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1 Circuitos Circuitos em Corrente em Corrente Alternada Alternada Cursos de Engenharia Mecânica Energia Cursos de Engenharia Mecânica Energia e Automóvel e Automóvel 2003/2004 2003/2004 Dulce Costa [email protected] Gabinete D311-B

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1

CircuitosCircuitos em Corrente em Corrente AlternadaAlternada

Cursos de Engenharia Mecânica Energia Cursos de Engenharia Mecânica Energia e Automóvel e Automóvel

2003/20042003/2004

Dulce Costa [email protected] D311-B

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PorquePorque é é queque se se utilizautilizaCorrenteCorrente AlternadaAlternada (CA) (CA) emem vezvez de de CorrenteCorrenteContínuaContínua (CC)?(CC)?

Corrente Alternada

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3

Algumas Vantagens1.1. A energia eléctrica é mais fácil de gerar, A energia eléctrica é mais fácil de gerar, com tensões elevadas em grandes geradores com tensões elevadas em grandes geradores de c.a., porque não há colector e as espiras de c.a., porque não há colector e as espiras do induzido podem estar fixas, deslocandodo induzido podem estar fixas, deslocando--se apenas os pólos magnéticos suportes do se apenas os pólos magnéticos suportes do campo magnético indutor.campo magnético indutor.2.2. Há maior facilidade de transmitir à Há maior facilidade de transmitir à distância e fazer a distribuição local da EE, distância e fazer a distribuição local da EE, porque graças aos transformadores, obtêmporque graças aos transformadores, obtêm--se em qualquer ponto da rede as tensões se em qualquer ponto da rede as tensões mais convenientes.mais convenientes.

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Algumas Vantagens3.3. As máquinas eléctricas em c.a. são mais As máquinas eléctricas em c.a. são mais fiáveis e duradouras, para potências iguais, fiáveis e duradouras, para potências iguais, devido à ausência de colectores e devido à ausência de colectores e enrolamentos em movimento.enrolamentos em movimento.4.4. Os motores de c.a. são mais notavelmente Os motores de c.a. são mais notavelmente mais robustos, simples e baratos. Estes mais robustos, simples e baratos. Estes motores são adequados para a grande parte motores são adequados para a grande parte dos accionamentos industriais.dos accionamentos industriais.

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Gerador de C.A.

Na figura temos:• um campo

magnético uniforme• uma espira em

rotação, velocidade angular ω (rad/s)

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Gerador de C.A.

tmm ωφαφφ coscos ==

O fluxo magnético φabraçado em cada instante pela espira é:

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f.e.m. Sinusoidal

α (rad) – ângulo descrito a partir do plano (y, z)t (s) – tempo contado a partir do instante α=0

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f.e.m. Sinusoidal

tsendt

tddtdte m

m ωωφωφφ=−=−=

)cos()(

Pela Lei de Faraday a força electromotrizinduzida em cada instante na bobine é:

tsenEte m ω=)(

Em cresce linearmente com o fluxo φm e com a velocidade angular ω: Em = ω φm (Volts)

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Geração de uma f.e.m. Sinusoidal

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10

Geração de uma f.e.m. Sinusoidal

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Geração de uma f.e.m. Sinusoidal

• 0º os condutores laterais movem-se em paralelo com as linhas de força; não cortam as linhas de força do campo magnético. Não existe uma tensão induzida na espira.

• a espira roda (no sentido anti-horário), os condutores laterais irão cortar as linhas de força. Induz-se uma tensão nos condutores laterais. A tensão aumenta.

• 90° a espira está horizontal com as linhas de força do campo magnético. Os condutores laterais movem-se perpendicularmente com as linhas de força (cortando assim o maior número possível das linhas de força do campo magnético). A tensão atinge o valor máximo.

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Geração de uma f.e.m. Sinusoidal• a espira continua a rodar, a tensão induzida

diminui.

• 180° a espira encontra-se novamente na posição vertical. A tensão atinge o valor zero.

• 180º-360° Continuando a rotação da espira, verifica-se que novamente é induzida uma tensão na espira, mas de sentido contrário. Em 270º atinge o valor negativo máximo.

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Geração de uma f.e.m. Sinusoidal

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Tensão Sinusoidal

tsenUtu m ω=)(Entre os terminais da espira aparece uma tensão sinusoidal:

A rotação da espira num campo magnético uniforme origina uma f.e.m. sinusoidal: tsenE mm ωωφ=

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Tensão Sinusoidal

tsenVtv m ω=)(

tsenUtu m ω=)(

Notação:A tensão tanto aparece com a notação v como u. Podem escolher a que vos for mais familiar.

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Corrente Sinusoidal

tsenIti m ω=)(

Se os terminais estiverem ligados a uma resistência R, esta será percorrida por uma corrente cuja intensidade será em cada instante dada pela lei de Ohm:

tsenR

URtuti m ω==)()(

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Circuito Resistivo CAAplicando a lei de Kirchhoff’s à

malha fechada:0)()( =− Rtitu

Um sin ωttUtu m ωsin)( =

tItR

URtuti m

m ωω sinsin)()( ===

A tensão e a correnteestão em fase, anulam-se e atingem os valoresmáximos e mínimossimultaneamente

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Amplitude, período e pulsação dasgrandezas sinusoidais

tsenXtx m ω=)(

Xm – amplitude da funçãoT – período (s)

Uma função sinusoidal tem valores iguais periodicamente com o período T(s): x(t) = x(t+T)Diz-se que durante o período T se descreveu um ciclo completo.

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Amplitude, período e pulsação dasgrandezas sinusoidais

tsenXtx m ω=)( O número de ciclos descritos em cada segundo mede a frequência das grandezas sinusoidais.

)( 1 HzT

f =

O ciclo magnético da f.e.m. corresponde a uma rotação completa da espira num campo magnético criado por dois pólos. Durante um ciclo a espira descreve um ângulo de 2πradianos. A velocidade angular a que a espira roda serádada por:

fπω 2=

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Valor eficaz das grandezas sinusoidais

tsenXtx m ω=)( Designa-se por valor eficaz de uma grandeza periodica x(t), a raiz quadrada do valor médio, num intervalo de tempo t1, do quadrado dos valores instantâneos da grandeza periódica.

[ ]2/1

0

2

1

1 )(1

⎭⎬⎫

⎩⎨⎧

= ∫t

ef dttxt

X

No caso das grandezas eléctricas periódicas toma-se como t1, o período T.É habitual omitir-se o índice “ef”: Xef=X.

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21

Valor eficaz de uma corrente sinusoidal

[ ]

[ ]

[ ]

2

2sin21

21

21

22cos1

21

sin1

sin1

)(1

22

0

222

0

22

0

222

0

22

2/1

0

2

m

mm

m

m

II

tI

TT

IT

I

dttIT

I

dttIT

I

dttIT

I

dttiT

I

ef

Tef

T

ef

T

ef

T

mef

T

ef

=⇔

×+×=⇔

−=⇔

=⇔

=⇔

⎭⎬⎫

⎩⎨⎧=

ωω

ω

ω

ω

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Valor eficaz de uma corrente sinusoidal

tsenIti m ω=)( O valor eficaz da corrente eléctrica i(t), mede a intensidade de uma corrente contínua que durante o mesmo tempo T, dissiparia em calor numa resistência R a mesma energia eléctrica que é degradada pela corrente peródica i(t)

2m

efII =

i(t)= Im sin ωtIm - amplitude da tensão (V)ω - frequencia angular (rad/s)f = ω/2π - frequencia (Hz)T = 1/f = 2π/ω periodo (s)

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Valor eficaz de uma tensão sinusoidal

u(t)= Um sin ωt

Um - amplitude da tensão (V)ω - frequencia angular (rad/s)f = ω/2π - frequência (Hz)T = 1/f = 2π/ω periodo (s)

2m

efUU =

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Circuito Indutivo PuroUma corrente eléctrica de intensidade i, que

percorre um condutor (A, B na figura) criaum fluxo magnético φ que envolve o condutor.

O fluxo é proporcional à intensidade da corrente φ=L∗i.L aparece como um coeficiente de proporcionalidade.Pela Lei de Faraday:

dtdiL

dtde −=−=φ

dtdieL −=

A grandeza L designa-se por coeficiente de auto-indução e é a medida do fluxomagnético induzido pela corrente quepercorre o circuito. Mede-se em henry (H).

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Circuito Indutivo PuroA figura representa um circuito em que uma

tensão sinusoidal, com valor instantâneo u(t) é aplicado a uma bobine, L, de resistência nula. A bobine é percorrida por uma corrente de intensidade variável.

Io sin ωt

)2

()(

cos)()()(

)()()()(

πωω

ωωω

+=

⇔=⇔=

⇔=⇔−

tsenLItu

tLItudt

tsenIdLtu

dttdiLtu

dttdiLtu

m

mm

A corrente que percorre a bobine cria um fluxo variável φ e a variação deste fluxo induz na própria bobine uma f.e.m., e(t). Pela Lei de Kirchoff, percorrendo a malha fechada: u(t)+e(t)=0.

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Circuito Indutivo Puro

Verifica-se que a tensão u(t) está em avanço em relação à corrente, um ângulo de π/2 rad (90º).

Diz-se que u(t) e i(t) não estão em fase, e estão desfasados de π/2 rad.

Im sin ωt)

2()( πω += tsenUtu m

(A)

)( (V)

L

mmm

L

Lmmm

XU

LUI

LXXILIU

==

Ω===

ω

ωω

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Circuito Capacitivo PuroA carga eléctrica q de um condensador é,

em cada instante directamenteproporcional à tensão entre oscondutores que constituem o condensador: q=Cu(t)

C aparece como um coeficiente de proporcionalidade.Designa-se por capacidade e mede-se em farad (F)

A intensidade de corrente i(t) em qualquer secção do condutor, define-se pela quantidade de electricidadeque em cada instante atravessa a secção.

dtdqti =)(

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28

Circuito Capacitivo Puro

)cos()(

)()(1)(

)()()(

tC

Itu

dttsenCIdtti

Ctu

dtudC

dtCud

dtdqti

m

m

ωω

ω

−=

⇔==

⇔===

∫∫

)2

()( πωω

−= tsenC

Itu m

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29

Circuito Capacitivo Puro

)2

()( πω −= tsenUtu m

(A)

)( 1

(V)

C

mmm

c

cmm

m

XUCUI

CX

XIC

IU

==

Ω=

==

ω

ω

ω

Verifica-se que a tensão u(t) está em atraso em relação à corrente, um ângulo de π/2 rad (90º).

Diz-se que u(t) e i(t) não estão em fase, e estão desfasados de π/2 rad.

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O comportamento das bobines e condensadores emcircuitos eléctricos de C.A. pode ser descritoatravés das suas reactâncias, que são dependentesda frequência e medidas em ohms (Ω).

Reactância Indutiva:

CX C ω

1=Reactancia Capacitiva :

LX L ω=

A Lei de Ohm pode ser utilizada com as reactâncias substitutindo-a por R nas expressões que relacionam osvalores da tensão e corrente

IXV =

XVI =

Reactâncias Indutivas e Capacitivas

IVX =

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31

Representação Vectorial de Grandezas Sinusoidais

Na figura:OM- segmento que faz o ângulo ϕ

com o eixo Ox, na origem dos tempos

ϕ - fase na origem dos tempos

a(t)=Amsin (ωt+ϕ)

A sinusoide pode ser obtida fazendo rodar o segmento OM e tomando as posições do segmento sobre o eixo Oy.

Decorrido o tempo t o segmento roda o tempo ωt, sendo ω=2πf a pulsação da função.

Admitindo essa convenção, o segmento OM, contém a mesma informaçãoque a expressão analítica a(t)=Amsin (ωt+ϕ).

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32

Representação Vectorial de Grandezas Sinusoidais

Explicitamente o segmento OM dá-nos a amplitude máximada função, Am, e a fase, ϕ, na origem dos tempos. Implicitamente contém os valores instantâneos da mesmafunção.

Ao segmento OM corresponde o vector A que contém duasinformações, a amplitude e a fase.

Pode simbolizar-se este vector da seguinte forma: A=A,m∠ϕ.

a(t)=Amsin (ωt+ϕ)

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33

Circuito RLC Serie - Exemplo

I

L=63,7 mHC=634 µFR=10 Ωf = 50 Hz

Obtenha as expressões para as tensões em cada um dos elementos docircuito, assim como para a tensão total.Represente vectorialmente as tensões.

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34

Circuito RLC Serie

I0=−−− CLR VVVV

V = Vo sin ωttVtIRIRV RR ωω sinsin ===

)2/sin()2/sin( πωπω +=+== tVtIXIXV LLLL

)2/sin()2/sin( πωπω −=−== tVtIXIXV CCCC

RVIR = LL VIX =CC VIX =Em que:

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35

Números complexos

jbaA +=

Equações algébricas do tipo x2=-3, não possuem solução no campo dos números reais.

Podem apenas ser resolvidas com a introdução de umaunidade imaginária, ou operador imaginário: j.

Por definição: j=√-1.A soma de um número real com um número imaginário é

chamado de número complexo.

aAe = R

bA = Im

Qualquer número complexo é completamente caracterizado porum par de números reais.

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Números complexosRepresentação de números complexos num sistema de

coordenadas cartesianas:

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37

Números complexos

Existem quatro formas de representarnúmeros complexos:

1. Forma rectangular ou cartesiana

2. Forma exponencial

3. Forma polar

4. Forma trignométrica

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38

Números complexosForma rectangular ou cartesiana: jbaA +=

θθθ jsene j += cosPara representar na forma exponencial utiliza-se a

identidade de Euleur:

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛=+=

==

+=

abarctg

coscos

22 θ

θθ

θθθ

baA

bAsenaA

jAsenAAe j

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39

Números complexos

Forma polar:

Forma trignométrica:

θ∠= AA

θθ jAsenAA += cos

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40

Fasores

Forma polar:

Forma trignométrica:

θ∠= AA

θθ jAsenAA += cos

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FasoresSejam: a tensão e correntenum circuito indutivo.

)( e ϕωω −== tsenIitsenVv mm

A tensão e a corrente podem ser escritas de outra forma:

ϕϕ −∠==== − IeIIVeVV jmef

jm

2 e

20

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42

Fasores

ϕϕ −∠==== − IeIIVeVV jmef

jm

2 e

20

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43

Fasores

! Notar que:

O método fasorial só é aplicável a funções sinusoidais

Os módulos dos fasores, são valores eficazes

Todas as propriedades dos vectores são aplicáveis nosfasores

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Diagramas FasoriaisAs relações entre as diversas grandezas presentes

num circuito podem ser representadsconvenientemente num diagrama vectorial

Em t = 0: Em t:

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FasoresResitência Bobine condensador

I

VR

VL

VC

I I

VR

VL – VCV

Adicionando vectores:22 )( CLR VVVV −+=

22 )( CL XXRIV −+=φ

fase de ângulo =ϕ

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46

ImpedânciaA resistência e a reactância dos circuitos eléctricos,

podem ser combinadas, de forma a definirem umaimpedancia Z (medida em ohms):

22 )( que em CL XXRZZIV −+==

XL-XC

R

Z

φ

RXX CL −=ϕtan

Se XL = XC , φ = 0and Z = R(Condição de Ressonância)

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47

ImpedânciaReparar que a impedância, Z, não depende da tensão

nem da corrente, fica completamente definidadesde que sejam conhecidos R, L, C e ω.

22 )( CL XXRZ −+=

XL-XC

R

Z

φ

RXX CL −=ϕtan

ϕ∠= ZZ

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48

Impedância num circuito resistivo puroNum circuito resistivo:

RRZI

UI

UZ

VIIeI

VUUeU

tsenItitsenUtu

j

j

mm

====

∠==

∠==

==

2

0

0

e

)(º0

)(º0

)( e )( ωω

UI

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49

Impedância num circuito indutivo puro

Num circuito indutivo:

2 e

2

)(º0

)(2

)( e )2

()(

0

2

πωπ

π

ωπω

π

∠===∠==

∠==

∠==

=+=

LL

j

j

mm

XLjjXZI

UI

UZ

VIIeI

VUUeU

tsenItitsenUtu

U=jIωL

I

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50

Impedância num circuito capacitivo puro

Num circuito capacitivo:

21 e

2

)(º0

)(2

)( e )2

()(

0

2

πω

π

π

ωπω

π

−∠==−=−∠==

∠==

−∠==

=−=

cc

j

j

mm

XLj

jXZI

UI

UZ

VIIeI

VUUeU

tsenItitsenUtu

U=-jI/ωC

I

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51

Impedância num circuito RLC série

Num circuito RLC:

RC

L

CLRZZ

CLjR

IUZ

CLjRIU

CIjILjIRUUUU CLR

ωω

ϕω

ω

ωω

ωω

ωω

ϕ

1

arctg e 1

Ze 1

1

22

j

−=⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛ −+==

=⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −+==

⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −+=

⇔−+=++=

I

U

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52

Impedância num circuito RLC série

Num circuito RLC:

RC

L

CLRZZ

CLjR

IUZ

CLjRIU

CIjILjIRUUUU CLR

ωω

ϕω

ω

ωω

ωω

ωω

ϕ

1

arctg e 1

Ze 1

1

22

j

−=⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛ −+==

=⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −+==

⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −+=

⇔−+=++=

I

U

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53

Potência em circuitos CA

Num circuito em corrente alternada os valores da tensão e corrente variam periodicamente com o tempo.

As energias armazenadas nos campos eléctricos e magnéticos associados aos condutores estãoperiodicamente a variar.

As trocas de energia correspondentes não correspondema “consumo” nos receptores.

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54

Energia no Campo Eléctrico

Quando se aplica a um condensador de capacidade C uma tensão é-lhe fornecidauma energia We, dada por:

2

21 CuWe =

A energia entregue ao sistema fica armazenadano campo eléctrico.

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55

Energia no Campo Magnético

Quando uma corrente eléctricacom intensidade i percorre um condutor origina-se, no espaçoque o envolve, um campo magnético. Nesse campo magnético é armazenada a energia Wm:

2

21 LiWm =

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56

Potência Activa e Potência ReactivaNos circuitos em corrente alternada é possível distinguir em cada

instante:

1 - a potência dita “activa”, que corresponde à conversão que se efectuano receptor, da energia eléctrica noutra forma de energia;

2 - a potência, Pc, que corresponde à variação da energia armazenadanos campos eléctricos existentes no receptor e nos dispositivos que o alimentam.

3 - A potência, Pm, que corresponde à variação da energia armazenadanos campos magnéticos existentes no receptor e nos dispositivos queo alimentam

dtduCu

dtdWP e

c ==

dtdiLi

dtdWP m

m ==

2RIPr =

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57

Potência Activa e Potência Reactiva

)(2)()(

U2)(

ϕωϕω

ωω

−=−=

==

tIsentsenIti

tsentsenUtu

m

m

44 344 21444 3444 21)()(

2

2 )2cos1(cos)()cos22cos)(

)sincoscos(2)()(2)()()(

tPtP ra

tsenUIsentUItpttsenUIsentsenUItp

ttsentsenUItptsentsenUItitutp

ωϕωϕωωϕωϕ

ϕωϕωωϕωω

−−=⇔−=

⇔−×=⇔−××=×=

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58

Potência Activa e Potência Reactiva

A componente Pa oscila emtorno do valor VIcosϕcom frequência angular 2ω, nunca mudando de sinal.

A componente Pr oscila com idêntica frequência, possui um valor médio nuloe um valor máximo e um valor máximo VIsinϕ.

44 344 21444 3444 21)()(

2)2cos1(cos)(tPtP ra

tsenUIsentUItp ωϕωϕ −−=

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59

Potência Activa e Potência Reactiva

Podem definir-se as grandezas:

(watts) cos:Activa Potência ϕUIP =

(VAr) sin:Reactiva Potência ϕUIQ =

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60

Factor de potência

A grandeza designa-se por factor de potência

cosϕ

A potência activa, P, é o valor médio da potência instantâneae, por conseguinte, corresponde à potência que é efectivamente transferida.

A potência reactiva, Q, é o valor máximo da componenteda potência que oscila entre o gerador e a carga, cujovalor médio é nulo, resultante da variação da energiamagnética ou eléctrica armazenada nos elementosindutivos ou capacitivos, da impedância de carga.

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61

Variação da potência com o tipo de cargaO ângulo ϕ pode variar entre -π/2 (carga capacitiva pura) e

π/2 (carga indutiva pura).

A potência activa é sempre positiva, ou nula para circuitoscapacitivos ou indutivos puros.

A potência reactiva pode ser positiva ou negativa. Serápositiva quando a carga for indutiva, ϕ> 0; negativa se a carga for capacitiva ϕ<0; nula se a carga for resistivaϕ=0.

Em linguagem corrente costuma dizer-se que uma cargaindutiva “absorve” potência reactiva e uma cargacapacitiva “gera” potência reactiva.

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62

Potência Complexa Aparente

A potência complexa S é definida pelo produto do fasortensão pelo conjugado do fasor corrente:

ϕϕ

ϕβδβδ

UIsenUISUIeUIeIeUeIUS jjjj

j cos

)(

+=

⇔==×== −−∗

QPS j +=

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63

Potência Complexa Aparente

O módulo da potência complexa é a potência aparente:

22 QPS +=

QPS j +=

A potência aparente é medida em VA (volt-ampére)

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64

Trânsito de Potência Reactiva nas Linhas

As perdas de Joule num circuito são dadas por:

( )2

222

UQPRRIP +

==

Se R for a resistência de uma linha de transmissão quetransmite a potência activa P, sob a tensão U, as perdasna transmissão são fortemente influenciadas pelapotência reactiva, Q.

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65

Trânsito de Potência Reactiva nas Linhas

( )2

222

UQPRRIP +

==

Se Q=0; senϕ=0; cosϕ=1 as perdas por efeito de Joule têm o valor mínimo possível.

Qaundo o factor de potência é unitário, o trânsito de energia reactiva é nulo e a transmissão de energia faz-se com perdas mínimas, reduzindo-se também as quedas de tensão.

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66

Trânsito de Potência Reactiva nas Linhas

Tendo em conta a figura: tgϕ=Q/P, ou, de outra forma Q=P∗tgϕ. Vemos que a potência reactiva, para umadada potência activa transmitida, cresce linearmentecom tgϕ.

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67

Compensação do Factor de Potência

P é proporcional a OA e Q é proporcional a AB.

Se junto da carga se ligar um condensador com capacidadeC, este é percorrido por uma corrente Ic, em avanço 90º relativamente a U.

Neste caso a corrente que percorre o circuito passa a ser I’

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68

Compensação do Factor de Potência

No ponto D somam-se as duas correntes

A intensidade I’ que percorre o sistema de transmissão atéà carga, reduziu-se, reduzindo-se assim também a potência reactiva veiculada pelo sistema de transmissão.

cIII +='

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Circuitos Ressonantes Série

À frequência para a qual XL=XC chama-se frequência de ressonância:

Para esta frequência o circuito comporta-se como um circuito puramente resistivo