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1 DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras aplicações práticas que iremos abordar. Um veículo, em movimento, obedece à seguinte função: s(t) = 3t 2 + 5t+ 3, onde s em quilômetros, t em horas e 0 t 10. No instante t = 4 horas, determine a velocidade e a aceleração do veículo. Quando você tem o espaço percorrido por um veículo representado por uma função, deve calcular inicialmente a derivada primeira, que representa a função velocidade, em seguida, substituir o valor do período dado no problema. O resultado alcançado significa a velocidade do móvel nesse período. s(t) = 3t 2 + 5t + 3 s’(t) = 6t + 5 (função velocidade) s’(4) = 6.4 + 5 s’(4) = 29 Esse resultado significa que a velocidade do móvel no instante dado é de 29 km/h. Para encontrar a função aceleração, devemos calcular a derivada primeira da função velocidade ou a derivada segunda da função do espaço, em seguida, substituir o valor do período dado no problema. s(t) = 3t 2 + 5t+ 3 s’(t) = 6t + 5 s”(t) = 6 (função aceleração) s”(4) = 6 Esse resultado significa que a aceleração do móvel no instante dado é de 6 km/h 2

DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

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1

DERIVADAS

Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o

exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

aplicações práticas que iremos abordar.

Um veículo, em movimento, obedece à seguinte função: s(t) = 3t2 + 5t+ 3,

onde s em quilômetros, t em horas e 0 t 10. No instante t = 4 horas,

determine a velocidade e a aceleração do veículo.

Quando você tem o espaço percorrido por um veículo representado por

uma função, deve calcular inicialmente a derivada primeira, que representa a

função velocidade, em seguida, substituir o valor do período dado no problema.

O resultado alcançado significa a velocidade do móvel nesse período.

s(t) = 3t2 + 5t + 3

s’(t) = 6t + 5 (função velocidade)

s’(4) = 6.4 + 5

s’(4) = 29

Esse resultado significa que a velocidade do móvel no instante dado é de 29

km/h.

Para encontrar a função aceleração, devemos calcular a derivada

primeira da função velocidade ou a derivada segunda da função do espaço, em

seguida, substituir o valor do período dado no problema.

s(t) = 3t2 + 5t+ 3

s’(t) = 6t + 5

s”(t) = 6 (função aceleração)

s”(4) = 6

Esse resultado significa que a aceleração do móvel no instante dado é de 6

km/h2

Page 2: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

2

Em síntese, ao calcular a primeira derivada da função do espaço,

encontramos a função velocidade e, ao determinar a segunda derivada, temos

a função aceleração.

Observe no exemplo abaixo, outra aplicação da derivada, nesse caso, na

Economia.

- Seja L(q) = -q3 + 243q + 15 a função que dá o lucro, em reais, de uma

determinada fábrica na produção/venda de certa quantidade de um produto em

função do número de mão-de-obra (q) utilizada. Pergunta-se:

a) Qual a Função Lucro Marginal na contratação da 7ª unidade?

b) Interprete o resultado.

Solução:

a) Para encontrar a Função Lucro Marginal, devemos calcular a 1ª derivada da

Função Lucro e, para determinar o valor do lucro marginal, devemos

substituir a quantidade produzida.

L(q) = -q3 + 243q + 15

L’(q) = -3q2 + 243 (Função Lucro Marginal)

L’(7) = -3.72 + 243

L’(7) = 96

Lucro Marginal = R$ 96,00.

b) Com utilização da 7ª mão-de-obra, a fábrica terá um Lucro de R$ 96,00.

Nota: toda vez que for calcular a Função Lucro Marginal, Função Custo Marginal etc, deve-se

encontrar a derivada primeira da função.

Após essa introdução, onde mostramos algumas aplicações das

derivadas, vamos dá início ao estudo sobre as mesmas, seguindo o

roteiro;

01) Taxa Média de Variação de uma Função (ou Declividade da Reta Secante).

02) Taxa De Variação Instantânea (ou Declividade da Reta Tangente).

03) Derivada de uma Função num Ponto.

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3

04) Regra Geral para o Cálculo das Derivadas.

05) Interpretação Geométrica da Derivada.

06) Regras de Derivação.

07) Derivada de Função Composta.

08) Derivada das Funções Trigonométricas.

09) Derivadas das Funções Trigonométricas Inversas.

10) Derivada da função y = uv.

11) Aplicações.

12) Aplicação da derivada na economia (Elasticidade).

13) Aplicação da Derivada na Geometria Analítica.

14) Derivadas Sucessivas.

15) Função Crescente e Decrescente.

16) Aplicação da Derivada na Física.

17) Máximos, Mínimos e Ponto de Inflexão.

18) Aplicações sobre Máximos e Mínimos.

19) Renda, Consumo e Poupança Nacionais.

20) Regra de L’Hôpital-Bernoulli.

1- Taxa Média de Variação de uma Função (ou Declividade da Reta

Secante): É a variação média sofrida pelos valores da função f entre dois

pontos quando o valor de x1 passa para x2, cujo resultado é obtido pela

tangente do ângulo () que a reta secante forma com o eixo dos x.

tg = 12

11

12

12

12

12)()()()(

xx

xfxxf

xx

xfxf

xx

yy

x

y

.

Observe o gráfico:

Exemplo - Calcular/interpretar a Taxa de Variação Média de cada função entre os pontos indicados:

Page 4: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

4

a) f(x) = 3, entre 1 e 2 b) f(x) = x, entre 2 e 4 c)f(x) = -x + 1, entre 2 e 5 Soução a) f(x) = 3 1 e 2 Como, f(x) é uma função constante, podemos afirmar que, para qualquer valor

atribuído a variável independente x, o resultado (valor numérico) de f(x) será

sempre igual a 3. No nosso exemplo, temos que calcular f(1) e f(2).

3)2(

3)1(3)(

f

fxf

01

0

12

33)1()2()()(

12

12

xx

ff

x

xfxf

x

y

No intervalo [1,2] a função é constante, isto é, para cada unidade acrescida a x, a função não se altera. y

3

0 1 2 x

b) f(x) = x 2 e 4 Como, f(x) é a função identidade, podemos afirmar que, a alteração que se dá a variável independente x, resulta numa variação de igual proporção em f(x). No nosso exemplo, temos que calcular f(2) e f(4).

4)4(

2)2()(

f

fxxf

12

2

24

24)2()4()()(

12

12

xx

ff

x

xfxf

x

y

No intervalo [2,4] para cada unidade acrescida a x, a função cresce em média uma unidade.

c) f(x) = -x + 1 2 e 5

Page 5: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

5

415)5(

112)2(1)(

f

fxxf

13

3

25

)1(4)2()5()()(

12

12

xx

ff

x

xfxf

x

y

No intervalo [2,5] para cada unidade acrescida a x, a função decresce em média uma unidade.

2- Taxa De Variação Instantânea (ou Declividade da Reta Tangente): É o

limite da Taxa de Variação Média da Função

x

y quando x 0.

00

)()(11

xx

x

xfxxfLim

x

yLim

Nota: É relevante observar que a taxa de variação média de uma função é determinada num intervalo [x1, x2] e a taxa de variação instantânea é calculada em um ponto (x1, f(x1)).

Observe o gráfico:

Aplicações 1ª) Cada função abaixo representa a função custo associada à produção de q

unidades de certo produto. Determine o custo da produção médio (em unidade

de milhar) e o custo variável médio (a taxa de variação média da função custo)

quando q1 = 1 e q2 = 5 unidades:

a) C(q) = 4q + 54 b) C(q) = 45154 q c) C(q) = 3201

2

5

q

qq

Page 6: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

6

Solução a) C(q) = 4q + 54

a.1) Cm(q) =

milhardeunidade

qqq

q

q

q

q

qC 544

544544)(

a.2) Cvm(q) = 44

16

4

5874

4

)541.4()545.4(

15

)1()5(

CC

No intervalo [1,5] para cada unidade acrescida a q, a função custo cresce em média 4.000,00.

b) C(q) = 45154 q

b.1) q

qCqCm

)()( )(

45154milhardeunidade

q

q

b.2) Cvm(q) =

4

45151.445155.4

15

)1()5( CC

4

1935 =

39,04

36,492,5

No intervalo [1,5] para cada unidade acrescida a q, a função custo cresce em média 390,00.

c) C(q) = 3201

2

5

q

qq

c.1) Cm(q) = qq

q

qq

q

qq

q

q

qq

320

1

2.

5

13201

2

5320

1

2

5

(unidade de

milhar)

c.2) 222,04

3,017,1

4

10

3

6

7

15

32011

12

5

1320

51

52

5

5

)(

qCmv

No intervalo [1,5] para cada unidade acrescida a q, a função custo cresce em média 222,00. 2ª) A equação q = -p + 9 representa a demanda de um determinado bem, onde

q representa a quantidade demandada e p o preço do bem, encontre:

a) a receita total em função da quantidade demandada;

b) a receita média em função da quantidade demandada;

c) a taxa de variação média da função receita para as q primeiras

unidades.

Page 7: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

7

Solução

a) q = -p + 9 p = -q + 9

Rt(q) qqqqqp 9).9(.2

Rt(q) = qq 92

b) Rm(q) = 99)(

2

qq

qq

q

qRt

c) Rvm(q) =

q

q

q

q

q

qq

q

qq

q

RqR 99)0.90(9

0

)0()(2222

Rvm(q) = 9 q

2ª) Verifique se as funções abaixo são crescentes a taxas crescentes ou

crescentes a taxas decrescentes:

a) f(x) = x2 + 4 b) 42 xy

Solução

a) f(x) = x2 + 4

Para x > 0, calculemos a taxa média de variação da função quando x1

assume outro valor x2.

12

12

1212

12

2

1

2

2

12

2

1

2

2

12

1244)()(

xxxx

xxxx

xx

xx

xx

xx

xx

xfxf

x

y

Como x2 = x1 + x, temos:

x

y

= x2 + x1 = (x1 + x) + x1 = 2x1 + x.

Não alterando o valor x, verifica-se que a função cresce de acordo com o

crescimento do valor de x1, logo, a função f(x) = x2 + 4 é uma função crescente

a taxas crescentes.

b) 42 xy

22

22224242)()(

12

12

12

12

12

12

12

12

xx

xx

xx

xx

xx

xx

xx

xfxf

x

y

=

22

22

22

22

1212

12

1212

2

1

2

2

xxxx

xx

xxxx

xx

Page 8: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

8

221212

12

xxxx

xx

22

1

12

xx

Como x2 = x1 + x, temos:

x

y

22

1

22

1

1112

xxxxx

Não alterando o valor x, verifica-se que a função decresce de acordo com o

crescimento do valor de x1, logo, a função 42 xy é uma função

crescente a taxas decrescentes.

Exercícios: 1ª) Calcular/interpretar a Taxa Média de Variação de cada função entre os

pontos indicados:

a) y = 2, entre 1 e 2 d) y = x + 1, entre 2 e 5

b) y = x, entre 2 e 4 e) C(x) = 1201031,023

xxx

c) y = -x, entre 1 e 4 f) y = 1– x, entre -3 e 2

g) y = 23

42

x

x, entre 0 e 2

2ª) Cada função abaixo representa a função custo associada à produção de x

unidades de certo produto. Determine o custo da produção médio e o custo

variável médio (taxa média de variação da função custo entre os pontos 0 e x

unidades):

a) C(x) = 3x + 6 c) C(x) = 1455

x

b) C(x) = x2 + 3 d) C(x) = 30.ex

3- DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NUM PONTO: - Definição: Seja a função y = f(x) representada pelo gráfico.

Page 9: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

9

A derivada de y, em relação a x, é o limite, quando existe, do quociente da

variação y [f(x2 – f(x1)] da função pelo acréscimo correspondente x (x2 – x1)

da variável, quando x tende para zero:

Assim, a derivada de uma função é o limite, caso exista, que fornece o valor da

declividade da reta tangente ao gráfico de y = f(x) em qualquer ponto (x, y) que,

por sua vez, representa a taxa de variação dessa função num ponto indicado.

A derivada de uma função no ponto x é representada pelas notações:

dx

dyou

dx

dfyxf ,'),(' (lê-se: “derivada de y em relação a x”)

4- REGRA GERAL PARA O CÁLCULO DAS DERIVADAS Para derivar uma função através da regra geral, devemos utilizar os seguintes

passos:

1º) Substitui-se x por x + x e determina-se o valor da nova função y + y.

2º) Subtrai-se o valor da função do novo valor encontrado, achando-se y.

3º) Divide-se y por x.

4º) Determina-se o limite do quociente y/x, quando x tende para zero que,

pela definição, equivale a 1ª derivada, logo,

Page 10: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

10

0

x

x

yLim

= y’ = f’(x) = dx

dy *Lê-se: derivada de y em relação a x

Exemplos 01- Derivar as seguintes funções aplicando a regra geral (definição):

a) y = 3x2 d) 3

1

x

y

b) y = x e) 3xy , em x = 4

c) y = 4x – 1 Solução a) y = 3x2 1º passo:

y = 3x2

y + x = 3(x + x)2

y + y = 3[x2 + 2xx + (x)2]

y + y = 3x2 + 6xx + 3(x)2

2º passo:

y + y –y = 3x2 + 6xx + 3(x)2 – 3x2

y = 6xx + 3(x)2

3º passo:

xxx

y

x

xxx

x

y

.36

3.62

4º passo:

00

6.36'

xx

xxxLimx

yLimy

Page 11: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

11

b) y = x

1º passo:

xxyy

2º passo:

xxxy

xxxyyy

3º passo:

x

xxx

x

y

4º passo:

y’=

00

)mindet(0

0

xx

açãoerinx

xxxLim

x

yLim

Como temos um limite indeterminado, vamos levantar essa indeterminação multiplicando o

limite por xxx que é o fator racionalizante.

0

x

xxx

xxx

x

xxxLim

0

22

x

xxxx

xxxLim

0

x

xxxx

xxxLim

0

)(

x

xxxx

xLim

0

1

x

xxx

Lim

xxx 2

1

0

1

c) y = 4x - 1

1º passo:

y + y = 4(x + x) -1

y + y = 4x + 4x – 1

Page 12: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

12

2º passo:

y + y – y = (4x + 4x – 1) – (4x – 1)

y = 4x + 4x -1 – 4x + 1

y = 4x

3º passo:

44

'

x

x

x

yy

4º passo:

0

44

x

Lim (limite de uma constante é a própria constante)

02- Dada a função quadrática y = x2 – 4:

a) calcule a sua derivada;

b) Calcule o valor da derivada em x = 2 e interprete o resultado.

Solução

a) y = x2 – 4

1º passo:

y + x = (x + x)2 - 4

y + y = x2 + 2xx + (x)2 - 4

2º passo:

y + y –y = x2 + 2xx + (x)2 -4 – x2 + 4

y = 2xx + (x)2

3º passo:

xxx

y

x

xxx

x

y

.2

.22

Page 13: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

13

4º passo:

y’ =

0

2')2(

x

xyxxLim

b) y’ = 2x y’(2) = 4

Este resultado significa que, nesse caso, a tendência da função y = x2 – 4, no

ponto dado (x = 2), é de crescimento 4.

Aplicação 1

- Usando a regra geral (definição), determine as derivadas das funções:

01) f(x) = x + 1 02) f(x) = x2 -3 03) y = 2x3 04) y = 4x2 + 8

05) y = x2 + 3x – 5 06) 1 xy 07) y = 3x – x2 08) 3

32

x

y

09) f(x) = 3.x-1 10) y = 3x2 11) y = (x + 4)-1 12) 1

3

x

xy

13) 2 xy 14) y = (x2 + 5)-1 15) y = x-1/2 16) 3xy

17) 3

x

xy 18) 5

1 xy (x=0) dxdsr32 19) x

y

36

1 (x=1/3)

20) 4. xay (x = 1)

5- INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA DERIVADA - Seja y = f(x) uma função representada pelo gráfico:

Vamos escolher um ponto qualquer P1(x1, y1) e, através dele, traçar uma tangente à curva.

Page 14: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

14

Dando a variável independente x um acréscimo x, verificamos que a função y

também sofre um acréscimo y, aparecendo, em seguida, o ponto P2. Através

dos pontos P1 e P2 tracemos uma secante.

Preste atenção no triângulo retângulo P1ÂP2, formado no gráfico.

Pela relação métrica no triângulo retângulo, podemos afirmar que:

)(

)(

1

2

adjacentecatetoAP

opostocatetoAPTg .

Como P2A = y e P1A = x, então: x

yTg

*

* Tg é o coeficiente angular da reta secante ao gráfico que representa

geometricamente a taxa de variação média.

Observe que, quando x tender para zero, o ponto P2 tende a se confundir com

o ponto P1, ou seja, a secante passa ser a tangente à curva no ponto P1

formando com o eixo-x um ângulo , logo,

0

'

x

tgyx

yLim

Page 15: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

15

6- REGRAS DE DERIVAÇÃO

Como, derivar funções utilizando o conceito de derivada torna-se um

processo longo, foram introduzidas algumas regras objetivando uma maior

rapidez nas soluções das mesmas. Então, a partir de agora, utilizaremos

algumas regras práticas para calcular derivadas de funções.

1ª) Derivada de uma Função Constante: a derivada de uma função constante

é sempre igual a zero.

f(x) = k f’(x) = 0 (k representa uma constate)

Exemplo

- Derivar as funções:

a) f(x) = -2 f’(x) = 0

b) f(x) = 154 f’(x) = 0

c) f(x) = 2a3 + 1 f’(x) = 0

d) f(p) = -4x f’(p) = 0

Page 16: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

16

Para entender o resultado (nulo), observe no gráfico da função f(x) = -2 abaixo

que, quando a variável independente x apresenta uma variação de x1 para x2, a

função f(x), não apresenta modificação, isto é, y = 0, logo:

f’(x) =

0

x

x

yLim

=

0

0

x

xLim

0

00

x

Lim

2ª) Derivada da Função Identidade: a derivada da função identidade é igual a

1 (um).

O gráfico abaixo mostra que, a variação dada à variável independente x resulta

em uma variação de igual valor na variável dependente y (x = y), logo:

f’(x) =

000

11

xxx

Limx

xLim

x

yLim

3ª) Derivada de uma Função Potência f(x) = xn.

Apliquemos a regra geral das derivadas, vista no início, para chegarmos a essa

fórmula:

1º passo:

n

xxyy

2º passo:

Page 17: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

17

12321

......

nnnn

nn

xxxxxxxxxxxxy

xxxyyy

12321

......

nnnn

xxxxxxxxxxy

3º passo:

12321

12321

.....

......

nnnn

nnnn

xxxxxxxxxx

y

x

xxxxxxxxxx

x

y

4º passo:

1111112321

12321

...........

0

.....

nnnnnnnnn

nnnn

xnxxxxxxxxxx

x

xxxxxxxxxLim

Portanto: f(x) = xn f’(x) = n.xn-1

Exemplo:

- Derivar as funções:

a) f(x) = x4 d) f(x) = 2

5

x

b) f(q) = 3q6 e) 3 2xy , em x = 8

c) f(x) = -5x

Solução

a) f(x) = x4

f’(x) = 4x4-1

f’(x) = 4x3

b) f(q) = 3q6

f’(q) = 6.3x6-1

f’(p) = 18x5

c) f(x) = -5x

f’(x) = 1.(-5)x1-1

f’(x) = -5x0 = -5

Page 18: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

18

d) 2

2

5)(

.5

)(

xxf

aka

k

xxf

n

n

f’(x) = -2.5x-2-1

f’(x) = -10x-3 ou f’(x) = 3

10

x

e) b

ab a

xxxy

xxy

32

3 28,

1

3

2

.3

2'

xy

4

3

8.2

38'

.2

3'

2

3'

3

3

3

1

y

xy

xy

4ª) Derivada de uma Função Exponencial.

f(x) = ax (1 a > 0)

xxx

xx

eLneexfexf

Lnaaxfaxf

.)(')(

.)()('

(Ln e = log e e = 1)

Exemplo

Calcular a derivada de cada função:

a) f(x) = 2x c) f(x) = 3.ex

b) f(x) = (1/2)x , em x = 0 d) y = -4.ex

Solução

a) f(x) = 2x Lnaaxfx.)(

'

f’(x) = 2x.Ln 2

Page 19: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

19

f’(0) = (1/2)0.Ln(1/2)

f’(0) = Ln (1/2)

b) f(x) = (1/2)x Lnaaxfx.)(

'

f’(x) = (1/2)x.Ln(1/2)

c) f(x) = 3.ex xxeLneexf .)('

f’(x) = 3.ex.Ln e

f’(x) = 3.ex

d) y = -4.ex xxeLneexf .)('

y’ = -4.ex.Lne

y’ = -4ex

5ª) Derivada de uma Função Logarítmica.

f(x) = Log a x (1 a > 0)

xLnexxfLnxxf

LnaxxfxLogxf

a

1

.

1)(')(

.

1)(')(

Exemplo

Encontrar a derivada de cada função:

a) y = Log 3 x , em x = ½

b) f(x) = 4.Log 1/3 x

c) y = 7.Ln x , em x = 7/2

Solução

a) y = Log 3 x Lnax

xf.

1)('

y’ = 3.

1

Lnx

Page 20: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

20

y’(1/2) =3

2

3.2

1

1

LnLn

b) f(x) = 4.Log 1/3 x Lnax

xf.

1)('

f’(x) = 4.)3/1(.

1

Lnx

f’(x) = )3/1(.

4

Lnx

c) y = 7.Ln x xLnex

xf1

.

1)('

y’=7.x

1

y’(7/2) = 7.7

2= 2

6ª) Derivada de uma Soma Algébrica.

Devemos derivar cada termo da soma, como segue:

y = f(x) + g(x) + h(x) + ... y’ = f’(x) + g’(x) + h’(x) + ...

Exemplo

Derivar as funções:

a) y = 3x – 7

b) y = 4x2 – 5x + 6, em x = -2

c) y = -2x3 + 3x2 – 5x + 43

Solução

a) y = 3x – 7

y’ = 3

b) y = 4x2 – 5x + 6 y’ = 8x – 5

y’(-2) = 8.(-2) -5 = -21 c) y = -2x3 + 3x2 – 5x + 43 y’ = -6x2 + 6x - 5

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21

7ª) Derivada do Produto de Funções.

f(x) = u(x).v(x) f’(x) = u(x).v’(x) + u’(x).v(x) Exemplo Derivar a função f(x) = 2x3. ex , em x = 1. Solução

f(x) = 2x3. ex

xxexvexv

xxuxxu

)(')(

6)('2)(23

f(x) = u(x).v(x) f’(x) = u(x).v’(x) + u’(x).v(x) Substituindo os valores encontrados em f’(x), temos:

f’(x) = 2x3.ex + ex.6x2

Coloca-se em evidência 2x2.ex

f’(x) = 2x2ex(x + 3)

Substituindo o valor de x = 1, temos:

f’(1) = 2.12.e1(1 + 3)

f’(1) = 8e

Obs.: F(x) = U(x).V(x).Z(x) F’(x) = U(x).V(x).Z’(x) + U(x).V’(x).Z(x) + U’(x).V(x).Z(x).

8ª) Derivada do Quociente de Funções

f(x) = )(

)(

xv

xu f’(x) =

2

)(

)(').()(').(

xv

xvxuxuxv

Exemplo

Derivar a função f(x) =x

e

x4

, em x = 1.

Solução

f(x) =x

e

x4

xxexvexv

xxuxxu

)(')(

4)(')(34

f(x) = )(

)(

xv

xu f’(x) =

2

)(

)(').()(').(

xv

xvxuxuxv

Substituindo os valores encontrados em f’(x), temos:

Page 22: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

22

f’(x) =

2

43.4.

x

xx

e

exxe (:ex)

f’(x) = x

e

xx43

4

Substituindo o valor de x = 1, temos:

f’(x) = ee

311.4

1

43

Exercícios 01- Calcule a derivada de cada função:

a) f(x) = 2 b) f(x) = -4 c) f(x) = 2a d) f(b) = x2 e) f(x) = x 02- Encontre a derivada primeira das seguintes funções: a) f(x) = x3 b) f(p) = 4p4 c) f(q) = -5q d) f(x) = x/4

e) y = x , em x = 9 f) 3

4

xy g) 3 2

)( xxf h) 4

3)(

x

xf , em x = 1

03- Determine a derivada primeira de cada função: a) f(x) = 2x b) f(x) = (1/2)x c) f(x) = Log 2 x d) Log ½ x 04- Calcule a derivada de cada função:

a) f(x) = 3x + 5 b) y = x

75 – 5 c) f(x) =

2

12

2

3

x

x

d) f(x) = 3x2 – 5x + 6, em x = -2 e) f(x) = x3 – 4x2 – 6x + 8, me x = -1

f) f(p) = 5p2 - 4

p - 5, para p = 10 g) f(p) = 2p5 – 4p2 +

3

6

p – 4.ex + 2Ln x

05- Derivar as funções:

a) f(x) = ex.Lnx b) f(x) = Lnx

ex

c) f(x) = x3.3x, em x = 1

d) y =

24

4322

x

xx e) y = (3x-4)2.(x2-3x+5)

Exercícios de Aprendizagem

- Após esses estudos iniciais sobre derivadas, vamos resolver alguns

problemas práticos que envolvam as mesmas.

01- A função quadrática f(x) = x2 – 7x + 6 representa uma parábola com concavidade voltada para cima. a) Através da definição de derivada, calcule f’(x) no ponto x = 2; b) Calcule a declividade da reta tangente ao gráfico de f, em (3, -6); c) Encontre a equação para a reta tangente ao gráfico de f em (3, -6); d) Esboce o gráfico de f e da tangente à curva no ponto (3, -6).

Page 23: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

23

Solução

a) f(x) = x2 – 7x + 6

1) 6)(7)(2

xxxxyy

677222

xxxxxxyy

2) 6767722

222 xxxxxxxxyyy

xxxxy 722

3)

x

xxxx

x

y

7722

772

xx

x

y

4)

0

'

x

x

yLimy

0

772

x

xxLim

72` xy

Para x = 2, temos:

3)2('

72.2)2('

72'

y

y

xy

b) Para calcular a declividade (coeficiente angular) da reta tangente, devemos encontrar a 1ª derivada e, em seguida, substituir o valor da abscissa do ponto (3, -6), onde a tangente toca o gráfico .

angularecoeficientm

y

y

xy

xxy

1

1)3('

73.2)3('

72'

672

Este valor (-1) representa a tangente do ângulo (135º) que a reta tangente forma com o eixo positivo do x. c) A equação da reta tangente é determinada pela fórmula

)).((21

xxxxmy , onde m representa o coeficiente angular da reta tangente,

sendo calculado pela derivada da função f(x) = x2 – 7x + 6, no ponto x = 3.

3

)3(1)6(

)()(11

xy

xy

xxmyy

Page 24: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

24

d)

02) Seja a função quadrática f(x) = x2 – 6x + 5, cujo gráfico é uma parábola que

apresenta concavidade voltada para cima.

a) Através da definição de derivada, calcule f’(x) no ponto x = 3;

b) Calcule a declividade da reta tangente ao gráfico de f, em (0, 4);

c) Determine a taxa de variação da função f quando x = 5;

d) Encontre a equação para a reta tangente ao gráfico de f em (0, 4);

e) Esboce o gráfico de f e da tangente à curva no ponto (0, 4).

03) A função P(t) = -t2 + 10t + 30 (0 t 10) representa as perdas (em milhares

de reais) acumuladas por uma rede de drogaria em razão de projetos maus

sucedidas, onde t é o tempo em anos (t = 0 corresponde ao início de 2000).

Pergunta-se:

a) a que velocidade se acumulavam os prejuízos no início de 2003?

b) a que velocidade se acumulavam os prejuízos no início de 2006?

c) construa o gráfico de P(t).

Solução: a) P(t) = -t2 + 10t + 30

P`(t) = -2t + 10

P`(3) = -2.3 + 10

P`(3) = -6 + 10

P`(3) = 4

R) No início de 2003, os prejuízos acumulavam em R$ 4.000,00.

b) P(t) = -t2 + 10t + 30

P`(7) = -2.6 + 10

Page 25: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

25

P`(7) = -2

R) No início de 2006, os prejuízos diminuíam em torno de R$ 2.000,00.

c)

04) As projeções são de que o PIB de um determinado país seja de N(t) = t2 +

2t + 50 (0 t 5) bilhões de dólares daqui a t anos. Quais serão as taxas de variação do PIB desse país daqui a 2 anos e daqui a 4 anos? 7- DERIVADA DE FUNÇÃO COMPOSTA

Seja a função y = f(U), onde U é função de uma única variável. 01- Derivada da Função Potência

f(x) = un f’(x) = n.un-1.u’

Exemplo

- Derivar cada função abaixo:

a) f(x) = (6x – 5)3, em x = 2 c) 32

3x

ey

b) 24 xy d)

3

26

5)(

x

xf

Solução

a) f(x) = (6x – 5)3

213

6'56

nn

uxu

'..)('1

uunufn

22

)56.(186.56.3)(' xxxf

Substituindo o valor de x = 2, temos:

8827.18)2('

)52.6.(18)2('

2

2

f

f

b) 2

1

2424 xxy

2/112/1

4'24

nn

uxu

'..)('1

uunufn

Page 26: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

26

24

2)(')24.(2)('

4.242

1)('

2

1

2

1

x

xfouxxf

xxf

c) 3

2

32

33 xx

eey

3/113/2

'3

nn

eueuxx

'..)('1

uunufn

3

3

1

3

1

3.3

.2)(')3.(

3

.2)('

.33

2)('

x

x

x

x

xx

e

exfoue

exf

eexf

d)

3

3)26.(5

26

5)(

x

x

xf

413

6'26

nn

uxu

'..)('1

uunufn

4

4

4

26

180)(')26.(180)('

6.)26.(5.3)('

x

xfouxxf

xxf

02- Derivada da Função Exponencial

uuu

uu

euLneeuxfexf

Lnaauxfaxf

'..'.)(')(

.'.)(')(

Exemplo - Derivar as funções:

a) f(x) = 2(3x) b) y = 3.e(2 – 5x) c) y = xe em x = 4 d) y = 2/e4x

Solução

a) f(x) = 2(3x)

2

3'3

a

uxu

Lnaauxfu

.'.)('

2.2.3)('3

Lnxfx

Page 27: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

27

b) y = 3.e(2 – 5x)

ea

uxu 5'52

ueuxf '.)('

x

x

exf

exf

52

52

.15)('

.3.5)('

c) y = xe

ea

x

uxu

2

1'

ueuxf '.)('

x

ee

x

xf

x

x

22

1)('

d) x

xe

ey

4

4.2

2

ea

uxu 4'4

ueuxf '.)('

x

x

x

exfouexf

exf

4

4

4

8)('8)('

.2.4)('

03- Derivada da Função Logarítmica

u

u

uLne

uufLnuuf

Lnau

uxfuLogxf

a

'')(')(

.

')(')(

Exemplo - Encontrar a derivada primeira de cada função abaixo:

a) y = Ln(3x2 - 4) b) y = Log 2 (4 x )

c) y = Ln (x2 – 3)5 , em x = 2 d) y = 4

23

x

xLn

Solução

a) y = Ln(3x2 - 4) xuxu 6'432

u

uuf

')('

Page 28: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

28

f’(x) = 43

6

2x

x

b) y = Log 2 (4 x )

y = xLogLog22

4 (Propriedade do produto)

y = xLogLogxLogLog22

2

1

22

2

144 (Propriedade da potência)

Aplicando a derivada da função constante e da função logarítmica, temos:

y’ = 2.

1.

2

10

Lnx

y’ = 2.2

1

Lnx

c) y = Ln (x2 – 3)5, em x = 2.

y = 5.Ln (x2 – 3) (Propriedade da potência)

Aplicando a derivada da função logarítmica, temos:

u

uy

'' xuxu 2'3

2

y’ = 3

'2.5

2x

x

y’ = 3

10

2x

x

y’ = 2032

2.10

2

d) y = 2

1

4

23

4

23

x

xLn

x

xLn

y =

4

23.

2

1

x

xLn (Propriedade da potência)

y = 423.2

1 xLnxLn (Propriedade do quociente)

Aplicando a derivada da função logarítmica, temos:

y’ =

4

'4

23

'23.

2

1

x

x

x

x

y’ =

4

1

23

3.

2

1

xx [m.m.c. = (3x-2).(x-4)]

Page 29: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

29

y’ =

4)-2).(x-(3x

23.143.

2

1 xx

y’ = 4)-2).(x-(3x

10.

2

1

4)-2).(x-(3x

23123.

2

1

xx

y’ = 4)-2).(x-(3x

5

8- DERIVADA DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

8.1) Derivada da Função Seno: A derivada da função seno é a função cosseno.

a) f(x) = senx f’(x) = cosx (função simples)

b) f(x) = senu f’(x) = u’.cosu (função composta) (u: função de uma única variável)

Demonstração

y = senu

Aplicando a definição de derivada.

senuxuseny

senuxusenyyy

uusenyy

)(

)()2

)()1

Aplicando a fórmula

2.

2cos.2

qpsen

qpsenqsenp , temos:

2.

2cos.2

2.

2

2cos.2

2.

2cos.2

usen

uuy

usen

uuy

uuusen

uuuy

)3 u

usen

uu

u

y

2.

2cos.2

u

y

2

2.

2cos

u

usen

uu

Page 30: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

30

0

)4

u

u

yLim

0

2

2.

2cos

u

u

usen

uuLim

udu

dyu

du

dycos

2

0cos

Aplicando a Regra da Cadeia, temos:

udx

du

dx

dy

du

dy

dx

du

dx

dy

cos.

.

y’ = u’.cosu

Nota.: As fórmulas seguintes também podem ser demonstradas através da definição de derivada.

2) Derivada da Função Cosseno: A derivada da função cosseno é igual a função seno negativa.

a) f(x) = cosx f’(x) = -senx

b) f(x) = cosu f1(x) = -u’.cosu

3) Derivada da Função Tangente: A derivada da função tangente é igual ao quadrado da função secante.

a) f(x) = tgx f’(x) = sec2x

b) f(x) = tgu f’(x) = u´.sec2u

4) Derivada da Função Cotangente: A derivada da função cotangente é igual ao quadrado da função cossecante acompanhado do sinal negativo.

a) f(x) = cotgx f’(x) = -cossec2x

b) f(x) = cotgu f’(x) = -u’.cossec2u

Page 31: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

31

5) Derivada da Função Secante: A derivada da função secante é igual ao produto da função secante pela função tangente.

a) f(x) = secx f’(x) = secx.tagx

b) f(x) = secu f’(x) = u’.secu.tagu 6) Derivada da Função Cossecante: A derivada da função cossecante é igual ao produto da função cossecante pela função cotangente acompanhado do sinal negativo.

a) f(x) = cossecx f’(x) = -cossecx.cotagx

b) f(x) = cossecu f’(x) =-u’.cosecu.cotagu

De posse dessas regras, vamos calcular a derivada das seguintes funções:

a) y = sen(4x), 6/xem b) y = cos(3x - 2) c) y = tag(5x3 – 4)

d) y = sec x e) y = cossec(x3 – 4) f) y = cotg3x

Solução

a) y = sen(4x) 4'4 uxu

uuy

senuy

cos''

22

1.4'

3

2cos4'

6.4cos.4'

)4cos(4'

y

y

y

xy

b) y = cos(3x - 2) 3'23 uxu

senuuy

uy

''

cos

)23(3' xseny

c) y = tag(5x3 – 4) 2315'45 xuxu

uuy

taguy

2´sec'

)45(sec15'322 xxy

) y = sec x

x

uxu

2

1'

taguuuy

uy

.sec''

sec

Page 32: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

32

xtagx

x

y .sec.

2

1'

e) y = cossec(x3 – 4) 233'4 xuxu

guuuy

ecuy

cot.seccos''

cos

)4cot().4sec(cos3'332 xxxy

f) y = cotg3x

Inicialmente é importante lembrar que cotgnx = (cotagx)n cotagxn.

y = cotg3x = (cotagx)3 xecuagxu2

cos'cot

Aplicando a fórmula da potência, temos:

'.'

1uuny

uy

n

n

y’=3.cotg2x.(-cossec2x)

y’=-3.cotg2x.cossec2x

9- DERIVADAS DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS. 1) Derivada da Função Arcseno.

a) 2

1

1'

x

yarcsenxy

b) 2

1

''

u

uyarcsenuy

Demonstração

)(cos

1.

cos

1

)(cos

)(

dx

dyisolando

ydu

dx

dx

dy

ydu

dy

invertendoydy

du

derivandosenyuarcsenuy

Page 33: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

33

u

uy

uysenyysenyy

uy

ydx

du

dx

dy

1

''

)11cos1(coscos

''

cos

1.

2222

Outra maneira de demonstrar (definição de derivada)

2

2.

2

2cos

2.

2

2cos.2

)3

2.

2

2cos.2

)(

)()2

)()1

y

ysen

yy

y

u

y

ysen

yy

y

u

ysen

yyu

senyyysenu

senyyysenuuu

yysenuu

senyuarcsenuy

Page 34: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

34

u

uy

uysenyysenyy

uy

ydx

du

dx

dy

dx

dyisolando

ydu

dx

dx

dy

ydu

dy

invertendoydy

du

1

''

)11cos1(coscos

''

cos

1.

)(cos

1.

cos

1

)(cos

2222

2) Derivada da Função Arccosseno.

a) 2

1

1'arccos

x

yxy

b) 2

1

''arccos

u

uyuy

3) Derivada da Função Arctangente.

a) 2

1

1'arctan

xygxy

b) 2

1

''arctan

u

uyguy

4) Derivada da Função Arccotangente.

a) 2

1

1'cot

xygxarcy

b) 2

1

''cot

u

uyguarcy

5) Derivada da Função Arcsecante.

a) 1

1'sec

2

xx

yxarcy

b) 1

''sec

2

uu

uyuarcy

6) Derivada da Função Arccossecante.

a) 1

1'secarccos

2

xx

yxy

b) 1

''secarccos

2

uu

uyuy

Page 35: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

35

Após os estudos das regras acima, vamos derivar as seguintes funções:

a) )3( xarcseny b) )34cos(3 xary

c) xarcy sec d) xarctagy5

Solução

a) )3( xarcseny 3'3 uxu

2

2

2

91

3'

31

3'

1

''

x

y

x

y

u

uy

arcseuy

b) )34cos(3 xary 23

12'34 xuxu

21

''

arccos

u

uy

uy

2

3

2

341

12'

x

xy

c) xarcy sec

x

uxu

2

1'

1

''

sec

2uu

uy

uarcy

12

1'

1

2

1

'2

xxy

xx

xy

d)

2

55

1

1'

xuarctagxuarctagxxarctagy

'..'

1uuny

uy

n

n

Page 36: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

36

2

4

2

4

1

5'

1

1..5'

x

xarctagy

xxarctgy

10- DERIVADA DA FUNÇÃO y = uv Seja a função y = uv, onde u e v são funções de uma mesma variável. Para encontrar a derivada dessa função, apliquemos o logaritmo:

Lnuvu

uv

y

y

LnuvLnuvy

y

Derivando

potênciadapropriedaLnuvLny

LnuLny

uy

v

v

'.'

.'

'.'.'

)(.

Lnuuvuuvy

Lnuuuvuuvy

Lnuuvuvuy

u

Lnuuvuvuy

uyu

Lnuuvuvyy

vv

vv

v

v

v

.'.'..'

..'.'..'

.''..'

.''..'

)(.''.

.'

1

11

1

Observe que para derivarmos y = u

v, devemos derivar y como se fosse uma função

potência (y’= v.uv-1

.u’), em seguida, como se fosse uma função exponencial (y’= v’.u

v.Lnu), adicionando os resultados.

De posse dessa fórmula, vamos calcular a primeira derivada de cada função: a) y = x4x b) y = (senx)x Solução

a) y = x4x

4'4

1'

vxv

uxu b) y = (senx)x

1'

cos'

vxv

xusenxu

Lnuuvuuvy

uy

vv

v

.'.'..'1

Lnuuvuuvy

uy

vv

v

.'.'..'1

Page 37: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

37

).(.4'

4'

14'

..44'

..41..4'

4

4

4

44

414

xeLnxy

LnxLnexy

ouLnxxy

Lnxxxy

Lnxxxxy

x

x

x

xx

xx

)(cot.'

..cot..'

..cos..

'

...1cos..'1

senxLngxxsenxy

senxLnsenxgxsenxxy

senxLnsenxxsenx

senxxy

senxLnsenxxsenxxy

x

xx

x

x

xx

11- APLICAÇÕES 1- Derivar as seguintes funções:

01) y = (5x + 1)2, em x = 1 02) y = (x – 1)3 03) y = (1 – x)2

04)

2

3

1

x

y

, em x = 2 05) xy 3 06) 314 xy

07) xseny3

08) 44 xy 09) xy

2cos

10) xey

5 11) x

ey 12) xLny3

13) )23(2

xxseny 14) )3sec( xy 15) xy 2seccos

16) y = tg2(2x) 17) y = cotg(x+1) 18) y = Ln(cosx)

19) y = Ln(tgx) 20) y = sen x4 21) y = (5x – 2)3

22) y = (3 – 4x)5, em x = 1 23) y = (x3 – 2)4 24) y = 13)( xxf

25) y = 3 2)62()( xxf 26)

x

xy

23.5

27) y = (Ln 3x): x3

28) 3

)3(

x

xLnY 29) y = (x2 – 5).e3x 30) f(q) =

q2

34

31) x

xxy

23

43

32) y = Ln (4x2 – 1)6 33) xLn

ey .4

34) x

xxf

50.10)( 35) 10

000.10)(

4 5

x

xf 36) 1

5

2

x

xy

37) t

ttf

2100

25,0)(

38) 3 2

464.100)( qqP 39) 2

3

4,01

3,0)(

x

xxf

40)

1

1)(

LKALf 41) 1

3

x

ey 42) y = Ln(x3 – 1)

43)

1

1)(

LKAKf 44) 1cos

2 xy 45) y = senx.cosx

Page 38: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

38

46) gxtgxxsenxy cotcos 47) 1

x

senxy 48)

x

xy

cos

2

48) 12 xseny 49) y = sen(Lnx) 50) y = arcsen(x2)

51) y = arccos(x-1) 52) f(x) = arctg(3x) 53) y =

arcsen(Lnx)

54) y = (arcasenx)2 55) y = (x2 + 1)3 56) y = (5x3 – 4x)3

57)

2

1

2

x

y 58) 3 2

3 xy 59) 25 xy

60) y = cos4x, em x = 61) 3senxy 62) y = Ln2(4x)

63) y = e-4x 64) x

ey

9

3 65) y = x.cos2x

66) y = x.tgx 67) y = x2.cotg2x 68) y = cossecx.Lnx

69) (2x-1)3.senx 70)

3

3

2

x

xy 71) y = sen(3-x2)

72) y = sec2(4x) 73) y = cos5x 74) y = cosx5

75) y = sen(3x)-cos(2x), x= 76) y = x.Lnx2 77) Ln(3x2)

78) y = Ln2(4x2) 79) y = esen(2x) 80) y = 2tgx

81) xseny

2

3 82) y = x.cotg(3x2) 83) y = x3.ecosx

84) xexy . 85)

x

xLny

3

3 86)

21 x

ey

87) y = (2x-1).Lnx2 88) y = Lnx.senx2 89) y = 3x.(x+1)3

90) y = 3e3x 91) )(cos senxxsenxy 92) xtg

y2

1

93) xsenxy 223cos3 94) x

xLnxy

22 95)

xLny

3

1

96) 3 5xtgy 97) 2

1. xxy 98) xLn

y2

.3

2

99)

2

12

x

xy 100) y = sen2x.tgx 101) y=cos2x.tgx

102) y = tg(3x+1)2 103) f(x) = sena – cosa 104) f(x)=sena.senx

105) f(x) = x

Lna 106) y = sen(x2- 1)2 107) y = sen3(2x)

Page 39: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

39

108) f(t) = sen3x+cos2(t-1) 109) x

xy

2

32

110) 34 xxLny

11 1) 12 xseny 112)

x

xy

2

2 113)

2

1

2

x

xarctg

114)

a

xarcsenaxay .

22 115)

xarcseny

1 116) f(t)=et.cost

117) f(x)=eax.sen(bx) 118) )2cos( xLny 119)f(p)=Ln(p2.ep)

120)

xx

xxLny

1

1

2

2

121) f(x) = xx 122) 3

xxy

123) 2

3 xxy 124)

x

xy sec 125)

x

x

ay

126) xxy 127) xxxf

1

)( 128) y = (cosx)x

129) y = senxx 130) y = (senx)x

2- Problemas. 2.1- Durante os estudo sobre limites, vimos que a função S(t) = 3t2 + 5t + 2

representa a posição (em km) de certo tipo de veículo em um determinado

instante (0 t 10). Então, calcule inicialmente, a velocidade média do

veículo nos intervalos de tempo [3; 3,1] e [3; 3,01], em seguida, a

velocidade instantânea desse veículo quando t = 3 horas.

A velocidade média é calculada pelo quociente da variação do espaço com

a variação do tempo, como segue:

3

4253

3

44)253(

4423.53.3)3(

253)()3(

3

)3()(

2

2

2

2

t

ttVm

t

ttVm

S

tttSt

t

StS

t

SVm

Como, t = 3 não está definido no domínio da função Vm, calculemos a

velocidade média para t = 3,1 e t = 3,01.

Page 40: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

40

hkmVm

hkmVm

t

ttVm

/03.23301,3

4201,3.5)01,3.(3)01,3(

/3,2331,3

421,3.5)1,3.(3)1,3(

3

4253

2

2

2

Agora, determinemos a velocidade instantânea do veículo quando t = 3. Neste

caso, devemos encontrar a derivada primeira da função velocidade média no

ponto t = 3, ou seja, o limite, quando existe, da velocidade média quando t se

aproxima de 3, da seguinte maneira:

hkmVm

Vm

tVm

t

ttVm

/23)3('

53.6)3('

56'

3

42532

23km/h é a velocidade instantânea do veículo quando t = 3hs.

2.2- Suponha que a distância (em km) percorrida por um automóvel ao longo

de uma estrada t horas após partir do repouso é dada pela função S(t) =

2t2 (0 t 8). Calcule:

a) a velocidade média do automóvel nos intervalos de tempo [6; 7],

[6;6,1], [6; 6,01].

b) a velocidade instantânea do automóvel quando t = 6.

2.3- A altitude (em pés) de um foguete é alcançada após t segundos em vôo é

dada por S(t) = -t3 + 96t2 + 195t + 5 (t 0).

a) Determine a expressão da velocidade do foguete em qualquer tempo t.

b) Calcule a velocidade do foguete quando t = 0, 30, 50, 65 e 70. Interprete

os resultados.

c) Determine a altitude máxima alcançada pelo foguete e esboce o gráfico.

2.4- A função demanda de certa marca de rádio é dada por 10.10)( 4 54

qqp

onde q é a quantidade fornecida e p é o preço unitário em dólares.

Page 41: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

41

a) Determine dq

dp.

b) Qual é a taxa de variação do preço unitário quando a quantidade

fornecida for de 10.000 unidades (q = 10)?

2.5- O valor (em milhões de dólares) estimado na venda de uma determinada

marca de azeite de oliva t anos após seu lançamento no mercado mundial é

1

5)(

2

t

ttS .

a) Determine a taxa de variação do valor das vendas no tempo t.

b) Com que rapidez os valores das vendas estão mudando no instante em

que o produto é lançado (t = 0)? E três anos após a data de lançamento?

2.6- Seja L(q) = -q3 + 192q + 20 a função que dá o lucro, em reais, de uma

determinada fábrica na produção/venda de um certo número de carro em

função da quantidade de mão-de-obra (q) utilizada. Pergunta-se:

a) Qual a Função Lucro Marginal?

b) Qual o lucro marginal ao contratar a 6ª mão-de-obra?

c)Quais os intervalos de crescimento e decrescimento da função Lucro?

Interprete o resultado.

2.7- O rio Murubira foi poluído por um vazamento de combustível proveniente

de um navio. Uma firma se prontificou a remover q por cento desse

combustível mostrando que o custo, em milhões de reais, para fazer essa

operação, é dado por q

qqC

100

5,0)( . Determine C’(80), C’(90) e C’(98) e

interprete os resultados.

12- ELASTICIDADE

Elasticidade: Em geral, a elasticidade reflete o grau de reação ou

sensibilidade de uma variável quando ocorrem alterações em outra variável,

coeteris paribus (permanecendo as demais constantes).

Page 42: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

42

12.1- Elasticidade-Preço da Demanda: É a variação percentual na

quantidade demandada do bem X em relação a uma variação percentual

em seu preço, coeteris paribus.

).

,,

var

var

pontonumQ

P

dP

dQE

baPP

Q

Pempercentualiação

QempercentualiaçãoE

pd

pd

* A elasticidade-preço da demanda é negativa em função da relação inversa

entre preço e quantidade demandada. Para evitar problema com o sinal, a

elasticidade é colocada em módulo.

Exemplo:

Observe os dados abaixo:

Po = Preço inicial = R$ 20,00

P1 = Preço final = R$ 16,00

Q0 = Quantidade demandada ao preço P0 => Q0 = 30

Q1 = “ “ “ “ P1 => Q1 = 39

%303,030

9

%202,020

4

0

01

0

01

ouQ

QQQ

ouP

PPP

Calculando a Elasticidade-Preço da Demanda Epd, temos:

5,15,1%20

%30

PDPDEou

P

QE

Significa que, dada uma queda de 20% no preço, a quantidade demandada

aumenta em 1,5 vez os 20%, ou seja, 30%.

A elasticidade pode variar para diferentes pontos do intervalo dado, então, para

resolver esse problema buscamos ajudo em limite da seguinte maneira.

Page 43: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

43

Calculamos o limite do quociente entre a variação de Q

Q

Qe a variação de P

P

P quando P tende para zero.

0

P

P

P

Q

Q

Lim=

0

.

P

P

Q

Q

PLim

=

0 P

Q

PLim .

0

P

P

QLim

= PQ

EdP

dQ

Q

P.

0

P

Q

PLim

é o limite de uma constante, então o resultado é a própria

constante Q

P e

0

P

P

QLim

equivale a primeira derivada que representamos

por dP

dQ.

12.2- TIPOS DE DEMANDA

- Demanda Elástica: A variação da quantidade demandada supera a variação

do preço, ou 1PD

E .

- Demanda Inelástica: A variação da quantidade demandada é menor que a

variação do preço, ou 1PD

E .

- Demanda Unitária: A variação da quantidade demandada é a mesma que a

variação do preço, ou 1PD

E .

Exemplos

01- A função Q = 18 – 0,6P representa a quantidade demandada de certo

produto. Calcular/interpretar o valor da elasticidade da demanda ao nível de

preço P = R$ 10,00, P = R$ 15,00 e P = R$ 32,00.

1.1) P = R$ 10,00

Page 44: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

44

Calculando dP

dQ, temos:

Q = 18 – 0,6P dP

dQ= -0,6

Q

P

dP

dQE

pd. = -

P

P

6,018

.6,0= 5,0

106,018

106,0

x

x

Esse resultado significa que, aumentando de 1% no preço unitário do produto

teremos um acréscimo de 0,5% na quantidade demandada,

conseqüentemente, um aumento da receita.

1.2) P = R$ 15,00

Q

P

dP

dQE

pd. = -

P

P

6,018

.6,0

= 0,1

156,018

156,0

x

x

Um aumento de 1% no preço unitário do produto irá acarretar um acréscimo de

1% na quantidade demandada, conseqüentemente, a receita não varia.

1.3) P = R$ 32,00

Q

P

dP

dQE

pd. = -

P

P

6,018

.6,0= - 0,16

326,018

326,0

x

x

Um aumento de 1% no preço unitário do produto irá acarretar um decréscimo

de 16% na quantidade demandada, conseqüentemente, uma diminuição da

receita.

02- A função Q = 10.000 – 200P mede a procura de determinado bem. Calcular

e interpretar o valor da elasticidade da procura ao nível de preço P=$ 4,00.

03- A função Q = 2.e-3P representa a função demanda de um determinado

produto. Calcular/interpretar o valor da elasticidade da demanda ao nível

de preço P = R$ 1,40.

04- A demanda semanal de uma determinada Marca de som é estimada pela

equação p(q)= -0,02q + 300 (0 q 15.000), onde p representa o preço

unitário por atacado em reais e q a quantidade demandada. Sabendo que a

função custo C(q) = 3x10-6.q3- 4x10-2.q2 + 200q + 70000 reais.

Page 45: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

45

a) Determine a função receita R e a função lucro L.

b) Determine a função custo marginal, a função receita marginal e a função

lucro marginal.

c) Determine a função custo médio marginal.

d) Calcule C’(3000), R’(3000) e P’(3000), e interprete seus resultados.

e) Verifique se a demanda é elástica, unitária ou inelástica quando P = 100

e quando P = 200.

13- APLICACAO DA DERIVADA NA GEOMETRIA ANALÍTICA

Determinação das retas tangente e normal a uma curva.

Para determinar as equações das retas Tangente e Normal a uma curva

através da derivada, devemos, inicialmente, observar o gráfico abaixo:

- A reta perpendicular à reta tangente à curva é denominada de reta normal(N).

- O coeficiente angular (mt) de uma reta tangente a uma curva em um ponto

dado, é determinado através da primeira derivada. mt = f`(x1)

- O produto dos coeficientes angulares de duas retas perpendiculares vale -1.

- Sendo mt o coeficiente angular da reta tangente, então, o coeficiente angular

da reta normal será:

mt . mn = -1

mn = -1/mt

mn = -1/f’(x1)

Page 46: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

46

Já calculados os coeficientes angulares das retas Tangente e Normal a uma

curva em um ponto P(x1, y1), podemos agora escrever suas respectivas

equações:

normalretaxxxf

yy

genteretaxxxfyy

11

11

.)`(

1

tan).`(

Agora, vamos observar os exemplos abaixo:

01- Encontre a equação da reta tangente à curva y = x2 + 2x – 1 no ponto x= 1.

Solução:

)2,1(

2

11.21

1

12

2

2

P

y

y

x

xxy

PpontodoCálculo

t

t

my

y

xy

xxy

mdoCálculo

4)1`(

21.2)1`(

22`

122

24

1.42

).`(11

xy

xy

xxxfyy

TgdaequacãodaCálculo

02- Encontre a equação da reta normal à curva y = tg x no ponto x = /4.

Solução:

Page 47: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

47

)1,4/(

1

)4/(

4/

P

y

tgy

x

tgxy

PpontodoCálculo

2

11

2)4/`(

)4/(sec)4/`(

sec`

2

2

t

n

t

t

mm

my

y

xy

tgxy

mdoCálculo

normalretayx

xy

xxmyy

NormalretadaequacãodaCálculo

n

04/22

4/.2

11

.11

14- DERIVADAS SUCESSIVAS

Imaginemos que uma função y = f(x) admita a primeira derivada y’ = f’(x);

a segunda derivada y”= f”(x); ...; a n-ésima derivada yn = fn(x). A essas

derivadas denominamos de derivadas sucessivas que serão indicadas pelas

seguintes notações:

Derivada segunda 2

2

2

2

;;");("dx

yd

dx

fdyxf

Derivada terceira: 3

3

3

3

;,''');('''dx

yd

dx

fdyxf

Derivada de ordem n

n

n

n

n

nn

dx

yd

dx

fdyxf ;;);(

Para fixarmos melhor esse procedimento vamos resolver os seguintes

exemplos:

1º) Calcular a 2ª derivada de cada função abaixo:

a) f(x) = 2x3 – 4x2 + 5x – 2 , em x = 3 b) y = (2x + 3)3

Solução

Page 48: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

48

a) f(x) = 2x3 – 4x2 + 5x – 2 b) y = (2x + 3)3

f’(x) = 6x2 – 8x + 5 y’ = 3.(2x + 3)3-1.(2x + 3)’

f”(x) = 12x – 8 y’ = 6.(2x + 3)2

f”(3) = 12.3 – 8 y” = 2.6.(2x + 3)2-1.(2x + 3)’.

f”(3) = 28 y” = 24(2x + 3) = 48x + 72

2) Encontrar a 4ª derivada de cada função:

a) f(x) = 2x3 – 5x2 + 3x – 5 b) y = sen(2x), em x = /8

Solução

a) f(x) = 2x3 – 5x2 + 3x – 5 b) y = sen(2x)

f’(x) = 6x2 – 10x + 3 y’ = (2x)’.cos(2x)

f”(x)= 12x – 10 y’=2cos(2x)

f’’’(x) = 12 y” = -4sen(2x)

f(4)(x) = 0 y’’’ = -8cos(2x)

y(4) = 16sen(2x)

E’ relevante observar que a derivada primeira de uma função num determinado

ponto mede a taxa de variação dessa função naquele ponto, a segunda

derivada mede a taxa de variação da primeira derivada da função. A terceira

derivada da função mede a taxa de variação da segunda derivada, e assim por

diante.

15- FUNÇÃO CRESCENTE E DECRESCENTE

Seja y = f(x) uma função representada pelo gráfico:

Page 49: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

49

Observando o gráfico, verificamos que x > a (para qualquer x maior que a) a

função é crescente; da mesma forma, x < a, a função é decrescente. Porém,

podemos encontrar o intervalo onde a função cresce e o intervalo onde ela

decresce bastando para isso utilizar o Teorema de Fermat. Ele emprega a 1a

derivada para encontrar esses intervalos da seguinte maneira:

1) A função y = f(x) é uma função crescente, quando a 1a derivada é positiva

[f’(x)>0].

2) A função y = f(x) é uma função decrescente, quando a 1a derivada é

negativa[f’(x)<0].

*A função y = f(x) é definida no intervalo aberto ]a, b[.

Após esse estudo sobre o Teorema de Fermat vamos, através de exemplos,

determinar os intervalos de crescimento e decrescimento de uma função.

01) Encontrar os intervalos de crescimento e decrescimento das funções

abaixo:

1.1) f(x) = x2 – 6x + 8 1.2) 862

9)(

2

3 x

xxxf

Para determinar os intervalos solicitados, vamos percorrer os seguintes

caminhos:

1.1) f(x) = x2 – 6x + 8

a) Determina-se a 1ª derivada.

f(x) = x2 – 6x + 8

f’(x) = 2x – 6

b) Calcula-se a raiz da 1ª derivada, anulando-a.

f’(x) = 0

2x – 6 = 0

x= 3

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50

c) Estuda-se o sinal da função derivada encontrada.

3,0)('

[3,(3,0)('

),3]3,0)('

xxf

ouxxf

ouxxf

d) A função f(x) cresce no intervalo ]3, +) e decresce no intervalo (-, 3[.

Observe graficamente.

1"

2'0693)

693)(')

862

9)()2.1

2

2

2

3

x

xxxb

xxxfa

xx

xxf

21,0)('

21,0)('

21,0)('

xouxsexf

xsexf

xouxsexf

)d A função é crescente no intervalo (-,1[ ]2,+) e decrescente no intervalo

]1,2[. Observe o gráfico.

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51

02) Seja L(q)= -q3 + 108q + 20 a função que dá o lucro (em reais) de uma

determinada indústria na produção/venda de certo número de carro em função

da quantidade de mão-de-obra q utilizada. Encontre os intervalos de

crescimento e decrescimento dessa função e, em seguida, esboce o gráfico de

L(q).

Solução

a) Calcula-se a 1ª derivada.

L(q)= -q3 + 108q + 20

L’(q) = -3q2 + 108 (Função Lucro Marginal)

b) Calculam-se as raízes da 1ª derivada.

-3q2 + 108 = 0 (-)

3q2 – 108 = 0

))(6"

6'

servenãoq

q

c) Estuda-se o sinal de L’(q).

66,0)('

66,0)('

60,0)('

qouqseqL

qouqseqL

qseqL

d) Como, os intervalos decrescimento e decrescimento dessa função

dependem da quantidade de mão-de-obra, podemos afirmar que a Função

Lucro cresce no intervalo ]0,6[ e decresce no intervalo ]6, +). Observe o

gráfico abaixo.

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52

16- APLICAÇÃO DA DERIVADA NA FÍSICA (CINEMÁTICA) Vimos no início dos estudos sobre derivadas que, para calcular a velocidade

instantânea (vt) de um móvel, em um determinado instante t1, devemos

encontrar a derivada primeira da função horária (st) no instante t1 e, para

encontrar a aceleração, utiliza-se a 2ª derivada (derivada sucessiva) da função

horária no instante dado ou a 1ª derivada da função velocidade.

Para entender melhor a explicação acima, vamos resolver o seguinte

problema:

- Um ponto móvel, em movimento, obedece a seguinte função: s(t) = t2 – 4 (t

em horas e s em quilômetros). No instante t = 3 horas, qual a velocidade do

móvel? Qual a aceleração do móvel?

Solução

s(t) = t2 – 4

Calcula-se a 1ª derivada.

s’(t) = 2t

Substitui-se o valor de t na 1ª derivada.

s’(3) = 2.3

s’(3) = 6

Esse resultado significa que, quando o tempo for igual a 3 horas, a velocidade

do móvel chega a 6km/h ( v(3) = s’(3) = 6km/h).

Agora, para calcular a aceleração em t = 3 horas, deve-se calcular a 2ª

derivada de s(t) ou a 1ª derivada de v(t), da seguinte maneira:

s’(t) = 2t

s”(t) = 2

s”(3) = 2

Esse resultado significa que, quando o tempo for igual a 3 horas, a aceleração

do móvel chega a 2km/h2 ( s”(3) = 6km/h).

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17- MÁXIMOS, MÍNIMOS E PONTO DE INFLEXÃO

- Sejam as funções f(x) e g(x), representadas pelos seus respectivos

gráficos, definidas num conjunto D, onde os pontos a, b, c, d, e pertencem a D.

y y f(x) g(x)

a 0 b c d x 0 e x Verifiquemos que a função f(x) assume valores máximos nos pontos a e c,

pois, nesses pontos, a função passa de crescente [f’(x) > 0] para decrescente

[f’(x) < 0]; já nos pontos b e d, a função f(x) assume valores mínimos, pois a

função, nesses pontos, passa de decrescente para crescente, logo, todos os

extremos de uma função são máximos ou mínimos dessa função.

Agora, preste atenção no ponto e do gráfico de g(x) (acima). Nesse ponto, a

curva não apresenta concavidade nem para cima (mínimo) nem para baixo

(máximo), ou seja, é o ponto onde acontece a mudança de concavidade da

curva. A este ponto denominamos Ponto de Inflexão.

Quando o gráfico é limitado (p h(x) q) ou [p, q] e (s k(x) t) ou [s, t], as

funções h(x) e k(x) apresentam os pontos p e s, como pontos de mínimos

absolutos e q e s como máximos absolutos. Os outros pontos são

denominados máximos/mínimos relativos ou, simplesmente, máximos/mínimos.

Para entender o significado de um ponto de inflexão, observe o seguinte

problema:

- A figura abaixo mostra o total de vendas V, em reais, de um determinado

produto produzido pela indústria “ABA” contra a quantia de dinheiro q que a

indústria gasta anunciando seu produto. Observe que o gráfico muda de

concavidade no ponto P. Este ponto é denominado de Ponto de Inflexão.

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54

Note que no início as vendas ocorrem lentamente, porém, à medida que

aumenta o investimento financeiro da indústria em propaganda, as vendas

passam a crescer rapidamente. Porém, chega-se a um ponto P em que o gasto

adicional em propaganda gera nas vendas, uma taxa de crescimento menor.

Este ponto é denominado Ponto de Inflexão.

- Cálculo dos pontos de máximo, mínimo e de inflexão

Para encontrar os pontos de máximo, mínimo e de inflexão, vamos adotar

os seguintes passos:

1º) Determina-se a 1a derivada [f’(x)].

2º) Calculam-se as raízes da 1a derivada [f’(x) = 0].

3º) Determina-se a 2a derivada [f”(x)].

4º) Substituam-se as raízes de f’(x) em f”(x), se o resultado for positivo [f”(x1) >

0], a função apresenta um mínimo para x = x1; se o resultado for negativo [f”(x1)

< 0], a função apresenta um máximo para x = x1; e, se o resultado for nulo [f”(x)

= 0], a função apresenta um ponto de inflexão para x = x1, caso a 3a derivada

seja diferente de zero em x = x1 [f’’’(x1) 0]. Porém, se a 3a derivada for igual a

zero, o processo se repete, ou seja, determina-se a 4ª derivada e substituam-

se as raízes da 1ª derivada na 4ª, se o resultado for positivo, a função

apresenta um mínimo para x = x1; se o resultado for negativo, a função

apresenta ponto de máximo para x = x1; e, se o resultado for nulo, a função

apresenta um ponto de inflexão para x = x1, caso a 5ª derivada no ponto x = x1

assumir valor diferente de zero, assim por diante.

Page 55: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

55

Em resumo, temos:

0)('''inf0)("

0)("

0)("

111

11

11

xfselexãodepontoéxxf

máximoéxxf

mínimoéxxf

Após essa explicação em relação ao cálculo de máximo, mínimo e ponto de

inflexão, vamos verificar se existem esses pontos em cada função abaixo:

a) 161543

2

3

xxx

y b) 128)(2

xxxf c) 35 xy

d) 43 xy e) y = Lnx

Solução

a) 161543

2

3

xxx

y

1º) Determina-se a 1a derivada.

158'2

xxy

2º) Calculam-se as raízes da 1a derivada.

y’ = 0

3"

5'0158

2

x

xxx

3º) Determina-se a 2a derivada.

y” = 2x – 8

4º) Substituam-se as raízes de f’(x) em f”(x).

y”(5) = 2.5 – 8

y”(5) = 2

Sendo a 2ª derivada no ponto x = 5 positiva, podemos afirmar que x = 5

representa um mínimo.

y”(3) = 2.3 – 8

y”(3) = -2

Page 56: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

56

Sendo a 2ª derivada no ponto x = 3 negativa, podemos afirmar que x = 5

representa um máximo.

Para que exista ponto de inflexão devemos descobrir o número que anula a

2ª derivada igualando-a a zero.

y” = 0

2x – 8 = 0

x = 4

Como, o número 4 anula a 2ª derivada, ele será ponto de inflexão caso a 3ª

derivada seja diferente de zero.

y” = 2x – 8

y’’’ = 2

Sendo y’’’ diferente se zero, podemos afirmar que x = 4 representa um

ponto de inflexão.

Observe graficamente os pontos encontrados.

b) 128)(2

xxxf

1º) f’(x) = 2x - 8

2º) f’(x) = 0

2x – 8 = 0

x = 4

3º) f’(x) = 2x - 8

f”(x) = 2

Como, a 2ª derivada já deu um resultado positivo, não há necessidade do uso

do 4º passo, então, podemos afirmar que x = 4 é um mínimo. Observe o

gráfico.

Page 57: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

57

c) 35 xy

1ª) y’ = 15x2

2ª) y’ = 0

15x2 = 0

x = 0

3ª) y’ = 15x2

y” = 30x

4ª) y”(0) = 30.0

y”(0) = 0

Pode ser ponto de inflexão. Para acontecer esse fato, a 3ª derivada tem que

ser diferente de zero, logo:

y” = 30x

y’’’ = 30

Note que a 3ª derivada deu diferente de zero, então, para x = 0, temos um

ponto de inflexão. Observe o gráfico.

d) 43 xy

1º) y’ = 12x3

2º) y” = 36x2

3º) y” = 0

36x2 = 0 → x = 0

4º) y” = 36x2

y’’’ = 72x

Substituindo x = 0, temos:

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58

y’’’(0) = 72.0

y’’’(0) = 0

Por em quanto não é ponto de inflexão.

Vamos calcular a 4ª derivada.

y’’’ = 72x

y(4) = 72

Como, a 4ª derivada deu um número positivo, podemos afirmar que para x

= 0 temos um mínimo. Observe o gráfico.

e) y = Lnx

1º) y’ = 1/x

2º) y’ = 0

01

x

Note que não existe valor de x que anule a 1ª derivada, logo, a função y =

Lnx não apresenta máximo, mínimo e ponto de inflexão. Observe o gráfico.

Exemplo

Verifique se existe máximo, mínimo e ponto de inflexão em cada função:

1) y = 2x2 2) f(x) = 2 – x2 3) y = 3x2 -5

4) f(x) = 1/x 5) y = 31223

2

3

xxx

6) y = x3 – 9x + 27x – 9

7) x – y = x2 + 3 8) y = x3 – 6x2 + 9x – 3 9) f(x) = (x – 1)2.(x + 1)

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10) f(x) = -x2 + 4x – 4 11) y = -senx 12) y = x3 -3x2 + 3x – 5

13) y=x4– 2x3 + 5x2 + 18 14) f(x) = (x – 1)3.(x – 2)2 15) y = x/Lnx

16) y = senx + cosx 17) y = 2

1

x

x 18) y =

x

xLn )3(

19) y = e5x 20) y = xxe

42 21) f(x) = Ln2x

22) y = Ln3(3x) 23) f(x) = x 24) y = sen2x

25) y = x

x3 26) y =

x

x 42

27) y = 82

3

3

4

4

234

xxx

28) y = sec.(1 – senx) 29) y = xcos (0x/2) 30) (x) = x - x

31) y = 3

26

x 32) y = 2

3

53

5

xx 33) 382

5

3

5

xxx

y

18- APLICAÇÕES SOBRE MÁXIMOS E MÍNIMOS

01) Determine as dimensões de um retângulo que tem o menor perímetro e

que apresenta 81cm2 de área.

Área Perímetro

A = a.b P = 2a + 2b

b

a

01- A função Ct = q2 + 2q + 50 representa o custo total de uma indústria

associado à produção de um certo tipo de telefone sem-fio (Ct = R$ e q =

unidades produzidas).

a) Determine o custo marginal.

b) Encontre o custo médio.

c) Determinar o valor de q responsável pelo menor custo médio.

d) Verificar se a resposta do item c torna o custo médio igual ao custo

marginal (1a derivada).

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60

02- As funções pqeqq

Ct 360150330

2

representam,

respectivamente, função custo associada a produção de um determinado

produto e função demanda num sistema de monopólio. Determine a

produção que maximiza a receita líquida.

03- Um conjunto residencial é composto por 100 casas populares. Sendo L(q)

= -10q2 + 1760q – 50.000 a função que representa o lucro mensal, em reais,

obtido pelo aluguel de q apartamentos.

a) Admitindo que 60 casas estavam alugadas, determine o lucro real da 61-

ésima unidade.

b) Calcule o lucro marginal quando q = 60.

c) Determine o lucro médio para q = 30.

d) Calculo o lucro médio marginal para q = 30.

e) Encontre a quantidade q que maximiza o lucro.

04- A gerência da companhia “A” planeja lançar no mercado um determinado

aparelho de som. A divisão de marketing determinou que a demanda destes

aparelhos é de p = 20000 – 25q (0 < q 800).

a) Encontre a função receita.

b) Determine/interprete a receita marginal para q = 300, 400 e 500.

a) Encontre a quantidade que maximiza a receita.

05- Um índice de preços ao consumidor (IPC) é descrito pela função I(t) = -0,2t3

+ 3t2 + 100 (0 t 9) onde t = 0 corresponde ao ano de 1991. Encontre o

ponto de inflexão da função I e discuta o seu significado.

Nota: A 2ª derivada de I mede a taxa de variação da taxa de inflação.

06- Uma indústria consegue pela produção/venda de um determinado aparelho

de som um lucro dado pela função L(q) = -0,002q2 + 300q – 200.000 (0 q

20.000).

a) Quantas unidades desse aparelho a indústria deve produzir para

maximizar seus lucros?

Page 61: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

61

b) Explique o resultado.

c) Construa o gráfico.

07- A função )0(50004008,00001,023

qqqqCt , representa o custo

total, em reais, da indústria “ABA” na fabricação de uma quantidade q de

calculadoras. Encontre o nível de produção/dia para que a indústria alcance

um custo médio mínimo.

08- A altitude (em metros) de um foguete após t segundos de vôo é dada por

s(t) = -t3 + 96t2 + 195t + 5 (t 0).

a) Determine a altitude máxima alcançada pelo foguete.

a) Determine a velocidade máxima alcançada pelo foguete.

09- A resposta da procura de um produto ao nível de preço foi anotada,

resultando a tabela:

p 10 11 12 13

q 100 80 70 65

a) Ajustar q = f(p) por uma equação do tipo y = Ax + B e determine a receita

máxima.

b) Ajustar q = f(p) por uma equação do tipo y = AxeB

. e determine a receita

máxima.

10- Uma empresa produz um bem com custo total descrito pela equação: Ct =

q2 + 20q +64.

a) Determine a equação do custo médio e do custo marginal.

b) Calcule o custo médio e o marginal quando a produção alcançar 20

unidades desse bem.

a) Calcule o ponto de mínimo do custo médio.

b) Verificar que no ponto de mínimo do custo médio, o custo médio iguala o

custo marginal.

11- A função demanda de um produto é q = p

e04,0

100. Determine:

a) Rt em função da quantidade.

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62

a) Rt máximo.

12- Num modelo de monopólio a curto prazo a função custo total apresenta

custo fixo, porém, a longo prazo o custo fixo é nulo, isto é Ct = Cv. Em

função disso, em cada um dos casos seguintes, Ct representa o custo total

de produção de um monopolista e P o preço do seu produto.

12.1-

qP

qqqCt

100

251702123

12.2)

2

180

1001502023

qP

qqqCt

12.3)

5

500

31675,3023

qP

qqqCt

12.4)

3

200

5344023

qP

qqqCt

Determine:

a) A quantidade a ser produzida que maximiza o lucro total do monopolista.

b) O preço de venda.

c) O valor da receita.

d) O valor do custo total.

e) O valor do Lucro.

13- O lucro total, em reais, de uma indústria pela fabricação/venda de q

quantidades de certo produto é dado por L(q) = -0,02q2 + 300q – 200.000 (0

q 20.000). Quantas unidades desse produto a indústria deve produzir

para maximizar seu lucro? Esboce o gráfico.

14- A curva de custo total de um artigo é C(q) = 15q – 8q2 + 2q3, onde C(q)

representa o custo total, em reais, e q representa a quantidade. Determine:

a) A quantidade em que o custo médio é mínimo.

b) A quantidade em que o custo médio é mínimo, supondo que as

condições de mercado indiquem que devem ser produzidas entre 3 e 10

unidades (3 q 10).

c) O custo marginal quando a quantidade alcançar 8 unidades.

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63

19- RENDA, CONSUMO E POUPANÇA NACIONAIS

Denomina-se Função Consumo a relação entre a renda nacional total

disponível e o consumo nacional total. Teoricamente, numa função consumo,

admite-se que à medida que a renda aumenta/diminui, o consumo

aumenta/diminui, com menos intensidade que a renda.

- Função Consumo: c = f(r), onde c é o consumo nacional total e r a renda

nacional total. Pode-se considerar a renda como uma função do consumo: r =

f(c).

- Propensão marginal a consumir/taxa de variação no consumo quando a renda

disponível varia: )´( rfdr

dc .

1- A renda nacional total (r) equivale à soma do consumo (c) mais poupança

(s): r = c + s

- Poupança nacional: s = r – c

- Propensão marginal a poupar: dr

dc

dr

ds 1 .

- Multiplicador (k): É a razão entre o último acréscimo na renda e o acréscimo

no investimento que o originou e está relacionado à propensão marginal a

consumir.

dr

ds

dr

dck

1

1

1

Obs.: 1) Se 10 kdr

dc, isto é, se nenhuma renda nacional é gasta, o

acréscimo total na renda é igual ao dispêndio inicial; se kdr

dc,1 ; isto é,

se toda a renda adicional é gasta, o acréscimo total na renda torna-se

infinitamente grande.

Exemplos:

01- A função rrc 5,08,010 representa o consumo total e r a renda total

disponível. Determine:

a) A quantia poupada.

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64

b) A propensão marginal a consumir.

c) A propensão marginal a poupar.

d) Construa os gráficos das funções consumo e poupança no mesmo plano

cartesiano.

e) Construa os gráficos das funções propensão marginal a consumir e a poupar

no mesmo plano cartesiano.

02- A função consumo da economia americana de 1929 a 1941 é igual a

05,95712,0)( rrc onde c(r) é a dotação pessoal para o consumo e r a renda

pessoal, ambas medidas em bilhões de dólares. Responda as perguntas do

item anterior.

20- REGRA DE L’HÔPITAL-BERNOULLI

Quando um limite do tipo

tx

xg

xfLim

)(

)(

apresenta-se na forma

indeterminada

ou

0

0, devemos aplicar a derivada tanto no numerador

)(' xf , como no denominador )(' xg independentemente um do outro para

levantarmos essa indeterminação, se persistir a indeterminação

ou

0

0 ,

devemos calcular a 2ª derivada do numerador e do denominador, assim por

diante caso persista a indeterminação citada. A essa regra denominamos

Regra de L’Hôpital-Bernoulli.

Agora, estando de posse dessa regra, vamos resolver os seguintes limites:

a)

2

164

632

2

23

x

x

xxxLim

b)

0

3

13

x

x

eLim

x

tx

xg

xfLim

)(

)(

tx

xg

xfLim

)('

)('

tx

xg

xfLim

...

)("

)("

tx

xg

xfLim

n

n

)(

)(

Page 65: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

65

c)

4

2

4/

x

x

xLnLim

d)

x

xLim

x

2

34

Solução

a)

2

164

632

2

23

x

x

xxxLim

= 0

0

162.4

62.32.22

2

23

(indeterminação)

Aplicando L’Hôpital-Bernoulli, temos:

2

164

632

2

23

x

x

xxxLim

=

2

16

7

2.8

32.42.3

8

34322

x

x

xxLim

b)

0

3

13

x

x

eLim

x

=0

0

0.3

1

2

0.3

e

(indeterminação)

Aplicando L’Hôpital-Bernoulli, temos:

0

3

13

x

x

eLim

x

=

0

13

.3 00.3

3

x

eee

Lim

x

c)

4

2

4/

x

x

xLnLim

=

0

0

22

1

42

4/4

LnLn (indeterminação)

Aplicando L’Hôpital-Bernoulli, temos:

4

2

4/

x

x

xLnLim

=

4

2

1

4

41

x

x

xLim

=

4

2

1

1

x

x

xLim

=

4

14

422

x

x

xLim

d)

x

xLim

x

2

34

=

)(2

3)(4

(indeterminação)

Page 66: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

66

Aplicando L’Hôpital-Bernoulli, temos:

x

xLim

x

2

34

=

x

LnLim

x

22

3.4

2

3.3.4)(44

É relevante notar que, durante nossos estudos sobre Limites, defrontamos

com tipos de limites que se apresentam nas formas indeterminadas 0x, - ,

1, 00 ou 0. Para resolver os mesmos pela regra de L’Hôpital-Bernoulli,

devemos utilizar alguns métodos para que essas formas indeterminadas

transformem-se em indeterminação do tipo

ou

0

0.

1- Forma indeterminada 0x.

Dados os limites

tx

exfLim

0)(

tx

xgLim

)(. Calculemos

tx

xgxfLim

)().(.

Solução

tx

xgxfLim

)().(=

tx

xfLim

).(

tx

açãoerinxxgLim

mindet0)(

Para resolvermos esse limite, devemos tranformá-lo em

tx

ou

xg

xfLim

)(

1

)(

tx

xf

xgLim

)(

1

)(

da seguinte maneira:

tx

xgxfLim

)().( =

tx

ou

xg

xfLim

)(

1

)(

= 0

0

)(

1

)(

tx

xgLim

tx

xfLim

ou

Page 67: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

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tx

xgxfLim

)().( =

tx

xf

xgLim

)(

1

)(

=

tx

xfLim

tx

xgLim

)(

1

)(

Observamos que, feita a transformação, podemos aplicar a regra de

L’Hôpital-Bernoulli.

Agora, de posse desse método, resolva

0

.3

x

LnxeeLimxx

.

Solução

0

)mindet(0.3

x

açãoerinxLnxeeLimxx

0

.3

x

LnxeeLimxx

0

1

3

x

Lnx

eeLim

xx

0

0

1

11

0

1

00

Ln

ee

Aplicando L’Hôpital-Bernoulli, temos:

0

.3

x

LnxeeLimxx

0

1

3

x

Lnx

eeLim

xx

(derivando)

Page 68: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

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0

1

3

x

Lnx

eeLim

xx

0

.

1

.3

2

3

x

xLnx

eeLim

xx

0

...323

x

xLnxeeLimxx

0

)..3(3

x

eeLimxx

0

.2

x

xLnxLim ..3

00.3ee

0

.2

x

xLnxLim

0

1.2

2

x

x

xLnLim

0

1

1.2

.2

2

x

x

Lnxx

Lim

0

1

1

.4

2

x

x

xLim

0

00.4.4

x

xLim

2- Forma indeterminada - .

Dados os limites

tx

exfLim

)(

tx

xgLim

)(. Calculemos

tx

xgxfLim

)().(.

Solução

tx

xgxfLim

)()(

tx

xfLim

)(

tx

açãoerinxgLim

mindet)(

Para resolver esse limite, devemos primeiramente, caso haja necessidade,

substituir f(x) por )(

1

1xf

e g(x) por )(

1

1xg

em seguida, resuzir ao mesmo

denominador.

tx

xgxfLim

)()(

0

)(

1

)(

1

11

x

xgxfLim

0

)().(

)()(

11

11

x

xgxf

xfxgLim

00

)().(

00

)()(

11

11

xx

xfLimxgLim

xx

xfLimxgLim

=0

0

Notemos que, sendo ,)(

1)(

1xf

xf então:

Page 69: DERIVADAS · DERIVADAS Para iniciar os estudos sobre Derivadas vamos, inicialmente, observar o exemplo a seguir que ilustra a sua aplicação na Física, dentre tantas outras

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0

)(

x

xfLim

0

)(

1

1

x

xfLim

0

)(1

x

xfLim

0

)(

1

x

xfLim0

1

O mesmo ocorre com )(

1)(

1xg

xg .

Aplicando esse método, vamos resolver o limite

0

1

11

23

x

exLim

x através da

regra de L’Hôpital-Bernoulli. Solução

0

1

11

23

x

exLim

x )mindet(0

1

0

1açãoerin

Reduzindo ao mesmo denominador e, em seguida, resolvendo o limite, temos:

0

1

11

23

x

exLim

x

0

mindet0

0

1.

1

23

32

x

açãoerinex

xeLim

x

x

Aplicando a regra de L’Hôpital-Bernoulli, temos:

0

1.

1

23

32

x

ex

xeLim

x

x

0

0

2

132

3.2

2223

22

x

exex

xeLim

xx

x

3- Formas indeterminadas 1, 00, 0

A essas formas indeterminadas, que provém de uma função do tipo y = f(x)g(x),

devemos aplicar o logaritmo para podermos transformar em alguma forma

indeterminada vista anteriormente.

Para fixarmos melhor esse procedimento, vamos resolver o limite

1

.

1

x

xLimLnx

1

)mindet(11 1

11

x

açãoerinxLim LnLnx

Aplicando logaritmo. Temos:

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y =

1

1

x

xLimLnx

Lny = Ln

1

1

x

xLimLnx

tx

LnxLimtx

xfLimLnprop

)(:.

Lny

1

ln

1

x

LnxLim x

1

.1

x

LnxLnx

Lim

1

11

x

Lim (propriedade: Lnan = n.Lna)

É relevante lembrar que Ln y = Logey. Portanto:

Logey = 1 y = e1= e

Se y =

1

1

x

xLimLnx

, então,

1

1

x

xLimLnx

= e

SÍNTESE

Neste tópico, você aprendeu a definir derivada; estudou a interpretação

geométrica da derivada; calculou derivadas de funções algébricas; aplicou a

Regra de L’Hopital-Bernoulli em limites indeterminados e, por último, instruiu-se

na maneira de calcular pontos de máximos, de mínimos e ponto de inflexão.

Esse aprendizado que você absorveu sobre derivadas, tem como objetivo

mostrar os caminhos para a resolução de problemas práticos que vinculados a

várias áreas, como Economia (cálculo de Função Custo Marginal, Função

Receita Marginal etc.), à Física, ao crescimento e decrescimento de uma

função etc. Portanto, você está preparado para iniciar os estudos de Cálculo

Diferencial e Integral.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BARANENKOV, G E DEMITOVITH, B. Problemas e Exercícios de Análise Matemática. Moscou: Mir, 1978. GRANVILLE, W. A. Elementos de Cálculo Diferencial e Integral. Rio de Janeiro: Científica, 1954. GUIDORIZZI, Hamilton Luiz. Um curso de cálculo. V.2. Rio de Janeiro: LTC, 2008. IEZZI, Gelson ET AL. Fundamento da matemática elemntar. São Paulo: Atual, 1993, 10v. LEITHOLD, Loui. O Cálculo com Geometria Analítica. São Paulo: Harbra, 2000.

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