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Discurso de posse da reitora da Universidade Federal de

Mato Grosso (UFMT), Myrian Serra

Proferido na solenidade de transmissão de cargo no dia

14/10/2016, às 19h – Teatro Universitário

Meus cumprimentos a toda a comunidade universitária:

estudantes, professores, técnicos, aposentados,

conselheiros do Conselho Diretor, do Consuni e do

Consepe, diretores de institutos e faculdades, chefes de

departamento, coordenadores de curso de graduação e

de programas de pós-graduação, coordenadores e chefias

de unidades administrativas,

Representantes dos Diretórios Centrais dos Estudantes

(DCEs), do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos

Administrativos em Educação (Sintuf) e da Associação de

Docentes da UFMT – Adufmat;

Reitores da UFMT, senhores parlamentares, autoridades,

amigos, familiares e todos os presentes.

Assumo o cargo de reitora da Universidade Federal de

Mato Grosso com muito orgulho e, sobretudo,

extremamente honrada, com a responsabilidade e

distinção que recebi da comunidade universitária.

Construímos, por meio do diálogo e da participação

coletiva, propostas para uma gestão que estará alicerçada

nos valores de uma universidade autônoma, pública,

gratuita, democrática, laica e inclusiva.

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Reiteramos os nossos compromissos com a comunidade

acadêmica e a sociedade em favor de uma

UNIVERSIDADE:

PLURAL, que produz e compartilha conhecimentos,

saberes e práticas; que fomenta a paz, a equidade e a

solidariedade entre gerações, povos e culturas; que é

aberta, acolhe e dá voz a todos os que dela participam;

Com INDISSOCIABILIDADE entre pesquisa, ensino e

extensão, com QUALIDADE ACADÊMICA e

ADMINISTRATIVA;

Que tenha a INOVAÇÃO e a SUSTENTABILIDADE como

princípios transversais em todas as dimensões da ação

institucional;

Que busque a INTERNACIONALIZAÇÃO como forma de

promover a interculturalidade e contribuir com a

produção de um novo saber, elaborado a partir do

diálogo e do respeito às diversas formas de produção das

várias ciências;

Que valorize A SUA MEMÓRIA E A SUA COMUNIDADE;

Com INSTÂNCIAS COLEGIADAS FORTALECIDAS e GESTÃO

DESCENTRALIZADA;

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Que promova a EDUCAÇÃO SUPERIOR como forma de

desenvolvimento social;

Comprometida com a EDUCAÇÃO BÁSICA e articulada

com a SOCIEDADE; engajada na transformação das

realidades econômica, social e política da região, do país

e do mundo;

Nestas minhas primeiras palavras como reitora, quero

realçar a compreensão de que a universidade é uma

instituição social, resultado de uma construção histórica e

coletiva, cujo sucesso depende do trabalho, da dedicação

e da competência de diversas gerações.

A Universidade Federal de Mato Grosso, conhecida na

época da criação como Uniselva (Universidade da Selva),

nasceu no dia 10 de dezembro de 1970. Saiu do papel

depois de muita luta e se instalou no centro da América

do Sul com a finalidade de capacitar sua população para

enfrentar os desafios da região.

De 1970 a 2016, a UFMT contou com a participação

entusiástica e competente de reitores, que homenageio

aqui, com gratidão. Professores: Gabriel Novis Neves,

Benedito Pedro Dorileo, Eduardo De Lamônica Freire,

Helmut Forte Daltro, Augusto Frederico Müller Júnior,

Luzia Guimarães, Fernando Nogueira de Lima, Paulo

Speller e Maria Lúcia Cavalli Neder.

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Nossa homenagem ao Professor Atílio Ourives, reitor

decano, no período de 1994 a 2006, incansável guerreiro

da UFMT, desde a sua criação. Recebi dele, as primeiras

instruções sobre pareceres e resoluções, quando comecei

a participar dos Conselhos Superiores. Sempre muito

cuidadoso e atencioso com qualquer assunto que

pudesse afetar o nosso cotidiano universitário.

A UFMT está presente em 23 cidades do estado de Mato

Grosso. São cinco campus - Cuiabá, Araguaia (nos

municípios de Barra do Garças e Pontal do Araguaia),

Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande -, e 17 pólos, nos

municípios de Alto Araguaia, Aripuanã, Água Boa, Barra

do Bugres, Canarana, Colíder, Cuiabá, Diamantino,

Guarantã do Norte, Juara, Lucas do Rio Verde, Nova

Xavantina, Pedra Preta, Pontes e Lacerda, Primavera do

Leste, Ribeirão Cascalheira e Sorriso.

Somos cerca de 35 mil pessoas, entre estudantes,

professores, técnicos, aposentados e colaboradores, com

a dedicação ao aprendizado, ao ensino, à pesquisa e à

extensão. Uma comunidade voltada para a busca do

saber. É o lócus da criação, da curiosidade, da

contradição.

Paulo Freire nos ensina que não há docência sem

discência. Quem ensina aprende ao ensinar e quem

aprende ensina ao aprender. Ensinar exige rigorosidade

metódica. Ensinar exige pesquisa, criticidade, estética e

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ética. Exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer

forma de discriminação.

Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da

identidade cultural. Ensinar não é transferir

conhecimento, exige consciência do inacabamento.

Ensinar exige tomada consciente de decisões.

Minha gratidão e homenagem aos estudantes,

professores, técnicos, aposentados e colaboradores, sem

os quais não seriam possíveis os significativos avanços

que a universidade vem alcançando.

Para responder aos desafios de conduzir a gestão da

UFMT, contarei com o apoio dedicado, em todas as horas,

do Professor Evandro Aparecido Soares da Silva, que

generosamente acolheu o convite para me acompanhar

nessa caminhada, enquanto vice-reitor. Ele representa a

renovação do quadro de servidores pela qual a UFMT

passou nos últimos dez anos. Também é ex-aluno desta

casa e vive os anseios e as demandas das unidades, em

seu cotidiano. Obrigada, Evandro.

Conforta-me também a confiança e a motivação que

temos na equipe de trabalho que assumirá a gestão ao

nosso lado. O meu sincero agradecimento aos pró-

reitores, secretários e todos os gestores, em todos os

níveis, por aceitarem o convite para compor a gestão

conosco.

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Contarei também com a gestão compartilhada de quase

2.000 membros participantes de diversas instâncias

colegiadas, tais como: Conselho Diretor, Consepe,

Consuni, Conselhos de Câmpus, Congregações de

Institutos e Faculdades, Colegiados de Cursos e de

Programas de Pós-Graduação, Colegiados de

Departamentos, que constituem valorosos espaços de

discussão e de decisão acerca de nossas políticas e ações,

os quais, juntos, fazem a governança da UFMT.

Reitero nossa disposição permanente para o diálogo com

os três segmentos da UFMT: estudantes, professores e

técnicos, aqui representados pelo DCE, Sintuf e Adufmat.

Minha gratidão à gestão do Hospital Universitário Júlio

Müller, em nome do superintendente, Prof. Francisco

José Dutra Souto, e de seu fundador, o reitor, Professor

Eduardo De Lamônica Freire, que, com seus esforços, têm

mantido o compromisso com a assistência à saúde

pública da população e à formação de profissionais,

especialmente, da área de saúde. Tenho muito orgulho

em ter sido aluna do Professor De Lamônica e, em 1984,

fazer parte da primeira turma de estudantes que

ingressaram no hospital para desenvolvermos as

atividades práticas e de estágio.

Meus agradecimentos à Fundação de Apoio e

Desenvolvimento da UFMT, Fundação Uniselva, sob a

direção do professor Cristiano Maciel, do Instituto de

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Computação. Buscaremos o envolvimento maior da

Fundação com a UFMT, especialmente com os câmpus e

em todas as áreas de conhecimento. Queremos ampliar a

participação de estudantes nos projetos institucionais,

com a ampliação de campos de estágio.

Minha gratidão e homenagem à professora Sandra Maria

Coelho Martins, pela sua contribuição à UFMT, desde a

sua criação. Quando ingressei na Universidade, como

estudante, a professora Sandra estava na Coordenação

do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde-CCBS.

Nutricionista, contribuiu, de maneira significativa, para a

implantação dos primeiros cursos da área de saúde, na

década de 70. Em 1989, foi designada para exercer o

cargo de vice-reitora, na gestão do Professor Fred Müller.

Entre 1995 e 2002, foi subsecretária de Estado de Saúde.

Desde 2003 é a superintendente da Fundação Uniselva e

é membro do Conselho Nacional das Fundações de Apoio

e de Pesquisa Científica e Tecnológica-Confies. Obrigada

professora Sandra!

Nossos agradecimentos à Procuradoria Federal e

Auditoria Interna, pelos ensinamentos e contribuições

com a nossa governança.

Sabemos que muito já foi feito e, também, há muito por

fazer, na UFMT e nas universidades brasileiras, para que

possamos ampliar a oferta do ensino superior público,

gratuito e de qualidade. Hoje, apenas 18% dos jovens,

têm acesso ao ensino superior. O Plano Nacional de

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Educação, aprovado pelo Congresso Nacional, exigirá das

universidades públicas e do estado brasileiro, a prioridade

e o compromisso com a educação enquanto estratégia

para o desenvolvimento social, especialmente no tocante

à superação das desigualdades sociais e regionais, ainda

presentes em nossa sociedade.

Queremos a universidade de portas abertas, cada vez

mais presente e próxima da sociedade civil, do governo

do estado e dos municípios, dos movimentos sociais e dos

setores empresariais.

Nosso primeiro compromisso com a comunidade

universitária, de garantir a escolha democrática de Pró-

reitores de Campus, já foi concretizado na noite de hoje.

Os dirigentes dos câmpus de Rondonópolis, do Araguaia,

de Sinop e de Várzea Grande foram escolhidos por meio

de consulta, com o voto direto de estudantes,

professores e técnicos de cada câmpus, e, todos,

empossados durante esta cerimônia. Parabéns pró-

reitores de campus!

Os desafios são muitos e, dentre eles, gostaria de

destacar como parte de nossa gestão:

- A consolidação dos cursos de graduação e de pós-

graduação por meio da pesquisa, extensão, inovação,

internacionalização, arte e cultura;

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- A criação do Regimento Geral, como parte de nosso

compromisso com a UFMT cinquentenária, que

celebraremos em 2020.

- O fortalecimento do Fórum das Instituições Públicas de

Ensino Superior de MT: UFMT, Unemat e IFMT, por meio

de parcerias em programas de ensino, pesquisa,

extensão, qualificação e gestão universitária;

- A consolidação da UFMT, enquanto instituição de

referência e de localização estratégica no Centro da

América do Sul, com estudos e pesquisas que possam

contribuir para o desenvolvimento social e econômico do

estado, da região e do corredor Mato Grosso-Pacífico.

- O fortalecimento de parcerias com as prefeituras,

governo do estado, parlamentares, sociedade civil

organizada, movimentos sociais e setores empresariais.

- O compromisso com o governo do estado e com as

prefeituras, para a implantação do Câmpus de Várzea

Grande, do COT-UFMT e do Novo Hospital Universitário.

- O apoio ao desenvolvimento do HUJM, 100% SUS,

articulado com as unidades acadêmicas e comprometido

com a assistência à saúde pública da população.

- A consolidação de todos os câmpus e a emancipação do

Câmpus de Rondonópolis. Mato Grosso é um estado que

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precisa de mais câmpus e de mais universidades, de mais

educação superior pública, gratuita, com pesquisa e

extensão, comprometida com o desenvolvimento social

da região.

- A criação da Política Institucional de Ciência, Tecnologia

e Inovação, considerando o marco legal vigente e as

políticas nacionais e estaduais explicitadas pelo Ministério

da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação-MCTIC e

Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação-

Seciteci.

- A prioridade à política de gestão de pessoas, com a

formação e capacitação de servidores, docentes e

técnicos-administrativos, em todos os níveis da carreira.

Ampliar a oferta de programas de pós-graduação,

priorizando o mestrado profissional para os técnicos.

- A ampliação das políticas de assistência estudantil, com

prioridade aos programas de acompanhamento

psicossocial e de promoção à saúde, em cada câmpus.

- A melhoria da qualidade administrativa em todas as

ações acadêmicas e administrativas, com a criação de um

Escritório de Gestão de Projetos e Processos, que, aliado

ao Escritório de Inovação e Tecnologia, resultará em

fluxos, processos e resultados mais efetivos à

comunidade universitária e à sociedade.

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- A melhoria das condições de trabalho e de estudos por

meio da criação de uma Secretaria de Infraestrutura,

responsável pelos setores de Engenharia, Arquitetura,

Segurança e Manutenção de toda a universidade.

- Implantaremos a Ouvidoria, enquanto espaço

estratégico para o diálogo com a comunidade

universitária e sociedade. Acolher e dar os

encaminhamentos necessários às críticas, denúncias e

contribuições.

E agora, falarei sobre a minha origem e minha trajetória.

Nasci em Corumbá, cidade coirmã de Cuiabá.

Compartilhamos histórias, culturas, famílias e amigos.

Cheguei em Cuiabá, em 1978, acompanhando meus pais

e minhas irmãs.

Meu avô materno, Elpídio de Moura, e minha avó

paterna, Olívia Miguéis Serra, despertaram em mim,

desde criança, o respeito à mesa, enquanto espaço para

compartilhar comidas e afetos.

Tenho a lembrança de iniciar a minha vida escolar com o

cheiro de bolo de arroz, fermentado de véspera, assado

em latas de manteiga e embrulhados em papel, também

manteiga, que entregávamos, no caminho da escola, aos

clientes de minha mãe, Lenice de Moura Serra. Meu pai,

Carlos Augusto Serra, atleta, radialista e político, me

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propiciou a vivência com as mídias e sua paixão pelos

esportes. Pratiquei natação, desde a infância, e aprendi,

por meio do esporte, a respeitar o outro e a buscar, com

determinação, as realizações que almejamos.

Sempre tive a curiosidade pela composição química dos

alimentos, sua origem, a transformação pelos quais

passam, da colheita até a mesa das pessoas, em

diferentes culturas.

Por isso, escolhi ingressar na UFMT, há 35 anos, como

estudante de graduação em Nutrição e, assim, iniciei o

meu vínculo afetivo e profissional com essa Instituição.

Aproveitei a vida universitária em tudo que pude: fazia as

minhas refeições no Restaurante Universitário, vivia na

biblioteca, nadava e competia pela A.A. Uirapuru. Fui

monitora e bolsista de iniciação à pesquisa e à extensão.

Fui representante de turma nos colegiados e Consepe,

participei da criação do Centro Acadêmico de Nutrição.

Tive a oportunidade de usufruir de uma formação ampla,

para além da sala de aula, com a política, a cultura, o

esporte, o lazer e a vivência universitária sempre

presentes.

Durante a minha graduação, trabalhei como professora,

da 5ª série ao 3º ano do ensino médio. Obrigada Profª.

Nilza Pietro, que foi minha professora de Biologia, colega

de trabalho e amiga. Está aqui, conosco, participando

desta solenidade. Em seu nome, agradeço a todos os

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professores com os quais tive a oportunidade de iniciar a

minha atividade docente.

Recém-formada em Nutrição, ingressei na UFMT, em

1988, por meio de concurso público, como professora

auxiliar. Desenvolvi toda a minha carreira universitária

com o vínculo institucional. Na década de 90, fiz o

mestrado e o doutorado na Unicamp, na Faculdade de

Engenharia de Alimentos, área de Ciência e Tecnologia de

Alimentos, onde atuo e desenvolvo as atividades de

ensino, pesquisa e extensão.

Quando retornei à UFMT e ao curso de Nutrição, fui

coordenadora de curso e diretora da Faculdade. Em nome

da Profª Tania Regina Kinasz, diretora da Faculdade de

Nutrição, contemporânea de graduação, minha

homenagem a todos os professores, técnicos e

estudantes que contribuíram com a minha formação, em

todos os espaços. Muitos professores a amigos de

graduação estão aqui para celebrar conosco esta

solenidade. Obrigada FANUT!

A convite do prof. Paulo Speller e da Profª. Matilde Araki

Crudo, assumi, em 2006, a Coordenação de Políticas

Acadêmicas, na Pró-Reitoria de Ensino de Graduação,

com o intuito de propor e criar políticas inclusivas de

acesso ao ensino superior. Em 2007, participei, com a

Profª Carmen Lucia da Silva, da criação do Proind,

Programa de ação afirmativa para estudantes indígenas

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das etnias do estado de Mato Grosso. Obrigada Profª

Carmen, do Departamento de Antropologia, você me

ensinou, na prática, o exercício da interculturalidade.

Prof. Paulo Speler, em sua gestão reconheci a importância

do envolvimento de todos os segmentos da sociedade

civil, dos governos e da bancada parlamentar, em nossas

ações institucionais. Obrigada!

Com a Profª. Maria Lucia Cavalli Neder, assumi, em seu

primeiro mandato, a Pró-Reitoria de Ensino de

Graduação, no momento da expansão das universidades

federais. A UFMT tinha, à época Índice Geral de Cursos

(IGC) 3, numa escala de 1 a 5. Com muitos cursos com

conceito 2, e até conceito um. Em dois anos, alcançamos

o índice quatro e, na nossa gestão, no quadriênio de 2016

a 2020, todos os esforços estarão voltados para

atingirmos o IGC cinco e consolidarmos, com a qualidade

que desejamos, os cursos de graduação e os programas

de pós-graduação.

Participamos da discussão e aprovação do Sisu-Enem, da

política de ações afirmativas, anterior à Lei de Cotas. Em

Mato Grosso, há, pelo menos, 43 etnias indígenas e 107

comunidades quilombolas. O nosso respeito e a nossa

homenagem aos povos indígenas e quilombolas!

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Em parceria com a Unemat e o IFMT, a UFMT ofertou

cursos de primeira e de segunda licenciatura, presenciais

e à distância, para a formação de professores da rede

pública de MT. O programa de docência no ensino

superior passou a ter um espaço institucional

reconhecido, e, em muito, tem contribuído para a

qualificação de professores no exercício da prática

docente. Obrigada a toda a equipe da Proeg que me

acompanhou durante essa trajetória.

Em dezembro de 2012, assumi a Pró-Reitoria de

Assistência Estudantil, recém-criada na UFMT, com o

objetivo de propor e definir as políticas acadêmicas em

favor do acesso, da permanência e do sucesso dos

estudantes de graduação e de pós-graduação. Criamos o

Conselho de Políticas de Ações Afirmativas e

consolidamos o Fórum de Assistência Estudantil.

Aprovamos o auxílio permanência, na concepção de

direito, e nos empenhamos para a ampliação das políticas

estudantis no campo da moradia, alimentação, cultura,

esporte e vivência. Obrigada a todos os amigos da PRAE.

Profª. Maria Lucia, todo o meu agradecimento e respeito

pela oportunidade que tive, enquanto parte de sua

equipe. Aprendi, em sua gestão, a lida da vida

universitária, da importância de nossa defesa,

incondicional, em favor de uma universidade que

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acreditamos e defendemos. Mesmo em nossas

diferenças, sempre buscamos o consenso, com base em

nossos princípios. Obrigada!

E agora, no final, o mais simples e o mais difícil, pois

falarei com o coração e com a alma.

Obrigada amigos, colegas de trabalho, muitos anônimos,

que me ajudaram nessa jornada.

Obrigada e toda equipe do Cerimonial, em nome da

servidora Telma Cristina Saldanha Modesto da Silva.

A todos os artistas que nos acolheram nesta cerimônia, à

orquestra, sob a regência do querido maestro Fabrício

Carvalho, ao encontro de corais, sob a regência da amiga

e maestrina Dorit Kolling, aos solistas e parceiros de

muitas caminhadas, Prof. Habel dy Anjos e a artista Gê

Lacerda.

A todos os servidores e colaboradores que trabalharam

para que esta cerimônia acontecesse assim, com muito

carinho, emoção e competência de todos.

Ao prof. Anderson Simão Duarte, batalhador pela criação

do curso de Letras-Libras na UFMT, que, hoje,

generosamente, tornou a cerimônia mais inclusiva.

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Obrigada Cecília, Marcia e Letícia, minhas irmãs,

lutadoras, exemplos de garra e de superação. Cunhados,

sobrinhos, e demais familiares, o meu agradecimento

pelo carinho de todos vocês.

Obrigada Vitinho e Lucas, meus filhos, o orgulho e o

motivo primeiro de minha vida. Desde quando vocês

chegaram, eu tenho mais aprendido do que ensinado.

Obrigada Fernanda, parceira, na alegria e na tristeza.

Vocês três são a minha família, a minha casa, o meu

porto, a minha alegria.

Aos meus pais, Carlos e Lenice, que me acompanham em

outra dimensão e, ao mesmo tempo, os sinto aqui, tão

perto, obrigada por tudo. As saudades são eternas!

Amanhã, dia 15, é o dia do professor. Neste momento,

em que precisamos do esforço de todos para a defesa da

educação pública, gratuita e de qualidade, parabenizo a

todos os professores que acreditam na educação como

única estratégia para o desenvolvimento social e o

caminho para uma sociedade justa.

Termino com a citação do poeta mato-grossense Manoel

de Barros:

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A maior riqueza do homem é sua incompletude.

Nesse ponto sou abastado.

Palavras que me aceitam como sou

— eu não aceito.

Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas,

que puxa válvulas,

que olha o relógio,

que compra pão às 6 da tarde,

que vai lá fora,

que aponta lápis,

que vê a uva etc. etc.

Perdoai. Mas eu preciso ser Outros.

Muito obrigada pelo carinho e confiança de

todos!