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F inalmente nos aproximamos daquela data que marca o nosso calendário elico! Aquilo que um dia começou como uma mera festa de cachaceiros, tornou-se o evento mais aguardado do ano, colecionando estórias, lugares e constuindo-se num ponto de encontro de amigos que há muito não se veem. Anárquico, meio esculhambado, com alguns de- sentendimentos, mas que no final dá tudo certo. O Costelão é assim! É sem dúvida uma festa que res- gata não só a presença de vários amigos que se con- heceram na Ufes, mas também mantém a tradição das festas realizadas dentro da universidade e que hoje são reprimidas sob o pretexto de “segurança”. Quem não se lembra dos churrascos no ClubUfes? Daquela cerveja quente no isopor? Do futebol? Das conversas e brincadeiras? Do número excessivo de homens, mesmo fazendo campanha para trazer calouras? São coisas que ficaram na nossa memória e o Costelão simboliza tudo isso. Foram tantas histórias nesses dez anos que o evento merece um registro. Registro para lembrar o surgi- mento do primeiro Costelão em Goiabeiras. A fase do “Canoa Quebrada”, quando acompanhamos as transformações na tão combalida orla de Camburi. O período do “Sanatório Geral”, em Andorinhas e a fase de Santo Antonio. A cada ano esperamos juntar mais “dinossauros” ou amigos que queiram parcipar desses momentos, para que encampem a idéia e se torne figura carim- bada neste evento elico. Se há dez anos não nhamos idéia de que uma sim- ples reunião entre amigos fosse durar tanto, hoje já podemos dizer: Que venham mais dez anos! Uma década de muita cachaça

Dez anos de costelão

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Jornal comemorativo dos 10 anos do Costelão

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Page 1: Dez anos de costelão

Finalmente nos aproximamos daquela data que marca o nosso calendário etílico! Aquilo que um dia começou como uma mera festa de cachaceiros, tornou-se o evento mais

aguardado do ano, colecionando estórias, lugares e constituindo-se num ponto de encontro de amigos que há muito não se veem. Anárquico, meio esculhambado, com alguns de-sentendimentos, mas que no final dá tudo certo. O Costelão é assim! É sem dúvida uma festa que res-gata não só a presença de vários amigos que se con-heceram na Ufes, mas também mantém a tradição das festas realizadas dentro da universidade e que hoje são reprimidas sob o pretexto de “segurança”. Quem não se lembra dos churrascos no ClubUfes? Daquela cerveja quente no isopor? Do futebol? Das conversas e brincadeiras? Do número excessivo

de homens, mesmo fazendo campanha para trazer calouras? São coisas que ficaram na nossa memória e o Costelão simboliza tudo isso. Foram tantas histórias nesses dez anos que o evento merece um registro. Registro para lembrar o surgi-mento do primeiro Costelão em Goiabeiras. A fase do “Canoa Quebrada”, quando acompanhamos as transformações na tão combalida orla de Camburi. O período do “Sanatório Geral”, em Andorinhas e a fase de Santo Antonio.A cada ano esperamos juntar mais “dinossauros” ou amigos que queiram participar desses momentos, para que encampem a idéia e se torne figura carim-bada neste evento etílico.Se há dez anos não tínhamos idéia de que uma sim-ples reunião entre amigos fosse durar tanto, hoje já podemos dizer: Que venham mais dez anos!

Uma década de muita cachaça

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Ao contrário do que alguns pensam, o Costelão nunca teve o objetivo e nem quer ter a pre-tensão de ser uma festa de alunos do curso de

Geografia da Ufes. Tudo começou em 2001, quando um grupo de desgarrados, que não tinha mais o que fazer e nem para onde ir, como visitar a casa dos pais no final do ano. Sendo assim, decidiram fazer um en-contro na semana após o natal e antes do ano novo, período onde não acontece nada e que a maioria viaja para casa da “mamãe” ou simplesmente desa-parecem no mundo.Foi então que os desgarrados Erick, Carlos Américo e o ex-professor da Ufes, Valdemir, a fim de acabar com essa letargia pós-natalina, escolheram o sábado que antecedia o ano-novo para tomar “umas”. A ide-ia de fazer uma costela assada para a festa foi mérito de Valdemir. Pantaneiro de Mato Grosso do Sul, Val-demir lançou a proposta indo pessoalmente ao su-permercado e preparando a dita cuja nos moldes do que era feito em sua terra natal. Outros desgarrados foram chamados e pronto: nas-cia assim o Costelão! O fato curioso ficou por conta do próprio Valdemir, que preparou a costela, mas não foi. Mandou entregar e não deu muitas explicações sobre o porquê de não ir a um evento que estava

sendo realizado a menos de 500 metros de sua casa.Essa edição contou com a presença de Dionísia, Vânia Bayer e Gustavo. Infelizmente não foram feitos registros – ou pelo menos não há lembrança de que tenham sido feitos – do encontro. A partir daí, con-vencionou-se entre os presentes que todo ano seria realizado o Costelão, após o natal.Atualmente o local onde foi feito essa primeira edição do evento não é mais um bar. Com o passar dos anos, o evento vem sendo realizado em vários locais, sem-pre num sábado.

O início em Goiabeiras

Costelinha Com o passar dos anos vem sendo insti-tuído uma espécie de “pré-aquecimento” para o grande evento apoteótico de final de ano. Até agora foram realizadas duas edições: a primeira, no Sanatório Geral II (Andorinhas) a última realizada neste ano, em Vila Velha, com a luxuosa participação de Xiru do Sul.

Local onde foi realizando o primeiro Costelão.

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Houve um tempo em que a orla de Camburi era dotada de vários quiosques, o preço da cerveja não era exorbitante, não havia tantos

buracos e obras em Vitória e o trânsito não era essa desgraça que é hoje. Esses foram alguns dos atrativos que atraiu o Costelão para Cam-buri, sendo realizadas três edições no qui-osque “Canoa Que-brada”. Foram duas no antigo “Canoa” e uma no atual espaço em que se encontra.A partir dessas edições é que houve a popular-ização do evento, com adesão de mais pes-soas e maior duração das festas. Durante esse período, foram realizadas todos a famosa “vaquinha” para comprar faca e out-ros apetrechos para o churrasco, já que sempre os objetivos ficavam na casa de alguém ou caiam no es-quecimento. A situação por vezes era tão grotesca a ponto de, na última edição no “Canoa”, o nosso chur-

A fase do “Canoa Quebrada”

rasqueiro voluntário rasgar a carne a mão devido a falta de faca.Não há muitos registros dessas edições, mas como

não esquecer as chuvas torren-ciais que caíram na segunda e terceira edição do Costelão, no “Canoa Que-brada”? E da famosa noite de quase strip tease num cer-to night club? Daquela pilha de grades de cerveja na úl-tima edição do “Canoa”? Como não lembrar daquela música

brega ? Daquele público, digamos, eclético, com o qual dividíamos o espaço?O “Canoa Quebrada” sem dúvida é um marco nesses dez anos. Seja pela consolidação do nosso evento etílico ou então por termos testemunhado as mu-danças na orla de Camburi, que hoje é apenas uma pálida lembrança daquilo que outrora um dia foi.

http://picasaweb.google.com/costelaogeoufeshttp://www.youtube.com/watch?v=mO0mKs4oi40http://www.youtube.com/watch?v=zlb4BfWjLRkhttp://www.youtube.com/watch?v=5bGzPpi6p-ghttp://www.youtube.com/watch?v=5bGzPpi6p-ghttp://www.youtube.com/watch?v=K1QRiR6DKJUhttp://www.youtube.com/watch?v=K1QRiR6DKJUhttp://www.youtube.com/watch?v=0DIsKD3pThUhttp://www.youtube.com/watch?v=B7eqnP3XxMEhttp://www.youtube.com/watch?v=uPIOxpEsK04

Orla de Camburi atualmente, próximo ao atual Canoa Quebrada

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A procura de um novo local que contemplasse cerveja boa e a preço acessível, bem local-izado e dotado de uma paisagem inspira-

dora, o Costelão mudou de lugar e o local escol-hido foi o bairro Andorinhas, mais precisamente os bares Sanatório Geral I e II.A primeira edição em Andorinhas foi realizada no bar Sanatório Geral I, localizado atrás do Walmart. Apesar de ser num sábado, a grande maioria não se preocupou muito com o horário, chegando bem ao final da tarde. Apenas dois representantes (Erick e Carlos Améri-co) tiveram a incumbência de começar a festa e ficar bebendo quase toda tarde até a chegada da trupe. Essa edição é pouco lembrada, mas foi a primeira que consideramos ter sido realizada em Andorinhas, mesmo o bar sendo localizado em out-ro bairro.As duas seguintes edições foram feitas no Sanatório Geral II, com visual em frente a Estação Ecológica do Lameirão e de fácil localização. Essas edições foram marcadas pela adoção da bandeira – criada por ébrios geográficos e levada a um congresso na Paraíba – e pelo seu guardião (Juca).As festas no Sanatório II também foram bastante documentadas em fotos e vídeos, mostrando várias “performances”, a criação da “Unidos de Jim Mor-

rison”, da Agência de Notícias Cesário Press e aquele famoso passeio de barco, onde ébrios presentes ao evento incorporaram José Leôncio e Juma Marruá, da antiga novela “Pantanal”. Infelizmente, a cerveja quente e a estupidez do aten-dente do Sanatório II provocou o afastamento de lá. Hoje, o bar não existe mais, restando apenas imagens e recordações.

As edições em Andorinhas

Foto do Costelão 2008 (acima). Abaixo, o Sanatório Geral II atualmente.

Atendendo a antigas aspirações de notórios ébrios participante do evento e com base no tripé cerve-ja-localização-visual, o Costelão foi parar em San-to Antonio. A mudança ocorreu na oitava edição do evento, que passou a adotar o bar do Cleber como sendo o local mais apropriado. De acordo com o nosso amigo Renam, morador e defen-sor de Santo Antonio: “O mapa é difícil, a região, um desafio; o caminho é íngreme, a atmosfera, nem tanto! A vista é confortante, mas o lugar é um excelente refúgio para os geógrafos e para os simpatizantes e amantes da geografia”.

Conjugando o verbo santoantoniar