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Índice

3 - Correio Lageano

5 - O Diário

7 - blog Bastidores

10 - El País

13 - Equipe News

15 - FLIP

21 - Educar para Crescer

28 - jornal Liberal

33 - Esconderijos do Tempo

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Veículo: Correio LageanoData: 20/05/2015Editoria: Educação Financeira / LivroSite: http://www.clmais.com.br/negocios/view/8437/em-nova-obra-menino-do-dinheiro-mostra-import%C3%A2ncia-de-enfrentar-mudan%C3%A7as

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Veículo: O DiárioData: 17/05/2015Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.odiariodecampos.com.br/o-lado-incomum-das-historias-infantis-

21355.html

O lado incomum das histórias infantisPublicado em 17/05/2015

Da Assessoria

Ferréz traz à tona as questões relacionadas ao preconceito e a necessidade de mudança em sua obra infantojuvenil Amanhecer Esmeralda. O livro já parte de uma realidade que não é comum nas histórias infantis, já que foca na periferia e na pobreza de forma tão calcada no real.

A protagonista, que é afrodescendente, aprende a valorizar "beleza de princesa africana" e, dentre tantas situações difíceis pelas quais passa, entende que a mudança vem de dentro e depende de cada

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um. A obra é a primeira de Ferréz publicada pela Editora DSOP - outras duas também estão programadas, sempre tendo como alvo o público infantojuvenil.

A obra tem muita proximidade com a realidade, já que é baseada na história de uma fã de Ferréz, e acompanha a história da vida nada fácil de Manhã, uma menina negra e pobre que vive na periferia de uma grande cidade. Essa realidade faz com que a menina esteja sempre de baixo astral, contudo, como em um conto de fadas moderno, sua realidade se transforma quando ela ganha um vestido esmeralda de um professor.

Com isso o autor mostra uma visão muito pessoal de que a mudança da realidade depende do reposicionamento da autoestima de cada pessoa. E como que em um efeito "bola de neve", as melhorias não se resumirão apenas a Manhã, sendo que todos, percebendo a lição passada pela menina, iniciam o processo de mudança de toda comunidade em que vivem.

O autor, que se tornou famoso por conseguir reproduzir em palavras o drama das pessoas que vivem na periferia, possui uma linguagem que se aproxima muito da oralidade, e desenvolve uma literatura chamada de marginal, que carrega uma visão de mundo muito particular.

Para reproduzir a história de Amanhecer Esmeralda e a realidade que a mesmas representam, foi desenvolvido um projeto gráfico simples, mas moderno e atraente, permitindo uma harmonia perfeita entre texto e as belíssimas ilustrações do Rafa Antón.

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Veículo: blog BastidoresData: 17/05/2015Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.blogbastidores.com.br/mario-de-andrade-e-o-homenageado-de-uma-flip-

pop-e-de-qualidade/

Mário de Andrade é o homenageado de uma Flip ‘pop’ e de qualidade17 de maio - 06h20

O escritor Mário de Andrade será o homenageado da Flip 2015.

 

Por Camila Moraes

Vem aí mais uma Flip (Festa Literária de Paraty), o principal evento brasileiro ao redor de escritores e livros. A turística cidade do litoral do Rio vai receber, entre 1 a 5 de julho, uma programação que reflete, como sempre, seu homenageado, seja com mesas de debate sobre sua obra ou inspirando, sob seu rastro, outras conversas. O deste ano é o escritor Mário de Andrade, e sua permanente dualidade, high & low, aparece nos convidados sem medo de ser pop e na literatura de qualidade.

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Para Mario Munhoz, diretor da Casa Azul, responsável pela realização da Flip 2015, o homenageado permite a variedade graças ao “seu legado que habilmente costura arte, cultura, educação e patrimônio”. “Somos todos filhos de Mário”, disse o jornalista e curador Paulo Werneck, destacando uma programação que ele define como “dedicada, variada e seletiva”.

O homenageado Mário de Andrade foi o grande papa do modernismo brasileiro, modernizando a cultura do país e ressaltando a importância do diálogo dela com o mundo. Mas também produziu literatura erótica, escreveu livros de viagem e, sobretudo, foi uma pessoa como qualquer outra, à mercê de tristezas e fracassos, como prova a fase em que ele viveu no Rio de Janeiro, no fim de sua vida. Tudo isso deve aparecer na mesa de abertura entre a ensaísta argentina Beatriz Sarlo, a escritora paulistana Eliane Robert Moraes e o primeiro biógrafo oficial de Mário, o carioca Eduardo Jardim. Já ecos seus serão ouvidos em papos como A cidade e o território, A poesia em 2015, São Paulo! Comoção de minha vida…, Amar verbo transitivo e Turistas aprendizes, que – pelos títulos se percebe – o resgatam indiretamente.

Nos encontros exclusivos, que colocam um só autor diante do público, ressalta Roberto Saviano, jornalista italiano ameaçado de morte pela máfia de seu país depois de escrever Gomorra, livro que virou filme nas mãos de Matteo Garrone. Haverá também um encontro com Boris Fausto, que integra este ano, segundo Werneck, a categoria “como assim, nunca veio para a Flip?”. E promete ser íntimo, já que o historiador e cientista político brasileiro falará das memórias que escreveu à luz da perda de sua mulher.

Outro resgate importante da Flip 2015, novamente sobre Mário de Andrade, é com a música, que conta este ano com nomes de peso, como o crítico José Ramos Tinhorão e o compositor Hermínio Bello de Carvalho, além de Jorge Mautner, Arnaldo Antunes e Karina Buhr. Nomes brasileiros, como se vê, não faltarão desta vez ao lado das estrelas internacionais, entre as quais se destacam o queniano Ngugi wa Thiong’o, sempre cotado ao prêmio Nobel de Literatura, o dramaturgo e roteirista britânico David Hare, indicado ao Oscar (pelos filmes As horas e O leitor), e o australiano Richard Flanagan, vencedor do Man Booker Prize 2014.

Também se nota uma maior presença de mulheres em relação ao ano passado, com nove escritoras em um total de 39 convidados (23% em relação aos 15% de 2014). Haverá, inclusive, uma mesa dedicada à representação literária da maternidade e da condição da mulher, com as participações da paulistana Ana Luisa Escorel e da isralense Ayelet Waldman – que publicou Bad Mother: A Chronicle of Maternal Crimes, Minor Calamities and Occasional Moments of Grace, uma compilação de seus artigos bastante críticos sobre ser mãe.

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Muito mais escritores e obras estarão espalhados nas programações paralelas do Flip 2015, cuja importância costuma levar o meio editorial em massa para Paraty para ver e ser visto. O escritor e colunista de EL PAÍS Luiz Ruffato, que será parte da Flipinha com A história verdadeira do sapo Luiz (DSOP), rejeita os que torcem o nariz para o lado festa da Flip. “Existe um preconceito da classe intelectual do Brasil, que acha que livro é algo sagrado, para poucos privilegiados. A Flip era no começo um evento mais intimista, hoje é uma coisa grande, de renome, aonde as pessoas vão se encontrar. Qual é o problema disso, se a desculpa são os livros?”, questiona.

Fonte: El PAÍS

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Veículo: El PaísData: 15/05/2015Editoria: LivroSite: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/15/cultura/1431700019_857089.html

Mário de Andrade é o homenageado de uma Flip ‘pop’ e de qualidade

A principal festa literária do país anuncia sua ‘variada e seletiva’ programaçãoA revolução de Mário de Andrade

O escritor Roberto Saviano. / BERNARDO PÉREZ

Vem aí mais uma Flip (Festa Literária de Paraty), o principal evento brasileiro ao redor de escritores e livros. A turística cidade do litoral do Rio vai receber, entre 1 a 5 de julho, uma programação que reflete, como sempre, seu homenageado, seja com mesas de debate sobre sua obra ou inspirando, sob seu rastro, outras conversas. O deste ano é Mário de Andrade, e sua permanente dualidade, high & low, aparece nos convidados sem medo de ser pop e na literatura de qualidade.

Para Mario Munhoz, diretor da Casa Azul, responsável pela realização da Flip 2015, o escritor, músico e agitador cultural permite amplos debates graças ao “seu legado que habilmente costura arte, cultura, educação e patrimônio". “Somos todos filhos de Mário”, disse o jornalista e curador Paulo Werneck, destacando uma programação que ele define como “dedicada, variada e seletiva”.

Mário de Andrade foi o grande papa do modernismo brasileiro, modernizando a cultura do país e ressaltando a importância do diálogo

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dela com o mundo. Mas também produziu literatura erótica, escreveu livros de viagem e, sobretudo, foi uma pessoa como qualquer outra, à mercê de tristezas e fracassos, como prova a fase em que ele viveu no Rio de Janeiro, no fim de sua vida. Tudo isso deve aparecer na mesa de abertura entre a ensaísta argentina Beatriz Sarlo, a escritora paulistana Eliane Robert Moraes e o primeiro biógrafo oficial de Mário, o carioca Eduardo Jardim. Já ecos seus serão ouvidos em papos como A cidade e o território, A poesia em 2015, São Paulo! Comoção de minha vida..., Amar verbo transitivo e Turistas aprendizes, que – pelos títulos se percebe – o resgatam indiretamente.

Nos encontros exclusivos, que colocam um só autor diante do público, ressalta Roberto Saviano, jornalista italiano ameaçado de morte pela máfia de seu país depois de escrever Gomorra, livro que virou filme nas mãos de Matteo Garrone. Haverá também um encontro com Boris Fausto, que integra este ano, segundo Werneck, a categoria “como assim, nunca veio para a Flip?”. E promete ser íntimo, já que o historiador e cientista político brasileiro falará das memórias que escreveu à luz da perda de sua mulher.

Ilustração de Odilon Morais para o livro Será o Benedito! (Cosac Naify, 2008). Odilon, junto de Luciana Sandroni, autora da biografia 'O Mário que não era de Andrade', estará na Flipinha, que acontece durante a Flip.

Outro resgate importante da Flip 2015, novamente sob Mário de Andrade, é com a música, que conta este ano com nomes de peso, como o crítico José Ramos Tinhorão e o compositor Hermínio Bello de Carvalho, além de Jorge Mautner, Arnaldo Antunes e Karina Buhr. Nomes brasileiros, como se vê, não faltarão desta vez ao lado das estrelas internacionais, entre as quais se destacam o queniano Ngugi wa Thiong'o, sempre cotado ao prêmio Nobel de Literatura, o

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dramaturgo e roteirista britânico David Hare, indicado ao Oscar (pelos filmes As horas e O leitor), e o australiano Richard Flanagan, vencedor do Man Booker Prize 2014.

Também se nota uma maior presença de mulheres em relação ao ano passado, com nove escritoras em um total de 39 convidados (23% em relação aos 15% de 2014). Haverá, inclusive, uma mesa dedicada à representação literária da maternidade e da condição da mulher, com as participações da paulistana Ana Luisa Escorel e da isralenseAyelet Waldman – que publicou Bad Mother: A Chronicle of Maternal Crimes, Minor Calamities and Occasional Moments of Grace, uma compilação de seus artigos bastante críticos sobre ser mãe.

Muito mais escritores e obras estarão espalhados nas programações paralelas do Flip 2015, cuja importância costuma levar o meio editorial em massa para Paraty para ver e ser visto. O escritor ecolunista do EL PAÍS Luiz Ruffato, que será parte da Flipinha com A história verdadeira do sapo Luiz (DSOP), rejeita os que torcem o nariz para o lado festa da Flip. “Existe um preconceito da classe intelectual do Brasil, que acha que livro é algo sagrado, para poucos privilegiados. A Flip era no começo um evento mais intimista, hoje é uma coisa grande, de renome, aonde as pessoas vão se encontrar. Qual é o problema disso, se a desculpa são os livros?”, questiona.

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Veículo: Equipe NewsData: 14/05/2015Editoria: LivroSite: http://equipenews.com.br/entretenimento/realidade-das-escolas-na-periferia-e-tema-

de-livro-de-literatura-marginal

Realidade das escolas na periferia é tema de livro de literatura marginalPostado em 14/05/2015 por Redação

Um choque de realidade desde o primeiro parágrafo do primeiro conto. Sem pudores ou meias palavras, “Te Pego Lá Fora” põe o leitor em contato com a vida dura das crianças e jovens dasperiferias, algo que quem está de fora muitas vezes prefere não enxergar. Transporta-o por meio da crueza das narrativas e da linguagem marcada pela oralidade cotidiana, a um universo escolar opressor e desencantado. A obra de Rodrigo Ciríaco foi lançada pela Editora DSOP.

No retrato de um beligerante ambiente escolar, composto por trechos das histórias pessoais de seus personagens e do cotidiano de alunos e professores, o autor explora a versatilidade formal que vai do microconto – alguns com apenas uma ou duas frases – à dramaturgia, passando por narrações em primeira pessoa e outras, até mesmo cômicas, estruturadas em diálogos. A obra é engenhosamente dividida em estações do ano – verão, outono, inverno e primavera –, o que gera uma leitura vertiginosa, potencializada pelo ritmo acelerado das narrativas, que expõem problemas centrais do Brasil contemporâneo, como preconceitos, fome, analfabetismo funcional, exploração de menores e exclusão.

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Fica claro também, em “Te Pego Lá Fora”, o desafio de educar e, principalmente nos últimos contos, o papel da literatura nesse contexto. Como diz Ferréz em sua apresentação do livro, o “especialista em conflito e em sobrevivência” Rodrigo Ciríaco “faz da palavra outra arma de luta para a melhoria, não individual somente, mas também do coletivo”.

O livro é o segundo título do selo editorial “Literatura Marginal DSOP”, todo dedicado a escritores e obras que tratam de temáticas da periferia, e coordenado pelo romancista, contista e poeta Ferréz – um dos pioneiros desse movimento, que constitui um fenômeno e forte instrumento de manifestação cultural. O primeiro foi Palestra Lágrimas Futebol Clube, de Marcos Teles, apresentado em agosto na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

“Te Pego Lá Fora tem uma potência dramática e literária que faz tremer os conceitos e esperanças do leitor. Para além do literário, é um livro de alta importância sociológica e antropológica”, ressalta Simone Paulino, diretora editorial.

O livro pode ser adquirido na loja online da Editora DSOP ao preço de R$ 19,90.

O autorNascido e criado na zona Leste de São Paulo, Rodrigo Ciríaco é educador, escritor, editor, ativista cultural, traficante literário, e ainda, do tipo faz tudo, daqueles “pau-pra-toda-obra”. Gosta de viajar por meio da literatura, já plantou árvores, teve uma filha, Malu, e publicou 100 Mágoas (2011) e Vendo Pó…esia (2014). Participa há quase dez anos de alguns dos movimentos mais ativos e importantes da cultura contemporânea brasileira: a literatura marginal e os saraus da periferia. Desde 2006, coordena atividades de incentivo à leitura, produção escrita e difusão literária, principalmente dentro de escolas, com o projeto “Literatura (é) Possível”, do qual nasceu o “Sarau dos Mesquiteiros” (sarau da molecada), as edições “Um Por Todos” e o concurso literário “Pode Pá Que É Nóis Que Tá”, voltado para jovens e adolescentes da rede pública em São Paulo.

Fonte: Divulgação

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Veículo: FLIPData: 12/05/2015Editoria: Livro

Site:

Flipinha e FlipZona celebram ações educativas da Associação Casa Azul em ParatyProgramação, que acontece durante os dias da Flip, traz autores e ilustradores da literatura infantil e juvenil, oficinas e filmes

Ao longo de todo o ano a Associação Casa Azul realiza em Paraty, por meio da Biblioteca Casa Azul, da Flipinha e da FlipZona, uma série de ações permanentes voltadas para o estímulo à leitura e à formação de educadores. “Os cinco dias da Flip em Paraty são o momento de trazer ao público o resultado das diversas ações que realizamos ao longo de todo o ano junto aos estudantes e educadores de Paraty, além de ser um momento muito enriquecedor pela oportunidade que oferece para o diálogo e reflexão sobre a literatura, as artes e a educação”, afirma Belita Cermelli, diretora-superintendente da Associação Casa Azul.

A programação durante os dias da Flip, que, neste ano, acontece entre os dias 1º e 5 de julho, em Paraty, é realizada a partir dos três eixos correspondentes às ações da Casa Azul em Paraty: Biblioteca Casa Azul, Flipinha e a FlipZona.

Biblioteca Casa Azul – espaço de encontros e trocas

Contando com um acervo de mais de 12 mil livros, em parte provenientes das doações das editoras parceiras da Flip, a Biblioteca Casa Azul, sediada na Ilha das Cobras, trabalha ao longo de todo o ano em ações permanentes, como os programas de apoio à alfabetização e o programa de mediação de leitura.

Durante a Flip, A Biblioteca Casa Azul transfere parte do seu acervo e equipe para o espaço do antigo cinema na Praça da Matriz, onde passa a funcionar de forma temporária como um espaço de leitura, discussão e reflexão. Ao longo desses cinco dias, o público da Flip em Paraty e a população paratiense têm acesso aos livros do acervo e podem participar das Rodas de Conversa com os autores convidados da Flipinha e escritores estreantes, que contam com um espaço exclusivo na programação.

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ProgramaçãoMediação: Gláucia MolloQuinta15 hDilan Camargo e Stella MarisSexta10hSimone Matias e Odilon Moraes15hTino Freitas e Alessandra RascoeSábado13h30 - 15h30Escritores estreantes16h30Oficina de cordel

Flipinha

No início do ano letivo, os professores recebem o Manual da Flipinha, material didático com informações sobre a vida e a obra dos autores convidados para a programação infantil, e participam de uma oficina de formação. O material serve de base para o trabalho em sala de aula, com leituras e atividades práticas que culminam nas apresentações dos alunos nos dias de festa. O trabalho envolve cerca de 13 mil alunos de mais de 40 escolas públicas e privadas da região.

A Casa Azul realiza também, todos os anos, o Ciclo do Autor Homenageado, curso de formação sobre a obra do autor homenageado da Flip junto a professores, estudantes e moradores de Paraty, atingindo a um público de mais de 300 pessoas. O Ciclo de 2015 - Muitos Mários -, acontece de 6 a 8 de maio,em três módulos, dando um painel da vida e obra de Mário de Andrade.

A Operação Flipinha, criada há dois anos, consiste nas doações de livros e visitas de autores para as escolas públicas da região de Paraty e a Flipinha do Mar, um evento anual que ocorre nas comunidades costeiras e rurais de Paraty com atividades visuais tendo como base a literatura. As criações das crianças servem de inspiração para compor a identidade gráfica do material gráfico da Flipinha.

Ciranda dos Autores

Durante a festa literária em Paraty, é criada uma programação especial com debates dos autores convidados para a Flipinha e apresentações escolares.

Os autores convidados para a Flipinha 2015 vêm com histórias e trajetórias diversas. Dos rios e da mata vêm Tiago Haiky e Rita Carelli, autora que transita

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pelo asfalto e florestas. De Luanda, na África, Ondjaki derruba fronteiras, ao compartilhar histórias semelhantes às nossas. A ilustradora Simone Matias conta as histórias com seus traços. Tino Freitas, cearense, músico, contador e inventor de histórias, traz textos bem humorados e críticos. Assim como Alessandra Rascoe que, além de escritora, desenvolve projetos de leitura.

A premiada Stella Maris, mestre em literatura e em contar histórias, traz para a Flipinha uma obra feita a partir de temas delicados. O ilustrador Odilon Moraes e a escritora Luciana Sandroni trazem a sua visão do autor homenageado nas obras Será, o Benedito! (Cosac Naify) e O Mário que não era de Andrade(Companhia das Letrinhas). As escritoras Dilea Frates e Dilan Camargo transitam no mundo do jornalismo, teatro e cinema, sempre com uma boa história para contar. Todos múltiplos em suas atividades, tendo em comum, o ofício da palavra e a narração de histórias.

Programação

Quinta 2/79h - 10hMemória e invençãoLuciana Sandroni e Stella Maris RezendeMediação: Nina Silva14h - 15hQuando ficção e realidade se misturamLuiz Ruffato e Claudio FragataMediação: Veronica Lessa15h30 -16h30A multiplicidade do olharDileaFrates e João CarrascozaMediação: Anna Cláudia Ramos 

Sexta9h -10hCanção, poesia e históriasDilan Camargo e Tino FreitasMediação: Ninfa Parreiras14h -15hTiago Hakiy e Rita CarelliO poeta das águas e a menina das históriasMediação: Bernadete Passos15h30 -16h30A literatura por vários ângulosSimone Matias e OndjakiMediação: Volnei Canônica

Sábado14h - 15hContar, cantar e ilustrar

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Odilon Moraes e Alessandra RoscoeMediação: Leandro Leocádio

Arte na Praça

Oficinas simutâneas com os saberes e fazeres locais que acontecem na sexta-feira da Flip a partir das 13h, na Praça da Matriz, ponto central da cidade. Todos os anos, a atividade recebe mais de 3 mil crianças entre membros da comunidade e visitantes.

Pés de livros

Algumas árvores da Praça da Matriz, onde acontece o evento, têm livros pendurados em seus galhos e mediadores de leitura para receber os jovens leitores. Os mediadores são alunos do curso normal formados nas capacitações realizada pela Associação Casa Azul.

FlipZona

Espaço de inovação, a FlipZona realiza diversas atividades ao longo do ano na Biblioteca Casa Azul, onde está sediada a Central FlipZona. Entre elas, a Oficina de produção audiovisual, a Oficina de redação jornalística e a Oficina de ilustração.

As atividades desenvolvidas servem de base para a realização da cobertura da Flip, Flipinha e FlipZona, a partir do olhar dos jovens participantes sobre a festa literária.

Encontro com autores

A FlipZona conta em sua programação com a presença dos autores da Flipinha, da Flip e participantes da festa literária ligados à área do jornalismo e audiovisual. Entre os autores convidados para esta edição, temos o estreante Jessé Andarilho, a experiente DileaFrates, LuisRuffato, João Carrascoza, Ondjaki e os jovens Rita Carelli e Karina Buhr, que trazem experiências em diferentes áreas para além da literatura.

Programação

Quarta10h30Onde a literatura e o cinema se encontramDilea Frate e Alessandra RascoeMediação: Anna Cláudia Ramos

Quinta8h30O poder transformador da palavra

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Jesse AndarilhoMediação: Verônica Lessa10h30Literatura sem fronteirasOndjaki e Rita CarelliMediação: Luciana Sandroni

Sexta8h30A origem das históriasLuiz Ruffato e João CarrascozaMediação: Claudio Fragata10h30Letras e númerosKarina BuhrMediação: Marcos Maffei

Hora da Estrela (FlipZona) Evento tradicional e esperado na programação da FlipZona, onde os jovens têm a oportunidade de mostrar seu talento: música, teatro, declamação etc. Neste ano, a novidade será a participação dos alunos de ensino médio que apresentarão trabalhos desenvolvidos a partir da obra de Mário de Andrade e do patrimônio cultural local. Quando: domingo 5/7 às 14hOnde Auditório da Casa da Cultura de Paraty CineZona (FlipZona) O CineZona apresenta audiovisuais de convidados com bate papo. Nesse momentos, os jovens da Central Flipzona e convidados têm a oportunidade de discutir sobre os temas relacionados ao filme bem como sua produção. Quando: domingo 5/7 às 17hOnde: Auditório da Casa da Cultura de Paraty Flip 2015

A Flip 2015 ocorre entre 1o. e 5 de julho, em Paraty (RJ), tendo o escritor Mário de Andrade como autor homenageado e curadoria do editor Paulo Werneck.

Quem faz a Flip

A Casa Azul é uma organização da sociedade civil de interesse público, que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura. Desde as primeiras ações, mantém uma intensa relação com a cidade de Paraty. A Flip, os projetos educativos permanentes – Flipinha, FlipZona e

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Biblioteca Casa Azul – e o Museu do Território são algumas de suas experiências que potencializam importantes transformações no território e promovem o aprimoramento da qualidade de vida dos cidadãos, os valores culturais e a conservação do patrimônio material ou imaterial.

Patrocínio

A programação da Flip conta com o patrocínio oficial do BNDES e Itaú, patrocínio da Petrobras e outros parceiros ainda em vias de confirmação. A programação da Flipinha conta com apoio do Instituto C&A e da Prefeitura de Paraty.

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Veículo: Educar para CrescerData: 11/05/2015Editoria: LivroSite: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/12-dicas-literatura-afro-brasileira-

africana-729395.shtml

LITERATURA

18 dicas de literatura afro-brasileira e africanaConheça mais sobre essa cultura tão presente no nosso imaginário

Não tem maneira melhor para conhecer uma cultura do que com os livros!

Literaturas que valorizam a diversidade étnica e cultural afro-brasileira e africana são uma ótima alternativa para abordar os conteúdos exigidos pela lei 10.639, que obriga o ensino da "História e Cultura afro-brasileira e africana" nas escolas de Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada de todo Brasil.

Veja 15 dicas de livros recomendados para pais, filhos e professores sobre o tema. Confira também o índice de autores negros do Literafro, portal de estudos de literatura afro-brasileira da Universidade Federal de Minas Gerais.

Para ler, clique nos itens abaixo:

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1. Menina Bonita do Laço de Fita - Ana Maria Machado

A autora coloca em cena, através da história de um coelho branco que se apaixona por uma menina negra, alguns assuntos muito debatidos nos dias de hoje, como a auto-estima das crianças negras e a igualdade racial.

2. Luana, A Menina Que Viu O Brasil Neném - Oswaldo Faustino, Arthur Garcia e Aroldo Macedo

O livro conta a história de Luana, uma menina de 8 anos que adora lutar capoeira, e a historia do descobrimento do Brasil. Ao lado de seu berimbau mágico, ela leva o leitor a outras épocas e lugares e mostra o quão rica é a cultura brasileira, além da importância das diferentes etnias existentes por aqui.

3. O Menino Marrom - Ziraldo

O Menino Marrom conta a historia da amizade entre dois meninos, um negro e um branco. Através da convivência aventureira dessas crianças ao longo de suas vidas, o autor pontua as diferenças humanas, realçando os preconceitos em alguns momentos.

4. Lendas da África - Júlio Emílio Brás

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O livro mostra fábulas tipicamente africanas para leitores de todo mundo. Nas histórias, o autor mostra um pouco do folclore africano, além de passar valores do "tempo em que os animais ainda falavam" para as crianças.

5. Terra Sonâmbula - Mia Couto

Primeiro livro do autor africano, Terra Sonâmbula foi considerado um dos doze melhores romances do continente no século 20. Numa estória emocionante sobre o encontro de um menino sem memória e um velhinho meio perdido pelo mundo, Mia Couto mistura símbolos tradicionais da cultura e da história moçambicana.

6. Meu avô um escriba - Oscar Guelli

A história se passa na África, mais precisamente no Egito. O pequeno Tatu é neto de um escriba. A convivência com o avô permitirá ao menino aprender cálculos, a ter contato com tradições mais antigas de seu país e a se preparar para também ser um escriba um dia.

7. O Cabelo de Lelê - Valéria Belém

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Lelê é uma linda menininha negra, que não gosta do seu cabelo cheio de cachinhos. Um dia, através de um fantástico livro, começa a entender melhor a origem de seu cabelo e, assim, passa a valorizar o seu tipo de beleza.

8. A varanda Do Frangipani - Mia Couto

O romance policial moçambicano é marcado por palavras criadas pelo próprio autor, nascido no país onde se passa a trama. A história conta sobre o violento colonialismo em Moçambique e a superação do país a partir dessa cicatriz histórica.

9. Bia na África - Ricardo Dregher

O livro é parte da coleção "Viagens de Bia". Nessa estória, Bia viaja por diferentes países da África, como Egito, Quênia e Angola. Na aventura, a garotinha conhece, entre outras curiosidades, a história do povo árabe e dos nossos antepassados negros, que vieram como escravos da África para o Brasil há muitos anos.

10. Avódezanove e o segredo do soviético - Ondjaki

Em Luanda, capital da Angola, África, as obras de um mausoléu realizadas por soldados soviéticos ameaçam desalojar morados da PraiaDoBispo, bairro da região. As crianças do bairro percebem as mudanças com olhares desconfiados. Talvez elas sejam as primeiras a perceber que a presença dos soldados soviéticos significa mais do que uma simples reforma espacial.

11. Tudo Bem Ser Diferente - Todd Parr

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A obra ensina as crianças a cultivar a paz e os bons sentimentos. O autor lida com as diferenças entre as pessoas de uma maneira divertida e simples, abordando assuntos que deixam os adultos sem resposta, como adoção, separação de pais, deficiências físicas e preconceitos raciais.

12. Diversidade - Tatiana Belinky

O livro mostra, através de versos, porque é importante sermos todos diferentes. A autora fala que não basta reconhecer que as pessoas não são iguais, é preciso saber respeitar as diferenças.

13. Num tronco de Iroko vi a Iúna cantar - Erika Balbino

Acompanhando as aventuras dos irmãos Cosme, Damião e Doum e seus amigos, os leitores entram em uma jornada que revela a relação do corpo com a música e aproxima as crianças da capoeira por meio de figuras lendárias das religiões de matriz africana. Além do enredo e das ilustrações do grafiteiro Alexandre Keto, um CD com a narração da história pela própria autora e cheio de cantos de capoeira e de Umbanda valorizam ainda mais essa luta, que é apresentada como dança, arte e jogo também.

14. Amanhecer Esmeralda - Ferréz

O livro conta a história da garota Manhã, negra, pobre e com grandes responsabilidades mesmo com tão pouca idade. Manhã tem sua vida transformada ao ganhar um vestido esmeralda de seu professor, que faz com que ela mude a forma como se vê e como vê o mundo ao seu redor.

15. O Mar que Banha a Ilha de Goré - Kiusam de Oliveira

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Descendente de africanos, Kika é uma menina brasileira que volta para o continente dos seus ancestrais para visitar a Ilha de Goré. Lá ela conhece Laith, garotinho senegalês de 13 anos e guia turístico da ilha. Juntos, começam a entender a importância da história afro-brasileira para ajudar na inclusão do negro e toda a sua rica cultura inserida no imaginário brasileiro.

16. A Preferida do Rei - Toni Brandão

Marisa é uma moça linda de uma aldeia em Moçambique. Um dia ela recebe o pedido de casamento de um Rei, mas Marisa não quer se casar, a não ser que esteja verdadeiramente apaixonada. Então, para recusar a proposta do Rei, a garota encontra uma solução!

17. Como as Cabras Foram Domesticadas - Toni Brandão

Mais um conto africano, este livro reconta a história de uma cabra que acabou de ter um filhotinho e agora precisa protegê-lo dos outros animais da selva. Para isso, a cabra vai dar um jeito de enganá-los. Qual será o fim dela e de seu filhote?

18. Dicionário Escola Afro-Brasileiro - Nei Lopes

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Este dicionário traz definições muito ricas e completas sobre a cultura e história do negro no Brasil. Ele é recomendado para quem quer conhecer melhor sobre temas como escravidão, racismo e personalidades negras de destaque.

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Veículo: jornal LiberalData: 10/05/2015Editoria: LivroSite: http://www.liberal.com.br/noticia/6C436C531C3-estacao_recebe_nova_edicao_do_sarau

Estação recebe nova edição do sarauEvento com microfone aberto recebe pela 3ª vez o escritor paulistano Rodrigo Ciríaco

O escritor de literatura marginal Rodrigo Ciríaco está de volta a Nova Odessa. Ele participa pela terceira vez do sarau local Parada Poética, que ocorre em sua 26ª edição, amanhã, na Estação Cultural da cidade. O evento começa às 19h, e tem entrada gratuita. Os participantes poderão declamar poesias autorais ou de outros poetas, seguindo o formato de "microfone aberto". Além disso, no mesmo endereço, às 18h, ocorre a exibição também gratuita do filme "O Sarau", que integra o projeto Ponto MIS (Museu da Imagem e do Som).

Público do evento cresce a cada edição, com pessoas que admiram poesia, música e cinema

Márcio Salata / Divulgação

"O Rodrigo está relançando o livro 'Te Pego Lá Fora'. A obra foi primeiramente divulgada de forma independente, no ano passado, e agora ganhou uma segunda edição com uma editora. Sua importância é essencial para o gênero de cultura marginal, principalmente no estado de São Paulo", destaca um dos idealizadores da Parada Poética, o fotógrafo Marcio Salata. 

O evento foi criado em parceria de Salata com o rapper Renan Inquérito, do Grupo Inquérito. Ciríaco é autor também das obras "100 Mágoas", "Vendo Pó...Esia", e há dez

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anos participa de saraus e atividades literárias nas periferias da capital paulista. Este ano, ele e 42 escritores brasileiros foram convidados para representar o país na 35ª edição do Salão do Livro de Paris, na França. O evento ocorreu entre os últimos dias 20 e 23 de março.

Além disso, a 26ª Parada Poética recebe discotecagem de DJ Viny, e também promoverá a ação social por meio da arrecadação de alimentos e venda de caldos, cuja renda obtida será revertida para a Associação Vicentina Nossa Senhora das Dores, de Nova Odessa. "Aos poucos nosso público tem se acostumado com a arrecadação de alimentos. Na última edição, conseguimos mais de 30 quilos de arroz e 15 quilos de feijão, além de outros mantimentos não-perecíveis". 

O evento também tem ganhado caráter de formação de público na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Entre os últimos meses de março e abril, a equipe da Parada Poética percorreu 32 escolas da periferia de Campinas, por meio de um projeto idealizado pelo Sesc (Serviço Social do Comércio) Campinas. "O sucesso foi tanto, e o resultado obtido foi tão positivo, que agora o projeto será estendido entre agosto e novembro deste ano", completa Salata.

A 26ª Parada Poética ocorre amanhã, a partir das 19h. A entrada é gratuita. A Estação Cultural fica na Praça José Gazzeta, s/n, Centro.

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Veículo: Esconderijos do TempoData: 06/05/2015Editoria: LivroSite: http://esconderijos.com.br/author/admin/

FEIRA DE BOLOGNA 2015: O espanto como jeito de ler o mundo 

Aqui no Brasil, quem trabalha com literatura infantil sonha em ir todos os anos para a Feira do Livro Infantil em Bologna, na Itália. Estive lá ano passado, e é realmente maravilhoso. Para falar sobre a versão da feira deste ano, convidei o escritor Roberto Parmeggiani, que nasceu e mora em Bologna e que tem uma carreira lá e aqui no Brasil, com dois livros lançados aqui pela editora DSOP, Lição das Árvores e o Avó Adormecida (que ele lançou na feira pela Kalandraka!), ambos pela editora DSOP, e que já prepara mais um, pela recém-lançada editora NÓS. Vejam este apaixonado e lúcido depoimento sobre a mais importante feira de livros infantis do mundo

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Se tivesse que escolher uma palavra para descrever o que foi, este ano, a Feira do Livro Infantil de Bolonha, que aconteceu na cidade italiana de 30 de março a 2 de abril, sem dúvida escolheria a palavra espanto.

E claro, dentro desta palavra se mistura a minha experiência como autor, como leitor e como morador da cidade que hospeda a feira.

O espanto representa para mim uma das mais importantes habilidades e características humanas. É a capacidade de responder ao que acontece ao seu redor, de descobrir a beleza que nos cerca, de entrelaçar relações com o mundo e, enfim, de ver a realidade com um outro olhar.

Qual momento melhor se não uma feira de livro infantis para se espantar?

O que me suscitou mais espanto foram as tantas pessoas que visitaram os pavilhões da feira e que, também segundo os dados oficiais, foram mais que o ano passado.

Claro, não se trata só de números. Mas também do desejo perceptível de descobrir, aprofundar, conhecer o que o mundo da literatura infantil ainda pode oferecer. A confirmação, como se ainda precisássemos disso, de que a literatura faz parte da vida das pessoas e é importante como a comida, o futebol ou o namorar.

Pessoas, olhares, palavras, relações, experiências e esperanças.

Editores, ilustradores, escritores e leitores, protagonistas, não só da publicação de bons livros, mas também da construção da sociedade que queremos para o nosso futuro.

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Outra coisa que chamou a minha atenção foi o mural dedicado à exposição de diversas ilustrações que, a cada ano, permite a ilustradores, mais ou menos conhecidos, de propor o próprio trabalho. Foi muito bom parar na frente de algumas delas, deixar a mente descansar e viajar em vários lugares desconhecidos, encontrar pessoas, personagem e animais fantásticos, descobrir como o percurso da ilustração profissional está conseguindo integrar, sempre mais, a estética com uma comunicação emocional eficaz.

Espanto, porém, é também ver como, apesar de estarmos passando por uma crise econômica muito importante, a resposta que o mundo literário infantil está tentando de dar não é “menor qualidade, por menor custo”, mas “maior qualidade, para maior cultura”. Porque a resposta para esta crise está em um aumento do saber, das competências, da pesquisa, da consciência social e ecológica. Da diversidade da proposta, seja no conteúdo e na forma do texto, nas diferentes técnicas utilizadas para realizar as imagens. Ter bons livros e boas palavras, significa ter bons leitores e, consequentemente, pessoas mais conscientes.

Enfim, o espanto maior. Nesta feira, nos pavilhões, na livraria internacional mas também nesta cidade, nas suas ruas, sob os pórticos, você encontra o mundo. Pessoas de qualquer parte que se encontram ao redor dos livros, seja por interesse comercial seja pelo amor da literatura como arte e jeito de viver.

 

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Roberto Parmeggiani com a versão italiana de seu A Avó Adormecida, na Feira de Bologna 2015

Gosto de pensar que isto possa ser uma antecipação de um mundo futuro possível, no qual as diversidade estão juntas, no meio de muitas cores, falando uma língua universal e com uma atenção especial para a parte melhor de nós: as crianças.