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MD Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ) Dpto de Química da Universidade Federal de Santa Catarina (QMC/UFSC) CONSTRUÇÃO DE UMA TABELA PERIÓDICA COM MATERIAL DE BAIXO CUSTO UTILIZADA COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DA QUÍMICA AOS DEFICIENTES VISUAIS Hélvio Silvester Andrade de Sousa(PQ), Sérgio Luis Melo Viroli(PQ), Sérgio Guimarães Viroli (TC),Jéssica Nunes de Almeida(TC) Matheus Lisboas Ramos(IC)* [email protected] Instituto Federal do Tocantins (IFTO) Campus Paraíso do Tocantins. Rodovia Br-153, Km 480, Distrito Agroindustrial 77.600-000 – Paraíso do Tocantins - TO Palavras-Chave: Palavras-Chave: Tabela periódica; ensino de química; deficiência visual Introdução Estar atento às necessidades, limitações e especificidades do deficiente visual é papel do educador e faz parte do processo de inclusão 1 . A educação inclusiva deve buscar recursos necessários para atender o aluno deficiente visual e suprir suas necessidades, através de recursos especiais para orientação e apoio do educando 2 . No ensino de química o uso de recursos visuais é frequentemente utilizado pelos professores com o intuito de melhorar e facilitar o entendimento. Uma das alternativas para o ensino de Química aos portadores de necessidades visuais é o sistema Braille. O objetivo deste trabalho foi criar uma tabela periódica em Braille com material de baixo custo, visando um melhor rendimento na disciplina de Química pelos alunos com deficiência visual na educação básica. Resultados e Discussão A tabela periódica proposta foi utilizada visando o aprendizado de alunos com ou sem deficiência visual, ela poderá ser manuseada facilmente pelo fato de ser flexível e leve. As tabelas periódicas fomentadas a partir de materiais de baixo custo denotaram que a aprendizagem dos alunos deficientes visuais se tornou mais efetiva, visto que os determinados recursos didáticos auxiliam na compreensão do conteúdo abordado. Figura 01. Tabela Periódica em Braille. Os alunos deficientes visuais que estudaram com o auxílio destes materiais tiveram uma maior percepção da estrutura da tabela periódica, elevando sua compreensão sobre o conteúdo programático concernente ao tema, ou seja, elucidando aspectos do conteúdo que eles apenas ouviam, mas nunca associavam a nada “concreto”, portanto, sem nenhum significado para eles 3 . Com o auxílio da tabela periódica, os significados referentes aos termos grupo, período, classificação dos elementos químicos em metais, ametais e gases nobres, entre outros, ficaram muito mais claros e compreensíveis. Figura 02. Deficiência visual utilizando a tabela periódica construída com material de baixo custo A exploração da percepção tátil desses alunos abre as portas para a possibilidade da construção de uma Educação Inclusiva. Conclusões A inserção tabela periódica em Braille de baixo custo proporcionou uma maior assimilação dos conteúdos em sala de aula, promoveu a interação entre alunos com ou sem deficiência visual. Este convívio contribui acentuadamente para a vida dos deficientes visuais, superando assim suas limitações e sendo colocados como capazes de desempenar as mesmas funções que os videntes fazem, exercendo sua cidadania dentro da sociedade e não serem excluídos do mundo onde a quase tudo é feito para quem pode enxergar. ____________________ 1 SILVA, N.J; BOZZO, F.E.F. Inclusão de crianças com deficiência visual no ensino fundamental, II Encontro Cientifico e II Simpósio de Educação, Unisalesiano, 28 a 31 de Outubro de 2009, Lins – SP. 2 MARTINS, L.A.R. Formação professores numa perspectiva inclusiva: algumas constatações. In: MANZINI, E.J. (Org) Inclusão e Acessibilidade. Marília: ABPPE, 2006. 3 FILHO, J. B. M. de R.; ANDRADE, L. R de; SOUSA, K. V. de; LIMEIRA, K.. A. C.; BATISTA, P. K.. Elaboração de tabelas periódicas para a facilitação da aprendizagem de alunos portadores d deficiência visual Experiências em Ensino de Ciências – V4(3), pp. 79-89, 2009. XVIII Encontro Nacional de Ensino de Química (XVIII ENEQ) Florianópolis, SC, Brasil – 25 a 28 de julho de 2016.

CONSTRUÇÃO DE UMA TABELA PERIÓDICA COM MATERIAL DE … · A inserção tabela periódica em Braille de baixo custo proporcionou uma maior assimilação dos conteúdos em sala de

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MDDivisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/SBQ)Dpto de Química da Universidade Federal de Santa Catarina (QMC/UFSC)

CONSTRUÇÃO DE UMA TABELA PERIÓDICA COM MATERIAL DEBAIXO CUSTO UTILIZADA COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O

ENSINO DA QUÍMICA AOS DEFICIENTES VISUAIS

Hélvio Silvester Andrade de Sousa(PQ), Sérgio Luis Melo Viroli(PQ), Sérgio Guimarães Viroli (TC),JéssicaNunes de Almeida(TC) Matheus Lisboas Ramos(IC)* [email protected]

Instituto Federal do Tocantins (IFTO) Campus Paraíso do Tocantins. Rodovia Br-153, Km 480, Distrito Agroindustrial77.600-000 – Paraíso do Tocantins - TO

Palavras-Chave: Palavras-Chave: Tabela periódica; ensino de química; deficiência visual

Introdução

Estar atento às necessidades, limitações e especificidadesdo deficiente visual é papel do educador e faz parte doprocesso de inclusão1. A educação inclusiva deve buscarrecursos necessários para atender o aluno deficiente visuale suprir suas necessidades, através de recursos especiaispara orientação e apoio do educando2. No ensino dequímica o uso de recursos visuais é frequentementeutilizado pelos professores com o intuito de melhorar efacilitar o entendimento. Uma das alternativas para oensino de Química aos portadores de necessidadesvisuais é o sistema Braille. O objetivo deste trabalho foi criaruma tabela periódica em Braille com material de baixo custo,visando um melhor rendimento na disciplina de Químicapelos alunos com deficiência visual na educação básica.

Resultados e Discussão

A tabela periódica proposta foi utilizada visando oaprendizado de alunos com ou sem deficiência visual, elapoderá ser manuseada facilmente pelo fato de ser flexívele leve. As tabelas periódicas fomentadas a partir demateriais de baixo custo denotaram que a aprendizagemdos alunos deficientes visuais se tornou mais efetiva, vistoque os determinados recursos didáticos auxiliam nacompreensão do conteúdo abordado.

Figura 01. Tabela Periódica em Braille.

Os alunos deficientes visuais que estudaram com oauxílio destes materiais tiveram uma maior percepção daestrutura da tabela periódica, elevando sua compreensãosobre o conteúdo programático concernente ao tema,ou seja, elucidando aspectos do conteúdo que elesapenas ouviam, mas nunca associavam a nada“concreto”, portanto, sem nenhum significado paraeles3. Com o auxílio da tabela periódica, ossignificados referentes aos termos grupo, período,

classificação dos elementos químicos em metais,ametais e gases nobres, entre outros, ficaram muitomais claros e compreensíveis.

Figura 02. Deficiência visual utilizando a tabelaperiódica construída com material de baixo custo

A exploração da percepção tátil desses alunos abreas portas para a possibilidade da construção de umaEducação Inclusiva.

Conclusões

A inserção tabela periódica em Braille de baixo custoproporcionou uma maior assimilação dos conteúdos emsala de aula, promoveu a interação entre alunos com ousem deficiência visual. Este convívio contribuiacentuadamente para a vida dos deficientes visuais,superando assim suas limitações e sendo colocados comocapazes de desempenar as mesmas funções que osvidentes fazem, exercendo sua cidadania dentro dasociedade e não serem excluídos do mundo onde a quasetudo é feito para quem pode enxergar. ____________________

1SILVA, N.J; BOZZO, F.E.F. Inclusão de crianças comdeficiência visual no ensino fundamental, II Encontro Cientifico eII Simpósio de Educação, Unisalesiano, 28 a 31 de Outubro de2009, Lins – SP.2MARTINS, L.A.R. Formação professores numa perspectivainclusiva: algumas constatações. In: MANZINI, E.J. (Org)Inclusão e Acessibilidade. Marília: ABPPE, 2006.3FILHO, J. B. M. de R.; ANDRADE, L. R de; SOUSA, K. V. de;LIMEIRA, K.. A. C.; BATISTA, P. K.. Elaboração de tabelas periódicaspara a facilitação da aprendizagem de alunos portadores d deficiênciavisual Experiências em Ensino de Ciências – V4(3), pp. 79-89, 2009.

XVIII Encontro Nacional de Ensino de Química (XVIII ENEQ) Florianópolis, SC, Brasil – 25 a 28 de julho de 2016.