12
utentes privados desejem associar-se à CSE, nada disso é tão importante como satisfazer as necessidades e os problemas que trazem as pessoas à nossa Clínica. O Utente é a nossa razão de existir, não nos faz um favor, é a visita mais importante da nossa casa, como diria Ghandi. Este deveria ser, na verdade, o princípio primeiro a nortear o nosso trabalho. Devemos ter em mente que o cliente nem sempre tem razão mas deve ser trata- do como se a tivesse! Os serviços que prestamos devem ter em conta cada um na sua pessoa, devemos caminhar para a prestação de cuidados personalizados. Assim o determina a Carta dos Direitos e Deveres do Doente, que a CSE assu- miu e organizou de acordo com a nossa realidade. A humanização dos cuidados tem que estar presente desde a entrada do Utente na CSE até à sua saída, seja em que circunstância for. Por isso estamos a prestar aten- ção especial à implementação do funcionamento do Gabinete de Apoio. Neste espaço, o Utente, sob qualquer forma (doente, ferido, fami- liar, empresa), sabe que encontrará um suporte que o ajuda a superar dificuldades da mais variada ordem: psicológica, física, social, económica. A Qualidade que perseguimos vai sendo aferida sob diferentes formas e instrumentos, de que a avaliação de desempenho é apenas um. De facto, devemos consciencializar-nos de que trabalhamos em auditoria e supervi- são permanentes e que nesse proces- so de aferição a omissão é um factor altamente negativo. A omissão toma muitas formas: falta de assiduidade, falta de pontualidade, omissão de informação (ao doente ou seus fami- liares, às chefias, enfim, a quem de direito), concretização descuidada das tarefas. Quem exerce as suas funções desta forma está a cometer uma fraude – sobre o tempo e o espaço da CSE, sobre o tempo e os espaços dos Utentes, sobre os equipamentos com que trabalhamos. Em último caso, comete uma fraude contra a socieda- de de que faz parte. Continua na Página 11 O TEMPO DE TODOS OS DESAFIOS Este é, de facto, o tempo de enfren- tarmos todos os desafios: da crise mundial à busca da excelência, da ameaça da gripe tipo A à necessidade de responder com sucesso à substitui- ção geracional, da exigência de quali- dade à luta contra o desperdício em todas as suas vertentes. Ainda assim poderá parecer pequena a batalha, mas não nos iludamos: se, por um lado, a vitória está ao nosso alcance, por outro exige trabalho, dedicação, entrega, envolvimento. Numa só palavra, “disponibilidade”! Chegou a hora dos que apregoam a sua dedica- ção à CSE se mostrarem disponíveis para ela no real significado da palavra. A Clínica Sagrada Esperança está em desenvolvimento e todos sabemos que não há desenvolvimento sem envolvimento, sem inovação, sem a constante procura de resultados. Há ainda um factor, o Tempo, que não nos dá tréguas e não nos aconse- lha travar batalhas sectoriais. Não, está na hora de todos os que fazem parte da CSE se unam, cada um na sua função, e assumam que chegou o momento de crescermos como um todo. A concorrência , um desafio que devemos encarar como construtivo num país como o nosso, em que a Saúde é ainda um campo a exigir muito esforço, trabalho e investimen- to, deve ser enfrentada com a melhor das armas: a qualidade do trabalho que podemos oferecer. A nossa Visão é clara e desenha-se à nossa frente mas só a atingiremos pelo trabalho, pelo brio profissional, pelo respeito pelo nosso cliente, por um espírito de generosidade e de disponibilidade para com os outros. O nosso Trabalho realiza-se por Pessoas e para Pessoas. Por isso teremos que ser Pessoas por inteiro. Pelo que se torna com obrigatório progredir, melhorar, assumir a neces- sidade de uma formação contínua. Temos a honra e o privilégio de per- tencermos a um país jovem cujas riquezas naturais e humanas permitem todos os sonhos de um Futuro Gran- de. Mas também devemos sentir o dever de cumprir a nossa parte para que esse Futuro se cumpra. Muitos de entre nós trabalharam arduamen- te, em situações dificílimas, para iniciar a reconstrução de Angola. Para alguns, chegou a sua hora de repouso. É dever dos mais jovens, dos mais diferenciados, dar continui- dade, assumir responsabilidades, expandir a sua acção, alargar as nossas capacidades e competências para respeitar o seu esforço. A cons- ciência da importância deste desafio, de termos de ser capazes de colma- tar a falta que a sua saída vai provo- car, nos deve fazer pensar, para, de seguida, agir. A CSE tem na sua estratégia, como cânone fundamental, a Formação. Por isso a valorizamos tanto em todos os aspectos, com especial ênfase na formação em serviço e não se tem olhado a custos para a man- ter com a qualidade exigível, recor- rendo, muitas vezes, a especialistas de fora do país. Eles semeiam, nós temos que fazer crescer e multiplicar o Conhecimento que adquirimos. Este é outro desafio importante: aplicar, na prática, as mais-valias que adquirimos e, no nosso dia-a-dia ou em momentos específicos, partilhá- las com os nossos Colegas. À luz das regras e procedimentos mais ele- mentares de qualquer instituição de saúde, o egoísmo que leve a impedir essa partilha deve estar pura e sim- plesmente proibido, pois na CSE é dever trabalhar em espírito de equi- dade e solidariedade humana. Todos estão obrigados a estes princípios, desde o Presidente do Conselho de Gerência ao mais jovem funcionário mais recentemente admitido. Esta linha de acção enquadra-se necessariamente num objectivo múltiplo: atingir a Excelência. A Exce- lência implica o uso eficiente e pro- veitoso dos recursos, que se tradu- zem em Qualidade e esta tem a sua mais correcta representação na satisfação do Cliente. Ele chega doente, debilitado, os familiares estão ansiosos, preocupados, vêm ao nosso encontro e não os podemos defraudar na sua confiança. Ainda que as nossas salas de espera se encham, ainda que novas empresas nos procurem, ainda que novos Editorial Julho de 2009 Volume 1, Edição 3 Nesta edição: Pag. Conselho de Direcção Alargado da CSE 2 O nosso Director de Formação e Ensino comenta 3 Polissonografia 8 Densitometria Óssea 8 O Grupo de preven- ção e controlo de infecção da CSE 9 Actividades formativas na CSE 9 Aniversariantes do mês 10 Passatempo 10 Continuação do Edito- rial 11 Destaques para o pró- ximo número 11 Pontos de especial interesse: Entrevista com o Enfer- meiro em exercício há mais tempo na CSE (Pag.2) As faltas ao trabalho e suas implicações (Pag.3) Implementação do Plano de Emergência Interno da CSE (Pags.4 e 5) Auto-avaliação Organiza- cional na CSE (Pag.5) Boletim Informativo

CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Visite-nos em www.cse-ao.com

Citation preview

Page 1: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009

utentes privados desejem associar-se à CSE, nada disso é tão importante como satisfazer as necessidades e os problemas que trazem as pessoas à nossa Clínica. O Utente é a nossa razão de existir, não nos faz um favor, é a visita mais importante da nossa casa, como diria Ghandi. Este deveria ser, na verdade, o princípio primeiro a nortear o nosso trabalho. Devemos ter em mente que o cliente nem sempre tem razão mas deve ser trata-do como se a tivesse!

Os serviços que prestamos devem ter em conta cada um na sua pessoa, devemos caminhar para a prestação de cuidados personalizados. Assim o determina a Carta dos Direitos e Deveres do Doente, que a CSE assu-miu e organizou de acordo com a nossa realidade. A humanização dos cuidados tem que estar presente desde a entrada do Utente na CSE até à sua saída, seja em que circunstância for. Por isso estamos a prestar aten-ção especial à implementação do funcionamento do Gabinete de Apoio. Neste espaço, o Utente, sob qualquer forma (doente, ferido, fami-liar, empresa), sabe que encontrará um suporte que o ajuda a superar dificuldades da mais variada ordem: psicológica, física, social, económica.

A Qualidade que perseguimos vai sendo aferida sob diferentes formas e instrumentos, de que a avaliação de desempenho é apenas um. De facto, devemos consciencializar-nos de que trabalhamos em auditoria e supervi-são permanentes e que nesse proces-so de aferição a omissão é um factor altamente negativo. A omissão toma muitas formas: falta de assiduidade, falta de pontualidade, omissão de informação (ao doente ou seus fami-liares, às chefias, enfim, a quem de direito), concretização descuidada das tarefas. Quem exerce as suas funções desta forma está a cometer uma fraude – sobre o tempo e o espaço da CSE, sobre o tempo e os espaços dos Utentes, sobre os equipamentos com que trabalhamos. Em último caso, comete uma fraude contra a socieda-de de que faz parte.

Continua na Página 11

O TEMPO DE TODOS OS DESAFIOS Este é, de facto, o tempo de enfren-tarmos todos os desafios: da crise mundial à busca da excelência, da ameaça da gripe tipo A à necessidade de responder com sucesso à substitui-ção geracional, da exigência de quali-dade à luta contra o desperdício em todas as suas vertentes. Ainda assim poderá parecer pequena a batalha, mas não nos iludamos: se, por um lado, a vitória está ao nosso alcance, por outro exige trabalho, dedicação, entrega, envolvimento. Numa só palavra, “disponibilidade”! Chegou a hora dos que apregoam a sua dedica-ção à CSE se mostrarem disponíveis para ela no real significado da palavra. A Clínica Sagrada Esperança está em desenvolvimento e todos sabemos que não há desenvolvimento sem envolvimento, sem inovação, sem a constante procura de resultados.

Há ainda um factor, o Tempo, que não nos dá tréguas e não nos aconse-lha travar batalhas sectoriais. Não, está na hora de todos os que fazem parte da CSE se unam, cada um na sua função, e assumam que chegou o momento de crescermos como um todo. A concorrência, um desafio que devemos encarar como construtivo num país como o nosso, em que a Saúde é ainda um campo a exigir muito esforço, trabalho e investimen-to, deve ser enfrentada com a melhor das armas: a qualidade do trabalho que podemos oferecer. A nossa Visão é clara e desenha-se à nossa frente mas só a atingiremos pelo trabalho, pelo brio profissional, pelo respeito pelo nosso cliente, por um espírito de generosidade e de disponibilidade para com os outros.

O nosso Trabalho realiza-se por Pessoas e para Pessoas. Por isso teremos que ser Pessoas por inteiro. Pelo que se torna com obrigatório progredir, melhorar, assumir a neces-sidade de uma formação contínua. Temos a honra e o privilégio de per-tencermos a um país jovem cujas riquezas naturais e humanas permitem todos os sonhos de um Futuro Gran-de. Mas também devemos sentir o dever de cumprir a nossa parte para

que esse Futuro se cumpra. Muitos de entre nós trabalharam arduamen-te, em situações dificílimas, para iniciar a reconstrução de Angola. Para alguns, chegou a sua hora de repouso. É dever dos mais jovens, dos mais diferenciados, dar continui-dade, assumir responsabilidades, expandir a sua acção, alargar as nossas capacidades e competências para respeitar o seu esforço. A cons-ciência da importância deste desafio, de termos de ser capazes de colma-tar a falta que a sua saída vai provo-car, nos deve fazer pensar, para, de seguida, agir.

A CSE tem na sua estratégia, como cânone fundamental, a Formação. Por isso a valorizamos tanto em todos os aspectos, com especial ênfase na formação em serviço e não se tem olhado a custos para a man-ter com a qualidade exigível, recor-rendo, muitas vezes, a especialistas de fora do país. Eles semeiam, nós temos que fazer crescer e multiplicar o Conhecimento que adquirimos. Este é outro desafio importante: aplicar, na prática, as mais-valias que adquirimos e, no nosso dia-a-dia ou em momentos específicos, partilhá-las com os nossos Colegas. À luz das regras e procedimentos mais ele-mentares de qualquer instituição de saúde, o egoísmo que leve a impedir essa partilha deve estar pura e sim-plesmente proibido, pois na CSE é dever trabalhar em espírito de equi-dade e solidariedade humana. Todos estão obrigados a estes princípios, desde o Presidente do Conselho de Gerência ao mais jovem funcionário mais recentemente admitido.

Esta linha de acção enquadra-se necessariamente num objectivo múltiplo: atingir a Excelência. A Exce-lência implica o uso eficiente e pro-veitoso dos recursos, que se tradu-zem em Qualidade e esta tem a sua mais correcta representação na satisfação do Cliente. Ele chega doente, debilitado, os familiares estão ansiosos, preocupados, vêm ao nosso encontro e não os podemos defraudar na sua confiança. Ainda que as nossas salas de espera se encham, ainda que novas empresas nos procurem, ainda que novos

Editorial

Julho de 2009 Volume 1, Edição 3

Nesta edição: Pag.

Conselho de Direcção Alargado da CSE

2

O nosso Director de Formação e Ensino comenta

3

Polissonografia 8

Densitometria Óssea 8

O Grupo de preven-ção e controlo de infecção da CSE

9

Actividades formativas na CSE

9

Aniversariantes do mês

10

Passatempo 10

Continuação do Edito-rial

11

Destaques para o pró-ximo número

11

Pontos de especial interesse:

• Entrevista com o Enfer-meiro em exercício há mais tempo na CSE (Pag.2)

• As faltas ao trabalho e suas implicações (Pag.3)

• Implementação do Plano de Emergência Interno da CSE (Pags.4 e 5)

• Auto-avaliação Organiza-cional na CSE (Pag.5)

Boletim Informativo

Page 2: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009

Boletim Informativo – Quando começou o seu sonho de ser enfer-meiro?

Enf.º Armindo – Tudo começou na déca-da de 60, período em que sonhava ser médico, e para que tal desiderato se tornasse realidade tive de ingressar na Escola Técnica de Formação de Saúde Pública onde terminei a minha formação em enfermagem. Uma vez terminada a formação comecei a exercer a função de Enfermeiro, numa primeira fase como estagiário nos hospitais Maria Pia, São Paulo de Luanda (actual Américo Boa Vida), Maternidade Lucrécia Paim, Psi-quiatria de Luanda, Centro de Saúde da Terra Nova e, por último, Hospital Pro-vincial de Malange. Durante este período todo aprendi muito e hoje sinto-me feliz e profissionalmente realizado, embora não tenha conseguido ser médico.

B.I – Qual foi o momento que mais o marcou durante a sua brilhante carreira como enfermeiro?

Enf.º Armindo – Como qualquer outra pessoa que lida com a vida humana, são muitos os momentos que marcam as nossas vidas, quer seja por um reconhe-cimento dos familiares dos pacientes ou mesmo por parte da direcção da institui-ção onde trabalhamos. Tanto num como noutro reconhecimento, posso destacar aqui dois momentos ímpares na minha carreira: O primeiro foi em 1992 aquan-do da guerra civil que assolou Luanda, em que tive de ficar retido durante uma semana na Clínica Sagrada Esperança (CSE), para ajudar a salvar vidas; e o segundo foi quando fui agraciado pela Direcção da CSE em 2008 com o pré-mio de Enfermeiro mais dedicado do

ano.

B.I – Que análise faz da sua actual função como responsável pelo atendimento diferenciado da sala VIP?

Enf.º Armindo – A função que hoje exerço na CSE não dista muito daquela que já venho exercendo ao longo destes últimos anos, com a particularidade de que agora tenho uma sala onde recebo de forma digna os utentes VIP. A sala veio ajudar e facilitar a organização do meu trabalho, sem falar no facto de que agora tenho uma assistente recepcionis-ta que me ajuda no registo, selecção e encaminhamento dos utentes VIP para as respectivas áreas. Acho que a cons-trução da mesma foi uma decisão acer-tada da Direcção, uma vez que os uten-tes VIP já pediam um espaço como este.

B.I – Que conselhos deixa aos jovens que almejam seguir a car-reira de enfermeiro?

Enf.º – Os conselhos que deixo a todos os que queiram seguir esta carreira são os seguintes:

1º- Que, acima de qualquer outro objectivo, exista vocação, amor, cari-nho, força de vontade e muita paciência.

2º- Que estudem e aprendam as novas técnicas de enfermagem, porque um enfermeiro sem conhecimento é como um carro na estrada sem travão.

3º - Que não entrem para o ramo pen-sando já no dinheiro, antes porém devem pensar em salvar vidas e serem excelentes profissionais.

ENTREVISTA COM O ENFERMEIRO EM EXERCÍCIO HÀ MAIS TEMPO NA CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA.

Página 2

O Enfermeiro José Armindo Pereira

Por ser o enfermeiro mais antigo, um profissional dedicado e expe-riente, este Boletim Informativo dedica esta edição ao Senhor José Armindo Pereira, responsável pelo atendimento diferenciado da CSE

“...um dos momentos mais

marcantes foi quando fui

agraciado pela direcção da

CSE “em 2008” com o prémio

de enfermeiro mais dedicado

do ano...”

Na sua sala de trabalho

tão de Sistemas de Segurança Social e quadro sénior do MAPESS, que teceu várias considerações sobre o tema, tomando como referência os dispositi-vos legais e regulamentares inseridos na Lei 07/04 de 15 de Outubro e Decreto nº 40/08 de 2 de Junho, seguindo-se um ciclo de perguntas e respostas.

A segunda palestra, sobre a pandemia de Gripe H1N1, foi proferida pelo Dr. Mário de Almeida, do Call-Center

Conselho de Direcção Alargado da CSE

Reuniu-se no passado Sábado, 4 de Julho, o Conselho de Direcção Alar-gado da CSE. Aproveitando a presen-ça de todos os seus membros e pela relevância e actualidade dos temas, este fórum foi preenchido integral-mente por duas palestras: A primeira sobre “A Protecção Social de Base e A Protecção Social Obri-gatória, incluindo a Reforma Social”, proferida pelo Sr. José M. Chivala, Mestre em Direcção e Ges-

“...um enfermeiro sem conhe-

cimento é como um carro na

estrada sem travão.”

de Emergência Médica. Visou, sobretu-do, divulgar os aspectos epidemiológi-cos e clínicos da doença e o ponto de situação mundial, segundo os últimos dados da OMS. Ênfase particular foi dada à definição de caso suspeito e os procedimentos e medidas que deverão ser adoptadas na CSE, de acordo com as directrizes normativas do MINSA/ OMS.

Page 3: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009

Página 3 Volume 1, Edição 3

A Clínica Sagrada Esperança é, como todos sabemos, uma instituição que presta cuidados de saúde 24 horas por dia, 365 dias por ano. O seu processo de trabalho está organizado de modo a ter, em qual-quer dia da semana, a qualquer momento do dia ou da noite, os profissionais neces-sários e suficientes para prestar um servi-ço de qualidade, em todas as actividades e em todos os turnos. Para atingir este objectivo fundamental, o pessoal da CSE, no momento de enqua-dramento, recebe entre outras, a informa-ção necessária sobre pontualidade e assi-duidade, de forma a estar ciente das con-sequências que estes dois aspectos têm na quantidade e qualidade dos serviços pres-tados aos nossos clientes. As faltas ou ausências ao trabalho são tão importantes para a vida das empresas que se encontram regulamentadas oficialmente na Lei Geral do Trabalho, Secção V, arti-gos 150º a 161º. A nossa empresa tem um regulamento de faltas que complementa a legislação vigente. O que é uma falta ao trabalho? Define-se falta ao trabalho como a ausência de um trabalhador no seu posto

de trabalho no período previsto para desempenhar as suas tarefas ou funções. O que é ausência de um trabalhador no seu posto de trabalho? É quando um trabalhador não está presen-te a realizar a sua função, isto é, a fazer as tarefas que lhe estão atribuídas, no perío-do e nos espaços previamente determina-dos. Existem no entanto circunstâncias que obrigam o trabalhador a faltar, mesmo contra a sua vontade. O que fazer, nesses casos? De acordo com o artigo 151, nº 1 e 2 da LGT e o Regulamento de Faltas da CSE se o trabalhador sabe que precisa de faltar deve providenciar a sua substituição com um colega de forma a garantir o regular funcionamento do seu turno. Deve, a seguir, comunicar ao seu chefe de serviço com a antecedência mínima de uma sema-na, a sua pretensão em faltar e quem o vai substituir. Cabe ao chefe autorizar ou não essa troca. Só com a autorização do chefe é que não se considera falta, mas troca de turno. Em situação imprevista o que fazer? De acordo com o artigo 151, nº3 da LGT

e o Regulamento de faltas da CSE, sempre que o trabalhador esteja impedido por motivos não previstos de cumprir com o seu turno de trabalho deverá de imediato comunicar ao seu Chefe de Serviço (mesmo telefonicamente), permitindo a este salvaguardar a situação e evitar o mau funcionamento da equipa. Quando e como se deve preencher a Declaração de Faltas na CSE? De acordo com o artigo 151, nº4 da LGT e o Regulamento de faltas da CSE, sempre que haja uma ausência ao serviço não suportada pela troca de turno, o trabalha-dor é obrigado a preencher a Declaração de Faltas (modelo próprio), referenciando os dias em que faltou, o número de horas e o motivo das faltas. Esta declaração deve ser acompanhada do comprovativo idóneo do motivo invocado. A declaração de faltas deve ser entregue ao Chefe de Serviço até às primeiras 24 horas da reto-ma das actividades. De acordo com o artigo 151, nº6 da LGT e o Regulamento de faltas da CSE, consti-tui infracção disciplinar grave a prestação pelo trabalhador de falsas declarações relativas à justificação de faltas.

com um perfil adequado para à atenção em saúde com qualidade. É (e corrobora-mos inteiramente com a autora) no espa-ço da rede de serviços de saúde que a formação do jovem médico ou enfermei-ro deve acontecer, facilitando a aprendi-zagem de práticas inovadoras e uma visão integral do exercício da Medicina. Em nossa opinião deve-se retomar, urgentemente e sempre com vínculo obrigatório, a prática de exercício à peri-feria dos jovens médicos e enfermeiros recém-formados. Isto passa, naturalmen-te, pela reorganização da rede pública do Serviço Nacional de Saúde. Porque não incluir a prática da medicina priva-da nos cursos de graduação (e pós-graduação) na área da saúde? Classi-camente, embora por vezes ilusório, o sector privado é socialmente reconheci-do como o que concentra as “boas práti-cas e tem os profissionais mais bem suce-didos”.Para além de constituir o sonho de muitos jovens em formação, o sector privado, fazendo parte integrante da rede de prestação de serviços de saúde, pode contribuir decisivamente para a consoli-dação de competências, a ampliação dos espaços de aprendizagem e a percepção

“ O ideal de prática que ilumina os desejos, corações e mentes dos jovens estudantes de cursos de gra-duação na área da Saúde é a prática privada “

Laura Feuerweker

Este artigo foi publicado em Junho de 2006. Tomei conhecimento da sua existência em Março de 2009, pela mão do Professor Dr. A. Jorge Lima. Apesar do tempo transcorri-do a sua pertinência é cada vez mais actual! É uma reflexão crítica e aborda, de forma especial, as estratégias de mudança na for-mação dos profissionais da área da Saúde a partir de três perspectivas: a dos movi-mentos de mudança; a das políticas públicas de Saúde e Educação e, sobre-tudo, a perspectiva do Desafio que é a integração da rede privada de prestação de serviços de saúde na formação dos profis-sionais na área da Saúde!

O processo de formação dos futuros pro-fissionais deve ser objecto de abordagem pelas políticas nacionais de saúde e educa-ção, visando a articulação entre o mundo do trabalho, as novas tecnologias e, tam-bém, novos compromissos ético-políticos. O fim último é a formação de profissionais

As faltas ao trabalho e as suas implicações com base na Lei Geral do Trabalho e Regulamento da CSE I– O que é a falta ao trabalho e como se justifica?

O nosso Director da Formação e Ensino comenta:

de uma visão integral, realçando o concei-to de trabalho em equipa multidisciplinar na assistência. Entre nós, e como exemplo ímpar, o desafio foi lançado há cerca de dois anos quando, por proposta do Con-selho de Direcção da Clínica Sagrada Esperança e ratificado pelo Conselho Pedagógico da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto, esta insti-tuição foi integrada como área de rotação dos estudantes do 6º ano, reconhecendo na CSE a idoneidade profissional e científi-ca para a formação de jovens médicos. Esta vinculação abrange também institui-ções de formação e ensino na área de enfermagem, tendo sido assinados vários protocolos para estágios profissionalizan-tes.

Estimular as instituições de ensino e de pesquisa a incluir o sector privado como objecto de ensino e pesquisa na graduação e pós-graduação na área da saúde, à luz dos princípios estabelecidos pelo Sistema Nacional de Saúde, será sempre um desa-fio inovador, interessante e, também, motivador.

A nossa experiência assim o demonstra!

Fortunato Silva

Laura C. M. Feuerweker - ESTRATÉGIAS PARA A MUDANÇA NA GRADUAÇÃO DAS PROFISSÕES DA SAÚDE, Cadernos ABEM, Volume 2, Junho de 2006. Disponível em URL: http://www.abem-educmed.org.br/caderno_vol2.php

Page 4: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009

A Clínica Sagrada Esperança tem como valores máximos a protec-ção da saúde e segurança dos seus utentes e profissionais. O Plano de Emergência Interno é uma respos-ta organizada dos serviços da Clí-nica às situações ou incidentes internos perturbadores do seu funcionamento normal e com risco potencial para a saúde e a vida dos profissionais, dos doentes e do público.

Os objectivos do PEI são: localizar e identificar rapidamente o inci-dente, realizar uma 1ª intervenção de neutralização eficaz e o imedia-to socorro aos sinistrados em coordenação com os meios de socorro exteriores.

A formação para a implementação do PEI durou duas semanas, cons-tou de 7 acções, a cargo dos for-madores Ivo Cardoso e Luís Lopes, foi ministrada de 15 a 26 de Junho, na Ilha e em Luanda Sul, e terminou com a realização de um simulacro.

A adesão à formação foi elevada. Nas 26 sessões registaram-se 987 presenças, entre pessoal dos servi-ços de apoio, enfermeiros, admi-nistrativos, técnicos e médicos da Sede, do Fickcit e de Luanda Sul. Uma parte dos trabalhadores (33%) frequentou mais de uma acção. O Corpo de Bombeiros da Ilha participou nos treinos contra incêndios e no simulacro.

Formaram-se várias equipas que, actuando de forma articulada, têm por missão intervir na evacuação do públi-co e dos doentes e profissionais, em situações de risco declarado, sejam focos de incêndio ou outros sinistros e no atendimento de vítimas. São coordenadas pelo Director de Emer-gência, sendo este assessorado por 11 chefias que constituem o Gabinete de Crise. Foi definido o número interno de

emergência. Perante um sinistro, emita de imediato o Alarme à Central Telefónica – PBX (5555), indicando o local e a área afectada. Caso não consiga telefonar, dê o Alarme pessoal-mente aos elementos das Equi-pas de Emergência ou peça a alguém para o fazer.

Página 4

Implementação do Plano de Emergência Interno

Indicam-se na página o número de participantes por acção de formação e por grupo profissional.

As equipas de evacuação do tipo A asseguram a evacuação total e ordenada de pessoas com mobilidade da sua zona, e garantem que o alarme foi transmitido e entendido por todos os ocupantes .

Estas equipas de evacuação são diri-gidas por 6 coordenadores respon-sáveis por diferentes edifícios e ser-viços na Clínica.

ACÇÃO Nº Presen-

ças

Sensibilização ao PEI 382 Equipa de Evacuação de

pessoas com mobilidade (tipo A)

117

Equipa de Evacuação de doentes (tipo B)

179

Equipa de Intervenção (Brigada de Incêndios e Equipa de Apoio Técni-co)

43

Equipa de Apoio Logístico 20 Equipa de 1ª Intervenção

(treino de extintores) 215

Jornada Técnica (órgão coor-denador)

31

TOTAL 987

Grupo Profissional Nº

S. de Apoio e operários 182

Enfermeiros 182

Administrativos 179

Técnicos especializados 87

Médicos 36

Total 666

Sensibilização em Luanda Sul

A adesão à formação foi elevada

A coordenadora de evacuação organiza a sua equipa

O coordenador de evacuação indica o percurso de saída

Page 5: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009

Página 5 Volume 1, Edição 3

As equipas de evacuação do tipo B são constituídas por pessoal de saú-de. A sua função é assegurar a evacua-ção dos pacientes internados, ou com dificuldades de locomoção e/ou de per-

cepção e reacção a um alarme.

A Clínica Sagrada Esperança está a imple-mentar um Programa de Auto-avaliação organizacional, cujo objectivo fundamental visa “sobretudo” alcançar a Excelência, orientando a sua actividade nos resultados, na focalização no cliente, na liderança e consistência dos objectivos, no envolvi-mento e motivação dos funcionários e colaboradores e na Melhoria Contínua e Inovação.

A decisão de proceder a uma auto-avaliação foi tomada em reunião do Conse-lho de Direcção Restrito realizada no pas-sado dia 23 de Abril de 2009. Para o arran-que do projecto e o seu desenvolvimento foi criada uma Equipa de Auto-avaliação que decidiu dinamizar um projecto-piloto de medida de percepção dos funcionários/colaboradores em relação à empresa, com base no modelo preconizado pelo CAF (Estrutura Comum de Avaliação). O objec-tivo principal é Avaliar a Satisfação Global dos Funcionários da CSE relativamente a:

A) Empresa CSE

B) Gestão e sistemas de gestão

C) Condições e ambiente de tra-balho

D) Política de Recursos Humanos

E) Níveis de motivação

f) Estilo de liderança

G) Condições de higiene, seguran-ça, equipamentos e serviços

A metodologia aplicada foi seleccionar uma amostra (probabilística) de 10% dos funcio-nários e colaboradores da Clínica, sem definição do grupo profissional e/ou cargo desempenhado na instituição.

A partir do dia 22 de Junho de 2009 foram distribuídos 130 inquéritos aos funcioná-rios seleccionados, de natureza confiden-cial e anónima. Foi possível recolher 109 inquéritos preenchidos (83,8 %). Está a decorrer neste momento o tratamento dos inquéritos com base no programa estatístico SPSS, após o qual se efectuará a 1ª reunião de consenso da equipa de auto-avaliação para, em função dos resultados, se identificarem os pontos-fortes, os pon-tos-fracos (a melhorar) e as sugestões de melhoria.

da Clínica Sagrada Esperança, Lda

Equipa de evacuação de doentes

As Equipas de 1ª Intervenção rece-beram formação para a utilização de extintores portáteis. Nesta actividade participaram 215 trabalhadores de dife-rentes serviços e locais da Clínica.

As equipas de 2ª intervenção: a Bri-gada de Incêndios e a Equipa de Apoio Técnico

A Brigada de Incêndios é formada por 12 elementos e um grupo de suplentes. Actua na busca e resgate de sinistrados e no combate a incêndios e controla o sinistro até à chegada de meios de socorro externos.

A Equipa de Apoio Técnico é com-posta por 13 técnicos de Manutenção. É responsável por acorrer ao local de sinis-tro e retirar pessoas bloqueadas nos elevadores, proceder ao corte de energia eléctrica, de rede de gases ou de água, de sistemas de ventilação e à paragem de equipamentos.

A equipa de Apoio Logístico, consti-tuída por chefias, estabelece todos os contactos com os fornecedores dos meios e serviços necessários ao controlo da emergência, e assegura a alimentação aos membros das equipas de emergência.

A equipa de Apoio Médico presta assistência a ocupantes da Clínica ou pessoal das equipas de emergência que tenha sofrido lesões ou ferimentos durante o processo de evacuação e com-bate ao sinistro. É constituída por médi-cos e enfermeiros, em cada turno, com formação específica na prestação de suporte básico e avançado de vida.

As listas destas equipas de emergência serão divulgadas em breve.

Houve muita participação feminina

Auto-avaliação organizacional

A Brigada de incêndios

Page 6: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009
Page 7: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009
Page 8: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009

A Clínica Sagrada Esperança é pioneira em Angola na realização de práticas clínicas de diagnóstico e tratamento de distúrbios do Sono. O Laboratório do Sono é o local onde se desenvolvem estas práticas, sendo o exame de diagnóstico mais comum a Polissonografia con-vencional.

Através do registo de três parâmetros mínimos (eletroencefalograma, eletrooculograma e eletromiograma submentoniano) pode-se quan-tificar e qualificar o sono do indivíduo. Os registos de parâmetros como fluxo aéreo nasal, a oximetria, o esforço respiratório, o electro-cardiograma, o eletromiograma tibial anterior, entre outros, são realizados conforme o objec-tivo do estudo e contribuem para o diagnóstico de doenças relacionadas com o sono.

As principais indicações de polissonografia são:

1- Sonolência diurna excessiva (narcolepsia, hipersonias idiopática ou recorrente etc.);

2- Distúrbios respiratórios durante o sono (roncos, apneia obstrutiva do sono, síndrome de aumento de resistência das vias aéreas supe-riores, etc.);

3- Instalação do CPAP (máscara na forma de ar compressor no caso de apneia);

4- Controle pós-tratamento (cirurgia, sonoplas-tia, aparelhos bucais, etc.) de síndrome de apneia obstrutiva do sono;

5- Distúrbios do ritmo cardíaco que ocorrem durante o sono;

6- Distúrbios de comportamento que ocorram durante o sono (sonambulismo, distúrbios de comportamento do sono REM, epilepsias, etc.);

7- Síndrome de pernas inquietas e movimentos periódicos dos membros;

8- Insónia.

O exame é realizado num laboratório de sono sob a supervisão de um profissional treinado para este fim e que está sempre presente. O

mesmo técnico recepciona o paciente, moni-toriza, além de acompanhar o registo durante

toda realização e intervir sempre que neces-sário. Temos, assim, toda uma estrutura física e humana preparada para oferecer ao pacien-te o conforto e a segurança necessários para que o mesmo possa dormir em um ambiente estranho, permitindo-se assim a obtenção de um registo polissonográfico de qualidade.

O paciente dorme com sensores fixados ao corpo que permitem o registo do sono, mas estes sensores (ou eléctrodos) são fixados de forma a que o paciente possa movimentar-se durante o sono, sem o interromper.

Os dados captados por cada sensor são amplificados e enviados a um computador, que, através de um programa específico, os traduz sob a forma de traçados característi-cos, permitindo a sua visualização e análise e, consequentemente, o processo diagnóstico.

Polissonografia na CSE

Página 8

Durante o exame deverá manter imóvel a região a estudar, sendo-lhe permitido falar e respirar naturalmente.

Este exame tem uma duração média de 15 min.

O exame é fácil, indolor e não requer a execução de qualquer preparação específi-ca.

Para além dos exames de rotina (colo do fémur e coluna lombar), a densidade mine-ral óssea pode ser medida em outras regiões por indicação médica específica, tais como: antebraço e corpo inteiro.

O profissional de saúde que executa este exame é o(a) Técnico(a) de Radiologia, sendo o relatório da responsabilidade do(a) Médico(a) Radiologista.

É um exame simples e rápido, que utiliza baixas quantidades de radiação-X para detectar o seu grau de osteoporose.

Este exame é feito através de um apare-lho (osteodensitómetro) capaz de deter-minar a massa óssea de alguns ossos do seu corpo, verificando assim a quantidade de perda óssea e o risco de fractura.

O Osteodensitómetro Risco de Fractura T- Score

NORMAL Baixo > -1.0

OSTEOPÉNIA Médio Entre -1 e -2.5

OSTEOPOROSE Elevado < -2.5

Densitometria Óssea

Doente monitorizado durante um estu-do de sono.

Sendo o Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) o distúrbio mais comum, o seu diagnóstico e tratamento também podem ser efectuados nesta instituição. O primeiro trata-mento recomendado para o SAOS é adquirir hábitos de vida saudáveis, tentando reduzir os factores que eventualmente estejam a favorecer o colapso das vias aéreas.

Contudo, o tratamento que, na maioria dos casos, apresenta resultados positivos mais rapidamente é o uso de um ventilador de pres-são positiva contínua (CPAP) durante o sono.

A Polissonografia oferece assim várias vanta-

gens, tais como permitir identificar diversas alterações intrínsecas do sono, assim como distúrbios respiratórios. As múltiplas variáveis registadas na polissonografia tornam a interpre-tação do exame mais fácil. A polissonografia permite ainda um ajuste mais flexível dos parâ-metros avaliados, permitindo assim avaliar melhor as repercussões respiratórias sobre o sono e vice-versa. É necessária ainda previa-mente ao teste das múltiplas latências do sono. Outra vantagem é presença do técnico, que pode intervir durante a realização do exame sempre que necessário, a além de ser impor-tante para dar o apoio necessário ao paciente. A presença do técnico permite ainda o ajuste na pressão do CPAP.

Traçado de Polissonografia

Dormindo com o CPAP

Page 9: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009

2 a 17 de Julho, Módulo de Aleitamento Materno, inserido no curso de Preparação para a Parentalidade. Forma-

dora Enf. Maria João Carneiro.

3 de Julho, Sessão Clínica “Transtornos da Personalidade”. Palestrantes: Dr.ª Maria Luísa Gonçalves e Dr. Vic-

tor Gonçalves, Professores no ISPA-Portugal.

11 e 18 de Julho, formação para Recepcionistas do Laboratório. Formadores: Dr.ª Lurdes Monteiro e Dr.ª Marta

Epalanga.

12 a 17 de Julho, Módulo II da Pós-Graduação em Dentisteria. Formador: Dr. José Chibebe Júnior.

13 a 31 de Julho, Princípios da Higienização da CSE, dirigido aos Funcionários dos Serviços Gerais. Formadores

da CSE.

27 a 31 de Julho, Fundamentos de Enfermagem, dirigido aos enfermeiros inseridos nos processo de recrutamento

e selecção. Formadores da CSE.

3 a 28 de Agosto, Formação para Formadores em Práticas de Enfermagem. Formadores da CSE.

3 a 20 Agosto, I Módulo “Fundamentos Básicos em Fisioterapia”. Formadores: Barbara Mesquita, Inês Passari-

nho e Mahinga Ribeiro

Actividades de Formação na CSE de 1 de Julho a 15 de Agosto

Página 9 Volume 1, Edição 3

O Grupo PCI - Prevenção e Controlo da Infecção

É constituído por 5 elementos e é um dos 11 grupos pertencentes ao Projec-to Dinamizador da Qualidade. Actual-mente, o grupo está a desenvolver actividades em duas áreas fundamentais para a prevenção da infecção nosoco-mial que são a Higienização das Mãos e a Higienização do Ambiente.

1- Higienização das Mãos

A lavagem das mãos é considerada uma das medidas mais simples e, apesar disso, das mais eficazes de prevenção e controlo de infecção. Para promover esta medida, o grupo desenvolveu várias acções, tais como a avaliação das estruturas e práticas para a higieniza-ção das mãos, colocação de soluções alcoólicas em todos as suites e salas de trabalho do piso 2, elaboração de um cartaz alusivo aos cinco momentos da lavagem das mãos. Para avaliar o impac-to das medidas implementadas, o grupo PCI lançou um inquérito anónimo aos profissionais do piso 2. Dos resultados obtidos é de salientar que 61% dos inquiridos passou a lavar mais vezes as mãos após a colocação das soluções alcoólicas em todos os quartos e que 83% ficou a saber quais são os cinco momentos para a lavagem das mãos. Relativamente aos 5 momentos da

lavagem das mãos, os momentos em que os profissionais menos lavam as mãos são “antes do contacto com o doente” e “após contacto com a uni-dade do doente”.

2- Higienização do Ambiente

No que concerne à higienização do ambiente, as acções desenvolvidas passaram pela criação de um plano mensal de limpezas, implementação de folha registo das limpezas e dinamiza-ção da metodologia de limpeza. A opinião dos profissionais relativamente às acções implementadas é redonda-mente positiva, 100% dos inquiridos consideram que os planos de limpeza são importantes para a sua actividade diária, mais de 80% considera que os planos de limpeza são uma ferramenta essencial para evitar falhas de higieni-zação do serviço e que houve uma melhoria significativa na higienização do serviço Piso 2 após a implementa-ção dos mesmos.

O grupo vai continuar a dinamizar os profissionais para a importância da lavagem das mãos através de acções de sensibilização e monitorização, está também a planear outra campanha de sensibilização para a lavagem das

mãos. Quanto à higienização do ambiente o passo seguinte será unifor-mizar a utilização dos detergentes e desinfectantes e manter a orientação e supervisão da limpeza.

Perante estes resultados, o grupo con-sidera importante que o trabalho desenvolvido seja estendido aos res-tantes serviços da CSE.

Cartaz com os 5 momentos da lava-gem das mãos

Page 10: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009

Rosa JJ da Conceição (1/Julho) B.Operatório Emanuel A Lucoqui (3/Julho) Est.Medicina Maria C Cahombo (3/Julho) Recepção Rosalina Manuel João (3/Julho) Refeitório Roseneide AC Rodrigues (3/Julho) Recepção Fortunato J Adão (4/Julho) Suites Novas Maria JTD Santos (4/Julho) S.Gerais Catarina AD Maria (5/Julho) S.Gerais Domingas MD Alberto (5/Julho) S.Gerais Florinda Nacossale (5/Julho) Internamentos Manuel PA Joaquim (6/Julho) Oftalmologia Margarida AR Palma (6/Julho) C.Externa Divita OSS Neto (7/Julho) Internamentos Teresa DD Moniz (7/Julho) Alojamentos Bonifácio M Cambuanda (8/Julho) Refeitório Luís A Monteiro (8/Julho) S.Gerais Leonilde MA Pinto (9/Julho) Radiologia Yara Lwena da Palma (9/Julho) Est.Medicina Isabel C Fernando (10/Julho) GPCustos Maria Joana António (10/Julho) C.Externa Rosa Maria L Calado (11/Julho) GPCustos Rosa NL Carvalho (11/Julho) S.Gerais Maria CA Pascoal (12/Julho) Est.Medicina Nfulu MJ Luamba (12/Julho) Recepção

Nicolau MFinda(12/Julho) C.Externa Berta S Fonseca (13/Julho) Internamentos Marilene FB Martins (13/Julho) Laboratório Teninha EH Tembo (13/Julho) Internamentos Domingas JS Borges (14/Julho) B.Operatório Stela QNS Capela (14/Julho) UCD Edna AM de Sousa (16/Julho) Laboratório Eulália Lumbungululu (16/Julho) Internamentos Helder Domingos (16/Julho) Refeitório Joaquim Ngueve (16/Julho) Anestesia Engrácia IS Morais (17/Julho) Farmácia Julieta NF Mendes (17/Julho) CMLuanda Sul Manuel F Mateus (17/Julho) Farmácia Cândida Malavoloneque (18/Julho) Internamentos Eva D Paulo Zau (18/Julho) Estomatologia Maria MC Oliveira (18/Julho) Recepção Elsa NC Sanduinga (19/Julho) UCD Isabel Almeida Borges (19/Julho) Lavandaria José Vieira (19/Julho) Laboratório Adérito PC da Silva (20/Julho) Recepção Vilza Marisa Gomes (20/Julho) A.Permanente António JJS Demby (21/Julho) Suites Novas Emília Vicente (21/Julho) CMLuanda Sul José Serra (21/Julho) Biblioteca

Cecília S Issenguele (22/Julho) S.Gerais Joana CM Pedro (22/Julho) Lavandaria José AT Macatili (22/Julho) S.Gerais Neusa MFH da Costa (22/Julho) Farmácia Arsénia VJ Horácio (22/Julho) Recepção Higino Elísio Calunga (22/Julho) S.Gerais Osvaldo P dos Santos (24/Julho) Recepção Feliciano C Eugénio (25/Julho) Informática Joel P Catemba (25/Julho) Est.Medicina Vemba N Manuel (25/Julho) Radiologia Abraão MC Chiquito (26/Julho) A.Permanente Albertina CJ Fançony (26/Julho) UCD Luísa R Francisco (26/Julho) S.Gerais Amélia A Francisco (27/Julho) Cafetaria Ana CM Castro (27/Julho) Lavandaria Luzia OP dos Santos (27/Julho) Partos Ângela da Conceição (29/Julho) Recepção Isabel G Segunda (29/Julho) S.Gerais Josefa JD Tomé (29/Julho) C.Externa Silva B Cafuxi (29/Julho) Recepção Pedro J Tongue (30/Julho) Radiologia Carla DM Lendula (31/Julho) Refeitório Suzana FRB Baguet (31/Julho) Esterilização

Quero Café: Um doente foi internado para fazer uma cirurgia. Na manhã anterior à operação começou a reclamar que queria café. A enfermeira veio e mandou-o ficar quieto, pois estava a causar incómodo aos demais doentes. - Mas eu tomei café todas as manhãs durante 40 anos e quero uma xícara de café AGORA! A enfermeira respondeu: - Mas, senhor, sabe que vai ser operado daqui a uma hora e não pode ter nada no estômago. Não dá para ficar sem café só desta vez? O doente começou a gritar e a reclamar ainda mais, até que chegou o cirurgião para ver o que se estava a passar. A enfermeira explicou a situação ao cirur-gião, que olhou para o doente e disse: - Entende que não pode ter nada no estô-mago antes da cirurgia, não entende? - Eu não me importo! Quero café! O doutor pensou um minuto e disse: - Muito bem. Eu vou lhe dizer uma coisa: a única maneira que temos para lhe dar um café, é através de um clister. Pode ser? O doente pensou um pouco e respondeu: - Bom, se é a única maneira... Então o doutor disse à enfermeira para fazer um clister de café ao doente e man-tê-lo quieto. A enfermeira voltou com o café e aplicou-o então ao doente. - Ahhh, café quente!... Exclamou, satisfei-to, o doente. De repente, o doente começa a gritar e a reclamar outra vez. - Qual é o problema desta vez? O café está muito quente? - perguntou a enfer-meira. - Não. Está muito doce!

Parabéns a você!!! (Aniversariantes do mês de Julho)

Anedotas Sabia que …?

Página 10

SUDOKU N.º3

Uma lista compilada por uma empresa britânica com as opiniões de mil tradu-tores profissionais coloca a palavra "saudade", em português, como a sétima mais difícil do mundo para se traduzir. Veja a lista das sete palavras consideradas de mais difícil tradução: 1. "Ilunga" (tshiluba) - uma pessoa que está disposta a perdoar quaisquer maus-tratos pela primeira vez, a tolerar o mesmo pela segunda vez, mas nunca pela terceira vez. 2. "Shlimazl" (ídiche) - uma pessoa cronicamente azarada. 3. "Radioukacz" (polaco) - pessoa que trabalhou como telegrafista para os movimentos de resistência durante o domínio soviético nos países da antiga Cortina de Ferro. 4. "Naa" (japonês) - palavra usada apenas em uma região do país para enfatizar declarações ou concordar com alguém. 5. "Altahmam" (árabe) - um tipo de tristeza profunda. 6. "Gezellig" (holandês) - aconchegante. 7. "Saudade" (português) - sentimento nostálgico, sentir falta de alguma coisa ou alguém (o significado não é consensual).

Instruções básicas de sudoku

O objectivo do jogo é completar os espaços em branco com algarismos de 1 a 9, de modo que cada número apareça apenas uma vez na linha, grade e coluna. Nenhum número pode ser repetido e todos os núme-ros de 1 a 9 devem estar presentes.

SOLUÇÃO DO SUDOKU N.º2

Page 11: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009

• O que é e para que serve o recibo salarial.

• Direitos e deveres dos utentes.

• Resultados do questionário de satisfação para funcionários da CSE

• O Simulacro – Plano de Emergência interno da CSE

• Grupo de Acesso e Continuidade dos Cuidados (GDQ) - Correcta Identifica-ção dos Doentes

Equipa Técnica:

Edna Viegas

Esmael Tomás

Fortunato Silva

Marta Leal

Revisão:

Maria do Carmo Cruz

Fotografia:

António Francisco Manuel

Participaram neste número:

António Almeida

Elizabeth Pinto

Hipólito Calulu

Marta Chaves

Paula Coelho

Rita Rebelo

Yona Assis Soares

Destaques para o próximo número

Responsáveis por este número

Escreva-nos

O nosso e-mail:

[email protected]

Página 11 Volume 1, Edição 3

Editorial (cont.)

Este aspecto conduz-nos a um outro desafio: a luta contra o desperdício. Esta é mais uma bata-lha que não dispensa nenhum soldado: todos são chamados a realizar a sua parte. É, de facto, muito importante que sejamos rigorosos na quantidade de bens e produtos que usamos, cuidadosos na forma como utilizamos os equipa-mentos e as instalações. Mas estes são apenas os aspectos mais visíveis do desperdício. Importa consciencializarmo-nos para a necessidade de providenciar, directa ou indirectamente, uma correcta manutenção dos espaços e equipamen-tos, um cuidadoso armazenamento e conserva-ção de bens e produtos, um grande cuidado na segurança individual e colectiva. O que passa muito especialmente pela Higiene. A Higiene é uma condição sine qua non da Saúde: a sua falta conduz à doença, espalha a doença, aumenta a doença. Falta de higiene na CSE é algo que nin-guém pode considerar simplesmente admissível e começa em cada um de nós (a nossa higiene pessoal, o lavar as mãos, a higiene do vestuário),

nos espaços (salas limpas e arejadas, utensílios limpos de acordo com as suas especificidades), nos alimentos (conservação, confecção, empra-tamento e serviço), e, muito particularmente, nos doentes (sua higiene pessoal, vestuário, espaço, utensílios, roupa hospitalar).

Pela sua importância, queremos dar ao desper-dício de Tempo uma reflexão particular. Parece ser facilmente mensurável mas o seu valor é, de facto, impossível de medir. O Tempo é um bem insubstituível, não se pode comprar, emprestar. O Tempo merece o nosso maior respeito e nós mostramo-lo quando não perdemos tempo chegando tarde, quando não perdemos mais tempo a fazer uma tarefa do que aquele de que ela precisa, quando não abandonamos o nosso local de trabalho sem nenhuma razão válida. Também é desperdiçar tempo fazer o nosso trabalho a correr, sem lhe dar o tempo neces-sário: desse procedimento nasce, geralmente, muito desperdício de tempo. Quando se rece-

be um utente à pressa e não se pedem ou inscrevem todas as informações necessárias, por exemplo, tal vai fazer perder muito mais tempo nas etapas seguintes. Quando se dá início a uma cirurgia com horas de atraso, esse tempo perdido, além de significar uma enorme falta de respeito pelo utente, é altamente one-roso em termos financeiros. Quando há falta de assiduidade fortuita, isto é, não esperada e, portanto, com substituição não providenciada, as consequências, em termos desse tempo perdido, são altamente dispendiosas. Por isso consideramos que o respeito de cada um por si próprio, para começar, deveria fazer reflectir sobre a necessidade de cada um cumprir as suas tarefas no seu tempo, devendo a sua ausência justificar-se apenas em casos de força maior. Para nos consciencializarmos sobre a importância do Trabalho que deveremos reali-zar basta pensar que, em princípio, todos e cada um dos que trabalham na CSE tem uma tarefa que tem que ser realizada. Ninguém é insubstituível mas tem que ser substituído. É injusto que, sem razão, façamos recair sobre os colegas tarefas, obrigações e actividades que assumimos.

O que nos conduz à questão de princípios: a CSE rege-se por princípios e valores de serviço e humanismo: justiça, equidade, humanização, responsabilização, disponibilidade, ética, deon-tologia. Em todos os campos, o trabalho de cada um tem que ser feito seguindo estes prin-cípios. Nada, afinal, que muitos não realizem a todos os instantes, porque trabalham com sentido do dever e com honestidade.

Neste campo dos princípios e valores, se a todos obrigam, ressalta a importância da neces-sidade de chefias intermédias com capacidade e espírito de liderança, que se respeitem e se façam respeitar, pautando-se por um espírito de justiça e equidade, em que cada trabalhador, seja qual for o seu estatuto, tenha condições para valorizar o seu tempo e o dos outros. Quando se reconhece o papel das chefias, quando estas sabem organizar os seus sectores, quando sabem impor-se sem autoritarismo nem arrogância, os resultados são visíveis. Em resu-mo, cada trabalhador da CSE, seja qual for o seu estatuto, posição, cargo ou função deve ser capaz de reconhecer a importância do papel que representa na instituição. E agir em confor-midade com esse critério. Para um sucesso pessoal certo e uma qualidade institucional garantida.

Luanda, aos 20 de Julho de 2009.

A Direcção da CSE

Nota: Pedimos desculpa aos nossos leitores pelo ainda longo editorial, o que se justifica pela importância e espaço temporal em que nos movemos. A partir do próximo número cada editorial será dedicado a um único tema. Obri-gado pela compreensão.

Page 12: CSE | Boletim Informativo N.º 3 | Julho 2009

Endereço electrónico da CSE: [email protected]

Endereço electrónico do Boletim:

[email protected]

A Clínica Sagrada Esperança é uma instituição de serviço público, dotada de personalida-de jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com fins não-lucrativos. Tem a sua sede em Luanda e está localizada na Ilha de Luanda, Avenida Mor-tala Mohamed.

Inaugurada em 1991, foi premiada em Abril de 2005 com a Medalha de Ouro da Founda-tion for Excellence and Business Pratice, situada em Genebra, Suíça.

MISSÃO

Prestar cuidados de saúde diferenciados em regime de ambulatório e internamento, com qualidade, em tempo útil, na perspectiva de eficiência e eficácia, promovendo a melhoria contínua das prestações de cuidados, o aperfeiçoamento profissional e a satisfação dos seus colaboradores.

Participar no ensino e formação de quadros superiores, designadamente no ensino pré e pós-graduado de médicos e enfermeiros, na formação de farmacêuticos e bioquímicos, quadros médios técnicos de saúde, em regime de estágios, em colaboração com as enti-dades públicas e privadas de educação em saúde, bem como na formação de quadros de higienização, de serviços gerais e de logística.

Desenvolver acções de investigação clínica quer na área de saúde pública quer na área hospitalar

VISÃO

A Clínica Sagrada Esperança pretende ser, cada vez mais e de forma gradual e segura, uma verdadeira, justa e adequada referência na prestação de serviços de saúde em Ango-la, visando: a satisfação dos clientes, o desempenho interno enquanto instituição de saú-de, a qualidade dos cuidados prestados, o envolvimento dos funcionários, a responsabili-dade social.

CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA, LDA

A não esquecer este Mês

A Saúde é o bem mais precioso. Cuidar dela é a nossa razão de ser.

Estamos na internet! www.cse-ao.com