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Curso Básico de Análise Metalográfica LEME LEME Laboratório Laboratório de de Estudos Estudos de de Materiais Materiais e e Ensaios Ensaios UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR

Curso Básico de Analise Metalografica

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Curso Básico de Análise Metalográfica

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PR

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Definição

Metalografia é a ciência que estuda as macro e microestruturas dos metais e ligas metálicas, correlacionando as observaçõescom as propriedades físicas do material.

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PR

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Normas de referência

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E 1181 – 87 Characterizing Duplex Grain Sizes

E 1077 – 91 Descarburization of Steel Specimens, Estimating the Depth of

E 930 – 92 Grain Observed, Largest, in a Metallographic Section (ALA Grain Size), Estimating

E 1382 – 91 Grain Size, Average, Using Semiautomatic and Automatic Image Analysis

A 247–67 (1990) Graphite in Iron Castings, Evaluating the Microstructure of

E 1245 – 89 Inclusion Content of Steel and Other Metals by Automatic Image Analysis, Determining

E 1122 – 92 Obtaining JK Inclusion ratings Using Automatic Image Analysis

E 768– 80 (1985) Specimens for Automatic Inclusion Assessment os Steel, Preparing and Evaluating

E 175 Termilogy of Microscopy

E 456 Termilogy Relating to Quality and Statistics

ASTM E 44 Definitions of Terms Relating to Heat Treatment of Metals

ASTM E 1268 – 88 Microstructures, Assessing the Degree of Banding or orientation of

ASTM E 340 – 87 Macroetching and Alloys

ASTM E 407 – 70 Microetching Metal and Alloys

ASTM E 384 – 89 Microhardness of Materials

ASTM E 3 – 80 Preparation of Metallographic Specimens

ASTM E 112 – 88 Grain Size, Avarage, Determining

ASTM E 45 – 87 Inclusion Content of Steel, Determining

ASTM E 562 – 89 Volume Fraction by Systematic Manual Point Count, Determining

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Normas de referência

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ASTM E 7 – 92b Metallography

ASTM E 883 – 86 Metallographyc Photomicrography

ABNT – 8108 Ataque com Reativos Metalográficos em Ligas Não Ferrosas

ABNT – 9208 Determinação dos Níveis de Microinclusões

ABNT – 7555 Revelação do Grão Austenítico

ABNT – 11568 Determinação de Tamanho de Grão de Materiais metálicos

ABNT – 6339 Determinação da Temperabilidade Jominy em Aço

ABNT – 8653 Metalografia e Tratamentos Térmicos e Termoquímicos das Ligas Ferro – carbono

ABNT – MB03218 Aço – Análise por Macroataque

ABNT – PB00578 Aço Inoxidável – Tratamento Térmico

ABNT – MB03189 Aços – Determinação da Profundidade de Descarbonetação

ABNT – NB 1227 Amostragem e Preparação de Amostras de Aços Forjados

ABNT NB01232 Ensaio Visual em Soldas, Fundidos, Forjados e Laminados

ABNT MB01512 Ferro Fundido Nodular e Ferro Fundido Maleável – Contagem de Nódulos de Grafita

ABNT EB01151 Morfologia de Grafita em Ferro Fundido

NBR 13187 Tratamentos Térmico e Termoquímico de Ferro Fundido

NBR 13286 Aço para Cementação – Avaliação Microscópica de Estrutura Bandeada

ABNT PB00671 Tabelas de Valores da Dureza Vickers (HV) para Materiais Metálicos

ABNT PB00672 Tabelas de Valores de Dureza Brinell (HB) para Materiais Metálicos

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MacrografiaConsiste no exame a olho nú ou lupa do aspecto de uma superfície plana seccionada de uma peça ou amostra metálica, devidamente polida e atacada por um reagente adequado.

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Algumas das heterogeneidades comumente detectadas:

- vazios causados pela contração do metal no resfriamento;

- segregações causadas por impurezas e outros metais;

- dendritas e, em alguns casos, grãos de solidificação;

- trincas devido às tensões excessivas no resfriamento;

- regiões alteradas termicamente na soldagem;

- estrutura colunar devido ao processo de soldagem e solidificação;

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Macrografia

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PR

Técnica macrográfica

O primeiro passo consiste em saber qual o fim visadoe o que se deseja obter. Para isto necessita-se de umcorpo de prova escolhido e preparado com critério.

Escolha e localização a ser estudada:

Fica a critério do analista, que será guiado na sua escolha pela forma, pelos dados que se quer obter e por outras considerações da peça em estudo.

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Macrografia

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Um corte transversal permite verificar:

- a natureza do material (aço, ferro fundido);

- seção homogênea ou não;

- forma e intensidade da segregação;

- posição, forma e dimensões das bolhas;

- forma e dimensões dos dendritas;

- existência de restos do vazio;

- profundidade da têmpera, etc.

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Macrografia

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PR

Um corte longitudinal permite verificar:

se uma peça é fundida, forjada ou laminada;

- se a peça foi estampada ou torneada;

- solda em barras;

- extensão de tratamentos térmicos superficiais, etc.

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Macrografia

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PR Detalhe de um tubo de solda com costura

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Macrografia

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PR

a) Seção transversal de um filete de rosca com descarbonetação superficial.

b) Seção transversal de trinca de fadiga em filete de rosca.

a) b)

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Macrografia

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PR

a) Inclusões de óxidos globulares;

b) Inclusões de sulfetos.

a) b)

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Macrografia

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PR

Preparação de uma superfície plana e polida na área escolhida:

Etapa 1: Corte

Feito com serra ou disco abrasivo adequado;

Essa operação deve ser realizada com o devido cuidado, de modo a evitar encruamentos locais excessivos, bem como aquecimento a mais de 100ºC em peças temperadas, pois poderia causar alterações microestruturais.

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Macrografia

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PR Corte com serra

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Macrografia

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PR Corte com disco abrasivo

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Macrografia

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PR

Preparação de uma superfície plana e polida na área escolhida:

Etapa 2: Lixamento

Realizado com lixas, em direção normal aos riscos já existentes;

Passa-se sucessivamente para lixa de granulação mais fina, sempre mudando a direção de 90º. Deve-se tomar cuidados especiais para não arredondar as arestas dos corpos de prova.

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Macrografia

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PR

Ataque da superfície preparada:

De acordo com o material e com a finalidade do exame, têm-se diversos reativos:

- reativo de iodo;

- reativo de ácido sulfúrico;

- reativo de ácido clorídrico;

- reativo Fry;

-reativo Heyn;

- Nital ou Picral a 10% ou mais.

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Micrografia

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Consiste no estudo dos produtos metalúrgicos, com o auxílio do microscópio, permitindo observar a granulação do material, a natureza, forma, quantidad e e distribuição dos diversos constituintes ou de certas inclusões, etc.

Grãos em um material metálico

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Micrografia

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Preparação da amostra

O primeiro passo para a obtenção de um bom resultado é a escolha e preparação adequada da amostra.

Esta deve representar a peça em estudo. para isto não deve sofrer qualquer alteração em sua estrutura.

Um aquecimento demasiado (acima de 100 0C), deformações plásticas (em metais moles), ou a formação de novos grãos por recristalização devem ser evitados.

A área da amostra a ser examinada não deveria exceder de 1 a 2 cm2 , sob pena de se ter um tempo de preparação excessivo.

1) Escolha e localização a ser estudada:

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Micrografia

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A necessidade do embutimento de amostrasmetalográficas é de grande importância em micrografia, pois além de facilitar o manuseio de peças pequenas, evita que corpos de prova com arestas rasguem a lixa e o pano de polimento, bem como evita o abaulamento dos corpos de prova durante o polimento.

2) Embutimento:

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Micrografia

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O embutimento com resinas sintéticas apresenta as seguintes vantagens:

a) são neutras em relação as soluções de ataque;

b) impedem a infiltração das soluções em poros e fendas;

c) a dureza pode ser adaptada à dureza do material a ser embutido, através de aditivos específicos.

O embutimento pode ser:

a) a frio – quando se usa resinas sintéticas de polimerização rápida;

b) a quente – quando a amostra é embutida em materiais termoplásticos por meio de prensas.

2) Embutimento:

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Micrografia

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2) Embutimento:

Embutimento a quente em resina

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Micrografia

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PR

2) Embutimento:

Arredondamento das bordas

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Micrografia

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O lixamento é essencialmente o processo de preparação de uma superfície lisa e plana da amostra metalográfica para o subsequente polimento. Para isto, começa-se por lixar a amostra em lixas de granulação cada vez menor, mudando de direção(900) em cada mudança de lixa até desaparecerem os traços da lixa anterior.

3) Lixamento ou pré-polimento :

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Micrografia

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a) Escolha adequada do material de lixamento em relação à amostra e ao tipo de exame final;

b) A superfície deve estar sempre rigorosamente limpa isenta de líquidos e graxas que possam provocar reações químicas na superfície.

c) Na mudança de lixas deve-se limpar perfeitamente a superfície da amostra.

d) Riscos profundos que surgiram durante o lixamento, de preferência devem ser eliminados por novo lixamento, pois um polimento demorado em geral não resolva.

e) Metais diferentes não devem ser lixados sobre a mesma lixa.

3) Lixamento ou pré-polimento :

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Micrografia

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O lixamento pode ser:

a) seco: a amostra é lixada diretamente sobre a superfície da lixa;

b) úmido: este processo facilita o lixamento, evitando aquecimento e a formação de poeira no ar;

c) manual: quando a amostra é trabalhada pelo analista diretamente sobre a lixadeira;

d) automático: o trabalho monótono de lixamento é substituído por este processo.

3) Lixamento ou pré-polimento:

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Micrografia

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3) Lixamento ou pré-polimento:

Lixamento em lixadeira automática

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Micrografia

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Consiste na obtenção de uma superfície isenta de risco, do modo a se obter uma imagem clara ao microscópio. Para isto, inicia-se por polir a amostracom material de granulação cada vez menor.

4) Polimento:

Para se obter uma superfície perfeitamente polida, os seguintes cuidados devem ser observados:

a) Escolha adequada do material de polimento em relação em relação à amostra e ao tipo de exame final.

b) A superfície deve estar sempre rigorosamente limpa, isenta de poeira de vestígio do polimento anterior, a fim de não provocar riscos.

c) Na mudança dos panos ou feltros de polimento, deve-se limpar perfeitamente a superfície da amostra.

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Micrografia

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a) mecânico – quando se usa uma politriz fixa ou motorizada, apresentando esta última geralmente velocidade variável;

b) eletrolítico – neste processo as irregularidades de superfície são alisadas quando a amostra funciona como ânodo dentro de um banho eletrolítico(principalmente utilizado para metais moles, aço inoxidável austeníticos).

c) Mecânico eletrolítico – este pode ser alternado, passando da pasta de diamante ao processo eletrolítico, ou combinado.

4) Polimento:

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Micrografia

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Escolha do tipo de polimento:

a) Materiais homogêneos comuns (aço, cobre, etc.)

Para estes tipos de materiais usa-se o polimento eletrolítico, podendo ainda ser usado o polimento mecânico (pasta de diamante).

b) Materiais heterogêneos (ferro fundido, alumínio e ligas)

Este grupo de materiais pode normalmente ser melhor polido por meio do polimento mecânico (método do diamente). Porém, deve-se dar um tratamento especial durante o polimento mecânico do alumínio e suas ligas.

c) Metais especiais (metais preciosos, tungstênio, ligas de cobre, etc.)

Para este grupo de materiais, o polimento mais indicado é o polimento eletro-mecânico.

4) Polimento:

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Micrografia

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4) Polimento:

Polimento com alumina em suspensão

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Micrografia

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O ataque é feito agitando-se a superfície polida mergulhada no reativo posto numa pequena cuba.

A duração do ataque depende da concentração de reativo e da natureza e textura da amostra. Em média, a duração do ataque para ferro fundido e aços comunsé de 5 a 15 s.

Após o ataque lava-se imediatamente a superfície atacada com álcool e em seguida efetua-se a secagem, passando-se primeiramente um pequeno chumaço de algodão umedecido com álcool e depois um jato de ar quente à superfície.

5. Ataque da superfície preparada:

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Micrografia

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Reativos comumente usados:

- Solução de ácido nítrico a 1% em álcool etílico – Nital.

- Solução de ácido pícrico a 4% em álcool etílico – Picral.

- Solução de picrato de sódio.

5. Ataque da superfície preparada:

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Micrografia

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5. Ataque da superfície preparada:

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Micrografia

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PR

5. Ataque da superfície preparada:

Ataque da superfície por imersão

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Micrografia

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PR

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL :

Corte:

Cortadora com disco abrasivo e refrigeração;

- ligas não ferrosas moles: (alumínio, latão, bronze) ou materiais ferrosos: (aços de alto e baixo teor de carbono, aços temperados) > disco de SiC.

- materiais de alta dureza, materiais cerâmicos:(alumina, nitreto de titânio, sílica vítrea, quartzo, etc.) > discos diamantados.

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Micrografia

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PR

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL :

EmbutimentoEmbutir em resina plástica;

Se for a quente:baquelite preta (genérica) – média dureza;

baquelite marrom (genérica) – média dureza (para peças de ferrosos em geral);

baquelite verde – alta dureza (para filmes e camadas passíveis de destacamento);

Se for a frio:resina epóxi (dura) , acrílica média), poliéster (macia).

Materiais de baixo ponto de fusão – embutimento frio.

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Micrografia

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PR

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL :

Lixamento

Lixar gradativamente na seqüência de lixas com granulometria da mais grossa para mais fina:

Rotina: #220, #320, #400, #600.

Melhor acabamento: #220, #320, #400, #600 e #1000.

Alternar em 90º o sentido de lixamento ao trocar de lixa.

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Micrografia

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PR

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL :

Polimento

Polimento grosso:

Pano de nylon, pasta de diamante (ou alumina) de 6 µm e lubrificante especial para polimento ou álcool;

Lavagem da peça para não contaminar o pano seguinte.

Polimento final: Pano macio (tipo camurça) e pasta de diamante (ou alumina) 1 µm;

Para melhor acabamento: espelhamento com pasta de diamante ou alumina 0,25 µm;

Lavagem final, limpeza, para eliminar resíduos e secagem após passar por álcool utilizando ar quente. Neste estágio a amostra não deve ficar com manchas de secagem.

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Micrografia

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PR

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL :

Ataque químico

Ataque com reagente de nital 2% por tempo variando de 10 a 20s;

Lavagem em água seguida de alcool;

Secagem com ar quente soprado;

Observação no microscópio.

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Micrografia

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PR Segregação nos aços

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Micrografia

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PR Inclusão não metálica

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Micrografia

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PRAço SAE 1020 recozido - Interpretação

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Técnicas de microscopia

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PR

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Técnicas de microscopia

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PRSistema convencional Sistema invertido

Microscópio ótico

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Técnicas de microscopia

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PR

Microscópio eletrônico de varredura (MEV)

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Técnicas de microscopia

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PR

Microscopio eletrônico de varredura (MEV)

MEV – vista geral

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Técnicas de microscopia

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PR

Microscopio eletrônico de varredura (MEV)

MEV – identificação das fases presentes

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Metalografia quantitativa

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PR

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Metalografia quantitativa

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PR

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Metalografia quantitativa

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PR

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Metalografia quantitativa

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PR

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Metalografia quantitativa

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PR

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Metalografia quantitativa

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PRDeterminação do tamanho de grão médio pelo método d os interceptos

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Metalografia quantitativa

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PRDeterminação da fração volumétrica da fase ββββ

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Possibilidades da técnica micrográfica

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PR

Grau de descarbonetação em aço

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Possibilidades da técnica micrográfica

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PR

Micrografia de filme de zinco sobre aço carbono

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Microestruturas típicas

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PR

Lamelar Dendrítica

Encruada Colunar

Equiaxial

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Referências bibliográficas

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PR

G. F. VanderG. F. Vander VoortVoort -- MetallographyMetallography: Principles and Practice, : Principles and Practice, McGrawMcGraw--Hill Book Co., New York, 1984.Hill Book Co., New York, 1984.

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