itii: ~Mostra-se, que publicando os ditos vigario e cura na dita Igreja os capi- tulos do synodo daacesano, que n o mez de outubro do anno passado de 1674 celebrou na cidade da Guarda o muito reverendo bispo d'clla, em obrigar ao povo e mo- radores da diia ~ i l l a a pagarem dizimos, e ao mais que declaratn em seu aggraro, f. 1 vers. cum seqq., e n a sus- tenta@~ e rações d'elle, f. 66 em dianle, de que eslando em posse antiquissima de pagarem sómente os dizimos conforme aos usos e costumes, f6ros e eslylos, em que es- tzo, e não na forma e modo em que se manda no diio synodo, como se prova largamente pela inquirição dos ag- gravantes, f. 72, curn seq. E nawntença, f. 53, criui seqq., ordena, que,os dizirnos se paguem conforme ao costume e posse, etn que os freguezes esino, e innovando-se o con- brio na dita rnancira, se faz força. oppress30 n o i ~ r i a , ~ e .

,violenciu manifesia aos a,ogrvavanles: e se estcnde a juris- d i c~ào ecclesiaslica fóia dos casos em que lhe competem,

LPsurpando-çe a jui-içdic@o real, ~ " i n se p r o w d ~ r n:i diia

fórnia, scm primeiro os aggrai7atiIes scrcrii çittidos e ou- vidos ácerca da siiii Fiasse, fhros, iisos e çoslumes. eic.,

Oolra similhan~c deciszo contra essa sunodal obtive. rain os tnovadores da villa dc hionsanlo, corno se vi! e& Peg., supra, n. 53. 0 s pescadores de Cascacs [ior su obr iga reiri s pagar o nau cos~urriado dizinio do pescado, idem Peg., Toiii. 3, ad Ord., p3g. 84, 11 . 485. Os moradores de Palrnclta por sc lltes pedir o nunca ~oslurnado dizimo de Icrilia, carbi50. cepa e laiide, Peç., supra, pag. 85, n. 186. Eni ChLied., P. 1, Dec. 203, se vGcm providos na corba 06

~iioi':itlores ile Ari.ori clics, qiie coi~tra o costurne crarn ci. l:icios para não levanhreni os Iructos das eiras sem cha- ni:ir o priosic c dizimeiro para iihi sc partirem c tirar o dixinio.

O 30

Ern Hespanhri ha varias leis qiie occorrem a iodo o ex- cesso pretendido d e dizimos alem dos cos\uni;idos, e se os dizimadores os pcdem, compete recurso á corda. Ve- jam-se Llgad. de S~1pplic:ccit. e[ Releibt. Bullnr., P. i , C. 6, n. 35, Olea de Cess. jur., T. 6, Q . 3, n. 217. Navidailes tties s i o perniciosas, e semenles de sediyões, Salgad., su- pra, Vnletizuell., Coiis. 146, a n. 46, ai6 o ponlo declama- rem os píwos, que refere Vari-Gçp., P. 2, Sccl. 4, T. 2, C. 2, 11. 13. nn'unquilm sc datiirns decirn;is, quaspaires siii non detlisscrit; rnallc se ppoiius succensis xdibus pro- , prirs egredi ti?rrarn: quarii 1iirii;r: sci*vitii~is jtigum sabire*.

Nota: Os referidos arestos c10 ttosso reino (9 29), bem con- formes com as legislayões de oulras 1iac6es ($3 29 e :<O), teem sido umas barreiras opposlas a loda a pretendida aliera~ão dos dizimns nas quotas, espeçics d e friictos, forma e modo de se pagarcm. E peb que tciiho demonslrado. ainda inde- pendcnto d'psses arestos e Legislscíics siibsidiarjas no nosso : reino, são inalteraueis os dieirnos, forma emndo d'elles; por- que, como ja vjmos (a $20), foibarn como uma ofiita volun- taria para, subsistencia dos paroclios, anies que ri'este reino :

se intmduzissem o decreto e rlcci,r.laes (se não il que a in- troduqáo d'esliis occasioriou excessos dos priniitivos dizipos

i i t F, eti). b;sti? Jii .~i l i i c:iiioiiirn, sol~rc li20 lei ' força 1t:gisla- tiva, otiilc nãri fosse recebitio ,($. 27, lia NO^.) nada legislori respectivamente ao nosso reino, mas sb relativamente a ou- tras naçòes (19, Not.), e sobre parliculares coslumc~ d'cllas (E; 18, Not.). Pelas intimativas dasdecretaes, emquanto di- zem, que a obrigação geral dos dizimos e fundada no di- rei10 ditx'no, 1\30 otrrigam porque ração sfi suasoria, e não snlirla (e$ 18 e 27). Ora em falta de outra original clareza, devemos pela subsequeiite oliservancia conjecturar quaes e qiiaiitoç dizimns se offerecernm no principio as nossas p- rozlihs (ein que jd rinios fj 4u a unir~ssal variedade), ut i n simili Bartios., in I,. 2, Cod. de Prasr:ript. a n. 239. Zero!, in P r m . EpW~op., 'Tom. 2 , vcriio Ce?)ellsiis. Logo nada mais podemos suppnr olkrecido aci principio antes da iritrodur@ci do decreio e dccretaes, cointi dizimos, se1130 o que se tcin cnstiimsdo pagar 113s d i ~ ~ r s a ~ par~i~llias. Lona i! rntre ricis certo o consectario: que n costume das parochias, e não o diimeito das dccretaeç, P; n que dcve regiilar o pagamento dus dizirnosi, e q~iarido coiisia da paiLtc do dizimailrir cnin cer- teza, que l i 110s anligns tempos se pagavam alguns dizirnos que tinje se [ião pagiiem, e riao fica ohjccto da prescripçlio, de que ao diiiritc tralarei a $ 55 .

/ errada, ou não procede n'estc reino a reyra: Que ns dizimadorrs t h m sua inteoçio fundada para pedirem todos os dizirnos estabelecidos no di- reito uuonien, emqnanlo os povos não provarem legitiino cu~tuiut Flii

eonlrario, rclativanipnie a alguns.

0s pavos I?$m a sua iniencão fiinlada para nán gagarem outros dizima;, ou pnr oatr;i f rma. que os coaium~dos. E o parocho que exige outros. deve prora um tmiumc an~rtdtli.iii*

de se pagarem, e que n i o eskja deslruido com outm em contrario.

, @i u m geral Lirocadico de todos os csnonisias, que ou P r o ~ l i o s 18em a sua irilenção Furiilatla ern d i re i~o @rem e perc&er.em os dizimos de dez um, e

cspccie de fructos, e islo relalivamenle a lodos os ii~iclus lirediaes ou niixtos produzidos nos limiles da sua paro- chia; einquanto os pnrochianos não provam o costume contrario de sO pagnrem cm diversa quota, ou de os niio pagarem de taes e taes fructos, incumbindo assim aos parochianos a prova do costume contrario; e ~i 'esta falta prevdcce a geral intencão dos parochos; assim o dedu- zem do Can. 43, eseguíiites, Caus. 16, Q. i , C. 18, 29, 30 , de Dccina., Van-Esp., P. 2, Sect. 4, T. 2, C. 3, tot,, Rieger, P. 3, 5 4.92 e 493, Eybel, Toin. 4 a 5 446, Gmei n., Sect. 2, i 6 15, Luc. Ferrar., verbo Decimk, Ar. 2, Begnudell., verbo Decima, a 5 5 , a n. 35, plenissime Bar- bos., de Prl.roch,, C. 28, 8, a n. 8, Boherrier., de Paroc/t., H Sect. 7, C. 1, $5 12 e O. E d'esta regra geral formam diversas illaçôes que applicarn a casos pralicos.

Porkm estes e os mais DD. suppõem o direito dos de- c,retaes um direito canonico u~iiversul olirig:ttoi.io em to- das as nações catholicas, e que aos parbochos s e ,devcm os dizimos, e de tudo quanto as decrelaes determinam, n'este sentido é que Cundarn a $era1 ititanqgo dos dizimadores: ora, i vista do exposto desde o 5 20, sobre a origem e es- iabelecirnento dos diximos n'esle reii~o, e á vista do pon- derado no consectario 2 ($5 29 a 30) eu formo uma re- gra contraria: Que os povos têem a sua i n tonçáo fundada para nho pagarem aos parochos outros dizimoç erri quo- ias ou especies de fructos, senão os que de tempo anligo costumavani pagar, e não os que se deierrriinararn nas decre~aes; e isto emquanto o parocho não provar um an- tigo e imtnemoravel costume precedenle de exigir os di- zirrios que pre~etlde, e que presupposto o incsilio costriine sc presumam origiriaes. Só eii ta0 incuiriliira aos povos provar um coslurne posterior e conlrario, rliie por forca [H-opris derogue o primitivo e origirial que os parochos pron'ni.

A i1 emoristraçáo (!'esta ibcgra eonlr*ritni;i i! cvidcn to, porqiie as rlizirnos n'csle reino não foram estabeiecidos por legisia- ç30 c i \ i l OU ecclesi&lica, e ji o estavam antes da introduc- çao do decrcto c decretaes de GregorioIX. Eltes n'este reino devem attribiiir-se sd a oblações volunlarias para siisterita- ção dou parochos em subrngação das antigas, concorrendo nos parocliíanos a obrigac;ão precisa de os pr.ovidenciarem de competenle congrua, ou devem altribuir-se A força per- suasiva (mas [ião coactiva) das prbgacões dci clero pelas au- ctoridadcs dos PP- S. Joáo Chrysostomo, Santo Agostinho, etc. B observancia siibset~uente em cada parochia de pagar cer-las quotas, ou 90 dc certos fructos, declarou que essa foi a primeira olilaqão, ou obrigaçáo sb d'csses costumados di- zirnos. Os canones do dccrelo (sobre apricriplios), e as de- creta@ posteriores ao uso dos nossos dizirnos, podiam sim confirmar estes lisos, como racionaveis, mas não decretar notos diximos, que antes nio eram oflerecidos riem costu- mados, e muito ineiios teiido os parochos com csles o SUE- cietile, a que sii o direito rliuino obriga aos parochianos. Logo e certo: 1.', que ri'este reino l6em os parochianos a sua irltençáo fundada para não deverem outros diaimos dos que as decrchr?s mandam pagar, mais que os que sempre costumaram prigar; 'E.", para os paroclios dcmantlarem outros dizimos, que riáo sejam os aclualmcnle cnslnmados em qiial- quer parochia, não tem essa sua irilençao fundada no direito carinnico; 3.", que qiiando os paroctios queiram exigir mais que os costumados dcveni provar um antigo antecedente e jmmemririal mstume de receber a sua paroc!iia os que agora pretende, para d'eçsa immemorial, que os pedidos eram os originaes offerecidos pelos povos, e que o pagarem-se depois em merios foi aliuso d'elles; mas então, &.O, ainda provado. pelo parocho esse antigo e antecedente costume, pdde o povo valer-se de um contrario, e da liberdade, por espaço de qiiarenta annos, que todos os referidos i iD. admitteni contra a intençáo geral dos dizimad ores.

JV - COKSECTARIO I<SI'ECIAIA

Pelos diziuios aindaque coslnmados n3o campcle aos pirocbos e mais dizimaderes o privilegio da tacila Iiypolheca

s 33

Foi invento da Gloss. no C. 2, de Dctahiis, que a obriga- $" doo~,dizimos ;iElecla os predios, de que elles se derem conio um oniis real ad instar dos tributos; e por isso a otri- g a ~ á o dos dirimas d p i d o s atrazados do tempo do aiile- possuidor transcende passivamente a o succcssor, ainda comprador d o prcdio d e que os dizimos aniecedeniemenlc s c deviam. Seguiram e estofaram a glosa, cquipnr:irido os dizimos aos tribulos, Cardos., in Prax., vcrbo lleca'rna, 11. 2 5, e sem addicionadores, Bar hos., de P ~ o c h . , C. 28, $ L, a n. 10, Merlin., de Piyrwnb., L. 3, T. 1, Q. 7, Monat., [de Dect~í~, C. 6 , a n. i 8, Cost., de Rat ., Q. i 49, n . 1 i, Garc., de Expens., C. 1 1 , n. 53, Almeid., Alleg. 20, n. 17, Bo- licrncr., rle Pmoch., Sccl. 7, C. I, 5 i 1, Val;isc., de Jur. Inphgt., Q. L7, r n. 18, &.gnudcIl.,verboDcci~í~a., o. 129.

5 34

PorSrn essa opiriião i? errada, porqire o privilegio da hp- ~md~licca n3o póde fingir-se sem lei a r g r c s s que aionceda, neni ampliar-se ainda por idenliiladc Oc riisáo; e os dizi- . mos s ó siúj o onus tlos fi.iictos que se receticm dos pr*edios, . e riãu são o orius dos predios mesmos, e os diaiaios riu são propr ia rmte ~ i ibu tus , etc. Ita Hirg., P. 3, 5 520, Ca- , niz., de Decinz., C. i, a o. 3, Dunod, riri Trntudo das do- amos, pag. 40, in princip., Leizer; Jus Gcotg., L. 3, C.23,' n. 55, Zyp;eus, Consitll. Canon., L. 3, T. de E c ~ l e s . @h- fiund., Cons. L , po:. 231, Ilarprccir., Disp. 28, n. 4, Van- Esp., da lur. Eccles., P. 2 , S e c ~ , 4, T. 2, C. 9, LI. 14 e 25, optinie Casír. Pal., Trai. 10, Disy. unic., dr ~ e c i r n k Puiici. 15, n. 13, com Suarcz, L. 1, C. 38, c Pagundv

$8 Becim., L. 3, C. 6, Conf. Aildit. ad Ferrar., verbo De- cimz, 41-1. 3, a n. 2.

Nata. ~Hypoihecam legalem nemini iilli compelere, quam cui ipse legislator talem concessit, regula est L. 2 , Cod. Comrnun. de Legas., L, 6, ull. Cod. de Bon. 9irte Libw., Novell. 136, C. 3.. . Privilegia omnia a sola lqislatoriç vo- liintate pendentia, nnllamextens~onem, tum ex rationis iden- ritate, tum et maioritate iidmittutit, 5 6, Insf. de J . N . G. et C., L.14, de Legib.. .Quaresporite hinc liqciet, quod, extensio legaliiim hgpotfiecarum omniiim j iirispruden lam moderni temporis polestatem mcedat.. . Uocloreu iiullatn habent au- çtoritalern tacitam inducendi bypotliecarrir, etc., War recir., supra, in pro~oq. 0s predios de que se pagam m kzirnos sno do domi!iio e poder temporal; e aonde lia lei civil que os affecte a este onus real? Nem ainda hn lei rananica ex- pressa (se e que n'eota materia podia Igislar), e a glossa nâo e lei. aNun dornirii, non possessionis, nori servitutis cujus- dam, rion hgpotlieca jura, q u s sola realia sunt, i i i fructurn leges publicz clericorum gralia coriçesserunl; de hac enim concessione niillibi conslat. Nunqiiam erclesia jura hwc sibi vindicavit, neqiie enim poteral cujus polestas in personas erat non in przdiaa. Ita Rerard, ks Kccleu., Tom. 1, Diss. 6, C. 5, pag. 203 (ediç. de 4 778).

Na theiicracia dos judeus eram as decimas um tributo im- posto por Deus como seu supremo rei, e tributo sb proprio n'ayuella nação (3 3 na ntila). Este tributo cessou na lei da graça, que o nvo repetiu aos christáos, nem jamais os dizi- mos, que taes são tributo do direito divino (5 27). 13 pois erro cliamar tributo o dizimo, ou ampliar a elle m privile- g i o ~ Ieg~es concedidos aos iribiitos roa&. N6s jA vimos a origan tios dizimns n'este reino antes d'essas dpcr~taes (a 5 20). E qilcni nos spgiira qiie os nossos maiorcs. quando of- ferecerarn os dizirnos poi. alguriia das catisas referidas ($ 35) i nlericionassern sacrificar tanitiein seus prédios a essa tac,iia tiypolheca? Na duvida prevaiece o favor e a presurnpçáo do nielhor onus, Peg., Tom. 10, ad Ord., C. 7, n. 14. 56 sim se por contrato os dizirnos s;io rerluzidos em cada predio a uma certa quantidade, haja muitos ciu pouras fructos; enlão ficam como uni onus real do ceiiso, e potlem exigir-se do terceiro possuidor, Dunod, pag. 39, iio fim; beni que a não haver n'este casn urn;t epecial hypotheca obslarn as doutri- tias de Pry. . 4, Iilir., C. 10, a n. S.

3

V-CONÇECTARIO ESPECIAL

810 devem ler usa o'eulc reino as decrelaes 6 coiislilnições dos bispados q ~ a mandam pagar u dizimo inleiro dos lucros de todos os moinhos, laprcs, pisies, ttc., icitos de nnro ha menos di! quarcula ionos.

O papa Alexandre 111 (que regeu a barca de S. Pedro peIos annos de 1 i 59) determinou (ut ex C. 5, de Decim.), que se pagassem dizirnos dos proventos dos moinhos. Ce- lestino 111 (pelos annos dc 1191), no C. 23, de Decina., mandou se pagassem dos proventos dos moinhos de ven- to. Pelos mesmos tempos mandavam os papas pagar os dizimos pessoaes dos lucros por agencias e iridustria da pessoa, sem que proviessem dos fundos das terras, como se nota nos C. 20 e 22, no dito C. 23 e no C. 28, de De&., (dccimas pessoaes excessivas das do levilico, e pela rasáo de S. Thomás, 5 4) que no fim do seculo vi11 principiaram a ser persuadidas por S. Theodulfo, bispo aurelianense, mas n k determinadas, e n'esta supposiçáo é que os pa-

. pas ent~aram a legislar sobre ellas,Van-Esp.,P. 2, Scct. 4, - Tit. 2, C. i , n. 35, 36 e 37.

Como pois n'este tempo se estava no sgstema de que os proventos dos moinhos, parte eram como dizimos reaes, em rasão dos terrenos dos seus edificios, parte pessoacs, pela industria dos operarios, por isto e que nos C. 5 e 23, de Decim., se mandavam pagar dizirnos como mixtos dos seus redditos, como se mostra da rasão que dão os papas Alexandre e Celestino nos ditos C. : a Quia fidelis homo de ornnibus q u z licite potesi adquirere dncirnas erogare te- netur,n etc. Os decretaIisias, com os quaes a Constit. do Porto, L. 2, T. 4, Const. 5, 5 3, e ris mais do reino, o que as ditas decretacs de Alexandre e Celesiino determinaram

3 rcsperto dos lucros dos mainhos dc agua e de vento, ampliaram ás ahfonas, nzeniins, lagares dc azeite ou v i -

nha, I'oi'nos dc pso, vidro, tellia, tijolo, cal, pi~fies, porri- baes, coellieiras, pesqueiras c cousas similliantcs, por que lutlo fabricado em terra, e d'ella e da indusitia pessoal dos operarios resultam os lucros.

A mesina Constit. do Porto, e as mais dos hispirdos (a que tiquella, suppondo-se magistral, é subsidiaria) só liini- iam a obrigação de pagar de dez um nondc tiouver costu- me legiiimatnente prcscriplo J e se pagar oulra certa quota. Mas declaram .que isto se guard;irá nos moinhos e mais cousas sobreditas, feitas anles d'aquellas conslituiçfics; porem o tal costume se não estendera x alguma das diras cousas que de novo se fizerem, postor\ue se iaçam nas mesmas fregueziss e sejam dos mesmos donos das antigas; porqiie, confo~.me a direito (cuja disposi~ãu se deve guar- dar n'esle caso), se não esteride o costume de uma propiie- dade a outra. Pelo quc das que de novo se fizerem se pa- gari dizimo de dez uino. Assim corn DD. marginalmenle citados a dila Cíinslit., L. 2, T. 4 , Const. 5, 3.

Ora, quem haverá hoje instruido que, sem erro \alun- tario, applique estes textos e conslituiçaes no nosso reino? .Poisque, i.", Alexandre 111, rio dito C. 5, de Decim., iista '.a integra d'esta decreta1 á provincia da Caiiluaria, se fun- ,dou no costume da mesma proviricia, integra que cortou ,S. Raymundo e que náo viram os doeretalistas releridos e ouros, como bem analysa Van-Esp., P. 2, Scci. 4, T. 2, C. 1, a n. 97. E o que Alexandre estatuiu, Fundado n o tos- :tume de Cantuaria e n'csses ternpos de 1159, iddB a- liar-se ás mais nações? Certamente não, Bcgnu ell. ver

Consuehdo, n. 52. Urna bi local @de d l a ampliar5e

a diversas naçaes, cm qiii: pide Iiarcii* iliversas rasõeç ou costumes? Certamente não, C. i de Coiistit., in 6.", L. 4 , fT. de Constit. Princzp. Ywtug., de Dona\., L. i , C. 10, n. 31. Urna decrelal que fiillava eiri rriliintios, podia ella ampliar-se pelos decretalisias a ouiras especies de fabri- cas, em que não houvesse ia1 costunie? Se os parochianos costumassem pagar dos moinhos, seguese d'ahi que a sua primcira c original vontade, restricta a moinhos, se arn- pliasse a todas essas faliricai o quc os decretalisias (I con- sliluiç8es ampliararri aquelles capitulos"lpposit. h . , de Decim., Disc. 18, n. 5 e 6, ibi: . E converso aulem ea iion concurrente, adeo ut jus decimatoris consista[ in jure, vel tit,ulo pariiculari, tunc possessio non suílragalur ~iisi ad ejus limiles, ac in lionis, in quibus illa przeise piobe- lur. i n ista enim maieria dcciniariim non datiir cxtensio d e re ad rem, vcl de przdio ad pradium, ut in his termi- nis Archill., Decis. 3, de Decirn., circa finem, Seraph., Uecis. 802, ri. 6, Coccin., Decis. 187, n. 2 et frequenter, com sit condusio firtua, quotiiam isto secundo casu jus de- cimandi redolet speciem servitut,is pariicularis, ciijiis ex- iensio prohifiila esi B.

f 39

Por outra parte, 2." Celeslino (siiccessor de Alexandre e que dominou pelos annris de 1191) no dito C. 23, se fundou, e foi a sua unicri rasão pelo sjstema do tempo, deverem-se os Bizitnos pessoaps. E quem ignora que esies estão hoje eralmenle atjolidos, e apenas restam em al- ' Runs usos i a s paroclijas uinas smibras e resiigios d'el-. les? Luc., de Decim., in sumrn., n. 4 e 5, e entre n6s o an- tiquario Fr. Joaquim, debaixo da palavra fifortulhas. Logo .e consequenteinente os dizimos dos lucros dos moinhos.

Nota. O cardeal de Luc., de Decim., Iiisc. 18, n.'lG, ad- miravelmenle discorre, que os lucros dos moinhos sáo mais propriamente proventos da industria pessoal que fnictos da terra; e assenta que aonde esmo abolidos hoje os dizimos pessoaes, cessa aquella disposição do direito canonico, cujo

systcma d'essp tmpo era deverem-se os dizimos dos Iiirros pessoa&. E diz mais desde o n . 19 que, pelo menos, onde vigoram os dizimos pessnaes, au h a costume de se pagarem dos moinhos, sempre se derem de deduzir as despexas, Conf. Roc., S~llectar., C. 84, n. 0, aonde, que todo o lucro dos mointios e de industria pessoal, Aloegrnd., Cms. 73, n. 10% L. 2. Pelo qiie foi de rni fk o auctcir da Const. do Porto, qriando para fundamentar o que fica substanciado (5% 37 e 38), citou o Card. de Luc.. d. Disc. 18. Porlanta, s6 havendo costume de se pagar dirimo ou algum tarrto do moinho, se deve pagar como dizimo ou conhecença, Hering., de Molen- din., C. 4 3 , n. 48.

% b0

Por oulra parte, 3." essas d~crctaes se introduziram no nosso reirio depois de praticados já n'elle os ilizimos, conForme a vontade dos parochianos (§ 38), só podiam au- ctorisar os nossos costumes. mas não estatuir outros di- zimo~ de riovo, como já vimos a $. .. c a S . . . Ora se em umas parochias nonc,a sc paRaram dizimos nem conliecen- çss de moinhos, Iiigares, eic., e certo w presumivel, com b d a a probabilidade, que lá no firn do seculo r1 se n%o of- fereceram dizimos d'elles; se sti se costuma pagar uma ceria recoiihecença é verosimil qiie sii esia se nffercceii lá n'esse seculo, porque ;b ohservancia do que se paga indica a origem d:i obrigação ( 5 . . .)

Qzro ergo jure 5 5 1 se tia dt: pagar dizimo de dez ri m dos moinhos novos, segundo os tonsiituiçõcs? Como pessoal (que B propriamente, ex I,uc., stipra, $. . ., nota) não, por- qiie os dizirnos pessoaes esião abolidus, e cessaram essas decrelaes i~tiblicadas ern seculo em q u e se pagavarii taes di- zimo~, e csea era a stia rnsãn, que c~ssaiido, cessa 3 dispo- sição. Como dizimo re;tl não, porque taes lucros não são fructns rla tcrra Prlas decreiaes não. porque iêe~ii cessado

.e porqiie vieram a nfiç depois de rsiabelecidos os nossos dizirnos. Pela intpnrão quc os fraroctios Iêein frin(l:~da 11:tra

- - - - - - -- se Itie d c v ~ c c m rliiinios dc liido o dr quc o direito canõ- nico os manda pagar, crro, advcrlido o 2." 3.Qonsc-

--- - - -- ctarios. I-- - -- -

5 42

Sini e; ajgurnns yaroeliias d'este reirio se pagam umas ccrias rccontieccriçris uniformes por ceda roda de moinho, cada vsra,do hgar quc 1rabi21113, ele , e nfio u rigoroso di- zimo. Estas tolcrarn as consliiui~ões, c se dice~iduna yuod res pât, 230 C O ~ O uriS reslos dc dizimos pessoaes, Pereira, , 3% Ei~icliJar., ri. 1352. Mas ou selam laes restos ou unicas otlai;àos originaes, qire raça0 ha tias cons~ituições dos his- pados para mandar que dos moinhos notos se pague o ri- goroso dizima, que nunca se ofhreceu e nunca se pagou? Se as consliliiições rnanddssem pagar dos novos uma si- inilliante reconhcccnâa podia dar-se-llie um tzansent, ain- dayuc o costume é inampliavel de predio 3 predio (1 38 fin.). Maridarcm paiérn pagar dizimo rigoroso, erro in- io1cr:ircl opposto as rasões eu poçlas nos tres conscciarios. Dizer s canstilurç%o do Porto inamplisvel o eosiume dos velhos aos novos, é siippor a i i i lcnçh do pparocho funrlads universalmente nos diaimos rigoraaos de lodos os moinhos, c o costume dos ariiigos ser iiirrrnpliat.el aos novos; mas esse presupposio i! errado i vista do quc tenho cui~veiicido nos i r a eonsectarios (a $5 28, 31 e 33j.

Se não par estes Eundamentos, por oukros, lia a este respelto a rr~o~lsrtia senlençs proferida crn Vixcu, e con- firmada duas vexes na relaçso do Porto par accordáo final de 5 de junho do 1804 cintre partes Antonio da Costa Faro, de Vizeu, e Antonio de Menexes Lemas, prior de Freixedo.

Em 27 de maio de 1811. houve assento rio cIesembsrgo do paçu na causa dos ílizimos da quinta de Villa Franca entre a collegiada do Salvador de Caimlira com Sebastião Jose db Cari'stho e Melio, habiiitado crn logar rio pae, que tinha sido julgada rio j i i i zo ccelosiastirci, e se achava nomesmo cm grau de escciiqao, ctn que se oppozrram crnb:rrgos ds inçompe.

lenria e nullidade de lodo o processo por não ser o seu ob- jecto sobre dizimos da mrnpclencia do juizo ecclesiastico, e rejeitando-se os mliargos se recorreu ao jui7~ da corfia do Porto, aonde tudo se julgou nullo. Expediram-se as rogato- rias, e por nlo serem cumpridas se tomou o dito assento, no qual se decidiu que tinham sido mal passadas, e se náo de- viam cumprir, ek. Parece esse seguiu a distingão que fiz nas nolas ao L. I, .do doutor Mello, T. 5, ao $38, e que se repro~ou a doutrina do mesmo hleito no logar citado.

VI - CONSECTARIO ESPECIAL

Náo sc devem (regularmente) dirimo8 nem dos imclos das novas semcntw que nunca mlcs houve, c se amearam na parachia, uem dos Iniclos das semenks antigas de que se não pagava o dizimo, aindaque se semeiem em lamas pnduetivas de outros fruelos diaimavsii, c de que Os dhh~s se costumavam pagar.

5 43

Esta questão 6 assás controversa. Muitos DD. absoluta e geralrnenle sustentam que semeando-se novas sementes nunca antes coslurnadas na parochia; ou as antigas, de cujos fructos se não pagava dizimo em terras productivas de fructos dizimaveis; e variando-se assim as sementeiras e culturas, ou náo se pagando dizimo d o azeite, se plan- tam olivaes rias vinhas que o pagavam; sustentam, digo, que n'csles casos se devem dizimos dos fructos novos, como subrogados em logar dos dizimaveis se estes se s e meassem nas mesmas terras, ele. Monarc. da L. 13,fi. de Semit. R Y S ~ ~ G . Leyzer., Jus Georg., L. 3, C . 23, n. 31, Bohemer., deParoch., Sect. 7, C. 1, 5 21, Rarbos, ei. Tab., L. 4, C. 6, Axiom. 9 c 10, Posth., de d h u t . , Obs. 73, a n. 155, Garn,, Dec. 244, n. 5, Sonaiores apud Peg. 6, ,For., C. 171, n. 28, 33, 37, Valenzuell., Cons. 33, tot., Barbos., de p~roch., C. 28, § i , n. 46, Salgad., de R8.g.

Protect., P. 3, C. 10, a n . 341, plcnissiineCaslilli., Tom: 7, & Test. Decimcrr., C. 15, a n . k , e outros d'esta opinião que refkre Dunod, no Tratado dos dizimos, pag. 22 * EAf- f ima t iwe . h mcsma segue corii oiiiros ~cgiiudcll., verbo

Denmu, a n. 106, i(19, 110, Oter., de Pasc. pillilic., C . 35, n. 5, Cortead., Dec. 191, n. 5, Valasc. 58, n . li, Sobre todos João Clericat., fiscordias forenses civis, Dis- a r d . 77, sub n. 23.

1 44

A rasão d'esta opinião derivada por argumento dedu- zido da L. Czrto generi, f. de Servil. Ruslic., e dos Cap. Cum in tua, e Co~nmissutn ex de Decitla., consiste em que o proprietario tendo o direito de dispor do seu furido a seu arbiliio, elle oderia tivrerneiile privar o dizimador do dizirno, que tin I) ia costurne dc perceber, se elle não de- vesse pagar os fructos não dizimaveis, que elle se procura em logar d'aquelles que eram sujeitos ao dizimo; como se em um Logar em q u e se não deve mais que o dizirno do trigo se convertesse um campo ein vinha; porque n5o se- ria juslo que o proprielario seja assim o senhor do dizimo; e isto seria uma occasião de fraude, se nada se pagasse no caso que se vem propor e oulros sirnilhantes. Esta 4 a rasão que dos DD. da referida opinião succou o citado Diinod, e é a que n'elles se v6 e nào ouira.

Ein c0111rari0, C. na qiiestão abstracta, que se não deva dizimo dos fi~ic,ios das novlis scmeiites, ou das não dizi- maveis semeadas em terras que produziam fructos dizi- niareis, estão Gririiaudit., de Decinz., L. 1 , C. 3, com duas modernas decisnes da rota romana, o addicionador de Ferrar., verbo Decima, -4t.t. 3, a n . 2, o grande lheologo moderno Paluz., Tom. 5, Tiact. 9, Diss. 4, C. 4, 5 7, Ri~ger. , P. 3, 5 16, Fevret,, de Abus,, L. 6, C. 1, Not. margin., ~ a n - h p . , de Jur. Eccles., P . 2 , Sect. 4, Tit. 2, C. 9, a n. i!), ni~perray, Tratado dos dizinzos, L. 2, C;. i9, n. 6, e outros cl'esta opinião, que refere o mesmo Dunod, pag. 23.

A rasão d'esla opiniáo confere em que; i.', o senhor do predio mandado a cultura usa do seu direiio; 2.", que não faz n'isto injusliça ao dizirnador; e se não ha ah i logar ao dizimo, isto não é mais que em consequencia do exercicio de um poder Iegilinio e de uma liberdade na- tural; 3.", que assim coino não pbde o dizimador preten- der indemnisação, se o lavrador deixa a [erra inculta, tarnbem não póde prevalecer-se do que abi n'essas terras cresce de fructos quaiido estes não sâo dizimaveis segundo o uso dos logares; 4.", que a fraude náo se presume; 5." que nada se faz de suhrogação de fructos n'esia ma- teria, porque o dizimo náo é devido por respeito ao fundo, mas por respeito aos fructos: Deciiria est quota pars fru- ciuum, etc. (Conf. § 31, Not.) A estas se reduzem as ra- soes d'esla opioião negativa, Duiiod, supra, pag. 22, t. On dit pour la negcstiue, etc.

Tal é a probabilidade de uma e outra opinião. As rasões da segunda s'io mais soiidas: o citado Diinod, pag. 23, a segue, e firma tarnbem com um aresto, ut ibi: # E u creio sobre esta quesião, que o dizimador não poderi introdu- zir uni dizimo insolito na provincia sem respeito á perda que elle padece na mudança da culi.ura; como se um campo decirnavel fosse convertido em um prado oii cm uma mala. Haveria mais dificuldade, se o dizimo dos fruclos que se recolhem novamente, fosse coslumado em a provincia aindaque insdilo no logar; porém eii julgo a negativa ainda melhor firndada n'esie caso, pela. rasãa que a qualidade dos fructos e a que regula o dizimo, seja mire differeiites dizimadores, seja entre elles e o cull~iva- dor; e eu o teiiho visto julgar por aresto no parlarnenio de Besançon a 25 de junho de i 720, etc. P

- -- - -_E& segunda opiniáo, assim mais furidameriiada e con. firmada-par arestas da rota c do larlamento de Bessnçon, padcce estas Iirnihaçues: iqa Si h onsuetudo vigeat, ut ex iiovis fructibus, non obnoxiis dccirnz, solvalur decima. 2? Si hal: srrbstitutio fructuum non obnoxiorum deci- r n i a d e a universalis sit, ut Paroeho Congrua desit, como com Rouçseaud de La Cornbe, Jurisprud. Crrnon., verbo, Decima, Sect. 20, Q. B e 7, segue o addicionsdor de Fer- rar., verbo Decima, Ar!. 3, n. 5; 3." a h r i a jus10 (diz Dunod, supra),-meepuar os casos do excesso ou da fraude, como se b s s e evideiite que o lavrador não mu- dasse a cultura da sua herdade, ttiais que psra ganhar o dizimo; ou se o dizimadar se achasse exlreiriamente le- sado por esta mudança. Esia é a jurisprudencia de um aresto no parlarricnto di! Aix, elc, o Acrescenta a pag. 94, q: a0 parlatrreiito de Besançon tem julgado, que se houvesse excesso, o dizimo do tnbam seria devido, aindaque inso- lito por rt?spciio A qualidade de fruclos. Bardet refere um ariisici similhnnte do parlamento. Ainda diz mais: #Os la- vradores, que, segunda o usa do Ingar, não devem o di- zimo de certos fruclos, aindaquci costumado em a provincia, em semeando muitas vezes bastante mais que a coslumado, tem-se julgado no pnrlamcnlo de Besançon, que isto era uma fraude; e psra a prevenir, se rem julgado o que cada lavrador p6de wmear çcm fraude de gr;ios isentos do di- zimo, c que se semeasse mais, csle mais seria sujaito RO dizimo, e.te., etc. - &, , , , , , ,

i3 49

Quanto á primeira d'estas limitações, provando o dizi- mador um costiime legitimo dc perceber dizimos dos fru- cios das sementes novas, n l o duvido que s ~ j a aitendivel cssc costume; bem como cstansos vendo stt paga do mim5 grosso (que foi novo em Poriiigal desde o principio do scculo rviI. Frci Joaquim iio Elucid., verbo Milhon, Peg.

- - --

Tom. 9, ad Ord., pag. 209, Col. 2); e do mesmo sc pn- garn oitavos nas terras em que pelo fora1 se impõe o oi- tavo do pão, Peg., supra, et pag. 238, r i . 25. Na verdade se em algumas parochias, em qiie a maior parte do pão 6 este milho, se não pagasse o dizimo d'clle, entrariam a 2." e 3.Vimitações.

1 50

Quanlo á segunda limitação: Esta é fundada crn toda a rasàn, porque os povos tiieni n precisa obrigação de siis- tentar decentemenlc o parodio, e hoje pelos dizirnos sub- rogailos cm logar das antigas obIações. E se os parochia-

' 110s semeassem tantas semenies niio dizimavcis que to- Iliessem a maior parte das dizirnaveis, o resulhado seria ficar o seu parocbo sem a competente wngrua. Uma vez porérn que usadas as sementeiras não dizirnaveis, reste das diziniaveis o suficiente para o parocho, cumprem os povoso seu originario c uaico dcver; e prevalecem com- pnl.ivelinenie as rasões da segunda opiniao ($$ 45 e 46) p?ra Ihes ser livre e arbitraria semearem sementes náo diximaveis e n io paçarem d'ellas dizimos.

Nota: Para cohibir porbm o desenfreado arbitrio dos opi- danos, e loda a fraudulenta avareza, dii! Rieg., P. 3, 5 546, que: oKon unquam oficio Judicis incumbit, ul ex requitale Iianc dominorum Libertatem restringat.9 Conf. Van-Esp., de Jur. Eccles., P. 2, Scct. 4, T. 2, C. 9, n. 23, ibi: s S d quid, si i n toto pago terra! arabiles serlaiitur i11 bonum pas- cua, ul quadantcnus ibi anniliilenlur decima et Clwi ali- menta? Dsidenbit apuilas ut intra modum judicis officio coarctetur Iizc Liberias; aul saltem eo casu declarari posset, in tali Parocliia decimas ex similibus terris, aut fructibus deberi ob aorum frequentiam, licet hactonus ex similjbus non ruisset decimas exigere, quantliu in exigiia quanlilaie serninari so1ebant.n Confira-se Dunod no logar acima lran- scripto, 3 48, rio fim.

$ 51

Qii~iiilo 6 tercrirn liinitagao: 1i:11,2 coincido com a sa-

gunda, e debaixo das dedarações d'esla. Náo se commeite fraude .quando agricola in terra, in qua seminabal triti- curii, vel milium aliquo vel aliqiiibus annis, setninavit hordeum, aul simile semen ex quo Jugatio (Iiic Decima) non debetur: Et pulo juvandum minoritate Foralis (hic Consuetudinis) quia mutatio non est perpetua, sed tempo- ralis, aut mornentanean. Peg., Tom. 9, ad Ord., pag. 360, n. 30. Não commette fraude, usando das faculdades e altribulos do seu dorninio, e fundado nau rasões expostas (5 46), uma vez qiie ao parocho restem dizirnos de Criiclos dizimaveis abundantes para a sua subsisteiicia; maxime hoje que já não ha a tripartita distribuição dos dizirnos que estabeleceu Carlos Magno, Montesq., L. 31, C. 12, e lembroil o nosso rei 0. Sancho I, no anno de i 499 (5 24), mas todos cedem para os dizirriadores.

Kota: O exposto n'este msectario se comprova mellior coiu o meu syslema e consectarios antccedenles, ~ioisr~ue o parocho ou dizimador não tEem no nosso reino a sua intenção fundada para exigir dizirnos de todos quantos fruclos a terra produz, mas sO d'aquelles de que de ariiigo se lhe cosluma- vam pagar dizirnos (a $ 29 e a $ 38). E se de nova sernerile nurica se lhe pagaram, nlo p8de jamais exigi-los. Por uulra parte, supporido-sc os dizimas 16 in ilb LePPipore (e aiites de iilLroduzido n'estc reino o direito cnnonico) otrerecidos para sustentaçzo do parocho, se ri'esse tempn não havia no paix essa semente, não se suhenieride campreliandida na primitiva offerla dos dizimos para esse Tirn. Ora toda a prn- messa se deve interpretar rebus sic: ~ a t i b u s ; interpreta-se quanto possivel for do inenos em Favor do prornittente. E ainda no voto a Deiis B esta a regra, Casir. Pal,, Tom. 3. Tracl. t S , Disp. I, de Esssnlia el obligatioae vodi, Purid. 18, a n.3. Uma vez que ao parocho restem de fructos dizimaveis os sulilcientes para uma decente sustentação, esíd assim sa- tisfeita a offerta &i$ Missns maiores e o fim d'ella; e temos a liberdade de semear semmles [ião dizirnaveis pelas i.asões expostas iio 5 86.

% 52

Quando porém revalecesse absolutament,e a opinião contraria, de que f43. nlla devir entender-se em termos

tiabeis (liera como a 3.' limitação da segunda opinião, de que 5 48), isto é, sd se deveriam dizimos de fructos cas- tumados, que essas terras em que se mudou a sementeira, poderiam produzir, se se semeassem dos fructos dizima- vek; mas não se devem dos novos fructos não costumados neni dizimaveis, e de que nunca se pa ou dizimo: pro- va-se esla riova proposi~ão. A obrigação !!i e pagar dizimos de certos e costuniada [ruetos não 8 rnais forte que a de pagar por [oral (ia terra o oitavo de certos fructos 8 não I de oiitrosj. Quaiido pois o foreiro em prejuizo ou raude dos oitavos, varia setnetites ou plantios, para perceber fructos de que os oitavos se não pagam, está provideiiciado n'este reino pelo regimenlo de 20 de abril de 1755,§ 64, ut ibi: #Sendo-me tainbern presente o abuso com que de tnuitos annos a esla parte os moradores dos reguengos pertencentes áquella hospital tkem reduzido a poniares as terras dos mesmos reguengos, deixando de pagar o quinto devido, com o errado fundamento de não ser especificada nos loraes a consliiuição de siinilhantes fructos, sem o que no tempo dos diios foraes se não ac havarn as terras occupadas coin taes pomares, que só vieram a plantar-se n'estes ullimos annos com tal ai~,q.naento, que presentemente constituem a maior parte dos frutos dos ditos reguengos: aou servido declarar, que pela mesma idenbidade de ra- são os terrenos dos sobreditos pomares são obrigados a contribuir annualmente com aquella porção de frwclos que elles produziriam se taes pomares não estivessem n'elles; ordenando qiie por justas avaliações se estime o que cada um dos ditos terrenos poderia produzir em trigo, mdho ou cewada, para pagnrc.wa os quintos que deelerena n respeito das ditas produc~fies 3.

Nota. Applicada e irat tirada nos dizimos esta determ.jy- @O legal, ficani bem ampalivelmenle combinados os direi- tos e os interesses do parocho e dos parochianos. O patocho Dão tem direito para pedjr dirimos de fru~tos náo costuma- dos, mas s6 dos costumados ; isto certo. Os parochianos iiiío l k m obrigação de pagar dizimos de fruclos não Costuma-

dos, mas d dos coslumados ; islo tambein i: igualmente cer- to. Se pois o parocho se queixa fraudado e diminliíù por eçsa niudan~a de sementeira, qiic mais pbile elle pr.etcndcr senso uma iridemniaçBo dos ilizinros que perceberia d'essas terras se se semeassem dos fruetos dizimareis e costumados? Piide elte pedir dizimo dos náo coslumados,? Seria ext:esso do cos- tume e justa a contradieçiio dos parochiarios. Estes someando os náo coslumados, usam dos attributos dos seus clorninjos (5 461, e uma veL quc inderiiriissm ao paracho na forma do dito legal regimento, não o fraudam do seu primitivo direito, e nada mais lhe devem, aindaque avancem a seincar todas as tei.t;as de fructos não dizimaveis. - -

Ainda admittindo o dhcito das deerelacs, pijde Larer costunio de se pagaram dizimas em quota menor, c! t i o dmcnte

de certas cspecies de friiclos - "

Esta proposição esti demonstrada cain a generalidade das doutrinas citadas, 8 28, e especificamenie ti susten- tam, Peg., Torn. 9, ad Ord., pag. 4137, Col. 1, Bcgnud., verbo Decima, n. 25, Caslilh., L. 7, (1. 43, n, 31, Ton- dut., yq. Benef., P. 1, C. 67 e C. 52 , Rot., ali Card. de Luc., L. 14, Decis. 19, n. 8, Luc., de Uecim., Disc. 17, n. 8, Barbos., de Paroch., C. 28, $ 3 , a n. 39, Dunod, no Tratado dos dizzmos, pag. 20, a priiicip., e pag. 38, $ Nous admittons, Cancer. 1, Var., C. 23, a n. 11, Boliemer., de Paroch., Sect. 7, C. I , ji 30, e s e comprova admiravel- '

mente com os similes do C. 18 e do C. 20, de Ceiisib.

1 54 -

Porem conforme o mesmo direito, para ser aucndivel este caslume é preciso, 1." que deduzidas essas quotas ou friictos pelo costume, reste o mesmo para a sustenta. .

$50 do parocl~o, porque aliás reiricidiria o poio na obri- .

paçáo do suppkmcnto, como com Rehull. c Monet., de Dccim., Bcgniidell., supra, n. 27, Drilt., ad C. 2, de Lo- cat., P. 2, a n. 14 1, Cqncer. 2, Var. C. 23, a n. 11, Ton- dut., d. C. 72, n. 11. E prcciso, 2.: que se pagassc nie- nor v o t a , ou não pagasse d ~ z i m o de certas espccics do fructos sempre uniformemente, por ue a diforniidndc é opposta ao costume L i presoripGáo, hunod, pag. 10, sol> a La Cout~me, Cancer. 3, Var., C. 1, a n. 24, Coi tead., Decis. 170, n. 28, c dessa diformidadc ent ra a disposi- t ã o do direito canonrco, Rieg., P. 3, 5 517. E preciso, 3.0, queconcorra conforme urna opinião, negação da yarb dos parochianos, e acquiescencia da parlc d o dizimador, Begnudell, n. 31, pIures aptid Castilh., supra, C. 29, a n. 4; porém em contrario que este costume procede e sur te seu effeito s6 pela simples inacção du dizirnador, inde- pendente d'aquelb negaçáo e subsequcntu acquienencia, sustentaram e melhor. Rocc., Selectar., C, 84, a n . I k , ~Bohemer., ad Decreta)., L. 3, T . 4.0, n. 53, e aclPand., Jxerc. 86, 5 27, Addit. ad Ferrar., verho Decima, Art. 5, u n. 20, Casiilh., de %rttPs Dccim., C. 39, a n. 8. Veja-se &rprectr., Disy. 71, a n. 138.

- Nela. O exposto n'este consectario procede squndo o di-

reito das decretaes; pelo meu novo systema (Consect. 2 e 3) os povos têem a sua intenção fundada para rijo pagarem mais dizimos que os costumados. N3o é neeessarin valerem-se de coslumo que deroguc o diretlo das decretacs, nem incum- bir se da prova d'elle com seus roqwisitos, porque as decre- taes se inlroduairam depois de estabelecidos entre n6s os di- zimo~, confornic a vontade dos povos, c ao parocho, não po- dendo fundar-se no direito das decrelaes, & que incumbe a prova do coslurne imrnemorisl do que pede como dizimos, para d'ahi inferir, que as que pede por t a l costume imme- morial foram os que os povos affereceram e continuaram a pagar, mostrando esta observancia a sua primitiva obrigação.

Em Peg., Tom. 14, a Orct., pag. 274 e 3 i 5 , n. 9. 10 e 11, se julgou yuc sempadas de covada ou centeio as [erras e ven- didas em verde estas hei'vas antes de sazonados os froctos, ceifando-se para alimcotos dc animam, se não devia dizimo d'este genero de fructo, attendida 3 passe imrnemorisl, por-

que r cmiorme o direito se prescreve o pagamento de dizi. mos em certo gemero de fructn, etc. n E isto apesar de que o grande proc,urador da corba, Oliveira, argumentou com a r$. gra (de qua 3 83), que por se mudar o modo do fructificar não se escusa o dizimo, citandoVatenzuell, Castilh. e Valasc ja referidos, dito a.

VIU- CONSECTAHIO ESPECIAL

Ainda havendo contrato antiga sobre os dizimos, entre o parocho e o p i o , plde admitiir-se contra essa contrato,

eoslame eoutrario da parte do poro

#Se se acha um titulo, que regula certa quota, e o c* tume não é conformc a elle, qual dos dois se deverá att tender, se o costume ou o titulo? Muitos arestos têem d e cidido que o titulo deve prevalecer, e que o dizimo sendo uma vez regulado por convenção, o costume nada p6de obrar em contrario. Porém a niateria é prescripíivel por si mesma, e porque se não prescrevcr.6 contra iim titulo n'este caso como cm outros? Não lia ahi togar a crer que elle seria defeituoso, poisque elle n%o teve jamais execu- ção? Que as partes se têem apartado rcciprocarnente, e que. tem sido revogado por um aeto posterior? Parece-me que seria preciso pelo menos admiltir a prova de um costum6 imrnemorial contra similtiarites iitulos, e eu creio que n 3 , seria difficultoso entre nós, porque nds admitkimos a p r y scripção do dizimo, não sdmente pela quota, mas ainda; pelo todo. (Islo comprova Dunod com mais DD.) !

Nota. Em França, ad Mend., Art. 3, a n. 68, vemos d negado o deito a uma sentença que nunca foi executa porque destruido com a contraria obswvancia e possibilida de ter sido revogada, vemns em Urc~ol., de Transact.,Q. sub n. tii, e depois do tiatado, Decis. 61, n. 6, que u observancia contraria 4 transaccão a dcstroe. Conf. Valeiooi de Transnct., T. 6, Q. 3, n. 3b, e geralmente a nli~ervsDcy

ronlraria tira o crr?dito s lodo o irialr~unienb, Ai.ouc., i n

L . 37, ff. de Legib.. n. 23, Parex., de I ~ P ~ I ' u R . erlzr., T. i , Reso!. 3, 3, a n. l 'r4.

IS - CONSECTARIO ESPEClAL

P b l ~ haver çostume ou yreserlpção de se n2n pagarem tm algiiiiir parwliia dizirnos de crriol;

e paiLticulares prelios

Porqu': o c.)iicilio 1;iierananse proliibiu no I'utiir.~ aos leigos liiilri a adqoisi~ão de diziinos, P oLçlotl a toda :i

prescripç30, por isso os DI)., suppoiido y ue o mesino é liberlai-se ~ I I I leign de pagar alguns dizirnos que adquirir para si os deviilos por elle, exigern uma posse imrnetno- ria), para d'ella iiiferirem, que bendo igiiorado o seu priri- cipio remonta l i aos lernpos anteriores áquelio concilio. Este é o systerna cornrniim. Adilit. ad Ferrar., verbo Dc- Egnm, Art. 5, a n. 13, Regnud., verbo Dtlcitnra, a n. 29. Leyzer-., Jus Ceorg., L. 3, C. 23, n. 24.

Não contra oniio as rasões de Boliemer., a($ Pmd., P Exerc. 86, a 59 32 e 35, que susterila bastar unia prescri- pção qiiiitlragenaria. Porém notando coin Tondut., (20. Be- 1 1 ~ c., P. 1, Q. 72, a n. 8, a essencial diflerenca entre a di a quisiçiio de dizirnos, ou a liberdade de os pagar a al- gum dixirnador, assento que se ha cerleza ou tradição constante de que lá antigamente os passados de algum opidano deram á igreja alguns bens seus! e hoje seus successores se acham possuriiih ria paroctiia alguns bens de que não paguem dizirnos; é facil de conjeclurar que esses predios se. deram á igreja etn resgate dos dizimos de outros piedins, cliie por antigo costume os n b pagam.

1

Ou se atgutnas fazendas foreiras i igreja só pagam um fsro certo, e nunca pagaram dizimos, é fncil de conjectu- rar que esse f0ra 530 usdi~i l r l~l i i r-duzidos por avençn a uina certa quaiilidads, Trindui., QQ. N e n ~ f i c . , P. 1, C. 72, a n. 6, Uunod, l'ratado dos dizenzos. pag. 3 7 , ila fim, 38 e 39. -- v

- - - Kola: Segiiido o meu syslema (Cons~ct. 3 P r?), ainda

maih facil rle presunlil ~ U P predius par tiiulares sempre cul- Livados e de que niinça se pagavarn dixiiri~is. firaram origi- nalmente li%re d'ctkes; q u e ~subser~iieiilc inlrodricção das decretdes, sem poder legislativo uiiiversal, niío p ~ d i ~ i r de- - termiriar de nova dizirnus a predicia qiie a otiserrrancis i m m e moria1 inoslrou sempre iseittos, conio originalmente e x c s ptuados. - -- - - -

oí=-CONSECTARIO ESPECIAI, -

- L - A PMe brrer casliiine I r se nL pagarem dieiiiicis alguiis tcudn O paroi4ho

oiitros rcndimeulad dc que tciilir sohsislilo e subsista - - - -

§ 58

Comõ os dizirnos n;io são ilevidos qrines taes por di- reito divino, irias só orna congriia ao ~iaroclio (Consect. i), segue-se que se h&se vê um paroclio coni bens de do- tação e fundação da igreja, e cosluriiadris obla~õcs a s s b providmciadegara s ma subsis~encia, e os parochianos eslão em posse im~neiriorial de nunca pagarem dizimos alguns, sc deve suppor, ou yue rienl~unà ao priricipio se Uies consignaram, e que em logar d'clles se deram aigreja esses bens que p o m e 7 õ u que os parochianos prescreve- ram a obrigação dos dizimos, que aliás S ~ O prescriptiveis tolalrnente, quãndo o parvidrrãri o r n a s iinanças de qiie subsisla, Dunoj, pag. 32 até 38, Bolicirrer., de Paroc., Sect. 7, C ~ I . 1, $12. Addentes, ad Cardos., verbo De- cima, pag. 290, Tondut.: siipra, 11. 10 c I I . Conf. Patuz., Theol. &r., Tom. 5, Trai. 9, Diss. h, C. 2, $ 2.

- - --

xão se Icvciu ilizirims hii oones (lerras rcduzidrs de novo i cultura), e se se devciii hão de pagar-se so das quotas e especies de fruclos

qiie se mluinaiam pagar de antigo l i a pímhia

Dizirnos cliarnados riovaes s%o os de novo produziilos, em terras que iiii[ica f o i i t r i cill[iVadas, 011 tlt' QIIC não h:i lembrança de quiinrlo fossem culiivadas, C. 31, s de Vei.5.

C. "2, x Se Deciin., C. 3, iin. de Ueeitn., ic 6 , Vail.Esp., P. 2, Secl. 4,T. 2,C. 6, Rieg., P. 3, 54'31, Cor- teail., Llccis. 191, n. 2, et passiin Pclo direito canoilico das deçrelaes lcm o arocho s siia inteiiçiio funiiada nas decimas diis niiiues &uc sr suppfiuin devidas pclo niesrno dircito) cm cuiicurso dc qualquer oiilro diaitriarlor na ines- ma paroctiia por piirilcgio ou [ir~sci,[email protected], (liir! se 1150 ris- tende aos fiuctos iiovaes, a rlierios que a ~iar,oçbia nao seja unida e encoqiorada, e os vigririos recebam urna certn e unica congrua em dinticiro ou fructos, Van-ESQ., supra, a n. 14, Rofierner., de Paroc., Seci. 7 , C. 1, 5 10, pletie Corte;ld., I)ccis. i 9 1, tot., ulii a d satietater~i Uiiiiod, pag. 10; 11: 12, 13 e 24.

oi 60

Pelo meu sp iema piide deinonslrar-se que duquelles maninhos e ti;ildios, que no priiicipio da moriarchia fica- ram sern tlorninio pnrlicular e tio iiso cariirniim dos pi l vos, ex Ord., L. 4, T. 43, $5 , se st! reduzcm :i cullura por aforainentos com aucloridnde regia, sc rirto deve n'estc reino o dizinio nova1 (a rneiios que o ~isrocho n;tu tenha já adquirido posse c prescripção de aniigo cultiva- dos); poisque aiiies (Ia introducçáo das decictaes já esta- vam estabelecidos entre n6s os dizirnos pelos jloios. hT'es- ses tempos se oflereceriain das terras de doniinios parti- culares, e rnal podiam os nossos maiot,es cogitar de que

esses maniiilios algum di:r Iisvirim clc passar 3. dominjo particular; entretanto os parochos tbem tido e t h r n a sua subsistencia corn os aiitigos dizimos. A nada mais é 0- povo obrigado. E jh muitas vezes disse que as decretaes supervetiienles nada podiam Iegislar a respeilo dos 008- sos dizimos, neni vir a comprebender os novaes; isto 4 uni necessario consequenle do exposto e provado no Art. 3, a 5 20, no cbrollario debaixo do § 19; no ~ u t r o corollario debaixo do 5 2ti, e nos conseciarios 2 .O e 3.0, a $5 28 ad 32. E suppondo-se que os pai.ockos ou dizima- dores não ikem a sua intencáo fundada n'este reino para exigir mais dizirnos que os costumados (ul a 5 31), sendo certo que o costume a que sd podem aspirar é inarnplia- vel de predio a predio (5 351, segue-se que pouco im- poria tenham percebido dizimos dos novacs sim~ilIianbs, porque inam~liaveis a estes, tnrixilne quando esse: costume teria uin principio errotieo, e L. 39, ff. de Legib., ubi Arouc., n. 9 e 10.

Nota: #Nem0 Çoiisuetudincrn rationi et veritali r~pona l ; quia Consuetudinem rslio et vcritas semper exclu 8 it, Canon. 5, Dist. 8, Extaiisfos da wnirtrshla~le de Coimbra, L. 2, T. 6,

C. 3, $ 15. -

Quando porém, apesar do exposto e recopilado (5 60) se devessem dizi mos d 'es~es novaes, elles deve~ãc, regular- se não de dez uni, ou de loda a especie de frueios, mas confortne o costume da qiiota ou dos fructos que s e pra- ticava na mesina parocliia dos predios de antiga cultiva-, dos, Dunod, no Tratado dos dizirnus, pag. 28, ft. On doute, Sendo aqui applicaveis identicamen te as rasaes ue q uanro aos novos moinlios e lagares ficam exposlas a 8 i i5 ad 44.

$3

lares; essas vislas foram restrictas aos dizimos das especieç de frtictos, que a subseqiiente observancia (8 ) indica fo- ram comprehendidos unicarnerite na original offerla ou obri- gação. Equiparados a esses os novaes, não devem estes ser universaes de todos os frucios, mas regular-se pelo costume dos dizimos dos predios de aritigo çulljvados. De oulro modo: i . O , se excederia a primitiva e presumida obrigação; 2 . O , des- falleceriarn os agricullorefi olhando que das antigas terras, ciija cultura e menos dispendiosa, pagariam menores dizi- mos e só de cerlos fructos, e pagariam alias maiores dix i - mos de todos os fructos das terras tiovaes reduzidas a ciiliura eom maior despeza e trabalho; os lavradores se desanima- riam de agricullar de novo terras, quando alias, 3.", a lavoura deve animar-se com favoimes e privilegias, L. de h de feve- reiro de # 773, pnrqiie n'ella intcr~ssa o bcm commiim, Ord., L. 4, T. 43, $j 9, decreto de 45 de jiinho de 4766. Tarito assim que, k.", bem o confit~nia o exemplo da Inglaleria (8 27, uoia 2."). E chegaram os miionistas, S.", a dizer que use ha grandes desiiezas a fazer para conservar nu nielhorar cw fundos de iim territorio suje110 ao dizimo, se poderia abri- gar o dieimador a contribiiira. como com Van-Esp., nunod, pag. 41 no fim e 42 no priricipio. Devam-se pois rnuiui em- bora os dizimos dos novacs aliis maninhos; mas estasrasOes sio forçosas (atem das expostas a $5 35 ad 42), para d se deverem dos frucros costumados das terras de antigo cirlti- vadas.

a Tudo debaixo da censura da santa madre igreja, a que, sc . errar, inleiramente me submelto. Longe de mim seguir oerro de Wiclef. e dos fratricellos, condemnado noconcilio de Con- stança, Sess. 8, Art. 16, erro qual era: Decimce sunt purc eleemosyn~, e[ possunr Parochiuki prop ter p eccaila suorwm Rmlatonuta ali libitlcm sr4am sas auferre. Eu não o tenho defendido, anks que supposto ao princip70 foram os dizirnos oblação voliintaria, passaram a coslume necessario e obliga- brio pelo direito divino, quatenus suslentaç.ão dos ministros do altar. Eu abraço oque contra o dilo erro diz Yaliiz.. TALO!. Mar., Tom. S, Tral. 9, C. 2, $ 1 .

Nota: Convenho, apesar da tentativa do 8 60, qiie as vis- las dos nossos maiores antes da introducção do direi[@ das decrelaes fossem comprehender os incogitados dizimos d'es- les novaes de maninhos, que ti30 eram de dominics particu-

Sendo a carta regia dirigida ao clero, nobreza e povo, com a dada de 7 de março do presente anno (de 18iU), um dos mais illrrsires moritimentos não 86 da profunda sabedoria, libwnlidade de pt.incipic~s de administraçZo e dilatadas vis/iis para o Iniuro aiigmeiito da prosperidade cla naçiio, q u ~ i50 particularmr~nte cnracterisarn o feliz governo do principe regenke nosso senhor; mas tiimhem da incomparsvel bondatle r10 mesmn aiignslo senhor, o qual a maneira de um pae rodeaclo de filhos a quem ter- namente ama se compiaa em Ilies revelar os pi30jccios que tem mediiado para a siia felicid:id~, e gosa antecipada- menie dos beneficias qrie lhes prepara, e das bençãos que a idade prcsenle e vindoura derramarão sobre a epocha do seu glorioso reinado: succede infelizm~nte que algi~ns indivirluos, riu seja pur ignorancia crassa e rndesculpauel ou por uma mnlrciosa pervci~sidade, tiem lido o criminoso tlrsliccordo de siipporern j i cçtnbeleciilas algiimas das pro- videncias que siia attpzn real ainda náo est:ibcleceu, ha- vciido uriicarnt.iiic ordenadu na refrritla carta aos gorer- nadnres do reino que mediisiri sobre os meios mais con- verir~r i tns para sr, dnre~n as ditac protidtlricias, as quries só ynrlcm SPF dadas pelo incsniri augirsio scnlior, qiiando subirem :i sua real prhrst)ngn os trabalhos de que foi ser- uirlo encarrepnr os sobrrrliin?: ~or.ern:idores, irabalhos que por sua extcnsxn, iniporiancia e clificil combinaçao (tos direittis dos inieressados, pedem a maior mnduicza e irisis seria c circumspecta reflexão. Este reprehensivel e%- epssri se tem manifestado particularmente a respeito dos dizirnos, porqiip derlarando sua alteza real simplesmente (que tililia dado ordens aos governadores i30 reino para que se occiiIicni dos meios com que se poderão fixar 0s dizirrios., se tEein airetido algumas pessons eoni a rnais terrieraria e criminosa ousadia a recusarem a soluciio dos dizrinos ceclosinslicos, os quacs a tiicsma carta regia iieni

supprime de presente nem manda supprimir para o fuiii- ro, mas sU projecta fixar para que seja mais facil a sua sob$iio e rncais liure dos abusos qi-:epodem comniettcr tanto os que os pagam como os que as recebem. E postoque as

essoas que com rnanifes~a ma fé assim procuram subdra- !ir-se ao c~iinpninento de um obrigncúo Lõo sagrada, não

ossam ter escusa, poisque obram contra a letra clara da Li; cointgdo para ooriai de um golpe todos os sul ter fo gios e cavillnções a qiie se possa recorrer sobre esle im- portantissitno objecto, manda o principe regente nosso se- nhor declarar que a obrignção de paym os dizirnos cccle- siu,sficos subsiste no mesmo estudo e em. todu a suo força, sem mudança nem innoonção alyuma, e qi4e contra os que recusarem pagar os mesmos dizthaos k&em logar os procedi- mntos costzdmadm, náo havendo afh o presente Ici ou ou- tra deterniinacão regia que fizesse a nienor alteração so- bre esles artigos.

Palacio do governo, em 17 de setembro de 1810.

Com cinco rulirictts rios set~korcs go2;ernad~res do ccino.

SOB# AS OBU(Ó&S PIAS

Supplemento 1 paleslra craunlco-niiiral em fdrnia de dialogo na lerctrira crinferencii sobre as oblahs e espnalaneidade dos seus oflerentes, impressa em Lisbur em #805,

Olra maia demonstrada com rnonuinentos. cancilios, aoonislas e jurishs que o diealiiga, auclor da dila piesira, parece que nunca viu. Dislingoc-se com fundauieutos solidos o que elte niio dlislioguiu.

Sec cnim neteisaiium ssi, ul nova scnper propooalui matxria. PI~I$ artis e s l ilk. qua pr crrorem hacimus irrepiere, y g r r . di , uerurnqiie a lai io acpirarc, nec vel in basc, illam parkm i justitiic r ~ ~ u l i s d ~ t i ~ t e p

S~nrir. rol xiv, proprnmma De Fuuore Teslaman~irurn non fuwrobili. in liue.

Que e ulilaçán pia eui yral s em ayecial; quanlas t:piei La de oiiiyiiea pias,

quars sio ar de que aqui intima

O incomparavcl ranonista Van-Esp., no Tom. 5, c na dissertaç~o d e Jzire Puroehorum ad Dcci~nns et Otilationcs, C. 2, 5 2, explica toda a rubrica d'esia ficcçso n ' ~ s t e s ter- m?s: @ Oblatio generaliter sumpta idem sonat, quod alicu- jus rei non petit* sponlanea Largilio. Qus si homini fiab Donaiio dicitur, si Dto gratis proliriè Ohlaiin; qiiia culn

58 - Deo, utpote omniuin Domino nihil dari queat, rnaluerunt Cmooes eam Largitionem Ohlationem vocare. Oblalio ita generaliter sompla compre\iendi\ ct Obliiiion~s stricte di - elas et Decirnas, Prirnilias, et qiiidquid a Fidelibus in usum Minislro~bum Ecclesia: Deo Consecraíur.

.Voriirn modo loquendi Canonistis lisitato, Oblationes a Decimis distingriiintur, vownturque Oblationes q n z a I~idelibiis, vel nd Altsre, vel etiam exlra Allare ultro, e t roluntnrie citrn riHam in quaniitak, aut specie determina- tionem Dco, vel Ecdes iz dantur.

i I t aque in hoc przcipue Decimz aTi Oblationihus dis- eernuntiir, qiiod Decimz parlim ex jure, parlim ex Con- suetudine soleant esse deierminatz ad certam quotam et speciem; nee earum deterniinatio, et sdut io Fidelium Lai- coriirn voluntati et Liberlati sit re l ich; e contra vero, Oblationem tam quoad quotam, quam qiioad speciem de ierminalio a nuiu, at beneplaciko olrerentium dependere çonsueveril.

e Hoc modo s ~ i m a ~ o Otilnt,ione~ comprehe.ndunt omnia, qua s i m intcr vivo:, s i m rnortis causa, sive per lestamen- tum uliro el iloluntlii~ie Deo vel Ecclesia offeruntur; atque ita suniunliir in Q ~ J . 83, T. de Verbor. szgn.

( A t usu hodi8 fere ubiqiie recepto oblationum nomen pene resiringiiur ad ea, quz inter Missarum sòlemnia ad manum Sacerdotis ad Altare dari c,onsueverunl. D

O moderno e famigeracio tbeol~go Patuz., Thed. h., Tom. 5, Trai. 9, C. 9, 5, define e distingue assim:

*Oblationis nomen ut notat D. Thomas, et commiiiie est et parliculare. Commune quidem quatenus extenditur ad ornnes res, q u s in Cultum Dei exhjbentur, et hoc paclo Decimz et Primilig oblationes sunt, Genes. 28, n. 18, Exod. 24. Imo et obiationis nomine sacrificium de- signaiur, ut observat D. Thomas; nimirum, quando ali- quid exhibetur in Cultum Divinurn, quasi in aliquod sa- crum quod unde fieri debe,at consrimmenrlum, e1 oblalio est et sacrificium, Exod. 29 et 18, Levit. 2. Peculiare au- tem stricte sumptum nomcn oblationis designat juxta

, D. Thorna~, qiiidqiiid Deo offertur, iit integrum maneat Divino Cultui depiiiandum, vel in usus Ministrorum ex- pendendum. Tres in Classes dividi possunl oblationes siri- cte acceptw: sonsisiii in Donlziione alicujus rei i n t ~ r virios f:ma Deo, pt Ecclesb vel Monasterio; 2:. qiiz fit causa mortis in tesiamentis pro redernptione animz; 3?, deniqiio commonis et usitata, pua Pideles aliquas res suas of?'crrint iii Ecclesia ad Altare, vel in alio Eccle- s i s loco, sire extra Ecclesi:im ad Imaginem aliquam prw digiosain. n

De outro modo (nindiiqiie o mesmo na substancia) Liic. Ferrar., BibliotheL*. Canon. Jrvid. Nor., verbo Obldzo, a n. i , ibi:

nohlalinnes diililiciter siimipossrint, scilicet larpe, seu improlirie, e1 slricte seu proprie. Oblationes large, seu im- propriesuinptz imporlaiit orniiesa~lioties, per qiias qusciiin- que res a d Diuinurn cultuin exhitentrir, seii offeruritur. Et sic suh nomine oblnlionum veniunt etiarn Uecims Prirnitire, Genes. ZH, n. 28, Exod. 36, Levit. 4. Ohlaiiones stricie, et proprie sumpte dicuntur res i l l ~ , quas Fideles Religionis intuitu irnrnediole Offerunt Lleo, ut deserviant vel ad usum Ecclesix, vel ad usum hIinistrorum, Math. 5, Deuler., n. 23, Illalacti. i; sive sinl mobiles, sive sint irnrnohiles, sive testa- merito legeniur, sive aliter doncntur; unde hnrum otilaiin- num Ires sunl specios: I.", dicitiir Donaiio rei inter viros facta Ileo, et Ecctesi~; 2.: diciiur Donatio causa mrirlis, quae li1 testamento pro redemptio~ie anima; a,", dicilur iisualis, et est illa quam faciunl Fideles offeei.endo aliquas res in Eccksi;~ ati Altare, au t iri atig Ecclesi~ loco, aut etiam exlra Ecclesiam ad Imaginem rniraculosa~.r

Concordam em çubsiancia ri'esta definição e divisoes, Barhos., de Prrroçh., C. 2'1, Lagunes, de Fructib., P. 1, C . 33, a n. 3, e cnm grande ;ipparato de DD. canonistas, lheologos e juristas, Cortead., Decis. 170, a n. i.

O papa Bonorio III (que regeu a cadeira de S. Pedro depois do anno í2i6, succcssor de 1nnoc.encio 111, que no concílio lateranense 4.0 e no C. 49 de Simon havia apprmvado como lorivavris os cnstnmes das offertas. de rloe

GO - se t.ratari na secção 3."); e-e papa no C. 29, de PIérbor. signific.; comprehende rietaixo do nome oblaç&o (para ad- judicar uma ierça a certo beneficio), como O succou Gi- berl, Cotp. J I L ~ . G n o n . , Tom. 5, T. 10, pag. 2Ui: 8Om- nia q u z in FeBviiatibris sanctorum miltuniur ad Loca sancta, vel ~ior ianlur ad dornum Sacerdotis in tu i~u Dclun- ctorum; quz in Camalio ponunkur, quod de Altari susci- pik, ct facik per Ecclesiam deportari, qux ante Crucem in Missa Trinitatis, quae a Dcsponsatis dantur, et Lampa- des ex Oleo; quae dantur Nuntio ad ea ornnia recipienda destinato, primitiae, d e c i m ~ , dona pro Illissis Defuncio- riim, pro septimis, trigesimis, anniversnriis, oblata intra hebdomadam rnorluorum, judicia, eic. 2

De Van-Esp., Sect. 4, L. 2, C. i O, e de Hieg., P. 3, 5 537, recapiloii Eybel., htrod. od Ias Eccles., â 464, Not. (b) que:

<Varia hodie sub nomine oblationurn ueniunt : i:" guasd aram facienti, ut sacri fruclum pi8 cujusdam intentioni appli- cet in modum stipendii coricedunlur; 2.", q u ~ post adminiç- Irata Sacramenla, atit alias functioneu pastorales popiilus 0. ferre solei; 3.", quz in arculas, ad coUigendas populi Largi- times expositas, immittuntur; &.O, q ~ i z cirwmeunlibus per Ecclesiam, e1 Eleernosynani c0lligentibiis danlur : 5." lc~u% quovis modo in arnibus, oc-is, butyro, etc., et i n usum Mi- nistroriim Ecclesin, vel pauperum in ipso Templo ponunlur, vel a Clericis, aut adituis ostialim colliguo\ur; 6.0, qu8 ir1 Oraloriis, vel sacellis, in quibus Imagines beneficiorum f!ma celebres, vel sanctorum reiiqiiia cuiiquiescuiil a visitanlibus offerunlur. i Confira-se o mesmo Van-Esp., Tom. 6, Trai. de

, Jur. Parochor. ad Decim. es Oblaiiones, C, 2, 3 ,I, r. In ftoc - laniew traclutu.

0 2

Não ti-ato aqui da e espeicies de o f f e i a que se fazem a Deus e 5 igreja por doações entre vivos ou por actos de ultima vontade; nem dos dizimos e primicias " Iato modo offertas, nem do esiipendio que hoje se J i pe-

'

Ias missas tambem otTerl;is; 1r;ito siiii i las mais qirc rrc.0- pilaram os DL). p ~ i ~ x i m n r n e ~ ~ k ciladas, Fa,xil Deas!

91 - SECÇAO J I

Oblasóea na lei nalaral e na escripia

5 :3

Na lei natural. O uso das offertae a Deus principiou na origem do mundo e continuou no tempo da lei escripta de Moysés. Caim, filho de Adão, offereçeu 3 Deus fructos da terra; Abel os fetos primogenibos e mais gordos do seu rebanho. O Senhor aceitou a oblação de Abel, e reprovou a de Caim, Genes., C. 4, $. 2, 3 e 4 . Noé logoque saiu da arca edifiwu um altar ao Senhor e lhe sacriBcou parte de todos os animaes e aves; Deus aceitou benignamente o seu sacrificio, Genes., C. 8, t. 20 e 21. (A esta classe da lei natural pl ihmos referir a uffet~a dos magos a Deus hlenirio, Matth. 2.) Abralião pelo preceito do Sentior llie Sez a oblação que se lê no Gencs., C. 15, t. C3 e 10.

Na lei escripla: No Exod., C. 23, Y. 95, se lê o pre- ceilo d e Moyses: Non apparebis in co~u ectu nteo eiaclrus. Mo C. 25, *. 2, se repete. No Deuier., . 26: Et celebra- e bis diem festum.. . Oblolhsm spontaneam manus dure, otc. No Lili. Nurner., C. 7, se nolam a s grandes e profu- sas oblaçães com que o povo concorreu na dedicação do tabernaculo e do altar.

Nota: Bem qiiè isto era de canselho e não de preceito, Cor- tead., Decis. 170, n. 7, ou um preceito ceremonial que ces- Snii pela lei evangelica, Cortead., Dec.is. !?O, n. 10.

Na lei evangelica, e tempo da prégaçiio de Jesus Christo, continuou ainda o uso das offerlas no templo, como se nota em S. Matbeus, C. 5, P. 23 e 24. Ao mesmo Jesus

Clirislo emquanlo vi10 e seus apos1010s se faziam oirertas, das quaes ludas era o recebedor e despenseiro, Van-Esp., de Jur. Ecclcs., P. 2, Sec,t. 4, T. 1, C . 6. Ernfim Jesus Christo, ellc mesmo, se offerec,eu corno viclima ao Eterno Pae pela expiação dos peccados do miindo; victima supe- iior a todas da lei antiga, Paul., ad Htebr., C. 10, to\.

~irrarnatamel~ pcce,em~rlin pii'a mer aeelta POt. a ~blaC*

Primeira: ~ u k e z a de consciencia: (Victimz Irnpionim abominabiles Domino: Voia justorum placabilia~, Prov., C. 15, t. 8. Dona lniquorum non probat Allissimus, nec respicit in oblationes iniquorurn, nec in n~~l t i ludine sa- crificiorum eorum propiliahitur pcccatis, accles., C. 34, $. 13. Hostiae Impiorum abominabilcs, uia o8crunlur ex Ir scclere, Prov., C. 21, t. 27: a Si ergo o ers munus tuuni ad Altare, et ibi recordnius fucris, quia frater tuus habet aliquid adversurri te, relinquo ihi munus tuum ante Altare, et vnde prius reconciliari fratri tuo, el tunc veniens offeres munus luum,. Confer. Genes,, C. 6. k. 3, Reg. 1, C. 15, $. 21, Psalm. 39, 9. 7, Jerern., C. 6, $. 20, Amos., C. 5 , t. 22.

a 7

Segunda: Que as ohlações se façarn de bens licitamenle adquii'idos:'~Non offeres mercedcm prosiibuli, iiec pietiuni Canis in domo Domini Dei lui, quidquid iitud esl quod vovcris; quia abominatio est utrurnque apud Doniinum Deum tuum.,, Deiit., C. 23, V . 18. Honora Dorninum de

. tua subslanlia, et de primitiis omoium frugum da eit , Prover., C. 3, t, (3, ou conforme outra versão: ~Honora Doniinucn tuum de Iaboribus t u i s ~ , U. Aiigust., Serm. 25, de Verbor. Dom. Veja-se com S. Thoniaz Paluz., ~ h e o l . Moi.., Tom. 5, T1'3t. 9, C. 9, 5 9: V Q U X itaque slinl pec inapinam, rei fui-tum, vei alio modo jushiiiairi Iadente

acquisita, non sunt obrerida, sed Dominis restituenda. Quz vero alio pravo sunt acqiiisita medio, nec in oblatio- nem dandlz, nec accipienda. B

Olil~k nau iieculos da igreja nscenlç; naturem primitiva d'ellas

Na primitiva igreja, e no tempo dos apostolos os fieis converlidw a fé de Jesus Chrislo vendiam as suas pos- sessões e levavam os preços aos pés dos apostolos, dou discipulos e dos fieis, como se refere nos actos dos apos- tolos, C. 4, k 32 e seguiriles, e C. 5. Totios os bens tem-

oraes eram então communs entre os primeiros christãos. i urgol., Traztd des Testam., C. 6, Sect. 1, n . 48. Na0 ti- hham dizimos, nem outros estabeleeimenios mais que as oblaeaes de que viviam o bispo e o clero. Enlao os chris- tãos com o espirito dos anligos voventes, na lei natural e na lei escripta, offereciam pão e vinlio nos altares ao tempo da oblata em abundancia, parte do qual se sacri- ficava, e todos commungavam; sendo já reprehendidos os opulentos, que sem nada ou pouco offerecere~n, iam com- mungar das offertas dos pobres. Tambem se offcreciam espigas, uvas, azeite para as lampadas, incenso para os sacrihcios. Isto se recebia pelos diaconos; o mais se cii-

viava a casa dos bispos e presbyleros, que os dividiam com os diaconos e pobres. E aindaque na Paschos se offerecia mel e leite para os que se baptisavam, este uso se alioliii. Não coiistn que nos primeiros seculos se fi- zessem oblações de dinheiro.

Passando a fazer-se o sacrificio eiii pãio azimo, e ces- sando a communhão em amhas as especies, cessaram as

oblncões de p5o e vinho nos aliares, e sutirogaram offer- tas de dintieiro, como esmola das missas por vivos e de- filntos, não para os celebrarites, mas para o eommurn do clero, e o resto para os pobres. Mo secn\o !i se invenlou* uma arca cbainada Gazophilacio, cdlocada na snida dos templos, em que se lançavam as esmolas de dinheiro que os christáaos offereciam; e dednzido o parcamente neces- sario para o bispo e clero, o resto se distribuis aos en- fermos, presos, peregrinos, riuvas, pupillos, elc. Outras offerias se levavam ás casas dos bispos e presbgteros. Tambem havia um terceiro genero de ofiertas que faziam os christão;, ou quando recebiam os sacramentos, ou nas exequias dos mortos, ou nas dedicaçóes dos templos, ou em outras funcçaes dos sagrados ofXcios.

No seeulo iv se coslumavam offertas nos baptismos, o que o concilio eliberitano proliibiii, náo porque fosse reprovada receber offertas voluntarias, ms para que não parecesse que o que os sacerdotes deviam dispensar gra- tuilarnente, se vendia por preço. Nos mesmos tempos não eram admittidas as oblações (assim como na lei escripla ut 55 6 e 7) dos peccadores publicosi elc. Tudo isto 8

muito mais se piide ver em Benedicto XIV, de S nod. Diieiea., L. 5 , C . 8. Cauallar., Inslii. k. Cmm., 5. 9, C. 32, Berard., Jus Eccles., Tom. 1, Diss. 6, C. 5, Vau- Esp., de h r . Eccles., P . 2 , Seck. i , T. 5, C. 4, e Tom. 5, Tmt. de Simon., P. 1, C. 5 e 6, kot., Patiiz., Theolog. Mo?+., Tom. 5, Trat. 9, Diss. 4, C. 1, 5 6,

,-- Se pelo direito divino na lei eseripta eram por natureza

roluniarias todas as olilatóes, Exod., 1:. 425, t I, ibi: Ab

-

o5 - omni homine, p21a' oferet tiltroneus, acc@ietis em. E C. 25, a 5 , ibi: onarais uoluntarius, et prono animo o8erat eos Do- mino: auruin, ef argcntum, ct ces.

Na lei evangelicn iiáo mudaram de natureza. u A s c ue no seculo ir ($ 9) se lançavam no Gnzophilocio, diz er- a iullian., Apolog , C. 9, referido por Benediclo, supra, 5 3, d. C. 8, eram puramente volunhrias, ut ibi: .Si quod are= genus est, non de ordinaria (a1 honoraria) slirnma quiisi redemptle religionis redernpta., congre aiur. Modi- cam unasr~uisque stipem, menstrua die, ve curn velit, 7 e1 si modo velit, et si modo possit, appnii : nam nemo cornlialli~ur, sed çponts confert n . I Ei (continua o mesmo Benedito) Justin., Apolog. 1, ad Anton. Pium, n. 67, quasi ralionem redens pecuniíe, qua i n Ecctesiz Gszophi- latium eonjiciebatur ait: Qui abuntlani, et volunt suo ar- bitrio, quod quisqiie vult, largientur; et quod colligikur apud eurn, qui przest deponitur, ac ipse sttbvenil pupillo, et viduis. .. Uno verbo, omnium indigentium curam sus- cipit.. . Eiindem morem deponendi pecuiliarn in Gazophi- Iatio commemorat Augustin.. , et Paulin. .. quorum proin- de testimonio constat, labente seculo rv, et decurrenic v, illum perseverasse, etc. 9

% 12

As offertas nos baptismos, nos iuncrnes, na recepç6o dos s9crnmenta eram da mesma fÓ18rn:b volunia~ias, e ninguem podia ser consti*angido a presia-Ias, C:ivnllsr., hst. .kr. Canon., P. '-2, C. 32, 58 3, 4, 5 e 6, Uohem., de Pnrock., Seci. 7, C. 1, 5 24, Ziegler., ad Luncell., Lir. 4, T. 7, 5 5, verbo Obhfionrs nccipiat, Van-Eqp., ci- lat., srlpra. 8 i ,

113

E aiodaque alguns DU. quiaviam que pelo preceilo do E R O ~ . , C. 23, Non apparebis in costspectu mo vacuus, do- ram sempre ser de necessidade as ofertas: #Nova legc gra t i s attenta, et'jure canonica inspecto, contrarium re-

5

til - solvendum est imo quod omnino Oblationes volunlarie sinl; quia in Lege Evangelica nullibi jure cautnm est, ut ad earum pmstationes frdeles teneantur, quare de pr%- cepo nonm esse docent coinmuniter DD., et illud, Exodi est dictom ceremoniale, quod in nostra Lege nova servare non adstringimus. Ideoque de jure in libera voluntate of- ferentium remanent oblationes, quiii ad eas Parochiani in- viti compelli possint, quod et expresse probatur ex Con- cilio Cabilonensi sub Carolo Magno celebrato (nnn. 813, ex Berard., Tom., pag, 386), C. 6, ibi: Animaimuin saiu- tem inquirere sacerdos de&, non lucra terrena, quo- niam fideles ad res suas dandas non sunl cogcndi, nec circumveniendi oblalio enim spontnnea esse debei, juxta illud qubd ait Scriptura voluntarie sacrificabo tibi, Psal. 55. Iia rsolvilot D. Thomaz., elc. ebc. Lagun., de Ru- ctib,, P. i , C. 33, o. 72, 73 e 74, e com outros muitos DD. theologos, canonistas e juristas, Cortead., h c i s . i70, n. 6, ibi: Oblabiones in Iege evangelica non debentur, nec cadunt sub praeceplo, çcd sunt per se, et ex natiira sua sponlaneB, ac volunlariz, dc., et a n. 8, omnino vi- dendus.

F; i4

Cotno porim pelo preceito do aposto10 deve viver do altar o que serve ao altar. d'aqtii vem que: uUnivers8 oblaiiones (quz sane lunc erant in obligatione, cuin ali- ter non prospicerclur nec,essitaLi Cleri) in potestalerii Epis- copi conferebanlur, eas inter CIericos distributiiri: at cum coepií obligatio decimarum induci v. infra a 55 23 e 26), I cceperunt sponle dblationes ex fide ium pieiate conferri~. Beiard., Jus. Eccles., Tom. i, Diss. 6, C. 1, prope fin. Mas onde os parochos não percebem dizimos sufficienles ou coiigrua competente, sempre ficaram e derinm ficar as oblaçíSes de iiecessidade para a sua sustentar,ão, Lagun., supra, n. 7 3 e 76, junlo o n. 72, Bohemer., de Paroch., Seci. 7, C. 2, õ' e 8.

S6 sim 6 de obrigação: i.", o voto ou promessa Feita a Deus e a causa pia: ~ C u m votum voveris Dotriino Deo tuo non tardabis reddere, quia rerjuiret illum Dominus Deus tuus. Et si moralus fueris reputabitur tibi in pec- c a t u m ~ . Deuter., C. 23, f 21. (Siqiiid vovisti Deo, ne moreris reddere, riisplicet enim ei inhdelis, et st111lit pra- missio, sed, quodcumque voveris redde. Multoque nielius est non vovere, quam post votuni prornissa non reddere~. Eccles., C. 5, t 3 e 4.. Redde Altissimo vota lua, Psalm. 49. Reddam tibi rota mea, uie dis~inxerunt labia mea, Psalm. 69. Confira-se o Cap. 't icet a. de Voto.

fi de obrigaçáo, 2." a oblação que se deve á igreja ra- tiome censzis, perasionis, aub Cmuentimis antea factae mm Ecclesia, Cortead., Decis. 170, n. 6, Lagiin., supra, n. 78, a menos que os pnrochianos das igrejas íiliaes se bbrigas- sem 9 estructura e ornato das capellns maiores e congruii dos curas; porque ia1 contrato cassa e rc rova o concilio bracharense 4." Art. 2, de Fabricarum ptationc, etc., C, 8, pag. (mihi) 87.

L S i 7

E de obrigação, 3.", qwndo o h b h n e s debilBtur CL h. tamzsatu, d o t a a t k , Legato. Coricad., Uecis. 170, 11. 7, Laguri., de Pmtib., P. 1, C. 3, n. 70 (DD. citat., , Porém hoje pela lei de 9 de setembro de 1769, e pea ! <1 e 3 de agosto de 1770, se mandou que se abolissem laes . preslaçoes iinnuaes, com que a favor das causas pias se oneraram os furidos de terras, e se prohibiram taes prcs- tações de futuro: sálo emfim de obrigaçào as oEer~as cos- tumadas aos parochos necessitados (5 li), não quatito aos providenciados de dizirnos, corno demonstrarei nassec- Cóes segsiiilcs. ,

Vaiq& dos povPRli,s pTa a &,i51e~ía da clcm, e divehos fados d i t ~ fllila<rs;

nos seculbs scguiiiia

Depois que o imlierador Conshntino, o grandc, esla- heleceu a paz da igreja, c cessaram a s persegui~fies, eIIe por uma lei de 321 permittiu 5s igrejas calholiras e a todos os corpos ecclesiasticos receber totias as titlcralida- des que se Ihes fizessem Iior tesiamcnto. O aliiiso d'esln permissão occnsionou uma lei do:: i rnp~r3d01.e~ Vnleiili- niano. Valente c Graciano, etri 371. cluc llies rcslringiu aquella liberdade para nrio receherein lilicraliiladrs das mullieres. Outra dos mesmos imperadores, do anrio d e 390, prohibiu receberem das diaconizas. Estn Ici Foi re- voaada no mesmo anno. Depois Martiniano na sua no- veta de Testametatis revogou esias, e rcs\nhslecou a s cou- sas no estado em que Constantino, o grande, a s tinha irietlido ao s u j e i b da capacidade das igrejas e commrini- dades ecclesias~icas. Justiniano finalmente, omittindo in- serir no seu codigo eslas leis interniedias, se conformou cnrn a de Constanlirio, pela Novell. 131, C. 9 e 12, da-

- Lada em 511. De sorte que pelo uliimo eslado da jirris- prudencia romana as igrejas e commlinitl~dcs ecclcsias- iicas eraiii capiizes de instiluições e Icgarlos, I?urgole, Truite des teslaments, C. 6, Secl. 1, a n. 50, hlellg. Hts- tor. Jur. Civ. Lusifala., sub $ 55.

Nola. Com elfeito aniB de Constantino não consta que as igrejas liuessem bens de raiz, tendo-se sustciitado nos prl- meiros tres seculos s6 de offertas, e ossuindo sfi movea.

roda., Secl. 5, C. 1, 5 40. P Linck., de @i$. Tempd., C. 11, n, 4 3, Boh~mer., de Pfl-

Com esta pennisssào, pela piedado dos lieis c por ou- tros modos passaram em breve ternpa as igrejas a engros-

' sar cm rirlilezas crinsisfen~cs em fundos, cni redditos du- rante o inilierio romano em todo o orbc. IUeury, Discurso sobre o historirt ecçl~o;rasticu, Filangieri, Sciencie da k gislrr~no, Toni. 2, C. 5.

a 20

Depois de assim opulcnio o clcio era conçequcnte ces- sareiri o u diiriinuirein us obldpúcs das Jieis, ucndo super- aburi(lantemen1e providenciados os iniiiistros da igreja; bem que o Can. 20, Caus. 12, C. 2, de S. Gregorio Ma- gno ( ~ U C govornou depois do anno de 500), dá idéa da constiiiiição das offertas depois dc ici,cm reildi~ns as igrcjas.

O &i Carlus I\lartello despojo11 : ~ s igrejas Je seus bens e os (leu i nobrcza guerreira mitiiar: el-rei Pipino, siic- ceasrir, tentou n restituição, mas ficou eiii esperanças a igreja. E corno Carlos Martello achou todo o patrimonio publico rias mãos dos ecclesiaslicos, Carlos Magno achou os bcns dos ecclesiasticos entre as inãos rlas gentes da guerra. Niio se poilin fazer restituir a estcs a que s e lbes iiahn ii:ido; e AS cireiinistancias em qoc então se cslava faziam n resiituição ainda mais iinpratiravel. De ouira purte o christianismo não devi;i pcreceib por falia de ini- nislros, dc lemplns, dc inslrue$rics. portliie no iempo de Carlos Marlello os bens das igrejas foram dados ;ros Ici- gos, e se dcirou que a clereziti subsistisse como ella po- + % c , Monlcsquicu, L. 31, C. 12.

Nota. Sobre este iricomparavel abuso iirie Fr. Joaquim, verbo lqreja~, pag. 49, Col. i . Acresccntn o mesmo Mon- tesil. : # A s leis dc Carlos Magno sobre o estabelecimento dos diaiinos crsrn ohriis tlc necessidade; tr religião a l i twc 3

unica parle, c a supersti~áo nenhuma parte a11 levem. O mes- mo Fr. Joaqciim, rarbo Terpspontificias, pag. 350, diz que 0s dizirnos siixcderrrn 8s oblaçóes dos rieis e com o mesmo destino.

8 22

Isto fez coin,c~iie C;ii.los Magno, neto de Carlos hiartello, estabelecesse os dizimos, novo genero de bens para a igreja. Elle foi o primeiro que por um capitular do anno de 800, diindo um exemplo grande, sujeitou os seus pro- prios bcns :to pagamento dos dizimos; e para reparar de algum modo os daninos que seu avb havia feito á igreja, r le i~ou duas paries de seus bens a vinte e uma nietropoles do seu impcrio. De sorie que aindaqge antecedentemente os PP. haviam pregado os dizimcis, e o concilio de Macuti no anno de 585 tinha proclaniado a devida observaiicia dos do Leviiico, s6 n o anno de. 800 vierarn a estatiele- cer-se por Carlos Mago e por seus capitulaws, Monresq., d. C. 12, iodo. Concordam que n'esta cpocha se estabele- ceram os dizimos, Cavallar., Inst. Jur. &cEes., P. 2, C. 3'1, § 2, Van-Esp., de hcr.. Ecclrs., P. 2, Sect. 4, T. 2, a n. i!) et 20, Fr. Joaquim de Santa Rosa, n o iiovo Eluciditrio verbo Decima, pag. 345. Acrcscenta o tnesmo Montesq.: %As leis de Carlos Magno sobre o estabelecimento dos dizimos erani obra dc necessidade; a religião ahi teve a unica parte, e a superstição nenbunla parlc ahi tevelo.

Nota. Não tleixou poiném de ser custosa ri'esse tempo a aceitação do estabelecimento dos dizimos, como se v4 em Montesq., iP Le Yrrijef, et f Le Psuplt.

No iiiesmo sectilb v111 sc passoii a [ierrniilir aos clerigos o esiipendio da riiissa, que antcs ($ 9) se applicava para o cominum do clero, Benedicto, dc Synod. Dkvces., L. 5 , C . 8, $ 5, Eytiel., $ 381, Letr. (h). E por isio é que O

ciktao Fr. Joaqiijm diz que a otirigi~çáo dos dizimos ficou eni lcigar das ohlacoes que d'tintcs, e tlcsdc: it primitiva

c.hristandade se pralicavam. O mesnio Fr. Joaquim, verbo Terças pontificaes, pag. 376, diz que aos dizimos depois de introduzidos succederam as oblaçnes dos fieis, e com o mesmo destino. Por isto é que Berard., Tom. i, Diss. 6, C. 5, propc fin., diz que: cUniversz oblatioiies ( q u a sane tunc erunt in obligi~tione, ,cum aliter nrin prospiceretur aecessilali Cleri) in potestatern Episcopi conferebantur eas inter Clericos tributari. At cum c ~ p i t obligalio ki- marum induci, coaperunt sponte oblaiiones fidelium pie- lati conferri, etc. Por isto é que como com Christian. Lup. diz Van-Esp., P. 2, Scci. 1, T. 5, C. 4, n. 16, que: t Post- quam denarii oblati in usumSaccrdoturi~ cederi caeyerunt; tiunc ob avitam populi de Cleri avariiia, ei nimiis proven- iibus calumniam, defecit paulatim etiam denariorum obla- tio, conlracta fere ad solam Missam i n exequiis defuncto- rum, elc. i

Nola. O grande canonisla Berard., kls Eccles., Tom. 4, Diss. 6, C. 5, debaixo do Ve'elzsstissim, depois de reco- nhecer que o preceito do Levitico quanlo As decimas B inap- piicavel ao povo christão, elle (e não attribuindo a sua ori- gem e estabelecimento a CarIos Magno e ao poder civil, mas

I so a igreja, e poslerganda estes factos historicos} diz, qiianto as decimas e oblações de que tralatmos, ul ibi: .

qhd hac principia respicientes Apostoli, ac veri Aposlolici .

non decimas a fideli populo petebant, sed olilationes, quas ubi ampliores eranl, pauperibus, indigentibusquc commu- nes hciebant. Postcrioribus secutis coeperunt viri Ecclesias- tiui, eliam Ecclesiarum nomine bona immobilia possidere: sed quando hax minime snfficiebant, oblaliones adhuc a po- pulo quaeritarc perrererunl. Et quidcm qquouque populus sponte, ar, libertissime ciorimrum necessilatibus contulebat, etiam abunde, rion opus fuit promulgatione przcepli. At ie- frigeswt~ie populi charitate Leges expresse edendz fuerunt, quibus sacris administris occurreretur. Profelo in speciali h g e expresse brenda opus erat definire quantitalem, quam . unusquisque conferret, ne lex ipsa indetiniia in irrilum ca- derel. Alium normam hac in re non iiivenerunl PatFes Eccle- siaslici, quam eam quae tevilarum gratia posita fuerat in ve- tere Testamento: Proindeque apud Chrislirrios ium c ~ p i l decimarum prr~slatio fiari, ek. 8

Oiilra ~irigem iIirers:t Ihes assigna Bohc~i. , de Pa~.och., Secb. 7, C, 1, 5 7, com Paul. Sarp.. de Benvf., Ari. 2 1 , quc nán proila inais a prFgaçKo dos padres para promu- iter o uso dos diziirios do Lev~iico, t! B presumida condcs- cendencia dos c.hrist5na. A meu ver, a origem mais cerh, e a caiisa neceauriria d'ella 6 ;t ijric refcic Monie>q. ticiniit ciladu ($$ "2 c 22).

5 36.

Esia disciplina doa tiiziinos (sem diivida introtliizidus no fiin ilu seculo vrir e principio dó ix), oii fosse por le- giday5ii civil, conio querem os polilicas, oii pela ccclc- siaslica, conio querem alguns canonistns, o certo C; qiic nRo cbegoii por cniáo scnão ali! os ulririla. fins e l~aiizas da Hesprinh~, q ~ i c gcrnia ncnhrunliadn pclns sequazes tlc Mafoinii (Pr. Joilcliiim, verbn Deciiizas, pag. 345), os quacs com effcilo irivadirarii as Nespanlias pelos minas dc 714.; Mello, &t. Jiir . civil., suh 5 29 (~ernpo em que airida niio estavam cstabclecidos os dizirnos, Pr. Joaquim, igreja, png. 48, Col. 1, e pag, 51, Co\. 2, prope fin.). Os arabes, que occoparnm a iioçsa Liisilariia, lhe deix:i- rnrri a liticrda(1e dc religião, r. a eleiçáo das leis civis,

. Mello, supra, nota no 5 33. i3 nn'eestc nicii, tcmpo ale á slia total expulsão, é notavd a his~orili d;i cdiíicnqiio das igrc- jas e mosteiros n'esie reino, cJ;is suas vetidas e doações d'elles por.pessoas particulai~eu, o qiie sc p6de ver no mesmo antiquaria Pr. Jo;~ifuiiri, sub verbo lgreju. E de tudo vem :i concluir, pag. 51, tr Do sobredito, ibi:

aDo sobrerlitn se manifmesta qiic por lntlo o seculo iii C prin- cipio~ do seculo xii as igrejas e mosiciros eram apanagios. morgados oii pntrimriitios ile gerili? li!iga, re.servada iinir~T- mente a friig:ii e limilada porcão para os clerigns o11 motigss. Por todo este Lempo se nán ofltrccc doaimentn nlpum que nos convença ile qiie em IIortijpal se p q n a r n os dizimou, como logo depois sc praiii:nu. Os testamentos on do3~5es tias villas e he.ril~der, que is igrejas i: inoateiros $c faziam, eram os fiindoa da $113 ~ ~ O s i ~ t ~ ~ t c i a ; inas estas br.eiidas erânl agrictillatlas pelos rcsliel;livris sci.i os o11 eol~irii~s i:oni as reli-

das c [iensfies quc sc pacteavam; pensõeu t: rendas om que (1s seciilnres st: nulieiam, r'ewrradas para os pastores das al- mas as piiniicias, olilarõcs, passaes e outros beiieçses, do quc liciiiestdmente sc maritiiiharn sem a ostent3~4o que osdiairnos ao dilpiira lhe graiigparani, e1c.n

Si: Ii ii;is niaiu riiicõcs depois d o seçulo viii se e?;Labo- icccriin i! furam [iropugando os dizinios ($5 22 nlE 24). rios íiris do scciilo XI ii qiinndo os nossos maiores foram corilicccnilu a ohi.i:;~rfio ddrs dccimas ou ilizimos, qnc sh tio seculri sri gcmlrnciitc roi cntrc ntis reconhecidii, o tnes- mo Fr. Jn;iqui:ri, verho Decinm, pag. 34 5 , Col. 2, crci*l,o Igrfjff, p;. $8, (,h\. i , jui\l@ f i ~ ~ i .

, Esl;iliclecid:is assi o i as deciin;ls l i nas mais naçùes dcsdc o scculo vili c na nossa desde o seculo xii, teiido cess:ido com ellas ;i iiecessidndc das oblações para a siibsistencia do clero ($ 23); 6 abnsequentc que ou cesçarani as obla- $fies, ou iodas 3s que depois sc fizsssetn seriam puramcnlc vuluntarias sem causa iieccssaria; porque, como lá ~ i m o s ,

' P 14 e 231, iodas as que não eram para subsistencia do c erigo eram ultioiicas; e depois dos dizirnos o ficavam sendo geralmente sem causa precisa c obrigatoria da . parte dos paiochianos, Van-Esp., Torri. 5, Disscrt., de $1-

mon., C. 5 , 5 4. J 27

Poreni Iogorjumos iliaitnus se esl;iliélecci~:~iii n,is iri;iis

naç6es, náo tardou muilo que uns se onfeird:issern, outros F m h as igrejas se tinissem csiliedraes, otitrtis corn ;AS 1 rejas c oblnr,õcs incsmas sa usarpasxm pclos gràndcs.

isto oecasionou cursilcm-sr as prrocliius por rigarios, . Uf latksimf, Burgole, Traitè des cures y~in~itifs, C. 3, grr

btum, onde nssitii o tleiiiunsira Foni trirlss as Iiistoi'ias, c

74 - ainda conci\ios. Em consequencia, assignando.se aos viga- rioç umas tenues,congruas, os vigarios suscitaram, como neçwíario p r ra sup lemenio das suas congraas, o antigo P- uso das obla~ões , a iás voluntarias, o mesmo a s oflertas n o s funeraes, cisamentos, baptismos e administração dos sacramcnlos, Cavallar., Insf. Canos., P. 2, C. 32, 8 6, nota (b), ibi :

aSemlo x et deinceps Lona Parochiaram, etiam ipsz De- cima pro maxima parte in Laicos, Canonrcos, e& Mnnachos transierunl; et proptep malos Claricorum. mores Clirisliaoi parum liberales erant jii Ecclesias parochiales. Hioc Clerici non hiibehnt undo viverent ; atque ideo dura temliorum wn- dillo pias offerendi consueiudin'es jn nccessitatcm cnnverlere feci1.n

Brihcnier., tle Jw. Pnr,och., Scct. 7, C. 2 , $ 8. uCum enim bona Ecc)esiastica per seciilrrisnlioiietn, alias-

ilur? ~ a r b s sulrtrauiones, q [ias turbidus i.ertini st31u1: prorII,o- vebat, atl profanos usus hinc inde mnverLeibr.ni.ur. Ewlesa iiigenlem subsiantiam smiserutit, urde alias Paroclii potui? seril commode çustcntarj: Hinc merito !imc Jura s10lz ~PSIS relitiqirenih erat, ut ir] partcm salarii coderen1.n

Van-Esp., de h r . Eccln., P. 2 , Socl. 4, '4'. 'i), C. 3, $5 21 c 24, ibi:

aEl sane iriapecta prirnigeriia decimarum origine alilue'ipsr Videliam otrorenQum prima intentione, videnturílecimz nori rniiiw jure ad Paroehum spectan: quam oblaliones, qüa 110. die in Sac.ramentorum admiriislrarione, et rnortuorum sepui- lura dari scilenl. Nam decimas a populo primilus oblatas esse Parncliis ad eum modum quo Irodie jura funeralia, aliave in Satxameittomrn administralione offerentur, et salvuntur; et hsi: a linl~tlo damum offerri, et quodarn modo exigi c ~ p i s s e postquam rariis modis decima a Parochis oblatae, et ad Ca- pitula, et Monasteria de.vo\utz fuere, a pluribuu observa- tum EI;L

~Uhservntque Cliristian. Lup., Diss. 2, quod cum seculo XI et xii Decreta plura edila essent adversus exaclimes!n Sacraiiientorrim admiiiistrabione, niliil tamen perfectum set., qiii;~. Eliiscopi IiiCre\a reeipere iioluerurit; nimirririi iII1,

qui vel ipsi. vel ipsornni Cathedralia, aut Collegiata Capitula possidebant Parochialium Ecçlesiam decimas; ideoque vo. lebant de ipsis splendide vivere, et miseros Parochas esurire, stifuc ita cogi ad iliciiiantlurn de solis olilationibw, aut es- aclionihus Sacramentorum, e lc .~

Idcni Van-Esp., V. 2, Sect. 4, T. 7, C. 8 , n. 40, ihi: ~Pi~slquarn aulem decims persodals desierunt, et de-

cjma ales, ae mixls sensim adMonasteria, el Capititla Ca- nonicorum davoliiW fuere, necessitas qaodarn modo caegit corisuctudiiies Iras offcrendi slahilire; ipsosquc laicos quasi i:rinstringere ad ip>as oblntiones hacteiius consuetas: ut Pa- i4mhotuni, e1 Ecçlesiarum Parochialinin necessitalibus pro- videretur. credilumque fui l sequurii esse propriu Pastori, tarn Iiro ofliçio E.\equiarurn, qnanl Heliquis Ctiarilatisoficiiu de- funclo, vita cjus diirnnte, impensis, debitum liorioniium posl mortcm pr~star i , uli loquitiir Synod., P. 2 Carneraccnsis, 'r. 12, C. 8 . ~

Conlira-se o tiiesnio Van-Esp., Tom. 5, Disssrt., de Si- moa., C. 5, $ 4, tol., ;ionde sc veia demoiidrado ludo o exposio por factos Iiistoricos e caacilim; e mais larga- mente em Bohemer., ud Pondcct., Exerc. 86.

E iarnbem no nosso reino logoyuo, no SBCUJO III (8 25), se estabeleceram m dizirnos, não tardou muito que se não unissem as ordens militares (eoevns c.om a rnonirrchia, Pr . Joaquim, ver* Decitaar, pag. 35 4, t fiesta $4, a. mos- lciros, a cltbedraes, a uimmcndas, servindo-se as paro- chias coi i vigarios, a que se assignavam congruas, como mm varias docu~nenlos prova o incansavd rniiguario, verbo Decinm. '

4 B 29

Com effeito vemos, I.', em MeHo Preire, Lia. I , T. S., 5 38, na noia, pag. 75, tini grande apparafo de doaçfies, que 0s senhores reis cl'este reino Ezeram dc decinias ec-

76 - c;lesiasi.icas, como suas, a igrejas, iiiosteiros c pcssoas no- l~res. \Iemoç, "L.", que a ordem de Christo, siiccessora na maior parte dos bens dos lemplarios (a quem o senhor D. A h n s o Henriqiies Fez imrncnsas iioações, Estutiltos da oidcm de Ckristo, P. 3 , T. 1 , t.em cluaLrwentas cincoenki i c quatro conirncridas que ca culou Peg., Tom. 2, nd Oi'd., Liv. I , T. 3, G\oss. 81, n. 5, pag. 449, s se rclni.am nos ditos estatuios a pag. 134. Vemos, 3." que n ordeiii dc. S. Bento dc Ariz (estabeleciila no ama de 1146) iem quarei~ta e d tias comiiicndas, Peg., supra, Gloss. 43, n. 5, pag. 151. Veliios, h." que a ordem rlc S. Thi:igo Ir ir i nii-

i ras mriitas, I%:,.., supra, Gloss. $2, n. 5 , pag. 151. Ve- mos, 3.", l ias Mmorias rla ordcnt nniililar rle Mmlttr, ;i png. 3'35, qoc cstn ordem tcm n'esic rcino viole e cinco

cBo aniie- e grandes comnicndrts. E qiiaiitas igi+ejas náo e- X ~ S i s ordeiis bcnediclin~t? ~ i s ~ c r c i e n s c ~ 5 (jus conegns \'c- gulnrcs, tis cs~licilracs c b univcisidadc rli: Coiml:ir39

E sc 11:)s in:iis riay?ics 0 rcsuliadu di: ?e crifcudurcni o.? tlizirnas, r: sc unirem n rilosteiros c igre.i;w foi o c~iic iit vimos (5 271, o mesiiio fo i n'eslc reino, porquc pruviilen- ciados os vigarios coiri Iieqtienlis congriiiis, suscitarain as oíTeri:is dos iuneraes, baplismos, eic., para se subsidin- rcin clc urna decenie oii lauta susienlii~ão, esccsso que Iransporloii o moderno cirndi, anti uario a clccl;im:ii dc- Ii;tiro da pnlav,ra Dcciinos, Iiag. 3 i$. i b i :

nRtk cb quizera que as igr~j;is, eu.jos dizirnosse 1:iinonlanl alien:irlos, iião fossem com ti111h iiidiffcrcn~a criiitern[il~d;is, ~IIE c13.sç3s$em j i 9s sentidas qiiciuas ilos bem irite.ni.iiiiiad~s qiit nlrt podem soffrer o rililieridio dos pastores e o exame tkis ovclhps ... Que se reproduzarn aqui certos usos do ,algii- mas ijirqjas ... Qiie cous;i tão indigria do nome de christáo? Bem potli: ser quc a negra ambição introduzisse uns; opJ qilçin iliivirla qiie a indigcncia e prriiiria grave dos congruls- tas oczasioiioii 3 iritroiiuc@o de outros muitos? com o rodar tlos ;1111icis encareceu I,iidii o qiic sc fiiz indiapcnsarel [)ara .

-- 1 i --

conservar 3 vida; mas as congriias sc fizeram dc lima na1.11- reza inuariavel. D'aqui riasc,eu o náo se baptisarem os meni- nos sem que os paes niío conmrrani coiri aviiltatlas offerlas, e a que Irilvez não chegam as suas posses. D'aqui os alula- res, (]!!e serido primeiramente livres ec fixeram obrigatarios; d'aqui as borriveis extorsões dos cliamados bens de alma qne tanto detrimento causam nas hmilias ... D'aqui as multas e

. lintas para qualquer obra qua no tcuipla de Deus se haja de fazer ... Bom Dcusl E ainda não basta que o pobre agricullor se desra~a da decims paria dos seus fructos? Ainda ha de fi- car i'esporisarel de maiores encargcã, para que uns rcben- tem de fartos emqirnnto outros morrem de famintos?,,

Ot~tra vez O rnesmo nnliquario, suli verbo Mortalhas, pag. 158, Col. 2, no fim, ibi:

*O pernicioso abuso de se &irem e vendereni os clizimos aos mosteiros r i 'aquellas paroclrins que se Ibes uniam, ou que elles mesmos edi8e;ivam; e na0 nletios a recompeiisa das or- dens militares com o patrimonio do Crucificado, occasionaram noras desordens. Os pastores assaliiriados, e nem sempreas- sislidos de lima congrua e Iiunesb siisleiitagBo, ou restisci- taram ou introduziram usos ou ~COSÜL'S nada hvonueis 6 sepiiltun dos freguezcs, etc., elc.

E depois de u m largo discurso com monlfies de rnonu- mentos das nossas anliguidnrles, conduc, pag. iG2, Col. 2, ut ibi:

*Seria bem para desejar que a subsistencb congruri clos minisrros livcsse outras lincas que não fossem os funeraes, os lutos e as mortalhas; qiie a administração dos sacramen- tos nOo tivesse ainda 3 inais levc sornlira de sinionia. E que o enterro dos sossos irmãos clefuntos riao declinasse para suspeitas de avareza! E ainda se n3o lapam as bòcasdos que faliam maldades! Ainda se ba de presumir que o mesmo pa- rwho se inleressa na morlc do reb;inho, c t c . ~

Noia com Van-Esp., Tom. 6, Disserl. de Jlrr. I~al .ock. da neci$n. e1 Oblotion., C. I . 5 1 I , qiie o papa ridrianoVI(quc regeu a cadeira de S. Pedro desde r522 ate l523), fez a uni convento de prjncipes de Noritnberga tima viva reprcsenla- Çao dos males que na igreja iicibam causado laes uniões dos dlzimos, pedindo providencia e rerorm:~. Eiitre os mais ma-

7N - les repre~cntados foi o Jiminuh das congrrias dos vigarios, c esta necessidade a causa d'elles introduzirem usos taes (como vemos deste reino), u t ibi:

aQuo fit, nam unde cmductilii isti Paslores, et rnercena- rii vivanl, tiabeant o ortet, ut illicitis enactionibus locatas sibi oviculas misere i epradenl, dilaoienl, omnemque sub- stantiam tantum non absumant. Postquam enim Altãris, Ba- ptiamiqiie Sacramenta administranda sunl primus, seplimus. trigesimus, anniversariusque dies peragendus, auricularis mnfessio audimda, rnortui sepeliendi, er quidquid denique reliquum est, quod ad vila functorum mremonias observsn- das opera prztiiim arbitrantur, id gratuito hciunt nequa- quam, sed tantum exigunt, extorquent, exsugunt quantum mifiera plebecula, vel cum summo suo dispkndio Przstare dificultei. potest; talesque exactiones usque ad summurn i n ùies auyent. atque awumulant; non numquam quoqiie ex- communieationis fuimine ad soluendum adigunt, plerasqiie etiarn, rluibus per inopiam iion Dcet, ad celebranda vita f!n- ctis obsequia, annivemarios, e1 alias e)us farinz mremonias, compellcre eonanhir.

O md ioi universal em toda r igreja cathol;ca. Eile pela necessidade dos vigarios occasionou unirers~\ltncnte taes lisos oni si simoniac.os, como ao diank veremos (a 5 ). Adriaao s6 viveu dezoito mezes, e n5o podia caber entre- tanto o q u e olle crn tão pouco tempo fez e vemos na sna vida, o dar uma providencia 5 uella rcpresenta~50. O se- 4 p i n t e concilio iridenrino, ven o estes males, a dureza a iniquidade do tempo, não pode occorrer dc ootro modo s e n k o que viinicis na Sess. 7, C. 6, de Refomr., c na Sess. 24, C. 13, dc Refonn.. . E viemos a concluir que a origem de taes abusus se deve attribiiir ás referidas causas.

, 1uJpdo c q i i u l ~ ail $osioliua H , de bania, ipr parece approrer como loivavei9

LStW woz e cpbluma de wber offerlas yclw lowus, bapiiwie, tameutos, dai- iiiulrrçáo dos sncramealas, etc., c em que se funda o rommom das deaotalaas.

As onerlas senipre Foram por natureza voluntarias (i excepção das que eram necessarias para os sacrificios e alinieotos dos bispos, resbyteros e diacooos), ou se fi- zessem em exequias e uneraes, ou em baplismos ou em P casamentns, ou na adminiskraçso dm sacramentos (sec- @o 3.* toda). Esie era o espirilo do clero no i e 11 seculos do christianismo receberem como voluntarias todas as offerias, despidos de toda a avareza e cle toda a sombra de simonia.

% 32

Porém já iio concilio eliberitano (celebrado nos confins da Hespanha c Lusitania, junto do anno de 303), r e b rido por Graciano, Can. 104, Caus. i, Q. i, se determi- nou: #Emendari placuil, u t qui bapbizantur (ut fieri so- lebal) nummos in concham non mittant. Ne sacerdos quod fratis acoepii preiio disirahere v i d e a b r ~ . Esic canon il- ustra Berard., in Caa., P. 1, C. 2, pag. 22, dizendo:

* Primum cavetur, iit kclesiastici Administri in Sacra- mento Baptismalis conferendo non solum s i m o n i ~ vitium, bwum eiiam vitiis suspicionom vitarent. Etenim receplum ~ ~ p u d vateres fuerat, fideles ad Ecclesiam conversas mu- QUhula addferre, et i n concha, seu arca quadam ponere, ~4 in clericarum, vel in pauperum necessitates, vel forte

in rerum sacrarum restaurationem. Quod vero opti- Jure primo conslilultim fuerat in sorddsipn. morem

.aricoi.ttm quorundani avaritia ita drtorsil, ut Sancli Pa-

Ires iii oin nino inhibucrint. Inhibuit Gelasius Papa (anno 49 I ) , i n lipistola ad uiiivcrsos Episcopos pci. Lucaniam; alqui: ut de Hispania loquar Concil. Rrachar. 2 (v. in. [ra, 5 33), u\ proinde concliidere possim us, tnenioraium Eliheritnniim Canonem plurimum cum Hispania veteri disciplina in hac parte ccingrliere.

Confira-sc Van-Esp., de Jur. Eccles., P. 2, Sec. I , T. I , C. '1, n. i i , c Tom. 8, Ljissert., ib Simon., C. 5, 5 2, ver- bo 01) hapr.

5 33

No nosso mricilio hracliarense 2,"cclelirado no atiiio de 572), referido no Can. 102, Caus. i , Q. i : cPlacuit, iit nullus Episcoportim prn modico balsami, quod bene- dielutn prii baplisn~i S:icrsniento pcr Ecclesias tlatur ; q t~ ia sinjiuli tremissem pro ipso exigere solent, nillil ul. tcrius exigatur.; ne forte quod pro salute anirrisrurn per invoc;ltiont.m Sancti Spicitiis consecratur, sicul Simon hlagus donurii Dqi pecunia voluit einere, ita nos veiiun- (Jantes damnntiiliter venundemura. Eçie caoon illuslra Derarli., Toin. 1, P. 1, C. 32, pag. 289, diaenrlo: .Ex Iiis magis m a g i s q ~ Iiquit quod hcrnpore Iiujus Concilii Bra. cliarcnsis passim Clcricos occasionem quzesiisse pro rem bus sncris pecuniam exigendi; quamohrem opera prelium fuh Sanctis Pstrilriis effugia otiinia pr%cluderii; e l vetercs. cliam consuetudincs nbrogsre, etc. m

No rnesmo concilia bracliaiense reforidi rio Caii. 22, Caus. 1, Q. i , se protiikiu juntamente:

*De ordinatione CIericorum Episcopi munera nulla accr piant; sei1 sicut scripttim est: qnod grata's donnwe Deo q!: pilmt, gralis dent. Non aliquo prelio gratia Dei, et irnpositlo mariuum veriundetur, etç. Canoli do qual o citado Berard piz: aErlili6s adversits $i~nonincos, quos ~r~t i l tos ea @lote {Wse,, per,$pie<te l i p e r PX Epistolis Gregorii Yagni (nnno 5%. rlc. n O mesmo Gregnrio Magrio em um coriciliorornar10 n'esse 1pniIio lirorrioi'eii 3 rnestll;l iliscipliila, concilio que se V& em

Van-Esp., ~ d m . 5, de Sinama., C. 3, 8 2. No concilio de Me- rida, em tempo do rei godo Recesvindo, e pelos annos de 650, o concilio de Merida Iranscripto por Brandão, M m r - chia Ezdsikrria, P. 2, L. 6, C. 23, etilre outros muitos cano- nes, um foi este: #Manda, mm pena de ser excammungado por ires mezes, que se não leve dinheiro nem dadiva alguma pelos santos oleos, nem por administrar o sacramento do brpkmo, aindaque náo talhe receber aquillo que por devo- ção se ofierace.

i3 34

No concilio e,:ibilonense (celebrado no anno de 8131, referido no Can. 106, Caus. 1, Q. 1, qiie Graciano mu- tiloii e suppriu, Berard., P. 1, C. 47, pag. 369, se pro- poz: aQuidarn fralres dixerunt consiictudinis a n t i q u ~ Cui~sc in eorum Fcclesiis; ut pro halsamo emendo ad Clirisma faciendurn, sive yro luminaribus Ecc les i~ con- cinnandis hinos, vel quaternos denarios P r~sby te r i s da- rent. Unde timnes uiio consensu statuimus, elc. I {Como se lê em Graciano).

8 35

No concilio triburiense (celebrado no anno de 895), referido por Gracian., Can. 105, Caus. 1, Q. i: aDictum est solere in quibusdam locis pro pcrceptionc Chrismatis nuinrnos dari, similiter pro haptismo et communione. Hoc s i m o n i a c ~ haeresis semen detestata est Sancta Synodus, et ana~tietnatizavit, et ut cakero nec pro ordinatione, nec pro Chrismate, vel baptismo, veI pro halsamo, nec pro sepultura, vel Communione quidquam exigatur statuit, sed gratis dona Christi gratuita dispnsalione donentur~.

Mo concilio lateranense 2 . O (celebrado em 1 139), de- baixo de Innocencio 11, Can. 2, diz Van-Esp.,.de Jar. h l e s . , P. 2, Sect. i, T. 1, C . 4, n. 4, que se prohibiu wpecuniam dari, aut exigi pro quocurnqua sacramento ; et

6

nec pro pastu, nes sub obteniu alicujus consueludinis ante vel post a quoquam aliquid exigatur, vel ipse qui sa- cramenla suscepit dare praesurnat; quoniam simoiiiacum e s t ~ . Confira-se o mesmo Vnn-Esp., Tom. 5, Dissert. de Jw. Parocbr. ad Decim. Oblotion., etc., C. 2, 5 4.

No concilio laieranense 3.0 (no anno dc 1 i79), em tempo do papa Alexandre 111, referido no C. 9, x. de Si- rnon., se repeliu c prohibiu: aPro sepultura et exequiis morluorurn, et benedictionibus nubentium, seu aliis sa- cramentis aliquid requiratur. Pulant autem plu.res ex hoc licere, quiii Irgern inor tis de longa invaluisse consuetu- dinc arbiiraniur ; non attendenies, quod tanto graviora sunt critnina, quaiito diulius infelicem animam tenuerunt alli atam. Ne igitur h- de cztero fiant, ne pro personis Ecc f esiaslicis de tlucendis in sedem, vel Sacerdotibus in- stituendis, aut sepellicndis mortuis, seu benedicendis nu- bentifius, seli aliis Sacramenlis conferendis, seu collaiis, alicluid exig;ilur districiius proliibernus, etc. I

Este alk o seculo xri foi sempre o espirito da igreja con- forme a todos estes e outros canones e padres quc refere Van-Esp., de J z ~ P . Eccles., P. 2, Sect. 1, T. 1, C. 4, e Sect* 4, T. 7, C. 4, onde podem ver-se; de forrna que a , igreja s6 prohibia as exacções pelo clero e reprovara os costumes ainda inveterados, mas nunca Itie prohibiu rece- ber o que os fieis voluntariamente, sem petitorio e sem alguma coacção, ou ainda snggestãao, quizessem piamcnle oflerecer nos baptismos, bençãos nupciaes, adrninisira@o dos sacramentos, officios da sepullura, etc., como bem ad- verte e demonstra o cilado Van-Esp., P. 2, Sect. i , T. I , C. 4, n. 6, e Sect. i, T. 7, C. i, a n. 22. Cor!fira-se o ca- non (de S. Gregorio Magiio) 12, Caus. 13. 1). 2. Rotierner.

de Pnroch., Sect. 7, C. 2; 5 6, acrescentando Van-Esp. nos logares já citados ISecl. 4, 5 27), alem dos outros

\,DD., qiic sb as caiisas siipervenientes, e qiie ficam re- feridas na mesma secção 4, fizeram de algum modo, como para subsidio de congrua, toleraveis esses usos em favor

,.dos vigarios ordinariamente destiluidos do preciso trata- merito decente.

Atl Apostolicrm audientiãin irequenii relatione perve- nil rl11od quidnm Clerici pro exequiis rnortuorum, et be- nedictionibus nubenlium, e1 siniilibus, pecuniain exigunt ci eatorrluerit. Et si forte eorum cu~iditati non fuerit sa- tisfactuni impedimentn ficiiiia fraudulenter opponunt; et contra sero quidam laici ltiudabilm cons~ictudinem erga Snnciam IZcclesiam pia devotione f i d ~ l i u m introduckm ex fermento t i ~ r e t i c z pravitatis nituntuainfri~igere, sub' prae- lextu canonicae pietatis.

~Quapropter super his pi.mas exacli+/ti.s fieri prohabe- '

hus, e1 pias consuetudines rmcjpiinus observari statuen- ta, ut libere conferantisr I! cclesimticca Sann~izenta: Sed per Episfopurn loci, veriiate cognita, cornpescantur qui malitiose nituiriur laudabilem coosuetudiilem imrnutare. n

8ste capitulo (que foi um artigo do concilio lateranense celebrado no anno de 1215, em leirrpo de Innocencio III), que interpretações ineptas, arbikarias e extravagantes não teve elle pelos decretalistas e alguns tlieologos, destituidos dos necessarios subsidia da historia e 'da berrneneutica canonica, subsidios sem os quaes (tochas as mais lumi-

*

nosas) se não @de descobrir a genninr inidligencia de qiialquer lei canonica ou civil!

Se rer.orrermos a historia que occasionou a decisão do concilio Ialerancnse i.", Paulo Sarpi no Tra.taào dos betie- ficios, Art. 28, aos inulrue que <como algumas GenLes pie- dosas e ricas davanr, se elles queriam, alguma cciusa para a sepullurn dos seus parentes, ou para os slicramenios que elles rrcebiam, a corlezia se converteu em divida, ate in- troduzir o costiime d e pagar tanto, o que foi um objecto d e disputa. Os leigos nada querendo pagar pela atlrninis- traçáo dos sscrrimentos, porque elles não pagavam os di- zimos (desde o seculo viit, ut a 23), mais que para isto; e os ecclesiasticos refusando fazer a$ suas funcçnes, se se Ihes não dava o que elles prelendiam ser de uso*. E Bohemer., de Pomeh., Sect. 7, C. 2,s 7, diz que: 4 Dedit haac controversia ansam in Concilio nerali Lsieraneiisi B" constituendi ali liinocenl. 111, ne ta e quid in posierum exigeretur a Pnrocliianis. Verba hujus conslitutionis refe runlur i n C. 9, x. de Simori.

Nbta: Esta interpretação de Bohemer., fundada na caiisa bistorica que occasionou a decisão do coiicilio parec,e n mais genuina, poiLqueo lextomesmodiz qneos pedidos eextorsões dos parochos eram as qiieiras que subiam i audiencia apos- tolica; ijlieixas justas attentososcanones precederites (a $31), que se oppuriliam a todo o petitorio, extors5o e suggeslão, e a todo o costume, e permittiam sd as offertas ~oliintaiias tolalmente; este e a qstume deprarado (isto i: pelos prece- dentes canones) que o concilio lateranense 6 . O reprovou, di- zendo prafios exacfion~s heri profiiberiius; e isto Fiara que os parocbos nada pedjssem, nada extorqiiissem, do que por natureza e vontade dos voventes era apontaneo, e cujo pe- tilorio era simoniaco ou tinha essa apparencia com a da ava- reza, e 56 recebessem o que roluntariamente se Ihes onere- cesse; que era s6 o que os canones aniecedentes Ihes permit- tiam receber sem empulo . Por outra parte (e era o segunda' objecto e a segunda decisão), m o alguns rnal iriiibiicioriadosJ

8:; - coriaiiravani ainda o recebimedto das offertas vduntarias (ao qi ip alludcm as palavras quidam lafci la~dabi ler~~ cw?Negu- diseiiz), a estes é que o concilio mandou cohibir na sua se- aunilri sdnoção : Compsscnntur que' molitiose nisicntur Iasda- Iii!r?fi colaslsetudinem immurare. Isto e aos qiie censuravam o i,ecetiimento das voluntarias e dissuadiam aos pios que as faziam, para que ,não P S fizessem jamais como coopenntes para a sjmonia; e d'aqui não se segue que auciorisasse taes costumns para constituirem lei canonica e produzirem aos parochos um direito pei.fei10, que com coacção dos refracta- rios podessem exercitar em juizo. De outro modo este con- cilio latennense B." seria contrario aos concilios preceden- tes desde o seculo rv, e ao uniforme eapirilo da igreja que prohibiam c,omo sirnonincos taes cosliimes e sO permittiam as offertas voluntarias, livres e arbílrarias aos voventes; e quem ha de suppor uma tal coritradicção em concilios e em ponto de disciplina tão delicado? Aqui rcnias o q i i a n h jus- lamente interpretou Eybel., Inlrod. ia JUS Ecr:le.~., $432 , na nota (d),qiie ri'este tiltimn wncilio laterancnse solirvnproliibe- tia, rre consrtela? spantonm oblnlr'ones nnliliose tmpcdian- ur. D'este sentimenln s5o graites theologos que refere Cas- tro Pai., P. 2, Tral. 10, Punçl. 17, n. 3, em hlor., Yan-Esp., Torn. 5, Diss. do Sinbon., C. 5, $ 5 , no fim, aonde conclue dizerido, ibi:

aAbrumlie, si tia unurri addidero, non esse expeditum, ul vulgo erebitur, e~actionem jurium in administratiune Fa- cramentoriirn yer Sjnodum Lateranense esse probatam, e l c .~

Aqui vemos o quanto mal interpretaram alguiis odih tex- to, olhando sb para a letra sem conferirem os rarictori histori- ms que occ;isinnaram a decisão, sem cmhinarem os canones prewde~ites e o es[iirí[o da igreja sempre uniforme, desde o priricipio do seculo iv, ern que se celebrou o concilio eliberi- tano, ut 5 10, alB o principio do scculo xirr, em que se cele- brou o lateranense 6."; outras rações destructivas de raes wsturnes se dirão na sec~ão 7."

, Alguns DD. interpre1ar:irn que o dito C. 42, de Siaio- "4 56 ap tovou taes costoi~ies eni favor d'aqnelles pam

que a ias não percebiam dizinios, nem iinham ooiros P

3t; --- meios da slla sulisislencia ~ ~ ~ a i s ( IUC essas offertas, e não em favor dos guc os percebem suCficienles, Arigel. e Azar. apud Castro, Pal. supra, n. 3. A esla interpielação p6de dar-se um trrsnseat, se as queixas conrra os vigarios 10s. sem o objecto d'este concilio em lempo que, como jA vi- nios (Sec~. Bj, a maior paite dos dizimos das igrejas e r ' tavam enfeudados em comrnendas unidas a cathedraes é mosteiros, ctc. H que muito o concilio lateranense 9." de- pois de t a l variação de discipliria, tolerasse aos vigarios destituidos do dizimos o uso d'essas oblaçaes, corno ne- cessario para sua congrua: a que O povo era obrigado? Com effeito n'csra conformidade se interpretou assim o dito capitulo cm um antigo aresto r10 parlamento de !:i-

ue cit:indo Rebuff. referii Garcia, de Eqeas., C. 9, n. 8 4 , in fin; c Brgnudell., Bililiotlec. Cnnon., verbo Ob19- tio, n. 13, sii sustenh uns taes usos em favor dos .paro- chos pobrcs; e quanto aos mais os attiriluc á virtude de caridade e de religiso, virlude louvavel e não reprovai~el; , mas virlude que não pbde produzir coacçáo relativamente a um parochn opulento; se olhirnos á hisioria precedenie ao dito concilio, virernos no conhecimcnio de que elle es- colhendo de dois males o mcnor, lolerou esses costuiiles, occorrendo ás desordens da igre~a-que seriam consequen- ies contra os quc percebiam os drximos. Vcj:~-se Chrisliao. Lup. traiiscripto por Van-Esp., Tom. 6, Dissert. de Jrrr. Paroch. ad Decinms, oic., Append. i , pig. 35, Col. I , e Tom. 5, Diss. de Simon., 1;. 5, 5 h, qag. 176 (edição de 1781); com effiito no tenipo do concilio laieranense es- tavam quasi todos os rlizimos em leigos, mosteiros, ele,, Boheiner., a# Pandlzct.. Exerc. 86, a $ 4 4 : c quem não r4 que o concilio olhou todas as parochias eni vigarios?

Por outra parte, aonde conska que odetcr-minado n'este concilio geral se executasse em toda a igreja catholica? Elle mandou que os bispos d'csscs logarcs, coriliccida a

terdade sobre quaes eram os coslutnes loiivaveis de que 'esses leigos mofavam, cohibissem esses leigos; era preciso proceder a uni exame do justo e lou\*avel de cada costu- me, para cot~ibir esses leigos qúe censuravam os kowoai- v&, pois os depratados os reprovava absolubmente o concifio. E aonde se eieculou eile? Quaes costumes deci- diu elle por si como louvovks especificamenie? Em quaes dioceses? Em quaes circumslancias? Que normas deu aos bispos para se regularem pelo loueiavel ou reprovaoek, se- gundo os canones? J i disse ser um incrivel que esie con- cilio approvassc o que tantos, e o espirilo d a igreja or tantos seculos havia reprovado; e s6 a supcrveniente a f te- raçzo (privando-se dos dizimos os paroelios) podia ser a uriica caiisa dii al~eração da precedente discipliiia, tole- ratido-se lacs alitisos em lavor dos vigarios desiiiuidos dos ,a' ' IzImos.

5 44

Esia (a f j 40) e nIo outra podia e devia ser a ;nte?- preinção do dito C. 42, dc Simoraia; porém diz Bohemer., de I'arocli.. Seci. 7 , C . 2, 7:

~Quamris iuque revera jura stolx in hoc Concilio sipt iiiterdicla, cteriçi lamen facile interpretaiionern quandam huic conslitolioiii adjicere potnerunl, vi cujus illud, quotl di- recte era1 prohibitum, per indireetum wnsequerentur. Aní- rnadv~rtebant, piam, et laudahilem con.suetiidiriein in hw textii sustineri; iride slatim hanc ipsam ad jura ~101% rerere- banl; e& effingenles in suis Parochiis qtianilam consuetudi- nem, aiisitio Episcoprum, gui partem de tunica sino dubio accipiehnt, (+) eo adigebant Pardiianos, ut nisi publicis censuris se exponere veilent, avaiitiz clericorum ornriia in- dulgere deberent. Sed jam cordatiores ex Poritificiis annotn- riint, cavillatiiriam hanc Paroehorum fuisse inteip-etatiiiiiem; neç id diffiteiur Duarenus de S~ncr. Eccks. iMini~ier., L. 7, C. 6, etc.

A errada intcrpretqiio que ao kxto dava o vulgo dos decretalistas (grandes asinistas Ihc diainii o padre Aiitu-

nio Pereira) foinentava nos parochos proriabilistas a jus- tiça d'esses usos.

.(*) Com efleiio n'esses lempos os bi.pos percebiam ima arte d'essas oblafles. que depois demittiram aos pamchos,

Lr r rd . , Nu RGC!~?,~., Tom. I , Disi. 6, C. 5, in fin; e in Ca- non., P. i, C. 32. pag. S89, Col. S. E que muito que elles deixassem de executar o dewrminado m dito capitulo, e t+ lerassem aos parochos os usos de que juntamente participa- vam? Unda rio seculo vii vigorava n'este reino esse Eostu- me, como se riota no concilio tolerano Ifi, do anno de 693, Berard., in Caaota,, P. I , pag. 329, Col. 2.

N o concilio coloniense do a n n o de l53Lj (pouco anjes d o tridenlino), transcripto por Vsn-Esp., Tom. 5, Dis~ert. de Simoa., C. 5 , 5 4., pag. 173, Col. 2, se determinou, t i t ibi:

'apalres Synodi Colonieosis, a n. ~1 YJ4,P. 8, Can. 1, audiad mus: Sttpor~ar, inquiunt, ur do victu t'arcichoruni diepicia- rnus Hic io prirnis, quod Christus domit, et sacri Canories maxime serio pmceperunt, prremittendum duximils; nempe ut Sacmmenta Ecclesiastica gratis ministreiitur, dicente Do- mino : Gratis accepistis, gratis date. Quamiibrem neque pro baptizandis, consignandirrque fidelibiis, neque pi'o collatione Chrismatis, vel promotioiiitius gradiium, rieque aliis Sacra- rnentis distrihiiendis, prelia quzlibel, vel pnirnia, nisi quid voliintarie offeratur, recipienda sunt. Keminem quoque ad qua?slirosas exeqiiias crigi, aiit pro sepulliira rnuniis, aut pretium exigi vnlumus.

aEt Canoni sequenti subjungunt; at cum 1 ~ a di~ina przci- piat, non alligsndum os bovi tritunnti.. . dispiciendum est, ut I'aror,his Evangelii pmdicatoribiis cerla, ac compelens subministratio victus, el vestitus fiat, idque ad cum modum, ne in administrandis Sacramentis qiiidpiarn exigendo, onerl sint parochianis.,

E ~ a r l u s IX, no edicto aurelianense de 1560, deter- minou (antes de findo o iridentino) o que diz Faii-&py

Tom. 6, Trata de Jur, Parnch. ad Decimas, C . 3, 5 19, pag. 34, Co!. i j $. Et Cnrolus, ibi:

.uEl Cainlus 9, in Edicto Aurelianensi anno IB60, Arl. 15, inhibuit omnibus Ecclesiasticis quidqnam exigere pro admi- nistralioiie sacramcntorum, sepulturis, aut alia quacumque re spirituali, non obshnte prztensa laudabili consuetudine, et çommuni usu, permittens nihilominus~ujusque discritioni offerre quod sibi videtur, elc.s

No coucilio iiidenlino (findo n o anno de 15631, não TaItaram qiieixas d'esta pensima intcrpretagão d o coiicilio h e r a n e n s e 4, no C. 42, de Simoti,, que grassava ainda e linha Lançado altas raizes, Aiicetot de la Houssay, nas iloias a Paiil. Sarp., de Benef., Art. "2, ut ibi (traduzido &o frnncez).

*Esta constiLuição(doconcilio Iateranense L", no C. 42, de Siition.). tendo sido allepada no copcilio de Trenlo, João Ma- ria de Monle, primeiro legado, disse, que era fazer grande injustiça a este papa (Irinocencio IlI), o ao ciineilio geral da tatrão, de crer que elles tivessem auçtorisndo um tão grande abuso, e que sa se lessetri os capitulas que precediam a este (rluaes os capitulos8,D c 10, de S i m n . ) , se veria claramente que esle çoricilio tinha eondemnado este costume, e que em o dito C. 49 elle não approvava o uso das offertas pela ad- ministraç30 dos sacramenlos, mas çbrnente certas ~ra l icas louvaveis, estabelecidas em favor das igcejas, como dizirnos, primicias, o&rtasaoaltar,etc.n PorBm diz o citado Bohemer, que esta adverteiicia do cardeal Montano náo surtiu effeito. *Quamvis enim in Sect. 24, de ReformnJ., C. i;co~istrtutum legamus, ut Epixopi gratis ordiiies cnnferant, et demisso- rias, et testimoniales eodem modo derit; de IJar~choriim cxa- ctione tamen aihil ibidern conlineiui.; sed Patres Concilii Communi interpretatjoni Clero favorabili insistere, quarn de- rectus ernendare maluisse videtur, etc.9

Nota. Nos canones referidos a 1 32 se reprovava o mes- &o que o condliii trjdentino reprovou unicamente a respeito dos bispos. Mas se os mesmos canones juntamente e sem dif- fmnça reprovavam os usos de que tralâmos, pela mesma e idenlica rasáo, qual seria a que moveu ao concilio para re- ' Provar um, coo forme os cariones, e não reprovar as mais, que

90 - os canones mesmos reprovavam. Quanto a mim, o concilio (wmo em outras suas decisfies), elegeu de dois mates um que lhe pareceu o menor. EIle n'esse snno de 1561 viu ge- ralmente os dizimos enfeudados em cornmeadas, unidos a mo@ros, a cattiedraes, eic., e muito poucos parochos go- sando dos dizimos, a maior parte vigarios: Se pois repro- vasse geralmenk Laes usos, causava uma universal revoluC;ao dos vigarios contra esses dizimadores {parochos primitivos) para I h a augmenlarem as coogruas e imrnensidade de de- mandas, sohre a quantidade dos dizimos, e proporç50 das congruas reguladas conforme o direito e o mesmo concilio; e portanto elegeu o menormal de não approvar nem repro- var taes usos das parochias. Tambem se propoz ?o concilio por Carlos IV; rei de França, o que diz com Christian. Luti., Van-Esa. Tom. 6. Trat. do Jur. Prrroch. ad Decim., C. 1, 5 i i , - ~ $ d ipsum, ibi: mEt a Tridentino Concilio corrigi postulavit Carolus IX,

Francarum Rex . . . Altarium Decimas possidentia ilionaclifl- rum canobia, aul Clericoriim coilegia asseverabant, se illie esse principales Pastores, ideoque i l l is conductiti~rn, et ma. nualem imponehant Viearium; et non dala competerili siis-' tentatione, eogebaat ad omnis generis sirnoniam. Sic allaris Minister sordide esuriebat, et nescio quis cjus detentor its- que ad a n i m ~ , et corporis ebrieratem ex ipso Luxuriabatur.~

Porém nem as queixas sobre u* males resul<antes de taes uniões, produziram outro effeiio mais que o que \'i- mos acima, Sect. &, no fim, nem a proposta do cardeal Monkano oulro effoito mais que o que viiniis no 5 prece- dente. O estado dos tempos, a gangrena da chaga, n5o admikia cura que não suscitasse maiores males, porque ludo se alierara, ci a força maior ora a dos grandes.

Enlretanto, apesar d'esta taciiuriiidade ou inacção do concilio tridcntino, vernos coneilios provinciaes subsequen- ies, referidos por Van-Esp., de lar. Eccles.. P. 2, Seck. 1. T. 1, C. 4, a n. 5, determinando, ut ibi:

9 I - aCum Sacramenta Ecclesis (ait Synodus, P. 2, Camera-

eensis, T. 5, C. 5), non solum sine simoni~ labe, verum etiam sine avarilia suspicione administranda sint, caveant ornnes, ne in mmm administratiooe quidquam erwiganl direcae, vel indi recle.

rSyriodus Uechliaiense, T. 2, C. 3, ait: aSacramenta om- iiia libere conferantur, nihilque omnino directe vel indirecte in corum administratime exigalur. Hac bique similia pas- sim egnodi, ct libri rituales inculcant: Illud praeterea dili- genler caveant Parochi, omnesilue alii, ad quos cujusvis sa- cramenti adrnioislratio spectat, ne pro illis administraodis ab iillo. vel omniiini rerum inope Sacerdote, verbis, aut etiam sigriis quidquam prorsus, vel minimum quovis modo peta- tur, eaigalurve*, ai1 Synoùus Aquensis anno 1589, T. de Sa- cramenlis. ~ P r o sacrarnentacum rninisterio, nullus sacerdos, tfiiamvia egeiis, verhis, vel nutihus, quiquam prorsus, te1 mi- nirnum prtat, i .xigairt>~, inquit Syriodus Avenloiierisis, anno #$€I+, T. f i : uYerum dum ad1.o aevere sacramentorum mi- riisirts omiiis cujuscumqiit: rei lemporalis exactio in admi- nibtratione sncramenwuin Fetatur, inlenlio lamen Ecclesiz in hac ~iroliibitione niJn cst, laicos Edeles a veteri, et in ec- clesia priihalo ohlationiini, ct eleemosynarurn usu etiam i n ipsa sacramentorum admiiiidratione retrnhere; aul ipsis mi- nislris inhihere a fidelibuq liberali animo oblah accipere ...a EL Riluale Rnmanum Paul. 5, prrstquam omnem exactionem in sacraineniorum administratione proscripsit; immediate sub'ungit: Si quod vcro r,oiiiinci eieemosinro, aut devolionis stu d io: peracto jam Sacramento a Fidelibus sponle offera- tnr, id licite pm consuetlidioe locorum Minister accipere poterit.~

Nota. N'esies concilias e n'esto ritual de Pai110 V, subsc- quentes ao tridentioo, acaba de notar-se que supposto n'este se não reprovou a depravada interpretação do C. 48, de Si- mota. (g &i), comludo sempre se ficou entendendo segurido a mais genuina e obvia intelligencia (g 421, que pela adini- . nistnçao dos sacramentos nada se pMe exigir directa ou iodirectameote, e só receber-se o que depois espntanea- menbe e por modo de esmola costumam o&recer os fieis, s e g o este o wstume qua se tolera de aceitar offertas volun- tarias sem iab6u de simoaia, de que motãram ases leigos no tempo do concilio lareranense, como simoniaco, sem que contudo tal coslurne produza aos pa~chos direito perfeito para accionarem em jtiizo c obrigarem os parochianos A siia

otiservancia. N'esle sentido entende Van-EJ~., supra, sub n. i , o dito C. 44, de Sirnon. Weste sentido fallou Paulo V no dito rilual. N'eslc sentido (e quando os parochos não são alias prorjdençiadus), cntendeu o dito C. 43 O moderno theologn Pattiz., Tom. 5, Trat. 9, C. II), a 3 2.

E pelo que inespeita ás otrertas tios funeraes e exequias, :r pro\iilriçso era a mesma nos canones antecedentes ao diio C: 42, como vimos (a 5 . . . e 5 5); por isso na França :inligs (onde os Jizimris pela inaior parte estavam enfeu- clados c unidos a igrejas e mosteiros, ete., Furgole, Traitd des ~ t 1 1 L ; s primikifs, C. 3,) se passarani a laxar os errici- lumentos dos enterros, exequias e funeraes, como se \ &

nos usos da França referidos por Giherr. c ectampados n,i reimpress8o de V;in-EY~. do anno dc 1781, no fim do Tom. 3, pag, 278. S. Cai~los, no seu concilio rnediolan-risc 2, P. 3, Dccrei. l 7 , rclcii(lo por Van-Esp., P. 2, Sect. 4 , T. 9, C. 4, 5 39, recoinrnendou aos bispos que fizesscni esse iniilicravel i.egul;irnerito. Em oiibrrrs sy riodvs snb~e- quentes ao trideniino, quc refere Vali-Esp., a n. 41, se dc- terminou a mesma taxa, inas sempre inieibvindo s auctori- dadc dos magistrados cigis. Mo Belgio se praticou o iria-

mo, como attesln Vali-Esp., a n. 49, ficando csses usos assim reduzidos ao justo e jamais alteravcis no Futuro, Van-Esp,, a n. 51. Mas o incsmo VandEsp., n. 4, dá idta que s6 assim se fez neceaario rlunrito aos vigsritm desir- luidos de compeientcls coriyruas. ut ibi:

~Postquarn atilirrn dceims prsonales desierunl, e1 (1tCi- mE reales. ac iriixta sensim ad Moriasteria., eet Capitula cann- nicoriifn c i e ~ o l n l ~ fuere. necessitas quodam ~ o ( 1 o co~gi! consueludines tias offerendi staliilirae; ipsosqiie aicw, qulhr conslririgere ad i p n s i~blationes hactenlis cnnsuetas, iit Pa- rochorum, et E~clt?siaruni Parochialium nezessitatibiis pro-

'

vidcrelur, elc. Idem Van-Esp., Tnm. 3, l i f5s . iie Sano~l., c. 5, ,$ S.

Na igreja prolesiante, em que os dizimos ccclesiasli- co? padeceram o mesniu fado que na romana, e ficaram n'aquclla como n'esb os parochos sem dizimos, destityi- dos de competenies congruas, diz Boliemer., de Paroch., Secl. 7 , C. 2, 58 8, 9 e 10, que $6 esta necessidade dos ~a rochos ptrde lazer tolerar~eis estes usos, chamados dí- reitos de estola, como um subsidio e parte de salario ou congrua, a que em falta ou difficuldade de outro remedio ficam obrigados os povos; de outro modo seriam real- mente simoniacos, se os paroclios estivessem alias provi- denciados de dizimos, ou com competentes congruas, de- clarnanilo altamcnír! este prolcslanlc contra os parochos que providenciados de dizimos ou congruas competentes exigem taes direitos, c advertindo rio $ l i , que esses lisos, assim por nquellti nècessaria causa toleritdos, mas náo justos, não podem jamais estender-se, e que peccam as parochos que os estendem e ampliam.

- O mais que respeila á inlerpreiação do C. 42, de Si- ,mon., e dediicrijes que d'elie fazem os DD. para susten- Qi taes usos como louvaveis, e yuatenus elles possam ser bjeraveis relativamente aos vigarios ou aos abbades e priores, se v a i na secc%o 7.", a que me remelto.

Nota. A constituiçb do Porto, Liv. 4, T. 14, Const. 6, 2 , pra prcirnover o costume dos officios 8 suíiragios, como . proveitow as almas, e quanto aos que morrem intestados,

diz que é fundado na verosirnil vontade dos defuntos, e que assim como os que morrem com testamento maodam fazer o%cios e exequias de eorpo presenie; assim 13 presumiveI que o queiram os fallecidos ab inleslados. Funda-se a dita .canslituiç3o entre outros DD., nocardeal de Luca, de Testa- %#ai., Discurs. 24, n.' 7, aonde o cardeal assim piamente hcorre, segundo a verosimil vontade dos christãos intesta- dos. PorCm vejamos a hypothe'se em que escreveu Luca. No ãrcebispado Cesaraugustano havia coslume (como antiga- mente no nosso reino) de determinarem os arcebispos a quan-

YZ - ridade da herança que se havia deduzir para suffragios dos intestados, e como testando por elles a este respeito os ar- cebispos a seu proprio arbitrio. Morreu um conde de Ararida com testamento nullo, e tal julgado ainda ad pia. Eiitrau a disputa sobre a prova e sobre o justo de tal costume, c du- pois de referir um lal (como os dos nossos anligos) qtie mais tinha as vistas em cevar a avareza do bispo e do clero, que no meio das almas, rompe (o bem ao nosso proposib) o mes- mo Luca, n. 9, dizendo: aSanetius tameu esset, ut indeiinile hujusmodi consuetudines omnino abolirentur, i ta yrrecidendn scandalorum occasioiies. Licet enirn sancts, ac prtidenles sint provisiona desuper iradita; altamen punctus est i11 executione, ae úbservantia, cilm pauperes Oppressi non hn- beant modum recursaiidi, ac siibstinendi Iltes super esccs- siva taxa. . . Ideoque deberet eradicari occasio, id proliitiendo indefinite, etc.n Felizmente se tem assim oblido n'este reino ;i vista doque exponho n'esia.obra, e causa aos que lêem es- caridalo yaler-se o auctor da constituição do Porto, para Tiiri-

damenta-Ia, de uma passagem do cardeal de Luca, que se op- poz mesmo ao que determinou a canstiluição ri respeito diis interessados, Veja-se o que vou expor na seguinte secl:io.

Costumes n'esie reino. O QUC bo[lr~ elleu lêem deieminado os sanimoii i a i p c ~ n l ~ 9 .

O qbe tetm julgado os ttilaoacs

Cheghmos a saber pelos incansaveis trabalhos do gran- de aiiiiquario Fr. loiqiiim de Santa Rosa de Vi terbo, ex- .bi bidos no seu Elu~ihr io , debaixo das palavras Decimas, Mortulhas, Terças pontifiçkag, etc., o quanto no primeiro seculo da nossa monarchia os ecclesiasticos influiam nas espiritos dbs testadores, para (ainda com prejuizo dos proprios filhos) com escrupulos de se não haverem dizi- mado bem dos dizimos pessoaes (n'estas tempos ainda usados), e dos predizes, ou pela causa de remirem do pecado suas almas, deixavam cegamente seus bens ás igrejas e rnosI.eiros para obras pias e suffragios. Sabemos que n'csses tempos os herdeiros dos intes tados faziam com

o mesmo espiriio DOS funeracs chamados mortuoris, gran- des oblaç~es que cbamavaru obradoa. Sabemos que as mosteiros, que tinham annexas parochias e a cura de al- mas, 0s bispos, os cabidos faziam contrabs, de que eram objectos as partes das heranças dos defuntos, os dizirnos

ssoaes, as ogertas, obradas, morluorios, lukuosas, etc. f?,vemos oo mesmo an~iguario debaixo da palas* Mor- tdlhus, pag. 146, este monumento, ibi:

<Em uma sentenca de i454 dada pelo desembargador do principe D. Affonso, diique de Braganga e conde de Barcel- los, se declara que o mosleiro de Castm de Avelãs, em aquef- Ias igrejas, em que tinlia Tertios morrws.!rw, sobre que fo- ram esáo grandesdebates, esteja pelo aresto seguinle:Mando, defiro e declaro que todos e qiiaesquer freguezes das igrejas annexas ao dito mosteiro, que sem lestamento fallecerem, seus herdeiros distribuam seus bens como quizerem, e por bem tiverem, segundo A disposição do direito zommum. E morrendo com testamento iiiteiramenle se aimpra. E se bens ou moveis, ou dinheiro por sua alma deixar, sem outra d8claraçã0, seus herdeiros ou lestamenteiros possam livre- mente gastar 3s duas. partes no que virem que 6 utilidade dos ditos finados. A lerça parte porem (ailendendo a que o mosteiro por si e seus capelties dá a cura, ensina, administra os sacramentos, e tem com elles outros trabalhas, a devem despender eni missas), que B obraçon, e sacriricio mais pre- Cado, lourado, accepto a Deus pelas almas de lodos excellente (sobre oiilros todas), as qiiaes mandar50 dizer na igreja onde Joueer o linado, e seráo ditas pelos capetlães da igreja e mon- ges do mosteiro, se quizessem vir (sendo primeiro avimdos) no dia da sepultura, nove dia, mez e anna Docum. de Bra- gança. u

151

-^Vemos em outro diploma referido nÒ mesmo Ehcidcl- %' psg. 355 e 356, que estabelecidas as commendas das wks miliiares n'este reino (05 28 e 29 , e assigoando-se Congruas aoos vigarios ahi declaradas, aulo IV no ri- . . 4 R w anno do seu pontificado (que foi em 1555) 1 es

cedeu que nas eommendas novas, c nas quaes náo Prani ceni cruzarlos para os reitores, elles 111'0s possam

estabelecer (fora o pé de altar, e mão beijada pelo que se entendem todos os benesses da igreja). llocrim. de Tlio- mar. O que parece tolerar nos viganos os usos das igreja$,

Vemos no tempo d o senhor D. Sebastião, que susci: bando-se duvidas entre os commendadores e reilores da$ igrejas sobre o que a cada um pertencia das offerias ,e anniversarios das igrejas, etc., mandando o dito senhor consultar letrados e theologos, baixoii a re ia resoluç2a 8 de i 8 d e julho de 1560 (transcripta por sor., de Po- tron., Resol. 27, a n. il), e entre as mais decisaes uma foi esta, ibi:

primeiramente assentam e declaram que as offertas de mão beijada, e o que se offerece ao clerigo A oflerta, e ao a& ministrar os sacramentos; e assim a oBer1a pelos finados ou por oficio divino, ou oraçb particular, sejam todas in soEi- dum do reitor a m entrarem em conta do que h a de bfiver de seu ordenado; e o mais que se onerece, sr! contar8 entre. os fructou da igreja.*

Nota. Eis-aqui pelos annos de 1560 toferados nb menos que com aucloridade regia, quanb aos vigarios, os iisos da$ parochias, de receber offertas por baptismos, casamentos, oficio da sepultura, e dos mais, ek.

Pouco depois d'aquelle anno de i5ti0 vemos que 1567 grassasr n'esta reino o abuso de se mandarem d i b tribuir em obras fias as terças dos que falleciam sem W; tamenh e a reprovação d'este abuso pelo juiso da cor0t no ares10 que deixou transcripto Pereira, de Mmi &h! C. 15, n. 46, ibi:

=E pois o defuolo não uiz dispor da sua torp. a qiierer deixa-la a seusher eiros. Pelo que náo se p a ju~liças ecclesiasticas sobre este caso entender cOm as"

tas pessoas e seus bens. E siimenle a deçpcza fitnerarin s6o os herdeirtis Obrigadns a fazer, e isto do inonte maior e n3o d3 terça ; R qual despeza de enleimrnento nem airida a rús provisor pertence, ser130 ao provedor e juiz dos orpllnos, os quaes mando que o façam, e tio mais se n2o intromeiter30, por lambem não podcrom fazer taes despezas conlra rfontade dos herdeiros, a quem pertence. a fazenda ab iamtalo, e t c . ~

Nola. Este mesmo aresto se vd transcripto em Portug., & Donat., L. 2, C. 3,i, siib n. 60, aonde tambem diz no n. 61, que no anno de 45l3 houve uma lei do senhor D. Ma- nuel, que perrnittia applicar para suffragios uma certa quota da terça, mas que esta l e i fbra revogada no anno de 4640; attestando mais r l i ie eiti alguns casos se jul$ra Iicar arbitra- rio ao juiz dos orphãos, delliizir nas partilhas o que lhe pa-

.recesse para sufiagios pela alma do defunto jw tu consue- ludifiem,.qluilitatem, e2 vires pabrirnonii, mas nãg em quota ou quantia certa. O que aqui se disse despeza funeraria, en- tende-se do apparato até i sepultura; porque fincras sum- pt~nsappe!lulalione zlenil omne guod ezpenddurante Ramattm8 Corpus, et ad eil laeccasan~urn prclattar. Pereiita, ia El~ca'dar.. anno 1126. O que bem explica Strylr, Us. mod., L. 4 1 , T. 7, a 3 59. O mais depais da seliuttura s3o stiflragios (de qiit: aquellesarcstos isentari1 aos Iierdeiros qiiandii involiintarios), Pereira, supra, n. i633 c 1636.

A constituição do bispado do Porto, linda no nnno de 1689, L, 4, 3'. d l , Const. 6, V i e 2, exhorhndo os Iier- deiros e iestamenteiros d'aquelles que não declaram as arissas, oficias, e mais sutrragios qiie por suas .Irnas se hajam de fazer; elles nZo esponndo que sejam cornpelli- dos façam pelas almas dos deiuntos os soffragios; segilodo o coslume das igrejas; porque esia obrigação B propria de todo o chriskão, e 150 aceita de Deria, que cada um se deve prezar muito de a cun~pi.ir perfcitamenic. Depois re- bonbecendo a mesma constituição, que havia varios cos- tumes sobre os onicios que se hno de fazer por cada de- b t o , e sobre a s offertas qae se hão d e dar n'ellas, c mies costumes como pios e moderatlos, estavam recebidos

7

c pra t i~ados , nianduii se guardassem, aonde constar, que esta legit,imnnientc prrccciipios, nao só qrianio ao numero dos oEci(~s, irias dc scrcm tlc iiovc liçfies, oii de tres, com offcrt;is ou sem cllas, ctc. -

Nota. Yorbm eslns corislituiçõcs foram prolesindaç pelo cnriternporancn proiauradur da cori~n em tudu o olferisivo da jurisdic~20 real, ctc. (como eram ri'esla parCe attcntos os proccdcnlcs nreslos), proteslo qiic se estampo11 n 3 ririrrieira

>I ucreu se estam-. edjfáo. E aindarlue o raesmn proour'ador ri, I passe em 1oùas as reirnpressões, n5o a vejo estampado na de i i 3 L

5 55

No anno de 1699 uma sznodal do bispo de Vixcu no 3 42 modificou os antigos abusos, dcclai*arido que quacs- quer qtlc fosscm os antecedentes usos das pnrochias, tiunca eaceiicsscm o cquiralenie da tcrça, deixando o detunlo dcscendcotes ou asceiidentes; e não os deixando, q u e nzo escedcssemi o equivaienie da sua terça. Mos cs1a sy- iiodal tambem foi ~irotesiad~i por u m procuradoi, da ca- rOa ri'cst:i FOrma:

*Os 55 12 c 13 cl'csias leis syriodses parcce se nSo de- vem admiltir, porque os siifft~agios d e ;ilrna regulani-sc pe- las diçposiçDes; e qilarido cslas faltam, os Iierdeiros que succedeni ab intesiato, sú estão obrigados a s despexas fu- nerarizis, rias quacs se ri30 podem intiomelter as jusiipss ecdesinsticas, por pertencer privstivamente o conhccirnenlo aos pro\erlores oii juizrs dos oi.pli5iis, como traz jiilgado Pereira, de Man. Xcg., C. 15, n. I G , e i c . ~ Taes constiliii- çaes pois assim prolesitrdas não podem servir tlo argii- monto para sirstentar u:os que náo sejam rrtciontiveis e jristos cnniormc os cari oncs.

Nada era hastnnie liara cotiibir os ecçlesiasticos, ali: q u m scnlior ri. Jtão C', pnih pi+ovisóes tlirigidns aos pi.0-

pJoras no anno dc 171 2, clctcrininou que os da joi.is-

',djccáo ecclesiaslica não obi~igucm aos 1icibileiros dos de- funtos que morrém abintestudoi, faztrem sui1r:igios (já

'1 rimoa o quc S" suffr.agios, nota ao 5 53, crn dilferenp 40 funeral até á sepulliira), porquc a isso riao s%o abri- gados por direito; como tambom aas qiic morrevi corri teslamcrito, os não podessem o b r i g ~ r a obra algurna pia, mais qiie o qiic dis[~ozcrem ii'cflc.

. Ainda assim não cessaram as veunç0cs c cxlorslics dos paroclios; os clamores dos poros sutiii-arn ao tlirono do mesmo rei; c para pdr fim a tudo cxpbiliu o decrclo dc 8 de maio de 1815, conceliido n'cstcs tcrmos;

(Mandando considerar os meios mais pfficazes e Iivrcs de inconrenicntes, e mais scguros ria coilscienci:~, para se evitarc~n as qucixas e ~exnqõcs que alguns p"~+oclios d'este reino faziam aos scus Fi'eguezes sobre s nialcriti dos suf- fragios que se haviam rlc Fazer pe1:is almas (10s iliie moi.- resscm com testamentos o11 nliiiilcstados: e crn raistn, tfo qiie sc ine representou em varias conslilins, e p3r ininis- iros de supposig30 e dc boas letras: hei por ltein rcrogar a provisão que se expediu pelo desernbargo do paço, cx- irahida da resnlliçáo que fui servido tomar em curisulrii de 13 ile Fevereiro de 1710, para que d'aqui em dinntc dão lenlia pratica ou observxncia alguma; c porqiic ne- cessitam de remedio as violencias e vexs~õcs que nlgilns parochos sobrc cstn materia obram com seus frcguezes: matido apertadamente rccoriimcndar aos iiispos que ciii-

dem muito rl'estti in:iteri:i, que 6 pro[iria da sua ohrig:i- cão c da J U R I I G ; L e paa que devein procurar qiie Ii:ija en- tre os parochos e os frcgo~zes das suas dioceses; e Ilie!: cn- comrneiido quc com lodo o cuidar10 vigicrn r se appliqiiern a este particular, caçlignndo sevcrameritc os ~i;irochiis que excedem os emoliiincnios dos suffragios c irriicrncs (10s de- funtos, c os usos c elistirnics que foi.em j i is los e cstirprern

Iegilimamcnlc consentidos c spprovados nas suas dioccses. E: por ser cste negocio de taiiio pcso fh'o encarrego rnuilo nas suas conscicncias; que quando 1\50 linja toda a emen-, da quc cspcro, ussrci (10s nicios que por direiko rnc 550

permi~idos usar, por socego do Bcni publico e para li r rar os meus vasuallos das \~iolencins yiic padecem. O desem- bargo do paço o tenha assirn entendido, e n'csta confor- midade o far5 executar. Lishoa, eic..

Mas os excelleniissimos bispos depois d'aquelle anno de 1715 se portaram comi indolencia em exccular csle decreio, ou cunnivencia, deixando c tolerando que os pa- rochos, sem diffciença de nbbades, priores ou vigarios, continuassein nos usos ou a b u u s aniigos, e ialvcz os au- gnientassem. Não vemos regutamenlos que Gzessem parii cada iimu parochia, em que >e conformasuem corn o justo na fhrnia do niesmo dccralcr. Este talvez o estado em q u e a mageslridc do senhor L). José I ria o reino, quarido I n - nullando pela lei de 25 de junho de 1766 cerios testa- meritos, e deferindo as t icran~ss abinlesiadas, Ih'as defe- riu no Ij 5: #Com a obrigacão cle fazerem pelas almas dos , mesmos iestadorcs os siiffr.a,nios csiabelccidos pelos cos- tumes das respectivas diocescs, ou dc pagarem aos res- peciivos p~roclios a s cotigrlias oííerlas, que Ihes forem devidas pelos diios cosiiirnrs, cmquanio esies forem rn. cioqveis e conformes íis disposições do direito,; f: $ 9, ihi: ~suffragios a que pelos diios rncioriavcis e jiirrdicos costumes das respectivas dioçeces são os tierdeiros dos tlefunins obrigados conforme o direitom.

Nota: Eis-aqui esla lei approrarido ta@ iisos sii einqrianlo racionaveis e juridicos, e oppondwe a todos por mais inve- terados que fossern, riáo sendo racionaveis nem conformes ao direilo cnnonico ou ~ 4 v i l : quacs csles sejam i. n que rcsla a ver.

Estas determinacões (a 5s 50 ad 58) crnrn gcraes a todb o reino. No arcebispado de Braga e bispado do Porio,

~ coniinuando os abusos dos parochos, e a impacieocía dos povos que se sublevavam, sendo ludo presente A rainha nossa senhora, ella por decreio de 30 de julho de 1790 tenlou piamente pacificar essas desordens interimistics- mente, como se v& no dito decreto, ibi:

#Sendo-me presenle que em algumas parocliias do ar- cebispndo de Braga o bispado do Porto linha intentado iimn parte dos paroctiianos eximir-se das prestaçaes com que seus anlecessores c elles nlesrrios, por antigo uso e oostume, soccorriam os seus parochos, taes como as cha- madas obradas ori oblatras, as esporliilas dos baplisados, de oficios, funcraes e Bens de alma, e oiitras d'esla na- tureza: fui servida mandar-mc informar individiialmente sobre a'justiça e equidade d'estas prcstaçaes, para as man- dar considerar, e resolver sobre ellas o mais jiislo em be- neficio commiim, e reciproco das igrejas, dos parochos e dos parochianos; e emquanto sobre a t c s principias não der a decisiva providencia: sol] outrosim servida ordenar provisionalrneriie que as ditas preslaçrics se continuem aos parochos como atk agora, sem que em juizo nem fóra d'elle se adrnittam queslães possessorias ou plenarias di- rigidas á isençáo ou inodificação das ditas presiaçí3es, por todas dependerem da dila providencia decisiva que me proponho dar com conhecimeiito de causa, sem que haja attenção a dcspacho ou senienças que a respeito do refe- rido se tenham proferido no possessorio. A mesa do des- embargo do paço o tenha assim enlendido e f a ~ a obser- var, erpediiido os despachos necessarios ás justiças a giie tocar, eic. B

, Uma delerminacão assim prouisionnl c i?aterim'pna9ticn náo decidia do diroilo da propriedade, nem auctorisaua juslos

4 02 --

esses iisos, quc coniorme o ultimo cstnùo rr~andava ron- serrar ai6 iirna providencia decisiva, cs Stryk., Yol. I , Disp. 19, d~ drcrelo intclintist~co. O mesma decrcto sop- p o ~ neceuaria upia proride~icia decisiva com coohcei-

- rrlenio Jc causa; o zelo c piedade da auguslissiina rainha promeiie propor-sc a esse fim. Mas o iiegociu e m delicadu in irtroqlie furo; o govcriio de iirn reiiio e as necessarias applicapúes a nulros d e maior irripori:inui;i, tinham liri- nieira p~et'ercncia; este náo admitlia tantas moias, a s quei- xas das povos inundavam f i secretaria d'esiado a este res- pciio dcpois do rnesmo dccrcio, por isso a niesrna nuguç- tissima senliorn, por aviso tlc 2Ci de sctembro de 1192 ( c a ~ t ~ que rcfcrc o dcsci~iliargndor João Pedio Riheiro no Jndic. cIIro1~01u~. C ~ S leis, psg. 183, Tom. 9, e qtie tran- screvcu o anonymo rla palesria Canon. Ilor., piig. 1 [ O ) , cornmcitcu ao arcclispo primaz, o que a mesma caria rc- lata, ilii?

aSua rrisgesladc manda rcrrielter a v. ex." ppe~ição de Jos6 da Silv;~, que S similhanlc a muitas ouiras que ikem chcgndo X real prcsenca, sobre a s extocsaes e riolericias clue muitos yaroelios pratic:iin, p a u Iinrercm os Lienesscs cjuc por uso ou abiiso prcteridem d~ver-se-llies, e que nunca devem exigir-se por iiieios i.sireriioc, allieios da caridade christa, e muito mais cscaridalosos, pratimndo-os o pastor com as suas orrIIias; e a servida que r. cs."rove sobre estas desordens, e iiiforme de tudo o qtie hoiiver a eslc respeito, e que proponha, parecendo-lhc, os meios que a prudcncia occorrer par:l fazer cessar estes clamores. com- bistarado a r~eccssidade dos pnrochns ronz u iniligmcia dos frrgirezes, e tomando em coosidrr;iç%o qiiz osparochos qtie pel cebern dizirnos 71~0 necessifn~ra de ucsar os ficyirrzes por este titulo, nem taE~?ez devem d'elles hauer c s t ~ s prce?itos p e se chamani hencsses. P

Noia: Do poder c10 siim.:>o impcrnnrc para regular os rlj- ' reitos chamados de estola, e a dccht.nte suslcntaCXo dos mi-

nistros i10 aliar, etc.. niri~ucm Iioje 1iCde diividar rcrido EF-

hl, Introduct., ad Jfs Ecrles., i$ 121 e (26, Gmeincj.., ds- .stit. lur. Ecctcs., Scct. 2; 5 kOD.

Este iuiso liapia alterado coni a nova dctermiriação o precedente decrelo de 30 de jullio de 1790. E mais ain- da. antes da data do mesmo aviso confirma-se na suppli- caçáo, por acciirdiio do 2s de novembro de 179 i , uma sentença do Porto, que (como se nZo Iiouvera tal decrelo iiiterimistico) decidiu uma causa posscssoria a este res- peito, segundo os cariones e direito, scntenga e accordão que copiou o auctor da cilada palestra, pag. 906, e eu outra vez copio, ut ibi:

*Essa posse em que o rerercndo emhargante se fuoda, não é posse qiie possa introduzir intcrdicio reslitu(orio, e elle pretende dircr são nascidos (lar ohhçaes que a catho- lica piedade introluziu, que não são outra causa mais qiie uma csporitanez devoeao quc os f ieis costumain offerecer a Deus, e a igreja as permiiie c ainda rccomrnenda, mas prcscrcvc quc o seu essencial conçiitutiro consiste em se- rem oflerecidas e não pedidas; estcs peditorios que lia sc- culos tcrn feito grassar a ambir,ão ccclesiastiea, acham- se reprovados por infinitas rcsoliiçães dos saiitos padres c decisões dos rrgios tribunaes, a qiiem compete disputar similhanies abusos, e vigiar não sejam gravados a s ~3s- sallos e povos, e não se adquirem por actos de pus nalu- reza voluntarios; nem tnmbeni fiivorece ao ernliarzanlc a antiguidade do chamado costume, porque no que respeiia ás oblaçiies contrarias ao direito c aos bem o louvavois mslumes náo se póde dizer racionavol coslume, [nas s6 abuso e corruptello; e quanto O nisis antiga mais ofTensi- Ta, peccaminosa e cscanrlalosa, se diz; e ainiln quando fosse legitimo coslumc se n ã devia altcnder. Sim podam . 0s costumes abrogar as leis, espeeialrnentc nos cslados de- mocraticos, em qirc o dircito d o conslituir Icis t s t i no POVO; porém nas monarchias cni, i~uc loda a juiisdiq,ão

legislaliva cai no principe, para quo 'o caslume pmdiiza aquclle effeito e lenha forga de lei que abrogue a iodos, é indispensavel nrc,essariamenie que conc,orra a eficaeia e a paeicncia do principe, e a sua approração ex rcssa

nem ainda se provam. Portanto, etc. P ou 30 meios tacita, circiims~ancias que se niio a1 egam

Depois d'este aviso dirigido ao arcebispo primaz (55 BO e 611, sc proferiu na supplicaçIo ouira seniRnça em 26 dc abril de i796, referida na cilada palestra, pag. 127, ilii :

aAggravada foi a nggravanke pelos desemliarg:~clores da relação do Porto na sentença dç quc sc recorre. Revogam a mesina sentença, vistos os autos, dos quncs se moslra que pretendendo c alibadc B. cxigir da viiiva aggravnnte pelo insolilo e violento meio execu~ivo as offerlas que dissc lhe devia resuliantes dos ofiicios parocliiacs, se oppoz a aqravante com os embargos, aIlcurndo (e allegrndo bem) a ~ncurial e exorliianie exaegiio a o mandado da penhora, que chegou a cffcctuar-se eni seus bens; c siniulianea- menie qiic as afierias pela sua propria naturcz;i deviam ser voluntasias. Estes emhargos tornin recebidos, c devendo continuar seu progresso ai6 a sentença dcfiniliva, foi in- lersompitlo pelo aggrarado com a exccpfão do espolio f., excepção qiie por S I mesrna. faz ver n sua insubsisieiicia, pois a agravante ria sua innocente deEeza não p0dc con- siderar-se confornie as regras da jurisprudencia haver com- mettido a menor violencia ou Forca, e i cm em conçeqiien- cia a fahar um dos principaes requisitos, q i~a l o esbulho, base esia em que devcriii firmar-se csia esccpçso, c isto sem cntrar ainda na indiigação c examc da legiliinidade ou illegiiimidads da posse do aggravado p a n reccber eer- Ias e dcicrrninadas offer.lris; porlanto, etc.n

5 o l a : Estes srcstos f;l c 62) fnlvez sc conforms~sem coin 0s çirliillianteç, ([uc rclcrc Van-Esp., Tom 6, L)isscrl. de

Jur. Pn'nroch. nd~llccim. O b l u , ~ , etc. C. 2,s 4, pag. 22 (edi- ~b de .Ii61), ibi:

~Ui ide cuin siib inikium przsenkis scculi in Diaicesi Cabillonensi Pa roch~s prglenderet quamclam vidunm in Annivcrsaris Marili sui deiuncii deberc offerrc cerisrn aiensurarn granoruin loco fianum, q i i i in anniversririis defunctorum consuoveranl ibidem offerri, idque sub prz- iexku cujiisdam transaciionis cum incolis illius loci inilai; atque Oflicialis Cabillonensis vicluam ad solvendam dictam . granoriim mensurarn condemnassei; intcrjecin per 1iíJunrn ab hac ScnlentiaOfficialis appellalione, tanqu:im alrabiisu ad Parlamcntum Uivionense, Sententia OfTi~iiili~ luil cas- sata; dicluinque f u i t nulln specie vidiiam ad saluiioncrri d i c i ~ rnensura potuis~o conderniiari; quandoquidtm olil:i- tiones delieanl esse voluntariz, nori conciE; quod autein volunlatis cst, non potest rcddi riecessitatis vi cujiisdarri f ransaclionis, q u a redolet araritirtrn, Iia refcrl es Botivot. in suis Areslis Jo:in. Tournet.'Litr. (o) P C. 3.

Simiiiter Canonici Ecclcsix Catliedralis Engolismcnsis cuni uconveoisçet jncolas cujusdnm P a r o c l i i ~ coram ORi- ciali Episcopi u t solverent annue deccm Turonci-iscs Ps- rocho pro Vino, quod i n dielii~s Pnsctinlihus dabatur posl communj~inem; atqrio pcr Senleniiam Oficinlis intolz CS-

sent condemnati; inlerjecta rursus appellatione ianqrinm ab ahiisu, Senienlia Oficialis per Parlamentum Regilim, seu Parisicnse cassata fuit, ut refert Rcnat. Clioppin., L. 3, de Sacr. Politic., Tit. 4, 5 i 1.1

eEtsane(continuaVan-Esp.) cum otilationes d e sui na- tura sint voluntarix, et sponte offeranfur, d i f i~u l i c r Tri- hunaliil Regia odrniltent, r i i Ioici ex diuturns consuciii- dine olferetidi, ad ublaliones facicndas, pmscrtim incerta. ac determinata quan~iiate, ch specie cons~i*inpani (ir; co quod obfalianes i l l ~ , quaniuinvis longa nnnoriin; stiric coniinuaia, scmper intelliguniur, justa natirr:irn ohlniio- niin~, ~olurilnrie, e1 sponle frclx; neqire ullarn sibi crc- didcrini pcr coiiiinua~ioncni acluuni ohlig a t ' ioncn~ iii fii-

turum injiei: oon rnagis quarn si qozùam ~bb;alia per p l u r ~ s annos alicui fainilis Religiosa;? nienslruam, aut an- nuarn alicrijus grani, vel pariurn oblatioiicrn vdunlarie, et spontc offerre sine iniecruplione coniiiioarct..

n c iodos eslcs nioiiumeti~oç sc evidenceia: i.", quc desde os principios d'esia rnonsrchia sempre os proclios fizcram continiia guerra Rs lierarifas dos defuntos testa- cios e inteçtados, j i in~roduzindo de iioVo usos, a n k s in- cxisterites, já cslendendo c ampliando os introduzidos; %.O, q i ~ e de tempos em tempos os clamores dos yovus soa- vam no throno e nos lribunaes d'este reino, contra o s prc- tendidos usos e os excessos dos primeiros; 3." que sem- prc mcrecenm attençiio; mas 4.: algom descuido dos cxeciiliires náo cumprindo e executando o dcierminado pelo Scrilior 0. 3090 V (55 5G c 59), c aviso de i792 (5s 60 e 61): oecnsionaram conlinuar a rncsma guerra, c ficar cnnscquentemente livre aos rrtapislrados decidirem spgrindo o dirciio as occorrentes demandas, corno acabh- mos dc ver nos ditos aresios, o a estes esemplos outros mais. O mais niitauel E que depois de tudo isto na suppli- csçáo, por açrord%o de 17 di: fevereiro de 1807, cm favor do prior e bcneficiaclos de Figuciró dos Vinlios, sc mana datam coiiscrvar B pagar pelos Iierdeiros os coslurnados usos dos officiris nos limites da lerca, e.se observo11 o de- crelo de 1790, julgando-sc na conforinidadc d'clle.

Eii porCm, depois de pondcrar e rumiiiat o exposto n'rsla e nas prccedcntes sceções, cnconiro uma grande dijfcrença enlre os ~igai.ios pouco providenciados de con- gruas o os priores e abbades que percebelu avultados di- zirncis, e ainda quanio s estes considero alguns casos em

q ~ c [RCS USOS podem ser. to1er:iveis. Na scc~tl.0 srgui,iite passo- adescnvolver 3s rniolias idétls. .

Nota : Ad~irioporbm como emneccssaria prenoção do que V O U a discorrer na secção segiiinlc, que os abbades e pio- res nlirindatites cle dizimos rcaes e eniatos [ião podcni piele..~. tar que reccbcrn o u e r t a ç ile baptismos, de Irenq8os itiatriino- rliilins e oirtras ; rle sdminisirnçlo .de Facrnmcntos, d e fiine- t.acs, onicios de.scpult.ura, etc.; como em resto de dirimos p e s s o a e s abolidos, p o r q u o a esse pr'etekto j R occurrcri miiiro bem Van-Esp., de br. Ecelss., I'. 2, Sect. t , T. 4 , C. 8, a n. 19, 20 e 91, tolerando P . S ~ E S UI;OS sO q~ar~in aos vigarios pelas diversas r i ~ s a e ~ qiic ~ 0 0 a .poiiileiar.

Em ~ I I E cayos podcm ser tolcrarcis os lisos dai paroriia e a prcepráo

d o v chamado# benester Ou a rcqC.\~ do8 vigario.! no dos rlrbddcs

Nos vigarios concorrem diversas c parLiculares r n s m . A chaga da igrrja.qiic arrnncou os dizimos dos pustorcs e os enfcudon c uriiu a mosteiros c ealliedraes, a cuniincri- das, clc., os deixou com incornpcirrites congruas, e stndil- quc ao principio se suppozerarn ser inv:lriaveis, Fr. Joa- quim, no liluridario, ver110 Occinza, pag 355, c deiais as- sim se julgava, impuiando-se aos vigarlos a ricclta~?.~ dos bcneficios com pequenas curigr uas, Ozor., de Patron. Reg., Resol. 28; comtiido depois pcla rarjedridc dos tcrii-

L

pos se tem cancctlido mginentos, talvez pelas doutrinas de Tondot., Questijes Btnc[c., P. 1, C. 58, n. Ii. Ferrar.., verbo Congrua, a n. "2, ct sihi, Addit. a n. 2. Por6m es- tes augmeiitos sernlm orditiarinmente i iem sido mosqui- P ~ O S , conio mostra 3 cxpcr i e~~c i~ , sem supprirem a n c e c i sario para a decenk S I I S ( C ~ ~ ~ ~ ~ O de um iigarili nos prc- Sentes tcmpos. e isto qriando n primeira desiina~5o dos d1zlrnos é para esse fim, c só o resto deva ceder para cs-

ses feudatarios, masleiros, igrejas o commeod;is a que os dizimos das parochias passaram até o ponto de que, ape- lias os dizimos bastarem para as congruas dos vigarios, nada se deve ceder para esses dizimadores,Van-Esp., de JUP. Eccles., P. 2, Sect. 4, T. 2, C. 4, n. 30, com Rc- buff., Fabr. e Zypo, o quc com effeito determinou El-Rei o Senhor D. Sebasliãa na Rcsol. 27, n. i 3 spud Ozor. de Patr. Reg=), ibi: (E sendo caso qiie os 6 iios Irucim das ditas commendas não rendam mais em algum tempo que aquelles que tia de liaver o reitor, tudo haverá o dito reitor.

I G G

Entretanto os vigarios, com mais probabilidade fica- ram jiisiamente percebendo essas offertas, como em sub- sidio das suas congriias. E ainda porque scndo difficil, ou quasi iiinpossivel demandarem aos dizirriadores pode- rosos, a que Ih'as conslituam corripetenics conforme os ieiiilios prcsenles; e tendo inos~rndo a experiencia o qnão pntico lliks augmentam, subsiste a respeito d'elles a causa originariaque vimosda inlroducçãod'essesusos, e n'aquella diniculdndc, quasi irnpos~iliilidade, recie nos povos a obri- gaç30 da susieiitação do seu parocho, como pae cspiri- kual, e consequeritemente a obrigação de Ihes continuarem a eoiiservãç~o dos mesmos usos por não ter cessado, e existir ainda a originttris causa, hgunez , d~ Fructih,, P. i , C. 33, n. 82, optime Patuz., Theolog. Mw., Tom. 5 , Trat. 9, C. 9, 5 8.

1 67

Com efTei1,eil.o os vigarios cslão quctorisados para exigirem a n1aiiuieiic;Io d'esses usos: I." pela bulla de Paulo IV acima referida, Secl. ri, 5 51 ; Z.", pela resolução de El- Rci o Senhor U. Scbasti5o acima transcripta, Sect. 6, '$ 52; 3." e e l o decreto de 30 de julho d c 1790, que s6 quanto nos vigarios pUde ter n methor applicação; h.", e rnelhor pcla carta rcgia dc 26 de sekcmbro de 17ii2, lran-

scripta na secçSo 6, 5 60, que leve as primeiras vistas para a conservaçáo de taes usos, em terem ou não os pa- r o d i o ~ o necessario para suas. decenles sustenta~ões; 5,", nas doutrinas dos canonistas. aue ficani referidas na sec- ção 4, a 27, e no uso das &$as dos prolesiaotes. (Sec- i çao G , 5 S.)

Nola. A visia do exposto e substsnciado no 3 precedente, não @da fazer-se argumento contra os vigarios com essas senlenças transcriptas, 1s 6.1 e 02, poisque os seus funda- mentos sú podem adaptar-se aos priores e aos abbacles que percebem dizimos, e a mprehenderem os vigarios, reinci- diam em erro pelas diversas nsões que milium a ~espeito d'elles. Assim o ivconhece o mesmo sabio theologo, auctor d'esça palestra, emquaiito diz, p g . 156, rio Um: aQue as oblatas, posloqric sejam de merecimenlo, não s5o de obriga- ção n'aqiiellas fre~uezias onde abundam os dieimos para r congrua sristenta~ão dos beneficiados, sem que comtodo isto pretendamos tolher os parochoç n3 defezri dos seiis direitosri. Comlanlo porbm qrie não ampliassem ou anipliem os anrigos usos, porque toda a ampliação epec,eamino,fli e reprovada, 110- Iiemer., de Paroch., Sect. 7, C. 2, % { I .

Qunnlo porém aos abbades e priores, Roc optis, laic la- bor est; eonlra cstes forceja: i.: n geiiuina analjse do C. 42, de Simon., com iodos os canoncs que licairi cx-

postos na secção 5.'; forceja; 8.", a caria regia de 215 de sciembro de 1792, transcripta na secçáo 6.; desde o Q" 60, e nas palavras: tl'oniando ern consideração que os pa- rochos que percebeni dizimos, náo necessitam de vexar 0s freguezes por este titulo, nem talvez devcm d'elles ha- ver esies provontos, que se chamam benesses~; forceja, 3.: a douiriria de Bohemer., de PUTOC~., Sect. 7, C. 1, 8 9, onde assenta que nHo póde haver preierio que coho- neste tal costume, ut ibi:

&Si enim Parochi habent sufficicntes reddiibs, quris generaiim pro quocumqiie officio sacro sibi ass igatos

scitini, qtiid opus est juribus stolz, cum jam aliunde ba- I~cant, que vivere possint? C u r itemuneraiida sunt specia- tini qiiscumque officis sacra, cum gcneratim pro Iatiori- bus sscris p r ~ b e n d a suniçien\c instrucii siiit? Deiride, quotl fiemo p t i s ienealur altcri inscrvire, et. quod gui altari itiscrvi~, dt! :11t;iri clucirjuc rivei:c detieat, hue appli- cari nequit, c,uin graiis operas siias hnud príesienl, sed nliundc opera corum saiis c,ompensclur. Alios przlextus, qui dc coiisus\udine immemoriali adducuntur, non tan- gng cum diuturnitas temporis peccata non minuat, scd aiigcst. C. 8 e 9, x: de Simon.3

Forcciani, 4." s s n s scnlençns transcriptas na s e c ç u 6." $5 61 c 62, Friiidadas ess~nciatmentu n'eslas rasões ($ h#), o nas mais expostas na secrão S.',

alem das %ue prosigo a pariderar ex abundanti. Não menos, 5.", o e- cieto do Scnlior D. João V (§ 561, e ;r lei de 1766 ($ 581, que rcsisLern 3 taes cosiiirnes tlns pnroc1ii:is qiiando n%o sso racionavcis e jiiridic,os.

Sim venios uiii:i lorrcntc de tbeologos c dccretalisirrs firmando a geral conclusão: Qtie estas prestações pias COS- lurriadas por ilez a n ~ ~ o s , deverri sristentsr-se, e piboduzem cfficaz ohi.ig!p&o e coaclisa perpeiuarnenie, Luc. I'errùr., verbo ObEudjo, a n. 9, e ibi Adtl. n. 8, (citando aqui muitas decisões da rota), Barbos., de Paroch:, C., 5 2, n. L i e L2 (aonde expBp os requisitos que derem concorrer para Icgahsar este costume), Pereira, dt Man. Reg., C . 44, a n. 12, Peg. 7, For., C, 225, a 11. 13H,Tondut., Q u e s t ú ~ Bciin$r, C. 39, n. 17, Ccnr., de Censib., Q. 18, n. 15, Monacell., Pormal. Le.yuI,, For- flc~!es., Toni. 2, T. 45,. Form. I , n, 45, c outros com quc podia encher muitas

pginas; veja-sc Lagun., de Fructih., P. i, C. 33, a ,a. 99, uLi latissiine.

1 71

Pião contrapondo por ora a opinião coniraria c seus fundamentos, advirto sim que esses DD. se fundam: iao, que esses costumes sao Jouvaveis e mantiudos como taes ohseruar peto C. 42, de Simoti.; 9." que iim costume as- sim antigo faz presumir nos povos animo e in ten~ao de serem assim pcrperuas e obrigalorias as suas oblações. Taes são os unicos fundamentos d'cssa opinião.

Porém e qiianto do 1.': Eu não resisio aqui P gertuina malyse do dito C. 42, de Simon., já rlemonslrada na scc- ção 5.\ilcrescenlo sim (alem do já ahi dito) que esse ca- pj~ulo, para se salvar de coiiiradictorio a tantos concilios

,pecedenies, se hn de suppor (se outra não fosse a sua in- 'bliigencia) qiie o concilio lalernncnso e o papii Innocan- eia.lI1, n'esse anno de 1215 olliavam no orbe caiholieo (9 já no nosso reino) os dizimos arrancados aos ministros db altar, enfcudados e unidos a catlicdiacs, a rnosleiros, a,ordens, etc., e os parochos s6 corn t,enucs congruas (Sect. 4, a 5 27); essa talvez a rasão por que atlendcriam como louvavcis os coslunies de que trata o dito capitulo em Favor dos miscraveis curas das aimas destituidos dos dizirnos c de ouiros meios d e subsisicncia (ui a $5 2 7 c a). Assim o dcvcnios suppor, vendo o que com C1:ris- hn. Lup., diz Van-Esp., Tom. 5, Diss. SE Simoia., C. 5 , b 4, pag. (mihi j l 76 , Col. 2. I

I 73 I

, poibm iocrirel que a náu ser csla a inlclligencia , sac obser- bistoria do tempo, aqiielle concilio rnundq--

como louvaveis uns costumes q11c tantos concilios pre-

cedcnles, c o semprc unanirne cspirilo da igreja haviam reprovado como s\moniaco, lendo os parochos outros ineios -de subsislencia. E incrivcl qiic dissessem louravel um tal cosiuma em favor de um parocho que percetc dizimos, quando Deus aos Ieviias qoc percebiam os dizimos das tribiis reprehcodia (Malach., C. 1, p 10): rQuis esl in ru- bis, qui claudut ostiar. (Todos sabem quc na lei antiga os sacrificanles offercciam o sacrificio no aliar do Themisma B por! fechada), get iniendai aliare meum gratuito? Aon est mihi volunt,as in vobis, dicit Dominiis Ererciiuum; Et -

muniis non acc,ipism de inaiiu veslram, texto que bem ao proposito applica Bohemer., de Puroch., Sect. 7, f 10, in fin., dizcndo, ut ubi:

.Eguidern Praphain Malach., C. 1, t 10, irnput,at Le- uiiis in peceaium qiiod grniis n u l b sacrilicia facimt . . . se,d notuin esl, quud illis Deus prospexerat de suficienti redditii, decimis scilicet, quibus contenti esse jugebilnlur. E; quo quidem illud inferri poiest, si Parochi alias suf- f ic ien~es .reAditus, quos generalim pro officii saeri prz- sbalione suscipiunt, habent, reclius eos factiiros, si juribus slolz plane ntistineant. I Confira-se ao proposito Van-Esp., Tom. 5 , Diss. de Sinaon., C. 5 , 5 h, junto ao fim.

O nosso Pereira, de Man. Reg., C. 18, n. i2, olhando subsidiarios os abbadcs c priores, e reconhecendo que a respeito d'elles não pMte haver costume louravel; rompe em dizer que em taes casos se indiiz a obrigação anon consiieludine, scd suaviter ex przsumpta offereritium TO: luntate; nam ex contiiiuatione dcterrninata per decennium prssumit l e r voluntaiern inasso cx parto offereoiisa. Esu é outra e segunda rasão dos DD. ja referidos n'esta sec- ção, 5 70.

1 75

Porém, quem presumiri em um povo suavernenle uma

vcinlade e inlcnl;8o tscila de se obrigar perpetuarncnie? Se ainda foi muiio ciisio.iu aos yoicis ;~rl~eii l ir OS (Iizirnos i p c Carlas l l sgno estabeleceu por ncccssillndc iI:i i~lbcja (Scct. 4, a ,$ 221, e no principio sd os nei>iini.arii clvbnixo d3 condi~do de os resgaiar*, Yoniesq., E.spil.;to 1fil9 lois. L. 31, C. 12; quem se persuidirh que iiin poro pela conii- niiacUo de tncs pi+eshçi>es (sernp1.c por natiirera uliruriabs) inlcncionou obrigar-sc,pcr~ictu~merite em fiivor dos iit~lia- des e prinres n3o nccerritndos, c 3 rjoc r 1 i . l ~ pagam iIc

dcz um, 110s fi*ucios que I;i*i~ioi? Qilcm rc nBi> peiausiliri que as prcst,açries que sc çnppíjcm diiil~irn;is, oit furam no seu principio espon1ane;ls e riiinc,a oi)rigniorilis, ou foram inlrodiizi<ias p r extoysacs do clero, niiuaanifri d:i piisilla- . nirni:lade dos poros? E aqui bem :ipplicavcl o qiis de prcP taçõcs taes pelos ipnssciilos rirslicos 30 scnhorio jusisrIic- ciorial cla terra dizem os DD., c,orii os qiiiics Fragus.. dc .Rcgim. Rtipubl., i?. i , L. 3, niep. 7, cx n. 6, Sixiin., tlt. Rcyol., L 2, 1:. 13, n. 2t e ti prciomircl quc jrin Lti;i de ohrigaqno expressa oi.iginn1) r i im d'ailuellos princiliioi se der.etii attribuir a s presiaça'cs ç u l i s ~ q ~ i e n i r . ~ comri oii- ginal. influo es L. 39, fl. de Legib., zrhi Aroltcn. Jristl i- mente pois contra essa t~irrcntc d i~s dccr.etalisins. diz P3, tuq., Theolog. MO^.^ Toin. 5 , T r a ~ 9, C. 10, n. 2, ibi :

~Oblatioiies, q u x in aliquilius Parocliiis, nut i n mrignis fesiiviiatitilis. aut omnilius Dominicis, rel aliiliioiics in mense Geri solent n P;itnchianis osculo pacis, nori vidcn-

.tur dehit.2 strielo jure obliganie. Oppoi tu rn docenr plurcs C;inonistz narlios., Gtillicrr., Reifestiiel., elc. ... V c i ~ ~ n l pasitn assertio mihi prolidiilior videtur: i . ' , , quia Firleles talem consiiciiidinein aliqiiid offel-endi prxbiiis l en~por i - ~ U S noli aiiirno se o1ilig;itidi i i i reresun~, soil Iiini~iimr l i - baralem oiil~iino, c i gruioitaln obla~ionem respcrrre; ?.", p i a revcra diim solii:iiii perficiunt olilatiuncm iritirno Sens11 agiioscuni, se iiuilo crhsiringi prtEet.pi.o, eh l i k ~ n i r r i l i b i esse non offcrrc; 3." rrvceiti nec sibi Rcligioni rei.- tunh si ?as olilaiiones omiitant: ncc Paroclii. vcl Eliisco- ~i i a ruis s)-nodis a$ 1iujlis:nodi I iab~oilss ollalioiies ullo

Y

pacto :i<isiringiiiii. Jiiiis iiilcm tcrius, ci I). Tlioin. {IP eis loquunlui. olihlioriibris, dc quilius ccrto consl:it, aiiirno se oGIigandi iriuecias, qoud de facili rion est przsumen- dum, przseriiin si Pnslures jarn itliunde Iialeant, unde suslcnleiiliir. h

$ 76

Eu omilio ot11ra1; rasaes quc excogilarnm miiiios DUr, cumo sercin taes o k r l n s actos ro1urit:irios c lirrcs, que iiàu poileiii iiitrodurir çosiunie obrigatorio, sereni riela maior partc sem uniforrniùade, mas disformes a arb~r r io de cada parocliiano, ctc., rasues que podeni ver-se 110s DD. referidos por Laguncz, d e Fri~ct ib. , Y. i , C. 3 4 , a li. 1.13, e 5 L , n n. 9, Percira, Jc dlin. Reg, , C. l i , a 11. I, ad 8, de Laland., tr:rnscrip\o pclo addiciariador, dc Fcrrar.. verlio, Oblntio, Corleail., Decis., 170, n. 33. Oiltras r3-

siíes noras rnc orcnrrriii qancs 50 eslas.

Ou havemos de siippor n'esiaç oflertas e prestaçücs ari- nuas, mcnslriiris, diarias, etc., um ~ o l o parliciilar r! pes- soal de cndn tirn dos offcre[lii's paro~liianos, ou havernos de sulil~or uin F C ~ D ge~.;ii dos F O V ~ O corrro POVOS, C como uma pcssoa rr!or;il e perbpelua, que nurica niorre cmqulirilo i:xisie o ovo o u parochia, ex L. iG, ti. de Judic., uiii Yeir. Bar E os. Sc se [ilha como voto pariiculsr de cada pessoa que o ciicrcccii, ciitão n:to piidc dizcr-sc voto di? lodo o poro oii (Ia moior p ; i r l ~ uiiifrirmerricrite, corno necessario, segiindo os mcsmos mnonistils, para induzir cosiuine, Paluz., Tom. 5, Trnl. 9, C. 8. 5 '3, Barbos., de I'nroch., C . 2%, n. 12. in firi. Niio se inferindo coslrime oii p m e universal dos actos ou factos que obra qualquer do povo em seu proprio iiomc, F'oslh., de Manut., Obs. 36, a n. 23, Caiicer*. 3, lJ;ii,., C. 4, a n. 100; porque e ne- ~ e s s i ~ i . i ~ r IIII(: no poro hniircssr: i i n n uniforme intcnç5o dc irti1ii::ir ciistuiiir, c os artiis C f ,~c t~>s I ~ P ~ P S S H ~ S parlicliitl-

res 1\30 induzcm, Vsla~c. , Coiis. iG.3, n. 23 e I i, junio u R. I r > . Se se olha corno voto geri11 do povo, conio lioro, náo produz costume coiri os seus effeieitos jriridicos. Bem que, quem prcsurnira qiie l i ira illo Iemporc Iiouve um voto pcrpctuo em notne tle totlo o povo, sem que dcl lo coriste expressamente c feito com os requisiios que o de- vem concomiiai., de quibw, Luc. Ferrar., verbo Fófotum, Art. i , a n. 20s Um voto real e expresso conio o de Com- ~oste l la , que se I& no C. 28, de Onsib.7 Bnlretanto qiie

se h3 do pr~siimir relativamente a paroch~s providencia- dos de dizirnos, senão offerlas voluntnrias, c assim rcpe- lidas ou por vontade. ou por crro vulgar?

Nota. h para admirar que constanrlo do corilcx ta do dito C. 18, de Ccmeb., e pelo supplemcnto das glossas margi- IiiiCS que n l invasão dos moiiros cerios porPos da FIesparth:~ fiiernm, como povus,votos cei-10s e inilubitaieis n S. Thiago, na Compostella, a lho pagarem perpelo?mcnlc fanhs mcdt- das de rructos pela medida de suas terras; c passando &pois a paga-Ias por umas medidas minutissimss e desconhecidas ao icrripo do i7010, totalmerite desiguaes, o papa Innnconcio 111 is queixas dos bispos de Zamora s Satnmanca deferiu que esses moradores, clescendentes do povo rrovense, pagassem e s~lisfiressem por essa medida m bar vis si ma: Volentes solcers ad minorem non sunl cogendi, ut a$ maiarena persolr;ant. Vqjamos agora a ras'io: Qtwniam cani hujuumadi vola gra- I~riio f~ierifit a b ilailio, benignirrs s i m ! a Viris Ecclcsiasiicis exiymnda: rie bnplrnrri Exacrores L-idecrntur lucris leinpoiir- libus hhiare. E se o papa decidiu assim, e por esta ração nrt caso de um volo certo, indubitavel e perpetuo que os povos Iiaviam feilo a S. Thiago; e que os miseravets povos haviam '

reduzido a outras e rninutissimas mcdidas, se abandonou As queixas d'aqilelles hiqios, qut! os queriam exigir pelas me- didas corrent~s e ilo tempo do voto. Que diremos dc uni abbade o!) prior qiic prnrnove a exacçáo de prestafies. de cujo ruto n3n consb rlararncnlo por moniimento nlgiim? Nào me proponho censurar YelIo Freire, L. I , T. 5, $'$ 'E1 e 22, sobre este voto de S. Ttiiago. Vejam-se ns niinlias notas ao Ingar ciiado de Mrllo.

Ainda mcsrna que constasse clo iacs rotos feiios pelos povos em hvor d i ~ s pariiclros ou forga(!amcnlç se podes- sem prcsuri\ir. 0 s roi05 dos povos iião ligam perpelua- mente aos villLIo11ros, S P I ~ ~ O (parido s%o corifirmailos por legitimo costume ou por eslaluto, ou por ullrones ratilim- $50, Hiegw., I'. 3, $ 639, Luc. Ferrar., verlio Ticttrm, Ar[. i, n. 33, P;itiiz., Thcolog. Mor., Tom. 4, pag. 61, 5 15.

O 79

Ora, n5o ligando u'voto de um povo rios viiitlouros, k necessnrio que seja confirmado pelo bispo liara ficar abri- gando aos vindouros cx u i Leyis, Sonres, de Rcligion., L. 4, de Vot., C. '5, 11. i 0 c I i , Castr. P:il., P. 3, Trat. J 5 , Disp. 1, Punct. 15, n . 3. Costume e diificil provar-se com os rerlnisitos exposlos (5 751 que mais largamente rcinln Valase., Coi~s. 168. llaiificnção lambem não s e r i fticil jul- gar-se nos prcsenies, porque ignorando n forn~al i~ladc dos votos dos s ~ t i s rnaioi.es, como se presume (rnaxinic nao ~ p p : i r ~ c c n d u escii pio i;iI viiio), r130 sc iiódc dizer [liir: ra- lificsrnni o d e qiie n50 finlinm uina esplicila no1ici:i oo scicncia, Feg. i, For., C. 5, p:i;. 6.39 $. Porqire R a o que procerle, Alor:ies, de Exa:ut., L. 5 , C. 5 , a ti. 34. E in- ciimbiiidu aos psroclios (que sc fundam cin ia1 rriificnr5ii) 3 prova de que us yresciiics ~inlinni scieiic~a d'essr a~lkigo rolo, es hlotacs, silpra, riso sct i fsc,il prova-la.

Eu ainda n!.anCo mais: Soda o v010 CeSFil quanilo CeFS3

n siin Ci111Fa. Por esemplo, o voto íle (lar a esmola a certo pobrc, cessa sobrevindo riqriez;i, e falta de iiidipencin 3

csse piiliime, Soares, de I'ut., L. 4 , G . 16, Cas~r. Pai.. SU-

I H . : ~ , Pi1ni.i. 10. Fci*r;ir.. i.tr.fio T701tlnt. Art. 3, n. 2; 011

~ I I I ; U I I I I ~ sol~srvrir i rnit.s;i clur si1 o vnvriitiL n [ircvissc i2acio-

I I I - navclmcnte ngo hria lal vo~o, Ferrar., a n. 6.. . Ora sn- bemos pelas liislorias, que na expulsão dos mouros. c ein

' tempos cakaniilosos, ou em terras então inçultar, o s pa- rochas aindaquc I hcs compeiissem os diximos, não tinham o suficienle prrn a sua siibsisiencia drcenie. E aindaquc os dizirnos se haviam insliluido ein parie para edibcaçáo ou reediíieaçãu dos templos, e por esta destinação a nada mais que aos dizirnos eram obrigados os parochianos, C. I , r., de &eles. adificandi Concil. Trident., Sess. $1,

. de Refoiin., C. 7, Corte~d., Decis. 180, n. 16; comiudo n'aqiicllas fallas d e reddiins leve origem o costume de F i - bricar ii povo a nave da igrcja, costlinie qtic tem cessado; e conirn ellc, depois de nugrneniados os dizirnos, j i de- clamou Nauarr.. L Spol. Clerimr., 5 10, n. 6, quc segui- ram Sperell., Decis. 68, n. 2'4, Corread., Decis. 180, n.27, Ferreir., de l h o . Opei:, L. 3, Disc. 4, o. 35, I~em que tal costume r180 fo i universal no reino, como se nota na sentcnca do cardexi o sentior 0. Henriqua, iransciipta pelo douhr Lourenc. Pir. Carvalh., de Ordin. Mlit., Tom. 2, pag. 633.

8 81

Assim pois 6 rerosimil que lá n'esses tempos (senão o attribuimos á causa. sempre succcssivamcnte voluntaria, e nunca obrigaiaria) os parochianos vendo os seus abbades e priores dcslituidos do necessario, Ihes fizcssern para riupplemenlo dc congrlias algumas preslsções. Porém ain- daque se presuma. que foi voto, hoje tem cessado a sua causa, e o voto mesmo; e ludo o que os parocbiunos icem dado depois da superucniencia dos abundantes dizimns, tem sido por erro ou exiorsiio.

Pii*ncnros n ponderar algiini usou cm parlfculnr

$ 82

Qiianto aos funeraes, excqiiias c oficios dos defunlos, é noiaorl a variedade de usos no reino, nas parocliias de cada uma das dioceses, e nas vizinbanqas da mesma dia- cese. E m nenhuma parocliia lia uniformidade com outra a csle rcspeiio. Esses usos esigo 15 escripios nos livros an- tiqos de cada uma das parochias: c este livro assim es- r.rlplo 18 j31 i110 tenipore i! o ecu lexlo, a suii lei, por não dizer o sei1 alcoráo, seni outra aiitlicniiciilnde q u e o vcr- se oscripio por rima letra alitig;t, e cbrn ;icresccnlos por oukras Iciras. E u os ~ e u b o visto assiin. Aqui se pagam t;iiitos, alem tantos, acoli íiintos carneiros, alqueires de trigo, :ilrnudes tle ~ i n h o , etc., e conforme os preços cor- rentes fazem os yaroc.hos á sua caiita da importancia do ciirnprimcnio de alma, com difíercnça d e of6cios grandes ou oRcios petluciius, e assim mais ou menos conforme os preços dos ternyos.

1 83

Cogilando cu 'sulirc a origem d ' e s i ~ usos, não posso aliribui-los legitimamente (scm simoiiia original) senso a iima do duas causas: 1." aos tenipos c m que os dizirnos foram arranciidos nos alibades c priores, c! oí'fertas dos povos para su bsislencin, dos vigarios, cosiaiiie que pela causa da subsislencia, obrigaçáo dos povo. tinha appa- rcncias de louvavel, como deduzo da doutrina de Caval- lario, Insiit. Jur. C'canon., P. 2, C. 29, 5 6 , ibi:

a iones WAnliqua est disciplina, qua pro rnor~tiis obl I' tii;nl, ensipe Ecclesia recipiehat, si Cliristiani in ejus com- munione ex Iiac vita migr;isient, Diu ol-ilatioties isba sola ofleren~ium volunlii~e sletcruiit; a t post seculum decirnu~n (tempo cm que as dizi;i>os se a r r a n w n m 30s parocltos ut a E; 27), in hudabiles ~ l i i c run t consuetudincs, quilius

posi cricqiiins cogi pnssuiil l imales a. consucias oblaiio. nes, C. 42., x de Simon. Alqiie I i ~ c sunl jura funcrark, quze Parnchis dchc'riii~r propter animarum ciiram. Szculo nono, ct scqiicniibus pleraquc Parcieciz nuflos stnios rcd. ditus Iiabehlint, qilod earum boiia, vd ad laicos, vel ad hlonachos, vcl Caaunicos devoluia erant; hinc ad alend os I:lcricos pile offerondi consuetudines constabilitz. Con- fer. Van-Eap., de J w . EccIQ., P. 2, Secf. 7, C. 4, n. 50.

Sola. E assim B bem claro quo a riecessidade da sustenta- rão do paracho (o q u e sii riiilitavn nos vigarins ou nos ahba- des, qinndo com ienues dizimns) foi a unica causa do esta- betecimerilo e toleraricia d'esses direitos hnerarios, qrie alias u s precedeutas canoncs desde o nascirnerilo da igreja sd per. miltia receber, nias li30 pcilir, c menos par meio coactivo (ri1 q 58 35 ai1 38).

I 84

011 2?, porque em algumas parochias falinssc o numcro de clcsigns nocessarios para csscs oficias, c fossc preciso convocarem-se rtc parocliins remotas, o que jncuiribia aos herdeiros dos defunlos cs C,irdeal de Euc., de Paroch,, Disc. 30, n. 4, Disc. 31, o . 7. Esles Iieideiros, que n'es- ses dias ilo luto csiav:irn clioraodo SGUS pncs! I, ~stnvam impedidos a dar jantar esplendidu aos padres de f6ra convoc:idos, e a casa dos parochos mais opportuna. Por isio é que iiquelles tierdeiros principiaram i Ji ir iiu pa- rucho es.m oiekalft,us pura o jantar dos clei.igos convoca- dos. Esta origem E Liem verosimil, Ora os all indcs eum- prem elles isto Iioje? E qiinndo o quc i r am cumprir, n i o cessari iios lierdeiruç a obrigação se quizerem dar OS jan- lares aos clerigosl

Nota. Na verdade, sendo a ordem dos abtiali& e vigarios o mesino, o officio das defuntos a mesmo, o trabalho o rnes- mo, iis parocliias na mesma dioçese, qual sera a rasãci por 11ue em umas s5o e sempre foram maiores, c em outras me- riores essas offeitas, esses USOS de dar carneiros, al:lucires do trigo, alniudes tle rinlin e qtiantias dc dinliciro, elc.? Sc

náo L; qiianlo aos abliades a titiilo dc darem janlar a derigns cortv[icados de fúra, rião pode atti'itiiiir-se scnfin a extorsão sirnriniaça irirelerada; porclue si) a f:tlta dc outros redtlitos para sustentaçào dos parociios ~iiirle lazer loleraveis taes iisos, conforme 3 geriuiria aiialj'se do C. 59, de Simoli., Sect. 5.

E qiie diremo? do uso de darcrn oe parochianos ao pa- roc,tio cera ou ou l ra cousa p;ira os oflicios divinos, iiso ue com Gutticrr., Canonic., L. 2, C. 411, sustenta tagun., !P Fri i- t ib., P. 1, C. 33, n. 4091 -9 preifa@o da cer:i,

larnpadaq vinho, hoslias, cic., para o sncrifieio e sacra- inento & ontis aniieso 30s dizirnos, Cariead., Uecis. 180, n. 3 i ; lanlo assirn que Clcinenli! \'llI, ria tirilla tiãnscri- pta por Carvnlh., rle Ordin. ~Tlilitar., i'. íi36, incumbiu essa obriga~ao iios conimendadoies das igr!jas de que pct.crbcin diziriicis. S i to ergo jure, que nsn seja por estor- s5o. se pDrlr: sustcriiar o coslume de darem os parochia- nos cciba nn alibade, qiie percebe dizirnos, para a admj- nislraylo dos s;iciamenlos?

JB vi urii uso d o cxigir o paro~bo 20 i é i s de cadit iriissa q u c o tlcfunlo deisav:~ ctn seu testrimenio, ainilaque niio as crletre ncm distribiin. nem passc as ccrlidões; e v i urna deruaniln sobre este srtjrilo,.de cliie rião isi o exilo e a ignoro. Scri facil tittriliuir a aiigem aos tempos em que os paroclios eram geralmenle os leslamcntciros; e en- iiio essa c s p o r t ~ i l u pelo traliallio da teslamcntnri!, ou aos ieinpos cm qrrc liaviri. aquellas negpciações cm missas quo reprovou Benedicto XIV, tie Sgrtod. Dicwcs., L. 5, C. 9, Pnliia., Theolog. Mor., Torn. 6: Trat. 10, C. 9, $ 8.

Fresla{õcs que podem srr i o l cr~rc ix , ainda tuanto aoa ;ililiuJcd, e rctehirtii-ao por ellcs

IIa cm pnrochins prestnçOes quc podsni icr riri:ilofiia aos a nligos dizi tnos pessoaes, e corno rtlstos .d'elles ; lia prcs1:~~óes r p c 113 sua O Y ~ ~ C M w podem altritiuir a causa cori.espectira e jiis1.l: !i.? prcslações voluriiarias c do ai.- tiiti'io c ç~pric110 de cada um dos parochi;tncis.

Pr~mtacùcrr n n r l O = Q * aas uiitigon dizinina 1icrruanc.ri

\'emos no Blucidario do Fr. Juquirn, dcliairii da p:ila- Irra Deczjnn, pag. 350, ti.i;li coiiçiilui~ào tle Rliiriinhn, ar- eiibispo cle Brngn, dat;ida no anuo dc 1306, ern qtic 1130 só prornnreu 3 oliri-açáo (10s dizirilos pesaones, [nas os ta- x o ~ ~ a ~otla ' :i eqpecle de negocisiitcs, at8iiliccs, etc. Sim escia Iioje ein abuso, e apenas resiarn os rnhtos, parte pes- sones pnrie prerlicies. Igrioro o mailo como n'esta e nas inais rinções sa foram atialitzdo os diziriios pílssoaes; stí sei com o d i i o 17r. Joaquim, Torn. 2, psg. 158, que qexiin- ctos Iioje os rlizimos pessanrs resinrii os usos c costi~mcs das rc\s[icctivas p;lroctiiasb. Coiioein Diinod, liaaili de ta dimile, pn;. 4, ilii: ~ E s i a cspccic tle dizirno pessoal, qiic iiao iirilia Iogas rios ji ideii , náo C. rliiaçi em iiso, c se pa- g:~m erri s e u lagar os direitos de iiioriuarios, mal rimonios e oiiiros quc nós ctiarnfirnos o Iioriarnrio c o c i~s~tal (10s Cur;IS o .

Nota. Ra tlc.çpanh;i, !rsdbw Gari:., d i ~ Erpcns., C. 9, a n. 86, Lsguri., d~ Frucl., P. L, C. 33, a ii. 101, e crn algii- mas psrocliias d'eslc reino, teslibirs Bnllioa., rle Pnriirh., C. 2'1, n 32, e 17r. Jo;iiluim, vcrbo Jiiirticlhns, se pagam aos paroclios as charnadds iuctiiosas qiio cíinsistem ern rim mo- i e l pi'eciuso: aHuj 11s I'iirucl~i ( r l ~ 11 ciladu B3i husa) ad mc-

,i 22 - liorem siipi?llcclilem defuncti, luçluosn vocalor apud nosiros I,iisilaiicis, ( p i a PX luctii (11) morlem cleTuncti exigitur, sivc fwtlir ex prxdicta consuetudine, qiiamvis rnayis a l i ~ I T c c L u pi.i)prie posset roca1.i gaudiosa, eain 1inbei.e delienlibus*. EU verosimilmcrilc altribuo esta prestaç3i) a restos ou vestipios dos dizirnos passones, e como unia sb e dimirirlta satisfwãn díis que o defunto devera em sua ridn. Pois clix o Card. de Inic., dc Deci.rn. iii Szlmsz., R. 5, que sim e ~ t % o abolidos os dizirrios pexsoaes: Xisi pnr&iculí~r.is usus Ccnontirn rilsposi- tionem arlhi~r: conscrcet, etc.

N5o devo passar aqui em silencio a injusta censura de Illcllo, L. 3, 1'. 8 , s I I , srrbre as lucluosas que os bispos exi- gem do cspnlio dos parocliris iallecidos. k'áo viu Mello a aliti- guidade d'este castiimr: nn Hespanlin em Ainrisiaz., da Caus. l'iis, L . 8, C. 4 5 , 3 n. 71, o n'este reino em Fr. Joatluirii iio Elu~~idario, verbo Laclilosn. Nem adrerliu que aos bispos desde 3 primiliva pertenciam as qriarlas funcrxias nas pa- roctiiaç; cltes as sccderxn aos paroclios e cm logar cl'ellns sobrogaram as lucluosas, Molin., de Jinslid., Disp. h7, n. 47, c Disp. 2 L5, Pereira, in Wt~cid., n. 4,146, Fr. Joaquim, verho Loirosa, pag. 49, Col. ,L. Oiiiilto Oiilras ras5es: ora assilu como as luctuosss aos Iiispos soccederam ein logar da siia quarta çanonica, sem injustiça nem estorsno, tambem esla,s luctutisas aos paroctins podiam succeder, em lognr diis anli- pos rlizinins pessoaes abrogados sem injustipi ncm cxtorj'iri+ È poiSm tiecosssriii qiie se prove rinirorrnidndr, no pagauiento das I I I C ~ U O S ~ ~ . Veja-se Garc., de Expcns., C;. 9, n. 46 e 27.

Siiiiil liaiitemcnic so pódc atlriliiuir a reslo dos dizimos pcssones abolidos o uso dc uma parochia (que v i dispu- tado, mas n3o v i o qiie sc juljjon), em q u e todos os que InliIam orco, que eriain (em diflerença dos que o s corn- P pcarn e ogo os matam), pagam uni lombo d'elle a o pm- çho. E é bem verosimil se r este uso u m resto d o s dizimos ycssoaes, siipposia a ùifferença de s e não pagar o lombo d o porco qiic s e conipr:i, c serri SE empregar com a sua niiirigão rnaior indusiria, logo se rrisin.

Nota: O padre Bento R,reira no seu Eliicidario, n. 435% diz: a Co:onRrcunra l i t certa srrnilim pecriniorio, qtinm lciro

,I 33

detiniarnrn pcrsoanll'irm sokutint Fideles, iibi tnlis vnus Priva- /!til, de grso Constztirt. Cllysiponeris., I,. s, T. C, Uecret., $ I , in nocis, #ta antiqriis cero, 'r. 19, Conktit. 7 . h Na Iles- pariha ainda est;ío em (iço, cnmn diz Bavbos., de Ynt.oi;li., C. 28, 2, r). 87..No Bispado da Porto pela antiga coiistiliii- çáo, refeiniiia na nova L. 2, T. II, Cnnsiit. li, se pagam airid;] conliecenpo~a.o em logar das antigas decimas pessntips qiio al i i Inxa a dita constiluição (como 1iavi;i taxado o antigo srcc- Liispo ilo Braga, u t 5 81). 1; assim que rnuilo s cogribiiiçia da lurriiio do porco seja ainda um vcsiigio da decima p~ssool , nBo iriblmente abrogada; decirria que tililia funílamenlo 110s mriiloç textos citados maryiniiimentc na dita constituic;áo do I'orto?

Da mesma Mrma eu altr i luir i r a rcsios d e dizinios pcs- soacs oii a siibsidio da iiccessidade do yaroelio, aqtielle coslurne qiie se julsoii na c~irin ronlana e 11s dacistio quc trailscreveii o addicionador de Luc. Ferrar., rerbo ObEa- tio, n. 3; qrisl o dc forncccr cada tini dos Iiabi/anics da parôcliin em lodos os annos Icnha ao parodio, a indaque nHo em rer ta e uiiiforme quantidade, mas cad:i uin con- forme ri siia possibilidade.

Erii Dunod, no Tratado dos dizimos, pag. 3h, P. Las pratntions, vemos julgxlo varias rczes qlic as prestacùes lacs ailida no principio livres c vuluniarias, consiilrienl obrigação nos puros cin Iaviir dos paroelios quc não pcr- 'celicm dizirnos, ou coino subrogados em Iogar d'e1h.s ou coino p:~rte da congrua.

Lagun., de Fmclili., P. 1, C. 33, d e p ~ i s de ier dispu- tado a q u e s t k : Se as offertas d i u t u m obrigam n o s p ~ r o - chianos? E 110 n. 120 d~l i l ie ra , u~ ibi.:

~ Q U Z limitatio regti& in faculiatiris bvorc piz causz time .niaxirne, e1 alisque dubio procedit, imo tunc cum iiitelligc?-

t.cm cum prwstationes offerri solitx non simp1icis liberalita- tis initiiim, sed aliquam verosimilem causam onerosam cor- respectíviim habuerint. In hoc namquecastioblaliones, aliaeuo przslalioiies, q u ~ e facirltalivae prreieridunlur, initium mere voluritarium hahuisse Jici non potest, sed potius e s causa onerosa, aut recornpcnsaiiva, r t t consequenter earum pm- scripiio absqiic alto piae caum fature procedat., . quia noti en mera liberalitate per Parochianos initio dai8 cençentur, scd propter orieris compensationein, e t c . ~

E 5 1, a n. 48: Longc d e nós asseniir a Liigunex, supra, n. 121, em-

q u a f l o diz:

aQuare ciim iii nostris olitritionibus nusn onerosa ex parle Paroçtii interreniat, qui interim spiritualin ministrat, conse- q~ientcr etiam olilatiiines ei pr:cstari consuetx, non Cx mera facuItale, aut voluritate pcndere dicendurri, sed potius ex quadam gratiludinis necessitate, et animo compensandi spi- ritualia recepta per Pamcliianos, e1 sic corr.especlive ad onus, el corisequentei' necessariz censeri debent'; et pr3?cipuè cum . ipsi I'aroctio diim spiritiialia ministrai, in eisdem labores, ac oncra plerumquc, et propter administraiionem Saci.amento- riim çristiiicnli offeranlur.,

Longe 11c niia, digo, tal rlolilrina, se d'ella se quieer valer um alilialie ou [irior abundante de dizimos, porque elle cm c ~ r r e s p ~ c t i ~ i d a t i e ao trabalho na administração dos sacra- meriios c da p:içto espiritual iis suas o~eliias, nada piide exi- gir sem simonia, reprovado quaiquor costume tanto mais an- tigo rlii:irito rnzis pecíaminoso. Nos parocfiianos que pagam para esses (ins os seus dizimos não sc pbde presumir ria con- tiriuação de taes preslagões annuas um roluntariodeliberado com animo de obrigção futura e caactiva; mas s6 ou um ~oluntario puro e ihevogavel, ou erro ou esrorszo. Ntio põde attribuii.-se B necessidade da parte das parochianos essa pres- tação, cstaiido o seu paroctiio assas providenciado de dizimos; nem a recompensa do Iraballio ria administração das sacra- mentos, porque lhe csll recompensado com os dizimos, como temos visto; só sim esta doutrina se pdde adaptar a um vigario pouco providenciado de congrua, e em que taes usos, eoriio em supptemcrito d'etla (a que o 1~oi.o subsidiaria- metite e obrrgado), são unicamente toleraveis como tambem icrnos visto. E quanto rios abbades só essa doutrina pride ser applicrivel quando as tacs prestações podessem ler oiitra cor'-

rcspectividade oficias, que náo sejam da siia primaria e , necessaria 011rigayJo em cloalidade de paroctio, como por rsernplo nos scmintes casos.

P o r exemplo, i.", no caso q u c f gurri Percira, de Alas. Reg., C. 16, s u b n. 12, ibi:

aCai?stnt aulem i n his oblaiiooibus ex uiraque partc posse considerari cciiisam; relnti siquis offerat, u t Saçer- doicm i n tali loco ad Comniorandam alliciai, u t Sacra- menta ibi miriisiret, vcl przdicet , cic. s Bem como o ele- rigo lia esinola. da niissa p6dc e rcedcr a taxa sytiudal (que aliás náo pódc cxcedcr por ~ ~ I i p u l i i ç ã o ) , lielo ~rnba l l io pes- soa! d e ir celebrar a partc remota, a ccria Iiora, cte., Pa- tiiz., Tlicoiog. Mar., i'orn. 6, Tnt. 10, C. li!, n. 2, in fin.

P o r excmplo, 2.O, iio caso (ou cm outro n clli? sirni- Iliiinie') qt ic rcfere julgado Peg., Tom. 7, For.: 1;. 225, n. 120, ibi:

~.Atr,nt'avnrlii é o a,ogi+avnrite pelos descrnbargarlorcs do Porto em absolvereni nos RR. aggravados d o pililido pelo A. aggravnnle em sua perição de força; emeiidnndo s u a sentença vislos os nulos. E como por parlo do A . aggra- vniite ?e prove esiar em quasi posse antiqtiissirna, de que não lia iriemotQta ern contrario, dc reccJ-ieih dos IiR. por oblação de miss:i caiitadn, que por suas icnçõcs diz ao Lernaveriiurado S. Silvestre as lousas nu Iioro:ts, scm con- s t a r da origein dr, tal oblação se foi por voto ou por de- voção voluntaria dos HR.; e m os quacs lermos coiiformo a direito dcvc o A . ser conservado na sua posse, etc..

i Note hem que nas tencGcs, a n. 122, sa reservoti direito para a causn cta propriedade tleferindo sii ão possessorio. E ns vct'dade, ria causa de propriedndc eo susienlxia n p:ii-lido

126 - (10s pamcl~ianos, porque essa missa cankad~ nu era annual- nisnte i'oturitaria com iini successíra ~olunlfit i0, Sem con~tar de voto antigo, e era livremerite revogavel, Ou era voto das parochianos. E eiilao, como apesar de se arrogarem os paro- ~ [ i o s a ser um direito pnrocliial Cantarem elies 3s missas vn- livas na sua parocliia; e d i asscrita(l0 O contrario c qile nS0 t: prcrtigativa e dircilo parocliial, sendo livre aos voveriles mandar celefira-!as por qiialqiier r\erign, Çicricat., Tom. 4 , Diseort\. i r , Cuc., de Parocla., Uisc. 31. n. R, Ferreir., de Noe}. Opcr., L. L , Disc. 5, o. 59, Essa i1iias.i posse de cele- brar o parocha a tal missa sem direito privativo e Oxclusivo, se rtvibuiria hcilmenie d urbanidade dos parochianos.

a 93

Por exemplo, 3.', a goralnlenie: Se o parucho, abbado oii prior cdelira ooirns o s t i o s alem d o s da sua ohriga- ç j o prrodiial, e dircrsos dbs d a s necrssarias l u n c ~ ó e s ou devcrcs do seu minislerio, e se VC u m c~oslumc irnrnerito- rir1 ilc reccber por esse respeito algumas offertas ou pres- tacões; então será faril presumir uni i original causa cor- rcspe~tivn, c oblipnloria por força dc rlgiiin proce(lenie voto dos o p i d ~ n o s . V, s6 n'eske ponlo ss p d e r i hascar al- gum coslume; larlu outro e simiiniac,o que o icmpo náo e u a , antes se nggnva O peccado, es C. 8 e O, de Simon. N'isto veiu ri assentar o mesmo Caguoez, P. 2, C. 33, 5 un., ii. 33 c 31.

Ollcries de Ilr,ra nrbltrlo, brlo e taprlcno de cada *ui Iettni cni nlãumru Imnetóes c teA$POs

Bohcmer., de Paroch., Sect. 7 , C. 2! 5 42, propondo ;i queslão: Qw jure deb~anti~r Jura stolic, an perfedo, nei inper-frcto, hoc tst, íin possint remediis cooctivh exigi, si Parochzs a P~nrochiuriis denepntur? Diz:

sHoc certirni est, ab initio eadein fuisse liberrr volllnlatis, qiiippe or \ibanlilaL~ niern ~i~yenili?lilia. Sed iit d i M m ,

transiit Iizc in noce~silalem, nan lamcn quoad omiii?: Q~ix. daiu enim adliuc reiiniiere pristinam naturam, iintle distin- gui poiest inter ea, qiia ccrlam, et delerminatam prsslntio- nem legibus Ecctesiasticis, aut alias coilsustudioe acceperunt, et qlia pudori cujuscumyue relicla sunt. Ibi sine dutiio jus perfectum Parcicho nascitur pro exigcndis illis juribus.. . Posterruri casu obíigatio tanltim arlest impei*feçb. P

Nota. M o trato aqui da primeiro caso, de que ass6s tenho diss~ridn, s que s i p6de proceder rios rigarias qiie nZo per- cebem dizimns, e 1130 nos que os percebem abundantes, qiie O o scniido em que vcm fallandn Bohemer., desde o g 8. Trato de outra especie de oliia~ões, qiic ainda conservam a vrimitiia natureza, e pelas quaes nem aitirla tos vigaticrs compete iam direito perfeito para as esjgircm; taes sõo piir exemplo as seguintes.

i.' O quc cm (lia de Pnsclioa, qiiaiido o piraclio como crucificado na rncrnoria i];, sua gloriosa r c s u r r c i g o , c dando aos paroctiianos as Alleluias; elles c.m uma mesa rcoida (conforme a possibilidrdc de cada um) of i recen i ou scja P JPSBS Christo OU ao p r o c l i o (seja qual fo r a sua iulençb). Este coslume é desde o priiicipiu da nossa nio- iiarcliia, c iniroduzido pr inc ip~lmcnic em furor dos viga- rios, porque de rc privarem os parocl~os dos dizimos (alem dos inais iiss que dbbi nasceram) d'aqi~i os folarts que sendo primeinrnentc livres, se fizeram obrig.liorios, como diz Fr. Ioaqiiirn da Sania Rosa no Elucidurio, rerbo De- &a, pag. 319, Col. 2. Porém como o nitiis ou mcnos

ideptnde do brio c d o capricho d o frcgueq i130 p6dc O

f ) w c h o queixar-se em juizo do rliminulo do rlualquer ol- eria.

3.' Da wesnie n a i i i r a a , sein di%renç;r, se11 as offertas 9 0 ~ se coatornam l a n ~ a r pclos ficis, oti na :ltlunç8u do Menino Deus; na Naial ou na a<lonciio ia3 C ~ i i n r m s p k ~ a

fsira santa. Ningilctn púdc ser o b r i g d o nem n muito ncrn a [IOOW; tiido L' a~nlii~rnrio, dcperidcntc da duvo@o. V e j s i a a noia ao 3 62 r13 S C C ~ O r)."

3.' Diz Ricg., P. 3. SZ1, iinnotu: aUndi! S. Thomás docciis conringcre posse, ut proptw cortsr~e~udinern in [ir=-

cil~uis Icsíiri~stihus iencrelur quis in allíiri offerre. Tainen, ai[, ciiarri in hoc crsii oklatioiiem rcmarierc quodan~moilo va{untariarn~ Conf. Vau-Esp , Toni. 6. Trat. de J w . I'u- isoch. Dsctm. c{ Oblnt., C. 2 . $ 4 , no fim, ibi: Tiirnrn, j,t, etialo in lioc r3311 ot~hkioncm remanere quodamnioilo voluiit;irinin, sciliccl qiianluni ad quantilsierri, cl spcciern i.ci oblaix %, Q~ICSE. $6, Art. I , ir1 (*lorpcir. a

4." Y s commcrnorapáo dos ficis defiintus pottam qLines- quor prraclio5 rerrbcr as otiluçùrs que rio farcr os pius Iirrilriras; partjiie, como sc I d iio Liv. 2, Machab., C. 12, 2. '13: 'Et f:icla CoHdiorie: diiiictecim milliri diactin~ss ar- ~ c t ~ t i misit Jcrnsotimam ulyeerri pro pcccatis mortuoruin sact,ilicium henc, et religiose dc rcçurreclionc çogitans O .

E 1. 46: ~Sanç la crgo c t saliil,iis est copikkio pro defiiii- ct is euoiare, ut n ~icccaiii a ! i~olvantur~. Esta C ;i pratica dcsdo os ~irinciiiios do diristianinino, Tcrtullian., L. de Corota. M i l i t , . [)tilirticiiipç pro drftmctis aianaa dic ficiiiizis.

ctc. Confira-se Vãn-Esp., d r &ir. Eccln., P. 2, S i ~ l . 'i., T. 7 , C. 1, siiti 5 42. Bsic h o pieiloao uso n'csic rci110-

desde ns piinçipios iln nossa r~iontirc\i ia, l omo se noia rins moiilirncritos quc relcre Fia. Joaquiin, no Elucidmio, ii:is plabi-as O b r d o g c i ~ , Olil~degciis, Obrc~d(~(Go, Wnr- dos.

Porém rslas offertus no lùrlo: iin mais w merios Iim- hcm a eornprrhcn~lein na regra iI;is do Lirre irbiirio. da deaocáo. lir'iu o ~ i cripricho dos nffi:rrnies.

Mota. Temim os paroclins quoirrr.sa em paútico oo pac licular .du pouco que em lorlas cslas oscasiòes offerecem os paroctiiarios, porque 1Eem urna rigida censura do simoriiacoa avaros. ilesbuhummos, lobos rapaces, peiorcs que iisiinrior, elc., e m Van-Esp., Trot. dc Jtw. PurucR. ad Ilecim. eek Obla- t i ~ n ~ . c. 2, $ 5. cm Rieg., P. 3, J l l . em Pyhel. p 462, nota (e).

InIen!io getd do parolo em todas a mais niTcrfu ,p M r u i m i< í,,,açeis nos Ii[iiites dá sua parochia. Em que rasos eesu a sai inirqío,

e nao cedem pan ellos as uLriis

Aindaqua pelo rstsl>eleciinenlo das dizirnos cessuu r necessidade das oflerlas quatealis, para a sustenlasâo do clero, e os diaimos (nio enfeudados em commondas, ,ni- dos a mosteirns e igrejas cathcdnes) perienceiido aos p- roclios iamtem, e consequentcmenic lhe liearani pertcn- cendo as offertas qque cotiiinuaram a bzer os fieis, Berard.. Tom. 1, Diss. 6, C. 5 , no fim, Van-Pp., Tom. 6, Disr., de h r . f)nrnch., nil Deciin. et obloiion.. C. 2, 5 3,

No direito ecclesiaslico 96 supp~si l iuamente se dcdiiz . de ajguns iexbs pertencerem aos parochos as oflertas, a

saber, do C. L , de Cetlsib., do C. L3 e 98, de Yerbm. sig;ii/. do COMA. 15, Caus. 10, Q. 2, a melhor da generalidade do C. I), de Hti p i e fiunt n Prdal. S ~ R P Canse111. C*., Gibert., Carp. Jur. Canoli., Tom. 2, T. 19, pag. 221. Des- te lerios deduzem os DD. a conclusào geral: #Que os pamchos [Bem a SUA inten-o fundada para perceberem "das as oblações pias qi ic se fazcm nos districtos das suas parochias, ou seja nas igyas, nas capellas, nos ora- torios particulares, e ainda ás imagcos rollocadas ou pin- (Idas em caia, ou prrdio de pessua partieul~r, Berard.,

U

sripra. png. %(i, Cel. I, \$i iSsl i . , ra, C. 2, $ :l. ini., t:a~~allar., I i ls t . Ciftw., P. 2, C. 7, EJ~cI., Jiitrod.

od As $c&~., Toni. 4, L. 2, C. $8, $ 164, licgei. , P. 3, 5 539, Liit. Ferrar., uoi-\>o Oblriiiu, n n. 13, Barlios.. dc faro& C. 35. ;i 11. 22, Hcgniidcll., Dililioil~ec. Canoii., verbo Olilntio, a n. 4-, Tiiibr., de Prict. futitr. svicccss.. 1,. 3, i:. I, n n. 81,i.

3 101.

A riisuu é puibque qiianílu do algum modo nao consta (13 inte11çS~ do offercnte, se prcsunieni fcikis 30 psruclio as olilqacs rntion~ ci~t-rn ~ini?i~nrl<»i~ ~dministr<~tionF SII- ~rratriejãloru~,t, e! laliorzrm Di~ijaoritm, Ferrar., supra, sub o. 13, Cadlar . , silpn, 5 7 , Postti., dc ih i iu t . , Deus. 166, n. 8..E porlanio cessa esta presumpfão f a ~ o n v ~ l ao 1):)- rncho, quando expressa ou ainiia só conjeriurrdamenie corista d3 coni.racia ronlads e intençAo dos offercntes, e que as offcrhs tenhuoi applicaçso diversa que n5ii seja para o parocho, Kicg., suym, 5 539, t ã sana, Cavrllai.., supra, r Cessat, Grneinur., Iirrtir. J i i r - . ECG~CS., Seci. 3, 5 &si, Sc,oI. Berard. e1 Eylicl. supra, Ferrar.. s i~pr r , 11. 13, a Aut alital., Fi~tiiz., T/i.eolog. &ror., 'i'. 5, Trai. !I, C. 10. 5 1, Carclenl JE Luc., ris Ueciw,, Uirc.. 19, n. 9, Turr . , ;upn, i i . $43, Van-Esp., Tom. G , Dias. de Jiir. P<irocli. ad Uccirn. c k ohlnfioiz, C. 8, 3, no fim, l h c narzicr.

Consequ~riiernrni~, c pela [ir~siirniila inienr50 dos 0f- ferentcs n8o pertencem ao paroclio, i.", as offcrtas qoc sc 1:tnqam orn alguma arca oii copo que por sobrescr.ipi,o i n - rlica o fim a qnc se Iião de applicar as ciffertas ou wmo1:is ahi rccolliidas, c,omo se deduz da lei de 4 dc rlezcrnbru cle 1775, 8 9, ibi:

~ I ~ P C ' I ' , : I em todas :is t~.cgiiezias, mosteiros, emidas de ruIriagem, cepos ou arcas, rlut! ali! i ~gn ra Iiciiive, oiide os de-

votos possam inti.oiluzitb 3s ~ ~ m o l a s pelas suas pi.i)prins inâos, elc. (I~XI'Y Os captivos, com csclirs3~1 r10 paroclio).

Van-Fsp., ile htr. Eccles., P, 2, Sect. 8 , T. 2, C. 10, 55 17 c1 20, idcm Van-Esp., Tom. (i, Diss. de Jur. Pi~rocA. ad Dccin. e t Oblot., C. 2, 8 6, P Siriiihier pa' ofci-tiritar i g i naeiisij. nr~t triaacis nrl recipiendm obtationes i ~ z certirria uszm c,cpositis, etc.. Conduz o concilio bracliarensc JVu.

Aci. 5, C . 23 e 2'1..

N5o pertcneciii ao pnroclio, 2:, ailurll;\s ufYertas (111" pela sua mesma qrinlidndu mostram a intenção do offe- rente, ccimo oi'nameiilos, vestidas, corias, calices, criizes,

-1am~irdarios e cousss siniillianics dedicadas a Deus p a n o oriialo c culto dos seiis santos, Barhos., de Paroch,, C. 42, n. 30, et ad l'ext. i i i Cnp. Ouia Bicerdotes, Cails. t O, Q. I , o. 4, Cnnstit. do Porto, L. 2, T. 4. Consi. 10, 5 1, eni ciij;i margem sc cil:lin niiiitos tealos C DD., nrldc Romit- guer., od sfat. Eriguh,, L. i, Ktihr. 8, n. 7.

Nã,o pcrtcncero ao parochn, 3.' (cr Loc. Ferrar., siipra, n. 16): ~Oblatioiics, qiiz fiunt Orntoriis, Dpellis, aul aliis I d s iniru, vcl extra Ecclesias, uhi sliqus Imagiries mira- ~ o l o s : ~ depio2 .e1 s c u l p i ~ erisiunt, non spectant ail h- rocliiirn, srd Oralorium ipsurn, scii Capellam p Fabrica, v d Ornalu Ecclesirt., vcl lrn;iginis, vcl pro consli-(lendo iii hooorem Iniaginis ampliori, ct splendidiori Ec~lesii, seu

.Capell:i; Consuekudo mim pene univcrsalis, et ilitcnl~o. ,sfiii volunias tllinlium dicto fine, ct nan Rruçho ~ a l t ~ s ~blatiooes ailriliiiit, cic. D Concnnlain Roiriangiier., oil stat. Bugd., L . 1, Ruir . 8, n. 7, coni Fngnrn.. Paz. lordrn. 0 outros D13, Tori., rlc Poct. fuiur. siicccss., li. 3. C. i , 0. 9 4 4 a 2i5, I'aiuz , Tli~oloy. Yui-., Ti~in. 5 , Trat,. ! I , C. 10, 5 4, V .#t'ir çwo, Sabcll., f i ~ r i o i i ~ i i . . $ Ohlnliu. n. i a .

t. Quod Iitijusrnodi, Van-Esp., de hu. &cles., P. 2, Sec!. (I, T. 2, C. 10, n. i8, aonde iianscreve no Card. d e Luc., de Decimis, s oui,r:i vez o mesnio Van-Eçp., Toni. li, Diss. de h r . Paroch.. arl Dccims et oblatioizes, C. 2, 6, t. Eodem cx Cnpiiti.

5 105

Neni airida, h.", perteiicein a o pamrho os offcrtns: #Si Iinago prodlgiosa posiln si! i o pariete domns alicuj~is per- sotia: p r i r a í x ad Wroeliirlem spcclanl . . . Si enim oRc- renies oblationes suas ordinareiit in brneficium Domini iloiiius, quia pauper cs!, quia filias nuhiles hahei, vel sci- icnt , eas coiiverii nk ipso Doniiiio, vel in pios usris, 1rr1 ad s i m sulivcniendum necrssitnii; i u n c ad ipsuin Domi- num cr valuntalc nfferenliuni pci t incre~i t , laiiquain Elec- rnosinz, iit doceni, Amostacius, Barbos. Fagnan; aliiquc pliircs. n Iia P;iiuz.. supra. Concordam Fignatell., C o ~ a a l t . Canoa., Tom. tj, Cons. 83, n. i , Bcgnudcl., rcrbo Obia- lia, 11. 1 i, i r . Itca (nrtc iin puri~tc. Liic. F t r ra r . , supra, li: 20 e 21.

iol;

Nciri iarnhctii, S.", oquellas oifcrias que se fnzcrn cm ohpcllas oou a l i s r r s , em q u e 'SI" criri:Ias confrarias c ir- mandades com mordomos ou cdituos, os qii:ies rccvbem as offerias e costiimam applicn-lns para a f;ihrica ou caii- sns pias, ~ O P ~ I C s3hr11dc) isto OS ofiereiitcs YA prcsurnc. que offerccam para csscs' fins c par2 Essas a p p l i c a ~ õ e s , com c x c l u s ~ o d o pi~rocho, Bcrnrd., Jus EFFles., Tom. 1, Diss. 6, C. 5, pag. 206, $. Tuiiivrrii.

eEx~eptio et, si vel ehpressa, vel przsumjita ~aliinlns o[- fercniiiim rekageliir, qticid conlingerit, si oiYert.iilils ilona- renl Tem lo, Alwii, Imagirii, exlra Parocliinm sit's, i11 ciiltror d adjectis rnamentis fieret, u t muri restatirentirr, aiit similem nli Caiisam; aiit si offci+en!~s Xenorlnctiiri doriarrnt ; ut pau- pprcs ihidcm çon.ctitiiti cnmriioiliris alcreritiir. Tunc enim d i l u i Ecrhlesiai~iim, ;iiit ciisludc's luzi Iicliyiu~i. i e l I'ii olilil-

liorios recipercnl, c1 juxta offerentium volum impenilercnt, . tiim demum Iioc ipso ofliçio in Paroclii fidem refererido cum

nulli aditui, rel custoilis loci Sacri Yii, aiit Religiosi exisic- ri~it, ele. o

Cunf. Vun-Rs[i., k Jtu. E È ~ l e s . ~ P. 2, Seci. 4! T. 2, C- 10. 8 19, C l'orn. G , Uiss. de ALT. P U I * O C ~ . ad Berinl. e1 Ohhliones, C. 2, $ 6, ibi :

aEx Imc remiinili wli~niale o l i s n t i u m oli[alio~ies, qva culliguntuiB eiiam in ipsir Eccloriis Pdrocliialibus per Magis. Lros Fabricz, sive rediliios, i.el Rla~istius, Irlenm S. Spiiitus, aliosque Magistros, seu Intentlontos alicrijus Diimiis parips- rum, 3 ~ 1 OrplianotropLiii, vcf Saceili, atil Altaris. non cerlririt Rroclio, sed Fabrica. p:iuperihu~. Sacello, aut Attari iii rliici- riirn respeztivc usum si;ioriliir a hJngislris illis, ai1t Inlerideo- tibus peli, st colligi. . . Si Otilationes liant i i i Sacello, qrinil Iinliet specialcs hlainlit~rnns, seu Magi~trns, rlui curam I:a- hricx, et Ornamcritoruni 1i:ihennt; itelnilue ciirazn, LI[ Divina ihidem oficia nganliir, Oblatirines i l l ~ da consireiiidinc, noo Parocho, aul Ecc:csi;o P~roctiiali, sed ipsi Çacello cx coiija- ctlirali ofTerenlilirri voliili1:ite cedere solenl, przserlim qitae cxtra bll,?ri: offorentur.~. Sslieli., in Suinm., $ Oblallo, n. !3, 3 Quod oblalionss, et elecniosintc, etc.

B é bem iiaiavei o conrilio nancurccnse do annu iIc , i (i39, icinscrip to pelo ci lrd~) Can-Esp., ihi:

a A t iilii cnnsiieiudiiie oiliil introrlucliini cst, Pnslni. soliis Iiaheat Oblationcs qiix fiunt a d miijiis Ailare, et ai! ttltarin dictariim Cnpell3rurn non hnberilium hlamhtirnum particiila- rem. Si cluz ver@ dic;l:ir.um Cnpellar~irn AIamliurri~ini lia- Iicarit, Ohlationcs sali Capr:llx eeilant quemadmorlum etiam Confra~ernilnlibiiscor1fi;i1i?rni1at1~1n oblationes; illis excicptis. quz iiff~runtiir i i i iZ1lari sd maiius Ce1ebr;inlis tcmporc Mis- sarurn, q u z eiiirit I'astnriç.~

Nula. h30 1iOi1c jariiais eir crn dii~ida a nptidao tlus mor- clornns Ivi;iis y r n iidrniriislrnr cs!as olTerkas com enctrislo d:i adminis~raçno do P~I -DC~LI) , ~ U H I I ~ ~ D assim ~ s t J iniroduzirlo

. por coslume, 1,tiz. Fcrriir., verbo Oblolio, n. 19, Cardeal clc Llic., in J'sccll. flcdcs., Disc. 33, a n. O, Cani:iiil., n J $ta!.

Augith., L. i, Rubr. 8, a n. ti, Torr., rir Pact., 1,. 3, C 1, a n. 217, Begnudell., verbo OCilotio, n. 7 e 8, Van-Esp., de Jur. Iccccles., P. 9 , Sect. h, Tit. 2, C. mio. n. 2G e 37. E ainda- que èslão responçaveis a conlas, nlo o são n'eslu reino ao juizo ecc,lesiaslico, mas aos prauedores das comarcas.

Tiiriilicm, li ", não ~iertencem nos parochos as offerias qiic se bzein nas igrejas ou cnpellas dou regulares, JAuc. b'ei,rrir, verlio Oblotio, n. 25 c 36, e cotn rniiitos Icxkos c dccisiics e DD., Palliuz., sulira, 5 5 . Nem, 7." as oBer- tas ~ L I C e m algumas partes se cosiumam bacr aos cleri- gos, q ~ i a d o celctram a primeira missa, pois pertencem ;i eIlcs com exclusão do pnrocho, Frrrar., supra n. 20 c 30, Patbuz., stipra. 5 ti, Pignatell., Coi~s. Ginon., Toiii. D, Cons. 83, ri. 2. Ijegiiudell., Biblè~~B. Cait.. verbo Oblri- 120, 11. 12, i n finr. fiem, 8.O, as uffer\;is nri celehranle da iiiiss:i l'ro Sliorisn, Barlios., de Puroch., C. 44, n. 98.

Iii11.a tini.iiic, I.": aSi ulicul~i Legiiiiiia co\isueiiido Iiii-

Iii~ul, u t Oblulioncs, rioo ipsi Parocho, serl Ecçicsiie, v d :i110 P I ~ O C O , seu csiisa piae applicenliir, v. g, ad corn- 1>:1ra11(1:1 1ileclesi:isiica ornsrnenla, nd consiruendnrn. vel icparaiidarii Fubi'icarn Ecclesie, sei1 Caprllse, c1 Iiujus- riiodi, seli pio comrnodti :illerius Sacerdoiis rcletirdniis, scti blinistri; lunc obl:ttinncs sunl :~yipliç;iiidx jiixia trilem consuelirdinetii~, Luc. Ferrar., supthn. ri. 14. De fórma que p r o s q ~ ~ d ~ e r r d r . , n. 16: ullisce iemporibus solz nbl,iticincs, qiiz in Ecclesin stib Missis ad I l l i ~ r c Fiiint, c.t ( 1 1 1 ~ pro adrriinistrntior~e Sacramei~torutri, pro licncdi- rt.ridis nuptiis, aut miilieriblis ~ ios t pnritim, pi'o cncquiis, ct srpuliriris. iiiit aliis sirnilib\is iunctioiiibus specialiter oflcriiiitiir ad Paroclium spacicnt, Consiicliidine, et inlcn- iioiic offcrentiurn rcliquas fermc nmnes alias olilaiioncs

Ecclesiis ipsis, Capellis, Aliaril~us, ct aljis cerlis fiiiibuç applicanie, ut rocie obscrvai Reiflestuel., etc. Conf. lTan- Esp., de h r . Eccics., P. 2, Seci. 4, T. 2, C. LO, n. 4 i , c Tom. 6,Diss~rt . , de Jur., Parocli., ad Decim., rf Oblation., C. 3, 1 6, 1;. Ideogtie, q. JtQqu~, et t. si Bem.

Ivola. Não iralo aqui a quesizo, quando por posse ou cos- tume possam as offerfas ceder em favor de um beneficiado com exclusfio do parocho7 Veja-se Post,, de Malauc., Deeis. 160. Pereira, de Man. Reg.. C. 14, no Ilm. Nem quando pertençam em todo oii em parle ao parocho primitivo em concurso do vigario perpetuo, Veja-se Furgol, Tmibe dcs cu~tsprimitifs, C. 10, a n. 39, C. 1% a n. 35.