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Contabilidade Geral II

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IEFP - ISG

Contabilidade Geral II Guia do Formando

Ficha Técnica

Colecção MANUAIS PARA APOIO À FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS EMPRESARIAIS

Título Contabilidade Geral II Suporte Didáctico Guia do Formando

Coordenação e Revisão Pedagógica IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional - Departamento de Formação Profissional

Coordenação e Revisão Técnica ISG – Instituto Superior de Gestão Autor Gracinda Santos/ISG Capa IEFP

Maquetagem ISG Montagem ISG

Impressão e Acabamento JERAMA – Artes Gráficas, Lda. Propriedade Instituto do Emprego e Formação Profissional, Av. José

Malhoa, 11 1099-018 Lisboa Edição Portugal, Lisboa, Dezembro de 2004

Tiragem 1000 exemplares Depósito Legal 218232/04

ISBN 972-732-910-1

Copyright, 2004 Todos os direitos reservados ao IEFP

Nenhuma parte deste título pode ser reproduzido ou transmitido, por qualquer forma ou processo sem o conhecimento prévio, por escrito, do IEFP

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ÍNDICE GERAL IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

Índice Geral

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO........................................................................................................... 1

1. Noção ...................................................................................................................................................... 4 2. Balancete de Verificação......................................................................................................................... 6 3. Lançamento de Rectificação e Regularização...................................................................................... 14 4. Balancete Rectificado............................................................................................................................ 40 5. Apuramento de Resultados................................................................................................................... 50 6. Balancete Final...................................................................................................................................... 78 7. Balanço.................................................................................................................................................. 88 8. Demonstração de Resultados ............................................................................................................... 98 9. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados.......................................................................... 114 10. Demonstração das Origens e das Aplicações de Fundos - DOAF (Anteriormente Designada Mapa de

Origens e Aplicação de Fundos) ......................................................................................................... 118 11. Encerramento das Contas................................................................................................................... 134

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO....................................................................... 145

1. Reabertura das Contas ....................................................................................................................... 148 2. Aplicação de Resultados..................................................................................................................... 152

QUESTÕES E EXERCÍCIOS........................................................................................................................... 163

RESOLUÇÕES ................................................................................................................................................ 164

BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................................ 167

GLOSSÁRIO .................................................................................................................................................... 169

ÍNDICE REMISSIVO ........................................................................................................................................ 171

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CONTABILIDADEGERAL II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

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I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

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I 3

Objectivos

No final desta unidade temática o formando deverá estar apto a:

• registar todas as operações necessárias ao apuramento de resultados e encerramento de contas;

• efectuar o preenchimento e elaboração dos mapas obrigatórios e respectivos anexos.

Temas:

1. Noção

2. Balancete de verificação

3. Lançamento de rectificação e regularização

4. Balancete rectificado

5. Apuramento de resultados

6. Balancete Final

7. Balanço

8. Demonstração de Resultados

9. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados

10. Demonstração das Origens e das Aplicações de Fundos (anteriormente designada Mapa de Origens e Aplicação de Fundos)

11. Encerramento das Contas

• Resumo

• Questões e Exercícios

• Resoluções

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IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 4

Neste capítulo vamos estudar o trabalho contabilístico de fim de exercício, procedimentos a desenvolver e mapas a elaborar em cada uma das fases que o compõem.

1. NOÇÃO

Os trabalhos de fim de exercício envolvem a transformação de um conjunto de dados, coligidos manual ou automaticamente e armazenados de forma automática, noutro conjunto de dados apresentados de forma normalizada para permitirem comparações e análises diversas.

Estes trabalhos englobam três fases distintas:

• Fase 1 - Trabalhos preparatórios à preparação das demonstrações financeiras, tais como

1. O inventário geral e o balancete de verificação,

2. Os lançamentos de rectificação e regularização ou a chamada regularização e rectificação de contas,

3. O balancete rectificado ou de inventário,

4. O apuramento de resultados,

5. O balancete final ou de apuramento de resultados,

Trata-se de uma fase de conferências e validações;

• Fase 2 - Elaboração propriamente dita das demonstrações financeiras, sendo estas compostas por:

1. Balanço,

2. Demonstração de Resultados,

3. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados,

4. Demonstração das Origens e da Aplicação de Fundos ,

Fase de preparação dos documentos a apresentar aos diversos utilizadores da informação financeira de cada organização;

• Fase 3 - Encerramento das Contas, engloba:

1. Lançamentos de encerramento ou de fecho,

2. Balancete de fecho,

É a fase operacional, e pode ser total ou parcialmente automática. Corresponde ao fecho efectivo do exercício contabilístico e ao início do novo exercício contabilístico.

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I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

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I 5

Esquematicamente podemos ter:

Trabalho corrente efectuado mensalmente

Balancetes de verificação

Lançamentos de rectificação e regularização

Balancete rectificado

Demonstração de Resultados

Lançamentos de Apuramento de Resultados

Balancete de Apuramento de Resultados

Balanço

Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados

Demonstração de Origem e Aplicações de Fundos

O trabalho corrente já foi alvo de estudo anterior pelo que vamos iniciar o nosso estudo a partir da etapa - Balancetes de verificação.

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IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

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I 6

2. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

Este balancete dá a conhecer os saldos contabilísticos. É necessário fazer a verificação destes saldos em função dos saldos reais que através do inventário geral vão ser determinados. Por vezes existem divergências entre estes valores.

Inventário Geral

A inventariação dos bens, direitos e obrigações existentes no património de cada empresa implica a sua determinação, descrição e valorização.

O Plano Oficial de Contabilidade (decreto-lei nº 410/89 de 21 de Novembro) determina os critérios de valorimetria que deverão ser aplicados na inventariação das disponibilidades, das dívidas de terceiros e a terceiros, nas existências e nas imobilizações, no seu capítulo 5.

Além dos critérios valorimétricos há ainda que respeitar os princípios de contabilidade geralmente aceites, previstos no Plano Oficial de Contabilidade no seu capítulo 4, nomeadamente:

• Princípio da continuidade – Considera-se que a empresa opera continuadamente, com duração ilimitada;

• Principio da consistência – Considera-se que a empresa não altera as suas politicas contabilisticas de um exercicio para o outro;

• Principio da especialização ou do acréscimo – Os Proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos, indepenedentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos periodos a que respeitam;

• Principio do custo histórico – Os registos contabilisticos devem basear-se em custos de aquisição ou de produção, quer a escudos nominais, quer a escudos constantes;

• Principio da prudência – Significa que é possivel integrar nas contas um grau de precaução ao fazer as estimativas exigidas em condições de incertez sem, contudo, permitir a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de activos e proveitos por defeito ou de passivos e custos por excesso;

• Principio da substância sobre a forma – As operações devem ser contabilizadas atendendo à sua substância e à realidade financeira e não apenas à sua forma legal;

• Principio da materialidade – As demosntrações financeiras devem evidenciar todos os elementos que sejam relevantes e que possam afectar avaliações ou decisões pelos utentes interessados.

O inventário geral é obtido pela soma dos diversos inventários parcelares, designadamente:

• inventário das existências;

• inventário do imobilizado;

• inventário das contas de terceiros e de disponibilidades.

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I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

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I 7

Vamos analisar cada um deles em particular.

O Inventário das Existências

Aplicado nas empresas comerciais e industriais, não se resume a uma simples contagem de existências, pois tem que ter em conta um conjunto de regras relacionadas com:

• a definição da data de separação dos dois exercícios ou dos dois períodos de contabilização, chamada a data de “cut-off”, ou seja, a data--limite para considerar os movimentos contabilísticos e respectivos movimentos reais de mercadorias ou de produtos.

Imaginemos que a contabilização das facturas relativas às matérias primas adquiridas não é efectuada imediatamente com a entrada das mesmas, pois as matérias primas são acompanhadas da guia de remessa e a factura é endereçada à empresa por correio.

Pode acontecer que esta factura só seja recepcionada durante a primeira semana de Janeiro do ano (N+1), logo, no inventário de 31/12/N as matérias primas já estão em armazém, mas não estão registadas na contabilidade.

Para evitar distorções deverão ser verificadas:

• as últimas facturas de compras e de vendas e sua movimentação física nos armazéns;

• os últimos registos de entradas e saídas de armazém e sua movimentação contabilistica;

• todos os documentos referentes a devolução aos fornecedores ou dos clientes;

• as transferências verificadas entre armazéns, para evitar duplicações ou omissões.

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IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

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I 8

As contagens devem ser efectuadas com rigor e método, devendo ser definidos de uma forma muito objectiva os seguintes factores:

• a unidade da contagem - se observarmos a figura junta, constatamos que as caixas de cartão não apresentam um tamanho uniforme, há portanto que classificá-las e contá-las dentro dessas classificações;

• a hora de realização da contagem - esta deverá ser definida de acordo com as possibilidades dos intervenientes, não esquecer que se for efectuada com o novo exercício iniciado, há que corrigir as entradas e saídas respectivas;

• o método da contagem - dependendo do número de itens diferentes a contar e da sua diversidade assim se analisa se é possível fazer uma contagem integral ou por amostragem;

(Amostragem - processo de selecção de partes de um todo que nos permitem retirar conclusões sobre esse todo).

Este método depende também do tipo de inventário utilizado, se for o inventário permanente existirão listagens actualizadas que poderão ser confirmadas por amostragem, se for o inventário intermitente poderá ser necessário fazer uma contagem exaustiva de todos os bens.

• os intervenientes - as pessoas que vão efectuar as leituras e medições, (tem que se definir quem observa o quê e em que medida, acautelando sempre o principio da segregação de funções).

(Principio da segregação de funções - o executante de uma tarefa não deve ser o único interveniente na inventariação dos grandezas associadas a essa tarefa).

Os intervenientes deverão assinar as listagens de inventário.

As existências podem ser valorizadas através de vários Métodos de Custeio, nomeadamente:

• Custo Especifico;

• Custo Médio Ponderado;

• FIFO – First In First Out;

• LIFO – Last In Fist Out;

• Custo Padrão;

Este Métodos variam entre si pela forma como é efectuada a valorização dos bens saídos de armazém e consequentemente a valorização dos que ficam.

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I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

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I 9

O Inventário do Imobilizado

As empresas devem manter actualizados ficheiros relativos aos seus bens de imobilizado.

O artigo 51 do Código do IVA indica quais os elementos que devem constar desse registo:

1. Número de código;

2. Descrição do bem;

3. Localização do bem;

4. Data de aquisição;

5. Identificação do fornecedor;

6. Data de entrada em funcionamento;

7. Vida útil estimada;

8. Data do início da amortização;

9. Taxa anual de amortização;

10. Valor do IVA suportado ou deduzido;

11. Classificações contabilísticas;

12. Reavaliações verificadas;

13. Seguros;

14. Contratos de assistência.

O inventário de imobilizados tem que responder não só à verificação da existência dos bens, mas também à verificação daqueles que se encontram obsoletos e dos que não estando em uso apresentam características de bom funcionamento.

Teremos um registo do seguinte tipo:

Nº Descrição Local Data aquisição Data utilização Fornecedor Preço aquisição Vida útil

1 Mesa reuniões Sede Mai-95 Mai-95 Mobel1 59.000 10

2 Computador Fábrica Jun-97 Jan-98 COPX 400.000 3

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IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

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I 10

O Inventário das Contas de Terceiros e de Disponibilidades

Para garantir que os saldos evidenciados na contabilidade nas contas de Disponibilidades e de Terceiros são os verdadeiros, deveremos efectuar:

• contagens de caixa, ou seja contar o dinheiro físico existente nos cofres da empresa no final do ano;

Ao fazermos uma contagem de caixa vamos elaborar um registo onde consta o número de notas e de moedas de cada valor, por exemplo da seguinte forma:

Contagem de caixa em 31/12/N efectuada por António Euro

Quantidade Descrição Valor unitário Valor total

10 notas 10.000 u.m. 100.000 u.m.

5 notas 5.000 u.m. 25.000 u.m.

30 notas 2.000 u.m. 60.000 u.m.

12 notas 1.000 u.m. 12.000 u.m.

1 notas 500 u.m. 500 u.m.

Total em notas 197.500 u.m.

30 moedas 200 u.m. 6.000 u.m.

10 moedas 100 u.m. 1.000 u.m.

50 moedas 10 u.m. 500 u.m.

14 moedas 5 u.m. 70 u.m.

Total em moedas

7.570 u.m.

Total do caixa 205.070 u.m.

• circularização de saldos, aos bancos, aos clientes e aos fornecedores, ou seja, pedir aos bancos com que a empresa trabalha, aos devedores e aos credores que nos confirmem o valor do saldo das nossas contas.

Quando obtemos a resposta é necessário comparar o saldo que temos na contabilidade com a informação fornecida pelas entidades que foram alvo da circularização.

Quando os saldos não são coincidentes vamos efectuar a sua reconciliação, isto é, compatibilizar os saldos evidenciados pelos bancos, clientes ou fornecedores, com os da empresa. Esta prática é denominada de reconciliação de contas.

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I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 11

No caso dos bancos as diferenças podem ocorrer por existirem:

• depósitos em trânsito - são depósitos que já estão considerados como recebidos na nossa contabilidade mas ainda não chegaram ao banco, ou pelo contrário são depósitos efectuados por terceiras entidades que já estão movimentados na conta bancária, mas que a empresa ainda contabilizou;

• cheques por descontar - a empresa emite os cheques e lança-os na contabilidade nessa altura, os beneficiários só procedem ao desconto desses cheques quando os recebem, logo entre a data em que o cheque sai da empresa e a data em é descontado esse cheque consta dos registos da empresa mas não consta dos registos do banco;

• outros movimentos constantes dos registos contabilísticos mas não dos movimentos bancários - podem existir valores lançados por erro numa conta bancária que são de outra, ou cheques que não chegaram a ser utilizados por terem sido anulados, são situações de erro que devem ser corrigidas;

• outros movimentos constantes dos registos bancários mas não dos contabilísticos - podem existir valores referentes a operações bancárias cujos documentos ainda não foram recepcionados na empresa, nomeadamente débito ou crédito de juros, débito de despesas, devoluções de cheques. Quando detectados, estes movimentos devem ser lançados na contabilidade tendo como suporte a cópia do extracto de conta. É necessário um cuidado acrescido para que ao recepcionarmos o documento definitivo não seja efectuado outro lançamento, mas apenas seja agrafado ao documento do lançamento já efectuado anteriormente.

A reconciliação dos saldos pode-se fazer da seguinte forma:

• Ao saldo apresentado pela conta bancária na contabilidade da empresa vamos:

1. diminuir os movimentos a débito que estão na contabilidade da empresa mas ainda não constam do saldo bancário no banco;

2. adicionar os movimentos a crédito que estão na contabilidade da empresa mas ainda não constam do saldo bancário no banco;

3. adicionar os movimentos a débito que estão no saldo bancário do banco mas ainda não constam da contabilidade da empresa;

4. diminuir os movimentos a crédito que estão no saldo bancário do banco mas ainda não constam da contabilidade da empresa;

• Depois destas operações chegamos ao valor apresentado pelo banco para o saldo da nossa conta bancária.

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IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

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Exemplo de carta a dirigir ao banco para circularização de saldos:

Ao

Banco Avenida

Lisboa

Exmos senhores,

Vimos pela presente solicitar que nos informem dos saldos apresentados pelas seguintes contas à data de 31.12.N:

Conta de Depósitos à ordem nº 123456 ____________

Conta de Empréstimos nº 987654 _____________

Antecipadamente gratos, solicitamos a v/ resposta no envelope selado que anexamos.

A resposta do banco Avenida informou que os saldos eram os seguintes:

Conta de Depósitos à ordem nº 123456 - saldo credor de 123 u.m.

Conta de Empréstimos nº 987654 - saldo devedor de 100.000 u.m.

Na contabilidade da empresa os saldos apresentados são:

Conta de Depósitos à ordem nº 123456 - saldo devedor de 150 u.m.

Conta de Empréstimos nº 987654 - saldo credor de 100.000 u.m.

No tocante à conta de empréstimos está tudo correcto, enquanto na conta de depósitos à ordem o mesmo não acontece. Vamos observar o extracto bancário e detectamos que existe um cheque devolvido do cliente X, que ainda não foi recepcionado na empresa, que está por lançar no valor de 27 u.m..

Teríamos a seguinte folha de reconciliação bancária.

Saldo da conta bancária na empresa - + 150 u.m.

Movimento a crédito no banco e não considerado pela empresa - 27 u.m.

Saldo da conta bancária no banco - 123 u.m.

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I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

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I 13

No final do ano devemos efectuar este movimento e tentar que o documento chegue o mais rápido possível.

Também aos clientes e fornecedores devem ser dirigidas cartas a solicitar a confirmação dos saldos evidenciados na contabilidade, neste caso as cartas podem mencionar os saldos pedindo aos clientes e fornecedores que assinalem se estão ou não de acordo com o valor apresentado, ou não indicar o valor e esperar que os clientes e fornecedores nos informem do seu saldo.

Exemplo de carta dirigida a um cliente:

Ex.mos. Senhores

Francisco Pinguins Lda

Lisboa

Exmos Senhores,

Vimos pela presente solicitar que nos informem se concordam com o seguinte saldo evidenciado pela conta corrente nos nosso livros contabilísticos, à data de 31.12.N.

O saldo é de 1.250.000 u.m. a nosso favor:

Concordo ________

Não concordo _________ o saldo é de _____________ .

Queiram fazer o favor de devolver esta carta devidamente assinada no envelope selado que juntamos.

Antecipadamente gratos,

Se o cliente responder que concorda, está tudo bem. Se o cliente responder que não concorda e indicar qual o seu saldo, vamos reconciliar os dois saldos e identificar as diferenças.

Imagine que este cliente informa que só nos deve 1.000.000 u.m.. Vamos observar o extracto da primeira semana de Janeiro do ano N+1 e confirmamos que foi recepcionado a 2 de Janeiro um cheque de 250.000 u.m., cheque este datado de 28/12/N. Está justificada a diferença, o cliente já tem o cheque abatido na sua contabilidade em 31.12.N, mas nós ainda não.

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IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

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3. LANÇAMENTO DE RECTIFICAÇÃO E REGULARIZAÇÃO

Os lançamentos de rectificação e de regularização apoiam-se nos inventários.

Estes lançamentos tem por objectivo adequar os saldos contabilísticos aos saldos reais apurados pelos inventários.

Tipo de Lançamentos de Rectificação e Regularização

Divergências entre os Saldos Contabilísticos e os Valores Apurados no Inventário Devidas a Erros ou Omissões

Nomeadamente:

• Falhas de Caixa;

• Diferenças entre os saldos das contas de bancos e os extractos correspondentes;

• Movimentos anormais de stocks;

• Facturas não lançadas de clientes ou fornecedores;

• Imobilizados alienados e não evidenciados na contabilidade.

• Falhas de Caixa;

Ao verificarem-se os valores existentes no Caixa podemos detectar diferenças entre o valor constante do balancete e o valor físico em dinheiro.São as denominadas Falhas de Caixa.

Devemos determinar a razão de ser destas diferenças e efectuar os movimentos respectivos.

Exemplo

Considere que o saldo de caixa apresentado no balancete era de 100 u.m., mas no inventário efectuado em 31.12.N o valor existente era de 95 u.m., sendo a diferença da responsabilidade do tesoureiro.

Efectuamos o seguinte lançamento:

1 26 - Outros Devedores e Credores

262 - Pessoal

2629 - Outras operações com o pessoal

a 11 Caixa

Diferença apurada em caixa 5 5

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I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

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O saldo da conta Caixa fica corrigido sendo o tesoureiro responsável pela diferença.

Consideremos agora que esta diferença não era da responsabilidade de ninguém, tratou-se de um documento indevidamente eleborado, sendo considerada a diferença uma falha de caixa a contabilizar em custos extraordinários.

Teriamos o seguinte lançamento:

2 69 – Custos e Perdas Extraordinárias

698 – Outros Custos e Perdas Extraordinárias

6983 – Diferença de Caixa

a 11 Caixa

Diferença apurada em caixa 5 5

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Diferenças Entre os Saldos das Contas de Bancos e os Extractos Correspondentes

Conforme já referimos anteriormente, os saldos apurados no Inventário podem ser diferentes do balancete. Devemos em primeiro lugar encontrar justificação para essas diferenças e:

• corrigir os lançamentos, quando se detectem erros, ou;

• efectuar os lançamentos que sejam perfeitamente identificados em termos de cabimento no exercício económico que estamos a encerrar.

Exemplo

Ao efectuarmos as reconciliações bancárias referentes a 31/12/N das duas contas bancárias de que a empresa é titular, detectámos os seguintes factos:

• Conta 129 - Banco do Sul - não está lançado na contabilidade o cheque número 800435 de 10.000 u.m. descontado no banco em 15/12/N;

• Conta 126 - Banco do Oriente - a contabilidade apresenta um lançamento referente a um cheque com o número 800435 de 10.000 u.m. que não se encontra descontado no banco;

Como podemos constatar trata-se do mesmo cheque, vamos efectuar o movimento de regularização:

2 12 - Depósitos à ordem

126 - Banco do Oriente

a 12 - Depósitos à ordem

129 - Banco do Sul

Regularização cheque 435 10.000 10.000

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IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

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Se na mesma reconciliação bancária for evidenciado que em 31/12/N foram-nos creditados pelo Banco do Oriente os juros da aplicação financeira Nº1 que se venceu nessa data no valor de 800 u.m., tendo havido retenção na fonte de IRC de 20%, podemos efectuar o lançamento e quando for recepcionado o documento respectivo juntá-lo-emos ao lançamento já efectuado:

3 Diversos

a 78 Proveitos e Ganhos Financeiros

781 - Juros Obtidos

7815 Outras aplicações de tesouraria

Contabilização dos juros da aplicação Nº3

12 - Depósitos à ordem

126 - Banco do Oriente 800

24 - Estado e outros entes públicos

241 Imposto sobre o rendimento

2412 Retenções na fonte 200 1.000

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Movimentos Anormais de Stocks

Uma empresa que utilize o Sistema de Inventário Permanente pode, através do inventário de existências, detectar diferenças substanciais.

Exemplo

O balancete evidencia um valor de 9.500 u.m. referentes a 950 peças pelo valor unitário de 10 u.m. cada e pelo inventário físico apenas se encontraram 450 peças.

Temos que analisar todos os movimentos de entrada e saída em armazém para justificar esta diferença e concluímos que não foi dada saída das mercadorias referentes a uma venda de 500 peças cujo custo era de 10 unidade. Vamos efectuar o lançamento correspondente:

4 61 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

612 - Mercadorias

a 32 - Mercadorias

321 - Peças

Regularização de existências 500 500

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I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

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I 17

Facturas Não Lançadas de Clientes ou Fornecedores

Algumas facturas dos últimos dias do ano podem estar por lançar. Devemos sempre efectuar os lançamentos dentro do respectivo mês, com especial cuidado no encerramento do ano.

Exemplo

Estava por pagar e por registar uma factura do fornecedor Artez Lda, de material de escritório no valor de 170 u.m..

5 62 - Fornecimentos e serviços externos

622 - Fornecimentos e serviços

62217 - Material de escritório

a 26 Outros devedores e credores

268 Devedores e credores diversos

2681 Artez Lda 170 170

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Imobilizados Alienados e Não Evidenciados na Contabilidade

No inventário de imobilizados detectou-se que a máquina de código 1234 foi alienada, não estando registado o seu abate, as informações relativas a esta máquina são as seguintes:

• Aquisição no ano N-4;

• Valor de aquisição de 5.000 u.m.;

• Amortizações acumuladas na data da venda de 4.000 u.m.;

• Valor de venda de 1.250 u.m..

Vamos efectuar o correspondente lançamento de abate:

6 Diversos

a Diversos

Alienação da máquina 1234

48 - Amortizações acumuladas 4.000

12 - Depósitos à ordem 1.250

a 42 - Imobilizações corpóreas 5.000

79 – Proveitos e ganhos extraordinários 250 5.250

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IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 18

Divergências Entre os Saldos Contabilísticos e os Valores Apurados no Inventário

Divergências entre os saldos contabilísticos e os valores apurados no inventário devidas à incorrecta aplicação de critérios valorimétricos, nomeadamente:

• Valorização das existências;

• Critérios de valorimetria dos imobilizados.

A observância do principio da consistência obriga-nos a utilizar os critérios valorimétricos de uma forma consistente ao longo dos vários exercícios económicos, porque a sua alteração provoca alterações significativas nos resultados apresentados.

Tomemos o seguinte exemplo:

No inventário de existências observou-se a seguinte ficha de mercadorias:

Descrição Quantidade (unidades)

Preço unitário (u.m.)

Saldo final (u.m.)

Existências iniciais 1.000 50 50.000

Entrada 300 80 74.000

Saída 200 80 58.000

Como neste caso a empresa utilizou o LIFO (Last In First Out), o saldo final é composto por 1.000 unidades ao preço unitário de 50 u.m. e 100 unidades ao preço unitário de 80 u.m.. Valor total para balanço: 58 000 u.m.

Se em alternativa utilizasse o FIFO (First In First Out) o saldo final seria determinado da forma seguinte:

Descrição Quantidade (unidades)

Preço unitário (u.m.)

Saldo final (u.m.)

Existências iniciais 1.000 50 50.000

Entrada 300 80 74.000

Saída 200 50 64.000

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I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

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I 19

O saldo final é composto por 800 unidades ao preço unitário de 50 u.m. e 300 unidades ao preço unitário de 80 u.m..

Valor total para balanço: 64 000 u.m..

Como podemos observar da aplicação não consistente dos critérios de valorimetria das existências podem surgir grandes divergências nos resultados e nos valores apresentados no balanço.

Aplicação dos Princípios Contabilísticos

Para imputar ao exercício os custos/perdas, proveitos/ganhos respectivos é necessário observar os princípios de contabilidade geralmente aceites, nomeadamente:

• Principio da especialização ou do acréscimo;

• Principio da prudência

Princípio da Especialização ou do Acréscimo

No sentido de permitir registar os custos e proveitos nos exercícios a que respeitam existe no POC a conta 27 - Acréscimos e Diferimentos.

A conta 27 - Acréscimos e Diferimentos é uma conta de ACTIVO com as sub-contas:

271 - Acréscimos de proveitos

272 - Custos diferidos

e uma conta de PASSIVO com as sub-contas:

273 - Acréscimos de custos

274 - Proveitos diferidos

Vamos analisar em que condições se utiliza cada uma delas.

271 - Acréscimos de proveitos - registo de proveitos do exercício a receber em exercícios seguintes, por exemplo:

• Juros de depósito a prazo.

Considere que uma empresa constituiu em 1/12/N um depósito a prazo com vencimento em 1/6/N+1, na data de vencimento serão creditados na nossa conta de depósitos à ordem juros no montante de 900 u.m. líquidos do respectivo imposto.

Page 26: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 20

Em 31/12/N temos que contabilizar os juros já vencidos mas cujo recebimento só ocorrerá em 6/N+1:

Início Recebimento

dos juros

1/12 31/12 1/6/N+1

Proveito do ano N

Proveito do ano N+1

Em 31/12/N o valor dos juros a receber é de:

900 / 6 = 150 u.m.

4 27 - Acréscimos e diferimentos

271- Acréscimos de proveitos

2711 - Juros a receber

a 78 - Proveitos e ganhos financeiros

781 - Juros obtidos

7811 - Depósitos a prazo

Juros a receber em N+1 150 150

------------------------//---------------------------

272 - Custos diferidos - registo de despesas ocorridas no exercício correspondentes a custos de exercícios seguintes:

• Rendas e alugueres pagos por antecipação na utilização de bens imóveis ou móveis de terceiros;

• Prémios de seguros pagos, cuja vigência ultrapassa o exercício económico;

• Juros cobrados em operações financeiras em regime de desconto por dentro, “juros à cabeça”, que representam um custo futuro.

Page 27: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 21

Exemplo

Em Dezembro do ano N pagámos por cheque, a renda do estabelecimento no valor de 1.115 u.m. referente ao mês de Janeiro do ano N+1, vamos efectuar o seguinte lançamento:

1 27 Acréscimos e diferimentos

272 Custos diferidos

2721 Rendas de instalações

a 62 Fornecimentos e Serviços Externos

622 Fornecimentos e Serviços

62219 Rendas e Alugueres

Pagamento da renda de Janeiro 1.115 1.115

------------------------//---------------------------

Em Setembro do ano N foi pago o prémio do seguro de incêndio, cujo período é de 1/9/N a 31/8/N+1, no valor de 480 u.m., tendo sido contabilizado como custo do exercício na conta 62223 - seguros. Que se deve fazer?

O custo não é só a este exercício económico mas também ao exercício económico seguinte:

Início Fim

1/9 31/12 31/8/N+1

Custo do ano N Custo do ano N+1

4 meses 8 meses

O custo mensal é de 480/12 = 40 u.m.

O custo de 4 meses é de 4 x 40 u.m. = 160 u.m.

O custo de 8 meses é de 8 x 40 u.m. = 320 u.m.

Page 28: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 22

O lançamento a efectuar é o seguinte:

2 27 Acréscimos e diferimentos

272 Custos diferidos

2722 Seguros

a 62 - Fornecimento e Serviços Externos

622 Fornecimentos e serviços

62 - Fornecimento e Serviços Externos 320 320

Rectificação do pagamento

------------------------//---------------------------

A mesma empresa obteve em 1/9/N um financiamento de 70.000 u.m. cujos juros foram pagos antecipadamente, tendo o valor líquido recebido sido de 68.255 u.m., sabendo que o prazo total é de 182 dias e que os dias decorridos de 1/9/N a 31/12/N são 121 devíamos efectuar o seguinte lançamento referente aos juros suportados (70.000 - 68.255 = 1.745):

Custo do ano N - Juros de 121 dias = 1.745 / 182 x 121 = 1.160 u.m.

Custo do ano N+1 - Juros dos restantes 61 dias = 1.745 / 182 x 61 = 585 u.m..

3 Diversos

a 23 - Empréstimos obtidos

Empréstimo obtido em 1/9/N

12 - Depósitos à ordem 68.255

68 - Custos e perdas financeiras

681 - Juros suportados

6812 - Empréstimos obtidos 1.160

27 - Acréscimos e diferimentos

272- Custos diferidos

2723 - Juros pagos 585 70.000

------------------------//---------------------------

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I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 23

273 - Acréscimos de custos - registo de custos do exercício a pagar em exercícios seguintes:

• Juros de financiamentos obtidos;

• Encargos com férias e subsídios de férias vencidos no exercício e cujo processamento ocorrerá no exercício seguinte;

• Fornecimentos e serviços diversos que já se verificaram mas cujos documentos definitivos estão em falta, por exemplo consumos de água, electricidade ou telefones, que se pagam em Janeiro respeitantes ao mês de Dezembro.

Exemplo

A empresa Tudo Bem Lda contraiu um empréstimo de 50.000 u.m. em 1 de Setembro do ano N à taxa de juros de 8% ao ano com pagamento de juros ao semestre, qual o movimento a efectuar em 31.12.N?

Início Pagamento juros

1/9 31/12 1/3/N+1

Custo do ano N Custo do ano N+1

Em 31/12/N o valor dos juros a pagar é de:

0,08 50.000,00 x -------- x 4 = 1.333 u.m. 12

1 68 - Custos e perdas financeiros

681 - Juros suportados

6811- Empréstimos bancários

a 27 - Acréscimos e diferimentos

273 - Acréscimos de custos

2733 - Juros a liquidar

Juros a pagar em N+1 1.333 1.333

------------------------//---------------------------

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IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 24

A mesma empresa não tinha ainda contabilizado o valor de encargos com férias e subsídio de férias para no ano N+1 relativos ao ano N, sabendo que o valor mensal de ordenados é de 12.000 u.m. e que os encargos sociais representam 23,75% , que lançamento vamos efectuar?

Férias 12.000 u.m.

Subsídio de férias 12.000 u.m.

Sub - total 24.000 u.m.

Encargos 0,2375 x 24.000 5.700 u.m.

Total 29.700 u.m.

O lançamento a efectuar é o seguinte:

2 Diversos

a 27 - Acréscimos e diferimentos

273 - Acréscimos de custos

2732 - Remunerações a liquidar

Contabilização de férias e subsídio de férias a liquidar em N+1

64 - Custos com o pessoal

642 - Remunerações do pessoal

6421 - Vencimentos 12.000

6422 - Subsídio de férias 12.000

645 - Encargos sobre remunerações 5.700 29.700

------------------------//---------------------------

Vamos agora contabilizar o consumo estimado de energia referente ao mês de Dezembro, cuja factura apenas iremos receber em Janeiro de N+1, no montante de 49 u.m.:

3 62 - Fornecimentos e serviços externos

622 - Fornecimentos e serviços

62211 - Electricidade

a 27 - Acréscimos e diferimentos

273 - Acréscimos de custos

2734 - Consumos a liquidar

Energia a pagar em N+1 49 49

------------------------//---------------------------

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I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 25

274 - Proveitos diferidos - registo de receitas ocorridas no exercício, correspondentes a proveitos de exercícios seguintes, por exemplo:

• Rendas e alugueres recebidos

Exemplo

Recebemos em Dezembro do ano N a renda de uma loja que temos alugada, referente ao mês de Janeiro do ano N+1, o lançamento a efectuar será o seguinte:

4 12 - Depósitos à ordem

a 27 - Acréscimos e diferimentos

274- Proveitos diferidos

2741 - Rendas recebidas

Recebimento da renda de Janeiro N+1 120 120

------------------------//---------------------------

Princípio da Prudência

O cumprimento deste princípio visa o registo das provisões do exercício por forma a efectuar as correcções dos valores dos activos que:

• apresentem valores de realização inferiores aos do balanço, é o caso dos títulos e das existências;

• apresentem dúvidas quanto à sua realização, como sejam os clientes que se mostrem difíceis de cobrar.

Respeita também a este princípio a constituição de provisões para fazer face a obrigações e encargos futuros.

Exemplo de constituição de provisões para depreciação de existências:

As existências em armazém foram avaliadas em 12.450 u.m.. O preço de mercado era inferior em 950 u.m. ao valor de aquisição das referidas existências.

Page 32: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 26

Vamos constituir provisão pelo valor de 950 u.m., o lançamento a efectuar será o seguinte:

1 67Provisões do exercício

673 - Para depreciação de existências

6732 - Mercadorias

a 39 - Provisões para depreciação de existências

392 - Mercadorias

Constituição de provisão 950 950

------------------------//---------------------------

Exemplo de constituição de provisões para cobrança duvidosa:

Relativamente ao saldo de clientes, obteve-se a seguinte informação em relação a atrasos de pagamento:

1 Dívidas a 30 dias 300 u.m.

2 Dívidas a 90 dias 400 u.m.

3 Dívidas a 120 dias 50 u.m.

4 Dívidas a 190 dias 40 u.m.

5 Dívidas a 380 dias 100 u.m.

6 Dívidas a em processo judicial 410 u.m.

Vamos respeitar os critérios fiscais definidos no artigo 34 do Código do IRC, nomeadamente:

• 25 % para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses;

• 50 % para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses;

• 75 % para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses;

• 100 % para créditos em mora há mais de 24 meses.

Page 33: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 27

Assim teremos o seguinte valor de provisões:

Divida Escalão Taxa Valor dívida

Valor provisão

30 dias N/A 0 300 u.m. 0 u.m.

90 dias N/A 0 400 u.m. 0 u.m.

120 dias N/A 0 50 u.m. 0 u.m.

190 dias 6 a 12 meses 25% 40 u.m. 10 u.m.

380 dias 12 a 18 meses 50% 100 u.m. 50 u.m.

em processo judicial Total 100% 410 u.m. 410 u.m.

Total 470 u.m.

O lançamento a realizar será o seguinte:

2 67Provisões do exercício

671 - Para cobranças duvidosas

6711 - Dívidas de clientes

a 28 - Provisões para Cobranças duvidosas

281 - Dívidas de clientes

Constituição de provisão 470 470

------------------------//---------------------------

Imaginemos agora que esta empresa apresentava um saldo na sua conta de provisões de 400 u.m., assim só teria que constituir a diferença entre 470 e 400 u.m., ou seja 70 u.m., o lançamento seria:

3 67 Provisões do exercício

671 Para cobranças duvidosas

6711 Dívidas de clientes

a 28 Provisões para Cobranças duvidosas

281 Dívidas de clientes

Reforço de provisão 70 70

------------------------//---------------------------

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IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 28

Se a empresa apresentasse um saldo de 500 u.m. teria que reuzir em 30 u.m. o seu saldo. Quando estamos perante uma redução da necessidade de provisões, ou seja variação negativa da estimatiova de riscos entre dois periodos contabilisticos consecutivos temos que utilizar um conta de Proveitos Extraordinários.

O lançamento a efectuar seria o seguinte:

4 28 Provisões para Cobranças Duvidosas

281 Dívidas de clientes

a 79 Proveitos e Ganhos Extraordinários

796 Redução de amortizações e de provisões

7962 Provisões

Redução de provisão 30 30

------------------------//---------------------------

Movimentação das Contas de Existências para Apuramento do Custo das Vendas e da Variação da Produção

• hipótese de utilização do sistema de inventário permanente;

• hipótese de utilização do sistema de inventário intermitente.

A principal característica que diferencia estes dois tipos de inventário é o facto de no primeiro podermos permanentemente determinar, através dos registos contabilísticos, o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas. As contagens físicas efectuadas na inventariação são muito importantes como meio de controlo.

Salvo se existirem diferenças entre os valores contabilísticos e os valores de inventário, não há necessidade de efectuar qualquer movimento contabilístico para apuramento do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas.

Quando se utiliza o inventário intermitente o apuramento do custo das existências vendidas ou consumidas vai ser efectuado com base nas contagens físicas dos stocks.

Nas empresas que utilizam este tipo de inventário as seguintes contas vão apresentar saldos:

• 31 - Compras (devedor);

• 32 - Mercadorias (devedor).

• 38 - Regularização de existências (devedor ou credor).

Page 35: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 29

Para apurarmos o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (valor a constar na conta 61), iremos:

1. saldar a conta de compras por contrapartida da respectiva conta de existências;

2. saldar as contas de regularizações por contrapartida da respectiva conta de existências;

3. creditar a conta de existências pelo valor dos consumos efectuados, ou seja, pelo Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas, debitando assim a conta 61 (CMVMC).

O CMVMC é determinado da seguinte forma:

CMVMC = Ei + C - Reg - Ef

Ei - Existências inicias

C - Compras

Reg - Regularizações

Ef - Existências finais

Exemplo

As contas da empresa apresentam os seguintes saldos:

• 31 - Compras - Saldo devedor de 100.000 u.m.;

• 32 - Mercadorias - Saldo devedor de 2.000 u.m.;

• 38 - Regularização de existências - Saldo credor de 400 u.m.

Do inventário realizado em 31/12/N soube-se que as existências finais ascendem a 1.250 unidades monetárias.

Vamos efectuar os movimentos de apuramento do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas:

1. saldar a conta de compras por contrapartida da respectiva conta de existências:

1 32 - Existências

a 31 - Compras

Saldar conta de compras 100.000 100.000

------------------------//---------------------------

Page 36: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 30

2. saldar as contas de regularizações por contrapartida da respectiva conta de existências:

2 38 - Regularização de existências

a 32 - Existências

Saldar conta de regularizações 400 400

------------------------//---------------------------

3. creditar a conta de existências pelo valor do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas por contrapartida da conta 61.

CMCMC = 2.000 + 100.000 - 400 - 1.250 = 100.350

3 61 - CMVMC

a 32 - Existências

Apuramento do CMVMC 100.350 100.350

------------------------//---------------------------

Os lançamentos no razão serão:

31- Compras

100.000 (1) 100.000

e

32 - Mercadorias

2.000 (2) 400

(1) 100.000 (3) 100.350

Saldo final = Ef = 1.250

38 - Regularização de existências

(2) 400 400

Page 37: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 31

61 - Custo Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas

(3) 100.350

Contabilização de Amortizações do Exercicio

Anualmente são contabilizados os valores correspondentes á parcela proporcional á vida útil de cada bem a titulo de depreciação na rubrica de Amortizações,

A vida útil dos bens é o periodo durante o qual se reintegram ou amortizam os bens integralmente, assim é expressa em anos ou meses.

As amortizações estão enquadradas pelo Decreto Regulamentar nº2/90 de 12 de Janeiro.

Neste Decreto estão definidos os diversos métodos de amortização e as taxas máximas e minimas a que as mesmas podem ser calculdas.

Assim um equipamento adquirido em 1998 pelo valor de 10.000 u.m. cuja vida util estimada é de 5 anos poderá ser amortizado nesses cinco anos em parcelas mensais de 2.000 u.m. efectuando-se o seguinte lançamento:

1 66 – Amortizações do exercicio

662 – Imobilizações corpóreas

a 42 – Imobilizações Corpóreas

423 – Equipamento Básico

Amortização anual Máquina X 2.000 2.000

------------------------//---------------------------

Page 38: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 32

Exercícios Propostos

1. A empresa Z Lda apresentava em 31.12.N um saldo contabilístico na conta de depósitos à ordem devedor de 4.220 u.m.. No entanto, o saldo evidenciado na mesma data pelo seu extracto bancário era de 2.510 u.m..

Tendo presentes as informações a seguir indicadas, efectue a reconciliação dos dois saldos e prepare os lançamentos de rectificação ou de regularização a efectuar antes do encerramento de N:

1. em 31/12/N foram considerados depositados cheques no valor de 923 u.m. que, por problemas com o carro do paquete, apenas chegaram ao banco a 2/1/N+1;

2. estava lançado, com data de 28/12/N, no extracto de conta bancário a devolução do cheque do cliente Alberto Lda, no valor de 800 u.m.;

3. constam do extracto da empresa um conjunto de cheques cujos, beneficiários ainda não apresentaram a desconto junto do banco:

cheque 123 - 100 u.m.

cheque 148 - 4 u.m.

cheque 145 - 7 u.m.

cheque 432 - 15 u.m.

cheque 540 - 8 u.m.

cheque 840 - 4 u.m.

4. no extracto de conta bancário está debitado o valor de 125 u.m. referente ao pagamento de juros ocorrido em 31/12/N, a empresa ainda contabilizou este facto por não ter recebido o respectivo aviso de débito bancário.

Page 39: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 33

Resolução

1 Saldo da conta de depósitos à ordem na nossa contabilidade 4.200

2 Depósito não efectuado -923

3 Cheque devolvido por lançar -800

4 Cheques não descontados +138

5 Juros debitados -125

6 Saldo na conta de depósitos à ordem no Banco 2.510

Lançamentos a realizar:

1. Corrigir o depósito não efectuado, efectuar lançamento de estorno do depósito inicial:

1 21 - Clientes

211 - Clientes c/c

a 12 - Depósitos à ordem

Estorno de lançamento 923 923

------------------------//---------------------------

2. Lançar o cheque devolvido do cliente Alberto Lda.

2 21 - Clientes

211 - Clientes c/c

a 12 - Depósitos à ordem

Cheque devolvido de Alberto Lda. 800 800

------------------------//---------------------------

3. Lançar os juros debitados pelo banco.

3 68 - Custos e perdas financeiras

681 - Juros suportados

a 12 - Depósitos à ordem

Juros debitados em 31/12/N 125 125

------------------------//---------------------------

Page 40: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 34

2. Com base nos elementos seguintes pretende-se que efectue a conferência da conta corrente do fornecedor de serviços informáticos “Silva Santos Lda.”

O fornecedor informou-nos que o saldo a seu favor é de 5.800 u.m. em 31/12/N, composto pelas seguintes facturas:

• Factura 43 - 1.250 u.m. de 6/N

• Factura 50 - 4.500 u.m. de 8/N

• Factura 55 - 55 u.m. de 9/N

Na nossa contabilidade o extracto de conta corrente do referido fornecedor apresenta o seguinte movimento:

Data Movimento Débito Crédito

Janeiro Factura 2 1.000

Fevereiro Factura 35 500

Março Pagamento facturas 2 e 35 1.500

Abril Factura 40 4.950

Abril Pagamento factura 40 4.950

Agosto Factura 50 4.500

Setembro Factura 55 50

Totais 6.450 11.000

Saldo antes dos lançamentos 0

Saldos após os lançamentos 4.500

Resolução

Após a reconciliação da nossa conta com os valores apresentados pelo nosso fornecedor constatamos que não foi efectuado o lançamento da factura 43 de 1.250 u.m., que por lapso foi tomada por um recibo e como tal arquivada sem qualquer lançamento contabilístico.

O lançamento a efectuar é o seguinte.

1 62 - Fornecimentos e Serviços Externos

62236 - Trabalhos especializados

a 26 – Outros Devedores e Credores

268 – Devedores e Credores Diversos

2682 - Silva Santos Lda. Factura 43 1.250

Page 41: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 35

3. Com base no balancete de verificação seguinte efectue os lançamentos de regularização decorrentes do trabalho de inventário.

Empresa dos Parafusos Unidos Lda. Conta Nome da Conta Saldo Saldo

Devedor Credor

11 Caixa 14.000 0 12 Depósitos à ordem 123.467 0 15 Títulos negociáveis 92.000 0 19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 4.400 21 Clientes 382.867 0 22 Fornecedores 10.000 284.400 24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000 26 Outros devedores e credores 8.600 15.333 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 9.467 29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600 31 Compras 1.639.067 0 32 Mercadorias 324.200 0 39 Provisão p/ depreciação existências 0 16.333 41 Investimentos financeiros 200.000 0 42 Imobilizações corpóreas 176.133 0 43 Imobilizações Incorpóreas 16.333 0 48 Amortizações acumuladas 0 83.000 51 Capital 0 333.333 55 Reservas 0 214.000 59 Resultados transitados 0 30.667 62 Fornecimentos e serviços externos 257.067 0 64 Custos com o pessoal 831.600 0 68 Custos e perdas financeiras 54.933 0 69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0 71 Vendas 0 3.041.333 72 Prestações de serviços 0 36.200 78 Proveitos e ganhos financeiros 0 35.467 79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 12.267 4.224.800 4.224.800

Informações complementares:

• As remunerações de férias e respectivo subsídio a processar no ano N+1 relativas ao trabalho prestado no ano N, foram pagos ascendem a 12.000 u.m., sendo os encargos de 23,75%;

Page 42: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 36

• Em Janeiro de N+1 consumos referentes ao ano N+1:

• Água - 420 u.m. (Iva incluído a 5%)

• Energia - 1.400 u.m. (Iva incluído a 5%)

• Telefone - 1.160 u.m. (Iva incluído a 17%);

• Na conta 78 está contabilizada a renda recebida em Dezembro, referente ao mês de Janeiro do ano N+1 da loja arrendada, o valor da renda líquida de IRC foi de 1.300 u.m. (a taxa de retenção na fonte é de 20%);

• Existem dívidas em mora de clientes nos seguintes montantes e escalonadas em função da data de vencimento:

• 16.000 u.m. entre 6 e 12 meses;

• 10.000 u.m. entre 18 e 24 meses;

• 6.120 u.m. com mais de 24 meses.

• O inventário de existências resultou em 375.000 u.m., no entanto verifica-se a existência de stock valorizados ao preço de custo de 27.000 u.m. cujo valor de mercado actualmente ronda os 23.420 u.m.;

• O saldo da conta 15 - Títulos negociáveis é composto por 100 acções de valor nominal de 1.000 u.m. adquiridas por 920 u.m. cada, a cotação em 31.12/N é de 800 u.m.;

• As amortizações do exercício serão as seguintes:

• Para investimentos financeiros - 3.000 u.m.

• Para imobilizações corpóreas - 20.789 u.m.

• Para imobilizações incorpóreas - 1.980 u.m.

• O valor de Amortizações acumuladas reparte-se da seguinte forma:

• Imobilizações corpóreas - 74.800 u.m.

• Imobilizações incorpóreas - 8.200 u.m..

Page 43: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 37

Lançamento a efectuar no diário:

1 64 - Custos com o pessoal

642 - remunerações do pessoal

a 27 - Acréscimos e diferimentos

273 - Acréscimos de custos

2732 - Remunerações a liquidar

Contabilização das férias e subsidio de férias (1) 29.700 29.700

---------------------------//---------------------------

2 Diversos

a 27 - Acréscimos e diferimentos

273 - Acréscimos de custos

2739 - Outros

Serviços referentes a Dezembro

62 - Fornecimentos e serviços externos

622 - Fornecimentos e serviços

62211 - Electricidade 1.333

62213 - Água 400

62222 - Comunicações 991 2.725

---------------------------//---------------------------

3 78 - Proveitos e ganhos financeiros

a 27 - Acréscimos e diferimentos

274 - Proveitos diferidos

2741 - Rendas

Renda de Janeiro 1.625 1.625

---------------------------//---------------------------

67 - Provisões do exercício

671 - Para cobranças duvidosas

6711 - Dívidas de clientes

a 28 - Provisões para cobrança duvidosa

281 - Dividas de clientes

Constituição de provisões 8.153 8.153

-------------------------//----------------------------

5 39 - Provisões para depreciação de existências

Page 44: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 38

392 - Mercadorias

a 79 - Proveitos e ganhos extraordinários

796 - Reduções de amortizações e de provisões

7962 - Provisões 12.753 12.753

-------------------------//----------------------------

6 68 - Custos e perdas financeiras

684 - Provisões para aplicações financeiras

6841 - Títulos negociáveis

a 19 - Provisões para aplicações de tesouraria

195 - Títulos negociáveis 7.600 7.600

-------------------------//----------------------------

7 Diversos

a Diversos

Amortizações anuais

68 - Custos e perdas financeiras

683 - Amortizações de investimentos em imóveis 3.000

66 - Amortizações do exercício

662 - Imobilizações corpóreas 10.789

663 - Imobilizações incorpóreas 1.980

a 48 - Amortizações acumuladas

481 - De investimentos em imóveis 3.000

482 - De imobilizações corpóreas 20.789

483 - De imobilizações incorpóreas 1.980 25.769

------------------------//---------------------------

Explicação dos valores:

1. Férias e subsidio de férias:

12.000 x 2 x 1,2375 = 29.700

Page 45: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 39

2. Custos do ano N a pagar no ano N+1:

Valor total IVA Custo

Água 420 5% 400

Energia 1.400 5% 1.333

Telefones 1.160 17% 991

3. Renda recebida

1.300 Valor Bruto = ---------------- = 1625 0,8

IRC (retenção fonte 20% VB)=325

Valor líquido de renda=1300

4. Provisões de cobrança duvidosa

Mora Valor Taxa Provisão

6 a 12 meses 16.000 25% 4.000

18 a 24 meses 10.000 75% 7.500

+ de 24 meses 6.120 100% 6.120

Total 32.120 17.620

A provisão existente é de 9.467, pelo que vamos constituir a diferença

5. A provisão para depreciação de existências necessária é de (27.000 - 23.420), ou seja 3.580 u.m.. Como o valor existente é de 16.333 (12753 u.m.) pelo que temos que regularizar o excesso.

6. A provisão para títulos negociáveis necessária é de 120 u.m. por cada título, ou seja:

120 x 100 = 12.000 u.m.

Como existe uma provisão de 4.400 u.m. vamos constituir a diferença (7600u.m.).

Page 46: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 40

4. BALANCETE RECTIFICADO

O balancete rectificado é aquele em que os saldos apresentados estão de acordo com os inventários efectuados.

Neste balancete as contas de custos e perdas, proveitos e ganhos expressam as componentes negativas e positivas do resultado do exercício.

É o balancete rectificado que serve de ponto de partida para o apuramento de resultados.

Exemplo

1. Suponhamos que a empresa Luar de Agosto apresentava o balancete anexo referente a 31/12/N, sendo também conhecidas as seguintes informações:

• Desdobramento da conta 31 - Compras:

Mercadorias - 1.476.555 u.m.

Matérias-primas 168.064 u.m. 1.644.619 u.m.

• Existências finais (inventário)

Mercadorias 366.959 u.m.

Matérias-primas 87.716 u.m.

Produtos acabados 11,298 u.m. 465.973 u.m.

• Amortizações do exercício.

Imobilizações corpóreas - 81.708 u.m.

Imobilizações incorpóreas - 6.895 u.m.

• Juros a pagar do financiamento bancário - 2.704 u.m.

• A renda do escritório referente ao mês de Janeiro foi liquidada e contabilizada em Dezembro na conta 62 - Fornecimentos e serviços externos no valor de 3.260 unidades monetárias.

• Não se encontram ainda contabilizadas as férias e subsidio de férias a liquidar no ano N+1, o valor mensal é de 30.000 u.m. e os encargos sociais ascendem a 23,75%.

Para obtermos o balancete rectificado temos que efectuar estes movimentos de regularização. Vamos efectuá-los no Diário e no Razão e, posteriormente, elaboramos o balancete rectificado:

Anexo - Balancete de verificação

Page 47: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 41

Balancete de 1º grau Empresa “Luar de Agosto” unid:u.m.

Conta Nome da Conta Acumulados anuais Saldo

Débito Crédito Devedor Credor

11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.68112 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.06321 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.69622 Fornecedores 2.622.226 3.037.170 414.94423 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.50024 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.25325 Sócios 49.270 193.329 144.05926 Outros devedores e credores 596.982 597.193 21127 Acréscimos e diferimentos 69.745 152.293 82.54828 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.00931 Compras 1.766.151 121.532 1.644.61932 Mercadorias 239.970 0 239.97033 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.28336 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 59.890 0 59.89041 Investimentos financeiros 53.547 0 53.54742 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.89243 Imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.49144 Imobilizações em curso 59.697 4.392 55.30548 Amortizações acumuladas 42.452 504.804 462.35251 Capital 0 295.567 295.56755 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 10.49356 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.42557 Reservas 266.574 699.954 433.38059 Resultados transitados 64.173 64.173 062 Fornecimentos e serviços externos 579.231 34.252 544.97963 Impostos 18.799 32 18.76764 Custos com o pessoal 469.427 0 469.42765 Outros custos operacionais 1.206 0 1.20668 Custos e perdas financeiras 121.612 2.348 119.26469 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.02771 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.61972 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.25373 Proveitos suplementares 0 4.655 4.65578 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.56279 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.27788 Resultado Liquido do exercício 64.173 64.173 0

Total 28.340.886 28.340.886 0

Page 48: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 42

Lançamentos no diário de operações diversas - regularizações:

(1) 321 Mercadorias

a 312 Compras

Transferência das compras 1.476.555 1.476.555

------------------//-----------------

(2) 361 Matérias primas, subsidiárias e de consumo

a 316 Compras

Transferência das compras 168.054 168.064

------------------//-----------------

(3) 612 Custo mercadorias vendidas e consumidas (1)

a 321 Mercadorias

Apuramento do custo das mercadorias vendidas

1.349.566 1.349.566

------------------//-----------------

(4) 616 Custo mercadorias vendidas e consumidas (2)

a 361 Matérias primas, subsidiárias e de consumo

Apuramento do custo das matérias primas consumidas

140.238 140.238

------------------//-----------------

(5) 66 Amortizações do exercício

a 482 Amortizações acumuladas

Imobilizados corpóreos 81.708 81.708

------------------//-----------------

(6) 66 Amortizações do exercício

a 483 Amortizações acumuladas

Imobilizados incorpóreos 6.895 6.895

------------------//------------------

(7) 681 Custos financeiros

a 273 Acréscimos de custos

Juros a liquidar 2.704 2.704

------------------//------------------

(8) 272 Custos diferidos

a 622 Fornecimentos e serviços externos

Renda de Janeiro 3.260 3.260

------------------//------------------

Page 49: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 43

(9) Diversos

a 273 Acréscimos de custos

Remunerações a liquidar (3)

642 Remunerações do pessoal 60.000

645 Encargos sobre remunerações 14.250 74.250

------------------//------------------

(1) O Custo das mercadorias vendidas e consumidas (CMVC)é calculado da seguinte forma:

CMVC = Existências iniciais + Compras - Existências finais

CMVC = 239.970 +1.476.555 - 366.959

CMVC = 1.349.566

(2) O Custo das matérias primas consumidas (CMPC) é calculado da seguinte forma:

CMPC = Existências iniciais + Compras - Existências finais

CMPC = 59.890 + 168.064 - 87.716

CMPC = 140.238

(3) O valor das remunerações a pagar é calculado da seguinte forma:

valor de 1 mês de ordenados - 30.000 u.m.

valor de 2 meses de ordenados - 30.000 u.m. x 2 = 60.000 u.m.

valor dos encargos - 60.000 u.m. x 0,2375 = 14.250 u.m.

Procedemos em seguida aos lançamentos no razão:

321 - Mercadorias

239.970 (3) 1.349.566

(1) 1.476.555

1.716.525 1.349.566

Saldo devedor de 366.959

Page 50: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 44

31 - Compras

1.766.151 121.532

(1) 1.476.555

(2) 168.064

1.766.151 1.766.151

Conta saldada

36 - Matérias primas, subsidiárias e de consumo

59.890

(2) 168.064 (4) 140.238

227.954 140.238

Saldo devedor de 87.716

61- Custo das mercadorias vendidas e consumidas

(3) 1.349.566

(4) 140.238

1.489.804

Saldo devedor de 1.489.804

66 - Amortizações do exercício

(5) 81.708

(6) 6.895

88.603

Saldo devedor de 88.603

48 - amortizações acumuladas

42.452 504.804

(5) 81.708

(6) 6.895

42.452 593.407

Saldo credor de 550.955

Page 51: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 45

Sendo de Imobilizações Incorpóreas - 39.491 u.m. e de Imobilizações Corpóreas 511.464 u.m.

68 - Custos financeiros

121.612 2.348

(7) 2.704

124.316 2.348

Saldo devedor de 121.968

27 - Acréscimos e diferimentos

69.745 152.293

(8) 3.260 (7) 2.704

(9) 74.250

73.005 229.247

Saldo credor de 156.242

62 - Fornecimentos e serviços externos

579.231 34.252

(8) 3.260

579.231 37.512

Saldo devedor de 541.719

64 - Custos com o pessoal

469.427

(9) 74.250

543.677

Saldo devedor de 543.677

Balancete rectificado antes do apuramento de resultados

Balancete de 1º grau

Page 52: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 46

Empresa “Luar de Agosto” Acumulados anuais Saldo (u.m)

Conta Nome da Conta Débito (u.m.) Crédito (u.m.) Devedor Credor

11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681 12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063 21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696 22 Fornecedores 2.622.226 3.037.170 414.94423 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.50024 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.25325 Sócios 49.270 193.329 144.05926 Outros devedores e credores 596.982 597.193 21127 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 156.24228 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.00931 Compras 1.766.151 1.766.151 0 032 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959 33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283 36 Mat. primas, subsidiárias consumo 227.954 140.238 87.716 41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547 42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892 43 Imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491 44 Imobilizações corpóreas em curso 59.697 4.392 55.305 48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 550.95551 Capital 0 295.567 295.56755 Ajust. partes cap.fil. e assoc. 409.962 420.455 10.49356 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.42557 Reservas 266.574 699.954 433.38059 Resultados transitados 64.173 64.173 0 061 Custo mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 0 1.489.804 62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 37.512 541.719 63 Impostos 18.799 32 18.767 64 Custos com o pessoal 543.677 0 543.677 65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206 66 Amortizações do exercício 88.603 0 88.603 68 Custos e perdas financeiras 124.316 2.348 121.968 69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027 71 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.61972 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.25373 Proveitos suplementares 0 4.655 4.65578 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.56279 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.27788 Resultado Liquido do exercício 64.173 64.173 0

Total 31.644.126 31.644.126 0 0

Page 53: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 47

2. Vamos preparar o balancete rectificado antes de apuramento de resultados da empresa Parafusos Unidos, para tal peguemos no Balancete após movimento de regularização, obtido anteriormente

Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor

11 Caixa 14.000 0

12 Depósitos à ordem 123.467 0

15 Títulos negociáveis 92.000 0

19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000

21 Clientes 382.867 0

22 Fornecedores 10.000 284.400

24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000

27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050

26 Outros devedores e credores 8.600 15.333

28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620

29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600

31 Compras 1.639.067 0

32 Mercadorias 324.200 0

39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580

41 Investimentos financeiros 200.000 0

42 Imobilizações corpóreas 176.133 0

43 Imobilizações Incorpóreas 16.333 0

48 Amortizações acumuladas 0 108.769

51 Capital 0 333.333

55 Reservas 0 214.000

59 Resultados transitados 0 30.667

62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0

64 Custos com o pessoal 861.300 0

66 Amortizações do exercício 22.769 0

67 Provisões do exercício 8.153 0

68 Custos e perdas financeiras 65.533 0

69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0

71 Vendas 0 3.041.333

72 Prestações de serviços 0 36.200

78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842

79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020

Total 4.298.747 4.298.747

Page 54: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 48

Resolução

Vamos apurar o Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas, sabendo que as existências finais apuradas pelo Inventário são de 165.754 u.m.:

CMVMC = 324.200+ 1.639.067 - 165.754 = 1.797.513

O lançamento a efectuar é o seguinte:

32 Existências

321 Mercadorias

a 31 Compras

312 Mercadorias

Transferência das compras 1.639.067 1.639.067

------------------//------------------

61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

612 Mercadorias

a 32 Existências

321 Mercadorias

Apuramento do custo das mercadorias vendidas

1.797.513 1.797.513

------------------//------------------

Page 55: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 49

Obtemos o seguinte balancete rectificado antes de apuramento de resultados:

Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor

11 Caixa 14.000 0

12 Depósitos à ordem 123.467 0

15 Títulos negociáveis 92.000 0

19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000

21 Clientes 382.867 0

22 Fornecedores 10.000 284.400

24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000

27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050

26 Outros devedores e credores 8.600 15.333

28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620

29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600

31 Compras 0 0

32 Mercadorias 165.754 0

39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580

41 Investimentos financeiros 200.000 0

42 Imobilizações corpóreas 176.133 0

43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0

48 Amortizações acumuladas 0 108.769

51 Capital 0 333.333

55 Reservas 0 214.000

59 Resultados transitados 0 30.667

61 Custo merc. vendidas e mat. Cons. 1.797.513 0

62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0

64 Custos com o pessoal 861.300 0

66 Amortizações do exercício 22.769 0

67 Provisões do exercício 8.153 0

68 Custos e perdas financeiras 65.533 0

69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0

71 Vendas 0 3.041.333

72 Prestações de serviços 0 36.200

78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842

79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020

Total 4.298.747 4.298.747

Page 56: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 50

5. APURAMENTO DE RESULTADOS

Tendo por objectivo final apurar o valor do resultado líquido do exercício que estamos a encerrar, vamos transferir os saldos das contas de Custos e Perdas e de Proveitos e Ganhos para as principais contas de Resultados, e fazer transferências entre saldos das próprias contas de Resultados.

Relembremos as contas de que estamos a tratar:

Classe 6 - Contas de Custos e Perdas

Conta 61 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

Conta 62 - Fornecimentos e serviços externos

Conta 63 - Impostos

Conta 64 - Custos com o pessoal

Conta 65 - Outros custos e perdas operacionais

Conta 66 - Amortizações do exercício

Conta 67 - Provisões do exercício

Conta 68 - Custos e perdas financeiros

Conta 69 - Custos e perdas extraordinárias

Classe 7 - Contas de proveitos e ganhos

Conta 71 - Vendas

Conta 72 - Prestações de serviços

Conta 73 - Proveitos suplementares

Conta 74 - Subsídios à exploração

Conta 75 - Trabalhos para a própria empresa

Conta 76 - Outros proveitos e ganhos operacionais

Conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros

Conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários

Page 57: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 51

Classe 8 - Resultados

Conta 81 - Resultados operacionais

Conta 82 - Resultados financeiros

Conta 83 - Resultados correntes

Conta 84 - Resultados extraordinários

Conta 85 - Resultados antes de impostos

Conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício

Conta 88 - Resultado liquido do exercício

Conta 89 - Dividendos antecipados

O apuramento de resultados faz-se sequencialmente, respeitando os códigos das contas mencionadas na classe 8 (Resultados). Serão as seguintes as fases a considerar:

1. Apuramento dos resultados operacionais;

2. Apuramento dos resultados financeiros;

3. Apuramento dos resultados correntes;

4. Apuramento dos resultados extraordinários;

5. Apuramento dos resultados antes de impostos;

6. Cálculo da estimativa de Imposto (IRC);

7. Apuramento do resultado liquido do exercício.

As contas de resultados são movimentadas:

• a débito pelos saldos devedores das contas de custos e perdas, e,

• a crédito pelos saldos credores das contas de proveitos e ganhos;

pelo que,

• um saldo devedor numa conta de resultados representa um prejuízo, e,

• um saldo credor numa conta de resultados representa um lucro.

Page 58: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 52

Apuramento dos Resultados Operacionais

Vamos movimentar a conta 81 - Resultados Operacionais:

• A débito

1. pelos saldos das contas da classe 6 - Custos e perdas, e,

2. pelo valor das existências iniciais de:

produtos acabados e intermédios (conta 33);

subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos (conta 34);

produtos e trabalhos em curso (conta 35)

• A crédito

1. pelos saldos das contas da classe 7 - Proveitos e ganhos, e,

2. pelo valor das existências finais de:

produtos acabados e intermédios (conta 33);

subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos (conta 34);

produtos e trabalhos em curso (conta 35)

Esquematicamente:

Débito 81 - Resultados Operacionais Crédito

Conta 61 → ← Conta 71

Conta 62 → ← Conta 72

Conta 63 → ← Conta 73

Conta 64 → ← Conta 74

Conta 65 → ← Conta 75

Conta 66 → ← Conta 76

Conta 67 →

Existências Iniciais: Existências Finais:

Conta 33 → ← Conta 33

Conta 34 → ← Conta 34

Conta 35 → ← Conta 35

O saldo da conta 81 representa o Resultado Operacional.

Page 59: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 53

Exemplo

1. Sabendo a empresa Fruta Verde apresenta os seguintes dados. Vamos calcular os diversos tipos de resultados:

32 - Existências iniciais de mercadorias 5.000 u.m.

32 - Existências finais de mercadorias 7.000 u.m

31 - Compras 100.000 u.m.

61 - Custo das mercadorias vendidas 98.000 u.m.

62 - Fornecimentos e serviços externos 25.000 u.m.

64 - Custos com o pessoal 15.000 u.m.

68 - Custos e perdas financeiros 4.500 u.m.

69 - Custos e perdas extraordinários 8.050 u.m.

71 - Vendas 140.000 u.m

73 - Proveitos suplementares 1.200 u.m.

79 - Proveitos e ganhos extraordinários 10.000 u.m.

O Resultado Operacional será obtido com o seguinte lançamento no Diário:

(1) Diversos Resultados Operacionais

a 81

Transferência de Proveitos

71 Vendas 140.000

73 Proveitos suplementares 1.200 141.200 ------------------//----------------

(2) 81

a Diversos Resultados operacionais

Transferência de Custos

a 61 Custo das mercadorias vendidas 98.000

a 62 Fornecimentos e serviços externos 25.000

a 64 Custos com pessoal 15.000 138.000 -----------------//----------------

61 - Custo das mercadorias vendidas

163.000 (2) 163.000

Saldo = 0

Page 60: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 54

62 - Fornecimentos e serviços externos

25.000 (2) 25.000

Saldo = 0

64 - Custos com o pessoal

15.000 (2) 15.000

Saldo = 0

71 - Venda de mercadorias

(1) 140.000 140.000

Saldo = 0

73 - Proveitos suplementares

(2) 1.200 1.200

Saldo = 0

81 - Resultados operacionais

(2) 98.000 (1) 140.000

(2) 25.000 (1) 1.200

(2) 15.000

Saldo Credor

3.200

141.200 141.200

Apuramento dos Resultados Financeiros

Vamos movimentar a conta 82 - Resultados Financeiros

O resultado financeiro resulta da comparação dos saldos das contas 68 - Custos e perdas financeiros e da conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros.

Page 61: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 55

É movimentada:

• A débito pelo saldo da conta 68 - Custos e perdas financeiras

• A crédito pelo saldo da conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros

Esquematicamente:

Débito 82 - Resultados Financeiros Crédito

Conta 68 → ← Conta 78

O saldo da conta 82 representa o Resultado Financeiro.

No exemplo apresentado efectuaremos o seguinte lançamento no Diário:

(3) 82 Resultados Operacionais

a 68 Custos e perdas financeiras

Transferência de Custos 4.500 4.500

68 - Custo e perdas financeiros

4.500 (3) 4.500

82 - Resultados financeiros

(3) 4.500

Apuramento dos Resultados Correntes

Esta conta pode ser ou não movimentada, desse facto dependerá a forma de apuramento do resultado na conta 85 - Resultado antes de impostos.

Vamos movimentar a conta 83 - Resultados Correntes.

Page 62: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 56

Esta conta recebe os saldos das duas contas movimentadas anteriormente:

• 81 - Resultados Operacionais, e,

• 82 - Resultados Financeiros

Consoante as contas 81 e 82 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a crédito a conta 83 - Resultados Correntes.

Esquematicamente:

Débito 83 - Resultados Correntes Crédito

Conta 81 e 82 quando

→ ← Conta 81 e 82 quando

saldo devedor saldo credor

O saldo da conta 83 representa o Resultado Corrente.

No seguimento do nosso exemplo teremos:

(4) 83 Resultados Correntes

a 82 Resultados Financeiros

Transferência do resultado financeiro

4.500 4.500

(5) 81 Resultados Operacionais

a 83 Resultados Correntes

Transferência de Resultados Operacionais

3.200 3.200

82 - Resultados financeiros

(3) 4.500 (4) 4.500

Page 63: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 57

81 - Resultados operacionais

(2) 98.000 (1) 140.000

(2) 25.000 (1) 1.200

(2) 15.000

(5) 3.200

141.200 141.200

83 - Resultados Correntes

(4) 4.500 (5) 3.200

Apuramento dos Resultados Extraordinários

Vamos movimentar a conta 84 - Resultados Extraordinários

O resultado extraordinário resulta da comparação dos saldos das contas 69 - Custos e perdas extraordinários e da conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários.

É movimentada:

• A débito pelo saldo da conta 69 - Custos e perdas extraordinárias

• A crédito pelo saldo da conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários

Esquematicamente:

Débito 84 - Resultados Extraordinários Crédito

Conta 69 → ← Conta 79

O saldo da conta 84 representa o Resultado Extraordinário.

No exemplo apresentado teremos:

(6) 84 Resultados Extraordinários

a 69 Custos e perdas extraordinárias

Transferência dos custos extraordinários

8.050 8.050

Page 64: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 58

(7) 79 Proveitos e ganhos extraordinários

a 84 Resultados Extraordinários

Transferência dos proveitos extraordinários

10.000 10.000

69 - Custos e perdas extraordinárias

8.050 (6) 8.050

79 - Proveitos e ganhos extraordinários

(7) 10.000 10.000

84 - Resultados Extraordinários

(6) 8.050 (7) 10.000

Apuramento dos Resultados antes de Impostos

Esta conta tem movimentação facultativa, dela dependendo a forma de movimentação da conta 88 - Resultado liquido do exercício.

Este apuramento faz-se na conta 85 e esta pode ser movimentada de duas formas, dependendo da movimentação ou não da conta 83 - Resultados Correntes, como anteriormente referimos.

Se tivermos utilizado a conta 83 esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente:

• 83 - Resultados Correntes, e,

• 84 - Resultados Extraordinários.

Consoante as contas 83 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a crédito a conta 85 - Resultados antes de impostos.

Page 65: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 59

Esquematicamente:

Débito 85 - Resultados antes de impostos Crédito

Conta 83 e 84 se → ← Conta 83 e 84 se

saldo devedor saldo credor

O saldo da conta 85 representa o resultado antes de impostos.

No nosso exemplo teremos:

(8) 85 Resultados antes de impostos

a 83 Resultados correntes

Transferência dos resultados correntes

1.300 1.300

83 - Resultados correntes

(4) 4.500 (5) 3.200

(8) 1.300

(9) 84 Resultados extraordinárias

a 85 Resultados antes de impostos

Transferência dos resultados extraordinários

1.950 1.950

84 - Resultados extraordinários

(6) 8.050 (7) 10.000

(9) 1.950

85 - Resultados antes de impostos

(8) 1.300 (9) 1.950

Page 66: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 60

O resultado antes de impostos é de 650 u.m.- Saldo Credor - Lucro.

Alternativamente

Esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente:

• 81 - Resultados operacionais;

• 82 - Resultados financeiros, e,

• 84 - Resultados extraordinários

Consoante as contas 81, 82 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a crédito a conta 85 - Resultados antes de impostos.

Esquematicamente:

Débito 85 - Resultados antes de impostos Crédito

Conta 81, 82 e 84 → ← Conta 81, 82 e 84

se saldo devedor se saldo credor

O saldo da conta 85 representa o resultado antes de impostos.

No nosso exemplo teremos:

(10) 81 Resultados correntes

a 85 Resultados antes de impostos

Transferência dos resultados correntes

3.200 3.200

81 - Resultados operacionais

(2) 98.000 (1) 140.000

(2) 25.000 (1) 1.200

(2) 15.000

(10) 3.200

141.200 141.200

Page 67: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 61

(11 85 Resultados antes de impostos

a 82 Resultados financeiros

Transferência dos resultados financeiros

4.500 4.500

82 - Resultados financeiros

(3) 4.500 (11) 4.500

(12) 84 Resultados extraordinários

a 85 Resultados antes de impostos

Transferência dos resultados extraordinários

1.950 1.950

84 - Resultados extraordinários

(6) 8.050 (7) 10.000

(12) 1.950

85 - Resultados antes de impostos

(11) 4.500 (10) 3.200

(12) 1.950

O resultado antes de impostos apurado é de 650 u.m., saldo credor da conta 85.

Cálculo da Estimativa de Imposto (IRC)

Numa economia sujeita a imposto sobre o rendimento, no caso português o IRC - Imposto sobre o Rendimento das pessoas Colectivas, este valor tem que ser expresso nas contas das empresas:

• porque se traduz numa obrigação - Imposto a pagar ao Estado, e,

• porque representa uma afectação de resultados - diminuindo o valor de resultado líquido da empresa.

Page 68: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 62

É uma realidade cuja movimentação não se limita às contas da classe 8 - Resultados e que engloba dois movimentos:

1. Reconhecimento da obrigação de pagar ao Estado o montante da estimativa feita:

• Débito - conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício;

• Crédito - conta 24 - Impostos sobre o rendimento.

86 - Imposto sobre rendimento do exercício

24 - Imposto sobre o rendimento

(1) (1)

2. Transferência da estimativa feita para a conta 88 - Resultado líquido:

• Débito - conta 88 - Resultado liquido do exercício;

• Crédito - conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício.

86 - Imposto sobre rendimento do exercício

88 - Resultado líquido do exercício

(2) (2)

Vamos considerar que no nosso exemplo o valor da estimativa é de 34% para IRC, incidindo a taxa de derrama de 10%, ou seja (34% x 1,1 = 37,4%)

O valor da estimativa de imposto a pagar é de:

650 u.m. x 37,4% = 243 u.m.

3. Reconhecimento da obrigação de pagar ao Estado o montante da estimativa feita:

86 - Imposto sobre rendimento do exercício

24 - Imposto sobre o rendimento

(12) 243,1 243,1 (12)

Page 69: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 63

4. Transferência da Estimativa feita para a conta 88 - Resultado Liquido:

86 - Imposto sobre rendimento do exercício

88 - Resultado Liquido do exercício

243,1 243,1 (13) 243,1

Apuramento do Resultado Liquido do Exercício

Este apuramento faz-se na conta 88. Esta pode ser movimentada de duas formas, dependendo da movimentação ou não das contas 83 - Resultados Correntes e 85 - Resultados Correntes, como anteriormente referimos.

Esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente:

• 85 - Resultados antes de impostos, e,

• 86 - Estimativa de imposto sobre o rendimento

se tivermos utilizado a conta 85.

Consoante a conta 84 apresente saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a crédito a conta 88 - Resultado Líquido do Exercício.

Esquematicamente:

Débito 88 - Resultado liquido do exercício Crédito

Conta 86 →

Conta 85 se saldo devedor

→ ← Conta 85 se saldo credor

O saldo da conta 88 representa o resultado liquido do exercício.

Alternativamente esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente:

• 81 - Resultados operacionais;

• 82 - Resultados financeiros,

• 84 - Resultados extraordinários, e,

• 86 - Estimativa de imposto sobre o rendimento

Page 70: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 64

Consoante as contas 81, 82 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a crédito a conta 88 - Resultado liquido do exercício.

Esquematicamente:

Débito 88 - Resultado liquido do exercício Crédito

Conta 86 →

Conta 81, 82 e 84 → ← Conta 81, 82 e 84

se saldo devedor se saldo credor

O saldo da conta 88 representa o Resultado liquido depois de impostos.

No nosso exercício teremos o seguinte movimento:

(14) 85 Resultados antes de impostos

a 88 Resultados líquidos

Transferência dos resultados antes de impostos

650

Débito 88 - Resultado liquido do exercício Crédito

(13) 243,1 (15) 650

Saldo credor (Lucro) de 406,9

Page 71: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 65

Exercício de Aplicação 2

Vamos efectuar o apuramento de resultados da empresa Luar de Agosto:

Do Balancete rectificado antes do apuramento de resultados apenas nos interessam as contas das classes 6 e 7 e as informações referentes às suas existências de produtos acabados:

Balancete de 1º grau

Empresa “Luar de Agosto” unid:u.m.

Conta Descrição Acumulados anuais Saldo

Débito Crédito Devedor Credor

61 Custo mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 0 1.489.804

62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 37.512 541.719

63 Impostos 18.799 32 18.767

64 Custos com o pessoal 543.677 0 543.677

65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206

66 Amortizações do exercício 88.603 0 88.603

68 Custos e perdas financeiras 124.316 2.348 121.968

69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027

71 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.619

72 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.253

73 Proveitos suplementares 0 4.655 4.655

78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.562

79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.277

88 Resultado Liquido do exercício 0 0 0 0

Sabendo que:

1. as existências iniciais de produtos acabados totalizam 10.283 u.m;

2. as existências finais (inventário) de produtos acabados ascendem a 11.299 u.m.;

3. a taxa de imposto sobre o rendimento é de 34%.

Page 72: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 66

Vamos efectuar os lançamentos no diário e razão de apuramento de resultados:

(1) Diversos

a 81 Resultados Operacionais

Transferência de Proveitos

71 Vendas 2.749.619

72 Prestação de serviços 23.253

73 Proveitos suplementares 4.655 2.777.527 ------------------//----------------

(2) 81 Resultados operacionais

a Diversos

Transferência de Custos

a 61 Custo das mercadorias vendidas

1.489.804

a 62 Fornecimentos e serviços externos

541.719

a 63 Impostos 18.767

a 64 Custos com pessoal 543.677

a 65 Outros custos operacionais 1.206

a 66 Amortizações do exercício 88.603 2.683.776 -----------------//----------------

(3) 82 Resultados financeiros

a 68 Custos e perdas financeiras

Transferência de Custos financeiros

121.968 121.968

-----------------//---------------- (4) 78 Proveitos e ganhos

financeiros

a 82 Resultados financeiros

Transferências de proveitos financeiros

36.562 36.562

-----------------//----------------

Page 73: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 67

(5) 83 Resultados Correntes a 82 Resultados Financeiros Transferência do resultado

financeiro 85.406 85.406

-----------------//---------------- (6) 81 Resultados Operacionais

a 83 Resultados Correntes Transferência de Resultados

Operacionais 93.751 93.751

-----------------//---------------- (7) 84 Resultados Extraordinários

a 69 Custos e perdas extraordinárias

Transferência dos custos extraordinários

53.027

-----------------//---------------- (8) 79 Proveitos e ganhos

extraordinárias

a 84 Resultados Extraordinários Transferência dos proveitos

extraordinários 4.277

-----------------//---------------- (9) 83 Resultados correntes

a 85 Resultados antes de impostos

Transferência dos resultados correntes

8.345

-----------------//---------------- (10) 85 Resultados antes de

impostos

a 84 Resultados correntes Transferência dos

resultados extraordinários 48.750

-----------------//---------------- (11) 88 Resultados liquido do

exercício

A 85 Resultado antes de impostos

Apuramento do resultado liquido do exercício

40.405

Page 74: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 68

Vamos efectuar os lançamentos correspondentes no Razão:

61 - Custo das mercadorias vendidas e consumidas

1.489.804 (2) 1.489.804

1.489.804 1.489.804

62 - Fornecimentos e serviços externos

541.719 (2) 541.719

541.719 541.719

63 - Impostos

18.767 (2) 18.767

18.767 18.767

64 - Custos com o pessoal

543.677 (2) 543.677

543.677 543.677

65 - Outros custos operacionais

1.206 (2) 1.206

1.206 1.206

66 - Amortizações do exercício

88.603 (2) 88.603

88.603 88.603

Page 75: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 69

68 - Custos e perdas financeiras

121.968 (3) 121.968

121.968 121.968

69 - Custos e perdas extraordinárias

53.027 (7) 53.027

53.027 53.027

71 - Vendas

(1) 2.749.619 2.749.619

2.749.619 2.749.619

72 - Prestações de serviços

(1) 23.253 23.253

23.253 23.253

73 - Proveitos suplementares

(1) 4.655 4.655

4.655 4.655

78 - Proveitos e ganhos financeiros

(4) 36.562 36.562

36.562 36.562

79 - Proveitos e ganhos extraordinários

(8) 4.277 4.277

4.277 4.277

Page 76: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 70

81 - Resultados operacionais

(2) 1.489.80 (1) 2.749.619

(2) 541.719 (1) 23.253

(2) 18.767 (1) 4.655

(2) 543.677

(2) 1.206

(2) 88.603

(6) 93.751

2.777.527 2.777.527

82 - Resultados financeiros

(3) 121.968 (4) 36.562

(5) 85.406

121.968 121.968

83 - Resultados correntes

(5) 85.406 (6) 93.751

(9) 8.345

93.751 93.751

84 - Resultados extraordinários

(7) 53.027 (8) 4.277

(10) 48.750

53.027 53.027

Page 77: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 71

85 - Resultados antes de impostos

(10) 48.750 (9) 8.345

(11) 40.405

48.750 48.750

88 - Resultado Liquido do exercício

(11) 40.405

Page 78: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 72

Exercício de Aplicação 3

Vamos efectuar o apuramento de resultados da empresa Parafusos Unidos:

Conta Descrição Saldo devedor

Saldo credor

11 Caixa 14.000 0

12 Depósitos à ordem 123.467 0

15 Títulos negociáveis 92.000 0

19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000

21 Clientes 382.867 0

22 Fornecedores 10.000 284.400

24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000

27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050

26 Outros devedores e credores 8.600 15.333

28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620

29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600

31 Compras 0 0

32 Mercadorias 165.754 0

39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580

41 Investimentos financeiros 200.000 0

42 Imobilizações corpóreas 176.133 0

43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0

48 Amortizações acumuladas 0 108.769

51 Capital 0 333.333

55 Reservas 0 214.000

59 Resultados transitados 0 30.667

61 Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas

1.797.513 0

62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0

64 Custos com o pessoal 861.300 0

66 Amortizações do exercício 22.769 0

67 Provisões do exercício 8.153 0

68 Custos e perdas financeiras 65.533 0

69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0

71 Vendas 0 3.041.333

72 Prestações de serviços 0 36.200

78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842

79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020

Total 4.298.747 4.298.747

Page 79: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 73

Vamos efectuar os lançamentos no diário e razão de apuramento de resultados:

1 Diversos

a 81 Resultados Operacionais

Transferência de Proveitos

a 71 Vendas 3.041.333

a 72 Prestação de serviços 36.200 3.077.533

----------------//----------------

2 81 Resultados operacionais

a Diversos

Transferência de Custos

a 61 Custo das mercadorias vendidas 1.797.513

a 62 Fornecimentos e serviços externos 259.792

a 64 Custos com pessoal 861.300

a 66 Amortizações do exercício 22.769

a 67 Provisões do exercício 8.153 2.949.527

----------------//----------------

3 82 Resultados financeiros

a 68 Custos e perdas financeiras

Transferência de custos financeiros 65.533 65.533

----------------//----------------

4 78 Proveitos e ganhos financeiros

a 82 Resultados financeiros

Transferências de proveitos financeiros 33.842 33.842

----------------//----------------

5 83 Resultados Correntes

a 82 Resultados Financeiros

Transferência do resultado financeiro 31.691 31.691

----------------//----------------

6 81 Resultados Operacionais

a 83 Resultados Correntes

Transferência de Resultados Operacionais 128.006 128.006

----------------//----------------

Page 80: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 74

7 84 Resultados Extraordinários

a 69 Custos e perdas extraordinárias

Transferência dos custos extraordinários 11.200 11.200

----------------//----------------

8 79 Proveitos e ganhos extraordinárias

a 84 Resultados Extraordinários

Transferência dos proveitos extraordinários 25.020 25.020

----------------//----------------

9 83 Resultados correntes

a 85 Resultados antes de impostos

Transferência dos resultados correntes 96.315 96.315

----------------//----------------

10 84 Resultados extraordinários

a 85 Resultados antes de impostos

Transferência dos resultados extraordinários 13.820 13.820

----------------//----------------

11 86 Estimativa de IRC

a 24 Estado e outros entes públicos

Estimativa de IRC 37.446 37.446

----------------//----------------

12 88 Resultado liquido do exercício

a 86 Estimativa de IRC

Estimativa de IRC 37.446 37.446

----------------//----------------

13 85 Resultados antes de impostos

a 88 Resultado liquido do exercício

Apuramento do resultado liquido do exercício 110.135 110.135

Page 81: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 75

Vamos efectuar os lançamentos correspondentes no Razão:

61 - Custo das mercadorias vendidas e consumidas

1.797.513 (2) 1.797.513

1.797.513 1.797.513

62 - Fornecimentos e serviços externos

259.792 (2) 259.792

259.792 259.792

64 - Custos com o pessoal

861.300 (2) 861.300

861.300 861.300

67- Provisões do exercício

8.153 (2) 8.153

8.153 8.153

66 - Amortizações do exercício

22.769 (2) 22.769

22.769 22.769

68 - Custos e perdas financeiras

65.533 (3) 65.533

65.533 65.533

Page 82: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 76

69 - Custos e perdas extraordinárias

11.200 (7) 11.200

11.200 11.200

71 - Vendas

(1) 3.041.333 3.041.333

3.041.333 3.041.333

72 - Prestações de serviços

(1) 36.200 36.200

36.200 36.200

78 - Proveitos e ganhos financeiros

(4) 33.842 33.842

33.842 33.842

79 - Proveitos e ganhos extraordinários

(8) 25.020 25.020

25.020 25.020

81 - Resultados operacionais

(2) 1.797.513 (1) 3.041.333

(2) 259.792 (1) 36.200

(2) 861.300

(2) 8.153

(2) 22.769

(6) 128.006

3.077.533 3.077.533

Page 83: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 77

82 - Resultados financeiros

(3) 65.533 (4) 33.842

(5) 31.691

65.533 65.533

83 - Resultados correntes

(5) 31.691 (6) 128.006

(9) 96.315

128.006 128.006

84 - Resultados extraordinários

(7) 11.200 (8) 25.020

(10) 13.820

25.020 25.020

85 - Resultados antes de impostos

(13) 110.135 (9) 96.315

(10) 13.820

110.135 110.135

86 - Estimativa de Imposto a pagar

(11) 37.446 (12) 37.446

37.446 37.446

24 - Estado e outros entes públicos

(11) 37.446

88 - Resultado Liquido do exercício

(12) 37.446 (13) 110.135

Page 84: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 78

6. BALANCETE FINAL

Balancete Final também designado por Balancete de apuramento de resultados, neste as contas das classes 1, 2, 3,4 e 5, evidenciam os saldos de acordo com o inventário, as classes 6 e 7, encontram-se saldadas e das contas da classe 8 - Resultados apenas a 88 - Resultados Líquidos do exercício apresenta o resultado gerado apurado nesse exercício após a consideração da estimativa de imposto a pagar.

Este balancete designa-se por final porque é com base nele que se elaboram os balanços finais e se efectuam os lançamentos de fecho do exercício.

Exemplo de Aplicação 1

Retomando os nossos exemplos anteriores para a empresa Luar de Agosto o Balancete Final será o seguinte:

Acumulados anuais Saldo Conta Nome da Conta

Débito Crédito Devedor Credor

11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681

12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063

21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696

22 Fornecedores 2.622.226 3.037.171 414.944

23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.500

24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.253

25 Sócios 49.270 193.329 144.059

26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 211

27 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 156.242

28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.009

31 Compras 1.766.151 1.766.151 0 0

32 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959

33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283

36 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 227.954 140.238 87.716

41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547

42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892

43 imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491

44 imobilizações em curso 59.697 4.392 55.305

48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 550.955

51 Capital 0 295.565 295.567

Page 85: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 79

Acumulados anuais Saldo Conta Nome da Conta

Débito Crédito Devedor Credor

55 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 10.493

56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.425

57 Reservas 266.574 699.954 433.380

59 Resultados transitados 64.173 64.173 0 0

61 C.M.V.M. 1.489.804 1.489.804 0 0

62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 579.231 0 0

63 Impostos 18.799 18.799 0 0

64 Custos com o pessoal 543.677 543.677 0 0

65 Outros custos operacionais 1.206 1.206 0 0

66 Amortizações do exercício 88.603 88.603 0 0

68 Custos e perdas financeiras 124.316 124.316 0 0

69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 58.839 0 0

71 Vendas 2.899.227 2.899.227 0 0

72 Prestações de serviços 28.343 28.343 0 0

73 Proveitos suplementares 4.655 4.655 0 0

78 Proveitos e ganhos financeiros 36.845 36.845 0 0

79 Proveitos e ganhos extraordinários 21.115 21.115 0 0

81 Resultados Operacionais 2.777.527 2.777.527 0 0

82 Resultados financeiros 121.968 121.968 0 0

83 Resultados Operacionais 93.751 93.751 0 0

84 Resultados extraordinários 53.027 53.027 0 0

85 Resultados antes de impostos 48.750 48.750 0 0

88 Resultado Liquido do exercício 40.405 40.405 0

Total 37.533.747 37.533.747 0

Page 86: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 80

Para os Parafusos Unidos teremos:

Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor

11 Caixa 14.000 012 Depósitos à ordem 123.467 015 Títulos negociáveis 92.000 019 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.00021 Clientes 382.867 022 Fornecedores 10.000 284.40024 Estado e outros entes públicos 83.333 129.44627 Acréscimos e diferimentos 0 34.05026 Outros devedores e credores 8.600 15.33328 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.62029 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.60031 Compras 0 032 Mercadorias 165.754 039 Provisão p/ depreciação existências 0 3.58041 Investimentos financeiros 200.000 042 Imobilizações corpóreas 176.133 043 imobilizações Incorpóreas 16.333 048 Amortizações acumuladas 0 108.76951 Capital 0 333.33355 Reservas 0 214.00059 Resultados transitados 0 30.66761 Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 0 062 Fornecimentos e serviços externos 0 064 Custos com o pessoal 0 066 Amortizações do exercício 0 067 Provisões do exercício 0 068 Custos e perdas financeiras 0 069 Custos e perdas extraordinárias 0 071 Vendas 0 072 Prestações de serviços 0 078 Proveitos e ganhos financeiros 0 079 Proveitos e ganhos extraordinários 0 088 Resultado Liquido do exercício 0 72.689 Total 1.272.487 1.272.487

Page 87: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 81

Exercícios Propostos

1. Sr. Joaquim não tem conhecimentos de contabilidade e utiliza um sistema em que todos os factos modificativos que ocorrem na sua empresa são “contabilizados” numa conta de Perdas e Ganhos.

Sabendo que no ano passado ocorreram os movimentos a seguir indicados, determine o saldo dessa conta:

Descrição do movimento Valor (mil u.m.)

1. Venda de mercadorias 12.567

2. Pagamento de clientes 4.320

3. Compra de uma viatura 5.400

4. Ordenados ao pessoal 2.340

5. Juros do empréstimo 435

6. Descontos de pronto pagamento concedidos 50

7. Amortização do equipamento 1.600

8. Valor das mercadorias saídas de armazém 6.421

9. Imposto de selo 15

10. Publicidade no jornal local 499

Na sua qualidade de estudante de contabilidade explique ao Sr. Joaquim de que forma a sua conta de Perdas e Ganhos deve ser encarada do ponto de vista contabilístico, nomeadamente explicando-lhe as contas apropriadas e demonstrando o resultado obtido.

Page 88: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 82

2. Sabendo que em 31.12.N após o apuramento de resultado a informação disponível sobre a KAPA S.A. era como abaixo se indica, determine as incógnitas A, B, C, D, E, F.

Conta Descrição Valor (mil u.m.)

61. Custo das mercadorias vendidas e consumidas A

62. Fornecimentos e serviços externos 5.420

63. Impostos 198

64. Custos com pessoal 2.130

65. Outros custos e perdas operacionais 200

66. Amortizações do exercício 453

67. Provisões do exercício 1.500

68. Custos e perdas financeiros B

69. Custos e perdas extraordinários 552

71 Vendas 20.000

72 prestação de serviços 1.800

75 Trabalhos para a própria empresa 400

78 Proveitos e ganhos financeiros 450

79 Proveitos e ganhos extraordinários 435

81 Resultados operacionais C

82 Resultados financeiros 100

83 Resultados correntes D

84 Resultados extraordinários 117

85 Resultados antes de impostos 1.000

86 Imposto sobre o rendimentos do exercício 400

88 Resultado Líquido do exercício C

O passo seguinte consiste na elaboração das Demonstrações Financeiras.

Demonstrações Financeiras são os documentos que apresentam a situação económico-financeira da empresa bem como a sua situação patrimonial e monetária.

A nível económico vamos elaborar a Demonstração de Resultados por Natureza, e a Demonstração de Resultados por Funções.

A nível financeiro, patrimonial e monetário vamos elaborar, o Balanço, a Demonstração das Origens e Aplicações de Fundos e a Demonstração de Fluxos de Caixa.

Page 89: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 83

Estes documentos, são apresentados pelo Plano Oficial de Contabilidade no seu capítulo 2:

• Balanço;

• Demonstração de Resultados por Natureza;

• Demonstração de Resultados por Funções;

• Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados;

• Demonstração da Origem e da Aplicação de Fundos;

Todas as empresas que apliquem o Plano Oficial de Contabilidade são obrigadas a elaborar este conjunto de informação, nomeadamente as referidas no nº 1 do artigo 2º do Decreto-lei 410/89:

• Sociedades nacionais e estrangeiras abrangidas pelo Código das Sociedades Comerciais;

• Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial;

• Estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada;

• Empresas públicas;

• Cooperativas;

• Agrupamentos complementares de empresas e agrupamentos europeus de interesse económico;

• Outras entidades que, por legislação especifica, já se encontrem sujeitas à sua adopção ou venham a estar.

De salientar que o Plano Oficial de Contabilidade não se aplica aos bancos e empresas financeiras, às empresas de seguros ou a outras entidades para as quais esteja prevista a utilização de planos específicos.

Refere ainda o plano oficial de Contabilidade no seu capítulo 3º as principais características da informação financeira, nomeadamente:

• Objectivos:

As demonstrações financeiras são da responsabilidade dos órgãos de gestão de cada entidade, devendo estar preparadas de forma a prestarem todo um conjunto de informações económico - financeiras de forma normalizada e compreensível a todos aqueles que delas necessitam;

Page 90: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 84

• Características qualitativas

1. A informação deve ser compreensível para poder ser utilizada pelos utentes, pois só assim esta informação se torna útil;

2. A informação útil caracteriza-se por ser:

Relevante - toda aquela informação cuja omissão pode alterar as decisões tomadas pelos utentes;

Fiável - a informação apresenta de forma apropriada os factos;

Comparável - a informação deve ser preparada de forma uniforme ao longo da vida da entidade.

Page 91: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 85

Resoluções

1. Determinação do resultado:

1. 71 - Vendas 12.567 2. 61 - Custo das Mercadorias Vendidas e

Consumidas 6.421

3. Margem nas Vendas (1-2) 6.146 4. 62 - Fornecimentos e Serviços Externos 499 5. 63 - Impostos 15 6. 64 - Custos com o Pessoal 2.340 7. 66 - Amortizações do Exercício 1.600 8. 68 - Custos e Perdas Financeiras 435 9. 68 - Custos e Perdas Financeiras 50

10. Total de custos Operacionais e Financeiros 4.889 11. Resultado 1.257

2. Vamos começar pelo fim:

Determinar O Resultado Líquido do Exercício - Incógnita E:

Resultado Líquido = Resultado Antes de Impostos - Imposto sobre o rendimento

E = 1.000 - 400

E = 600

Determinemos agora a Incógnita D - Resultados Correntes

Resultados Antes de Impostos = Resultados Correntes + Resultados Extraordinários, é preciso verificar o sinal dos resultados Extraordinários, ou seja como os Custos extraordinários são superiores aos Proveitos Extraordinários, este resultado apresenta o sinal negativo

1.000 = D + (-117)

D = 1.000 + 117

D = 1.117

Page 92: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 86

Vamos determinar os resultados operacionais:

Resultados Operacionais = Resultados Correntes - Resultados Financeiros

C = 1.117 - 100

C = 1.017

Para determinar os Resultados Financeiros vamos efectuar:

Resultado Financeiro = Proveitos Financeiros - Custos Financeiros

100 = 450 - B

B = 350

Para determinarmos o valor de A - Custo das mercadorias Vendidas e Consumidas vamos partir do Resultado Operacional e do Total de Proveitos para determinarmos o Total de Custos e posteriormente o nosso A:

Resultado Operacional = Total de Proveitos Operacionais - Total de Custos operacionais:

Total de Proveitos Operacionais = 20.000 + 1.800 + 400 = 22.200

Total de Custos Operacionais = A + 5.420 + 198 + 2.130 + 200 + 453 + 1.500 = A + 9.901

1.017 = 22.200 - ( A + 9.901)

A = 22.200 - 9.901 - 1.017

A = 11.282

Page 93: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 87

Teremos o nosso quadro final seguinte:

Conta Descrição Valor (mil u.m.)

61 Custo das mercadorias vendidas e consumidas

11.282

62 Fornecimentos e serviços externos 5.420

63 Impostos 198

64 Custos com pessoal 2.130

65 Outros custos e perdas operacionais 200

66 Amortizações do exercício 453

67 Provisões do exercício 1.500

68 Custos e perdas financeiros 350

69 Custos e perdas extraordinários 552

71 Vendas 20.000

72 prestação de serviços 1.800

75 Trabalhos para a própria empresa 400

78 Proveitos e ganhos financeiros 450

79 Proveitos e ganhos extraordinários 435

81 Resultados operacionais 1.017

82 Resultados financeiros 100

83 Resultados correntes 1.117

84 Resultados extraordinários 117

85 Resultados antes de impostos 1.000

86 Imposto sobre o rendimentos do exercício 400

88 Resultado Líquido do Exercício 600

Page 94: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 88

7. BALANÇO

Documento de informação patrimonial, financeira e monetária.

Como pode ser observado no capítulo 6 do Plano Oficial de Contabilidade são apresentados dois tipos de Balanços:

• Balanço Analítico;

• Balanço Sintético.

O modelo do Balanço, seja o analítico ou o sintético é similar:

Poderá ter uma disposição Horizontal:

Activo Capital Próprio e Passivo

ou Vertical:

Activo

Capital Próprio e Passivo

Page 95: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 89

A página referente ao Activo apresenta a seguinte estrutura:

Códigos das contas

Exercícios

CEE POC Activo N N-1

AB AP AL AL

1 2 3 4 5 6 7

A coluna 1 destina-se ao código de contas da CEE de acordo com a Directiva Contabilística nº4.

A coluna 2 destina-se ao códigos das contas do POC.

A coluna 3 destina-se à enumeração de todas as rubricas constantes nos modelos apresentados pelo POC. Se algumas não se mostrarem necessárias são enumeradas sendo o seu valor de zero, não se podem deixar de enumerar as rubricas apresentadas pelos modelos oficiais.

As colunas 4, 5 e 6 destinam-se a apresentar os valores correspondentes ao exercício económico a que se referem as contas:

• coluna 4 - AB - valores de Activo Bruto, ou seja os valores constantes nas contas de activo não modificados por qualquer amortização ou provisão;

• coluna 5 - AP - valores de Amortizações e de Provisões acumuladas, apresentados no balanço referentes às contas de activo;

• coluna 6 - AL - Activo Líquido é calculado pela diferença entre AB e AP, ou seja:

• Activo Líquido = Activo Bruto - Amortizações e Provisões

A coluna 7 destina-se ao valor do Activo Líquido do exercício económico anterior, para cada uma das rubricas apresentada

Page 96: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 90

A página referente ao Capital próprio e Passivo apresenta a seguinte estrutura:

Códigos das contas

Exercícios

CEE POC CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

N N-1

1 2 3 4 5

A coluna 1 destina-se ao código de contas da CEE de acordo com a Directiva Contabilística nº4.

A coluna 2 destina-se ao códigos das contas do POC;

A coluna 3 destina-se à enumeração de todas as rubricas constantes nos modelos apresentados pelo POC. Se algumas não se mostrarem necessárias são enumeradas sendo o seu valor de zero pois não se podem deixar de enumerar as rubricas apresentadas pelos modelos oficiais.

A coluna 4 destina-se a apresentar os valores correspondentes ao exercício económico a que se referem as contas (Ano N).

A coluna 5 destina-se a apresentar os valores correspondentes ao exercício económico anterior (Ano N-1).

Page 97: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 91

Apresentamos o modelo de Balanço sintético, a utilizar:

BALANÇO (Artigo 3º do Decreto-lei nº 410/89)

Código das contas

Exercícios

CEE POC N N+1

AB AP AL AL

ACTIVO

C Imobilizado:

I 43+441/6+449

Imobilizações incorpóreas X X X X

II 42+441/6+448

Imobilizações corpóreas X X X X

III 41+441/6+447

Imobilizações financeiras X X X X

X X X X

D Circulante:

I 32 a 37 Existências X X X X

II 21+22+24+25+ 26

Dívidas de terceiros:

médio e longo prazo X X X X

curto prazo X X X X

III 15+18 Títulos negociáveis X X X X

IV 11 a 14 Depósitos bancários e caixa

X X X

X X X X

E 27 Acréscimos e diferimentos:

X X X

Total do Activo X X X X

Page 98: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 92

Códigos das

contas Exercícios

CEE POC N N-1

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

A Capital próprio:

I 51 Capital X X

II 54 Prémios de emissão de acções (quotas)

X X

III 56 Reservas de reavaliação X X

IV 571 Reservas legais X X

52+53+55+572/9

Restantes reservas e outros capitais próprios

±X ±X

V 59 Resultados transitados ±X ±X

Subtotal ±X ±X

VI 88 Resultado líquido do exercício ±X ±X

89 Dividendos antecipados -X -X

Total do capital próprio ±X ±X

Passivo:

B 29 Provisões para riscos e encargos X X

C 21 a 26 Dívidas a terceiros:

médio e longo prazo X X

curto prazo X X

X X

D 27 Acréscimos e diferimentos: X X

Total do passivo X X

Total do capital próprio e do passivo

X X

Page 99: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 93

Exercício de Aplicação 1

Com base no balancete rectificado da empresa Luar de Agosto vamos elaborar o seu Balanço para o ano em curso. Como não dispomos de elementos sobre os valores do ano anterior não colocamos as colunas respectivas:

Sabemos ainda que as amortizações acumuladas se repartem da seguinte forma:

• Imobilizado corpóreo - 511.464 u.m.

• Imobilizado incorpóreo - 39.491 u.m.

Acumulados anuais Conta Nome da Conta

Débito Crédito Saldo

11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681 12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063 21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696 22 Fornecedores 2.622.226 3.037.171 -414.944 23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 -352.500 24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 -20.253 25 Sócios 49.270 193.329 -144.059 26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 -211 27 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 -156.242 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 -14.009 31 Compras 1.766.151 1.766.151 0 32 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959 33 Produtos acabados e

intermédios 10.283 0 10.283

36 Matérias primas, subs. e de cons.

227.954 140.238 87.716

41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547 42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892 43 imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491 44 imobilizações em curso 59.697 4.392 55.305 48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 -550.955 51 Capital 0 295.565 -295.567 55 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 -10.493 56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 -314.425 57 Reservas 266.574 699.954 -433.380 59 Resultados transitados 64.173 64.173 0 61 C.M.V.M. 1.489.804 1.489.804 0 62 Fornecimentos e serviços

externos 579.231 579.231 0

63 Impostos 18.799 18.799 0

Page 100: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 94

Acumulados anuais Conta Nome da Conta

Débito Crédito Saldo

64 Custos com o pessoal 543.677 543.677 0

65 Outros custos operacionais 1.206 1.206 0

66 Amortizações do exercício 88.603 88.603 0

68 Custos e perdas financeiras 124.316 124.316 0

69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 58.839 0

71 Vendas 2.899.227 2.899.227 0

72 Prestações de serviços 28.343 28.343 0

73 Proveitos suplementares 4.655 4.655 0

78 Proveitos e ganhos financeiros 36.845 36.845 0

79 Proveitos e ganhos extraordinários

21.115 21.115 0

81 Resultados Operacionais 2.777.527 2.777.527 0

82 Resultados financeiros 121.968 121.968 0

83 Resultados Operacionais 93.751 93.751 0

84 Resultados extraordinários 53.027 53.027 0

85 Resultados antes de impostos 48.750 48.750 0

88 Resultado Liquido do exercício 40.405 40.405

Total 37.533.747 37.533.747 0

As parcelas sombreadas, são as que constarão no Balanço.

Page 101: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 95

Activo Bruto Amortizações Activo Liquido Ano N

Activo

e Provisões Capital Próprio e Passivo

Imobilizado Capital Próprio 43 Imobilizado incorpóreo 39.491 39.491 0 51 Capital 295.567 42 Imobilizado corpóreo 1.188.892 511.464 677.428 55 Ajustamentos partes de capital em

filiais e associadas 10.493

41 Imobilizado financeiro 53.547 53.547 56 Reservas de reavaliação 314.425 44 Imobilizado em curso 55.305 55.305 57 Reservas 433.380 Circulante 59 Resultados transitados 0 Existências 1.053.865

36 Matérias primas, subsidiárias e de consumo

87.716 87.716 88 Resultado Liquido do exercício (40.405)

33 Produtos acabados e intermédios 10.283 10.283 Total do capital próprio 1.013.460 32 Mercadorias 366.959 366.959 Passivo Dividas de terceiros Dividas a terceiros - curto prazo

21 Clientes 803.696 14.009 789.687 23 Empréstimos obtidos 352.500 Depósitos bancários e caixa 22 Fornecedores 414.944

12 Depósitos bancários 56.063 56.063 24 Estado e outros entes públicos 20.253 11 Caixa 4.681 4.681 25 Sócios 144.059 Acréscimos e diferimentos 26 Outros devedores e credores 211

27 Acréscimos e diferimentos 73.005 73.005 27 Acréscimos e diferimentos 229.247 Total do passivo 1.161.214 Total do Activo 2.739.638 564.964 2.174.674 Total do capital próprio e passivo 2.174.674

Page 102: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 96

Balancete rectificado da Parafusos Unidos

Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor

11 Caixa 14.000 0 12 Depósitos à ordem 123.467 0 15 Títulos negociáveis 92.000 0 19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000 21 Clientes 382.867 0 22 Fornecedores 10.000 284.400 24 Estado e outros entes públicos 83.333 129.446 27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050 26 Outros devedores e credores 8.600 15.333 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620 29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600 31 Compras 0 0 32 Mercadorias 165.754 0 39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580 41 Investimentos financeiros 200.000 0 42 Imobilizações corpóreas 176.133 0 43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0 48 Amortizações acumuladas 0 108.769 51 Capital 0 333.333 55 Reservas 0 214.000 59 Resultados transitados 0 30.667 61 Custo Merc. Vend. Mat. Cons. 0 0 62 Fornecimentos e serviços externos 0 0 64 Custos com o pessoal 0 0 66 Amortizações do exercício 0 0 67 Provisões do exercício 0 0 68 Custos e perdas financeiras 0 0 69 Custos e perdas extraordinárias 0 0 71 Vendas 0 0 72 Prestações de serviços 0 0 78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0 79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0 88 Resultado Liquido do exercício 0 72.689 Total 1.272.487 1.272.487

As amortizações acumuladas repartem-se em:

• Imobilizado corpóreo - 92.436

• Imobilizado incorpóreo - 16.333

Page 103: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 97

Activo Bruto Amortizações Activo Ano N

Activo

e Provisões Liquido Capital Próprio e Passivo

Imobilizado Capital Próprio 43 Imobilizado incorpóreo 16.333 16.333 0 51 Capital 333.333 42 Imobilizado corpóreo 176.133 92.436 83.697 57 Reservas 214.000 41 Imobilizado financeiro 200.000 200.000 59 Resultados transitados 30.667

478.000 Circulante 88 Resultado Liquido do exercício 72.689 Existências Total do capital próprio 650.689

32 Mercadorias 165.754 3.580 162.174 Passivo Dividas de terceiros 29 Provisões para riscos e encargos 16.600

21 Clientes 382.867 17.620 365.247 24 Estado 83.333 83.333 Dividas a terceiros - curto prazo 22 Fornecedores 10.000 10.000 26 Outros devedores 8.600 8.600 22 Fornecedores 284.400

Títulos negociáveis 24 Estado e outros entes públicos 129.446 15 Títulos negociáveis 92.000 12.000 80.000 26 Outros credores 15.333

Depósitos bancários e caixa Acréscimos e diferimentos 12 Depósitos bancários 123.467 123.467 27 Acréscimos e diferimentos 34.050 11 Caixa 14.000 14.000 Total do passivo 479.829

Total do Activo 1.272.487 141.969 1.130.518 Total dos capitais próprios e do Passivo 1.130.518

Page 104: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

98

8. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Demonstração de Resultados por Natureza

Trata-se de um documento de informação de carácter económico.

Apresentadas no capítulo 7 do Plano Oficial de Contabilidade as demonstrações de resultados previstas são duas.

• a demonstração dos resultados por natureza,

• a demonstração dos resultados por funções.

A primeira respeita a classificação de custos e perdas, proveitos e ganhos apresentada pelo Plano Oficial de Contabilidade, pelo que é também denominada de Demonstração de resultados por Natureza.

A segunda apresenta características variáveis em função da empresa.

Também a disposição da Demonstração de Resultados pode ser:

Horizontal:

Custos e Perdas Proveitos e Ganhos

Resumo

Page 105: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 99

ou Vertical:

Custos e Perdas

Proveitos e Ganhos

Resumo

A estrutura de cada página será a seguinte:

Códigos das contas

Rubricas Exercícios

CEE POC N N-1

1 2 3 4 5 6 7

8

A coluna 1 destina-se ao código de contas da CEE de acordo com a Directiva Contabilistica nº4.

A coluna 2 destina-se ao códigos das contas do POC.

A coluna 3 destina-se à enumeração de todas as rubricas constantes nos modelos apresentados pelo POC. Se algumas não se mostrarem necessárias são enumeradas sendo o seu valor de zero pois não se podem deixar de enumerar as rubricas apresentadas pelos modelos oficiais.

As colunas 4 e 5 destinam-se a apresentar os valores correspondentes ao exercício económico a que se referem as contas (Ano N).

As colunas 6 e 7 destinam-se a apresentar os valores correspondentes ao exercício económico anterior (Ano N-1).

Page 106: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

100

A área 8 - Resumo apresenta-nos um conjunto de resultados, para cada um dos anos:

• operacionais;

• financeiros;

• correntes;

• antes de impostos, e,

• resultado liquido do exercício.

Apresentamos o modelo mais simples, a utilizar:

(Artigo 3º do Decreto-lei nº 410/89)

Códigos das contas

Exercícios

CEE POC N N-1

A Custos e perdas

2. a) 61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

X X

2. b) 62 Fornecimentos e serviços externos X X X X

3 Custos com o pessoal:

3.a) 641+642 Remunerações X X

3.b) 643 a 648 Encargos sociais X X X X

4.a) 66 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo X X

4.b) 67 Provisões X X X X

5 63 Impostos X X

5 65 Outros custos e perdas operacionais X X X X

(A) X X

6 683+684 Amortizações e provisões de aplicações e investimentos financeiros

X X

7 Juros e custos similares X X X X

(C) X X

10 69 Custos e perdas extraordinárias X X

(E) X X

8+11 86 Imposto sobre o rendimento do exercício X X

(G) X X

13 88 Resultado liquido do exercício ±X ±X

Page 107: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 101

B Proveitos e ganhos

71+72 Vendas e prestações de serviços X X

Variação da produção ±X ±X

75 Trabalhos para a própria empresa X X

74 Subsídios à exploração X X

73+76 Outros proveitos e ganhos operacionais X X X X

(B) X X

784 Rendimentos de participações de capital X X

Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras

X X

Outros juros e proveitos similares X X X X

(D) X X

79 Proveitos e ganhos extraordinários X X

(F) X

Resumo:

Resultados operacionais (B) - (A) =

Resultados financeiros (D-B) - (C-A) =

Resultados correntes (D) - (C) =

Resultados antes de impostos (F) - (E) =

Resultado líquido do exercício (F) - (G) =

Page 108: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

102

Exercício de Aplicação 2

Vamos elaborar a Demonstração de Resultados por natureza da Luar de Agosto.

Para tal temos que ter presente o balancete antes de apuramento de resultados, respeitante às contas da classe 6 e 7:

Acumulados anuais

Descrição

Débito Crédito Saldo

61 Custo mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 0 1.489.804

62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 37.512 541.719

63 Impostos 18.799 32 18.767

64 Custos com o pessoal 543.677 0 543.677

65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206

66 Amortizações do exercício 88.603 0 88.603

68 Custos e perdas financeiras 124.316 2.348 121.968

69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027

71 Vendas 149.608 2.899.227 -2.749.619

72 Prestações de serviços 5.090 28.343 -23.253

73 Proveitos suplementares 0 4.655 -4.655

78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 -36.562

79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 -4.277

Os custos com pessoal são repartidos da seguinte forma:

• Remunerações - 450.000 u.m.

• Encargos sociais - 93.677 u.m..

Page 109: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 103

Resolução

Custos e perdas

61 Custo das Merc. Vend. e das Mat. Cons. 1.489.804

62 Fornecimentos e serviços externos 541.719 2.031.523

Custos com o pessoal:

641+642

Remunerações 450.000

643 a 648

Encargos sociais 93.677 543.677

66 Amortizações do imobilizado corp. e incorp. 88.603

67 Provisões 0 88.603

63 Impostos 18.767

65 Outros custos e perdas operacionais 1.206 19.973

(A) 2.683.776

683+684

Amort. e prov. de aplic. e inv. financeiros 0

Juros e custos similares 121.968 121.968

(C) 2.805.754

69 Custos e perdas extraordinárias 53.027

(E) 2.858.781

86 Imposto sobre o rendimento do exercício 0

(G) 2.858.781

88 Resultado Liquido do exercício (40.405)

2.818.366

Page 110: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

104

Proveitos e ganhos

71+72 Vendas e prestações de serviços 2.772.872

Variação da produção

75 Trabalhos para a própria empresa

74 Subsídios à exploração

73+76 Outros proveitos e ganhos operacionais 4.655 2.777.527

(B) 2.777.527

784 Rendimentos de participações de capital

Rend. de Tít. Neg. e de outras apl. Financ.

Outros juros e proveitos similares 36.562 36.562

(D) 2.814.089

79 Proveitos e ganhos extraordinários 4.277

(F) 2.818.366

Resumo:

Resultados operacionais (B) - (A) = 93.751

Resultados financeiros (D-B) - (C-A) = -85.406

Resultados correntes (D) - (C) = 8.345

Resultados antes de impostos (F) - (E) = -40.405

Resultado líquido d exercício (F) - (G) = -40.405

Vamos elaborar a Demonstração de Resultados da empresa Parafusos Unidos sabendo que os Custos com pessoal se repartem da seguinte forma:

• Remunerações - 600.000 u.m.

• Encargos sociais - 261.300 u.m..

Lembro que no apuramento de resultados se calculou Imposto sobre o rendimento no montante de 37.446 u.m..

Page 111: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 105

Parafusos Unidos

61 Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 1.797.513 0

62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0

64 Custos com o pessoal 861.300 0

66 Amortizações do exercício 22.769 0

67 Provisões do exercício 8.153 0

68 Custos e perdas financeiras 65.533 0

69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0

71 Vendas 0 3.041.333

72 Prestações de serviços 0 36.200

78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842

79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020

Demonstração de Resultados por Natureza referente ao ano N

Custos e perdas

61 Custo das merc. Vend. e das mat. Cons. 1.797.513

62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 2.057.305

Custos com o pessoal:

641/ 2 Remunerações 600.000

643/8 Encargos sociais 261.300 861.300

66 Amortizações do imobilizado corp. e inc. 22.769

67 Provisões 8.153 30.922

63 Impostos 0

65 Outros custos e perdas operacionais 0

(A) 2.949.527

683/4 Amort. e prov. de aplic. Inv. Financeiros 0

Juros e custos similares 65.533 65.533

(C) 3.015.060

69 Custos e perdas extraordinárias 11.200

(E) 3.026.260

Page 112: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

106

86 Imposto sobre o rendimento do exercício 37.446

(G) 3.063.706

88 Resultado Liquido do exercício 72.689

3.136.395

Proveitos e ganhos

71+72 Vendas e prestações de serviços 3.077.533

Variação da produção

75 Trabalhos para a própria empresa

74 Subsídios à exploração

73+76 Outros proveitos e ganhos operacionais 3.077.533

(B) 3.077.533

784 Rendimentos de partic. de capital

Outros juros e proveitos similares 33.842 33.842

(D) 3.111.375

79 Proveitos e ganhos extraordinários 25.020 25.020

(F) 3.136.395

128.006

-31.691

96.315

110.135

72.689

Demonstração de Resultados por Funções

A Demonstração de Resultados por Funções dá uma visão mais funcional e analítica de importância acrescida para os gestores.

Para a podermos efectuar é necessário classificar os custos/perdas e proveitos/ganhos numa perspectiva das funções ou dos produtos ou das actividades existentes na empresa.

Page 113: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 107

O modelo a adoptar deverá ser o seguinte:

Demonstração dos resultados por funções (Artigo 25º da 4ª Directiva da CEE):

Exercícios

N N-1

1 Vendas e prestações de serviços

2 Custo das vendas e prestações de serviços

3 Resultados brutos

4 Custos de distribuição

5 Custos administrativos

6 Outros proveitos operacionais

Resultados operacionais

7 Rendimentos de participações de capital

Relativos a empresas interligadas

Relativos a outras empresas

8 Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras

Relativos a empresas interligadas

Outros

9 Outros juros e proveitos similares

Relativos a empresas interligadas

Outros

10 Amortizações e provisões de aplicações e investimentos financeiros

11 Juros e custos similares

Relativos a empresas interligadas

Outros

Resultados correntes

14 Proveitos e ganhos extraordinários

15 Custos e perdas extraordinárias

Resultado antes de impostos

Imposto sobre o rendimentos do exercício

19 Resultado líquido do exercício

Page 114: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

108

Exercício de Aplicação Resolvido

Conta Descrição Acumulado a Débito

Acumulado a Crédito

Saldo Devedor

Saldo Credor

11 Caixa 437 420 17 0

12 Depósitos à ordem 7.487 2.133 5.354 0

13 Depósitos a prazo 1.000 0 1.000 0

21 Clientes 8.967 2.667 6.300 0

22 Fornecedores 1.564 4.400 0 2.836

24 Estado e outros entes públicos 200 103 200 103

26 Outros devedores e credores 80 167 80 167

28 Provisão para cobrança duvidosa 27 67 0 40

31 Compras 7.567 0 7.567 0

32 Mercadorias 2.753 0 2.753 0

41 Investimentos financeiros 33 0 33 0

42 Imobilizações corpóreas 647 0 647 0

48 Amortizações acumuladas 0 147 0 147

51 Capital 0 10.667 0 10.667

62 Fornecimentos e serviços externos 735 0 735 0

63 Impostos 80 0 80 0

64 Custos com o pessoal 3.067 0 3.067 0

68 Custos e perdas financeiras 10 0 10 0

71 Vendas 333 13.533 0 13.200

78 Proveitos e ganhos financeiros 0 367 0 367

79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 316 0 316

Total 34.987 34.987 27.843 27.843

Do inventário realizado em 31/12/N obtiveram-se os seguintes elementos:

1. Em caixa havia apenas 10 u.m. sendo que a diferença de 7 u.m. respeita a uma despesa por regularizar do tesoureiro.

Page 115: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 109

2. O saldo de depósitos à ordem do banco com que a empresa trabalha apresentava um saldo de 4.500 u.m., sendo a diferença explicada por:

1. Não estar ainda descontado o cheque 131 de 200 u.m.;

2. Estar por contabilizar o valor de juros pagos em 30/12/N referentes ao empréstimo que terminou nessa data, os juros ascendem a 653 u.m.;

3. As amortizações do exercício referentes ao imobilizado corpóreo são de 65 u.m.;

4. Está por contabilizar o pagamento da renda de janeiro do escritório, no valor de 500 u.m., esta renda foi paga por cheque. Está também por contabilizar uma factura de compra de material de escritório no valor de 100 u.m. e IVA a 17%;

3. Sabe-se que no saldo de clientes existem dividas em mora, nomeadamente:

• 5.1. a 30 dias - 5.050 u.m.

• 5.2. a 90 dias - 600 u.m.

• 5.3. a 150 dias - 400 u.m.

• 5.4. a 200 dias - 150 u.m.

• 5.5. a 400 dias - 100 u.m.;

• As existências em armazém foram avaliadas em 500 u.m., o preço de mercado era inferior em 40 u.m. ao valor de aquisição relativamente às 50 unidades armazenadas;

• O saldo devedor da conta 24 respeita a pagamentos por conta de IRC e o valor a crédito respeita a IRS retido em salários e IVA a entregar ao Estado.

Este exercício tem por objectivo aplicar todos os elementos estudados nesta unidade temática, desde os lançamentos de rectificação até à elaboração das Demonstrações Financeiras.

Page 116: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

110

Exercício por Resolver 1

Conta Descrição Débito Crédito Devedor Credor

11 Caixa 3.620 2.520 1.100 0

12 Depósitos à ordem 14.920 12.800 2.120 0

13 Depósitos a prazo 6.000 0 6.000 0

21 Clientes 24.000 16.000 8.000 0

22 Fornecedores 9.384 26.400 0 17.016

24 Estado e outros entes públicos 2.200 2.840 300 940

26 Outros devedores e credores 480 2.500 80 2.100

28 Provisão para cobrança duvidosa 60 380 0 320

29 Provisões para riscos e encargos 100 180 0 80

31 Compras 45.200 800 44.400 0

32 Mercadorias 16.520 0 16.520 0

41 Investimentos financeiros 200 0 200 0

42 Imobilizações corpóreas 3.880 0 3.880 0

48 Amortizações acumuladas 0 880 0 880

51 Capital 0 4.000 0 4.000

62 Fornecimentos e serviços externos 4.912 0 4.912 0

63 Impostos 480 0 480 0

64 Custos com o pessoal 19.400 0 19.400 0

68 Custos e perdas financeiras 60 0 60 0

69 Custos e perdas extraordinárias 84 0 84 0

71 Vendas 2.000 82.200 0 80.200

78 Proveitos e ganhos financeiros 0 800 0 800

79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 1.200 0 1.200

153.500 153.500 107.536 107.536

Do inventário realizado em 31/12/N obtiveram-se os seguintes elementos:

1. O saldo do banco com que a empresa trabalha apresenta um valor devedor de 2.000 u.m., a diferença em relação ao saldo evidenciado pela empresa refere-se a um cheque devolvido do cliente “Aroma Lda” que ainda não foi recepcionado na tesouraria da empresa, e como tal ainda não se encontra movimentado.

2. As amortizações do exercício referentes ao imobilizado corpóreo ascendem a 120 u.m..

Page 117: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 111

3. Não estão ainda contabilizadas as férias e o subsidio de férias a apagar no ano N+1 referentes ap ano N, o valor mensal é de 1.617 u.m. estando previsto um acréscimo de 3% e uma taxa de encargos patronais de 23,755.

4. Sabe-se que no saldo de clientes existem dividas em mora com o seguinte escalonamento temporal, a 30 dias, 1.000 u.m., a 150 dias, 200 u.m. e a 370 dias, 800 u.m..

5. As existências finais ascendem a 9.500 u.m..

Tem este exercício por objectivo aplicar todos os elementos estudados neste capítulo, desde os lançamentos de rectificação até à elaboração das Demonstrações Financeiras.

Page 118: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

112

Exercício por Resolver 2

Conta Descrição Acumulado a débito

Acumulado a crédito

Saldo devedor

Saldo credor

11 Caixa 22.000 21.720 280 0

12 Depósitos à ordem 32.000 28.000 4.000 0

13 Depósitos a prazo 8.000 0 8.000 0

211 Clientes c/c 72.800 60.000 12.800 0

212 Clientes - titulos a receber 62.000 54.000 8.000 0

213 Clientes - titulos a desconto 240 240 0 0

221 Fornecedores c/c 52.000 76.400 0 24.400

222 Fornecedores -titulos a pagar 30.000 40.000 0 10.000

24 Estado e outros entes públicos 3.200 3.800 0 600

26 Outros devedores e credores 52.800 52.680 200 80

28 Provisão para cobrança duvidosa 880 1.800 0 920

31 Compras 122.000 1.600 120.400 0

32 Mercadorias 80.000 0 80.000 0

39 Provisão p/ depreciação existências 200 1.200 0 1.000

41 Investimentos financeiros 2.000 0 2.000 0

42 Imobilizações corpóreas 12.000 800 11.200 0

48 Amortizações acumuladas 1.600 4.200 0 2.600

51 Capital 0 20.000 0 20.000

57 Reservas 0 11.600 0 11.600

62 Fornecimentos e serviços externos 9.600 0 9.600 0

63 Impostos 2.000 0 2.000 0

64 Custos com o pessoal 61.600 0 61.600 0

68 Custos e perdas financeiras 1.400 0 1.400 0

69 Custos e perdas extraordinárias 720 0 720 0

71 Vendas 1.000 236.000 0 235.000

78 Proveitos e ganhos financeiros 0 10.000 0 10.000

79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 6.000 0 6.000

630.040 630.040 322.200 322.200

Page 119: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 113

O inventário a que se procedeu em 31/12/N forneceu os seguintes elementos:

1. Em caixa apenas estava a quantia de 120 u.m..

2. Faltavam contabilizar os juros vencidos do depósito a prazo desde 1/9/N à taxa de 5% e cujo pagamento ocorrerá em 1/3/N+1.

3. As dividas em mora são as seguintes:

• facturas vencidas entre 6 e 12 meses - 1.000 u.m.;

• facturas reclamadas judicialmente - 1.400 u.m.;

• facturas com menos de 6 meses - 5.600 u.m.

4. A inventariação física das existências mostrou que as mesmas valem 30.000 u.m. ao seu preço de custo, verificando-se uma quebra face ao valor de mercado de 1.950 u.m..

5. As amortizações das imobilizações corpóreas ascendem a 2.200 u.m. por ano.

6. O valor de férias e subsidio de férias ascendem a 5.000 u.m. por mês estando previsto um aumento de 3% e encargos sociais obrigatórios de 23.75%.

7. Estava paga a renda do armazém referente ao mês de Janeiro do ano N+1 no valor de 200 u.m.

Tem este exercício por objectivo aplicar todos os elementos estudados neste capítulo, desde os lançamentos de rectificação até à elaboração das Demonstrações Financeiras.

Page 120: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

114

9. ANEXOS AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Os anexos são os conjuntos de informações descritivas sobre as Demonstrações Financeiras, nomeadamente Balanço Demonstração de Resultados e, ainda, algumas informações complementares que explicam a situação apresentada nessas Demonstrações.

Trata-se de uma lista de 48 pontos, nem todos são preenchidos por todas as empresa, e também alguns dos pontos estão em branco para serem preenchidos face às necessidades de cada empresa;

O Anexo está contido no capítulo 8 do Plano Oficial de Contabilidade, vamos analisar resumidamente cada um dos pontos:

1. Indicar e analisar as disposições do Plano Oficial de Contabilidade que não tenham sido devidamente aplicadas, quantificando o seu impacto nas Demonstrações Financeiras.

2. Indicar e comentar as contas em que os métodos aplicados sejam diferentes dos do exercício anterior, para se poderem comparar.

3. Apresentar os critérios valorimétricos e métodos adoptados nas diferentes rubricas do Balanço e da Demonstração de Resultados.

4. Indicar as cotações utilizadas quando existam saldos em moedas estrangeiras.

5. Apresentar as alterações no resultado do exercício provocadas por alterações de critérios de valorimetria ou de métodos de cálculo de amortizações ou provisões.

6. Indicar situações que afectem os impostos futuros.

7. Indicar o número médio de pessoas ao serviço.

8. Justificar o conteúdo das contas “431 - Despesas de instalação” e “432 - Despesas de investigação e de desenvolvimento”.

9. Se existirem Trespasses com amortização além de cinco anos, apresentar justificação.

Page 121: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 115

10. Apresentar os movimentos ocorridos nas rubricas de imobilizado e respectivas amortizações e provisões, de acordo com o seguinte quadro:

Activo Bruto

Rubricas Saldo Inicial

Reava-liação ou

ajusta-mento

Aumentos Aliena-ções

Transfe-rências e

abates

Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas:

(discriminar)

Imobilizações corpóreas:

(discriminar)

Imobilizações financeiros:

(discriminar)

Amortizações e provisões

Rubricas Saldo Inicial

Reforço Regularizações Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas:

(discriminar)

Imobilizações corpóreas:

(discriminar)

Imobilizações financeiros:

(discriminar)

11. Indicação dos custos incorridos no exercício no recursos a empréstimos para financiamento de imobilizações em construção e que tenham ficado terminadas neste exercício.

Page 122: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

116

12. Indicação dos diplomas legais à luz dos quais se efectuaram as reavaliações do imobilizado.

13. Elaboração de mapa discriminativo das reavaliações, indicando rubrica a rubrica o custo histórico, o valor de acréscimo provocado pela reavaliação e o valor após a reavaliação.

14. Indicar para as imobilizações corpóreas e em curso as suas características no tocante a origem, financiamento e prazos de conclusão.

15. Indicação dos bens utilizados em locação financeira e respectivos valores contabilisticos.

16. Informações relativas a empresas pertencentes a um mesmo grupo.

17. Indicação das parcelas integradas em “Títulos negociáveis” cujo peso seja superior a 5% do activo circulante da empresa.

18. Discriminação da conta 4154 - Fundos.

19. Indicação de diferenças entre os valores apresentados no Balanço e os valores de mercado para os elementos do Activo Circulante.

20. Justificação da atribuição de valor inferior ao do valor de mercado a bens do activo circulante.

21. Indicação e justificação de provisões extraordinárias referentes a abens do activo circulante.

22. Valores de existências em poder de terceiros, à consignação.

23. Valores de dividas de cobrança duvidosa incluídas nas rubricas de balanço.

24. Indicação de eventuais movimentos financeiros verificados entre a empresa e os seus órgãos de administração, de direcção e de fiscalização, no tocante a adiantamentos ou empréstimos.

25. Valor global de dividas activas e passivas respeitantes ao pessoal da empresa.

26. Valor de dividas tituladas que no balanço não evidenciem tal característica.

27. Quantidades e valores de títulos emitidos pela empresa com indicação dos direitos que conferem.

28. Discriminação de dividas incluídas na rubrica Estado, se em mora.

29. Valor de dividas a terceiros com prazo superior a cinco anos.

30. Valor de dividas de terceiros cobertas por garantias reais.

31. Valor global de compromissos financeiros que não figurem no balanço.

32. Descrição das responsabilidades da empresa por garantias prestadas.

33. Indicação de eventuais diferenças entre as dividas a pagar e quantias já recebidas por conta dessas dividas.

Page 123: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 117

34. Desdobramento das contas de provisões e movimento do ano.

35. Forma de realização do capital social ou aumentos de capital.

36. Numero de acções e seu valor nominal que compõem o capital social da empresa.

37. Indicação dos titulares do capital desde que superiores a 20%.

38. Numero e valor nominal das acções subscritas durante o exercício.

39. Indicação das variações das reservas de reavaliação durante o exercício.

40. Explicitação de outras alterações nas rubricas de capitais próprios, ainda não referidas.

41. Demonstração do custo das mercadorias vendidas e da matérias consumidas.

42. Demonstração da variação da produção.

43. Indicação do valor das remunerações atribuídas aos órgãos de gestão.

44. Repartição dos valores apresentados nas contas 71 - Vendas e 72 - Prestação de serviços pelo mercado interno e externo.

45. Demonstração de resultados financeiros.

46. Demonstração de resultados extraordinários.

47. Informações exigidas por diplomas legais.

48. Outras informações que sejam consideradas relevantes.

Page 124: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

118

10. DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E DAS APLICAÇÕES DE FUNDOS - DOAF (ANTERIORMENTE DESIGNADA MAPA DE ORIGENS E APLICAÇÃO DE FUNDOS)

Quando observamos e analisamos um Balanço e uma Demonstração de Resultados nada nos é dito sobre algumas vivências da empresa, nomeadamente:

• Que investimentos foram efectuados?

• Como foram financiados esses investimentos?

• Como foi financiada a actividade corrente?

• Se foram distribuídos lucros,

• etc.

A Demonstração de Origens e Aplicação de Fundos vem responder a estas perguntas.

Tratando-se de um documento de informação patrimonial, financeira e monetária é um importante auxilio e complemento das demonstrações financeiras.

Origens e Aplicações de Fundos

Origem de fundos é considerada toda a fonte de fundos próprios ou alheios que nos permitem financiar a vida da empresa e que se vão reflectir em:

• Aumentos das contas do passivo e da Situação Líquida, ou

• Reduções das contas do Activo.

Aplicação de fundos é o destino dado a todos os fundos obtidos pela empresa e que se vão materializar em:

• Aumentos das contas do Activo, ou,

• Reduções das contas do passivo e da Situação Líquida.

Analisemos os seguintes factos e determinemos a origem e aplicação respectiva:

1. Compra de uma máquina de 10.000 u.m. a pronto pagamento:

• Aplicação - Aumento do imobilizado corpóreo;

• Origem - Diminuição de depósitos à ordem.

Page 125: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 119

2. Renegociação de uma dívida de curto prazo por utilização de um novo empréstimo de médio e longo prazo:

• Aplicação - Diminuição do passivo de curto prazo;

• Origem - Aumento do passivo de médio e longo prazo.

3. Venda de mercadoria a crédito:

• Aplicação - Aumento de dívidas de terceiros

• Origem - Diminuição dos activos de curto prazo.

4. Aplicação financeira:

• Aplicação - Aumento das aplicações financeiras;

• Origem - Diminuição de disponibilidades.

5. Aumento de capital próprio por entrada de “dinheiro fresco”:

• Aplicação - Aumento da Situação Líquida;

• Origem - Aumento de disponibilidades.

6. Compra de matérias primas a crédito:

• Aplicação - Aumento das existências;

• Origem - Aumento do passivo de curto prazo.

De todos os custos reflectidos na Demonstração de Resultados existem dois tipos de custos a que não estão associados desembolsos de fundos, são eles:

• as amortizações, e

• as provisões.

Estamos perante dois tipos de movimentos que não se traduzem em pagamentos, logo os valores recuperados nas vendas para suportar estes dois tipos de custos são também uma origem de fundos, surgindo a noção de Autofinanciamento, ou seja, todos os fundos gerados e que permanecem ao serviço da empresa, ou seja:

• Resultados Líquidos;

• Amortizações;

• Provisões.

Page 126: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

120

A Elaboração da Demonstração de Origens e Aplicação de Fundos

Para elaborarmos a DOAF necessitamos de ter os Balanços de dois anos sucessivos da empresa, com base nestes elementos são elaborados três mapas:

• um Mapa de Mutação de Valores, ou seja, um simples quadro em que mencionamos todas as rubricas do Balanço e encontramos as variações verificadas de um ano para o outro, é com base neste mapa que elaboraremos os seguintes:

• a Demonstração das Variações de Fundos Circulantes - que apresenta as variações das rubricas do Balanço relacionadas com o curto prazo, excluindo as amortizações e as provisões, e

• a Demonstração das Origens e Aplicação de Fundos, que nos apresenta as variações nas rubricas de natureza permanente, ou seja de médio e longo prazo e onde vamos encontrar uma linha com o resultado da Demonstração das Variações de fundos Circulantes (aumento ou diminuição dos fundos circulantes).

Page 127: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 121

Apresentamos seguidamente os modelos de mapa a utilizar:

Mapa de Mutação de Valores

Rubricas Ano N Ano N+1 Variação

Activo Imobilizados Existências Dividas de terceiros Médio e longo prazo Curto prazo Disponibilidades

Total

Capital próprio Capital Reservas Resultados Passivo Dividas a terceiros Médio e longo prazo Curto prazo

Total

Demonstração das Variações dos Fundos Circulantes

1 Aumentos das existências

X 1 Diminuições das existências

X

2 Aumentos das dividas de terceiros a curto prazo

X 2 Diminuições das dividas de terceiros a curto prazo

X

3 Diminuições das dividas a terceiros a curto prazo

X 3 Aumentos das dividas a terceiros a curto prazo

X

4 Aumentos das disponibilidades

X 4 Diminuições das disponibilidades

X

5 Diminuição dos fundos circulantes

X 5 Aumento dos fundos circulantes

X

X X

Os valores para preenchimento deste mapa são obtidos directamente do mapa de mutação de valores, compreendem todas as rubricas de curto prazo e permite-nos obter o resultado verificado nos findos circulantes.

As rubricas de médio e longo prazo serão tratadas na elaboração da DOAF.

Page 128: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I 122

Demonstração da origem e da aplicação de fundos

Origem dos fundos Aplicação dos fundos

Internas Distribuições

Resultado liquido do exercício ± x Por aplicação de resultados x

Amortizações ± x Por aplicação de reservas x x

Variação de provisões ± x ± x

Diminuições de capitais próprios

Externas Diminuições de capital e de prestações suplementares x

Aumentos dos capitais próprios:

Aumentos de capital e prestações suplementares x Movimentos financeiros a médio e longo prazo:

Aumentos de prémios de emissão e de reservas especiais x Aumentos de investimentos financeiros x

Cobertura de prejuízos x x Aumentos das dívidas de terceiros a médio e longo prazo x

Movimentos financeiros a médio e longo prazo: Diminuições das dívidas a terceiros a médio e longo prazo x x

Diminuições de investimentos financeiros x

Diminuições das dívidas de terceiros a médio e longo prazo x Aumento de imobilizações

Aumentos das dívidas a terceiros a médio e longo prazo x x Trabalhos da empresa para ela própria x

Diminuição de imobilizações Aquisição de imobilizações x x

Cessão de imobilizações x

Diminuição dos fundos circulantes x Aumento dos fundos circulantes x x

Page 129: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 123

Todas as rubricas devem ser desdobradas de acordo com os balanços de cada empresa.

Análise das Rubricas Individuais que Compõem a DOAF:

Origens internas:

1. Resultado Líquido do Exercício - considera-se o saldo da conta 88 (Resultado Líquido do Exercício), se lucro com o sinal positivo, se prejuízo com o sinal negativo.

2. Amortizações - Somam-se os saldos das diversas contas da classe 66 - Amortizações do exercício

3. Variação de provisões - vamos determinar a diferença entre o saldo do final do ano anterior e o saldo final do ano em causa, relativamente a todas as provisões constantes do balanço, por exemplo:

Conta 31/12/N-1 31/12/N

28 Provisões para cobrança duvidosa 10.000 7.000

29 Provisões para riscos e encargos 4.000 0

39 Provisões para depreciação de existências

3.000 5.000

Total 17.000 12.000

A rubrica “Variação de provisões” origem terá sinal negativo e valor de 5.000 u.m.

Origens externas:

1. Aumentos de capital e prestações suplementares, aumentos de prémios de emissão e de reservas especiais ou cobertura de prejuízos

Nestas rubricas apenas se consideram as entradas de “dinheiro fresco”, não são consideradas as outras formas de aumento de capital ou de cobertura de prejuízo, nomeadamente por incorporação de reservas;

2. Movimentos financeiros a médio e longo prazo - resultam da comparação dos dois balanços, obtêm-se directamente do mapa de mutação de balanços;

3. Diminuição de imobilizações - regista-se o valor líquido do imobilizado alienado, independentemente do valor do resultado obtido nessa alienação, porque esse já está reflectido nos resultados líquidos, por via da mais ou menos valia gerada;

A linha de diminuição de fundos circulantes será preenchida alternativamente à linha aumentos de fundos circulantes e depende do resultado do mapa variação de fundos circulantes.

Page 130: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

124

Aplicações

1. Distribuições

Por aplicação de resultados ou por aplicação de reservas - representa as saídas de dinheiro para os detentores do capital ou outros órgãos das sociedades.

2. Diminuições de capitais próprios

Diminuições de capital e de prestações suplementares que se materializam em saídas de fundos.

3. Movimentos financeiros a médio e longo prazo - determinam-se pelas variações dos dois balanços, obtêm-se directamente do mapa de mutação de valores.

4. Aumento de imobilizações - compreende os investimentos efectuados mas especial atenção ao facto de termos que retirar os valores resultantes da reavaliação de imobilizados.

Exemplo de Aplicação 1

São conhecidos os seguintes elementos da empresa XPTO, de que se apresenta o Mapa de Mutação de Valores:

Ano N Ano (N+1) Variação

ACTIVO

Imobilizações corpóreas 5.000 12.000 7.000

Imobilizações em curso 1.400 0 -1.400

Amortizações acumuladas -1.600 -2.500 -900

Investimentos financeiros 600 800 200

Mercadorias 3.600 5.000 1.400

Clientes 8.000 9.810 1.810

Fornecedores 200 0 -200

Outros devedores 300 300 0

Provisão p/ cob. Duvidosa -400 -520 -120

Caixa e títulos negociáveis 500 1.200 700

Provisão p/ aplic. Tesouraria -80 -90 -10

Custos diferidos 80 0 -80

Total 17.600 26.000 8.400

Page 131: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 125

Ano N Ano (N+1) Variação

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital 4.000 10.000 6.000

Reservas 1.300 2.000 700

Resultados transitados 840 0 -840

Resultado liquido do exercício 1.660 2.400 740

Empréstimos obtidos m/l prazo 0 1.000 1.000

Fornecedores C/C 8.900 8.700 -200

Estado e outros entes públicos 900 1.900 1.000

Total 17.600 26.000 8.400

E ainda que:

1. Foram vendidos imobilizados corpóreos, por 60 u.m., que estavam integralmente amortizados e cujo custo de aquisição tinha sido 800 u.m..

2. O acréscimo das reservas (de 1.300 para 2.000) resultou da reavaliação dos imobilizados corpóreos. Esta reavaliação provocou um acréscimo nos valores de aquisição de 1.200 u.m..

3. No ano N+1 os resultados foram afectados da seguinte forma: 1.700 u.m. para accionistas e 800 u.m. para aumento de capital.

4. Os imobilizados em curso ficaram concluídos no ano N+1.

Pretende-se elaborar a Demonstração de Origens e Aplicações de Fundos.

Page 132: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

126

Resolução

Demonstração da Variação dos Fundos Circulantes

1 Aumentos das existências

1 Diminuições das existências

0

Mercadorias 1.410 2 Diminuições das dividas de terceiros a curto prazo

2 Aumentos das dividas de terceiros a curto prazo

Fornecedores 200

Clientes 1.810 Custos diferidos 80

3 Diminuições das dividas a terceiros a curto prazo

3 Aumentos das dividas a terceiros a curto prazo

Fornecedores 200 Estado e outros entes públicos

1.000

4 Aumentos das disponibilidades

700 4 Diminuições das disponibilidades

0

5 Diminuição dos fundos circulantes

0 5 Aumento dos fundos circulantes

2.830

4.110 4.110

Cálculos complementares para elaboração da Demonstração de origens e Aplicação de Fundos:

Investimento em Imobilizado Corpóreo:

Imobilizado Corpóreo no ano N 5.000 u.m. Alienação de Imobilizado - 800 u.m. Actualização provocada pela reavaliação + 1.200 u.m. Investimento em imobilizado corpóreo + X u.m. Imobilizado corpóreo no ano N+1 = 12.000 u.m.

+ 5.000 - 800 + 1.200 + X = 12.000

X = 6.600 u.m.

Deste investimento há uma parte que se encontrava em Imobilizado em Curso pelo que o Investimento de Imobilizado Corpóreo a considerar é de

6.600 u.m. - 1.400 u.m. = 5.200 u.m. .

Page 133: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 127

Determinação das amortizações do exercício:

Amortizações acumuladas no ano N 1.600 u.m.

Alienação de Imobilizado - 800 u.m.

Actualização provocada pela reavaliação + Z u.m.

Amortizações do exercício + Y u.m.

Amortizações acumuladas no ano N+1 = 2.500 u.m.

+ 1.600 - 800 + Z + X = 2.500

Nesta equações encontramos duas incógnitas vamos ter que determinar em primeiro lugar o acréscimo de amortizações acumuladas provocado pela Reavaliação do Imobilizado:

Acréscimo do valor do imobilizado 1.200 u.m.

Acréscimo do valor das amortizações acumuladas

X u.m.

valor da reserva de reavaliação 700 u.m.

+ 1.200 - X = 700

X = 500 u.m.

Neste momento já podemos resolver o nosso problema e determinar o valor das amortizações do exercício:

Amortizações acumuladas no ano N 1.600 u.m.

Alienação de Imobilizado - 800 u.m.

Actualização provocada pela reavaliação + 500 u.m.

Amortizações do exercício + Y u.m.

Amortizações acumuladas no ano N+1 = 2.500 u.m.

+ 1.600 - 800 + 500 + X = 2.500

X = 1.200 u.m.

Page 134: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

128

Movimentos no Capital Próprio:

Rubrica Ano N Ano N+1 Variação Observações

Capital 4.000 u.m. 10.000 u.m.

+6.000 u.m.

800 resultam da afectação de Resultados Transitados pelo que só 5.200 u.m. deverão constar na DOAF

Reservas 1.300 u.m. 2.000 u.m. +700 u.m. Trata-se do valor da reserva de reavaliação, não se menciona nada na DOAF

Resultados

transitados

840 u.m. 0 u.m. -840 u.m 800 foram afectos a capital os restante 40 foram distribuídos aos sócios

Resultados

líquidos

do ano N

1.660 u.m. 0 u.m. -1.660 u.m.

foram distribuídos aos sócios, somados aos 40 de resultados transitados totalizam as 1.700 u.m. atribuídas a sócios

Podemos finalmente preencher o mapa de Dotação de Origens e Aplicação de Fundos.

Page 135: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I

129

Demonstração da origem e da aplicação de fundos

Origem dos fundos Aplicação dos fundos

Internas Distribuições

Resultado liquido do exercício 2.400 Por aplicação de resultados 1.700

Amortizações 1.200 Por aplicação de reservas 1700

Variação de provisões 130 3.730

Diminuições de capitais próprios

Externas Diminuições de capital e de prestações suplementares

Aumentos dos capitais próprios:

Aumentos de capital e prestações suplementares 5.200 Movimentos financeiros a médio e longo prazo:

Aumentos de prémios de emissão e de reservas especiais Aumentos de investimentos financeiros 200

Cobertura de prejuízos 5.200 Aumentos das dívidas de terceiros a médio e longo prazo

Movimentos financeiros a médio e longo prazo: Diminuições das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 200

Diminuições de investimentos financeiros

Diminuições das dívidas de terceiros a médio e longo prazo Aumento de imobilizações

Aumentos das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 1.000 1.000 Trabalhos da empresa para ela própria

Diminuição de imobilizações Aquisição de imobilizações 5.200 5.200

Cessão de imobilizações

Diminuição dos fundos circulantes Aumento dos fundos circulantes 2.830

9.930 9.930

Page 136: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formador Contabilidade Geral II

I 130

Exercício por Resolver 1:

Retiraram-se os seguintes elementos da contabilidade da empresa Lamelas SA :

Rubricas Ano N Ano N+1

Prov. Créditos cobrança duvidosa

46 100

Prov. Depreciação existências 70 60

Provisão para riscos e encargos

220 182

Imobilizado corpóreo 4.680 6.640

Amortizações acumuladas de Imobilizados corpóreos

-1.400 -1.900

Imobilizado incorpóreo 200 220

Investimentos financeiros 680 740

Empréstimos obtidos m/l prazo 680 480

Capital 1.200 2.000

Reserva legal 200 208

Reserva de reavaliação 400 800

Resultados transitados -200 0

Resultado líquido exercício 80 200

Sabendo ainda que:

1. Houve uma redução de fundos circulantes de 146 u.m.;

2. As amortizações do exercício foram de 400 u.m para imobilizado corpóreo e 60 u.m. para imobilizado incorpóreo;

3. Houve uma reavaliação do imobilizado corpóreo no ano N+1, tendo-se calculado uma reserva de reavaliação de 800 u.m.;

4. Foi alienado um equipamento que se encontrava amortizado em 50%, tendo o seu custo sido de 280 u.m..

5. Durante o ano N+1 foram adquiridos 10% do capital da empresa ZAS LDA, no valor de 600 u.m., foi também alienada a quota que detinha na TRUZ.

Vamos elaborar a Demonstração de Origens e Aplicação de Fundos para o ano N+1.

Page 137: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formador

I 131

Resolução

Cálculos complementares para elaboração da Demonstração de origens e Aplicação de Fundos:

Investimento em Imobilizado Corpóreo:

Imobilizado Corpóreo no ano N 4.680

Alienação de Imobilizado -280

Actualização provocada pela reavaliação X

Investimento em imobilizado corpóreo Z

Imobilizado corpóreo no ano N+1 6.640

+ 4.680 - 280 + X + Z = 6.640

Nesta equações encontramos duas incógnitas vamos ter que determinar em primeiro lugar o acréscimo de Imobilizado provocado pela Reavaliação do Imobilizado:

Determinação das amortizações do exercício:

Amortizações acumuladas no ano N 1.400

Alienação de Imobilizado -140

Actualização provocada pela reavaliação W

Amortizações do exercício 460

Amortizações acumuladas no ano N+1 1.900

1.900 = 1400 - 140 + W + 460

W = 180

Acréscimo do valor do imobilizado C

Acréscimo do valor das amortizações acumuladas

180

Valor da reserva de reavaliação 800

C-180 = 800

C = 980

Page 138: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formador Contabilidade Geral II

I 132

Neste momento já podemos resolver o nosso problema e determinar o valor do investimento:

Imobilizado Corpóreo no ano N 4.680

Alienação de Imobilizado -280

Actualização provocada pela reavaliação X

Investimento em imobilizado corpóreo Z

Imobilizado corpóreo no ano N+1 6.640

+ 4.680 - 280 + 180 + Z = 6.640

Z = 1.260

Movimentos no Capital Próprio:

Rubrica Ano N Ano N+1 Variação Observações

Capital 1.200 u.m. 2.000 u.m. +800 u.m. 400 resultam da afectação da Reserva de

Reavaliação pelo que só 400 u.m.

deverão constar na DOAF

Reservas 600 u.m. 1.000 u.m. +400 u.m. Trata-se do valor da reserva de

reavaliação, não se menciona nada na

DOAF

Resultados transitados

(200) u.m. 0 u.m. -200 u.m Houve cobertura de prejuízos em 80

u.m. de afectação de resultados e os 120 foram entrada

de fundos para cobertura de

prejuízos

Resultados líquidos do ano N

80 u.m. 0 u.m. -80 u.m. foram transferidos para resultados

Transitados

Page 139: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 133

Podemos finalmente preencher o mapa de Dotação de Origens e Aplicação de Fundos Demonstração da origem e da aplicação de fundos

Origem dos fundos Aplicação dos fundos

Internas Distribuições Resultado liquido do exercício 200 Por aplicação de resultados Amortizações 460 Por aplicação de reservas

Variação de provisões -6 654

Diminuições de capitais próprios Externas Diminuições de capital e de prestações suplementares Aumentos dos capitais próprios: Aumentos de capital e prestações suplementares 400 Movimentos financeiros a médio e longo prazo: Aumentos de prémios de emissão e de reservas especiais

Aumentos de investimentos financeiros 600

Cobertura de prejuízos 120 520 Aumentos das dívidas de terceiros a médio e longo prazo

Movimentos financeiros a médio e longo prazo: Diminuições das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 600

Diminuições de investimentos financeiros 540 Diminuições das dívidas de terceiros a médio e longo prazo

Aumento de imobilizações

Aumentos das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 540 Trabalhos da empresa para ela própria

Diminuição de imobilizações Aquisição de imobilizações 1.260 1.260

Cessão de imobilizações Diminuição dos fundos circulantes 146 Aumento dos fundos circulantes

1.860 1.860

Page 140: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

134

11. ENCERRAMENTO DAS CONTAS

Os trabalhos de fim de exercício apresentam como etapa final o chamado lançamento de encerramento das contas.

É um lançamento em que se debitam e creditam, as contas do balancete que apresentam saldo devedor ou credor.

Quando se faz a passagem do lançamento do Diário ao Razão todas as contas aparecem saldadas.

Este lançamento será efectuado de forma inversa na abertura do exercício seguinte.

Balancete antes de encerramento Acumulados anuais

Conta Rubricas Débito Crédito Saldo

11 Caixa 22.000 21.720 280

12 Depósitos à ordem 32.000 28.000 4.000

13 Depósitos a prazo 8.000 0 8.000

21 Clientes 66.800 60.000 6.800

22 Fornecedores 30.000 40.000 -10.000

24 Estado e out. entes públicos 3.200 3.800 -600

26 Outros devedores e credores 52.800 52.680 120

28 Provisão cobrança duvidosa 880 1.800 -920

32 Mercadorias 63.600 0 63.600

39 Provisão p/ dep. Existências 200 1.200 -1.000

41 Investimentos financeiros 2.000 0 2.000

42 Imobilizações corpóreas 13.820 800 13.020

48 Amortizações acumuladas 1.600 4.200 -2.600

51 Capital 0 20.000 -20.000

57 Reservas 0 11.600 -11.600

61 Compras 122.000 122.000 0

62 Fornecimentos e serviços externos 9.600 9.600 0

63 Impostos 2.000 2.000 0

64 Custos com o pessoal 61.600 61.600 0

68 Custos e perdas financeiras 1.400 1400 0

69 Custos e perdas extraordinárias 720 720 0

71 Vendas 236.000 236.000 0

78 Proveitos e ganhos financeiros 10.000 10.000 0

81 Resultados operacionais 235.000 235.000 0

82 Resultados financeiros 10.000 10.000 0

83 Resultados correntes 51.400 51.400 0

84 Resultados extraordinários 300 300 0

85 Resultados antes de impostos 51.400 51.400 0

88 Resultados líquido do exercício 51.100 -51.100

1.088.320 1.088.320 0

Page 141: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 135

Diário: Operações diversas (fecho)

Mês de Dezembro do ano N

Lançamento de encerramento ou fecho de exercício

Nr. Descrição Conta debitada Conta creditada Valor

1 Fecho do exercício., pelo saldo das contas 11 280

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 12 4.000

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 13 8.000

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 21 6.800

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 26 120

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 32 63.600

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 41 2.000

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 42 13.020

97.820

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 22 10.000

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 24 600

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 28 920

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 39 1.000

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 48 2.600

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 51 20.000

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 57 11.600

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 88 51.100

97.820

Page 142: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

136

Balancete após o encerramento

Acumulados anuais Rubrica

Débito Crédito Saldo 11 Caixa 22.000 22.000 0

12 Depósitos à ordem 32.000 32.000 0

13 Depósitos a prazo 8.000 8.000 0

21 Clientes 66.800 66.800 0

22 Fornecedores 40.000 40.000 0

24 Estado e outros entes públicos 3.800 3.800 0

26 Outros devedores e credores 52.800 52.800 0

28 Provisão para cobrança duvidosa 1.800 1.800 0

32 Mercadorias 63.600 63.600 0

39 Provisão p/ depreciação existências 1.200 1.200 0

41 Investimentos financeiros 2.000 2.000 0

42 Imobilizações corpóreas 13.820 13.820 0

48 Amortizações acumuladas 4.200 4.200 0

51 Capital 20.000 20.000 0

57 Reservas 11.600 11.600 0

61 Compras 122.000 122.000 0

62 Fornecimentos e serviços externos 9.600 9.600 0

63 Impostos 2.000 2.000 0

64 Custos com o pessoal 61.600 61.600 0

68 Custos e perdas financeiras 1.400 1.400 0

69 Custos e perdas extraordinárias 720 720 0

71 Vendas 236.000 236.000 0

78 Proveitos e ganhos financeiros 10.000 10.000 0

81 Resultados operacionais 235.000 235.000 0

82 Resultados financeiros 10.000 10.000 0

83 Resultados correntes 51.400 51.400 0

84 Resultados extraordinários 300 300 0

85 Resultados antes de impostos 51.400 51.400 0

88 Resultados líquido do exercício 51.100 51.100 0

1.186.140 1.186.140 0

Page 143: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 137

Exercício de Aplicação por Resolver

Exercício de Aplicação 1

Pretende-se que efectue o lançamento de encerramento de contas e apresente o balancete após o encerramento de contas da empresa Luar de Agosto, cujo balancete antes de encerramento é o seguinte:

Balancete rectificado da Parafusos Unidos

Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor

11 Caixa 14.000 0

12 Depósitos à ordem 123.467 0

15 Títulos negociáveis 92.000 0

19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000

21 Clientes 382.867 0

22 Fornecedores 10.000 284.400

24 Estado e outros entes públicos 83.333 129.446

27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050

26 Outros devedores e credores 8.600 15.333

28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620

29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600

31 Compras 0 0

32 Mercadorias 165.754 0

39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580

41 Investimentos financeiros 200.000 0

42 Imobilizações corpóreas 176.133 0

43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0

48 Amortizações acumuladas 0 108.769

51 Capital 0 333.333

55 Reservas 0 214.000

59 Resultados transitados 0 30.667

61 Custo Mercadorias Vendidas Mat. Cons. 0 0

62 Fornecimentos e serviços externos 0 0

64 Custos com o pessoal 0 0

66 Amortizações do exercício 0 0

67 Provisões do exercício 0 0

68 Custos e perdas financeiras 0 0

69 Custos e perdas extraordinárias 0 0

71 Vendas 0 0

72 Prestações de serviços 0 0

78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0

79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0

88 Resultado Liquido do exercício 0 72.689

Total 1.272.487 1.272.487

Resolução

Page 144: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

138

Diário : Operações diversas (fecho)

Mês de Dezembro do ano N

Lançamento de encerramento ou fecho de exercício

Nr. Descrição Conta debitada

Conta creditada Valor

1 Fecho do exercício., pelo saldo das contas 11 14.000

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 12 123.467

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 15 92.000

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 21 382.867

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 22 10.000

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 24 83.333

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 26 860

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 32 165.754

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 41 200.000

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 42 176.133

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 43 16.333

1.272.487

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 19 12.000

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 22 284.400

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 24 129.446

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 26 15.333

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 27 34.050

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 28 17.620

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 29 16.600

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 39 3.580

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 48 108.769

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 51 333.333

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 59 30.667

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 88 72.689

1.272.487

Page 145: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 139

Balancete após o fecho

Conta Descrição Saldo devedor

Saldo credor

11 Caixa 0 012 Depósitos à ordem 0 015 Títulos negociáveis 0 019 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 021 Clientes 0 022 Fornecedores 0 024 Estado e outros entes públicos 0 027 Acréscimos e diferimentos 0 026 Outros devedores e credores 0 028 Provisão para cobrança duvidosa 0 029 Provisão p/ riscos e encargos 0 031 Compras 0 032 Mercadorias 0 039 Provisão p/ depreciação existências 0 041 Investimentos financeiros 0 042 Imobilizações corpóreas 0 043 imobilizações Incorpóreas 0 048 Amortizações acumuladas 0 051 Capital 0 055 Reservas 0 059 Resultados transitados 0 061 Custo Mercadorias Vendidas Mat. Cons. 0 062 Fornecimentos e serviços externos 0 064 Custos com o pessoal 0 066 Amortizações do exercício 0 067 Provisões do exercício 0 068 Custos e perdas financeiras 0 069 Custos e perdas extraordinárias 0 071 Vendas 0 072 Prestações de serviços 0 078 Proveitos e ganhos financeiros 0 079 Proveitos e ganhos extraordinários 0 088 Resultado Líquido do exercício 0 0

Total 0 0

Page 146: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

140

Exercício de Aplicação 2

Pretende-se que efectue o lançamento de encerramento de contas e apresente o balancete após o encerramento de contas da empresa Parafusos Unidos, cujo balancete antes de encerramento é o seguinte:

Conta Nome da Conta Acumulados anuais

Débito Crédito Saldo 11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681 12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063 21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696 22 Fornecedores 2.622.226 3.037.171 -414.944 23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 -352.500 24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 -20.253 25 Sócios 49.270 193.329 -144.059 26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 -211 27 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 -156.242 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 -14.009 31 Compras 1.766.151 1.766.151 0 32 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959 33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283 36 Matérias primas, subs. e de cons. 227.954 140.238 87.716 41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547 42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892 43 imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491 44 imobilizações em curso 59.697 4.392 55.305 48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 -550.955 51 Capital 0 295.565 -295.567 55 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 -10.493 56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 -314.425 57 Reservas 266.574 699.954 -433.380 59 Resultados transitados 64.173 64.173 0 61 C.M.V.M. 1.489.804 1.489.804 0 62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 579.231 0 63 Impostos 18.799 18.799 0 64 Custos com o pessoal 543.677 543.677 0 65 Outros custos operacionais 1.206 1.206 0 66 Amortizações do exercício 88.603 88.603 0 68 Custos e perdas financeiras 124.316 124.316 0 69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 58.839 0 71 Vendas 2.899.227 2.899.227 0 72 Prestações de serviços 28.343 28.343 0 73 Proveitos suplementares 4.655 4.655 0

Page 147: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 141

Acumulados anuais

Conta Nome da Conta Débito Crédito Saldo

78 Proveitos e ganhos financeiros 36.845 36.845 0 79 Proveitos e ganhos extraordinários 21.115 21.115 0 81 Resultados Operacionais 2.777.527 2.777.527 0 82 Resultados financeiros 121.968 121.968 0 83 Resultados Operacionais 93.751 93.751 0 84 Resultados extraordinários 53.027 53.027 0 85 Resultados antes de impostos 48.750 48.750 0 88 Resultado Liquido do exercício 40.405 40.405 Total 37.533.747 37.533.747 0

Page 148: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

142

Resolução

Diário : Operações diversas (fecho)

Mês de Dezembro do ano N

Lançamento de encerramento ou fecho de exercício

Nr. Descrição Conta debitada

Conta creditada Valor

1 Fecho do exercício, pelo saldo das contas 11 4.681

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 12 56.063

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 21 803.696

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 32 366.959

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 36 87.716

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 41 53.547

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 42 1.188.892

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 43 39.491

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 44 55.305

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 88 40.405

2.696.755

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 22 352.500

23 352.500

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 24 20.253

25 144.059

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 26 211

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 27 156.242

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 28 14.009

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 48 550.955

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 51 295.567

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 55 10.493

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 56 314.425

Fecho do exercício, pelo saldo das contas 57 433.380

1.272.487

Page 149: Contabilidade Geral II

I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

I 143

Resumo

O trabalho contabilistico de fim de exercício engloba as seguintes fases:

Balancetes de verificação - Balancetes mensais em que os saldos evidenciados permitem efectuar conferência de contas e valores aferindo-se as correcções a elaborar.

Lançamentos de rectificação e regularização - lançamentos efectuados para adequar os movimentos contabilisticos à realidade verificada nos inventários e cumprimento dos Princípios

de Contabilidade Geralmente Aceites

Balancete rectificado - balancete resultante dos lançamentos de rectificação e regularização efectuados

Demonstração de Resultados - Documento de natureza Económica que nos permite demonstrar como foram obtidos os diversos níveis de resultados

Lançamentos de Apuramento de Resultados - movimentos para apurar os resultados do exercício nos diferentes níveis:

Resultados Operacionais

Resultados Financeiros

Resultados Correntes

Resultados Extraordinários

Resultados Antes de Impostos

Resultado Líquido do Exercício

Balancete de Apuramento de Resultados - balancete que se obtém após o lançamento de apuramento de resultados, todas as contas de Custos e proveitos deverão surgir saldadas

Page 150: Contabilidade Geral II

IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

I

144

Balanço - mapa financeiro que nos transmite a posição da empresa no dia em que é elaborado, evidenciando todos os direitos e obrigações de que a empresa é titular

Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados - conjunto de informações sobre as Demonstrações Financeiras que nos auxiliam na sua compreensão e justificação

Demonstração de Origem e Aplicações de Fundos - mapa financeiro que nos informa sobre o natureza dos movimentos financeiros verificados entre dois períodos sucessivos

No final destes procedimentos temos o exercício económico em estudo devidamente encerrado e foram elaborados os mapas obrigatórios.

Page 151: Contabilidade Geral II

CONTABILIDADEGERAL II

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Page 152: Contabilidade Geral II
Page 153: Contabilidade Geral II

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

II 147

Objectivos

No final desta unidade temática o formando deverá estar apto a:

• efectuar os movimentos que permitem reabrir as contas da empresa;

• efectuar os movimentos de aplicação de resultados.

Temas:

1. Reabertura das Contas

2. Aplicação de resultados

• Resumo

• Questões e Exercícios

• Resoluções

Page 154: Contabilidade Geral II

IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

II 148

1. REABERTURA DAS CONTAS

No início de cada exercício económico há que reabrir as contas para se começar a trabalhar de novo. Vamos efectuar o lançamento no Diário inverso ao que efectuámos para encerrar as contas no capítulo anterior.

Assim, foi efectuado o movimento seguinte:

Mês de Dezembro do ano N

Lançamento de encerramento ou fecho de exercício

Nr. Descrição Conta debitada Conta creditada Valor

1 Fecho do exercício. pelo saldo das contas 11 280

Fecho do exercício pelo saldo das contas 12 4.000

Fecho do exercício pelo saldo das contas 13 8.000

Fecho do exercício pelo saldo das contas 21 6.800

Fecho do exercício pelo saldo das contas 26 120

Fecho do exercício pelo saldo das contas 32 63.600

Fecho do exercício pelo saldo das contas 41 2.000

Fecho do exercício pelo saldo das contas 42 13.020

97.820

Fecho do exercício pelo saldo das contas 22 10.000

Fecho do exercício pelo saldo das contas 24 600

Fecho do exercício pelo saldo das contas 28 920

Fecho do exercício pelo saldo das contas 39 1.000

Fecho do exercício pelo saldo das contas 48 2.600

Fecho do exercício pelo saldo das contas 51 20.000

Fecho do exercício pelo saldo das contas 57 11.600

Fecho do exercício pelo saldo das contas 88 51.100

97.820

Page 155: Contabilidade Geral II

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

II 149

Balancete após o encerramento

Acumulados anuais

Débito Crédito Saldo

11 Caixa 22.000 22.000 0

12 Depósitos à ordem 32.000 32.000 0

13 Depósitos a prazo 8.000 8.000 0

21 Clientes 66.800 66.800 0

22 Fornecedores 40.000 40.000 0

24 Estado e outros entes públicos 3.800 3.800 0

26 Outros devedores e credores 52.800 52.800 0

28 Provisão para cobrança duvidosa 1.800 1.800 0

32 Mercadorias 63.600 63.600 0

39 Provisão p/ depreciação existências 1.200 1.200 0

41 Investimentos financeiros 2.000 2.000 0

42 Imobilizações corpóreas 13.820 13.820 0

48 Amortizações acumuladas 4.200 4.200 0

51 Capital 20.000 20.000 0

57 Reservas 11.600 11.600 0

61 Compras 122.000 122.000 0

62 Fornecimentos e serviços externos 9.600 9.600 0

63 Impostos 2.000 2.000 0

64 Custos com o pessoal 61.600 61.600 0

68 Custos e perdas financeiras 1.400 1.400 0

69 Custos e perdas extraordinárias 720 720 0

71 Vendas 236.000 236.000 0

78 Proveitos e ganhos financeiros 10.000 10.000 0

81 Resultados operacionais 235.000 235.000 0

82 Resultados financeiros 10.000 10.000 0

83 Resultados correntes 51.400 51.400 0

84 Resultados extraordinários 300 300 0

85 Resultados antes de impostos 51.400 51.400 0

88 Resultados líquido exercício 51.100 51.100 0

1.186.140 1.186.140 0

Page 156: Contabilidade Geral II

IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

II 150

Agora vamos efectuar o movimento seguinte de reabertura de contas:

Diário: Operações diversas (Reabertura)

Mês de Janeiro do ano N+1

Nº Descrição Conta debitada Conta creditada Valor

1 Abertura do exercício 11 280

Abertura do exercício 12 4.000

Abertura do exercício 13 8.000

Abertura do exercício 21 6.800

Abertura do exercício 26 120

Abertura do exercício 32 63.600

Abertura do exercício 41 2.000

Abertura do exercício 42 13.020

97,820

Abertura do exercício 22 10.000

Abertura do exercício 24 600

Abertura do exercício 28 920

Abertura do exercício 39 1.000

Abertura do exercício 48 2.600

Abertura do exercício 51 20.000

Abertura do exercício 57 11.600

Abertura do exercício 88 51.100

97.820

Page 157: Contabilidade Geral II

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

II 151

Após este lançamento obtemos o balancete de abertura seguinte:

Balancete de abertura

Acumulados anuais

Débito Crédito Saldo

11 Caixa 280 280

12 Depósitos à ordem 4.000 4.000

13 Depósitos a prazo 8.000 8.000

21 Clientes 6.800 6.800

22 Fornecedores 10.000 -10.000

24 Estado e outros entes públicos 600 -600

26 Outros devedores e credores 120 120

28 Provisão p/ cobrança duvidosa 920 -920

32 Mercadorias 63.600 63.600

39 Provisão p/ depreciação Exist. 1.000 -1.000

41 Investimentos financeiros 2.000 2.000

42 Imobilizações corpóreas 13.020 13.020

48 Amortizações acumuladas 2.600 -2.600

51 Capital 20.000 -20.000

57 Reservas 11.600 -11.600

88 Resultados liquido exercício 51.100 -51.100

97.820 97.820 0

Como se pode verificar as contas da classe 6 e 7 ainda não apresentam quaisquer valores, começarão a ter movimento quando se iniciarem as operações do ano, agora aberto, todas as outras contas, contas de Balanço, apresentam os saldos constantes do Balanço de fecho do exercício.

Page 158: Contabilidade Geral II

IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

II 152

2. APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Só falta uma operação para termos o trabalho de fecho do exercício completamente realizado - a aplicação de resultados.

Os resultados contabilísticos apurados no exercício económico, lucros ou prejuízos são apreciados pela Assembleia Geral de sócios ou accionistas, estes deliberam sobre a sua aplicação, sendo depois sancionada essa proposta pelo órgão de fiscalização competente, quando exista.

Os resultados apurados, resultados líquidos de IRC, só podem ser de dois tipos:

• Lucros, ou

• Prejuízos.

Em função do tipo de resultado apurado assim serão deliberadas diferentes formas de aplicação do resultado.

Independentemente da afectação de resultados que seja decidida é necessário transferir o saldo da conta 88 - Resultado Líquido do Exercício para uma conta 59 - Resultados Transitados.

88 - Resultado Líquido do Exercício

59 - Resultados Transitados

Saldo credor

LUCRO de X

(Débito X ) (Crédito X)

88 - Resultado Líquido do Exercício

59 - Resultados Transitados

Saldo devedor

PREJUÍZO de X

(Crédito X) (Débito X )

Page 159: Contabilidade Geral II

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

II 153

Lucros - Formas Obrigatórias de Afectação de Resultados

Obrigações Legais - Reserva Legal

O Código das Sociedades Comerciais no seu artigo 218º dispõe que

“É obrigatória a constituição de uma reserva legal....de limite mínimo de 997,6 €”

e no seu artigo 295º estabelece o valor desta reserva:

“Uma percentagem não inferior à vigésima parte dos lucros da sociedade é destinada à constituição da reserva legal e, sendo caso disso, à sua reintegração, até que aquela represente a quinta parte do capital social.”

no artigo 296º define as condições de utilização desta reserva:

“A reserva legal só pode ser utilizada:

a) Para cobrir a parte do prejuízo acusado no balanço do exercício que não possa ser coberto pela utilização de outras reservas;

b) Para cobrir a parte dos prejuízos transitados do exercício anterior que não possa ser coberto pelo lucro do exercício nem pela utilização de outras reservas;

c) Para incorporação no capital.”

Ou seja do resultado líquido positivo (lucro) terão obrigatoriamente que ser afectos à Reserva Legal 5% (1/20) até se atingir o montante acumulado de 20% do capital social.

Vejamos o seguinte exemplo:

Os resultados apurados pela empresa “Faz Sol” foram os seguintes nos últimos cinco anos:

Ano Valor de resultados

199X 1.000 u.m.

199X+1 5.000 u.m.

199X+2 200.000 u.m.

199X+3 54.000 u.m.

199X+4 87.000 u.m.

O capital social desta empresa é de 100.000 unidades monetárias.

Page 160: Contabilidade Geral II

IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

II 154

O movimento de constituição de reservas será o seguinte:

Ano Resultado Reserva a constituir

Reserva Acumulada

199X 1.000 u.m. (1) 200 u.m. 200 u.m.

199X+1 5.000 u.m. 250 u.m. 250 u.m.

199X+2 200.000 u.m. 10.000 u.m. 10.250 u.m.

199X+3 54.000 u.m. 2.700 u.m. 13.150 u.m.

199X+4 87.000 u.m. 4.350 u.m. 17.500 u.m.

(1) A reserva a ser constituída de 5% do resultado era 50 u.m., mas o valor mínimo é de 200 u.m., sendo que por unidades monetárias estamos a considerar a centena de escudos, no entanto este valor será transposto para EURO em função do factor de conversão estipulado.

O valor limite da reserva legal desta empresa é de 20.000 u.m. pelo que o valor já constituído ainda é inferior ao limite.

Suponhamos agora que o seu capital social são 75.000 u.m., o valor da reserva legal terá por limite 15.000 u.m., logo no último ano a reserva a constituir não será de 4.350 u.m. mas de 1.850 teríamos o seguinte quadro:

Ano Resultado Reserva a constituir

Reserva Acumulada

199X 1.000 u.m. (1) 200 u.m. 200 u.m.

199X+1 5.000 u.m. 250 u.m. 250 u.m.

199X+2 200.000 u.m. 10.000 u.m. 10.250 u.m.

199X+3 54.000 u.m. 2.700 u.m. 13.150 u.m.

199X+4 87.000 u.m. 1.850 u.m. 15.000 u.m.

O movimento contabilístico a efectuar é o seguinte:

59 - Resultados Transitados

571 - Reserva Legal

X X

Page 161: Contabilidade Geral II

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

II 155

Obrigações Estatutárias - Reserva Estatutária

Podem os estatutos de cada empresa definir regras para constituição de reservas ou afectação de resultados.

O movimento contabilístico a efectuar é o seguinte:

59 - Resultados Transitados

572 - Reserva Estatutária

X X

Obrigações Contratuais - Reservas Contratuais

Poderão ainda existir contratos entre a empresa e diferentes organismos que determinem a afectação de resultados a finalidades específicas no seguimento de acordos ou operações concretas.

O movimento contabilístico a efectuar é o seguinte:

59 - Resultados Transitados

573 - Reserva Contratual

X X

Lucros - Formas Livres

Ao remanescente dos lucros da empresa podem colocar-se diversas alternativas de aplicação:

• gratificações de lucros;

• accionistas / sócios;

• outras reservas;

• resultados transitados.

Page 162: Contabilidade Geral II

IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

II 156

Gratificações de Lucros

Forma de distribuir resultados aos órgãos sociais e ao pessoal que, embora decididas após o encerramento do exercício, constituem um custo fiscalmente aceite aquando da entrega da declaração fiscal respectiva.

O movimento contabilístico é o seguinte:

Pela deliberação da atribuição da gratificação:

59 - Resultados Transitados

262 - Outros credores

Montante atribuído

Montante atribuído

Pelo pagamento:

262 - Outros credores 12 - Depósitos à ordem

Montante pago

Valor líquido a entregar

242 - Retenção imposto

Imposto retido

Accionistas / Sócios - Dividendos

Dividendo é a forma de repartir os lucros proporcionalmente à quota parte do capital social de cada sócio ou accionista.

Sobre este assunto existem diversos artigos do Código das Sociedades Comerciais, no sentido de serem defendidos os direitos de todos os sócios / accionistas ao dividendo, da existência de lucros que não se podem distribuir para salvaguardar a continuidade da empresa.

Page 163: Contabilidade Geral II

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

II 157

Por outro lado é ainda importante referir que para se distribuir dinheiro, é necessário que se encontrem disponíveis meios monetários. Sabemos que lucro não é sinónimo de “dinheiro em caixa”, pelo que a tesouraria de empresa deve ser devidamente preparada para que a distribuição de resultados não limite o normal desenvolvimento financeiro da organização.

O movimento contabilístico desta forma de aplicação de resultados envolve três fases:

A atribuição do dividendo

59-Resultados Transitados 25 X 3 - Resultados atribuídos

Montante atribuído

Montante atribuído

Na classe 25 - Accionistas ou sócios cada uma das categorias de sócios ou accionistas está desdobrada num conjunto de contas iguais sendo sempre a 2513, 2523, 2533, 2543 ou 2553 - as contas de resultados atribuídos, daí ser utilizado 25X3.

O pagamento pode ocorrer num momento temporal próximo, ou não. Esta conta apresenta um saldo relativo à atribuição efectuada mas ainda não disponibilizada, ou seja a intenção está reconhecida mas ainda não se procedeu à disponibilização destes fundos.

No momento em que se disponibiliza o montante atribuído teremos o seguinte lançamento:

25X3 - Resultados atribuídos

25X4 - Lucros disponíveis

Dividendo atribuído

Valor liquido do dividendo

242 - Retenção imposto

Imposto retido

Page 164: Contabilidade Geral II

IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

II 158

Quando se fizer o pagamento:

25X4 - Lucros disponíveis 12 - Depósitos à ordem

Dividendo líquido

Valor líquido a pagar

Outras Reservas

A Assembleia Geral pode decidir efectuar outro tipo de aplicação constituindo as chamadas reservas livres, para fins produtivos, sociais ou outros.

Resultados Transitados

A parcela de resultados que fica na empresa é aplicada em resultados transitados permanecendo nessa mesma conta.

Prejuízos

Quando se verifiquem prejuízos a Assembleia Geral pode deliberar a sua transferência para Resultados Transitados, proceder à sua cobertura através de Reservas ou ainda fazer entrada de dinheiro dos sócios.

Movimento contabilistico para a cobertura através de reservas:

56/57 - Reservas 59- Resultados transitados

Montante do prejuízo

Montante do prejuízo

Movimento contabilístico para a cobertura através de entregas de fundos pelos sócios:

25 - Accionistas / Sócios 59 - Resultados transitados

Montante do prejuízo

Montante do prejuízo

Page 165: Contabilidade Geral II

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

II 159

Exemplo

1. A empresa Alfabeta procedeu à seguinte deliberação de aplicação de resultados na Assembleia Geral realizada em 31/03/N para apreciação do resultado do ano N-1:

• para reserva legal - 300 u.m.

• para cobertura do prejuízo do ano N-2 - 450 u.m.

• para distribuição de dividendos - 500 u.m.

• para reservas livres - 200 u.m..

Sabendo que o saldo da conta 88 era credor em 2.000 u.m. determine o valor que permanecerá na empresa em Resultados Transitados e efectue os lançamentos de aplicação de resultados no Diário e no Razão.

Resultado a aplicar 2.000

Aplicação de resultados

Reserva legal 300

Cobertura do prejuízo do ano N-2 450

Distribuição de dividendos 500

Reservas livres 200

Resultados Transitados X 2.000

300 + 450 + 500 + 200 + X = 2.000

X = 2.000 - 1.450

X = 550

O valor que permanecerá em Resultados Transitados será de 500 u.m..

Page 166: Contabilidade Geral II

IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

II 160

Lançamentos no diário:

1 88 - Resultado Líquido do exercício

a 595 - Resultados Transitados ano N

Transferências de saldo 2.000

----------------------//------------------------

2 595 - Resultados Transitados ano N

a 571 - Reserva legal 300

Aplicação de resultado ano N

----------------------//------------------------

3 595 - Resultados Transitados ano N

a 594 - Resultados Transitados ano N-1

Aplicação de resultado ano N 450

----------------------//------------------------

4 595 - Resultados Transitados ano N

a 574 - Reserva livre

Aplicação de resultado ano N 200

----------------------//------------------------

5 595 - Resultados Transitados ano N

a 255 - restantes accionistas / sócios

2553 - Resultados atribuídos

Aplicação de resultado ano N 500

----------------------//------------------------

Page 167: Contabilidade Geral II

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

II 161

Lançamentos no razão:

88 - Resultado Liquido do Exercício

(1) 2.000 2.000

Saldo = 0

595 - Resultados Transitados ano N

(2) 300 (1) 2.000

(3) 450

(4) 200

(5) 500

Saldo Credor de 550 u.m.

571 - Reserva Legal

(2) 300

594 - Resultados Transitados ano N-1

(3) 450

574 - Reserva livre

(4) 200

255 - Resultados atribuídos

(5) 500

Page 168: Contabilidade Geral II

IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

II 162

Resumo

Os exercícios económicos sucedem-se no tempo pelo que após um encerramento de contas de um determinado ano é necessário efectuar a reabertura dessas mesmas contas para se começarem a efectuar os lançamentos do novo ano.

Por razões de natureza legal é normal que só durante o primeiro trimestre de cada ano sejam deliberados pelos órgãos das sociedades comerciais os destinos a dar aos resultados obtidos no exercício económico anterior, esta afectação pode revestir diversas formas, que apresentamos esquematicamente:

Quanto o resultado foi de LUCRO:

1. Formas obrigatórias

Constituição de reserva legal

2. Obrigações estatutárias

Constituição de reserva estatutária

3. Obrigações contratuais

Constituição de reserva contratual

4. Formas livres

Atribuição de gratificações de lucros

Atribuição de resultados aos sócios

Outras reservas

Manter em resultados transitados

Quando o resultado foi de PREJUÍZO:

1. Deliberar a permanência em Resultados Transitados

2. Proceder à sua Cobertura por transferência de Reservas

3. Promover a entrada de “dinheiro dos sócios”.

Page 169: Contabilidade Geral II

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

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II 163

Questões e Exercícios

A empresa Tudo em Cima AS. Procedeu à seguinte deliberação de aplicação de resultados do ano N (lucro de 123.587 u.m.) na Assembleia Geral realizada em 25 de Março do ano N+1:

• Constituição de reserva legal no montante estipulado no Código das Sociedades Comerciais, o capital social da empresa é de 25.000 u.m. e a reserva actual ascende a 4.100 u.m..

• Cobertura de Prejuízo do ano anterior de 26.412 u.m..

• Distribuição de Dividendos de 10.000 u.m.

• Constituição de Reserva livre de 15.000 u.m..

• O restante permanecerá na conta de Resultados Transitados.

Efectue os lançamentos de aplicação de resultados no Diário e no Razão.

Page 170: Contabilidade Geral II

IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II

II 164

Resoluções

Resultado a aplicar 123.587

Aplicação de resultados

Reserva legal 4.100

Cobertura do prejuízo do ano N-2 26.412

Distribuição de dividendos 10.000

Reservas livres 15.000

Resultados Transitados 123.587

4.100 + 26.412 + 10.000 +15.000 + X = 123.587

X = 123.587 - 55.512

X = 68.075

O valor que permanecerá em Resultados Transitados será de 68.075 u.m.

Page 171: Contabilidade Geral II

II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

II 165

Lançamentos no Diário

1 88 - Resultado Líquido do exercício

595 - Resultados Transitados ano N

Transferências de saldo 123.587

----------------------//---------------------

2 595 - Resultados Transitados ano N

571 - Reserva legal 4.100

Aplicação de resultado ano N

----------------------//---------------------

3 595 - Resultados Transitados ano N

594 - Resultados Transitados ano N-1

Aplicação de resultado ano N 26.412

----------------------//---------------------

4 595 - Resultados Transitados ano N

574 - Reserva livre

Aplicação de resultado ano N 15.000

----------------------//---------------------

5 595 - Resultados Transitados ano N

255 - restantes accionistas / sócios

2553 - Resultados atribuídos

Aplicação de resultado ano N 10.000

Page 172: Contabilidade Geral II

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Guia do Formando Contabilidade Geral II

II 166

Lançamentos no Razão

88 - Resultado Líquido do Exercício

(1) 123.587 123.587

Saldo = 0

595 - Resultados Transitados ano N

(2) 4.100 (1) 123.587

(3) 26.412

(4) 15.000

(5) 10.000

Saldo Credor de 68.075 u.m.

571 - Reserva Legal

(2) 4.100

594 - Resultados Transitados ano N-1

(3) 26.412

574 - Reserva livre

(4) 15.000

255 - Resultados atribuídos

(5) 10.000

Page 173: Contabilidade Geral II

BIBLIOGRAFIA IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

167

Bibliografia

BAPTISTA DA COSTA, Carlos e Correia Alves, Gabriel, Contabilidade Financeira, Editora Rei dos Livros,1996.

BORGES, António e Rodrigues, Azevedo e Rodrigues, Rogério, Elemento de Contabilidade Geral , Editora Rei dos Livros, 15ª Edição, 1997.

BORGES, António e Ferrão, Martins, A Contabilidade e a Prestação de Contas, Editora Rei dos Livros 7ª edição 1995.

BORGES, António e Ferrão, Martins, Manual de casos práticos, Editora Rei dos Livros 6ª edição.

GONÇALVES DA SILVA, F. V. e Esteves Pereira, J.M., Contabilidade das Sociedades, Plátano Editora, 9ª Edição.

OLIVEIRA, António, Contabilidade Geral e Financeira, Editora Rei dos Livros 3ª Edição, 1997.

SILVA CUNHA, Carlos Alberto da, O Encerramento Anual das Contas, Editora Rei dos Livros, 1998.

VIEIRA DA SILVA, Luís, Apontamentos de Contabilidade Geral, Editora Rei dos Livros 1997

Page 174: Contabilidade Geral II
Page 175: Contabilidade Geral II

GLOSSÁRIO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

169

Glossário

C Contabilidade analítica

contabilidade que permite a análise de custos e proveitos e consequentemente do resultado gerado explicando os seus valores de uma forma individual e desagregada.

Contabilidade geral contabilidade global da empresa, visa obter o seu resultado global comparando o total de proveitos com o total de custos registados num determinado período económico.

Custo complexivo custo formado pelos custos industriais e não industriais excluindo qualquer componente de recuperação de capitais investidos, limiar mínimo do preço de venda, corresponde ao lucro nulo.

Custo de transformação representa a incorporação efectuada no produto de mão de obra directa e de gastos gerais de fabrico.

Custo económico técnico representa o preço de venda normal que deve ser praticado, engloba o custo complexivo e os custos figurativos.

Custo industrial corresponde ao custo de produção dos produtos e engloba o custo da mão de obra directa dos gastos gerais de fabrico e das matérias primas consumidas.

Custo primo ou directo é definido pela parcela das matérias primas e da mão de obra directa.

Custos dos períodos custos que existem independentemente dos produtos serem ou não produzidos.

Custos dos produtos são os custos relacionados com os produtos, se não de produzir esses custos não existem.

D Desvio de preços

desvio verificado pela variação dos preços praticados, no pressuposto de que as quantidades se mantêm constantes.

Desvio de produção desvio formado pelos desvios de matérias primas, de mão de obra directa e de gastos gerais de fabrico.

Desvio de quantidades desvio verificado pela variação das quantidades consumidas ou produzidas, no pressuposto de que os preços se mantêm constantes.

G Gastos gerais de fabrico

são todas as matérias subsidiárias e custos indirectos de produção que não possam ser classificados como mão de obra directa ou como matérias primas.

L Lucro bruto

representa o lucro se apenas for considerado como custo o custo industrial dos produtos vendidos.

Lucro liquido é o lucro verificado entre o preço de venda e o custo complexivo.

Lucro puro é o lucro total verificado entre o preço de venda e o custo económico - técnico.

M Mão de obra directa

é constituída pelas remunerações e encargos do pessoal que trabalha directamente na produção.

Matérias primas engloba todos os custos suportados com as matérias primas e materiais utilizados na produção.

Page 176: Contabilidade Geral II

IEFP GLOSSÁRIO

Guia do Formando Contabilidade Geral II 170

Método das secções homogéneas baseia-se em efectuar o cálculo do custo industrial e dos custos não industriais através da determinação do custo das secções homogéneas.

Método Directo método de determinação dos custos de produção utilizado na fabricação por ordens de produção ou de encomenda.

Método Indirecto método de determinação dos custos de produção utilizado na fabricação contínua de único produto.

P Produção conjunta

são obtidos vários produtos de um mesmo ciclo produtivo.

S Secção Homogénea

unidade organizacional que tem um só responsável, as funções desempenhadas são semelhantes e é passível de ser medida a sua actividade.

Sistema de custeio com imputação racional de custos fixos básicos

na determinação do custo industrial dos produtos apenas se consideram os custos variáveis e os custos fixos, básicos, na proporção da produção esperada para o período em análise.

Sistema de custeio com imputação racional de custos fixos reais

na determinação do custo industrial dos produtos apenas se consideram os custos variáveis e os custos fixos, reais, na proporção da produção esperada para o período em análise.

Sistema de custeio total básico consideram-se todo o tipo de custos, fixos ou variáveis, no apuramento do custo industrial dos produtos, a preços básicos.

Sistema de custeio total real consideram-se todo o tipo de custos, fixos ou variáveis, no apuramento do custo industrial dos produtos, a preços reais.

Sistema de custeio variável básico consideram-se apenas os custos variáveis no apuramento do custo industrial dos produtos, a preços básicos.

Sistema de custeio variável real consideram-se apenas os custos variáveis no apuramento do custo industrial dos produtos, a preços reais.

Sistema dualista sistema de registo de movimentos contabilistico em que não se verifica contrapartidas entre as contas da contabilidade Geral e da Contabilidade Analítica.

Sistema monista sistema de registo de movimentos contabilistico em que se verifica contrapartidas entre as contas da contabilidade Geral e da Contabilidade Analítica.

U Unidade de custeio

unidade de medida de cada centro de custo.

Unidade de imputação unidade de medida do centro de custo a incorporar nos produtos finais ou noutros centros de custos.

Unidade de obra quando, num determinado centro de custo, a unidade de custeio corresponde à unidade de imputação.

Page 177: Contabilidade Geral II

ÍNDICE REMISSIVO IEFP

Contabilidade Geral II Guia do Formando

171

Índice Remissivo A Acréscimos e diferimentos .................. 23, 24,

25, 26, 27, 28, 41, 46, 51, 52, 54, 56, 88, 97, 99, 112, 113, 114, 116, 118, 120, 121, 165, 168

Activo.................................................109, 110, 112, 116, 117, 120, 121, 141, 142, 144, 147

Amostragem.................................................10

Anexo .......................3, 4, 6, 45, 104, 140, 173

Aplicação de fundos ...................................144

Aplicação de resultados .............177, 183, 191

Apuramento de resultados .......................3, 57

B Balancete de fecho.........................................4

Balancete de verificação ......................3, 7, 45

Balancete rectificado .............................. 3, 6, 45, 51, 79, 118, 165, 172

Balanço ............................................... 3, 4, 6, 103, 104, 109, 112, 114, 115, 140, 142, 144, 146, 173, 182

C Capital próprio ............................111, 113, 147

Custos e perdas .................................. 25, 26, 36, 38, 42, 46, 52, 54, 56, 57, 59, 60, 62, 63, 65, 67, 79, 80, 81, 84, 88, 90, 91, 92, 93, 98, 99, 102, 115, 118, 124, 127, 128, 130, 133, 134, 136, 138, 160, 163, 165, 168, 179

D Demonstração das Origens e da Aplicação de

Fundos ........................................................4

Demonstração de resultados .....122, 132, 143

Demonstração de resultados por funções..132

Dividendos....................................58, 113, 195

Dividendos antecipados .......................58, 113

G Gratificações de lucros...............................187

I Imposto sobre o rendimento do exercício .. 58,

75, 124, 128, 132

L Lançamento de rectificação e regularização 3,

16

Lançamentos de encerramento ou de fecho . 4

Lucros........................ 183, 184, 186, 188, 189

P

Passivo ...... 109, 111, 113, 116, 120, 121, 147

Prejuízos............................................ 183, 189

Principio da consistência ............................... 7

Principio da especialização ou do acréscimo7, 22

Principio da materialidade ............................. 7

Principio da prudência ............................. 7, 22

Principio da substância sobre a forma .......... 7

Principio do custo histórico............................ 7

Proveitos e ganhos.............................. 20, 23, 38, 41, 42, 46, 52, 54, 56, 57, 59, 60, 62, 63, 65, 67, 79, 80, 81, 84, 88, 90, 91, 93, 98, 99, 102, 115, 118, 126, 127, 129, 130, 132, 133, 134, 136, 138, 160, 163, 165, 170, 179

Provisões............................................. 29, 30, 31, 38, 41, 42, 44, 54, 56, 57, 88, 90, 92, 99, 102, 110, 113, 116, 118, 120, 124, 128, 130, 136, 145, 149, 165

R Reserva estatutária ................................... 186

Reserva legal............................. 156, 191, 192

Resultado liquido do exercício............. 58, 67, 75, 77, 78, 91, 124, 148, 151, 155

Resultados antes de impostos ............ 58, 68, 69, 70, 71, 73, 77, 78, 81, 87, 91, 95, 98, 102, 115, 126, 129, 160, 163, 170, 179

Page 178: Contabilidade Geral II

IEFP ÍNDICE REMISSIVO

Guia do Formando Contabilidade Geral II 172

Resultados correntes ...........................58, 69, 71, 81, 86, 91, 95, 102, 126, 129, 133, 160, 163, 179

Resultados extraordinários ..................58, 69, 71, 73, 77, 86, 91, 95, 98, 102, 115, 160, 163, 170, 179

Resultados financeiros.........................58, 63, 64, 71, 73, 77, 80, 86, 90, 95, 98, 102, 115, 126, 129, 160, 163, 170, 179

Resultados operacionais......................58, 60, 62, 65, 71, 77, 80, 86, 90, 93, 102, 126, 129, 133, 160, 163, 179

Resultados transitados ........................38, 46, 52, 54, 56, 88, 98, 99, 113, 114, 116, 118, 120, 151, 156, 165, 168, 189