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    SEGUNDA ETAPA

    Tercer numero

    1 cuatrimestre 2010

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    INDICE

    Presentacin de la Nueva Revista.. Pgina 3 Pequenos assassinatos

    (Sergio Perazzo )Pgina 4

    Trauma Vicario propuestas para el autocuidadocon dramaterapia

    (Pedro Torres)..........................Pgina 11

    Clasificaciones de los grupos teraputicos en la prcticaclnica: una reflexin.

    (Mario Colli ).. Pgina 36 Juego teatral y Psicodrama

    (Alejandra Kreiman )..Pgina 54

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    Amigos lectores de Vnculos,

    Con la periodicidad anunciada os ofrecemos este tercer nmero de nuestra

    revista Vnculos. Espero que el cuarto nmero lo podamos lanzar antes del

    Verano.

    En este nmero ofrecemos un artculo del del Dr. Sergio Perazzo, Maestro

    Psicodramatista brasileo, un nuevo trabajo del Dr. Pedro Torres nuestro

    amigo profesor chileno, y la segunda parte de la Clasificaciones Grupales del Dr.

    Mario Colli psiclogo de Panam.

    En un momento anterior mostr mi inters por recabar las producciones de

    psicodramatistas jvenes. Iniciamos este camino con un trabajo de Alejandra

    Kreiman : Juego grupal y teatral .

    En el prximo numero haremos constar la lista de todos los trabajos publicados

    a lo largo de este curso 2009 2010

    Buena lectura

    Un saludo Cordial

    Pablo Poblacin

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    PEQUENOS ASSASSINATOSAutor: Sergio Perazzo(1)

    (1)Psiquitra, psicodramatista, professor-supervisor-didata da Sociedadede Psicodrama de So Paulo(SOPSP), credenciado pela FederaoBrasileira de Psicodrama(Febrap), autor de diversos livros e artigos depsicodrama

    Na poca da Guerra do Vietn chegou ao Brasil um filme, Pequenos

    assassinatos, com roteiro de Jules Pfeiffer, um cartunista que se caracterizavapelo seu humor cido, traos econmicos e textos longos no prprio cartum.

    Neste filme, Elliott Gould fazia o papel de um fotgrafo de moda famoso,

    do Harpers Bazaar, que se entediava com o mundo de futilidades que o cercava

    e que deixava que o cercasse e que inaugurava uma exposio fotogrfica em

    que o tema era merda.

    Isso mesmo, merda! Coc de tudo que era tipo fotografado

    caprichosamente pela sua cmara.

    Na abertura da sua exposio ele mal disfarava um risinho de satisfao

    pelo deboche que jogava na cara daquelas pessoas chiques que desfilavam

    diante de suas fotos, elegantemente ostentando clices de martinis e taas de

    champanhe no corao de Manhattan.

    Seu riso vai se transformando em desespero medida em que percebia

    que em vez de se chocarem com as fotografias, as pessoas se comportavam como

    se estivessem diante de flores, nus artsticos ou pssaros. Com o mesmo

    deslumbramento de uma sensvel apreciao esttica. Todos vindo

    cumpriment-lo com exclamaes de Genial! Genial!

    No encerramento da exposio, ele se encontra totalmente entediado e

    aniquilado. Mais do que antes. E cercado de merda por todos os lados. A merda

    em que todos vivem mergulhados j nem incomoda mais. Pelo contrrio, vira

    fonte de prazer.

    O filme termina dentro de um apartamento na 5 Avenida ou na Park

    Avenue com todas as trancas possveis, em que, sitiados e a salvo da violnciaurbana incontrolvel, ele, o sogro e o cunhado se divertem s gargalhadas

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    abrindo uma fresta na janela gradeada da sala e atirando com rifles balas de

    verdade nos pedestres, na rua l embaixo, escolhidos como alvos aleatrios,

    comemorando cada vez que acertam algum deles.

    No encerramento do 4 Congresso Ibero-americano de Psicodrama, em

    Buenos Aires, em 2003, foi pedido que os congressistas de cada pas

    apresentassem para o pblico uma msica que representasse um pouco da

    cultura da sua terra como um compartilhamento com um certo molho

    personalizado. Um toque de folclore e de alma nacional.

    Como se vivia no Brasil, naquele momento, um certo clima de lulismo,

    comentei com minha colega do lado, a Mara: Quer apostar que vai aparecer

    algum brasileiropropondo que cantemos o Caminhando do Vandr?

    No deu outra. Em menos de um minuto se aproximou de ns outra

    colega, a Ceres, exatamente com esta proposta como sugesto de um grupo.

    (2)Psiquitra, psicodramatista, professor-supervisor-didata da Sociedadede Psicodrama de So Paulo(SOPSP), credenciado pela Federao

    Brasileira de Psicodrama(Febrap), autor de diversos livros e artigos de

    psicodrama.

    Reagi rispidamente, recusando a idia enfaticamente. Devo Ceres uma

    desculpa pblica, afinal de contas, alm de seu convite ter sido muito simptico,

    bem intencionado e cheio de cumplicidade, ela no deve ter entendido nada da

    minha reao. E com toda a razo.

    Outro dia recebi um e-mail da Marina Vasconcellos, que est organizando

    um livro de psicodrama de vrios autores, em que tenho o privilgio decontribuir com um captulo, que escrevi e entreguei pronto, em maro, com o

    sentimento de misso cumprida. Agora, quase seis meses depois, ela me pede,

    por determinao da editora, que envie o mesmo captulo gravado num CD.

    Perguntei de volta se a gravao podia ser feita num disquete, comentando

    irritado que essas exigncias informticas so para quem no tem nada o que

    fazer.

    Embora eu no estivesse me referindo Marina, mas sim a quem

    inventou essa exigncia, e, de novo, peo tambm desculpas a ela, a sua

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    resposta, como no podia deixar de ser, foi um revide altura da minha reao

    impaciente: ...no que isso seja para pessoasque no tenham o que fazer,

    mas hoje em dia temos que acompanhar a evoluo dainformtica...

    Somente preenchendo os hiatos de comunicao destes dois fatos que

    possvel tornar inteligvel este texto.

    O que motivou a minha reao ao convite da Ceres? Isso uma longa

    histria.

    Eu me formei em dezembro de 1968, trs dias depois do AI5 ser

    decretado. Para os mais novos, a consagrao oficial da ditadura. Nos bastidores

    do Teatro Municipal, no Rio, antes de abrirem as cortinas para a colao de

    grau, agentes do DOPS (a polcia poltica) proibiram o orador da minha turma

    de fazer o seu discurso. Naquele mesmo ano a minha faculdade tinha sido

    invadida brutalmente pelas foras da represso policial e poltica. Durante todo

    o 5 e 6 anos eu dava planto num dos mais movimentados hospitais de

    pronto-socorro da cidade e, naquela poca, fazamos o que o resgate faz hoje,

    saindo de ambulncia para atender qualquer ocorrncia de rua. Como meu

    planto abrangia a tarde de quarta-feira, quando, em geral, eram marcadas as

    passeatas estudantis, no era raro socorrer os feridos, vtimas da violncia

    policial.Como estudante que eu era, no podia resistir ao impulso de facilitar a

    fuga de quem corria dos cassetetes, dos jatos de gua fria e do gs lacrimogneo.

    Abria as portas traseiras e lotava a ambulncia de manifestantes polticos para

    solt-los algumas quadras adiante. Guivamos os feridos, depois de medicados,

    pela sada do necrotrio, nos fundos do hospital, dando para a outra rua, porque

    havia sala de imprensa e posto policial dentro do prprio pronto-socorro, o que

    deixava a porta da frente sempre visada.Em contrapartida, no conseguia aceitar o outro lado de violncia

    ideolgica que impregnava tambm os movimentos ditos de esquerda.

    Nelson Rodrigues, apesar de convictamente vestir a camisa de

    reacionrio, ttulo de uma de suas crnicas que batizou um dos seus livros, at

    negando as torturas praticadas no governo Mdici, como cronista da poca era

    uma voz que lutava pela independncia do livre pensar, recusando-se a entrar

    na formatao progressista conservada que se exigia dos intelectuais daquele

    perodo da nossa histria.

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    Contava em suas crnicas, por exemplo, de como nos ensaios do Teatro

    de Arena os diretores submetiam o texto das peas aprovao e crtica de

    militantes do Partido Comunista, o Partido, antes de sua encenao, numa

    perspectiva rgida, estalinista, em que o partido dita as regras no s sem

    questionamentos, mas, o que pior, com a iluso de que os questionamentos

    eram feitos e aprovados por consenso. Na verdade dependia do que e de quem.

    Uma piada da poca, retratando estas contradies, definia a diferena

    entre drama, tragdia e realismo socialista: no drama se tem a cama e no se

    tem a mulher; na tragdia se tem a mulher e no se tem a cama; no realismo

    socialista se tem a cama e a mulher, mas a reunio do partido na mesma noite.

    Recordo nitidamente o sofrimento de uma paciente, militante de um

    movimento poltico clandestino, que foi obrigada pelos seus dirigentes a mudar

    de cidade, em outro estado, para se passar por operria de uma fbrica,

    deixando para trs aquele que considerava o grande e aguardado amor de sua

    vida. Devia uma obedincia cega ao partido como na piada.

    Nestes mesmos anos 60 o Poder jovem, de inspirao maosta, era outra

    linha de frente dos movimentos de contestao. Novamente Nelson Rodrigues,

    criticando a complacncia e a falta de limites com que os intelectuais de

    esquerda e de direita tratavam e endeusavam a juventude, disparava: ...o jovemtem os mesmos defeitos do adulto mais ainexperincia. Os executivos

    desempregados de hoje que o digam.

    Por que escolho citar Nelson Rodrigues, assumidamente rotulado como

    reacionrio?

    Justamente por encarnar a independncia do livre pensar, recusando-se a se

    enquadrar em qualquer tipo de conserva, seja de um lado quanto do outro e por

    ter a coragem de proclam-la alto e bom som, no importa se contrariando agregos e troianos, sua rebeldia rejeitando qualquer tipo de violncia ideolgica.

    Moreniano?

    Sempre bom lembrar que tanto Hitler como Stalin e Mao Tse Tung

    foram os responsveis pelos maiores massacres e extermnio de opositores na

    histria da humanidade. Os trs, contemporneos no sculo XX. O mais trgico

    resultado desta violncia ideolgica.

    Tudo isso para voltar ao Geraldo Vandr. Antes de Caminhando ou Para

    no dizerque no falei de flores, Vandr comps msicas lindas, chegando a

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    ganhar o primeiro prmio no 1 ou 2 Festival da cano com Porta-

    estandarte. Para mim, fala aqui o meu gosto pessoal, Caminhando a pior

    msica do Vandr. Tanto letra como msica. Neste fim dos anos 60 sua

    produo caiu de qualidade e quase mais nada foi criado depois numa trajetria

    descendente na qual entraram exlio e drogas. Sem julgamentos.

    Logo depois do incio da bossa nova com sua incrvel renovao rtmica,

    harmnica e potica, se seguiu um perodo da msica popular brasileira com

    profuso de letras com contedo social e poltico, que viviam sendo censuradas

    pela ditadura, muitas e muitas delas infinitamente superiores ao famigerado

    Caminhando.

    No entanto, Caminhando, por seu apelo fcil, foi a escolhida, no duvido

    que tenha a o dedo do Partido e congneres (s falta vocs me dizerem que

    estou com delrio persecutrio ou que sou daquele time caqutico que jura que

    comunistas devoram criancinhas), como hino de passeatas. Para mim ficou

    como hino da imposio e da violncia ideolgica. Assim como no se faz mais

    samba-enredo em tom menor porque pode provocar um qu de nostalgia. Tudo

    tem que ser em tom maior, puxando pra cima e com um refro acelerado que

    deixa de ser samba para virar marcha. Alis, sambar pra que, se o que importa

    mesmo o visual da fantasia? Nem precisa mesmo ter molejo na cintura.Acaba sendo tudo a mesma coisa. A violncia da manipulao de um

    poder. Impondo o Caminhando ou o samba-marcha como alavancas

    massificadoras.

    Pouco antes do congresso de Buenos Aires, eu era o 2 sax alto de uma

    banda de jazz de msicos amadores e certa vez fomos convidados para tocar o

    nosso repertrio num encontro de professores e diretores de escola da rede

    pblica, numa cidade do litoral de So Paulo.Ensaiamos arduamente o ms inteiro arranjos complexos de clssicos do

    Duke Ellington e do Tom Jobim.Desmarquei consultrio e pegamos um nibus

    fretado que veio nos buscar numa tarde de tera-feira.Quando estvamos no

    palco afinando os instrumentos, os docentes entraram no grande salo de mos

    dadas, como em passeata, cantando. O que? Adivinharam. Caminhando.

    Sentimos na hora que no ia dar. Como no deu. Depois do nosso segundo

    nmero a platia se reduziu a meia dzia de gatos pingados. E olha que a gente

    no tocava to mal assim!

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    Como que eu podia explicar tudo isso Ceres em poucos segundos

    naquele congresso de Buenos Aires? Que, para mim, eu j via o lulismo como

    uma reedio da violncia ideolgica sob a batuta de um mesmo hino medocre

    conservado, como se viu claramente depois? Que eu lutava para conservar

    intacto o meu livre pensar e o meu livre sentir sem me deixar rotular pelas

    mesmas conservas que atravessam e permanecem em todas essas dcadas? Sem

    me massificar? Feridas ainda abertas da minha gerao?

    O que deflagrou em mim a impacincia com o CD da Marina? Justamente

    a incorporao do pedido do CD com a naturalidade diante de algo assimilado e

    parte do dia-a-dia. No foi a Marina, claro, uma colega adorvel que partilha

    comigo uma admirao mtua e que amavelmente me convidou para o livro,

    mas o que tudo isso simboliza para mim.

    Abro o computador diariamente e deleto uns 55 dos 60 e-mails que

    recebo por dia. No tenho celular at hoje porque adoro a sensao de estar

    inalcanvel quando estou na rua e mesmo porque tenho telefones fixos no

    consultrio e em casa, onde passo a maior parte do meu tempo. Quando quero

    ler,ouvir ou tocar msica ou ver um filme, desligo o telefone fixo. Afinal, para

    que serve a secretria eletrnica? Recuso-me a ser escravo da mquina dentro

    do possvel, estou confessando que s vezes no consigo escapar disso, comotodo mundo. Odeio as incurses de assdio do telemarketing de que sou vtima

    e que invade a minha sala. como se um vendedor de enciclopdia arrombasse

    a porta do meu apartamento. Invaso de domiclio. Sabiam que o morador

    paulistano passa, em mdia, durante a sua vida, quatro anos no trnsito? E que

    dizer dos mil formulrios de cadastramento e recadastramento de qualquer

    coisa que entulham a sua caixa de correio como contas que escorrem por baixo

    da porta da rea de servio?A velocidade cada vez maior dos meios de comunicao exige a pronta

    resposta que a cabea e o corao da gente no podem e no querem dar. Como

    voc no respondeu minha solicitao de parecer do nosso programa de

    ensino do ano que vem? Diz o segundo e insistente e-mail. Pelo correio

    convencional, como? No acredito que voc no aceite receber a minha

    monografia que voc est orientando por arquivo de computador! Voc s tem

    que imprimir 50 pginas deste meu trabalho entre os 10 que voc est

    orientando neste momento. So s 500 pginas!

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    Fico imaginando quantas obras primas deixariam de ser escritas,

    compostas, esculpidas ou pintadas se esta frentica exigncia de respostas para

    coisas inteis existisse no tempo de Cames, Shakespeare, Mozart,

    Michelangelo ou Van Gogh. Quantas obras de arte deixaro de ser criadas por

    nossos contemporneos e descendentes. Afinal de contas, preciso aprender a

    substituir o disquete pelo CD.

    Que foi, efetivamente, o que eu fiz. Fui comprar uma caixa de CDs virgens

    e, como o meu computador no grava CDs, minha filha que disse, enviei um e-

    mail para o computador dela com o texto do ms de maro, esperei que ela

    esgotasse todos os seus programas de adolescente e que abrisse um espao na

    sua agenda e o gravasse para mim, para que, junto com uma cpia impressa, eu

    o enviasse pelo correio convencional depois de enfrentar uma fila de propores

    natalinas. Naturalmente, foi um dia em que no tive tempo de cantar. Nos dias

    de hoje, at mesmo os concursos de poesia limitam o nmero de estrofes e

    exigem mil detalhes de formatao grfica. Ai de Dante, ai de Pessoa, ai de

    Drummond, ai de ns! Todos desclassificados de cara!

    Assim como o CD, um monte de coisas se intromete em nossas vidas de

    uma maneira tal, que a sensao de que o dia precisa ter 72 horas para que se

    d conta de tudo e ainda sobre espao para o prazer. Formas subterrneas deviolncia. Narizes tentando respirar o ar que est rarefeito de uma melhor

    qualidade de vida. Tanta anlise se faz das causas psicolgicas individuais que

    matam aos poucos o amor, a paixo, a amizade, o teso... que tal olhar um

    pouco para toda esta merda que nos cerca e que invade todos os nossos papis,

    rtulos e conservas, e qual nos acostumamos placidamente com um clice de

    martini ou uma taa de champanhe na mo antes de comear a disparar a

    metralhadora das nossas frustraes, indiscriminadamente, pela fresta da janelagradeada no povo andando apressado l embaixo. Janela da nossa revolta

    surda.

    Pequenos assassinatos.

    So Paulo, 10 de dezembro de 2006

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    TRAUMA VICARIO Y PROPUESTAS PARA ELAUTOCUIDADO

    CON DRAMATERAPIA *

    Autor: Dr. Pedro Torres-Godoy M.D **

    Mdico Psiquiatra, Terapeuta Sistmico y PsicodramatistaFundador y Director Escuela de Psicodrama y Dramaterapia de Santiago de

    Chile, Edras

    *Captulo 2, Libro Dramaterapia y Psicodrama. Un encuentro entre el Teatro y

    la Terapia Torres P. Editor (2010), Editorial Edras - Universidad de Chile,

    Santiago de Chile (En preparacin).

    **.

    Profesor Titular Diplomado de Dramaterapia, Departamento de Teatro,

    Facultad de Artes, Universidad de Chile

    Encargado del Programa de Pacientes Psicotraumatizados Agudos,

    Hospital del Trauma, Mutual de Seguridad de Santiago de Chile

    Introduccin

    Trauma, del griego trayma, herida, o traoo, atravesar y el trmino traumatismo,

    designa las consecuencias de una lesin violenta sobre el conjunto del

    organismo. Freud y el psicoanlisis, lo incluyo en la esfera psquica refirindose

    a una herida violenta sobre la psiquis humana y buscaba la curacin a travs de

    la abreaccin y la elaboracin psquica de las experiencias traumticas.

    Posteriormente Freud y Breuer, concuerdan con Janet, al asumir que algo se

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    vuelve traumtico porque es disociado y permanece fuera del conocimiento

    consciente (Cia A., 2001). Otra acepcin del trmino trauma viene del alemn

    traum, sueo, en consecuencia, el trauma contiene un vnculo con el sueo en

    su construccin y en su elaboracin. Wolf-Fedida plantea que as como en el

    sueo en el cual el paciente tiene que ser capaz en primer lugar de soar para

    poder contarlo, en el trauma psquico el paciente tiene que tener antes que nada

    la fuerza para enfrentar el recuerdo que le permite relatar los acontecimientos.

    Hay muchos sueos, girando alrededor de las mismas cosas en una persona. Del

    mismo modo, el relato del trauma se construye a travs de numerosos relatos

    (Wolf-Fedida M., 2005)

    Los desarrollos posteriores vinculan el trauma con las reacciones de estrs

    agudo y con el estrs postraumtico, una compleja enfermedad de

    sintomatologa polimorfa relacionada con la experiencia catastrfica que vive

    una persona al verse enfrentada a situaciones de amenaza vital. El psicotrauma

    slo en aos recientes cobra cada da un mayor nmero de vctimas al

    considerar que las experiencias traumticas hoy, ya no son exclusividad de

    grandes guerras ni de catstrofes naturales, sino comienzan a formar parte de la

    vida cotidiana de las personas.

    En 1980 el Desorden por Estrs Postraumtico es incorporado a la clasificacinde enfermedades mentales de la Asociacin Americana de Psiquiatra (DSM-

    III).

    Tambin se ha ampliado y aplicado esta categora mrbida no slo a quienes

    sufren primariamente el trauma, sino a los testigos de hechos horrorosos, ya sea

    en trminos de imgenes, escuchar relatos traumticos o incluso leer cartas o

    documentos de vctimas como por ejemplo de la tortura o violencia poltica. La

    prevalencia de personas psicotraumatizadas debera multiplicarse por tres oincluso por cuatro, es decir vctimas y testigos directos e indirectos, sean

    compaeros de trabajo, familiares, amigos, personal sanitario de servicios de

    ayuda, e incluso toda la comunidad, cuando la catstrofe alcanza los medios de

    comunicacin masiva y se transforma en noticia.

    Autores contemporneos reafirman que dentro de la teora psicoanaltica los

    rasgos centrales de una respuesta traumtica a una adversidad extrema son la

    derrota psquica y el congelamiento de afectos, con la subsiguiente prdida de la

    modulacin afectiva y alexitimia secundaria al trauma (Kristal, citado por Ca

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    A., 2001). Otra respuesta extrema a la exposicin ante agentes estresantes de

    carcter masivo, son la disociacin y la desorganizacin.

    La disociacin es planteada por Janet como un mecanismo de defensa

    psicolgico mediante el cual el organismo reacciona frente a traumas que lo

    sobrepasan. Los recuerdos e ideas fijas referentes a la experiencia traumtica

    pueden escindirse del percatamiento consciente dando por resultado una

    amplia variedad de sntomas disociativos. Janet consideraba la disociacin

    como un tipo de tcnica de evitacin mental o huida, siendo la amnesia

    resultante del suceso traumtico el rasgo clnico ms caracterstico de la

    disociacin patolgica. La idea de la disociacin como mecanismo adaptativo

    anti-traumtico permaneci en el olvido por ms de medio siglo, siendo

    rescatado en aos recientes por investigadores que correlacionan la presencia de

    estos sntomas, con el antecedente de abusos sexuales en pacientes que en la

    vida adulta desarrollan conductas bulmicas (Vanderlinden J., Vandereycken

    W., 1999)

    El extremo de la disociacin lo vemos en sntomas tales como

    despersonalizacin, desrealizacin, trastornos de la percepcin y/o de la

    temporalidad. Las vctimas mantienen una relacin particular con el tiempo.

    Fuera del tiempo, catapultados en otra dimensin temporal, no pudiendoreintegrarse al presente. Puesto que la identidad del pasado ha sido destruida

    por el trauma, la del futuro resulta inconcebible, ya que carece de soporte. Las

    vctimas no pueden alcanzar el tiempo.

    La despersonalizacin, por otro lado, ha sido vinculada con el sndrome de

    burnout (o de estar quemado), observado en los trabajadores de servicios

    asistenciales humanos. Frente a demandas de alto impacto emocional la

    persona adopta una actitud de distanciamiento, frialdad e hiperracionalidad. Ladespersonalizacin se describe como la actitud fra, cnica y distante que puede

    culminar con el maltrato o abuso del demandante (persona que consulta). A

    esto se ha llamado deshumanizacin de la atencin sanitaria, una especie de

    clonacin conductual en donde la vctima, es doblemente maltratada y el

    personal de salud e institucin, se transforman en nuevos victimrios, proceso

    que se conoce con el nombre de re-traumatizacin. La conmocin psquica se

    agrava con el aislarse de la comunicacin y de la socializacin. Planteado como

    un continuo que va desde la disociacin pasando por la despersonalizacion

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    (desrrealizacin), hasta la deshumanizacin, nos parece que esta lnea evolutiva

    puede transitarse en ambos sentidos, bi-direccionalmente, es decir hacia la

    patologizacin emocional-conductual, como hacia la salud, cuando, por medio

    de tcnicas dramticas y teatrales, que es nuestra propuesta de autocuidado

    institucional, damos la posibilidad de que el paciente o quien requiere la ayuda,

    (en este caso quien sufre del sndrome de disociacin/despersonalizacin,

    independiente de si es usuario externo o interno de un sistema), pueda recorrer

    el camino inverso, hacia la integracin y organizacin emocional / conductual

    en compaa del grupo.

    Algunos aspectos clnicos a considerar

    Si revisamos con atencin los criterios diagnsticos del DSM-IV-TR, respecto

    del Trastorno de Estrs Agudo (TEA) y del Trastorno de Estrs Postraumtico

    (TEPT), podemos observar que, si bien los criterios diagnsticos son similares,

    en trminos generales respecto de estar expuesto a una experiencia lmite

    (criterio A); sintomatologa de re-experimentacin (criterio C); evitacin

    (criterio D) e hiperalerta (criterio D) , difieren en el criterio B, ya que en el

    trastorno de estrs agudo, destaca la sensacin subjetiva de embotamiento,desapego o ausencia de reactividad emocional, reduccin del conocimiento de

    su entorno (como estar aturdido), despersonalizacin, amnesia disociativa y

    desrealizacin, por ejemplo, incapacidad para recordar un aspecto importante

    del trauma. En el TEPT, el criterio B se refiere slo a fenmenos de re-

    experimentacin (Lopez Ibor A., Valdez M, 2002).

    Esta distincin nos resulta particularmente relevante en el momento de actuar

    clnica y teraputicamente con el paciente psicotraumatizado ya que hasta ahorael criterio para diferenciar TEA y TEPT es temporal, es decir, si la

    sintomatologa dura ms de 30 das de ocurrido el incidente crtico se

    diagnosticara TEPT (criterio E). Antes de ese tiempo es TEA. Sin embargo, la

    observacin anterior acerca de la presencia incipiente de embotamiento

    afectivo, disociacin, despersonalizacin y desrealizacin, sumado a severa

    sintomatologa evitativa, lo cual avalamos a partir de nuestra experiencia clnica

    con ms de tres mil atenciones de pacientes agudamente psicotraumatizados en

    el perodo Diciembre de 2007 a Octubre de 2009, en el Hospital del Trauma de

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    la Mutual de Seguridad de Santiago de Chile, podemos corroborar lo que

    algunos autores americanos vienen planteado desde hace solo algunos aos:

    Que es posible que el TEPT, con la presencia inicial de sintomatologa

    disociativa, de despersonalizacin y de evitacin severa, se inicie desde la

    partida, frente a algunos tipos de traumas, por su particular violencia, en

    especial agresiones de seres humanos a otros seres humanos, tales como

    violaciones, torturas, secuestros, asaltos con agresiones de gran violencia y con

    intensin de asesinar a la vctima; ciertos tipos de accidentes carreteros tales

    como volcamientos o colisiones de camiones de alto tonelaje (Bryant y Cols.,

    2008). Sumado esto a una cierta vulnerabilidad psquica de la vctima y la

    sensacin objetiva de encontrase en una situacin lmite con la vida y sin

    escapatoria, ms condicionantes de riesgos propios de la cronificacin,

    estudiados previamente, advierten la posibilidad de considerar estas

    observaciones clnicas en el momento de recibir en la atencin de urgencia al

    paciente psicotraumatizado y disear un tratamiento mdico y psicosocial

    oportuno.

    Tipos de psicotraumatizacin

    La psicotraumatizacin puede ser primaria, secundaria, terciaria y cuaternaria.

    Esta terminologa se homologa a los efectos traumticos ocasionados por el

    estallido de bombas y explosiones en vctimas de atentados terroristas que

    producen lesiones diversas segn los efectos deletreos de la onda expansiva en

    el cuerpo y en el cerebro, segn trabajos realizados por autores colombianos

    (Rodrguez y cols., 2005).La psicotraumatizacin primaria es la que le ocurre directamente a la vctima.

    La secundaria le ocurre al testigo; es indirecta y contingente, es decir quien, a

    travs de sus rganos de los sentidos, ve, escucha o huele algo relacionado con la

    traumatizacin ocurrida a otro. Por ejemplo la presencia de un accidente, o el

    conductor que atropella a un transente con o sin consecuencia de muerte; el

    trabajador que escucha un grito desgarrador cuando uno de sus compaeros cae

    al vaco; o el golpe del cuerpo al impactar en el piso en una cada de altura; el

    maquinista de ferrocarril que huele el olor del cuerpo destrozado y eviscerado

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    en las vas, de alguien que fue arrollado por el tren o personal del equipo de

    rescate tales como bomberos, policas, personal de salud.

    La traumatizacin terciaria es indirecta y puede ser diferida, es decir va en un

    continuo que depender del tiempo que tomar la atencin de urgencia para la

    vctima (primaria o secundaria). Es diferente si atendemos a un paciente cuyo

    trauma ocurri en las ltimas 24 horas, que otro que nos relatar un

    acontecimiento ocurrido hace dos semanas, un mes, dos meses, aos.

    Este tipo de traumatizacin es la que afecta a la familia de la vctima y a su

    tomo social ms cercano, amigos, vecinos, iglesia y comunidad cercana.

    Se reserva exclusivamente la denominacin traumatizacion vicaria, que es un

    tipo de traumatizacin terciaria por impacto acumulativo y microtrauma

    derivado de la prctica profesional cotidiana, para referirnos a lo que ocurre en

    clnicos, terapeutas o todo personal de ayuda que conocer el suceso traumtico

    a travs del relato, narracin o escritos de la vctima primaria, como en el caso

    de profesionales emergentlogos, de salud mental, jurdicos y policiales, en

    policlnicos o atenciones de choque, como es el nuestro, en el Hospital del

    Trauma de la Mutual de Seguridad de Santiago de Chile.

    En el caso de escritos, cartas, testimonios o documentos jurdicos, tambin

    podr ser considerada vctima terciaria el juez, fiscal, abogado, asistente social,cuya competencia se requiere frente a casos criminales, penales, torturas de

    causa poltica, religiosa u otras.

    En la medida que el relato, narracin, escrito o testimonio, se aleje ms del

    acontecimiento dramtico se diluye, tanto en trminos temporales, como en

    trminos de medios de comunicacin entre vctima y observador. Por ejemplo

    el relato vivo contado en las primeras horas posterior a ocurrido el

    acontecimiento con toda la carga emocional que debe sostener el asistente, vacambiando en intensidad dramtica y emocional, en la medida que va siendo

    contado nuevamente, en reiteradas oportunidades y contextos y de muchas

    formas distintas. Esto produce un efecto, a nuestro modo de ver, de contencin

    emocional por un lado, y potencialmente de desborde y retraumatizacin por

    otro, si el manejo es inadecuado por parte de la institucin. La narracin va

    siendo agenciada por la red social, muchas veces rutinizada, trivializada,

    normalizada, desritualizada y finalmente olvidada. O sea un camino dramtico

    que va desde el relato vivo hasta la muerte de esa historia.

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    Habrn excepciones sin embargo, como aquellas que quedarn siempre en la

    mente de las vctimas, tales como padres que han perdido a sus hijos por

    criminalidad, suicidio, negligencia ciudadana en atropellos o institucional en

    muertes inexplicables o errores de procedimientos mdicos o jurdicos,

    violaciones, desapariciones. Y en estos casos surgirn otros victimarios que

    podrn nutrir muchas veces de por vida, la memoria de las vctimas para nunca

    olvidar ni perdonar; victimarios que en un momento fueron asistentes

    generosos y aliados, ahora se convierten en enemigos y odiados, tales como la

    Justicia, la Institucin de Salud, el Estado.

    La traumatizacin vicaria fue descrita por McCann y Pearlman en 1990 para

    referirse a sntomas traumticos sufridos por los profesionales que integran

    equipos que trabajan con vctimas que sufren violencia extrema, tales como

    violaciones, torturas y diversos tipos de vejmenes, asaltos con violencia,

    desmembramientos en guerras o accidentes, entre otras (Benelvaz D., 1997). Es

    una especie de victimizacin vicaria sufrida por el terapeuta encargado de la

    asistencia de las vctimas y, por el hecho de ser testigo de tan horrendos

    testimonios, un sndrome de stress traumtico secundario, bien descrito por

    Charles Figley en 1995, para terapeutas familiares, que puede derivar hacia el

    estar quemado, es decir puede ser situaciones contextuales que son antesalapara quemarse posteriormente en el trabajo. Figley publica el trabajo

    traumatizacin sistmica: trastorno de stress traumtico secundario en

    terapeutas familiares sealando lo siguiente: Muchos talentosos terapeutas

    abandonan su profesin debido a lo estresante de su trabajo o burnout. Luego

    anota: Los mejores terapeutas son muchas veces los ms vulnerables. Los

    terapeutas familiares, debido a la naturaleza y al contexto de su trabajo,

    presentan, tal vez como grupo, mayor probabilidad de experimentar un tipo destress relacionado al trabajo, que se denomina TETS (trastorno de estrs

    traumtico secundario), el cual tiene mucho en comn con el TEPT (trastorno

    de estrs postraumtico) (Figley C., 1995). Segn nuestras observaciones

    clnicas se tratara ms bien de un desorden de estrs traumtico terciario

    (TETT), por las distinciones antes sealadas.

    Las caractersticas clnicas del TETT son idnticas al TEPT, diferencindose en

    que el primero est relacionado con la traumatizacin terciaria, es decir por ser

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    oyente de lo relatado por el paciente. Testificacin a travs de la escucha de

    relatos horrorosos.

    Previamente, en 1974, la investigadora Haley, hija de un veterano de la guerra

    de Vietnam escribe un interesante artculo sobre los problemas y atrocidades

    dentro del mbito teraputico titulado: cuando el paciente reporta

    atrocidades, para referirse al impacto de las vivencias relatadas por los

    pacientes sobre el terapeuta.

    Volviendo al TETT, si bien es cierto ste presenta, al igual que el TEPT,

    sntomas en donde se identifica un estresor agudo, re-experienciacin del

    trauma, evitacin y hiperactivacin persistente, cabe destacar que en el criterio

    A1 de la categora diagnstica del DSM-IV-TR para el TEPT se describe cuando

    la persona ha experimentado, presenciado o le han explicado uno (o ms)

    acontecimientos caracterizados por muertes o amenazas para la integridad fsica

    propia o la de los dems. Se incluye y entremezcla la traumatizacin directa o

    primaria con la indirecta o secundaria, y aqu cabe la narracin o relato de

    experiencias que le han ocurrido a terceros.

    El criterio A2 de este mismo punto dice la persona ha respondido con un

    terror, una desesperanza o un horror intenso.

    Figley es enftico en destacar la diferencia entre TEPT y burnout, aduciendo quela segunda condicin se desarrolla gradualmente llegando al agotamiento

    emocional, mientras que el TEPT emerge sbitamente, sin mucho aviso y a

    diferencia del burnout, el profesional mantiene un alto sentido de entrega y

    ayuda, y ms bien se siente confuso y perturbado por una sobre-identificacin

    con los sufrimientos de su paciente, con sentimientos de soledad respecto de sus

    pares, pero an as, presentando una alta tasa de recuperabilidad, lo que no

    ocurre en el burnout.La traumatizacin cuaternaria es indirecta y definitivamente diferida. Le ocurre

    al medio social y participan en ella, como agentes promotores y diseminacin

    del trauma en la comunidad, los medios de comunicacin de masas, prensa,

    radio y televisin, y su objetivo es provocar un impacto en la sociedad, globalizar

    la informacin y la noticia, pero ms que exclusivamente informar, se

    intersectan en este proceso, complejas superestructuras sociales econmicas al

    servicio del dinero y del poder, que diluyen la noticia al punto de distanciar

    dramticamente al testigo pblico de lo acontecido a las vctimas primarias. Los

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    medios de comunicacin, el periodismo, las profesiones ligadas a la bsqueda

    de noticias impactantes, debern, en el futuro reflexionar profundamente acerca

    de si su quehacer cumple realmente con los objetivos ticos, humanitarios y

    valricos, toda vez que ya en la televisin el drama personal o grupal de una

    colectividad daada, comienza a ser utilizado para vender ms peridicos o

    ganar ms televidentes, lo que genera un distanciamiento afectivo profundo y

    omnipotente de la sociedad respecto de las tragedias humanas (las personas

    cuando ven noticias se disocian y dicen: eso le ocurre a otros, a mi no me

    ocurrir); una deshumanizacin descarnada; un goce perverso que atenta

    contra los ms bsicos derechos humanos de la tica del dolor, que es el respeto

    y la compasin solidaria.

    Neurobiologa conductual del psicotrauma

    La amgdala es un componente neural esencial en la memoria de eventos

    cargados emocionalmente, en especial aquellos que incluyen sentimientos de

    temor y/o miedo.

    Esta estructura subcortical es la principal rea de procesamiento de las

    sensaciones extraas, ya que es activada por toda situacin interpretada comono familiar de acuerdo al contexto vivencial de especie y personal. Tiene

    permanente interrelacin con el hipocampo que es el elemento central en el

    procesamiento de la memoria afectiva y de las respuestas hormonales por

    regulacin directa del hipotlamo. La amgdala es entonces la vedette de la

    respuesta a situaciones aversivas, actuando el hipocampo como apuntador

    permanente. La escenografa es hemisfrica y siempre variable dependiendo del

    contexto auto y alopsquico que vive el individuo en ese preciso momento(Marquez-Lpez Mato A., 2003)

    En el desarrollo del miedo y la ansiedad, las aferencias sensoriales llegan

    principalmente a travs de la va ptica, auditiva, tctil y olfatoria. Las vas

    auditiva, visual y tctil hacen escala en el tlamo, mientras que la va olfatoria

    no lo hace. El tlamo es un filtro de informacin que aumenta o disminuye esta

    informacin y la agrega a las conductas. El tlamo procesa esta informacin a la

    corteza, occipital para lo visual, parietal para lo tctil y temporal para lo

    auditivo. De la corteza primaria pasa a la corteza de asociacin unimodal, que es

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    la encargada de procesar la informacin en una nica modalidad sensorial. De

    estas cortezas de asociacin unimodal va a pasar a las cortezas de asociacin

    multimodales, la parieto-temporo-occipital, la lmbica y la corteza pre-frontal.

    Esta informacin es integrada, sintetizada y luego procesada y de estas cortezas

    va a las diferentes reas que van a ser las encargadas tanto de la expresin, o

    sea, la signosintomatologa, como de la experiencia emocional y de la accin

    (Kuper E. 2004)

    Los principales sntomas del horror, includo el ms intenso, el TEPT, pueden

    ser explicados por los cambios que se producen en el circuito lmbico y que se

    concentran en la amgdala. Algunos de los cambios claves se producen en el

    locus coeruleus, que regula la secrecin cerebral catecolaminrgica y es el

    principal responsable de las vas noradrenrgicas ascendentes a la corteza. Estas

    sustancias neuroqumicas, la noradrenalina y adrenalina, movilizan al

    organismo para una emergencia, entre otras funciones. La misma catecolamina

    graba los recuerdos con una especial intensidad.

    El locus coeruleus y la amgdala estn ntimamente relacionadas con otras

    estructuras lmbicas como el hipocampo y el hipotlamo. El circuito de las

    catecolaminas se extiende por sus vas ascendentes a la corteza. Se piensa que

    los cambios en este circuito son subyacentes a los sntomas de TEPT, queincluyen ansiedad, temor, hipervigilancia, al quedar fcilmente perturbado o

    excitado, la disposicin para la reaccin de ataque o fuga y la indeleble

    codificacin de intensos recuerdos emocionales.

    El TEPT representa un peligroso descenso desde el punto de vista

    neurofisiolgico donde se asienta la alarma, (corteza pre-frontal-tlamo-

    amgdala). Parece crucial en el sentido en que deja una marca poderosa en la

    memoria. Cuando ms brutales, impactantes y horrendos son losacontecimientos que disparan el asalto de la amgdala, ms indeleble es el

    recuerdo. As, los recuerdos traumticos se convierten en gatillos mentales

    preparados para disparar la alarma al menor indicio de que el espantoso

    momento esta a punto de producirse nuevamente. Este fenmeno de gatillo es el

    sello de todo trauma emocional. La base neurofisiolgica de estos recuerdos

    parece ser una profunda alteracin neuroqumica cerebral puesta en marcha por

    una nica muestra de terror abrumador (Kuper E. 2004)

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    Aproximaciones cognitivo - conductuales del psicotrauma y del

    autocuidado

    Desde que Cannon describe en animales en 1929, las reacciones de lucha (fight)

    y huda (flight) como respuesta ante situaciones de amenaza, diversos autores

    cognitivistas han ampliado el rango de respuestas agregando dos nuevas

    categoras: el desmayo (faint), como un tipo de disociacin y la parlisis o

    congelamiento (freeze) (Marquez-Lpez Mato A., 2003).

    Resulta particularmente interesante para nuestros propsitos de autocuidado de

    profesionales de la salud y de ayuda, hacer estas consideraciones ya que nos dan

    un soporte terico que va desde las ciencias biolgicas hasta las conductuales y

    sociales, respecto del trabajo con psicotraumas.

    Un interesante modelo muy acorde con lo clsicamente sealado, respecto de

    las respuestas ante el estrs agudo, es el modelo dimensional del contnuo

    dilatacin (exposicin)-constriccin (cierre), descrito por Lillibridge y Klukkens

    en 1978 (Citado por Rubin Wainrib B., y Bloch E., 2000).

    En este modelo los autores nos aportan una amplia panormica sobre los

    extremos de conducta, cognicin y afecto, que se encontrarn en la

    sintomatologa de las personas afectadas por algn tipo de traumatizacin,directa o indirecta (vicaria), y que dar pistas para generar aproximaciones

    teraputicas. De este modo el asistente puede precisar ms sus respuestas para

    incrementar su grado de pertinencia. Usando este acercamiento los

    profesionales pueden asumir una intervencin ms apropiada basada en las

    necesidades individuales de cada paciente.

    En el contnuo dilatacin (exposicin)-constriccin (cierre), se plantea que lascaractersticas, en el nivel cognitivo, de una persona en crisis recorre la gama

    que va desde la dilatacin, por ejemplo:

    -Confusin

    -Pensamientos desorganizados

    -Pensamiento catico

    Hasta la constriccin:

    -Preocupacin por el problema

    -Rumiacin cognitiva

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    -Obsesin

    Y se requerir, por parte del asistente:

    En dilatacin:

    -Clarificar el pensamiento

    -Identificar el problema

    -Ser especfico

    En constriccin:

    -Trabajar en la solucin

    -Sugerencias de alternativas viables

    En el nivel afectivo las caractersticas de una persona en crisis son:

    Dilatacin: Emocin excesiva, no hay intentos por controlar la expresin

    emocional

    Constriccin: Contencin de la emocin

    Y se requerir por parte del asistente:

    Dilatacin: Intentar enfocar los sentimientos especficos, trabajar con material

    cognitivo.

    Constriccin: Ayudar a expresar los sentimientos de cualquier forma

    En el nivel conductual, las caractersticas son:

    Dilatacin: Expresin de una conducta exagerada e inapropiada para esapersona

    Constriccin: Paralizacin, inmovilizacin, retirada

    Y se requerir por parte del asistente:

    Dilatacin: Resolucin de problemas orientados a la realidad

    Constriccin: Ayudar para estimular la actividad y hacer cosas

    Llama la atencin el paralelo observado entre las clsicas reacciones ante elestrs descritas por Cannon, hasta autores cognitivitistas contemporneos y las

    dimensiones de respuestas en los mbitos cognitivos, afectivos y conductuales

    propuestas por Lilllibridge y Klukken, que orientan a clnicos y terapeutas

    acerca de que es lo que ocurre con el paciente y diversos tipos de personas

    enfrentados ante situaciones de crisis o lmite.

    El estudio de la llamada puerta sensorial, en pacientes con diagnstico de

    TEPT, se refiere a ciertos hallazgos electrofisiolgicos en el control de

    manifestaciones sensoriales auditivas de estos pacientes frente a estmulos

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    estudiados con potenciales evocados. En estos pacientes se observ un

    debilitamiento en la capacidad para procesar estmulos auditivos presentados,

    medidos con electroencefalograma computarizado. Esto significa que los

    pacientes con TEPT no registran o ms bien reducen la evocacin

    electrofisiolgica a partir del estmulo auditivo, respecto de los sujetos

    normales, quienes, aparte de registrarlo adecuadamente, suelen aumentar el

    registro electroencefalogrfico evocado (Kuper L, 2004). Esto hace pensar que

    habra una cierta vulnerabilidad neurobiolgica en individuos para quienes la

    exposicin a un evento traumtico operara como un disparador o un

    desencadenante de una serie de manifestaciones, que van afectando diversos

    sistemas de neurotransmisin, diversos asientos neuroanatmicos y

    neurofisiolgicos, que se traducen en sintomatologa.

    En el caso del trauma vicario, lo que traumatiza es la escucha reiterada de

    relatos horrorosos, que tienen la caracterstica de lo impredecible, lo que escapa

    de control y la impotencia para actuar diferidamente frente a lo acontecido a la

    vctima. Cabe preguntarse si la totalidad de terapeutas de psicotraumas,

    desarrollan impacto acumulativo o slo le ocurre al grupo vulnerable, o sea

    quienes presentan el perfil descrito por los estudios y que contraern elsndrome de desgaste profesional.

    En el trauma vicario el origen del estmulo es auditivo, inmerso en el entramado

    narrativo que ofrece el paciente y que ser inmediato o diferido, segn ocurra

    desde el momento siguiente al evento sufrido hasta la primera consulta. La

    narracin sufrir un cambio de forma y de contenido, pero ms importante ser

    el cambio de forma, ya que justamente en lo conversacional entregado al

    clnico, se ir desplegando el relato vivo, en su implacable camino hacia latrivializacin y el olvido. Esto que puede sonar brutalmente verdadero, es lo que

    solemos ver en la atencin de vctimas de psicotraumas graves, ya que la

    cultura, en este caso la institucin, ordena y normaliza el trauma desde el

    momento inicial de la atencin, como una manera urgente de contener el

    desborde del o los consultantes, procesos que muchas veces producen re-

    traumatizacin por negligencia, despersonalizacin institucional y

    dehumanizacin de la atencin que, en definitiva, es una forma de maltrato.

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    Es el relato vivo lo que traumatiza al clnico y no la conserva cultural del suceso

    traumtico, parafraseando a Moreno, que ms bien lo aleja de la vivencia

    traumtica, la racionaliza, la reflexiona. La reiteracin narrada de los hechos, la

    elaboracin, forma parte del devenir psicoteraputico posterior y terminal de un

    proceso asistencial (Garrido Martn E., 1978).

    El suceso oralmente narrado contiene una infinidad de informacin implcita ya

    sea en la cualidad dramtica del relato, el de las formas dialogales y subtextuales

    utilizadas por el paciente, por ejemplo en los detalles, palabras sealizadoras,

    prosodia, intercalaciones, metforas, en fin, todo aquello que hace que un relato

    entregue a quien escucha, la huella del horror, lo audible o el silencio, la

    cadencia, las imgenes descritas, todo lo que impresiona al lmite nuestra

    imaginacin, lo que nos sorprende, lo que nos deja con una sensacin

    transferida de indefensin, de crueldad, de confusin, disociacin,

    despersonalizacin, transportados en un tiempo detenido y congelado por el

    suceso traumtico (Ritterman M., 1988). Lo que lleva a una irrealidad y

    extraeza de un mundo perdido e irreconocible, sin luz, agnico, infernal, en

    definitiva, un mundo mortal.

    Tambin y de la misma forma puede ser psicotraumatizado vicariamente el

    lector de un suceso escrito, una carta de despedida de quien haya cometidosuicidio. Lo escrito en documentos jurdicos como testimonios de vctimas de

    secuestros y torturas. Lo perteneciente a un proceso criminal judicial. O a veces,

    simplemente, la crnica periodstica o televisa del rapto y asesinato de alguna

    menor, que nos impacta por la veracidad y crudeza de los escritos de algn

    periodista que, con un gran sentido de servicio a la comunidad, busca por este

    medio, sensibilizar a la poblacin de que hechos tan horrorosos pueden estar

    ocurriendo en su vecindario.Cada vez que transita el acontecimiento desde que ocurre, por el inexorable

    camino hacia la comunidad, va modificando su impacto y expresin vivencial,

    desde lo presencial activo, lo narrado oralmente, lo escrito, hasta lo ledo en

    forma diferida; va perdiendo vida propia, va siendo agenciando por la cultura

    para, finalmente, a travs de de la ritualizacin y del saber, concluir conservado

    como patrimonio de la humanidad en los grandes obras, dramas, tragedias y

    novelas, creativamente transformadas en arte, por profetas, artistas, poetas,

    msticos y dramaturgos.

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    El paradigma de la dramaterapia

    Dramaterapia se entiende con el uso intencional y planeado de los aspectos

    curativos del drama en el proceso teraputico (Asociacin Britnica de

    Dramaterapia, BADth, citado por Torres P., 2001)

    Por su parte Sue Jenning, pionera del desarrollo de la dramaterapia en el

    mundo, la define como la aplicacin especfica de las estructuras teatrales y

    procesos del drama con una clara intensin que es teraputica (Jenning S.,

    1994). Algunos de los conceptos claves de la dramaterapia sealados por

    Jenning, son tiles para el trabajo no slo con pacientes, sino tambin

    utilizando el paradigma de la dramaterapia se puede ofrecer asistencia a grupos

    que requieren frecuentes prcticas de autocuidado, como los profesionales de

    ayuda. En este caso este mtodo ofrece un acercamiento colateral y simblico,

    desde el teatro y el juego de roles ficcionales, en la co-visin grupal

    interdisciplinaria, en situaciones generadoras de estrs profesional como

    trabajar con pacientes difciles como cuadros psiquitricos graves, desordenes

    de la personalidad, psicotraumas, duelos, violencia, discapacidades, SIDA,

    enfermedades crnicas y oncolgicas, entre otras, hasta problemasinstitucionales derivados de la alta demanda asistencial, clima laboral,

    conflictos de roles, mobbing.

    El modelo de la dramaterapia, a diferencia del psicodrama, parte de una base

    salutfera y comunitaria, de fomento y promocin de la salud, por lo tanto se

    centra en los aspectos sanos de la persona y los grupos; tiene como

    fundamentos conceptuales el teatro y los rituales y su prctica busca en los

    grupos, acceder al inconsciente individual y colectivo en forma figurada ymetafrica, a travs del uso de imgenes, escenas y metforas teatrales con una

    finalidad teraputica de desarrollar la expresividad corporal emocional y la

    creatividad. Podemos afirmar que la dramaterapia comienza en el teatro y

    culmina en el teatro, o sea en la conserva cultural, en interaccin permanente

    con el binomio espontaneidad / creatividad del proceso creador, pero sin perder

    de vista la mimesis, o sea la imitacin de la realidad. Por lo tanto toma del teatro

    todos los elementos disponibles para generar accesos a la vida psquica de las

    personas reales. Los personajes y las escenas del teatro vendrn a impactar con

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    sus dramas ficcionales los dramas reales de las personas en su vida mundana.

    (Torres P., 2009)

    El modelo de la dramaterapia proviene del mundo psicoeducacional a partir de

    los trabajos de Peter Slade acerca del desarrollo dramtico infantil. Este autor

    plantea que la capacidad dramtico teatral del ser humano es una condicin con

    la cual nace cada persona y que posteriormente es moldeada por el aprendizaje

    formal e informal de la familia y la enseanza en el colegio, que puede fomentar

    o anular este tipo de expresin comunicativa. Los nios son contadores de

    historias, dramaturgos, actores y directores escnicos por naturaleza y esa

    capacidad sigue estando presente y es desarrollable aun ms, durante toda la

    vida, hasta la adultez y la senectud (Slade P. 1978)

    Jenning sugiere algunos conceptos claves del paradigma de la dramaterapia

    cuya aplicacin es til en grupos de autocuidado (Jenning S., 1998):

    El distanciamiento teatral y la alternancia entre las dos realidades, la

    cotidiana y la dramtico-teatral, relacionada con la imaginacin y fantasa,

    plantea que el ser humano, enfrentado a una situacin difcil, puede ejercer la

    capacidad de distanciarse de ella, al igual como nos distanciamos frente a una

    obra de teatro, como pblico espectador. En una especie de disociacin

    normativa y de despersonalizacin remedial, es posible que utilizando esterecurso de la mente, podamos ampliar la visin del problema y retornar a la

    realidad cotidiana con ms conocimiento experiencial para mejorar una

    situacin de desmedro personal. Dentro de los criterios de normalidad

    propuestos por la dramaterapia para las personas, la capacidad de transitar

    libremente entre estas dos realidades, es central. Por su parte y de manera muy

    similar desde el psicodrama y algunas lneas dramaterapeuticas, plantean que

    los sujetos capaces de cambiar de roles con mayor facilidad y de asociarse conotros seres humanos para diversas tareas, con amplia flexibilidad de criterios,

    con ductilidad y versatilidad de roles asumidos, jugados o creados, son

    definitivamente ms sanos y dotados de mejores ndices tlicos (Landy R.,

    1993).

    Otras claves que Jenning nos aporta dentro del desarrollo del paradigma de la

    dramaterapia es el modelo del embodiment-projection-role:

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    Incorporacin (o encarnacin, hacer cuerpo o hacer carne),

    proyeccin y enrolamiento (o personificacin).

    Resulta de enorme utilidad en el trabajo con psicotraumas, el considerar que las

    personas sometidas a alguna situacin traumtica en el sentido amplio, desde lo

    entendido como primario hasta lo vicariante, reciben informacin dramtica de

    gran carga afectiva a travs de sus rganos sensoriales, planteado

    anteriormente, a travs de la visin y audicin (psicotrauma primario directo o

    secundario indirecto inmediato); por la escucha de relatos horrorosos

    (psicotrauma terciario indirecto inmediato o diferido temprano, que implica

    impacto acumulativo en el caso de los terapeutas); a travs de la lectura y

    construccin de imgenes de hechos horrorosos en el psicotrauma terciario

    indirecto o diferido tardo, como lectura de cartas de despedida, e-mails de

    traiciones amorosas, audios o grabaciones de mensajes de telfonos celulares,

    testimonios y documentos jurdicos.

    Esta informacin ingresara al tlamo y de all al sistema lmbico en donde

    activara la reaccin de alarma en la amgdala y la fijacin mnmica mediada

    por catecolaminas secretadas en el locus coeruleus. Parte de esa informacin

    sera procesada en las cortezas cerebrales primarias y de asociacin, y podr serelaborada cognitivamente, generando alivio parcial o permanente del impacto

    sufrido. Sin embargo, frente a grandes traumas o situaciones vividas por la

    vctima como de gran impacto y cargas emotivas devastadoras, esa informacin

    no lograr ser procesada corticalmente y quedar encapsulada como memorias

    traumticas en el sistema lmbico, detenidas y congeladas en un tiempo

    experiencial infinito, prontas a gatillarse sin control, en el ahora o en el futuro,

    ante mnimos estmulos recordatorios de la esfera sensorial.El relato de una mujer violada brutalmente respecto de su agresor es notable

    para afirmar lo anterior: Mientras iba de compras en la feria

    acompaada de mi esposo, sent que un sujeto pasaba por mi lado y

    volv a sentir el olor de la colonia mezclada con transpiracin que

    tena cuando me atac sexualmente y me viol varias veces. Sent

    un escalofro tremendo, qued paralizada, slo varios segundos

    despus pude volver mi vista hacia la persona que ahora iba de

    espaldas. Estoy segura que fue el sujeto que abus de m hace tres

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    mese atrs, logre ver su espalda y una capucha que usaba. No

    reconoc el vestuario, pero el olor era inconfundible. Ahora dgame

    usted doctor: Cmo lo puedo denunciar a la polica con slo ese

    dato?, me van a creer loca

    La huella experiencial que deja el trauma es indiciaria e implcita, o sea queda

    corporalmente sentida en alguna parte del soma, como lo que Gendlin

    denomina la sensacin sentida, que es corporal (Gendlin E., 1999). Por tanto

    es pre-conceptual, cuando la persona no logra dar una explicacin acerca de la

    maldad humana, ni logra reflexionar ni elaborar lo acontecido. Esto

    corresponde a la incorporacin o encarnacin de la experiencia traumtica,

    algo que no tiene palabras, o sea no hay conceptos ni teoras explicativas para

    comprender el horror. Los pacientes dice: Qued como congelado,

    paralizado, no tengo palabras para hablar de lo acontecido.

    Un joven ingeniero quien fue secuestrado por varias horas, golpeado y violado

    por tres antisociales drogados al interior de un automvil y abandonado una

    madrugada de invierno, desnudo en un sitio eriazo de la zona sur del Gran

    Santiago, dice al momento de la primera consulta: Doctor, por favor no me

    abandone, no tengo palabras para explicarme porque estas

    personas me hicieron esto. Lo nico que s es que ahora ni siquiera

    puedo tocar mi cuerpo, no logro ser capaz de tocar mis partes

    ntimas para asearme, es como si fuera el cuerpo de otra persona

    qu explicacin tiene esto que me pasa?

    El relato de este paciente se asemejan a lo descrito por psicopatlogos clsicos

    frente a los cuadros de despersonalizacin como: una alteracin en la

    percepcin o en la experiencia de s mismo, de modo que el individuo se siente

    ajeno y distante, como si fuera un observador externo de sus propios procesosmentales o de su cuerpo (Sierra Siegert M., en Luque R., Villagrn J., 2000). El

    trmino desrealizacin fue propuesto para referirse a experiencias similares

    relacionadas con la percepcin o vivencia del mundo externo. Ambas se asocian

    frecuentemente con situaciones de estrs y fatiga extrema. Se propone adems

    que en la despersonalizacin se producira un incremento de la alertizacin

    junto con una disociacin de la emocin, como un mecanismo adaptativo que

    incrementara las probabilidades de supervivencia en situaciones de peligro

    sbito (Luque R., Villagran J., 2000) Llama la atencin que las personas

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    despersonalizadas describen su experiencia con un como si, por ejemplo:

    siento como si no fuera yo o como si estas manos no fueran

    mas. Las modalidades visuales y auditivas de despersonalizacin parecen

    estar ms frecuentemente presentes y concomitantemente se asocian con una

    actitud de indiferencia hacia el dolor fsico y psquico. Los pacientes y personas

    que presentan sintomatologa de despersonalizacin ansiosa, suelen sentirse

    como si fuesen autmatas o robots.

    Es posible que la experiencia del trauma vicario comparta este tipo de

    sintomatologa dado que la despersonalizacin, siendo el sntoma ms grave,

    forma parte de la trada sintomtica del sndrome de desgaste psquico de los

    profesionales de ayuda, junto con el agotamiento fsico y psquico y la baja del

    sentimiento de xito y logro laboral.

    El proceso de incorporacin o encarnacin del trauma, siguiendo uno de los

    puntos centrales del paradigma de la dramaterapia, hace que los textos

    traumticos de los consultantes, es decir aquellos textos vivos cargados de

    emociones dolorosas y de significados trgicos, se inscriban en el cuerpo del

    terapeuta, quedando como registros fonticos en la memoria declarativa

    episdica, (mas all de la memoria de hechos o semntica), tambin llamadamemoria autobiogrfica, en la cual es posible aprehender la informacin como

    sucesos o acciones frente a las cuales somos testigos. Se tratara de fonemas

    aislados o incluso ruidos aislados, el click del percutor de una pistola puesta en

    la sien de una vctima, el ruido catastrfico de latas y metales retorcidos de un

    camin de alto tonelaje cuando va deslizndose aparatosamente, volcado en

    medio de la carretera. Pueden ser generalmente dos o tres palabras

    sealizadoras. Una paciente que fue secuestrada por el conductor de un taxicolectivo con el fin de agredirla sexualmente, queda paralizada ante la rotunda

    orden de su captor: Cllate!. Sin embargo, logra salir del trance y se lanza

    automvil en marcha, salvndose de tan bestial ataque.

    Por lo tanto en las prcticas de autocuidado de los terapeutas, resultarn

    centrales los ejercicios y juegos dramticos de apresto centrados en el cuerpo,

    actividades que irn en la bsqueda de aquellos textos traumticos de los

    pacientes inscritos en el cuerpo del terapeuta con la finalidad de sacarlos de su

    transparencia, para posteriormente, por medio del trabajo de escenas - actoral o

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    psicodramtico descubrirlos, para movilizarlos desde su lugar sumergido

    (Emunath R., 1994). Se trata entonces de textos encarnados con dolor.

    El trabajo de proyeccin en dramaterapia se puede realizar de varias maneras.

    Algunos dramaterapeutas utilizan el dibujo, la pintura, el trabajo con arcilla,

    plasticina, mscaras, tteres y muecos. En los nios una manera de cura

    emocional es a travs del juego, desarrollado una y otra vez. De este modo

    reviven el trauma de una forma segura y ldica. El recuerdo se repite en un

    contexto en donde la ansiedad es reducida desensibilizndolo y permitiendo que

    se asocien a l un conjunto de respuestas no relacionadas con la

    traumatizacin. Por otro lado, los nios en su mente pueden dar a la tragedia,

    mgicamente, un resultado mejor. En los adultos utilizamos para la proyeccin,

    la identificacin con un personaje teatral, un hroe, que dispone de un texto

    reparador o sanador. Muchos de estos juegos textuales y de personajes

    introducen en forma muy necesaria el humor, pieza fundamental en el trabajo

    con psicotraumas y que se desarrollar ms ampliamente en otro apartado.

    Estos textos, al provenir de la literatura universal, representan los mitos y

    melodas latentes de la cultura que coinciden con los mitos, comedias y

    tragedias personales (Martinez-Bouquet C., 2006, 2006). El trabajo con textos

    teatrales e incluso pasajes bblicos u otros textos sagrados, genera en el ritualfinal del trabajo dramateraputico, un clima mgico de resolucin en conexin

    con la verdad espiritual y el cosmos.

    Aqu se funden el momento de la proyeccin con la personificacin o

    adquisicin de personajes quienes tendrn una representacin evidente y

    rotunda en el escenario de la obra dramateraputica. Textos teatrales y textos

    personales de la tragedia vivida, escuchada o leda, se entremezclan con furor

    dramtico generando las condiciones para la creacin de la obradramateraputica.

    El grupo en accin da paso a dos nuevos momentos que nosotros hemos

    incluido, complementando lo propuesto por Jenning, que es la improvisacin

    creadora, en donde el grupo improvisa nuevos textos que amplifican y

    multiplican los anteriores, mezclando tragedia, comedia y drama como gnero

    teatral, y la representacin de la obra conservada, es decir, ritualizada y

    teatralizada al punto se convertirse en patrimonio de la cultura.

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    Finalmente la comunidad entera testificar con recogimiento, lo que se

    representa ante su mirada. Este es el momento del enjuiciamiento que la

    comunidad hace ante un mal arrollador, el de la violencia humana, el trauma, el

    duelo, la impotencia, la injusticia, la humillacin, la vergenza, la traicin. Pero

    al mismo tiempo se despertar lo mejor del ser humano y de los grupos, la

    solidaridad, la comunin, la fuerza, la compasin, y la posibilidad de reparar en

    el como s dramtico, el dolor, la soledad y la traicin.

    El arte en s misma es un medio de comunicacin inconsciente. El cerebro

    emocional esta sumamente sintonizado con significados simblicos y con lo

    denominado proceso primario: los mensajes de la metfora, el relato, el mito,

    los rituales, las artes en general.

    Muchos psicoterapeutas que trabajan con psicodrama con sobrevivientes de

    traumatizaciones severas, utilizan en sus esquemas de intervencin una

    aproximacin y secuencia de pasos, a nuestro modo de ver, de corte

    dramateraputico (Kellermann P.F, 2007, Filgueira M.A, 2007, Espina Barrio

    J.A, 1993).

    Dichas prcticas psicodramticas grupales siguen la siguiente secuencia:

    1.-Re-actuacin - acting out2.-Reprocesamiento cognitivo Insight de accin

    3.-Descarga del superhabit de energa Catrsis emocional

    4.-Superhabit de realidad Como si

    5.-Apoyo interpersonal Tele

    6.-Ritual teraputico Magia

    En este re-aprendizaje emocional y recuperacin del trauma se suelendiferenciar cuatro momentos: Adquirir una sensacin de seguridad; recordar los

    detalles del trauma; lamentar la prdida que ha provocado y finalmente volver a

    hacer una vida normal. Las personas traumatizadas necesitan volver a sentir

    una sensacin de seguridad, salir de la impotencia, percibiendo que hay ms de

    una salida, recuperar el sentido de control sobre sus vidas que han quedado

    inmersas en la precariedad y de este modo evitar la enfermedad mental o

    psicosomtica que aparece cuando las personas se vivencian como sin salida

    ante una situacin. La lnea de fuga hacia la salud de la realidad ficcional

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    dramateraputica, el como s dramtico de posibles soluciones, el encuentro

    con personajes y hroes del teatro que vienen con su sabidura a colaborar, el

    descubrimiento de textos reparadores que provienen de recursos, fortalezas y

    resiliencias personales, grupales y comunitarias, generan una especie de ilusin,

    una visualizacin experiencial, una magia mental al modo de un trance

    hipntico con potencialidad de cambio de aquellos ntimos procesos

    neurobiolgicos y psicolgicos que subyacen en la profundidad de la vivencia

    traumtica.

    Las curas psicolgicas a travs del juego y en particular del juego en

    dramaterapia se producen a travs de tres mecanismos: la abreaccin, o sea

    en la obra dramateraputica se pondrn en marcha historias con sentimiento; el

    nuevo drama se lleva a cabo en el contexto seguro y protegido de un grupo con

    historia vincular; y las correcciones implican que jugado otros finales se

    descubren que existen otras posibilidades para la siguiente vez asumiendo que

    tal vez no deba existir una siguiente vez y que la vida ha sido generosa dentro

    de todo, al estar vivo. (Terr L., 2000).

    Finalmente cabe considerar que la catrsis en dramaterapia es por excelencia

    de tipo esttica, (aunque tambin la hay tica), como la que se produce al

    pblico observador al presenciar una obra teatral, hecho teraputico al que slopodemos acceder desde esta metodologa que mantiene una fuerte impronta

    teatral. Este tipo de catrsis genera contencin y estructuracin psquica desde

    el distanciamiento tanto del pblico como del actor participante, quien podr

    transitar libremente desde el espacio escnico hacia la platea para presenciar el

    espectculo, sin que se note su ausencia, por la fuerte naturaleza cooperativa del

    trabajo grupal, que puede prescindir de algunos de sus miembros durante la

    ejecucin misma de la obra.

    Conclusin

    Teatro es mimesis y psicodrama es anti-mimesis, o sea la verdad misma jugada

    en el escenario psicodramtico. La dramaterapia comienza en el teatro y

    termina en el teatro, pasando por toda la belleza del acto creador, es decir la

    interaccin permanente y sin lmites del proceso creador, con su carga de

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    espontaneidad - creatividad natural y la conserva cultural, con su aparente

    rigidez y permanencia como patrimonio de la cultura.

    El modelos de la encarnacin proyeccin y personificacin de la dramaterapia

    contribuye ampliamente en el trabajo de autocuidado de clnicos y terapeutas

    potencialmente vulnerables a contraer el sndrome del desgaste profesional o

    estar quemados. Por medio de prcticas dramateraputicas que utilizan este

    modelo, buscamos extraer del cuerpo de los terapeutas aquellos relatos vivos

    que se han inscrito en su biologa. Los procesos reparatorios y sanadores siguen

    el camino opuesto, es decir desde textos y personajes teatrales de la literatura y

    dramaturgia universal, siguiendo las melodas latentes de la cultura, los mitos

    universales y los rituales, buscamos rehabilitar a los terapeutas con el fin de

    volverlos sanos y de regreso hacia el lugar en donde habita su trabajo y su

    comprometido oficio de acompaamiento.

    Referencias

    1.-Benelbaz D. (1997) Supervisin y procesos institucionales en equipos que

    trabajan con traumatizacin extrema. Simposium Supervisin Clnica. V

    Congreso Nacional de Psicologa. Colegio de Psiclogos de Chile.

    2.-Bryant R., Creamer M., Meaghan L., O`Donnell M., Silove D., McFarlane A.

    (2008)

    A multisite study of the capacity of acute stress disorder diagnosis to predict

    posttraumatic stress disorder. J Clin Psychiatric 69:6 (923-929)3.-Cia A. (2001) Trastorno por estres postraumtico. Dianstico y tratamiento.

    Imaginador. Buenos Aires.

    4.-Emunah R. (1994) Acting for real. Dramatherapy. Process, technique, and

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    5.-Espina barrio J.A., (1993) El cuerpo muerto. Psicoterapia del duelo,

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    Trimestre, 132, 275-285, Madrid

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    34

    6.-Figley C. (2000) Traumatizacin sistmica. El trastorno de estrs

    postraumtico secundario en los terapeutas familiares. Rev. Sistemas

    Familiares, Asiba, Buenos Aires.

    7.-Filgueira M.A., Espina Barrio J.A. (2007) Brief psychodrama and

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    In Kellerman P.F., Psicodrama with trauma survivors. Acting out your pain.

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    8.-Garrido Martin E. (1978) Jacob Levi Moreno. Psicologa del encuentro.

    Sociedad de Educacin Atenas, Madrid

    9.-Gendlin E. (1999) El focusing en psicoterapia. Manual del mtodo

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    10.-Jenning S., Cattanach A., Mitchel S., Chesner A., Meldrum B. (1994) The

    handbook of dramatherapy. Routledge, London

    11.-Jenning S. (1998) Introduction to dramatherapy. Treatre and Healing

    Ariadna`s Ball of Thread. Jessica Kingsley Publishers, London

    12.-Kellerman P.F., Hudging M.K. (2000) Psychodrama with trauma survivors.

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    13.-Kuper E. (2004) Neurobiologa y comorbilidad del trastorno de estrs

    postraumtico: Un paradigma dimensional. Desde la neuroplasticidad a laresiliencia. Polemos, Argentina

    14.-Landy R. ( 1993) Persona y performance. The meaning of role in drama,

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    15.-Lpez Ibor A., Valdez M. (2002) DSM-IV-TR, Masson, Barcelona

    16.-Luque R., Villagrn J. (2000) Psicopatoloa descriptiva. Nuevas tendencias.

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    17.-Marquez Lpez-Mato A. (2003) Psiconeuroinmunoendocrinologa. Aspectosepistemolgicos, clnicos y teraputicos. Polemos, Argentina.

    18.-Martinez-Bouquet C. (2006) La ruta de la creacin. Alumin, Barcelona

    19.-Martinez-Bouquet C. (2006) Dnde habitan los personajes imaginarios?

    Alumin, Barcelona

    20.-Ritterman M. (1988) Empleo de hipnosis en terapia familiar. Amorrotu,

    Argentina

    21.-Rubin Wainrib B., Bloch E. (2000) Intervencin en crisis y respuesta al

    trauma. Teora y prctica. Descle de Brouwer, Bilbao

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    22.-Slade P. (1978) Expresin dramtica infantil. Santillana, Espaa

    23.-Rodriguez A., Escobar M., Arenas C., Morn M. (2005) Trauma por bombas

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    24.-Torres P. (2001) Dramaterapia. Dramaturgia, teatro, terapia. Cuarto Propio,

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    25.-Torres P. (2009) Sangra la escena. Psicodramaterapia del trauma y del

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    26.-Wolf-Fedida M. (2005) Trauma y conmocin psquica. Rev. Actualidad

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    27.-Vanderlinden J., Vandereycken W. (1999) Trauma, disociacin y descontrol

    de impulsos en los trastornos alimentarios. Granica, Barcelona

    Dr. Pedro Torres-Godoy

    WWW.DRAMATERAPIA.CL

    [email protected] Reservados , Editorial Edras - Chile, 2009

    Prohibida su reproduccin total o parcial sin autorizacin expresa de Edras

    Chile

    [email protected]

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    Clasificaciones de los grupos teraputicos enla prctica clnica: una reflexin.

    AUTOR: Mario Colli 1, Eduardo Paolini 2.

    ( 1 )Mario Colli, M.Sc. en Psicologa Clnica, terapeuta de grupos. Catedrtico del

    Departamento de Psicologa, Universidad Universidad del Valle. Miembro de la

    International Association of Group Psychotherapy (IAGP).

    ( 2 )Eduardo Paolini, Dr. en Psicologa, terapeuta de grupos, Hospital del Nio

    Jess, Madrid. Miembro de la IAGP.

    Resmen:

    Este trabajo es una propuesta de clasificacin de los grupos teraputicos que se

    trabajan en el mundo en la prctica clnica, tomando para ellos las

    clasificaciones de autores norteamericanos, y autores europeos, quienes, con sus

    aciertos y desaciertos han tratado de hacerlo, siempre desde su visin, marcada

    por el continente en que trabajan. Por tanto se ha tratado de exponer una

    clasificacin integrada entre ambos continentes, teniendo en cuenta el aporte

    actual de los autores clave en todas las modalidades de grupo teraputicos que

    existen en la prctica clnica.

    Palabras clave:

    grupos teraputicos, clasificacin, autores.

    Abstract:

    This paper is a proposition to classificate the therapeutics groups in the current

    clinical practice in the world, taking the classifications from american and

    european authors, who, with their good points of view and mistakes, ever from

    their vision, and from the continent that they are working. By the way we have

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    discussed an integrated classification between the two continents, taking the

    current point of view of the key authors in all of the type of the present

    therapeutics groups in the clinical practice.

    therapeutics groups, classification, authors.

    Introduccin:

    Los grupos de Psicoterapia, intervencin, y entrenamiento han sido clasificados

    varias veces, segn el objeto, la tcnica utilizada, el lugar de realizacin, entre

    otros. En los E.U.U., donde segn muchos autores surgi y se desarroll la

    tcnica, fueron clasificados en varias formas. En este material veremos las

    formas clsicas como primera clasificacin, y posteriormente veremos otras

    clasificaciones de autores europeos, norteamericanos, y tambin

    latinoamericanos sobre los tipos de grupo que se conducen en su medio en la

    actualidad. En una revisin histrica del tema ofrecida antes en artculo ya

    publicado (Colli, Lorenzo, 2004), se expusieron las figuras y movimientos ms

    destacados en el mundo, sin embargo ahora se har un anlisis y

    posteriormente una propuesta de clasificacin.Desarrollo:

    Los grupos en psicoterapia de grupo desde sus inicios han tenido diferentes

    clasificaciones, segn las diferentes utilizaciones que se le han dado. Segn

    Bechelli y Santos(2001), los clsicos los clasificaron de la siguiente manera :

    _______________________________________________________

    ________

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    38

    Tabla 1.

    Caractersticas de los grupos desarrollados por los pioneros.

    Autor: Pacientes: Local: Mtodo: Abordaje:

    Pratt Tuberculosos Ambulatorio Aula Reeducacin y

    persua sin.

    Lazell Esquizofrnicos Hospital Aula Reeducacin, sociali

    zacin, Conceptos

    psi coanalticos

    Marsch Psicticos Hospital Aula Reeducacin,

    socializa cin, y

    actividad ocupa

    cional

    Burrow No psicticos Ambulatorio Interaccin Anlisis de grupo.

    Moreno Psicticos y no

    psicoticos

    Ambulatorio Interaccin Psicodrama

    Adler/Dreikurs Padres e hijos Ambulatorio Interaccin Terapia familiar

    Metzl/Dreikurs Alcohlicos Ambulatorio Acosejamiento

    Wender Dolencias men

    tales discretas

    Hospital Interaccin Psicoanlisis

    Schilder Dolencias men

    tales discretas

    Hospital

    ambulatorio

    Interaccin Psicoanlisis

    Slavson Nios, adoles

    centes.

    Ambulatorio Interaccin Psicoanlisis

    Tomado de Bechelli, Santos, 2001.

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    Esta Tabla 1 expone los primeros grupos desarrollados por los pioneros de la

    Psicoterapia de grupo, sin embargo ntese que slo se tiene en cuenta a autores

    norteamericanos, o que desarrollaron su trabajo en los E.U.U., sin serlo, como

    Moreno, Slavson, Schilder, entre otros.

    Existen otras clasificaciones realizadas por autores europeos, en este caso de

    Espaa Avila Espada, quien plantea otro tipo de clasificacin. A continuacin

    expondremos esta clasificacin por la utilidad que pensamos tiene en nuestro

    medio, y tambin explicaremos algunos de los conceptos de grupo ms

    importantes de la misma.

    Tabla 2.

    Aplicaciones del grupo y sus modalidades tcnicas en la Psicologa Clnica y

    Comunitaria.

    _______________________________________________________

    ________________________________________

    1)Grupo Teraputico ( * ).2)Grupo Intensivo Peridico.

    3)Grupo Laboratorio( * ).

    4)Grupo de sensibilizacin.

    5)Grupo de admisin.

    6)Grupo Familiar

    7)Grupo de Discusin( * )

    8)Grupo Operativo.9)Grupo de reflexin.

    10)Grupo institucional.

    11)Grupo asamblea.

    12)Grupo de Formacin.

    Tomado de vila Espada, 1993.

    Conceptos ms importante de los anteriores:

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    Grupos Teraputicos:

    Se trata de una modalidad princeps de grupo, cuyas finalidades promover o

    contribuir a la curacin de los trastornos psquicos de los pacientes integrantes.

    El grupo se forma a iniciativa de los terapeutas, quienes escogen esta forma de

    tratamiento para ciertos pacientes -bajo ciertos criterios-, bien como alternativa

    al tratamiento individual o de forma complementaria a este. El grupo es

    convocado a reunirse una vez por semana (en ocasiones dos), durante

    aproximadamente de 60 a 90. Los pacientes pagan individualmente

    honorarios por las sesiones.

    (Normalmente de la misma cuanta que en la psicoterapia individual).

    Grupo Laboratorio o intensivo no peridico

    Es una modalidad surgida a partir de las experiencias intensivas de grupo

    llevadas a cabo por terapeutas de la comunicacin, gestaltistas o

    psicodramatistas. Concebido inicialmente como una modalidad teraputica en

    si misma, de carcter catrtico e intensivo, o actividad teraputica de gran dosis,el grupo laboratorio ha venido a perder esa perspectiva sustituyndola por una

    opcin de trabajo psicoteraputico igual grupal complementario a un

    tratamiento regular de base, bien individual o grupal, cara al cual la

    intervencin intensiva que supone el Grupo Laboratorio viene a operar como

    momento de sntesis, reflexin, elaboracin, y confrontacin con el afuera del

    tratamiento.

    Grupo de Discusin:

    Es un dispositivo utilizable para la facilitacin de la tarea de enseanza

    /aprendizaje individual en situacin de grupo, particularmente para inducir o

    facilitar la motivacin individual hacia el aprendizaje. En las institucionales de

    Salud Mental se debe llevara cabo una tarea de formacin y auto-formacin

    permanente de sus profesionales; adems el Grupo de Discusin puede

    utilizarse en numerosas situaciones de intervencin comunitaria en las que sea

    necesaria la transmisin y elaboracin de informacin por y para los usuarios.

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    Ej. En los grupos de psicoterapia de alcohlicos se trae el tema de Prevencin y

    tratamiento de Recadas, primero se expone al grupo en pizarra con sus

    respectivos esquemas, con lujo de detalles, y luego se les hace parte de la

    explicacin, se les incorpora al tema, se les pide ejemplos de recadas, de cadas,

    de falta de habilidades sociales, etc.

    Ahora bien existen grupos que han sido concebidos para la Atencin Primaria

    en Salud, segn Tizn y Recasens, que tambin expondremos ac, por la

    importancia que tienen para el terapeuta de grupos para clasificarlo que desean

    hacer o lo que estn haciendo.

    Tabla 3. Tipos de grupos en Atencin Primaria de Salud.

    Segn el marco de

    Referencia

    Psicoanaltico

    Cognitivo-conductual

    Otros (fenomenolgico, conductual estricto, sistmico, etc.)

    Segn los objetivos Sensibilizacin

    Docencia, formacin

    Promocin, prevencin de la salud, educacin sanitaria

    Terapia, rehabilitacin, reinsercin.

    Segn los usuarios y el

    objetivo

    1)G. de prev. y prom.

    Prevencin Primaria 2)G. dirigidos al personal

    Asistencial.

    Prevencin Secundaria 3)G. Psicoteraputicos

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    Prevencin Terciaria 4)G. de Rehabilitacin

    y reinsercin.

    Tomado de Tizn y Recasens, 1994.

    Ahora bien ms recientemente Scheildinger (2004), en su ltima revisin sobre

    grupos teraputicos en marco norteamericano ha recogido que existen los

    siguientes:

    El dice que existen cuatro categoras de Psicoterapia de grupo:

    Categora I: Psicoterapia de grupo.

    Es una especie de tratamiento de grupo en la prctica clnica, dentro del

    contexto de las psicoterapias. Se refiere a procesos especiales dentro de

    profesionales bien entrenados en tcnicas determinadas: psiquiatras, psiclogos

    clnicos, enfermeras clnicas, trabajadores sociales.

    Categora II: Grupos Teraputicos. Comprende todos los enfoques de grupos

    utilizados por el personal de servicios humanos (no necesaria mente

    profesionales), que trabaja en sistemas de tratamiento centro de los hospitales o

    a nivel ambulatorio. Sirven como grupos auxiliares del tratamiento. Dentro de

    los hospitales son: comunidades teraputicas, terapias ocupacionales, de

    rehabilitacin, de arte o danza terapia, tanto como grupos de rehabilitacin

    especiales.

    Categora III: Grupos de Desarrollo Humano y Grupos de entrenamiento. Estn

    ms al servicio de la educacin que de la terapia. Son grupos de sensibilizacin y

    organizacionales, que operan de tres maneras diferentes:

    A)El mtodo de Laboratorio con sus Grupos- T, iniciado en 1940 en Bethel

    Maine por el destacado Kurt Lewin, y sus seguidores.

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    2)El modelo de Terapia de Grupo Freudiano:

    Creado por Slavson, Wender y Schilder, sobre los 1930, an constituye uno de

    los enfoques ms ampliamente aplicados hoy da. En diferencia con los

    interpersonalistas, pone el nfasis en la interpretacin de los conflictos del

    inconciente a travs de las manifestaciones de la transferencia. Sin embargo no

    hay unanimidad entre los defensores del modelo.

    3)El Grupoanlisis: Entrenado como psicoterapeuta freudiano, S. Foulkes,

    fund el Grupoanlisis, y adems fund la Sociedad Inglesa de Grupoanlisis en

    1952, y el Journal of Group Anlisis le sigui en 1971. Mientras, se hizo muy

    reconocido como mtodo en Inglaterra y Europa, en E. Unidos no ha alcanzado

    ninguna popularidad.

    A)El mtodo de las Relaciones Objetales.

    B)La autopsicologa.

    C)Sistema Social (grupo como un todo).

    4)Enfoque de grupo centrado sobre el sistema de I. Agazarian.

    Se basa en la comunicacin de grupo, que para esta autora tiene un nivel

    jerrquico: 1)Grupo, 2)subgrupo, 3)miembros.

    4)Terapia de Redecisin de Goulding y Goulding.

    Combina terapias surgidas en los 1960 en pocas turbulentas de desarrollo,

    como el Anlisis Transaccional, la terapia Gestalt. La primera de Eric Berne yla segunda de Fritz Perls.

    5)Grupos de Terapia Existencial.

    Contiene conceptos de terapia existencial y otros teraputicos.

    6)Terapia Conductual de grupo.

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    Comenta Scheildinger (2004), que surgi en los ltimos aos, pero que presenta

    un modelo muy poco comprensible, excepto la Terapia de grupo Racional

    Emotiva de Ellis, y la Terapia Cognitiva de grupo de Beck.

    7)Grupos de Psicodrama:

    Incluyen las varias combinaciones de Psicodrama con otras tcnicas como el

    Psicoanlisis.

    Casi a la par de este ltimo autor, Guimn (2003), quien coincide con Giusti y

    Nardini (2004), autores italianos, ha expuesto una clasificacin actual de

    grupos con su prisma europeo, que nos parece muy interesante y que

    reproducimos a continuacin:

    1)El Modelo Analtico. Dentro del cual l incluye todos los siguientes:

    1.1)El Grupoanlisis.

    1.2)Los kleinianos: dice que ciertos autores