333
COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CAMPO LARGO 2010

COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

CAMPO LARGO

2010

Page 2: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante

para assumirmos a responsabilidade por ele e, com tal gesto, salvá-lo da

ruína que seria inevitável não fossem a renovação e a vinda dos novos e

dos jovens. A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas

crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a

seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade

de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em

vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum.

Hannah Arendt

Page 3: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

SUMÁRIO

I- APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 6

1 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ….................................................... 7

1.1 – HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO.......................................................................... 8

1.2 – BIOGRAFIA DE CASEMIRO KARMAN.............................................................. 8

1.3 - RELAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS DO Estabelecimento de Ensino..................... 11

1.4 - ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR …................................................. 12

1.5 - CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS................................................................ 13

1.6 - MATRIZ CURRICULAR..................................................................................... 15

1.7 - CALENDÁRIO ESCOLAR.................................................................................. 18

2 - OBJETIVOS GERAIS ........................................................................................... 19

3 - MARCO SITUACIONAL ....................................................................................... 21

3.1 - DIAGNÓSTICO DA CLIENTELA ....................................................................... 25

3.2 - PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES .................... 26

3.3 - FINALIDADES DA ESCOLA ............................................................................. 27

3.4 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO ................. 28

4 - MARCO CONCEITUAL....................................................................................... 32

4.1 - GESTÃO DEMOCRÁTICA …............................................................................ 37

4.2 - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ........................................................................ 39

4.3 - EDUCAÇÃO INCLUSIVA ................................................................................... 41

5 - MARCO OPERACIONAL .................................................................................... 43

5.1 - ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-

PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS …................................................. 49

5.1.1 - Projeto Cultural................................................................................................. 49

5.1.2 - “O Dia do Pastel”.............................................................................................. 49

5.1.3 - Jogos Colegiais................................................................................................ 49

5.1.4 - Projeto SAREH................................................................................................. 50

5.1.5 - Projeto de Leitura .......................................................................................... 51

5.1.5 - Projeto de Mobilização para Inclusão Escolar e Valorização da Vida ............. 51

5.1.6 - Eventos Promovidos pela SEED ..................................................................... 51

5.2 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS .............................................................................. 52

5.3 - REGIMENTO ESCOLAR ................................................................................... 53

5.3.1 – DIREITOS DOS ALUNOS .............................................................................. 53

3

Page 4: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

5.3.2 - DEVERES DOS ALUNOS .............................................................................. 54

5.3.3 - PROIBIÇÕES AOS ALUNOS.......................................................................... 55

5.3.4 – MEDIDAS DISCIPLINARES ........................................................................... 57

5.3.5 - SERÃO CONSIDERADAS FALTAS OU OCORRÊNCIAS GRAVES ............ 58

5.3.6 – DO CORPO DOCENTE ................................................................................. 58

5.3.7 - DOS FUNCIONÁRIOS ................................................................................... 60

5.3.8 - DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS ................................................................... 61

6 - AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ....... 62

7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 62

8 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL 64

8.1 – ARTE 64

8.2 – CIÊNCIAS 84

8.3 – EDUCAÇÃO FÍSICA 97

8.4 - ENSINO RELIGIOSO 114

8.5 – GEOGRAFIA 123

8.6 – HISTÓRIA 135

8.7 - LÍNGUA PORTUGUESA 156

8.8 – MATEMÁTICA 175

8.9 - LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS 188

9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO 203

9.1- ARTE 203

9.2 – BIOLOGIA 213

9.3 – EDUCAÇÃO FÍSICA 233

9.4 – FILOSOFIA 238

9.5 – FÍSICA 244

9.6 – GEOGRAFIA 249

9.7 – HISTÓRIA 261

9.8 - LÍNGUA PORTUGUESA 269

9.9 – MATEMÁTICA 278

9.10 – QUIMÍCA 290

9.11 – SOCIOLOGIA 296

9.12 - LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL e INGLÊS 305

10. ANEXOS 319

4

Page 5: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

I - APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico foi elaborado conforme estabelece os artigos

12, 13 e 14 da LDB 9394/96, contando na sua elaboração com a participação dos

profissionais da educação. O mesmo tem como objetivos o que preconiza o artigo

3º da LDB e busca um futuro diferente do presente para os alunos.

O Projeto Político Pedagógico tem um compromisso definido

coletivamente, com a formação do cidadão para a sociedade atual, onde este

deve agir de forma participativa, com responsabilidade, de forma crítica e criativa.

O político e pedagógico são indissociáveis e por causa disso se torna um

processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola.

A sua elaboração coletiva propicia a vivência democrática de todos os

membros da comunidade escolar e tem como compromisso solucionar os

problemas da educação e do ensino da escola. Sendo esta uma instituição social,

inserida na sociedade capitalista, a luta é contra as determinações e contradições

desta sociedade.

A busca pela escola democrática, pública e gratuita, advém de um projeto

político-pedagógico que vise a igualdade de condições para acesso e

5

Page 6: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

permanência, almeje a qualidade para todos, administrada com uma gestão

democrática, com liberdade e centralizada na valorização do magistério.

Estando consciente da realidade da sociedade na qual a escola está

inserida, a luta é pela superação da divisão do trabalho, da fragmentação e do

controle hierárquico, criando uma outra forma de organização do trabalho

pedagógico e para tal precisa elaborar um projeto político-pedagógico que rompa

com o modo tradicional de pensar a realidade e dessa forma possa avançar tanto

dentro como fora dos muros da escola.

1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Colégio Estadual Casemiro Karman - Ensino Fundamental e Médio

Código: 01279

Endereço: Rua Niterói s/nº, Jardim Rivabem II. Telefone: (41) 3392-

1045.

Município: Campo Largo.

Código: 0420.

Dependência Administrativa: Estadual.

Código: 02.

NRE: Área Metropolitana Sul.

Código: 03.

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação.

Ato de autorização da Escola:

Resolução nº 0629/98 de 11/03/1998.

6

Page 7: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Ato de reconhecimento da Escola:

Resolução nº 1880/05 de 28/07/2005.

Protocolo de Implantação do Ensino Médio:

Nº 9.237.441-6 – Resolução nº 5714/08 de 11/12/08

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar:

Nº 258/08 de 03/09/2008.

Distância da Escola do NRE: em torno de 40 Km

Localização: Urbana

E-mail: [email protected]

1.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual “Casemiro Karman” - Ensino Fundamental e Médio

funciona nas dependências da Escola Municipal 15 de Outubro, que está

localizada na Rua Niterói, s/nº, Jardim Rivabem II, município de Campo Largo,

Estado do Paraná. O referido nome é uma homenagem ao polonês Casemiro

Karman.

Este Colégio foi criado na gestão do Governo de Jaime Lerner e do Prefeito

Municipal de Campo Largo, Newton Puppi, pela Resolução nº 062/98, de 11 de

março de 1998.

O Colégio iniciou sua caminhada com o essencial para que pudesse

funcionar, com duas turmas de 5ª série, sendo que a implantação das demais

séries deu-se gradativamente.

1.2 BIOGRAFIA DE “CASEMIRO KARMAN”

7

Page 8: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Casemiro Karman nasceu em Litaten, Polônia, no dia 3 de abril de 1888, e

era filho de João Karman e Stefania Wirnicka Karman. Aos cinco anos ficou órfão.

Veio ao Brasil com parentes, aos 8 anos de idade, no navio Wylehat de

bandeira alemã; o qual fez o percurso do Porto de Bremen, na Alemanha, ao

Porto do Rio de Janeiro. Do Rio de Janeiro a Paranaguá, no navio de Loid

Brasileiro, Luasca, chegando a Paranaguá, Paraná, no dia 8 de agosto de 1896.

De Paranaguá a família Karman veio para Curitiba onde ficou uns dias,

indo se estabelecer em Ponta Grossa, Pr.

Em 1897, foi com a família para Prudentópolis, na época São João do

Capanema, onde o pai comprou terras e construiu moinho de cereais.

Em janeiro de 1907, com a ajuda do irmão Rafael, que trabalhava no vice-

consulado inglês em Curitiba, combinou ir estudar em Nova Iorque, Estados

Unidos.

Chegou aos Estados Unidos em época de grande crise sendo muito difícil

encontrar emprego. Como não queria viver só na dependência da ajuda do irmão,

trabalhou em diversas profissões. Trabalhava de dia e estudava a noite.

O primeiro emprego foi em casa comercial e o último em fábrica de

cosméticos, onde aprendeu 28 formulas de pó de arroz, cremes e seus segredos.

Em fins de 1911, voltou ao Brasil.

Em abril de 1912, encontrou-se com o engenheiro Gueshler, da Lumber

Company, na época a maior firma de beneficiamento de madeira da América do

Sul, onde eram serrados 200 pinheiros por dia. Convidado por Gueskler foi

trabalhar na Lumber, chegando ao posto de supervisor.

Saindo da Lumber foi a Cananéa, São Paulo, abrir estrada em direção a

atual BR 116, onde o irmão Rafael Karman com o vice-cônsul, Henrique Gom e

outros ingleses possuíam fazenda de 1800 alqueires. Foi aberta estrada de tropa,

de aproximadamente 60 Km sertão adentro, onde não havia moradores.

Em 1915, foi a Porto União, Santa Catarina, administrar outra filial do irmão

Rafael.

Em 1916, esteve pesquisando minérios em Morretes, Paraná, onde

descobriu peromorfita, minério de chumbo.

Em 1917, explorou o Rio Iguaçu a pedido do Governo do Paraná.

8

Page 9: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Em 1920, casou-se com Arlinda Pires. Neste mesmo ano fez exploração de

Campo Mourão, entre os rios: Cantu, Piquiri, Cerenge e o Picadão de Mato

Grosso.

Em 1921, veio morar no Bacacheri, Curitiba.

Saiu de mudança no dia 7 de setembro de 1922, chegando em Rio Bonito,

Itambé, Campo Largo, dia 14 de setembro, gastando sete dias devido as

constantes chuvas e às péssimas estradas da época.

Casemiro, chegando na região, tratou logo de melhorar as estradas. Com

novos traçados e ajuda de moradores abriram novas estradas e a região

progrediu.

Mais de 40 Km de estradas da região foram traçadas e locadas por ele,

entre outros: Retiro a Taquara, 20 Km; Vargedo a Itambezinho, 12 Km;

Itambezinho a Prata, 8 Km; Taquara a Santa Cruz e Geada, 8 Km. Muito

progresso da região se deve a ele.

A primeira escola da localidade foi em casa construída por ele e cedida à

prefeitura. A primeira professora, Srta. Horizontina Portela Santos, tinha

hospedagem na casa dele.

Como a região era de pessoas humildes e de poucas posses, vendo o

grande transtorno que a morte de uma pessoa causava à família (para levar ao

cemitério de Tamanduá ou de Campo Largo) para sepultar o morto com grandes

despesas, Casemiro e o irmão Rafael combinaram fazer um cemitério onde todos

pudessem sepultar seus mortos sem ônus algum.

Rafael deu de suas terras quinze mil metros quadrados, e Casemiro cercou

parte desta terra, por ser muito grande. Lá está o Cemitério de Capinzal.

Casemiro Karman faleceu no dia 2 de julho de 1983, com mais de 95 anos

e foi sepultado junto ao irmão Rafael, no cemitério de Capinzal, feito por eles.

Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano,

inglês e português.

Era arquiteto, mas o conheciam mais como “o homem das abelhas”, pelo

apiário que possuía. Homem dinâmico, honesto e pacífico, viveu 95 anos sem ter

inimigos.

Tinha o hábito de ler e por esse motivo estava sempre atualizado. De uma

memória invejável, ninguém o passava para trás em geografia. Quando

9

Page 10: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

consultado sobre algum país, cidade, rio, lago ou ilha de qualquer parte do

mundo, ele localizava de imediato no mapa. Tratando-se de país, na maioria das

vezes, sabia o idioma oficial, o regime político e ainda por cima dava uma aula de

história.

Sempre estava de bom humor; aos mais íntimos gostava de contar

anedotas. Sempre estava alegre, por isso era estimado e querido por todos.

1.3 Relação de Funcionários do Estabelecimento de Ensino:

Funcionário Formação Atuação Pós-GraduaçãoAdriana Aparecida Durau Lingua Portug. Língua Portuguesa Sim Alexandra C. Pereira Ciênc.Biológicas Mat/ Ciências Sim Anderson Bonnet Educação Física Educação Física Sim Andréa C. da S. Santana História História -Andriele Benato Cursando História Ag. Educacional II Não Cândida Coelho Ferreira Ens.Fundamental Ag. Educacional I Sim Cândida Marina Hoffmann Ciênc.Biológicas Biologia NãoCristiano Morawski Matemática Matemática NãoCristiane Novaki Matemática Matemática NãoClara Mª Mazur Coitinho Ensino Médio Ag. Educacional II NãoDalva Ferreira de Castro Ensino Médio Secretária Não Driele Gobetti da Silva Química Química NãoDeibimar dos Santos História História SimEdgar José Portela Psicologia Sociologia -Elenice José da Trindade Arte Arte Sim Eliane de Jesus Ferreira Ens.Fundamental Ag. Educacional I Não Eliane Marta Gonçalves Geografia Geografia Sim Elizete Vieira Letras Port/Inglês LEM-Inglês Sim Everidiana P. Robacher Pedagogia Pedagoga Sim Fábio Pittarello Educação Física Educação Física Não

10

Page 11: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Flavia Carloto Garrett Turismo/Geog. Geografia SimKarina S. Ferreira Moraes Ensino Médio Ag. Educacional II -Joelma Maria Valpcoski Educação Física Educação Física Sim José Alexandre Berto Física Diretor SimLarisse Cristine Stoco Ciênc.Biológicas Ciências -Liliane do Rocio Suonski Letras Port/Inglês Língua Portuguesa SimLiria Palega Ens. Fundamental Ag.Educacional I -Luciane Durau Carloto Letras Port/Inglês LEM-Inglês Sim Márcia de Vargas História Hist / Vice-Direção Sim Márcia Eliane Marchewski Letras Port/Inglês Língua Portuguesa Sim Maria Bernadeth Batista Ens. Fundamental Ag. Educacional I -Marlene Ferreira de Lara Ens. Méd.Incomp. Ag. Educacional I -Michelle Santos Física Física NãoOdirléa C. Vaz da Silva Letras Port. Esp. Língua Portuguesa Sim Osmari de J. Nascimento Ens.Fundamental Ag. Educacional I -Ramiro de Oliveira Júnior Filosofia Filosofia SimRegiane Pereira Barszcz Geografia Geografia Sim Regina de Fatima Zanon História História Sim Rodrigo José Costa Educação Física Educação Física -Roni Miranda História História NãoSilmara do Carmo Boaron Pedagogia Pedagoga Sim Silvana Mara M. Tomaz Pedagogia Pedagoga Sim Simone Teixeira Art Vis. e C. Graf. Arte SimSirlei M. Partica Ziemba Ensino Médio Ag. Educacional II NãoSoraia Cristina Blank Letras. Port/Esp LEM-Espanhol Sim Theresa Javorski Ens. Fundamental Ag. Educacional I -Vanessa Rodrigues Pinto Ensino Médio Ag. Educacional II Não

1.4 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

Modalidade de Ensino: Ensino Fundamental (5ª a 8ª Séries)

Ensino Médio

Número de Salas de Aula: 05

Número de Turmas: 15

Número de Alunos: 449

Número de Professores: 31

11

Page 12: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Número de Pedagogos: 03

Número de Funcionários: 12

Turno de Funcionamento: Diurno – matutino e vespertino

Noturno

Horário das aulas:

Matutino: 07:15 às 11:35

Vespertino: 12:45 às 17:05

Noturno: 18:40 às 22:50

1.5 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS

O Colégio Estadual Casemiro Karman possui:

• 5 salas de aula de 42 m², todas em bom estado de conservação: com 3

ventiladores de teto e 4 estantes de madeira para livros;

• Acervo de livros para biblioteca, sendo doações governamentais e

particulares;

• 1 sala de 3 x 4 metros onde funciona secretaria, direção e equipe

pedagógica;

• 1 sala de 6 x 3 metros de compensado onde os professores cumprem sua

hora atividade.

• 1 Quadra esportiva coberta, de uso comunitário;

• 1 laboratório de informática com 12 computadores do programa Paraná

Digital, que funciona ao lado de 01 pequena biblioteca.

12

Page 13: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Utiliza em conjunto com a Escola Municipal 15 de Outubro:

• Banheiros;

• Quadra esportiva;

• Cozinha e refeitório;

• 1 sala, onde funcionam em turnos diferenciados, duas classes.

Patrimônio escolar de bens móveis: (a relação consta nos anexos).

Não possuímos laboratório de Ciências, Química e Física, pois a Escola

funciona em dualidade com o Município e não possui espaço físico para os

mesmos.

O acervo bibliográfico da Escola foi obtido com recursos próprios e ainda

com doações de livros realizadas por terceiros.

A Escola não possui alunos com necessidades educacionais especiais.

13

Page 14: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

1.6 MATRIZ CURRICULAR

TURNO: MANHÃ

MATRIZ CURRICULAR - ANO LETIVO 2010

Estabelecimento: CASEMIRO KARMAN, C. E - E FUND. E MEDIO

Curso: ENS. DE 1 GR-REGULAR 5/8 SERIE Turno: Manhã

Ano de Implantação: 2010 - SIMULTANEA Módulo: 40 semanas

DisciplinaComposição

Curricular

Série / Carga Horária Semanal

1 2 3 4 5 6 7 8

0701 – ARTE BNC 2 2 2 20301 – CIENCIAS BNC 3 3 4 40601 - EDUCACAO

FISICABNC 3 3 3 3

7502 - ENSINO

RELIGIOSO *BNC 1 1 - -

0401 - GEOGRAFIA BNC 3 3 3 3

0501 – HISTORIA BNC 3 3 3 3

0106 - LINGUA

PORTUGUESABNC 4 4 4 4

0201 –

MATEMATICABNC 4 4 4 4

1142 - L.E. –

INGLESPD 2 2 2 2

Carga Horária Total 24 24 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.

* Opcional para o aluno e não computada na carga horária da matriz

curricular.

BNC=BASE NACIONAL COMUM

PD=PARTE DIVERSIFICADA

TURNO: TARDE

MATRIZ CURRICULAR - ANO LETIVO 2010

Estabelecimento: CASEMIRO KARMAN, C E – E FUND E MÉDIO

14

Page 15: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Curso: ENS.DE 1 GR-REGULAR 5/8 SERIE Turno: Tarde

Ano de Implantação: 2010 – SIMULTANEA Módulo: 40 semanas

DisciplinaComposiçã

o Curricular

Série / Carga Horária Semanal

1 2 3 4 5 6 7 8

0701 – ARTES BNC 2 2 2 2

0301 – CIENCIAS BNC 3 3 4 40601 - EDUCACAO

FISICABNC 3 3 3 3

7502 - ENSINO

RELIGIOSO *BNC 1 1 - -

0401 – GEOGRAFIA BNC 3 3 3 30501 – HISTORIA BNC 3 3 3 30106 - LINGUA

PORTUGUESABNC 4 4 4 4

0201 – MATEMATICA BNC 4 4 4 4

1142 - L.E. – INGLES PD 2 2 2 2

Carga Horária

Total24 24 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96.* Opcional para o aluno e não computada na carga horária da matriz

curricular.BNC=BASE NACIONAL COMUM

PD=PARTE DIVERSIFICADA

TURNO: NOTURNO

MATRIZ CURRICULAR - ANO LETIVO 2010

Estabelecimento: CASEMIRO KARMAN, C E – E FUND E MÉDIOCurso: ENS.DE 2 GR-REGULAR ENSINO MÉDIO Turno: NOITE

Ano de Implantação: 2010 – SIMULTANEA Módulo: 25 semanas

1ª SÉRIEBLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .BIOLOGIA 04 ARTE 04ED FÍSICA 04 FÍSICA 04FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06LEM-ESPANHOL 04 SOCIOLOGIA 03LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04Total Semanal 25 Total Semanal 252ª SÉRIEBLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .

15

Page 16: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

BIOLOGIA 04 ARTE 04ED FÍSICA 04 FÍSICA 04FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06LEM-INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04Total Semanal 25 Total Semanal 253ª SÉRIEBLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .BIOLOGIA 04 ARTE 04ED FÍSICA 04 FÍSICA 04FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06LEM-INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04Total Semanal 25 Total Semanal 25

1.7 CALENDÁRIO ESCOLAR

16

Page 17: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOAnexo da Resolução N º 3587/09 – GS/SEED

Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia);

Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 63 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 16 7 8 9 10 11 12 13 23

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias

17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 3131

1 Dia Mundial da Paz

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 1 1 2 3 4 54 5 6 7 8 9 10 19 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9 10 11 12 20

11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias

18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30

nb 30 312 Paixão 1 Dia do Trabalho 3 Corpus Christi

21 Tiradentes

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 12 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 44 5 6 7 8 9 10 dias 8 9 10 11 12 13 14 15 5 6 7 8 9 10 11 20

11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30

7 Independência

11 OBMEP – 2ª fase

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 19 7 8 9 10 11 12 13 21 5 6 7 8 9 10 11 16

10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias

17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 3131

12 N. S. Aparecida 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

Férias Discentes Férias/Recessos/DocentesFeriado Municipal 1 dia janeiro 31 janeiro / férias 30NRE Itinerante 2 dias fevereiro 7 julho/agost./reces. 23Dias letivos 200 julho/agosto 28 dez/reces. 9

dezembro 9Total 75 Total 62

Início/TérminoPlanejamento e Replanejamento FériasRecesso

Formação Continuada Feriádo MunicipalComplementação de carga horáriaReunião pedagógicaAntecipação do dia 15/10Conselho de classe OBMEPSemana Cultural

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2010

8 OBMEP – 1ª fase

2 Finados

20 Dia Nacional da Consciência Negra

17

Page 18: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

2. OBJETIVOS GERAIS

A educação deve ter um posicionamento que expresse uma nova visão de

homem e de sociedade e assim contextualizada, a escola pública assume sua

18

Page 19: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

importância como espaço-tempo em que as prioridades sócio-educacionais

podem se concretizar.

Os três grandes objetivos a serem alcançados por meio do

acompanhamento do Projeto Político Pedagógico são: a Inclusão dos socialmente

excluídos; a transmissão-asssimilação do conhecimento elaborado/científico e a

valorização do magistério.

O Projeto Político Pedagógico deve visar as demandas de sua principal

clientela que são os que vivem do trabalho, bem como os excluídos do mundo do

trabalho, para dessa forma poderem ter acesso aos conhecimentos que lhes

permitam melhor compreender as relações produtivas e sociais das quais

participam.

“É a partir da consideração da função social da escola na perspectiva Histórico-Crítica, que apontamos para a dimensão política da educação, calcada na importância do trabalho educativo que se realiza na escola pública. Pois na medida em que a escola cumprir com sua função social, de garantir a transmissão-asssimilação do conhecimento elaborado/científico, poderia contribuir para a elevação cultural das classes trabalhadoras favorecendo o processo de compreensão da totalidade das relações sociais nas quais ela se insere”. (Kátia Soares, )

É fundamental o conhecimento objetivo sobre a realidade, que é condição

indispensável para a intervenção consciente no sentido da sua transformação.

O Colégio deve ser um espaço de aprendizagem crítica e criativa, do

aprender de forma integral, atuar como espaço de produção, como unidade na

diversidade. Ter como finalidade a inclusão dos socialmente excluídos, pois

geralmente a educação inclui os socialmente incluídos, e para os demais apenas

são ofertadas algumas modalidades de preparação para o trabalho.

Dessa forma, a escola reconhece que a superação da dualidade estrutural

não pode ser resolvida somente no seu âmbito, mas inicia-se com a

democratização do ensino, com relação à ampliação das vagas, na exigência de

espaços físicos adequados, bibliotecas, laboratórios, equipamentos e

principalmente professores capacitados e concursados.

19

Page 20: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

A escola pública deve propiciar situações de aprendizagem variadas e

significativas aos seus alunos, sendo estes muitas vezes pauperizados

economicamente e, portanto há necessidade que:

“Os menos favorecidos estejam em condições de identificar, compreender e buscar suprir, ao longo de sua vida, suas necessidades com relação à participação na produção científica, tecnológica e cultural” (KUENZER, 2000, p.43).

O novo intelectual a ser formado na escola deverá ser potencialmente

preparado para ser fruto da nova síntese entre ciência, trabalho e cultura e dessa

forma ser capaz de desempenhar suas atividades como cidadão, sujeito e objeto

de direitos.

Para que o Colégio atinja esses objetivos, vários fatores devem estar

presentes, entre eles a gestão democrática, a qual abrange as dimensões

pedagógicas, administrativa e financeira. Mas para atingi-la é necessário que haja

uma ruptura histórica na prática administrativa da escola, o que exige a

compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica.

Também visa romper com a separação entre concepção e execução, entre o

pensar e o fazer, entre teoria e prática e dessa forma busca resgatar o controle do

processo e do produto do trabalho pelos educadores.

A gestão democrática inicia-se com o repensar da estrutura de poder da

escola, a qual deve visar a participação coletiva, contra a exploração e a

opressão, estando durante este processo ciente que o mesmo não é fácil de ser

consolidado e envolve a participação crítica na construção do projeto político-

pedagógico e na sua gestão.

Outro aspecto central na construção do Projeto Político Pedagógico é a

valorização do magistério, pois a qualidade do ensino ministrado na escola e seu

sucesso para formar cidadãos capazes de agir na vida socioeconômica, política e

cultural, está relacionado com a formação inicial e continuada, os recursos

didáticos, físicos e materiais, redução do número de alunos na sala de aula e

remuneração digna.

A formação continuada propicia a melhora da formação inicial, possibilita a

progressão funcional baseada na titulação, na qualificação e na capacitação dos

profissionais da escola. Deve fazer parte do projeto político-pedagógico e estar

20

Page 21: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

centrada na escola, não se limitando aos conteúdos curriculares, mas se estender

à discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade.

“A formação continuada compreendida na perspectiva da atualização histórico cultural do professor é condição implicita para que a função social da escola se efetive garantindo a transmissão e assimilação do saber elaborado/científico à maioria da população”. (Katia Soares)

Todos esses princípios direcionados para a organização do trabalho

pedagógico, contribuirão para que a escola compreenda os limites e as

possibilidades do Projeto Político Pedagógico, sendo que estas são de interesses

das camadas menos favorecidas da sociedade.

3. MARCO SITUACIONAL

O Colégio está situado num bairro de baixa renda, portanto acaba sendo o

local de convergência para os que almejam um futuro melhor. Mas para atingir os

objetivos faz-se necessário melhorá-la, pois a mesma não conta com um espaço

físico adequado, sendo que o divide com uma escola municipal, o que torna difícil

implementar certas medidas que visem adequá-la para melhor atender a toda

comunidade escolar. Nosso maior problema é a espera da construção da nova

escola, prometida há vários anos sem, no entanto ter sido iniciada.

Outros problemas que a escola tem que superar são originários de um

princípio educativo determinado pelo projeto político-pedagógico taylorista-

fordista, o qual é ainda dominante em nossas escolas e que originou tendências

pedagógicas conservadoras e se funda na divisão entre pensamento e ação. A

pedagogia taylorista-fordista definiu conteúdos e método, tendo como concepção

a formação do homem unilateral, cuja inteligência é lógico-formal, tendo

concepção de comportamento a obediência às ordens, a submissão e a disciplina.

Dentro desse sistema, a norma é o crescimento da massa dos excluídos e

dos precariamente qualificados e para que haja superação, a nova proposta

pedagógica precisa enfrentar os desafios, tanto os referentes aos equipamentos

físicos e pedagógicos.

21

Page 22: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

No enfrentamento dessas dificuldades a escola deverá observar os fatores

sociais que acabam influenciando a aprendizagem dos alunos tais como: nível de

renda, escolaridade dos pais, número de irmãos, a distância da residência até a

escola, o tempo que dedicam aos estudos. Observando todos esses fatores se

percebe que tudo isso acaba refletindo na reprovação dos alunos e que os levará

a trabalharem em empregos que não exigem muita escolaridade. É preciso,

portanto resgatar a utopia nos alunos e prepará-los para superar as dificuldades

impostas pelo sistema capitalista, cabendo a escola a função de distribuir

igualmente o saber e preparar os educando para enfrentar a exclusão e superá-la.

Todo esse processo para se consolidar, necessita primeiramente que a

escola analise a sua estrutura organizacional, verifique as relações funcionais e

indague sobre suas características e conflitos. A estrutura organizacional deve ser

analisada para que os problemas que afetam o processo ensino aprendizagem

sejam expostos e dessa forma possam ser realizadas decisões realistas e

exequíveis.

As relações de trabalho no interior da escola deverão estar embasadas em

atitudes de solidariedade, reciprocidade e de participação coletiva, sendo que

tudo isso se contrapõem à organização regida pelos princípios da fragmentação,

da divisão do trabalho e do controle hierárquico. Para que tudo isso ocorra, a

realidade da escola deve ser analisada e faz-se necessário superar os conflitos,

tensões e rupturas, o que propicia a construção de novas formas de relações de

trabalho. O Colégio busca este caminho e para isso utiliza a reflexão coletiva da

comunidade escolar durante as reuniões e nas horas-atividade realizadas pelos

professores, as quais são realizadas individualmente, devido ao pequeno número

de professores de cada área de disciplina, mas que leva ao favorecimento do

diálogo e principalmente a comunicação horizontal, valorizando o que todos os

segmentos da escola tenham a oferecer para o processo educativo e a

descentralização do poder.

O processo educativo deve ser dinâmico e não uma mera simplificação do

conhecimento científico, por isso, a escola deve refletir sobre esse processo de

produção do conhecimento escolar e sua relação com a prática docente. O

docente tem um papel fundamental na implementação do projeto político-

pedagógico, pois é de sua percepção de construção do conhecimento, que deve

22

Page 23: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

ser dialética, dinâmica e contínua, que levará o aluno a aprender por interações

coletivas, de forma ativa e que impulsiona à criação de novos conhecimentos.

O docente deve estar ciente e assumir a prática pedagógica como

fundamental no espaço e tempo pedagógico da escola, através da ação-reflexão-

ação, da prática-teoria-prática, da síncrese-análise-síntese e que culmina num

ambiente favorável à valorização da globalidade humana, envolvendo os sujeitos

para interagirem em parceria. A qualidade do trabalho docente tem relação direta

com os resultados pedagógicos da escola, mas para que sejam alcançados é de

suma importância a existência de infra-estrutura de apoio à sala de aula e nesse

sentido, a escola necessita de melhoras como: construção de laboratórios de

ciências, física e química, salas especializadas, mais livros e espaço físico na

biblioteca, outros livros didáticos para consulta e enriquecimento das atividades,

materiais audiovisuais, além de material extra para atividades especiais e dessa

forma poder atingir às especificidades da escola.

O docente não ensina senão na medida em que os alunos aprendem e só

a cumpre quando ocorre a efetiva aprendizagem por parte dos mesmos, sendo

que não se ensinam ou aprendem coisas, mas relações mediadas pela interação

humana e estabelecidas no entendimento mútuo, o que exige trabalhar com o

rigor científico dos conhecimentos e com os meios materiais e instrumentais de

que se apropria na capacidade de elaborá-los ou de reconstruí-los, segundo as

exigências de sua proposta pedagógica.

Para conseguir atingir seus objetivos ele, precisa conquistar melhorias

profissionais, que envolve a sua formação inicial e continuada, carreira, salário e

condições de trabalho. Dessa forma, o modo como o docente precisa cumprir a

sua carga horária ou complementar seu salário, faz com que dificilmente a

organização da hora-atividade seja elaborada de modo que o docente a cumpra

com outro da mesma área para troca de experiências. O que poderia solucionar

esse problema seria que o docente pudesse fechar a sua carga horária somente

em uma escola e se houvesse a necessidade de complementação da sua carga

horária, que a mesma ocorresse na mesma instituição de ensino com aulas em

sala ou desenvolvendo atividades de reforço e apoio pedagógico. Assim o

docente se identificaria mais com a comunidade escolar na qual atua e

consequentemente haveria também uma melhora no seu desempenho.

23

Page 24: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

O Colégio, sabendo do seu quadro docente, busca organizar a distribuição

de aulas internas e organizar as turmas da melhor maneira possível, estando

ciente que devido a uma melhor estrutura, o atendimento não atinge todos os

compromissos que a educação pública de qualidade exige, pois como já

mencionado, a mesma divide espaço físico com a escola municipal, o que o torna

insuficiente para melhor atender a demanda de ambas as escolas.

DADOS ESTATÍSTICOS DO RENDIMENTO DOS ALUNOS NOS ANOS DE 2008 E

2009

ENSINO/SÉRIE RENDIMENTO ESCOLAR

Aprovação por Conselho de

Classe

Taxa de Aprovação Taxa de

Reprovação

Taxa de Abandono

2008 2009 2008 2009 2008 2009 2008 2009

FUNDAMENTAL - TOTAL 87,60% 86,40% 8,20% 10,00% 4,10% 3,50%

5ª SÉRIE 18 4 82,00% 81,00% 13,20% 18,90% 4,70% 0,00%

6ª SÉRIE 4 3 93,30% 87,00% 5,30% 9,60% 1,30% 3,20%

7ª SÉRIE 3 4 87,60% 86,40% 8,20% 8,10% 4,10% 5,40%

8ª SÉRIE 11 3 90,30% 91,10% 3,20% 2,90% 6,40% 5,80%

MÉDIO REGULAR - TOTAL 69,90% 72,00% 7,60% 14,80% 22,30% 13,00%

1ª SÉRIE 18 15 74,50% 75,00% 3,90% 20,30% 21,50% 4,60%

2ª SÉRIE 21 10 68,80% 56,00% 8,10% 20,00% 22,90% 24,00%

3ª SÉRIE 10 12 64,50% 83,30% 12.90% 3,70% 22,50% 12,90%

Fonte: atualização de sistema - SERE/ABC – WEB, acesso em 29.06.103.1

3.1 - DIAGNÓSTICO DA CLIENTELA

O Colégio atende 446 alunos oriundos de famílias carentes, havendo

equilíbrio entre o número de meninos e meninas. A faixa etária está entre 10 e 18

anos em sua maioria, fato este que gera conflito devido a divergências de

interesse entre os mesmos.

Os alunos são moradores de bairros próximos ao Colégio, sendo que os

mais distantes utilizam transporte escolar. Com uma porcentagem alta de

desempregados e autônomos sem renda fixa, as famílias ganham em sua maioria

24

Page 25: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

até dois salários mínimos. Esta renda reflete a baixa escolaridade dos pais, com

17% de analfabetos e 72% com ensino fundamental incompleto, não ocorrendo

nenhum pai com formação superior. Um dado interessante é que o nível de

escolaridade entre as mulheres é maior que dos homens.

Os genitores ocupam funções como vigia, pedreiros, pintores, domésticas,

diaristas e operários. Possuidores de casa própria (84%), o que não significa

grandes avanços, pois as mesmas são construídas em terrenos de invasão e com

péssima estrutura salvo as exceções.

São famílias numerosas, onde 10% possuem mais de sete filhos, na

maioria de religião católica, aparecendo também evangélicos e espíritas, têm

pouco tempo para a prole, o que reflete no alto índice de reprovação, quase 50%

dos alunos já reprovaram uma vez, e no pouco tempo dos mesmos destinados

aos estudos, 50% destina apenas 30 minutos e 13% tempo nenhum.

Foram feitos dois questionamentos, se os alunos gostam de sua escola e

se gostam de estudar, constatou-se que a educação é vista com redentora em

todas as respostas. Quanto a gostar do Colégio Estadual Casemiro Karman há

unanimidade, porém com ressalvas ao aspecto físico: pouco espaço, quadra

desportiva inadequada, biblioteca pequena, banheiros em número insuficiente,

falta de recursos audiovisuais.

Os resultados relatados refletem a situação da comunidade escolar.

3.2 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES

O Colégio sabe da necessidade permanente da qualificação e atualização

dos docentes através da formação continuada, já que uma prática pedagógica

consciente e conscientizadora, requer profissionalização, para que dessa forma

possa haver compreensão das políticas mais amplas com ingerência nas

singularidades locais, estabelecimento de relações de domínio dos conteúdos

escolares que leve os docentes a selecionar e abordar os conhecimentos mais

significativos, contextualizados e consequentes.

25

Page 26: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

“O trabalhador se educa no e a partir do seu processo de trabalho, com apoio da formação teórica adquirida nos cursos de formação inicial e continuada; mkas é no trabalho, e através das relações estabelecidas a partir dele, que se constroem as competências profissionais, pela articulação entre conhecimento e intervenção”. ( Kuenzer, 2002, p 301).

Segundo a Revista do Professor Nova Escola, nº 180, página 18, na

enquete sobre “Qual a melhor forma de capacitação?”, demonstra que:

Conforme análise das necessidades e das possibilidades da escola, as

ações propostas no Estabelecimento de Ensino, para o atendimento à formação

continuada dos professores são:

a) Organização de reuniões bimestrais por disciplina para que os professores

possam se inteirar das situações pelas quais passam seus alunos, trocar idéias,

propor inovações, aprimorar seu trabalho fazendo as reformulações necessárias,

planejando suas atividades e elaborando materiais pedagógicos e de estudo para

os alunos;

b) Investir numa biblioteca com acervo especializado que oportunize aos

docentes uma reflexão sobre a prática educativa e um aprofundamento teórico em

sua disciplina;

c) Conforme a LDB 9394/96, art. 67, V, “período reservado para os estudos,

planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho”, referindo-se a hora-

2 1 %2 1 %

1 4 % 1 3 %

1 %2 %

Qual a m elhor form a de capacit ação?

Cursos na sua própria escola, conduzidos por f orm adores de outros locaisConferências, palest ras, congressos ou workshops f ora da escolaGrupos de estudos entre os professores da própria escolaCursos a distância (on-line ou com m aterial inst rucional)Estudos individuais com leitura de livros da área educacionalOut ros

26

Page 27: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

atividade. Durante a hora atividade o professor também poderá informar-se e/ou

formar-se quanto à prática pedagógica, orientada pelo professor pedagogo;

d) Capacitação em fevereiro e julho, conforme calendário, que nortearão o

planejamento trimestral a realizar-se no início do ano letivo e no retorno das férias

de julho.

3.3 FINALIDADES DO COLÉGIO

De acordo com Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96,

de 20 de dezembro de 1996, o ensino tem por objetivo proporcionar ao educando

a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades, como

elemento de auto-realização, qualificação para o trabalho e preparo para o

exercício consciente da cidadania.

Para alcançar este objetivo é de fundamental importância considerar que o

Colégio deve propiciar ao educando a aquisição de instrumentos que possibilitem

o desenvolvimento de suas capacidades e aptidões, encontrando-se com a

realidade, para atuar na mesma, de modo consciente e responsável, a fim de

alcançar aspirações pessoais e sociais, modificando sua realidade.

São finalidades da instituição escolar:

- Buscar o desenvolvimento integral do educando, pela formação intelectual,

física, social, científica, junto à consciência crítica da realidade social;

- Promover a participação ativa do educando, no processo educativo, pelo

diálogo, comunicação e descoberta de critérios de julgamento perante as

múltiplas opções que a vida apresenta;

- Desenvolver no aluno o exercício de cidadania, promovendo o respeito e o

serviço mútuo, a liberdade, a responsabilidade e estimulando as relações

democráticas;

- Assumir uma Educação de Qualidade;

- Possibilitar um ambiente favorável que mantenha o educando no processo

ensino-aprendizagem;

Nessa perspectiva é preciso recuperar o trabalho docente em sala de aula

construindo uma prática pedagógica centrada na participação do aluno, no ensino

solidário, na cooperação consciente, na análise da realidade vivencial do aluno e

27

Page 28: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

sua prática social; incorporando a tecnologia disponível ao ambiente escolar e

revendo os critérios de avaliação do aluno com valorização do seu desempenho

no processo de assimilação e apropriação dos conteúdos escolares e culturais.

3.4 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

A educação pública requer uma permanente prestação de contas para os

órgãos educacionais oficiais e para a própria escola. Esse princípio sempre

integrou a administração pública, tendo em vista a construção da universalidade

do direito ao conhecimento, acarretando e reforçando a necessidade do

acompanhamento continuado dos resultados obtidos para subsidiar as decisões

relativas ao planejamento e do currículo.

A escola desenvolve seu sistema de avaliação prestando contas dos

recursos públicos investidos, privilegiando duas linhas: a avaliação das políticas e

ações do governo na área de Educação e a avaliação do Projeto Político

Pedagógico. Nos dois casos, a meta a ser alcançada é a prestação de contas à

sociedade e fornecendo elementos para o Sistema de Ensino e para a escola

tomarem decisões que cada vez mais aproximem os resultados alcançados das

metas pretendidas, através da melhor utilização possível dos recursos que estão

à disposição.

Cabe, portanto, ao Colégio elaborar seu sistema de avaliação, conforme

solicitada pelo sistema estadual de educação, de modo a facilitar a visualização

dos resultados gerais, bem como das especificidades.

A avaliação está presente a todo o momento no desenvolvimento do

Projeto Político Pedagógico, desde a identificação de necessidades até a

obtenção de resultados, contemplando dessa forma todas as dimensões do

trabalho pedagógico: espaço físico, financiamento, gestão, equipamentos,

currículo, recursos humanos, atendimento à clientela e assim por diante. A

avaliação atinge suas finalidades quando os resultados alcançados permitem à

comunidade interna e externa acompanhar os resultados do trabalho educativo.

Essa parada de reflexão que a avaliação proporciona atinge não só o aluno, mas

também o professor, pois o fracasso do aluno leva a rever a metodologia

28

Page 29: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

empregada e os insucessos devem ser discutidos em sala, para serem

relativizados.

Mas, sobretudo, a avaliação tem como objetivo diagnosticar o

desenvolvimento dos alunos, assim como o nível de apropriação do

conhecimento, analisando habilidades e atitudes dos mesmos, tendo em vista

mudanças de comportamento propostas. Esta avaliação deve incorrer sobre o

desempenho do educando em diferentes experiências de aprendizagem,

utilizando-se de vários instrumentos e técnicas, tais como: teste de

aproveitamento orais e escritos, questionários com apoio em pesquisas, tarefas

específicas, trabalhos de criação, observações espontâneas ou dirigidas, auto-

avaliação, relatório, observação direta dos professores, entre outros. E, portanto,

fica proibida avaliação em que o aluno é submetido a uma única aferição,

devendo ser ela diagnóstica, contínua e diversificada, cabendo ao Conselho de

Classe debater e analisar todos os dados intervenientes na avaliação.

A avaliação do ensino de Educação Física e de Arte deverá adotar

procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do

aluno.

A recuperação de estudos tem como objetivo proporcionar aos alunos de

rendimento insuficiente, oportunidade de melhoria, condições próprias que

propiciem a apreensão dos conteúdos. Esta deve ocorrer de forma paralela, ao

longo do período letivo. Deve ser planejada, adequada às dificuldades dos alunos,

inseridas no cômputo das oitocentas horas anuais. O professor deve considerar a

aprendizagem do aluno durante o processo, e para aferição do trimestre no

Ensino Fundamental, ou do bimestre no Ensino Médio organizado em blocos,

considerar-se-á os progressos dos alunos em todas as atividades propostas.

A recuperação paralela pode ser de várias formas, propostas pelos

professores, incluindo trabalhos, pesquisas, relatórios, leituras. Os resultados

finais são registrados e comunicados aos alunos e aos seus responsáveis,

podendo os mesmos requerer a revisão dos resultados finais no prazo de 72

horas a partir da divulgação destes.

O Sistema de Avaliação é Trimestral no Ensino Fundamental e Bimestral

no Ensino Médio, sendo esta nota, resultado da somatória dos valores em cada

instrumento utilizado, sendo contínua e cumulativa, deve obedecer à ordenação e

29

Page 30: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

sequencia do ensino e da aprendizagem, bem como o currículo e objetivos

propostos pelo Estabelecimento de Ensino.

O resultado da avaliação é expresso em notas numa escala de zero vírgula

zero a dez vírgula zero, considerando-se décimos, sendo o rendimento mínimo

exigido seis vírgula zero, por matéria. A soma final avaliação, que representa a

nota do trimestre ou do bimestre é registrada em documentos próprios emanados

dos órgãos oficiais, a fim de assegurar a regularidade e autenticidade da vida

escolar do aluno.

Apurados os resultados finais de aproveitamento e frequência, será

definida a situação de aprovação e reprovação dos alunos. Como a escola não

possui a Progressão Parcial, os aprovados serão aqueles que possuírem

frequência igual ou superior a setenta e cinco por cento da carga horária e média

superior a seis vírgula zero resultante da somatória das notas dos trimestres e

bimestres nas disciplinas. Reprovados, serão aqueles que apresentarem

frequência igual ou superior a setenta e cinco por cento sobre o total da carga

horária do período letivo, e média anual inferior a seis vírgula zero; frequência

inferior a setenta e cinco por cento sobre o total de carga horária, com qualquer

média anual.

O aluno que estiver cursando o Ensino Médio organizado em blocos deverá

obter aprovação nos dois blocos: 1 e 2, de cada série, para poder cursar a série

seguinte.

Ainda, os alunos que apresentarem frequência igual ou superior a setenta e

cinco por cento e média anual inferior a seis vírgula zero, será submetido à

análise do Conselho de Classe que definirá pela aprovação ou não dos mesmos.

Encerrando o processo de avaliação, o Estabelecimento registrará, no

histórico escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.

Ensino Fundamental

M.A. = 1º Trimestre + 2º Trimestre + 3º Trimestre = 6,0

3

30

Page 31: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

___________________________________________________________

Ensino Médio

M.A.=1º Bimestre + 2º Bimestre=6,0 1º Bloco

2

M.A.=1º Bimestre + 2º Bimestre=6,0 2º Bloco

2

4. MARCO CONCEITUAL

O Colégio é uma instituição inserida na sociedade capitalista, a qual é

estruturada em classes, sendo um sistema altamente excludente e que se utiliza

da educação como forma de controle e preparo de mão-de-obra para as

indústrias. Portanto cabe a escola romper com o modelo de organização

taylorista-fordista, o qual prioriza os modos de fazer e o disciplinamento,

considerando desnecessário o conhecimento científico-tecnológico. Seus

conteúdos são fragmentados e:

“Organizados em seqüência rígida, tendo como meta a uniformidade de respostas para procedimentos padronizados, separando os tempos de aprender teoricamente e de repetir procedimentos práticos e

31

Page 32: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

exercendo rigorosamente o controle externo sobre o aluno” (KUENZER, 2000, p. 32).

Devido às mudanças ocorridas pela globalização da economia e

reestruturação produtiva, o modelo taylorista-fordista deixa de ser dominante e,

portanto a escola precisa formar um trabalhador de novo tipo, para todos setores

da economia e que lhe permitam adaptar-se ao novo modelo flexível de produção.

Este novo modelo de produção exige que a escola mude seu eixo de educação,

para que todos a ela tenham acesso e dessa forma ocorra a efetiva

democratização da educação, que só será possível com a efetiva democratização

da sociedade, essa utopia que deve ser almejada pela escola, mas que parece

estar cada vez mais distante na medida em que a crise internacional do

capitalismo se agrava e a saída para ela, o neoliberalismo, já esteja mostrando

seus limites.

A realidade já comprovou que não é possível inserir-se socialmente,

politicamente e produtivamente, sem pelo menos onze anos de educação escolar,

o que exige que a educação básica atinja a toda população e lhes dê uma sólida

base de educação geral.

“ Uma pedagogia articulada com os interesses populares valorizará, pois, a escola; não será indiferente ao que ocorre em seu interior; estará empenhada em que a escola funcione bem; portanto, estará interessada em métodos de ensino eficazes. Tais métodos se situarão para além dos metódos tradicionais e novos, superando por incorporação as contribuições de uns e de outros. Portanto serão métodos que estimularão a atividade e a iniciativa dos alunos sem abrir mão, porém da iniciativa do professor, favorecerão o diálogo dos alunos entre si e com o professor, mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulada historicamente; levarão em conta os interesses dos alunos, os ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico, mas sem perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do processo de transmissão-assimilação dos conteúdos”. (Saviani, 1992,p79)

A educação que se almeja deve propiciar ao cidadão-produtor, o domínio

intelectual e das formas de organização social para ser capaz de criar soluções

originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio do

conhecimento. O que se deseja atingir com essa nova concepção de homem é a

32

Page 33: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

capacidade de lidar com o inesperado, substituindo a rigidez pela flexibilidade, ser

ativo para participar como sujeito na construção de uma sociedade onde a

produção material e cultural esteja disponível para todos.

Transformar a realidade da sociedade dividida e excludente, sabendo que

no Brasil o estado de bem-estar-social nunca chegou a se concretizar e o fundo

público já não garante os direitos mínimos de cidadania, é um trabalho árduo a

ser enfrentado. Sendo que:

A dualidade estrutural tem suas raízes na forma de organização da sociedade, “que expressa relações entre capital e trabalho; pretender resolvê-la na escola, através de uma concepção nova, ou é ingenuidade ou é má-fé” (KUENZER, 2000, p. 35).

O que deve ser percebido é que a educação não tem sido disponibilizada

para todos e sua situação a cada ano se agrava devido aos escassos recursos

disponíveis nos orçamentos públicos. As mudanças devem ser abrangentes, não

somente na ampliação de vagas; devem envolver os espaços físicos adequados,

bibliotecas, laboratórios, equipamentos, novas tecnologias e principalmente

professores concursados e capacitados. Sem essas precondições, discutir um

novo modelo não tem sentido.

Uma nova concepção deve buscar o avanço possível, em face dos

recursos disponíveis, da escola concreta, com suas possibilidades e limitações. A

formação que se quer deve ser científico-tecnológica e sócio-histórica para todos,

o que exige mediações diferenciadas para atender às demandas de uma clientela

diferenciada e desigual.

A lógica do capitalismo já está imposta, cabe a escola pública dentro deste

sistema, buscar a qualidade que os alunos necessitam cada vez mais. Os

conhecimentos que devem ser trabalhados terão como meta à formação

omnilateral do homem, ou seja, em toda a sua integralidade e deverá abranger

habilidades cognitivas e comportamentais, que levem ao domínio do método

científico, das formas de comunicação, de relacionamento e organização coletiva,

de maneira a utilizar conhecimentos científicos e estabelecer relações sociais de

modo articulado para resolver problemas da prática social e produtiva.

Estes conhecimentos devem ser avaliados, pois esta é a forma que a

escola deve prestar contas ao Sistema Público de Educação e seus resultados

33

Page 34: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

vão subsidiar as decisões relativas ao planejamento da educação e do currículo.

Portanto esta deve verificar a totalidade das produções do aluno, fugir do modo

tradicional e possibilitar a visualização tanto dos resultados mais gerais como das

especificidades, sendo utilizada em todos os momentos do desenvolvimento do

projeto político-pedagógico, desde a identificação das necessidades até a

obtenção dos resultados, contemplando todas as dimensões do trabalho

pedagógico.

A avaliação revela as diferentes dimensões da aprendizagem dos alunos,

deve ser vista como uma maneira de se observar os dados relevantes do

processo ensino-aprendizagem que auxilia o profissional a avaliar seu trabalho e

tomar decisões a esse respeito.

“A avaliação deve estar presente em todos os momentos, balizando o antes, o durante e o depois. A avaliação não é um fim em si (….) é uma engrenagem no funcionamento didático e mais globalmente, na seleção e na orientação escolar”. (Perrenoud, 1999, p 36).

A organização interna da escola deve dar atenção a toda dimensão, desde

o financiamento, espaço físico, gestão, equipamentos, recursos humanos,

currículo, atendimento à clientela – pais, alunos. Dessa forma há também a busca

da integralidade da escola para que se obtenha os resultados esperados dessa

instituição, seu ambiente interno deve favorecer a prática democrática, onde todos

tenham direitos iguais e sejam ouvidos em suas reivindicações, dessa forma não

só essa instituição será verdadeiramente democrática, como também a sociedade

por influência desta.

A verdadeira democracia deve também vir de fora para dentro da escola,

pois enquanto os alunos tiverem dificuldades em sua permanência e acesso ao

sistema escolar, não estará havendo uma sociedade democrática e esta dívida

social exige esforço dos gestores públicos nos níveis estadual e nacional, que

devem ampliar as vagas e elaborar políticas públicas para permanência desses

alunos no sistema e propor melhoria na qualidade do ensino, em equipamentos,

ampliação do espaço-físico e na qualificação permanente dos professores e que

estes tenham boas condições de trabalho e remunerados dignamente, pois a

educação não é voluntariado, improvisação e exige relações de trabalho

claramente regulamentadas, sendo que os alunos têm o direito a serem educadas

34

Page 35: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

por professores adequadamente capacitados e com seus direitos respeitados,

como acontece em todos os campos profissionais.

“A teoria em si (…) não transforma o mundo. Pode contribuir para a sua transformação, mas para isso tem que sair de si mesma e, em primeiro lugar tem que ser assimilada pelos que vão ocasionar, com seus atos reais, efetivos. Entre a teoria e a atividade prática transformadora se insere um trabalho de educação das consciências de organização dos meios materiais e planos concretos de ação; tudo isso como passagem indispensável para desenvolver ações reais, efetivas. Nesse sentido, uma teoria é prática na medida que se materializa, através de uma série de mediações, o que antes só existia idealmente, como conhecimento da realidade ou antecipação ideal de sua transformação”. ( Vasquez, apud Saviani, 1992,p 82-83).

O currículo do colégio que se quer não precisa ser necessariamente novo,

mas que haja uma generalização de conhecimentos que até o presente momento

estão sob o controle de uma pequena parcela da população. Os conteúdos das

disciplinas deverão ser democratizados para toda a população, já que estes são

necessários para que participem da sociedade que cada vez mais reúne ciência e

tecnologia. O Colégio assim deixaria de distribuir o conhecimento de forma

desigual e haveria dessa forma uma verdadeira democratização dos conteúdos,

que levaria a uma nova organização social.

Neste currículo não há espaço para repetição, memorização,

aprendizagem de conteúdos e de formas operacionais parciais, as quais são

substituídas pelo raciocínio lógico, habilidades comunicativas, pela capacidade de

discernir, de criar, de construir soluções originais, de não se satisfazer e buscar

educar-se continuamente. O que se almeja é a formação de um novo homem

para agir numa nova sociedade. Esta sendo mais democrática demanda por um

currículo que tenha um caráter político, que fuja de uma grade que articula

disciplinas e horas, mas que seja o resultado de um projeto intencional de

formação humana orientado para uma utopia, ao redor do qual se articulam todos

os esforços da comunidade escolar e que para que isso ocorra é preciso

consenso da comunidade escolar sobre os conteúdos do projeto político-

pedagógico.

O maior desafio é a alteração do trabalho pedagógico e do currículo

enciclopedista, pois há anos que as disciplinas que compõe o currículo tem seus

35

Page 36: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

interesses intelectuais que preocupavam os pensadores da Grécia clássica e sem

desmerecer estes conhecimentos, resta saber, se os temas que constituem as

disciplinas atuais, dão conta das necessidades atuais da sociedade, pois os

filósofos constituíam uma elite, a qual estudavam temas que estavam distantes do

trabalho, da vida cotidiana e da aplicação prática. Hoje se educa para formar

pessoas capacitadas para o mercado de trabalho, com um perfil pré-determinado

pela sociedade capitalista, mas o compromisso da escola é democratizar o

conhecimento como estratégia de construção de uma sociedade, na qual todos

tenham direitos iguais. Por isso, os professores em sua dimensão de intelectual

coletivo, devem avaliar os conteúdos que têm sido reproduzidos nas práticas

escolares, estas com apoio na tradição, e buscar na sociedade novos conteúdos

sobre os quais se constroem os modos de produzir e de organizar a vida

individual e coletiva, sem deixar de tomá-los na sua perspectiva histórica e sua

relação com a lógica concreta que rege o movimento das relações sociais.

Cada nível de ensino tem uma finalidade que deve estar presente no

Projeto Político Pedagógico da escola, e este processo se inicia com o

levantamento das características dos alunos atendidos pela escola, quais suas

perspectivas de futuro e necessidades, onde a escola está localizada e quais

suas disponibilidades e limitações. Quanto aos conteúdos no Ensino

Fundamental, estes devem desenvolver o domínio das diferentes linguagens e

demais conhecimentos básicos de caráter elementar necessários à vida individual

e social, desenvolver a autonomia de trabalho intelectual e de escolhas éticas,

com menos memorizações de conceitos e que privilegiem a capacidade de

localizar informações a partir de uma necessidade ou problema, compreendê-las,

organizá-las e articulá-las de modo a produzir respostas.

“O Projeto Político-pedagógico expressa nossa visão de mundo, valores, os compromissos com a vida e nossa identidade. Para se instrumento de autonomia da escola, com identidade própria de uma determinada comunidade, não pode ser cópia de outro”. (Cipriano,)

Portanto o Projeto Político Pedagógico deve estar adequado à realidade

concreta na qual vive o aluno, que deverá ser capaz de compreendê-la e

transformá-la, sua consideração de concepção de mundo, das formas de

36

Page 37: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

aprender, possuir conteúdos e formas metodológicas que permitam ao aluno

usufruir seus direitos e participar da vida política, ter conhecimentos científicos,

tecnológicos que estão presentes no trabalho, nas relações sociais e tratar

conhecimentos sócio-históricos. Tudo isso sendo trabalhado de forma articulada e

que se estabeleça às relações entre as suas dimensões lógica e histórica e que

leve o aluno a desenvolver uma relação ativa com o conhecimento, gerando uma

aprendizagem significativa, a partir do estabelecimento das conexões entre o que

deve ser aprendido e as experiências da vida pessoal, social e produtiva. Assim

sendo, os alunos do Ensino Médio, em conformidade com a legislação vigente,

poderão realizar estágios cadastrando-se junto às entidades que oferecem.

4.1 GESTÃO DEMOCRÁTICA

O Colégio deve ser o espaço-tempo da prática pedagógica, onde ocorre a

relação entre professores e alunos, ideias, valores, ciência, arte, e cultura, livros e

equipamentos, problemas e desafios e nesse sentido, ser administrada,

supervisionada, mas ser inspecionada não é a sua razão de existência, entretanto

deve criar oportunidades para que os alunos se construam, construam e

reconstruam o saber.

“Referida a isso é que tem sentido a gestão escolar que, viabilizar um projeto político-pedagógico globalizador e interdisciplinar, deve prever formas democráticas de organização e funcionamento da escola, incluindo as relações de trabalho no seu interior. Relações de trabalho que devolvam à escola seus principais agentes ou atores: alunos e professores, coadjuvados direta e permanentemente pelos pais, que representam e trazem consigo a realidade circundante, por dela serem parte”.(BUSSMANN, 1996, p. 37)

O Projeto Político Pedagógico deve contar com as instituições escolares

como: Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Grêmio Estudantil, Conselho

de Classe, Conselho Escolar para que aja a sua integração como um todo. Não

se quer com isso eliminar os especialistas da instituição (administrador,

supervisor, orientador) e nem a delegação de suas funções a todos os

37

Page 38: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

professores, ou ainda que a eleição para diretor seja garantia de sucesso da

pratica pedagógica e de sua gestão democrática.

O processo de caminhada para a direção democrática da instituição, na

construção de sua identidade como espaço-tempo pedagógico supõe e exige:

• Rompimento com estruturas mentais e organizacionais fragmentadas;

• Definição clara de princípios e diretrizes contextualizadas, que projetem o vir-

a-ser da escola;

• Envolvimento e vontade política da comunidade escolar para criar utopia

pedagógica;

• Conhecimento da realidade escolar, sempre atualizado e acompanhado;

• Planejamento participativo que aprofunde compromissos, estabeleça metas

claras e exequíveis;

• Clarificação constante das bases teóricas do processo com revisão e

dinamização contínua da prática pedagógica à luz dos fundamentos e das

diretrizes do currículo, da metodologia, da avaliação, dos conteúdos, das

bases da organização escolar, do regimento, dos mecanismos de participação,

do ambiente e do clima institucional, das relações humanas, dos cronogramas

de estudos e de reuniões, etc;

• Atualização constante do pessoal docente e funcionários de todos os setores

da escola;

• Coordenação administrativo-pedagógica competente e interativa, que

estimule, planeje, comande, avalie, apoie e dialogue sempre.

4.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A finalidade da educação básica é desenvolver o domínio das diferentes

linguagens e demais conhecimentos básicos de caráter elementar necessários à

vida individual e social, desenvolver a autonomia de trabalho intelectual e de

escolhas éticas, através de conteúdos e atividades que privilegiem menos a

memorização de conceitos do que a capacidade de localizar informações a partir

38

Page 39: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

de uma necessidade ou problema. Compreendê-las, organizá-las e articulá-las de

modo a produzir respostas.

As disciplinas e seus conteúdos devem se adequar para cada finalidade

que se almeje como:

• Conhecimentos científicos e tecnológicos;

• Conhecimento sobre as diferentes formas de linguagem e comunicação

contemporânea;

• Conhecimento sócio-histórico, que permitam o aluno compreender as relações

sociais e produtivas, bem como nelas intervir enquanto sujeito individual e

coletivo.

O que se espera é que ocorra a articulação entre as dimensões através

dos contextos relevantes, conforme também apontados pela LDB: trabalho,

convivência, práticas sociais, políticas culturais e de comunicação, vida pessoal,

cotidiano, meio ambiente, corpo e saúde; a partir dos quais se dará uma

aprendizagem seguindo a lógica que rege a construção histórica da disciplina e as

relações sociais e produtivas, determinada por necessidades concretas, as quais

são diversa e contraditórias.

É de fundamental importância para a escola reconhecer que a relação

entre o homem e o conhecimento se dá através da mediação da linguagem, em

suas múltiplas formas de manifestação: a língua, a matemática as artes, a

informática. As linguagens, portanto, estabelecem as mediações entre o aluno e o

conhecimento em todas as áreas, bem como entre a situação na qual, o

conhecimento foi produzido e as suas novas formas de utilização na prática.

Nesse sentido que a organização curricular viabilizará a movimentação do

pensamento do geral para o específico e vice-versa, através da intencional

seleção de conteúdos e atividades. É no espaço curricular que o aluno

aprofundará e complementará a educação básica em todas as suas dimensões,

aprenderá as relações entre os conhecimentos, e destes com a cultura e o

trabalho, identificará as relações entre teorias e prática, o trabalho e a

solidariedade, sendo capaz de usar o conhecimento para transformar a realidade.

A organização do currículo do ensino fundamental da escola tem uma base

comum nacional, determinada pela LDB 9394/96, que dispõe que as matérias

39

Page 40: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

devem variar de acordo com as características de cada região (Lei 13.381/01 –

estudos sobre o Estado do Paraná). O currículo abrangera obrigatoriamente o

estudo da Língua Portuguesa e da Matemática, Ciências pelo conhecimento do

mundo físico e natural, Geografia pela realidade social e política, o ensino de

Artes para o desenvolvimento cultural dos alunos, História - que levará em conta

as contribuições das diferentes culturas e etnias, Língua Estrangeira Moderna –

Inglês, Educação Física ajustada às faixas etárias e Ensino Religioso – sendo

esta de matrícula facultativa.

Segundo a LDB os conteúdos curriculares devem observar a difusão de

valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de

respeito ao bem comum (Lei 10.639/03 – Inclusão e Cultura Afro-brasileira) e à

ordem democrática, também levar em conta as condições de escolaridade dos

alunos, contextualizar os conteúdos, relacionar, comparar e trabalhar de forma

integrada.

Outro item a ser observado é o tempo escolar, sendo este um dos

elementos constitutivos da organização do trabalho pedagógico. O Colégio

trabalha pelo sistema seriado e organizado em períodos fixos de tempo para

trabalhar as disciplinas do currículo, o que impede que a escola organize períodos

de estudo e reflexão dos educadores sendo que isto fortaleceria a escola como

estância de educação continuada.

4.3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

“Esta história é verídica, tomei conhecimento dela há dois anos, o que só fez confirmar o mal que eu já imaginava. Uma professora, no primeiro dia de aula, na primeira série, encontra uma menina com Síndrome de Down sentada no fundo da sala. Tenta se comunicar com a menina, não consegue, não entende o que ela fala. A menina tem nove anos. Na hora do recreio, a primeira coisa que a professora faz é correr para a diretora: “Como é que você faz uma coisa dessas comigo? Coloca uma menina deficiente na minha sala sem me avisar, não sei fazer nada, nem entender o nome dela eu consegui”. A diretora volta-se para a professora com a seguinte resposta: “Professora, tranqüilize-se, deixe de tanta angústia, faz de conta que aquela criança é um jarro que irá enfeitar a sua sala”. Isso é verídico, não é história de carochinha.” (LIMA, 2003).

40

Page 41: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Falar em inclusão há que falar em excluídos: os problemas de evasão e

reprovação que constituem os entraves à progressão dos nossos alunos, os

excluídos digitais, que tem um grande potencial para fazer parte das estatísticas

de desempregados; os segmentos tradicionalmente excluídos moradores da zona

rural, das periferias, das áreas de pobreza, dos indígenas, ainda há mais formas

de exclusão: crianças abusadas, maltratadas, crianças que nunca chegarão a

escola, por causa do trabalho infantil e as que possuem necessidades especiais.

O processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças

sistêmicas político-administrativas na gestão educacional; a escola inclusiva custa

caro – ninguém pode imaginar que se vá fazer uma escola inclusiva de qualidade

com os mesmos custos de uma escola como sempre existiu.

O Brasil optou pela construção de um sistema educacional inclusivo ao

concordar com a Declaração Mundial de Educação para todos, firmada em

Jomtien, na Tailândia, em 1990, e ao mostrar consonância com os postulados

produzidos em Salamanca (Espanha, 1994) na Conferência Mundial sobre

necessidades educacionais especiais: acesso e qualidade.

De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 02, 11/09/2001, institui-se as

Diretrizes Nacionais para a educação de alunos em necessidades educacionais

especiais, na educação básica, cabendo aos Estabelecimentos de Ensino:

organizar-se para o atendimento aos educandos, assegurando as condições

necessárias para uma educação de qualidade para todos.

Conforme essa resolução, caberá as escolas: organizarem-se de modo que

hajam professores capacitados, para o atendimento aos alunos; distribuição dos

alunos com necessidades especiais pelas classes, de modo que se beneficiem

com as diferenças, de acordo com o princípio “educar para a diversidade”,

flexibilização e adaptações curriculares, metodologias e recursos didáticos

diferenciados, resignificação dos conteúdos básicos e processos de avaliação

adequados, respeitando-se a frequência obrigatória.

São alunos com necessidades educacionais especiais: aqueles que

apresentam necessidades, próprias e diferentes dos demais alunos no domínio

das aprendizagens curriculares correspondentes à sua idade, requerem recursos

pedagógicos e metodologias educacionais específicas. A classificação desses

41

Page 42: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

alunos, para efeito de prioridade no atendimento educacional especializado

(preferencialmente na rede regular de ensino), dá ênfase a:

- portadores de deficiência mental, visual, auditiva, física e múltipla;

- portadores de condutas típicas (problemas de conduta);

- portadores de superdotação.

Não se pode ser ingênuos e acreditar que existem lugares e oportunidades

para todos, o desafio é a inclusão na escola e no mercado de trabalho.

No âmbito de escola:

“O redimensionamento do tamanho de classes onde estão os alunos com necessidades diferenciadas; a capacitação de seus professores; orientação, apoio e acompanhamento especializados para os professores que realizam esse trabalho; a criação de espaços de interação sócio-educacionais nas escolas, para a inclusão dos alunos na escola como um todo, e não apenas em sua turma; o acompanhamento psicopedagógico a alunos com necessidades diferenciadas; a formação dos alunos como um todo para aceitarem e conviverem de maneira receptiva e positiva com as diferenças; a compreensão ampla e aprofundada dos desafios e necessidades sócio-educacionais de pessoas de grupos diferenciados; o envolvimento de pais nas questões de inclusão e sua orientação a respeito do tema” (LUCK, 2003).

5. MARCO OPERACIONAL

O Projeto Político Pedagógico tem por objetivo instaurar uma forma de

organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos e busque eliminar as

relações competitivas, corporativas e autoritárias e que rompa com a burocracia.

A busca de uma nova organização para a escola constitui uma ousadia para os

educadores, pais, alunos e funcionários. Por isso, os embasamentos são os

pressupostos de uma teoria pedagógica crítica viável, que se inicie da prática

42

Page 43: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

social e que esteja compromissada em solucionar os problemas da educação e

do ensino da escola, em busca da autonomia e da qualidade.

A gestão democrática deve ser um princípio que levará a escola a atingir

esses objetivos, pois abrange as dimensões pedagógicas, administrativa e

financeira, propiciando a ruptura na prática administrativa que está em voga. A

gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da

escola, tendo em vista a sua socialização. E na concretização dessa tarefa tem

importante papel a ação administrativa, pois ela se situa no espaço-tempo entre

as decisões políticas que o processo educativo exige e a implementação dessas

decisões.

A administração na instituição deve estar ciente do contexto social e

político no qual está inserida e isso implica num posicionamento filosófico e em

paradigmas de conhecimento que expressem a nova visão de homem e de

sociedade, as quais fundamentam a questão educacional.

A conduta administrativa manifesta seu alcance pedagógico de várias

maneiras, como: no estabelecimento das políticas, dos fins, dos meios, no

planejamento e na avaliação, na articulação com e entre a comunidade escolar,

na destinação e na alocação de recursos, no estabelecimento de prioridades, no

respeito à liberdade e às individualidades, na defesa dos interesses do coletivo

escolar e na defesa das necessidades das crianças e dos jovens em sua

passagem pela escola.

Administrar é agir de modo a combinar adequadamente o uso de recursos

disponíveis para atingir um objetivo, articulando os meios para atingir fins

desejados e definidos. No caso da organização escolar, as questões éticas e

administrativas têm a ver com a questão pedagógica. A direção escolar deve

gerenciar o pessoal docente, discente, técnico-administrativo e de serviços, não

pode dissociar da tarefa da gerência seu caráter formativo, razão maior da ação

escolar.

Um dos grandes desafios a ser enfrentado pela administração escolar é o

conflito, o qual é inerente a organização e exige dela competência administrativa.

O conflito é um elemento constitutivo e mantém um clima propício à mudança

adaptativa, pois conflito gera mudança e esta gera adaptação, que em

43

Page 44: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

consequência gera a sobrevivência da organização, capaz de gerar socialização e

conhecimento.

Neste contexto o Projeto Político Pedagógico é que irá desenvolver através

de discussões nas horas de estudo dos professores, nas semanas pedagógicas e

nos cursos oferecidos pela mantenedora o processo de planejamento-discussão-

decisão-ação-reflexão-avaliação-replanejamento-nova ação, para que se afirme a

identidade da escola, como espaço pedagógico necessário à construção do

conhecimento e da cidadania. A escola pública assume assim importância cada

vez maior como espaço-tempo para as prioridades sócio-educacionais, onde o

indivíduo aprende por interações coletivas, de forma ativa e o papel do professor

é provocar conflitos cognitivos no aluno, impulsionando-o à criação de novos

conhecimentos.

Nessa perspectiva, papéis importantes desempenharão as instituições

escolares atuando em sintonia por integrar o Projeto Pedagógico: Associação de

Pais, Mestres e Funcionários (APMF), Grêmio Estudantil, Conselho de Classe,

Representação de Turmas. E todo esse conjunto levará à direção da democracia

na escola, na construção de sua identidade como espaço-tempo pedagógico e

que romperá com estruturas mentais e organizacionais fragmentadas.

Para que as inovações que a escola almeja produzam efeitos, os

educadores devem comprometer-se em alterar seu fazer e questionar os

discursos que muitas vezes não traduzem o vivido na escola. O que não pode

haver é o descompasso entre o discurso e a ação, sendo que sua prática deve

ser consequência de valores e princípios acumulados ao longo da experiência

vivencial de cada profissional. Porém, se deve fugir do mal que atinge pessoas e

instituições e que é chamada “paralisia paradigmática”, que é a doença fatal da

certeza absoluta e que tende cristalizar concepções originárias de teoria a

paradigmas que foram “assimilados” ao longo das historias de vida, que

transcendem delas próprias e que podem estar superadas, mas que muitas vezes

os educadores não as percebem.

Os educadores devem conceber o conhecimento como um processo de

construção e não como uma transmissão de um saber pronto e acabado e desse

confronto de orientações teóricas reflete-se no cotidiano das escolas. O professor

em sala de aula desenvolve com seus alunos esse processo de construção do

44

Page 45: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

conhecimento sendo ele aquele que irá mediar a assimilação do conteúdo que

deve ser aprendido. A escola deve ser autônoma e de qualidade, onde o saber

veiculado oportunize a todos, a capacidade de exercer com dignidade a cidadania

e no seu interior, não aja ação antidemocrática, conteúdos sem significados e

uma estrutura repressora.

A instituição não deve sonegar conteúdos pela justificativa das condições

sociais dos alunos, pois isso seria ceder as ideologias liberais, que mascaram o

sentido da realidade social, admitindo a desigualdade e desqualificando a ideia de

luta de classe. Não é fácil transformar a realidade da sociedade, pois esta é

dividida em classes e desigual, os recursos públicos diminuem a cada ano e

culminam na deficiência de formulação de políticas e projetos necessários à

garantia dos direitos mínimos de cidadania. Esses desafios precisam ser

compreendidos a partir da identificação das causas para que as medidas tomadas

sejam adequadas e sem que isso se constitua em desigualdade. Depois de

reconhecidas às causas, a escola tem como obrigação definir ações que venham

a buscar a superação dos problemas levantados e isso ocorre através do estudo

feito por todos os funcionários, professores, pais e alunos no dia a dia da escola,

nas reuniões de pais, de professores, na formação continuada e nas próprias

salas de aula durante o ano letivo.

Outro eixo que a instituição precisa administrar é o econômico-financeiro, o

qual incide diretamente sobre a autonomia da escola e sua administração, pois a

escola depende de transferências feitas pelo sistema educacional e os utiliza para

aquisição de material. Os recursos utilizados pelo Colégio são o Fundo Rotativo e

o Programa Dinheiro Direto na Escola, sendo que com essas verbas a escola

pode realizar pequenos consertos, consertos maiores, compra de material para

reprodução de provas, textos, compra de material de expediente, material

pedagógico, material permanente, recursos tecnológicos e material básico para

alunos carentes. O Colégio utiliza também recursos arrecadados pela Associação

de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) em eventos como festas, rifas, etc., os

quais são utilizados como complemento para a manutenção da escola.

Apesar de contar com estes recursos, a escola ainda não tem um espaço

físico adequado, pois possui biblioteca pequena, apenas para empréstimo dos

livros não tendo espaço físico para receber os alunos para leitura e realização de

45

Page 46: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

trabalhos. Não possui sala para vídeo, porém possui as Tvs nas salas de aula e o

laboratório de informática que foi implantado na escola através do Programa

Paraná Digital. Este espaço será utilizado por toda a comunidade escolar e

servirá como um ambiente pedagógico favorável para elaborar novos

conhecimentos, processando uma crítica não abstrata, mas embasada na

compreensão científica do real.

As novas tecnologias estão presentes nos processos de trabalho da

sociedade capitalistas e faz com que a massa dos trabalhadores não instruídos

fique cada vez mais distanciada dos benefícios que o avanço científico e

tecnológico pode trazer. Contudo, o acesso aos conhecimentos explícitos da

dominação não é automático, requer a mediação dos profissionais da escola, que

na prática do dia-a-dia irão possibilitar aos alunos da classe dominada a

compreensão crítica dos conhecimentos.

O Projeto Político Pedagógico da escola, dentro desse contexto, deve ser

relevante também à sociedade, esta que se caracteriza pela globalização e pelo

dinamismo tecnológico, o que exige dos cidadãos a capacidade de participar e

autonomia para buscar aprender constantemente. A escola pública é uma

instituição que presta serviços aos cidadãos, logo precisa ouvir alunos e

responsáveis, estando aberta à participação da comunidade e abrir-se à avaliação

externa.

A avaliação interna é também fundamental para correção e aprimoramento

de rumos e também porque, é por meio dela que toda a extensão do ato

educativo e não apenas a dimensão do conhecimento é considerada. A avaliação

deve ser realizada com todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem,

através de questionários que são enviados aos pais, e comunidade em geral, aos

professores, aos funcionários, aos alunos através do conselho de classe feito com

o corpo discente e docente e até mesmo através de conversas informais com

alunos e pais.

A avaliação deve ser vista como um recurso Político Pedagógico

Administrativo que além de sugerir parâmetros para o projeto pedagógico da

escola, deve ser usado como fonte de novas políticas e linhas de ação, permitindo

a superação dos limites da escola. Dessa forma, a escola justifica sua existência

e torna válida sua atuação ao traçar sua proposta pedagógica no livre consenso

46

Page 47: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

dos nela interessados e por ela solidariamente responsáveis e ao propiciar-lhe as

condições de efetividade com eficiência. Por isso um Projeto Político Pedagógico,

cuja marca, é a permanente redefinição conceitual, por parte da comunidade

escolar sobre o que ela entende por: conhecimentos, sociedade, educação,

escola, ensino-aprendizagem. A educação que se quer e para que serve é uma

ética de valores a serem perseguidos.

Portanto as ações possíveis de serem realizadas durante o ano letivo pelo

coletivo da escola estão centradas na gestão democrática com diálogos

constantes sobre o planejamento, discussão e decisão sobre as ações, reflexão,

avaliação e replanejamento sempre que necessário para uma nova ação;

organização do processo de construção do conhecimento; identificação das

causas para traçar ações com vista à transformação da sociedade e a avaliação

interna, pois é por meio dela que poderemos corrigir e aprimorar as atitudes

tomadas.

O que importa não é o ensino das disciplinas como se fossem pacotes bem

acabados e amarrados, mas cada período letivo, cada estágio do currículo

entendido e encarado como unidade operacional básica em que uma turma de

alunos e uma equipe de professores atuem numa unidade de experiências

próprias e de recorrências conceituais e temáticas a que concorram as diversas

disciplinas, não com base em si mesmas, mas sim nas exigências daquele

estágio e daquela determinada situação de aprendizagem. Deve ocorrer

congruência e continuidade, em que os conteúdos curriculares relacionam-se e

reorganizam-se, articulando-se em estruturas novas, mais complexas e a um

tempo mais adaptadas à interpretação das mudanças havidas e das novas

relações percebidas.

A natureza e especificidade da Educação é a de transmitir o conhecimento

historicamente produzido pela humanidade. E pelo trabalho que o homem se

humaniza e produz conhecimento ao transformar a natureza. Sendo assim o

trabalho tomado como princípio educativo se manifesta na transmissão do

conhecimento elaborado pelo ensino.

Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios,

a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições

sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em

47

Page 48: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de

produção, de dominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito

a partir do trabalho.

Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos

conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de

possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma

conceitual e operacional. Isto implica em ir para além de uma formação técnica

que secundariza o conhecimento, necessário para compreender o processo de

produção em sua totalidade.

Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta

dimensão contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador

atuar no mundo do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.

Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as

ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-

versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para

compreendê-las a partir das relações de trabalho.

E nesta concepção o Colégio Estadual Casemiro Karman possibilita o

estágio não-obrigatório aos alunos do Ensino Médio, ou seja, dentro desta

perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações

desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa,

relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las

a partir das relações de trabalho.

Assim cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio

desenvolvidas pelo aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa

mediar a natureza do estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano

de trabalho docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam

instrumentos para se compreender de que forma tais relações se estabelecem

histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo, também,

manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem atividades de

estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes

possam contribuir para esta relação práxica.

48

Page 49: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

5.1 ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-

PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS

5. 1.1 Projeto Cultural

Um dos graves problemas encontrados pela comunidade de nosso

Estabelecimento de Ensino é o acesso à Cultura, pois dificilmente os alunos

frequentam museus, cinema, fazem passeios a pontos turísticos ou qualquer

outra fonte cultural.

Pensando nestes problemas a Professora da disciplina de História

desenvolveu um projeto em busca de proporcionar aos alunos o acesso cultural

para que os mesmos não considerem distantes de si muitas coisas que são

comentadas em sala de aula.

Para poder realizar muitas destas atividades propostas, conta-se com o

auxílio dos pais e parcerias com a Prefeitura (transporte escolar) e pessoas

interessadas em colaborar com tal empreendimento.

O projeto é desenvolvido durante o ano e tem trazido resultados positivos

para o corpo docente no seu desenvolvimento pedagógico e cultural.

5.1.2 “O Dia do Pastel”

Considerando as condições econômicas do Estabelecimento e com o

propósito de interação escola-comunidade é realizado em consonância com a 1ª

etapa da Campanha de Vacinação contra a Paralisia Infantil, o “Dia do Pastel”

neste momento, a escola oferece pastéis a preços acessíveis, beneficiando

ambas as partes. Os ingredientes, mão-de-obra e trabalhos em geral são

reunidos e realizados voluntariamente pelos funcionários da mesma.

Assim sendo, os pais participam, cumprindo a obrigação com seus filhos e

colaborando com a Escola, unindo o “útil ao agradável”.

5.1.3 Jogos Colegiais

A escola incentiva a participação dos alunos nos Jogos Colegiais como

uma forma de socialização e contribuição para a prática do esporte, não somente

como uma forma de competição, mas sim pela sua importância para o

desenvolvimento de uma vida saudável.

49

Page 50: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

5.2.4 Programa SAREH (Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização

Hospitalar)

Sabendo que o atendimento pedagógico educacional hospitalar é um

direito de todos os educandos que devido as suas condições especiais de saúde

estejam hospitalizados ou sob outras formas de atendimento que impeçam a

participação na escola, o Estabelecimento de Ensino juntamente com o estado do

Paraná, através da sua Secretaria de Estado da Educação – SEED, entende que

o objetivo do programa hospitalar é garantir aos alunos pacientes, um conjunto de

ações, que lhes possibilite a continuidade das suas atividades escolares;

reintegrar a escola aqueles alunos que estão fora do contexto escolar; incentivar o

crescimento e desenvolvimento intelectivos e sócio-interativo; fortalecer o vínculo

entre o aluno paciente e o seu processo de aprendizagem; sanar dificuldades de

aprendizagem, oportunizando a aquisição de novos conhecimentos intelectivos,

amenizando a trajetória acadêmica do aluno paciente durante o seu período de

internação hospitalar.

Os Projetos Pedagógicos desenvolvidos pela SEED, em parceria com as

instituições conveniadas, objetivando a realização de vivências que possibilitem

escolarização, percorrendo as diversas áreas do conhecimento e relacionando-as

aos conteúdos programáticos, de acordo com a faixa etária e grau de

escolaridade dos alunos.

Aderindo a este programa, espera-se que venhamos a contribuir para a

efetiva reintegração do educando hospitalizado uma vez que, muitas vezes, pela

falta de oportunidades, estes são excluídos do processo escolar.

5.1.5 Projeto de Leitura

Como forma de incentivar o hábito da leitura e sabendo que através desta

são desenvolvidas várias aptidões relativas a Língua Portuguesa e que refletem

também nas demais disciplinas, o Estabelecimento de Ensino oferece aos

educandos, um projeto diário de 15 minutos em aulas alternadas para a leitura de

livros, conforme calendário distribuído em sala de aula. No período noturno o

Projeto de Leitura desenvolve-se de maneira diferenciada, onde cada turma tem

um determinado dia da semana destinado para a leitura de livros que são

50

Page 51: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

distribuídos em sala. Cada classe já tem o seu dia previamente estabelecido,

agendado em sala de aula.O projeto acontece em cada turma, em aulas

alternadas, com duração de 45 a 50 minutos semanais.

5.1.6 Programa de Mobilização para Inclusão Escolar e a Valorização da Vida

Com a finalidade de garantir que nenhuma criança fique fora da escola,

impedindo o aumento da evasão escolar, esta política pública institui o FICA

(Ficha de Comunicação do Aluno Ausente) para sistematização de ações de

combate à evasão escolar em todo o Estado do Paraná.

Por ser uma política pública que atinge a muitos alunos, o nosso

Estabelecimento de Ensino aderiu a este programa, buscando confirmar a

concepção democrática de escola como direito de todos, tendo a preocupação

com situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e

adolescentes na escola. Para tanto, mantém contato frequente e direto com os

pais ou responsáveis, enfatizando a sua responsabilidade na educação e

formação dos filhos.

5.1.7 Eventos promovidos pela SEED

No âmbito escolar são estimulados a participação nos eventos promovidos

pela SEED como: FERA; COMCIÊNCIA e nos Jocop'S; dependendo do interesse

dos professores e alunos.

5.2 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

a) A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é um órgão formado

não somente por pais, mas também com a participação de toda a comunidade

escolar, onde aqueles envolvidos no processo são igualmente responsáveis pelo

sucesso da Educação, objetiva dar apoio à Direção, primando pelo entrosamento

entre pais, alunos, professores, funcionários e toda a comunidade, com as

51

Page 52: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

atividades sócio-educativas, culturais e desportivas. A Associação de Pais,

Mestres e Funcionários é regida por estatuto próprio.

b) O Conselho de Classe é o órgão coordenador e avaliador da ação educacional

da Escola. Composto por Professores, Equipe Pedagógica, Direção e

Administrativo, o Conselho de Classe, estabelece critérios para os trabalhos de

acompanhamento, avaliação e recuperação, dos educandos, bem como discute a

prática pedagógica adotada na escola. Nosso conselho reúne-se ordinariamente

ao final dos bimestres, com registro em ata da reunião propriamente. Também

regido por estatuto próprio.

c) O Conselho Escolar é um órgão ligado a Direção, cujo objetivo é discutir e

auxiliar o desenvolvimento da escola, visa a qualidade de ensino através de uma

educação transformadora que prepare o aluno para o exercício pleno da

cidadania.

O Conselho Escolar é constituído por representantes dos segmentos da

comunidade escolar. As reuniões acontecem toda vez que se faz necessário, nas

dependências da escola e são abertas a todos os pais.

d) Grêmio Estudantil é uma organização que representa os interesses dos

educandos, com fins cívicos, culturais, educacionais, sociais e desportivos. É o

órgão máximo de representação dos alunos, regido por estatuto próprio. Nosso

grêmio chama-se Domínio Estudantil, sua atuação tem se dado principalmente

nas atitudes desportivas, sociais e culturais, tais como “Dia do Pastel”,

Campeonatos de Futebol e representativamente em eventos culturais em nossa

cidade.

5.3 REGIMENTO ESCOLAR

5.3.1 DIREITOS DOS ALUNOS:

- Ter pleno atendimento didático-pedagógico, usufruindo um bom nível de

ensino;

52

Page 53: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Expor as dificuldades encontradas no processo de aprendizagem

solicitando a orientação necessária;

- Expor as dificuldades encontradas no processo de aprendizagem

solicitando a orientação necessária;

- Ser avaliado em seu desempenho de forma justa, com o benefício da

recuperação;

- Inteirar-se do sistema de avaliação e ser informado dos resultados obtidos

nas diferentes avaliações, assim como das faltas, através dos boletins

informativos;

- Os atrasos serão permitidos desde que justificados perante a direção e/ou

equipe pedagógica, com tolerância de no máximo 10 minutos, sendo registrados

na agenda, não devendo exceder um atraso mensal. Os alunos que excederem

ao número permitido somente entrarão na escola com a presença dos pais;

- Participar com voz e voto nas decisões da turma;

- Utilizar-se das instalações e dependência da escola, mediante prévia

autorização de quem de direito;

- Ter acesso aos serviços prestados pela escola no seu período escolar;

- Requerer cancelamento de matrícula ou transferência desde que,

cumpridas as obrigações prévias;

- Usar a biblioteca nos horários determinados pela mesma;

- Participar do recreio, desde que sejam respeitadas as normas de civilidade:

respeito mútuo, brincadeiras sadias, não frequência a lugares que ofereçam

perigo ou áreas não permitidas;

- Ser dispensado da prática de Educação Física, mediante comprovação

médica de inaptidão física e/ou declaração de trabalho com carga horária; os

atestados e declarações deverão ser entregues para a Equipe Pedagógica;

- Requerer Segunda chamada de provas ou revisão de provas, em termos

de cortesia, apresentando um atestado médico, ou justificativa considerada grave

pela equipe pedagógica. O prazo de requerimento de 2ª chamada é de 72 horas,

passando o prazo perder-se o direito. (Lei 7102 de 15/01/1979).

- Ter vaga assegurada no turno de sua escolha, registrada a capacidade da

escola e demanda existente, o educando que obtiver seu rendimento escolar

53

Page 54: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

suficiente para a aprovação, os demais terão sua vaga assegurada, respeitada a

faixa etária, mas sem opção de turno.

5.3.2 DEVERES DOS ALUNOS:

- Respeitar professores e funcionários, com obediência e acatamento;

- Adquirir a agenda escolar, pois é ela, um meio de comunicação e

identificação do aluno;

- Ser pontual e assíduo com os horários e deveres escolares;

- Tratar com educação e cortesia colegas, funcionários, professores,

diretores e toda pessoa a que se dirigir ou for interpelado;

- Manter-se limpo e asseado;

- Manter os materiais escolares devidamente cuidados e organizados,

conservando-os com a maior higiene possível;

- Comparecer às atividades cívicas ou quaisquer outras atividades

promovidas pela escola, como complemento ao processo ensino-aprendizagem;

- Manter atitudes de silêncio na biblioteca e cumprir suas normas e

orientações;

- Manter sua sala de aula sempre limpa e outras dependências asseadas,

usando as lixeiras para armazenar os restos e sobras;

- Comparecer e participar das aulas e atividades programadas com

pontualidade e assiduidade;

- Atender prontamente aos sinais de entrada, recreio ou saída de aula,

dirigindo-se sempre em silêncio para a sala de aula;

- Trazer diariamente sua agenda escolar;

- Permanecer na sala de aula, na ausência do professor, portando-se de

maneira civilizada;

- Estudar, fazer e apresentar tarefas e demais trabalhos solicitados no prazo

determinado pelos professores;

- Acatar as determinações emanadas dos funcionários, professores e

Direção da escola, nos respectivos âmbitos de competência;

- Respeitar os professores, colegas e demais funcionários da escola;

- Entregar no prazo previsto todo e qualquer material de documentação

solicitada pela secretaria;

54

Page 55: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Dirigir-se à Equipe Pedagógica no caso de atraso. Todo atraso implica em

falta;

- Apresenta-se devidamente uniformizado em todas as atividades escolares;

- Solicitar autorização à Equipe Pedagógica, quando tiver necessidade de

ausentar-se das atividades escolares, trazendo sempre a justificativa dos

responsáveis, por escrito na agenda do aluno;

- Apresentar à Equipe Pedagógica, no primeiro dia após a falta, trazendo a

justificativa assinada pelo pai ou responsável;

- Entregar aos pais ou responsáveis os comunicados para os mesmos,

emitidos pela escola através da agenda do aluno e trazê-los assinados;

- Indenizar individualmente os danos causados ao patrimônio da escola,

quando for apurada sua responsabilidade, participar da indenização coletiva,

quando a responsabilidade recair sobre o grupo de alunos a que pertença;

5.3.3 PROIBIÇÕES AOS ALUNOS:

- Entrar ou sair da classe, depois de iniciada a aula;

- Ocupar-se durante as aulas, com trabalhos e atividades estranhas às

mesmas;

- Impedir a entrada de alunos na escola;

- Trazer para a escola objetos que dispersem atenção da classe, e

principalmente os que oferecem perigo aos colegas, como objetos de ponta. A

escola não se responsabilizará pelo desaparecimento dos mesmos;

- Portar revistas, livros, panfletos, jornais ou cartões, que atentem ao pudor

ou aos bons costumes;

- Trazer baralhos ou praticar qualquer tipo de jogo de azar nas

dependências da escola ou em suas imediações;

- Ausentar-se da sala de aula sem a autorização do professor.

- Mascar chicletes, balas ou pirulitos, bem como, realizar qualquer tipo de

lanche em sala de aula;

- Proibido fumar nas dependências da escola, conforme estabelecido em

Lei;

- Namorar nas dependências da escola;

55

Page 56: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Permanecer nas dependências da escola sem ocupação, quando sua

classe está em aula, consiste em gazear aula;

- Usar chuteiras com travas ou similar nas dependências da escola;

- Andar de bicicleta, skate, rolimã, triciclo, monociclo ou outro veículo

qualquer nas dependências da escola;

- Agredir moralmente com palavras, atos ou gestos, professores, colegas ou

funcionários, na escola ou fora deste; bem como agredir fisicamente colegas ou

funcionários da escola;

- Danificar o patrimônio da escola. O aluno que causar qualquer dano ao

mesmo, somente poderá retornar às atividades estudantis depois de reparado o

dano;

- Manter atitudes inconvenientes nas dependências da escola;

- Usar lápis ou caneta vermelha para realização de avaliações;

- Ausentar-se da escola, durante o período de aulas, sob qualquer pretexto,

sem autorização da Direção;

- Evadir-se da escola saltando muros e portões sob qualquer pretexto, tanto

para adentrar quanto para sair das dependências do Estabelecimento;

- Fazer uso ou portar substâncias tóxicas ou psicotrópicas;

- Permanecer nas imediações da escola, antes, durante e após o término

das aulas;

- Ausentar-se da escola durante as aulas sem autorização escrita da Direção

e/ou serviço de orientação educacional;

- Promover jogos, excursões, listas de pedido ou campanhas de qualquer

natureza, sem a prévia autorização da Direção;

- Utilizar máquinas, relógios e calculadoras ou similares sem a devida

autorização do professor da disciplina;

- Usar corretivo líquido;

- Alterar, rasurar ou suprir anotações lançadas nos avisos aos pais e nos

documentos escolares;

- Adentrar na sala dos professores ou secretaria sem convite;

- Fazer-se acompanhar de pessoas estranhas a escola ou em suas

dependências;

56

Page 57: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Sair da sala para os corredores e demais dependências do

Estabelecimento, nos intervalos de aula;

- Portar objetos ofensivos de qualquer natureza;

- Usar de qualquer meio fraudulento nas provas e trabalhos escolares;

- O telefone celular na escola deve ser mantido desligado;

- Durante os períodos de entradas, saídas e recreios não serão permitido o

uso de material esportivo, particular ou da escola;

- Não será permitida a presença de alunos na quadra de esportes e

dependências da escola fora de horário regulamentar de aulas;

Observações: O aluno poderá adentrar ao Estabelecimento fora do horário das

aulas nos seguintes casos:

- Frequentar a biblioteca, tendo como objetivo realizar trabalhos escolares,

uniformizado e com horário marcado;

- Outros casos, somente com autorização da direção ou equipe pedagógica.

5.3.4 MEDIDAS DISCIPLINARES:

- Depois de advertido verbalmente, o aluno reincidente na falta, estará

sujeito à advertência por escrito;

- O afastamento de sala de aula será determinado pela Direção e/ou Equipe

Pedagógica, desde que o aluno tenha uma sequencia de ocorrências disciplinares

por escrito;

- Excepcionalmente, considerada a gravidade da infração, poderão ser

ultrapassadas uma ou mais das etapas previstas, ouvindo-se a Equipe

Pedagógica e a Direção.

5.3.5 SERÃO CONSIDERADAS FALTAS OU OCORRÊNCIAS GRAVES:

1 - Agressão verbal ou física propositadamente, gazear aulas, desacato à

autoridade, desrespeito à integridade moral, dano proposital ao patrimônio da

escola, saída da escola sem permissão, furto e porte de objetos ofensivos de

qualquer espécie;

57

Page 58: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

2 - Qualquer reclamação vinda dos pais em relação da escola ou seus

funcionários, deverá ser feita à direção, no sentido de esclarecer o problema, se

houver desacato a autoridade da escola (Direção) ou demais funcionários, será

encaminhado o problema ao Conselho Escolar para tomada de medidas cabíveis,

desde uma repreensão até uma queixa crime, ficando os filhos impedidos de

continuarem seus estudos durante o ano letivo ou se matricular no próximo ano,

conforme o caso;

3 - Na agenda do aluno haverá espaço para o controle das tarefas não realizadas,

cabendo aos professores fazer a verificação e encaminha-lo à Equipe Pedagógica

quando completar a sequencia de três (3) tarefas não realizadas.

5.3.6 DO CORPO DOCENTE

- Elaborar juntamente com a Equipe Pedagógica, o Projeto Político

Pedagógico do Estabelecimento de Ensino, em consonância com as Diretrizes

Curriculares Estaduais;

- Desenvolver as ações baseadas no Projeto Político Pedagógico da escola;

- Escolher juntamente com a Equipe Pedagógica, livros e materiais didáticos

a serem adotados pelo Estabelecimento de Ensino;

- Avaliar os alunos conforme estabelecido no Projeto Político Pedagógico,

tendo em vista a obtenção do conhecimento;

- No início das aulas e na entrada do recreio, receba seus alunos na sala de

aula;

- Participar no Estabelecimento de Ensino de reuniões, grupos de estudo e

cursos, visando o constante aperfeiçoamento profissional;

- O aluno indisciplinado que for encaminhado à Equipe Pedagógica fará uma

atividade organizada pelo professor;

- Aguardar o comunicado da Equipe Pedagógica para a realizar provas de

alunos faltantes;

- Dispor de planejamento diário para suas aulas. Evitando o improviso e

indecisão;

- Trocar de sala rapidamente entre uma aula e outra, evitando tumultos;

- Os professores devem exigir dos alunos somente os materiais

indispensáveis para a realização dos trabalhos em sala de aula, devem

58

Page 59: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

considerar a possibilidade de terem ou não condições de atender o seu pedido e

a real importância dos mesmos para a realização da aula;

- O professor deve organizar-se com as anotações, controle de tarefas,

testes, trabalhos, recuperações, enfim, todas as avaliações para que no final do

trimestre possa transcrever com segurança e justiça a nota de cada aluno;

- O nível de exigência por parte dos professores deve ser o mesmo para

todos os alunos, a cobrança das tarefas é fundamental para que os alunos

desenvolvam o senso de responsabilidade;

- A hora atividade deve ser cumprida na escola;

- Não utilizar o telefone celular no horário de aulas. Deixá-lo no modo

vibracall;

- Não comentar com os alunos os assuntos discutidos e as decisões

tomadas nos Conselhos de Classe e nas reuniões pedagógicas;

- Não liberar os alunos antes de bater o sinal do recreio, bem como na última

aula. Para evitar transtornos, os alunos que realizarem avaliações não devem ser

liberados após o término das mesmas, nem mesmo no último horário;

- O professor deve ser o último a sair da sala de aula, fechando a porta para

que nenhum aluno fique em sala no recreio ou após o término das aulas;

- Verificar o horário de entrada de cada turno, estando na escola antes do

sinal;

- Caso necessite faltar, comunicar antecipadamente à direção ou equipe

pedagógica;

- Lembrar aos alunos para que mantenham a sala limpa e as carteiras em

ordem;

- O professor deve permanecer em sala no horário de aula, evitando

conversas com outros professores e funcionários durante a mesmo;

- Não utilizar palavras de menosprezo ao aluno, evitando situações de

constrangimento em sala de aula;

- Levar todos os materiais necessários para a sala, não mandando que os

alunos venham buscá-los posteriormente;

- Nas aulas de Educação Física os alunos devem permanecer na quadra,

juntamente com o professor, evitando tumulto. Cinco minutos antes do término da

aula, o professor deve liberar os alunos para irem ao banheiro e tomarem água,

59

Page 60: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

encaminhando-os para a sala de aula, em silêncio. Não utilizar a quadra quando

estiver molhada; nem o material esportivo;

- Exposições, visitas e outras atividades extraclasse, de complementação e

enriquecimento de conteúdos devem ser comunicadas a Equipe Pedagógica, a

qual verificará as possibilidades para o desenvolvimento das mesmas;

- Para utilizar o rádio e o vídeo fazer o agendamento. O professor deve

permanecer em sala durante o período em que os mesmos estiverem sendo

utilizados;

- Os Livros de Registro de Classe deverão permanecer na escola, completos

e sem rasuras e se precisar retirá-los, comunicar a Direção, Equipe Pedagógica e

a secretaria;

5.3.7 DOS FUNCIONÁRIOS

- Obedecer ao horário do Estabelecimento;

- Guardar sigilo dos assuntos da escola, mantendo a ética profissional;

- Ser responsável pelos materiais da escola que utilizar, devolvendo-os

como emprestou e nos devidos lugares;

- Apresentar justificativa e/ou atestado em caso de falta;

- Não é permitido fumar nas dependências;

- Participar de reuniões, comemorações e promoções realizadas pela

escola;

- Assinar o livro ponto diariamente;

- Dar sugestões para o melhor desenvolvimento do trabalho, fazê-lo

reportando-se a direção;

- Manter seu material de trabalho organizado;

- Não promover festas, lanches, passeios, visitas, excursões, rifas, vendas,

etc. sem a prévia autorização da direção;

- Quando verificar irregularidades, comunicar à direção;

- Ser exemplo vivo daquilo que prega: zelo, responsabilidade, assiduidade,

pontualidade, postura, ética, tratar os outros como gostaria de ser tratado;

- Ser antes de qualquer coisa, humano, compreensivo e razoável com os

alunos sem ser demasiado condescendente.

60

Page 61: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

5.3.8 DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS

- Verificar a agenda do aluno diariamente;

- Cabe também aos pais, o dever de acompanhar o rendimento escolar de

dos filhos;

- Comparecer às reuniões previamente estabelecidas e marcadas para

assuntos relacionados à ação pedagógica;

- Atender o chamado de professores, equipe pedagógica e direção, quando

necessário, para tratar de assuntos relacionados aos seus filhos;

- Confirmar a matrícula no mês previsto, trazer os documentos necessários;

- Dirigir-se à escola para esclarecimento junto à Direção, Equipe Pedagógica

e Professores, no âmbito de sua competência, sempre que necessário;

- Colaborar com a escola, participando de atividades promovidas pela

mesma, visando a melhoria do Ensino;

- Providenciar material necessário para o bom andamento das atividades

escolares de seus filhos;

- Ler, assinar e devolver os comunicados enviados pela escola;

- Respeitar a escola, já que a escolheu para seus filhos, zelando pelo seu

nome;

6. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Avaliar implica conhecer e para isso, é preciso contar com a participação da

comunidade escolar.

Os processos de avaliação pretendem:

• Produzir conhecimento sobre a realidade institucional;

• Identificar pontos fortes e fracos.

Tem sentido avaliar quando se entende como um processo que auxilia a

compreensão da realidade educacional e mobiliza para mudanças necessárias,

contribuindo para a melhoria da qualidade de ensino.

Para chegar ao diagnóstico da realidade da escola, se deve buscar um

retrato tão completo quanto possível da qualidade do Estabelecimento de Ensino,

para que se possa fazer a re-elaboração do Projeto Político Pedagógico.

61

Page 62: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Todo esse processo de acompanhamento e avaliação do Projeto Político

Pedagógico deverá ocorrer anualmente e contará com as instâncias do Conselho

Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) e Grêmio

Estudantil.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BUSSMANN, Antônia Carvalho. O Projeto Político Pedagógico e a Gestão da

Escola. In Veiga I.P.A.(org) Projeto Político da Escola: Uma Construção

Possível. Campinas. SP. Papirus. 1996.

CIPRIANO, Carlos Luckesi, Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo,

SP. Cortez. 2005, 17ª edição.

CIPRIANO, Carlos Luckesi, Avaliação da aprendizagem na escola:

reelaborando conceitos e recriando a prática. Malabares Comunicação e

Eventos, Salvador/BA, 2005, 2ª edição (revista), 115 páginas.

ESTEBAN, Mª Teresa. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos.

Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

KUENZER, Acacia Z. As mudanças no mundo do trabalho e a educação:

novos desafios para a gestão. In: FERREIRA, Naura S.C. Gestão democrática

da Educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo, SP. Cortez.

2002, 10 ed.

KUENZER, Acacia. Z. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que

vivem do trabalho. São Paulo, SP. Cortez, 2000, 7 ed.

LIMA, Lauro de Oliveira. Pedagogia, Reprodução ou Transformação.

Brasiliense. Rio de Janeiro. (RJ 11 ed. 2003).

62

Page 63: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

LUCK, Heloísa. Pedagogia Interdisciplinar – Fundamentos Teóricos

Metodológicos. Petrópolis: Vozes, 1994.

LUCK, Heloísa. Ação Integrada: Administração, Supervisão e Orientação

Educacional. 12ª ed. Petrópolis: Vozes, 1996.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre.

RS. Artes Médicas, 2001.

SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica.

Campinas. SP. Autores associados, 1997.

SOARES, Kátia. C. D. A formação continuada dos professores da escola

pública. Revista Chão da Escola, v. I, p. 21-27, 2007.

VAZQUEZ. Adolfo Sanches. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

8.1 ARTE:

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A arte tem uma função tão importante quanto a dos outros conhecimentos

no processo de ensino e aprendizagem. O aluno desenvolve sua sensibilidade,

percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas, quanto na ação de

apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza

e nas diferentes culturas.

Conhecendo a arte de outras culturas, pode-se compreender a relatividade

dos valores que estão enraizados nos seus modos de pensar e agir que pode

63

Page 64: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

criar um campo de sentido para a valorização do que é próprio e favorecer

abertura à riqueza e a diversidade da imaginação humana.

A arte ensina que é possível transformar continuamente a existência, que é

preciso mudar continuamente referências a cada momento, ser flexível. Criar e

conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para

aprender.

A dimensão histórica destaca alguns marcos do desenvolvimento da Arte

no âmbito escolar. Serão analisadas as concepções de alguns artistas e teóricos

que se preocupam com o conhecimento em Arte e instituições criadas para

atender esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa história permitirá

aprofundar a compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em nosso

país e no Paraná.

Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação

católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem

portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos

registros revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de

catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios, por

meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes

manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e renascentista, mas

valorizavam-se, também, as manifestações artísticas locais (BUDASZ, in NETO,

2004, p. 15).

Esse contexto foi importante na constituição da matriz cultural brasileira e

manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música

caipira em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola); no folclore,

com as Cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto;

a Congada da Lapa, entre outras que permanecem com algumas variações.

No século XIX, incluíam em seus currículos estudos do desenho associado

à matemática e da harmonia na música como forma de priorizar a razão na

educação e na arte, o que estava de acordo com os princípios do Iluminismo.

Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma série

de obras e ações foram iniciadas, para atender, em termos materiais e culturais, a

corte portuguesa. Entre essas ações, destacou-se a vinda de um grupo de artistas

64

Page 65: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

franceses encarregado da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os

alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.

Eles propunham exercícios de cópia e reprodução de obras consagradas, o

que caracterizou o pensamento pedagógico tradicional de arte.

Esse padrão estético entrou em conflito com a arte colonial e suas

características, como o Barroco presente na arquitetura, escultura, talhe e pintura

das obras de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho); na música do Padre José

Maurício e nas obras de outros artistas, em sua maioria mestiça de origem

humilde, que ao contrário dos estrangeiros, não recebiam remuneração pela sua

produção.

Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil, com o fim dos

colégios e sua transformação em estabelecimentos públicos, ou exclusivamente

eclesiásticos.

Nos estabelecimentos públicos houve um processo de dicotomização do

ensino de Arte: Belas Artes e música para a formação estética o de artes manuais

e industriais.

No Paraná, foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual

do Paraná, que seguia o currículo do Colégio Pedro II, e a Escola Normal (1876),

atual Instituto de Educação, para a formação em magistério.

Em 1886, foi criada por Antonio Mariano de Lima a Escola de Belas Artes e

Indústrias que desempenhou um papel importante no desenvolvimento das artes

plásticas e da música na cidade; dessa escola, foi criada, em 1917, a Escola

Profissional Feminina, que oferecia, além de desenho e pintura, cursos de corte e

costura, arranjos de flores e bordados, que faziam parte da formação da mulher.

Com a proclamação da República, em 1890, ocorreu a primeira reforma

Oficializada em 08/08/1917, através do decreto n. 548 (Diário Oficial/PR), em

1992, esta escola passa a denominar-se Centro de Artes Guido Viaro e, em 2005,

torna-se o Centro Estadual de Capacitação em Artes Guido Viaro. O ensino que

continuou organizado sob a tradição pedagógica e cultural jesuíticas,ou seja, uma

educação estritamente literária, baseada nos estudos de gramática, retórica, latim

e música (Azevedo,1971).

Tal reforma foi marcada pelos conflitos de ideias positivistas e liberais. Os

positivistas defendiam a necessidade do ensino de Arte valorizar o desenho

65

Page 66: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

geométrico como forma de desenvolver a mente para o pensamento científico. Os

liberais preocupados com o desenvolvimento econômico e industrial defendiam a

necessidade de um ensino voltado para a preparação do trabalhador.

Benjamin Constant, responsável pelo texto da reforma, direcionou o ensino

para a valorização da ciência e da geometria e propagou o ideário positivista no

Brasil. Essa proposta educacional procurou atender aos interesses do modo de

produção capitalista e secundarizou o ensino de Arte, que passou a abordar, tão

somente, as técnicas e artes manuais.

Com a pedagogia das competências e habilidades que fundamentaram os

Parâmetros Curriculares Nacionais. Entretanto, o ensino de Arte nas escolas e os

cursos de Arte oferecidos nos mais diversos espaços sociais são influenciados,

também, por movimentos políticos e sociais. Nas primeiras décadas da

República, por exemplo, ocorreu a Semana de Arte Moderna de 1922, um

importante marco para a arte brasileira, associado aos movimentos nacionalistas

da época.

O sentido antropofágico do movimento era de devorar a estética europeia e

transformá-la em uma arte brasileira, valorizando a expressão singular do artista,

rompendo com os modos de representação realistas. Esses artistas direcionaram

seus trabalhos para a pesquisa e produção de obras a partir das raízes nacionais.

O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que

desde o processo de colonização a arte indígena, a arte medieval e renascentista

europeia e a arte africana, cada qual com suas especificidades, constituíram a

matriz da cultura popular brasileira.

O ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade,

espontaneísmo e criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa

concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas etárias.

Apoiou-se muito na pedagogia da Escola Nova, fundamentada na livre expressão

de formas, na individualidade, inspiração e sensibilidade, o que rompia com a

transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional.

Esse foi o fundamento pedagógico da Escolinha de Arte, criada em 1948,

no Rio de Janeiro, pelo artista e educador Augusto Rodrigues, organizada em

ateliês-livres de artes plásticas. A forma de organização desta escolinha tornou-se

66

Page 67: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

referência para a criação de outras no território nacional, no entanto, manteve o

caráter extracurricular do ensino de Arte.

Em 1970, quando o ensino de música foi reduzido ao estudo de leitura

rítmica e execução de hinos ou outras canções cívicas.

O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo

com a classe social à qual se destinavam, como por exemplo, a corporação de

músicos e a corporação de artesãos em Vila Rica, no século XVIII; as aulas

particulares de piano das senhoritas burguesas do século XIX; nos circos com

atores, músicos e malabaristas e de diversos outros grupos sociais.

Das escolas formadas por iniciativas pioneiras, destaca-se também a

criada pelo artista Guido Viaro, em 1937, a Escolinha de Arte do Ginásio Belmiro

César. Sua proposta era de oferecer atividades livres e funcionava em período

alternativo às aulas dos alunos. Adotava correntes teóricas e pedagógicas vindas

da Europa e dos Estados Unidos fundamentadas na liberdade de expressão.

Guido Viaro, que também trabalhou na Escola Profissional Feminina, no

Liceu Rio Branco e no Colégio Estadual do Paraná, apreciava as ideias de

teóricos como Herbert Read e Lowenfeld, que defendiam os aspectos

psicológicos na produção artística infantil e desenvolvimento do potencial criador.

Teve como parceira de trabalho a educadora Eny Caldeira, que estudou com

Maria Montessori e foi sensibilizada pelas questões relacionadas à arte

(OSINSKI,1998).

Em 1956, a antiga Escola de Arte de Viaro passa a denominar-se Centro

Juvenil de Artes Plásticas, ligado ao Departamento de Cultura da Secretaria de

Educação e Cultura do Paraná.

Essa escolinha é anterior à famosa Escolinha de Arte do Brasil, dirigida

pelo artista Augusto Rodrigues, fundada somente em 1948.

Em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, cujo artigo 7°

determinava a obrigatoriedade do ensino da Arte nos currículos do Ensino

Fundamental (a partir da 5a série) e do Ensino Médio, na época denominados de

1º e 2º Graus, respectivamente.

Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e

cultural que o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se

obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o

67

Page 68: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o

trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente,

trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua

expressão.

No currículo escolar, a Educação Artística passou a compor a área de

conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A produção artística, por

sua vez, ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Na escola, o

ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas, e o

ensino de música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.

A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social

pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988.

Dentre os fundamentos pensados para a educação, destacam-se a

pedagogia histórico-crítica, elaborada por Saviani da PUC de São Paulo e a

Teoria da Libertação, com experiências de educação popular realizadas por

Organizações e movimentos sociais, fundamentados no pensamento de Paulo

Freire. Essas teorias propunham oferecer aos educandos acesso aos

conhecimentos da cultura para uma prática social transformadora.

A pedagogia histórico-crítica fundamentou o Currículo Básico para Ensino

de 1º grau, publicado em 1990, e o Documento de Reestruturação do Ensino de

2º grau da Escola Pública do Paraná, publicado em seguida. Tais propostas

curriculares pretendiam fazer da escola um instrumento para a transformação

social e nelas o ensino de Arte propôs a formação do aluno pela humanização

dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.

Após quatro anos de trabalho de implementação das propostas, esse

processo foi interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais que

se apoiavam em outras bases teóricas. O Currículo Básico ainda estava

amparado por resolução do Conselho Estadual, mas foi, em parte, abandonado

como documento orientador da prática pedagógica. Os Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCN), publicados no período de 1997 a 1999, foram encaminhados

pelo MEC diretamente para as escolas e residências dos professores e tornaram-

se os novos orientadores do ensino.

No Ensino Médio, a Arte compõe a área de Linguagens, Códigos e suas

Tecnologias junto com as disciplinas de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira

68

Page 69: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Moderna e Educação Física. Essa estrutura curricular reproduz o mesmo

enquadramento dado pela Lei nº 5.692/71 à disciplina de Educação Artística que

a inseriu na área de Comunicação e Expressão e enfraqueceu seus conteúdos de

ensino.

Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de Arte, ressaltamos

ainda que foi sancionada pelo Presidente da República a lei nº 11.645/08 que

estabelece no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática

“História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena”. Para o ensino desta disciplina

significa uma possibilidade de romper com uma hegemonia da cultura europeia,

ainda presente em muitas escolas, acrescentando ao currículo a Lei 13.381/01

História do Paraná.

A nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394),

aprovada em 20 de dezembro de 1996, estabelece em seu artigo 26, parágrafo

2º: “O ensino da arte constituíra componente curricular obrigatório, nos diversos

níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos

alunos”.

Assim, a arte é importante na escola, principalmente porque é importante

fora dela. Por ser conhecimento constituído pelo homem através dos tempos, a

arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao

acesso a esse saber.

Tratar a arte como conhecimento é o ponto fundamental e condição

indispensável para esse enfoque do ensino da arte.

Ainda no ano de 2008, foi sancionada a lei n. 11.769 em 18 de agosto, que

estabelece a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica,

reforçando a necessidade do ensino dos conteúdos desta área da disciplina de

Arte.

Reconhece-se que os avanços recentes podem levar a uma transformação

no ensino de Arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e ações que

permitam a compreensão da arte como campo do conhecimento, de modo que

não seja reduzida a um meio de comunicação para destacar dons inatos ou a

prática de entretenimento e terapia. Assim, o ensino de Arte deixará de ser

coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do desenvolvimento

69

Page 70: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante

transformação.

Educar para a arte favorece o desenvolvimento do pensamento artístico,

caracterizando modos particulares de dar sentido às experiências, sejam elas

artísticas culturais ou sociais. Compreender arte envolve momentos de apreciar,

fazer e conhecer a produção artística da humanidade.

O Ensino de Arte, assim como toda a sociedade, passou por muitas

mudanças. Na verdade ainda se encontra num processo de reformulação, e

sempre estará como a sociedade e o processo de criação das mais diversas

manifestações artísticas que se tem notícia.

OBJETIVOS GERAIS

O aluno poderá desenvolver sua aptidão estética e artística nas artes

visuais, dança, música e teatro, tanto para produzir trabalhos pessoais em grupo,

quanto para que possa apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os meios artísticos de

diferentes povos e culturas.

Os alunos serão capazes de expressar e saber comunicar-se em artes,

articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão ao

realizar produções artísticas. Interagir com materiais, instrumentos e

procedimentos, experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos

trabalhos pessoais, em conformidade com a Lei nº 11.769/08 de educação

ambiental. Compreender e saber identificar a arte como fato histórico nas

culturas. Observar as relações entre homem e realidade com interesse e

curiosidade. Compreender e identificar aspectos da função e dos resultados do

trabalho do artista.

Objetiva-se conforme as Diretrizes Curriculares, a formação de sujeitos que

construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto

social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam

capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade.

CONTEÚDOS - estruturantes e básicos DO ENSINO FUNDAMENTAL

70

Page 71: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

5º Série/6º Ano - Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Ponto

Linha textura

Forma

Superfície

Volume

Cor luz

Composição

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura...

Gênero: cenas da mitologia...

Movimentos e Períodos

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

5ºsérie/6ºAno - Área Dança

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Movimento corporal

Tempo Espaço

Composição

Kinesfera

Eixo

Ponto de apoio

Movimentos articulares

Fluxo (livre e interrompido)

Rápido e lento

Formação

71

Page 72: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Níveis (alto, médio e baixo)

Deslocamento (direto e indireto)

Dimensões (pequeno e grande)

Técnicas:

Improvisação

Gênero: Circular

Movimentos e Períodos

Pré-História

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

5ºsérie/6ºAno - Área Teatro

Elementos Formais

Ação Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Espaço

Composição

Enredo, roteiro.

Espaço cênico, adereços.

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,

máscara...

Gênero: tragédia, comédia e circo.

Movimentos e Período

Greco-Romano

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

5ºsérie/6º ANO – Área Música

Elementos Formais

Altura

Duração

Timbre

72

Page 73: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Intensidade

Densidade

Composição

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica

Pentatônica cromática

Improvisação

Movimentos e Períodos

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

6º série/7ºAno-Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Composição

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...

Gênero: Paisagem, retrato, natureza morta...

73

Page 74: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Movimentos e Períodos

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e Paranaense

Renascimento

Barroco

6ºsérie/7ºAno-Área Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Composição

Representação,

Leitura dramática, cenografia.

Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...

Gênero: Rua e arena, caracterização.

Movimentos e Períodos

Comédia Dell´arte

Teatro popular

Brasileiro e paranaense

Teatro Africano

6ºsérie/ 7º Ano - Área Dança

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Composição

Ponto de Apoio

74

Page 75: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre, interrompido e conduzido)

Lento, rápido e moderado.

Níveis (alto, médio e baixo)

Formação

Direção

Gênero: Folclórica, popular e étnica.

Movimentos e Períodos

Dança popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

6ºsérie /7º Ano Música

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Composição

Ritmo

Melodia

Escalas

Gênero: folclórico, indígena, popular e étnico.

Técnicas: vocal, instrumental e mista.

75

Page 76: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Improvisação

Movimentos e Períodos

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

7ºsérie/8º Ano - Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Composição

Semelhanças

Contraste

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho, fotografia, áudio-visual e mista...

Movimentos e Períodos

Indústria Cultural

Arte no Séc. xx

Arte Contemporânea

7ºsérie/8º Ano - Área Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Composição

76

Page 77: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Representação no cinema e mídias

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Movimentos e Períodos

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

7º série/8º Ano-Área Música

Elementos Formais

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Composição

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal,modal e a fusão de ambos.

Técnicas: vocal, instrumental e mista.

Movimentos e Período

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

7ºsérie/8ºAno-Área Dança Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

77

Page 78: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Composição

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria cultural e espetáculo

Movimentos e Períodos

Hip-Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

8º série/9º Ano - Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Linha

Forma

Textura

Composição

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafite, performance.

78

Page 79: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

Movimentos e Períodos

Realismo

Vanguardas

muralismo e Arte Latino-Americana

Hip-Hop

8º série/9ºAno - Área Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Composição

Técnica: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio,

Teatro-Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Movimentos e Períodos

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguardas

8º série/9º Ano-Área Música

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Altura

Duração

79

Page 80: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Timbre

Intensidade

Densidade

Composição

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal, instrumental e mista.

Gêneros: popular, folclórico e étnico.

Movimentos e Períodos

Música Engajada

Música Popular Brasileira.

Música Contemporânea

8º série/9º Ano-Área Dança

Elementos Formais

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Composição

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

coreografia

Deslocamento

Gênero: Performance e moderna

Movimentos e Períodos

80

Page 81: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Vanguardas

Dança Moderna

Dança Contemporânea

METODOLOGIA

A metodologia de arte refere-se ao modo de realizar as atividades e

intervenções educativas junto aos estudantes nos domínios do conhecimento

artístico e estético. Idéias e práticas sobre os métodos e procedimentos para

viabilizar o aperfeiçoamento dos saberes dos alunos em arte. Mas não são

quaisquer métodos e procedimentos e sim aqueles que possam levar em

consideração o valor educativo da ação cultural da arte na escola.

As atividades na área de arte devem garantir e ajudar as crianças e jovens

desenvolverem modos interessantes, imaginativos e criadores de fazer e de

pensar sobre a arte, exercitando seus modos de expressão e comunicação.

A cultura africana será trabalhada por meio de textos e leitura de obras de

arte produzida pelos artistas afro-descendentes, composição, colagem, mural

para comemoração do dia da consciência negra, entre outros.

A cultura indígena no Paraná, por meio de trançados, cores, pintura

corporal, outros.

A paisagem Paranaense será trabalhada por meio do estudo das

Araucárias, do estudo dos pintores paranaense, dos pigmentos da natureza,

nuanças das cores encontradas na natureza, como também reciclar com arte e

materiais diversos.

Também serão trabalhadas as quatro linguagens, através das obras de

artes e movimentos artísticos.

Exemplo: Através da obra de arte A Dança Henri Matisse, é possível

trabalhar teatro, música através de leitura de imagem.

Que musica estão ouvindo?

Em grupo os alunos se posicionam no mesmo movimento do quadro.

Na composição dos cadernos, cada trimestre tem como ênfase de estudo

um conceito, um conteúdo ou um aspecto da arte que é visto em conexão com

diferentes territórios.

81

Page 82: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Os caminhos investigados em sala de aula são lançados por: Posição para

sondagem: possibilita que os aprendizes conversem, a partir de seu próprio

repertório pessoal, sobre os conceitos que serão estudados no trimestre.

Situações de Aprendizagem: possibilita problematizar o conceito ou o

aspecto da arte do ponto de vista dos territórios abordados e no contexto

particular de cada uma das modalidades artísticas: artes visuais, música, teatro e

dança.

AVALIAÇÃO - CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio

de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão

formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a

verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da

prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o

novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.

A avaliação permite que se saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de

modo que se desvincula de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada

pela produção de resultados ou a valorização somente do espontaneísmo. Ao

centrar-se no conhecimento, a avaliação gera critérios que transcendem os

limites.

Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os

alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria

produção, de modo que leva em conta a sistematização dos conhecimentos para

a compreensão mais efetiva da realidade.

Os critérios escolhidos para a avaliação dos conteúdos dados serão por

meio da observação e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e

dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. Na

avaliação de como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se

relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Também terá como critério a

percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão ao realizar

82

Page 83: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

produções artísticas. Como sujeito desse processo, o aluno também deve

elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser

socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e

discutir sua produção e a dos colegas.

É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e um

capital cultural próprio, constituído em outros espaços sociais além da escola,

como a família, grupos, associações, religião e outros. Além disso, têm um

percurso escolar diferenciado de conhecimentos artísticos relativos à Música, às

Artes Visuais, ao Teatro e à Dança.

São necessários vários instrumentos de avaliação tais como:

• trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• pesquisas bibliográfica e de campo;

• debates em forma de seminários e simpósios;

• provas teóricas e práticas;

• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.

Por meio desses instrumentos, obterá o diagnóstico necessário visando às

seguintes expectativas de aprendizagem:

• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua

relação com a sociedade contemporânea;

• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua

realidade singular e social;

• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas

diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo,

cultura própria, constituído em outros espaços sociais além da escola, como a

família, grupos, associações, religião e outros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BARBOSA, ANA MÃE. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva,

1991.

BODEI, R. As formas da beleza. Editora Edusc.

83

Page 84: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

COSTA, C. Questões de Arte. Editora Moderna.

GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Paulo: Martins Fontes, 1986.

LOWENFELD, V. & BRETTAIN, W. L. Desenvolvimento da capacidade

criadora. São Paulo: Mestre Jou, 1997.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Estado

do Paraná: Arte/Artes. Curitiba: SEED, 2008.

8.2 CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Considerando a evolução do pensamento humano, tem-se a partir dele a

origem da Ciência. No âmbito, em q No âmbito, em que o homem e os demais

seres vivos precisam de condições ambientais básicas para sua existência.

Mesmo antes da descoberta do fogo, o homem começou a buscar

maneiras de satisfazer suas necessidades cotidianas, caçando e criando objetivos

próprios para isso. Logo, em seguida utilizou-se da descoberta do fogo e passou

a cozinhar os alimentos, usando técnicas de conservação de alimentos e até

mesmo, maneiras de transformar uma substancia em outra, processo hoje

chamado de experiência química.

Assim do homem que caçava, se inicia um período em que ele começa a

tirar proveito da natureza para sua subsistência, aperfeiçoando suas técnicas

aprendendo a armazenar alimentos, desenvolvendo poções de cálculos criando

até mesmo calendários a partir de movimentos celestes.

Enfim o homem começa a formular teorias, desenvolvendo crenças e

valores, partindo de uma ciência racional, a filosofia. Desta forma a ciência passa

a ser determinada pela maneira com que o homem expressa seu conhecimento.

84

Page 85: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Com o passar do tempo começaram a surgir denominações para algumas

ciências as quais começam a explicar o novo mundo através de novas teorias que

foram sendo descobertas e estudadas com especificidade como: a química que

colaborou com a mineração e a metalúrgica, e com a produção de pólvora; a

física que trouxe um grande avanço aos estudos referentes ao magnetismo, a

mecânica e a óptica; a matemática que colaborou com as soluções para os

problemas dos navegadores e das construções das grandes catedrais; a biologia,

que por meio da botânica e da zoologia destacou-se com ilustrações detalhadas

para o estudo das plantas e animais.

Logo após, filósofos e cientistas como Leonardo da Vinci, Nicolau

Copérnico, Galileu Galilei, Francis Bacon e Isac Newton se destacaram com

inovações científicas, derrubando muitas crenças e tradições da época.

Com a revolução industrial, iniciou-se um processo de extração da madeira

e do carvão mineral como formas de produção de energia, com isso

intensificaram-se os desmatamentos e também com o aperfeiçoamento da

extração do carvão mineral evidenciaram-se os processos de impacto ambiental,

onde o homem percebe que pode interferir na natureza buscando melhores

condições de vida.

Nos anos seguintes o cientista Charles Darwin muda a visão do homem em

relação ao passado quando lança o livro “A origem das espécies” contribuindo

para as ciências biológicas, psicológicas, sociológicas e outros ramos do

pensamento; assim como quando Mendel descobriu os princípios da genética.

No século seguinte, a ciência entra em momentos negativos ao influenciar

Guerras e misérias de muitos, mas mesmo perante estes fatos, fica cada vez

mais claro que a ciência é uma construção humana, intencional e diretamente

aliada aos avanços tecnológicos e com as relações sociais.

Assim a trajetória do currículo de ciências se destaca pelo ensino das

verdades básicas, a experiência pela experiência a solução de problemas pelo

método científico e unidade de trabalho com base na tecnologia educacional.

Através do decreto de 19.890/31, a disciplina de ciência foi inserida no

currículo a partir de reforma Francisco Campos. O método de ensino usado na

época destaca-se com a exposição, memorização e repetição, sendo propostos

85

Page 86: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

os conteúdos de Água, Ar, Terra, considerando as perspectivas físicas, químicas,

cósmicas, biológicas e sociais.

A importância do ensino de ciências cresceu em todos os níveis e passou a

ser objeto de movimento em busca de reformas educacionais para os

desenvolvimentos econômicos, culturais e sociais da época.

A ciência teve um processo de formação de novos pesquisadores, para

que o Brasil pudesse participar em melhores condições do processo de

industrialização, esta época marcou-se por intensos políticos, onde a LDB

ampliou o espaço da disciplina de “Ciências Físicas e Naturais”, denominada

“iniciação à ciência”, estabelecendo a sua obrigatoriedade para todas as séries do

ginasial. E com as três formações ocorridas no país com o regime militar de 1964,

o ensino de ciências passou a ter um compromisso com a formação de mão-de-

obra técnica para poder assim atender a demanda do desenvolvimento

econômico do país.

A partir de uma nova configuração, as disciplinas cientificas foram atingidas

por uma restauração de uma novo currículo, descaracterizando o que

historicamente marcava o ensino de ciências.

O final dos anos 70 marcou-se por uma crescente degradação ambiental,

através do grande desenvolvimento industrial, resultando numa nova ênfase nos

currículos escolares. Assim, neste momento emerge o movimento ciência. Neste

momento a tecnologia e sociedade traz ao mundo uma grande competição

tecnológica e o Brasil se vê em meio a uma transição política onde a

democratização influencia o ensino de ciências se associando a questões sociais,

alguns temas estiveram presentes nos programas desenvolvimento para

aprimorar o ensino de ciências e a tecnologia ainda que muitas vezes, assumisse

uma postura ingênua, sem estabelecer relações com pratica social.

A partir dos anos 90, o currículo básico propôs ao ensino de ciências a

integração dos conteúdos em três eixos norteadores: Noções de Astronomia,

Transformação e Interação de Matéria e Energia e Saúde.

Mediante políticas publicas federal, o ensino de ciências teve seu objetivo

de estudo redirecionado e o esvaziamento de seus conteúdos clássicos, sendo

que amplos campos de estudo da disciplina de ciências, como saúde,

sexualidade, meio ambiente, dentre outros passaram a ser tratados por outras

86

Page 87: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

disciplinas, por meio de projetos curriculares e extra-curriculares. Existiam ainda a

ideia dos eixos norteadores, ou eixos temáticos: Terra e Universo, Vida e

Ambiente, Ser Humano e Saúde, Tecnologia e Sociedade, todos trazendo ao

ensino de ciências uma visão mais articulada, mas limitando as possibilidades de

trabalho do professor.

Em 2003, uma nova metodologia foi implantada no ensino de ciências, a

qual buscou solicitar ao professor uma maior reflexão perante a realidade da

escola, criando uma interação entre a escola e a comunidade, preparando melhor

os professores, e a partir daí aumentar a valorização do estudo da disciplina.

A disciplina de ciências constitui um conjunto de conhecimento necessário

para compreender e explicar os fenômenos da natureza resultantes das relações

entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,

campo, energia e vida, e suas interferências no mundo. Por isso, estabelece

relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, em

cujos cenários estão os problemas reais, a pratica social.

Uma forma de conhecimento produzido pelo homem no decorrer da sua

história é a ciência, que se caracteriza por ser a tentativa do homem em entender

e explicar racionalmente a natureza buscando formular leis que em última

instância permitam a atuação humana.

Em outros estágios a ciência acreditava que alcançaria um conhecimento

absoluto e inquestionável, hoje, a ciência é tratada como uma atividade humana

complexa, que não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos

construídos a partir do caráter experimental, os quais estão em permanente

transformação.

É na apropriação e discussão dos conteúdos que historicamente compõe o

currículo de ciências, articulando à realidade, possibilitando aos educadores

situarem-se na sociedade, compreendem o que ocorre ao seu redor e assumirem

uma postura crítica para intervirem no seu contexto social.

Pautando essa concepção, o processo de ensino e aprendizagem de

ciências valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o

questionamento das certezas e incertezas e faz superar o tratamento curricular

dos conteúdos por eles mesmos de modo a dar prioridade à sua função social.

87

Page 88: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

A disciplina de ciências caracteriza-se pela necessidade da compreensão

do mundo natural, do mundo construído pelo cotidiano historicamente e

dialeticamente pela humanidade, levando em consideração os aspectos sociais,

políticos, econômicos, culturais e éticos. Com esse conhecimento, o aluno poderá

intervir na sociedade avançando a ciência e a tecnologia e consequentemente

melhorando o ambiente e a qualidade de vida.

Esta disciplina tem como objetivo promover a socialização dos

conhecimentos científicos e tecnológicos em sua historicidade, intencionalidade,

provisoriedade, aplicabilidade e nas inter-relações que se estabelece na

sociedade.

OBJETIVOS GERAIS

• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em

sociedade, como agente de transformação do mundo em que vive, em

relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do

ambiente;

• Identificar relações entre o conhecimento científico, produção de tecnologia

e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e

compreender a tecnologia como meio de suprir necessidades humanas,

sabendo elaborar juízo sobre os riscos e benefícios das praticas científico-

tecnológicas;

• Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento

e uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social,

econômica, política e cultural;

• Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e

coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;

• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a

partir de elementos das ciências naturais, colocando em prática conceitos,

procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.

• Saber utilizar conceitos básicos associados à energia, matéria,

88

Page 89: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

transformação, espaço, tempo, sistemas, equilíbrio e vida.

• Saber combinar leituras, observações, experimentações, organização,

comunicação e discussão de fatos e informações;

• Valorizar o trabalho em grupo sendo capaz de ação e cooperativa para a

construção coletiva do conhecimento;

• Compreender fatos e fenômenos relacionados a vida, bem como as inter-

relações e transformações manifestadas no meio;

• Promover o diálogo entre o senso comum e o conhecimento científico e

que este resulte em atitudes conscientes e transformadoras no ambiente e

no meio social;

• Ampliar a visão do aluno de modo a torná-lo crítico e solidário para que ele

compreenda-se como participante da natureza, por garantir a sobrevivência

do planeta;

• Colaborar para a formação integral do aluno, tornando-o apto a

desenvolver potencialidades, habilidades, capacidades de questionamento

e discussão, tendo em vista ações do presente e do futuro, superando a

visão fragmentada e relacionando teoria a prática;

CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ASTRONOMIA

Universo

Sistema Solar

Astros

Movimentos celestes

Movimentos terrestres

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Níveis de organização celular

ENERGIA

Formas de energia

89

Page 90: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Conversão de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos

Ecossistema

Evolução dos seres vivos

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ASTRONOMIA

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ASTRONOMIA

Origem e evolução do Universo

MATÉRIA

Constituição da matéria

90

Page 91: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia

BIODIVERSIDADE

Evolução dos seres vivos

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ASTRONOMIA

Astros

Gravitação universal

MATÉRIA

Propriedades da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

ENERGIA

Formas de energia

Conservação de energia

BIODIVERSIDADE

Interações ecológicas

METODOLOGIA

“Para o ensino de Ciências propõem uma prática pedagógica que leva à

integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico. Para

isso é necessário superar prática pedagógica centrada num único método e

baseadas em aulas de laboratório (KRASILCHIK, 1987) que visam tão somente à

comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos alunos” (DCE,

2008, p.68).

91

Page 92: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

O ensino de Ciências deve possibilitar ao aluno a capacidade de: situar-se

no mundo de forma ativa e crítica; entender e avaliar questões sociais,

econômicas e políticas.

É importante que o professor trabalhe os conteúdos específicos ao longo

dos quatro anos, respeitando o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, a

diversidade cultural, a realidade local e os aspectos essenciais no ensino de

Ciências: a História da Ciência, a divulgação científica e as atividades

experimentais.

O ensino de Ciências não deve se limitar a uma única metodologia. Assim,

o ensino de Ciência fará uso de:

Atividades experimentais, onde o aluno compreende a inter-relação entre os

conhecimentos químicos, físicos e biológicos;

Aulas expositivas;

Filmes e documentários;

Atividades em grupo e individual;

Pesquisas e trabalhos;

Recortes de revistas e jornais;

Problematizações e contextualizações

Visitas: parques, museus e indústrias;

Jogos. dinâmicas, dramatizações e imagens;

Maquetes;

Murais, exposições e feiras;

Leitura e interpretações de textos;

Palestras, fóruns, seminários e debates com profissionais da área;

Interdisciplinaridade;

Uso de mapas conceituais, gráficos e tabelas;

Desenhos.

Para do desenvolvimento destas atividades, o professor poderá recorrer a

variados recursos tecnológicos e didáticos: microscópicos, telescópio, computador

(internet), TV Multimídia, Portal Dia-a-Dia, TV Paulo Freire, DVDS, CDS, livro

didático, texto de jornal, revista, figuras, quadro de giz, torso, esqueleto, mapa,

globo.

92

Page 93: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Nesta proposta, inclui-se estudos relacionados à Educação Ambiental, Lei

nº: 9.795/99, voltada para a conservação do meio ambiente e a sustentabilidade

do planeta. A disciplina de Ciências desenvolverá seus conteúdos fazendo uma

reflexão com os temas étnicos-raciais, Lei 11.645/08”História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena”, Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro-Brasileira”, através

de pesquisas, problematizações, estudos das teorias antropológicos,

características biológicas dos diversos povos, contribuição dos povos africanos e

de seus descendentes para os avanços da Ciência e da Tecnologia, alimentos de

origem afro e indígena, flora medicinal(práticas curativas das tribos indígenas),

recursos naturais(caça e pesca).

Faz se também necessário incluir neste estudo a História do Paraná, que,

dentro do currículo de Ciências trata de espécies animais e vegetais

característicos da região, espécies ameaçadas e áreas de preservação e

conservação. Tudo isso para que o aluno adquira conhecimento, desenvolva

habilidades, atitudes e competências voltadas a preservação e conservação do

meio ambiente.

AVALIAÇÃO

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem,

de forma contínua e cumulativa, observando o desempenho do grupo e

individualidade do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos e

quantitativos.

“A avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante,

construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes

estratégias que envolvam recursos pedagógicos e instrucionais diversos. É

fundamental que se valorize também, o que se chama de “erro” de modo a

retomar a compreensão (equivocada) do aluno por meio de diversos instrumentos

de ensino e de aprendizagem”. (DCE 2008, p.77).

Os erros mostram o raciocínio do aluno e são valiosos na hora de repensar

e planejar as atividades didáticas.

Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem

expressar os avanços na aprendizagem, na medida em que interpretam,

93

Page 94: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam e argumentam

sobre seu ponto de vista.

Segundo as Diretrizes Curriculares, a avaliação não pode estar

centralizada em uma única atividade e, precisam considerar os alunos como

sujeitos históricos do processo pedagógico.

As avaliações diagnósticas devem acontecer de diferentes formas de

expressão e oportunidade para que o próprio aluno sinta a necessidade do valor

do ensino de Ciências, assim ele criará consciência das suas possibilidades,

objetivos e interesses.

As avaliações serão feitas para os alunos demonstrarem seus

conhecimentos através de: participação nas atividades, dinâmicas, jogos e

projetos (Feira Cultural), trabalhos em equipes ou individuais, provas com

questões diversificadas, pesquisas (livros, revistas e internet), relatórios, registros

das atividades nos cadernos, participação nas aulas.

Aos alunos que apresentarem dificuldades na aquisição dos

conhecimentos, serão proporcionadas retomadas de conteúdos e recuperação

paralela. Sendo a finalidade da recuperação:

• reintegrar o aluno no processo ensino-aprendizagem e não se limitar a

recuperar apenas e conceitos;

• abrir espaço para o aluno repensar o conteúdo (auxílio e não castigo), para

descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento.

“Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo

ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado

dos conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando

uma aprendizagem realmente significativa para sua vida” (DCE 2008, p.79)

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação ocorre ao longo do ano letivo e alguns critérios devem orientar

o processo avaliativo, possibilitando ao professor verificar se o aluno:

− conhece a história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e

heliocêntricas;

− entende as ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza;

94

Page 95: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

− reflete sobre modelos científicos que abordam a origem e a evolução do

universo conhecendo os fundamentos da classificação cosmológica;

− entende a constituição e propriedades da matéria, suas transformações

com o fenômeno da natureza;

− compreende a constituição do planeta Terra, no que se refere a atmosfera

e crosta, solo, rochas, minerais, manto e núcleo;

− entende a constituição do planeta Terra primitivo e os componentes

essenciais ao surgimento da vida;

− compreende a diversidade de espécies em relação dinâmica com o

ambiente em que vivem, bem como os processos evolutivos envolvidos;

− entende a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como em toda

integração;

− compreende os níveis de organização celular;

− reconhece as características gerais dos seres vivos;

− identifica a relação entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir

do entendimento dos mecanismos celulares;

− conhece os mecanismos de constituição da celula e as diferenças entre os

tipos celulares;

− compreende os fundamentos teóricos que descrevem os sistemas:

nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino;

− entende os mecanismos de herança genética;

− entende os conceitos que fundamentam os sistemas digestório,

cardiovascular, respiratório, excretor e urinário;

− interpreta o conceito de energia por meio da análise das suas mais

diversas formas de manifestação;

− entende os fundamentos da energia mecânica, nuclear, térmica, elétrica,

luminosa, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação,

convecção e condução;

− entende o conceito de energia elétrica e sua relação com o magnetismo;

− compreende a ocorrência de fenômenos meteorológicos e catástrofes

naturais e sua relação com os seres vivos.

95

Page 96: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, C. Ciências: os seres vivos. São Paulo: Editora Ática, 1999.

CRUZ, D. Química e Física. Ed. 26. São Paulo: Ática, 2001.

GEWANDSZNAJDER, F. Ciências: o planeta terra. 2 Ed. São Paulo: Ática,

2002.

GODWAK, D. Coleção Ciências, novo pensar. Edição 1. São Paulo: FTD, 2002.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de

Ciências. Paraná: 2008.

SEED-PR: Cadernos Temáticos, HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E

AFRICANA: educando para as relações étnicos-raciais/ Paraná. Curitiba, 2006.-

110p.

SILVA, C. J. Ciências: entendendo a natureza. 16 Ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

VALLE, C. Coleção Ciências. Ed. 1. Curitiba: Editora Positivo, 2004.

REFERÊNCIAS ON LINE

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/-site acessado no dia 12 de

fevereiro de 2010

http://www.ciencias.seed.pr.gov/

http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=311

96

Page 97: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

8.3 EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Na tentativa de situar historicamente a trajetória da disciplina de Educação

Física, optou-se por retratar os fatos ocorridos a partir do século XIX, devido às

transformações sociais pelas quais o Brasil passava, dentre elas, o fim da

exploração escrava e as políticas de incentivo à imigração, principalmente o

crescimento das cidades exigindo uma série de medidas com vistas à aplicar os

preceitos de moralidade, bem como, instaurar a ordem social, adaptando o modo

de viver dos novos cidadãos das cidades à nova configuração da sociedade.

A princípio a Educação Física tinha fins de “adestramento” e preparação

para a defesa da Pátria, visto que, começou dentro de uma escola militar. Foi com

o parecer de Rui Barbosa em 1882 quando ocorreu a reforma do ensino primário

é que a Educação física teve destaque como fator formador de jovens.

Apoiados numa visão de que a ginástica assemelhava-se a atividade

manual e esta era própria dos escravos, a classe dirigente que consistia na época

(elite) oferecia grande resistência à tradução da ginástica nas escolas.

A partir de então a Educação Física, sempre atrelada a valores morais

médicos e militares em cada época, tornou-se obrigatória primeiramente nos

cursos primários e secundários e posteriormente em todos os níveis e graus de

ensino.

Na década de 1930, o esporte começou a se popularizar confundindo-se

com a Educação Física. Houve um incentivo as práticas desportivas com o intuito

de promover políticas nacionalistas pensadas para o país. Uma série de medidas

forma implantadas para ressaltar o sentimento de valorização da Pátria por meio

dos esportes.

A Educação Física por muito tempo tem seguido paralelo à educação e não

como parte dela, servindo a outros objetivos e não aos relacionados dentro de

uma visão histórico-social. É necessário que a Educação Física passe de uma

condição passiva de coadjuvante do processo educacional para ser parte

97

Page 98: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

integrante deste, buscando colocá-lo em seu verdadeiro espaço de área de

conhecimento.

Na década de 1970 surge a Educação Física Psicomotora com a finalidade

de servir a outras disciplinas, uma vez que componentes como equilíbrio,

lateralidade, eram vistos como importantes para melhorar o aprendizado de

matemática ou português, por exemplo. Em meados dos anos de 1980 já se

pode falar não só de uma comunidade científica, mas também da delimitação de

tendências ou correntes, suscitando os primeiros debates voltados à uma

criticidade.

Já no início da década de 1990 um momento significativo para o Estado do

Paraná foi a elaboração do Currículo Básico. O Currículo da Educação Física está

embasado na pedagogia histórico-crítica da Educação Física. No mesmo período

foi elaborado também o documento de restruturação da proposta curricular do

ensino de segundo grau para a disciplina de Educação Física. A proposta também

se fundamentou na concepção histórico -crítica da educação, naquele momento

pretendia-se o resgate do compromisso social da ação pedagógica da Educação

Física.

Todos estes avanços teóricos da Educação Física sofreram um retrocesso

na década de 1990 quando após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional (LDB) apresentou-se a proposta dos Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN's).

É importante tomar como ponto de partida a concepção de corpo que a

sociedade vem produzindo historicamente, levando os alunos a se situarem na

contemporaneidade, dialogando com o passado e visando o conhecimento do seu

corpo. Deverá ser considerado o tipo de sociedade onde este saber foi produzido,

proporcionando-se condições de análise e reflexão para reelaboração do seu

saber e conseqüente, reelaboração da consciência e da cultura corporal.

A Educação Física enquanto ciência tematiza o movimento humano o qual

não pode ser avaliado ao nível exclusivo de suas propriedades físicas e

biomecânicas, porque há nele toda a historicidade das sociedades. Faremos uso

aqui da definição de Educação Física postulada pelo coletivo, que a entende

como “uma área do conhecimento que engloba os elementos da cultura corporal,

sendo eles: esporte, dança, lutas, ginástica e expressão corporal (1992).

98

Page 99: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

O professor de Educação Física é aqui entendido como elemento chave

para operacionalizar os valores e resgatar o trabalho responsável sobre o corpo,

dentro de uma constante dialética do homem em relação com a natureza e com o

próprio homem.

Sua ação criadora e inovadora deverá dinamizar o trabalho em sua escola,

contribuindo com a conscientização de seu grupo, para modificação e valorização

de prática pedagógica e a flexibilidade de ações atreladas ao conteúdo numa

constante reflexão crítica, o que enriquece o processo ensino-aprendizagem.

A ação educativa deve ser um instrumento que prepara o homem para

reivindicar seu direito de opinar, discutir, criticar e alterar a ordem social e de ter

acesso à cultura e à história de seu tempo.

A Educação Física consciente é aquela que contribui para a educação do

indivíduo através do ato educativo, que é o resultado de um processo de ação

dinâmica, onde os envolvidos no processo de ensino aprendizagem estão

conscientes e exercitam sua criatividade durante todo o processo.

A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o

acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,

exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas,

ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de

representação simbólica de realidades vividas pelo homem (COLETIVO DE

AUTORES, 1992).

OBJETIVOS GERAIS

• Desenvolver a postura crítica dos alunos perante as atividades da cultura

corporal, no sentido da aquisição da autonomia de conhecimentos/habilidades

necessária a uma prática intencional e permanente, que considere o lúdico e

os processos sócio-comunicativos, no sentido do prazer, da auto-realização e

da qualidade coletiva de vida.

• Oportunizar aos alunos a vivência da expressão corporal como linguagem;

• Enriquecer a vida de movimento dos alunos com possibilidades de

movimentos construídos histórica e culturalmente pela humanidade;

99

Page 100: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Oportunizar o uso imediato das atividades da cultura corporal (jogos, esportes,

lutas, danças, expressão corporal...) ao aluno nas aulas de educação física;

• Favorecer ao aluno o uso dos temas da cultura corporal em espaços e tempos

extra-escolares;

• Discutir valores éticos, políticos e sociais da corporeidade humana na

realidade regional dos alunos através dos jogos cooperativos;

• Oportunizar ao aluno a vivência do movimento humano no contexto escolar,

de modo que reelabore, amplie e o utilize como uma nova prática social;

• Oportunizar atividades da cultura corporal com ênfase na ludicidade, sem

deixar de abordar temas na perspectiva normatizada e institucionalizada;

• Oportunizar a aquisição, o aprimoramento e a combinação de variadas formas

de movimento (elementares e habilidades específicas);

• Oportunizar a vivência e a organização de atividades de movimento em grupos

heterogêneos nos mais variados aspectos (gênero, raça, habilidades...);

• Relacionar educação física com temas periféricos como atividade física,

educação, saúde, energia, consciência corporal, lazer, trabalho, sexualidade,

cidadania, consumo, meio ambiente e cultura.

CONTEÚDOS

SERIE: 5ª

conteúdo

estruturante

conteúdos básicos abordagem

pedagógica

expectativas de

aprendizagem

Manifestaçõe

s esportivas

Futebol

Handebol

Basquetebol

Atletismo

Tênis de mesa

Futsal

Xadrez

Origem/histórico dos

esportes.

Atividades pré

desportivas com

fundamentos e regras

adaptadas.

Fundamentos básicos.

Espera-se que o aluno

possa conhecer, na

origem dos diferentes

esportes:

- o surgimento de cada

esporte com suas

primeiras regras;

- sua relação com jogos

populares.

100

Page 101: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Experimentar e vivenciar

diferentes esportes com

regras adaptadas.

jogos e

brincadeiras

Brincadeiras

de rua / populares

Brinquedos

Brincadeiras

de roda

Jogos de

tabuleiro

Jogos de

estafetas

Jogos

dramáticos e de

interpretação

jogos e

brincadeiras

indígena*

Origem e histórico dos

jogos, brinquedos e

brincadeiras.

Brinquedos, jogos e

brincadeiras com e sem

materiais alternativos.

Construção dos

Brinquedos.

Disposição e

movimentação básica

dos jogos de tabuleiro

conhecer o contexto

histórico em que foram

criados os diferentes

jogos, brinquedos e

brincadeiras, bem como

experimentar e vivenciar,

ou seja, se apropriar

efetivamente das

diferentes formas de

jogar;

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico a partir

da construção de

brinquedos com materiais

alternativos.

dança

Danças

folclóricas

Atividades de

expressão corporal

Cantigas de

roda

danças

africanas e

indígenas*

Origem e histórico das

danças.

Contextualização da

dança.

Atividades de criação e

adaptados

Movimentos de

experimentação

corporal ( seqüencia de

Espera-se que conheçam

a origem e alguns

significados (místicos,

religiosos, entre outros)

das danças circulares;

Tenham condições de

experimentar, vivenciar,

criar e adaptar tanto as

cantigas de rodas quanto

101

Page 102: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

movimentos) diferentes sequencias de

movimentos.

ginástica

Ginástica

artística

Atividades

circenses

Ginástica

natural

Origem e histórico da

ginástica artística.

Movimentos Básicos

(ex: rolamento, parada

de mão, roda)

Construção e

experimentação de

materiais utilizados nas

diferentes modalidades

ginásticas.

Cultura do Circo.

Consciência Corporal.

Conhecer os aspectos

históricos da ginástica

artística e das práticas

corporais circenses;

Experimentar e vivenciar

os fundamentos básicos

da ginástica:

Saltar;

Equilibrar;

rolar/girar;

trepar;

balançar/embalar.

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico a partir

da utilização de materiais

alternativos.

lutas

Judô

Karate

Taekwondo

Capoeira*

Origem e histórico das

lutas

Atividades que utilizem

materiais alternativos

Jogos de oposição

Musicalização

Ginga, esquiva e golpes

Conhecer a história da

esgrima e da capoeira;

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico a partir

da utilização de materiais

alternativos e dos jogos

de oposição.

SERIE: 6ª

conteúdo

estruturante

conteúdos básicos abordagem

pedagógica

expectativa de

aprendizagem

102

Page 103: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

esporte

e) Futebol

f) Handebol

g) Voleibol

h) Basquetebol

i) Atletismo

j) Tênis de mesa

k) Futsal

l) Xadrez

Origem dos diferentes

esportes e mudanças

no decorrer da história.

Noções das regras e

elementos básicos.

Prática dos

fundamentos das

diversas modalidades

esportivas.

Sentido da competição

esportiva.

Espera-se que o aluno

possa conhecer a difusão

e diferenças de cada

esporte relacionando-a

com as mudanças do

contexto histórico

brasileiro.

Reconhecer e se

apropriar dos

fundamentos básicos dos

diferentes esportes.

Tenham noções básicas

das regras das diferentes

manifestações esportivas.

jogos e

brincadeiras

Brincadeiras de

rua

Jogos dramáticos

e de interpretação

Jogos de raquete

e peteca

Jogos

cooperativos.

Jogos de

estafetas

a) Jogos de

tabuleiro

jogos e

brincadeiras

indígena*

Recorte histórico

delimitando tempos e

espaços, nos jogos,

brinquedos e

brincadeiras.

Diferença entre

brincadeira, jogo e

esporte.

A construção coletiva

dos jogos, brincadeiras

e brinquedos.

Os Jogos, as

brincadeiras e suas

diferenças regionais.

Difusão dos jogos e

brincadeiras populares e

tradicionais no contexto

brasileiro.

Conhecer as diferenças e

as possíveis relações

existentes entre os jogos,

brincadeiras e

brinquedos.

Construir individualmente

ou coletivamente

diferentes jogos e

brinquedos.

103

Page 104: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

dança

• Hip Hop: Break

• Dança folclórica

• Dança criativa

danças

africanas e

indígenas*

Recorte histórico

delimitando tempos e

espaços, na dança.

Desenvolvimento de

formas corporais

rítmico/expressivas.

Criação e adaptação de

coreografias.

Construção de

instrumentos musicais.

Conhecer a origem e o

contexto em que se

desenvolveram o Break,

frevo e maracatu;

Vivenciar as diferentes

manifestações rítmicas e

expressivas, por meio da

criação e adaptação de

coreografias.

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico a partir

da construção de

instrumentos musicais

como, por exemplo, o

pandeiro e o chocalho.

ginástica

Atividades

circenses

Ginástica

rítmica

Ginástica

artística

Ginástica

natural

Aspectos históricos e

culturais da ginástica.

Noções de posturas e

elementos ginásticos.

Cultura do Circo.

Conhecer os aspectos

históricos da ginástica

rítmica (GR);

Experimentar e vivenciar

outras formas de

movimentos e os

elementos da GR como:

saltos;

piruetas;

equilíbrios;

104

Page 105: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

lutas

Capoeira*

Judô

Karate

Taekwondo

Origem das lutas,

mudanças no decorrer

da história

jogos de oposição

Ginga, esquiva e golpes

Rolamentos e quedas

Conhecer a história do

judô e alguns

movimentos básicos

como as quedas e os

rolamentos;

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico a partir

da utilização de materiais

alternativos e dos jogos

de oposição.

SERIE: 7ª

conteúdo

estruturante

conteúdos básicos abordagem

pedagógica

expectativa de

aprendizagem

esporte

Futebol

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Atletismo

Futsal

Xadrez

Tênis de mesa

Recorte histórico

delimitando tempos e

espaços, no esporte.

Possibilidade do

esporte como

atividade corporal:

lazer, esporte de

rendimento,

condicionamento

físico.

Esporte e mídia.

Esporte: benefícios e

malefícios à saúde

Prática dos

fundamentos das

diversas modalidades

esportivas.

Discutir e refletir

Entender que tais

práticas podem ser

vivenciadas no

tempo/espaço de lazer,

como esporte de

rendimento ou como

aptidão física e saúde.

Compreender a

influência da mídia no

desenvolvimento dos

diferentes esportes.

Reconhecer os

benefícios e os

malefícios que as

práticas esportivas

proporcionam a seus

praticantes.

Conhecer e vivenciar

105

Page 106: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

noções de ética nas

competições

esportivas.

diferentes modalidades

esportivas.

jogos e

brincadeiras

Jogos cooperativos

Jogos intelectivos

Jogos de raquete e

peteca

Jogos de tabuleiro

jogos e

brincadeiras indígena*

Recorte histórico

delimitando tempos e

espaços, nos jogos,

brincadeiras e

brinquedos.

Festivais

Estratégias de jogo

Desenvolver festivais a

partir dos diferentes

jogos sejam eles

cooperativos,

competitivos ou de

tabuleiro.

Conhecer o contexto

histórico em que foram

criados os diferentes

jogos, brincadeiras e

brinquedos.

dança

Hip Hop

Danças

folclóricas

Dança de rua

Dança de salão

danças

africanas e indígenas*

Recorte histórico

delimitando tempos e

espaços, na dança.

Hip Hop:

apresentação dos

elementos de forma

crítica (DJ, RAP E

Conhecer e

compreender os

diferentes elementos do

Hip-Hop a partir do

contexto histórico.

Conhecer os diferentes

ritmos, passos, posturas,

106

Page 107: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

BREAK).

Elementos e técnicas

de dança

Esquetes (são

pequenas sequências

cômicas).

conduções, formas de

deslocamento, entre

outros elementos que

identificam as diferentes

danças.

Montar pequenas

composições

coreográficas

ginástica

Ginástica

artística

Ginástica

rítmica

Ginástica geral

Atividades

circenses

Recorte histórico

delimitando tempos e

espaços, na ginástica.

Noções de postura e

elementos ginásticos.

Origem da Ginástica

com enfoque

específico nas

diferentes

modalidades,

pensando suas

mudanças ao longo

dos anos.

Manuseio dos

elementos da

Ginástica Rítmica.

Movimentos

acrobáticos

Manusear os diferentes

elementos da GR como:

corda;

fita;

bola;

maças;

arco.

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico a partir

das atividades circenses

como acrobacias de solo

e equilíbrios em grupo.

lutas

Capoeira*

Judô

Karate

Taekwondo

Roda de capoeira

Projeção e

imobilização

Jogos de oposição

Aprofundar alguns

elementos da capoeira

procurando compreender

a constituição, os ritos e

os significados da roda.

Conhecer as diferentes

107

Page 108: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

projeções e

imobilizações do judô.

SERIE: 8ª

conteúdo

estruturante

conteúdos básicos abordagem

pedagógica

expectativa de

aprendizagem

esporte

Futebol

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Atletismo

Futsal

Tenis de mesa

Xadrez

Recorte histórico

delimitando tempos e

espaços.

Organização de

festivais esportivos

Analise dos diferentes

esportes no contexto

social e econômico.

Regras oficiais e

sistemas táticos.

A prática dos

fundamentos das

diversas modalidades

esportivas.

Súmulas, noções e

preenchimento.

Vivenciar festivais

esportivos, trabalhando

com arbitragens,

súmulas e as diferentes

noções de

preenchimento.

Reconhecer o contexto

social e econômico em

que os diferentes

esportes se

desenvolveram.

jogos e

brincadeiras

Jogos cooperativos

Jogos de tabuleiro

jogos e

brincadeiras indígena*

Organização e criação

de gincanas e RPG

(Role-Playing Game,

Jogo de Interpretação

de Personagem), é um

jogo de estratégia e

imaginação, em que

os alunos interpretam

Reconhecer a

importância da

organização coletiva na

elaboração de gincanas

e R.P.G.

Diferenciar os jogos

cooperativos e os jogos

competitivos a partir dos

108

Page 109: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

diferentes

personagens, vivendo

aventuras e superando

desafios.

Diferenciação dos

jogos cooperativos e

competitivos

seguintes elementos:

Visão do jogo;

Objetivo;

O outro;

Relação;

Resultado;

Consequência;

Motivação.

dança

Dança de salão

Dança

Folclórica

danças

africanas e indígenas*

Recorte histórico

delimitando tempos e

espaços, na dança.

Organização de

festivais.

Elementos e técnicas

de dança

Reconhecer a

importância das

diferentes manifestações

presentes nas danças e

seu contexto histórico.

Conhecer os diferentes

ritmos, passos, posturas,

conduções, formas de

deslocamento, entre

outros elementos

presentes no forró,

vanerão e nas danças

africanas.

Criar e vivenciar festivais

de dança, na qual sejam

apresentadas as

diferentes criações

coreográficas realizadas

pelos alunos.

109

Page 110: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

ginástica

Ginástica

artística

Ginástica

rítmica

Ginástica de

academia

Origem da Ginástica:

trajetória até o

surgimento da

Educação Física.

Construção de

coreografias.

Ginástica e a cultura

de rua. (circo,

malabares e

acrobacias).

Análise sobre o

modismo.

Vivência das técnicas

específicas das

ginásticas desportivas.

Recursos ergogênicos

(doping).

Conhecer e vivenciar as

técnicas da ginásticas

ocidentais e orientais.

Compreender a relação

existente entre a

ginástica artística e os

elementos presentes no

circo.

A influência da ginástica

na busca pelo corpo

perfeito.

lutas

5. Taekwondo

6. Capoeira*

7. Karatê

8. Judô

Origens e aspectos

históricos

Conhecer os aspectos

históricos das diferentes

lutas e se possível

vivenciar algumas

manifestações.*: Refere-se ao estudo da cultura africana e indígena que vem atender a Lei nº 11.645.

METODOLOGIA

As propostas buscam levar informações e aprendizagens por meio da

participação prática e teórica, sendo o professor um mediador durante as

atividades, e procurando instigar o aluno para a superação de suas dificuldades

corporais internas e externas através da promoção de um ambiente afetivo

propício para relações produtivas e saudáveis.

A forma de se trabalhar as propostas deve atingir o interesse do aluno,

onde as atividades que se tornam adequadas de um dado ambiente escolar,

110

Page 111: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

ganham significado para ir além do ambiente escolar, relacionando o que vivencia

corporalmente com a vida, a sociedade e o capitalismo. Nesse contexto, a

Educação Física Escolar dispõe de uma diversidade de formas de abordagem

para a aprendizagem, entre elas, as situações de jogo coletivo, os exercícios de

preparação corporal, de aperfeiçoamento, de improvisação, a apreciação e

discussão e as atividades recreativas. Dentro dessa esfera, os conteúdos

funcionam como estratégias de ensino, um meio para se chegar a um fim

utilizando o conhecimento trazido pelo aluno, contribuindo para um processo

contínuo de ensino-aprendizagem. Nisto, diante da individualidade de cada aluno,

poderão ser propostas atividades que integram a teoria com a prática social.

O Professor, partindo da realidade social que se encontra, pode

contextualizar problemas detectados e relacioná-los com o funcionamento do

corpo, onde se conhecendo (sentimento, sensações, emoções) o aluno pode vir a

entender melhor a vida em sociedade, percebendo a si e ao outro, como seres

que compartilham o mesmo espaço com diferentes maneiras de agir. Tais

propostas corporais estabelecem relações equilibradas e construtivas, buscam

adotar hábitos saudáveis de qualidade de vida, de atividades físicas saudáveis,

de preservação da saúde e de formação de um cidadão preparado para conviver

e viver em sociedade. Serão trabalhadas:

Atividades em sala de aula, na quadra e em espaços alternativos;

Técnicas de solução de problemas;

Relações entre teoria e prática;

Estudo dirigido (individual e em grupo) dos temas transversais;

Pesquisa de campo e relatórios de visitas;

TV Pen Drive, DVD, VHS, CD-Room, revistas, aparelho de som,

laboratório de informática;

Quadro, giz, cordas, arco, pátio, rede, cone, bastão, livros, bolas.

AVALIAÇÃO

111

Page 112: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

A valorização da aprendizagem do conteúdo proposto acontecerá baseada

na participação aliada ao interesse e a disciplina positiva, dessa forma será

possível aferir a que nível de aprendizagem cada indivíduo pôde atingir dentro

desse processo.

Dentro desse processo, devem ser levados em consideração a faixa etária

dos alunos e o grau de autonomia e discernimento que possuem. Esse processo,

por se manifestar de forma contínua, poderá revelar as alterações próprias e

características desse momento de aprendizado. Abordagens que os incluam

como participantes do processo avaliativo serão bem aceitas, pois além de

estimular o desenvolvimento da responsabilidade pelo próprio processo, credita-

lhes maturidade e responsabilidade, o que favorecerá a maior compreensão e

localização desses alunos na construção do conhecimento.

Os instrumentos, além de serem discutidos entre aluno e professor,

poderão ser tão variados quanto forem os conteúdos e seus objetivos; esses

instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem, como uma

forma sistemática de valorização e de reflexão sobre as formas com que foram

entendidos, vivenciados e externados (com autonomia), os conhecimentos

corporais e científicos da disciplina, sendo eles: avaliação escrita, avaliação

“prática”, trabalhos (individuais e em grupos), seminários, resenhas, relatórios,

pesquisas (de campo e multimídia – livros, revistas, periódicos e internet),

produções de texto.

Além disso, por se tratar de uma disciplina que tem muitos dos seus

conteúdos trabalhados fora da sala de aula, far-se-á necessário estabelecer

alguns critérios para a avaliação da participação do aluno nestes momentos,

sendo que estes seguem abaixo listados:

• o/a aluno/a participa das atividades de forma cooperativa.

• o/a aluno/a participa das atividades se dispondo à experiência do

movimentar-se mesmo quando parece não gostar da atividade.

• o/a aluno/a participa da aula demonstrando interesse e dando sugestões

para o bom andamento das atividades.

• o/a aluno/a é pontual e assíduo nas aulas, não atrasando o início das

atividades.

• o/a aluno/a justifica-se diante da turma e do professor quando não pode

112

Page 113: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

participar da aula ou alguma atividade por motivo de saúde, lesão ou outro.

• o/a aluno/a procura se apresentar para a aula com vestimenta adequada à

prática de educação física.

• o/a aluno/a durante os jogos ajuda na resolução de conflitos e dúvidas que

surgem durante os mesmos.

• o/a aluno/a respeita as diferenças de opinião e de aprendizagem de cada um

de seus colegas.

• o/a aluno/a demonstra capacidade de construir regras para os jogos e

movimentos de forma a não ficar preso a um padrão de comportamento ou

de técnicas.

• o/a aluno/a percebe que a verdadeira vitória no jogo é o prazer e a alegria de

se movimentar.

• o/a aluno/a colabora com o grupo e com o professor sabendo ouvir e falar de

acordo com as circunstâncias de cada momento da aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT,Valter. Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre:

Magister, 1992.

COLETIVO DE AUTORES, Metodologia do ensino da Educação Física. São

Paulo. Editora Cortez, 1992.

FARIA, J.A.G. Fundamentos pedagógicos: A avaliação em Educação Física.

Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1985.

GHIRALDELLI, J. P. Educação física progressista: A Pedagogia Crítica – Social

dos Conteúdos e a Educação Física Brasileira. São Paulo: Loyola, 1988.

HILDEBRANDT-STRAMMAN, R. Textos pedagógicos sobre ensino da

educação física. Unijuí, Ijuí: 2001.

113

Page 114: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Unijuí, Ijuí: 1994.

MARINHO, I. P. A história da educação física no Brasil. São Paulo: Cia. Do

Brasil, 1985.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de

Educação Física. Paraná: 2008.

SANTIN, S. Educação física: Outros caminhos. Porto Alegre: EST, 1990.

8.4 ENSINO RELIGIOSO:

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Exige-se um profissional de educação sensível à pluralidade, consciente da

complexidade sócio-cultural da questão religiosa e que garanta a liberdade do

educando sem proselitismo, oferecendo à família e à comunidade religiosa, o

lugar privilegiado para a experiência da fé e opção religiosa.

A escola vem a ser o espaço socializador do conhecimento, que, através

dos conteúdos, tem a responsabilidade de fornecer as informações, responder

aos aspectos principais do fenômeno religioso, presente em todas as culturas e

em todas as épocas. Todos precisam da escola para conhecer o fenômeno

religioso. Para tanto, se faz necessário uma postura de consciência multi-cultural,

no respeito ao posicionamento religioso dos alunos, na intenção de possibilitar a

decodificação do fenômeno presente em todas as culturas.

Segundo relatório da UNESCO, na abordagem do Ensino religioso, "cabe à

educação a nobre tarefa de despertar em todos, segundo as tradições e

convicções de cada um, respeitando inteiramente o pluralismo, esta elevação do

pensamento e do espírito para o universal e para uma espécie de superação de si

mesmo. Não se trata, apenas, da aquisição do espírito democrático. Trata-se

fundamentalmente, de ajudar o aluno a entrar na vida, com capacidade para

interpretar os fatos mais importantes relacionados quer com o seu destino

pessoal, quer com o destino coletivo”.

114

Page 115: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Esta tomada de posição levou a Comissão da UNESCO, a dar mais

importância a um dos quatro pilares por ela considerados como as bases da

educação. Trata-se de aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento

acerca dos outros, da sua história, tradições e espiritualidade.

A religião pode ser definida como o conjunto de atitudes e dos atos pelos

quais o homem manifesta sua dependência em relação à potências invisíveis

consideradas sobrenaturais.

Os conteúdos de Ensino religioso no eixo "Ethos" (costumes) se

desenvolvem a partir de:

Alteridade - refletindo as orientações para o relacionamento com o outro

permeado por valores culturais e religiosos.

Valores, pelo conhecimento do conjunto de normas de cada tradição

Religiosa, apresentando para os fiéis no contexto da respectiva cultura;

Limites, estudando a fundamentação dos limites éticos propostos pelas

várias tradições religiosas.

OBJETIVOS GERAIS

- Desenvolver a vivência do diálogo e do respeito às diferenças pessoais, culturais

e religiosas em seu convívio social, através da identificação dessas diferenças e

semelhanças, a fim de firmar atitudes de paz, compreensão, solidariedade e

superação de toda a forma de preconceitos;

- Conhecer as normas de conduta, os limites éticos e os preceitos propostos pelas

Tradições religiosas, construindo um referencial ético para o estabelecimento de

relações justas e humanizadoras, bem como, atitudes de compromisso com a

defesa e valorização da vida de todos os seres;

- Identificar a diversidade cultural religiosa presente na realidade social e

conhecer a origem histórica das diferentes religiões, bem como um dado da

cultura, situando-se nele e desenvolvendo o diálogo, o sentido da tolerância e do

convívio respeitoso;

- Conhecer os textos sagrados verbais e não-verbais, os contextos históricos,

sociais e culturais que determinam a sua revelação e construção, as formas de

115

Page 116: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

interpretação entendendo que estes textos se constituem em referencial de fé,

prática e orientação para a vida dos adeptos ou fiéis;

- Conhecer a importância dos ritos sociais, culturais e religiosos na vida das

pessoas, bem como os símbolos, os rituais e as espiritualidades das diferentes

Tradições Religiosas que orientam a vivência de fé dos adeptos, sua experiência

e relação com o Transcendente, desenvolvendo respeito pela experiência e

expressão religiosa do outro;

- Conhecer diferentes idéias do Transcendente construída ao longo do tempo e as

respostas que as diferentes Tradições Religiosas dão para a vida, além morte,

desenvolvendo uma atitude reflexiva a partir de questionamentos existenciais e do

compromisso perante a defesa e promoção de uma vida de qualidade para todos.

O Ensino Religioso tem por objeto o estudo das diferentes

manifestações do sagrado no coletivo. Portanto, os objetivos específicos a serem

atingidos durante o processo são:

• Adquirir a capacidade de integrar-se ao grupo de convívio;

• Vivenciar boas ações que contribuam para a prática diária;

• Fortalecer as relações coletivas no seu meio;

• Crescer como pessoa em relação aos seus semelhantes e ao mundo que o

cerca;

• Inserir-se na sua comunidade de fé;

• Posicionar-se frente às contradições e desafios da realidade, assumindo

um compromisso transformador da mesma;

• Saber valorizar-se e reconhecer-se como parte integrante de uma

sociedade;

• Reconhecer a importância do seu corpo, valorização de si e do próximo

para o benefício comum;

• Nutrir-se de boas idéias e pensamentos positivos para poder auxiliar seu

próximo;

• Constatar que assim como o corpo cresce podemos crescer e desenvolver

em vários aspectos como pessoa.

• Desenvolver a auto - estima;

• A certeza que Deus está conosco nos faz descobri-lo como companheiro

116

Page 117: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

fiel;

• Compreender o conceito de justiça baseado na equidade e sensibilizar-se

pela necessidade da construção de uma sociedade justa;

• Adotar atitudes de respeito pelas diferenças entre as pessoas, respeito

esse necessário ao convívio numa sociedade democrática e pluralista;

• Adotar, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às

injustiças e discriminações;

• Compreender a vida escolar como participação no espaço público,

utilizando e aplicando os conhecimentos adquiridos na construção de uma

sociedade democrática e solidária;

• Valorizar e empregar o diálogo como forma de esclarecer e tomar decisões

coletivas;

• Construir uma imagem positiva de si, o respeito traduzido pela confiança

em sua capacidade de escolher e realizar seu projeto de vida pela

legitimação das normas morais que garantam, a todos, essa realização;

• Assumir posições, segundo seu próprio juízo de valor, considerando

diferentes pontos de vista e aspectos de cada situação.

CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

ETHOS -

• Alteridade: (diz respeito ao outro, ao diferente);

• Ser diferente não é ser pior;

• Janelas e portas abrem para conhecer o outro;

• A arte do acolhimento e do respeito;

• Convivência com a cidadania;

• Valores humanos que aproximam os diferentes;

• Superando os preconceitos e aprendendo a arte do acolhimento;

• Diálogo inter-religiosos e a cultura da paz no mundo.

117

Page 118: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

ÉTICA RELACIONAMENTOS E VIDA -

• Regra áurea segundo as religiões do mundo;

• Saber defender e valorizar a vida;

• Fé e vida: coerência entre o que se acredita e o que se vive;

• Da ecologia interior à ecologia exterior.

CULTURAS E TRADIÇÕES RELIGIOSAS –

• O que é religião;

• O que são culturas e Tradições religiosas;

• Tradições Religiosas: religião e religiosidade;

• Tradições religiosas de nossa comunidade;

• As tradições religiosas no Brasil;

• Origem histórica de algumas Religiões do mundo: Religiões no mundo -

Catolicismo;

• Protestantismo;

• Islamismo;

• Budismo;

• Hinduísmo;

• Espiritismo;

• Religiões afro-brasileiras;

• Judaísmo;

• A influência da Religião na Cultura;

• Líderes religiosos da humanidade de hoje e de outros tempos.

TEXTOS SAGRADOS

• O que são textos Sagrados orais e escritos?

• O que é sagrado em sua vida?

• Textos sagrados orais, escritos e pictóricos;

• A linguagem mítico-simbólica dos Textos sagrados;

• As verdades sagradas orientam o estilo de vida das pessoas;

• Interpretações dos Textos Sagrados;

118

Page 119: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Textos Sagrados, celeiros da sabedoria universal.

RITOS

• Rituais símbolos e Espiritualidade;

• Ritos sociais, culturais, cívicos e religiosos;

• Os ritos das tribos juvenis;

• Símbolos e rituais das tradições religiosas;

• As espiritualidades e a busca do autoconhecimento.

TRANSCENDENTE

• Minha experiência com o transcendente;

• A construção da idéia do transcendente no decorrer dos tempos;

• Qual é o significado do Transcendente na vidas das pessoas;

• As diferentes idéias sobre o Transcendente em algumas Tradições Religiosas

do oriente e do ocidente;

• Transcendente e o sentido da valorização da vida.

6ª SÉRIE

ETHOS -

• Alteridade;

• Saber cuidar;

• Somos diferentes, mas buscamos juntos a felicidade;

• Nas diferenças nos complementamos.

TRADIÇÕES RELIGIOSAS -

• A diferença entre religião e religiosidade;

• A busca pelo sagrado;

• As religiões no mundo;

• A influência da cultura nas Religiões dos povos;

• O fenômeno religioso é universal;

• As Religiões e a construção da paz no mundo de hoje.

ESTRUTURA RELIGIOSA NAS ORGANIZAÇÕES HUMANAS –

• Estrutura de algumas Tradições Religiosas do oriente e do ocidente;

119

Page 120: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• A função das ideologias religiosas;

• Líderes religiosos modificam a sociedade: Moisés, Buda, Zaratustra, Lao-tsé,

Confúcio, Jesus...

A REVELAÇÃO E A CONSTRUÇÃO DO TEXTO SAGRADO ORAL E ESCRITO

Textos sagrados: celeiros da sabedoria universal;

• Como se deu a revelação dos textos sagrados em algumas tradições do

oriente e ocidente;

• A construção do texto sagrado no tempo e no espaço;

• Revelação divina: privilégio de um povo eleito ou de toda humanidade?

A CONSTRUÇÃO DA IDÉIA DO TRANSCENDENTE NO ESPAÇO E NO

TEMPO

• O que eu conheço sobre o transcendente;

• A realidade social, histórica e geográfica influencia a concepção do

Transcendente;

• A ideia do Transcendente na visão tradicional e atual;

• Compreendendo os termos: transcendência e metafísica.

METODOLOGIA

O Ensino Religioso é parte integrante da formação básica do cidadão,

assegurando-lhe o respeito à diversidade cultural e religiosa. Destaque também

aos valores morais, éticos, direitos e deveres prescritos nas leis.

Em se tratando do pluralismo cultural e da diversidade cultural - religiosa,

os conteúdos como acesso aos conhecimentos deverão estar assimilados

intimamente a um sistema de comportamentos e valores a serem vivenciados,

superando tão somente a assimilação destes. Isto aponta, portanto, para uma

concepção de pluralismo que se verifica na experiência vivida, no jogo de

intercâmbio e nas interações que o espaço escolar procura promover entre os

alunos.

120

Page 121: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

O Ensino Religioso é a área do conhecimento que tem como objetivo de

estudo o Fenômeno Religioso. Ele se estrutura como resposta aos

questionamentos fundamentais da vida: - Quem sou? Para que vivo? De onde

vim? Para onde vou?

O conhecimento religioso visa subsidiar o educando no entendimento do

fenômeno religioso, presente no dia-a-dia, em diferentes manifestações e que o

educando experimenta, observa e relaciona em seu contexto. Por isso é um

conhecimento que gera o "saber de si", superando as concepções conteudistas.

Dessa forma, há uma interação entre educando (sujeito), fenômeno

religioso (objeto) e conhecimento (objetivos).

O tratamento didático dos conteúdos do Ensino Religioso prevê, ainda, como

nas outras disciplinas, a organização social das atividades, organização do

espaço e do tempo, seleção e critérios de uso de materiais e recursos, os quais

visam:

• A organização social das atividades a fim de produzir o diálogo;

• Organização do tempo e do espaço, no aqui e agora, pela observação direta,

pois o sagrado acontece no cotidiano e está presente na sala de aula; a

conexão com o passado no mesmo espaço e em espaços diferentes também

parte do presente e da limitação geográfica; na dimensão transcendente não

há tempo, nem espaço; o limite encontra-se na linguagem de cada tradição

religiosa.

• A organização da seleção e critérios de uso de materiais e recursos; prevê a

colaboração de cada educando na indicação ou no fornecimento de seus

símbolos, a origem histórica, os ritos e os mitos da sua tradição religiosa.

• A incorporação dos conteúdos deve ocorrer através de atitudes que reflitam:

• Afetividade;

• Curiosidade;

• Criatividade;

• Valorização da qualidade;

• Responsabilidade e solidariedade;

• Reconhecimento da identidade própria e do outro;

• Convivência na família, escola e comunidade;

121

Page 122: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Respeito à diversidade religiosa do ser humano;

• Fortalecimento da fé e esperança em Deus;

• Estreitamento dos laços de socialização e confraternização entre os colegas.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino religioso é processual e serve para conduzir a ação

pedagógica, dando ao professor e ao aluno a possibilidade de constatar o

progresso da aprendizagem.

Numa etapa inicial a avaliação tem caráter investigativo, permitindo ao

professor conhecer o que os alunos já sabem sobre o conteúdo a ser trabalhado,

levantando dados para que possa conduzir a ação pedagógica de forma

adequada, servindo para encaminhar a construção e reconstrução do

conhecimento, permitindo ao aluno passar do senso comum para um

conhecimento mais elaborado.

O próximo momento de avaliação será pensado e organizado de forma

sistemática, conforme os conteúdos significativos e selecionados, com a intenção

de construir o conhecimento. Esta etapa será efetivada através de instrumentos

utilizados pelo professor como: análise das produções dos alunos, observação

dirigida e espontânea de mudanças de comportamentos e relatos significativos

dos alunos, entrevistas, trabalhos em grupos, relatórios, exposições, pesquisas,

levantamentos, auto-avaliação do educando, avaliação do educador, pelo

educando e vice-versa, avaliação do educador e hetero-avaliação do grupo, entre

outros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APOSTILA DA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - Seminário De

Ensino Religioso.

ASSINTEC – Sugestões de Proposta Pedagógica para o Ensino Religioso.

122

Page 123: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

BOWKER, J. Para entender as Religiões.

COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do Ensino Religioso. Revista

Mundo Jovem.

SATHYA, S. Educação em valores humanos. Manual para professores.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Ensino

Religioso. Paraná: 2006.

8.5 GEOGRAFI A:

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Já desde os antepassados os saberes geográficos fazem parte das

estratégias de sobrevivência das pessoas. Os movimentos da terra, as marés, as

variações climáticas foram essenciais para a relação da sociedade com a

natureza. Descrições das áreas conquistadas bem como sua localização, eram

conhecimentos fundamentais para suas organizações políticas e econômicas.

Nessa época desenvolveram-se conhecimentos como elaboração de

mapas, discussões sobre a forma e diâmetro do planeta, distribuição das terras e

águas, definições climáticas.

Já na Idade Média, as ideias e concepções geográficas estavam adaptadas

aos ensinamentos bíblicos, impostos pelo poder político então estabelecido.

As grandes navegações desencadearam a necessidade de se ter

conhecimentos sobre questões cartográficas, rotas marítimas, distribuição de

terras e águas. A partir daí as expedições terrestres passaram a descrever e

representar detalhadamente o espaço – rios, lagos, montanhas, desertos,

planícies e aspectos humanos.

Nesse processo histórico, os saberes geográficos passaram a ser

evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam

123

Page 124: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

explicar questões referentes ao espaço e á sociedade, como comércio,

organização do estado, solo, recursos minerais, população, entre outros. Porém,

até o século XIX esses estudos estavam dispersos em obras diversas.

No imperialismo do século XIX, pesquisas realizadas por sociedades

geográficas, apoiadas por estados colonizadores, como Inglaterra, França e

Prússia(atual Alemanha) subsidiaram o surgimento das escolas nacionais de

pensamento geográfico, como a alemã (Ratzel -1844-1904) e a francesa (Vidal de

La Blache-1845-1918).

A ciência geográfica foi inserida no currículo escolar brasileiro no século

XIX, aparecendo de forma indireta no ensino primário. Apenas na década de

1980, com a criação do IBGE, da AGB e do primeiro curso de licenciatura em

Geografia no Brasil. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam

compreender e descrever o ambiente físico nacional servindo os interesses

políticos do Estado, na visão do nacionalismo econômico (exploração dos

recursos minerais, indústria de base, dados demográficos).

Já na Geografia tradicional, caracterizada pelo caráter decorativo, voltado

para a descrição do espaço, perpetuou-se por boa parte do século XX.

Depois da Segunda Guerra Mundial, as transformações históricas

relacionadas aos modos de produção, trouxeram mudanças políticas,

econômicas, sociais e culturais na ordem mundial que interferiram no pensamento

geográfico da época. Tais transformações intensificaram-se no decorrer da

segunda metade do século XX, dando novos enfoques para a análise do espaço

geográfico, além de reformulações no campo temático da Geografia.

A internacionalização da economia e as multinacionais trouxeram para as

discussões geográficas, assuntos ligados á degradação da natureza, equilíbrio

ambiental do planeta, desigualdades sociais, questões culturais e demográficas.

No Brasil, o Golpe Militar de 1964 provocou mudanças substanciais em

todos os setores, inclusive no educacional, com a valorização da formação

profissional, afetando principalmente disciplinas relacionadas ás ciências

humanas, surgindo a disciplina de Estudos Sociais, que envolvia Geografia e

História, empobrecendo estudos das disciplinas envolvidas, no 1º grau, atual

Ensino Fundamental. No 2º grau, equivalente ao Ensino Médio atual, foram

124

Page 125: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

impostas as disciplinas de OSPB e EMC, consideradas importantes para a

formação técnica.

Nos anos 80 ocorreram movimentos visando o desmembramento da

disciplina de estudos sociais e o retorno da Geografia e da História. No nosso

estado em 1983, o 1º Encontro Paranaense de História e Geografia, originou um

documento que posteriormente permitiu que as escolas pudessem optar por

ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de Geografia e História separadamente.

Porém, o desmembramento em disciplinas autônomas ocorreu em 1986.

A renovação do pensamento geográfico no pós-guerra, chegou com força

ao Brasil. A geografia crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento

geográfico, deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de

estudo da Geografia, trazendo questões econômicas sociais e políticas como

fundamentais para a compreensão do espaço geográfico.

Surge então uma nova Geografia, tendo como alicerce interpretativo o

espaço geográfico produzido, espaço este composto por objetos (naturais,

culturais-técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas)

inter-relacionados.

O ensino da Geografia visa despertar e possibilitar ao aluno a construção

de uma consciência crítica, coletiva e articulada, buscando a totalidade do

conhecimento acerca do espaço geográfico, permitindo aos alunos adquirir

hábitos e construir valores significativos da vida em sociedade.

Tanto a geografia como as demais ciências sociais tem na escola um

compromisso de contribuir para a formação do cidadão que participe dos

movimentos promovidos pela sociedade, bem como o objetivo de formação de um

ser capaz de conhecer seu papel como agente transformador da realidade a qual

está inserido.

O espaço geográfico é a construção das sociedades, onde o homem se

expressa, se constrói e se destrói.

O ensino da Geografia, visa despertar e possibilitar ao aluno a construção

de uma consciência critica, coletiva e articulada, buscando a totalidade do

conhecimento acerca do espaço geográfico, permitindo aos alunos, adquirir

hábitos e construir valores significativos da vida em sociedade.

125

Page 126: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Diante dos múltiplos desafios do futuro, a educação surge como trunfo

indispensável à humanidade na construção de ideias de paz, liberdade e justiça

social.

O estudo da geografia deve ser compreendido como uma busca de

estudos da dimensão da totalidade. Seu princípio é a compreensão do espaço

geográfico, espaço este, solidário e contraditório, onde sistemas e ações não

isoladas constroem a história.

Segundo Pontruschka (1998), a geografia escolar conta com um espaço

privilegiado para trabalhar na formação intelectual e ética dos jovens, na

construção de sua cidadania e na consciência de sua dignidade humana, além de

ressaltar a importância da integração entre diferentes campos do conhecimento

para uma visão mais ampla e profunda do mundo atual.

O ensino da geografia tem como tarefa, além das informações relevantes a

de contribuir com a formação do cidadão ativo e critico, a formação e

desenvolvimento de formar estratégias de pensamento desse sujeito, pois além

de ler, escrever e pensar em geografia, os educandos devem se apropriar do

conhecimento cientifico para formular suas próprias hipóteses, e aplicá-las no

cotidiano, buscando um mundo capaz de abrigar a todos, sem diferenças sociais,

econômicas e territoriais.

A geografia permite os alunos adquirir hábitos e construir valores

significativos da vida em sociedade. Na busca da vivência do educando com os

lugares, levar a construção de compreensões novas e mais complexas a seu

respeito, visando o desenvolvimento da capacidade de refletir.

Conhecendo as características sociais, culturais e naturais do lugar onde

vive, bem como de outros lugares sobre diferentes aspectos da realidade e

compreendendo a relação homem/natureza.

A partir do exposto, espera-se que o aluno, ao iniciar seus estudos do

ensino fundamental e médio se expõe todo este paradigma, abordando os

conhecimentos necessários para o entendimento das inter-relações.

OBJETIVOS GERAIS

126

Page 127: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

O estudo da Geografia ao longo do ensino fundamental, incide num

conjunto de conhecimentos, conceitos, procedimentos e atitudes, que

desenvolvem no educando a capacidade de integrar-se ao mundo atual, sendo

capaz de compreender a relação homem-natureza atuando de maneira

consciente sobre o espaço geográfico em que está inserido .

Neste contexto, a Geografia, proporcionará a compreensão da

especialidade e da temporalidade dos fenômenos geográficos estudados, em

suas dinâmicas e interações, buscando melhor as condições de vida, dentro de

direitos políticos, no conhecimento dos avanços tecnológicos e da participação

das transformações socio-culturais em sua democratização, respeitando a socio-

diversidade, como elemento de fortalecimento da cidadania.

Os fundamentos norteadores da Geografia, propõem um ensino holístico

progressista e direcionado à pesquisa, devendo enriquecer e aprofundar a relação

consigo mesma, com a família e membros da comunidade global, onde a visão do

todo deve considerar a intuição e emoção, respeitando as diferenças,

promovendo interação e a relação entre as partes, construindo assim a sua

própria história. Influindo no meio e sendo influenciado por ele. Portanto, a

disciplina almeja proporcionar uma convivência no coletivo, buscando a

transformação através da troca, da inter-relação dialógica e crítica, gestora de

projetos inovadores, transformadores, participativos, onde o professor será o

mediador e o articulador.

Objetivo Especifico:

Identificar no espaço e no tempo o modo de ocupação em função das

necessidades

Reconhecer que o trabalho se modifica no tempo, portanto, relaciona-se com a

história da humanidade.

Entender a organização do espaço geográfico deve conhecer e valorizar o inter-

relacionamento entre os homens e destes com a natureza

Questionar as implicações da relação entre os que detêm o poder econômico e

político e aqueles subjugados pelo trabalho alienado.

Transformar a realidade social só é possível com a explicitação do espaço

geográfico e encaminhamento dos conflitos

127

Page 128: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Compreender o espaço geográfico a partir das interações entre homens e das

suas relações com o ambiente.

RECURSOS

Quadro de giz

retroprojetor

microcomputador/ TV Pendrive

Atlas geográfico

Aula de campo

Jornais e revistas/dinâmicas

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfica

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª série

• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

• A formação, localização e exploração dos recursos naturais.

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da

paisagem, a (re)organização do espaço geográfico.

• As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista .

• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos.

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

128

Page 129: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

6ª série

• Formação território brasileira.

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro.

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

• As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e

indicadores estatísticos.

• Movimentos migratórios e suas motivações.

• O espaço rural e a modernização da agricultura.

• Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e

a urbanização.

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do

espaço geográfico.

• A circulação de mão- de- obra, das mercadorias e das informações.

7ª série

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

• O comércio em suas implicações socioespaciais.

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações.

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do

espaço geográfico.

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

• O espaço rural e a modernização da agricultura .

129

Page 130: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos.

• Os movimentos migratórios e suas motivações.

• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da

diversidade cultural;

• A formação, a localização, exploração dos recursos naturais.

8ª série

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

• A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço

da produção.

• O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territórios.

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos;

• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da

diversidade cultural;

• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico;

• A formação, localização, exploração dos recursos naturais;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Dentro da prática pedagógica procura-se conduzir o educando para tornar-

se um agente participativo dentro das diferentes potencialidades. De acordo com

130

Page 131: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

sua realidade, pretende-se buscar contribuir na complementação dos temas pré-

dispostos do programa anual, deixando claro que a geografia é uma ciência ligada

à vida e ao nosso espaço de vivencia. Neste contexto, o educando participa

desenvolvendo a construção de seu conhecimento, realizando pesquisas,

contextualizando a realidade, produzindo textos, debates e participando de

seminários, também serão abordados temas Afro-Brasileira e Indígena, (Lei

11.645/08) identificando a contribuição destes para a cultura brasileira. Tendo em

vista que o aluno vivencia o espaço geográfico paranaense faz-se necessário

conhecer a história do Estado do Paraná (Lei 13.381/01), levando em conta o

estudo do meio ambiente através da conscientização por uma educação

ambiental (Lei 9.795/99).

Para isso o aluno deve ser produtivo, crítico e reflexivo. Lembrando que o

aluno é original, único, dotado de inteligências múltiplas. Deve-se ultrapassar o

ensino do livresco, valorizando a ação reflexiva, estimular a análise e reconhecer

a interdisciplinaridade.

Segundo as Diretrizes Curriculares (DCEś)

“ Explicita-se que as disciplinas escolares não são herméticas, fechadas em si, mas, a partir de suas especialidades, chamam umas às outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos conteúdos de modo que se busque, cada vez mais, a totalidade, numa prática pedagógica que leve em conta as dimensões científicas, filosófica e artística do conhecimento.” ( PARANÁ, 2008, pag. 27)

Mendonça em 2002, pág. 141, salienta a necessidade da simultaneidade

de olhares, técnicas e perspectivas sobre o objeto de estudo da Geografia, ao que

o autor denomina “diálogo de saberes”, como essencial para a superação das

dificuldades e limitações para a apreensão do real, na pesquisa do ser humano.

Levando o sujeito do processo a questionar, investigar, ser criativo, ético e

autônomo e a construir espaços próprios.

Os conteúdos deverão ser retomados diante das dificuldades dos alunos,

antes das avaliações e das recuperações. Serão oferecidas novas oportunidades

aos alunos que apresentarem maiores dificuldades, em todos os instrumentos de

avaliação.

131

Page 132: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

AVALIAÇÃO

A disciplina de Geografia propõe uma avaliação contínua, gradativa, e

cumulativa, arraigada ao cotidiano vivenciada pelo educando bem como, às suas

ações que estarão a reelaborar uma nova leitura desta vivência, ou seja, a

transformação do espaço que temos, adequando-o às nossas necessidades, sem

se esquecer da preservação ambiental, cultural e histórica do indivíduo e de todo

o contexto geográfico em que o mesmo atua.

Esta avaliação terá como determinante, o conteúdo que servirá de

instrumento na atuação do educando na sociedade a qual ele está inserido, sendo

possível a ele indagar sobre os valores que regem a mesma objetivando uma

pratica social mais consciente e uma melhor visão de Mundo. Serão avaliados

através dos instrumentos: realização de maquetes, produção de textos referentes

aos conteúdos trabalhados, as interpretações diante de figuras, construção de

histórias em quadrinhos, confecção de mapas, a contextualização dos conteúdos

e a aprendizagem do educando diante a explicação da professora.

Todo o processo estará calcado em estratégias e metodologias

significativas, adequadas, as quais terão consigo também, fios condutores que

serão apresentados aos alunos e discutidos, para que eles também saibam como

estarão sendo avaliados.

Os critérios de avaliação a serem utilizados serão pela observação se o

aluno:

• Adquire e aplica conhecimentos geográficos, relacionando/problematizando

situações concretas;

• Participa com dedicação e realiza as tarefas propostas;

• Realiza os trabalhos de casa;

• Organização dos cadernos diários;

• Pesquisa seleciona e organiza a informação e apresenta o trabalho realizado;

• Utiliza corretamente a Língua Portuguesa;

• Assiduidade e pontualidade;

• Cumprimento de regras.

132

Page 133: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Alunos e professores, juntos, trabalharão na construção do conhecimento,

visando o crescimento de ambos, bem como o exercício digno e autônomo da

cidadania, pelo educando.

Faz-se necessário a utilização de diferentes práticas pedagógicas, tais

como: leitura, interpretações de mapas, gráficos, tabelas, fotos, imagens,

produção de textos geográficos, aula de campo, apresentações de seminários e

construções de maquetes.

Durante o processo avaliativo, no caso do aluno não atingir o objetivo de

maneira esperada, o mesmo terá oportunidade de realizar recuperações

paralelas e reavaliações, afim de melhorar a qualidade do processo educativo .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADAS, Melhem. Geografia. 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries. 4ª ed., Moderna. 2002. SP.

ANDRADE, M. C. Geografia Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.

ARCHELA, R. S.; GOMES, M. F. V. B. Geografia para o ensino médio: manual

de aulas práticas. Londrina: ed. UEL, 1999.

BARBOSA, J. L. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do

inesperado. In. CARLOS A F. A. (Org) A Geografia na sala de aula. São Paulo:

Contexto, 1999.

CASTANHO, Sérgio e CASTANHO, Maria Eugenia. Temas e Textos em

Metodologia do Ensino Superior. Campinas: Papirus, 2000.

CAVALCANTI, L. S. Geografia Escola e Construção do Conhecimento.

Campinas: Papirus, 1998.

CHRISTOFOLETTI, A. (org) Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1982.

DELORS, Jacques. Educação Um tesouro a descobrir. 3ª ed., Cortez.

133

Page 134: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

GARCIA, Helio Carlos e GARAVELLO, Tito Marcio. Geografia Geral. Ensino

médio. Vol. Único. Coleção Novos Tempos. Scipione. 2002.SP.

GONÇALVES, C. W. P. Os (des) Caminhos do Meio Ambiente. São Paulo:

Contexto, 2002.

HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. Didática e Psicologia.

Ática.

LUCKESI, Cipriano. Avaliação da Aprendizagem Escolar. Cortez

MORAES, A C R. Geografia: isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra.

Campinas: Papirus, 1988.

OLIVEIRA, A U. Para onde vai o ensino da Geografia? São Paulo: contexto,

1989.

ROCKENBACH, Denise et all. Link do Espaço. 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries. 1ª ed.,

Moderna. 2002. SP.

SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de

Geografia para o Ensino Médio. Paraná: 2009.

SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no Ensino Fundamental e Médio. In: CARLOS A

F. A (org). A Geografia em sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

SOUZA, M. J. L. O. Território: sobre espaço e poder, autonomia e

desenvolvimento. In: CASTRO, I. E. e outros (org). Geografia: Conceitos e

Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.

134

Page 135: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

TUAN, Y. F. Geografia Humanística. In: CHRISTOOLETTI, A (Org).

Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1982.

TERCIO, Lucia Maria e. Geografia. Série novo ensino médio. Vol. Único. Ática.

2003.SP.

VASCONCELOS, C. Construção do conhecimento em sala de sala. São

Paulo: Liberal – Centro de Formação e Assessoria Pedagógica, 1993.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Seleção, Criação e Organização dos

Conteúdos e da Metodologia.

VESENTINI, J. Willian e VLACH, Vânia. Geografia Crítica. 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries. 2ª

ed., Ática. 2002. SP.

VLACH, V. R. F. O ensino da Geografia no Brasil: uma perspectiva histórica.

In VESENTINI, j. w. (Org.) O ensino de Geografia no Século XXI. Campinas, SP:

Papirus, 2004.

8.6 HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de História deve contribuir para a construção da consciência

histórica, não só como transmissor de conhecimentos, mas como pesquisador

que tem como objeto de estudo as ações e as relações humanas praticadas no

tempo, onde os sujeitos conscientes ou não deram sentido aos processos

históricos. O historiador deve problematizar o passado e buscar as respostas, que

tem como objetivo contemplar a diversidade das experiências políticas,

econômico-sociais e culturais.

135

Page 136: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Conforme DCE 2008, a disciplina de História passou por um grande

processo de transformação através dos tempos, segue abaixo um pequeno roteiro

desse processo:

“A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do

Colégio Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e

Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica e

elaboraram os manuais didáticos e as orientações dos conteúdos, produções

estas que foram elaboradas sob influência da Histórica metódica e do positivismo,

marcada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais

como fonte e verdade histórica, e pela valorização política dos heróis.” (DCE,2008

p.38)

“Este modelo permaneceu durante a República (1889), e o colégio Pedro II

continuou sendo referência para a organização educacional brasileira. Em 1901, o

corpo docente alterou o currículo do colégio e propôs que a História do Brasil

passasse a compor a cadeira de História Universal, deixando a História do Brasil

ficou relegado a um espaço restrito do currículo, e dificilmente era trabalhado

pelos professores nas aulas de História. “ (DCE2008, p.38 e 39)

“O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no

período autoritário do governo de Getúlio Vargas, vinculado ao projeto político

nacionalista do Estado Novo (1937-1945), que reforçava o caráter moral e cívico

dos conteúdos escolares.” (DCE 2008, p.39)

“Na década de 1950, foi instituído o Programa de Assistência Brasileiro-

Americano ao Ensino Elementar (PABAEE), resultado do convênio entre os

governos Federal de MG e estadunidense, para instituir o ensino de Estudos

Sociais.”( DCE 2008, p.39)

“Durante o Regime Militar, 1964, o ensino de História manteve seu caráter

estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do

ponto de vista factual. Mantendo os grandes heróis como sujeitos da História

Narrada, exemplos a serem seguidos e não contestados pelas novas gerações,

aceitando a ordem estabelecida, de uma sociedade hierarquizada e nacionalista,

sem interpretações dos fatos e análises críticas.” (DCE, 2008 p.39 e 40).

“Ainda durante o período militar, a partir da lei n.5692/71, o Estado

organizou o primeiro grau de 8 anos e o segundo grau profissionalizante, voltado

136

Page 137: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

a preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho, cabendo as ciências

humanas legitimar, por meio da escola, o modelo de nação vigente, e ainda

perdendo espaço nos currículos. No primeiro grau , as disciplinas de História e

Geografia foram condensadas como área de Estudos Sociais, dividindo a carga

horária com a disciplina de Moral e Cívica. No Segundo Grau a carga horária de

História foi reduzida e a disciplina de Organização Social e Política (OSPB). A

disciplina também foi prejudicada devido à proliferação de cursos de licenciatura

curta de Estudos Sociais, que abreviavam e tornavam polivalente a formação

inicial e simplificavam os conteúdos científicos.” ( DCE, 2008 p.40)

“O ensino de História tinha como meta formar um aluno passivo, capaz de

cumprir seus deveres patrióticos através de noções básicas para adaptá-los a

realidade, onde a História era linear, cronológica e harmônica, valorizando os

heróis que almejavam o progresso da nação, era tradicional e o professor

ministrava aulas expositivas, a partir das quais os alunos deviam memorizar e

repetir tudo o que era ensinado como verdade.” (DCE, 2008 p.40 e 41)

“A partir da década de 1980, com o fim da ditadura e início da

redemocratização do Brasil, o ensino de Estudos Sociais passa a ser contestado,

tanto pela academia quanto pela sociedade organizada, sobretudo pela

Associação Nacional dos Professores de História (ANPUH). Esses segmentos

defendiam o retorno da disciplina de História.” (DCE, 2008 p.41)

“No Paraná, a produção acadêmica do ensino de História, foi

fundamentada na pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a

Escola Pública do Estado do Paraná (1990), essa proposta tinha como

pressuposto a historiografia social, pautada no materialismo histórico dialético, e

indicava alguns elementos da Nova História.” (DCE, 2008 p.41)

“No final da década de 1990 (97 e 99), o Ministério da educação divulgou,

os PCN para o ensino fundamental e médio organizando o currículo por áreas de

conhecimento e a disciplina de História fazia parte das ciências humanas e suas

tecnologias juntamente com as disciplinas de Geografia, Sociologia e Filosofia.”

(DCE, 2008 p.43)

O Paraná incorporou, no final da década de 1990, os Parâmetros

Curriculares nacionais como referência para a organização curricular, tal

implementação deu-se de modo autoritário, apesar da LDB/96 garantir as escolas

137

Page 138: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

autonomia para elaborar suas propostas, sem contar que ofereceu pouca

oportunidade de formação continuada aos professores de História. Os cursos

foram reduzidos a um encontro anual e ocorriam em conjunto com outras

disciplinas das áreas humanas.

No ano de 2003, iniciou-se uma discussão coletiva envolvendo professores

da rede estadual, com o objetivo de elaborar novas Diretrizes Curriculares

Estaduais para o ensino de História. Sob uma perspectiva de inclusão social,

estas Diretrizes consideram a diversidade cultural e a memória paranaenses, de

modo que buscam contemplar demandas em que também se situam os

movimentos sociais organizados e destacam os seguintes aspectos:

• o cumprimento da lei n. 13381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do

Paraná;

• o cumprimento da Lei n. 10639/03, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade da História e Cultural Afro-brasileira, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o

ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

• o cumprimento da Lei n.11645/08, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.

Neste documento, a organização do currículo para o ensino de História tem

como referência os Conteúdos Estruturantes, entendidos como conhecimentos

que aproximam e organizam os campos da História e seus objetos. Os conteúdos

Estruturantes relações de trabalho, relações de poder e relações culturais podem

ser identificados no processo histórico da constituição da disciplina e no

referencial teórico que sustenta a investigação histórica em nova racionalidade

não-linear e temática.

O processo de ensino hoje tem como objetivo principal formar cidadãos

dotados de visão crítica da realidade e de espírito participativo. Essa visão crítica

é que vai ser passada pela da História é que vai dar ao aluno a capacidade de

compreender os significados dos diversos acontecimentos do mundo

contemporâneo e de tudo o que se relaciona a eles.

A produção do conhecimento histórico, deve ressaltar aos alunos que a

História não é única e nem possui uma verdade definitiva, e que um mesmo

138

Page 139: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

acontecimento histórico pode ter diversas interpretações, e por isso, necessita

ampliar o universo de consultas quando se pretende entender melhor os

diferentes contextos históricos, sendo trabalho do historiador e do conhecimento

histórico propiciar a compreensão do passado, que pode ser complementada com

novas pesquisas, podendo ser refutada ou validada pelo trabalho de investigação.

Desse modo ressalta a importância para que os alunos valorizem e contribuam

para a preservação de documentos, dos lugares de memória, bibliotecas,

fotografias, etc.

Cabe ao ensino de História, formar alunos capazes de compreender o

próprio valor histórico, a própria função da vida, os próprios direitos e deveres,

enfim, formar um cidadão consciente, de espírito participativo. A democracia só se

constrói com participação. E a participação ocorre tanto no nível das atividades

em sala de aula, de um grêmio, de um condomínio, quanto no âmbito da

administração de um município, de um Estado ou do próprio país. Fazer com que

o aluno sinta-se responsável por essas instâncias democráticas é tarefa

importante para todos os envolvidos.

O ensino da História pode estimular a formação da visão crítica, ao fornecer ao

aluno instrumentos que o auxilie na interpretação da realidade vivenciada por ele,

mostrando que o mundo de hoje foi construído ao longo do tempo, como

resultado de processos históricos que envolveram vários e diferentes grupos

sociais. Assim, o aluno poderá perceber que a realidade vivenciada por ele não é

tampouco imutável, mas consequência das ações de pessoas como ele, que

viveram em tempos e espaços diferentes.

A produção do conhecimento histórico possui um método específico,

baseado na explicação e interpretação de fatos passados. A problematização,

construída a partir dos documentos e da experiência do historiador, produz uma

narrativa histórica que tem como desafio contemplar a diversidade das

experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações. Assim a

produção do conhecimento histórico, ao confrontar ou amparar documentos entre

si e com o contexto social e teórico de sua produção, abre perspectivas para

novas análises.

Por que o conhecimento desta disciplina é importante como saber escolar

e como contribui para a formação/transformação do estudante?

139

Page 140: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Sua importância se refere à construção do conhecimento enquanto crítica

social, e na construção de identidades de classe, gênero, raça, religiosidade,

assim como para a construção de uma sociedade justa, humanitária, solidária e

fraterna.

Essa ideia era levar o cidadão a ser sujeito ativo e participativo na

sociedade. Desta forma, ele estará apto a ser um agente transformador da

História, pois assim estará se compreendendo dentro de uma sociedade múltipla

e pluricultural, e agirá para lutar permanentemente para a transformação de sua

realidade.

OBJETIVOS GERAIS

O principal objetivo do ensino de História é preparar o estudante para o

exercício da cidadania e o estudo da História é o que mais contribui para que o

aluno desenvolva visão crítica, espírito social e politicamente participativo, capaz

de avaliar a sua possibilidade de atuação no contexto histórico em que se insere.

Por isso é importante que os alunos ampliem a sua compreensão da

realidade e sejam capazes de estabelecer relações com outras realidades

históricas e de respeitar os valores culturais das diferentes sociedades.

Vale lembrar que lidamos hoje com uma imensa pluralidade de fontes de

conhecimento (livros, jornais, revistas, documentos oficiais ou não, mídia, etc.).

Muitas vezes nos deparamos com informações contraditórias e outras com pontos

de vista diferentes, sendo importante que essas questões sejam problematizadas

para reforçar a ideia de que a dúvida, a polêmica, o debate livre, as críticas são

elementos fundamentais na construção do conhecimento.

Nesta concepção:

“Ginzburg, como outros historiadores, analisa relações múltiplas de

temporalidade, tais como as permanências e mudanças entre as experiências do

passado, as ações e interpretações do presente, e as perspectivas de futuro dos

sujeitos.” (DCE 2008, p.53)

De acordo com a Nova História Cultural que se caracteriza pela pluralidade

de interpretações e concepções metodológicas, cada uma delas com seus

significados e princípios. Portanto, precisamos estar atentos às contribuições

140

Page 141: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

trazidas pelos alunos, estimulando-os a expor e a discutir seus conhecimentos

prévios, uma atividade que irá ampliar seu nível crítico e capacidade de

conhecimentos prévios, uma atividade que irá ampliar seu nível crítico e

capacidade de refletir sobre si próprio e sobre a vida.

CONTEÚDOS: ESTRUTURANTES E BÁSICOS

5ª SÉRIE

Os diferentes Sujeitos e suas culturas e suas Histórias

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Produção do conhecimento Histórico:

• O historiador e a produção do conhecimento histórico;

• Tempo e temporalidade;

• Fontes, documentos;

• Patrimônio material e imaterial;

• Pesquisa.

Articulação da História como outras áreas do conhecimento:

Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia,

etnologia, entre outras.

Humanidade e História:

• De onde viemos, quem somos, como sabemos?

Arqueologia no Brasil:

• Lagoa Santa: Luzia (MG);

• Serra do Capivari (PI);

• Sambaquis (PR).

Surgimento e desenvolvimento da humanidade e grandes migrações:

Teorias do surgimento do homem na América;

141

Page 142: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Mitos e lendas da origem do homem;

Desconstrução do conceito de pré-história;

Povos ágrafos, memória e história oral.

Povos indígenas no Brasil e no Paraná:

• Ameríndios do território brasileiro;

• Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng.

As primeiras civilizações da América:

• Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas;

• Ameríndios da América do Norte.

As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia:

• Mesopotâmia, Egito, Núbia, Gana e Mali;

• Fenícios, Hebreus, gregos e romanos.

6ª série

A constituição histórica do Mundo Rural e urbano e a formação da

propriedade em diferentes tempos e espaços:

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

- Europa Medieval.

- A Chegada dos europeus na América:

• (Des) encontros entre culturas;

• Resistência e dominação;

• Escravização;

• Catequização.

- Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política:

• Reconquista do território;

• Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo;

• Comércio (África, Ásia, América e Europa).

- Formação da sociedade brasileira e americana:

• América portuguesa;

• América espanhola;

142

Page 143: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• América franco-inglesa;

• Organização político administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias);

• Manifestações culturais (sagrado e profano);

• Organização social (família patriarcal e escravismo);

• Escravização de indígenas e africanos;

• Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).

- Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa:

• Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabwe) e outros;

• Comércio;

• Organização político-administrativa;

• Manifestações culturais;

• Organização social;

• Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil...

- Diáspora africana.

- Expansão, consolidação e colonização do território:

• Missões;

• Bandeiras;

• Invasões estrangeiras.

- Consolidação dos estados nacionais europeus e a Reforma Pombalina

• Reforma e Contra-Reforma.

- Colonização do território “paranaense” – História do Paraná:

• Economia;

• Organização social;

• Manifestações culturais;

• Organização político-administrativa.

7ª série

O mundo do trabalho e os movimentos de resistência

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

143

Page 144: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Movimentos de contestação:

• Quilombos (Campo Largo, PR e BR);

• Irmandades: manifestações religiosas – sincretismo;

• Revoltas nativistas e Nacionalistas;

• Inconfidência Mineira;

• Conjuração Baiana;

• Revolta da cachaça;

• Revolta do maneta;

• Guerra dos mascates.

• Independência das treze colônias inglesas da América do Norte.

- Diáspora Africana;

- Revolução Francesa:

• Comuna de Paris e influência na Inconfidência Mineira e Baiana.

- Chegada da família real ao Brasil:

• De Colônia a Reino Unido;

• Missões artístico-científicas;

• Biblioteca Nacional;

• Banco do Brasil;

• Urbanização na capital;

• Imprensa Régia.

- Invasão Napoleônica na Península Ibérica.

- O Processo de Independência do Brasil:

• Governo de D. Pedro I;

• Constituição outorgada de 1824;

• Unidade territorial;

• Manutenção da estrutura social;

• Confederação do Equador;

• Província Cisplatina;

• Haitianismo;

• Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem , Farroupilha.

- O processo de independência das Américas:

144

Page 145: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Haiti;

• Colônias espanholas.

- Construção da Nação:

• Governo de D. Pedro II;

• Criação da IHGB;

• Lei de Terras, Lei Euzébio de Queirós – 1850;

• Início da imigração europeia;

• Definição do território;

• Movimento Abolicionista e Emancipacionista.

- 2ª Revolução Industrial e relações de trabalho (séc. XIX e XX):

• Luddismo;

• Socialismos;

• Anarquismo.

• Relacionar: taylorismo, fordismo e toyotismo.

- Emancipação Política do Paraná – 1853:

• Economia;

• Organização social;

• Manifestações culturais;

• Organização político-administrativa;

• Migrações internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e

externas (europeus);

• Vinda dos escravos africanos;

• Diversas manifestações culturais negras e indígenas;

• Os povos indígenas e a política de terras.

• A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Aliança.

- O Processo de Abolição da Escravidão:

Legislação;

Existência e negociação;

Discursos;

Abolição;

Imigração – Senador Vergueiro

145

Page 146: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,. Euclides

da Cunha, Silvio Romero, no Brasil, Sarmiento na Argentina).

- Colonização da África e da Ásia:

• Neocolonialismo.

− Guerra Civil e Imperialismo estadunidense.

− Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé.

8ª série

Relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das

instituições sociais

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

- Os Primeiros anos da República:

• Idéias positivistas;

• Imigração asiática;

• Oligarquia, coronelismo e clientelismo;

• Movimentos de contestação: campo e cidade;

• Movimentos messiânicos;

• Revolta de Vacina e urbanização do Rio de Janeiro;

• Movimento operário: anarquismo e comunismo;

• Paraná: Guerra do Contestado, Greve de 1917, Paranismo (movimento

regionalista – Romário Martins, Zaco Paraná, Langue de Morretes, João Turim).

- Questão Agrária na América Latina:

• Revolução Mexicana.

- Primeira Guerra Mundial.

− Revolução Russa.

- A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade

• Economia;

• Organização social;

• Organização político-administrativa;

• Manifestações culturais;

146

Page 147: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Coluna Prestes.

− Crise de 29.

- A Revolução de 30 e o período Vargas (1930-45):

• Leis trabalhistas;

• Voto feminino;

• Ordem e disciplina no trabalho;

• Mídia e divulgação do regime;

• Criação do SPHAN, IBGE;

• Futebol e carnaval;

• Contestações à ordem;

• Integralismo.

- Ascensão do regime totalitário na Europa.

- Movimentos populares na América Latina.

- Segunda Guerra Mundial:

• Participação do Brasil na II Guerra Mundial.

- Populismo no Brasil e na América Latina:

• Cárdenas – México;

• Perón – Argentina

• Vargas, JK, Jânio e João Goulart no Brasil.

- Guerra Fria.

- Independência das colônias afro-asiáticas.

- Construção do Paraná Moderno:

• Governos de: Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha, Ney

Braga;

• Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa da

COPEL, Codepar, Banestado, Sanepar...

• Movimentos culturais;

• Movimentos sociais no campo e na cidade;

• Ex. revolta dos colonos na década de 50 – sudoeste;

• Os xetá.

- O Regime Militar no Brasil e no Paraná:

147

Page 148: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação;

• Uso ideológico do futebol na década de 70;

• O tricampeonato mundial;

• A criação da liga nacional do campeonato brasileiro;

• Cinema novo;

• Teatro;

• Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.

- Os Regimes militares na América Latina:

• Política da boa vizinhança;

• Revolução cubana;

• 11 de setembro no Chile e a disposição de Salvador Allende;

• Censura aos meios de comunicação;

• A copa da Argentina – 1978.

- Movimentos de Contestação no Brasil:

• A resistência armada;

• Tropicalismo;

• Jovem Guarda;

• Novo sindicalismo;

• O movimento estudantil.

- Movimentos de contestação no mundo:

• Maio de 68 – França;

• Movimento negro;

• Movimento hippie;

• Movimento homossexual;

• Movimento feminista;

• Movimento punk;

• Movimento ambiental.

- Paraná no contexto atual – década de 90 e início do século XXI;

- Redemocratização;

• Constituição de 1988;

• Movimentos populares rurais e urbanos;

148

Page 149: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• MST, MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central

Única dos Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc..

• Mercosul e ALCA.

- Fim da bipolarização mundial.

• Desintegração do bloco socialista;

• Neoliberalismo;

• Globalização;

• 11 de setembro – EUA.

- África e América Latina no contexto atual.

- O Brasil no Contexto atual.

A comemoração dos “500 anos do Brasil”- análise e reflexão.

METODOLOGIA

A busca pelas noções de identidade no que se refere à construção do

conhecimento histórico torna-se mais evidenciado no estudo da História Regional.

Assim, as atividades em que se busca a construção de noções de cidadania e

identificação com os costumes e conceitos morais, éticos, religiosos, raciais, etc.

devem ser propostas à disciplina. Assim, o trabalho com fontes diversas

possibilita essa identificação do aluno com seu meio, uma vez que ele incita a

pesquisa, o debate e as análises críticas.

Desse modo, o professor fará uma abordagem da divisão temporal a

partir das histórias locais e nacionais que torna possível analisar os componentes

mais complexos das heranças africanas, como a reivindicação dos movimentos

negros a respeito de inserção da cultura africana e afro-brasileira no ensino de

História.

Com isso, o aluno poderá estabelecer relações entre a sociedade

brasileira e as demais, como a indígena, africana e asiática, promovendo a

reflexão sobre sujeitos até então negligenciados pela História, ensinando a

História a partir do conhecimento dos estudantes, ou seja, da micro para a macro-

história. Para isso será trabalhado a História Afro-Brasileira e indígena de acordo

com as leis 10639/03 e lei 11645/08 em diversos conteúdos, e em todas as

149

Page 150: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

séries, conforme relação de conteúdos, ressaltando a importância de ambos os

povos para a construção do país tanto economicamente como culturalmente.

“Segundo Chartier (…) o conceito de cultura (…) denota um padrão,

transmitido historicamente de significados corporizados em símbolos, um sistema

de concepção herdados, expressas em formas simbólicas, por meio das quais os

homens se comunicam, perpetuam e desenvolvem o seu conhecimento e as

atitudes perante a vida.” (1987, p.67. In DCE 2008 p.52)

Estudar a História do Brasil e as histórias locais relacionadas à História

Mundial, entendendo para além da História européia, permite questionar com o

aluno as ideias históricas permeadas de preconceitos que são difundidas pelos

meios de comunicação de massa. A partir da valorização de novas narrativas

históricas é possível construir ideias históricas sistematizadas em um diálogo

cognitivo com o outro. Essa proposta possibilita a abordagem da história regional,

o que atende a Lei n. 13381/01, a qual torna obrigatória, no Ensino Fundamental

e Médio da Rede Pública Estadual, o trabalho com os conteúdos de História do

Paraná.

Vale lembrar, que a lei 13381/01, no inciso 2º, a aprendizagem dos

conteúdos curriculares, deverá oferecer abordagens e atividades, promovendo a

incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo do

estudo das comunidades, municípios e microrregiões.

Embora a proposta pedagógica de História para o Ensino Fundamental

parta das Histórias locais e do Brasil para a História Geral, não se pode impor

esta relação quando as condições históricas não permitem.

No processo de aprendizagem, o aluno deverá ter estímulo para discernir

limites e possibilidades de atuação na permanência ou transformação,

comparando presente e passado percebendo-se como agente transformador da

sociedade, assim como, por exemplo, os problemas ambientais produzidos pela

sociedade no decorrer do tempo, para isso, a disciplina de História irá trabalhar

em diversos conteúdos de acordo com a Lei 9795/99, art.2º. A educação

ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional,

devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades

do processo educativo em caráter formal e não formal, voltada para conservação

150

Page 151: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

do meio ambiente e a sustentabilidade do planeta, desse modo, trabalhando

também com a conscientização dos mesmos sobre as ações de preservação do

meio ambiente que podemos realizar em nosso dia a dia.

Como a produção histórica é feita pelo Homem e as alterações do meio

ambiente também, a disciplina de História estará trabalhando a questão ambiental

desde os primórdios até os dias atuais, quando o homem surgiu e passou a

coletar, caçar, plantar, destruição da mata Atlântica, pau-brasil, no Paraná as

indústrias madeireiras, a industrialização que acelerou ainda mais este processo,

até os dias atuais; partindo da macro para micro História.

Através de atividades variadas (individuais, em duplas, em grupos) os

alunos realizarão análise e síntese de texto, filmes, artigos de jornais, revistas e

documentários. As estratégias devem ser voltadas para estimular o trabalho

docente tornando-se mais atraente e dinâmico, estimulando assim a criatividade,

o confronto de idéias e espírito crítico do aluno, o gosto pela leitura e de novas

descobertas, o interesse em adquirir novos conhecimentos em sala, estudo do

meio (visitas a museus, fábricas, cidades históricas, reservas biológicas,

bibliotecas), procurando comparar conhecimento teórico com dados obtidos em

campo.

Os educandos farão leitura crítica dos conteúdos vinculados aos textos

básicos, trabalho de reflexão e produção, comentários a partir de imagens

(mapas, fotos, obras de arte e desenho), produção de textos conceituais, poéticos

e narrativos a respeito de temas históricos, confecção de jornais, com matérias

que abordem diferentes tempos históricos que familiarizam os estudantes com

outros tipos de fontes históricas que não o texto. Além disso, utilizando os

recursos tecnológicos disponíveis na Escola, como: computadores, internet,

vídeo, TV multimídia, associada com a TV Paulo Freire, Retroprojetor e DVD.

Outra prática inerente à metodologia é a quebra de paradigmas que são

resquícios da história factual e ortodoxa e história dos vencedores ou estatal, para

tanto é necessária a instrumentação das mais recentes metodologias e teorias

históricas para interpretação desta.

Através do uso contínuo de diversas fontes históricas, o educando poderá

compreender melhor a sociedade contemporânea, e nela situar-se de modo a se

151

Page 152: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

perceber como agente transformador da sociedade atuante, participativo e

consciente.

Enfim, pretendemos dar ao ensino de História uma ênfase que esteja

vinculada a todas as análises e recortes que se proponham problematizar,

diferenciar, refletir, conscientizar nossos alunos a agirem e se compreenderem

com agentes atuantes na História, bem como sendo parte de um processo que ao

longo dos tempos possibilitou construções e desconstruções, continuidades e

rupturas.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de História objetiva-se favorecer a busca da

coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que

integram o processo de ensino de aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação

deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que

permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um elemento externo a

este processo.

Através da avaliação, o professor identifica as apreensões de conteúdo,

conceitos e atitudes, como conquistas dos alunos, comparando o antes, o durante

e o depois. Assim, este caráter diagnóstico possibilita ao professor se auto-avaliar

como docente, refletindo sobre as intervenções metodológicas e buscando outras

possibilidades para atuação no processo de aprendizagem dos alunos.

Através das atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas

dos estudantes em relação ao tema abordado, que permitam desenvolver a

capacidade de síntese e redação de uma narrativa histórica, para que o aluno

possa se expressar desenvolvendo ideias e conceitos históricos, utilizando

ferramentas com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia, histórias

em quadrinhos, música e televisão, relativos ao conhecimento histórico.

Para que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica sejam

mais bem implementadas na continuidade do processo de ensino e

aprendizagem, faz-se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre

alunos e professores, envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a

152

Page 153: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

função da avaliação a partir da tomada de decisões a partir do que foi constatado

de forma individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação, poderão ser

compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo

contínuo, processual, e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas

que podem ser constantemente retomadas pelo professor e pelos alunos.

Tais critérios não esgotam o processo de avaliação pelo professor de

História. São indicativos a serem enriquecidos para orientar o planejamento das

práticas avaliativas em consonância com estas Diretrizes. Devem, também, estar

articulados à investigação de como as ideias históricas dos estudantes organizam

essas estratégias de interpretação das fontes a partir da construção de narrativas

históricas.

Quanto aos conteúdos Estruturantes, devemos investigar como os

estudantes compreendem as relações de trabalho no mundo contemporâneo, as

suas configurações passadas e a constituição do mundo do trabalho em

diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes a essas

relações.

No que diz respeito às relações de poder, precisamos investigar como os

alunos compreendem essas relações que se apresentam em todos os espaços

sociais. Também deve diagnosticar como eles identificam, localizam os espaços

decisórios e os processos históricos que as constituíram.

Já com às Relações Culturais, devemos investigar se os estudantes

reconhecem a si e aos outros como construtores de uma cultura comum,

consideradas as especificidades de cada grupo social e as relações entre eles.

Percebendo como eles compreendem a constituição das experiências culturais

dos sujeitos ao longo do tempo e das permanências e mudanças nas diversas

tradições e costumes sociais.

A avaliação da disciplina de História considera três aspectos principais: a

investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes, a

compreensão das relações da vida humana (Conteúdos Estruturantes) e o

aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.

Retomar a avaliação com os alunos permite ainda situá-los como parte de

um coletivo, onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vista

aprendizagem de todos.

153

Page 154: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Como os alunos possuem ritmos e outras características diferenciadas,

também temos que diversificar esses instrumentos de avaliação, pois existem

alunos que são portadores de necessidades especiais e merecem uma avaliação

diferenciada.

Para o desenvolvimento do pensamento crítico, a avaliação deverá propor

situações que permitam aos alunos estabelecerem relações entre sociedades

estudadas, detectando as semelhanças e diferenças, exercitando assim a

reflexão acerca das mudanças e permanências que se estabelecem entre

temporalidade distintas. Vale lembrar que como existem diferenças de

aprendizagem, o aluno tem o direito de repensar o conteúdo para descobrir os

próprios erros e reconstruir o conhecimento através da recuperação.

A seguir alguns critérios a serem observados pelo professor que permitam

analisar se os conteúdos e conceitos históricos sejam assimilados pelos alunos,

para isso o professor deve perceber como os mesmos:

− entendem a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro

no tempo; a cultura local e a cultura comum;

− percebem que a História, enquanto ciência humana, é feita de

interpretações e, portanto, apresenta certa subjetividade que deve ser

constantemente submetida à crítica, sobretudo porque o controle da memória

social é uma estratégia de poder;

− Valorizam a memória, a História de suas comunidades, para que

compreendam “seu lugar” no mundo e possam lutar pela valorização de sua

identidade cultural e pela ampliação dos seus direitos;

− analisam a constituição histórica do mundo do campo e do mundo do

campo; as relações entre campo e cidade.

− Relacionam a produção histórica com uma cronologia, sendo críticos na

análise de documentos;

− Compreendem que a Revolução Industrial não é um fenômeno meramente

técnico, mas, sobretudo, voltado ao controle e disciplinarização dos trabalhadores

subordinando-os à lógica do capital;

− Entendem como as relações do mundo do trabalho que estruturam as

diversas sociedades no tempo (sociedades indígenas, escravocrata, servil e

assalariado). A luta de classes na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos

154

Page 155: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

trabalhistas. O trabalho e a vida em sociedade e o significado do trabalho em

diferentes sociedades; as três ordens do imaginário feudal; o entretenimento na

corte e nas feiras; o fim da escravidão, o surgimento das fábricas e as condições

de vida do trabalhador;

− Desenvolvem uma postura crítica diante das desigualdades sociais e

privilégios concedidos a grupos dominantes;

− analisam o trabalho na modernidade, a classe trabalhadora/capitalista no

campo e na cidade, a crise da produção em 1929; o desenvolvimento da ciência e

tecnologia;

− Entendem a formação do Estado; das instituições sociais; guerras e

revoluções; dos movimentos sociais; guerras e revoluções sociais;

− compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base em um

método de problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais,

o pesquisador produz a narrativa histórica;

− refletem o respeito da diversidade étnico-racial, religiosa, social e

econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos que os

constituíram;

− Analisam as condições políticas, econômicas, sociais e culturais que

favoreceram a eclosão do processo histórico emblemático do início da época

contemporânea, bem como, a importância deste processo como referência nas

lutas contra os regimes autoritários;

− compreendem a História como prática social, da qual participam como

sujeitos históricos de seu tempo;

− reconhecem que o conceito de tempo foi construído de forma a permitir

o estudo das diferentes dimensões e contextos históricos propostos para este

nível de ensino.

Desse modo, deseja-se que ao final do trabalho na disciplina de História,

os alunos tenham condições de identificar processos históricos, reconhecerem

criticamente as relações de poder neles existentes, bem como intervirem no

mundo histórico em que vivem de modo a se fazerem sujeitos da própria História.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

155

Page 156: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

KINAPIK, MárciaCordeiro. Movimentos Populares no Paraná: 10 Anos

Construindo Vida. Paraná. Editora Gráfica Popular.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de

História. Paraná: 2009.

SHIMIDT, M. Nova história crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005.

SILVA, F. A. Século XX: a caminho do terceiro milênio. São Paulo: Editora

Moderna, 2001.

SORTEGAGNA, Adalberto. REZENDE, Claudio J. TRICHES, Rita Inocêncio.

Paraná Espaço e Memória. Paraná Editora Bagozzi.

SOUZA, Ana Inês. CEFURIA, 25 ANOS FAZENDO HISTÓRIA POPULAR.

Paraná – Editora Gráfica Popular, 2006.

VICENTINO, C. Viver a história. São Paulo: Scipione, 2002.

Referências on line:

Portal dia a dia educação/ História.seed.pr.gov.br

www.sohistoria.com.br

www.antiguidadeclassica.com

www.museuhistoricodopioneiro.blogspot.com

8.7 LÍNGUA PORTUGUESA:

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No início da colonização portuguesa no Brasil (a partir da descoberta em

1500), o tupi (mais precisamente, o tupinambá, uma língua do litoral brasileiro da

156

Page 157: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

família tupi-guarani) foi usado como língua geral na colônia, ao lado do português,

principalmente graças aos padres jesuítas que haviam estudado e difundido a

língua. Em 1757, a utilização do tupi foi proibida por uma Provisão Real; mas, a

essa altura, já estava sendo suplantado pelo português em virtude da chegada de

muitos imigrantes da metrópole. Com a expulsão dos jesuítas em 1759, o

português fixou-se definitivamente como o idioma do Brasil. Da língua indígena, o

português herdou palavras ligadas à flora e à fauna (abacaxi, mandioca, caju,

tatu, piranha), bem como nomes próprios e geográficos. Com o fluxo de escravos

trazidos da África, a língua falada na colônia recebeu novas contribuições. A

influência africana no português do Brasil, que em alguns casos propagou-se

também à Europa, veio principalmente do iorubá, falado pelos negros vindos da

Nigéria (vocabulário ligado à religião e à cozinha afro-brasileiras), e do quimbundo

angolano (palavras como caçula, moleque e samba).

Um novo afastamento entre o português americano e o europeu aconteceu

quando a língua falada no Brasil colonial não acompanhou as mudanças

ocorridas no falar português (principalmente por influência francesa) durante o

século XVIII, mantendo-se fiel, basicamente, à maneira de pronunciar da época

da descoberta. Uma reaproximação ocorreu entre 1808 e 1821, quando a família

real portuguesa, em razão da invasão do país pelas tropas de Napoleão

Bonaparte, transferiu-se para o Brasil com toda sua corte, ocasionando um

reaportuguesamento intenso da língua falada nas grandes cidades. Após a

independência (1822), o português falado no Brasil sofreu influências de

imigrantes europeus que se instalaram no centro e sul do país. Isso explica certas

modalidades de pronúncia e algumas mudanças superficiais de léxico que

existem entre as regiões do Brasil, que variam de acordo com o fluxo migratório

que cada uma recebeu. No século XX, a distância entre as variantes, portuguesa

e brasileira do português aumentou em razão dos avanços tecnológicos do

período: não existindo um procedimento unificado para a incorporação de novos

termos à língua, certas palavras passaram a ter formas diferentes nos dois países

(comboio e trem, autocarro e ônibus, pedágio e portagem). Além disso, o

individualismo e nacionalismo que caracterizam o movimento romântico do início

do século intensificaram a literatura nacional expressa na variedade brasileira da

língua portuguesa, argumento retomado pelos modernistas que defendiam, em

157

Page 158: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

1922, a necessidade de romper com os modelos tradicionais portugueses e

privilegiar as peculiaridades do falar brasileiro.

A abertura conquistada pelos modernistas consagrou literariamente a

norma brasileira. A fala popular brasileira apresenta uma relativa unidade, maior

ainda do que a da portuguesa, o que surpreende em se tratando de um país tão

vasto. A comparação das variedades dialectais brasileiras com as portuguesas

leva à conclusão de que aquelas representam em conjunto um sincretismo

destas, já que quase todos os traços regionais ou do português padrão europeu

que não aparecem na língua culta brasileira são encontrados em algum dialeto do

Brasil. A insuficiência de informações rigorosamente científicas sobre as

diferenças que separam as variedades regionais existentes no Brasil não permite

classificá-las em bases semelhantes às que foram adotadas na classificação dos

dialetos do português europeu. Existe, em caráter provisório, uma proposta de

classificação de conjunto que se baseia - como no caso do português europeu -

em diferenças de pronúncia (basicamente no grau de abertura na pronúncia das

vogais, como em pegar, onde o "e" pode ser aberto ou fechado, e na cadência da

fala). Segundo essa proposta, é possível distinguir dois grupos de dialetos

brasileiros: o do Norte e o do Sul.

A linguagem é considerada como capacidade humana de articular

significados coletivos e compartilhá-los, em sistemas arbitrários de representação,

que variam de acordo com as necessidades e experiências da vida em sociedade.

Nas interações sociais, as relações comunicativas da língua tornam-se dialógicas

e permitem adequação de sentidos, relações, compreensões. Pela linguagem se

expressam ideias, pensamentos e intenções, estabelecem-se relações

interpessoais anteriormente inexistentes e se influencia o outro, alterando suas

representações da realidade e da sociedade e o rumo de suas relações. Em

outras palavras, tudo o que dizemos, dizemos a alguém e é esse interlocutor,

presente ou não no ato da nossa fala que acaba por determinar aquilo que vamos

dizer. Nossas palavras dirigem-se a interlocutores concretos, isto é, pessoas que

ocupam espaços bem definidos na estrutura social. Mais do que isso, as nossas

ideias sobre o mundo se constroem nesse complexo de interação. Vale dizer:

aquilo que pensamos sobre o real está diretamente vinculado aos horizontes do

grupo social e da época a que pertencemos. Com isso, queremos dizer que a

158

Page 159: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

palavra adquire o sentido que o contexto social e histórico lhe confere. Nessa

concepção de linguagem, a língua é resultante de um trabalho coletivo e histórico.

Assim, para trabalhar com a linguagem dentro da disciplina propomos que

se opte em ensinar a ler, a escrever e a oralidade. O trabalho com a gramática

será feito na perspectiva do uso da funcionalidade dos elementos gramaticais. A

gramática normativa, por sua vez, terá que ser domínio do professor, que é o

responsável pela criação de situações, ao nível da prática, em que os alunos

deverão incorporar de modo cada vez mais elaborado, a gramática da língua

culta. O cerne do trabalho de língua portuguesa deve constituir-se na

compreensão dos fatos linguísticos e não na nomenclatura e classificação dos

mesmos. A educação comprometida com o exercício da cidadania precisa criar

condições para que o aluno possa desenvolver sua competência discursiva, isto

é, tornar – aluno capaz de utilizar a língua de modo variado e adequar o texto a

diferentes situações de interlocução oral e escrita. Desse modo a unidade básica

do ensino será o texto, porque os textos organizam-se dentro de certas restrições

de natureza temática, composicional e estilística, que os caracteriza como

pertencentes a este ou aquele gênero. O estudo literário segue o mesmo

caminho.

O processo de ensino aprendizagem de Língua Portuguesa e Literatura

baseiam-se em propostas interativas, língua/linguagem, consideradas em um

processo discursivo de construção do pensamento simbólico, constitutivo de cada

aluno em particular e da sociedade em geral. Essa concepção destaca a natureza

social e interativa de linguagem, em contraposição às concepções tradicionais. O

objetivo é o desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada pelo

aluno, incentivando a verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas em

diferentes esferas sociais. O estudo da gramática passa ser uma estratégia para

compreensão / interpretação / produção de textos e a literatura integra-se à área

de leitura. A interação é que faz com que a linguagem seja comunicativa. Toda

interação vai trazer nova construção de significados, assim exige-se, por parte de

professores e alunos, a capacidade de avaliar-se perante a si mesmo e ao outro,

fazendo com que surja o aprender a aprender, aprender a escolher, sustentar as

escolhas, no processo de verbalização, em que processos cognitivos são

ativados, no jogo dialógico do “eu” e do “outro”. Os papéis dos interlocutores, a

159

Page 160: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

avaliação que se faz do “outro” e a expressão dessa avaliação em contextos

comunicativos devem ser partes dos estudos da língua e assim pode-se falar em

adequação da linguagem a situações de uso. Pela linguagem os homens e as

mulheres se comunicam, têm acesso a informações, expressam e defendem

pontos de vista, partilham ou constroem visões de mundo, produzem cultura.

Com base na Lei nº 10.639/2003, o trabalho de Língua Portuguesa refletirá

sobre a influência e a importância da história e cultura Afro-Brasileira e das

Africanidades na formação da cultura brasileira.

OBJETIVOS GERAIS

• - Familiarizar-se com diferentes gêneros discursivos oriundos das mais

variadas práticas sociais (literatura, jornalismo, divulgação científica,

publicidade...).

• - Desenvolver uma atitude de leitor/a crítico/a, o que significa, entre outros

aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos outros, percebendo que atrás

de cada texto há um sujeito, com certa experiência histórica, com um determinado

universo de valores, com uma intenção.

• - Compreender, de forma integrada, a linguagem verbal e as outras

linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a televisão, a

publicidade, a charge, os quadrinhos, a infografia) observando que todas são

atividades sócio-interacionais entre sujeitos históricos e suas especificidades.

• - Criar uma rede para as múltiplas leituras do mundo para a compreensão

e apreensão do potencial expressivo da linguagem.

• - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor

de um texto oral.

• - Amadurecer o falar com segurança e fluência em situações formais.

• - Reconhecer a intenção do discurso do outro possibilitando uma escuta

respeitosa, uma enunciação clara e sustentada de opiniões e abertura para novos

argumentos e pontos de vista.

• - Reconhecer as diferentes formas de tratar uma informação na

comparação de textos que tratam do mesmo tema, considerando as condições de

produção e recepção.

160

Page 161: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• - Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações

discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os

interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes

textuais e o contexto de produção-leitura.

• - Refletir sobre os textos que leem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de

forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim

como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou texto

e a variedade linguística.

• - Desenvolver o interesse e autonomia na leitura e escrita como fontes de

informação, aprendizagem, lazer e arte.

• - Realizar sempre uma ação reflexiva sobre a própria linguagem,

integrando as práticas socio-verbais e o pensar sobre elas.

• - Reconhecer as diferentes formas de dizer e que isso é uma

representação da realidade social e histórica, isto é , a variação sócio-

linguística.

• - Abordar os temas gramaticais por meio de diferentes trajetos,

combinando percursos mais intuitivos que estimulam a capacidade de observação

dos fenômenos da língua e percursos mais expositivos que estimulam a

construção de um saber mais sistematizado daqueles mesmos fenômenos.

• - Perceber a dinâmica histórico-cultural do fazer literário, sua vinculação

com sua conjuntura, mas, acima de tudo, perceber que a literatura transcende os

limites do seu tempo.

• - Propor atividades de revisão e reelaboração de textos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O conteúdo estruturante se relaciona com o momento histórico-social e

assume a concepção de linguagem como prática que se efetiva nas diferentes

instâncias sociais, sendo assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende

a essa perspectiva é o discurso como prática social. Este desdobra-se no

trabalho didático-pedagógico com a disciplina de Língua Portuguesa/Literatura.

161

Page 162: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª.SÉRIE

Gêneros discursivos a serem trabalhados: conto popular em prosa e

versos, conto de fadas, música, fotos, publicidade comercial, história em

quadrinho, notícia, texto de opinião, carta do leitor, adivinhas, lenda, fábula,

exposição oral, receita, verbetes, bilhete, regras de jogo, folder, anedotas e

outros.

Leitura

- Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito) figuras de

linguagem.

Oralidade

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Argumentatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos ...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

162

Page 163: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições, recursos

semânticos.

Escrita

- Tema do texto;

- Finalidade do texto;

- Argumentatividade;

- Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

- Divisão do texto em parágrafos;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal e nominal.

6ª SÉRIE

Gêneros discursivos a serem trabalhados: conto, crônica, diário, biografia e

autobiografia, relato de experiências, poemas, notícia, reportagem, artigo de

opinião, relato pessoal, relato de experiências vividas, mapas, publicidade

comercial e institucional, fotos, pinturas, entrevista, narrativas de aventura, terror

e humor, cartum, textos dramáticos, relatos de experiências científicas, resumo.

Leitura

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto

- Informatividade;

- Aceitabilidade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Informações explícitas e implícitas;

163

Page 164: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Repetição proposital de palavras;

- Léxico;

- Ambiguidade;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, funções da classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de

linguagem.

Oralidade

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguístico: entonação, pausas, gestos,etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos da fala;

- Variações linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Semântica.

Escrita

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto

- Informatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, funções da classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como (aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

164

Page 165: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

7ª. SÉRIE

Gêneros discursivos a serem trabalhados: contos, letras de músicas,

romances, crônica, artigo de opinião, publicidade comercial e institucional,

resumo, resenha crítica, slogan, infográfico, fotos, poemas, pinturas, textos de

humor, texto argumentativo, carta de leitor, seminário, estatuto, debate, charge,

entrevistas, rótulos e embalagens, receitas, e outros.

Leitura

- Interlocutor;

- Conteúdo temático;

- Intencionalidade do texto;

- Informatividade;

- Aceitabilidade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, funções das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito);

- Semântica;

- Operadores argumentativos;

- Ambiguidade;

- Sentido denotativo e conotativo das palavras no texto;

- Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

165

Page 166: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Elementos extralinguístico: entonação, expressão facial, corporal e

gestual, etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos da fala;

- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódias,entre outras

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Elementos semânticos;

-Adequação da fala ao contexto( uso dos conectivos, gírias,repetições, etc);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Escrita

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto

- Informatividade;

- Intertextualidade;

- Situacionalidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Concordância verbal/nominal;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, funções da classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito.

8ª. SÉRIE

Gêneros discursivos a serem trabalhados: crônica, conto, romances,

entrevista oral e escrita, editorial, artigo de opinião, música, pintura, poema, tiras,

publicidade comercial, institucional e oficial, notícia, infográfico, narrativas de

enigma, aventura, ficção científica, manifesto, textos dramáticos, paródias,

sinopses de filmes, resenha crítica, charge, cartuns, infográfico, e outros.

Leitura

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

166

Page 167: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Intencionalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Discurso ideológico presente no texto;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Partículas conectivas do texto;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

- Semântica :

- Operadores argumentativos;

- Polissemia;

- Sentido conotativo e denotativo;

- Expressões que denotam ironia e humor no texto

Oralidade

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal,

gestual, pausas...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições, conectivos.

- Semântica;

167

Page 168: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc.);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Escrita

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe da regência;

• Processo de formação das palavras;

• Vícios da linguagem;

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, polissemia.

METODOLOGIA

O cerne do ensino em Língua Portuguesa se constitui no trabalho com o

texto. Este deverá ser entendido como um material verbal, produto de uma

determinada visão de mundo, de uma intenção e de um momento de produção. O

núcleo do trabalho do professor será criar situações de contato com visões do

168

Page 169: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

real, via texto, para que o aluno desenvolva um controle sobre os processos

interacionais.

É importante, nesse sentido, trazer para a sala de aula todo o tipo de texto

literário, informativo, dissertativo, publicitário, colocando estas linguagens em

confronto, não apenas as suas formas particulares, mas o conteúdo veiculado por

elas.

A ação pedagógica pauta-se numa postura interlocutiva, vivenciada

oralmente e por escrito, por meio de atividades planejadas para que o aluno

expresse suas idéias, experiências, conhecimento, sentimentos, etc., na fala e na

escrita, tanto quanto reflita sobre o uso da linguagem em diferentes contextos e

situações.

O trabalho de Língua Portuguesa, nesse contexto, realiza-se a partir da

prática de oralidade, leitura, escrita, apresentados a seguir:

• Apresentação de temas variados, histórias de família, da comunidade, filmes,

livros;

• Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno;

• Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções

tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos,

expor programações, dar avisos, fazer convites, entre outros;

• Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as

similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;

• Relato de acontecimentos, mantendo a unidade temática;

• Debates, seminários e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento

da argumentação;

• Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas, observando as pausas, as

hesitações, truncamentos, mudanças de construção textual, grau de formalidade,

entre outras comparações;

Nessas e em outras atividades que envolvem o discurso oral, devem ser

enfatizadas as similaridades e diferenças que precisam ser refletidas sobre a

modalidade oral e escrita. É fundamental saber ouvir, escutar com atenção e

respeitar os mais diferentes interlocutores.

A leitura é uma maneira de exercitar a atenção, a memória e o

pensamento, requisitos necessários para a efetiva aprendizagem. Formar leitores

169

Page 170: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

competentes é formar as bases para que as pessoas continuem a aprender

durante toda a vida, é instrumentalizá-las para o exercício da cidadania, é

combater a alienação, a ignorância.

Por isso, a leitura na escola precisa ser vista como uma prática consistente

do leitor perante a realidade. É uma interação em que o autor e o leitor,

constroem os sentidos de um texto, o que significa que, para o fenômeno da

compreensão, este traga sua experiência sócio-cultural determinando, assim,

leituras diferentes para cada leitor e, também, para um mesmo leitor, conforme

seus conhecimentos, interesses e objetivos naquele momento.

Um texto fornece várias informações, conhecimentos, opiniões, que

favorecem a reflexão e ampliação de sentido sobre o que foi lido. Assim, é

importante que a leitura seja vista em função de uma concepção interacionista de

linguagem, segundo a qual, busca-se formar leitores no âmbito escolar. Segundo

Bakhtin (1986), o texto deve ser entendido como um veículo de intervenção no

mundo.

Algumas estratégias, na escola, favorecem o envolvimento com a leitura:

cercar os alunos de livros que possam ser folheados; proporcionar ambiente

atrativo; ler trechos de obras; ilustrar textos lidos; leitura de obras prediletas;

produzir textos sobre o que foi lido; discutir o título e as ilustrações da história;

encontrar músicas relativas ao texto; criar momentos em que os alunos exponham

suas ideias, opiniões e experiências de leitura, escolher e trabalhar a leitura de

forma não repetitiva.

Será importante contemplar, ainda, na formação do leitor, as linhas que

tecem a leitura, as quais Yunes (1995) aponta: a memória, a intersubjetividade, a

interpretação, a fruição e a intertextualidade.

O objetivo será realizar um trabalho com a leitura de modo que o aluno seja

capaz de enxergar os implícitos e perceber as reais intenções que cada texto traz.

Obviamente, a disciplina de Língua Portuguesa não se concentrará

apenas nas atividades de leitura dos textos em linguagem verbal. Oferecerá aos

estudantes uma experiência de leitura de outras linguagens, considerando, de um

lado, que somos seres de múltiplas linguagens; e, de outro, que a sociedade

contemporânea amplificou a circulação de textos nas mais variadas linguagens,

exigindo uma múltipla capacidade de leitura de seus cidadãos e cidadãs. Por isso,

170

Page 171: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

serão realizadas atividades que integram a leitura do material verbal com a

música, o cinema, a infografia, etc.

As atividades de interpretação de texto apresentarão questões que levarão

os educandos a construir sentido para o que leem, que os façam retomar os

textos, quantas vezes houver necessidade, para uma leitura de fato

compreensiva.

Na escolha dos textos será levado em consideração as experiências de

leitura dos alunos, os horizontes de expectativas deles e as sugestões sobre

textos que gostariam de ler, para, então, oferecer textos cada vez mais

complexos, que possibilitem ampliar suas leituras.

Quanto à leitura de textos em linguagem verbal, é importante deixar claro

que, jamais se pode descuidar da relação dos alunos com o texto literário. Além

de merecer uma abordagem que dê destaque às suas especificidades, os textos

literários abrirão um espaço para um trabalho integrado com textos verbais

oriundos de outras esferas da atividade humana como, por exemplo, o jornalismo

ou a divulgação científica, criando uma rede para múltiplas leituras do mundo e

para compreensão e apreensão do potencial expressivo da linguagem. Os textos

literários também permitirão um trabalho integrado com outras linguagens como

artes plásticas, música, cinema, criando condições para a percepção do fazer

artístico geral, seja de suas especificidades, seja de suas dimensões histórico-

culturais.

O trabalho com a literatura em sala de aula permite que o aluno perceba

seu papel na interação com o texto, uma vez que este carrega em si ideologias.

Esta abordagem pode contemplar diferentes gêneros textuais, assim como

diferentes meios de comunicação como a televisão, cinema, teatro.

Além dos literários, pode-se contemplar também os textos de imprensa:

notícias; editoriais, artigos, reportagens, entrevistas, textos lúdicos (trava-línguas,

quadrinhas, adivinhas, parlendas e piadas). Verbetes enciclopédicos, relatórios,

artigos e textos didáticos precisam também ser trabalhados.

O trabalho referente às Leis: 11.645 “História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena”, Lei 13.381/01 “História do Paraná” e Lei 9.795/99 “ Meio Ambiente”

será desenvolvido através de leituras de textos literários e não literários, bem

como exibição de documentários e filmes diversos.

171

Page 172: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

O objetivo principal desse encaminhamento é a formação de leitores, por

isso o professor não escolherá apenas obras canônicas da literatura para o

trabalho em sala de aula, não ficando preso somente à linha do tempo da

historiografia.

O professor instigará, no aluno, a compreensão das semelhanças e

diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de

interação, dos textos orais e escritos, a percepção da multiplicidade de usos e

funções da língua, o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e

de construções textuais, a reflexão sobre essas e outras particularidades

linguísticas observadas no texto, conduzindo-o às atividades epilinguísticas e

metalinguísticas, à construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado,

a um falar sobre a língua.

Para a realização desses trabalhos serão utilizados recursos tecnológicos

como: TV multimídia, pendrive, computador, internet, rádio, CD , DVD...

A prática da produção textual constitui um ato linguístico fundamental na

aprendizagem da língua. É preciso que os alunos se envolvam com os mais

diversos textos que produzem, assumindo de fato a autoria do que escrevem. Ao

se perceber como autor, o aluno poderá aprimorar sua condição de escritor. Este

contato do aluno com a produção escrita de diferentes tipos textuais permite-lhe

ampliar o próprio conceito de gênero.

O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que

acontece em vários momentos: o da motivação para a sua produção; o da

reflexão que precede e acompanha todo o desenvolvimento da produção; o da

revisão, reestruturação e reescrita do texto, que também acaba se constituindo

num momento de reflexão.

Durante a revisão do texto, como situação didática, o professor seleciona

em quais aspectos pretende que os alunos se concentrem, uma vez que não é

possível tratar de todos ao mesmo tempo.

Assim, na interação com os mais variados textos, pela ação do professor e,

principalmente, pela atividade de ler e escrever que o aluno vai se apropriar das

especificidades que caracterizam a modalidade escrita de linguagem.

AVALIAÇÃO

172

Page 173: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

A avaliação deve ser diagnóstica, sistemática e contínua, sendo o

rendimento dos alunos avaliado pela totalidade de sua produção oral e escrita.

Serão observados aspectos como a adequação genérica e contextual das

produções e a progressão sistemática do domínio da língua escrita e das formas

orais de linguagem, ou seja, mais precisamente a leitura.

A avaliação deve considerar o processo de crescimento do aluno. Esse

crescimento deverá ser observado nas atitudes e habilidades necessárias ao seu

desempenho como leitor e produtor.

Diferentemente do que ocorre no ensino tradicional, privilegia-se hoje a

avaliação do processo de aprendizagem como um todo, durante seu

desenvolvimento. Em função disso, ao propor determinada atividade, o professor

precisa ter muita clareza sobre suas intencionalidades bem como sobre os

critérios que utilizará para avaliar seus resultados.

A disciplina de Língua Portuguesa, pela riqueza de atividades que oferece,

permite uma variedade de instrumentos de avaliação.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da

adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num

seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, numa

contação de história, as exigências de adequação da fala são diferentes, e isso

deve ser considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é

necessário, também, que o aluno se posicione como avaliador de textos orais

com os quais convive (noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc.)

e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado

esperado.

A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido

construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais

lembrar que essa avaliação precisa considerar as diferenças de leituras de mundo

e repertório de experiências dos alunos.

Em relação à escrita o que determina a adequação do texto escrito são as

circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o

173

Page 174: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

texto será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais, levando em conta

critérios diferentes, específicos de cada gênero.

A avaliação dos textos produzidos deve se tornar um processo

transparente, por isso os critérios de avaliação devem ser explícitos e objetivos.

Os textos produzidos serão avaliados de acordo com a adequação à proposta;

conteúdo do texto; adequação à norma-padrão e coesão. Além desses critérios,

tal como na oralidade, o aluno precisa, também aqui, posicionar-se como

avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.

A análise linguística será avaliada sob uma prática reflexiva e

contextualizada levando em conta os elementos linguísticos utilizados nos

diferentes gêneros.

O professor será um constante observador dos problemas de maior

incidência na expressão linguística dos alunos e, com base nesses dados,

estabelecerá novos objetivos e estratégias para certo período, redefinindo

objetivos. Nessa observação feita constantemente pelo professor, ele verificará o

que o aluno aprendeu e se não, por que ocorreu isso e que medidas devem ser

tomadas para reverter a situação.

O professor avaliará o aluno no uso das diferentes linguagens, na

ampliação lexical, no processo argumentativo, nas relações semânticas entre as

partes do texto. Para isso fará uso de instrumentos avaliativos diversificados,

como por exemplo, seminários, debates, trabalhos, discussões, provas orais e

escritas, pesquisas e outros.

Quer seja na oralidade, na leitura, na escrita ou na análise linguística, os

alunos serão avaliados continuamente, permitindo o aperfeiçoamento linguístico

constante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Irandé. Redimensionando a avaliação. In: Aula de Português:

encontro & interação. São Paulo: Parábola editorial, 2003.

ANDREU, Sebastião. Aprendendo a ler e escrever textos - 5ª a 8ª séries.

Manual do Professor. 1. ed. Curitiba: Nova Didática, 2004.

174

Page 175: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.

LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. Cortez,2002.

MARCUSCHI, Luis Antonio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização.

6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná: Língua Portuguesa , Curitiba: SEED, 2009

www.diaadiaeducação. pr.gov.br

YUNES, Eliana. Pelo Avesso: a leitura e o leitor. Revista de Letras. Curitiba:

Editora da UFPR, 1995, nº 44, p.185-196.

8.8 MATEMÁTICA:

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A história da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os primeiros conhecimentos que vieram compor a

Matemática que se conhece hoje.

Por volta de 2000 a.C., os babilônios acumulavam registros do que hoje pode ser

classificado como álgebra elementar.

Nos séculos V e V! a.C., em solo grego, a matemática surge como campo

de conhecimento. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a

importância e o papel matemático no ensino e na formação das pessoas.

Os gregos foram responsáveis por inserir a matemática no contexto

educacional pelo raciocínio abstrato, estabelecendo, uma base racional que

perdurou até o século XV!! d.C. Neste período desenvolveram-se a Aritmética, a

Geometria, a Álgebra e a Trigonometria.

175

Page 176: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Entre os séculos V!!! e !X, o ensino passou por mudanças significativas

com o surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino.

Após o século XV, com o avanço das navegações, intensificações das

atividades comerciais e, mais tarde, industriais, possibilitaram novas descobertas

na matemática cujos conhecimentos e ensino voltou-se para atividades práticas.

As produções matemáticas do século XV! contribuíram para uma fase de

grande progresso científico e econômico que se aplicou na construção,

aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos, concentrando

estudos na Matemática pura e aplicada.

No Brasil, na metade do século XV!, os jesuítas instalaram colégios

católicos, com uma educação de caráter clássico-humanista o que contribuiu para

o processo pela qual, a matemática viria a ser introduzida como disciplina nos

currículos das escolas brasileiras.

No século XV!!, com a Revolução Industrial, evidenciaram-se diferenças

entre classes sociais e a necessidade de educação para essas classes, de modo

a formar, tanto trabalhadores quanto dirigentes de processo produtivo. A

Matemática então demarcava os programas de ensino da época, uma vez que era

a ciência que daria base de conhecimento para solucionar os problemas de

ordem prática.

Com a vinda da Corte Portuguesa ao Brasil, em 1808, implementou-se a

Matemática nos cursos técnico-militares, sendo dividida em Matemática

Elementar e Matemática Superior.

No final do século X!X e início do século XX, em encontros internacionais,

elaboraram-se propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a

matemática como disciplina escolar e vincular seu ensino com os ideais de

exigências advindos das transformações sociais econômicas dos últimos séculos.

Entre 1900 a 1914, em congressos internacionais, pensou-se um ensino de

matemática que articulasse, numa única disciplina, a Aritmética, a Álgebra, a

Geometria e a Trigonometria.

Perante a um contexto de mudanças, a uma reação contra a estrutura

educacional artificial e verbalizada, a Educação Matemática se torna um campo

fértil e promissor para o ensino da Matemática.

176

Page 177: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Várias tendências influenciaram o ensino de Matemática em nosso país,

muitas fundamentam o ensino de Matemática até hoje, como: formalista clássica,

formalista moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica.

No final da década de 1980, o Estado do Paraná produziu coletivamente

um documento de referência curricular para a rede pública denominada Currículo

Básico. O texto de Matemática teve uma forte influência da pedagogia histórico-

crítica em sua fundamentação teórica.

A partir de 1988 foi distribuído os Parâmetros Curriculares Nacionais, que

para o ensino fundamental apresentavam conteúdos de Matemática.

Em 2003 a SEED em um processo de discussão coletiva com professores

e equipes pedagógicas, constituem as DCEs, as quais resgatam importantes

considerações teórico-metodológicas para o ensino da Matemática.

Nas DCEs assume-se a Educação Matemática como campo de estudo que

possibilita ao professor balizar sua ação docente fundamentada numa ação crítica

que conceba a Matemática como atividade humana em construção.

A natureza é espantosa em sua diversidade. O homem fazendo parte dela,

sempre procurou sob diversas formas, organizar os fenômenos naturais. Uma

dessas formas é a Matemática, a qual pode ser considerada um corpo de

conhecimentos organizados de maneira particular e racional.

Compreender a natureza é um grande desafio ao homem, pois a partir do

momento que ele toma posse dos conhecimentos que a ciência lhe fornece,

adquire assim uma visão nítida, clara e segura dos fenômenos naturais que a

forma e rodeia.

A matemática é apenas um ramo, num imenso universo de conhecimento

que integra as ciências. Porém tanto quanto as demais, ela é uma ferramenta

importantíssima no processo de evolução da humanidade.

A humanidade em seu processo de transformação, foi produzindo os

conceitos, leis e aplicações matemáticas que compõem a matemática como

ciência universal, um bem cultural da humanidade. Sendo organizada por meio de

signos, a matemática torna-se uma linguagem e instrumento importante para

resolução e compreensão de necessidades sociais dentro de cada contexto.

Esses conhecimentos são considerados como instrumento de compreensão e

177

Page 178: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

intervenção para a transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na

política, na economia, nas relações sociais e culturais.

Através do conhecimento matemático, o homem quantifica, geometriza,

mede e organiza informações. Assim sendo, é impossível não reconhecer o valor

educativo dessa ciência como indispensável para resolução e compreensão de

diversas situações do cotidiano e para além dele.

O conhecimento matemático quando significativo para o aluno, contribui

para o desenvolvimento do senso crítico, na medida que proporciona as

condições necessárias para uma análise mais apurada das informações da

realidade que o cerca e na medida em que esse conhecimento se inter-relaciona

com as demais áreas do conhecimento.

O homem faz uso da matemática, independente do conhecimento escolar,

nas mais diversas atividades humanas, isto é, utiliza-se da matemática não

sistematizada. Nem sempre esta “matemática” permite solucionar e compreender

todos os problemas, sendo em muitas situações, necessários conhecimentos

sistematizados. Junto com as outras áreas do conhecimento, esta ciência ajuda a

humanidade a pensar sobre a vida, revendo a história para compreender o

presente e pensar o futuro.

Por viver numa sociedade de extremos, na qual, por um lado há um

crescimento tecnológico em velocidade crescente e por outro precariedades, cabe

a matemática, enquanto construção humana, contribuir na aproximação dessas

realidades para que as diferenças sejam minimizadas. A matemática é

fundamental também na medida em que auxilia na utilização das tecnologias

existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere à

criação e ao uso dessas tecnologias.

Educar pela matemática, significa pensar para quem essa educação está

sendo destinada, ou seja, que homens estamos formando? Significa ainda,

pensar o que é necessário elencar de importante para a formação desse homem

e com qual finalidade.

As razões que nos levam a ensinar matemática se resumem na sua

especificidade, na construção do conhecimento e na formação do aluno. Ela é

utilizada como base nos diversos ramos do conhecimento e na formação do

indivíduo, sendo aplicada aos fenômenos do mundo real.

178

Page 179: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

OBJETIVOS GERAIS

Muito além da assimilação de conceitos e fórmulas, o ensino da matemática deve

proporcionar aos alunos a aquisição clara, crítica e aplicável de seus

conhecimentos.

Espera-se que se desenvolvam nos educandos habilidades como:

- Integração à sociedade em que vive através dos conhecimentos

adquiridos;

- Medir, relacionar, comparar, classificar, ordenar, sintetizar e

avaliar os fenômenos abordados através da linguagem matemática necessária;

- Análise de gráficos, tabelas bem como sua crítica, interpretação

e construção;

- Desenvolver a capacidade de investigação. Descobrir situações-

problemas, suas origens, relações matemáticas e buscar resoluções;

- Reconhecer a matemática como construção humana

permanente, abordando os aspectos de sua história e relações com o contexto

cultural, social, político e econômico;

- Promover a realização pessoal diante ao sentimento de

segurança em relação as suas capacidades matemáticas, o desenvolvimento de

atitudes de autonomia e cooperação.

- Reconhecer a matemática como construção histórica e relacionar

a história da matemática com a evolução da humanidade.

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Sistema de numeração

Números naturais

Múltiplos e divisores

Potenciação e radiciação

Números fracionários

179

Page 180: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Números decimais

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento

Medidas de massa

Medidas de área

Medidas de volume

Medidas de tempo

Medidas de ângulos

Sistema monetário

GEOMETRIAS

Geometria Plana

Geometria Espacial

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Dados, tabelas e gráficos

Porcentagem

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números inteiros

Números Racionais

Equação e inequação do 1º grau

Razão e proporção

Regra de três simples

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de temperatura

Medidas de ângulos

GEOMETRIAS

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometrias não-euclidianas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

180

Page 181: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Pesquisa Estatística

Média e Aritmética

Moda e Mediana

Juros simples

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Racionais e Irracionais

Sistemas de equações do 1º grau

Potências

Monômios e polinômios

Produtos notáveis

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento

Medidas de área

Medidas de volume

Medidas de ângulos

GEOMETRIAS

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria Analítica

Geometrias não-euclidianas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Gráfico e informação

População e amostra

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números reais

Propriedades dos radicais

181

Page 182: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Equação do 2º grau

Teorema de Pitágoras

Equações Irracionais

Equações Biquadradas

Regra de três composta

GRANDEZAS E MEDIDAS

Relações Métricas no Triângulo retângulo

Trigonometria no Triângulo Retângulo

FUNÇÕES

Noção intuitiva de Função Afim

Noção intuitiva de Função Quadrática

GEOMETRIAS

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria Analítica

Geometrias não-euclidianas

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Noções de Análise Combinatória

Noções de Probabilidade

Estatística

Juros Compostos

METODOLOGIA

O ensino da matemática esteve muitas vezes, baseado na repetição, na

memorização, no formalismo exagerado, na realização exaustiva de cálculos e na

mera aplicação de técnicas e regras sem significado.

Acredita-se que o ensino da matemática deve ser dinâmico e também

contribuir para desenvolver a capacidade de resolver problemas, validar ou refutar

soluções, tomar decisões e raciocinar logicamente. Para isso é necessário que se

proporcionem situações significativas de aprendizagem e promotoras de

conhecimento.

Para que o ensino de matemática contribua para a formação global do

aluno, a qual tem como objetivo maior a conquista da cidadania, é fundamental

182

Page 183: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

explorar temas que de fato encontrem na matemática uma ferramenta

indispensável para serem compreendidos. Assim o aluno percebe a real

necessidade dessa ciência para a sua vida.

Os conteúdos serão abordados por meio das tendências metodológicas da

Educação Matemática, entre eles a:

• Etnomatemática : seu papel é reconhecer e registrar questões de relevância

social que produzem conhecimento matemático, sendo um importante campo de

investigação, priorizando um ensino que valoriza a história do aluno através do

reconhecimento e respeito de suas raízes culturais. D'Ambrósio, ( 2001, p.42)

afirma que “reconhecer e respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar

e rejeitar as raízes do outro, mas num processo de síntese, reforçar suas próprias

raízes”.

• Modelagem matemática: propõe-se a valorização do aluno no contexto social,

procurando levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de

vida. Para Bassanezi, 2006, p. 16 “a modelagem matemática consiste na arte de

transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los

interpretando suas soluções na linguagem do mundo real”.

• Resolução de problemas: a partir da resolução de problemas, o aluno terá a

oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas

situações para ter condições de buscar várias alternativas para a resolução. A

resolução de problemas possibilita a compreensão de argumentos matemáticos,

pois ajuda a vê-los como um conhecimento passível de ser apreendido por todos

no processo ensino-aprendizagem.

• História da Matemática: deve ser utilizado como um instrumento de resgate da

identidade cultural, e pode esclarecer ideias matemáticas que estão sendo

construídas pelo aluno, pois conceitos abordados em conexão com sua história

constituem veículos de grande valor formativo. “A abordagem histórica deve

vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às

circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinaram o

pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época”.(DCE-2008,p.66)

• Mídias tecnológicas: paralelamente ao uso de lápis e caderno, quadro e giz, o

professor deve usar as tecnologias para ampliar as possibilidades de observação

e investigação, potencializando formas de resolução de problemas, preparando o

183

Page 184: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

cidadão para uma inserção social de acordo com a realidade.

• Investigações Matemáticas: em contextos de ensino aprendizagem, investigar

não significa necessariamente lidar com problemas muito sofisticados na fronteira

do conhecimento. Significa, tão só, que formulamos questões que nos interessam,

para as quais não temos resposta pronta, e procuramos essa resposta de modo

tanto quanto possível fundamentado e rigoroso (Ponte, Brocardo&Oliveira

2006,p.9).

Na investigação matemática, o problema é aberto e o aluno é chamado a

agir como matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas

principalmente porque formula conjeturas a respeito do que está investigando.

Para que os alunos se motivem a estudar determinado conteúdo é preciso

atribuir significado a esse conteúdo, expondo o assunto de maneira clara e

interessante, podendo utilizar-se de recursos didáticos, como: jornais, revistas,

desafios, pesquisas, jogos, debates, promoção de atividades, participação nas

aulas, leitura e utilização do livro didático, seminários, aulas expositivas. Para o

desenvolvimento destas atividades, o professor poderá recorrer a variados

recursos tecnológicos disponível na escola, como: computadores, internet, vídeo,

TV multimídia associada com a Tv Paulo Freire, retroprojetor, DVD e

calculadoras.

Quando necessário, os conteúdos serão retomados com novo enfoque,

oportunizando ao aluno a apropriação do conhecimento decorrente desses

conteúdos.

A disciplina de Matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a

reflexão e contextualização com os temas étnico-raciais, Lei 11.645/08 “História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, Lei 13.381/01 “História do Paraná” e Lei

9.795/99 “Meio Ambiente”, através de problematizações, pesquisas,

questionários, debates, análise de dados, produção de gráficos, jogos praticados

entre comunidades ou descendentes de africanos ou indígenas (resgatar a

contribuição da cultura africana e indígena).

Não existe um caminho único e melhor para o ensino da Matemática, mas

conhecer e utilizar diversas possibilidades de trabalho é fundamental para que o

professor construa sua prática.

184

Page 185: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

AVALIAÇÃO

A avaliação do aprendizado de Matemática será feita em caráter contínuo e

progressivo, observando o rendimento do grupo e a individualidade dos alunos.

Deve levar em conta os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de

solucionar os problemas propostos e a partir do diagnóstico de suas dificuldades,

ampliar seu domínio sobre os conteúdos em estudo. Dessa forma a avaliação em

matemática não deve priorizar a verificação da memorização de regras e

esquemas, mas sim a compreensão dos conceitos, o desenvolvimento de

atividades e procedimentos, a criatividade nas soluções, que se refletem no modo

de enfrentar e resolver situações-problemas.

“No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da

observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar

oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais

oportunidades devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração,

inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais

manipuláveis, computador e calculadora” (DCE-2008,p.69).

O processo da avaliação visto como um diagnóstico torna-se um

instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os

procedimentos e as estratégias de ensino, para que realmente o aluno aprenda.

Permitindo constatar as dificuldades de aprendizagem dos alunos, obtendo, assim

dados para orientar novas ações de ensino. Uma vez que o processo de

avaliação, é mais que uma forma de retratar o desempenho do aluno. É uma

forma de regular as ações de ensino com base no que os alunos aprenderam, é

necessário refletir sobre como e quando obter informações acerca dos alunos e o

que fazer com elas.

Em geral, a avaliação é feita através do progresso do aluno no domínio de

conceitos ou de observações realizadas a todo o momento em sala de aula,

através de sua participação.

É importante que a avaliação, verifique a capacidade de interpretar,

identificar informações, investigar, justificar, argumentar e comprovar.

Assim, a avaliação deve ser concebida como:

• Um conjunto de ações que permite ao professor rever sua prática pedagógica;

185

Page 186: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Um elemento integrador entre ensino e aprendizagem;

• Um conjunto de ações que possibilita ao aluno identificar seus avanços e suas

dificuldades, levando-o a buscar caminhos para solucioná-las;

• Um instrumento que vise o aperfeiçoamento do processo ensino-

aprendizagem em um ambiente de confiança e naturalidade.

Com isso, a avaliação será sempre um momento importante no processo

ensino-aprendizagem e para que tenha sentido será realizada com a utilização de

diversos instrumentos, como: provas com questões diversificadas, trabalhos em

dupla ou individual, pesquisas, apresentação de trabalhos, curiosidades

matemáticas, desafios, atividade extraclasse, participação em projetos, jogos

educativos, aulas práticas onde os alunos irão manifestar os avanços na

aprendizagem, dinâmicas (cooperação entre os alunos e atitudes).

O resultado não é o único elemento a ser observado numa avaliação, mas

sim o processo de construção do conhecimento. Assim, os erros não devem

apenas ser constatados. É necessário explorar e trabalhar as possibilidades

decorrentes desses erros, pois eles resultam de uma visão parcial que o aluno

possui do conteúdo.

Portanto, alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas

propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar

se o aluno (DCE-2008,p.69):

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (Buriasco,2004);

• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• encontra diversos meios para a resolução de um problema matemático;

• realiza o retrospecto da solução de um problema.

Aos alunos que apresentarem dificuldades na aquisição dos

conhecimentos, serão proporcionadas revisões de conteúdos e recuperação

paralela. Sendo a finalidade da recuperação paralela:

• Reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar a recuperar

apenas notas e conceitos;

• Abrir espaço para o aluno repensar o conteúdo (auxílio e não castigo), para

descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento;

186

Page 187: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do professor e do

aluno na busca dos objetivos não atingidos, por meio de intervenções, das quais

destacam-se a retomada de conteúdos, mudança de estratégia (definir os

instrumentos e os momentos de avaliação), monitoria em grupo, etc. Com estes

princípios de avaliação e recuperação, muda-se o enfoque da nota para o

aprendizado e do ensino para ensinar o aluno a aprender (desenvolvendo suas

habilidades na busca do conhecimento).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIGODE, A. J. L. Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD, 2002.

DANTE, L. R. Tudo é matemática. São Paulo: Ática, 2002.

DANTE, L.R. Didática da Resolução de Problemas. São Paulo, Atica, 1989

GIOVANII, B. C. & JÚNIOR, J. R. G. Coleção a conquista da matemática. São

Paulo: FTD, 2002.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de

Matemática. Paraná: 2006.

SEED-PR: CSEED-PR: CADERNOSADERNOS T TEMÁTICOSEMÁTICOS, , HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA EHISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E

AFRICANA:AFRICANA: EDUCANDOEDUCANDO PARAPARA ASAS RELAÇÕESRELAÇÕES ÉTNICOSÉTNICOS--RACIAISRACIAIS/ P/ PARANÁARANÁ. C. CURITIBAURITIBA, 2006.-110, 2006.-110PP..

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de

Matemática. Paraná: 2008.

Referências On Line

http://www.matemática.br/-site acessado no dia 12 de fevereiro de 2010

187

Page 188: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/-site acessado no dia 12 de

fevereiro de 2010

http://www.matematica.seed.pr.gov.br/- site acessado no dia 21 de fevereirode

2010

8.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O objetivo maior da aprendizagem de Língua Inglesa de acordo com as

Diretrizes Curriculares é superar uma visão de ensino de língua estrangeira

apenas como meio para se atingir fins comunicativos, mas dar espaço às

experiências de identificação social e cultural. Ao ensinar língua estrangeira deve

ser levado em conta o aluno e seu objetivo em aprender, sua classe social e suas

relações sociais, enfim a comunidade onde vive. Para desenvolver tal trabalho.

A Língua Estrangeira Moderna, como outras disciplinas, deve ter como

ponto principal do trabalho docente a formação do individuo como cidadão

consciente, crítico e participativo – inserido na sociedade local e no panorama

internacional.

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental devem assegurar ao

aluno o embasamento necessário para dar continuidade ao estudo da língua em

séries posteriores, bem como ampliar sua visão de mundo, tornando - os

cidadãos mais críticos e reflexivos.

Por ser uma disciplina, atualmente, relevante na formação do aluno para o

desenvolvimento de habilidades comunicativas, deve levar o educando a

comparar a língua materna com a língua estrangeira estudada.

Assim, ao ensinar língua inglesa é necessário uma compreensão teórica do

que é linguagem, refinando a percepção de sua própria cultura por meio do

conhecimento da cultura de outros povos.

188

Page 189: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Os temas centrais nesta proposta são a cidadania e a consciência crítica

de como a linguagem é usada no mundo social, e os aspectos sócio-políticos da

aprendizagem da língua inglesa dentro do trabalho com a leitura, produção oral e

escrita. Uma das finalidades da Língua Estrangeira Moderna é que esta seja

instrumento de acesso à informação a outras culturas, associá - las aos

conhecimentos científicos, às linguagens que darão suporte para a resolução de

problemas, que se propõe adicionar.

A aprendizagem de Língua Estrangeira no Ensino Fundamental não é só

um exercício intelectual em aprendizagem de formas e estruturas linguísticas em

um código diferente; é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as

possibilidades de se agir discursivamente no mundo. O papel educacional da

Língua Estrangeira é importante, desse modo para o desenvolvimento integral do

individuo, devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência de

vida. Assim, contribui - se para a construção, e para o cultivo pelo aluno, de uma

competência não só no uso de línguas estrangeiras, mas também na

compreensão de outras culturas.

A disciplina de Língua Inglesa priorizará os temas das relações étnico -

raciais e histórias e cultura Afro-brasileira e indígena; Textos relacionados a

preservação e conservação do Meio Ambiente, em sala de aula, com o objetivo

de mostrar a influência dos negros e indígenas na cultura dos norte-americanos e,

consequentemente, em nossa formação cultural brasileira, em conformidade com

a Lei nº. 11.645 que prevê a abordagem destes conteúdos no currículo escolar.

O acesso a essa língua representa para o aluno a possibilidade de se

transformar em cidadão ligado à comunidade global, ao mesmo tempo que, se

pode compreender com mais clareza, seu vínculo como cidadão em seu espaço

social mais imediato.

Para garantir o ensino de uma Língua estrangeira moderna no Estado do

Paraná foi criado um Centro de Línguas Estrangeiras que ofereciam aos alunos

aulas no contraturno.

Após uma década de vigência no Brasil, embora a abordagem

comunicativa tenha se apresentado como reação à visão estruturalista da língua

concentrando - se nos aspectos semânticos e não no código linguístico, esta

passou a ser criticada por' intelectuais adeptos da pedagogia crítica.

189

Page 190: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

A pedagogia crítica é o referencial teórico que sustenta o documento de

Diretrizes Curriculares, por seu uma abordagem que valoriza a escola como

espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do

conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a

transformação da realidade.

De acordo com as Diretrizes, o ensino de Língua Estrangeira Moderna será

norteada para um propósito maior de educação, considerando as contribuições de

Giroux (2004) “ao rastrear as relações entre língua, texto e sociedade, as novas

tecnologias e as estruturas de poder que lhes subjazem”. Para este educador, é

fundamental que os professores reconheçam a importância da relação entre

língua e pedagogia crítica no atual contexto global educativo, pedagógico e

discursivo, na medida em que as questões de uso da língua, do diálogo, da

comunicação, da cultura, do poder, e as questões da política e da pedagogia não

se separam.

Propõe - se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um

espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e

cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de

construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera - se que o

aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos

e , portanto, passíveis de transformação na prática social.

OBJETIVOS GERAIS

Oportunizar a participação do educando a construção de significados

ligados à situação de uso da língua;

• Propiciar a construção de identidades dos alunos como cidadãos

participativos e transformadores;

• Possibilitar a aprendizagem da língua como meio de conhecer culturas

diversas, bem como as diversas maneiras de se viver a experiência humana;

• Inserir a linguagem oral e escrita levando em consideração sua natureza

sócio - internacional;

• Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o

acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo;

190

Page 191: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Construir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se

fazem da língua estrangeira que está aprendendo;

• Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer utilizando-a

como meio de acesso ao mundo de trabalho e dos estudos avançados;

• Valorizar o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade

brasileira e no panorama internacional.

• Cultivar a linguagem para um melhor relacionamento com os semelhantes,

como expressão do mundo interior e exterior do educando.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE – Discurso como prática social

Para o ensino de Língua Estrangeira, enfoca - se o discurso como prática

social para que o aluno aprenda a ler e compreender textos, e a produzir textos

orais e escritos para defender seu ponto de vista, e colocar - se diante de

diferentes situações sociais.

O Conteúdo estruturante está relacionado com o momento histórico –

social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade

e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso. (Diretrizes Curriculares

da Educação Básica).

5ª SÉRIE

Leitura:

. Identificação do tema;

. Intertextualidade;

. Intencionalidade;

. Léxico;

. Coesão e coerência;

. Funções das classes gramaticais no texto;

. Elementos semânticos ;

. Ortografia

Oralidade:

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas gestos;

191

Page 192: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia.

Escrita:

• Identificar o tema do texto;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (Informações necessárias para a coerência do texto).

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Ortografia.

Análise Linguística:

Greetings;

Introductions;

Personal Pronouns;

The English Alphabet;

Verb to Be;

Article;

Demonstrative Pronouns;

Numbers (1 to 100);

Possessive Pronouns (my, your…);

192

Page 193: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Vocabulary (family, countries and nationalities, colors, candies, school

objects, jobs, animals and means of transportation);

Questions (what, who, when, ...)

Prepositions

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Vocabulário;

Coesão e coerência.

Gêneros textuais selecionados para 5ª série

Bilhetes,cartões, anedotas, quadrinhas, tirinhas,poemas,pesquisas.

6ª série

Leitura:

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos ;

• Ortografia

Oralidade:

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Escrita:

• Identificar o tema do texto;

193

Page 194: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (Informações necessárias para a coerência do texto).

Análise Linguística

- Personal information;

- Months of the year;

- Days of the week;

- Ordinal numbers;

- Date

- School subjects;

- Time;

- Interrogative pronouns;

- Verb have;

- Possessive pronouns;

- Simple Present

- Vocabulary about sports, clothes, shoes, accessories, house and furniture;

- Imperative;

- Prepositions (in, on, at);

- Verbs

- Vocabulário;

- Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

- Concordância nominal e verbal;

- Coesão e coerência

Gêneros textuais selecionados para 6ª série

Cartão postal, convite, carta pessoal, anedotas, placas, quadrinhas, tirinhas,

poemas, pesquisas.

194

Page 195: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

7ª SÉRIE

Leitura:.

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos ;

• Ortografia

Oralidade:

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Escrita:Identificar o tema do texto;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( Informações necessárias para a coerência do texto).

• Escrita:

• Identificar o tema do texto;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

195

Page 196: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade ( Informações necessárias para a coerência do texto).

Análise Linguística:

• Imperative form;

• Verb there to be: Present Tense (affirmative, negative and Interrogative

Form);

• Vocabulary about services;

• Simple present (affirmative, negative and interrogative form);

• Vocabulary about physical description;

• Simple past (affirmative, negative and interrogative form)

• Regular and irregular verbs);

• Vocabulary about healthy problems and parts of the body;

• Prepositions: in, on, at;

• Adverbs (frequency);

• Adjectives;

• Coesão e coerência;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

• Vocabulário;

• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos preposições,

conjunções, falsos cognatos e outras categorias como elementos do texto.

Gêneros textuais selecionados para 7ª série

quadrinhas, receitas, trava-línguas, fábulas, lendas, poemas, pesquisas,

tiras, charge, anúncio, e-mail, músicas, debate, bulas, filmes.

8ª SÉRIE

Leitura:

• .Identificação do tema;

• Intertextualidade;

196

Page 197: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos ;

• Ortografia

Oralidade:

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia.

Escrita:

• Identificar o tema do texto;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade ( Informações necessárias para a coerência do texto).

Análise Linguística:

- Modal verbs: can, could, would, may;

- Vocabulary about fruit, vegetables, drink and food. (At the restaurant);

- Review: simple past (affirmative, negative and interrogative);

- Review: regular and irregular verbs;

- Interrogative pronouns: who, what, how;

197

Page 198: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Vocabulary about adjectives;

- Prepositions;

- Coesão e coerência;

- Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

- Vocabulário;

- Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,

advérbios, palavras interrogativas, substantivos contáveis e incontáveis, falsos

cognatos, e outras categorias como elementos do texto.

Gêneros textuais selecionados para 8ª série

Poema, pesquisa, receita, quadrinhas, resumo, horóscopo, tiras, charge, e-mail,

músicas, paródia, debate, filmes.

METODOLOGIA

Partindo do pressuposto que a aprendizagem acontece nas interações

sociais, o trabalho será voltado para a participação dinâmica do aluno em

atividades diversificadas que envolverão as habilidades linguísticas (ler, falar,

ouvir, escrever).

Entende-se por “participação dinâmica do aluno” a contribuição na

construção do conhecimento, na prática da linguagem, a pesquisa voltada a

outras culturas e no posicionamento crítico.

O professor deve valorizar o conhecimento prévio do aluno para que este

sinta - se incluído no processo ensino-aprendizagem. Além disso, valorizando o

que o educando já sabe, abre - se espaço para uma leitura de mundo mais ampla,

e para uma adequação da metodologia do professor à realidade da classe. É

necessário também propiciar momentos de leitura ao aluno para , em sala de

aula, de forma que ler seja agradável e prazeroso; propiciar práticas de leitura de

textos de gêneros diversos, tais como: telefonema, sermão, carta comercial, carta

pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, notícia

jornalística, horóscopo, receita culinária , bula de remédio, lista de compras,

198

Page 199: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoor, inquérito policial, resenha,

edital de concurso, piada; encaminhar discussões sobre: tema, intenções,

intertextualidade, formular questionamentos, contextualizar a produção, relacionar

o tema com o contexto atual e oportunizar socializações.

Será enfatizado o trabalho com diferentes textos, observando as

características do texto e construção do vocabulário no contexto do texto. Alguns

exemplos de tipos textuais: narração, argumentação, exposição, descrição e

injunção.

Na oralidade será explorada a leitura, ritmo e entonação, percebendo o

valor expressivo do texto, fazendo ainda discussão dos assuntos lidos,

acontecimentos, situações polêmicas, notícias, relatos pessoais e outros,

envolvendo a língua inglesa. Será organizado apresentações de textos

produzidos pelos alunos; propondo reflexões sobre os argumentos utilizados nas

exposições orais dos alunos.

O processo de ensino e aprendizagem contempla atividades diversificadas

ao educando mediadas pelo professor, a fim de propiciar ao aluno a aquisição

progressiva da Língua Inglesa falada e escrita, permitindo assim a compreensão

de textos e a expressão do pensamento. Pode - se trabalhar algumas atividades

como:

• Filmes (ouvir e interpretar);

• Produções orais e escritas, com leituras sobre o tema a escrever, com

apresentações;

• Confecções de cartazes, slogans;

• Entrevistas;

• Diálogos;

• Traduções e interpretações de tipologias textuais diversificadas: trava-línguas,

anedotas, provérbios, charadas, rimas, palavras cruzadas, adivinhas, caça -

palavras ;

• Interpretação e leitura de diversos tipos de textos como histórias em

quadrinhos, anúncios, propagandas, rótulos, notícias, classificados, receitas,

poemas, bulas, instrucional, narrativo, informativo; levando o aluno a analisar,

interpretar e compreender o texto;

199

Page 200: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Leitura de diversos textos para observação da intertextualidade

• Dramatizações, músicas;

• Análise de recursos próprios da oralidade;

- Uso de revistas, livros, fitas de vídeo, CDs, DVDs.

- Pesquisa de palavras desconhecidas;

- Observação da participação do aluno em classe;

- Reconhecimento e contextualização dos tempos verbais empregados em

determinados textos;

- Avaliação escrita e oral.

A partir da realização das atividades propostas o professor proporcionará a

oportunidade do educando ir ao encontro de outra língua e culturas, e como

consequência adquirir consciência do lugar que ocupa no mundo, extrapolando

assim o domínio linguístico que o aluno possa vir a ter.

Quando a atividade for de produzir textos, o professor auxiliará no

momento da produção, planejando a partir da delimitação do tema, da finalidade,

mas havendo necessidade, será feita com o aluno, a revisão e reestruturação do

texto.

O trabalho com textos será encarado como um trabalho prioritário, efetivo,

de leitura e compreensão de textos autênticos, onde de acordo com a

necessidade serão explorados aspectos gramaticais relevantes naquele

momento, como: (tempos verbais, pronomes, artigos, preposições, diferenciação

de linguagem formal e informal, clareza nas ideias no caso de produção. Análise

se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se

atende à finalidade,se a linguagem está adequada ao contexto.

AVALIAÇÃO

O processo de ensino-aprendizagem tem como base o eixo

ação/reflexão/ação. Sendo assim, é concebido como um processo de construção

e reconstrução, no qual professor e alunos são participantes ativos.

O ato avaliativo não é um momento isolado, mas faz parte do conjunto de

atividades docentes, que devem ser coerentes entre si.

200

Page 201: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

A avaliação da aprendizagem será diagnóstica, contínua e cumulativa,

onde serão analisadas as progressões do aluno, com intenção de levantar as

dificuldades e avanços dos alunos superando a concepção de mero instrumento

de classificação pela obtenção da nota.

Os momentos avaliativos se constituem pelas diversas propostas de

trabalhos encaminhados aos alunos através de trabalhos individuais ou em

grupos, atividades escritas e orais como: diálogos, leituras diversificadas, painéis,

jogos, produção textual, interpretação de textos, maquetes, teatro, pesquisas,

entre outras.

O aluno é construtor do conhecimento e está envolvido no processo de

avaliação, desse modo precisa ter seu esforço reconhecido pelo retorno de suas

produções, com o fornecimento do seu desempenho e entendimento do “erro”

como parte integrante da aprendizagem.

De acordo com LUCKESI: “ a avaliação de aprendizagem necessita, para

cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção

da aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é

de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que

decide sobre o destino do educando, e assuma o papel de auxiliar no

crescimento”. A função da avaliação é diagnosticada, sendo rigorosa a

observância dos critérios pré - estabelecidos por nós mesmos. Sendo dinâmica,

cabe a nós registrar as observações, em relação ao processo de ensino-

aprendizagem.

Todo e qualquer material explorado e trabalhado dentro e fora de sala de

aula deve ser considerado no processo de avaliação, inclusive aspectos da

história dos alunos, da comunidade e da cultura local.

A avaliação, assim como a recuperação paralela antes de serem realizadas

terão o conteúdo retomado por parte do professor, para que efetivamente tenha a

função de diagnosticar e estimular o avanço do processo, e seus resultados

devem servir para sua orientação, cumprindo sua função educacional.

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

• Observação da participação do aluno em classe;

• Pesquisa de palavras;

201

Page 202: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Montagem de cartazes;

• Apresentação oral;

• Avaliações escritas e orais;

• Atividades e trabalhos avaliativos;

• Leitura, escrita e compreensão de estruturas básicas e pequenos textos,

visando à interação oral com informações recebidas e a contribuição no

desenvolvimento do idioma na vida do aluno;

• Reconhecimento e contextualização dos tempos verbais empregados em

determinados contextos; reconhecendo também as demais classes

gramaticais trabalhadas de forma contextualizada.

Os alunos deverão ter uma leitura compreensiva do texto; localizar

informações explícitas, identificar a ideia principal do texto, identificar o tema;

deduzir os sentidos das palavras e /ou expressões a partir do contexto.

Na oralidade, o aluno deverá apresentar suas ideias com clareza; organizar

a sequencia de sua fala; participar ativamente dos diálogos, relatos, discussões,

quando necessário em língua materna.

Na escrita espera-se que o aluno expresse suas ideias com clareza;

elabore textos atendendo às situações de produção; use recursos textuais como:

coesão e coerência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO,D.G. GOMES, A.A.Blow up. São Paulo:FTD,1999.

HOFFMANN, J. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-

escola à universidade. 24 ed. Porto Alegre: Mediação, 1998.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Língua

Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2006.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Língua

Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008.

202

Page 203: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

ROCHA, Analuzia Machado. Take Your Time, 3ª ed. Reformulado. Ed.

Moderna, 2004.

9. PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO MÉDIO

9.1 ARTE

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Desde os primórdios dos tempos, a arte está presente na vida da

humanidade, passada de geração em geração.

No entanto, um povo que não tem arte, não registra a sua passagem no

tempo, não guarda o seu valor, a sua lição de vida e não é criador de linguagens.

Os antigos egípcios, por exemplo, não mediram esforços em registrar em grandes

murais todo o seu cotidiano. E nós, o que fazemos? Apontamos para a arte

acusando – a de qualquer coisa ou coisa nenhuma, sem utilidade?

A nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394),

aprovada em 20 de dezembro de 1996, estabelece em seu artigo 26, parágrafo

2º: “O ensino da arte constituíra componente curricular obrigatório, nos diversos

níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos

alunos”.

Assim, a arte é importante na escola, principalmente porque é importante

fora dela. Por ser conhecimento constituído pelo homem através dos tempos, a

arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao

acesso a esse saber.

Tratar a arte como conhecimento é o ponto fundamental e condição

indispensável para esse enfoque do ensino da arte.

Em muitas escolas, uma série de desvios compromete o seu ensino e

ainda é comum às aulas de arte ser confundidas com lazer, terapia, momento

para fazer a decoração da escola, as festas, fazer o presente do dia das mães...

O que se observa então é um círculo vicioso no qual um sistema precário

reforça o espaço pouco definido da Arte com relação às outras disciplinas do

currículo escolar. Sem uma consciência clara e fundamentação consciente da

203

Page 204: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Educação Artística, o professor não consegue formular um quadro de referências

para a sua ação pedagógica.

É necessário que, o professor seja um “estudante” fascinado por arte, pois

só assim terá entusiasmo para ensinar e transmitir a seus alunos a vontade de

aprender. Nesse sentido um professor mobilizado para a aprendizagem contínua,

em sua vida pessoal e profissional, saberá ensinar essa postura a seus

estudantes.

A Arte, enquanto disciplina escolar, possibilita o ensino como instrumento

para apreensão do saber estético, formação dos sentidos humanos,

conhecimento constituído de saberes específicos, envolvendo as manifestações

culturais locais, nacionais e globais. No contexto histórico-social, o repertório de

conhecimento do aluno deve ser legitimado pela sua manifestação valorizada

como produção cultural.

Na verdade, para que os alunos possam apropriar-se de uma linguagem e

entenderem, dando sentido a ela, é preciso que aprendam a operar com seus

códigos. Do mesmo modo que existe na escola um espaço destinado à

alfabetização na linguagem das palavras e dos textos orais e escritos, é preciso

haver cuidado com a alfabetização nas linguagens da arte.

É por meio delas que poderemos compreender o mundo das culturas e o

nosso em particular. Assim, mais fronteiras poderão ser ultrapassadas pela

compreensão e interpretação das formas sensíveis e subjetivas que compõe a

humanidade e sua multiculturalidade, ou seja, o modo de integração em grupos

étnicos e, em sentido Amplo entre culturas.

Educar para a arte favorece o desenvolvimento do pensamento artístico,

caracterizando modos particulares de dar sentido às experiências, sejam elas

artísticas culturais ou sociais. Compreender arte envolve momentos de apreciar,

fazer e conhecer a produção artística da humanidade.

O Ensino de Arte, assim como toda a sociedade, passou por muitas

mudanças. Na verdade ainda se encontra num processo de reformulação, e

sempre estará como a sociedade e o processo de criação das mais diversas

manifestações artísticas, que se tem notícia.

Uma referência importante para a compreensão de arte no Brasil é a

Missão Artística Francesa trazida em 1816, por Dom Jõao VI. Foi criada, então a

204

Page 205: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Academia Imperial de Belas – Artes, que após a Proclamação da República,

passou a ser chamada de Escola Nacional de Belas – Artes. O ponto forte dessa

escola era o desenho, com a valorização da cópia fiel e a utilização de modelos

europeus.

O Brasil, principalmente em MG, vivia o Neoclassicismo trazido pelos

franceses é que foi assumido pelas elites. A arte adquire a conotação de “luxo”,

somente para uma classe privilegiada que desvalorizava as manifestações

artísticas que não seguiam esses padrões.

A partir dessa época temos uma história de ensino da arte com ênfase no

desenho, pautado por uma concepção de ensino autoritário, centrada na

valorização do produto. Ensinava a copiar modelos e o objetivo do professor era

que seus alunos tivessem boa coordenação motora, precisões, aprendessem

técnicas e dominassem o desenho técnico ou geométrico.

O ensino da música teve pouca projeção nas escolas até mais ou menos

1950, quando começou a fazer parte do currículo. Limitava-se a aulas de solfejo,

canto orfeônico e memorização dos hinos. Nessa mesma época, surgiram

também algumas disciplinas como “artes domésticas”, em cujas aulas os meninos

executavam trabalhos em madeira com o uso de serrote, serrinhas, martelo... e as

meninas faziam tricô, bordado, roupinhas de bebê...

Entre as décadas de 50 e 60, começou – se a notar a influência de um

movimento denominado Escola Nova já presente na Europa e Estados Unidos

desde o final do século XIX. A influência da pedagogia centrada no aluno, nas

aulas de artes, direcionou o ensino para a livre expressão e a valorização do

processo de trabalho. O papel do professor era dar oportunidade para que o aluno

se expressasse de forma espontânea. Esses princípios, na prática escolar, muitas

vezes refletiam uma concepção espontaneísta, centrada na valorização extrema

do processo sem preocupação com seus resultados.

Como todo processo artístico deveria “brotar” do aluno, o conteúdo dessas

aulas era quase exclusivamente um “deixar fazer” que pouco acrescentava ao

aluno em termos de aprendizagem da arte.

Os processos de mudança do ensino da Arte têm – se dado

gradativamente. Na década de 80, começam a surgir as Associações de

Professores de Arte, criticando muitas dessas práticas anteriores.

205

Page 206: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

É a partir daí que se começa a entender a Arte como objeto de

conhecimento, devendo ser tratada como tal dentro das escolas e no mesmo

patamar de igualdade que as outras áreas do currículo escolar.

De fato, uma série de ideias levou o ensino de arte a ser mais e mais

desvalorizado e entendido como desvalorização das aulas “ditas” mais sérias.

A arte é uma disciplina obrigatória nas escolas, conforme determinação na

LDB 9394/96. Cabe às equipes de educadores das escolas realizarem um

trabalho de qualidade a fim de que crianças, jovens e adultos gostem de aprender

arte. Desse modo a disciplina de arte alcançará funções importantíssimas como

transformar, humanizar, aproximar, poetizar, discutir, contrapor e informar.

Com ela, nós professores e alunos, podemos compreender, analisar e

interagir com toda a produção artística que temos direito, tornando – nos

conscientes e aptos ao exercício da cidadania, capazes de ter autonomia

intelectual e pensamento crítico.

OBJETIVOS GERAIS

• Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;

• Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude de busca

pessoa; e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a

investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;

• Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos

diversos em arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), de modo que os utilize

nos trabalhos pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e

contextualize - os culturalmente;

• Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e

conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, sabendo

receber e elaborar críticas;

• Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando,

indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade,

argumentando e apreciando arte de modo sensível;

• Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte, do trabalho e da

produção dos artistas;

206

Page 207: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Identificar, investigar e organizar informações sobre a arte, reconhecendo e

compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas

presentes na história das diferentes culturas e etnias;

• Pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em contato com artistas,

obras de arte, fontes de comunicação e informação.

• Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da arte em suas

múltiplas linguagens - utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos,

interagindo com o patrimônio nacional e internacional, que se deve conhecer e

compreender em sua dimensão sócio-histórica.

• Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens da arte

(música, artes visuais, dança, teatro, artes áudio- visuais) analisando, refletindo e

compreendendo os diferentes processos produtivos, com seus diferentes

instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações sócio-culturais e

históricas;

• Apreciar produtos da arte em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a

fruição quanto à análise estética, conhecendo, analisando, refletindo e

compreendendo critérios culturalmente construídos e embasados em

conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico,

psicológico, semiótico, científico e tecnológico, dentre outros

207

Page 208: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• CONTEÚDOS - Conteúdos Estruturantes: Elementos Formais, Composição,

Movimentos e Períodos.

Conteúdos Básicos

Artes Visuais

Música

Teatro

Dança

Ponto, linha, superfície, textura, volume, luz e cor.

Altura, duração, timbre, intensidade,densidade

Personagens:Expressões corporais, vocais,Gestuais, faciais,Ação e espaço Cênico.

Movimento corporal,Tempo e espaço

Figurativa, abstrata, figura/fundo,Bidimensional, Tridimensional, semelhanças, contrastes, ritmos visual, gêneros, técnicas.

Ritmo, melodia, Harmonia,Intervalo melódico,Intervalo harmônico,Tonal, modal, gêneros.Técnicas, Improvisações.

Representação,Sonoplastia, Iluminação,Cenografia,Figurino,Caracterização,Maquiagem, adereços,Jogos teatrais, Roteiro, enredo,Gênero e técnica.

Ponto de apoio,Salto e queda,Rotação,Formação,Deslocamento,SonoplastiaCoreografia,Gêneros e técnicas

Arte pré-histórica, Arte no Egito Antigo, Arte Greco-Romana, arte pré-Colombiana nas Américas, arte Oriental, arte Africana, arte Medieval,RenascimentoBarrocoNeoclassicismoRomantismoRealismoImpressionismoExpressionismoFauvismoCubismoAbstracionismoDadaísmoSurrealismoOp-artPop-artTeatro pobreTeatro do oprimidoMúsica serialMúsica eletrônicaMúsica minimalistaArte engajadaDança modernaVanguardas artísticasArte brasileiraArte paranaenseIndústria cultural

208

Page 209: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

METODOLOGIA

O método a ser aplicado, deve fundamentar todo o trabalho do professor

de Arte pois, é este o elemento pedagógico que está mais intimamente ligado a

prática em sala de aula.

Pode-se definir método como um modo planejado e determinado para se

atingir objetivos. Um procedimento racional para o conhecimento seguindo um

percurso fixado, tendo em vista: para quem, como, porque e o quê.

O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano

tem com a arte: sua relação é de desenvolver um trabalho artístico, produzir arte

e de sentir e perceber os vários aspectos das obras de arte, contextualizando-se

e inteirando-se com os elementos das diferentes linguagens.

No espaço escolar o objeto de trabalho é o conhecimento, onde desta

forma torna-se necessário contemplar na metodologia do ensino da arte, estas

três dimensões, ou seja, estabelecer como eixos: o trabalho artístico, que é o

fazer; o sentir e perceber, que são formas de leitura e o conhecimento estético,

que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho mais

sistematizado, superando-se o senso comum do conhecimento baseado só

através da experiência.

Para que a informação se transforme em conhecimento, é necessário

interpretar e questionar as diferentes representações culturais, analisar os

processos de criação e execução das produções, nutrindo-se da investigação, da

leitura e compreensão da realidade humana e do diálogo que dinamiza os

saberes, tornando-os realmente significativos.

É importante compreender que os três eixos constituem uma totalidade e

que o trabalho em sala pode ser iniciado por qualquer um deles, ou pelos três

simultaneamente. Vale ressaltar que no final do processo de trabalho dos

conteúdos, tenham sido tratados os três eixos com os alunos.

Além dos recursos didáticos comuns, já padronizados no ensino da Arte, o

uso das tecnologias, devera ser entendido como instrumento de interação com o

mundo artístico, pela reflexão e exploração das possibilidades expressivas.

Os trabalhos devem ser propostos com conteúdos que incluam a cultura

afro, indígena e a arte paranaense. Também deverão ser incluídas as questões

209

Page 210: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

ambientais, fazendo com que o aluno além de situar historicamente a produção

artística, se interrogue sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo, através

da paisagem natural substituída pelo cenário criado pelo homem.

Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive, o professor

deverá trabalhar com os conhecimentos de sua formação; que faça relações com

os saberes das outras linguagens/áreas de arte, e proporcione ao aluno uma

perspectiva de abrangência do conhecimento em arte produzido pela

humanidade.

- SENTIR E PERCEBER

Deve possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas para que possam

familiarizar-se com as diversas formas de produção da arte. Envolve também a

leitura dos objetos, da natureza e da cultura em uma dimensão estética.

Inicialmente, a leitura das obras artísticas se dá pelos sentidos. A

percepção e a fruição serão superficiais ou mais aprofundadas, de acordo com as

experiências e conhecimentos estéticos que o aluno tiver em sua vida.

O trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar esta leitura

com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras de

arte e a realidade, transcendendo as aparências, apreendendo através da arte

parte da totalidade da realidade humano social.

A humanização dos objetos e dos sentidos, realiza-se tanto na apreciação

livre dos objetos, quanto na percepção mediada pelo conhecimento estético

sistematizado.

- CONHECIMENTO ESTÉTICO

Este é o momento privilegiado da cognição, onde a racionalidade opera

para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre arte.

A Arte é um campo do conhecimento humano, que é estruturado por um

saber, que tem uma origem, cada conteúdo tem sua história, que deve ser

conhecida para melhor compreensão por parte do aluno.

Este conhecimento transforma-se através do tempo em função dos modos

de produção social, o que implica para o aluno que conhecer como se organizam

210

Page 211: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

as várias formas de produzir arte, é conhecer também como a sociedade

estrutura-se historicamente.

- TRABALHO ARTÍSTICO

O trabalho criador (prática) é a expressão do aluno sendo privilegiada. É o

momento do exercício da imaginação e da criação. Apesar das dificuldades de

desenvolver estas práticas nas escolas, é de fundamental importância, pois a arte

não pode ser apreendida de forma abstrata.

O processo de produção do aluno se dá quando ele interioriza e se

familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos.

Estes três eixos metodológicos são importantes e essenciais no processo

ensino-aprendizagem em arte, são interdependentes e devem ser tratados de

forma orgânica em vários momentos..

Pode-se iniciar o encaminhamento do trabalho pelo trabalho artístico, mas

em todos os momentos são necessário tratar do conhecimento estético, onde o

aluno faz, mas sabe o que e o porque está fazendo, construindo junto com o

professor o conhecimento, inclusive, que haja alguns momentos de aulas teóricas

sobre o conteúdo e os movimentos artísticos importantes na história.

Para complementar o eixo sentir e perceber, é fundamental que se

possibilite aos alunos, visitas a exposições, museus, que assistam peças teatrais,

apresentações musicais, dança, dentre outros, que facilitem a análise, a descrição

do contexto e a organização das diferentes formas de linguagem.

AVALIAÇÃO

Os critérios de avaliação em Arte decorrem dos conteúdos, consistem em

uma seleção de expectativas que evidenciam a apropriação destes conteúdos

pelos alunos.

Não se propõe aqui avaliar a expressão, ou o trabalho do aluno, mas no

seu trabalho avaliar o domínio que este vai adquirindo dos modos de organização

destes conteúdos ou elementos formais na composição artística. Isto significa que

há modos de organizar, de expressar as qualidades estéticas dos objetos, dos

211

Page 212: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

sons da realidade, de forma que a resolução de uma proposta de representação

artística tem por base o equilíbrio, a harmonia, a dinâmica, etc..

Estes aspectos são o conhecimento que possibilitam ao aluno:

* expressar sua leitura sobre a realidade humano-social no trabalho

artístico;

* reconhecer e utilizar os diferentes sistemas de representação artística;

* fazer uma leitura da produção artística, a partir dos procedimentos que

foram usados;

* ultrapassar a cópia, a imitação e os estereótipos de representação;

* superar os hábitos de percepção impostos socialmente, que tendem a ver

os objetos somente sob seus aspectos prático-utilitários;

* construir, a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do

conhecimento técnico, o trabalho artístico, permitindo que este venha a ser

partilhado com os outros.

Estas questões pretendem evidenciar que o conhecimento é o mediador da

relação aluno-produção artística e a avaliação como parte deste processo, deve

possibilitar ao professor perceber em que medida houve a apropriação do

conteúdo proposto.

No processo de avaliação do ensino da Arte, o professor precisa

considerar a história do processo pessoal de cada aluno e sua relação com as

atividades desenvolvidas na escola. O professor deve criar formas criativas de

avaliação dos quais os alunos possam participar, assim como promover situações

de auto-avaliação para desenvolver a reflexão do aluno sobre o seu trabalho

artístico e dos demais colegas.

A avaliação pode ser realizada durante a própria situação de

aprendizagem, quando o professor identifica como o aluno interage com os

conteúdos, ou então, ao término de um conjunto de atividades que compõem uma

unidade didática para analisar como a aprendizagem ocorreu.

A avaliação em arte é um processo contínuo, ao longo de todo o ano letivo,

práticas cotidianas dos alunos podem ser tomadas como forma de avaliação. A

realização de provas tradicionais e exames acabam por sair do cotidiano normal

da aula de artes, tornando o aluno menos sensível e espontâneo para uma

avaliação em arte.

212

Page 213: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2 ed. São Paulo:

Cortez, 1993.

FLEITASD, J.; FLEITAS, O. Arte e comunicação. FTD

FUSARI, M. F. R; FERRAZ, M. H. C. Arte na Educação Escolar. São Paulo:

Cortez, 1993.

GABRYELLE, T. A conquista da Arte. Brasil.

IAVELBERG, R. Para Gostar de aprender arte: sala de aula e formação de

professores. Artmed, 2003.

MARTINS, M. C; PICOSQUE, G; GUERRA, M. T. T. Didática do ensino de arte:

a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

OLIVEIRA, M.G. Hoje é dia de Arte. IBEP.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Estado

do Paraná: Arte/Artes. Curitiba: SEED, 2008.

VASCONCELOS, T.; NOGUEIRA, L. Reviver nossa Arte. Scipione.

VENEZIA, M. Mestre da Arte. Moderna.

XAVIER, N.; AGNER, A. Viver com Arte. Àtica.

9.2 BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

213

Page 214: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA.

A História da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA tem sua

origem registrada desde a Antiguidade. As ideias deste período que contribuíram

com o desenvolvimento da Biologia, tiveram como principais pensadores e

estudiosos, os filósofos Platão (428/27 a.C. - 347 a.C.) e Aristóteles (384 a.C. -

322 a.C.), que, deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos

seres vivos. As interpretações filosóficas buscavam explicações para

compreensão da natureza.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino,

buscou-se na História da Ciência os contextos históricos nos quais, pressões

religiosas, econômicas, políticas e sociais que impulsionaram mudanças

conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza.

Nesse período longo e conturbado, surgiram novas contribuições para a

Biologia, porém muitos naturalistas se mantêm sob a influência do paradigma

aristotélico. Carl von Linné (1707-1778), fundador do sistema moderno de

classificação científica dos organismos, em sua obra “Systema Naturae” (1735),

propõe a organização dos seres vivos a partir de características estruturais,

anatômicas e comportamentais, “mantendo a visão de mundo estático idêntico em

sua essência à criação perfeita do Criador” (FUTUYAMA, 1993, p. 2),

classificando os seres vivos, mas mantendo o princípio da criação divina.

Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia,

considerando a comparação das espécies coletadas em diferentes locais. Esta

tendência reflete a atitude contemplativa interessada em retratar a beleza da

natureza partindo da exploração empírica do mundo natural pautado por um

método baseado na observação e descrição da natureza, caracterizando o

pensamento biológico descritivo.

Neste contexto do pensamento descritivo, conceitua-se VIDA "como

expressão da NATUREZA idealizada pelo sujeito racional" (RUSS, 1994, p. 360-

363).

Em meio a tantas mudanças, contributos foram dados pelo médico Willian

Harvey (1578-1657) com a proposição de um novo modelo referente à circulação

214

Page 215: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

do sangue. Este modelo, não o método, foi acolhido por Descartes1 (1596-1650)

como uma das bases mais consistentes do pensamento biológico mecanicista.

Sob a influência do pensamento positivista reafirma-se o pensamento

mecanicista. Para entender o funcionamento da VIDA a Biologia fracionou os

organismos vivos em partes cada vez mais especializadas e menores procurando

compreender as relações causa e efeito no funcionamento de cada uma de suas

partes. No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de

Mendel provocando uma revolução conceitual da biologia. Esta concepção

contribui para a construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos

vinculando-os ao material genético, marcando a influência do pensamento

biológico evolutivo.

Um novo modelo explicativo passa a ser visto a partir do pensamento

biológico da manipulação genética, demarcando a condição do homem em

compreender a estrutura físico-química dos seres vivos e as consequentes

alterações biológicas.

O momento histórico apontados têm como finalidade representar como se

deu a construção do pensamento biológico, identificando os recortes históricos

importantes para fundamentar a proposição dos conteúdos estruturantes de

Biologia.

Entretanto, para a Ciência, e em especial para a BIOLOGIA, esta

construção ocorre a partir de movimentos não-lineares, com momentos de crise,

de revoluções, de mudanças de paradigmas, de questionamentos conflitantes, de

busca constante por explicações sobre o fenômeno VIDA.

Sendo assim, organizar os conhecimentos biológicos construídos ao

longo da história da humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer

compreensão dos contextos em que a disciplina de Biologia é contemplada nos

currículos escolares.

Na realidade escolar brasileira, os procedimentos próprios do Ensino de

Ciências ficaram reduzidos a transmissão de um único método científico,

consistente no conjunto de passos perfeitamente definidos e aplicados de modo

mecanicista, ensinando o aluno a pensar e agir como cientistas, numa visão

positivista de Ciência. Esta escola ainda estava voltada para atender os filhos da

1

215

Page 216: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

elite cultural brasileira, iniciando o deslocamento do foco da formação

humanista para a científica.

ARROYO (1988, p. 5), afirma que

"No final da década de sessenta e início da década de setenta, fez-se uma crítica rígida ao saber transmitido no sistema escolar brasileiro. Tratava-se com desprezo o chamado saber tradicional, visto como livresco, humanista, metafísico, apropriado a uma república de bacharéis diletantes e improdutivos. Propunha-se um saber moderno, técnico-científico, útil, prático, capaz de formar profissionais e trabalhadores eficientes para uma sociedade produtiva".

Sob o impacto da revolução científico-técnica, na década de 70, as

questões ambientais decorrentes da industrialização desencadearam uma nova

concepção sobre o Ensino de Ciências. Passou-se a discutir as implicações

sociais do desenvolvimento científico.

O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a

promulgação da segunda LDB, Lei 5692/71, que fixava Diretrizes e Bases do

Ensino de 1 º e 2 º graus. Essa lei trazia alterações no sentido de conter os

aspectos liberais constantes na lei anterior, estabelecendo um ensino tecnicista

para atender ao regime vigente voltado para a ideologia do Nacionalismo

Desenvolvimentista (AGOSTINI, 2000).

O Ensino de Ciências é reorganizado. “A escola secundária deve servir

agora não mais à formação do futuro cientista ou profissional liberal, mas

principalmente ao trabalhador, peça essencial para responder às demandas do

desenvolvimento” (KRASILCHIK, 1987. p.18).

Em meio à crise dos anos 80 começaram a surgir várias críticas às

concepções que prevaleciam nos projetos inovadores para o Ensino de Ciências.

O ponto central desta revisão é a respeito da idéia de Ciência positivista e da

utilização da metodologia científica pelo aluno. Os projetos caracterizavam-se por

uma concepção empírico-indutivista para a Biologia, e visavam desenvolver essa

concepção no ensino.

Os conteúdos de Biologia eram aprendidos com base na observação, a

partir da qual, os mesmos poderiam ser explicados por raciocínios lógicos

comprovados pela experimentação. A experimentação garantia também a

216

Page 217: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

descoberta de novos fatos, de forma que o ciclo se fechava: voltava-se à

observação, depois ao raciocínio, depois à experimentação.

Surge no Brasil um novo campo de pesquisa sobre a aprendizagem dos

conceitos científicos, envolvendo a psicogênese dos conceitos e suas implicações

na aprendizagem das ciências. Decorrente dele, nos anos 80 surge no Brasil um

novo, utilizando a análise do processo de produção do conhecimento na ciência

como fonte de inspiração para a proposição de modelos de aprendizagem.

Em virtude das críticas ao contexto educacional, ao findar os anos 80 e

iniciar os anos 90, no Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação

propõe o Programa de Reestruturação do Ensino de 2.º Grau. A proposta,

apresentada para o ensino teve como referencial teórico à pedagogia histórico-

crítica. Este novo programa analisava as relações entre escola-trabalho-

cidadania.

Para o ensino da Biologia, a proposta estabelece seis temas que envolviam

as diferentes ciências de referência desta disciplina e algumas noções do

desenvolvimento científico e tecnológico. Este documento tinha por finalidade a

busca de uma alternativa metodológica para o ensino de Biologia, oportunizando

aos professores e alunos a uma visão totalizante da Biologia.

Tal proposta, apesar da tentativa de superação do ensino tradicional e

tecnicista com a pedagogia histórico-crítica, apresentava os conteúdos ainda

divididos por blocos tradicionais do livro didático, reunidos em temas geradores. A

visão de totalidade caracterizava o "conteudismo" dos conhecimentos da biologia.

Em 1998 foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o

Ensino Médio (DCNEM – Resolução CNE/CEB 03/98), para normatização da LDB

9394/96. O ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a

Biologia disposta na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas

Tecnologias.

Os conhecimentos da Biologia, expressos no PCN apontaram como objeto

de estudo da disciplina o fenômeno vida em toda sua "diversidade de

manifestações", porém os conceitos básicos da Biologia, são apresentados de

forma reducionista, com ênfase nos resultados da Ciência e omissão do seu

processo de produção, sem a abordagem histórica, permitindo uma pedagogia de

projetos para assuntos que não contemplam o conjunto de conhecimentos

217

Page 218: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

historicamente construídos para a Biologia (MOREIRA, 1991; BIZZO, 2000;

NARDI, 2002).

Partindo-se da dimensão histórica da disciplina Biologia foram identificados

os marcos conceituais da construção do pensamento biológico. Estes marcos

foram utilizados como critérios para escolha dos Conteúdos Estruturantes e dos

Encaminhamentos Metodológicos. Cabe ressaltar que a importância desta

compreensão histórica e filosófica da Ciência está em conformidade com o atual

contexto sócio-econômico e político, estabelecido a partir da compreensão da

concepção de Ciência enquanto construção humana.

OBJETIVOS GERAIS

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao

longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre

este fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.

Desde os estudiosos de química e física do iluminismo, herdeiros dos

filósofos que tentaram explicar os fenômenos naturais na antiguidade, aos

naturalistas que se ocupavam da descrição das maravilhas naturais do novo

mundo, passando pelos pioneiros do campo da medicina, todos contribuíram no

desenvolvimento de campos de saber que acabaram reunidos, na escola, sob o

nome de ciências, ciências físicas e biológicas, ciências da vida, ou ciências

naturais. (FERNANDES, 2005, p. 04)

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais

levou o ser humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel

como parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de

garantir a sobrevivência humana.

Desde o paleolítico, o ser humano, caçador e coletor, as observações dos

diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram

registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em

explorar a natureza.

No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no

Ensino Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas

dos modelos teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos –

218

Page 219: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos

naturais.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino,

buscou-se, na história da ciência, os contextos históricos nos quais, influências

religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.

A incursão pela História e Filosofia da Ciência permite identificar a

concepção de Ciência presente em cada momento histórico e as relações

estabelecidas com o próprio momento em que se destaca, as interferências que

sofre e provoca nesses momentos, e que influencia o processo de construção de

conceitos sobre o fenômeno VIDA. A partir das concepções de Ciências

estabelecidas ao longo do tempo reafirma-se, assim, o conceito VIDA como

objeto de estudo da Biologia.

Entende-se assim, que a Biologia contribui para a formação de sujeitos

críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos, desde que ao mesmo

tempo proporcionem o entendimento do objeto de estudo - o fenômeno VIDA - em

toda sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos; no

funcionamento dos mecanismos biológicos; do estudo da biodiversidade no

âmbito dos processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e

relações ecológicas; e das implicações dos avanços biológicos no fenômeno

VIDA.

Associando-se à Biologia enquanto produto histórico tem-se o

desenvolvimento da Biotecnologia e a compreensão de conceitos científicos, os

quais geram conflitos filosóficos, científico e social, pois põe em discussão a

manipulação do material genético, alterando a concepção do fenômeno VIDA.

Críticos como Michael APPLE (2006) e Henry GIROUX (1983), propõem

como alternativa o fortalecimento de lutas contra-hegemônicas e de currículos

que partam das desigualdades e da diversidade, que valorizem e incorporem as

“culturas vividas” pelos alunos, respeitando seus saberes e suas experiências, e

que possa desconstruir as tradicionais fronteiras entre a cultura popular, a cultura

erudita e a cultura de massa.

Sendo assim, nestas Diretrizes Curriculares redimensiona-se a

importância dada ao processo de construção histórica dos conhecimentos

219

Page 220: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

biológicos de forma que os mesmos possibilitem acesso, a cultura científica,

socialmente valorizada, tendo como objetivo a formação do sujeito crítico e

reflexivo, rompendo com concepções pedagógicas anteriores.

- Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos,

observados em microscópio ou olho nu.

- Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia;

- Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em

estudo;

- Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico apreendido,

através de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes etc.;

- Conhecer diferentes formas de obter informações (observação,

experimento, leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas

pertinentes ao tema biológico em estudo;

- Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos

biológicos;

- Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em Biologia, elaborando

conceitos, identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações;

- Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais,

vegetais etc.

- Relacionar os diversos conteúdos conceituais de Biologia (lógica interna )

na compreensão de fenômenos;

- Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo

biológico;

- Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução

de problemas, fazendo uso, quando for o caso, de tratamento estatístico na

análise de dados coletados;

- Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas

apresentados, utilizando elementos da Biologia;

- Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de

aprendizado (existencial ou escolar);

- Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento

de fatos ou processos biológicos (lógica externa );

220

Page 221: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto

da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e

tecnológicos;

- Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos

conhecimentos do senso comum relacionados a aspectos biológicos;

- Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações

intencionais por ele produzidas no seu ambiente;

- Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam à

preservação e à implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;

- Identificar as relações entre o conhecimento científico e o

desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições

de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser

seriados nem hierarquizados, esses conteúdos estruturantes são: organização

dos seres vivos, mecanismos biológicos, biodiversidade e manipulação genética.

Eles devem ser abordados de forma integrada, com ênfase nos aspectos

essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a conceitos oriundos

das diversas ciências de referência da Biologia.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

Teorias evolutivas.

Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e

interdependência com o ambiente.

Organismos geneticamente modificados.

221

Page 222: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

METODOLOGIA

A metodologia de ensino da Biologia, envolve o conjunto de processos or-

ganizados e integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de organismo no

meio, na relação ser humano e natureza e nas relações sociais, políticas, econô-

micas e culturais.

Assim, a experimentação deve ter como finalidade o uso de um método

que privilegie a construção do conhecimento, em caráter de superação à condição

de memorização direta, comportamentalista. Parte-se do pressuposto que a ado-

ção de uma prática pedagógica fundamentada nas teorias críticas deve assegurar

ao professor e ao aluno a participação ativa no processo pedagógico.

Desse modo, os conhecimentos biológicos, se compreendidos como produtos his-

tóricos indispensáveis à compreensão da prática social, podem contribuir para re-

velar a realidade concreta de forma crítica e explicitar as possibilidades de atua-

ção dos sujeitos no processo de transformação desta realidade (LIBÂNEO, 1983).

Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da VIDA e sua

complexidade de relações significa pensar em uma Ciência em transformação,

cujo caráter provisório garante a reavaliação dos seus resultados e possibilita o

repensar e a mudança constante de conceitos e teorias elaboradas em cada

momento histórico, social, político, econômico e cultural.

Torna-se importante, então, considerar a necessidade de se conhecer e

respeitar a diversidade social, cultural e as ideias primeiras do aluno, como

elementos que também podem constituir obstáculos à aprendizagem dos

conceitos científicos que levam a compreensão do conceito VIDA.

Como recurso para diagnosticar as ideias primeiras do aluno é

recomendável favorecer o debate em sala de aula. Este oportuniza a reflexão e

contribui para a formação de um sujeito investigativo, interessado, que busca

conhecer e compreender a realidade. Dizer que o aluno deve superar suas

concepções anteriores implica em promover ações pedagógicas que permitam tal

superação.

O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam para as seguintes

estratégias metodológicas de ensino: prática social, problematização,

222

Page 223: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

instrumentalização, catarse e o retorno à prática social (GASPARIN, 2002;

SAVIANI, 1997).

1- PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é

perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir

de uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo

à ser trabalhado.

2- PROBLEMATIZAÇÃO: é o momento para detectar e apontar as questões que

precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em consequência,

estabelecer que conhecimentos são necessários para a resolução destas

questões, e as exigências sociais de aplicação desse conhecimento.

3-INSTRUMENTALIZAÇÃO: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados

para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção

pessoal e profissional. Neste contexto, que os alunos apropriem-se das

ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a condição de

exploração em que vivem.

4-CATARSE: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de

conhecimento e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos

culturais, transformados em elementos ativos de transformação social, e assim

sendo, o aluno passa ao entendimento e elaboração de novas estruturas de

conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização.

5- RETORNO À PRATICA SOCIAL: caracteriza-se pelo retorno à prática social,

com o saber concreto e pensado par atuar e transformar as relações de produção

que impedem a construção de uma sociedade mais igualitária. A situação de

compreensão sincrética apresentada pelo aluno no início do processo, passa de

um estágio de menor compreensão do conhecimento científico à uma fase de

maior clareza e compreensão, explicitada numa visão sintética. Neste contexto, o

processo educacional põe-se a serviço da referida transformação das relações de

produção.

223

Page 224: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Assim, ao utilizar-se desta estratégia metodológica e retomando as

metodologias que favoreceram a determinação dos marcos conceituais

apresentados nestas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia, propõe-se

a utilização das estratégias acima apresentadas e considerar os princípios

metodológicos utilizados naqueles momentos históricos, porém, adequados ao

ensino neste momento histórico.

Para cada Conteúdos Estruturantes, propõe-se:

a. Organização dos Seres Vivos:

A metodologia descritiva, utilizada no momento histórico em que esse

Conteúdo Estruturante foi sistematizado no pensamento biológico, propõe a

observação e descrição dos seres vivos. Nesta diretriz, busca-se partir desta

metodologia ampliando a discussão para a comparação das características

estruturais anatômicas e comportamentais dos seres, realizando discussões entre

os critérios usados desde Linné até a atualidade com a introdução da análise

genômica, propiciando a compreensão sobre como o pensamento humano,

partindo da compreensão de mundo imutável, chegou ao modelo de mundo em

constante mudança.

b. Mecanismos Biológicos:

Este Conteúdo Estruturante fundamenta-se no paradigma mecanicista

para explicar os mecanismos biológicos. Por isso, baseava-se na análise dos

conhecimentos biológicos sob uma perspectiva fragmentada, conhecendo-se as

partes, utilizando as idéias do método científico propondo hipóteses que permitam

analisar como os sistemas biológicos funcionam. Nesta diretriz, considera-se que

este conhecimento, isoladamente, é insuficiente para permitir ao aluno

compreender as relações que se estabelecem entre os diversos mecanismos para

manutenção da vida. É importante que, o professor considere o aprofundamento,

a especialização, o conhecimento objetivo como ponto de partida para que se

possa compreender os sistemas vivos como fruto da interação entre seus

elementos constituintes e da interação deste sistema com os demais

componentes do seu meio;

c. Biodiversidade:

Este Conteúdo Estruturante fundamenta-se no paradigma evolutivo.

Sendo a concepção de Ciência entendida como construção humana, a

224

Page 225: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

metodologia do ensino neste Conteúdo Estruturante pretende caracterizar a

diversidade da VIDA como um conjunto de processos organizados e integrados,

quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou, ainda, de organismos no seu

meio. Nesta diretriz, pretende-se que as reflexões propostas, neste Conteúdo

Estruturante, partam das contribuições de Lamarck e Darwin para superar as

idéias fixistas, já superadas há muito pela ciência e supostamente pela sociedade.

Pretende-se a superação das concepções alternativas do aluno com a

aproximação das concepções científicas, procurando compreender os conceitos

da genética, da evolução e da ecologia, como forma de explicar a diversidade dos

seres vivos.

d. Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida:

Este Conteúdo Estruturante fundamenta-se no paradigma da manipulação

genética. Ao propor o paradigma da manipulação genética não significa que

esteja sendo proposto a manipulação do material genético nos laboratórios

escolares. O que se pretende, nesta diretriz, é garantir a reflexão sobre as

implicações dos avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade. Uma

possibilidade metodológica a ser utilizada é a problematização. Esta proposta

metodológica parte do princípio da provocação e mobilização do aluno na busca

por conhecimentos necessários para resolução de problemas. Estes problemas

relacionam os conteúdos da Biologia ao cotidiano do aluno para que ele busque

compreender e atuar na sociedade de forma crítica.

Compreendendo-se a proposta dos Conteúdos Estruturantes, atenção

especial deve ser atenção especial deve ser dada ao modo como os recursos

pedagógicos serão utilizados e aos critérios político-pedagógicos da seleção de

recursos didáticos que podem contribuir para uma leitura crítica que permitirá

realizar os recortes necessários dos conteúdos específicos identificados como

significativos para o Ensino Médio.

Os recursos a serem utilizados no Colégio Casemiro Karman para para a

disciplina de biologia são:

- Aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as analogias, entre tantos

outros, serão utilizados no sentido de possibilitarem a participação dos alunos,

favorecendo a expressão de seus pensamentos, suas percepções, significações,

interpretações, uma vez que aprender envolve a produção/criação de novos

225

Page 226: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

significados, tendo em vista que esse processo acarreta o encontro e o confronto

das diferentes ideias que circulam em sala de aula.- Imagens como vídeo,

transparências, fotos e as atividades experimentais, são recursos utilizados para

uma problematização em torno da questão demonstração-interpretação. Analisar

quais os objetivos, expectativas a serem atingidas, além da concepção de ciência

que se agrega a estas atividades, pode contribuir para a compreensão do papel

do aluno frente a tais atividades.

- Aula experimental, seja ela de manipulação de material ou demonstrativa

representa um importante recurso de ensino.

- Aulas demonstrativas como um importante recurso, é preciso permitir a

participação do aluno e não apenas tê-lo como observador passivo. Algumas

vezes a atividade prática demonstrativa, implica na ideia da existência de

verdades definidas e formuladas em leis já comprovadas, isto é, de uma ciência

de realidade imutável.

- Atividade prática, como resolução de problemas ou de hipóteses, ter uma

concepção de Ciência diferente, como interpretação da realidade, sendo as

teorias e hipóteses, consideradas explicações provisórias. Nesse caso,

estabelece-se um maior contato do aluno com o experimento, o que possibilita o

diálogo com a atitude científica.

- Estudo do meio como parques, praças, terrenos baldios, praias, bosques, rios,

zoológicos, hortas, mercados, lixões, fábricas etc. Estas atividades, além de

integrar conhecimentos veicula uma concepção sobre a relação homem-ambiente

e possibilita novas elaborações por meio da pesquisa,

- Jogos didáticos contribuem para gerar desafios , com conteúdos culturais a

serem veiculados na escola e finalidade de desenvolver habilidades de resolução

de problemas, o que possibilita a oportunidade de traçar planos de ações para

atingir determinados objetivos.

- Confecção de Painéis com linhas do Tempo sobre Origem do Universo,Terra e

Vida, e confecção de histórias em quadrinhos sobre os mesmos ou outros

assuntos são recursos motivadores na construção do conhecimento.

-Aulas práticas envolvendo citologia e fisiologia humana e utilização de materiais

disponíveis em laboratório:microscópio óptico, lâminas,corantes,painéis

ilustrativos de fisiologia humana(sistemas do corpo).

226

Page 227: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

O livro didático e atlas, são recursos eficientes e devem ser utilizados no

dia a dia para pesquisas, análises, comparações,e organização de dados para

apresentação de trabalhos em equipe e individual.

Os alunos serão orientados à confecção de modelos didáticos

tridimensionais de fisiologia humana e vegetal(em equipes).

Confecção de jogos da memória, dominó e ludo sobre características e

reinos dos seres vivos em equipe e individual.

Elaboração e produção de cruzadinhas e caça-palavras sobre diversos

assuntos como forma de fixação do conteúdo.

Produção de cartazes informativos e folders sobre doenças, educação

ambiental, gravidez, métodos contaceptivos, entre outros(escolha de alguns para

impressão e distribuição na escola e na comunidade).

Debates envolvendo biotecnologia e bioética, bem como resolução de

atividades sobre genética, identificação de pessoas pelo DNA, montagem do

cariótipo humano normal e portador de síndromes.

Utilização de massa de modelar para representação das etapas da divisão

celular (mitose e meiose).

Produção de mapas conceituais no quadro de giz.

Utilização do laboratório de informática para pesquisas de diversos

assuntos.

A TV multimídia tornou-se recurso eficaz no processo de ensino-

aprendizagem para ilustração e complementação de ideias sobre conteúdos

abordados.

Escrita de textos dissertativos e artigos sobre temas contemporâneos,

relacionando teorias e práticas biológicas, a partir das leituras, análises e

discussões realizadas, construindo argumentos e posicionamento próprio.

Biblioteca do colégio: diferentes referências para pesquisas, comparações,

análises e conclusões sobre diversos temas.

Elaboração e ensaio de peças teatrais envolventes, educação ambiental

(contemplação da lei 9.795/99).

Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância

com a Lei n. 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, este

deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente no

227

Page 228: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

desenvolvimento dos conteúdos específicos. Portanto é necessário que o

professor contextualize esta abordagem em relação aos conteúdos estruturantes,

de tal forma que os conteúdos específicos sobre as questões ambientais não

sejam trabalhados isoladamente na disciplina de Biologia. (DCE 2010).

As leis 10.639/03 História e Cultura Afro-Brasileira e indígena serão

contemplados, dentro dos conteúdos de Genética e Evolução.

Os encaminhamentos metodológicos expressos nestas Diretrizes objetivam

potencializar o aprendizado e nesse sentido são indissociáveis do processo

ensino-aprendizagem de Biologia. Assim os experimentos podem ser o ponto de

partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a percepção de sua

relação com as ideias discutidas em aula, levando os alunos à reflexão sobre a

teoria e a prática e, ao mesmo tempo permitindo que o professor perceba as

dúvidas de seus alunos.

AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada através de situações que possibilitem condições

para reflexão e questionamentos acerca do aprendizado dos alunos.

- Conceber e utilizar a avaliação em Biologia, como instrumento de aprendizagem

que permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos;

- Ampliar o conceito e a prática da avaliação ao conjunto de saberes, destrezas e

atitudes que interesse contemplar na aprendizagem de conceitos biológicos,

superando sua habitual limitação à rememoração receptiva de conteúdos

conceituais;

- Introduzir formas de avaliação da prática docente como instrumento de melhoria

do ensino.

É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste

modo, a avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como

instrumento, cuja finalidade é obter, informações necessárias sobre o

desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os

processos de aprendizagem.

228

Page 229: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Pressupõe-se uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento

dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças

necessárias.

Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo.

Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim

de superar os obstáculos.

Espera-se que o aluno:

Compreenda a diversidade biológica e a organização dos seres vivos.

Reconheça as diferenças das características estruturais, anatômicas e

comportamentais dos seres vivos.

Estabeleça relações entre os diversos mecanismos de funcionamento e

manutenção da VIDA.

Relacione os conceitos de genética, da evolução e da ecologia, como

forma de explicar a diversidade dos seres vivos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, M. J. P. M. Discursos da ciência e da escola: ideologia e leituras

possíveis. Campinas: Mercado de Letras, 2004.

ANDERY, M. A. [et al]. Para compreender a ciência. São Paulo: EDUC, 1988.

ARROYO, M. G. A função do ensino de Ciências. in: Em Aberto, ano 7, nº 40,

out/dez, Brasília, 1988.

ASTOLFI, J. P. A didática das ciências. Campinas/SP: Papirus, 1991.

AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. in: Moreira, M. A

[et al]. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991, p. 79 -90.

CARVALHO, A. M. P. [org.] Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática.

São Paulo: Pioniera Thomson Learning, 2004.

229

Page 230: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. São Paulo: Editora Moderna,

2004.

COLLINGWOOD, R. G. Ciência e filosofia. Lisboa: Editora Presença. (s.d.).

DESCARTES, R. Discurso do método. São Paulo: Paulus, 2002.

DI SANTO, J.M.R. Breve histórico e considerações. Universidade Santana.

disponível em: www.centrorefeducacional.com.br/estruens, em 28/08/2005.

FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.

FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de

ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, ano 1, nº 0,

ag/2005.

FRIGOTTO, G. [et al]. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Secretaria de

Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.

GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2004.

GIORDANI, M. C. História de Roma: antiguidade clássica II. Petrópolis: Vozes,

1997.

GIROUX, H. Teoria crítica e resistência em educação. Petrópolis: Vozes, 1983.

KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 2004.

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva,

2005.

230

Page 231: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

LIBÂNEO, J. C. Tendências pedagógicas na prática escolar. in: Revista da

ANDE, nº 6, p. 1-19, 1983.

LOPES, A. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro:

EdUERJ, 1999.

LOSSE, J. Introdução histórica à filosofia da ciência. Belo Horizonte: Itatiaia,

2000.

MEC/SEB – Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília,

2004.

NARDI, R [org]. Questões atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras

Editora, 2002.

RAW, I. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker Editores / Narrativa

Um, 2002.

RONAN, C.A. História ilustrada da ciência: A ciência nos séculos XIX e XX.

vol IV. tradução Jorge Enéas Fortes. Rio de Janeiro: Jorga Zahar Editor, 1987.

RONAN, C.A. História ilustrada da ciência: Da renascença à revolução

científica. vol III. tradução Jorge Enéas Fortes. Rio de Janeiro: Jorga Zahar

Editor, 1987.

RONAN, C.A. História ilustrada da ciência: Oriente, Roma e Idade Média. vol

II. tradução Jorge Enéas Fortes. Rio de Janeiro: Jorga Zahar Editor, 1987.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações.

Campinas/SP: Autores Associados, 1997.

231

Page 232: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de

Ensino Médio. Reestruturação do Ensino de 2º grau. Proposta de conteúdos do

Ensino de 2º grau – Biologia. Curitiba, 1993.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Estado

do Paraná: Biologia . Curitiba: SEED, 2008.

SIMMONS, J.C. 1949 - Os 100 maiores cientistas da história: uma

classificação dos cientistas mais influentes do passado e do presente. Rio

de Janeiro: DIFEL, 2002.

232

Page 233: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

9.3 EDUCAÇÃO FÍSICA:

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Na tentativa de situar historicamente a trajetória da disciplina de Educação

Física, optou-se por retratar os fatos ocorridos a partir do século XIX, devido as

transformações sociais pelas quais, o Brasil passava, dentre elas, o fim da

exploração escrava e as políticas de incentivo à imigração, principalmente o

crescimento das cidades exigindo uma série de medidas com vistas à aplicar os

preceitos de moralidade, bem como, instaurar a ordem social, adaptando o modo

de viver dos novos cidadãos das cidades à nova configuração da sociedade.

A princípio, a Educação Física tinha fins de “adestramento” e preparação

para a defesa da Pátria, visto que começou dentro de uma escola militar. Foi com

o parecer de Rui Barbosa em 1882 quando ocorreu a reforma do ensino primário

é que a Educação física teve destaque como fator formador de jovens.

Apoiados numa visão de que a ginástica assemelhava-se a atividade

manual e esta era própria dos escravos, a classe dirigente que consistia na época

(elite) oferecia grande resistência à tradução da ginástica nas escolas.

A partir de então a Educação Física, sempre atrelada a valores morais

médicos e militares em cada época, tornou-se obrigatória primeiramente nos

cursos primários e secundários e posteriormente em todos os níveis e graus de

ensino.

Na década de 1930, o esporte começou a se popularizar confundindo-se

com a Educação Física. Houve um incentivo as práticas desportivas com o intuito

de promover políticas nacionalistas pensadas para o país. Uma série de medidas

forma implantadas para ressaltar o sentimento de valorização da Pátria por meio

dos esportes.

A Educação Física por muito tempo tem seguido paralelo à educação e não

como parte dela, servindo a outros objetivos e não aos relacionados dentro de

uma visão histórico-social. É necessário que a Educação Física de uma condição

passiva de coadjuvante do processo educacional para ser parte integrante deste,

buscando colocá-lo em seu verdadeiro espaço e de área de conhecimento.

233

Page 234: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Na década de 1970 surge a Educação Física Psicomotora com a finalidade de

servir a outras disciplinas, uma vez que componentes como equilíbrio,

lateralidade, eram vistos como importantes para melhorar o aprendizado de

matemática ou português, por exemplo. Em meados dos anos de 1980 já se

pode falar não só de uma comunidade científica, mas também da delimitação de

tendências ou correntes, suscitando os primeiros debates voltados à uma

criticidade.

Já no início da década de 1990 um momento significativo para o Estado do

Paraná foi a elaboração do Currículo Básico. O Currículo da Educação Física está

embasado na pedagogia histórico-crítica da Educação Física, No mesmo período

foi elaborado também o documento de restruturação da proposta curricular do

ensino de segundo grau para a disciplina de Educação Física. A proposta também

se fundamentou na concepção histórico -crítica da educação, naquele momento

pretendia-se o resgate do compromisso social da ação pedagógica da Educação

Física.

Todos estes avanços teóricos da Educação Física sofreram um retrocesso

na década de 1990 quando após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional (LDB) apresentou-se a proposta dos Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN's).

É importante tomar como ponto de partida concepção de corpo que a

sociedade vem produzindo historicamente, levando os alunos a se situarem na

contemporaneidade, dialogando com o passado e vidrando o conhecimento do

seu corpo. Deverá ser considerado o tipo de sociedade onde este saber foi

produzido, proporcionando-se condições de análise e reflexão para reelaboração

do seu saber e conseqüente, reelaboração da consciência e da cultura corporal.

A Educação Física enquanto ciência tematiza o movimento humano o qual

não pode ser avaliado ao nível exclusivo de suas propriedades físicas e

biomecânicas, porque há nele toda a historicidade das sociedades.

O professor de Educação Física é aqui entendido como elemento chave

para operacionalizar os valores e resgatar o trabalho responsável sobre o corpo,

dentro de uma constante dialética do homem em relação com a natureza e com o

próprio homem.

234

Page 235: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Sua ação criadora e inovadora deverá dinamizar o trabalho em sua escola,

contribuindo com a conscientização de seu grupo, para modificação e valorização

de prática pedagógica e a flexibilidade de ações atreladas ao conteúdo numa

constante reflexão crítica, o que enriquece o processo ensino-aprendizagem.

A ação educativa deve ser um instrumento que prepara o homem para

reivindicar seu direito de opinar, discutir, criticar e alterar a ordem social e de ter

acesso à cultura e à história de seu tempo.

A Educação Física consciente é aquela que contribui para a educação do

indivíduo através do ato educativo, que é o resultado de um processo de ação

dinâmica, onde os envolvidos no processo de ensino aprendizagem estão

conscientes e exercitam sua criatividade durante todo o processo.

A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o

acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,

exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas,

ginásticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de

representação simbólica de realidades vividas pelo homem.

OBJETIVOS GERAIS

A Educação Física Escolar dentro da realidade levantada, buscará

contribuir para a formação de caráter, contribuir para a consciência quanto à

prevenção aos fatores intervenientes que podem interferir negativamente à saúde,

desenvolver habilidades motoras em grupo através de atividades e jogos

coletivos, promover a socialização entre as diferentes faixas etárias e os sexos

através de um ambiente afetivo durante as práticas, e despertar o interesse para

a busca de objetivos e planos, tendo a escola e as vivências corporais como

bases, que possam ser realizados a partir da decisão de chegar a um lugar

produtivo para a sociedade, mas dentro de um contexto de otimismo e felicidade.

Para atingir esses objetivos, deve-se trabalhar diferentes atividades

corporais, procurando adotar uma atitude cooperativa e solidária, sem discriminar

os colegas pelo desempenho, ou por razões sociais, físicas, sexuais e culturais.

Conhecer algumas de suas possibilidades e limitações corporais, de forma

235

Page 236: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

a poder estabelecer algumas metas pessoais (qualitativas e quantitativas).

Aumentar a percepção, a concentração, o raciocínio para criação de estratégias,

refletindo na velocidade de reação entre estímulo e resposta para atingir melhores níveis

de processamento e armazenamento de informações.

Intervir de forma conscientizadora em situações características dos grupos

humanos, como a inserção de uns e a exclusão de outros.

Descobrir nas aulas de Educação Física a sua importância como disciplina capaz

de oferecer informações relevantes sobre saúde física e mental, bem como chamar a

atenção para problemas sociais que influem na qualidade de vida das pessoas.

CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes adotados para o Ensino Médio foram, ginástica, esporte,

dança, lutas e jogos.

- Esporte individual e coletivo

- Jogos

- Ginástica

- Lutas

- Dança

- Elementos articulares

- saúde

- corpo

- tática e técnica

- lazer

- diversidade

Obs: os conteúdos desenvolvidos de 1ª a 3ª série, terão maior amplitude, complexidade e

aprofundamento do que as séries do Ensino Fundamental. A consciência corporal, o nível

de analise crítico deve estar numa fase de desenvolvimento mais elevada. Todos os

conteúdos são flexíveis de acordo com a necessidade de cada classe. Bem como toda a

estrutura necessária para introduzir a História da cultura Afro- indígena através de

costumes do desporto e das danças executadas pelas culturas afro e indígena.

METODOLOGIA

236

Page 237: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

As propostas buscam levar informações e aprendizagens por meio da

participação prática e teórica, sendo o professor um mediador durante as

atividades, e procurando instigar o aluno para a superação de suas dificuldades

corporais internas e externas através da promoção de um ambiente afetivo propício

para relações produtivas e saudáveis.

A forma de se trabalhar as propostas deve atingir o interesse do aluno, onde as

atividades que se tornam adequadas de um dado ambiente escolar, ganham significado

para ir além do ambiente escolar, relacionando o que vivencia corporalmente com a vida,

a sociedade e o capitalismo. Nesse contexto, a Educação Física Escolar dispõe de uma

diversidade de formas de abordagem para a aprendizagem, entre elas, as situações de

jogo coletivo, os exercícios de preparação corporal, de aperfeiçoamento, de improvisação,

a apreciação e discussão e as atividades recreativas. Dentro dessa esfera, os conteúdos

funcionam como estratégias de ensino, um meio para se chegar a um fim utilizando o

conhecimento trazido pelo aluno, contribuindo para um processo contínuo de ensino-

aprendizagem. Nisto, diante da individualidade de cada aluno, poderão ser propostas

atividades que integram a teoria com a prática social.

O Professor, partindo da realidade social que se encontra, pode contextualizar

problemas detectados e relaciona-los com o funcionamento do corpo, onde se

conhecendo (sentimento, sensações, emoções) o aluno pode vir a entender melhor a vida

em sociedade, percebendo a si e ao outro, como seres que compartilham o mesmo

espaço com diferentes maneiras de agir. Tais propostas corporais estabelecem relações

equilibradas e construtivas, buscam adotar hábitos saudáveis de qualidade de vida, de

atividades físicas saudáveis, de preservação da saúde e de formação de um cidadão

preparado para conviver e viver em sociedade.

AVALIAÇÃO

A valorização da aprendizagem do conteúdo proposto acontecerá baseada na

participação aliada ao interesse e a disciplina positiva, dessa forma será possível aferir a

que nível de aprendizagem, cada indivíduo pôde atingir dentro desse processo.

Dentro desse processo, devem ser levados em consideração a faixa etária dos

alunos e o grau de autonomia e discernimento que possuem. Esse processo, por se

manifestar de forma contínua, poderá revelar as alterações próprias e características

desse momento de aprendizado. Abordagens que os incluam como participantes do

237

Page 238: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

processo avaliativo serão bem aceitas, pois além de estimular o desenvolvimento da

responsabilidade pelo próprio processo, credita-lhes maturidade e responsabilidade, o

que favorecerá a maior compreensão e localização desses alunos na construção do

conhecimento.

Os instrumentos, além de serem discutidos entre aluno e professor, poderão ser

tão variados quanto forem os conteúdos e seus objetivos; esses instrumentos poderão

estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem, como uma forma sistemática de

valorização e de reflexão sobre as formas com que foram entendidos, vivenciados e

externados (com autonomia), os conhecimentos corporais e científicos da disciplina.

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

FARIA, J.A.G. Fundamentos pedagógicos: A avaliação em Educação Física. Rio de

Janeiro: Ao Livro Técnico, 1985.

GHIRALDELLI, J. P. Educação física progressista: A Pedagogia Crítica – Social dos

Conteúdos e a Educação Física Brasileira. São Paulo: Loyola, 1988.

MARINHO, I. P. A história da educação física no Brasil. São Paulo: Cia. Do Brasil,

1985.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Educação

Física. Paraná: 2006.

SANTIN, S. Educação física: outros caminhos. Porto Alegre: EST, 1990.

9.4 FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A partir do momento em que o homem deu-se conta de que era um ser capaz de

indagar e se auto explicar viu-se imerso em um novo mundo, onde questionava e era

questionado, e lá se vão mais de 2.600 anos de História.“Constituída como pensamento

há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a sua origem na Grécia antiga, traz consigo o

problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento de Platão e as teorias dos

238

Page 239: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

sofistas. Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e

o papel da retórica no ensino.” (DCE Filosofia, 2008, p. 38). Mas podemos dizer que antes

dessa discussão entre Platão e os Sofistas a Filosofia já nascia, entre os Séc. VI e V a.C.,

com os pensadores da Jônia, ou os chamados “Filósofos da Natureza”, contradizendo os

Mitos e as explicações mitológicas. E a partir daí este senso crítico, tão característico a

esta Filosofia, não deixou pedra sobre pedras: contestou os mitos, formulou teorias

morais e metafísicas que influenciaram e influenciam gerações, deu subsídios para

religiões e acima de tudo criticou. Criticou e criticou-se.

Agora, neste momento histórico da educação nacional, este pensamento crítico e

contestador volta as salas de aula. Depois de ser “acusada de perigosa pelas ditaduras,

ou de inútil, pela tecnocracia.” (RIBEIRO, Renato J. Folha de S. Paulo, 26 Agosto 2003) a

Filosofia volta e em franca expansão. Basta uma rápida olhada pelas mídias falada e

escrita, ou os cursos universitários e poderá se constatar esta volta e como ela é vital

para a educação, pois se antes não era vantajoso para o governo ou para o mercado um

“sujeito pensante”, hoje se faz necessário e urgente tal indivíduo, pois jamais poderemos

esperar a construção de uma sociedade justa e igualitária se a educação não privilegiar a

formação de cidadãos autônomos, livres, críticos e conscientes do mundo e condições

sociais a sua volta, o que, como ferramenta de crítica e conhecimento, a Filosofia é capaz

de proporcionar.

Agora cabe à Filosofia, como “ciência do conhecimento”, demonstrar sua rica

contribuição no Ensino Médio, trabalhando com conteúdos de extrema importância para a

formação de um ser crítico e emancipado, abordando conceitos e valores, girando sempre

em torno de problemas que por sua vez irão gerar inúmeras discussões em sala de aula,

pois “é no espaço escolar que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é próprio: o

pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos. A Filosofia procura tornar vivo

o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no

embate

entre as diferenças a sua convivência e a construção da sua história.” (DCE Filosofia,

2008, p. 45).

Tendo como base, inúmeras referencias de grandes filósofos, o professor tem total

condições de fornecer ao aluno aquilo que já era de lei, ou seja, “dominar os

conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. (LDB,

nº 9.394/96, no art. 36). Lógico que esta lei não contemplava o exercício da Filosofia na

sua totalidade e nem sua obrigatoriedade, mas hoje com a lei n. 15.228, aprovada em

239

Page 240: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

julho de 2006, foi decretada sua obrigatoriedade nos currículos escolares e seu

reconhecimento legal se deu na correção da LDB em junho de 2008 pela lei 11.684.

OBJETIVOS

- Mostrar ao aluno a diferenciação entre o pensamento mítico, baseado em crendices e

irracional ao pensamento elaborado racionalmente, livre de fantasmagorias e misticismos,

e em que período histórico da civilização ocidental se deu essa passagem, caracterizando

a Filosofia.

- Conhecer e compreender a Filosofia como disciplina, que nos auxilia no cotidiano e

durante nossa vida, levando os indivíduos a uma maior reflexão sobre as diferenças

pessoais, sociais, políticas e comportamentais.

- Refletir com maior profundidade, livre em parte do senso comum, visto que a Filosofia

não pode ser dogmática, sobre as diferenças temáticas e através do conhecimento tentar

uma transformação individual e da sociedade a qual pertence.

- Contribuir para um maior entendimento de como o homem compreende sua vida e seu

mundo, seja ele particular ou coletivo, como indivíduo ou como sociedade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e BÁSICOS

1º ANO

MITO E F ILOSOFIA

Saber mítico:

Saber filosófico:

Relação Mito e Filosofia:

Atualidade do mito:

O que é Filosofia?

TEORIA DO CONHECIMENTO

Possibilidade do conhecimento:

As formas de conhecimento:

A questão do método:

Conhecimento e lógica:

2º ANO

ÉTICA

240

Page 241: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Ética e moral:

Pluralidade ética:

Ética e violência:

Razão, desejo e vontade:

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas:

FILOSOFIA POLÍTICA

Liberdade e igualdade política:

Relações entre comunidade e poder:

Política e Ideologia:

Esfera pública e privada

3º ANO

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Concepções de ciência:

A questão do método científico:

Contribuições e limites da ciência:

Ciência e ideologia:

Ciência e ética:

ESTÉTICA

Natureza da arte:

Filosofia e arte:

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc:

Estética e sociedade:

METODOLOGIA

Para trabalhar o ensino de Filosofia se faz necessário seguir quatro momentos. O

primeiro a mobilização, é quando o conteúdo filosófico a ser trabalhado é relacionado com

a música, texto de jornal, filme, ou seja, algo que relacione o conteúdo com a atualidade e

chame a atenção do aluno. Depois dessa primeira abordagem inicia-se o processo de

problematização por parte do professor, e investigação e criação de conceitos juntamente

com o aluno. No final desse processo o aluno poderá elaborar uma dissertação onde

sejam apresentadas as idéias envolvidas com os conceitos formulados.

241

Page 242: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Os recursos didáticos a serem utilizados variam desde o texto filosófico relacionado

ao tema, um recorte de jornal, revista, charge, música, peça teatral, filme que podem ser

vinculados junto ao conteúdo trabalhado. E também o uso de computadores para

pesquisas e a TV multimídia.

Portanto a base do ensino de Filosofia é manter uma ação consciente e reflexiva

fazendo com que os alunos em questão, com base em definições e textos filosóficos,

possam realmente pensar, analisar e discutir sobre os problemas, com reais significados

históricos e sociais. Construir constantemente espaços de problematização

compartilhados com os próprios alunos, organizando debates, sugerindo pesquisas,

direcionando à criações de conceitos e definições de idéias. A filosofia deve possibilitar ao

estudante desenvolver estilo próprio de pensamento, que pode ter como direção alguns

momentos como a sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de

conceitos. Neste processo e com uma boa base literária, será fácil perceber os problemas

realmente significativos para os alunos e respectivamente para as aulas em si.

AVALIAÇÃO

Deve ter função extremamente diagnóstica, ou seja, não precisa apenas perceber

se o estudante assimilou o conteúdo estudado, mas sim, avaliá-lo em todo o percorrer do

processo de ensino aprendizagem, tendo respeito pelas posições do estudante, sua

formação de conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os

princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.

Os recursos para avaliar os discentes serão por meio de musica, textos, charges,

filmes, reportagens da mídia falada ou escrita, ou seja, qualquer meio que se possa ligar

com o conteúdo em questão e que possa familiarizar o discente com seu próprio mundo,

não deslocando-o de seu tempo.

Com relação à música serão utilizados os seguintes critérios: música e sua

interpretação relacionando com o conteúdo trabalhado. Com os textos, fazer resenhas e

interpretações próprias (logicamente com posterior correção do professor, pois apesar da

“facilitação filosófica” que o professor deve promover não devemos deixar cair em uma

banalização ou vulgarização da Filosofia), pois assim o aluno além de assimilar o

conteúdo irá exercitar sua postura crítica com relação ao conteúdo trabalhado. Já com as

charges o aluno poderá interpretá-las e assim desvendar a mensagem que a charge

passa nas entrelinhas, os filmes (excelentes contribuições filosóficas!) poderão ser

“ligados” com uma idéia nuclear de um filósofo, assim como também alguma reportagem

242

Page 243: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

colhida das diversas pesquisas do professor em seu dia a dia, visto que a Filosofia é uma

“vida” e não uma simples “matéria”. Outros instrumentos avaliativos são os seminários,

debates e atividades em sala de aula pertinente ao tema, juntamente com ao menos 01

(um) instrumento avaliativo escrito por etapa, cabendo ao PPP da escola definir o número

de atividades executadas pelo aluno.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ABRÃO, Bernadette S. (Organização). Historia da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural,

2004.

LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO DE FILOSOFIA – Vários autores. – Curitiba: SEED-PR,

2006.

MENDONÇA, Eduardo P. O Mundo Precisa de Filosofia. Rio de Janeiro: Agir Editora,

1970.

SEED, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Estado do

Paraná: FILOSOFIA, Curitiba, 2008.

243

Page 244: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

9.5 FÍSICA:

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física é um conhecimento, que permite elaborar modelos de evolução cósmica,

investigar os mistérios do mundo submicroscópico, das partículas que compõem a

matéria, ao mesmo tempo em que permite desenvolver novas fontes de energia e criar

novos materiais, produtos e tecnologias. É a ciência que estuda as propriedades e

interações da matéria e energia em seus aspectos mais gerais. Atualmente, é muito difícil

definir qual o campo de atuação da Física, pois ela aparece em diferentes campos do

conhecimento que, à primeira vista parece completamente descorrelacionados. Portanto,

a correta delimitação do campo de estudos da Física fica cada vez mais difícil de ser

estabelecida quando se citam outras áreas interdisciplinares como: biofísica, astrofísica,

geofísica, etc.

A física, deve educar para cidadania e preparar os sujeitos para serem inseridos no

cotidiano social de forma a dominarem certos conhecimentos, isso se faz considerando a

dimensão crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e a não-

neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e

envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. Trata-se de

construir uma visão da Física que esteja voltada para a formação de um cidadão

contemporâneo, na perspectiva de uma contribuição para o desenvolvimento do mundo

moderno.

Uma das funções da educação é a de organizadora social, pois os conhecimentos

inconscientes que trazemos – os instintos – não são suficientes para a manutenção de

uma sociedade tecnológica e complexa como a que se criou. Mas além de disseminar

conhecimentos, a educação prepara as próximas gerações de pesquisadores. Assim, o

conhecimento evolui e as sociedades se desenvolvem, formando uma teia global de

conhecimentos construídos por todos os indivíduos, o que possibilita a construção do

saber como um patrimônio em benefício da humanidade (MENEGOTTO, 2006, p.13)

Os aparatos científicos e tecnológicos preenchem nosso cotidiano, apresentando-

nos contentemente novas questões, fazendo com que o exercício da cidadania implique,

necessariamente em posicionar-se diante da Física e da tecnologia. Como ser cidadão

sem discutir estratégias para investimentos energéticos, as radiações eletromagnéticas

em torres de alta energia que cortam as cidades. A exigência de um olhar crítico à Física

e à tecnologia torna o ensino de Física fundamental no processo de formação de

244

Page 245: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

cidadania. (...) nesse nível de escolaridade devemos estar formando um jovem, cidadão

pleno, consciente e, sobretudo capaz de participação na sociedade. Sua formação deve

ser o mais global possível, pois sua capacidade de intervenção na realidade em que está

imerso tem relação direta com sua capacidade de leitura, de compreensão, de construção

dessa mesma realidade. (TERRAZZAN, 1994, p.39)

Não se trata de apresentar ao jovem a Física para que ele simplesmente seja

informado de sua existência, mas para que este conhecimento se transforme numa

ferramenta a mais em suas formas de pensar e agir. Porém o vasto conhecimento da

Física acumulado ao longo da história da humanidade, não pode estar presente na escola

média. Então há a necessidade de fazer escolhas com relação ao que se apresenta mais

importante ou fundamental.

No entanto, é essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um

processo histórico, objeto de contínua transformação e associada a outras formas de

expressão e produção humana.

O objetivo mais amplo da Física no ensino médio, requer sobretudo que os jovens

adquiram competência para lidar com as situações que vivenciam ou que venham a

vivenciar no futuro. Então é necessário também que a cultura em Física inclua a

compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos, técnicos e, ou tecnológicos

do cotidiano doméstico, social e profissional. Assim, as competências da Física estão

relacionadas principalmente com a investigação, compreensão dos fenômenos físicos, e

outras que dizem respeito à utilização da linguagem física. (PCN,1998)

OBJETIVOS GERAIS

• Identificar em dada situação problema as informações ou variáveis relevantes e possíveis

estratégias para resolvê-la.

• Identificar fenômenos naturais ou grandezas em dado domínio do conhecimento científico,

estabelecer relações; identificar regularidade, invariantes e transformações.

• Selecionar e utilizar instrumentos de medição e de cálculo, representar dados e fazer

escalas, fazer estimativas, elaborar hipóteses e interpretar resultados.

• Compreender o conhecimento científico e o tecnológico como resultado de uma

construção humana, inseridos em um processo histórico social.

• Reconhecer e utilizar adequadamente, símbolos, códigos e nomenclaturas da linguagem

científica.

• Compreender as leis e princípios da Física.

245

Page 246: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Aplicar conceitos, leis teorias e modelos gerais da Física.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo são estruturantes

porque indicam desdobramentos em conteúdos específicos que permitem trabalhar o

objeto de estudo da disciplina de Física de forma mais abrangente possível. A seleção

desses conteúdos estruturantes se fundamenta na História da Física e no entendimento

de que o Ensino Médio deve estar voltado à formação de sujeitos, cuja cultura agregue a

visão da natureza, das produções e das relações humanas.

Além disso, os conteúdos relativos a Movimento, Termodinâmica e

Eletromagnetismo podem ser aprofundados e contextualizados em relações

interdisciplinares, sob uma abordagem que contemple os avanços da Física nos últimos

anos e suas perceptivas.

1° SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MOVIMENTO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Momentum e inércia

Conservação de quantidade de movimento

Variação da quantidade de movimento=Impulso

2° Lei de Newton

3° Lei de Newton e condições de equilíbrio

Gravitação

Energia e o Princípio da conservação da energia

Variação/transformação da energia de parte de um sistema - trabalho e potência

Fluídos

2° SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TERMODINÂMICA

246

Page 247: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

CONTEÚDOS BÁSICOS

Leis da Termodinâmica: Lei zero da termodinâmica

1°Lei da termodinâmica

2° Lei da termodinâmica

3° Lei da termodinâmica

Óptica

Oscilações

3° SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ELETROMAGNETISMO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas

Força eletromagnética

Equações de Maxweell:(Lei de Gauss, lei de Coulomb, lei de Ampère e lei de

Faraday)

Interações

A natureza da luz e suas propriedades

Física moderna

METODOLOGIA

Os conteúdos previstos para o desenvolvimento da disciplina serão apresentados

em formas de aulas expositivas, usando diferentes linguagens: verbal, física, gráfica e

corporal e trabalhos em grupos e individuais, em classe e extraclasse, para estimular o

conhecimento na sala de aula e fora dela. Através de projetos multidisciplinares

promoveria transição para novos níveis e estágios de conhecimento e cultura.

Com aulas teóricas e práticas, através de debates, da exposição, da discussão e

da reflexão sobre os mais diversos temas, será desenvolvido uma atitude social que leve

ao exercício pleno da cidadania.

A introdução a alguns conteúdos de Física serão trabalhados com mídias (vídeos).

Utilizando os softwares educativas para o aprimoramento de conceitos físicos e

simulações de algumas situações.

O trabalho a ser desenvolvido no ensino de Física será norteado também em

pequenos experimentos realizados em sala de aula, procurando passar os conceitos ao

247

Page 248: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

aluno, através de práticas simples e instrutivas e desenvolvendo interesse aos fatos que

acontecem ao seu redor.

Trabalhando a química, biologia e matemática, será proporcionado ao aluno a

possibilidade dele relacionar a Física com as outras ciências. Bem como o

desenvolvimento do raciocínio lógico.

É imprescindível considerar o mundo vivencial dos alunos, sua realidade próxima

ou distante, os objetos ou fenômenos com que efetivamente lidam, os problemas,

indagações que movem sua curiosidade. Esse deve ser o ponto de partida e, de certa

forma, também o ponto de chegada. Ou seja, feitas as investigações, abstrações e

generalizações potencializadas pelo saber da Física, em sua dimensão conceitual, o

conhecimento volta-se novamente para os fenômenos significativos ou objetos

tecnológicos de interesse, agora com um novo olhar como o exercício de utilização do

novo saber adquirido, em sua dimensão aplicada ou tecnológica. O saber assim adquirido

reveste-se de uma universalidade maior que o âmbito dos problemas tratados, de tal

forma que passa a ser instrumento para outras e diferentes investigações.

O aprendizado de Física deve estimular os jovens a acompanhar as notícias

científicas, orientando-os para a identificação sobre o assunto que está sendo tratado e

promovendo meios para a interpretação de seus significados.

AVALIAÇÃO

A avaliação, é um instrumento fundamental para fornecer sobre como está o

processo de ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor e a equipe

pedagógica conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho, como para o aluno

verificar seu desempenho, e não simplesmente focalizar o aluno, seu desempenho

cognitivo e o acúmulo de conteúdos, para classificá-los em “aprovado” ou “reprovado”.

O processo de avaliação, visto como um diagnóstico contínuo e dinâmico, torna-se

um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os procedimentos e

as estratégias de ensino para que realmente o aluno aprenda.

A avaliação deve ter um caráter diversificado levando em considerações todos os

seguintes aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um

texto seja literário ou científico emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico;

a capacidade de elaborar relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que

envolva a física.

248

Page 249: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Em geral, a avaliação é feita através do progresso do aluno no domínio de

conceitos ou observados a todo momento em sala de aula, através da participação do

aluno.

É importante que a avaliação, verifique a capacidade de interpretar, identificar

informações, estimar, investigar, justificar, argumentar e comprovar.

As provas escritas e individuais serão uma parte do processo avaliativo, bem como

a recuperação paralela dos conteúdos que não atingiram os objetivos.

Além das provas escritas e individuais, deverá conter também:

9. Relatórios;

10. Pesquisas;

11. Trabalhos em grupos e individuais;

12. Lista de exercícios;

13. Avaliações com consulta;

14. Observações do aluno em suas participações orais, no quadro, durante o

desenvolvimento de exercícios e atividades propostas.

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

BRASIL. Parâmetro curricular nacional (ensino médio). Brasília, governo Federal,

1998.

MENEGOTTO, J.C. Atitudes de estudantes do ensino médio em relação à física .

Dissertação de mestrado. Programa de Pós- Graduação em Educação em Ciências e

Matemática. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2006.

TERRAZZAN, E.A. Perspectivas para a inserção de física moderna na escola média .

Tese de doutorado. São Paulo. Programa de Pós-graduação em educação. Universidade

de São Paulo, 1994.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Física para o

Ensino Médio. Paraná: 2006.

9.6 GEOGRAFI A:

249

Page 250: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Já desde os antepassados os saberes geográficos fazem parte das estratégias de

sobrevivência das pessoas. Os movimentos da terra, as marés, as variações climáticas,

foram essenciais para a relação da sociedade com a natureza. Descrições das áreas

conquistadas bem como sua localização, eram conhecimentos fundamentais para suas

organizações políticas e econômicas.

Nessa época desenvolveram-se conhecimentos como elaboração de mapas,

discussões sobre a forma e diâmetro do planeta, distribuição das terras e águas,

definições climáticas.

Já na Idade Media, as ideias e concepções geográficas estavam adaptadas aos

ensinamentos bíblicos, impostos pelo poder político então estabelecido.

As grandes navegações desencadearam a necessidade de se ter conhecimentos

sobre questões cartográficas, rotas marítimas, distribuição de terras e águas. A partir daí

as expedições terrestres passaram a descrever e representar detalhadamente o espaço –

rios, lagos, montanhas, desertos, planícies e aspectos humanos.

Nesse processo histórico, os saberes geográficos passaram a ser evidenciados

nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões

referentes ao espaço e á sociedade, como comércio, organização do estado, solo,

recursos minerais, população, entre outros. Porém, até o século XIX esses estudos

estavam dispersos em obras diversas.

No imperialismo do século XIX, pesquisas realizadas por sociedades geográficas,

apoiadas por estados colonizadores, como Inglaterra, França e Prússia(atual Alemanha)

subsidiaram o surgimento das escolas nacionais de pensamento geográfico, como a

alemã (Ratzel -1844-1904) e a francesa (Vidal de La Blache-1845-1918).

A ciência geográfica foi inserida no currículo escolar brasileiro no século XIX,

aparecendo de forma indireta no ensino primário. Apenas na década de 1980, com a

criação do IBGE, da AGB e do primeiro curso de licenciatura em Geografia no Brasil.

Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o

ambiente físico nacional servindo os interesses políticos do Estado, na visão do

nacionalismo econômico (exploração dos recursos minerais, indústria de base, dados

demográficos).

Já na Geografia tradicional, caracterizada pelo caráter decorativo, voltado para a

descrição do espaço, perpetuou-se por boa parte do século XX.

250

Page 251: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Depois da Segunda Guerra Mundial, as transformações históricas relacionadas aos

modos de produção, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na

ordem mundial que interferiram no pensamento geográfico da época. Tais transformações

intensificaram-se no decorrer da segunda metade do século XX, dando novos enfoques

para a análise do espaço geográfico, além de reformulações no campo temático da

Geografia.

A internacionalização da economia e as multinacionais trouxeram para as

discussões geográficas, assuntos ligados á degradação da natureza, equilíbrio ambiental

do planeta, desigualdades sociais, questões culturais e demográficas.

No Brasil, o Golpe Militar de 1964 provocou mudanças substanciais em todos os

setores, inclusive no educacional, com a valorização da formação profissional, afetando

principalmente disciplinas relacionadas ás ciências humanas, surgindo a disciplina de

Estudos Sociais, que envolvia Geografia e História, empobrecendo os estudos das

disciplinas envolvidas, no 1grau. No 2 grau foram impostas as disciplinas de OSPB e

EMC,consideradas importantes para a formação técnica.

Nos anos 80 ocorreram movimentos visando o desmembramento da disciplina de

estudos sociais e o retorno da Geografia e da História. No nosso estado em 1983, o 1

Encontro Paranaense de História e Geografia, originou um documento que posteriormente

permitiu que as escolas pudessem optar por ensinar Estudos Sociais ou as disciplinas de

Geografia e História separadamente. Porém, o desmembramento em disciplinas

autônomas ocorreu em 1986.

A renovação do pensamento geográfico no pós-guerra chegou com força ao Brasil.

A geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico, deu

novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia,

trazendo questões econômicas sociais e políticas como fundamentais para a

compreensão do espaço geográfico.

Surge então uma nova Geografia, tendo como alicerce interpretativo o espaço

geográfico produzido, espaço este composto por objetos (naturais, culturais-técnicos) e

ações (relações sociais, culturais, políticas, e econômicas) inter-relacionados.

O ensino da Geografia visa despertar e possibilitar ao aluno a construção de uma

consciência crítica, coletiva e articulada, buscando a totalidade do conhecimento acerca

do espaço geográfico, permitindo aos alunos adquirir hábitos e construir valores

significativos da vida em sociedade.

Tanto a geografia como as demais ciências sociais tem na escola um compromisso

de contribuir para a formação do cidadão que participe dos movimentos promovidos pela

251

Page 252: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

sociedade, bem como o objetivo de formação de um ser capaz de conhecer seu papel

como agente transformador da realidade a qual está inserido.

O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço

produzido e apropriado, composto pela inter-relação entre sistemas de objetos, naturais,

culturais e técnicos, é entendido como interdependente do sujeito que o constrói, é a

construção das sociedades, onde o homem se expressa, se constrói e se destrói.

Assim, para a formação de um aluno consciente das relações sócio espaciais de

seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual das abordagens

críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos conflitos e contradições sociais,

econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado espaço. No Ensino

Médio, o aluno deve construir competências que permitam a análise do real, revelando às

causas e efeitos, a intensidade, a heterogeneidade e o contexto espacial dos fenômenos

que configuram cada sociedade.

Hoje a Geografia procura assumir a interdisciplinaridade, admitindo que esta

posição seja profundamente enriquecedora. Conceitos como natureza e sociedade, por

exemplo, se acham dilacerados entre várias disciplinas e necessitam de um esforço

interdisciplinar para serem reconstruídos.

O Ensino Médio não deve ser entendido somente como uma continuação do

Ensino Fundamental, mas sim a ampliação do conhecimento estruturado que tem por

objetivo levar a autonomia para o cidadão.

A Geografia, é um saber interdisciplinar e a mesma abandonou há algumas

décadas a ideia de se constituir numa ciência de síntese, ou seja, capaz de explicar o

mundo sozinha. Decorre daí a necessidade de transcender seus limites conceituais e

buscar a interatividade com as outras ciências sem perder sua identidade e

especificidade.

OBJETIVOS GERAIS

Dentro da Prática Pedagógica se conduz o educando para tornar-se um agente

participativo dentro das diferentes potencialidades. De acordo com sua realidade. Buscar

contribuir na complementação dos temas pré-dispostos do programa anual, deixando

claro que a geografia é uma ciência ligada à vida e ao nosso espaço de vivência. Neste

contexto, o educando participa desenvolvendo a construção de seu conhecimento,

252

Page 253: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

realizando pesquisas, contextualizando a realidade, produzindo textos, debates e

participando de seminários.

Parcerias significativas, práticas, críticas, produtivas, reflexivas e transformadoras.

Lembrando que o aluno é original, únicos, dotados de inteligências múltiplas. Fazer uso

de diversas formas de diálogo. Partir da prática social, passar para a problematização

provocando a catarse e o retorno a prática social através da mediação. Ultrapassar o

ensino do livresco, valorizando a ação reflexiva, estimular a análise. Reconhecer a

interdisciplinaridade; Mendonça, (2002, p. 141), salienta a necessidade da simultaneidade

de olhares, técnicas e perspectivas sobre o objeto de estudo da geografia, ao que o autor

denomina “diálogo de saberes”, como essencial para a superação das dificuldades e

limitações para a apreensão do real, na pesquisa pelo ser humano. Levando o sujeito do

processo a questionar, investigar, ser criativo, ético e a construir espaços próprios.

Tem como fundamentos norteadores em um ensino holístico, progressista e

direcionado a pesquisa devendo enriquecer e aprofundar a relação consigo mesmo, com

a família e membros da comunidade global, com o planeta e com o cosmo, onde a visão

do todo deve considerar a intuição e emoção, respeitar as diferenças e promover a

interação e as relações entre as partes, pois é o ser que constrói sua história, influi no

meio e por ele é influenciado. Portanto, a disciplina almeja proporcionar uma convivência

no coletivo, síntese de múltiplas relações, buscando a transformação através da troca, da

inter-relação dialógica e critica, ultrapassando o leia, escute, decore e repita, para um

espaço produtivo, gestor de projetos inovadores, transformadores e participativo, onde o

professor será o mediador, o articulador.

Especificamente, a disciplina busca, que o aluno seja capaz de:

- Identifique no espaço e no tempo o modo de ocupação em função das necessidades.

- Reconhecer, entender que o espaço geográfico é produzido pelas ações sociais.

- Localizar-se e orientar-se no espaço através da leitura cartográfica.

- Entender os conceitos de paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade.

- Perceber que o trabalho transforma pela apropriação dos recursos naturais.

- Identificar a transformação espacial da população, como resultado de fatores históricos,

naturais e culturais.

- Reconhecer que o trabalho se modifica no tempo, portanto, relaciona-se com a historia

da humanidade.

- Entender a organização do espaço geográfico deve conhecer e valorizar o inter-

relacionamento entre os homens e destes com a natureza.

253

Page 254: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Questionar as implicações da relação entre os que detêm o poder econômico e político

e aqueles subjugados pelo trabalho alienado.

- Identificar as manifestações espaciais dos diferentes grupos.

- Transformar a realidade social só e possível com a explicação do espaço geográfico e

encaminhamento dos conflitos.

- Entender como a exploração dos recursos naturais trouxeram conseqüências

ambientais.

- Compreender o espaço geográfico a partir das interações entre homens e das suas

relações com o ambiente.

A partir do exposto, espera-se que o aluno, ao iniciar seus estudos do ensino

fundamental e médio se expõe todo este paradigma, abordando os conhecimentos

necessários para o entendimento das inter-relações.

CONTEÚDOS

De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os conteúdos

estruturantes da geografia do Ensino Médio; já considerando que o objeto de estudo da

mesma, é o espaço geográfico que este não pode ser entendido sem uma relação com os

principais conceitos.

O esquema a seguir representa as relações que devem ser estabelecidas entre o

objeto de estudo da Geografia, seu quadro conceitual de referência e os conteúdos

estruturantes e básicos.

OBJETO DE ESTUDO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

CONCEITOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTESSOCIEDADE A dimensão econômica do espaço geográfico.NATUREZA Dimensão política do espaço geográficoTERRITÓRIO Dimensão socioambiental do espaço geográfico.REGIÃOPAISAGEM A dinâmica cultural demográfica do espaço

geográfico.LUGAR

Conteúdos Básicos

• O espaço rural e a modernização da agricultura.

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

254

Page 255: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• A circulação de mão- de - obra, do capital, das mercadorias e das informações.

• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos.

• Os movimentos migratórios e suas motivações.

• As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.

• O comércio e as implicações sócio espaciais.

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

• As implicações sócio espaciais do processo de mundialização.

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

PRIMEIRO ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

- DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

- DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

SEGUNDO ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTE:

− DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

− DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

− DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

TERCEIRO ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

255

Page 256: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

− DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

− DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.

− DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

METODOLOGIA

A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo

compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações, sua meta é a de

buscar um ensino para a conquista da cidadania, proporciona também aos alunos a

possibilidade de compreenderem sua própria posição no conjunto de interações entre a

sociedade e a natureza.

Os ensinos de geografia propõem o estudo imaginário para poder compreender os

espaços subjetivos, os mapas mentais que constroem para orientar as pessoas e o

mundo. Quando se pensa sobre o mundo rural e urbano, um bairro ou mesmo um país, se

constroem com o imaginário esses espaços. O imaginário é compreendido como um

mundo de representações, mesmo existindo somente na imaginação, elas adquirem uma

grande autonomia e participam nas decisões tomadas no cotidiano. Nesse sentido,

trabalhar com o imaginário do aluno no estudo do espaço é facilitar a interlocução com ele

e compreender o significado que as diferentes paisagens, lugares e coisas, tem para ele.

Isso significa, valorizar os fatores culturais da vida cotidiana, permitindo compreender ao

mesmo tempo a singularidade e a pluralidade dos lugares no mundo.

A geografia que deriva de uma concepção cientifica, se ocupa da analise histórica

da formação das diversas configurações espaciais e distingue-se dos demais ramos do

conhecimento na medida em que se preocupa com localizações de estruturas espaciais e

dos processos espaciais; trata da produção e da organização do espaço geográfico, a

partir das relações sociais de produção, historicamente determinado.

Portanto deve ser realizado o ensino de uma geografia crítica, que desvele a

realidade, uma geografia que conceba o espaço geográfico como sendo um espaço

social, produzido e reproduzido pela sociedade humana para nele se realizar e se

produzir. Não se trata apenas de repassar para os alunos fatos para que eles memorizem,

mas sim levantar questões e instrumentalizá-los propiciando-lhes as condições de se

compreenderem como sujeitos da história e agentes da transformação social.

Deve ser tratada de forma integrada, isto é, a Geografia Física e Humana ao

mesmo tempo, sem separação. A apropriação da natureza é um ato social, o seu estudo

deve se der de maneira inter-relacionada com a sociedade.

256

Page 257: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

É necessário, portanto que trabalhemos com os alunos o processo de formação e

transformação de seus elementos e de seu conjunto.

Como não é possível entender a organização espacial sem compreender as

relações sociais que se desenvolvem nesse espaço através do processo do trabalho,

torna-se necessário à compreensão da lógica da sociedade em vivem. Assim percebe-se

a existência de uma totalidade, que é a sociedade produzindo e reproduzindo o espaço,

para nele se estabelecer e se perpetuar.

Busca-se explicação promovam a intercessão da geografia com outros campos do

saber. Uma geografia que não seja apenas centrada na discrição empírica de paisagens,

tampouco pautada exclusivamente pela explicação política econômica do Mundo; que

trabalhe tanto as relações socioculturais da paisagem com os elementos físicos e

biológicos que dela fazem parte, investigação as múltiplas interações entre elas

estabelecidas na constituição dos lugares e territórios.

Além de estudar os conteúdos específicos de geografia é fundamental trabalhar

com os alunos a questão História e Cultura Afro-Brasileira da referente lei 10.639/03 e a

11645/08 , História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, e a de Educação Ambiental.Lei

9.795/99.Essas leis serão trabalhadas com textos e exemplos da realidade no qual os

alunos vivem, e mostrando a presença de pessoas Afro-Brasileiras e também buscando

através de observações do bairro em que se encontra a realidade da clientela da escola

fazer um estudo de como se encontra o meio ambiente.

Alguns encaminhamentos metodológicos, seguem abaixo como propostas de ações:

-Coleta de dados para posterior leitura e análise de resultados obtidos;

·Perguntas e suposições acerca do assunto em estudo;

·Defesa de um ponto de vista (Debate/Fórum);

·Elaboração de hipóteses;

·Projetos envolvendo a realidade local;

·Leitura, interpretação e produção de textos;

·Leitura, interpretação e superposição de mapas;

·Interpretação de noticiários diários e a relação com os temas estudados;

·Análise e/ou interpretação de gráficos e tabelas;

·Elaboração de quadro cronológico/ processo histórico;

·Produção de textos a partir de informações diversas;

·Interpretação de filmes, documentários e fotos com paisagens com retratos das mais

diversas realidades;

257

Page 258: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

-Aulas de campo como visitas a indústrias, parques, unidades de conservação, municípios

históricos, Portos, Ilhas, pontos turísticos regionais e outros locais que enriqueçam e

auxiliem o educando na compreensão do espaço geográfico;

·Trabalhos em grupos, entre outros.

-Uso dos recursos tecnológicos como laboratório de informática, TV pendrive, entre

outros.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser vista como acompanhamento da aprendizagem onde ela tem

que ser diagnóstica e contínua, uma espécie de mapeamento que vai identificando as

conquistas e os problemas dos alunos em seu desenvolvimento. O processo de avaliação

deverá ser contínuo e dinâmico, onde o professor esteja aberto para buscar formas mais

criativas e até alternativas para compreender se o aluno avançou, e como o conhecimento

da Geografia faz sentido para esse aluno hoje e também o fará futuramente.

O processo de avaliação deve considerar a mudança de pensamento e atitude do

aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/aprendizagem,

quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a participação dos

alunos. Ao destacar tais elementos como parâmetros de qualidade do ensino e da

aprendizagem, rompe-se a concepção pedagógica da escola tradicional que destacava

tão somente a memorização, a obediência e a passividade (HOFFMANN, 1993).

Várias alternativas poderão diversificar a avaliação, desde trabalhos em equipes e

individuais, pesquisas bibliográficas e de campo, e mesmo provas individuais e em

duplas, com ou sem consulta. Além da análise e interpretação de gráficos, mapas,

tabelas, documentários, entre outros.

A avaliação é parte integrante do ensino e, por meio dela, o professor estuda,

analisando os dados da aprendizagem, tendo em vista acompanhar e aperfeiçoar o

processo de aprendizagem. Portanto, será diagnóstica, somativa, qualitativa, contínua,

permanente e cumulativa, levando em conta as atividades e a capacidade de síntese e a

elaboração pessoal do aluno sempre de forma holística. Será oportunizada a recuperação

de estudos, como forma de garantir desempenho do educando.

A avaliação dever ser compreendida como elemento integrador entre a

aprendizagem e o ensino, o que envolve múltiplos aspectos:

-O ajuste e a orientação pedagógico para que o aluno aprenda da melhor forma;

-A obtenção de informações sobre os temas de conhecimento;

258

Page 259: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

-A reflexão contínua do educador sobre suas práticas educativas;

- A conscientização dos avanços, dificuldades e possibilidades.

Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação. Ao

invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar técnicas e

instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como:

• interpretação e produção de textos de Geografia;

• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

• pesquisas bibliográficas;

• relatórios de aulas de campo;

• apresentação e discussão de temas em seminários;

• construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros.

A avaliação, portanto ocorrerá durante todo o processo ensino-aprendizagem,

desde o planejamento das atividades por parte do educador até a etapa final.

Buscando obter o máximo de informações em informações em relações aos

processos de aprendizagem, continua, processual e participativa onde a auto-avaliação e

a avaliação de grupos e individual tenha espaços para elaboração, reflexão e crítica sobre

os conteúdos trabalhados. Avaliar o progresso, o envolvimento a caminhada, a qualidade

do processo educativo, onde aluno será encaminhado a pesquisar com a dúvida. Um

professor que saiba trabalhar como um pesquisador e que instigue seus alunos a dúvida,

à inquietação e ao novo, encaminhará o aluno a ser capaz de produzir sua própria

aprendizagem, tornando o erro um desafio para o aluno encontrar novas respostas,

provocará um crescimento gradativo, não se esquecendo de respeitar o aluno com seus

limites e suas qualidades. O aluno deverá perceber seu desenvolvimento no desafio.

Dinâmicas práticas concretas, trabalhos em grupo e avaliação formal fazem parte deste

processo.

A avaliação deve levar em consideração a relação conteúdo-método, de modo que

o aluno tenha uma visão ampla do Mundo e da realidade em que inserida, correlacionada

e empregada como uma reflexão sobre a ação. Assim dever contínua e compreendida

como parte integrante do processo educacional. É um meio onde o professor da

oportunidade ao aluno de demonstrar se houve ou não aprendizagem. Através do Aluno X

Professor podem perceber as dificuldades ainda existentes e retomar o conteúdo

trabalhado. Nesse caso, avalia-se o Ensino oferecido, se este cumpriu ou não a

finalidade. Desta forma a avaliação ocorre durante todo processo Ensino-Aprendizagem.

Nesta disciplina a avaliação se fará de forma gradativa, instrumentalizando o aluno

por meio de conteúdos fundamentais, citados nos eixos temáticos, verificando passo a

259

Page 260: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

passo o desempenho da aprendizagem e retomando conteúdos que não foram

assimilados. Assim o aluno está constantemente sendo avaliado por meio de vários

instrumentos, conforme o tipo de conteúdo que será trabalhado. A avaliação poderá então

ser feita por meio de leitura e interpretação de mapas, relatórios, textos com consultas

individuais e em equipes, exercícios individuais e em grupos, trabalhos práticos,

pesquisas, textos orais e escritos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANDRADE, M. C. Geografia Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.

ARCHELA, R. S.; GOMES, M. F. V. B. Geografia para o ensino médio: manual de

aulas práticas. Londrina: ed. UEL, 1999.

BARBOSA, J. L. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado.

In. CARLOS A F. A. (Org) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

CAVALCANTI, L. S. Geografia Escola e Construção do Conhecimento. Campinas:

Papirus, 1998.

CHRISTOFOLETTI, A. (org) Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1982.

GONÇALVES, C. W. P. Os (des) Caminhos do Meio Ambiente. São Paulo: Contexto,

2002.

MORAES, A C R. Geografia: isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra.

Campinas: Papirus, 1988.

OLIVEIRA, A U. Para onde vai o ensino da Geografia? São Paulo: contexto, 1989.

SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Geografia para

o Ensino Médio. Paraná: 2009.

260

Page 261: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no Ensino Fundamental e Médio. In: CARLOS A F. A

(org). A Geografia em sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

SOUZA, M. J. L. O. Território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento.

In: CASTRO, I. E. e outros (org). Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro:

Bertrand Brasil, 1995.

TUAN, Y. F. Geografia Humanística. In: CHRISTOOLETTI, A (Org). Perspectivas da

Geografia. São Paulo: Difel, 1982.

VASCONCELOS, C. Construção do conhecimento em sala de sala. São Paulo: Liberal

– Centro de Formação e Assessoria Pedagógica, 1993.

VLACH, V. R. F. O ensino da Geografia no Brasil: uma perspectiva histórica. In

VESENTINI, j. w. (Org.) O ensino de Geografia no Século XXI. Campinas, SP: Papirus,

2004.

9.7 HISTÓRIA :

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A finalidade da história é expressa no processo de produção do conhecimento

humano sob a forma de consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação

dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da

provisoriedade deste conhecimento. O conhecimento histórico possui formas diferentes

de explicar seu objeto de investigação, construído a partir das experiências dos sujeitos.

A história tem como objeto de estudos os processos históricos relativos as ações e

as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram

as mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.

Na década de 70, o ensino de história era predominante tradicional, valorizando

alguns personagens como sujeitos da história e de sua atuação em fatos políticos,

professores, aulas expositivas, alunos, memorização e repetição do que era ensinado

como verdade.

261

Page 262: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

No início da república em 1989, o conteúdo de história do Brasil ficou relegado a

um espaço restrito do currículo, que devido a sua extensão dificilmente era tratado pelos

professores de história.

Após a implantação do regime militar, o ensino de história manteve seu caráter

estritamente político, pautado nos estudos de fontes oficiais e narrado apenas do ponto

de vista factual. Os grandes heróis como sujeitos da história, a serem seguidos e não

contestados.

A partir da Lei 5692/71, o ensino de história tinha como prioridade de ajustar o

aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos na metade de 1980 e início dos anos

90, cresceram os debates em torno das reformas democráticas na área educacional,

repercutindo novas propostas de ensino de história, resultando em liberdades individuais

e coletivas no país.

A análise histórica da disciplina, como as novas demandas sociais para o ensino de

história se apresentam como indicativos para elaboração de Diretrizes Curriculares.

Os conteúdos estruturantes são identificados no processo histórico da constituição

da disciplina e referencial teórico atual.

OBJETIVOS GERAIS

Tomando como premissa básica, o estudo de história contribui para o cumprimento

do exercício da cidadania.

As funções essenciais do estudo da história são contribuir para o desenvolvimento

crítico, espírito social e politicamente participativo, capaz de avaliar a sua possibilidade de

atuação no contexto histórico em que se insere. Isso significa que o ensino de história

deve fazer com que o estudante:

- Produza uma reflexão de natureza histórica;

- Pratique um exercício de reflexão que o encaminhará para outras reflexões, de natureza

semelhante, em sua vida e não necessariamente só na escola, pois a história produz um

conhecimento fundamental para a vida do homem, indivíduo eminentemente histórico.

O ensino da história deve desenvolver o senso crítico, rompendo a valorização do

saber enciclopédico, socializando a produção da ciência histórica, passando da

reprodução do conhecimento a compreensão das formas de como este foi produzido.

Construção de uma história que com ação, tenta mudar e melhorar o cotidiano do aluno, a

262

Page 263: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

melhor compreensão da sociedade na qual o jovem está inserido, favorecendo,

desempenhando o seu papel.

À medida que o ensino de história lhe possibilita construir noções, ocorrem

mudanças no seu modo de entender a si mesmo, aos outros, as relações sociais,

podendo interferir de certo modo, nas suas relações pessoais, sociais e no seu

compromisso com as classes, os grupos sociais, as culturas e valores.

É fundamental que o aluno, tome consciência de que é parte do mundo e agente

transformador da realidade, assim como:

15.Possibilitar o entendimento;

16.Relacionar o entendimento e a formação da noção de identidade social;

17.Compreender os fatos históricos como ações humanas significativas;

18.Analisar lutas sociais, guerras e revoluções na história;

19.Analisar as transformações tecnológicas e os impactos atuais.

CONTEÚDOS

Abordagem central Conteúdos vinculados 1ª SÉRIE A História entre a ciência e

a filosofia

-Construção da ciência da

história

-Existe o tempo?O surgimento do ser

humano e da civilização

-África berço da humanidade

-Migrações euroasiáticas e para

a América o povoamento do

mundo

-Revolução agrícola e o

nascimento da civilizações

(Paleolítico, Neolítico, Idade dos

263

Page 264: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

O mundo antigo -Organização social no mundo

antigo:

O Estado teocrático

Sociedades matriarcais

Sociedades patriarcais

O trabalho: escravo e livre

Religiosidade/mitologia

(Mesopotâmia, Egito/Núbia,

hebreus, fenícios, persas,

chineses, olmecas)Pindorama uma terra repleta

de palmeiras

- Mitos de origem dos principais

grupos de indígenas

- o processo de transformação da

natureza (tecnologias)

- os costumes

- a importância da mandioca

- a educação das crianças

(Arawakes, Karibes, Tupis e Jês)

Grécia e Roma – modelos

do mundo ocidental?

- A filosofia grega (importância do

Egito nessa construção)

- Educação, a família e a mulher

- mundo escravo

- Propriedade da terra – divina ou

privada?

- a expansão romana e o

encontro com outras culturas

- a cristianizaçãoO império da Igreja cristã na

Europa

- ruralização da economia

- Cruzadas: encontro Oriente e

Ocidente

- Império Bizantino

- O Islã

- A África islâmica

A Península Ibérica islâmica

264

Page 265: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

2ª SÉRIE

Grandes civilizações

americanas

Maias

Astecas

Incas

Tupi-guarani

Caminho do PeabiruÁfrica Sociedades subsaarianas:

tribos

cidades-estados

reinos e impérios

Reino de Axum (Etiópia)

Grande Zimbabwe

Terras ou dinheiro? O

mundo ocidental entre a

nobreza e a burguesia.

- A riqueza do Oriente: novas

tecnologias (imprensa) novas

culturas

- O poder absolutista, o

mercantilismo e o Sistema

Colonial

- A burguesia e sua nova visão

de mundo

(Renascimento, Reforma Encontro de culturas:

os ameríndios e os

espanhóis

os ameríndios e os

portugueses

os negros africanos e os

portugueses

- O Sistema Colonial Espanhol

- Resistência e extermínIo dos

ameríndios

- Paraná espanhol (Revolta de

Guairacá, os jesuítas e a

escravização indígena)

- A colônia como produtora de

riqueza p/a metrópole:

organização do Sistema Colonial

- A escravidão africana

Resistência à escravidão

Sociedade patriarcal para a elite.

E o resto?

- Achamento do ouro e a

urbanização da colônia

- Quebrando o Tratado de

265

Page 266: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Iluminismo: o pensamento

burguês muda o mundo

Como a burguesia conquistou o

poder

As idéias burguesas impregnam-

se no imaginário coletivo

Manifestações do iluminismo

(Revolução Inglesa, Ind.EUA,

Revolução Francesa, Era

napoleônica, Ind. da América Brasil: liberdade ou

dependência?

Processo de independência do

Brasil

A luta entre o liberalismo e o

conservadorismo

Revoltas de elite e populares

- Houve de fato abolição da

escravidão?Capital e Trabalho Revolução industrial

Mudança na forma de trabalho

Exploração: mais-valia

Expansão imperialista e

colonialista

A partilha da África

Contestação ao capitalismo 3ª SÉRIE Brasil e a República A República da Espada

Revolução Federalista

Cerco da Lapa no Paraná

O poder das oligarquias e o

coronelismoO mundo em guerra Primeira Guerra Mundial

Os Tratados de Paz

Revolução Russa

Crise de 1929

Fascismo

Segunda Guerra Mundial

O pós-guerra: os Tratados de

Paz, a ONU e as divergências

266

Page 267: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Oposição capitalismo x

comunismo

Guerra Fria

Descolonização da África e Ásia

República Popular da China

Cuba

Brasil contemporâneo Era Vargas e a política

nacionalista

Período democrático no Brasil

Ditadura Militar

Abertura política

Os governos neoliberais e o

impacto socialAmérica Latina no século

XX

- Ditaduras militar e

resistência

Democratização e dependência

Alternativas sustentáveis

A hegemonia do EUA As políticas estadunidenses para

o mundo – neocolonialismo

Fundamentalismo religioso e o

confronto com o Oriente Médio

METODOLOGIA

A história se caracteriza pela pluralidade de interpretações e concepções

metodológicas, cada uma delas com seus significados e princípios próprios.

A metodologia centrada na história cultural enfatiza na arte, literatura, a criatividade

popular e erudita. A visão de mundo de uma sociedade, o viver, pensar, agir, sentir de

homens e mulheres que criaram e criam seu dia-a-dia, essas práticas culturais, seus

eventos sociais que estão presentes com as inter-relações entre o indivíduo e o grupo,

entre o indivíduo e a natureza, a interação cultural dos diferentes grupos, com seus

valores, costumes, tradições, conflitos, transformações e permanências, sempre

respeitando a pluralidade de formas usadas no estudo do passado. Essa pluralidade, é

fruto do diálogo da história com outras ciências humanas, como a antropologia, a

sociologia, a economia, a geografia, psicologia, filosofia e tantas outras, o que amplia a

267

Page 268: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

nossa possibilidade de estudar a especificidade cultural de cada sociedade, a

multiplicidade de seus valores e práticas sociais.

“A vida cotidiana é a vida do homem inteiro; ou seja, o homem participa na vida

cotidiana com outros aspectos de sua individualidade, de sua personalidade” (HELLER,

1970, p. 17-p. 18).

Trabalhando não apenas com as idéias de transformação e permanências na

história, mas também com as particularidades, as contradições e a complexidade das

relações entre os seres humanos, os únicos capazes de criar cultura. E em pleno século

XXI, as novas tecnologias vêm ampliar, melhorar e completar o ensino história (TV, vídeo,

computador, etc).

Além disso, a produção do conhecimento histórico, realizada pelo historiador,

possui um método específico, baseado na explicação e interpretação de fatos do

passado. A problematização, constituída a partir dos documentos e da experiência do

historiador produz uma narrativa histórica como desafio contemplar a diversidade das

experiências sociais, culturais e políticas.

A finalidade da história é expressa no processo de produção do conhecimento

humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Avaliar ato extremamente polêmico e delicado envolve visões pedagógicas e juízos

diversos. O objetivo do processo ensino/aprendizagem é alcançar uma mudança

comportamental e cognitiva, a avaliação com toda sua complexidade, representa o

instrumento fundamental para verificar o grau efetivo dessas mudanças e se elas

correspondem as metas pedagógicas estabelecidas.

Ainda há escolas e professores que adotam como única forma de avaliação a

capacidade de memorização, priorizando alguns, porém, é preciso desenvolver, valorizar

outras competências, como: raciocinar, conclusões próprias, discutir, criticar, comparar,

analisar etc. De acordo com Paulo Freire, essa atitude de memorização lembra o

mecanismo bancário de depósito e saque.

Uma avaliação plural e contínua que possa avaliar as competências específicas de

cada aluno, como a capacidade de refletir, apontar soluções, discussões em sala de aula,

capacidade de interagir e cooperar, respeitar valores culturais. Uma avaliação múltipla,

contínua, bem dosada que contribua para o processo ensino/aprendizagem através desta

ótica, visando proporcionar a produção de conhecimento histórico e a criação de

268

Page 269: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

conceitos históricos passados e construídos, sendo o que importa é a aprendizagem

significativa e o crescimento do aluno.

Ao longo do ensino médio, o aluno deverá entender as relações de trabalho, as

relações de poder, as relações culturais, as quais se articulam e constituem o processo

histórico.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

COLTRIM, G. História para o ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2002.

DIVALTE. História, ensino médio. São Paulo: Ática, 2003.

HELLER, Agnes. O cotidiano da história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970.

PETTA, N. L. História uma abordagem integrada. São Paulo: Moderna, 1999.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de História para o

Ensino Médio. Paraná: 2006.

9.8 LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Portuguesa e da Literatura, no Ensino Médio, justifica-se

devido à necessidade de formar um educando capaz de empregar a língua oral e escrita

em situações reais de uso; ampliando o horizonte de leituras e, consequentemente, de

compreensão de mundo. Ao ampliar suas leituras e aprimorar seus conhecimentos

linguísticos, o aluno tem possibilidades de desenvolver sua sensibilidade estética e

assumir uma postura ativa no contexto em que está inserido, interagindo no âmbito social.

O Ensino e aprendizagem em Língua Portuguesa objetiva o letramento do aluno, o

aprimoramento dos conhecimentos lingüísticos, não se preocupando somente com o

mundo do trabalho ou com os concursos vestibulares. Mas sim com a compreensão dos

textos que se lê, sejam verbais ou não verbais e a percepção de forma crítica da

269

Page 270: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

sociedade em que o aluno vive é o que o trabalho com a Língua Portuguesa objetiva

proporcionar.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Discurso como Prática Social

CONTEÚDOS BÁSICOS:

1ª SÉRIE

GÊNEROS

DISCURSIVOS ORAIS E

ESCRITOS:

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Fábula - Contexto de produção da obra literária;

- Conteúdo temático, intertextualidade, elementos semânticos;

-Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos

como aspas, travessão, negrito, etc.;

- Elementos composicionais do gênero;

- Partículas conectivas do texto;

- Informatividade;

- Intertextualidade.- Poema - Contexto de produção da obra literária;

- Finalidade do texto;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Sentido denotativo e conotativo;

- Elementos composicionais do gênero;

- Verossimilhança;

- Informatividade;

- Intencionalidade, ideologia;

- Conteúdo temático;

- Marcas lingüísticas e semânticas;

- Contexto de produção e recepção.- Cartaz - Conteúdo temático;

- Informatividade;

270

Page 271: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Recursos gráficos;

- Linguagem verbal e não verbal;

- Contexto de produção e recepção;

- Progressão referencial;

- Vozes sociais;

- Aceitabilidade do texto.- Relato Histórico - Elementos extra-linguísticos;

- Turnos de fala;

- Operadores argumentativos;

- Variação lingüística;

- Adequação da fala ao contexto.- Cartum

- Charge

- Linguagem não verbal;

- Recursos gráficos e semânticos;

- Linguagem não verbal;

- Expressões que denotam ironia e humor;

- Figuras de linguagem;

- Marcas linguísticas.- Textos Dramáticos.

- Seminário

- Contexto de produção;

- Elementos extra-linguísticos;

- Marcas lingüísticas;

- Elementos composicionais do gênero;

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Adequação da fala;

- Finalidade da exposição oral;

- Postura corporal, tonalidade de fala, gesticulação etc;

- Conteúdo da fala.- Resumo

- Carta Pessoal

- Elementos composicionais;

- Marcas lingüísticas;

- Finalidade e interlocutor;

- Intencionalidade;

- Operadores argumentativos;

- Marcas lingüísticas.

2ª SÉRIE

271

Page 272: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

GÊNEROS

DISCURSIVOS ORAIS E

ESCRITOS:

CONTEÚDOS BÁSICOS:

- Cartaz - Conteúdo temático;

- Informatividade;

- Recursos gráficos;

- Linguagem verbal e não verbal;

- Aceitabilidade do texto;

- Disposição e tamanho das palavras e imagens no cartaz;

- As marcas lingüísticas como: verbos, linguagem objetiva,

partículas apassivadoras, etc.- Resumo

- Crítica

- Elementos composicionais;

- Marcas lingüísticas;

- Finalidade e interlocutor;

- Intencionalidade;

- Operadores argumentativos;

- Marcas lingüísticas;

- Modalizadores;

- Progressão referencial;

- Partículas conectivas;

- Vozes sociais;

- Conteúdo temático do texto fonte e do texto resumido;

- Relações de causa e consequência entre as partes- Conto

- Romance

- Contexto de produção,

- Conteúdo temático;

- Intertextualidade;

- Elementos semânticos;

- Marcas lingüísticas;

- Movimentos literários;

- Sentido conotativo e denotativo;

- Ideologia implícita nos textos literários.- Notícia

- Reportagem

- Anúncio publicitário

- Entrevista

- Elementos semânticos (operadores argumentativos,

modalizadores, etc);

- Vozes sociais presentes no texto;

- Ideologia implícita nos textos jornalísticos/ publicitários.

272

Page 273: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Editorial - Papel do locutor e do interlocutor;

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;

- Elementos extra-linguísticos (entonação, pausas, expressões

facial, corporal e gestual);

- Adequação da fala ao contexto e ao interlocutor.- Mesa-redonda - Turnos de fala;

- Argumentatividade;

- Interlocutor;

- Adequação de fala;

- Postura corporal;

- Tonalidade de voz;

- Conteúdo da fala.

3ª SÉRIE

GÊNEROS

DISCURSIVOS ORAIS E

ESCRITOS:

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Crônica - Contexto de produção;

- Elementos composicionais;

- Marcas lingüísticas;

- Ideologia;

- Conteúdo temático.Romance - Contexto de produção,

- Conteúdo temático;

- Intertextualidade;

- Elementos semânticos;

- Marcas lingüísticas;

- Movimentos literários;

- Sentido conotativo e denotativo;

- Ideologia implícita nos textos literários.Texto argumentativo - Operadores argumentativos;

- Modalizadores;

- Progressão referencial;

- Partículas conectivas;

- Vozes sociais.Carta de leitor - Interlocutor;

273

Page 274: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Carta de reclamação e de

solicitação.

- Referência textual;

- Operadores argumentativos;

- Adequação ao gênero;

- Progressão referencial;

- Vozes sociaisTeatro - Contexto de produção;

- Elementos extra-linguísticos;

- Marcas lingüísticas;

- Elementos composicionais do gênero;

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Adequação da fala;

- Finalidade da exposição oral;

- Postura corporal, tonalidade de fala, gesticulação etc;

- Conteúdo da fala.Debate - Turnos de fala;

- Argumentatividade;

- Interlocutor;

- Adequação de fala;

- Postura corporal;

- Tonalidade de voz;

- Conteúdo da fala.

METODOLOGIA

O ensino da Língua Portuguesa destina-se a preparar o aluno para lidar com a

linguagem em suas diversas situações de uso e manifestações, inclusive a estética, pois

o domínio da língua materna revela-se fundamental ao acesso às demais áreas do

conhecimento. Sendo assim, o ensino da Língua Portuguesa tem como missão contribuir

significativamente para que os alunos ampliem sua competência no uso oral e escrito da

língua portuguesa.

A disciplina de Língua Portuguesa está atrelada as praticas de leitura, escrita,

oralidade, análise lingüística de textos literários e não literários de modo a proporcionar ao

aluno a interação social. Considerando o conhecimento prévio do aluno, buscamos

organizar os conteúdos de modo a encaminhá-los a reflexões, leituras, discussões e

274

Page 275: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

atividades envolvendo gêneros das diversas esferas sociais de circulação. A distribuição

desses conteúdos é mesclada entre aulas teóricas e práticas com trabalhos em sala,

seminários, visitas e aulas na biblioteca, utilização do laboratório de informática, além de

diferentes recursos, como vídeos, sons, imagens, TV Multimídia, entre outros.

Buscamos desenvolver o discurso social do aluno:

- Estimulando e proporcionando leituras e análises de diferentes textos;

- Encaminhando discussões e reflexões sobre a informatividade, finalidade e a

intencionalidade dos textos lidos;

- Formulando questionamentos que possibilitem inferências e a verificação do

conhecimento prévio;

- Conduzindo leituras e discussões para a compreensão e identificação de operadores

argumentativos;

- Estimulando leituras que suscitem o reconhecimento dos gêneros a serem trabalhados;

- Incentivando a leitura para a observação e reconhecimento das informações e dos

objetivos dos gêneros trabalhados;

- Encaminhando pesquisas sobre obras literárias, o autor e o momento histórico para

analisar o contexto de produção e conhecer os movimentos literários;

- Organizando pesquisas sobre obras literárias, autores, momento histórico para analisar

o contexto de produção;

- Incentivando leituras e análises de diversos gêneros literários tradicionais e

contemporâneos para trabalhar a intertextualidade e ideologia;

- Encaminhando discussões e reflexões sobre a informatividade, a finalidade e a

intencionalidade das leituras, pesquisas, vídeos e músicas trabalhadas;

- Planejando produção textual de acordo com os gêneros trabalhados;

- Encaminhando reescrita textual, conduzindo-os a uma reflexão dos elementos

discursivos, textuais, estruturais e normativos;

- Orientando apresentações de pesquisas produzidas pelos alunos;

- Relacionando temas trabalhados com o contexto atual;

- Proporcionando o entendimento e uso adequado de recursos lingüísticos como: as

partículas conectivas, o uso de conjunções, advérbios, etc.;

- Incentivando a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e conseqüência

e elementos do texto;

- Planejando apresentação oral de gêneros discursivos;

275

Page 276: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Orientando os alunos, no momento da apresentação, a observarem se a fala apresenta

uma sequência lógica, retomadas, interrupções, redundâncias, repetições, o uso de

elementos anafóricos e catafóricos, marcas próprias da oralidade;

- Instigando-os o entendimento das palavras em sentido figurado e dos múltiplos

significados dentro dos textos;

- Conduzindo leituras e discussões para a compreensão e identificação de operadores

argumentativos;

- Planejando a produção de resumo a partir de textos fontes;

- Encaminhando a reescrita: revisão das idéias, dos elementos que compõem o gênero,

se a linguagem está apropriada etc.;

- Estimulando o reconhecimento e visão crítica da sociedade da qual é membro.

AVALIAÇÃO

CRITÉRIOS AVALIATIVOS:

LEITURA

- Espera-se que o aluno:

- Identifique as variações linguísticas presentes nos textos lidos.

- Amplie seu léxico.

- Deduza os sentidos das palavras ou expressões a partir dos contextos trabalhados.

- Identifique a época literária e faça relação de obras ou textos trabalhados com o

contexto histórico.

- Identifique relações dialógicas entre os textos;

- Identifique relações de causa e consequência entre as partes do texto;

- Identifique argumentos principais e secundários;

- Reconheça o gênero e o suporte textual;

- Ampliação de horizontes e expectativas.

ORALIDADE

- Espera-se que o aluno:

- Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias.

- Compreenda argumentos no discurso do outro.

- Analise, contraponha e discuta argumentos apresentados pelos colegas e pelos autores

de textos trabalhados.

276

Page 277: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Contra-argumente ideias formulada pelos colegas em discussões, apresentações de

trabalhos e debates.

- Argumente ao apresentar e defender pontos de vista;

- Participação nos diálogos, relatos e discussões;

- Tenha posicionamento coerente como avaliador de textos orais (noticiários, discursos

políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais), entre

outros aspectos.

ESCRITA

- Espera-se que o aluno:

- Expresse ideias com clareza;

- Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação e coenctores textuais;

- Elabore textos atendendo as situações de produção proposta (gênero, interlocutor,

pontuação, finalidade do texto);

- Elabore argumentos consistentes;

- Escreva textos coerentes e coesos;

- Organize parágrafos;

- Utilize linguagem de acordo com o gênero solicitado;

- Tenha um posicionamento coerente como avaliador dos textos que o rodeiam e o seu

próprio.

ELEMENTOS LINGUÍSTICOS:

- Espera-se que o aluno:

- Amplie seu léxico;

- Perceba os efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos lingüísticos e estilísticos;

- Perceba e use as relações estabelecidas pelos operadores argumentativos;

- Perceba e use as relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo,

comparação, etc);

- Utilize a linguagem formal e informal.

INSTRUMENTOS AVALIATIVOS:

- Leitura de textos, interpretação e apresentação de seminários.

- Leitura de obras literárias e produção de trabalho escrito e oral.

- Produção de textos.

- Interpretação de questões de vestibulares.

277

Page 278: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

-Avaliação escrita na qual os alunos devem dissertar respostas referentes a perguntas de

temas trabalhados na aula, através de leitura de textos, explicações e debates.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola

Editorial, 2003.

____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São

Paulo: Parábola, 2007.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba,

2008.

9.9 MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Compreender a natureza é o grande desafio do homem. Embora parte dela, o

homem busca compreender seus fenômenos e sua imensa diversidade. .A capacidade

humana de acumular conhecimento instituiu o modelo matemático como forma de

sustentação e organização, capaz de compreender e explicar grande parte dos

fenômenos naturais.

A história da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática

que se conhece hoje.

Por volta de 2000 a.C., os babilônios acumulavam registros do que hoje pode ser

classificado como álgebra elementar.

Nos séculos V e VI a.C., em solo grego, a matemática surge como campo de

conhecimento. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a

importância e o papel matemático no ensino e na formação das pessoas.

Os gregos foram responsáveis por inserir a matemática no contexto educacional

pelo raciocínio abstrato, estabelecendo, uma base racional que perdurou até o século

278

Page 279: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

XV!! d.C. Neste período desenvolveram-se a Aritmética, a Geometria, a Álgebra e a

Trigonometria.

Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas com o

surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino.

Após o século XV, com o avanço das navegações, intensificações das atividades

comerciais e, mais tarde, industriais, possibilitaram novas descobertas na matemática

cujos conhecimentos e ensino voltou-se para atividades práticas.

As produções matemáticas do século XV! contribuíram para uma fase de grande

progresso científico e econômico que se aplicou na construção, aperfeiçoamento e uso

produtivo de máquinas e equipamentos, concentrando estudos na Matemática pura e

aplicada.

No Brasil, na metade do século XV!, os jesuítas instalaram colégios católicos, com

uma educação de caráter clássico-humanista o que contribuiu para o processo pela qual a

matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos das escolas brasileiras.

No século XV!!, com a Revolução Industrial, evidenciaram-se diferenças entre

classes sociais e a necessidade de educação para essas classes, de modo a formar tanto

trabalhadores quanto dirigentes de processo produtivo. A Matemática então demarcava

os programas de ensino da época, uma vez que era a ciência que daria base de

conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática.

Com a vinda da Corte Portuguesa ao Brasil, em 1808, implementou-se a

Matemática nos cursos técnico-militares, sendo dividida em Matemática Elementar e

Matemática Superior.

No final do século X!X e início do século XX, em encontros internacionais,

elaboraram-se propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a matemática

como disciplina escolar e vincular seu ensino com o ideais de exigências advindos das

transformações sociais econômicas dos últimos séculos.

Entre 1900 a 1914, em congressos internacionais, pensou-se um ensino de

matemática que articulasse, numa única disciplina, a Aritmética, a Álgebra, a Geometria e

a Trigonometria.

Perante a um contexto de mudanças, a uma reação contra a estrutura educacional

artificial e verbalizada, a Educação Matemática se torna um campo fértil e promissor para

o ensino da Matemática.

Várias tendências influenciaram o ensino de Matemática em nosso país, muitas

fundamentam o ensino de Matemática até hoje, como: formalista clássica, formalista

moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica.

279

Page 280: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

No final da década de 1980, o Estado do Paraná produziu coletivamente um

documento de referência curricular para a rede pública denominada Currículo Básico. O

texto de Matemática teve uma forte influência da pedagogia histórico-crítica em sua

fundamentação teórica.

A partir de 1988 foi distribuído os Parâmetros Curriculares Nacionais, que para o

ensino fundamental apresentavam conteúdos de Matemática.

Devido à função do desenvolvimento das tecnologias marcantes no mundo do

trabalho, exigem-se trabalhadores mais criativos e versáteis, capazes de entender o

processo de trabalho como um todo, dotados de autonomia e iniciativa para resolver

problemas em equipe e para utilizar diferentes tecnologias e linguagem. Com isso, os

profissionais devem estar ligados a um processo contínuo de formação e, portanto devem

aprender a aprender cada vez mais.

É papel da escola, desenvolver uma educação que não dissocie escola e

sociedade, conhecimento e trabalho e que coloque o aluno ante desafios que lhe

permitam desenvolver atitudes de responsabilidade, compromisso, crítica, satisfação e

reconhecimento de seus direitos e deveres.

A Matemática pode dar sua contribuição à formação do cidadão ao desenvolver

metodologias que enfatizem a construção de estratégias, a comprovação e justificativa de

resultados, a criatividade, a iniciação pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda

da confiança na própria capacidade para enfrentar desafios. É importante que o aluno

perceba que as definições, as demonstrações e os encadeamentos conceituais e lógicos

têm função de construir novos conceitos e estruturas a partir de outros e que servem para

validar intuições e dar sentido as técnicas aplicadas. A essas funções da matemática no

ensino médio se junta a idéia de que o ensino fundamental os alunos devem ter se

aproximado de vários campos do conhecimento matemático e agora estão em condições

de utilizá-los e ampliá-los e desenvolver de modo mais amplo capacidades tão

importantes quanto a de abstração, de raciocínio em todas as suas vertentes, de

resolução de problemas de qualquer tipo, de investigação, de análise e compreensão de

fatos matemáticos e da própria realidade.

Cabe à Matemática apresentar para o aluno o conhecimento de novas informações

e instrumentos necessários para que seja possível a ele aprender para a vida toda. Saber

aprender é a condição básica para prosseguir se aperfeiçoando ao longo da vida.

Aprender matemática deve ser mais do que memorizar resultados dessa ciência,

isto é, a aquisição do conhecimento matemático deve estar vinculada como o domínio de

um saber fazer matemática. Isto é alcançado através de um processo lento, começando

280

Page 281: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

com atividades sobre resolução de problemas de diversos tipos, com objetivo de criar

intuições, de estimular a busca de regularidade, a generalização de padrões, a

capacidade de argumentação, que são elementos fundamentais para o processo de

formalização do conhecimento matemático.

Vivemos numa sociedade que contempla um avanço tecnológico que se expande

nos mais variados setores: transportes, saúde, trabalho, comunicação e muitos outros. É

de máxima importância que se faça um relacionamento entre a produção de tecnologia e

o conhecimento tecnológico. A Matemática, ferramenta importante no processo da

evolução humana, é também, um ramo de conhecimento que integra as ciências.

OBJETIVOS GERAIS

- Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar

o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da

matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de

investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas.

- Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade,

estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento matemático

(aritmético, geométrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico);

- Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo

formas de raciocínio e processos, como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa,

utilizando conceitos e procedimentos matemáticos;

- Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses

temas e conhecimentos de outras áreas curriculares;

- Interagir de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções;

- Ler e interpretar textos matemáticos;

- Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas (tabelas, gráficos, expressões...);

- Identificar o problema, compreendendo os enunciados e formular questões;

- Procurar, selecionar e interpretar informações relativas ao problema proposto;

- Formular hipóteses e prever resultados;

- Selecionar estratégias de resolução de problemas;

- Interpretar e criticar dentro do contexto da situação;

- Distinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos;

- Discutir idéias e produzir argumentos convincentes;

281

Page 282: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais, em especial em

outras áreas do conhecimento;

- Utilizar adequadamente calculadoras e computadores, reconhecendo suas limitações e

potencialidades.

A Matemática no Ensino Médio tem um valor formativo, que ajuda a estruturar o

pensamento e o raciocínio dedutivo, porém também desempenha um papel instrumental,

pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas específicas

em quase todas as atividades humanas.

Mas também deve ser vista como ciência com suas características estruturais

específicas. É importante que o aluno perceba que as definições, demonstrações e os

encadeamentos conceituais e lógicos têm a função de construir novos conceitos e

estruturas a partir de outros que servem para validar intuições e dar sentido ás técnicas

aplicadas. O Ensino Médio é a etapa final de uma educação geral, que situa o educando

como sujeito produtor de conhecimento e participante do mundo de trabalho. Os novos

objetivos no nível do Ensino Médio priorizam a formação ética e o desenvolvimento da

autonomia intelectual. Em todo o mundo a educação passa por revisões, tanto nas formas

de organização institucional como nos conteúdos curriculares, impostos pela nova

geografia política do planeta, pela globalização e pela revolução tecnológica. Em função

de uma nova compreensão teórica sobre o papel das novas tecnologias, a educação vai

se transformando rapidamente.

Atualmente, cada vez mais as competências e habilidades são requeridas pelo

mercado de trabalho, onde a criatividade, a autonomia e a capacidade de solucionar

problemas têm destaque muito importante. Em função disso, propõe – se o

desenvolvimento das capacidades de pesquisar, buscar, analisar, selecionar e apreender

informações, de criar e formular estratégias de resoluções de problemas, em vez de

realizar exercícios e técnicas de memorização.

Mais importante do que o aluno acumular informações sobre um assunto, como se

fosse uma enciclopédia, é dar significado ao conhecimento escolar. Cabe ao professor

propor situações de aprendizagem em que o aluno tenha a oportunidade de construir seu

conhecimento e refletir sobre os valores inerentes aos conteúdos explorados.

De acordo com esses novos moldes de ensino, pretende – se criar condições para

a inserção do educando num mundo em mudanças estruturais, decorrentes da chamada

“revolução do conhecimento”.

282

Page 283: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

Conteúdos Estruturantes Conteúdos básicosNúmeros e Álgebra - Conjuntos numéricos

- Números reais

- Equações e inequações exponenciais,

logaritmicas e modulares

Funções - Função polinomial do 1º grau- Função polinomial do 2º grau- Função exponencial- Função logarítmica- Função modular- Função inversa e composta- Função trigonométrica

Grandezas e medidas - Trigonometria2ª SÉRIE

Conteúdos Estruturantes Conteúdos básicosFunções - Progressão Aritmética

- Progressão Geométrica

Número e Álgebra - Matrizes- Determinantes- Sistemas lineares

Tratamento da Informação - Análise combinatória- Binômio de Newton- Probabilidade- Estatística- Matemática financeira

3ª SÉRIE

Conteúdos Estruturantes Conteúdos básicosGrandezas e medidas - Medidas de área

- Medidas de volume- Trigonometria- Medidas de informática- Medidas de informática- Medidas de grandezas vetoriais

Geometria - Geometria plana- Geometria espacial- Geometria analítica- Geometrias não - euclidianas

Números e Álgebra - Polinômios

283

Page 284: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Números Complexo

METODOLOGIA

1. Resolução de problemas:

Para inserção de cada indivíduo no mundo das relações sociais, a escola, como

um todo, deve estimular o crescimento coletivo e individual, o respeito mútuo e as formas

diferenciadas de abordar os problemas que se apresentam. É importante destacar que a

compreensão e a tomada de decisões diante de questões políticas e sociais dependem

da leitura crítica e interpretação de informações complexas, muitas vezes contraditórias,

que incluem dados estatísticos e índices divulgados pelos meios de comunicação. Ou

seja, para exercer a cidadania é necessário argumentar.

2. Mídias tecnológicas:

Para que os alunos se motivem a estudar determinado conteúdo é preciso atribuir

significado a esse conteúdo, expondo o assunto de maneira clara e interessante, podendo

utilizar-se de recursos didáticos tais como:

calculadoras e computadores: favorece a criatividade, auto – estima, facilita o

registro, o arquivamento e a troca de informação;

jogos: permite aos alunos o aprofundamento na compreensão de um conceito,

em sua estruturação e contextualização, na observação e construção de regras e na

organização de um trabalho em grupo;

vídeos educativos: permite a visualização e a interpretação de diferentes

situações problemas através de discussões e debates;

jornais e revistas: propiciam a visualização de dados estatísticos, gráfico e

tabelas em diferentes situações do dia a dia do aluno, facilitando assim a sua

compreensão.

3. Investigação matemática:

Devido ás aplicações e a importância histórica dos temas é necessário fazer a

contextualização dos conteúdos. A partir das descobertas e dificuldades, discutir, debater

junto com os alunos as possíveis maneiras de solução.

Os conteúdos matemáticos serão trabalhados de forma que permitam a

compreensão e análise das questões relativas à africanidade e povos indígenas numa

dimensão, como por exemplo, compreender por meio da análise de dados estatísticos e

gráficos a situação econômica, social e intelectual entre brancos, afro – descendentes e

284

Page 285: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

indígenas; bem como outros assuntos de grande importância, como a contribuição do

negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil.

Podem ser feitos análise dos dados do IBGE, análise de pesquisas relacionadas

aos afro – descendente e indígenas no mercado de trabalho do país, bem como outros

assuntos de grande importância, tais como: poluição, desmatamento, direitos do

consumidor, saneamento básico, política, etc.

No decorrer do processo serão trabalhadas questões como a História do Paraná

dentro da análise e reflexão de dados e pesquisas estatísticas, bem como, sua fauna e

flora, desenvolvimento, população, extensão territorial dentro de grandezas e medidas,

etc.

Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes

análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias.

O professor deve sistematizar os conteúdos matemáticos para que não se perca o

conceito científico de determinado conteúdo.

Devem ser trabalhadas também questões ambientais e desmatamento como forma

de mostrar ao aluno a proporção com que o planeta está sendo destruído, podendo ser

feitas pesquisas e comparações de gráficos, tabelas e medidas estatísticas.

O ensino de matemática pode contribuir para a formação ética à medida que se

direcione a aprendizagem para o desenvolvimento de atitudes como a confiança dos

alunos na própria capacidade e na dos outros para construir conhecimentos e

experiências entre os alunos como forma de aprendizagem, promover o intercâmbio de

idéias.

4. Modelagem matemática:

O professor deverá trabalhar com problemas reais onde o aluno seja levado a

observar fenômenos e acontecimentos diários. Deverão ser feitas análises e

interpretações desses fenômenos na tentativa de resolvê – los através do processo

matemático e de suas ferramentas.

“A modelagem matemática é, assim, uma arte, ao formular, resolver e elaborarex-

pressões que valham não apenas para uma solução particular, mas que também sirvam,

posteriormente, como suporte para outras aplicações e teorias” (id.ibid;

p. 13)

5. Etnomatemática:

A etnomatemática valoriza a cultura e o meio social em que estão inseridos nossos

alunos através de possíveis caminhos que são construídos e ligados entre o saber prático

do aluno e o saber científico. Existem inúmeras situações em que a matemática é

285

Page 286: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

utilizada no cotidiano e o professor deve ser o intermediário em fazer com que o aluno

estabeleça a relação de algo conhecido com o saber matemático, fazendo assim com que

o aluno interprete e estabeleça diferentes relações entre o seu saber do cotidiano e o

saber cientifico adquirido em sala.

6. História da Matemática

A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e

o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na

sua interação constante com o contexto natural, social e cultural. É uma ciência viva, não

apenas no cotidiano dos cidadãos, mas também nas universidades e centros de

pesquisas, onde se verifica uma produção de novos conhecimentos que têm sido

instrumentos úteis na solução de problemas tanto científicos como tecnológicos.

A história da matemática é um valioso recurso para o processo de ensino

aprendizagem para se perceber como a teoria e a prática matemáticas foram criadas. O

avanço da humanidade foi produzindo conceitos, leis, teoremas e aplicações matemáticas

que a transformaram em ciência universal. Através do conhecimento matemático o ser

humano quantifica, geometriza, mede e organiza informações. É impossível não

reconhecer o valor educativo dessa ciência como indispensável para resolução e

compreensão de diversas situações do cotidiano.

A matemática faz parte do patrimônio cultural que a humanidade vem acumulando

e por isso se faz necessário, antes de mais nada, entender suas origens, conhecer os

agentes deste processo, considerar o momento histórico que vivemos e perceber as

mudanças amplas que atingem a educação como um todo. O aluno deve entender que o

conhecimento matemático foi construído através de situações concretas e de

necessidades reais do ser humano a partir da busca de soluções para resolver questões

do cotidiano.

A Matemática se torna um instrumento importante na busca da compreensão dos

processos de transformação social e aperfeiçoamento do conhecimento científico,

ocorrido ao longo da história do homem ao relacionar esses processos aos avanços

tecnológicos nas diferentes épocas. Colabora para a formação da cidadania, sobre a

inserção das pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais, da cultura e sobre o

desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões sociais.

7. Investigações matemáticas:

Na investigação matemática o aluno deverá ser levado a pensar e tentar formular

soluções para uma situação problema, sendo que diferentes grupos podem formular

diferentes formas de resolução para um determinado problema. Não é necessário que o

286

Page 287: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

aluno desenvolva a atividade utilizando – se de um algoritmo já conhecido, pois se trata

de um problema aberto e ele poderá utilizar – se de diferentes estratégias para se chegar

ao resultado final.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação será feita em caráter contínuo e progressivo, observando o

desenvolvimento individual e coletivo de cada aluno, levando em conta sua criatividade na

hora de resolver situações problemas.

O resultado não deverá ser o único elemento a ser observado numa avaliação, mas

sim o processo de construção do conhecimento.

Nessa perspectiva de trabalho, a avaliação passa a ter como objetivo fundamental

fornecer informações sobre o processo de ensino – aprendizagem como um todo,

informando não apenas o aluno sobre seu desempenho em Matemática, mas também o

professor sobre sua prática em sala de aula. Desse modo, a avaliação deve subsidiar o

trabalho pedagógico, direcionando o processo de ensino – aprendizagem, sempre que

necessário.

Quando os resultados da avaliação forem insatisfatórios, cabe ao professor buscar

as causa desse fracasso, corrigindo as possíveis falhas e distorções observadas ao longo

do processo.

Em resumo, a avaliação deve ser concebida como:

- Um conjunto de ações que permite ao professor rever sua prática pedagógica.

- Um conjunto de ações que possibilita ao aluno identificar seus avanços e suas

dificuldades, levando – o a buscar caminhos para solucioná-las.

- Um elemento integrador entre ensino e aprendizagem.

- Um instrumento que vise o aperfeiçoamento do processo de ensino – aprendizagem em

um ambiente de confiança e naturalidade.

Com base nisto, a avaliação será sempre um momento muito importante no

processo ensino – aprendizagem e para que tenha sentido será realizada com a utilização

de diversos instrumentos e será processada em diferentes oportunidades e de diversas

formas:

- Respostas orais (explicações, justificativas e argumentações);

- Listas de exercícios;

- Prova escrita;

287

Page 288: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Trabalhos individuais e coletivos;

- Atividade extraclasse como: pesquisas, estimativas e apresentações de seminários;

- Registros das atitudes dos alunos e seu desenvolvimento em relação à disciplina;

- Identificar, registrar e analisar informações sobre os alunos são procedimentos da

avaliação que se integram ao ensino.

Aos alunos que apresentarem dificuldades na aprendizagem serão proporcionadas

revisões de conteúdos e recuperações dos mesmos.

A matemática se situa como linguagem, instrumento de expressão e raciocínio.

Com o conjunto de atitudes e habilidades espera-se que o trabalho da matemática auxilie

a desenvolver um relacionamento com as demais áreas. Junto a uma avaliação paralela o

aluno deverá desenvolver hábitos de trabalho, interesse, organização, confiança,

curiosidade e percepção. Observar o desenvolvimento do raciocínio, o caminho percorrido

pelo aluno, as suas tentativas para solucionar os problemas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

IRACEMA & DULCE. Matemática: Idéias e desafios. Editora Saraiva

IEZZI; G. DOLCE O. M. A. Matemática e Realidade. Atual Editora.

DANTE L. Tudo é Matemática. Editora Ática.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Matemática

para o Ensino Médio. Paraná: 2006.

288

Page 289: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

9.10 QUÍMICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A ciência, como um conjunto organizado de conhecimento, apresenta-se dividida

em várias disciplinas, entre ela a química. O processo de aquisição do conhecimento

científico é frequentemente atribuído ao método científico. A química como ciência,

representa uma significativa evolução humana. As ciências naturais incluem disciplinas

que procuram mostrar um estudo sistemático da natureza.

A química ganhou não apenas uma linguagem universal quanto a nomenclatura,

mas também, quanto aos seus conceitos fundamentais. A química estuda a natureza, as

propriedades a composição e as transformações da matéria. O campo de interesse e

aplicação da química é tão amplo que envolve quase todas as outras ciências.

Há muitas razões que explicam o porque do estudo da química, do ponto de vista

prático, a química ajuda a adquirir um útil discernimento dos problemas da sociedade,

com aspectos científicos e técnicos. Atuando como um instrumento prático para o

conhecimento e a resolução de problemas em muitas áreas de atuação da vida.

Os conhecimentos químicos nem sempre estiveram atrelados à religião e à

alquimia. a teorização sobre a composição da matéria, por exemplo, surgiu na Grécia

antiga e a ideia de átomo com os filósofos gregos Leucipo e Demócrito, que lançaram

algumas bases para o atomismo do século XVII e XVIII com Boyle, Dalton e outros. A

teoria atômica foi uma questão amplamente discutidas pelos químicos do século XIX, que

a tomaram como central para o desenvolvimento da química como ciência.

Dentre as descobertas e avanços científicos, nas últimas quatros décadas do

seculo XX passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de

computação, com aumento da sua eficiência e ampliação do seu uso, o que constitui uma

era de transformação nas ciências que vêm modificando a maneira de se viver. Esse

período, marcado pelas descobertas de novos materiais, engenharia genética, exploração

da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis, pelos estudos espaciais e pela

farmacologia; marca o processo de consolidação científica, com destaque à química, que

participa das diferentes áreas das ciências e colabora no estabelecimento de uma cultura

científica, cada vez mais arraigada no capitalismo e presente na sociedade, e, por

conseguinte, na escola. Na química, por exemplo, priorizou o estudo de fatos cotidianos,

ambientais e industriais, sem, contudo, maiores aprofundamentos teóricos que utilizassem

a próprio saber químico.

289

Page 290: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

O aprendizado deve ser relevante para a vida em sociedade do aluno, de forma a

permitir que ele se torne um cidadão mais consciente de suas obrigações e seus direitos;

mais apto a participar do mercado de trabalho e a assimilar as grandes mudanças

tecnológicas, sociais e éticas. Desta forma, o aluno aproxima-se cada vez mais

qualitativamente do conceito desejado. Há a necessidade de compreensão precisa de

conceitos e do entendimento de suas relações com os diversos campos do conhecimento.

OBJETIVOS GERAIS

- Desenvolver pensamentos lógicos para estabelecer as relações lógico-empirica e lógico-

formais.

- Utilizar o domínio da linguagem própria na química. Ferramenta para interpretar e utilizar

o mundo físico. Visão integrada dos processos na natureza.

- conteúdos que proporcionem amplo entendimento da transformação química e suas

inter-relações com a massa, energia e tempo.

- Apresentar de fato concretos, observáveis e mensuráveis, levando em conta, o

conhecimento prévio do aluno.

- Compreender a química como disciplina ligada à sobrevivência e ao desenvolvimento

sócio-científico.

- A historia da química deve permear todo o ensino, possibilitando ao aluno a

compreensão do processo de elaboração desse conhecimento, com seus avanços, erros

e conflitos.

290

Page 291: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- selecionar temas a partir de atividades do cotidiano para motivar e construir o

conhecimento científico.

- Explicar como os saberes científicos e tecnológicos contribuiu para a sobrevivência do

ser humano.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são: matéria e sua natureza, biogeoquímica e

química sintética.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Matéria;

Solução;

Velocidade das relações;

Equilíbrio químico;

Ligação química;

Reações químicas;

Radioatividade;

Gases;

Funções químicas.

1ª SÉRIE

Introdução ao estudo da química

Propriedade da matéria

Substancias e puras

Processos de separação

Composição da matéria

Classificaçao Periódica dos Elementos

Ligações Químicas

291

Page 292: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Química Inorgânica

Gases

2ª SÉRIE

Solução

Velocidade das reações

Equilíbrio Químico

Reações Químicas

Radioatividade

Óxido-Redução

3ª SÉRIE

Compostos orgânicos

Funções orgânicas

Comparação entre compostos orgânicos

Reações orgânicas

Isomeria

Polímeros

Introdução a bioquímica

Química descritiva

292

Page 293: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

METODOLOGIA

É importante que o processo pedagógico parta só conhecimento prévio

dos estudantes, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o

conhecimento da química, ou as concepções espontâneas, a partir das quais

será elaborado um conceito científico.

É preciso ter claro que ensinar para a cidadania significa adotar uma

nova maneira de encarar a educação, pois os novos paradigmas, vem

alterando significativamente o ensino atual, propondo novos conteúdos,

metodologias, organização do processo de ensino-aprendizagem e métodos de

avaliação. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento

científico historicamente produzido.

Para que isso ocorra, torna-se imprescindível o comprometimento dos

professores no sentido de recuperar a verdadeira função da educação,

buscando por meio de uma nova postura frente ao aluno, contribuir de fato

para a construção de uma sociedade democrática, cujos membros sejam

cidadãos conscientes e comprometidos com a própria transformação dessa

sociedade.

A experimentação desempenha função essencial no ensino de Química.

Seu papel investigativo auxilia o aluno na elaboração dos conceitos, não sendo

necessários laboratórios sofisticados, pois o experimento faz parte do contexto

normal de sala de aula, e, o uso do livro didático. Para que isso aconteça a

linguagem/discurso exerce um papel fundamental nesse movimento, pois

depende da forma como os significados e os entendimentos são desenvolvidos

no contexto social da sala de aula.

Para os conteúdos estruturantes biogeoquímica e a química sinética, a

significação dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens históricas,

sociológica, ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos

químicos. Para o conteúdo estruturante matéria e sua natureza, tais

abordagens são limitadas; Os fenômenos químicos, na perspectiva desse

conteúdo estruturante, podem ser amplamente explorados por meio das suas

representações, como as fórmulas químicas e modelos.

293

Page 294: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

AVALIAÇÃO

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos

científicos. O processo de “construção e reconstrução de significados dos

conceitos científicos” (MALDANER, 2003, p.144) se dá a partir de uma ação

pedagógica em que a partir de conhecimentos anteriores dos alunos seja

permitido aos mesmos o entendimento e a interação com a dinâmica dos

fenômenos naturais por meio de conceitos químicos. Os critérios e formas de

avaliação devem ficar bem claros para os alunos, como direito que têm de

acompanhar todo o processo.

Espera-se que o aluno:

• Entenda e questione a ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos

na área de química;

• Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

• Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas

pela produção do conhecimento químico;

• Compreenda a constituição química da matéria a partir dos

conhecimentos dobre modelos atômicos, estados de agregação a

natureza elétrica da matéria;

• Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxidos em

relação a outra espécie com a qual estabelece interação;

• Entenda as reações químicas como transformações da matéria. Sua

velocidade, e equilíbrio químico.

Na disciplina de Química, as avaliações não se limitam a provas, serão

usados instrumentos variados que contemplem várias formas de expressão

como: leitura, produção e interpretação de textos, pesquisas bibliográficas,

apresentação de seminários, relatório de aulas em laboratório, exercícios

proposto, prova escrita e recuperação paralela, utilizando os mesmo critérios

da prova escritas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

294

Page 295: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Chassot, A. Educação consciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003.

Feltre, Ricardo. Química geral. São Paulo: Moderna, 2004

HALL, NINA. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto

Alegre: Bookman, 2004.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de

Química: professor/pesquisador. 2ª ed. Ijuí: Editora Inijuí, 2003.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná:

Química do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.

VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro.

São Paulo: Moderna, 2002.

9.11 SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A globalização derruba fronteiras provocando a sensação de que

pertencemos a uma sociedade com características únicas, mas não apaga as

diferenças sociais, econômicas e culturais entre regiões e povos. Elas

persistem e tendem a se agravar. Para compreender, analisar, criticar e atuar

na sociedade contemporânea é de fundamental importância o ensino da

sociologia.

Nesse contexto, há um percurso histórico de construção de conceitos e

categorias que conferiram estatuto científico à Sociologia, possibilitando que

atualmente, as graves questões que marcam as dinâmicas sociais,

econômicas, políticas e culturais sejam questionadas de perspectivas

diferentes entre si.

Pensadores diversos como Mostequien, Rousseau, Spencer, Comte e

outros focalizaram o olhar sobre as relações sociais e as complexas

instituições modernas. Discutiram sua origem, as divisões de poderes do

295

Page 296: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Estado e a nova organização constituída ao longo do declínio e

desenvolvimento da ciência, das inovações técnicas e preocuparam-se com a

administração dos inevitáveis conflitos sociais e políticos.

No século XX, a Sociologia incorporou o pensamento de Karl Marx e

seus colaboradores que realizaram estudos da economia, filosofia, política e da

história e passaram a influenciar boa parte da produção teórica do pensamento

social.

Mais contemporaneamente, outros pensadores marcaram a produção

sociológica como Max Weber que construiu um campo teórico denominado de

análise compreensiva.

Assim a disciplina fundamenta-se no estudo de sociedade enquanto

objeto de análise e eixo de trabalho, proporcionando questionamento de seus

problemas possibilitando sua compreensão e propondo novos caminhos de

investigação.

A compreensão do mundo do trabalho poderá ser constituída a partir de

diferentes perspectivas que abordem a revolução contemporânea no seu modo

de organização bem como os diferentes determinantes da sua divisão técnica,

em nível internacional, observando-se as especificidades regionais e locais e

as relações entre os homens e às influências sociais de seu comportamento.

É de extrema importância proporcionar uma visão sobre a constituição

das relações sociais em nível internacional e nacional.

OBJETIVOS GERAIS

• Desenvolver o pensamento sociológico;

• Compreender a sociologia (dentre as demais ciências) como um

contructo, histórica e socialmente determinada;

• Compreender a totalidade social como expressão de

simultaneidade e complexidade dos fenômenos sociais, produto de

condicionantes diversos;

• Perceber o processo de mundialização da economia e de inserção

do país no mercado internacional;

296

Page 297: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Perceber os direitos (e respectivos deveres) do cidadão como parte

de uma construção social;

• Compreender as diferentes manifestações culturais como

expressão de povos, etnias, nacionalidades, segmentos sociais diversos;

• Construir sua identidade social (e pessoal) a partir do princípio de

alteridade;

• Compreender a Indústria Cultural em suas ações com os contextos

econômicos, político, social e cultural em que se insere;

• Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e as práticas

sociais;

• Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,

interpretações, sínteses, servindo-se para tanto dos conhecimentos

sociológicos;

• Exercitar relacionar práticas sociais com contextos diversos;

• Caracterizar as relações políticas, econômicas e sociais em nível

nacional e internacional;

• Identificar funções desenvolvidas pelo Estado e funções cobradas

ao estado, analisá-las, compará-las;

• Observar nas práticas sociais o respeito/desrespeito,

conhecimento/desconhecimento dos direitos e deveres no exercício da

cidadania;

• Identificar os direitos (e respectivos deveres) emergentes cuja

necessidade de institucionalização é reivindicada socialmente;

• Lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal forma a

atuar em equipe, construir, realizar e avaliar projetos de ação escolar;

• Analisar fenômenos da mídia servindo-se de conhecimentos

sociológicos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são o surgimento da Sociologia e teorias

sociológicas, instituições sociais, cultura e indústria cultural, trabalho, produção

297

Page 298: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

e classes sociais, poder, política e ideologia, direito, cidadania e movimentos

sociais.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento

do pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber;

O desenvolvimento da sociologia no Brasil;

Processo de socialização;

Instituições sociais: familiares, escolares, religiosas;

Instituições de reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos,

etc.;

Desenvolvimento antropoĺogico do conceito de cultura e sua contribuição

na análise das diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Indústria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Cultura afro-brasileira e africana;

Cultura indígena;

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas

contribuições;

Globalização e Neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil;

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

298

Page 299: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

Conceitos de poder, ideologia, dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas;

Direitos: civis, políticos e sociais;

Direitos humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos sociais;

Movimentos sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

A questão das ONG's.

CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

O ESTUDO DA SOCIEDADE HUMANA:

- O que são as Ciências Sociais;

- Objeto e divisão das Ciências Sociais;

- O surgimento da Sociologia;

- Os desafios para a Sociologia.

A VIDA SOCIAL:

- Sociabilidade e socialização;

- Contatos sociais;

- Convívio social;

- Comunicação;

- Interação social;

- Processos sociais.

COMUNIDADE E CIDADANIA:

- Comunidade e tipos de sociedade;

- Cidadania e seus aspectos sociológicos.

299

Page 300: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

AGRUPAMENTOS SOCIAIS:

- Grupo social;

- Agregados sociais;

- Mecanismos de sustentação dos grupos sociais;

- Estrutura e organização social.

2ª SÉRIE

ESTRATIFICAÇÃO E MOBILIDADE SOCIAL:

- Estratificação social e seus tipos;

- Mobilidade social e seus tipos;

- Divisão da sociedade em camadas.

FUNDAMENTOS ECONÔMICOS DA SOCIEDADE:

- Produção e distribuição de consumo;

- Trabalho, matéria-prima e recursos naturais;

- Instrumento de produção;

- Relações de produção;

- Modos de produção.

A CULTURA:

- Cultura e educação;

- Identidade cultural;

- Os elementos da cultura;

- Aculturação, contato e mudança cultural;

- Contracultura;

- Socialização e controle social.

3ª SÉRIE

AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS:

- Diferença entre grupo social e instituição social;

- Tipos de instituição.

300

Page 301: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

MUDANÇA SOCIAL:

• Mudança social e relações sociais;

• Causas da mudança social;

• Fatores contrários e favoráveis da mudança social;

• Consequências da mudança social;

• Poder;

• Estado e suas características;

• A formação do Estado Moderno;

• Subdesenvolvimento;

• Indicadores econômicos;

EDUCAÇÃO E ESCOLA:

A Escola;

• Forma de transmissão;

• Os Grandes Mestres das Ciências Sociais.

METODOLOGIA

Pretende-se com os conteúdos estruturantes de Sociologia que se tenha

a clareza da necessidade do redimensionamento de aspectos da realidade

para uma análise didática e crítica das problemáticas sociais.

Serão utilizados vários instrumentos metodológicos para desenvolver

esses conteúdos como a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos

e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão, a

pesquisa de campo, todos em busca da formação do ser crítico com conteúdos

sempre problematizados com a realidade do aluno, enfatizando assuntos do

seu conhecimento.

Inicialmente será feita a introdução contextualizada com a construção da

Sociologia e das teorias sociológicas fundamentais fazendo a relação do

passado com a atualidade numa perspectiva crítica, no sentido de fundamentar

teoricamente as várias possibilidades de explicação sociológica feita nos

recortes dos conteúdos específicos.

301

Page 302: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Na medida do possível levar-se-á em consideração as peculiaridades da

região em que a escola está inserida e a origem social do aluno, para que os

conteúdos e a metodologia utilizada possa responder a necessidades desse

grupo social, colocando-o como sujeito de seu aprendizado e que a todo

momento é instigado a fazer relações da teoria com o vivido, rever

conhecimentos e reconstruir coletivamente novos saberes.

Para que haja uma reflexão mais profunda e ampliação de conceitos

sobre a construção do conhecimento sociológico vários instrumentos

metodológicos estão disponíveis para auxiliar a prática pedagógica como a

leitura e interpretação de gráficos, confecção de tabelas, filmes adequados a

faixa etária e o repertório cultural do aluno, relacionado ao conteúdo; discussão

e articulação das temáticas contempladas com a teoria sociológica; produção

de texto; análise e discussão de textos literários e letra de músicas e debates.

O trabalho referente as Leis: 11.645 “História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena”, Lei 13.381/01 “História do Paraná” e Lei 9.795/99 “ Meio Ambiente”

serão desenvolvidos através de leituras de textos , bem como exibição de

documentários e filmes diversos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A partir do momento em que o professor desenvolve um conteúdo mais

significativo e uma metodologia participativa, deve desenvolver uma avaliação

diferenciada. O sujeito só adquire o conhecimento quando num processo ativo

reconstrói o objeto do conhecimento. Assim não cabe mais aqui a avaliação

autoritária, decorativa, repetitiva, sem sentido.

A avaliação deverá ser contínua, verificando os vários momentos do

desenvolvimento dos alunos e não os julgando apenas num determinado

momento. Deve-se avaliar o processo da construção de habilidades e

competências e não apenas o produto final.

A avaliação deve ter efeito prático: mudar a forma de trabalho tanto do

professor que deve dar atenção especial aos alunos com dificuldades,

organizar a recuperação paralela, quanto do aluno que deve também rever o

esquema de participação na construção do seu conhecimento.

302

Page 303: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

O erro não pode ser visto como um absurdo, pois faz parte da

aprendizagem à medida que expressa uma hipótese de construção do

conhecimento. É excelente material de análise, pois revela como o educando

está pensando, possibilitando ajudá-lo a reorientar a construção do

conhecimento.

Portanto, a avaliação deverá acontecer diariamente, num processo

contínuo a fim de detectar as dificuldades e viabilizar novas oportunidades de

conhecimento. Deverá possuir um caráter de valorização do aluno, bem como

ser praticada de forma diagnóstica e cumulativa. Para isso o professor fará

registros descritivos a fim de acompanhar o desenvolvimento das

competências e habilidades. Para realizar uma avaliação, é importante que

o assunto que será cobrado, esteja claro e entendido pelos alunos. Faz-se

necessário a realização de provas, trabalhos (seminários, escrito, dinâmicas),

relatórios quando houver laboratório e exercícios de aprendizagem que

estimulem o aluno a desenvolver seu raciocínio. O uso de vídeos também se

faz importante, conforme o assunto a ser tratado.

De acordo com cada conteúdo, depende do professor desenvolver

alguma maneira de avaliar o desempenho dos seus alunos, porém é importante

lembrar que o aluno deve ser avaliado constantemente em sala de aula,

contando com sua participação e colaboração no decorrer das aulas.

BIBLIOGRAFIA

ALBORNEZ, S. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1989.

BRANDÃO, C.R. O que é Educação. São Paulo: Brasiliense, 1982.

COSTA, C. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo:

Moderna, 1997.

OLIVEIRA P. S. Introdução à Sociologia. São Paulo. Ed. Àtica, 2000.

SANTOS, J. L. O que é Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1983.

303

Page 304: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de

Sociologia para o Ensino Médio. Paraná: 2006.

WEBER, M. A. Ética protestante e o espírito. São Paulo: Ed. Pioneira, 1996.

9.12 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS E ESPANHOL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Tendo em vista as exigências do mundo contemporâneo e o

desenvolvimento tecnológico quase diário, a Língua Estrangeira Moderna tem

por finalidade instrumentalizar o aluno para compreender e produzir texto de

qualidade prática, ou seja, texto que sirva para comunicar-se no seu dia a dia.

Ao ensinar língua estrangeira deve ser levado em conta o aluno e seu objetivo

em aprender, sua classe social e suas relações sociais. Para desenvolver tal

trabalho, deve-se propiciar ao aluno situações de comunicação oral e escrita,

oferecendo-lhe situações próximas da realidade. A preocupação maior deve

ser com o ato da fala, ou seja, o momento do uso do texto e não com

conteúdos gramaticais, pois contextualizando os temas, o aluno será inserido

em ações autênticas de comunicação.

Estas necessidades devem conscientizar o estudante de que o

conhecimento desta língua é requisitado cada vez mais pelos atuais meios de

comunicação, como a Internet, a TV a cabo, entre outros e sua falta de impede

as pessoas de aproveitar todo o potencial oferecido por esses meios de

comunicação.

Ao ler um texto, o aluno busca na memória o seu "pré-conhecimento"

sobre o assunto para depois inter-relacionar-se com o contexto, surgindo,

assim, uma nova visão do mesmo texto. A partir de tal texto, poderão ser

produzidos outros novos textos de acordo com a experiência prévia de cada

leitor. Este trabalho é uma ferramenta muito importante para o desenvolvimento

cultural e crítico do aluno. O aprofundamento dos conteúdos referentes à

304

Page 305: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

interpretação e à extrapolação de textos será bastante enfatizado no Ensino

Médio, objetivando a vertente utilizada pelos grandes vestibulares e a

necessidade de compreender o texto em sua totalidade histórica, social,

cultural.

É preciso trabalhar com a "língua viva" do jornal, da televisão e da leitura

de conversas do dia-a-dia. Portanto, as estruturas gramaticais não aparecem

em seqüência gradual, mas de acordo com as necessidades surgidas na

realização da contextualização. As noções gramaticais surgirão no processo

dinâmico de funcionamento da língua, onde a assimilação da estrutura da

língua estrangeira é um processo criativo de elaboração pessoal, partindo de

generalizações, o educando vai, aos poucos, dominando tal estrutura.

Desta forma, o educando estará se capacitando para a utilização da

Língua Estrangeira Moderna na percepção das ideias, haja vista que, com as

noções fundamentais, como vocabulário, interpretação e compreensão de

textos, ele teve contato ao longo dos 4 anos do Ensino Fundamental, onde a

Língua Estrangeira Moderna trabalhada, foi o Inglês, pois o Espanhol foi

inserido no presente ano de 2010 no Ensino Médio. Esta nova abordagem visa

à busca da compreensão que não é necessário somente a gramática normativa

para a produção de textos.

OBJETIVOS GERAIS

• Utilizar os mecanismos de coerências e coesão na produção oral e / ou escrita;

• Conhecer e usar as línguas estrangeiras modernas como instrumento de

acesso a informações a outras culturas e grupos sociais;

• Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/

contextos mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com

as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores

participantes da criação e propagação de ideias e escolhas, tecnologias

disponíveis);

• Reconhecer as palavras inglesas que fazem parte da vida do brasileiro, através

de embalagens e textos, verificando que o Inglês está presente no dia-a-dia;

305

Page 306: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

- Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como

meio de acesso ao mundo de trabalho e de estudos.

• Verificar em textos que há palavras que são parecidas com o Português, porém

nem sempre apresentam o mesmo significado;

-Incentivar a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir, interpretar

situações, pensar criativamente, fazer suposições e inferências relacionadas

com o conteúdo é uma forma que amplia a capacidade de abstrair elementos

comuns em diversas situações para que eles possam generalizar e melhorar as

possibilidades de comunicação,criando significados através da linguagem.

-Incentivar os alunos a trabalhar de forma independente, de modo a permitir-

lhes identificar as suas potencialidades

dificuldades no processo de aquisição do idioma espanhol.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O conteúdo estruturante da língua é o discurso como prática social, que

a tratará de forma dinâmica, por meio das práticas de leitura, de oralidade e de

escrita.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Leitura

• Gênero textual

• Gênero literário:

. fábula

. poema

.gênero publicitário

.cartazes

.relato histórico

.cartum

. charge

306

Page 307: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Tema do texto;

• Interlucutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência Textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e / ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem;

• Léxico.

Oralidade

-Gênero textual

-Gênero literário:

-textos dramáticos

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos;

307

Page 308: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguÍsticas;

• Marcas linguÍsticas;

• Adequação da fala ao contexto;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Escrita

-Gênero Textual

- Gênero literário:

.descrição

. carta pessoal

. relato pessoal

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e ou/ expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia.

• Marcas linguÍsticas;

• Acentuação Gráfica;

• Ortografia;

308

Page 309: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

• Concordância verbal/nominal.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

Repaso: ¿quién soy?

- el alfabeto, deletrear y grafía correcta de las palabras

- los saludos y las despedidas

- para conocerse. Presentarse, decir la edad, donde vive y la nacionalidad

- buscar palabras en el diccionario

- vocabulario: “En clase”. Nombrar los objetos de clase, explicando la

importancia de ser estudiante en la actualidad

- los pronombres objeto indirecto

- los verbos “ser” y “estar” en presente de subjuntivo

- vocabulario: “La escuela”. Haciendo una maqueta de la escuela que te

gustaría tener.

• presente de subjuntivo de los verbos “andar, hablar y estudiar”

• vocabulario: “la casa”. Decir la dirección y buscar en el diccionario los objetos

de la casa, como si fueras un vendedor

• el género y el número

• la primera conjugación: verbos terminados en AR en presente de subjuntivo

• los refranes y dichos espanõles.

- vocabulario: “la ciudad”. Nombrar todo que hay en una ciudad y en un

país

- las reglas de acentuación

- los numerales

- los colores y las ropas

decir las horas en diferentes países

los días de la semana (mi agenda)

los meses del año y lo qué hago en ellos

309

Page 310: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

vocabulario: “la comida”. Decir los nombres de las frutas y las verduras

9. las estaciones del año

10. la segunda conjugación: verbos terminados en ER, en presente de

subjuntivo

11. los pronombres objeto directo y indirecto

12. vocabulario: “las profesiones”: ¿qué espero de mi futuro?

España: el mapa y las costumbres, incluyendo hispanoamérica

- Vocabulario: “razgos de carácter físicos y psicológicos”

- Los heterosemánticos

- Vocabulario: “los deportes” en la copa del mundo

La tercera conjugación: verbos terminados en IR en presente de subjuntivo

- El verbo “ir” en presente de subjuntivo

- Vocabulario: comparando la vida en el campo y en la ciudad

- Vocabulario: “los animales” y su función en la naturaleza

- Las preposiciones

Verbo auxiliar “haber” en subjuntivo.

- leyendo cuentos

- Revisión de los verbos en subjuntivo.

- Revisión de los verbos en pretérito

- Vocabulario: “Las fiestas en España y Hispanoamérica”

Diversidades que serán trabajadas en medio a los contenidos durante todo el

año:

Historia y cultura afrobrasileña y africana : rescatar la lengua de sus

ancestrales através de palabras que se establecerán en nuestro idioma/

insertar la cultura africana y afrodescendente/ letras de músicas respeto al

tema/ textos sobre la vida de lideranzas como Malcom X y Martin Luther King.

310

Page 311: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Imigrantes: respetando el escenario de imigración japonesa en Brasil,

trabajando con ideogramas , leyendas y mitos japoneses.

Indígenas: expresiones que influyeron en nuestro idioma/ leyendas y mitos

indígenas.

Género: trabajar con textos que hablen respecto a la mujer, a los

homosexuales y de las personas mayores en los países de habla hispánica.

2ª SÉRIE

LEITURA

- Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais observando as

características do texto e construção do vocabulário no contexto do texto.

- Ler com ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e

sua relação com a pontuação.

ORALIDADE

- Discussão dos assuntos lidos , dos acontecimentos, situações

polêmicas, notícias, relatos pessoais e outros envolvendo o vocabulário da

língua inglesa.

ESCRITA

- Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de textos

(estabelecer o tema, levantar as ideias e dados, planejamento, produção,

reescrita com a intervenção do professor e uso do dicionário).

Respeitar às diferenças culturais, étnico-raciais, afro-descendentes e indígenas

como comportamento ético e expressão de cidadania, usando a língua como

forma de conhecer essas culturas e visões de mundo

CONTEÚDOS QUE PERPASSAM A LEITURA, ORALIDADE E ESCRITA

Personal pronouns;

311

Page 312: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Verb to be;

Simple Present Tense

Who? Where? When? What ? Why ?

Simple Future;

The Conditional ;

The indefinite article;

Opposites;

Prepositions;

The Imperative;

Simple Past Tense : Interrogative and negative forms;

There to be;

Uses of some and any;

The use of special words;

Short answers;

Present Continuous Tense;

Irregular verbs;

Regular verbs;

Numbers, days and months;

Many, much, a lot of, lots of, plenty of, a few, a litle, few, little;

Reading comprehension;

Read and translate;

Interrogative words;

Present continuous – tense x simple present;

The past continuous tense;

Plural of nouns;

Auxiliares in short answers;

Question tags;

The possessive case;

Coesão e coerência;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Vocabulário;

312

Page 313: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,

advérbios, palavras interrogativas, substantivos contáveis e incontáveis, falsos

cognatos e outras categorias como elementos do texto.

3ª SÉRIE

LEITURA

- Leitura e compreensão de diferentes tipologias textuais observando as

características do texto e construção do vocabulário no contexto do texto.

- Ler com ritmo e entonação percebendo o valor expressivo do texto e

sua relação com a pontuação.

ORALIDADE

- Discussão dos assuntos lidos , dos acontecimentos, situações

polêmicas, notícias, relatos pessoais e outros envolvendo a língua inglesa.

ESCRITA

- Utilizar procedimentos diferenciados para a elaboração de textos

(estabelecer o tema, levantar as ideias e dados, planejamento, produção,

reescrita com a intervenção do professor e uso do dicionário).

Respeitar às diferenças culturais, étnico-raciais, afro-descendentes e

indígenas como comportamento ético e expressão de cidadania, usando a

língua como forma de conhecer essas culturas e visões de mundo.

CONTEÚDOS QUE PERPASSAM A LEITURA , ORALIDADE E ESCRITA

Text;

Present perfect;

Present perfect X simple past;

Compounds of some, any, no, every;

The past perfect tense;

The use of special verbs ( modals );

Reading and Comprehension;

313

Page 314: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Interrogative words;

Question tags;

The use of special words;

Grau dos adjetivos; Futuro simples e contínuo;

Pronomes relativos;

Verbos anômalos;

Imperativo;

Coesão e coerência;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Vocabulário geral;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,

advérbios, palavras interrogativas, substantivos contáveis e incontáveis, falsos

cognatos e outras categorias como elementos do texto.

METODOLOGIA

É necessária a revisão da postura metodológica, não priorizando o

ensino gramatical, nem o treinamento das habilidades lingüísticas, ou pela

imposição de conteúdos estanques, mas por uma abordagem discursiva, mais

crítica e mais integradora. Não se pode pensar em desenvolver somente a

competência gramatical, torna-se imprescindível entender esse componente

como um entre os vários a serem dominados pelos alunos. Propõem-se

inicialmente trabalhos com textos para que o aluno se familiarize melhor com

as situações de leitura, reconhecendo as informações básicas de diversas

formas de textos. É necessário o uso de material paralelo ao livro didático,

sendo complementar aos conhecimentos, necessários a serem ensinados.

Não se rejeitará a gramática, mas se atribuirá um tratamento específico

que exigirá maior competência do professor a fim de ministrá-la uma vez que

as noções gramaticais surgirão no processo dinâmico de funcionamento da

língua.

É necessário, adquirir o conhecimento de como essas frases serão

adequadas a um determinado contexto, atentar para a adequada construção

314

Page 315: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

gramatical do enunciado, além de destacar a correção lingüística, atentando

para o contexto onde tal frase poderia ser produzida e para as razões que

conferiram importância ao fato de que o aluno seja capaz de produzi-la e

entendê-la.

A leitura também será privilegiada, mas as demais habilidades

lingüísticas não devem ser negligenciadas. A leitura é um veículo eficaz para a

aquisição de conhecimentos de diferentes culturas e de assuntos diversos.

Sendo a leitura uma situação de comunicação-interação alunos/texto,

alunos/professor e texto/professor - abre caminhos ao professor para chegar à

discussão, à reflexão e posicionamento diante dos

fatos. O professor será mediador entre o autor do texto e o aluno no processo

de compreensão da leitura.

A aquisição da competência comunicativa: o ouvir (entender), o falar, o

escrever e o ler são importantes, pois propiciam a participação dinâmica e

criativa a fim de atingir de forma satisfatória a intenção de comunicar-se.

Além de capacitar o aluno a compreender e a produzir enunciados

coesos no novo idioma, propiciar ao aluno a possibilidade de atingir um nível

de competência lingüística capaz de permitir-lhe acesso a informações de

vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para sua formação enquanto

cidadão.

Nessa linha de pensamento deixa de ter sentido o ensino de línguas que

objetiva apenas o conhecimento metalingüístico e o domínio consciente de

regras gramaticais que permitem, quando muito alcançar resultados medianos

em textos escritos.

Na perspectiva atual o aluno será levado a comunicar-se de maneira

adequada em diferentes situações da vida cotidiana.

Será proposto um ensino que organize experiências de aprender, em termos

de atividades de interação de real interesse do aluno, buscando uma maior

aproximação com a realidade: o aluno será agente do processo ensino-

aprendizagem, porque vivência o que aprende. Nesse sentido, é com base nas

leis nº 10.639/2003 e 2.9795/99, que o trabalho de Língua Estrangeira Moderna

refletirá sobre a influência e importância da história e cultura afro-brasileira e

das africanidades na formação da cultura em Língua Estrangeira Moderna,

315

Page 316: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

assim como dos indígenas, idosos, imigrantes, questões de gênero e educação

ambiental.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação situa tanto o aluno quanto o professor no processo de

aquisição e elaboração dos conteúdos de ensino. Através do esforço do aluno

em comunicar-se (oral e/ou escrito) o professor poderá perceber o seu avanço,

bem como o seu interesse em aprender. Um processo contínuo,

contextualizado, dentro de sala de aula, onde o professor observará o

desempenho do aluno para diagnosticar se ele está sendo capaz de relacionar

sua própria cultura com a estrangeira, analisar, interpretar e comparar todas as

formas de textos; utilizar o que está sendo estudado, dentro de novos

contextos, produzindo textos escritos e orais, através de um discurso coerente

e coeso, usando sua criatividade e raciocínio. O professor observará se o aluno

é capaz de compreender diferentes tipos de mensagens e responder de forma

coerente (escrita e/ou oralmente) e a partir das dificuldades apresentadas,

procurar superá-las.

A avaliação formativa pressupõe a inclusão; cabe, portanto, ao professor

de língua estrangeira administrar e gerenciar a heterogeneidade de suas

classes. O único e principal objetivo da avaliação formativa é o de ajudar o

aluno a aprender e a progredir rumo aos objetivos propostos. No entanto, não

pode ser objetivo do professor de língua estrangeira propor o domínio integral

da língua; logo, as atividades de construção e de avaliação do conhecimento

propostas não devem voltar-se para esse fim.

Situações de aprendizagem são também situações de avaliação e de

auto-avaliação. O modo como o aluno constrói e gerencia sua própria

aprendizagem deve ser objeto de observação e apreciação por parte do

professor, o que implica exercer a regularização do trabalho do aluno e prover

apoio no contexto da atividade em curso, encaminhar o aluno a outro grupo de

trabalho e atividades de outro tipo, sempre que for necessário, e monitorar os

percursos individuais de formação.

O professor utilizará diversos instrumentos de avaliação: dialógos orais,

pesquisas, interpretação através do contexto, testes, em específico,

316

Page 317: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

transformam-se em exercícios de produção de linguagem que será analisado

pelo professor. O professor realizará um acompanhamento permanente dos

resultados das atividades e deixará bem claro aos alunos os objetivos das

aulas e quais objetivos ele espera que sejam atingidos. Os alunos que não

atingirem os resultados esperados o professor planejará reavaliações de

maneira diversificada para que assim o aprendizado ocorra realmente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

CASTRO, G.; FARACO, C. A. Por uma teoria lingüística que fundamente o

ensino de língua materna (ou de apenas um pouquinho de gramática nem

sempre é bom. In: Educar em Revista, Curitiba: UFPR, 1999.

JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do

indivíduo. Curitiba: Mimeo, 2004.

PEREIRA, C. F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. In:

SARMENTO S.; MÜLER, V. (org) O ensino do inglês como língua estrangeira:

estudos e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de

Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio. Paraná: 2008.

VOLPI, M. T. A formação de professores de língua estrangeira frente aos

novos enfoques de sua ação docente. In: LEFFA, V. O professor de Línguas

Estrangeiras. Construindo a Profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001.

317

Page 318: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

ANEXOS

SEXO DOS EDUCANDOS

46%

54%

Sexo

MasculinoFeminino

Fonte: pesquisa realizada na comunidade em 2007

RESIDÊNCIA DOS EDUCANDOS

84%

12%4%

Residência

PrópriaAlugadaOut ra Sit uação

Fonte: pesquisa realizada na comunidade em 2007

318

Page 319: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

ESCOLARIDADE DO PAI

Analfabet oE.M. Incomplet o

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

17%

72%

6%3%

1% 3%

Escola ridade do Pa i

1

Fonte: pesquisa realizada na comunidade em 2007

ESCOLARIDADE DA MÃE

AnalfabetaE.F. Completo

E.M. CompletoEm Branco

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

5,5%

72,0%

15,0%

4,5%1,0% 1,0% 1,0%

Escolaridade da M ãe

1

Fonte: pesquisa realizada na comunidade em 2007

319

Page 320: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

RELIGIÃO DA FAMÍLIA

67%

14%

1%

18%

Religiã o

Cat ólicaEvangélicaEspírit aOut ras

Fonte: pesquisa realizada na comunidade em 2007

NÚMERO DE IRMÃOS

47%

19%

23%

10%1%

Núm e ro de I rm ã os1 a 2 irmãos3 a 4 irmãos5 a 6 irmãosMais de 7 irmãosNenhum irmão

Fonte: pesquisa realizada na comunidade em 2007

REPROVAÇÃO em 2007.

320

Page 321: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

1ª Série3ª Série

5ª Série7ª Série

0%

5%

10%

15%

20%

25% 25%

16%

8%

14%

8%

14%

11%

6%

Séries

1

REPROV

Fonte: pesquisa realizada na comunidade em 2007

AÇÃO ENTRE EDUCANDOS

4 9 % 5 1 %

Reprovou

Sim

Não

Fonte: pesquisa realizada na comunidade em 2007

TEMPO DEDICADO AOS ESTUDOS

50%

34%

3%

13 %

Tem po para Estudos

30 Minutos ou menos1 a 2 horasMais de 3 horas

Nenhum tempo

321

Page 322: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Fonte: pesquisa realizada na comunidade em 2007

BAIRO EM QUE RESIDEM

Fonte: pesquisa realizada na comunidade em 2007

Jardim Rivabem

Itaqui de Cim a

Loteam ento Yara

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70% 68%

11% 15%

1% 3%2%

Bairro em que Reside

1

PROFISSÃO DO PAI

OperárioMotorista

AposentadoOutras

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30% 30%

3%

15%

6%

2% 4% 5%4%

12%

19%

Profissões do Pai

1

Fonte: pesquisa realizada na comunidade em 2007

PROFISSÃO DA MÃE

322

Page 323: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Do lar

Em Branco

Outras

0%

10%

20%

30%

40% 40%

5%

25%

12%

6% 7%5%

Profissões da M ãe

1

Fonte:

pesquisa realizada na comunidade em 2007

323

Page 324: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Anexo de Relação de Bens Móveis - AAB

N. Patrimônio Descrição SubClasse Estado Qtd. Município000000085006 CADEIRA GIRATORIA

ESTOFADA SEM BRACO

0601700 REC 0000

001

0420

000000085009 PANELA TIPO INDUSTRIAL 1205200 PES 0000

001

0420

000000085020 ARMARIO DE ACO 0600300 BOM 0000

001

0420

000000085021 ARQUIVO DE ACO 0600500 PES 0000

001

0420

000000085035 VIDEO CASSETTE 0812800 REC 0000

001

0420

000000123982 ARQUIVO DE ACO 0600500 REC 0000

001

0420

000000123983 VENTILADOR DE TETO 0900700 PES 0000

001

0420

000000123984 ESCRIVANINHA DE MADEIRA

COM GAVETAS

0605000 REG 0000

001

0420

000000123985 ESCRIVANINHA DE MADEIRA

COM GAVETAS

0605000 REG 0000

001

0420

000000123986 ESCRIVANINHA DE MADEIRA

COM GAVETAS

0605000 REG 0000

001

0420

000000123987 CADEIRA ESTOFADA

GIRATORIA SEM BRACO

0601700 REC 0000

001

0420

000000123988 CADEIRA ESTOFADA

GIRATORIA SEM BRACO

0601700 REC 0000

001

0420

000000123989 CADEIRA ESTOFADA

GIRATORIA SEM BRACO

0601700 REC 0000

001

0420

000000123990 ARMARIO DE ACO 0600300 BOM 0000

001

0420

000000123991 RADIO 0809700 REC 0000

001

0420

000002009393 TELEVISAO 0812000 REG 0000

001

0420

000002064562 RADIO 0809700 PES 0000

001

0420

000002080495 APARELHO DE DVD 0801301 BOM 0000

001

0420

324

Page 325: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

000002080496 LAVADORA DE CHAO 1204000 BOM 0000

001

0420

000002080497 IMPRESSORA

MULTIFUNCIONAL

1401400 BOM 0000

001

0420

000002085271 MESA DE PING PONG 1600200 INS 0000

001

0420

000002085272 ESCADA DE ABRIR 1206600 BOM 0000

001

0420

000002092156 MICROSYSTEM LG 0809700 NOV 0000

001

0420

000002092157 BATEDEIRA 1201000 NOV 0000

001

0420

000002092158 LIQUIDIFCADOR BRITANIA 1204100 NOV 0000

001

0420

000002092159 APARELHO TELEFONICO

MOTOROLA

0801500 NOV 0000

001

0420

000002092160 VENTILADOR PAREDE

LORENSID

0900700 NOV 0000

001

0420

000002092161 VENTILADOR PAREDE

LORENSID

0900700 NOV 0000

001

0420

000002092162 GLOBO TERRESTRE 0701700 NOV 0000

001

0420

000002092163 MICROFONE SONY 0808100 NOV 0000

001

0420

000002092164 MICROFONE SONY 0808100 NOV 0000

001

0420

000002092165 IMPRESSORA 1401400 NOV 0000

001

0420

000002092166 PLASTIFICADORA 0102600 NOV 0000

001

0420

000002092167 RETROPROJETOR 0813200 NOV 0000

001

0420

000002092168 RADIO PHILIPS 0809700 NOV 0000

001

0420

000002092169 RADIO BRITANIA 0809700 NOV 0000

001

0420

000000041398 DUPLICADOR MARCA-FACIT

MODELO-1908 0701

0102200 ANT 000000

1

0420

000000094167 MICROSCOPIO

ESTEROSCOPIO

1312000 REC 000000

1

0420

325

Page 326: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

000000102536 TORSO HUMANO M85 CM 1319100 PES 000000

1

0420

000000131688 RECEPTOR DE SINAIS DE TV

VIA SATELITE

0809900 BOM 000000

1

0420

000000132186 AMPLIFICADOR 0800500 BOM 000000

1

0420

000000134192 ANTENA PARABOLICA 0800700 BOM 000000

1

0420

000000145559 ARMARIO DE ACO 0600300 BOM 000000

1

0420

000000145982 ARMARIO DE ACO 0600300 BOM 000000

1

0420

000000145983 ARMARIO DE ACO 0600300 BOM 000000

1

0420

000000145984 ARMARIO DE ACO 0600300 BOM 000000

1

0420

000000145985 ARMARIO DE ACO 0600300 BOM 000000

1

0420

000000145986 ARMARIO DE ACO 0600300 BOM 000000

1

0420

000000147484 ARQUIVO ACO 4 GAVETAS 0600500 BOM 000000

1

0420

000000147485 ARQUIVO ACO 4 GAVETAS 0600500 BOM 000000

1

0420

000000158591 CPU GRAPHICS 2006600 NOV 000000

1

0420

000000158592 CPU GRAPHICS 2006600 NOV 000000

1

0420

000000158593 CPU GRAPHICS 2006600 NOV 000000

1

0420

000000158594 CPU GRAPHICS 2006600 NOV 000000

1

0420

000000166102 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166103 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166104 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166105 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

326

Page 327: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

000000166106 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166107 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166108 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166109 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166110 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166111 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166112 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166113 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166114 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166115 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166116 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166117 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000166118 MONITOR PARA

MICROCOMPUTADOR

1402000 NOV 000000

1

0420

000000168996 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000168997 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000168998 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000168999 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169000 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169001 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169002 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

327

Page 328: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

000000169003 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169004 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169005 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169006 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169007 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169008 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169009 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169010 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169011 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000169012 TECLADO PARA

MICROCOMPUTADOR

1404800 NOV 000000

1

0420

000000171298 SERVIDOR 1403000 NOV 000000

1

0420

000000278417 TV 29 POL. TELA PLANA ENT.

USB

0812000 BOM 000000

1

0420

000000278418 TV 29 POL. TELA PLANA ENT.

USB

0812000 BOM 000000

1

0420

000000278419 TV 29 POL. TELA PLANA ENT.

USB

0812000 BOM 000000

1

0420

000000278420 TV 29 POL. TELA PLANA ENT.

USB

0812000 BOM 000000

1

0420

000000278421 TV 29 POL. TELA PLANA ENT.

USB

0812000 BOM 000000

1

0420

000000329657 RACK PARA TV 29' 0606700 BOM 000000

1

0420

000000329658 RACK PARA TV 29' 0606700 BOM 000000

1

0420

000000329659 RACK PARA TV 29' 0606700 BOM 000000

1

0420

000000329660 RACK PARA TV 29' 0606700 BOM 000000

1

0420

328

Page 329: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

000000329661 RACK PARA TV 29' 0606700 BOM 000000

1

0420

000000359612 ARMARIO DE ACO 16 PORTAS 0600300 BOM 000000

1

0420

000000360225 ESTANTE DE ACO C/07

PRATELEIRAS

0604400 NOV 000000

1

0420

000000360226 ESTANTE DE ACO C/07

PRATELEIRAS

0604400 NOV 000000

1

0420

000000360227 ESTANTE DE ACO C/07

PRATELEIRAS

0604400 NOV 000000

1

0420

000000821412 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821413 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821414 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821415 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821416 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821417 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821418 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821419 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821420 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821421 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821422 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821423 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821424 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821425 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821426 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

329

Page 330: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

000000821427 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821428 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821429 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821430 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821431 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821432 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821433 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821434 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821435 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821436 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821437 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821438 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821439 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821440 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821441 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821442 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821443 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

000000821444 CONJ.ESCOLAR

CART./CAD.FDE 4

0603700 BOM 000000

1

0420

330

Page 331: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

Este projeto foi elaborado pela Equipe Pedagógica, Administrativa,

Docentes, Funcionários e Representantes da Comunidade Escolar deste

Estabelecimento de Ensino.

............................................................

José Alexandre Berto ( Direção)

................................................................

Everidiana Patrícia Robacher ( Pedagoga)

...................................................................

Silvana M.M.Tomaz ( Pedagoga)

........................................................................

Silmara do Carmo Boaron ( Pedagoga)

...................................................................

Dalva Ferreira ( Secretário)

331

Page 332: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

.......................................................................

Márcia de Vargas ( Docente Representante).

.................................................................................................

Alexandra Carmona Pereira ( Representante do Conselho Escolar).

.....................................................................................................

Maria Bernadeth Batista ( Representante da APMF).

......................................................................................

Marlene Pereira Fabrício ( Representante do Grêmio Estudantil).

.......................................................................................

Marlene Ferreira de Lara (Representante da Comunidade).

332

Page 333: COLÉGIO ESTADUAL CASEMIRO KARMAN - Notícias · Casemiro Karman era poliglota, falava quatro idiomas: polonês, ucraniano, inglês e português. Era arquiteto, mas o conheciam mais

333