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COLÉGIO ESTADUAL MÁRIO QUINTANA Ensino Fundamental e Médio
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – 2017
VOLUME I
CASCAVEL – 2017
A escola é um espaço de relações. [...] cada escola é única, fruto de sua história particular, de seu projeto e de seus agentes. Como lugar de pessoas e de relações, é também um lugar de representações sociais. Como instituição social ela tem contribuído tanto para a manutenção quanto para a transformação social. [...] A escola não é só um lugar para estudar, mas para se encontrar, conversar, confrontar-se com o outro, discutir, fazer política. [...] A escola não é só um espaço físico. É, acima de tudo, um modo de ser, de ver. Ela se define pelas relações sociais que desenvolve. [...] A escola não pode mudar tudo e nem pode mudar a si mesma sozinha. Ela está intimamente ligada à sociedade que a mantém. Ela é, ao mesmo tempo, fator e produto da sociedade. Como instituição social, ela depende da sociedade e, para se transformar, depende também da relação que mantém com outras escolas, com as famílias, aprendendo em rede com elas, estabelecendo alianças com a sociedade, com a população. Não somos seres determinados, mas, como seres inconclusos, inacabados e incompletos, somos seres condicionados. O que aprendemos depende das condições de aprendizagem (GADOTTI, 2007, p. 11-12).
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 6
I – MARCO SITUACIONAL ................................................................................... 9
1 IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................. 9
2 MODALIDADES DE ENSINO OFERTADAS ..................................................... 11
3 MATRIZ CURRICULAR ..................................................................................... 12
4 OBJETIVOS ...................................................................................................... 16
5 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO ........................................ 20
6 AMBIENTE PEDAGÓGICO E ESPAÇO FÍSICO DISPONÍVEL ........................ 26
7 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DOS RECURSOS HUMANOS .................. 27
7.1 Equipe de Direção .......................................................................................... 27
7.2 Equipe Pedagógica ........................................................................................ 27
7.3 Docentes ........................................................................................................ 28
7.4 Agente Educacional II .................................................................................... 32
7.5 Agente Educacional I ..................................................................................... 32
8 INSTÂNCIAS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCO-
LAR ................................................................................................................... 34
8.1 Líderes de Sala .............................................................................................. 34
8.2 Professores Regentes .................................................................................... 35
8.3 Conselho de Classe ....................................................................................... 35
8.4 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) .................................... 36
8.5 Conselho Escolar ........................................................................................... 37
8.6 Grêmio Estudantil ........................................................................................... 37
9 CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA E CULTURAL DA COMUNIDADE
ESCOLAR ....................................................................................................... 38
II – MARCO CONCEITUAL ................................................................................. 72
1 CONCEPÇÃO DE HOMEM ................................................................................ 72
2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ....................................................................... 73
3 CONCEPÇÃO DE FILOSÓFICA ....................................................................... 74
4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ........................................................................ 75
5 CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA .................................................. 77
6 CONCEPÇÃO DE PEDAGÓGICA .................................................................... 78
7 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ....................................................................... 79
8 CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM ................................................................ 81
9 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ......................................................................... 82
9.1 RECUPERAÇÃO PARALELA ........................................................................ 85
III – MARCO OPERACIONAL ............................................................................. 86
1 REGIMENTO ESCOLAR ................................................................................... 86
2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - PPC ........................................... 87
3 PLANO DE TRABALHO DOCENTE - PTD ........................................................ 88
4 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA OFERTADA ............................................ 91
5 ACOMPANHAMENTO DO RENDIMENTO ESCOLAR: ÍNDICES DE EVASÃO,
APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO ...................................................................... 92
6 FORMAÇÃO CONTINUADA .............................................................................. 93
7 ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE ........................................................... 94
8 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ............................................. 95
8.1 Gestão Democrática ........................................................................................ 96
8.2 Plano de ação da Equipe Pedagógica ............................................................ 97
9 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – ENSINO FUNDAMENTAL .............. 101
EDUCAÇÃO INCLUSIVA ................................................................................... 102
10.1 Sala de Recursos ....................................................................................... 103
10.2 Atendimento de Apoio Educacional Especializado ..................................... 104
10.3 Atividades de Complementação Curricular em Contraturno ........................ 105
A – Música, Cultura e Arte................................................................................... 106
B – Esporte e Saúde .......................................................................................... 110
11 PLANO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NÃO-OBRIGATÓRIO ............... 114
12 DIVERSIDADE EDUCACIONAL ................................................................... 118
12.1 Equipe Multidisciplinar ................................................................................ 119
12.2 Educação Indígena .................................................................................... 120
12.3 História da Cultura Afro-brasileira .............................................................. 121
12.4 Educação do Campo .................................................................................. 122
12.5 Estudos sobre a História do Paraná ........................................................... 124
12.6 Desafios Educacionais Contemporâneos ................................................... 125
12.7 Exercício do Plano de Abandono na Instituição de Ensino –
Brigada Escolar ................................................................................................. 126
13 PLANO DE AÇÃO 2017 ................................................................................ 127
14 DESEMPENHO DA ESCOLA EM AVALIAÇÕES EXTERNAS INSTITUCIO-
NAIS .................................................................................................................... 149
15 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGI-
CO ....................................................................................................................... 150
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 151
6
APRESENTAÇÃO
A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto
educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base em
seus alunos (VEIGA, 2005, p. 11). Ela é uma instituição que está inserida em uma
realidade social que se constitui historicamente e que se apresenta com formas
de organização, valores, normas e regras expressas em sua ação pedagógica e,
em muitos casos, descritas no Projeto Político Pedagógico – PPP.
Neste sentido, o PPP expressa a vontade e as necessidades da
comunidade escolar na medida em que reconhece as características e as
singularidades da escola e intenciona formar um tipo de homem, para um tipo de
sociedade, a partir de uma opção teórico-metodológica e de um currículo.
Conforme aponta Veiga (2003, p. 9):
O projeto pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação de seu papel social e a clara definição de caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. Seu processo de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do contexto social e científico, constituindo-se em compromisso político e pedagógico coletivo. [...] É, portanto, fruto de reflexão e investigação.
Assim, objetivando cumprir o que determina o art. 2º da LDB 9394/96 que
diz que a escola deve garantir “o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, o PPP
do Colégio Estadual Mário Quintana se constitui como um documento norteador
do processo de ensino e aprendizagem na escola. Ele expressa uma concepção
de trabalho coletivo e de gestão democrática escolar, com vistas à
implementação de uma educação de qualidade. Assim sendo, sua organização:
[...] implica a seleção de valores a serem consolidados, a busca de pressupostos teóricos e metodológicos postulados por todos, a identificação das aspirações maiores das famílias, em relação ao papel da escola na educação da população [...] No que tange à execução, [...] nasce da própria realidade, tendo como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem; é exequível e prevê as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação; implica a ação
7
articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola; é construído continuamente, pois, como produto, é também processo, incorporando ambos numa interação possível (VEIGA, 2003, p. 10-11).
Neste sentido, o PPP sinaliza a fusão entre as dimensões política e
pedagógica da escola, as quais sinalizam para uma meta, para objetivos comuns.
Assim, considera-se que a educação não se reduz a um mero trabalho que se
executa no interior de uma sala de aula por professores e alunos sem um fim
específico. A educação é uma ação intencional e planejada, tem sentido explícito e
se define pelo compromisso assumido coletivamente pela comunidade escolar.
Desta forma, conforme estabelece a Instrução 003/2015-SUED/SEED,
Apresenta a identificação e o aspecto histórico da instituição, o diagnóstico da comunidade escolar, os fundamentos legais, conceituais, filosóficos, ideológicos, metodológicos e operacionais, os princípios didático-pedagógicos e o planejamento de suas ações, a fim de organizar e nortear a prática pedagógica. 4.2. Deve ser o instrumento teórico-metodológico que subsidia o desenvolvimento, o acompanhamento e a avaliação do processo de ensino e aprendizagem nas práticas pedagógicas e nas ações desenvolvidas na instituição de ensino, com vistas a uma melhoria na qualidade da educação. 4.3. Subsidia as ações educacionais, permeado pelo planejamento e pela avaliação dos impactos destas nos resultados, com vistas ao redimensionamento da organização do trabalho pedagógico na instituição de ensino. 4.4. De acordo com o artigo 2º da Deliberação nº 14/99 – CEE/PR e a legislação vigente, a elaboração do Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica envolve todos os segmentos da comunidade escolar e expressa a autonomia (pedagógica, administrativa e gestão financeira) e a identidade da instituição de ensino.
Partindo destes princípios legais, considerando a realidade e o contexto
histórico-social da comunidade em que se insere o Colégio Estadual Mário Quintana,
num trabalho integrado com a comunidade escolar, o PPP organiza-se para
concretizar uma educação de qualidade, na qual seus partícipes possam integrar-se
a vida em sociedade com autonomia, criatividade, criticidade, exercendo com
compromisso e responsabilidade social a sua cidadania.
Ao se constituir como a síntese de um processo democrático de tomada de
decisões, o PPP visa organizar o trabalho pedagógico da instituição escolar, de
modo que ela supere conflitos, relações competitivas, corporativistas, autoritárias tão
comuns em nossa sociedade. Assim sendo, para melhor organização e
8
compreensão do trabalho aqui explicitado, este documento apresenta-se elaborado
em três partes:
Marco Situacional: o qual identifica, explicita e analisa os problemas e
necessidades presentes na realidade social, bem como suas influências nas
práticas educativas do colégio.
Marco Conceitual: expressa a opção teórica que revela objetivos sociais e
educacionais da instituição, ou seja, é o que se pretende alcançar em termos de
transformação da prática pedagógica e social.
Marco Operacional: apresenta as linhas de ação referente: gestão democrática,
currículo escolar, formação continuada e qualificação das condições físicas e
didático-pedagógicas da escola.
Ressalta-se então que o PPP não visa simplesmente um rearranjo da escola
formal, mas objetiva a organização do trabalho pedagógico da instituição, a
qualidade de ensino e a compreensão das determinações e contradições da
sociedade, de modo que seus educandos possam realizar inferências e
transformações necessárias a construção de uma sociedade mais justa e
humanitária.
9
I – MARCO SITUACIONAL
1 IDENTIFICAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL MÁRIO QUINTANA - Ensino Fundamental e Médio
Rua Éden Luiz Figueiredo, 305 – Bairro Paulo Godoy
Cascavel – Paraná - Fone: (45) 3226-7764
E-mail: [email protected]
Turnos de funcionamento
( x ) Manhã – 07:30 às 11:50
( x ) Tarde – 13:15 às 17:35
( x ) Noite – 18:50 às 23:00
Autorização de Funcionamento do Estabelecimento
Resolução nº 374/98 de 05/03/1998
Credenciamento da Educação Básica
Resolução nº 4930/2012 de 30/08/2012
Vigência de 30/08/2012 a 30/08/2017
Ato de renovação do reconhecimento do Ensino Fundamental (anos finais)
Resolução nº 5345/2013 de 20/11/2013
Parecer 57/13 de 05/10/2012 por 05 anos
Ato de renovação do reconhecimento do Ensino Médio
Resolução nº 5344/2013 de 20/11/2013
Parecer 57/13 de 05/10/12 por 05 anos
Autorização de funcionamento da Sala de Recursos Multifuncional – Ensino
Fundamental - Período Matutino
Resolução nº 517/2006 de 22/02/2006
Parecer 2008/11 – autoriza a renovação do funcionamento da Sala de Recursos
Multifuncional, no turno matutino, por 04 anos, a partir de 01/02/2011.
10
Autorização de funcionamento da Sala de Recursos Multifuncional – Ensino
Fundamental - Período Vespertino
Resolução nº 5506/2011 de 05/12/2011.
Parecer 39/15 – autoriza a renovação do funcionamento da Sala de Recursos
Multifuncional, no turno vespertino, por 04 anos, a partir de 01/02/2015.
Ato Administrativo do NRE de Aprovação do Regimento Escolar:
Ato Administrativo nº 636/2007 de 21/12/2007
Última alteração no Regimento Escolar:
Ato Administrativo nº 101/2013 de 04/06/2013 – aprova o acréscimo nº 01/2013
referente a implantação do Programa Brigada Escolar.
Ato Administrativo do NRE de Aprovação do Projeto Político Pedagógico:
Parecer nº 126/2012 de 23/06/2012.
Organização do tempo escolar: Seriado, sem oferta de matrícula com
Progressão Parcial.
11
2 MODALIDADES DE ENSINO OFERTADAS
Ensino Fundamental – Anos Finais;
Ensino Médio;
Educação Especial.
ANO/SÉRIE MODALIDADE Nº DE
TURMAS Nº DE
ALUNOS TURNO
6º Anos Ensino Fundamental 02 53 Matutino
7º Anos Ensino Fundamental 02 52 Matutino
8º Anos Ensino Fundamental 02 66 Matutino
9º Anos Ensino Fundamental 02 57 Matutino
1ª Série Ensino Médio 03 86 Matutino
2ª Série Ensino Médio 02 69 Matutino
3ª Série Ensino Médio 02 59 Matutino
6º Anos Ensino Fundamental 05 124 Vespertino
7º Anos Ensino Fundamental 04 105 Vespertino
8º Anos Ensino Fundamental 03 79 Vespertino
9º Anos Ensino Fundamental 03 70 Vespertino
1ª Série Ensino Médio 01 36 Noturno
2ª Série Ensino Médio 02 59 Noturno
3ª Série Ensino Médio 02 85 Noturno
Sala de Recursos Multifuncional
Ensino Fundamental 03 14 Matutino
Sala de Recursos Multifuncional
Ensino Fundamental 03 19 Vespertino
Sala Apoio a Aprendizagem (Língua
Portuguesa) Ensino Fundamental 01 20 Matutino
Sala Apoio a Aprendizagem (Matemática)
Ensino Fundamental 01 20 Matutino
Sala Apoio a Aprendizagem (Língua
Portuguesa) Ensino Fundamental 01 20 Vespertino
Sala Apoio a Aprendizagem (Matemática)
Ensino Fundamental 01 15 Vespertino
Programa de Atividades de Complementar
Periódica (Música, Cultura e Arte)
Ensino Fundamental 01 19 Matutino
Programa de Atividades de Complementar
Periódica (Esporte e Saúde)
Ensino Fundamental 01 22 Vespertino
CELEM (LEM - Inglês) Ensino Fundamental/Médio 01 32 Noturno
CELEM (LEM - Espanhol) Ensino Fundamental/Médio 01 12 Noturno
Programa – Futuro Integral
Ensino Fundamental 01 22 Matutino
Programa – Futuro Integral
Ensino Fundamental 01 30 Vespertino
12
3 MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL – Manhã
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NUCLEO: 06 CASCAVEL MUNICIPIO: 0480 – CASCAVEL ESTABELECIMENTO: 00827 – MÁRIO QUINTANA, C E – E FUND MEDIO ENTIDADE MANTENEDORA.: GOVERNO DO ESTADO DO PARANA CURSO: 4039 – ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS TURNO: MANHÃ CÓDIGO DA MATRIZ: 605747
DISCIPLINAS / ANO
6º 7º 8º 9º
BNC BNC
ARTE CIENCIAS EDUCACAO FÍSICA ENSINO RELIGIOSO GEOGRAFIA HISTÓRIA LINGUA PORTUGUESA MATEMATICA SUB - TOTAL
2 3 2 1 2 3 5 5
23
2 3 2 1 3 2 5 5
23
2 3 2
3 3 5 5 23
2 3 2
3 3 5 5 23
PD PD
L.E.M. – INGLES SUB - TOTAL
2 2
2 2
2
2
2
2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 DATA DE EMISSÃO: 18 DE AGOSTO DE 2016.
13
ENSINO FUNDAMENTAL – Tarde
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NUCLEO: 06 CASCAVEL MUNICIPIO: 0480 – CASCAVEL ESTABELECIMENTO: 00827 – MÁRIO QUINTANA, C E – E FUND MEDIO ENTIDADE MANTENEDORA.: GOVERNO DO ESTADO DO PARANA CURSO: 4039 – ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS TURNO: TARDE CÓDIGO DA MATRIZ: 605748
DISCIPLINAS / ANO
6º 7º 8º 9º
BNC BNC
ARTE CIENCIAS EDUCACAO FÍSICA ENSINO RELIGIOSO GEOGRAFIA HISTÓRIA LINGUA PORTUGUESA MATEMATICA SUB - TOTAL
2 3 2 1 2 3 5 5
23
2 3 2 1 3 2 5 5
23
2 3 2
3 3 5 5 23
2 3 2
3 3 5 5 23
PD PD
L.E.M. – INGLES SUB - TOTAL
2 2
2 2
2
2
2
2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 DATA DE EMISSÃO: 18 DE AGOSTO DE 2016.
14
ENSINO MÉDIO – Manhã
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NUCLEO: 06 CASCAVEL MUNICIPIO: 0480 – CASCAVEL ESTABELECIMENTO: 00827 – MÁRIO QUINTANA, C E – E FUND MEDIO ENTIDADE MANTENEDORA.: GOVERNO DO ESTADO DO PARANA CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ CÓDIGO DA MATRIZ: 605745
DISCIPLINAS / ANO
1º 2º 3º
BNC BNC
ARTE BIOLOGIA EDUCACAO FÍSICA FILOSOFIA FÍSICA GEOGRAFIA HISTÓRIA LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA QUÍMICA SOCIOLOGIA SUB - TOTAL
0 3 2 2 2 2 2 3 3 2 2
23
2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2
23
2 2 2 2 2 2 2 4 3 2 2
25
PD PD
L.E.M. – ESPANHOL L.E.M. – INGLÊS* SUB - TOTAL
2 4 6
2 4 6
0 4 4
TOTAL GERAL 29 29 29
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 * DISCIPLINA DE MATRÍCULA FACULTATIVA OFERTADA NO TURNO CONTRÁRIO, NO CELEM. DATA DE EMISSÃO: 18 DE AGOSTO DE 2016.
15
ENSINO MÉDIO – Noite
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NUCLEO: 06 CASCAVEL MUNICIPIO: 0480 – CASCAVEL ESTABELECIMENTO: 00827 – MÁRIO QUINTANA, C E – E FUND MEDIO ENTIDADE MANTENEDORA.: GOVERNO DO ESTADO DO PARANA CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ CÓDIGO DA MATRIZ: 605746
DISCIPLINAS / ANO
1º 2º 3º
BNC BNC
ARTE BIOLOGIA EDUCACAO FÍSICA FILOSOFIA FÍSICA GEOGRAFIA HISTÓRIA LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA QUÍMICA SOCIOLOGIA SUB - TOTAL
0 3 2 2 2 2 2 3 3 2 2
23
2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2
23
2 2 2 2 2 2 2 4 3 2 2
25
PD PD
L.E.M. – ESPANHOL L.E.M. – INGLÊS* SUB - TOTAL
2 4 6
2 4 6
0 4 4
TOTAL GERAL 29 29 29
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 * DISCIPLINA DE MATRÍCULA FACULTATIVA OFERTADA NO TURNO CONTRÁRIO, NO CELEM. DATA DE EMISSÃO: 18 DE AGOSTO DE 2016.
16
4 OBJETIVOS
A educação é fator primordial para a apropriação de conhecimentos
necessários à integração consciente na vida em sociedade e no mundo do trabalho.
A mesma “abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”
(BRASIL, LDB nº 9694/96, art.1º). Dada a sua importância para a formação do
cidadão e “inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, [a educação] tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Assim sendo, considerando os princípios legais emanados da legislação
educacional, LDB nº 9694/96, art.3º, a educação desenvolvida no Colégio Estadual
Mário Quintana, atenderá os seguintes princípios:
a) Igualdade de condições para o acesso, inclusão, permanência e sucesso na
escola;
b) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
c) Respeito à liberdade e aos direitos;
d) Gratuidade do ensino;
e) Valorização do profissional da educação escolar;
f) Gestão democrática escolar;
g) Garantia de padrão de qualidade;
h) Valorização da experiência extraescolar;
i) Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Considera-se ainda que a educação fornece os subsídios necessários para
que o indivíduo compreenda-se enquanto sujeito histórico social que se insere na
vida em sociedade e atua de maneira consciente, crítica e responsável na vida em
sociedade, contribuindo para transformar os processos de exclusão e de injustiça
social.
A educação, numa perspectiva de democratização da escola pública, é direito
individual e coletivo, que possibilita “potencializar o ser humano como cidadão pleno,
17
de tal modo que este se torne apto para viver e conviver em determinado ambiente,
em sua dimensão planetária” (BRASIL, 2013, p.16).
A educação é, pois, processo e prática que se concretizam nas relações sociais que transcendem o espaço e o tempo escolares, tendo em vista os diferentes sujeitos que a demandam. [...] A Educação Básica é direito universal e alicerce indispensável para a capacidade de exercer em plenitude o direto à cidadania. É o tempo, o espaço e o contexto em que o sujeito aprende a constituir e reconstituir a sua identidade, em meio a transformações corporais, afetivo emocionais, sócio emocionais, cognitivas e socioculturais, respeitando e valorizando as diferenças. Liberdade e pluralidade tornam-se, portanto, exigências do projeto educacional (BRASIL, 2013, p.16-17).
Considerando estes princípios, o Colégio Estadual Mário Quintana tem a
finalidade de efetivar o processo de apropriação do conhecimento, respeitando os
dispositivos constitucionais Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional - LDBEN nº 9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente –
ECA, Lei nº 8.069/90 e a Legislação do Sistema Estadual de Ensino. A escola
objetiva a implementação e acompanhamento do processo educativo, considerando
os seguintes objetivos:
PARA O ENSINO FUNDAMENTAL:
I. Desenvolvimento da cognição, tendo como meios básicos o pleno domínio da
leitura, da escrita e do cálculo;
II. Compreensão do ambiente natural e sociocultural, dos espaços e das relações
socioeconômicas e políticas, da tecnologia e seus usos, das artes e dos princípios
em que se fundamentam as sociedades;
III. Fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das relações em que se
assenta a vida social;
IV. Valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações com os
contextos nacional/global;
V. Respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de credo, de
ideologia e de condição socioeconômica.
PARA O ENSINO MÉDIO:
I. Consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
18
II. Formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o mundo em
que vive em sua complexidade, para que possa nele atuar com vistas à sua
transformação;
III. Aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética,
autonomia intelectual e pensamento crítico;
IV. Compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas
dimensões filosófica, artística e científica, em sua interdependência nas diferentes
disciplinas.
Ao final da Educação Básica, espera que o aluno possa demonstrar:
I. Domínio dos princípios científicos, tecnológicos e do legado filosófico e artístico
da sociedade, que possibilite a compreensão da complexidade histórico-social da
mesma;
II. Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III. Compreensão crítica das relações e da estrutura social, das desigualdades e dos
processos de mudança, da diversidade cultural e da ideologia frente aos intensos
processos de mundialização, desenvolvimento tecnológico e aprofundamento das
formas de exclusão;
IV. Percepção própria, como indivíduo e personagem social, com consciência,
reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica da relação
homem-mundo.
PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL
A Educação Especial tem como finalidade assegurar educação de qualidade
a todos os alunos com necessidades educacionais especiais, em todas as etapas da
Educação Básica, oferecendo apoio e complementação dos serviços educacionais
regulares (REGIMENTO ESCOLAR COL. EST. MÁRIO QUINTANA, art. 56, 2010,
p.42).
O atendimento educacional especializado tem como função identificar,
elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as
barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas (SEE/MEC, 2008, p.15). No Colégio Estadual Mário Quintana as
atividades que são desenvolvidas na Sala de Recursos Multifuncional (SEM) –
Atendimento Educacional Especializado (AEE) se diferenciam das que são
realizadas da sala de aula comum. Estas visam complementar o processo de ensino
19
aprendizagem, colaborando com o desenvolvimento das funções psicológicas
superiores (FPS) de alunos com necessidades educacionais especiais.
20
5 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
O Colégio Estadual Mário Quintana – Ensino Fundamental e Médio, situado à
Rua Éden Luiz Figueiredo nº 305, Bairro Paulo Godoy, na cidade de Cascavel no
Estado do Paraná, é um Estabelecimento de Ensino da Rede Pública Estadual,
mantido pelo Governo do Estado do Paraná.
Fonte: Google Maps, Setembro de 2015.
No ano de 1997, foram alugadas 22 salas de aula, como extensão do Colégio
Estadual Santa Cruz, devido ao excesso de alunos matriculados nesse colégio. As
salas ocupadas pertenciam a UNIVEL – União Educacional de Cascavel.
Em 04/02/98 ocorreu o desmembramento do Colégio Santa Cruz, pela
resolução nº 374/98 a qual autorizou o funcionamento da Escola Estadual Mário
Quintana – Ensino de 1º Grau, ofertando curso de 5ª a 8ª série.
Neste mesmo ano, foi implantado de forma gradativa o Ensino de 2º Grau
Regular, com o curso de 2º Grau Educação Geral, passando a denominar-se
Colégio Estadual Mário Quintana – Ensino de 1º e 2º Graus, pela resolução nº
596/98 em 03/03/98, funcionando com (22) vinte e duas turmas no período matutino,
sendo (21) vinte e uma de 5ª a 8ª séries, dentre elas (7) sete turmas do Projeto PAI-
S, e uma turma de 1º ano do 2º grau, tendo como diretor o prof. Nilton Nicolau
Ferreira.
21
A direção contava inicialmente com três componentes na Equipe Pedagógica,
Mariza Rodrigues Pastri (Orientadora), Silvana Gadoski (Supervisora), Therezinha
Petriw (Supervisora), vinte e seis professores com formação superior e licenciatura,
alguns pós-graduados, um professor com Mestrado em Língua Inglesa, seis
assistentes administrativos e onze serviços gerais.
A Associação de Pais e Mestres (APM) foi criada em 26 de fevereiro de 1998,
conforme ata n.º 01/98. Registrada em cartório sob o n.º 2326 do livro APJ em 24 de
Março de 1998. Neste ano implantou-se o Plano Curricular e o Regimento Interno. O
Conselho Escolar foi constituído neste mesmo ano, sob a ata n.º 01/98.
Pela Resolução n.º 3.120/98 de acordo com a LDB n.º 9.394/96 o Colégio
passa a ser denominado Colégio Estadual Mário Quintana Ensino Fundamental e
Médio.
Por ser espaço físico alugado contava apenas com 19 salas de aula, em
1999, para o período matutino, atendendo em torno de 680 alunos, necessitando
urgentemente de salas administrativas, biblioteca, laboratórios, quadras esportivas,
enfim objetivando sua sede própria.
No ano de 2000 o Colégio permanece no prédio alugado da UNIVEL, com 19
turmas sendo 10 salas de aula, com Fundamental e Médio no período matutino e
nove salas do Fundamental no período vespertino, atendendo 650 alunos, apenas
uma única sala de aula transformada em secretaria, sala dos professores, biblioteca
e espaço administrativo, impossibilitando muitas vezes de atender reservadamente
pais e alunos.
Em outubro de 2001 o Colégio passa a funcionar em suas próprias
instalações com 830 (oitocentos e trinta) alunos no período da manhã e da tarde sob
a Direção da professora Cleuza Helena P. de Almeida e Direção Auxiliar Kátia
Simone Campanhoni, seis componentes na Equipe Pedagógica, setenta professores
com formação superior (muitos pós-graduados e mestrandos), dez auxiliares
administrativos e doze serviços gerais.
O espaço físico compreende 15 (quinze) salas de aula, atendendo em torno
de 1500 (um mil e quinhentos) alunos, com biblioteca, laboratórios, sala de multiuso
e quadra esportiva.
Em 2002 sob a Resolução n.º 693/02 de 18 de março de 2002 é autorizado o
funcionamento, a partir do primeiro semestre de forma simultânea, do Ensino
Fundamental (II Fase) e Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos.
22
No ano letivo de 2004, o Colégio atende 1.219 alunos, divididos em 33 turmas
no Ensino regular (Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e Ensino Médio) e 02 turmas
na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Destas, 15 turmas no período da manhã,
14 no período da tarde e 06 no período da noite. A média de alunos por turmas é de
35. No período da manhã e da tarde, funciona a sala de Apoio Pedagógico nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, para alunos de 5ª série com
defasagem de aprendizagem de 1ª a 4ª série, tal sala atende em média 80 alunos
por semanas em dias alternados. Neste ano o Colégio tem na Direção o professor
Osmar Provin e na Direção Auxiliar o professor Francisco Luna Pereira e 05 (cinco)
componentes na Equipe Pedagógica, 54 (cinqüenta e quatro) professores com
formação em Ensino Superior, divididos da seguinte forma: 45 professores do
Ensino Fundamental, 30 professores Ensino Médio e 10 professores do Ensino
Médio EJA.
No ano de 2005 o professor Osmar se afasta da direção, ocupando o cargo o
professor Francisco Luna Pereira e Direção Auxiliar a Professora Madalena
Suchecki escolhida pelo Conselho Escolar. Permanecendo a mesma quantidade de
turmas, equipe pedagógica, professores e funcionários.
Em 2006, para a gestão 2006 a 2008, assume a Direção do Colégio a
Professora Marilda Marchi Oliveira e Direção Auxiliar a Professora Mariza Rodrigues
da Costa Pastri, quatro professoras pedagogas faziam parte da equipe, Jurema
Matos Bubna, Maristela Dias Miranda, Vera Trindade Moraes Souza e Zenaide A. G.
de L. Vasselai, 54 Professores, 09 auxiliares Administrativos, 01 Agente de
Execução e 12 Serviços Gerais.
Em 2007 a Equipe pedagógica era formada por seis Professores pedagogos:
Delir Freitas Rogowski, Francisca Firmino da Silva Ramos, Jurema Matos Bubna,
Maristela Dias Miranda, Vera Trindade Moraes Souza e Zenaide A. G. de L.
Vasselai, 55 professores com formação superior e licenciados, alguns pós-
graduados, 9 Assistente Administrativos, 1 Agente de Execução e 10 serviços
gerais. Neste ano o colégio inicia suas atividades com a proposta de Sala Ambiente,
e o espaço escolar passa a ter vários laboratórios: 3 salas de Ciências e Biologia, 2
salas com Arte, Ensino Religioso e Sociologia , 2 Sala de Inglês e Espanhol, 2 salas
de Geografia e Filosofia, 2 salas de História, 2 salas de Matemática, 1 sala de
Matemática e Física, 1 sala de Matemática e Química, 3 salas de Língua
Portuguesa, o saguão e a quadra de esportes para as aulas de Educação Física.
23
Em 2008 a diretora permanece sendo Marilda Marchi de Oliveira, sendo que
a diretora auxiliar Mariza Rodrigues da Costa Pastri afasta-se para cursar o PDE,
assume a direção auxiliar a professora pedagoga Maristela Dias de Miranda. A
equipe pedagógica estava formada pelas pedagogas: Ana Luzia Supi de Souza,
Delir Freitas Rogowski, Francisca Firmino da Silva Ramos, Vera Trindade Moraes
Souza e Zenaide A. G. de L. Vasselai. O corpo docente é formado por 53
professores. A estrutura física da instituição não sofre alterações. A escola atende,
nos três turnos, aproximadamente 1.180 alunos.
No ano de 2009 a direção do Colégio permanece com a professora Marilda
Marchi de Oliveira, tendo na direção auxiliar a professora Therezinha Petriw Rocha
Pinheiro, eleitas para a gestão 2009-2011. A equipe pedagógica era composta pelas
professoras Mariza Rodrigues da Costa Pastri, Terezinha Zeli Antunes de Liro, Vera
Trindade Moraes, Zenaide Aparecida de Lima Vasselai. O corpo docente era
formado por setenta e um professores. A equipe técnica administrativa é composta
por 11 funcionários e 12 serviços gerais. Com relação ao espaço físico,
permanecem as salas ambientes, a quadra esportiva é coberta, a cobertura do pátio
é ampliada. Atendendo aproximadamente 1100 alunos. Contando com os programas
de Apoio Pedagógico de Língua Portuguesa e Matemática, Sala de Recursos e duas
turmas do Programa Viva Escola: sendo uma na área de Matemática e outro na área
de Língua Portuguesa, ofertados em contra-turno.
Em 2010 permanece a mesma direção e direção-auxiliar, equipe pedagógica
é constituída pelas professoras pedagogas Catiana F. B. Zotti, Mariza Rodrigues da
Costa Pastri, Vera Trindade Moraes e Zenaide Ap. de L. Vasselai e setenta e cinco
professores. A equipe técnica administrativa é composta por onze funcionários e
doze serviços gerais. A escola atende aproximadamente 1.150 alunos de ensino
fundamental e médio, conta com os programas de apoio pedagógico de língua
portuguesa e matemática, sala de recurso e três Viva Escola; sendo um na área de
Matemática – Investigação Científica, um na área de Língua Portuguesa –
Atividades Literárias e um na área de esportes ofertados em contra turno.
Em 2011, permanece na direção a professora Marilda Marchi de Oliveira e na
direção auxiliar a professora Terezinha Petriw Rocha Pinheiro, a equipe pedagógica
é formada pelas pedagogas: Mariza Rodrigues da Costa Pastri, Maristela Dias de
Miranda, Cilça dos Santos Nascimento, Maria Aparecida Freitas de Souza, Inêz de
Oliveira B. Bedetti, 50 professores, nove Agentes Educacional II, doze Agentes
24
Educacional I, 1.119 alunos. Neste ano, a escola contou com os serviços de Sala de
Apoio Pedagógica nas disciplinas de Português e Matemática para alunos de 5ª e 8ª
séries, Sala de Recursos, CELEM na disciplina de Inglês, duas turmas de Atividades
de Complementação Curricular, sendo uma Hora-treinamento e outra em Música,
Arte e Cultura, ofertadas em período contra turno.
Em 2012, assume a direção a professora Marilda Marchi de Oliveira e a
direção auxiliar o professor Daniel dos Santos. A equipe pedagógica é formada
pelas pedagogas Mariza Rodrigues da Costa Pastri, Maristela Dias de Miranda,
Nancy de Almeida Souza Fusiger, Leila Aparecida Bonaci Koloski e Sidrânia Maria
Posetti, 50 professores, nove Agentes Educacional II, doze Agentes Educacional I. A
escola possui 1.146 alunos distribuídos nos seus três turnos de funcionamento.
Além disso, a escola oferta os serviços de Sala de Apoio Pedagógico nas disciplinas
de Português e Matemática para alunos de 6º e 7º anos e 8º e 9º anos, Sala de
Recursos, CELEM na disciplina de Inglês, duas turmas de Atividades de
Complementação Curricular, sendo uma Hora-treinamento e outra em Música, Arte e
Cultura, ofertadas em período contra turno.
No ano de 2013, a diretora é a professora Marilda Marchi de Oliveira e o
diretor auxiliar o professor Daniel dos Santos. Compõe a equipe pedagógica as
pedagogas Mariza Rodrigues da Costa Pastri, Nancy de Almeida Souza Fusiger,
Angela Maria Francisco, Francisca Firmino da Silva e Eliane Aparecida Butzke
Silveira. A equipe escolar é formada por 10 Agentes Educacionais II e 14 Agentes
educacionais I. A escola possuía 1176 alunos, distribuídos em seus três turnos d
funcionamento. Eram ofertados os cursos de Celem (Inglês e Espanhol), Sala de
Recursos Multifuncional (manhã e tarde) e Sala de Apoio a Aprendizagem nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática para alunos de 6º anos. Funcionava
na escola os projetos de Complementação Curricular: Música, Arte e Cultura
(manhã); Esporte e Lazer (tarde).
Em 2014, a direção continua com os professores Marilda Marchi de Oliveira e
Daniel dos Santos. A equipe pedagógica é formada pelas pedagogas: Maristela Dias
de Miranda, Mariza Rodrigues da Costa Pastri, Angela Maria Francisco, Nancy de
Almeida Souza Fusiger, Vera Lucia Pires Bressan e Cilça dos Santos do
Nascimento. Além destes profissionais, compõe a equipe escolar 09 Agentes
Educacionais II e 14 Agentes Educacionais I. A escola possuía 1196 alunos
distribuídos nos três turnos de funcionamento. Eram ofertados os cursos de Celem
25
(Inglês e Espanhol), Sala de Recursos Multifuncional (manhã e tarde) e Sala de
Apoio a Aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática para
alunos de 6º anos. Funcionavam na escola os projetos de Complementação
Curricular: Música, Arte e Cultura (manhã) e Esporte e Lazer (tarde).
Em 2015, após um decreto expedido pela SEED o mandato de direção é
prorrogado para mais um ano letivo. Assim, a direção continua a ser formada pelos
professores Marilda Marchi de Oliveira e Daniel dos Santos. A equipe pedagógica é
composta pelas pedagogas: Mariza Rodrigues da Costa Pastri, Maristela Dias de
Miranda, Francisca Firmino da Silva, Rose Irene Alves de Freitas, Terezinha Pontes
e Nancy de Almeida Souza Fusiger. Completam o quadro de funcionários da escola
08 Agentes Educacionais II e 13 Agentes Educacionais I. A escola possui 1210
alunos distribuídos nos três períodos de funcionamento. Continuam a ser ofertados
na escola os projetos/programas: Celem (Inglês e Espanhol), Sala de Recursos
Multifuncional (manhã e tarde) e Sala de Apoio a Aprendizagem nas disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática para alunos de 6º anos; Complementação
Curricular: Música, Arte e Cultura (manhã) e Esporte e Lazer (tarde).
Em 2016, após processo de eleição, assume a direção a professora Lucimara
Fernandes Cikotski e como diretora auxiliar a professora Maria das Dores Faino. A
equipe pedagógica é composta pelas pedagogas: Mariza Rodrigues da Costa Pastri,
Maristela Dias de Miranda, Francisca Firmino da Silva, Rose Irene Alves de Freitas,
Terezinha Pontes, Nancy de Almeida Souza Fusiger Vera Lucia Pires. Completam o
quadro de funcionários da escola 08 Agentes Educacionais II e 13 Agentes
Educacionais I. A escola possui 1000 alunos distribuídos nos três períodos de
funcionamento. Continuam a ser ofertados na escola os projetos/programas: Celem
(Inglês e Espanhol), Sala de Recursos Multifuncional (manhã e tarde) e Sala de
Apoio a Aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática para
alunos de 6º anos; Complementação Curricular: Música, Arte e Cultura (manhã) e
Esporte e Lazer (tarde), Projeto Fomando o Futuro/SESC.
26
6 AMBIENTE PEDAGÓGICO E ESPAÇO FÍSICO DISPONÍVEIS
O Colégio Mário Quintana conta com 16 (dezesseis) salas de aulas, para
atender o Ensino Fundamental e Médio, 01 Sala de Recursos e 01 Sala de Apoio a
Aprendizagem. As salas de aula são equipadas com TV Pendrive, carteiras e
armários onde ficam os livros didáticos.
O estabelecimento de ensino ainda dispõe de:
Biblioteca com amplo espaço para pesquisa e leitura;
Sala de hora atividade com sete computadores;
Laboratório de Ciências/Física/Química/Biologia;
Sala de Multiuso com espaço para 80 (oitenta) pessoas, equipada com TV, Vídeo,
DVD, Multimídia e Som;
Laboratório de Informática (com 30 computadores);
Quadra Esportiva coberta e mini Quadra Esportiva não coberta;
Palco para apresentações artísticas e culturais (anexa a Quadra Esportiva
coberta);
Refeitório;
Banheiros para alunos (masculino/feminino);
Banheiros adaptados para deficientes físicos;
Sala de Professores com banheiros (masculino/feminino);
Sala para Direção;
Sala para Equipe Pedagógica;
Almoxarifado;
Sala para Arquivo Morto;
Mecanografia;
Secretaria;
Cozinha;
Cantina;
Casa de Caseiro;
Pátio.
27
7 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DOS RECURSOS HUMANOS
7.1 EQUIPE DE DIREÇÃO
A direção escolar é composta pelo diretor e diretor auxiliar, escolhidos
democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme
legislação em vigor.
A função da equipe de direção como responsáveis pela efetivação da gestão
democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no
Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino. Para tanto, suas
principais atribuições estão expressas na Seção II, artigos 16 ao 19, do Regimento
Escolar.
Nº NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO
1 LUCIMARA FERNANDES CIKOTSKI
Diretora Letras Potuguês/Espanhol – Pós em Estudos literários
2 MARIA DAS DORES FAINO Diretora Auxiliar
História – Pós em História e Geografia, Psicopedagogia e Gestão Escolar
7.2 EQUIPE PEDAGÓGICA
A equipe pedagógica é composta por professores graduados em pedagogia.
Ela é responsável pela coordenação, implantação e implementação, no
estabelecimento de ensino, das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-
Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e
orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
As principais atribuições da equipe pedagógica estão voltadas a organização
do trabalho pedagógico de modo que a escola cumpra com sua função social na
democratização do conhecimento. Cabe a equipe pedagógica colaborar,
acompanhar e avaliar a implementação do Projeto Político Pedagógico (PPP),
Proposta Pedagógica Curricular (PPC) e Plano de Trabalho Docente (PTD). As
demais atribuições estão explicitadas na Seção V, artigos 32 ao 34, do Regimento
Escolar.
28
Nº NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO
1
EDANI DA SILVA LOPES ALVES
Equipe Pedagógica
Pedagogia – Pós em Psicopedagogia; História da educação brasileira
2 INEZ DE OLIVEIRA BRAGA
Equipe Pedagógica Pedagogia
3 FRANCISCA FIRMINO DA SILVA
Equipe Pedagógica
Pedagogia – Pós em Educação infantil, pré-escola e alfabetização; Educação de Jovens e Adultos
4 MARISTELA DIAS DE MIRANDA Equipe Pedagógica Pedagogia – Pós em Psicopedagogia; História da educação brasileira
5 MARIZA RODRIGUES DA COSTA PASTRI
Equipe Pedagógica
Pedagogia – Pós em Administração e planejamento de sistemas educacionais
6 ROSE IRENE ALVES DE FREITAS
Equipe Pedagógica
Pedagogia – Pós em Didática e metodologia; Fundamentos teóricos da prática pedagógica
7.3 DOCENTES
A Docência na Educação Básica é exercida por profissionais graduados com
licenciatura nas diversas áreas do conhecimento. Entre algumas de suas atribuições
estão:
Participar na elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político
Pedagógico (PPP) e Proposta Pedagógica Curricular (PPC) da escola;
Elaborar, implementar e avaliar o Plano de Trabalho Docente, de acordo com a
organização didático-pedagógica, Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação
Básica do Paraná (DCE), PPP e PPC da escola.
Zelar pela aprendizagem dos alunos, buscando metodologias e formas de
avaliação diversificadas para atingir os objetivos propostos.
Estabelecer e implementar estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento.
Ministrar os dias letivos e as horas-aula estabelecidas, garantindo o cumprimento
da legislação e o calendário escolar.
29
Participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e
ao desenvolvimento profissional.
Colaborar com as atividades de articulação com as famílias e a comunidade.
Incumbir-se de tarefas indispensáveis para atingir os fins educacionais da escola
e do processo de ensino-aprendizagem.
As principais atribuições da equipe de docentes estão explicitadas na Seção
VI, artigo 36, do Regimento Escolar.
Nº NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO
1 ADELIR PAZA Professor(a) Pedagogia – Pós em Educação Especial
2 ADRIANA TOMÉ Professor(a) - Lei
15308/06 Matemática – Pós em Educação da Matemática
3 ANA CLAUDIA DOS SANTOS GONCALVES
Professor(a) História – Pós em História com ênfase em Meio Ambiente
4 ANA PAULA DOS SANTOS Professor(a) Letras/Português – Especialização em Arte e Educação
5 ANA PAULA MONTEIRO BERALDO Professor(a) Letras/Português – Especialização em Psicopedagogia
6 ANAKELY DOMAZIO Professor(a) Ciências
7 ANDREIA GIOMO Professor(a) Matemática
8 ANGELA ANDREIA DELAZERI Professor(a) Matemática – Pós em Ensino da Matemática; Educação de Jovens e Adultos
9 CAMILA MARTINS GONÇALVES Professor(a) Geografia – Pós em Educação no Campo
10 CELINA KIMIE TAKANO ARAKE Professor(a) Letras (Português/Inglês) – Pós em Inglês
11 CILIANE APARECIDA GOMES Professor(a)
Filosofia – Pós em Fundamentos da Educação e Educação de Jovens e Adultos
12 CIRINEU RIBEIRO DOS REIS Professor(a) Geografia – Pós em Geografia Econômica
13 CLAUDIA SIMONE GROLLI Professor(a) - Lei
15308/06
Educação Física – Pós em Psicopedagogia clínica e institucional; Educação Especial
14 CLESCIR GONZATTO Professor(a) –
Intérprete de Libras Letras/Libras – Pós em Educação Especial
15 DALVA FERREIRA GOMES AMADEU Professor(a) Letras (Português/Inglês) – Pós em Fundamentos da Educação
16 DUCILÉIA PEREIRA DOS SANTOS Professor(a) Letras (Português/Espanhol) – Pós em Língua Espanhola
17 EDGAR BEZERRA Professor(a) Geografia – Pós em Educação e Gestão Ambiental
18 ELIANE MOREIRA CORCINO DE OLIVEIRA
Professor(a) História – Pós em História Regional; História Econômica
30
19 ILDA DE FÁTIMA DE LOURDES OLIVEIRA
Professor(a)
Letras (Português/Inglês) – Pós em Educação Especial; Administração, Supervisão e Orientação Escolar; Mestrado em Letras/Inglês
20 IZABEL ROMERO Professor(a) Pedagogia – Pós em Educação Especial
21 JOSIANE MACARINI CAVANI Professor(a)
Ciências (com Habilitação em Biologia) – Pós em Ciências Morfofisiologia; Metodologia Inovadoras aplicadas à Educação
22 JOSILEIA RIGAMONTE Professor(a) História – Pós em História da América Latina; Educação Ambiental
23 KATIA SIMONE CAMPANHONI Professor(a) Educação Física – Pós em Administração, Supervisão e Orientação Educacional
24 KELLY CRISTINA GOTZ LARA CUSTÓDIO
Professor(a) Letras (Português/Inglês) – Pós em metodologia do ensino de Língua Portuguesa
25 LEINY SILVA DE OLIVEIRA Professor(a) Artes
26 LEONARDO BIDÓIA DOS SANTOS Professor (a) Química – Pós em Vigilância Sanitária
27 LUIZ FERNANDO MACIEL BASTOS JUNIOR
Professor(a)
Educação Física – Pós em História da Educação Brasileira; Educação Especial
28 MARCEIA APARECIDA DOS SANTOS Professor(a)
Letras (Português/Inglês) – Pós em Ensino da Língua Portuguesa na Educação Básica
29 MARCIA OZANSKI
Professor(a) –Transtornos Globais
de Desenvolvimento e de Sala de Recursos
Multifuncional
Pedagogia – Pós em Educação especial; Gestão escolar
30 MARIA MARGARIDA RACHEL PETERNELA
Professor(a)
Ciências (Com Habilitação em Biologia) e Matemática; Pós em Matemática; Ciências e Educação Ambiental
31 MARIO VASCONCELOS FROES Professor(a) Geografia – Pós em Educação e Gestão Ambiental
32 MOACIR LINCOLN VIEIRA DE MOURA
Professor(a) Educação Física – Pós em Supervisão Escolar
33 OSNEI MIRANDA Professor(a)
Ciências (Com Habilitação em Biologia e Matemática); Pós em Ciências e Educação Ambiental; Educação de Jovens e Adultos
34 OTÁVIO LÚCIO MAYER Professor(a) Ciências (Com Habilitação em Matemática); Pós em Gestão Escolar
35 RENATO RODRIGUES DE SOUZA Professor(a) Sociologia – Pós em Educação Especial
36 RODRIGO JOSÉ LOPES Professor(a) Matemática – Pós em Educação Especial;
31
Educação de Jovens e Adultos; Filosofia; Sociologia
37 ROSANA SOUZA Professor(a) Ciências (Com Habilitação em Física); Pós em Didática da Matemática
38 ROSELI APARECIDA GERALDO MACEDO
Professor(a) Matemática
39 ROSELI APARECIDA H. TRENTIN Professor(a) Letras (Português/Inglês)
40 ROZANE PIOLA Professor(a) Estudos Sociais e História – Pós em Orientação e Supervisão Escolar
41 SILVANA APARECIDA PRADO Professor(a) Arte – Pós em Arte e Educação
42 SILVANA SEVERINO DA SILVA Professor(a)
Geografia – Pós em Educação Ambiental; Educação de Jovens e Adultos
43 SIRLEI FOGACA Professor(a) Geografia – Pós em Metodologia da Geografia
44 SOLANGE NATALINA DOS SANTOS Professor(a) Matemática – Pós em Gestão Escolar; Ensino da Matemática
45 SUELI MUNHOZ DE PAULA ANDRADE
Professor(a) Ciências Sociais
46 SUSANA DE TONI Professor(a) Ciências Biológicas – Pós em Educação e Gestão Ambiental
47 SUZANA AMORIM DA SILVA Professor(a) Matemática
48 TATIANA GNOALTO BREZINSKI Professor(a) Letras (Português) – Pós em Literatura
49 THEREZINHA PETRIW ROCHA PINHEIRO
Professor(a)
Letras (português) – Pós em Educação Especial, Administração e Planejamento de Sistemas Educacionais
50 VANUSA DE SOUZA Professor(a) Letras (Português) – Pós em Interdiciplinaridade na Escola; Gestão Escolar
32
7.4 AGENTES EDUCACIONAIS II
A função do Agente Educacional II é exercida por profissionais que atuam nas
áreas da secretaria, biblioteca, laboratório de Informática, laboratório de química,
Física e Biologia do estabelecimento de ensino. No Colégio Mário Quintana ainda há
dois Agentes Educacionais II que atendem os serviços de mecanografia, no sentido
de fornecer materiais e reprodução de avaliações para os diversos docentes do
estabelecimento.
O agente educacional que atua na secretaria como secretário escolar é
indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,
conforme normas da SEED.
O serviço dos profissionais que atuam como Agentes Educacionais II são
coordenados e supervisionados pela direção. Todas as atribuições pertinentes ao
cargo estão correlatas na Seção VII, artigos 37 ao 43, do Regimento Escolar.
Nº NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO
1 ALEXANDRE ROBERTO GRAFF
Secretário Administração – Pós em Gestão Escolar
3 ARLETE SANDRA BERALDO Agente Educacional II Pedagogia – Pós em Gestão Escolar
4 JOSE PAULO MEDEIROS DE SOUZA
Agente Educacional II História e Direito
5 JULIANA CRISTINA WAGNER Agente Educacional II Ciências Biológicas – Pós em Gestão Escolar
6 MARCIA ZANCAN DE LIMA Agente Educacional II Ensino Médio Completo
7 MARLENE OLIVEIRA DOS SANTOS
Agente Educacional II Letras (Português/Inglês) – Pós em Gestão Escolar
8 MCKINLLEY RAPHAEL KAVA JOSEFI
Agente Educacional II História – Pós em Gestão Escolar
9 SÉRGIO ALBANI CALIARI Agente Educacional II Pedagogia – Pós em Gestão Escolar
7.5 AGENTES EDUCACIONAIS I
O agente educacional I tem a seu encargo os serviços de conservação,
manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar,
sendo coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.
Todas as atribuições do cargo de Agentes Educacionais I estão descritas na
Seção VIII, artigos 44 ao 48, do Regimento Escolar.
O Colégio Mário Quintana ainda dispõe de casa de caseiro que é ocupada por
um Policial Militar. As atribuições do permissionário e seus direitos e deveres de uso
33
e ocupação de residência no estabelecimento de ensino estão dispostos e
ordenados juridicamente em regulamentação própria, com observância às normas
do Programa de Segurança Escolar.
Nº NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO
1 CLARICE MARLY MASCENO DIAS
Agente Educacional I Ensino Fundamental Completo
2 JOSEFA MARIA RAMOS Agente Educacional I Ensino Médio Completo
3 JOSÉ MORAES Agente Educacional I Ensino Médio Completo
4 GILMAR ANTONIO RIBEIRO Agente Educacional I Ensino Médio Completo
5 LUZIA VIEIRA DA SILVA OLIVEIRA
Agente Educacional I Ensino Médio Completo
6 LYSLENE CLAYR PASTRE Agente Educacional I Ensino Médio Completo
7 MARIA MENDES RIBEIRO Agente Educacional I Ensino Médio Completo
8 MARIA SIRLEI HICKMANN Agente Educacional I Ensino Médio Completo
9 MARLI DOS SANTOS CALANDRIA
Agente Educacional I Ensino Médio Completo
10 NELIA RODRIGUES GOSSMANN Agente Educacional I Ensino Médio Completo
11 THEREZINHA FREITAS FERREIRA DA COSTA
Agente Educacional I Ensino Médio Completo
12 WILZA RODRIGUES RIBEIRO Agente Educacional I Ensino Médio Completo
34
8 GESTÃO DEMOCRÁTICA - INSTÂNCIAS COLEGIADAS DE REPRESENTAÇÃO
DA COMUNIDADE ESCOLAR
O homem ao se organizar em associações, clubes, organizações não
governamentais e outras formas de representação coletiva, vivencia a democracia e
a cidadania, construindo efetivamente valores sociais.
Desta forma, quando a escola abre possibilidades à participação da
comunidade escolar em sua prática pedagógica, efetivamente contribui com o
processo de democratização da escola pública.
Por meio da reflexão coletiva, do diálogo, da descentralização e
comprometimento com decisões tomadas, da troca de experiências, da avaliação
dos diversos setores que compõem a escola, é possível traçar encaminhamentos
para a melhoria na organização do trabalho pedagógico e o avanço no processo
ensino-aprendizagem.
Assim, a ação efetiva das instâncias colegiadas de representação escolar faz
com que a escola continuamente avalie a sua prática pedagógica, no sentido de
romper ações autoritárias, individuais e antidemocráticas que limitam a ação da
escola no processo de democratização do conhecimento.
No Colégio Mário Quintana os principais órgãos de representação da
comunidade escolar são: Líderes de Sala; Professores Regentes; Conselho de
Classe; Conselho Escolar; Associação de Pais Mestres e Funcionários (APMF) e
Grêmio Estudantil.
8.1 LÍDERES DE SALA
Os Líderes de Sala são alunos eleitos entre seus pares, sendo uma dupla de
alunos por turma. Os líderes são representantes da turma junto aos professores,
equipe de direção e coordenação e demais instâncias colegiadas da escola.
Entre suas atribuições estão: zelar e orientar colegas quanto a conservação e
a higiene da sala de aula; transmitir informações repassadas pela Direção e
Coordenação à turma; observar o uso dos equipamentos, livros didáticos e demais
materiais pedagógicos da sala, relatando aos professores qualquer problema no uso
destes materiais/equipamentos; relatar aos professores, coordenação e/ou direção
35
todos os problemas que interferem na aprendizagem da turma; atuar na organização
do Plano de Abandono da Instituição de Ensino (Brigada Escolar), entre outros.
8.2 PROFESSORES REGENTES
Os Professores Regentes são escolhidos em reunião entre os docentes,
coordenação e direção. Para cada turma serão escolhidos dois professores.
Entre suas principais atribuições estão: orientação da turma quanto à
disciplina, organização, higiene e conservação dos ambientes escolares; incentivar o
respeito mútuo e cumprimento do Regimento Escolar; valorizar a formação de
grupos de estudo e o desenvolvimento de hábitos de estudo extraclasse; dialogar
para resolver conflitos que interfiram no processo de ensino-aprendizagem; elaborar
em consonância com os demais professores da turma o Mapa de Sala de Aula; ouvir
e aconselhar a turma em suas dificuldades de aprendizagem ou relações
interpessoais; transmitir informações dadas pela coordenação e direção, entre
outros. Os professores regentes atuam como representantes da turma junto as
demais instâncias colegiadas da escola.
8.3 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é uma instância colegiada de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político-
Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar
as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do
processo ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações
e dados apresentados, é a de intervir, em tempo hábil, no processo ensino e
aprendizagem, oportunizando aos alunos formas diferenciadas de apropriar-se dos
conteúdos curriculares. É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as
informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.
Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos,
procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação
pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
36
Neste sentido, o Conselho de Classe constitui-se em um espaço de ação-
reflexão-ação pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma
coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir
a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe tem suas atribuições definidas no Regimento Escolar1,
Seção I, artigos 9º ao 15.
8.4 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS (APMF)
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF, pessoa jurídica de
direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins
lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo
constituída por prazo determinado.
A APMF é regida por estatuto2 próprio, aprovado e homologado em
Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim. Esta instância
colegiada tem por objetivo colaborar na assistência aos alunos, no aprimoramento
do ensino e na integração família-escola-comunidade, mediante ação integrada ao
Conselho Escolar. Além disso, visa também:
Mobilizar recursos humanos, materiais e financeiros da comunidade para
atender os alunos para melhoria e conservação do estabelecimento de ensino;
Receber doações e contribuições voluntárias;
Decidir e acompanhar juntamente com a Direção e Conselho Escolar a aplicação
de receitas, convocando Assembléia Geral para discutir e decidir sobre
irregularidades se forem constatadas;
Encaminhar o Plano Anual de atividades e as prestações de contas relativas à
aplicação de recursos financeiros ao Conselho Escolar;
Publicar mensalmente a sua prestação de contas; entre outros.
1 Anexo ao volume II do Projeto Político Pedagógico.
2 Idem.
37
8.5 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é uma instância colegiada de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho
pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a
legislação educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação
(SEED). Ele é composto por representantes da comunidade escolar e
representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a
educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato,
o diretor escolar.
A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais da
educação atuantes no estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados
e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos.
O Conselho Escolar tem estatuto3 próprio. Esta instância colegiada tem como
principal atribuição aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino. Além disso, outras atribuições estão
descritas na Seção I, artigos 9º ao 15, do Regimento Escolar4.
8.6 GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do
estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e
coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros.
O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto5 próprio, aprovado e homologado
em Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.
3 Anexo ao Volume II do Projeto Político Pedagógico.
4 Idem.
5 Ibidem.
38
9 CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA E CULTURAL DA COMUNIDADE
ESCOLAR
Para compor a caracterização socioeconômica cultural da comunidade escolar
do Colégio Estadual Mário Quintana, no ano de 2015, foi realizada uma pesquisa
através de entrevistas com a comunidade escolar. Os questionários foram
respondidos pelos familiares dos alunos; agentes educacionais I e II e professores.
O resultado da pesquisa com os ALUNOS foi o seguinte:
Com relação a quantidade de alunos por família que estudam nesta escola, a
maioria das respostas foram 01 (67,9%) ou 02 (25,2%). Este dado revela que o a
escola atende várias famílias.
Questionou-se como é composta a estrutura familiar dos alunos. Os dados
revelaram que, em sua maioria (68%), os alunos moram com o pai e a mãe. Apesar
disso, observa-se que a um número significativo de alunos (18,4%) que moram
apenas a mãe.
39
Os alunos foram questionados sobre a quantidade de pessoas que residem
em sua casa. Sobre este dado, a maioria dos alunos (35,8%) respondeu que moram
04 pessoas, sendo que 22,4% respondeu que moram 03 pessoas e 22% respondeu
que moram 05 pessoas. O dado demonstra que as famílias não são muito
numerosas em termos do número de seus integrantes.
Questionou-se sobre o tipo de moradia dos alunos. Os mesmos responderam
que a maioria (73,8%) mora em casa própria, 18,3% mora em casa alugada e 6,9%
mora em casa cedida. Este é um dado que não nos causa estranheza, tendo em
vista que a escola localiza-se em um conjunto habitacional. Ressalta-se que apesar
da maioria morar em casa própria, não foi questionado a qualidade destas
residências.
Ainda sobre as características das casas dos alunos, questionou-se a
quantidade de cômodos que as mesmas possuem. Sobre esse dado, a maioria dos
alunos (27,4%) respondeu que a casa possui 06 cômodos, 22,3% respondeu que a
casa possui 05 cômodos, 19,2% respondeu que a casa possui mais que 07
cômodos, 13,5% respondeu que a casa possui 07 cômodos. Esse dado não revela o
tamanho e a qualidade destes cômodos.
40
Os alunos foram questionados sobre o local onde a sua residência está.
Sobre esse dado revelou-se que a maioria (97,7%) mora na zona urbana e apenas
2,3% mora na zona rural. Esse dado já era esperado, considerando que a escola
está localizada na zona urbana. Ressalta-se que os alunos oriundos da zona rural
utilizam-se do transporte escolar para fazer o trajeto casa-escola e vice-versa.
Os alunos foram questionados sobre a infraestrutura que possuem em suas
casas. Consideramos que talvez pelo fato de a maioria morar na zona urbana suas
casas possuam: água tratada, energia elétrica, coleta de lixo, coleta de esgoto, entre
outros. Este é um dado que pode ser considerado muito bom em termos
infraestrutura básica necessária a promoção da qualidade de vida.
41
Os alunos foram questionados sobre qual o meio de transporte mais utilizado
por sua família. Sobre este dado, a maioria (66,2%) respondeu que utiliza carro,
33,2% que utiliza o transporte coletivo, 21% que utiliza moto, entre outros. Esse
dado demonstra uma mudança no padrão das famílias da escola, pois muitas já
dispõem de transporte particular para a sua locomoção.
A próxima pergunta feita aos alunos refere aos itens de eletro/eletrônicos que
a família tem em casa. Objetivou-se com essa pergunta identificarmos como as
famílias fazem uso das novas tecnologias em suas casas. Observou-se um número
variado de itens, dos quais podem ser destacados: televisores, computadores,
notebooks, geladeiras, fornos microondas, máquina de lavar roupas, centrífugas, TV
por assinatura, acesso a internet, entre outros. Tais itens colaboram para uma
42
mudança no comportamento e na forma como a família se comunica, organiza os
afazeres domésticos, tem acesso às informações, enfim, interage com essas novas
tecnologias.
Os alunos foram questionados sobre quantidade de pessoas que trabalham e,
consequentemente, tem renda em sua família. Constatou-se que, pelo menos, uma
ou duas pessoas trabalham para manter a renda familiar, conforme é demonstrado
no próximo gráfico.
43
Em decorrência da questão anterior, os alunos foram questionados sobre a
renda familiar. Sobre esse dado, observou-se que a renda familiar dos alunos da
escola varia entre 01 e 03 salários mínimos, fazendo com que sejam considerados
de baixa renda.
Os próximos gráficos demonstram a questão do trabalho entre as famílias, ou
seja, se os estudantes já estão trabalhando, se a mãe trabalha, se o pai trabalha.
Intencionou-se descobrir quem são as pessoas responsáveis pela renda familiar na
escola. Os dados apontaram que 17,5% dos alunos já estão no mercado de
trabalho; 70,8% das mães trabalham e 90% dos pais trabalham. Constata-se que,
ainda hoje, apesar do número de mães que trabalham fora ser bastante expressivo,
os pais ainda são a maioria em termos de sustento familiar.
44
Os alunos foram questionados sobre algum membro da família estar fazendo
curso profissionalizante. A maioria deles (75,9%) respondeu que não. Esse é um
dado bastante delicado se analisado do ponto de vista da qualificação profissional. O
bairro onde a escola está inserida não conta com nenhum espaço para disponibilizar
cursos profissionalizantes públicos, o que limita a formação integral do aluno.
Questionou-se sobre a religião praticada pela família dos alunos. Com relação
a este dado, foi observado que a maioria das famílias (65,1%) é católica e boa parte
(33,4%) é evangélica.
45
Considerando as políticas da educação inclusiva, os alunos foram
questionados sobre a existência de pessoas com deficiências em suas famílias. Os
dados revelam que 24,4% das famílias possuem pessoas com deficiência e/ou
doença crônica, o que é um número muito expressivo para a comunidade escolar.
Ao questionarmos sobre os tipos de deficiências e/ou doenças crônicas os
dados revelaram: deficiência física, deficiência mental, deficiência visual,
hiperatividade, hipertensão arterial, depressão, entre outros. A partir dessa
problemática, a escola precisa articular bem a proposta pedagógica para dar o
atendimento adequado aos alunos com deficiências e/ou acometidos por doenças
crônicas.
46
Os alunos foram questionados sobre a escolaridade dos pais. A maioria dos
pais e das mães possuem o Ensino Médio incompleto, sendo que as mães tem o
percentual de 27,1% e os pais de 22,1%. Observa-se que, embora a diferença seja
mínima, a escolaridade das mães ainda é maior do que a dos pais.
Os alunos foram questionados sobre qual o meio de comunicação/informação
mais utilizado pela sua família. Os percentuais apontam a televisão 82,5% e a
internet com 55,3%. Neste caso, os dados se cruzam pois os meios de comunicação
são usados concomitantemente. Contudo, percebe-se que a televisão ainda é o
meio de comunicação mais usados pelas famílias dos alunos da escola.
47
Questionou-se sobre como e quando a família tem acesso à internet. A
maioria dos alunos (66,7%) respondeu que tem acesso a internet em casa e 20,6%
na casa de amigos ou de familiares. Neste caso, percebe-se o crescimento do
percentual de acesso à internet pelos alunos e seus familiares.
Os alunos foram questionados sobre a quantidade de celulares que a família
possui. Sobre este dado, a maioria dos alunos (36,3%) respondeu que possui 03
aparelhos e 27,3% respondeu que possui 04 aparelhos. Este dado revela o
crescimento do número de aparelhos celulares das famílias da escola.
48
Questionou-se sobre como a família usa o tempo livre. Neste caso, a maioria
responde “com afazeres domésticos” (49,6%), “assistindo televisão” (49,4%) e
“visitando parentes ou amigos” (48,2%). Estes dados revelaram que há poucas
atividades de lazer realizadas pelas famílias da escola. A hipótese que se levanta é
que isso decorre do fato de no bairro não haver locais para atividades esportivas e
culturais, o que limita os locais de lazer no próprio bairro.
Os alunos foram questionados sobre quais serviços faltam no bairro. Apontou-
se que faltam cursos profissionalizantes (53,9%), locais de encaminhamentos para
trabalho ou estágio (45,7%), serviços de saúde (41,5%), eventos culturais (28,7%),
cursos esportivos (33,7%), entre outros. Como nesta pergunta foram apontados mais
que um serviço que o bairro é carente, percebeu-se que são muitos serviços que
faltam limitando as atividades culturais, esportivas e profissionalizantes dos jovens,
bem como os atendimentos ligados à área da saúde.
49
Os alunos e seus familiares foram questionados sobre quais os meios para
fazer com que os alunos valorizem a educação escolar. Sobre este dado, apontou-
se que “dialogando com o aluno a respeito da educação” 38,6%, “trabalho conjunto
com a família” 38,4%, “cobrando mais responsabilidades dos alunos” 35,5%. Esses
dados revelam que ainda se espera muito da escola sobre o incentivo a valorização
da educação escolar.
As famílias foram questionadas sobre sua avaliação do Colégio Mário
Quintana com relação ao ensino ministrado. A maioria (43,7%) respondeu que é
bom e 22,5% respondeu que é regular. Esse dado fomenta a reflexão necessária
para implementar ações que promovam a melhoria da qualidade da educação
ministrada pelo Colégio Mário Quintana.
50
Dando sequência a caracterização socioeconômica e cultural da comunidade
escolar, foram entrevistados os AGENTES EDUCACIONAIS I e II do Colégio Mário
Quintana.
Os funcionários foram questionados sobre como é formada a sua estrutura
familiar, sendo que a maioria (50%) respondeu que é formada por “pai, mãe e filho” e
15% respondeu “mãe e filho”.
Os funcionários foram questionados sobre a quantidade de pessoas que
moram em sua casa. Sobre esse dados, os mesmos responderam 03 pessoas
(25%), mais que 05 pessoas (25%), 05 pessoas (20%), entre outros. Percebe-se que
as famílias não são muito grandes.
51
Os funcionários foram questionados sobre o seu tipo de moradia, sendo que a
maioria deles (85%) respondeu que reside em casa própria e apenas 15% disse que
paga aluguel.
Questionou-se sobre quantos cômodos tem a residência dos funcionários.
Sobre esse dado, a maioria respondeu eu suas casas tem mais de 07 cômodos
(55%) e 15% respondeu 04 cômodos.
52
Sobre a localização das residências dos funcionários, todos moram na zona
urbana.
Os funcionários foram questionados sobre a infraestrutura de suas
residências. Sobre esse dado, os funcionários responderam que as casas contam
com água tratada (100%), coleta de esgoto (95%), energia elétrica (100%), coleta de
lixo (100%), asfalto (100%), entre outros.
Questionou-se sobre o tipo de meio de transporte mais utilizado pelos
funcionários da escola. A maioria respondeu que utiliza carro (70%) e transporte
coletivo (45%).
53
Os funcionários foram questionados sobre alguns itens que suas casas
possuem. Destes itens foram mais citados: televisão (100%), celular (100%),
geladeira (100%), máquina de lavar roupas (90%), carro (85%), microondas (80%),
acesso à internet (80%), entre outros.
54
Os funcionários foram questionados sobre a quantidade de pessoas que
trabalham fora em suas residências. Sobre esse dado, a maioria (30%) respondeu
que 01 pessoa e 03 pessoas, 25% respondeu 02 pessoas e 15% 04 pessoas.
Questionou-se sobre a renda familiar dos funcionários. Sobre esse dado, a
maioria (53,3%) tem renda superior a 03 salários mínimos, sendo que 26,7% têm
renda entre 02 e 03 salários mínimos.
Os funcionários foram questionados sobre se alguma estudante da família já
está trabalhando. A maioria deles (75%) respondeu que já possuem estudantes
trabalhando em suas famílias.
55
Os funcionários foram questionados sobre a existência de pessoas na família
que fazem cursos profissionalizantes. Sobre esse questionamento, a maioria (80%)
disse que não e 20% respondeu que sim.
Questionou-se sobre a religião praticada pela família dos funcionários, sendo
que a maioria (60%) respondeu que é a católica, 15% respondeu que é a evangélica,
5% respondeu que é a espírita, entre outras.
Os funcionários foram questionados sobre a quantidade de aparelhos
celulares que a família possui. Sobre esse dado, a maioria (30%) respondeu “mais
de 04 aparelhos” ou “02 aparelhos”, 20% respondeu 01 aparelho, 15% respondeu 04
aparelhos. Percebe-se neste dado o aumento do uso de aparelhos celulares pela
comunidade escolar.
56
Os funcionários foram questionados sobre qual o meio de
comunicação/informação a família mais utiliza. Os dados revelaram que a maioria
(80%) utiliza-se da televisão, (75%) respondeu ser a internet, 50% respondeu o
celular, entre outros. Observou-se que os funcionários utilizam-se de mais de um
meio de comunicação/informação ao mesmo tempo.
Os funcionários foram questionados sobre a forma pela qual a família tem
acesso à internet. Sobre esse dado, a maioria (75%) disse que acessa em casa e
todos os dias, 40% responderam que acessa todos os dias no trabalho, 20% disse
que não tem acesso, entre outros.
57
Os funcionários foram questionados sobre como a família gasta o tempo livre.
Sobre esse dado, revelou-se que 85% gasta o tempo livre com afazeres domésticos,
55% assistindo televisão, 50% visitando amigos ou parentes, 35% praticando a sua
religião e/ou lendo/estudando, entre outros.
Os funcionários foram questionados sobre a fórmula do vínculo empregatício.
A maioria (90%) é funcionário efetivo e 10% possuem outras formas de contratação.
Esse é um dado bastante produtivo, pois funcionários efetivos têm menor índice de
rotatividade dentro da escola, evitando rupturas na organização do trabalho escolar.
58
Com relação à escolarização, a maioria dos funcionários (68,4%) possui o
ensino médio completo e 31,6% possui curso de graduação.
Dos funcionários que já possuem graduação, apenas 25% possuem cursos de
pós-graduação. Quando questionados sobre curso na área da Educação Especial,
todos disseram que ainda não possuem. Tais dados representam um limite em
termos de formação profissional.
Os funcionários foram questionados sobre o tempo de atuação como
funcionário do Estado. Sobre este dado, a maioria (40%) respondeu que já
funcionário do Estado há mais de 15 anos, 30% respondeu que trabalha entre 05 e
10 anos, 20% respondeu que trabalha entre 10 e 15 anos. Com relação a estas
59
informações, observou-se que os funcionários tem bastante experiência como
funcionários públicos do Estado.
Questionou-se sobre a opinião dos funcionários sobre a educação escolar.
Sobre esse dado, a maioria dos funcionários (57,9%) respondeu que ela “é
importante e por isso é obrigatória” e que ela “ajuda no futuro das pessoas”; 21,1%
reconheceram que “é pouca para educar as pessoas”.
Os funcionários foram questionados sobre como fazer para que os alunos
valorizem a educação escolar. Sobre esse dado, os mesmos responderam que
realizando um trabalho conjunto com a família (78,9%), cobrando mais
responsabilidade dos alunos (57,9%), dialogando com o aluno a respeito da
educação (52,6%), desenvolvendo palestras e cursos (36,8%). Os funcionários
apontam que para resolver o problema se faz necessários vários ações coletivas.
60
Foi solicitado que os funcionários apontassem os pontos positivos e negativos
do Colégio Mário Quintana. As respostas que mais apareceram estão descritas
abaixo.
Dando continuidade ao levantamento socioeconômico e cultural da
comunidade escolar do Colégio Mário Quintana, foram entrevistados os
PROFESSORES, PEDAGOGOS e DIRETORES da escola.
Os professores e gestores foram questionados sobre como é formada a
estrutura familiar. A maioria (59,4%) respondeu que esta é formada por “pai, mãe e
filho”, 20,3% respondeu que é composta por “mãe e filho”, 10,9% disse que é
composta por “marido e esposa”, entre outros.
61
Os professores e gestores foram questionados sobre a quantidade de
pessoas que residem em suas casas. Sobre esse dado, a maioria (34,4%)
respondeu que moram 04 pessoas, sendo que 32,8% disse que moram 03 pessoas,
23,8% respondeu que moram 02 pessoas, entre outros.
Os professores e gestores foram questionados sobre qual o tipo de sua
moradia. Neste caso, a maioria (75%) respondeu que mora em casa própria e 21,9%
respondeu que mora em casa alugada.
62
Questionou-se os professores e gestores sobre a quantidade de cômodos que
há em suas residências. Sobre esse dado, a maioria (54%) respondeu que a casa
tem mais de 07 cômodos, 19% respondeu que tem 06 cômodos e 11,1% respondeu
que tem 07 cômodos.
Com relação a localização das residências dos professores e gestores, a
maioria (98,4%) está na zona urbana e apenas 1,6% na zona rural.
Os professores e os gestores foram questionados sobre a infraestrutura
presente em suas residências. Como este é um dado em que pode aparecer mais
de um elemento, os dados revelam que: 96,8% das casas contam com coleta de
lixo, 95,2% com energia elétrica e água tratada, 91,9% com asfalto, 82,3% com
coleta de esgoto, 12,9% com fossa septica, entre outros.
63
De acordo com a pesquisa, o meio de transporte mais utilizado (90,6%) por
professores e gestores é o carro, seguido da moto com 12,5% e o transporte coletivo
com 6,3%.
Os professores e gestores foram questionados sobre itens que suas
residências possuem. Sobre esse dado, foi possível constar que 100% tem acesso à
internet em casa, 98,4% tem geladeira, 96,9% tem televisão, 95,3% tem celular,
89,1% tem máquina de lavar roupas, 85,9% tem microondas, 82,8% tem notebook
ou netbook, entre outros.
64
Questionou-se a quantidade de pessoas que trabalham fora de casa entre os
professores e gestores. Sobre este dado, a maioria (51,6%) respondeu que 02
pessoas, 32,8% respondeu que 01 pessoa, 9,4% respondeu que 03 pessoas
trabalham fora de casa.
Foi questionada qual a renda familiar mensal de professores e gestores.
Sobre esse dado, a maioria (91,8%) respondeu que recebe acima de 03 salários
mínimos, 6,6% respondeu que recebe entre 02 e 03 salários mínimos.
65
Os professores e gestores foram questionados se algum estudante da família
já está trabalhando fora, sendo que a maioria (79,7%) respondeu que não e 20,3%
respondeu que sim.
Foi questionado se alguma pessoa da família dos professores e dos gestores
fazem cursos profissionalizantes. A maioria (87,3%) respondeu que não e apenas
12,7% respondeu que sim.
Os professores e gestores foram questionados sobre o tipo de religião
praticada pela sua família. Sobre esse dado, a maioria (62,5%) respondeu que é a
católica, 17,2% respondeu que é a evangélica, 14,1% respondeu que é a espírita,
entre outras.
66
Questionou-se sobre a quantidade de aparelhos celulares que as famílias dos
professores e gestores possuem. Sobre esse dado, os mesmos responderam que
46,7% possuem 02 aparelhos, 35% possuem 03 aparelhos, 10% possuem 04
aparelhos, 3,3% possuem mais que 04 aparelhos, entre outros.
Os professores e gestores foram questionados sobre qual o meio de
informação/comunicação mais sua família utiliza. Sobre esse dado, a maioria
(84,4%) respondeu que é a internet, 76,6% respondeu que é a televisão, 54,7%
respondeu que é o celular, 23,4% respondeu que é o rádio, 18,8% respondeu que é
o jornal, entre outros. Foram escolhidos mais que uma alternativa de resposta por
parte dos professores e gestores.
67
Dando continuidade aos dados sobre o acesso às informações por
professores e gestores, questionou-se como e quando a família tem acesso à
internet. Sobre este dado, a maioria 98,4% respondeu que acessa em casa e todos
os dias, 25,4% respondeu que acessa no trabalho e todos os dias. Observa-se que a
maioria acesso a internet, fato este que dinamina o acesso às informações.
Os professores e gestores foram questionados sobre como gastam o tempo
livre. A maioria 65,1% respondeu que “com afazeres domésticos” e “visitando
parentes ou amigos”, 61,9% respondeu que “lendo e/ou estudando”, 44,4%
respondeu que “vendo televisão”, 39,7% “praticando a sua religião”, entre outros.
68
Os professores e gestores foram questionados sobre o tipo de vínculo
empregatício que possuem com o governo do Estado do Paraná. A maioria (73,4%)
é funcionário estatutário e 26,6% é funcionário contratado pelo PSS.
Questionou-se sobre a formação dos professores e gestores. Sobre esse
dado, os mesmos responderam que 98,4% são graduados, 4,8% possuem o
magistério e 3,2% ainda são acadêmicos. Além diss, 87,1% dos professores e
gestores possuem curso de pós graduação e 12,9% ainda não. Observa-se que a
formação inicial dos professores e gestores é bastante significativa, o que contribui
efetivamente para a qualidade do processo de ensino e de aprendizagem.
69
Ainda com relação a formação de professores e gestores da escola,
questionou-se sobre a realização de algum curso na área da Educação Especial
pelos mesmos. A maioria (68,8%) disse que não tem curso nesta área e 31,3% disse
que possui. Em termos de formação do quadro docente, este número ainda é pouco
expressivo, o que representa uma fragilidade dos profissionais da educação.
Os professores e gestores foram questionados sobre o tempo de atuação
como funcionário do Estado do Paraná. Sobre este dado, a maioria (41,7%)
respondeu que atua a mais de 15 anos, 21,7% respondeu entre 05 e 10 anos, 18,3%
respondeu entre 02 e 05 anos, entre outros. Os dados revelam que os professores e
gestores têm muita experiência em suas funções.
70
Questionou-se sobre a opinião de professores e gestores sobre a educação
escolar. Os dados revelaram que a maioria (57,8%) acredita que “é importante e por
isso é obrigatória”, 51,6% que ela “ajuda no futuro das pessoas”, 14,1% que “ela
deveria ser só para quem gosta de estudar”, 12,5% que ela “é pouca para educar as
pessoas”.
Os professores e gestores foram questionados sobre como fazer para que os
alunos valorizem a educação escolar. Sobre tal questionamento, 87,5% que deveria
ser feito um trabalho em conjunto com a família, 54,7% que deveria se dialogar com
o aluno a respeito da educação e cobrar dos mesmos mais responsabilidade, 45,3%
desenvolvendo palestras e cursos.
71
Foi pedido que professores e gestores apontassem os pontos positivos e os
pontos negativos do Colégio Mário Quintana. Os dados abaixo revelam os
apontamentos feitos pelos mesmos.
72
II - MARCO CONCEITUAL
O Marco Conceitual reflete as concepções históricas, filosóficas, pedagógicas
e psicológicas da instituição. Nele estarão descritos como a escola planeja a sua
identidade, como organiza seus objetivos e como planeja ações para efetivar a
prática pedagógica.
A função precípua deste marco está justamente em confrontar teoria e
prática, respondendo a questões como: que homem a escola quer formar? Para que
sociedade? Qual a opção de currículo? Que educação se pretende ofertar?
Ao responder a estes questionamentos a escola busca em termos
metodológicos, estabelecer critérios e encaminhamentos necessários a construção
da educação, de modo a romper com práticas individualistas e autoritárias, bem
como superar limites do processo ensino-aprendizagem.
1 CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é um ser histórico social que se humaniza pelo processo de
interação com a natureza, a cultura e os outros indivíduos do meio, criando as
condições materiais que necessita para a sua sobrevivência. Por meio das
interações sociais ele desenvolve conhecimentos que lhe possibilitam apropriar-se
da cultura, da linguagem, de valores sociais e éticos, da educação e do trabalho, os
quais necessitam para a vivência consciente e responsável da sua cidadania.
O homem é parte integrante da natureza, é um ser que tem características particulares, porém, com necessidades de sobrevivência semelhantes aos demais animais (alimentar-se, proteger-se dos perigos, reproduzir-se). Para além das exigências postas pela natureza, o homem amplia sua condição animal e no processo de humanização cria novas necessidades e produz meios para satisfação destas, como a linguagem e os meios de produção. Tal humanização dá-se pelo trabalho, atividade humana por excelência, por meio da qual o homem se produz como homem. Ao intervir no mundo para garantir sua sobrevivência, o homem cria a própria vida humana. Por isso, o trabalho é a humanização do homem, sem o qual estaria no plano da vida animal (CASCAVEL, 2008, p.11).
73
De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008, pág.
14), “um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está
inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo
como o compreende e como dele lhe é possível participar.”
Nesta perspectiva, em seu processo educativo o colégio Mário Quintana
busca a formação de um homem que:
Se aproprie do conhecimento científico e elaborado, ampliando sua visão de
mundo, ultrapassando o senso comum;
Se perceba agente de transformação da realidade social;
Tenha condições de ser produtor de conhecimento e não meramente reproduza
aquilo que lhe é transmitido pela escola e pela sociedade;
Entenda e perceba as suas singularidades, emoções e afetividade como produto
do meio e de suas interações sociais cotidianas;
Tenha valores para com a vida humana e o meio ambiente;
Tenha respeito pela diversidade cultural, étnica e de gênero em nossa sociedade;
Seja intolerante a toda forma de discriminação, preconceito, violência e injustiça
social;
Que compreenda o papel da educação na emancipação das camadas populares;
Saiba contribuir com uma sociedade menos excludente e mais humana;
Que saiba usufruir com responsabilidade seus direitos de cidadão.
Assim, a educação a ser ofertada pela instituição busca transformar o homem
em um sujeito ativo, crítico, criativo, participativo, autônomo e consciente de seu
papel social e cidadão para a transformação da sociedade em que vive.
Compreende-se que o homem que modifica a si mesmo pela apropriação dos
conhecimentos, modifica também a sociedade por meio do movimento dialético – do
social para o individual e do individual para o social.
2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Quanto mais o indivíduo apropria-se da cultura material e intelectual
produzida, mais ele se humaniza. Portanto, para ser humanizado, não basta ter
características biológicas definidoras da espécie humana, é preciso apropriar-se do
74
que a coletividade produz para melhorar a produção da vida material. Neste sentido,
é necessário apropriar-se da cultura, da linguagem e de valores sociais.
Para tanto, o homem cria a necessidade de relacionar-se com o outro e a
partir daí constrói formas de interagir uns com os outros, passa a organizar as
relações que estabelece, enfim, constrói historicamente a sociedade em que vive. A
sociedade é o campo das manifestações e interações humanas. É nela que o ser
humano se expõe agindo, comunicando seus pensamentos, celebrando suas
conquistas ou demonstrando seus limites.
Nesta sociedade o papel da educação escolar é fundamental pois, na medida
em que se educa, o indivíduo adquire condições de tornar-se produtivo, inserir-se no
mundo do trabalho, conhecer e usufruir de direitos sociais, transformar a realidade
do espaço social em que se insere, lutar contra formas de discriminação,
preconceito e injustiças sociais, valorizar a vida e zelar pelo meio ambiente.
Ao buscar lutar para a construção de uma sociedade mais justa e
humanitária, a escola encontra muitos desafios dois quais se destacam: a formação
integral de seus educandos, a busca pela emancipação das camadas populares, a
construção de valores morais e materiais balizados pela ética, justiça, solidariedade
e valorização da coletividade em detrimento ao individualismo, a violência, a
corrupção e a todas as formas de discriminação e segregação racial, social e
cultural.
Embora muitos sejam os desafios impostos a escola pública para que a
mesma cumpra com sua função social, é importante considerar que é no espaço
escolar que o conhecimento historicamente produzido pela humanidade é
ressignificado em suas razões filosóficas e históricas, permitindo ao educando a
construção de reflexões a respeito de paradigmas que constituam a sociedade
vigente e de como romper com os mesmos para a construção de uma sociedade
mais justa e igualitária.
3 CONCEPÇÃO FILOSÓFICA
A atividade educacional está intimamente ligada aos acontecimentos que
afetam a sociedade, sendo transformados por fatores socioeconômicos, políticos e
75
culturais. A partir destes acontecimentos criam-se diferentes ideologias que
influenciam as concepções de homem, de sociedade, de educação e de currículo.
Deste modo, dialeticamente e historicamente, a educação transforma a
sociedade e é também transformada por ela. As ideologias refletem os
acontecimentos que estruturam o projeto pedagógico de cada instituição escolar,
traduzindo os objetivos e a forma como a escola irá implementar seu processo
educativo.
Considerando isso, o Colégio Estadual Mário Quintana concebe sua
concepção filosófica na corrente progressista com ênfase na pedagogia
histórico-crítica, na qual o processo formativo é a reflexão da prática social, ponto
de partida e de chegada, porém, embasada teoricamente. Entende que não basta
repassar conteúdo escolar que aborde às questões sociais, mas que se faz
necessário, que os alunos tenham o domínio dos conhecimentos, das habilidades e
capacidades para interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses
de classe. Prioriza-se:
[...] o domínio dos conteúdos científicos, a prática de métodos de estudo, a construção de habilidades e raciocínio científico, como modo de formar a consciência crítica para fazer frente à realidade social injusta e desigual. Busca instrumentalizar os sujeitos históricos, aptos a transformar a sociedade e a si próprio [...]. (QUEIROZ; MOITA, 2007, p. 14-15).
Assim, a partir de sua concepção filosófica de educação a escola entende que
o aluno para desempenhar um papel sociopolítico ativo na sociedade, precisa
compreender e analisar de forma crítica a realidade sociopolítica, histórica e cultural
onde se insere e suas influências na sua constituição humana. Ressalta-se que a
escola estimula à imaginação, a pesquisa e os questionamentos compreendendo
que estas habilidades interferem na capacidade crítica e na formação da visão de
mundo dos indivíduos.
4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Na vida em sociedade o homem utiliza-se da educação para adquirir
conhecimento e interagir transformando a natureza (e transformando-se também,
dialeticamente). A educação, seja ela na família ou na escola, assume um papel
76
fundamental para a humanização do indivíduo e para a sua inserção na vida social.
A condição de aprender é estabelecida desde o nascimento, uma vez que nascer
significa ver-se submetido à obrigação de aprender.
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa,
nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações
culturais (BRASIL, 1996).
Embora se reconheça que a educação possa ocorrer em todas as esferas de
convívio social (família, igrejas, agremiações, partidos políticos, etc.), é na escola
que ela se processa de maneira formal, ou seja, planejada e articulada para fins
previamente determinados. O trabalho educativo é o ato de produzir direta e
intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida
histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens (SAVIANI, 1995, p. 17).
O Colégio Mário Quintana concebe a educação a partir dos preceitos da LDB
nº 9394/96, a qual diz que em seu artigo 2º:
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996).
Por outro lado, ao situar a escola no contexto atual, verifica-se que ela está no
meio de um turbilhão de fatos, acontecimentos, situações, fenômenos, processos
sociais, políticos, econômicos, culturais, éticos, religiosos e outros mais, sofrendo,
terrivelmente, os impactos das mudanças cada vez mais rápidas e vertiginosas da
pós-modernidade.
Diante disso, é importante que a escola compreenda que hoje em dia não é
possível educar para o conformismo, para a aceitação passiva da exclusão e da
injustiça social, a educação a que nos propomos está voltada à liberdade e à
autonomia.
A educação, numa perspectiva de democratização da escola pública, é direito
de todo cidadão, independentemente de sua condição social, econômica, étnica, de
gênero e cultural. A garantia de realização desse direito, em uma sociedade que se
pretende democrática, acontece com a participação dos sujeitos envolvidos no
processo, que, discutindo coletivamente as posições, os princípios filosóficos e as
77
concepções de homem, sociedade e educação, constroem e articulam o processo
educativo.
5 CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA
Segundo o dicionário Michaelis, a palavra gestão vem do latim gestione, que
significa o ato de gerir, administrar negócio próprio ou alheio. Adequando o termo
para a administração escolar podemos dizer que o diretor gesta uma escola, por
meio do exercício da função para a qual foi eleito, portanto, deve prestar contas de
suas ações, respeitando o disposto nos documentos que regem o funcionamento da
unidade escolar, isto é: o Projeto Político Pedagógico, o Regimento Escolar e o
Plano de Ação.
A Gestão Democrática, por sua vez, pressupõe uma organização e
reorganização constante, tendo como base a divisão de responsabilidades dos
membros da instituição. Para isso, é necessário que a escola se organize
democraticamente com vistas atingir objetivos transformadores e articulados ao
projeto de educação que pretenda se implementar.
A organização do trabalho pedagógico, bem como a compreensão de sua
função social por todos que dela participa: pais, alunos, professores, funcionários,
gestores, comunidade local, entre outros, não é uma tarefa fácil.
A busca pela autonomia, pela liberdade, pela emancipação e pela
participação do coletivo escolar nas ações empreendidas pela escola, são atividades
que demandam muito esforço e que, portanto, devem estar expressas no Projeto
Político Pedagógico, na Proposta Curricular da escola e nos Planos de Trabalho
Docente de cada educador.
Mediar situações conflitantes, desencontros, entraves e limites, encontrando
novas alternativas para a resolução de problemas, bem como para o atendimento
dos interesses da comunidade escolar não é uma tarefa muito fácil. Não há como,
portanto, que uma proposta curricular, ou que um projeto pedagógico, possa ter
sucesso se for feito por um grupo ou por uma pessoa na escola. As mudanças só
ocorrem quando há participação nas decisões.
Portando, a democratização da escola pública passa, sobretudo, pelos
princípios de gestão democrática dentro da própria escola. O poder de decisão não
pode estar centrado na figura do diretor ou do pedagogo. A necessidade de reflexão
78
e de tomada de decisão acerca dos rumos que a escola se propõe no que tange a
formação do aluno, da sociedade e do mundo, passa pela coletividade, pela
participação democrática, pela ação-reflexão-ação.
Vale salientar que a educação é o objeto de estudo da escola, ela é um
instrumento primordial que viabiliza a prática da gestão democrática, pois seu papel
é dirimir a filosofia, o pensamento, o comportamento e as relações humanas que os
alunos necessitam para viver numa sociedade, pois dessa forma estarão aptos a
construir uma visão sólida e crítica da realidade educativa, buscando alternativas
coletivas para os problemas no âmbito social e escolar.
A organização do trabalho pedagógico é uma estratégia educacional para
democratizar o processo ensino-aprendizagem, então é de suma relevância que o
pedagogo seja um articulador, não um direcionador desta construção. A ele cabe a
tarefa de mediar as relações existentes na escola, como também garantir que a
comunicação e o diálogo estejam inseridos na prática pedagógica do docente.
6 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
A escola tem um papel fundamental na sistematização e democratização dos
conhecimentos, agindo intencionalmente e de maneira sistemática para a
aprendizagem e o desenvolvimento do aluno. Para ela, o aluno tem um papel ativo
no processo de ensino e de aprendizagem e o professor atua como um mediador
entre o saber do aluno e o conhecimento sistematizado e científico.
Portando, o professor, conhecendo a teoria que sustenta a sua prática, pode
suscitar transformações na conscientização do aluno, chegando até aos
condicionantes sociais, tornando o processo educativo em algo realmente
significativo, em prol de uma educação transformadora, que supere os déficits
educacionais e sociais atuais.
Partindo do pressuposto que a educação contribui efetivamente para uma
atuação consciente na sociedade e no mundo do trabalho por parte da comunidade
escolar e que cabe a escola instrumentalizar o aluno, por meio da produção e da
apropriação do conhecimento, para o pleno exercício da cidadania, considera-se
que:
79
[...] a atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade (LIBÂNEO, 1990, p. 30).
Deste modo, assim conforme orienta as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica do Paraná, o Colégio Estadual Mário Quintana adota a Pedagogia
Histórico-crítica na qual o trabalho com as diversas áreas do conhecimento
possibilita ao educando:
[...] o domínio dos conteúdos científicos, a prática de métodos de estudo, a construção de habilidades e raciocínio científico, como modo de formar a consciência crítica para fazer frete à realidade social injusta e desigual. Busca instrumentalizar os sujeitos históricos, aptos a transformar a sociedade e a si próprio. Sua metodologia defende que o ponto de partida no processo (QUEIROZ; MOITA, 2007, p. 15).
Assim, a escola tem parte integrante no processo de preparar o aluno para a
sua ativa participação na sociedade e este é situado como ser social em construção.
Além disso, entende-se que o conhecimento é construído por meio da experiência
pessoal e subjetiva e que os conteúdos trabalhados são culturais e universais, sendo
validados frente à realidade social.
7 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Não há neutralidade nas ações humanas, principalmente quando estas se
referem às ações educativas, as quais objetivam, por meio de um currículo, construir
valores que respondam aos desafios sociais e históricos em que se insere a escola.
A forma como agimos sempre está relacionada com uma determinada teoria ou
visão de mundo e a reflexão sobre essa teoria nos permite definir melhor nossos
objetivos, as estratégias e encaminhamentos adotados. (SED/MS, 2000, p.12).
De acordo com Sacristán (2000, p. 17):
Os currículos são a expressão do equilíbrio de interesses e forças que gravitam sobre o sistema educativo num dado momento, enquanto através deles se realizam os fins da educação no ensino escolarizado. [...] é uma opção historicamente configurada, que se
80
sedimentou dentro de uma determinada trama cultural, política, social e escolar.
Portanto, é preciso considerar que embora os conhecimentos científicos
ensinados pela escola tenham princípios de neutralidade, o currículo não é algo
estanque e, portanto, não é neutro.
O currículo modela-se dentro de um sistema escolar concreto, dirige-se a determinados professores e alunos, serve-se de determinados meios, cristaliza, enfim, num contexto, que é o que lhe acaba por lhe dar significado real. [...] O currículo acaba numa prática pedagógica [...] Sendo a condensação ou expressão da função social e cultural da instituição escolar [...] é o cruzamento de práticas diferentes e se converte em configurador, por sua vez, de tudo o que podemos denominar como prática pedagógica nas aulas e nas escolas. (SACRISTÁN, 2000, p. 21-26).
Por sua vez, sendo o currículo uma construção social ele é, também,
construção cultural, pois toda prática educativa que se assimila, tende-se a repassá-
la às futuras gerações, perpetuando-se, assim, a cultura como marca da presença
do homem em sociedade.
Assim, o currículo é a seleção e a organização do conhecimento científico de
modo a torná-lo passível de ser ensinado e aprendido na escola, uma vez que todas
as atividades, sejam elas escolares ou não, tem por finalidade a aprendizagem de
conhecimentos, de valores, de práticas para a vida social e a coletividade das
relações humanas.
Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar de socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar é especialmente importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte (PARANÁ, 2008, p. 14).
Diante disso, o Colégio Mário Quintana busca trabalhar os conteúdos disciplinares de forma
contextualizada, ou seja, considerando a realidade da comunidade escolar e as
possibilidades de transpô-la, ultrapassando os limites impostos. Assim, propõe-se que tais
conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas
presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a
produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se
constituem.
81
8 CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM
Conforme a pedagogia histórico-crítica adotada por esta escola, a prática
educativa trabalha com conteúdos significativos e relevantes para o aluno, estes
partem do contexto sociocultural no qual emergem conhecimentos e contradições de
diferentes realidades.
Neste sentido, a aprendizagem é o resultado sistematizado do processo
educativo, o qual prepara o aluno para o exercício consciente de sua cidadania. A
aprendizagem se constitui das experiências e mediações em confrontos, onde o
professor e aluno devem compreender a importância dos conteúdos desenvolvidos
em sala de aula. A relação entre educador e educando se estabelece na interação
com o meio, através de trocas de experiências.
Dessa forma, a prática pedagógica cria subsídios para que a interação tenha
progresso e que a aprendizagem seja desenvolvida. As experiências culturais dos
alunos favorecem a pesquisa, a reflexão, a tomada de consciência e a atuação
consciente na vida em sociedade e no mundo do trabalho.
Os métodos de uma pedagogia crítico-social dos conteúdos não partem, então, de um saber artificial, depositado a partir de fora, nem do saber espontâneo, mas de uma relação direta com a experiência do aluno, confrontada com o saber e relaciona a prática vivida pelos alunos com os conteúdos propostos pelo professor, momento em que se dará a "ruptura" em relação à experiência pouco elaborada. Tal ruptura apenas é possível com a introdução explícita, pelo professor dos elementos novos de análise a serem aplicados criticamente à prática do aluno. Em outras palavras, uma aula começa pela constatação da prática real, havendo, em seguida, a consciência dessa prática no sentido de referi-la aos termos do conteúdo proposto, na forma de um confronto entre a experiência e a explicação do professor. Vale dizer: vai-se da ação à compreensão e da compreensão à ação, até a síntese, o que não é outra coisa senão a unidade entre a teoria e a prática (LIBÂNEO, 1990, p. 37).
Deste modo, a concepção de aprendizagem do Colégio Estadual Mário
Quintana se constrói a partir de cinco passos básicos: 1) a prática social: na qual
professor e aluno são agentes sociais ativos; 2) a problematização: o momento em
que se questionam as práticas sociais vigentes e suas contradições; 3) a
instrumentalização: a qual suscinta pesquisas e construção de referências teóricos e
práticos para solucionar os problemas levantados; 4) a catarse: a tomada de
82
consciência e o momento no qual ocorre a efetiva confrontação entre o saber inicial
e o conhecimento sistematizado; 5) o retorno à prática social: agora com condições
de um agir consciente em prol da transformação da realidade. Assim, ao mesmo
tempo a aprendizagem se constitui como um instrumento que favorece a
participação ativa e consciente na vida em sociedade.
9 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação implica em um processo de decisão que considera o
conhecimento, através da coleta de dados por meio de variados instrumentos, e a
aplicação de meios e recursos para superar os limites encontrados pelos educandos
no processo ensino-aprendizagem.
Historicamente, a avaliação tem sido utilizada para justificar práticas
educativas que refletem na escola o modelo social em que ela se insere. De acordo
com Nagel (2007, p. 1):
[...] independentemente do período histórico, qualquer conteúdo educacional, com seus respectivos encaminhamentos metodológicos ou didáticos, incluindo-se neles os de avaliação, têm por finalidade interferir na realidade social, reforçando-a, acelerando-a, ou mesmo, negando-a.
Neste sentido, é importante compreender que o modo como a escola concebe
sua avaliação pode envidar esforços para reproduzir o sistema social no qual se
insere ou estimular a ruptura e a transformação deste sistema. Assim, é fundamental
que se estabeleçam critérios e objetivos claros no ato de avaliar, articulando dois
pólos indissociáveis da avaliação: o diagnóstico e a tomada de decisão.
Além disso, conforme aponta Luckesi (2005, p. 94):
O atual processo de aferir a aprendizagem escolar, sob a forma de verificação, além de não obter as mais significativas conseqüências para a melhoria do ensino e da aprendizagem, ainda impõe aos educandos consequências negativas, como a de viver sob a égide do medo, pela ameaça de reprovação [...] O momento de aferição do aproveitamento escolar não é ponto definitivo de chegada, mas um momento de parar para observar se a caminhada está ocorrendo com a qualidade que deveria ter. [...] A avaliação, ao contrário, manifesta-se como um ato dinâmico que qualifica e subsidia o
83
reencaminhamento da ação, possibilitando conseqüências no sentido da construção dos resultados que se deseja.
Diante disso, para que a avaliação adquira um novo sentido, fazem-se
necessárias ações coletivas dos professores, com intencionalidade de rever a sua
prática pedagógica, assim como estabelecer critérios e objetivos bem definidos para
a análise da sociedade, da escola e do processo ensino-aprendizagem (CASCAVEL,
2008, p. 48). Compreende-se ainda que,
A avaliação só tem função social quando está intimamente vinculada a um projeto de vida para os homens. Educa-se, ensina-se, para a sociedade que se deseja ver transformada (ou não). Se não existe projeto de vida para os homens obterem o que ainda não foi alcançado, não há necessidade social de avaliação a não ser a de preencher com notas os boletins curriculares individuais (PARANÁ, 1986, p. 29).
Portanto, compreender o processo de avaliação escolar justifica-se pela
constante necessidade de rever práticas, conceitos e métodos utilizados no
processo ensino-aprendizagem e no modo como se processa a avaliação na escola.
É fundamental ressaltar que o ato de avaliar envolve uma complexa rede de
relações e de ações que não se restringem a meras práticas quantitativas e que,
portanto, exige do educador o constante aperfeiçoamento profissional.
A partir destas considerações é possível afirmar que o processo de avaliação
do Colégio Mário Quintana tem como objetivos:
I. Diagnosticar a situação de aprendizagem do educando para estabelecer os
objetivos que nortearão o planejamento da ação pedagógica;
II. Verificar os avanços e dificuldades do educando no processo de apropriação,
construção e recriação do conhecimento, em função do trabalho desenvolvido;
III. Fornecer aos educadores, elementos para uma reflexão sobre o trabalho,
tendo em vista o replanejamento;
IV. Possibilitar aos educandos tomarem consciência de seus avanços e
dificuldades, visando o seu envolvimento no processo de aprendizagem;
V. Embasar a tomada de decisão quanto à promoção ou retenção dos educandos.
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
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A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. É vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno, pelo professor e pela equipe pedagógica, observando os avanços
e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas
que resultem na efetiva aprendizagem do educando. Os instrumentos de avaliação
são ofertados dentro de cada trimestre, sendo vedado a oferta de um único
instrumento de avaliação.
As notas atribuídas ao aluno corresponderão aos avanços obtidos na
aprendizagem. O resultado da avaliação será expresso através de notas numa
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez).
O rendimento mínimo exigido pelo estabelecimento de ensino e conforme
legislação vigente é de 6,0 (seis vírgula zero) para o Ensino Fundamental e
Médio. Seguindo a fórmula abaixo para se obter a média anual.
MA = 1º Trimestre + 2º Trimestre + 3º Trimestre = 6,0
3
Para que o aluno possa ser promovido para o ano seguinte, o mesmo deverá
obter a média igual ou superior a 6,0 (seis) para cada disciplina, com freqüência
mínima igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento).
Toda a regulamentação sobre avaliação da instituição escolar está expressa
no Regimento Escolar, Seção X, artigos 104 ao 125.
85
9.1 RECUPERAÇÃO PARALELA
A Recuperação de Estudos será realizada de forma permanente e
concomitantemente com o processo de ensino-aprendizagem, recebendo o nome de
Recuperação Paralela. A recuperação paralela é direito dos alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação paralela será organizada com atividades significativas,
utilizando-se dos mais diversos instrumentos, meios e procedimentos didático-
metodológicos para a retomada dos conteúdos e, portanto, para a sua
aprendizagem.
A retomada de conteúdos proporcionados pela recuperação paralela objetiva
a garantia que a avaliação tenha o cunho diagnóstico, processual, contínuo,
cumulativo, criterioso, qualitativo e somatório, fazendo com que se prevaleça os
aspectos qualitativos em detrimento aos quantitativos.
A recuperação paralela é justamente o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo e constará em registro no Livro de
Registro de Classe, conforme instruções da SEED.
86
III – MARCO OPERACIONAL
O marco operacional apresentará as proposições da comunidade escolar para
o enfrentamento dos desafios e limites da escola, no sentido de implementar o seu
processo educativo.
As propostas aqui relatadas foram construídas coletivamente com a
participação da comunidade escolar e demonstram o anseio da escola em cumprir
com sua função social e de colaborar para a formação integral de seus educandos,
na medida em que estes adquiram e desenvolvam valores de justiça, solidariedade e
responsabilidade social, exercendo conscientemente sua cidadania.
1 REGIMENTO ESCOLAR
O Regimento Escolar é um instrumento fundamental para a organização
pedagógica e administrativa da escola. Nele evidenciam-se o compromisso dos
profissionais que vivenciam a realidade escolar e as peculiaridades da rede pública
estadual de ensino e da cada instituição escolar em particular, colaborando para o
êxito do trabalho escolar, com o compromisso de oferecer uma educação que
valorize a permanência e a efetivação da aprendizagem do aluno.
É o Regimento Escolar que estrutura, define, regula e normativa as ações do
coletivo escolar, haja vista ser a escola um espaço em que as relações sociais, com
suas especificidades, se concretizam. Integrante de um sistema de ensino, em uma
sociedade, a escola tem, no Regimento Escolar, a sua expressão política,
pedagógica, administrativa e disciplinar e deve regular, no seu âmbito, a concepção
de educação, os princípios constitucionais, a legislação educacional e as normas
específicas estabelecidas pelo Sistema de Ensino do Paraná.
Se o Projeto Político-Pedagógico é a expressão real da vontade e
necessidades locais do estabelecimento de ensino, com suas características e
singularidades respeitadas, é o Regimento Escolar que estrutura as definições, que
se configuram como tomadas de posição política, teórica e ideológica pelo coletivo
desta comunidade escolar.
O Regimento Escolar do Colégio Mário Quintana está disponível no Volume II,
do Projeto Político Pedagógico.
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2 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – PPC
A escola compreende que a participação e o envolvimento de todos os
profissionais da educação no estudo, na reflexão, na discussão e na implementação
das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, passa pela construção da
Proposta Pedagógica Curricular (PPC).
A construção coletiva da PPC possibilita o projeto coletivo de educação, nas
diversas áreas do conhecimento. Isso faz com que se evitem rupturas,
descompassos, desencontros e práticas educativas por vezes contraditórias na
escola.
[...] a forma como agimos sempre está relacionada com uma determinada teoria ou visão de mundo e a reflexão sobre essa teoria nos permite definir melhor nossos objetivos, as estratégias e encaminhamentos adotados (CASCAVEL, 2008, p. 9).
A formação do aluno deve ter por alvo principal a aquisição de conhecimentos
básicos, a preparação científica e a capacidade para utilizar às diferentes
tecnologias relativas às áreas de atuação.
Desta forma, ao construir coletivamente a PPC do colégio, os educadores
buscam contribuir para a formação integral dos alunos, de forma que eles possam
desenvolver o raciocínio e a capacidade de aprender; descubram e desenvolvam
talentos individuais; integrem-se com qualidade no mundo do trabalho; amplie suas
formas de comunicação e de linguagem, de modo a construir valores necessários ao
convívio social e exercício de sua cidadania.
Objetivo Geral da Proposta Curricular: Valorizar a educação como um
instrumento de humanização e de interação social, proporcionando uma
educação de qualidade através de um trabalho de parceria entre pais, alunos e
profissionais da educação, num processo cooperativo de formação de cidadãos
conscientes e aptos a construir a sua própria existência.
Objetivos Específicos da Proposta Curricular:
1. Proporcionar ensino de qualidade para garantir a formação integral educando
valorizando a pessoa humana, a formação ética, moral, intelectual baseada no
diálogo e no respeito mutuo entre professor e aluno, pais, direção e comunidade;
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2. Desenvolver princípios de valores e ética, propiciando o respeito mútuo e a
solidariedade, dentro de um ambiente de interação;
3. Resgatar a unidade do saber e do fazer através de uma prática interdisciplinar
que percorra um caminho oposto à fragmentação do conhecimento;
4. Oportunizar a liberdade de expressão garantindo a autonomia com
responsabilidade diante dos fatos cotidianos com sabedoria e comprometimento;
5. Formar cidadão crítico, responsável e criativo, compromissado com a vida e
disposto a propor mudanças na sociedade em que vive e no mundo;
6. Compreender a cidadania como participação social e política, assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o
outro e exigindo para si o mesmo respeito;
7. Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar
decisões coletivas;
8. Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem
como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra
qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de
crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;
9. Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade
de análise critica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.
Para cumprir os objetivos acima relatados, os profissionais de ensino da
escola reuniram-se em momentos de formação continuada, reuniões pedagógicas,
grupos de estudos, hora-atividade e outros momentos, para poder organizar a PPC
de cada disciplina. A PPC de cada disciplina encontra-se no Volume II deste Projeto
Político Pedagógico.
3 PLANO DE TRABALHO DOCENTE – PTD
O Plano de Trabalho Docente (PTD) faz parte dos documentos que
organizam o processo pedagógico na escola, antecipando a ação docente,
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organizando seu tempo e norteando suas ações educacionais, pois registra o que
ele pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que e com quem fazer.
Pressupõe a reflexão sistemática da prática educativa (PARANÁ, 2008, p. 7-
9) e resulta da relação estabelecida entre o Projeto Político-Pedagógico e a
Proposta Pedagógica Curricular, constituindo-se, portanto, na expressão do currículo
em sala de aula que, por sua natureza, expressa e legitima a intencionalidade da
escola.
O PTD é a forma mais adequada de preparar os conteúdos selecionados para
o processo de ensino-aprendizagem, na sua dimensão final dentro de espaço e
tempo específicos, facilitando ao professor uma reflexão sistemática do seu fazer e
dando condições ao aluno de estabelecer suas relações com esse conteúdo. Tal
conteúdo traz consigo a intencionalidade traduzida a partir dos critérios da avaliação.
Diante disso, o Colégio Mário Quintana compreende que o professor deve ter
clareza do que ensinar (organizar os conteúdos), deve definir a intencionalidade
desta seleção de conteúdos (explicitar objetivos), deve traçar estratégias para
ministrar o conteúdo (estabelecer recursos e estratégias metodológicas) e deve
planejar como o aluno vai poder demonstrar sua aprendizagem (definir critérios e
instrumentos de avaliação).
Sendo conhecedor de todas estas etapas do planejamento, articulado em
forma de PTD, o professor adquire condições de melhor acompanhar o processo de
ensino e de aprendizagem, adequando o tempo necessário às aulas, reorganizando
métodos de ensino, utilizando-se de recursos didáticos diversificados e, não menos
importante, ofertando instrumentos variados de avaliação para que se atinjam os
critérios desejados.
Além disso, ao organizar o PTD o professor deve ter em mente que ele não é
algo pronto, acabado. O PTD deve possibilitar abertura, rearranjos, retomada de
conteúdos necessários à efetivação da aprendizagem.
Assim sendo, o Plano de Trabalho Docente – PTD – toma alguns elementos
para sua organização, quais sejam:
a) CONTEÚDOS (O QUÊ?): definidos por conteúdos estruturantes entendidos,
conforme as “Orientações Curriculares da Educação Básica”, como “os
conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas, que identificam e
organizam os diferentes campos de estudos das disciplinas escolares, sendo
fundamentais para a compreensão do objeto de estudo/ensino” (PARANÁ, 2008,
90
p. 25). O desdobramento dos conteúdos estruturantes em conteúdos básicos na
Proposta Pedagógica Curricular, em conteúdos específicos no PTD será feito
pelo professor em discussão com os demais professores da área em que atuam
na escola. O professor deve tomar o conhecimento em sua totalidade e em seu
contexto, o que exige uma relação com as demais áreas de conhecimento. Esse
processo de contextualização visa a atualização e aprofundamento dos
conteúdos pelo professor, possibilitando ao aluno estabelecer relações e
análises críticas sobre o conteúdos. Cabe destacar que a contextualização não
se faz pelo desenvolvimento de projetos, mas na abordagem histórica do
conteúdo.
b) OBJETIVOS (PARA QUÊ?): Refere-se às intenções educativas e expressa as
intenções de mudanças no plano individual, institucional e estrutural. Está
voltada aos conteúdos e não às atividades.
c) ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS E RECURSOS DIDÁTICOS
(COMO/COM O QUE?): conjunto de determinados princípios e meios para
atingir os objetivos no processo de investigação teórica e de ação prática.
d) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO (O QUE SE ESPERA ATINGIR?): definem os
propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada conteúdo precisa-se ter
claro o que dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar. Os
critérios refletem o que vai se avaliar e são estabelecidos em função dos
conteúdos.
e) INSTRUMENTOS AVALIATIVOS (QUAIS RECURSOS SERÃO USADOS
PARA AVALIAR?): são todos os instrumentos utilizados para que o educando
possa demonstrar a aprendizagem e a apropriação dos conteúdos. Poderão ser
utilizados: provas escritas e orais, interpretações textuais, produções de textos,
sínteses, seminários, trabalhos, exercícios dirigidos, etc.
f) REFERÊNCIAS (QUAIS AUTORES JUSTIFICAM A OPÇÃO TEÓRICA?): as
referências permitem perceber em que material e em qual concepção o
professor fundamenta seu trabalho e conteúdo. Fundamentar conteúdos de
forma historicamente situada implica buscar outras referências, não sendo o livro
didático o único recurso.
No Colégio Mário Quintana o PTD é realizado trimestralmente, em atividade
coletiva dos professores, nas diversas disciplinas e áreas do conhecimento.
91
4 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA OFERTADA
A língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação.
Para além de um meio de comunicação, o uso da língua permite a produção e a
transmissão de conhecimentos, valores, ideologias, cultura, etc. Assim, a língua é
dinâmica, heterogênea, ideológica e é usada intencionalmente pelo homem na
interação com o meio e com outros indivíduos.
Neste sentido, a apropriação dos recursos da língua pelos indivíduos
possibilita a apropriação e a produção de conhecimentos. Portanto, a língua é um
recurso fundamental para o processo de interação entre os indivíduos na sociedade.
“[...] ensinar e aprender línguas é também formar subjetividades, é permitir que se
reconhece no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,
independentemente do grua de proficiência atingido” (DCE – LEM, 2008, p.225).
Na contemporaneidade torna-se fundamental aos indivíduos o domínio não
apenas da língua materna, mas de outras línguas, de outros conhecimentos e de
outras culturas. Assim sendo, a LEM (Língua Estrangeira Moderna):
[...] deve considerar as relações que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o reconhecimento da diversidade cultural. As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado; relacionam-se, atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e buscam entender-se mutuamente. Possibilitar aos alunos que usem a uma língua estrangeira em situações de comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não-verbais – é também inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar cm outras comunidades e outros conhecimentos. (DCE – LEM, 2008, p.226-227).
Partindo desses pressupostos, o Colégio Estadual Mário Quintana considera
o ensino das línguas como recurso essencial para o uso do discurso na prática
social. Considerando isso, compreende-se que a língua é um recurso fundamental
para tornar os indivíduos integrantes participativos e ativos do mundo. Ao apropriar-
se de uma língua estrangeira na qual confronta sua cultura com a de outros povos, o
indivíduo “torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim,
atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente
social” (DCE – LEM, 2008, p.227).
92
Considerando isso, o Colégio Mário Quintana oferta a disciplina de LEM-
Inglês para os anos finais do Ensino Fundamental e LEM-Espanhol para o Ensino
Médio. Além disso, as duas línguas também são ofertadas, em período contra turno,
no CELEM. Deste modo, garante-se a comunidade escolar o acesso aos
conhecimentos da língua inglesa e da língua espanhola.
5 ACOMPANHAMENTO DO RENDIMENTO ESCOLAR: ÍNDICES DE EVASÃO,
APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO
Objetivando acompanhar e efetivar melhorias no processo ensino-
aprendizagem, são efetuados levantamentos do rendimento escolar dos alunos e
análise de dados, bimestralmente, semestralmente e anualmente, através de
instrumentos como: Ficha Avaliativa Trimestral, Pré-conselhos, Conselhos de
Classe, gráficos dos dados verificados bem como durante o ano todo há
acompanhamento individual dos alunos pela equipe pedagógica, tanto alunos como
pais são convocados pela equipe para resolver os problemas detectados (faltas,
dificuldade na aprendizagem, indisciplina, etc.)
A partir destes dados, nas reuniões pedagógicas e conselho de classe, são
estudadas ações e metodologias específicas para superar as dificuldades de cada
turma e/ou aluno no sentido de se garantir a qualidade do processo ensino-
aprendizagem.
Também anualmente os índices de aprovação, reprovação e evasão escolar,
são levantados e sistematizados através de gráficos, os quais são estudados e
debatidos em reuniões com professores, pais e alunos, com o objetivo de traçar
ações que possam ser trabalhadas para superação dos problemas.
Quanto ao Ensino Fundamental, os índices de reprovação têm mostrado as
dificuldades enfrentadas pelos alunos que mudam de estabelecimento de ensino,
encontrando um espaço diferenciado do que tinham até os anos iniciais do Ensino
Fundamental, com maior número de professores, colegas e aulas. Como a dinâmica
das aulas exige do aluno uma maior responsabilidade em relação ao estudo, a
tarefas e até a disciplina, as dificuldades são maiores nestas turmas.
Por outro lado, o ingresso no Ensino Médio exige um maior comprometimento,
responsabilidade e envolvimento do aluno com seus estudos (avaliações, trabalhos,
93
apresentação de trabalhos, etc.). Na dinâmica das aulas, este aluno terá mais
autonomia, o que implicará em maior responsabilidade quanto aos estudos.
O colégio objetiva dentro do processo pedagógico desenvolvido, eliminar
focos de evasão escolar. Entretanto, embora esteja consciente do papel fundamental
que promove junto à comunidade a qual se insere, compreende que muitos dos
fatores responsáveis pela evasão escolar, ultrapassam os limites da escola, atrela-
se a problemas sociais, desestrutura familiar, problemas de saúde e outros que
afetam diretamente o aluno.
Neste sentido, as ações desenvolvidas até o momento com relação à evasão
escolar são: controle diário de frequência dos alunos; comunicação entre
professores e equipe pedagógica no caso de faltas não justificadas do aluno;
trabalho de resgate pela escola do dever da família e direito do aluno em frequentar
a mesma; comunicação a pais e responsáveis; projetos e atividades extraclasse
de integração e socialização de professores, alunos e funcionários; e, em última
instância, comunicação ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público por meio da
Ficha de Comunicação de Aluno Ausente – FICA.
6 FORMAÇÃO CONTINUADA
É na prática coletiva, no chão da escola, que o profissional da educação
enfrenta seus limites e aperfeiçoa seu modo de conceber o ensino.
Na escola se constrói a unidade na diversidade, na medida em que o
profissional da educação toma posicionamentos, articula estratégias de ensino,
compreende a diversidade de educandos que dependem do seu trabalho, debate e
discute dificuldades com seus pares, troca experiências, avalia sua ação,
articulando-as as proposições do Projeto Político Pedagógico e aos objetivos do
estabelecimento de ensino.
Para tanto, o Colégio Mário Quintana compreende ser necessário políticas
públicas que garantam aos educadores a formação em serviço, a formação
continuada. A possibilidade de ampliar ou adquirir novos conhecimentos, faz com
que os profissionais da educação articulem meios eficazes para a promoção da
qualidade do processo ensino-aprendizagem, concebendo o conhecimento em suas
múltiplas dimensões.
94
Neste sentido, o Colégio Mário Quintana busca algumas formas de
organização para que a comunidade escolar possa garantir os momentos de
reflexão, discussão e melhorias, ampliando a qualidade da educação ofertada.
Assim destacam-se algumas formas para que esta formação se dê:
Seminários;
Reuniões pedagógicas;
Trocas de experiências;
Discussões de assuntos tratados em encontros, cursos, grupos de estudos.
Além disso, os profissionais da educação de rede pública estadual do Paraná,
através da Secretaria de Estado da Educação (SEED) tem a possibilidade de
realizar cursos de formação continuada, a distância e presencial, ampliando os
conhecimentos necessários a prática de ensino.
7 ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE
Em termos legais, a existência da hora-atividade está determinada pela LDB
9394/96, artigo 67, inciso VI, a qual assegura ao professor em sua carga
horária um período reservado a estudos, planejamento e avaliação.
Atualmente a Lei 11.738/08 em seu parágrafo 4º, artigo 2º, dispõe que no
mínimo um terço da jornada de trabalho do professor seja destinado para a hora
atividade, embora no Paraná, esteja em vigor a Lei estadual 13.807/02 que institui
20% de hora atividade para os professores da educação básica do Paraná.
O Colégio Mário Quintana organiza a hora-atividade do quadro de
professores seguindo orientação do Núcleo Regional de Educação e as instruções
da SEED.
Neste ano letivo (2017), em sua maioria, a hora-atividade foi organizada
agrupando-se professores da mesma disciplina. Isso possibilita que, nestes
momentos, eles possam se encontrar para organizar suas aulas e trocar
experiências, bem como estejam disponíveis para cursos e encontros de formação
continuada promovidos pela mantenedora.
Contudo, ainda há alguns limites a serem superados para que estas
orientações sejam seguidas em sua íntegra. A escola tem um grupo grande de
profissionais com poucas aulas, ou seja, menos de 20 aulas por período. Isso
dificulta a organização do horário semanal das diversas turmas.
95
O estabelecimento de ensino faz cumprir a legislação vigente, exigindo de
seus profissionais o cumprimento das aulas destinadas a hora-atividade, pois
compreende que, nestes momentos, o profissional tem o momento propício para
planejar suas aulas, produzir atividades e avaliações, conversar individualmente com
alunos e responsáveis, receber orientações da equipe pedagógica, organizar seu
livro de registro de classe, entre outras atividades pertinentes a prática docente.
A escola compreende que, dada a demanda de atividades do professor, a
hora-atividade ainda é insuficiente para realizá-las. A mesma partilha do pedido dos
professores para que a legislação seja modificada, no sentido de ampliar o número
de horas-atividades a que o professor tenha direito.
Por isso, dentro dos seus limites da escola, buscou-se criar um ambiente
adequado ao cumprimento da hora-atividade. Dentro da biblioteca, foi criado a
Biblioteca do Professor, onde é possível ter acesso a bibliografias diversificadas e
também utilizar o computador com acesso à internet. A escola organizou também
um espaço de mecanografia para auxiliar o professor na reprodução de avaliações e
de materiais necessários às aulas. Todos os documentos, informativos, registros de
decisões tomadas no coletivo, prestação de contas, movimentação de alunos,
instruções sobre o livro de Registro de Classe, entre outros, ficam expostos na Sala
dos Professores, de modo que o coletivo possa inteirar-se do cotidiano escolar.
8 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
O trabalho pedagógico compreende todas as atividades teórico/práticas
desenvolvidas pelos profissionais do estabelecimento de ensino para a realização do
processo educativo escolar.
A organização democrática no âmbito escolar fundamenta-se no processo de
participação e co-responsabilidade da comunidade escolar na tomada de decisões
coletivas, para a elaboração, implementação e acompanhamento do Projeto Político-
Pedagógico.
A organização do trabalho pedagógico é constituída pelo Conselho Escolar,
Equipe de Direção, Órgãos Colegiados de Representação da Comunidade Escolar,
Conselho de Classe, Equipe Pedagógica, Equipe Docente, Equipe Técnico-
administrativa e Assistente de Execução e Equipe Auxiliar Operacional.
96
São elementos da gestão democrática a escolha do diretor pela comunidade
escolar, na conformidade da lei, e a constituição de um órgão máximo de gestão
colegiada, denominado de Conselho Escolar.
8.1 Gestão Democrática
O Colégio Mário Quintana busca fundamentar a Gestão Democrática tendo
como base a participação de todos os segmentos envolvidos no processo educativo:
pais – professores – alunos – funcionários – comunidade do entorno da escola.
Acredita-se, assim, que para que a Gestão Democrática se efetive é
necessária a reflexão constante sobre a participação da comunidade dentro da
escola pública por parte daqueles que fazem a educação no “chão da escola”.
Partindo deste pressuposto, e considerando a necessidade de um trabalho
conjunto entre família-escola-comunidade para a promoção de uma educação de
qualidade que propicie a democratização do conhecimento, a escola organiza
reuniões com a comunidade em horários diversificados. No início do ano letivo, a
escola oferta reunião, por ano letivo, em três horários diferentes (manhã, tarde e
noite), na qual é apresentado a escola os resultados do ano anterior, apresentado o
plano de metas e atividades culturais programadas pela escola e explanado as
principais normas regimentais da escola.
Em todas as reuniões, os responsáveis e a comunidade escolar tem a
oportunidade de avaliar o trabalho da escola, acompanhar a prestação de contas
(divulgada mensalmente) e sugerir encaminhamentos que possam contribuir para a
melhoria do processo de ensino-aprendizagem.
A escola compreende, ainda, a importância de realizar atividades culturais,
recreativas e esportivas que envolvam a comunidade e estreite laços entre as
famílias e os profissionais da escola. Neste sentido, ao longo do ano são promovidas
palestras, festivais, grupos de estudos, torneios, festas, mostras culturais, desfiles,
entre outras atividades.
Participar implica em envolver-se, comprometer-se. A Gestão Democrática
possibilita à troca de experiências, a promoção de práticas, a reflexão avaliativa
daquilo que deu ou não certo, onde projetos tornar-se-ão uma ação constante,
necessária abrindo possibilidades de novas práticas e o envolvimento cada vez
maior dos sujeitos do processo pedagógico.
97
Diante disso que já foi exposto, o Colégio Mário Quintana compreende que a
prática de gestão democrática não é concedida, é sim construída, conquistada.
Assim, o colégio tem tomado algumas posturas e atitudes que auxiliam e são
responsáveis pelos bons resultados da escola na gestão democrática:
Comprometimento e divisão de responsabilidades, facilitando a participação
dos envolvidos;
Reconhecimento dos esforços, avanços e iniciativas dos envolvidos, no
sentido de estimular e motivar uns aos outros;
Práticas que visam a superação do individualismo, lembrando sempre que na
gestão democrática predomina as decisões coletivas, que fortalecem as
ações conjuntas;
Procedimentos que têm como referência a legislação vigente e os documentos
que norteiam as ações da escola, assim como as decisões tomadas em reuniões
de professores, funcionários e pais;
Criação de uma cultura de participação comunitária, em reuniões, seminários,
grupos de estudos, atividades culturais, assembleias e outros, incentivando as
pessoas a se manifestarem e se envolverem no processo educativo;
Auxílio na organização das regras e acordos dentro da comunidade escolar,
bem como estar atento para o seu cumprimento;
Persistência em relação aos resultados;
Intervenção em situações que tragam prejuízo para a escola;
Investimento na estrutura física do colégio, na busca de espaço adequado,
limpo e organizado para o desenvolvimento do trabalho.
Ressalta-se assim que o Colégio Mário Quintana acredita que a efetivação da
Gestão Democrática é um processo amplo que exige a busca de uma nova
organização para a escola, constituindo uma ousadia para educadores, pais, alunos
e funcionários.
8.2 Plano de Ação da Equipe Pedagógica
OBJETIVO: Promover a organização do trabalho pedagógico da escola, colaborando e acompanhando com o processo de ensino aprendizagem, com vistas a garantir uma educação de qualidade e cumprir com a função social da escola pública.
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AÇÔES METODOLOGIA PERÌODO
Reunião para traçar ações para 2017 e organizar a semana pedagógica.
Reunião da equipe pedagógica com a direção para organizar as ações de 2017.
Janeiro.
Orientação e acompanhamento da Semana Pedagógica de fevereiro-2017.
Reunião com professores e funcionários para orientação quanto à organização e encaminhamentos necessários para a realização da Semana Pedagógica.
Fevereiro.
Orientação quanto às normas da escola e do preenchimento do Registro de Classe
Reunião com professores para orientação do adequado preenchimento do Registro de Classe, bem como das normas da escola.
Conversa individual com professores quando entrarem na escola em substituição.
Fevereiro
O ano todo
Orientação e acompanhamento do Plano de Trabalho Docente.
Coordenar e orientar o Plano de Trabalho Docente e tendo como referência as DCEs do Estado do Paraná.
Fevereiro. O ano todo
Realização de reunião com os pais dos alunos que freqüentarão a Sala de Apoio de Língua Portuguesa e Matemática; Atividades de Complementação Curricular; Sala de Recursos; CELEM.
Por meio da organização e da articulação das reuniões com alunos, responsáveis e professores.
Lembrando aos responsáveis e aos alunos a importância das atividades extracurriculares para complementar a aprendizagem feita em sala regular, revelar talentos e possibilitar a aquisição de conhecimentos necessários ao ingresso no mundo do trabalho.
2ª quinzena de fevereiro.
Organização de reuniões Pedagógicas.
Planejar, organizar e coordenar as reuniões pedagógicas de acordo com as necessidades da comunidade escolar e o cumprimento do Calendário Escolar.
Durante todo ano, seguindo o
calendário escolar.
Orientar professores na hora-atividade.
Assessoramento pedagógico na elaboração e reelaboração do Plano de Trabalho Docente, bem como acompanhar sua implementação.
Observação e acompanhamento dos registros feitos no Livro de
Durante o ano
99
AÇÔES METODOLOGIA PERÌODO
Classe.
Planejamento, organização e coordenação dos Conselhos de Classe.
Fazer o levantamento dos problemas por turma no pré-conselho, organizar os dados, apresentar nos Conselhos de Classe coordenando os possíveis encaminhamentos, fazer o pós conselho com os alunos.
Bimestralmente
Coordenar, acompanhar e realimentar a implementação do Projeto Político Pedagógico da escola.
Promovendo momentos de estudo para a fundamentação teórica acerca do PPP.
Discutindo, sugerindo e acatando decisões tomadas no coletivo que visam a melhoria do processo educativo.
Atualizando informações no texto do documento de acordo com a legislação vigente.
Durante o ano letivo
Participar e organizar eventos envolvendo a família na escola
Colaborando para o desenvolvimento dos eventos. Nos semestres
Proceder e acompanhar as classificações, reclassificações e dependências de alunos da escola.
Orientando sobre a comunidade escolar sobre a legislação que rege o processo de classificação e reclassificação dos alunos;
Reunindo os documentos necessários para montar os processos.
Articulando o momento em que o aluno será submetido a avaliação de desempenho;
Acompanhando o processo de mudança de turma do aluno reclassificado/classificado.
1º semestre
Acompanhar o processo de ensino e a frequência de alunos em programas e projetos extracurriculares da escola.
Por meio de conversas permanentes com os docentes, acompanhamento da frequência, conversas individuais com os alunos, bem como o contato com os responsáveis, sempre que necessário.
Durante o ano
Encaminhamento de alunos para avaliação no CRAPE
Através da colheita de dados sobre o processo de aprendizagem dos educandos, partindo da análise dos professores.
Durante o ano
100
AÇÔES METODOLOGIA PERÌODO
Entrevistando pais e alunos para organizar o primeiro diagnóstico na escola.
Encaminhando relatórios ao CRAPE/NRE para avaliação.
Orientar pais/responsáveis dos alunos da escola.
Por meio de conversas agendadas (pós-conselho) ou não (cotidiano), para a orientação acerca do processo ensino aprendizagem, da importância do acompanhamento familiar, dialogando sobre as dificuldades encontradas no processo educativo, cobrando responsabilidades dos mesmos sobre a necessária frequência regular dos educandos, fazendo a mediação entre professores-educandos-família.
Durante todo ano
Combater a Evasão Escolar Através do constante acompanhamento das pastas de turmas, dialogando com professores, familiares e alunos, como meio de coibir o excesso de faltas dos alunos.
Por meio de encaminhamentos ao Conselho Tutelar e/ou Ministério Público.
Durante todo ano
Participar em eventos. Por meio do comparecimento a eventos, reuniões técnicas, grupos de estudos e demais atividades feitas na escola ou espaços determinados pela mantenedora, repassando a comunidade escolar todas as informações obtidas nestes encontros.
Durante o ano, sempre que convocado.
Acompanhar os estágios não remunerados.
Por meio do diálogo constante do aluno estagiário, contato com as empresas e familiares e avaliação do rendimento escolar do aluno na escola.
Ano todo
101
9 SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM – ENSINO FUNDAMENTAL
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED - implementou o
Programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às
defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam a 5ª
série/6º ano do Ensino Fundamental.
O programa prevê o atendimento aos alunos do 6º ano que apresentem
defasagens de conteúdos, no contraturno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos
conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e
quantidades nas suas operações básicas e elementares, o que significa dizer uma
retomada de conteúdos básicos das disciplinas em questão.
Tomando por base a INSTRUÇÃO Nº 007/2011 - SUED/SEED, a qual
regulamenta a implantação do programa, o colégio Mário Quintana implantou a Sala
de Apoio à Aprendizagem considerando a demanda educacional de alunos no
Ensino Fundamental que apresentam defasagens de conteúdos em Língua
Portuguesa e em Matemática.
De acordo com a referida instrução, os conteúdos a serem trabalhados nestas
turmas são: Língua Portuguesa: oralidade, leitura, escrita; Matemática: Formas
espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares, dos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental.
Para que se realize a triagem de educandos que ingressarão no programa, a
escola tem buscado dialogar com as escolas municipais de nossa comunidade (no
caso dos 6º anos) e com os diversos professores da escola. O permanente diálogo
entre estes profissionais da educação permitem dar continuidade ao processo de
aprendizagem e de acompanhamento pedagógico pelo qual passam estes
educandos.
As salas funcionam com um número mínimo de 15 alunos e um máximo de
20, oportunizando o professor uma melhor observação de cada um dos alunos
assim como sua dificuldade. De acordo com os avanços de cada aluno, eles podem
ser desligados do programa e outros alunos podem ingressar. Esta rotatividade é
importante para que o programa possa beneficiar o maior número de alunos
possível.
102
Neste ano de 2017, a sala de apoio funciona no período da manhã, nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
10 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A inclusão é um aspecto que precisa estar presente, no cotidiano e em todas
as instâncias do convívio em sociedade, seja na família, na escola ou na
comunidade em que vive de maneira digna evidenciando suas potencialidades e
minimizando suas dificuldades, tornando-o (a), mas independente possível.
Na escola a construção do conhecimento é um conjunto de procedimentos
realizados no contexto escolar com intuito de investigar o processo de ensino-
aprendizagem para entender a origem dos problemas de aprendizagem do aluno e
propor intervenções pedagógicas (SEED, 2013).
A legislação vigente considera a diversidade de educandos em nossas
escolas, bem como a importância dos educadores reconhecer esta diversidade,
respeitando os tempos de aprendizagem e buscando meios para promover a
apropriação do conhecimento e a autonomia intelectual de todos os alunos.
De acordo com a Resolução CNE/CNB nº 02/2001, às escolas compete
oferecer:
VI – condições para reflexão e elaboração teórica da educação inclusiva, como protagonismo dos professores, articulando experiência e conhecimento com as necessidades/possibilidades surgidas na relação pedagógica, inclusive por meio de colaboração com instituições de ensino superior e de pesquisa; VII – sustentabilidade do processo inclusivo, mediante aprendizagem cooperativa em sala de aula, trabalho de equipe na escola e constituição de redes de apoio, com a participação da família no processo educativo, bem como de outros agentes e recursos da comunidade; VIII – temporalidade flexível do ano letivo, para atender às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência mental ou com graves deficiências múltiplas, de forma que possam concluir em tempo maior o currículo previsto para a série/etapa escolar, principalmente nos anos finais do ensino fundamental, conforme estabelecido por normas dos sistemas de ensino, procurando-se evitar grande defasagem idade/série. (BRASIL, 2001, p. 2 e 3).
Assim, é importante que os profissionais que atuam junto às pessoas com
deficiências estejam cientes e instrumentalizados para direcionarem o processo
educativo, que é, em si, um processo de humanização. É fundamental considerar
103
que todo ser humano tem a capacidade de aprender, contudo, não ao mesmo tempo
e com os mesmos recursos. Todo ser humano é educável, já que “os
impedimentos, mesmo que graves, de forma alguma explicam todas as dificuldades
e há muitas possibilidades para intervenção nos contextos em vários níveis: ensino,
criação, família, apoio dos colegas e amizade, atitudes positivas, relação com os
vizinhos e remoção de barreiras de todos os tipos” (MITTLER, 2003, p. 26).
As diferenças individuais estão sempre presentes em qualquer relação
humana, sejam elas afetivas, profissionais, educacionais, culturais, religiosas ou
sociais. Portanto, é importante compreender que quando se fala em diversidade na
escola, ela nem sempre se refere a alunos com deficiências. Em muitos casos, esta
diversidade é um reflexo do modo de produção vigente, de novos arranjos sociais e
econômicos, de novas estruturas (ou desestruturas) familiares, de políticas públicas
que contribuem para a exclusão social, da negação de direitos sociais e cidadãos
pela qual é submetida grande parte das camadas populares que estão na escola
pública.
Neste sentido, o Colégio Mário Quintana compreende que as diversas
manifestações do desenvolvimento humano ocorrem pelas relações sociais que o
indivíduo estabelece com o meio e com outros sujeitos. Assim, a instituição de
ensino busca em seu processo educativo promover a unidade na diversidade,
articulando diálogos, discussões, troca de experiências, momentos para
fundamentação teórica e investindo na infraestrutura e na aquisição de materiais
didáticos necessários a intervenção pedagógica e educacional.
Outra ação que tem, ao longo do processo, surtido efeitos positivos na relação
professor-aluno-família, são momentos de atividades culturais, recreativas e
desportivas que são propiciados a comunidade escolar durante o ano letivo. Estes
momentos possibilitam aos educandos buscarem formas diferenciadas para expor e
aprimorar os conhecimentos escolares. Além disso, esta interação família-
comunidade-escola é primordial para o desenvolvimento de ações e estratégias de
ensino e o fortalecimento das relações interpessoais na escola.
10.1 Sala de Recursos
A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica é um
atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa
104
e/ou suplementa a escolarização dos estudantes das classes comuns do ensino
fundamental e médio, com vistas à autonomia e independência na escola e fora
dela.
Podem frequentar os alunos regularmente matriculados no estabelecimento
de ensino que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso
acadêmico significativo, decorrentes de Deficiência Intelectual e/ou Transtornos
Funcionais Específicos.
O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos, se constitui em
um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos
cognitivo, motor, sócio-afetivo-emocional, necessários para apropriação e produção
de conhecimentos.
Assim, o professor da Sala de Recursos deve elaborar o planejamento
pedagógico individual, com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o
de forma a atender as intervenções pedagógicas sugeridas na avaliação de ingresso
e/ou relatório semestral. Este planejamento pedagógico deve ser organizado e,
sempre que necessário reorganizado, de acordo com:
a) os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno;
b) as áreas de desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional) de
forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de
aprendizagem.
O horário de atendimento na Sala de Recursos é realizado em período
contrário ao que o aluno está matriculado e freqüentando a classe comum. Este
trabalho é feito de forma individualizada ou em pequenos grupos. Este atendimento
leva em conta a faixa etária e as necessidades pedagógicas de cada educando.
O colégio Mário Quintana possui duas salas de recursos pedagógicos, uma
no turno da manhã e outra à tarde. Toda a regulamentação de funcionamento da
Sala de Recursos encontra-se na INSTRUÇÃO Nº 016/2011 - SUED/SEED.
10.2 ATENDIMENTO DE APOIO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
O objetivo é assegurar a formação básica do cidadão, mediante o
desenvolvimento da capacidade de aprender, de compreender o ambiente natural e
social, bem assim, formar atitudes e valores, fortalecer os vínculos de família e os
105
laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que assenta a vida
social. A inclusão da criança e/ou do jovem autista no ambiente escolar é essencial,
pois a aquisição de conhecimentos e o estabelecimento de vínculos com outros
infantes, com professores e educadores, contribuem sobremaneira para a evolução
do indivíduo, tornando-o capaz de se relacionar e estar apto para se desenvolver de
acordo com a sua faixa etária, podendo alcançar todas as etapas até a fase adulta e
integrar o meio social em que vive.
Conforme a Instrução Nº 004/2012 – SEED/SUED, Professor de Apoio
Educacional Especializado é um profissional especialista na educação especial que
atua no contexto escolar, nos estabelecimentos da Educação Básica e Educação de
Jovens e Adultos, para atendimento a alunos com transtornos Globais do
Desenvolvimento que apresentem um quadro de alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação,
repertório de interesses e atividades restrito, movimento estereotipado e repetitivo.
As atividades desenvolvidas no Atendimento Educacional Especializado
diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula do ensino regular, não sendo
substitutivas à escolarização, mas atuando de forma colaborativa junto ao professor
da classe comum, para a definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o
acesso do aluno ao currículo e sua interação no grupo, desde a promoção de
condições de acessibilidade no contexto escolar até às modificações mais
significativas na organização da sala de aula, dos materiais e recursos pedagógicos
utilizados pelo aluno e pelo professor.
10.3 Atividades Complementares Curriculares em Contraturno
O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno visa
a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos, espaços e
oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que está situada,
em contraturno, a fim de atender às necessidades socioeducacionais dos alunos.
Ele é regulamentado pela RESOLUÇÃO N.º 1690/2011 – GS/SEED.
As atividades complementares curriculares estão vinculadas ao projeto
político pedagógico da instituição de ensino e buscam responder às demandas
educacionais e aos anseios da comunidade.
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No colégio Mário Quintana as atividades e os períodos em que são realizadas
foram definidos a partir de consulta com a comunidade escolar, visando a integração
família-comunidade-escola e oportunizado novas perspectivas de aprendizagem
para alunos em vulnerabilidade social.
Constata-se que as atividades têm surtido efeitos positivos no processo
educacional da escola, gerando um interesse cada vez maior de educandos que
desejam participar do programa.
No colégio o programa contempla duas áreas distintas:
Música, Cultura e Arte;
Esporte e Saúde.
A - MÚSICA, CULTURA E ARTE
CONTEÚDOS:
História da Música: Na idade média; No Barroco e no romantismo; No
Contemporâneo.
Música Folclórica Brasileira.
A música coral: A produção da voz humana.
Música e a Biologia
Os parâmetros do som: A música e a Física.
Orquestra
Origem os instrumentos musicais.
Fontes Sonoras
Notação musical: Pentagrama; Notas na partitura
Figuras musicais: claves, notas e compasso.
Instrumentos Musicais: Percussão, Sopro, Cordas
OBJETIVOS:
Geral:
Levar os alunos a se expressarem enquanto sujeitos, contribuindo para a
formação da consciência crítica do educando, para a compreensão do mundo,
desenvolvendo habilidades de improvisação, criatividade, concentração e
responsabilidade proporcionando aos mesmos uma vivência com a música
através do estudo do instrumento e das matérias teóricas, possibilitando a
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execução de pequenas peças utilizando-se da leitura musical. Não nos
esquecendo também do fator inclusão social, que tem como premissa a escola.
Envolvendo o educando com atividades que além de enobrecer o ser humano e
o seu conhecimento específico o afasta das ruas e das drogas.
Específicos:
Conhecer a história da música através de apreciação musical, promovendo a
apreciação de obras musicais dos períodos do Barroco, Romântico, Clássico e
Nacionalista.
Ampliar o conhecimento cultural do aluno, propiciando o desenvolvimento do
pensamento artístico.
Favorecer um ambiente propício, a fim de que o aluno desenvolva sua
sensibilidade, percepção e imaginação.
Promover a integração do conteúdo através de texto impresso, com a prática da
execução de obras.
Perceba que os fatos aconteceram com certo ritmo, desenvolvendo noções de
esquema corporal.
Fazer com que a escola seja para o educando um espaço de expressão, criação
e desenvolvimento intelectual, cultural e pessoal propiciando a socialização.
Desenvolver no educando a leitura crítica do mundo, a oralidade, a entonação e
a musicalidade das emoções representadas.
Desenvolver no educando a capacidade de executar obras importantes da
música bem como de criar e executar composições próprias.
Promover a inclusão social por meio de conhecimento específico em música.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (2008),
disciplina de Arte, a música é uma atividade intrínseca do ser humano. Por isso, as
atividades musicais devem ser trabalhadas de forma que privilegiem a ludicidade,
buscando desenvolver na criança e no adolescente o prazer de estar no ambiente
escolar e de fazer parte de um grupo e de saber como agir enquanto grupo.
Desse modo, a metodologia de ensino deve estar pautada na busca da
expressão do prazer dos sentidos, explorando as possibilidades expressivas e a
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capacidade de reflexão dos educandos, sobretudo os mais tímidos e\ou com
dificuldades de relacionamento interpessoal.
Assim, os exercícios lúdicos, jogos musicais e criações de pequenos grupos a
partir de uma proposta livre são fundamentais para o desenvolvimento gradativo do
aluno, para que ele consiga expressar suas emoções e se libertar da insegurança e
da timidez inicial.
Uma vez que a arte tem um papel fundamental na formação humana, é
importante que o aluno entenda as obras musicais como parte da cultura da
humanidade. Para isso, é importante discutir alguns aspectos ligados à história da
música, como a origem da música grega, do renascimento italiano, e as obras mais
contemporâneas.
Alguns encaminhamentos metodológicos no trabalho pedagógico com o
projeto serão: desenvolvimento de jogos musicais; leituras e anotações em grupos;
aulas dialogadas com uso de slides; consulta a bibliografias referentes à música;
discussões em grupo; elaboração de pequenas peças a partir de tema livre e leitura
de autores contemporâneos e exercícios de consciência corporal.
Convém lembrar ainda que as atividades educacionais desenvolvidas na
música devem levar o educando a exercitar a criatividade, a socialização, e
memorização, a entonação e a coordenação, fazer experimentar novas
possibilidades de vivenciar o mundo com segurança e desenvoltura.
LOCAL DE REALIZAÇÃO:
Colégio Estadual Mário Quintana, Cascavel – PR, sala de aula arejada, palco
da escola e espaços ao ar livre. Também poderão ser desenvolvidas atividades em
locais comunitários: salões, auditórios, ginásio de esportes, etc.
RESULTADOS ESPERADOS
Para o aluno:
Desenvolver no aluno a habilidade de sentir o prazer estético que a música
apresenta e a sensibilidade para apreciação musical, levando-o a desfrutar dos
resultados que a música lhe proporciona, como: apresentar-se e falar em público,
melhora na dicção, leitura, desenvoltura, postura, favorecendo o desenvolvimento de
combinações intelectuais individuais, encorajando-o a utilizar esse conhecimento
para resolver problemas e efetuar tarefas cotidianas que estejam relacionadas com a
109
vida na comunidade a que pertencem; possibilitando assim melhorias nas relações
sociais de cada um.
Para a escola:
Promover a socialização dos conhecimentos sobre música e seus instrumentos;
Aumentar a sensibilidade e a capacidade de concentração, ampliando os
horizontes do campo cognitivo do aluno, trazendo benefícios para toda a
comunidade escolar;
Desencadear emoções, aumentando a união entre a interação e o prazer;
Desenvolver a linguagem, percepção, audição, habilidades em
acompanhamento Rítmico com instrumentos, voz e o canto como expressão de
grupo e individual;
Contribuir na formação e desenvolvimento da personalidade do aluno, pela
ampliação da cultura;
Enriquecimento da inteligência;
Vibração da sensibilidade musical;
Educar musicalmente.
Para a comunidade
Respeito ao próximo
Ações condizentes com os princípios trabalhados no contra turno.
Envolver toda a comunidade nas ações desenvolvidas, como apresentações,
oficinas abertas, confecção de instrumentos de sucata.
AVALIAÇÃO
A avaliação será de acordo com a LDB (nº 9.394/96, art. 24, inciso V), ou seja,
será “contínua e cumulativa respeitando o desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais”.
Almejamos cumprir também com a Deliberação 07/99 do Conselho Estadual
de Educação (Capítulo I, art.8º), levando em consideração “o desenvolvimento
formativo e cultural do aluno e a capacidade individual, o desempenho do educando
e sua participação nas atividades realizadas”.
110
O professor deverá observar e registrar o processo de aprendizagem,
apontando os avanços e as dificuldades durante a apropriação de conhecimento dos
alunos.
A avaliação será individual ou em grupo, seguindo os instrumentos de
verificação a seguir:
Trabalhos individuais ou em grupo;
Pesquisas bibliográficas ou em campo;
Provas teóricas e práticas;
Seminários com artistas da área.
REFERÊNCIAS:
MEDAGLIA, J. Música Impopular. São Paulo: Editora Global, 2003.
MORAES, J. Jota. O que é música? São Paulo: Brasiliense, 1983.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para a
Educação Básica: Arte. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
RAYNOR, H. História social da música: da Idade Média a Beethoven. Trad.
Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
SHAFER, R. M. O ouvido pensante. São Paulo: Editora Unesp, 2003.
SOLTI, Georg. O mundo maravilhoso da música. Trad. Luciano Jelen. São Paulo:
Melhoramentos, 1997.
SOUZA, Jusamara. Música, cotidiano e educação. Porto Alegre: Corag, 2000.
_________. Música, Cotidiano e Educação. Porto Alegre: Universidade Estadual
do Rio Grande do Sul, 2000.
STEFANI, G. Para entender a Música. São Paulo: Editora Globo, 1989.
WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São
Paulo: Companhia das Letras, 1989.
B - ESPORTE E SAÚDE
CONTEÚDOS:
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ESPORTE
CONTEÚDO BÁSICO: COLETIVO, INDIVIDUAL
CONTEÚDO ESPECÍFICO: FUTSAL E TÊNIS DE MESA
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CONTEÚDOS:
FUTSAL: Análise e discussão histórica da modalidade, análise teórica e pratica
das diferentes capacidades físicas exigidas, análise e pratica dos diferentes
fundamentos do esporte, jogos pedagógicos para aprendizagem dos diferentes
fundamentos, movimentação em quadra, análise dos diferentes posicionamentos
em quadra, atitudes de defesa, atitudes de ataque, importância do trabalho em
grupo para atingir o objetivo, conduta disciplinar diante as regras, noções de
preparação física e técnica, mini-evento competitivo e cooperativo.
TÊNIS DE MESA: Análise histórica do esporte, análise de vídeo de diferentes
eventos, análise dos movimentos técnicos, vivência do jogo, jogos para
movimentação de saque, recepção, diferentes empunhadura da raquete, jogos
de defesa, jogos de ataque, regras do jogo, evento do tênis de mesa.
OBJETIVOS:
Através das aulas de futsal e tênis de mesa o aluno não terá apenas mais
uma opção de lazer, mas a possibilidade de valorizar e construir progressivamente
vivências motoras e intelectuais através de atividades lúdicas.
A disciplina de Educação Física terá mais uma ferramenta pedagógica para a
busca de alguns objetivos:
Incentivar o aluno a compreender, observar e analisar melhor as situações do
jogo e da realidade.
Procurar desenvolver hábitos necessários à tomada de decisões.
Compreender e solucionar problemas pela análise do contexto geral em que
estiver inserido.
Ampliar o interesse pelas atividades individuais e valorizar as coletivas.
Melhorar o desenvolvimento escolar em todas as áreas de estudo. Priorizar
alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social e dificuldade de
aprendizagem.
Melhorar o relacionamento entre os colegas do grupo e fora dele.
Observar a importância que os jogos podem proporcionar em relação à
qualidade de vida.
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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Ao pensar no encaminhamento metodológico para as aulas trabalhadas no
projeto de contra turno é preciso levar em consideração, aquilo que o educando irá
trazer como referência acerca do conteúdo que será proposto, ou seja, fazer uma
primeira leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e
mobilização do educando para a construção do conhecimento escolar.
Após a verificação deste primeiro momento sobre o que os alunos conhecem
sobre os temas, propõe-se um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um
ambiente de dúvidas sobre os conhecimentos prévios. Posteriormente o professor
irá apresentar aos alunos o conteúdo sistematizado, para que tenham condições de
assimilação e recriação dos mesmos, desenvolvendo assim, as atividades relativas à
apreensão do conhecimento.
Serão solicitados aos alunos também que criem novas situações de jogos,
com novas regras adaptáveis vivenciando-as. Fazendo com que os educandos
possam efetivar um diálogo para permiti-los avaliar o processo de ensino-
aprendizagem, transformando-os intelectual e qualitativamente em relação à prática
realizada.
LOCAL DE REALIZAÇÃO:
Colégio Estadual Mário Quintana.
- Salas de aulas
- Quadra poliesportiva
- Outros espaços internos e externos da escola e da comunidade.
RESULTADOS ESPERADOS
Para o aluno:
Espera-se, através deste projeto que as atividades em contra turno possam
dar condições ao educando de: ampliar o interesse pelas atividades desenvolvidas;
melhorar o desenvolvimento escolar nas diversas áreas de estudo ajudando com as
dificuldades de aprendizagem; viabilizar o acesso e a permanência dele no ambiente
escolar; bem como possibilitar a integração e interação do aluno com o professor e
com demais colegas de grupo e fora dele. Que o aluno leve seu conhecimento e
contribua com a sociedade nas diferentes formas, seja histórica, técnica, da
convivência social, do respeito e dos valores éticos que o esporte desenvolve.
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Para a escola:
Melhorar a concentração e respeito frente a colegas, professores e membros da
comunidade;
Diminuição da indisciplina escolar;
Aquisição de Respeito pelos indivíduos e pelos valores sociais.
Melhoras na aprendizagem geral, motivada pelas habilidades biopsiquicas.
Melhor socialização do aluno no ambiente escolar.
Preservação do patrimônio escolar frente ao desenvolvimento de atitudes de
respeito.
Para a comunidade
Respeito ao próximo.
Diminuir a agressividade e a conseqüente violência.
Desenvolver ações condizentes com os princípios humanos emanados pela
constituição federal.
AVALIAÇÃO
Durante todo o desenvolvimento da atividade, serão realizadas em conjunto
com o aluno, diferentes análises, discussões que possam contribuir para que
possamos realizar uma auto-avaliação entre professor aluno das aulas em
andamentos, para que juntos, traçamos pontos para atingir coletivamente o grande
objetivo.
REFERÊNCIAS:
GONÇALVES, Maria Cristina; PINTO, Roberto, Costacurta; TEUBER, Silvia Pessoa.
Educação Física da técnica aplica ao movimento livre. Curitiba. Editora
Bolsa,1998.
HYPOLITTO, Dalton. Tênis preparação física. São Paulo: Papelivros, 1981.
LAPIERRE, André. A educação psicomotora na escola. São Paulo: Manole, 1986.
LUNGLEY, Robin. Vamos jogar Tênis. São Paulo: Editora Abril, 1981.
MESQUITA, Paulo. Tênis regras, tática, técnica. São Paulo: Cia .Brasil Editora,
1999.
114
MUTTI, Daniel. Futsal - Da Iniciação ao Alto Nível. Phorte, 1999 .
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica: Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.
PRIMO, Marcos. 84 dicas para o tênis. São Paulo: Edições de Ouro, 1988.
SHARP, Mark. Tênis golpes básicos. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1977.
11 PLANO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NÃO-OBRIGATÓRIO
A educação acontece nas mais variadas esferas da vida social, famílias, nos
grupos sociais, nas instituições educacionais, nas associações profissionais, nas
igrejas, nas empresas, nos meios de comunicações, assumindo diferentes formas de
organizações.
A educação é uma ação intencional e deve ser planejada de forma reflexiva e
consciente, com objetivos claros e bem definidos. Pela educação escolar, é possível
democratizar o saber, pois ao adquirir conhecimentos científicos podem desenvolver
a capacidade de pensar criticamente os problemas e desafios postos na realidade
social.
Desta forma, o estágio não obrigatório, oportuniza aos educandos
matriculados e frequentando o ensino regular nos anos finais do fundamental e do
médio e inserção no mundo do trabalho. As atividades de estágio como ato
educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir das diferentes disciplinas, para se
analisar as relações e contradições sociais, as quais se explicam a partir das
relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos conceituais ao aluno
para analisar as relações de produção, de dominação, bem como as possibilidades
de emancipação do sujeito a partir do trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos
conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de
possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma
conceitual e operacional. Isto implica em ir para além de uma formação técnica que
secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo de
produção em sua totalidade.
Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta
dimensão contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador
atuar no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.
115
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno
estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua
participação nela, de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos
teóricos que as sustentam.
A) ATIVIDADES DE ESTÁGIO:
Atividades que visem o aprendizado de competências próprias da atividade
profissional e a contextualização do currículo escolar, objetivando o desenvolvimento
do educando para a vida cidadã e para o mundo do trabalho.
As atividades específicas a serem desenvolvidas pelo estagiário deverão
constar no Termo de compromisso de Estágio.
Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente
de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas
relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a
prevalecer sobre o aspecto produtivo.
B) ATRIBUIÇÕES DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO:
O estágio não-obrigatório, concebido como procedimento didático-
pedagógico e como ato educativo intencional, é atividade pedagógica de
competência da instituição de ensino e será planejado executado e avaliado em
conformidade com os objetivos propostos para a formação profissional dos
estudantes, com os previstos no Projeto Político- Pedagógico e descritos no Plano
de Estágio.
A instituição de ensino é responsável pelo desenvolvimento do estágio,
observados:
I. Termo de Convênio para estágio com o ente público ou privado, e concedente de
estágio;
a) nas Instituições de Ensino da Rede Pública Estadual, de acordo com o Decreto
no 897/07 de 31/05/07, para a formalização do Termo de Convênio, será
necessário a prévia e expressa autorização do Governador do Estado do
Paraná.
II. Termo de Compromisso firmado com o educando ou com seu representante ou
assistente legal e com a parte concedente, indicando as condições adequadas
116
do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação
escolar do estudante e ao horário e calendário escolar;
III. Plano de Estágio que será submetido à análise do NRE, juntamente com o
Projeto Político-Pedagógico - ou em separado – no caso de estágio não-
obrigatório implantado posteriormente, visando assegurar a importância da
relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deve ser incorporado ao
Termo de Compromisso e adequado à medida da avaliação de desempenho
do aluno, por meio de aditivos.
O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor orientador
especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades.
O professor orientador, no caso de estágio não-obrigatório, deverá aferir
mediante relatório, as condições para a realização do estágio firmadas no Plano de
Estágio e no Termo de Convênio.
C) ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL PELO ESTÁGIO:
O estágio será desenvolvido com a mediação de professor orientador,
especificamente designado para essa função, o qual fica responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades. Cabe a este:
Solicitar da parte concedente relatório, que integrará o Termo de compromisso,
sobre a avaliação dos riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidas pelo
estagiário, levando em conta: local de estágio; agentes físicos, biológicos e
químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de trabalho;
as operações e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o
desenvolvimento das atividades de estágio;
Exigir do estudante a apresentação periódica de relatório das atividades, em
prazo não superior a 6 (seis) meses, no qual deverão constar todas as atividades
desenvolvidas nesse período.
Auxiliar o educando com deficiência, quando necessário, na elaboração de
relatório das atividades.
Elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de
seus estudantes;
117
Esclarecer à parte concedente do estágio o Plano de Estágio e o Calendário
Escolar;
Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma
de atividades a serem realizados pelo estagiário;
Proceder avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio
estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de
Compromisso, mediante relatório;
Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
Observar se o número de horas estabelecidas para o estágio não-obrigatório
compromete o rendimento escolar do estudante e, neste caso, propor uma
revisão do Termo de Compromisso.
D) ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO:
A jornada de estágio deve ser compatibilizada com as atividades escolares e
constar no Termo de Compromisso, considerando:
A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou
assistente legal, se menor; a concordância da instituição de ensino; a concordância
da parte concedente.
A jornada de estágio não poderá ultrapassar: quatro (4) horas diárias e vinte
(20) horas semanais, no caso de estudantes de Educação Especial e dos anos finais
do Ensino Fundamental, - seis (6) horas diárias e trinta (30) horas semanais, no
caso de estudantes do Ensino Médio, a carga horária do estágio não pode
comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais compromissos
escolares.
A duração do estágio, contratado com a mesma instituição concedente, não
poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário com deficiência.
No estágio não-obrigatório, é compulsório o recebimento de bolsa ou outra
forma de contraprestação acordada, bem como auxílio-transporte.
A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte,
alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.
O estudante, no estágio não-obrigatório, poderá inscrever-se e contribuir
como segurado facultativo do Regime Geral de Previdência Social, para fins de
contagem de tempo de serviço.
118
Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de
contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um)
ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente
durante suas férias escolares.
Os dias de recesso serão concedidos de maneira proporcional nos casos em
que o estágio tiver duração inferior a 1 (um) ano.
Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no
trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do
estágio.
E) FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO:
O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação do professor orientador
especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades, conforme ficha anexa, devendo exigir
do aluno, pelo menos uma vez em cada semestre, a apresentação do Relatório de
Estágio, no qual deverão constar todas as atividades desenvolvidas neste período.
F) AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO:
Avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio firmada
no Plano de Estágio e no termo de convênio que deverão ser aferidas mediante
analise do relatório de estágio apresentado pelo educando ao professor orientador
do estágio.
O Plano de Estágio deverá estar organizado conforme as normas
estabelecidas na DELIBERAÇÃO Nº 02/09.
12 DIVERSIDADE EDUCACIONAL
Pensar a diversidade e a inclusão é pensar a educação como ferramentas de
transformação. A Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que: "Somos todos
diferentes, mas também somos iguais em direitos e dignidade".
Refletir sobre educação e diversidade na escola é colocar em pauta o
processo de desenvolvimento humano integral e sobre a democratização do saber.
Isso implica no desenvolvimento de um processo ensino-aprendizagem singular,
119
crítico, dinâmico e desafiador, que considere as diferentes culturas, ritmos e níveis
de desenvolvimento dos alunos e que promova efetivamente a inclusão social.
É neste contexto de “diferenças e diferentes” que o colégio Mário Quintana
repensa sua ação pedagógica para agregar, de forma contextualizada e dentro dos
conteúdos de suas várias disciplinas, os conhecimentos sobre Educação Ambiental,
Educação Indígena, Educação do Campo, Diversidade Étnico Racial, Diversidade e
Educação Sexual, Enfrentamento a Violência na escola, Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas e Estudos sobre o Paraná.
Deste modo, pretende-se transformar todos estes desafios contemporâneos
em conteúdos a serem trabalhados em sala de aula, nas mais diversas áreas do
conhecimento, ampliando as possibilidades de contextualizá-los, compreendê-los,
ressignificá-los, produzindo no aluno atitudes de valorização da vida e dos valores
sociais da diversidade cultural brasileira, contemplando também a Lei 13.006/2014
de 26/06/2104 que trata da exibição de filmes nacionais para abordar os temas
expostos.
12.1 Equipe Multidisciplinar
A Equipe Multidisciplinar é uma instância de organização do trabalho escolar,
coordenada pela equipe pedagógica, e instituída por Instrução da SUED/SEED, de
acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a
finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação
das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena, ao longo do período letivo.
A Equipe Multidisciplinar se constitui por meio da articulação das disciplinas
da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais
da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Etnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos Africanos,
Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para que o
aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de seu
povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.
Os integrantes da Equipe Multidisciplinar participam de atividades formativas
realizadas na escola e em outros espaços organizados pela SEED. Eles atuam
120
como articuladores e multiplicadores de conhecimentos, provocando debates,
reflexões e ações para o trabalho com os referidos conteúdos.
A composição e organização da Equipe Multidisciplinar são orientadas pela
RESOLUÇÃO N°. 3399 / 2010 – GS/SEED.
12.2 Educação Indígena
A Secretaria de Estado da Educação, com sua política de atendimento às
diferenças e à diversidade está mobilizada para garantir às comunidades indígenas,
educação escolar básica, de qualidade, laica e diferenciada, que respeite e fortaleça
seus costumes, tradições, língua, processos próprios de aprendizagem e reconheça
suas organizações sociais.
Em comum com a política estadual, o Colégio Mário Quintana assume o
compromisso de valorizar, divulgar e fortalecer a história e a sócio diversidade dos
povos indígenas.
As políticas educacionais atuais para a realidade indígena partem dos
fundamentos legais e conceituais presentes na Constituição de 1988 que colocou
sobre novas bases os direitos indígenas. São direitos constitucionais dos povos
indígenas: o reconhecimento e a garantia de seus territórios, de suas formas de
organização social e de sua produção sociocultural, o ensino ministrado nas línguas
indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem.
Assim, do ponto de vista legal, temos uma concepção de que os povos
indígenas se organizam socialmente de formas diferenciadas, têm uma identidade
étnica, são portadores de conhecimentos, valores, tradições e costumes próprios e
transmitem esse universo de significados (a cultura) para as gerações mais novas
por meio de processos próprios de aprendizagem.
Há que se considerar ainda que a educação escolar indígena é uma inovação
na educação brasileira e sua implementação como política de garantia de direitos
exige a formulação de políticas, programas e ações específicas e o exercício de uma
gestão flexível e conhecedora das peculiaridades de cada povo indígena.
Para isso, é fundamental o exercício de um diálogo verdadeiramente
intercultural, em que os representantes indígenas tenham voz para expressar suas
perspectivas e concepções sobre a educação escolar, e os gestores públicos se
disponham a não mais adaptar programas já existentes, mas a promover políticas
121
e programas que valorizam e mantêm a diversidade cultural dos povos indígenas,
promovendo o pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e a gestão
democrática do ensino.
Diante disso, embora este estabelecimento de ensino não esteja inserido
próximo a comunidades indígenas, não recebendo ainda nenhum aluno indígena, as
diversas disciplinas desenvolvem suas atividades considerando a diversidade
cultural indígena e suas importantes contribuições para a formação do povo
brasileiro. Assim, a questão indígena brasileira é trabalhada para além do lado mítico
e do senso comum, busca-se contextualizar a situação do índio na sociedade
brasileira, considerando-se as raízes históricas deste povo no Brasil e no mundo.
12.3 História da Cultura Afro-Brasileira
Partindo da promulgação da Lei 10.639/2003, a qual estabelece a
obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas, nos
currículos escolares, torna-se fundamental proporcionar aos educandos
conhecimentos que se concretizem em iniciativas de combate ao racismo e a toda
forma de discriminação.
Neste sentido, deve-se trabalhar pelo reconhecimento e valorização da
história e cultura dos afro-brasileiros, à diversidade da nação brasileira, ao igual
direito à educação de qualidade, isto é, não apenas direito ao estudo, mas também à
formação para a cidadania responsável pela construção de uma sociedade justa e
democrática.
Assim, o reconhecimento implica justiça e iguais direitos sociais, civis,
culturais e econômicos, bem como valorização da diversidade daquilo que distingue
os negros dos outros grupos que compõe a população brasileira. E isto requer
mudança nos discursos, raciocínios, lógicas, gestos, posturas, modo de tratar as
pessoas negras. Requer também que se conheça a sua história e cultura
apresentadas, explicadas, buscando-se especificamente desconstruir o mito da
democracia racial na sociedade brasileira; mito este que difunde a crença de que, se
os negros não atingem os mesmos patamares que os não negros, é por falta de
competência ou de interesse, desconsiderando as desigualdades seculares que a
estrutura social hierárquica cria com prejuízos para os negros.
122
Reconhecer exige que se questionem relações étnico-raciais baseadas em
preconceitos que desqualificam os negros e salientam estereótipos depreciativos,
palavras e atitudes que, velada ou explicitamente violentas, expressam sentimentos
de superioridade em relação aos negros, próprios de uma sociedade hierárquica e
desigual.
Com isso, o Colégio Mário Quintana desenvolve seu trabalho no sentido de
assegurar o direito a educação de todo e qualquer cidadão, posicionando-se contra
toda e qualquer forma de discriminação, segregação e preconceito. Acredita ainda
que, a luta pela superação do racismo e da discriminação racial é, pois, tarefa de
todo e qualquer educador, independentemente do seu pertencimento étnico-racial,
crença religiosa, orientação sexual ou posição política.
A inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira ocorre em todas
as disciplinas, através de textos, trabalhos de grupo, debates, produção e
interpretação textual, entre outras atividades desenvolvidas pela Equipe
Multidisciplinar. Especificamente nas disciplinas de história e artes, aprofunda-se o
tema com o estudo da cultura afro-brasileira.
Por outro lado, salientamos ainda que combater o racismo, trabalhar pelo fim
da desigualdade social e racial, empreender reeducação das relações étnico-raciais
não são tarefas exclusivas da escola. As formas de discriminação de qualquer
natureza não nascem na escola, porém o racismo, as desigualdades e
discriminações correntes perpassam por ali.
Assim, a escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações
e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos
conhecimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de
racionalidade que rege as relações sociais e raciais.
12.4 Educação do Campo
A Educação do Campo é uma política pública do Estado do Paraná e se
apresenta também como expressão de uma política nacional que promove o resgate
da dívida histórica social, frente à obrigatoriedade da oferta de educação para toda a
população.
Caracterizada como o resgate de uma dívida histórica do Estado aos sujeitos
do campo, que tiveram negado o direito a uma educação de qualidade, uma vez que
123
os modelos pedagógicos ora marginalizavam os sujeitos do campo, ora vinculavam-
se ao mundo urbano, ignorando a diversidade sociocultural do povo brasileiro,
especialmente aquela expressa na prática social dos diversos sujeitos do campo.
No Paraná, a construção das Diretrizes Curriculares da Educação do Campo
é mais um passo importante na afirmação da educação como um direito universal,
pois vem auxiliar o professor a reorganizar a sua prática educativa, tornando-a cada
vez mais próxima da realidade dos sujeitos do campo, criando assim um sentimento
de pertencimento das crianças e adolescentes, que vão ter na escola um trabalho
educativo com sentido em suas vidas. A intenção é que as Diretrizes possam
motivar os professores na observação e apropriação da riqueza que o campo
brasileiro oferece à ampliação dos conhecimentos escolares.
Neste sentido, o desafio é o de abstrair das experiências, dos debates, das
disputas em curso, um conjunto de idéias que possam orientar o pensar
(especialmente dos educadores) sobre a prática de educação dos sujeitos do
campo, e, sobretudo, que possam orientar e projetar outras práticas e políticas de
educação.
Assim, diluídas nas diversas disciplinas curriculares, com maior ou menor
ênfase, a Educação do Campo vem sendo trabalhada pelo Colégio Mário Quintana,
considerando os seguintes elementos:
O campo e a situação social objetiva das famílias trabalhadoras nesta época: o
aumento da pobreza, a degradação da qualidade de vida, o aumento da
desigualdade social, da exclusão;
A barbárie provocada pela implantação violenta do modelo capitalista de
agricultura;
A situação em relação à educação: ausência de políticas públicas que
garantam o direito à educação e à escola para os camponeses/trabalhadores do
campo;
As disputas pela posse da terra, que em nosso município é bastante presente,
haja vista estarmos em uma região cuja economia é baseada na agriculta.
Os movimentos sociais que visam discutir a questão agrária no país e lutar pela
Reforma Agrária.
Considera-se que o trabalho realizado em sala de aula, contextualizado a
partir de nossa realidade social, tem contribuído para desmistificar a figura do
124
homem do campo e refletir sobre a situação agrária em nossa sociedade, em
especial na região de Cascavel.
12.5 Estudos sobre a História do Paraná
Conforme aponta as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do
Paraná, disciplina de História (2006, p. 21), é necessário considerar a diversidade
cultural nos locais de memória paranaense, contemplando-os como espaços em que
se situam os movimentos sociais organizados. Esta abordagem atende ao
cumprimento da Lei nº 13.381/01, que torna obrigatório no estado, o conteúdo de
História do Paraná.
Quando a escola analisa, estuda e reflete sobre a história do Paraná contribui
para que o aluno se perceba enquanto sujeito histórico, que tem seu papel na
constituição da cultura e do estado. Este sentimento de pertencimento provoca no
aluno a necessidade de compreender as raízes históricas do seu passado, da sua
família. Assim, diluídas nas diversas áreas do conhecimento, o Colégio Mário
Quintana trabalha a diversidade cultural do estado, fruto dos povos que aqui se
fixaram e alavancaram o desenvolvimento do Paraná.
Nestes estudos, além da questão do índio e do negro em nosso estado, torna-
se fundamental a compreensão da política da imigração européia e asiática no
Paraná. É importante que o educando perceba como o imigrante contribuiu para o
povoamento do território, a diversificação das atividades econômicas, a urbanização
do estado, a miscigenação da cultura e do povo e o surgimento de características
muito peculiares a cada uma de suas regiões, que até hoje resistem aos avanços
científicos, tecnológicos e culturais.
Assim, o Colégio Mário Quintana busca oferecer, em suas diversas
disciplinas, atividades diversificadas que conduzam o aluno a conhecer, refletir e
analisar os elementos formadores da cidadania paranaense, bem como a história, a
cultura, a geografia e as principais características dos grupos humanos que deram
origem ao estado. Com isso, acredita-se que o aluno ira compreender a sua própria
história e a sua relação com o Estado.
125
12.6 Desafios Educacionais Contemporâneos
O Colégio Mário Quintana acredita que o processo de ensino-aprendizagem
contextualizado com a realidade social, econômica e cultural brasileira é algo
desafiador quando se pretende implementar uma educação de qualidade.
Vive-se um momento de intensas transformações sociais, econômicas,
científicas e culturais que geram comportamentos imprevisíveis, e em alguns casos
patológicos, a muitos cidadãos e que exigem da escola um posicionamento com
relação aos novos desafios postos para a educação.
Tais desafios trazem à tona as inquietudes humanas e apontam, em muitos
casos, para a barbárie social e a exclusão das camadas populares de direitos
inalienáveis, como a liberdade, a justiça, a saúde, a educação, o trabalho, etc. As
inúmeras situações conflitantes de nossa sociedade, não ficam alheias a escola.
Pelo contrário, refletem nela as dificuldades presentes em nossa sociedade e levam-
nos a avaliar os enfrentamentos que a escola pode fazer.
Neste sentido, o colégio Mário Quintana ao construir o seu projeto político-
pedagógico e refletir as ações práticas para a formação integral do educando, visa
apontar a opção pela direção educacional para compreender questões como:
Educação Ambiental; Prevenção ao uso indevido de drogas; Relações étnico-
raciais; Sexualidade e Orientação Sexual; Gravidez na adolescência;
Prevenção a exploração do Trabalho Infantil e Enfrentamento a violência na
escola. Promovendo no decorrer do ano letivo palestras que abortam os temas
citados anteriormente.
Dada a importância do estudo, da análise, da reflexão e da ação frente a
estas temáticas, o colégio busca trabalhar estes temas de maneira contextualizada
com a realidade e diluída nos conteúdos das diversas áreas do conhecimento.
Ressalta-se que estes conteúdos são de fundamental importância para a formação
crítica, responsável e integral de nossos educandos e que, portanto, não poderiam
ser trabalhadas em formas de projetos, descontextualizados do ensino em sala de
aula.
126
12.7 Exercício de Plano de Abandono na Instituição de Ensino – Brigada
Escolar
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após
terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o
Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os
impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e
adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural
e potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das
medidas preventivas.
E a opção de se trabalhar com as escolas da rede estadual de educação tem
a ver com a necessidade de adequá-las internamente para atender as disposições,
legais de prevenção de toda a espécie de riscos sejam eles de cunho natural ou de
outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros.
A partir da oferta de formação aos profissionais da rede estadual de ensino
para a execução de ações de Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no
ambiente escolar com vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para
o socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a
princípios de incêndio.
E aos alunos o exercício visa proporcionar aos alunos da rede estadual de
ensino condições mínimas para enfrentamento de situações emergenciais no interior
das escolas, assim como conhecimentos para se conduzirem frente a desastres.
127
13 PLANO DE AÇÃO 2017
JUSTIFICATIVA
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná (2008, pág. 14), um sujeito é fruto de
seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do
modo como o compreende e como dele lhe é possível participar. Neste sentido, é papel da escola ofertar uma educação que
possibilite a este sujeito interagir com qualidade, ética, responsabilidade, criticidade, solidariedade e cidadania na vida em
sociedade.
Neste sentido, o Plano de Ação 2017 do Colégio Estadual Mário Quintana, de Cascavel – Paraná, visa implementar
mecanismos de participação e de interação família-escola, de modo a contribuir para a universalização da educação pública de
qualidade e promover a formação integral do aluno. Para tanto, serão promovidas ações que estimulem a participação do coletivo
escolar em atividades culturais, recreativas e desportivas nas quais se valorize o espírito de união, a criatividade, o
companheirismo, a responsabilidade social, revelando e desenvolvendo talentos individuais e coletivos.
A escola é um espaço de relações. [...] cada escola é única, fruto de sua história particular, de seu projeto e de seus agentes. Como lugar de pessoas e de relações, é também um lugar de representações sociais. Como instituição social ela tem contribuído tanto para a manutenção quanto para a transformação social. [...] A escola não é só um lugar para estudar, mas para se encontrar, conversar, confrontar-se com o outro, discutir, fazer política. [...] A escola não é só um espaço físico. É, acima de tudo, um modo de ser, de ver. Ela se define pelas relações sociais que desenvolve. [...] A escola não pode mudar tudo e nem pode mudar a si mesma sozinha. Ela está intimamente ligada à sociedade que a mantém. Ela é, ao mesmo tempo, fator e produto da sociedade. Como instituição social, ela depende da sociedade e, para se transformar, depende também da relação que mantém com outras escolas, com as famílias, aprendendo em rede com elas, estabelecendo alianças com a sociedade, com a população. Não somos seres determinados, mas, como seres inconclusos, inacabados e incompletos, somos seres condicionados. O que aprendemos depende das condições de aprendizagem (GADOTTI, 2007, p. 11-12).
128
A – DIMENSÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM REALIZADAS
CRONOGRAMA RESPONSÁVEIS
As informações pertinentes à escola são disponibilizadas a toda a comunidade escolar?
Ampliar os meios pelos quais a comunidade escolar acessa as informações da escola.
Comunidade Escolar
Incentivo ao uso de agendas pelos alunos;
Ações que promovam a melhoria da relação família-escola;
Ampliação dos meios interativos para a comunicação (celular, internet, site da escola, etc.)
Durante todo ano letivo.
Pais e responsáveis; alunos; professores; pedagogos e gestores.
Há participação atuante das Instâncias Colegiadas na escola?
Ampliar a participação das Instâncias Colegiadas em atividades culturais, desportivas e pedagógicas da escola.
Comunidade Escolar
Realizando reuniões periódicas;
Incentivando a participação dos membros;
Divulgando as ações positivas da escola com a colaboração das
Durante todo ano letivo.
Comunidade escolar.
129
instâncias colegiadas.
Estudantes, pais, mães ou responsáveis legais participam ativamente da escola?
Tornar as decisões tomadas mais acessíveis aos pais e aos alunos.
Acentuar a importância da participação da comunidade escolar nas decisões tomadas pela escola.
Comunidade Escolar
Promover reuniões bimestrais;
Divulgar as ações positivas da escola;
Avaliar coletivamente as ações praticadas;
Incentivar a participação de pais e responsáveis nas instâncias colegiadas.
Durante todo ano letivo.
Pais e responsáveis; alunos; professores; pedagogos e gestores.
A comunidade escolar participa da definição da utilização dos recursos financeiros à escola?
Ampliar os meios pelos quais a comunidade escolar acessa as informações da gestão financeira da escola.
Comunidade Escolar
Divulgar a prestação de contas da escola nos murais e no site da escola;
Fortalecimento das instâncias colegiadas na medida em que estas colaboram na tomada de decisão sobre o
Durante todo ano letivo.
Gestores e Agentes Educacionais II.
130
uso dos recursos da escola.
B – DIMENSÃO: PRÁTICA PEDAGÓGICA
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM
REALIZADAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEIS
A Proposta Pedagógica Curricular (PPC) é definida e conhecida por todos?
Ampliar o acesso da comunidade escolar na PPC da escola.
Avaliar constantemente e coletivamente a PPC para a proposição de mudanças, quando necessárias.
Comunidade Escolar
Incentivo ao uso do site da escola para que a comunidade tenha conhecimento da PPC;
Continuidade da divulgação da Ementa da disciplina, o qual acontece na primeira semana de aula, feito por parte de cada professor;
Incentivo a participação dos docentes, pedagogos e
Durante todo ano letivo.
Pedagogos, Gestores e Professores.
131
gestores em reuniões pedagógicas e cursos de formação, momentos nos quais se avalia e se discute a implementação da PPC.
Os docentes elaboram e cumprem o que está previsto no PTD?
Efetivar integralmente o que está planejado no PTD.
Comunidade Escolar
Avaliação e realimentação do PTD, de acordo com os desafios encontrados no ano.
Debates entre as áreas/disciplinas para ampliar e/ou modificar o PTD;
Atualização permanente dos mesmos.
Início de cada semestre letivo.
Professores, Pedagogos e Gestores.
Há contextualização dos conteúdos disciplinares?
Contextualizar os conteúdos trabalhados.
Alunos e professores
Incentivando leituras e aprofundamento teórico-metodológico dos professores;
Democratizando
Durante todo ano letivo.
Professores, Pedagogos, Gestores e Alunos.
132
o processo de ensino e aprendizagem com diferentes recursos e estratégias.
Ampliando debates da comunidade escolar sobre temas contemporâneos, colaborando com as conexões que se estabelecem com os conteúdos ministrados.
Há variedade de estratégias e recursos de ensino-aprendizagem utilizados pelos docentes?
Ampliar os recursos didático-pedagógicos disponíveis na escola;
Melhorar a qualidade de equipamentos e do acesso a recursos tecnológicos da escola;
Proceder a manutenção e a
Comunidade Escolar
Continuidade da manutenção e da aquisição de recursos didáticos e tecnológicos.
Incentivando e promovendo cursos e grupos de estudo sobre a utilização dos recursos disponíveis na escola.
Durante todo ano letivo.
Pais e responsáveis; alunos; professores; pedagogos e gestores.
133
aquisição de equipamentos e materiais;
Incentivar a formação de grupos de estudos para troca de experiência entre os docentes, gestores e pedagogos sobre meios e recursos variados que podem ser utilizados na prática educativa.
Há atendimento Educacional Especializado/AEE?
Rotatividade de profissionais no atendimento educacional especializado/AEE;
Descontinuidade nos processos
Professor e aluno
Buscar junto aos órgãos competentes a continuidade dos profissionais que atuam na escola;
Organizar a documentação para que as ações não se percam de um ano para o outro.
Ano letivo Professores, Pedagogos, Gestores e Alunos
As questões sócio-educacionais são
Proceder a prática pedagógica
Comunidade escolar
Implementar as ações previstas no Projeto Político
Ano letivo Professores, Pedagogos, Gestores e
134
consideradas nas práticas pedagógicas?
considerando as questões sócio-educacionais.
Pedagógico – PPP;
Debater com a comunidade escolar questões sócio-educacionais, de modo a democratizar o processo ensino e aprendizagem.
Alunos
C – DIMENSÃO: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM REALIZADAS
CRONOGRAMA RESPONSÁVEIS
Há abandono da escola pelos alunos? O documento Caderno do Programa Combate ao Abandono Escolar é conhecido e suas orientações são efetivadas?
Combater a evasão escolar;
Fortalecer a relação família-escola para o combate ao abandono escolar;
Socializar e seguir as orientações do documento “Caderno do Programa
Comunidade escolar;
Contatar os alunos e seus responsáveis, chamando-os à responsabilidade pela frequência do aluno;
Assegurar as condições de permanência na escola, proporcionando um ensino de qualidade;
Durante o ano letivo
Pedagogos, gestores, professores e famílias.
135
Combate ao Abandono Escolar” com a comunidade escolar
Trabalhar em conjunto com outras instituições e órgãos de proteção à criança e ao adolescente;
Há formas de acolhimento e de recuperação de conteúdos para os alunos que retornam do abandono?
Desenvolver atividades que visem a recuperação de estudos para alunos que retornam da evasão escolar.
Alunos que regressam da evasão
Debater e deliberar ações e atividades necessárias para a recuperação de estudos de alunos que retornam da evasão.
Durante o ano letivo
Pedagogos, gestores, professores e famílias.
A escola tem formas de atender aos alunos com defasagem de aprendizagem?
Dar continuidade as ações pedagógicas que visam recuperar conteúdos de alunos com defasagem de aprendizagem;
Cumprir com as ações previstas no programa Sala de Apoio à Aprendizagem e Sala de Recursos Multifuncional.
Pedagogos, professores e alunos;
Realizar reuniões pedagógicas e grupos de estudos sobre os processos de avaliação da escola;
Avaliar e deliberar as ações necessárias para a recuperação de conteúdos de alunos com defasagem de aprendizagem;
Propiciar
Durante o ano letivo
Pedagogos, gestores, professores e instâncias colegiadas.
136
ambientes pedagógicos que favoreçam a aprendizagem, bem como que diversifiquem as aulas com maiores recursos e instrumentos didático-pedagógicos.
A escola propõe formas de melhorar a qualidade de ensino e a taxa de aprovação?
Cumprir as proposições previstas no PPP para a melhoria da qualidade de ensino e o aumento da taxa de aprovação.
Promover a integração da escola com a família, com vistas a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem.
Alunos Realizar reuniões periódicas com a comunidade escolar para avaliar e deliberar as ações necessários ao aumento da taxa de aprovação;
Proceder a avaliação institucional para diagnosticar a qualidade da educação efetivada;
Dar continuidade as formas de acompanhamento pedagógico do aluno, bem como
Durante o ano letivo
Pedagogos, gestores, professores, pais e instâncias colegiadas.
137
momentos em que as famílias participam dos processos de avaliação e de ensino do aluno.
D – DIMENSÃO: AMBIENTE EDUCATIVO
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM REALIZADAS
CRONOGRAMA RESPONSÁVEIS
O ambiente da escola é cooperativo e solidário?
Fazer da escola um ambiente de respeito mútuo, em que se favoreça o diálogo, a solidariedade e a cooperação entre a comunidade escolar.
Comunidade escolar.
Promovendo um ensino de qualidade, com práticas democráticas;
Incentivar a pesquisa, a avaliação e o diálogo permanente com a comunidade escolar sobre as práticas educativas;
Realizar atividades cívico culturais de maneira a democratizar e
No decorrer do ano letivo
Professores, pedagogos, gestores, alunos, pais e instâncias colegiadas.
138
valorizar a diversidade da cultura brasileira
Há comprometimento entre professores, alunos e pais?
Estimular o comprometimento da comunidade escolar com a educação efetivada.
Comunidade escolar.
Promover palestras, encontros e debates sobre a importância da educação que a escola desenvolve.
Fazer da escola um local de desenvolvimento da cultura e do saber, incentivando atividades que enriqueçam as práticas coletivas de aprendizagem.
No decorrer do ano letivo
Professores, pedagogos, gestores, alunos, pais e instâncias colegiadas.
Há respeito entre todos na escola?
Promover o respeito entre todos na escola
Comunidade escolar
Divulgar e deliberar sobre as ações previstas no regimento escolar e no PPP;
Valorizar o papel das instâncias colegiadas como órgãos representativos da comunidade
No decorrer do ano letivo
Professores, pedagogos, gestores, alunos, pais e instâncias colegiadas.
139
escolar.
Promover atividades socioculturais que fortaleçam a relação família-escola, com vistas ao efetivo exercício do respeito mútuo.
Há discriminação ou preconceito evidenciado na escola?
Combater todas as formas de preconceito e discriminação, veladas ou não, na escola
Comunidade escolar
Realização de palestras;
Incentivo à pesquisa e a seminários que discutam a problemática da violência, preconceito e discriminação social;
Orientar pedagogicamente membros da comunidade escolar que tenham práticas excludente e preconceituosas.
No decorrer do ano letivo
Professores, pedagogos, gestores, alunos, pais e instâncias colegiadas.
140
A disciplina existente no espaço escolar permite a atenção necessária ao processo de ensino e aprendizagem?
Manter a escola organizada em sua infraestrutura física e pedagógica, fazendo dela um espaço propício ao ensino e a aprendizagem.
Comunidade escolar
Avaliar e deliberar as ações educativas previstas no PPP da escola;
Proceder a manutenção da infraestrutura e investir na aquisição de materiais e recursos pedagógicos.
Ampliar o acesso à internet na escola.
No decorrer do ano letivo
Professores, pedagogos, gestores, alunos, pais e instâncias colegiadas.
E – DIMENSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA (PROFESSORES E AGENTES I E II)
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM REALIZADAS
CRONOGRAMA RESPONSÁVEIS
Todos os profissionais da escola participam da Semana Pedagógica?
Diminuir a rotatividade de profissionais na escola;
Socializar as decisões tomadas na semana pedagógica
Profissionais da escola
Incentivar os profissionais para que, dentro do possível, se efetivem na escola, fazendo com que se diminua a rotatividade de
Durante o ano letivo
Gestores, professores e pedagogos.
141
com todos os profissionais da escola
profissionais;
Fazer com que todas as informações e decisões tomadas durante a semana pedagógica sejam do conhecimento de todos os profissionais da escola.
Todos os profissionais da escola participam do Formação em Ação?
Incentivar os profissionais da escola para participarem do Formação em ação.
Profissionais da escola
Debater os conteúdos do formação em ação, incentivando o maior envolvimento de todos os profissionais da escola nesta formação.
No decorrer do ano letivo
Gestores, professores e pedagogos.
A hora atividade é utilizada para cumprir seus objetivos, segundo a legislação?
Ampliar os recursos tecnológicos disponíveis para a hora atividade.
Cumprir o que é estabelecido
Professores Buscar junto aos órgãos competentes e instâncias colegiadas da escola, meios financeiros para ampliar os
No decorrer do ano letivo
Instâncias colegiadas, gestores, professores e pedagogos.
142
pela legislação, fazendo da hora atividade um espaço educativo e de planejamento do docente.
recursos tecnológicos disponíveis para os professores;
Incentivar os professores para o cumprimento da hora atividade, integralmente na escola.
Há equipe multidisciplinar atuante na escola?
Ampliar a participação de profissionais da escola na constituição e atuação da equipe multidisciplinar
Profissionais da escola.
Divulgando e motivando os profissionais da escola na composição da equipe;
Democratizando as atividades da equipe multidisciplinar na escola;
Avaliando e deliberando as ações da equipe multidisciplinar da escola.
Divulgando junto à comunidade escolar as ações da equipe multidisciplinar, ressaltando a sua
No decorrer do ano letivo
Comunidade escolar.
143
importância no processo educativo da escola.
Os estudos de formação do professor PDE revertem em ações relevantes para a escola?
Dar continuidade as ações dos professores PDE que positivamente colaboram com o processo educativo da escola
Comunidade escolar
Debatendo, avaliando e deliberando formas de divulgar os trabalhos realizados pelos professores PDE;
Incentivando os profissionais para que deem continuidade dos professores, mesmo após a conclusão do PDE.
Durante o ano letivo
Professores, gestores e pedagogos.
Os materiais disponíveis no portal da SEED são utilizados na formação dos professores?
Ampliar a utilização de materiais do portal da SEED para a formação de professores
Professores, gestores e pedagogos
Incentivando cursos de formação tecnológica por parte dos profissionais da escola;
Utilizando recursos e materiais do portal da SEED em cursos,
Durante o ano letivo.
Professores, gestores e pedagogos
144
reuniões e espaços de formação profissional.
A formação do professor especialista em Educação Especial ocorre de forma colaborativa com os professores das disciplinas?
Estreitar a relação profissional entre os professores e o professor especialista AEE;
Ampliar a carga horária do professor AEE, considerando a demanda de alunos com deficiências na escola
Comunidade escolar
Possibilitar debates, grupos de estudos e trocas de experiências entre os professores e o professor AEE;
Avaliar e deliberar as ações necessários ao bom funcionamento da sala de recursos multifuncional;
Cobrar juntos aos órgãos competentes o aumento da carga horária do professor AEE, dada a demanda de alunos com deficiência na escola.
Durante o ano letivo.
Professores, gestores e pedagogos
145
F – DIMENSÃO: AVALIAÇÃO
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM REALIZADAS
CRONOGRAMA RESPONSÁVEIS
É realizado o acompanhamento periódico e contínuo do processo de aprendizagem dos alunos e promovida a recuperação paralela, se necessária, pelos docentes?
Dar continuidade ao acompanhamento pedagógico dos alunos;
Fazer com que os alunos compreendam a importância da recuperação de estudos
Alunos Continuidade do acompanhamento pedagógico dos alunos, por meio do sistema de fichas (Pasta da Sala / Pasta da coordenação;
Realização de reuniões sistemáticas com professores, pais e alunos para deliberar as ações necessárias ao ensino e a aprendizagem.
Proceder debates com os alunos, para motiva-
Durante o ano letivo.
Professores, gestores e pedagogos
146
los e conscientiza-los sobre a importância da recuperação de estudos.
Há diversificação dos instrumentos de avaliação dos alunos, considerando as especificidades e metodologias utilizadas pelos docentes?
Continuar com a diversificação dos instrumentos avaliativos, considerando as especificidades educativas dos alunos.
Alunos Promover grupos de estudos e trocas de experiências entre os docentes, de modo a diversificar os instrumentos avaliativos e considerar as especificidades educativos de cada aluno.
Durante o ano letivo.
Pedagogos, professores e gestores.
São utilizados os indicadores oficiais de avaliação das escolas e redes de ensino para (re)planejamento da prática pedagógica?
Democratizar os indicadores oficiais de avaliação entre os profissionais da escola, em momentos de (re) planejamento.
Professores Divulgar os resultados de indicadores de avaliações externas durante momentos de formação dos profissionais da escola;
Avaliar as
Durante o ano letivo.
Pedagogos, professores e gestores.
147
ações necessárias para melhoria da qualidade de ensino, melhorando os resultados obtidos pela escola em avaliações externas.
Há formas de avaliação da atuação dos profissionais da escola?
Dar continuidade à avaliação institucional.
Profissionais da escola.
Proceder a avaliação institucional da escola.
Promover a socialização dos resultados da avaliação institucional.
Debater com a comunidade escolar meios para superar as fragilidades educativas.
Durante o ano letivo.
Comunidade escolar.
148
AVALIAÇÃO
Este plano visa organizar as atividades pedagógicas, administrativas e culturais do Colégio Estadual Mário
Quintana durante o ano letivo de 2017. O plano se configura de maneira flexível e respeitando o princípio da gestão
democrática no qual toda a comunidade escolar é corresponsável.
Assim, todas as ações deste plano serão avaliadas em momentos de reuniões pedagógicas, conselhos de classe,
reuniões de instâncias colegiadas, entre outros.
O plano traz um diagnóstico da realidade da comunidade escolar e, portanto, objetiva a organização do trabalho
educativo e a democratização dos saberes escolares, função social da escola pública.
149
14 DESEMPENHO DA ESCOLA NAS AVALIAÇÕES EXTERNAS INSTITUCIONAIS
No que se refere às avaliações de desempenho da escola, efetivadas pela
Secretaria de Estado da Educação (SEED) e Ministério da Educação e Cultura
(MEC), como o ENEM e SAEB, o colégio busca integrar seus alunos para que
compreendam os objetivos das mesmas e participem com responsabilidade das
avaliações.
A escola acredita que os resultados destas avaliações têm muito a contribuir,
pois abre mais uma possibilidade de repensar a prática pedagógica, na medida em
que conhecemos a realidade de outras escolas, de outras cidades, de outras
regiões.
No entanto, há de se pensar uma forma de promover meios para que os
resultados cheguem à escola num menor espaço de tempo, para que esta possa
trabalhar os mesmos com todos os envolvidos no processo escolar, ainda no mesmo
ano letivo em que foram avaliados.
150
15 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Acompanhar as atividades e avaliá-las leva-nos à reflexão, com base em
dados concretos sobre como a escola organiza-se para colocar em ação seu projeto
político-pedagógico.
Portanto, a avaliação do político-pedagógico levará em conta os resultados
obtidos pela escola no processo ensino-aprendizagem, a diminuição dos índices de
evasão e de repetência, o envolvimento da comunidade escolar nas ações que
pretendemos implementar, a interação família-escola-comunidade, o fortalecimento
das relações interpessoais na escola.
O colégio Mário Quintana compreende que o Projeto Político Pedagógico é o
espaço amplo de discussão, reflexão e ação do processo ensino-aprendizagem e,
portanto, o mesmo deve ser avaliado constantemente, permitindo assim avanços
efetivos na busca da qualidade em educação e ampliando as possibilidades da
gestão democrática.
Portanto, no decorrer do processo de ensino-aprendizagem, por meio da
reunião e debate com órgãos colegiados da escola, que representam a comunidade
escolar, as ações do projeto político-pedagógico serão avaliadas, discutidas,
refletidas e, caso seja necessário, adequadas e reformuladas.
151
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. 9394/96. Brasília, 1996. _______. Constituição da República Federativa do Brasil: 1988 – Texto constitucional de 5 de outubro de 1988. Brasília, 1988. CASCAVEL. Secretaria Municipal de Educação. Currículo para a rede pública municipal de ensino de Cascavel. Volume II: Ensino Fundamental – anos iniciais. Cascavel: Ed. Progressiva, 2008. GADOTTI, Moacir. A escola e o professor: Paulo Freire e a paixão de ensinar. 1. Ed. São Paulo: Publisher Brasil, 2007. LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública. São Paulo: Loyola, 1990. ______. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005. MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 1998. NAGEL, Lizia Helena. Avaliação: do individual ao coletivo. Maringá, 2007. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba: SEED, 2006. ______. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Estrangeira
Moderna. Curitiba: SEED, 2008.
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152
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