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Colégio Técnico de Campinas Departamento de Informática - 2003 Curso Básico de Linux Lucas Fernando Rosada – 2º Informática 2003

Curso Básico de Linux

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  • Colgio Tcnico de CampinasDepartamento de Informtica - 2003

    Curso Bsico de Linux

    Lucas Fernando Rosada 2 Informtica 2003

  • ndice

    Sobre o Linux .....................................................................................................3Caracteristicas do Linux ...................................................................................3 - Diferenas entre Linux e Windows ...................................................................3 - Cdigo-fonte aberto ..........................................................................................4 - Funcionamento do sistema ..............................................................................5 - Multi-usurio .....................................................................................................5 - Multi-tarefa ........................................................................................................5 - Vrios terminais ................................................................................................6 - Ambientes grficos ...........................................................................................6 - Diversas distribuies .......................................................................................6

    - Instalao .........................................................................................................7 - Antes de comear .............................................................................................7 - O processo de instalao .................................................................................7

    - Bsico do Sistema .........................................................................................11 - Log-In ..............................................................................................................11 - Arquivos executveis e execuo de programas ...........................................11 - Comandos de navegao no sistema de arquivo ..........................................12 - Comando de rede ...........................................................................................15 - Editores de texto .............................................................................................16 - Browsers modo texto ......................................................................................17 - Utilizao de unidades de disco .....................................................................17 - Compilao em C ...........................................................................................18 - Descompactao ............................................................................................20 - Instalao e desinstalao de programas ......................................................20 - Desligando o sistema .....................................................................................21

    - Modo grfico ..................................................................................................21 - Vrios ambientes grficos ..............................................................................21 - Inicializao ....................................................................................................22 - Daqui em diante ..............................................................................................22

    - Documentao ...............................................................................................22 - Introduo .......................................................................................................22 - Pginas de manual .........................................................................................22 - How-To's .........................................................................................................23 - Outras fontes ..................................................................................................23

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  • Sobre o Linux

    Apesar da natureza do projeto, o Linux atualmente tem uma grande parcela do mercado de sistema operacionais, permitindo uma competio acirrada entre outros sistemas operacionais tais como os diversos tipos de Unix, Windows (verses para servidor e estaes de trabalho), entre outros sistemas operacionais.

    O Linux foi inicialmente idealizado por Linuz Torvalds, um finlands que certo dia teve uma brilhante idia: comear a produzir um sistema operacional, porm no seria um sistema qualquer, como os outros na poca (comeo da dcada de 90), o Linux tinha uma pitada a mais, algo que o diferenciaria dos demais sistemas no mercado.

    Inicialmente trabalhando por conta prpria no cdigo fonte do Minix (verso reduzida do UNIX), certo dia lanou uma mensagem que chamava por pessoas que gostariam de trabalhar em um sistema operacional que fosse livre: voc no precisaria compra-lo, poderia personalizar o sistema, escrever seus prprios drivers para hardware, olhar, modificar, ou seja, poderia fazer tudo que um sistema comercial no lhe possibilitava ou dificultava na poca.

    Muitas pessoas responderam a Linuz sua mensagem e depois de algum tempo o projeto j tinha tomado grandes propores. A primeira verso do Linux foi lanada dia 5 de outubrode 1991, no era uma verso estvel, porm era um enorme passo no mundo da computao. A partir da, o Linux no para mais de crescer e tomar lugar de outros sistemas no mercado.

    Caractersticas do Linux

    Deixando um pouco sua histria de lado e focalizando as caractersticas do sistema atualmente disponvel a ns, podemos logo de cara perceber que o Linux um sistema operacional multi-tarefa (assim como o Windows, por exemplo), ou seja, roda vrios processos (a grosso modo programas) "simultaneamente", usando a tcnica de diviso do tempo da CPU. Outra caracterstica muito notvel que este sistema multi-usurio, com seu sistema de arquivos trabalhando com permisses (liberando ou no a leitura ou escrita para um usurio ou um grupo de usurio, veja posteriormente) e tendo tambm o conceito de administrador do sistema. Essas caractersticas sero mais exploradas em um momento futuro.

    Diferenas entre Windows e Linux

    A maior diferena, na minha opinio, a mais interessante e inteligente o fato do ambiente grfico ser totalmente separado do modo texto. Bem, para que seja entendido de uma melhor forma, veja o Windows: at o Windows 3.11 ele era uma espcie de casca (muito incrementada) para o DOS; j a partir do Windows 95, o kernel (o ncleo do sistema, onde a parte interna do sistema operacional acontece, i.e., gerenciamento de discos, memria e dispositivos de entrada) tinha o modo grfico embutido. No Windows 95 o modo texto sob o ambiente grfico tinha que ser emulado pois o Windows executava instrues de 32 bits e, para

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  • manter compatibilidade entre programas antigos e o "novo" sistema, o Windows fazia de conta que voc estava em um ambiente do DOS para esses antigos programas no apresentar problemas. J no Linux, o kernel no apresenta o modo grfico em seu cdigo; o kernel sob Linux um arquivo, notavelmente pequeno (algumas centenas de kbytes) e o modo grfico um programa que voc instala que ele d suporte aos ambientes grficos que, a outra idia muito inteligente, pode ser vrios: temos desde gerenciadores de janelas simples que apresentam uma interface muito horrvel (porm configurvel) at gerenciadores completos e bem aparentes (temos inclusive um ambiente que uma cpia do Windows 95).

    Tudo no Linux um arquivo, por exemplo, no Windows voc tem os drivers, que so um arquivo codificado de um jeito que poucos sabem e que diz ao sistema operacional como trabalhar com a entrada/saida de um hardware. Por exemplo, o driver de uma impressora ligada na porta paralela do seu micro no funcionar sem o respectivo driver que ditar as regras de como o Windows deve trabalhar com a impressora que est conectada em seu micro, porm somente ser o Windows que enviar e receber dados da porta paralela. Sob Linux voc tem um diretrio que contm centenas, se no milhares, de arquivos (so muitos mesmos). Estes arquivos so como um ponteiro para a respectiva porta de seu micro, se voc escrever um texto e redirecion-lo para este arquivo, o dispositivo que est ligado na porta receber (pode no funcionar, mas ele vai receber, pode ter certeza!).

    No Linux o suporte a hardware pode ser embutido no kernel ou pode ser habilitado por meio de mdulos. Mdulo um software, codificado diferentemente dos arquivos executveis (binrios) do Linux que atravs de programas especiais pode ser carregado. No windows o suporte a hardware bem parecido, com os chamados drivers, que tambm so softwares que so carregados pelo sistema operacional para fazer interface com o hardware.

    Uma das grandes e pouco prtica diferena entre Windows e Linux o fato de voc no poder simplesmente usar um cd ao coloc-lo em um drive. No Windows isso automtico, voc coloca o cd, acessa a unidade e pronto. Sob Linux voc deve por o CD na unidade, executar um programa dizendo que voc vai usar esta unidade (o termo usado montar uma unidade) e quando voc terminar de usar os arquvos na mdia em questo, voc primeiro deve desmont-la (dizer ao sistema que voc j liberou o CD, por exemplo) para depois remov-la do drive.

    Cdigo-Fonte aberto

    O diferencial desse sistema operacional sua filosofia em relao cdigos-fonte: leia, aprenda, modifique. No Linux o cdigo (diferentemente de um Windows, por exemplo) liberado; junto com todos os outros arquivos de instalao do Linux (pacotes, ou seja, cada conjunto de programa ou bibliotecas) existe um que so os cdigos-fontes do kernel (o ncleo do sistema) e seus cabealhos (o kernel foi programado em C, ento tem os arquivos .C e os .H, respectivamente fontes e cabealhos de funes).

    Assim como o sistema em si, todos os programas, com pouqussimas excees, tambm tem seu cdigo-fonte liberado.

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  • Funcionamento do Sistema

    O Linux tem um funcionamento bem diferente do Windows e do DOS. Durante o processo de inicializao o Linux executa (e mostra para voc o que ele est fazendo) vrios programas, servios, inicializa dispositivos, detecta hardware, entre muitas outras operaes que so visveis e, principalmente, configurveis.

    Existe um diretrio no sistema de arquivos onde se localizam todos os arquivos de configurao dos programas (desde os arquivos de configurao de rede at os de inicializao e desligamento).

    Voc pode escolher o gerenciador de boot, ou seja, o programa que vai selecoinar o sistema operacional que ser inicializado. Existem dois gerenciadores mais usados:o GRUB e o LILO.

    O LILO (Linux Loader) o mais clssico e, na minha opinio, o mais configurvel. Ele tem trs modos de seleo de sistema operacional, que pode ser escolhido no arquivo de configurao, so eles: modo texto simples, onde voc tem que digitar o nome do sistema a ser inicializado; modo texto com menus rotativos, onde todos os sistemas que podem ser inicializados esto disponveis para seleo; e o modo grfico com menus rotativos. Este ltimo nunca vi nenhum computador que estava usando o LILO e este modo.

    O GRUB, gerenciador usado por padro no Conectiva Linux (veja sobre distribuies de Linux a seguir), tem numa interface mais bonitinha por padro. No GRUB voc pode colocar um plano de fundo para embelezar a inicializao.

    Aqui alm do embelezamento do computador, voc tambm deve escolher entre facilidade de configurao e aparncia (GRUB) ou configurao detalhada, mais na mo (LILO).

    Multi-Usurio

    O Linux ele um sistema multi-usurio, ou seja, voc deve se logar para poder usar o computador. Existe, assim como no Windows 2000 por exemplo, permisses de arquivos e diretrios, onde voc libera ou bloqueia determinado usurio, grupo de usurio ou todos para ler, escrever ou executar. Sendo administrador do sistema, voc pode criar, excluir e alterar dados de usurios de seu computador.

    Um fato interessante no Linux que algumas tarefas tais como usar CD-ROM ou disquetes, utilizar determinados programas, ou at mesmo reproduzir sons em casos mais extremos, vem por padro desabilitadas para usurios normais do computador, tornando o sistema mais seguro.

    Multi-Tarefa

    Vrios processos (a grosso modo pode-se entender como programas) podem ser executados ao mesmo tempo e, cada processo pode ser de um usurio diferente.

    No Linux existe o conceito de Daemons, programas que ficam sendo executados mesmo quando no h ningum utilizando o computador. Esses

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  • programas so geralmente servios de rede (um servidor de internet, de arquivos, etc.) ou programas para segurana do computador, por exemplo. So geralmente inicializados junto com o computador, antes mesmo de se logar na mquina.

    Um fato muito interessante do Linux que, diferentemente do Windows, voc praticamente no precisa reinicar o computador. Se voc, por exemplo, faz uma alterao em alguma configurao essencial de rede, somente necessrio reiniciar o servio especfico que voc alterou. Para facilitar mais um pouco, existem em alguns diretrios especiais, alguns arquivos que servem justamente para estes fins.

    Vrios terminais

    Quando se esta usando um computador rodando um sistema operacional multi-tarefa e multi-usurio, geralmente voc se autentica (se loga) uma s vez e fica usando. Caso haja necessidade de voc fazer alguma tarefa com outro usurio, geralmente desloga-se e loga-se com o novo usurio, fechando a sesso do usurio anterior.

    Isso diferente em Linux, por padro voc tem mais de um terminal, veja. Quando o sistema termina de iniciar, voc chega em uma tela de log-in, onde voc digita seu usurio e sua senha para poder usar o sistema, o que voc est atualmente usando se chama terminal. Se voc apertar uma determinada seqncia de teclas junto (geralmente Alt+F*) voc muda para outros terminais, que podem tanto estar fechados, estar abertos com um ambiente grfico ou com o modo texto.

    Vrios ambientes grficos

    A liberdade de escolha um fato em nossa vida, nos vestimos da forma que bem entendemos, escolhemos nossas companias, etc., porm no mundo dos sistemas pagos e fechados isso diferente. Lhe obrigam a divulgar o nome da empresa, muitos computadores j vem com o sistema como padro e at mesmo ficamos presos a uma determinada aparncia, sendo as vezes difcil de modifica-la drasticamente. Mas ainda existem os sistemas livres onde, alm de se ter total controle da aparncia e de toda a funcionalidade, tambm se tem escolha de vrios tipos de padres.

    No Linux existem muitos ambientes grficos, desde um que uma cpia do Windows ou do Mac-OS, at gerenciadores de janelas extremamente simples e configurveis.

    Diversas distribuies

    A liberdade de escolha no se propaga somente no quesito ambiente grfico na filosofia de software livre, muitas empresas juntam todos os programas que acham necessrios ao funcionamento do sistema Linux que esto desenvolvendo (uma palavra melhor seria pesonalizando), encontram o ncleo do sistema mais estvel e adaptvel ao foco dessa empresa, geralmente colocam um ou outro ambiente grfico padro com as cores do logotipo da empresa (muitas

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  • vezes at mesmo o logotipo vem j como papel de parede, por exemplo) e do um nome personalizao do GNU/Linux deles e distribuem gratuitamente na internet ou encaixotado na prateleira. Nasce a uma distribuio GNU/Linux.

    Atualmente existem muitas distribuies de Linux, algumas mais famosas mundialmente, outras usadas e conhecidas por determinados grupos de usurios, algumas asiticas, outras brasileiras, emfim, temos vrias empresas que personalizam uma distribuio do Linux.

    As distribuies mais famosas atualmente so Conectiva (Distro. Brasileira), Red Hat, Slackware, Mandrake, Debian.

    Instalao

    Antes de comear...

    Devemos tomar nota de certas coisas antes de comearmos o processo de instalao do sistema.

    Primeiro de tudo saiba o quanto de espao voc ir reservar para o Linux, o qual possui opes de instalao que ocupam desde 50 Megabytes at modos que ocupam mais de 1 Gigabyte. Para usurios iniciantes recomendaria o uso da instalao padro, que ocupa cerca de 900 Megabytes. Quando chegarmos no processo de particionamento, pensaremos mais detalhadamente no quanto de espao deveremos reservar.

    Saiba tambm o a marca, modelo e o chipset de sua placa de vdeo. Caso possua uma placa de rede, anote tambm o modelo, o endereo e a interrupo.

    Para a instalao ser necessrio um drive cd CD-ROM e, talvez um drive de disquete. Anote tambm o quanto voc possui de memria RAM.

    Caso no consiga nenhuma das informaes anteriores, algumas partes do sistema ficar desconfigurada (ambiente grfico ou rede por exemplo), porm o sistema operacional ainda funcionar.

    O processo de instalao

    Vamos por a mo na massa! Temos, de incio, duas alternativas para comear a instalao do sistema: a primeira delas voc bootar (inicializar o computador) pelo CD-ROM. Para isso tente configurar na BIOS de seu computador a inicializao pelo CD-ROM; caso seja um computador muito antigo voc no ter a opo de inicializao pelo CD.

    Se voc conseguir configurar a incializao pelo CD, coloque o disco de instalao no drive e veja se aparece uma interface bonitinha. Caso aparea selecione a primeira opo (Desktop Edition), que te levar a um ambiente muito fcil.

    Bem, se voc no conseguiu a bootar pelo CD, inicie o Windowso ou o DOS, qualquer ambiente Windows que tenha suporte a CD-ROM. Iniciado o sistema entre na unidade de CD e v para o diretrio dosutils, onde voc encontrar um arquivo executvel chamado rawrite (rawrite.exe). Execute-o.

    Consiga um disquete formatado e quando o programa executado lhe

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  • perguntar:"Enter disk image source file name: " digite "..\images\boot.img"E quando lhe perguntar pelo drive de destino digite "A:". Insira o disquete

    formatado e pressione .Espere pelo programa terminar (demora um bom tempo) e reinicie seu

    computador, efetuando boot pelo disquete criado com o programa rawrite.Aparecida a interface selecione a primeira opo (Desktop Edition) e

    aguarde a janela principal da instalao aparecer e siga os passos a seguir, sempre atentando para o que o instalador lhe pergunta:

    1. Seleo de idioma

    Selecione o idioma que voc quer ter o sistema e siga em frente apertando o boto "Prximo".

    2. Seleo do Mouse

    A maioria das vezes o mouse detectado automaticamente. Verifique se isto ocorreu movimentando o mouse; se ele estiver funcionando corretamente clique em Prximo. Caso a deteco do mouse no tenha ocorrido, voc mesmo ter que escolher o tipo do mouse. Clique na opo Seleciona mouse manualmente e em seguida escolha um mouse que corresponda ao seu modelo na caixa de texto Mouses disponveis.

    Caso o seu mouse seja um dispositivo serial voc deve tambm selecionar a porta na qual ele est conectado, na janela Porta serial. Se desconhece o tipo ou a porta serial do mouse, voc pode escolher uma configurao e clicar no boto Tentar configurao. Se o mouse funcionar, siga em frente com a instalao, caso contrrio clique em outro modelo e tente novamente.

    Voc tambm pode tentar configurar o seu mouse como um genrico e testar a configurao; existem dois tipos de mouses genricos: Generic Mouse (serial) e o Generic Mouse (PS/2). A diferena que os primeiros so conectados em portas seriais (quadradas) e os segundos so conectados em portas PS/2 (redondas). Se voc no conseguiu nenhuma outra configurao, teste os mouses genricos.

    3. Seleo do Teclado

    O prximo passo no programa de instalao a seleo do teclado. Os modelos de teclado mais utilizados so:

    - Teclado ABNT modelo 2 (Brazilian ABNT2): Contm o no teclado. Este teclado um dos mais utilizados no Brasil. Verifique se este modelo no corresponde ao seu teclado.

    - Teclado US com suporte acentuao (Generic 105-key (Intl) PC): Modelo que possui o sinal de til ("~") localizado na parte esquerda superior do teclado.

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  • Voc deve escolher o Layout do teclado, e depois seu Modelo correspondente. Se a configurao no estiver correta, retorne e escolha um novo modelo. Voc pode tambm selecionar um modelo e clicar no boto rea de teste do teclado para testar sua configurao.

    Para ter certeza que escolheu o modelo certo, existe uma caixa de texto para teste, escreva l tentando digitar acentos, nmeros, letras, verificando se tudo est correto.

    4. Instalao ou Atualizao

    Se voc j possui um Conectiva Linux instalado (Conectiva Linux 4.0, 5.0, 5.1 ou 6.0) e deseja apenas atualizar a sua mquina, selecione o boto Atualizar uma verso anterior. Ao escolher esta opo, o programa pergunta se voc deseja escolher os pacotes para atualizar individualmente. Se desejar, basta seguir em frente que surgir a tela para a seleo individual de pacotes. Aps a escolha dos pacotes, a atualizao continua do mesmo modo que a instalao.

    Caso seu computador ainda no tem Linux selecione "Fazer uma nova instalao" e siga em frente.

    5. Seleo de um Perfil

    Neste passo voc ir escolhes qual o tipo de instalao que deseja. Vamos escolher a instalao padro

    Das trs opes seguintes, selecione "Forar particionamento manual" para que ns particionemos o disco de acordo com nossa necessidade.

    6. Particionamento

    Chegamos a uma parte muito importante do programa de instalao, talvez a mais importante. Para instalar o Linux necessrio haver espao disponvel no disco rgido, o qual deve estar separado em reas, tanto para o prprio sistema como para outros sistemas operacionais. Estas reas so as parties do disco. Existem diversos tipos de parties, dos quais o instalador somente nos d algumas opes.

    As parties disponveis so:Ext2 - Tipo de partio usada para o sistema operacional mesmo,

    contendo toda a estrutura de diretrios necessria para o funcionamento do Linux.Ext3 - Uma terceira verso da partio acima, sendo a grande

    diferena em relao a verso anterior (ext2) o acesso mais rapido a arquivos.LinuxSwap - Este tipo de partio serve como memria virtual.

    Quando sua memria RAM ficar cheia, o Linux comear a usar esta partio como memria virtual, logicamente tornando o sistema mais lento. Geralmente essa partio de 2 a 2,5 vezes o tamanho de sua memria RAM total.

    Para esta instalao que iremos realizar, criar as seguintes parties (para criar uma partio selecione um espao livre e d um clique duplo ou pressione ):

    Ponto de montagem: /boot; Tamanho: 10mb; Sistema de arquivos: Ext2

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  • Ponto de montagem: N/D; Tamanho: 2 x Memria RAM; Sistema de arquivos: LinuxSwap

    Ponto de montagem: /; Tamanho: mais de 1Gb; Sistema de arquivos: Ext2

    Est feito o esquema de parties. O ponto de montagem o diretrio no sistema de arquivos onde essa partio ser usada.

    7. Seleo de grupos e pacotes individuaisCaso tenha escolhido pela opo de selecionar pacotes neste local

    voc selecionar cada grupo de softwares ou cada softwareseparado para a instalao.

    8. Seleo de placa vdeo Nesta seo voc selecionar a placa de vdeo que usar no

    ambiente grfico. Aqui o instalador j adianta uma bela parte de configurao da parte grfica do sistema. Geralmente o instalador j detecta automaticamente a sua placa de vdeo, porm confira. Evite de efetuar o teste, pois a instalao pode travar e ser necessrio comear tudo de novo. O modo grfico no Linux pode ser algo um pouco perigoso em relao a travamento.

    9. Configurao de Contas e SenhasAqui voc deve atribuir uma senha ao administrador (root), tambm

    lhe dando a opo de criao de contas de usurio normais, por enquanto sem senha. A senha de cada usurio criado ser configurada depois da instalao, no sistema.

    10. Escolha do gerenciador de inicializaoPara inicializarmos o Linux e para que possamos escolher entre os

    vrios sistemas operacionais disponveis que podem coexistir em nossos computadores usaremos um gerenciador de inicializao, que nada mais um programa que executa logo aps a BIOS ter saido de cena, quando se liga o computador.

    Para um maior conforte, selecione o GRUB, que j vem com uma interface mais amigvel. Selecione para o gerenciador de boot ser instalado no registro mestre de inicializao (o MBR).

    11. Finalizando a instalaoEstamos agora finalizando o processo de instalao do Conectiva

    Linux. A penltima janela pergunta se voc deseja criar um disco de inicializao. Isto pode ser til quando surgir algum problema aps o processo de instalao, principalmente em relao a escrita do programa gerenciador de boot em seu disco. Se voc possui um disquete mo, formatado (a instalao no aceita um disquete com dados) e pronto para ser utilizado, coloque o disquete no dispositivo e crie um disquete de inicializao, caso contrrio no se preocupe.

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  • Aps esta tela, sua instalao est concluda! Basta agora clicar em finalizar, retirar o CD (ou o disquete, dependendo da instalao) e inicializar o Linux

    Bsico do sistema

    Log-In

    Instalado o sistema, vamos liga-lo e esperar algum tempo at o final da inicializao que, dependendo de seu computador, pode durar cerca de dois minutos.

    Ento, concluda a inicializao, voc chegar a uma tela onde estar o nome atribuido ao seu computador na instalao seguido da palavra "log-in:". Como esta provavelmente a primeira vez que voc est entrando no sistema, digite a palavra root e pressione .

    root no Linux o administrador de sistemas, este usurio tem permisso de fazer tudo o que bem entender. Muito cuidado com suas aes usando este usurio pois se voc apagar ou modificar algum arquivo importante, ser razoalvemente difcil recuperar.

    Durante a instalao, em um determinado passo voc configurou uma senha de root. Ao ter apertado a tecla enter na tela anterior provavelmente aparecer escrito a palavra "Password: " esperando que voc digite a senha deste usurio; digite a senha configurada na instalao.

    Agora voc chegou no bash, o interpretador de comando que vem como padro na maioria das distribuies.

    Arquivos executveis e execuo de programas

    Neste sistema, diferentemente da grande maioria de sistemas que se encontra, arquivos no precisam ter extenso necessariamente. Sendo assim, arquivos executveis no tem uma extenso como exe ou com. Ento voc deve estar se perguntando: "Mas como eu diferenciarei um arquivo executvel de um arquivo comum?". Bem, eu te respondo, existem duas maneiras: a primeira, aps executar o comando ls (veja a seguir) voc obter uma lista, bem colorida, de arquivos e diretrios. Os arquivos executveis geralmente so verdes.

    Porm o sistema onde voc est pode no estar configurado para aparecer cores no comando ls, a a coisa fica um pouco mais chata. Existe um parmetro, que quando passado ao ls, te d uma lista detalhada dos atributos do arquivos, sendo um deles as permisses. Nesta string de permisses, caso o arquivo seja executvel, a primeira letra dela ser um "x".

    Para a execuo de programas que estejam em diretrios padres, configurados na varivel de ambiente PATH (esta varivel indica onde o interpretador de comandos deve procurar por programas ao ser digitado um comando), basta digitar o nome do arquivo e teclar , porm, caso o executvel esteja no diretrio atual, deve acrescentar um "./" antes do nome do arquivo a ser executado. Ex: ./teste executaria o arquivo teste.

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  • O Linux diferencia arquivos que se pode executar atravs das permisses j comentadas, porm o que acontece se eu configurar um arquivo que no seja realmente um executvel para poder ser executado e execut-lo? Simplesmente acontecer um erro e nada mais; assim como em qualquer sistema, arquivos executveis tem toda uma estrutura diferente de outros arquivos.

    Comandos de navegao no sistema de arquivos

    Tarefa rdua para uns, prazerosa para outros, a verdade sobre o modo texto que ele mais rpido, em algumas tarefas mais prtico e ocupa bem menos memria que o modo grfico. Porm se paga o preo de no ter uma interface bonita e de muitas vezes no se ter a praticidade que o modo grfico oferece.

    Chegamos, aps ter logado, em um prompt que espera que digitemos algum comando e apertamos . Vejamos alguns comandos e o que qual seu efeito no sistema.

    Nota: Ao ler estes comandos, sempre que ver escrita a palavra arquivo como parmetro, subentende-se que se pode usar um wildcard (explicado no comando ls)

    cd - O mais bsico dos comandos, o cd (change directory) nos muda de diretrio atual, levando para o diretrio passado como parmetro. No sistema de arquivos usado pelo Linux, os diretrios so separados por barras comuns (/, a mesma da representao de datas) e no temos o conceito de drives (como c:, d:, etc), o diretrio raz do sistema de arquivos o diretrio "/". Para irmos para o diretrio /home/bolha digitaramos o seguinte:

    cd /home/bolha

    Uso geral deste comando:cd [diretorio]

    ls - Este comando lista todos os arquivos que esto presentes no diretrio atual. Usado sem nenhum parmetro ele no mostra arquivos ocultos. Como parmetro, este comando pode receber o nome de um arquivo ou um wildcard, que na verdade um caractere especial que tem efeitos um pouco diferentes do normal. Veja:

    Supondo que no diretrio atual existam os arquivos arq1, arq2, arq3, Arq3, teste. Se voc digitar um ls, ele te retornar o seguinte:

    arq1 testearq2arq3Arq3

    Agora, experimente digitar ls a* e ele te mostrar o seguinte em nosso caso:

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  • arq1 arq3arq2

    Como se pode reparar, o Linux diferencia maisculas de minsculas em seu sistema de arquivos e em praticamente todo o sistema. O caractere * digitado por ns no comando anterior o wildcard que citei que voc poderia usar. Para localizar obter uma lista mais completa dos arquivos existentes no diretrio atual adicione como parmetro para o comando um "-l", assim, alm do nome dos arquivos, sero tambm listados a data de criao, as permisses, o dono, o tamanho em bytes entre outros dados. Caso seja adicionado tambm o parmetro "-a", teremos em nossa lista todos os arquivos, inclusive os ocultos.

    Um fato interessante em Linux que para transformar um arquivo em oculto, no precisamos editar suas propriedades com algum outro comando muito misterioso, mas sim somente adicionar um "." (ponto) antes do nome do arquivo. Por exemplo, o arquivo ".estou_escondido" seria um arquivo oculto.

    Uso geral:

    ls [arquivo] [parmetros]

    cp - Efetua cpia de um arquivo de origem para um local de destino. Por padro, na maioria das distribuie de Linux, os comandos assumem que voc tem certeza do que est fazendo, portanto se estiver copiando um arquivo para um diretrio onde existe outro do mesmo nome, provavelmente este ser sobrescrito sem voc ser avisado antes. Uso geral desse comando:

    cp

    rm - Apaga um arquivo ou um diretrio com este comando. Preste ateno, pois este comando, assim como o cp, tambm no lhe pergunta se deseja realmente apagar o arquivo escolhido. Para apagar um diretrio, deve ser usado o parmetro -r (recursivo), ou seja, apaga todos os arquivos dentro de cada subdiretrio do diretrio selecionado, inclusivo os subdiretrios.

    Uso geral:

    rm [-r]

    mv - O mv, alm de mover arquivos, tambm serve para renome-los, aceitando tanto nome de arquivos quanto diretrios. O procedimento para renomear um arquivo o mesmo que mover.

    Por exemplo: para voce mover um arquivo do diretrio atual para o diretrio /home/bolha por exemplo, voc digitaria o seguinte:

    mv arquivo /home/bolhaCaso queira executar a mesma operao, porm mudando o nome do

    arquivo para arquivo.teste, seria feito o seguinte:mv arquivo /home/bolha/arquivo.teste

    O uso geral deste comando :

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  • mv [-R]

    mkdir - Este comando permite que voc crie diretrios, contanto que no exista outro no mesmo local com o mesmo nome e voc tenha permisso para escrever no local determinado. Voc pode passar como parmetro todo um caminho onde deseja criar um diretrio ou simplesmente o nome do diretrio que deseja criar, assim criando no local atual.

    O uso geral deste comando :

    mkdir

    Darei um exemplo dos dois tipos de uso a seguir:mkdir /home/bolha/novo_diretoriomkdir novo_diretorio

    pwd - O pwd, mesmo sendo simples do jeito que , pode ser realmente til para as tarefas cotianas do sistemal. Ele simplesmente exibe todo o caminho do diretrio atual.

    Uso geral:

    pwd

    Supondo que estejamos em /home/bolha/novo_diretorio, ao executar este comando obteremos exatamente o mesmo na tela: /home/bolha/novo_diretorio

    cat - No, no um gato. Este comando serve para voc visualizar qualquer tipo de arquivo na tela. uma exibio simples e sem pausas, sendo prtico somente para arquivos pequenos. Ateno: este comando no se encaixa da definio da palavra arquivo dita acima; aqui voc somente poder usar um arquivo mesmo como parmetro.

    Uso geral:

    cat

    more - O more outro comando para visualizao de arquivos, um pouco mais arrojado que o cat; caso o arquivo a ser visualizado tem mais linhas do que possa ser exibido na tela, este programa cuida de fazer paginao, esperando que apertemos para exibir a linha seguinte ou para que a visualizao seja cancelada.

    O uso geral deste comando :

    more

    less - Mais um visualizador de arquivos, dessa vez que permite uma navegao total pelas linhas do arquivo atravs das setas do teclado (cima, baixo, direita e esquerda).

    O uso geral deste comando o seguinte:

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  • less

    Comandos de rede

    Um dos vrios potenciais do Linux o seu uso em redes; o Linux suporta os mais diversos tipos de protocolos, tem todos os tipos de servidores de rede (um dos mais usados servidores de internet roda no Linux, o Apache), possu vrios comandos para a administrao de redes e inclusive possui suporte a firewall no ncleo do sistema. Notavelmente os servios de rede do Linux, assim como dos sistemas operacionais comerciais, possuem diversos bugs, porm a diferena a rapidez com que so solucionado e a dificuldade da explorao desses problemas.

    Bem, apesar da grande quantidade de servios e comandos de rede, veremos somente alguns comandos bsicos para redes.

    ping - Este grande conhecido de todos que mechem em ambientes de rede nos ajuda a ver se uma mquina est disponvel na rede. Basta executar o comando ping seguido do nome da mquina ou, de preferncia seu IP. Existem vrios parmetros que podem ser passados para este comando, como o tamanho do pacote ICMP que ser enviado, o nmero de tentativas, entre outros, porm, como visamos dar uma explicao bsica, no entrarei em maiores detalhes quanto a esses parmetros. Grande parte dos comandos em linux, caso voc passe o parmetro "-h" ou "--help", lhe mostrar uma lista completa de cada parmetros que poder ser usado e sua descrio.

    Uso geral:

    ping

    traceroute - Este comando traa a rota de um pacote at seu destino, mostrando todos os roeadores por onde passou.

    Uso geral:

    traceroute

    netstat - Comando que exibe para voc todas as conexes TCP/IP ativas com outros computadores e seus estados.

    Uso geral:

    netstat [parmetros]

    who - Quando executado, o comando who mostra quem est logado na mquina, em que termnal virtual est logado e a data do log-in.

    Uso geral:

    who

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  • hostname - Mostra o nome do computador local e o domnio.

    Uso Geral:

    hostname

    telnet - Este programa permite que voc se conecte a computadores na rede e tenha um terminal remoto. Voc trabalha no computador que conectou como se voc estivesse fisicamente nele. Obviamente para se conectar a um computador atravs deste programa, o servidor de telnet deve estar sendo executado, voc ter permisso para se conectar ao computador e, dependendo de como a mquina remota estiver configurada, ser necessrio ter um login e uma senha vlidos.

    O parmetro porta passado ao cliente telnet opcional; caso omita este parmetro, a porta padro de telnet ser utilizada (porta de nmero 21).

    Uso geral:

    telnet [porta]

    ftp - O FTP (File Transfer Protocol) um programa utilizado para transferncia de arquivos entre computadores em uma rede. Assim como com o telnet, para se conectar a um computador remoto voc deve ter permisso, o computador estar executando o servidor de ftp e voc ter um login e senha vlidos.

    Uso geral:

    ftp

    Editores de texto

    Apesar de serem feios, os editores de texto em modo texto em Linux so funcionais e existem vrios diferentes. Os mais famosos so o vi (pronuncia-se "vi ai") e o emacs, que, quando vistos somente da aparncia externa parecem simples, porm quando explorados a fundo voc percebe que so softwares realmente complexos e completos. Abordarei aqui, de forma bsica, somente o vi.

    O editor vi excelente para programadores, pois apresenta as palavras chaves, tipos de dados e comandos da linguagem cada um em uma cor diferente, sendo estas cores personalizadas atravs de arquivos de configurao. Neste editor no existem menus, no se trabalha com mouse (sim, existe mouse no modo texto no linux e ele serve para algo!) nem diretamente com teclas de atalho.

    Para inicar o vi, a sintaxe geral :

    vi [nome do arquivo a editar]

    Ao entrar no vi para editar um arquivo voc comea no modo de navegao, no qual voc somente pode visualizar o arquivo, apagar linhas,

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  • apagar caracteres, entre outras operaes; para entrar no modo de edio (para digitar realmente algo no programa) necessrio pressionar a tecla ESC e depois a tecla "i", desta forma voc j poder digitar. Para sair do modo atual, seja ele qual for, somente se pressiona a tecla ESC; resumindo: antes de qualquer comando deve se pressionar a tecla ESC para cancelar o comando anterior.

    Existem comandos que so montados na linha de comando, como os comandos para salvar e sair. Para salvar as alteraes em um arquivo, deve pressionar ESC, seguido de ":" e por ltimo "w", pressionando-se a tecla ENTER logo em seguida.

    Para sair deste editor deve pressionar ESC, seguido de "q" e, caso queira cancelar as alteraes feitas no arquivo, deve colocar um "!" em seguida e pressionar ENTER.

    Existem infinitos outros comando do vi, porm o essencial so os comandos explicados anteriormente.

    No existe somente editores pobres de interface como o VI e o Emacs no modo texto do Linux, existem alguns editores alternativos que, pessoalmente no me dou bem com eles. O jed, rhide (este ltimo deve ser baixado da internet. timo IDE que lembra muito o Turbo Pascal e o Turbo C), joe, entre outros editores similares.

    Brownsers modo texto

    Parece piada, mas existem navegadores de internet em modo texto que, obviamente, no exibem imagens. O bom grande ponto positivo destes navegadores o fato deles serem prticos para a visualizao de um arquivo HTML ou uma pgina na internet. So essencialmente rpidos pelo fato de no carregar nenhum tipo de imagem.

    Existem dois navegadores em modo texto mais conhecidos: o lynx e o links.O lynx vem como padro na maioria das distribuies, no apresenta

    menus e basicamente tem o mesmo funcionamento do links (este ltimo tem menus que auxiliam um pouco).

    O uso geral destes navegadores :

    lynx links

    Para utiliz-los simples, usando as setas para cima e para baixo para passar ou voltar, respectivamente, cerca de 25 linhas de texto; a tecla ENTER para abrir links e as teclas INSERT e DELETE para passar e voltar linhas da pgina; e TAB (ou as setas para a direita e esquerda) para levar o foco at os links.

    Utilizao de Unidades de Disco

    Para se utilizar um disquete ou um CD-ROM no Linux, muito diferente do que estamos acostumados no Windows, onde somente colocamos o CD e

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  • acessamos o a letra da unidade de CD, e depois quando no queremos mais utilizar, retiramos o CD e est tudo certo.

    O modo de se utilizar qualquer unidade de disco (seja disquete, cd ou at mesmo uma partio de um disco rgido) sob Linux se baseia no conceito de montar a unidade a ser usada. Montar uma unidade a mesma coisa que voc dizer ao sistema operacional que os arquivos da unidade de disco a ser utilizada estaro listados em determinado diretrio, o qual definido por voc, sendo que voc pode trabalhar com estes arquivos (apagar, ler, renomear, exclui, etc.) da mesma forma que faria em um diretrio comum de seu sistema de arquivos.

    Antes de vermos qual o comando, devemos aprender como o Linux trabalha com dispositivos de hardware.

    Algum dia provavelmente voc ouvir algum falar, assim como eu ouvi, que tudo no Linux arquivo, porm como assim? Pense no Windows, nele temos por exemplo um driver para a porta COM 1 que, no fundo, a forma como trabalhar com esta porta est dita em um arquivo, porm voc no pode diretamente escrever nesta porta, muito menos ficar esperando que esta porta lhe envie algo e quando lhe enviar voc capturar de uma maneira fcil como esperar que algum pressione uma tecla. Sob Linux existe um diretrio chamado dev (devices ou dispositivos em portugus), o qual contm milhares de arquivos que fazem referncia cada um a um dispositivo diferente; estes arquivos funcionam como um ponteiro para o dispositivo em questo.

    Bem, indo ao que interessa, a montagem de unidades de disco em Linux feita da seguinte forma atravs do comando mount:

    mount [/dev/dispositivo] [-t tipo do sistema de arquivos] [diretrio destino]

    Caso sejam omitidos todos os parmetros, o mount exibir as unidades atualmente montadas.

    O dispositivo geralmente se encontra no diretrio /dev, como explicado acima; os tipos de sistemas de arquivos mais comuns so:

    iso9660 - usado por CD-Roms vfat - Tipo de partio usado pelo Windows (chamada fat32) ntfs - Tipo de partio utilizado pelo Windows 2000 msdos - Partio geralmente usada em disquetes; reconhecida pelo

    Windows

    O diretrio de destino, tambm como j comentado, onde voc usar osarquivos contidos no dispositivo ou partio.

    Os arquivo de dispositivos mais comuns so: /dev/fd0 - Disquete (A: sob Windows) /dev/hdaX - Primeiro HD (Primary Master), onde X seria o nmero

    da partio comeando do 1 indo at quantas parties existirem em seu disco.

    /dev/hdbX - Dispositivo Primary Slave (configurado na BIOS do computador como Primary Slave). Assim segue-se at o /dev/hddX (seguindo a ordem de secundary master e depois secundary slave).

    Ateno: por exemplo, caso o /dev/hdc seja seu CD-Rom, na hor de

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  • montar a unidade, voc omitir o X, e.g.:

    mount /dev/hdc -t iso9660 /mnt/cdrom

    O diretrio mais utilizado para montagem o /mnt, onde cada sub-diretrio relativo a um dispositivo.

    Quando voc terminar de utilizar a unidade, voc deve desmont-la. Ao gravar em disquetes, por exemplo, o Linux guarda grande parte num buffer que, somente na desmontagem da unidade, efetivamente escrito no disquete.

    Para montar ou desmontar uma unidade de disco, voc deve ser o root, ao menos que o administrador tenha dado permisses para seu usurio (atravs de algum outro mecanismo) para efetuar estas operaes.

    Compilao em C

    Como o Linux foi um sistema operacional totalmente desenvolvido em C e Assembly e, conseqentemente, a maioria dos softwares feitos para ele tambm so feitos em C, tendo geralmente seu cdigo-fonte livre, o Linux apresenta um compilador da linguagem C praticamente de padro.

    Obviamente programas podem ser feitos e compilados (ou interpretados) em outras linguagens tais como Perl, Python, Bash Scripting, Java, PHP, entre outras, porm os programas em C so mais comuns.

    O compilador de C mais usado o gcc (GNU C Compiler) que possui uma infinidade de bibliotecas de desenvolvimento que acompanham ele e o sistema operacional. Este compilador gera executveis para Linux que, por motivos bvios no so compatveis com o Windows ou MAC-OS; porm entre diferentes distribuies de Linux, um executvel gerado em uma roda normalmente em outra, pelo fato do kernel usado ser o mesmo, apesar de verses diferentes.

    A sintaxe geral para compilar um programa no modo-texto :

    gcc [-o nome_arquivo_saida_executvel]

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  • Descompactao

    Vrios tipos de arquivos compactados existem no Linux, os mais famosos e respectivamente os comandos para descompactao so:

    .tgz: tar -xvzf

    .tar.gz: tar -xvzf

    .bz2: bzip2 -d

    .tar: tar -xvf

    Instalao e desinstao de programas

    Em alguns casos quando voc pega um programa que vem somente o cdigo-fonte, realidade extremamente comum devido ao fator compatibilidade, a instalao de um programa se faz uma tarefa um pouco trabalhosa e muitas vezes desanimadora. Com esses softwares somente com o fonte, antes de conseguir us-los, devemos executar certos programas (na verdade so arquivos chamados scripts que contm comandos que so interpretados pelo prprio interpretador de comandos) para testar o sistema e ver se possui todas os requisitos para a compilao, posteriormente compilar, executar o script de instalao (copia os executveis e os arquivos dependentes do programa para os diretrios corretos) e somente depois podemos usar.

    O processo geral, aps a descompactao do cdigo fonte do programa (explicado no item anterior) o seguinte (voc deve estar no diretrio do fonte):

    ./configuremakemake install

    Na ordem em que foram escritas, as linhas a seguir verificam se o sistema est OK para a compilao, compila e instala o programa. Sempre leia o arquivo chamado geralmete README que vem junto aos programas.

    Ainda bem que existem pessoas que pensam um pouco mais na facilidade de uso e distribuem programas j compilados onde s instalar e usar. Nesse tipo de distribuio de programas, temos vrios formatos e padres, porm, no Conectiva Linux, usamos o rpm.

    Para instalar pacotes rpm devemos executar o seguinte comando:

    rpm -ivh

    Para a desintalao usamos o seguinte:

    rpm -u

    No caso da desintalao, o nome do pacote deve ser o mesmo que o nome de quando foi instalado retirando-se a extenso .rpm do final do nome do arquivo.

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  • Para a instalao e desintalao de programas, podemos usar o utilitrio de configurao chamado linuxconf, que, devido ao grande nmero de opes e sua complexidade, no ser abordade neste material.

    Desligando o sistema

    No Windows caso desliguemos o sistema sem ir no menu Iniciar e depois em Desligar, quando ligarmos novamente o sistema teremos (no obrigatriamente, mas recomendvel) que esperar o scandisk terminar seu trabalho. O scandisk um programa de sistema que procura por erros no sistema de arquivos do Windows, encontrando e corrigindo-os.

    No diferentemente do Windows, no Linux tambm acontece isso, porm de uma forma mais grave: no Windows voc desliga incorretamente quantas vezes voc quiser e nunca voc causar srios danos ao sistema de arquivos, porm no Linux corremos o um srio risco de danificarmos o sistema de arquivos, talvez por fragmentos de arquivos corrompidos ou algo assim, e no conseguirmos mais iniciar o sistema.

    Para que no corramos esse risco, devemos desligar de forma correta atravs do comando:

    shutdown [-h] [now]

    Este comando diz ao sistema para se desligar, ou seja, finalizar todos os programas, desmontar todas as unidades e finalmente deixar que desligue com segurana o sistema.

    Os parmetros -h e now, dizem ao sistema, respectivamente, que voc quer desligar o sistema e que isso deve ser feito agora (j que voc poderia ser passado um tempo em minutos), respectivamente.

    Para este comando voc deve ser o root, ao menos que por outro mtodo voc tenha permisso para desligar o sistema.

    Para reinicar o sistema sem ser root, somente se estiver habilitado (habilitado por padro), voc pode pressionar a famosa seqencia de teclas Ctrl-Alt-Del; ou digitar no interpretador de comandos o comando reboot (necessita ser root)

    Modo Grfico

    Vrios ambientes grficos

    Liberdade de escolha. Essa seria a expresso que eu usara para resumir este captulo de nosso guia.

    No Windows se voc no gostar da aparncia dele, tem muito poucas alternativas para o embelezar, porm aqui no Linux, podemos simplesmente mudar de ambiente grfico, trabalhando de um jeito diferente com o mouse, tendo cores diferentes, modos de gerenciar as janelas diferentes! Caso gostamos de um determinado ambiente grfico, porm alguns detalhes nos incomoda, podemos

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  • tranqilamente configur-lo e personalizar-lo de acordo com nosso gosto (ou at mesmo nossa frescura).

    Os mais famosos gerenciadores de janelas (nome diferente para ambiente grfico) so o KDE, Gnome, XWindow (por favor, no XWindows! Este o mais bsico de todos). Cada um deles trabalha de forma diferente com foco das janelas, tm aparncias muito diferentes umas das outras e so totalmente personalizveis (principalmente o XWindow).

    No existe o melhor ou o pior, a escolha vai ao gosto do usurio, de acordo com suas necessidades.

    Inicializao

    Para iniciar o ambiente grfico quando estamos no modo texto, devemos simplesmente digitar startx no interpretador de comandos e o ambiente grfico configurado como padro ser carregado.

    Caso queira iniciar algum ambiente que no o padro, voc pode digitar:

    xinit

    O arquivo do ambiente grfico pode ser startkde (para o KDE), fvwm95 ou qvwm (para o ambiente similar ao Windows 95), entre outros.

    Daqui em diante...

    O modo grfico, por suas prprias caractersticas, tem uma interface de muito fcil aprendizado, variando de cada ambiente; nele voc provavelmente voc encontrar um menu que vai te levar aos softwares julgados mais importantes por aquele ambiente grfico, algum programa para configurao bsica da aparncia do ambiente e outros atalhos teis.

    Documentao

    Introduo

    Eu diria que o que menos falta neste sistema operacional. Voc tem desde programas que voc usa para uma consulta rpida de um programa ou comando at extensas documentaes explicando como se faz algo no sistema ou como se usa um determinado programa (os famosos "how-to").

    Pginas de manual

    Os guias rpidos de consultas (que as vezes so to completos quanto podem) so tambm chamados de pginas de manual, acessados pelo comando (em modo texto) man. As pginas de manual de algum software, comando ou at mesmo uma funo da linguagem C pode ser acessadas dessa forma:

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  • man

    Tente ser exato ao procurar por algo. Por exemplo, caso esteja querendo saber como funciona o parmetro -f do comando rm digite o seguinte:

    man rm

    Pois o parmetro procurado diz respeito a este comando. Caso esteja programando C (olha que a documentao chega a ser melhor que a do Turbo C, na minha opinio) e queira saber sobre a funo printf, voc pode digitar:

    man printf

    A navegao pela documentao funciona como no programa less. Inclusive, caso esteja procurando por alguma palavra aperte a tecla (barra de data), logo em seguida digitando o que procura seguido do pressionamento da tecla . Assim todas as ocorrncias da palavra procurada ficaro destacadas na tela. Para que o visualizador v automaticamente para a prxima ocorrncia da palavra aperte a tecla barra novamente seguida de .

    How-To's

    Este tipo de documentao explica desde como voc montar um firewall at como funciona algum simples comando do sistema.

    Ao contrrio das pginas de manual, estas extensas documentaes no so acessadas com um comando, mas sim so arquivos em um determinado diretrio disponveis para a visualizao da forma que voc melhor dispor. Os arquivos esto todos dispostos no diretrio /usr/doc ou, em outros casos em /usr/local/doc, e voc pode visualiza-los utilizando algum editor de texto (vi, emacs, algum editor do modo grfico, etc.) ou algum programa especfico para a visualizao de arquivos (de preferncia, em modo texto, o less).

    Especificamente os How-To's relativos ao sistema operacional mesmo (e no aos programas que o acompanham) encontram-se em /usr/doc/Linux-HOW-TOs e tambm em /usr/doc/Linux-Mini-HOW-TO.

    Outras fontes

    Apesar da documentao que acompanha o sistema e seus softwares ser bastante completa, ainda podem surgir dvidas no sanadas por estes infinitos megabytes de texto.

    Sendo assim, as vezes precisamos pesquisar em outras fontes (que tambm so muitas!) como:

    - LivrosExistem trs livros que acompanham o Conectiva Linux: o Guia de

    Instalao, o Guia do Administrador de Sistemas e o Guia do Administrador de Redes. So trs livros excelentes que abordam tpicos especficos, alm de

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  • serem grtis e estarem disponveis para download ou visualizao no site da Conectiva (www.conectiva.com.br). Estes livros tambm vm junto com o CD de instalao do Conectiva Linux (pode ser que algum deles tenha sido retirado ou de dois livros ter sido feito somente um).

    Ainda relativos ao Conectiva Linux temos os livros que dizem respeito distribuio Red Hat, pois o Conectiva meio que uma derivao do Red Hat.

    - SitesO Google possui uma ferramenta de pesquisa somente em sites que

    tem a ver com Linux, funcionando no endereo www.google.com.br/linux.Nestes dois sites que citarei voc encontrar documentos escritos

    por usurios independentes de qualquer equipe de desenvolvimento de distribuies do Linux, so eles o LinuxAll (www.linuxall.org) e o OLinux (www.olinux.com.br). Neles voc poder encontrar alm de documentos explicando coisas teis que as vezes precisamos fazer mas no sabemos como e tambm muitos links! Inclusive no OLinux existe um curso de C muito bom para download, escrito pelos responsveis pelo site, que aborda inclusive comunicao em rede.

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    Curso Bsico de Linuxndice