52
1 Chanson Vivante II Os grandes sucessos atuais da música francesa e canadense Claudia Xatara Nelson Luís Ramos Colaboradores − estagiários da UNESP/IBILCE-SJRP − Bruno César Buani e Maria Amélia Araújo 2007 Digitalização e atualização Leandro Pereira Barbosa 2013 Editora NovaGraf Apoio: UNESP/FAPERP

Chanson Vivante II - Instituto de Biociências, Letras e ... · da música francesa e canadense ... trabalhos sobre a fonética, a morfologia, ... nem reconstituir uma memória histórica

Embed Size (px)

Citation preview

1

Chanson Vivante II

Os grandes sucessos atuais

da música francesa e canadense

Claudia Xatara

Nelson Luís Ramos

Colaboradores

− estagiários da UNESP/IBILCE-SJRP −

Bruno César Buani e Maria Amélia Araújo

2007

Digitalização e atualização

Leandro Pereira Barbosa

2013

Editora NovaGraf Apoio: UNESP/FAPERP

2

Copyright © claudia xatara e nelson luis ramos 2007

Edição: Equipe Novagraf Editora

Capa: Claudia Xatara

Formato: 15x21 cm

Mancha: 10,6x18,1 cm

Tipologia: Minion

Papel da capa: Triplex 300g

Papel do miolo: Off Set 90g

Número de Páginas: 96pg

Impressão: Novagraf Editora Ltda

Revisão dos sites: Márcio Santana da Silva

Téc.Lab. Rec. Audiovisuais

Ibilce/Unesp-SJRP

CIP-BRASIL. CATOLOGAÇÃO-NA-FONTE

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS,RJ

X15c

v.2

Xatara, Claudia Maria, 1962-

Chanson vivante II : os grandes sucessos atuais da música francesa e canadense / Claudia Xatara, Nelson Luís Ramos ;

colaboradores Bruno César Buani e Maria Amélia Araújo. – São José do Rio Preto, SP : Nova Graf, 2007.

96p.

Conteúdo: v.1. 1998-2002 – v.2. 2003-2007

Inclui bibliografia

ISBN 978-85-98633-14-5

1. Música popular - França – História e crítica. 2. Música popular - Quebec (Canadá) - História e crítica. I. Ramos,

Nelson Luís, 1996-. II. Título.

07-3958. CDD: 780.420944

CDD: 78.067.26(44)

17.10.07 18.10.07 003970

Novagraf Editora

Rua João Baptista Ferreira, 211 – Pq. Indl. Campo Verde

CEP 15076-110 – São José do Rio Preto – SP

Fone/Fax: (17) 3218-5660

e-mail: [email protected]

3

Aos meus mais queridos aprendizes de francês,

Bruna e Vítor

Claudia

Ma chanson ce n’est pas ma chanson,

c’est ma vie. (Gilles Vigneault, Mon Pays)

Nelson

Aos nossos leitores.

Claudia e Nelson

4

AGRADECIMENTOS

Após o surpreendente sucesso de público do Chanson

Vivante I, duas edições esgotadas e primeiras vendas na

estande da Livraria Francesa por ocasião da Bienal do Livro

de São Paulo, em 2004, e agora apenas digitalizado

(ibilce.unesp.br/Home/Departamentos/LetrasModernas/CRIF

/chanson-vivante-i.pdf), surgiu o projeto deste Chanson

Vivante II. A este público, jovem ou adulto, aluno ou

professor, conhecedor profundo da cultura francesa ou

apenas francófilo, nosso muito obrigado.

5

SUMÁRIO

Os novos horizontes da música em francês p. 11

Panorama da música de expressão francesa p. 14

1. No Canadá p. 15

2. Na França p. 16

3. Algumas interações Canadá-França p. 19

Os grandes sucessos da música francesa e canadense p. 23

A fleur de toi p. 27

Au gré des saisons p. 30

Caravane p. 32

Cesse la pluie p. 34

Compter les corps p. 37

Dégénérations/ Le reel du fossé p. 40

Écris l'histoire p. 43

Femme like U p. 46

Hey oh p. 49

Je viens du sud p. 52

La cerise p. 55

Laisse parler les gens p. 58

Le sourire p. 62

Ma philosophie p. 64

Montréal –40ºC p. 67

Partons vite p. 70

Quand je manque de to i p. 73

San Ou - La Rivière p. 76

Si seulement je pouvais lui manquer p. 79

Y’a du monde p. 82

Exploitation pédagogique p. 85

Bibliografia p. 89

Os autores p. 92

6

OS NOVOS HORIZONTES DA MÚSICA EM FRANCÊS

Chanson Vivante I revelou-se um sucesso de público: as manifestações recebidas nos

deixaram satisfeitos, pois nosso trabalho dera mais frutos do que esperávamos. Apresentar, em

poucas páginas, o universo da música francesa de todos os tempos acrescido de um período de

cinco anos – 1998-2002 – com as canções e intérpretes mais representativos daquele momento

parecia-nos tarefa complicada, mas o efeito positivo foi a excelente acolhida obtida.

A que se deve isso? A paisagem musical da canção em língua francesa mostrou

exatamente o que faltava em nosso meio cultural: em poucas páginas conseguíramos oferecer ao

público brasileiro um panorama da rica e variada produção musical da França somada à de outra

região de expressão francesa, representada por parte do Canadá. Se o universo musical da França já

se mostrava, há algum tempo, bastante ignorado por parte de nosso público, o do território

francófono canadense aparecia como um grande desconhecido. Em um mundo globalizado, em que

a presença do inglês é moeda corrente e predominante, o livro evidenciou a profusão de

manifestações musicais várias em uma língua que parecia fadada ao esquecimento.

A presença forte da canção em francês não só na França – que ainda conseguiu ser bem

exportada durante boa parte do século XX – como também em uma de suas ex-colônias demonstra

o quanto essa música nunca deixou de se renovar, dentro daquele velho espírito francês de abertura

ao mundo e incorporação de novos valores culturais. A ex-colônia, o Canadá francês, forneceu

grandes intérpretes e compositores que se somaram à cena musical francesa nas últimas décadas,

num processo de trocas que só enriqueceram a diversificada realidade que nosso livro tentou

evidenciar. Decorre daí o Chanson Vivante II: 2003-2007...

Para a maioria dos brasileiros, atualmente os quilômetros que separam o nosso país da

França são bem mais perceptíveis do que até no início do século passado. Tínhamos uma

aproximação cultural muito maior. Éramos plenamente francófilos. Mas apesar de os discursos pró-

plurilingüismo de hoje serem apenas esparsos, somos um país em que o ensino/aprendizagem da

língua francesa vem crescendo, estimulado por ações governamentais, sobretudo de âmbito cultural

e educacional promovidas pela França e pelo Canadá.

Esforços à parte, como poderíamos dizer que se encontra no Brasil a música francesa

produzida em nossos dias? Diríamos que quase não é escutada ou divulgada pela mídia

convencional. As referências do grande público não passam de coletâneas de músicas francesas

antigas e tradicionais. Propomo-nos a atenuar este hiato...

Seria, entretanto, um lapso imperdoável falar da música francesa sem nos lembrar dos

grandes nomes de todas as épocas e dos sucessos mais antigos conhecidos no mundo inteiro. A

primeira parte deste livro, pois, procura mostrar ao público mais jovem um pouco da história desta

música tão consagrada.

7

Mas nossa grande finalidade é a de divulgar a língua francesa por meio da música,

levando os sucessos a todos que dificilmente os encontrariam à venda em território nacional e

possibilitando a sua utilização pedagógica.

Por isso a segunda parte apresenta a jovens e adultos – estudiosos ou não de francês –

uma seleção dos sucessos musicais de expressão francófona e francesa propriamente dita, que

estiveram nas paradas na França e no Canadá e levaram os melhores prêmios de 2003 a 2007,

quando contamos, então, um período de cinco anos.

Para isso foram pesquisados os resultados de todos os concursos que dão destaque à

música francesa (o “Grand Prix du Disque” da Academia Charles-Cros, os “Victoires de la

Musique”, o “Grand Prix de l’Eurovision”, o “Top 50”, o Disco de Prata, de Ouro, de Platina etc) e

de todos esses resultados selecionamos 20 músicas, com ritmos e intérpretes diversos. Cada música

traz letra e dados sobre o intérprete, o compositor e a gravadora. Além disso, indicamos um

endereço Internet seja para todos terem acesso à música ou aos 20 clips.

A terceira parte reúne variados modelos de exercícios para uma exploração didático-

pedagógica: trabalhos sobre a fonética, a morfologia, a sintaxe, a semântica e o léxico. Esses

modelos são aplicáveis a quaisquer músicas, constantes desse livro ou não, destinando-se

especificamente a professores de língua francesa que trabalhem com alunos em diferentes níveis de

aprendizagem. Essa parte, portanto, foi redigida em francês e apresentada de maneira bastante

objetiva e sucinta, com o cuidado de não perder de vista a música como prioridade, mesmo em se

tratando do espaço da sala de aula.

8

PANORAMA DA MÚSICA FRANCESA

Para nos referirmos com justiça aos compositores e intérpretes da música francesa popular

considerados expoentes através dos tempos, várias antologias foram consultadas (v. Bibliografia),

fontes de pesquisa preciosas e confiáveis. Mas não temos a pretensão de apresentar, por nossa vez,

qualquer antologia, nem reconstituir uma memória histórica da evolução deste gênero de

manifestação oral.

Na verdade, a música em francês vai muito além daquela divulgada por intérpretes

propriamente franceses ou canadenses. Há a inglesa Jane Birkin, os belgas Jacques Brel, Axelle Red

e Maurane; a belga – mas quebequense de adoção – Lara Fabian; o italiano Yves Montand; a

espanhola Jeanne Mas; os suíços Jaen Bart, Sarclo e Stephan Eicher; o holandês Dick Annergarn; os

egípcios Claude François e Dalida; os argelinos Khaled e Étienne Daho, o armênio Charles

Aznavour, dentre tantos outros. Nossos propósitos, porém, restringem-se a um panorama sobre os

intérpretes e compositores apenas desses dois países e a uma seleção de músicas de expressão

francesa que fizeram sucesso em território francês e/ou canadense, de 1998 a 2002.

1. No Canadá

Nomes consagrados continuam presentes no cenário musical franco-canadense, como

Robert Charlebois, Gilles Vigneault, Diane Dufresne, Ginette Reno, Louise Forestier, Claude

Dubois, Monique Leyrac, Michel Rivard, Daniel Lavoie, Marjo, Richard e Marie-Claire Séguin,

Jean-Pierre Ferland, Renée Claude, o talentoso compositor Luc Plamondon, dentre outros tantos

grandes intérpretes que fizeram a riqueza da música quebequense e, evidentemente, da música

francófona.

A esses artistas somam-se outros mais recentes, cujo sucesso os consagrou mundialmente,

como Céline Dion, ou os tornou reconhecidos na cena musical francófona, como Isabelle Boulay,

Lynda Lemay e Garou. Além desses, outros também se afirmaram dos anos 80-90 para cá: Lara

Fabian, Daniel Bélanger, Laurence Jalbert, Luce Dufault, Daniel Boucher, France D’Amour, Paul

Piché, Chloé Sainte-Marie, Marie-Chantal Toupin, Éric Lapointe, Kevin Parent, Richard

Desjardins, Raoul Duguay, Diane Tell, Jean Leloup, Luc De Larochellière, Marie Denise Pelletier,

Sylvie Tremblay, Geneviève Paris, Jim Corcoran, Bruno Pelletier, o grupo Mes Aïeux, o grupo

folclórico e tradicional La Bottine Souriante, tantos nomes que fazem a riqueza da Bela Província

(como é conhecido o Quebec) e cuja lista é grande... Há, além desses, os acadianos (originários da

província de Nova Brunswick) Natasha Saint-Pier, Marie-Jo Thério, Isabelle Roy, Roch Voisine,

9

Édith Butler ou o acadiano-louisianês Zachary Richard, cujo sucesso veio quase sempre a partir do

Quebec.

Mas o que encontramos de novo no Canadá no período 2003-2007? Apenas para se ter

uma idéia do que surgiu por lá nesse período, temos os textos engajados – política, meio ambiente,

problemas sociais – de Alexandre Belliard; o multiinstrumentista, eclético e “poeta dos detalhes do

quotidiano” Urbain Desbois; as canções urbanas e atuais do Quebec da cantora e marionetista Claire

Lafrenière; a jovem e excepcional Marilou; o premiado Marc-André Fortin e Marie-Élaine Thibert

(ambos de Star Académie); a cantora grunge, alternativa, do rock violento e do country psicodélico

Mara Tremblay (que já estourara nas paradas em 1999); o retorno do grupo de rock Vilain

Pingouin; os textos que mesclam electro-folk, jazz e pop de Ariane Moffatt; o pop emergente Jean-

François Moran; a fulgurante Ima, que não canta apenas em francês e ainda é porta-voz da Anistia

Internacional.

Como se vê, a cena quebequense nunca deixa de se renovar, apresentando-se sempre sob

múltiplas expressões, tão ao gosto do público de língua francesa.

2. Na França

Na terra da língua de Molière, a música francesa adquiriu novos brilhos e novas formas,

testemunho do vigor com que essa forma de expressão artística é tratada por seu público, sempre

ávido de renovação mas ao mesmo tempo não abandonando a riqueza do seu patrimônio musical.

Na linha tão ao gosto francês dos cantores “à texte”, vemos surgir Bénabar (premiado nas

“Victoires de la Musique 2004”) e suas cenas da vida emocionantes e engraçadas, tão finamente

observadas; Benjamin Biolay e seus álbuns harmoniosos e impressionistas; o universo rico e

poético de Thomas Fersen; as descrições das coisas da vida de Vincent Delerm; as canções

intimistas de Corneille. A esses nomes vemos somar o das cantoras “à texte”, com seu universo

pessoal e poético, como é caso de Keren Ann e sus mescla de música pop francesa, folk americano e

música iídiche; Emilie Simon com seu universo fantástico e moderno ou Carla Bruni com suas

canções autobiográficas e apaixonadas, ambas premiadas nas “Victoires de la Musique” em 2004; e,

finalmente, Coralie Clément com sua voz leve e seus textos ácidos.

Outros renovam a tradição das canções “à texte”, como Les Têtes Raides cujos belos textos

são acompanhados de uma síntese entre rock alternativo e “bal musette”. Vale a pena citar, nessa

mesma linha, La Tordue, Les Ogres de Barback, Les Wriggles, Les Hurlements de Léo e La Rue

Kétanou.

Artistas atípicos também povoam esse universo musical francês. São exemplos típicos o

multi-instrumentista M, dono de um universo lúdico bastante perceptível, Sanseverino e suas

10

canções “drolatiques” e seu swing envolvente, e ainda Calogero, cantor e compositor fora das

normas, também premiado nas “Victoires de la Musique” de 2004.

Há ainda as artistas “jeune public”, jovens cantoras de 16 a 25 anos, intérpretes de um novo

tipo – ritmos dinâmicos e textos que tocam principalmente o universo pré-adolescente –, cujo

sucesso é obtido a partir da televisão e da mídia. É o caso de Jenifer, Emma Daumas, Nolwenn,

Alizée, Lorie e Chimène Badi.

No contexto do rap, o movimento originalmente portador de temas como racismo,

violência, amizade ou família, chega à maturidade e torna-se mais sereno, mantendo sua

popularidade entre os jovens. MC Solaar permanece, mas outros também se destacam, como o

grupo marselhês IAM e suas posições sociais anti-racistas ou o rap melódico e sereno de Ménélik,

os toques de humor e as origens parisienses e cabo-verdianas de Stomy Bugsy ou o pan-africanismo

de Passi, os textos divertidos e apimentados de Doc Gynéco ou o rap sem concessão e engajado dos

parisienses do NTM. Já o hip hop francês, em um meio tão masculino, abre-se para as vozes

femininas com o sucesso da jovem Diam's (“Victoires de la Musique 2004”).

Grupos enérgicos e engajados também dominam a cena, com suas mensagens sociais

mescladas de tolerância e bom humor, cuja inspiração origina-se na tradição, nos estilos atuais e nos

ritmos de fora (reggae e rai). Mickey 3D – “Victoires de la Musique 2004” – fala de ecologia,

sociedade e futuro político, o parisiense Java gosta dos jogos de palavras, Tryo mescla canção

francesa engajada com ritmos do reggae e world music, Zebda (de Toulouse) mistura grandes

sucessos e textos mais engajados com rock, raï, reggae e funk, e Kyo – também “Victoires de la

musique 2004”– e seu pop vigoroso que trata da vida diária dos jovens, entre revolta e paixão. E,

finalmente, Louise Attaque, que soube manter a qualidade dos álbuns e o violino misturado ao rock,

cativando um grande público.

Mas não podemos deixar de falar daqueles que fizeram o nome da canção francesa. Se

selecionarmos apenas os intérpretes ou grupos e compositores de letras ou músicas francesas,

poderemos reverenciar, por um lado, os monstros sagrados, seja de ontem, seja da atualidade,

tradicional e internacionalmente conhecidos, como: Charles Aznavour, Claude Nougaro, Dalida,

Edith Piaf, Georges Brassens, Gilbert Bécaud, Juliette Gréco, Maurice Chevalier.

Por outro lado, dentre os menos conhecidos no Brasil, mas aclamados na França em todos

os tempos e muitos além das fronteiras, , como na Ásia e no Leste Europeu, encontramos: Alain

Souchon, Daniel Balavoine, Francis Cabrel, Françoise Hardy, Jean-Jacques Goldman, Johnny

Hallyday, Julian Clerc, La Mano Negra, Maxime Le Forestier, Michel Jonasz, Michel Sardou,

Renaud, Salvatore Adamo, Sinclair, Téléphone, Véronique Sanson, Yves Duteil, etc.

Nos anos 90, outros talentos despontaram e continuam divulgando a música produzida na

França: Autour de Lucie, Axel Bauer, Étienne Daho, Florent Pagny, Hélène Ségara, Henri Salvador,

Indochine, Jean-Louis Aubert, Jeanne Mas, Jil Caplan, Les Innocents, Les Négresses Vertes, Liane

11

Foly, Louise Attaque, Mylène Farmer, Noir Désir, Ophélie Winter, Pascal Obispo, Patrick Bruel,

Rita Mitsouko, Teri Moïse, Vanessa Paradis, etc.

No Brasil, determinados artistas franceses atuais conseguiram também cativar um público

fiel. É o caso de Daft Punk, Deep Forest, Desireless, Gipsy Kings, Era, Jordy, Kkaled, Manu Chao,

MC Solaar, Patricia Kaas etc.

3. Algumas interações Canadá-França

No Quebec, La Bolduc e Soldat Lebrun são os grandes sucessos até os anos 50, quando

então Félix Leclerc se sobressai, levando a música ao teatro. Porém, é na França que Leclerc teve

maior reconhecimento da crítica.

Na década de 60, a marcante presença na França de Georges Brassens e Léo Ferré é

acompanhada da de Gilles Vigneault no Quebec.

Nos anos 70, Robert Charlebois iniciou no Quebec sua trajetória de glória e o gênero

country, em que Soldat Lebrun et Willie Lamothe se destacam, é muito popular e rende milhões de

cópias vendidas. Na França, em contrapartida, brilha Brigitte Fontaine.

Na passagem do milênio, a cultura hip-hop agrupa diversas manifestações, dentre as quais

a música rap. O termo ‘rap’, gíria afro-americana, quer dizer ‘falar’ e de fato representa a produção

do MC (mestre de cerimônia), aquele que consegue falar em versos mais rapidamente que o seu

principal interlocutor – o próprio público. O fluxo do discurso rap visa tornar o discurso

ininteligível para o não-iniciado, renovando uma tradição da cultura de origem do povo negro

(apesar de ser a música funk considerada por muitos críticos a verdadeira fonte da música negra

autêntica) e revelando, portanto, profundas raízes ao invés de aparente modismo.

Em sua grande maioria, os rappers são artistas negros ou de outras origens étnicas e o

público, sobretudo os jovens de 14 a 21 anos, da periferia ou não. Os temas reivindicativos tratados

em suas letras trazem problemas seculares da opressão policial e do racismo, canalizam a esperança

de viver em um mundo melhor e a resistência à globalização em prol da afirmação da diversidade

cultural, da hegemonia. O léxico utilizado revela gírias e, misturadas ao francês, palavras

vernáculas de outras etnias. O estilo desta “geração lírica” é rico em imagens e recursos sonoros.

Antes de chegar ao Quebec, cujo palco mais representativo é Montreal com o grupo

Dubmatique e suas melodias fáceis impregnadas de valores religiosos (bem diferente do rap

americano, mais agressivo), o rap tomou conta de Paris com MC Solaar, que privilegiou uma

métrica bem ordenada e figuras de estilo bem definidas. Depois o rap chegou a Marselha,

principalmente com o grupo IAM ou Les Fabulous Trobadors, criadores de um som que mistura

tradições folclóricas e ritmos pós-modernos.

12

Encontramos, ainda, no Quebec, expressivos grupos: 2 Faces-le Gémeaux, Eminem, La

Constellation, La Gamic, LMDS, Loco Locas, M.O.S.T., Muzion, Rainmen, Sans Pression e Yvon

Krevé. Na França, Doc Gyneco, La Cliqua, NTM e Stomy Bugsy estão entre os de maior sucesso,

além do grupo Noir Désir, que passou da ala metal ou mesmo punk, com sua instrumentação

elétrica, a seqüências mais ritmadas e menos turbulentas de visões apocalípticas e denúncia

sociopolítica, com uma instrumentação mais eclética.

A lista de nomes é, sem dúvida, inesgotável, revelando na verdade omissão de outros, tão

expoentes quanto. Registremos aqui, portanto, para todos os que não foram nominalmente

lembrados, nossa deferência...

Enfim a música, perfeito enlace entre a produção textual e sonora, é o modo por

excelência de tocar ao mesmo tempo qualquer público. Não importa em qual língua, é um

fenômeno mundial, seja erudito, em luxuosas salas de espetáculos e concertos, seja popular, em

programas de TV e rádio, karaokês, videoclips ou rodas de amigos, comercializando-se anualmente

pelo império do CD e DVD.

A música é de todos e para todos, brasileira, americana, italiana, indiana, world music... A

música francesa dos últimos cinco anos, la voilà!

13

OS GRANDES SUCESSOS DA MÚSICA FRANCESA

Como vimos, a diversidade e riqueza da música de expressão francesa é tal que as 20

músicas apresentadas neste livro não é senão uma amostragem e, evidentemente, tivemos que nos

valer de critérios objetivos para selecioná-las.

Chegamos, pois, às músicas preferidas pela crítica especializada e pelo público francês e

canadense, no período de 2003 a 2007, especialmente por meio das seguintes fontes:

- Chanson originale do “Les Victoires de la Musique” (prêmios aos melhores da música na

França)

- Chanson populaire de l’année da “ADISQ” (Associação Quebequense da Indústria do Disco)

- Classificação de “Francophonie Diffusion” (parceria de 150 rádios distribuídas em 70 países do

mundo)

- Classificação Singles de “Disque en France” (panorama da música na França no portal do

Sindicato Nacional da Edição Fonográfica)

- Compilação “Hits France” (produção anual de CDs com as músicas da parada)

- Gala da “SOCAN” (Sociedade canadense dos autores, compositores e editores de música)

- Melhores vendas de “Amazon” (site de vendas de uma das maiores livrarias do mundo)

- O artista do verão da TV5 (canal de televisão francófono internacional)

O resultado dessa pesquisa revela as músicas abaixo como os maiores sucessos, que

organizamos em ordem alfabética no próximo seguimento, com as indicações de gênero, intérprete,

compositor, gravadora e letra.

Sucessos gravados na França:

A fleur de toi

Caravane

Cesse la pluie

Écris l'histoire

Femme like U

Hey oh

Je viens du sud

La cerise

Laisse parler les gens

Le sourire

Ma philosophie

Partons vite

Quand je manque de toi

San Ou - La Rivière

Si seulement je pouvais lui manquer

Sucessos gravados no Canadá:

Au gré des saisons

Compter les corps

Dégénérations / Le reel du fossé

Montréal -40ºC

Y’a du monde

14

1. A fleur de toi

Gênero musical: R’n’B

Intérprete: Vitaa

Vitaa é o nome artístico de Charlotte Gonin, descendente de italianos que nasceu em

1983, em Mulhouse, na região de Lyon. Foi descoberta pelo Dj Kost que organizou um

dueto entre ela e o rapper Dadoo. E foi com a música Pas à pas, nesse dueto, que ela

ficou conhecida como Vitaa. Durante muitos anos ela trabalha com a colaboração de

diversos rappers e cantores de R’n’b, como a rapper Diam’s, que lhe abre as portas

para um reconhecimento maior do público. Seu primeiro álbum solo, lançado em

fevereiro de 2007, contém composições próprias baseadas em pequenas histórias da

vida cotidiana e já vendeu mais de 60.000 cópias apenas em uma semana, ficando em

primeiro lugar nas paradas francesas.

Ver: vitaa.fr/

Compositor: Vitaa

Álbum: A Fleur de toi (2007)

Gravadora: Universal Music

Vídeo: dailymotion.com/video/xqoxs_vitaa-a-fleur-de-toi

Letra:

Les jours passent mais ça ne compte pas

J'ai tant de mal à vivre, ivre

De ce parfum si différent du tien

Pire, j'ai compté chaque minute qui me retient à lui

Comme si j'étais ma propre prisonnière

Ça fait bientôt un an qu'il m'a sauvé de toi

Souvent je me demande où j'en serai pour toi

Souvent je me demande ce que tu fais, où tu es, qui tu aimes...

Sors de mes pensées

J'ai changé d'adresse, de numéro merci

J'ai balancé tes lettres et des défauts même si

J'ai fait semblant d'avoir trouvé la force

Je garde au plus profond de moi tout ce que tu m'as aimé

J'essaye de t'oublier avec un autre

Le temps ne semble pas gommer tes fautes

J'essaye mais rien n'y fait je ne peux pas, je ne veux pas,

Je n'y arrive pas, je ne l'aime pas comme toi

J'essaye de me soigner avec un autre

Qui tente en vain de racheter tes fautes

Il semble si parfait mais rien n'y fait je capitul,

Je ne peux pas je ne l'aime pas comme toi

Lui, il a tenté de me consoler même si il n'a pas tes mots ni ton passé

C'est vrai mais il n'a pas ton goût pour la fête,

Pour la nuit pour les autres, pour tout ce que je hais

Il a séché toutes tes larmes, tu sais

Il a ramassé tes pots cassés et il a réglé tous tes impayé(e)s, tes impostures, tes ratures

Tout ce que tu m'a laissé

Il m'aime comme un fou et me connait par coeur,

Il me dit je t'aime parfois durant des heures

Mais il ne sent pas ton odeur

Pourquoi je te respire dans ses bras

Sors de mes pensées

15

J'essaye de t'oublier avec un autre

Le temps ne semble pas gommer tes fautes

J'essaye mais rien n'y fait je ne peux pas, je ne veux pas,

Je n'y arrive pas, je ne l'aime pas comme toi

J'essaye de me soigner avec un autre

Qui tente en vain de racheter tes fautes

Il semble si parfait mais rien n'y fait je capitul,

Je ne peux pas je ne l'aime pas comme toi

Je ne l'aime pas comme toi

Dis moi seulement pourquoi?

Tu me restes comme ça...

Je veux t'oublier

Reprend tes rêves et disparaît

Car je veux l'aimer comme toi...

J'essaye de t'oublier avec un autre

Le temps ne semble pas gommer tes fautes

J'essaye mais rien n'y fait je ne peux pas, je ne veux pas,

Je n'y arrive pas, je ne l'aime pas comme toi

J'essaye de me soigner avec un autre

qui tente en vain de racheter tes fautes

Il semble si parfait mais rien n'y fait je capitul,

Je ne peux pas je ne l'aime pas comme toi

Je ne l'aime pas comme toi

16

2. Au gré des saisons

Gênero musical: Pop

Intérprete: Dumas

Cantor quebequense revelado no Festival de música de Granby e no Festival de músicas

de Petite Valée. Em maio de 2001, Dumas lança seu primeiro CD, que fica entre os dez

melhores do ano e entre os cinco melhores francófonos e se confirma como uma das

novas figuras mais estimadas na universo musical quebequense. Suas músicas misturam

o new-wave, o electro e o pop, com refrão persistente e letras que falam de tudo e de

nada, de amor e de viagens. Em 2005 ele ganha o Félix de «Autor, compositor,

intérprete do ano» na noite de gala da ADISQ por seu show solo, e seu disco também é

lançado na França, onde rapidamente começa a tocar nas rádios. Em 2006 ganha o

Disco de Ouro com 50.000 cópias vendidas de seu segundo CD, e em seu terceiro CD

se consolida no cenário musical como um brilhante autor-compositor-intéprete,

criativo, completo e maduro. Seu terceiro álbum será lançado na França ainda esse ano.

Ver: dumasmusique.ca/?p=5

Compositor: Dumas

Álbum: Fixer les temps (2006)

Gravadora : Tacca Musique

Vídeo: youtube.com/watch?v=9qIavxJ1Ec0

Letra:

Comme les saisons changent

Comme l’hiver une fleur

Comme ma vie dérange

Quand à cent à l’heure

Au gré des saisons tu verras

Tôt ou tard, tôt ou tard

La vie me prend

La vie me jette

Tôt ou tard, tôt ou tard

Quand gèle la terre

Comme une balle au coeur

Au gré des saisons tu verras

Tôt ou tard, tôt ou tard

La vie me prend

Et elle me jette

Tôt ou tard, tôt ou tard

Au gré des saisons tu verras

Tôt ou tard, tôt ou tard

La vie me prend

La vie me jette

Tôt ou tard, tôt ou tard

17

3. Caravane

Gênero musical: Música pop francesa

Intérprete: Raphaël

Nascido na Bolonha, filho de mãe argentina e pai russo-marroquino, Raphaël começa a

tocar piano desde os quatro anos, depois saxofone e guitarra na adolescência.

Embalado pelas influências de David Bowie a Bob Dylan, passando por Jacques Brel,

o jovem prodígio da música firma, em 2000, o primeiro álbum, extremamente

promissor, intitulado Hôtel de l’Univers, sob o qual sua música rock deixa uma grande

marca nos textos de canções. Autor e compositor ideal, ele conduz o universo à flor da

pele, explora as incertezas que assombram a vida de um jovem artista do seu tempo.

Ele se diferencia pelos ambientes e pelas palavras, pelas notas do piano e pelas linhas

da guitarra. Dotado de uma voz doce e surpreendente, Raphaël exprime a dificuldade

de possuir um tema recorrente: partir em busca de um futuro melhor. Além de Gérard

Manset (autor de duas canções do cantor), Raphaël se inspira em Rimbaud e Kerouac

para escrever e compor e se tornou um ícone do pop-rock francês. Em 2005, o álbum

Caravane se encontra no 6º lugar dos mais vendidos na França e se conserva no topo

durante todo o verão.

Ver: raphael.fm/

Álbum: Caravane (2005)

Gravadora: Capitol

Vídeo: youtube.com/watch?v=xHJoY0oSD_Y

Letra:

Est-ce que j'en ai les larmes aux yeux

Que nos mains ne tiennent plus ensemble

Moi aussi je tremble un peu

Est-ce que je ne vais plus attendre

Est-ce qu'on va reprendre la route,

Est-ce que nous sommes proches de la nuit

Est-ce que ce monde a le vertige

Est-ce qu'on sera un jour puni

Est-ce que je rampe comme un enfant

Est-ce que je n'ai plus de chemise

C'est le Bon Dieu qui nous fait

C'est le Bon Dieu qui nous brise

Est-ce que rien ne peut s' arriver

Puisqu'il faut qu'il y ait une justice

Je suis né dans cette caravane

Et nous partons allez viens

Allez viens

Tu lu tu, tu lu tu...

Et parce que ma peau est la seule que j'ai

Que bientôt mes os sont dans le vent

Je suis né dans cette caravane

Et nous partons allez viens, allez viens

Tu lu tu, tu lu tu..., allez viens..., tu lu tu, tu lu tu...

18

4. Cesse la pluie

Gênero musical: Pop

Intérprete: Anggun

Anggun Cipta nasceu em 1974 em Jakarta, Indonésia. Influenciada pelo pai - cantor,

compositor, intérprete e produtor renomado - ela grava, aos 7 anos, seu primeiro disco.

Mascote infantil e depois ídolo adolescente, Anggun inspira as músicas modernas e

converte os jovens de seu país ao rock. Mas em Londres e depois em Paris, dá início à

uma nova carreira. A etapa decisiva corresponde, sem dúvida nenhuma, ao seu

encontro com Eric Benzi, autor, compositor e produtor de suas músicas. O primeiro

fruto da colaboração de Eric, Au nom de la lune, lançado em 1997, vende mais de um

milhão de exemplares no mundo todo. Participante do processo de valorização da

língua francesa, Anggun recebe a prestigiosa medalha da associação dos Chevalier des

Arts et des Lettres. Porta-voz da Organização das Nações Unidas, ela participa também

da erradicação do subdesenvolvimento pelo mundo.

Ver: anggun.com/

Compositores: Evelyne Kral (letra); Frédéric Jaffré (música)

Álbum: Luminescence

Gravadora: Heben Music

Vídeo: youtube.com/watch?v=clySUDtQprg

Letra:

Là-haut sur un nuage

J'aimais sans me douter

Qu'éclaterait l'orage

Je n'ai pas vu le temps changer

Tes mots sur leur passage

Ont tout noyé, brisé

Tu es resté fermé

Je ne sais plus où aller...

Oublier cet orage éphémère

L'effacer et t'aimer comme hier

Je cherche et je cherche

Le remède pour qu'enfin

Cesse la pluie

Cesse la pluie

Oublier cet orage éphémère

L'effacer, retourner en arrière

Je cherche et je cherche

Le remède pour qu'enfin

Cesse la pluie

Cesse la pluie

Tu as tourné la page

D'un coup de vent glacé

Et d'un éclair sauvage

Balayé le passé

Et si le ciel se dégage

Le coeur léger j'irai

Sur un nuage me poser

Et me laisser aller...

Oublier cet orage éphémère

L'effacer et t'aimer comme hier

19

Je cherche et je cherche

Le remède pour qu'enfin

Cesse la pluie

Cesse la pluie

Oublier cet orage éphémère

L'effacer, retourner en arrière

Je cherche et je cherche

Le remède pour qu'enfin

Cesse la pluie

Cesse la pluie

20

5. Compter les corps

Gênero musical: Pop

Intérprete: Vulgaires Machins

Banda quebequense formada em 1995 por Guillaume (vocal, guitarra), Marie-Eve

(vocal, guitarra, piano), Maxime (baixo) e Patrick (bateria), quando, com o apoio e o

encorajamento do público, começam a fazer suas primeiras composições. Já em seu

primeiro demo, a banda é convidada por membros da banda Grimskunk a se juntar ao

selo da Indica, lançando seu primeiro CD em 1998. Já estão em seu quarto CD e usam

suas letras de cunho político para criticar o neo-liberalismo, a falsa democracia e a

condição desumana em que vivemos, se livrando do estigma adolescente e atraindo a

identificação e a adesão de toda uma geração. Sua turnê pelo Quebec se torna um

sucesso, assim como na França, onde se apresentam diversas vezes.

Ver: vulgairesmachins.org/histoire/biographie/

Compositor: G. Beauregard / Vulgaires machins

Álbum: Compter les corps (2006)

Gravadora: Indica / Outside Music

Vídeo: youtube.com/watch?v=Jd93kqluQ78

Letra:

Tout seul, j’veux pas mourir de honte

En petites miettes sur le seuil

Compter les corps qui tombent

J’veux pas rester tout seul

Je pensais que les mensonges faisaient mal, mais la vérité est encore pire

Les imbéciles se convertissent par millions, et les escrocs gagnent du terrain

Les architectes nous dessinent une illusion et l’indifférence nous trace le chemin

Je compte les corps tomber, comme des feuilles mortes, sur le terrain

Seul, je regarde mourir le monde

En petites miettes sur le seuil

Je saignerai sur ma feuille

J’regarde mourir

Je pensais que les mensonges faisaient mal, mais la vérité est encore pire

Les assassins nous dessinent une illusion, et l’ignorance nous trace le chemin

Je compte les corps tomber, comme des feuilles mortes, sur le terrain

Seul, je regarde mourir le monde

En petites miettes sur le seuil

Je saignerai sur ma feuille

J’regarde mourir le monde

Quand j’y pense deux minutes, conscient et lucide

C’est compliqué, mais possible

Les imbéciles se comptent peut-être par millions, mais la raison gagne du terrain

Les serviteurs se comptent encore par millions, mais la discorde gagne du terrain

J’espère, un peu plus loin, briser la honte qui me retient

Seul, j’veux pas mourir de honte

Résigné par l’épreuve.

J’veux pas mourir de honte

Et accepter le deuil

J’regarde mourir le monde

En petites miettes sur le seuil

Je saignerai sur ma feuille

J’regarde mourir le monde

21

6. Dégénérations/ Le reel du fossé

Gênero musical: Folk

Intérprete: Mes Aïeux

Grupo de música folclórica do Quebec criado em 1996 e formado por: Marie-Hélène

Fortin, Éric Desranleau, Stéphane Archambault, Frédéric Giroux, Marc-André Paquet e

Benoît Archambault. Ultilizam personagens e assuntos tradicionais do folclore

quebequense para abordar com humor temas modernos como mundialização, política,

supermedicação e o frenetismo da vida moderna. Sua música, nomeada de

«funklorique», é uma combinação da música tradicional francesa com o rock, o

popular e a música disco e contém até mesmo a bossa nova. Em 2006 seu álbum En

Famille ganhou o disco duplo de platina, com 200.000 cópias vendidas e a música

Dégénérations foi escolhida por auditores de uma rede de rádio muito importante no

Canadá como a «Música francófona do ano», tendo eles também arrebatado o prêmio

de «Melhor Álbum de Folk Contemporâneo» na noite de gala da ADISQ 2005.

Ver: mesaieux.qc.ca

Compositor: Stéphane Archambault

Álbum: Tire-toi une bûche (2004)

Gravadora: Disques Victoire

Vídeo: youtube.com/watch?v=rTIdNUTIto8

Letra:

Ton arrière-arrière-grand-père, il a défriché la terre

Ton arrière-grand-père, il a labouré la terre

Et pis ton grand-père a rentabilisé la terre

Pis ton père, il l'a vendue pour devenir fonctionnaire

Et pis toi, mon p'tit gars, tu l'sais pus c'que tu vas faire

Dans ton p'tit trois et demi bien trop cher, frette en hiver

Il te vient des envies de devenir propriétaire

Et tu rêves la nuit d'avoir ton petit lopin de terre

Ton arrière-arrière-grand-mère, elle a eu quatorze enfants

Ton arrière-grand-mère en a eu quasiment autant

Et pis ta grand-mère en a eu trois c'tait suffisant

Pis ta mère en voulait pas; toi t'étais un accident

Et pis toi, ma p'tite fille, tu changes de partenaire tout l'temps

Quand tu fais des conneries, tu t'en sauves en avortant

Mais y'a des matins, tu te réveilles en pleurant

Quand tu rêves la nuit d'une grande table entourée d'enfants

Ton arrière-arrière-grand-père a vécu la grosse misère

Ton arrière-grand-père, il ramassait les cennes noires

Et pis ton grand-père - miracle ! - est devenu millionnaire

Ton père en a hérité, il l'a tout mis dans ses RÉERs

Et pis toi, p'tite jeunesse, tu dois ton cul au ministère

Pas moyen d'avoir un prêt dans une institution bancaire

Pour calmer tes envies de hold-uper la caissière

Tu lis des livres qui parlent de simplicité volontaire

Tes arrière-arrière-grands-parents, ils savaient comment fêter

Tes arrière-grands-parents, ça swignait fort dans les veillées

Pis tes grands-parents ont connu l'époque yé-yé

Tes parents, c'tait les discos ; c'est là qu'ils se sont rencontrés

22

Et pis toi, mon ami, qu'est-ce que tu fais de ta soirée ?

Éteins donc ta tivi ; faut pas rester encabané

Heureusement que dans' vie certaines choses refusent de changer

Enfile tes plus beaux habits car nous allons ce soir danser…

23

7. Ecris L'Histoire

Gênero musical: Música pop francesa

Intérprete: Grégory Lemarchal

Durante a Star Academy 4, o maior triunfo foi Grégory Lemarchal. Ele tem um rosto

de anjo, um caráter que lhe confere uma bela imagem e voz...e uma doença grave que

ele enfrenta com muita coragem desde pequeno. A vida deste jovem rapaz emocionou

as famílias francesas e até hoje ele é exemplo para não se desistir nunca de uma

carreira musical. Sua cultura musical se deu sob a influência de Céline Dion, Lara

Fabian, Isabelle Boulay e Florent Pagny, mas desenvolveu um estilo próprio, herdado

de uma longa tradição.

Ver: musique.ados.fr/Gregory-Lemarchal.html

Compositor: P. Manners (letra)

Álbum: Je Deviens Moi (2005)

Gravadora: Mercury/ Universal

Vídeo: youtube.com/watch?v=tGT6a92Wmy4

Letra:

Voudrais-tu me voir

M'oublier

M'approcher me croire

M'inviter

Ou n'pas savoir

Quand viendra la fin ?

C'est toi qui choisis

De rester

Me laisser ici

En douter

C'est toi aussi

Qui sait et c'est bien

Que veux-tu

Qu' je fasse ?

M'effacer ou

M'avancer pour

Être dans ta trace

Tout te dire ou

Bien me taire

Que veux-tu que je fasse ?

REFRAIN :

Écris l'histoire

Tout c' que tu voudras entre

Mes lignes

Ton territoire

Étendu si loin sur le mien

Écris l'histoire

Dans ma mémoire

Mais n'écris jamais la fin

(Mais n'écris jamais la fin)

Dis-moi tu m' préfères

24

À genoux

Parti ou par terre

À tes pieds

Pour avoir l'air

De n' pas être rien ?

Faut-il que j'arrête ?

Un mot et

J' n'en fais qu'à ta tête

J'disparais

Change de planète

Sauf si tu me retiens

Que veux tu de moi ?

J'attendrai que

Tu me le dises

Un amour ou pas?

Quelqu'un qui te demande à toi:

Voudrais-tu de moi ?

REFRAIN : x2

25

8. Femme Like U

Gênero musical: Groove, R’n’B

Intérprete: Kamar

K-Maro, de nome verdadeiro Cyril Kamar, tem 24 anos e nasceu em Beirute. Sua

família residia no Canadá quando ele era ainda adolescente. É em Montreal que ele se

apaixona pelo R’n’B dos EUA e funda seu primeiro grupo de rap e R’n’B Les

Messagers Du Son (LMDS), chegando a obter o prêmio de melhor álbum hip hop. Não

bastasse o grande êxito do grupo, o cantor decide fazer carreira solo. Além disso, cria

sua própria gravadora, Kpone, lança sua própria linha de roupas, Balek, e publica seu

primeira música Femme Like U, um tremendo sucesso em Quebec e em toda Europa,

correspondente à uma venda de 750.000 exemplares.

Ver: kmaro.jeun.fr/

Álbum: La Good Life (2004)

Gravadora: East West / Warner Music

Vídeo: youtube.com/watch?v=ZC-efJBSkd4

Letra:

REFRAIN :

Donne-moi ton coeur baby,

Ton corps baby hey

Donne-moi ton bon vieux funk,

Ton rock baby,

Ta soul baby hey

Chante avec moi, je veux une femme like you

Pour m'emmener au bout du monde, une femme like you

Hey

Donne-moi ton coeur baby,

Ton corps baby hey

Donne-moi ton bon vieux funk,

Ton rock baby, ta soul baby hey

Chante avec moi, je veux un homme like you

Bad boy tu sais qu' tu m' plais, un homme like you

Hey

Quand tu chantes, j'oublie

J'ai plus le moindre soucis

J'ai le mal qui fuit,

Tu donnes un son à ma vie

Et puis j' sais pas qu'est-ce qui s' passe,

T'as ce regard dans la face

Qui me ramène à la case départ, là où j' suis parti,

Nous ramène à la soirée du bar quand on est sortis

Et c'est cette même complicité qui s'installe,

Ou quand on est sur la scène

Et qu'on brille sous la même étoile

Quand ta voix croise la mienne, que j'ai ta soul dans mes veines

Que mon vibe coule dans les tiennes

Femme t'es belle mais quand tu chantes t'es sexy,

Flash sur elle, rock, soul baby

{au REFRAIN }

Complice on leur donne un bon son, like...

26

A la tv, Mary J.Blige glamourous, ton style et ton charme t'es fabulous

Un délice pour un macadam

Mhhm baby baby, si tu savais comme j' te mhhm baby baby

Crois-moi que l'atmosphère est parfaite,

Et plus tu chantes, plus je j' glisse sur la pente et j'perds la tête

Deux vies, deux voix qui s' rencontrent

Deux histoires qui se racontent

Une chanson pour le dire,

Y'a les mots, les images pour le décrire

Une belle rencontre à l'ancienne,

Prends un flash! y'a d' la magie sur scène,

Le rideau tombe et c'est terminé

Une belle collabo, des mots sur une feuille, pour se rappeler

{au REFRAIN :}

Donne-moi ton coeur,

Donne-moi ton corps,

Donne-moi ta soul,

Ton rock'n'roll

Je veux une femme like you

Un homme like you

{au REFRAIN, x2}

27

9. Hey Oh

Gênero musical: Groove, R’n’B

Intérpretes: Tizy Bone / Silky Shai

Os dois integrantes do grupo encontram-se em Nantes em 1999. Silky Shai é

proveniente da Costa do Marfim e Tizy Bone é de Madagascar. Influenciados pela

paixão que tinham pela música R’n’B e as batidas do hip-hop americano, os dois

jovens artistas praticam juntos o ato de cantar nas ruas. A trajetória deles não foi tão

fácil, a ponto de terem que abandonar os textos das próprias canções. E isso justifica a

escolha do nome do grupo: “Tragédie é justamente para dar sorte”, explica Tizy. É em

2003, graças ao título Hey oh, que eles são reconhecidos por uma grande gravadora e

dão, dessa forma, o primeiro passo, entrando diretamente na primeira posição das

paradas de sucesso. Tizy e Silky, com 22 e 24 anos respectivamente, produzem um

sucesso fenomenal.

Ver: musique.ados.fr/Tragedie.html

Album: Tragédie (2003)

Gravadora: UP Music / Warner Music

Vídeo: youtube.com/watch?v=YmH-vz41Na4

Letra:

Ho ho ho ho ho

Ho ho ho ho ho

Ho ho ho ho

Ho ho ho ho ho

REFRAIN :

Est-ce que tu m'entends hey ho !

Est-ce que tu me sens hey ho !

Touche moi je suis là hey ho!

ho ho ho ho ho ho

S'il te plaît réponds moi hey ho

Un geste suffira hey ho !

Est-ce que tu m'aperçois hey ho!

Ho ho ho ho ho ho

Ca fait longtemps, en bas de ta fenêtre

J'appelle vainement mais personne ne répond

Fais juste un signe pour montrer que t'es là

Ho yé ho ho ho ho ho

Déjà deux heures qu'en bas de chez toi

Je cris ton nom mais personne m'entend juste un signe suffira

Baisse la tête ho ! Regarde qui est là

Ho ho ho ho ho ho ho ho ho

{au REFRAIN}

Je sais que t'es là mais tu n'entends pas

Qu'en bas de chez toi je t'appelle mais tu n' réponds pas

Je sais que t'es là, mais tu n'entends pas

Qu'en bas de chez toi je t'appelle

Est-ce que tu m'entends ?

Est-ce que tu me sens ?

Un geste suffira s'il te plait réponds-moi

28

Est-ce que tu m'aperçois ?

Car en bas de chez toi je fais les cents pas

Est-ce que tu me vois ?

Dis-le moi

{au REFRAIN }

La seule chose que j'attends,

C'est juste que tu descends

Trop longtemps que j'attends

Je commence à perdre patience

J'ai appris que tu aimais ça

Faire languir tous les mecs comme moi

Et celui qui s'acharnera

Ce sera lui que tu choisiras

{au REFRAIN }

Ho ho ho ho ho ho ho

29

10. Je Viens Du Sud

Gênero musical: Pop

Intérprete: Chimène Badi

Chimène é uma jovem artista de 20 anos. Candidata em um jogo musical televisivo

popular na França, ela foi selecionada entre milhares de participantes. Dotada de uma

sublime voz, ela publica em 2003, Entre nous, o primeiro disco realizado pelo célebre

compositor Rick Allison, com uma venda de mais de 400.000 exemplares. Agora

interpreta Tellement beau, primeira passagem do último álbum Le Miroir.

Ver: chimenebadi.fr/

Compositores: Delanoé / Sardou (letra); Jacques Revaux (música)

Álbum: Live à L'Olympia (2005)

Gravadora: AZ

Vídeo: youtube.com/watch?v=-kDSn9-1GDw

Letra:

J'ai dans le cœur, quelque part,

De la mélancolie,

Mélange de sang barbare

Et de vin d'ltalie,

Un mariage à la campagne

Tiré par deux chevaux,

Un sentier dans la montagne

Pour aller puiser l'eau.

J'ai au fond de ma mémoire

Des lumières d'autrefois

Qu'une très vieille femme en noir

Illuminait pour moi,

Une maison toute en pierres

Que la mer a rongée

Au-dessus d'un cimetière

Où les croix sont penchées.

Je viens du sud

Et par tous les chemins,

J'y reviens...

J'ai dans la voix, certains soirs,

Quelque chose qui crie,

Mélange d'un chant barbare

Et d'un ciel d'ltalie,

Des colères monumentales

Que les vents m'ont soufflées,

Des discours interminables

Après le déjeuner.

Je viens du sud

Et par tous les chemins,

J'y reviens...

J'ai quelque part dans le cœur

De la mélancolie,

L'envie de remettre à l'heure

Les horloges de ma vie,

Un sentier dans la montagne

30

Quand j'aurai besoin d'eau,

Un jardin dans la campagne

Pour mes jours de repos,

Une maison toute en pierres

Que la mer a rongée

Au-dessus d'un cimetière

Où mon père est couché.

Je viens du sud

Et par tous les chemins,

J'y reviens...

Et par tous les chemins,

J'y reviens...

31

11. La Cerise

Gênero musical: Rock

Intérprete: Matmatah

É num bar de Brest que o grupo Matmatah nasce. No início, a história é apenas um

dueto, Stan e Sammy, os dois guitarristas. No caminho, eles encontram dois outros

jovens da mesma idade, Eric, que toca baixo e canta, e Fanch, o baterista. O encontro é

decisivo e eles decidem juntos formar um grupo que fizesse uma música...do tipo

étnico-rock, que não esquecesse suas raízes célticas. Eles se auto-produziam, se auto-

distribuíam. Depois de uma primeira música tão interessante quanto bizarra, Les

moutons, eles lançam o primeiro álbum, La Ouache, em 1998, fazendo referência à

maneira que tinham de lidar com as coisas, de um modo agitado. Sucessos como

Emma, Derrière ton dos e L’apologie são muito conhecidos pelo público jovem, que

gostam da banda e dançam como se estivessem possuídos durante os shows. Depois da

morte de um dos integrantes, a banda encontra um novo baterista pronto para recompor

as energias no lançamento do terceiro álbum Archie Kramer, em 2004. Um disco

talvez mais “doce” e menos “comprometido”, mas sempre rock.

Ver: musique.ados.fr/Matmatah.html

Álbum: La Cerise (2006)

Gravadora: Barclay

Vídeo: youtube.com/watch?v=EdXIJF80T-Q

Letra:

Et l'on serpente à la surface,

Négligeable bagatelle,

Candidate forcée à l’hécatombe perpétuelle,

Ouvrons la chasse aux mécréants qui n'ont jamais goûté l'opium,

Sensé faire de nous des hommes et des mères pour nos enfants,

Alors on brûle on brûle on brûle, on accumule autant d'émules,

De peuple en peuple, de ville en ville, pendant que les théocrates dealent.

Si Dieu existe ? Je n'en sais rien. Quel est le plus beau des jardins ?

Si par le plus grand des hasards tout ça existe, je ne veux pas le savoir.

Alors ne me fais pas croire que nous attend la bonne surprise,

J'ai autre chose à faire à voir dans cette vie de friandises,

Ne me laisse pas croire que nous attend la bonne surprise,

Et si jamais tout n'est pas noir, ce ne sera que la cerise.

Et l’on torture à la surface

Le corps, le sexe, la femme, la science

Et autres formes de connaissances trop dangereuses pour nos systèmes

Je refuse toute abstinence plutôt que de m’avouer vaincu

J’invoque ici l’immanence, la transcendance en temps voulu

Ignorants noyés sous la gnose

Prenez le ou non comme une fronde

Mais je ne ferais pas de vos névroses

Un modèle pour mon monde

Si Dieu existe, je n’en sais rien

Je ne péterais jamais plus haut

Que le Cul d’aucun de vos Saints

Si Dieu existe, rencard à l’échafaud

32

Alors ne me fais pas croire que nous attend la bonne surprise,

J'ai autre chose à faire à voir dans cette vie de friandises,

Comment pourrais-je boire ces paroles imbibées de bêtises ?

Pourquoi devrais-je donc m’en vouloir dans cette vie en terre soumise ?

N’attendons pas plus tard qu’aujourd’hui pour rafler la mise

Et si enfin tout n'est pas noir, ce ne sera que la cerise.

Ce ne sera que la cerise

Ce ne sera que la cerise

33

12. Laisse parler les gens

Gênero musical: Rap

Intérpretes: Jocelyne Labylle, Cheela, Jacob Desvarieux e Passi

Passi nasceu em Brazzaville, no Congo, em 1972. Acompanhado pelos pais e os seis

irmãos e irmãs, ele migrou, em 1979, para Sarcelles. A mudança foi dolorosa e Passi

não se adaptou facilmente à paisagem das periferias. Adolescente, ele monta seus

primeiros grupos de rap com seu amigo Stomy Bugsy. Juntos, eles criam o Ministério

A.M.E.R (Action Musique e Rap), em 1989. Em 1991, ele obtém seu diploma e

prossegue com os estudos de agronomia, gravando seu primeiro álbum. O sucesso teve

repercussão e Passi decide investir na carreira. Em 1994, ele e seu companheiro lançam

um segundo álbum, censurado pela crítica e a violência de algumas letras de músicas os

levam à uma condenação judicial. Os dois amigos decidem se separar para prepararem

um álbum solo. Passi inicia em 1997 com um álbum “comercial” e “dançante”, mas

conserva um estilo sarcástico e agressivo. Atualmente Passi é um ícone do palco do rap

francês. A música Laisse parles les gens foi considerada a canção que representa o

verão francês.

Ver: musique.ados.fr/Passi.html

Álbum: Odyssée (2003)

Gravadora: Up music / Warner music

Vídeo: youtube.com/watch?v=fCFRURkn9qg

Letra:

Laissons parler les gens

Laisse parler les gens

Moi je viens d'Afrique et tu viens d'ailleurs

Et alors ?

Je viens des Antilles et moi je vis ailleurs

Et alors ?

On dit que chez toi les hommes sont tous beau-parleur

Et alors ?

On dit du mal sur vos hommes et leur valeur

On s'en fou !

Laissons parler les gens

Laissons parler les gens, vas y, vas y

Laisse parler les gens

On dit que ton gars a déposé les clés

Et alors ?

On dit que c'est pas lui le père du dernier (Ah bon ?!)

Et alors ?

On m'a dit que t'as des factures à payer

Et alors ?

Que tu es pourchassée par tous les huissiers

On s'en fou !

Hey ! ma sœur si tu emprunte le chemin de "je m'en fou"

Tu vas te retrouver au village de "si je savais" (si je savais !)

Laissons parler les gens

Laisse parler les gens

34

Laissons parler les gens

Oui, laisse parler les gens

Hum c'est bon ça !

Va chercher bonheur à gauche

Va chercher bonheur à droite

Ah... Jacob

Va chercher bonheur à gauche

Va chercher bonheur à droite

Oui, va !

Qu'est-ce qu'il dit Passi

Laisse parler les gens

Laisse, laisse parler les gens

On dit que tu aime te la raconter

Et alors ?

On dit que c'est toi le miel des hommes en soirée

Et alors ?

On m´a dit que tes fringues c'est du prêt a prêter

Et alors ?

On dit que c'est toi la pétasse du quartier

On s'en fou !

Laissons parler les gens, vas y, vas y

Laisse parler les gens

Laissons parler les gens

Oui, laisse parler les gens, hum !

On dit qu'avec la bouteille tu t'es marié

Et alors ?

On dit aussi que ton mari est fauché (C'est faux dé !)

Et alors ?

On dit que ton petit ami est un gay

Et alors ?

On dit ci, on dit ça pour dénigrer

On s'en fou !

Tu m'envie, et pourquoi

Demain on est plus, demain on est plus

Vis tas vie, oublie moi

Demain on est plus, demain on est plus

Laissons parler les gens

Laisse parler les gens

Laissons parler les gens

Oui, laisse parler les gens

Va chercher bonheur à gauche

Va chercher bonheur à droite

Va chercher bonheur à gauche

Va chercher bonheur à droite...

35

13. Le sourire

Gênero musical: Música pop francesa

Intérprete: Emmanuel Moire

Originário do Norte da França, Emmanuel Moire descobre o mundo da música ainda

muito jovem. Aos 21 anos, ele entra para o conservatório em Mans nas aulas de canto

clássico. No ano seguinte, em 2002, ele se forma como integrante do 16º turma de

ingressantes de Astaffort. Em 2004, é selecionado para interpretar o papel de Luís XIV

no musical Le Roi Soleil. Introduzido por Dove Attia e Albert Cohen, esse espetáculo

coloca em cena o excepcional destino de Luís XIV. As letras de música são obras de

Lionel Florence e Patrice Guirao. A composição das músicas foi confiada a um colega

dos jovens compositores - como Benoît Poher, líder do grupo Kyo que criou Mon

essentiel. Kamel Ouali era encarregado de todas as coreografias. As representações se

iniciaram em setembro de 2005, no Palácio do Congresso, em Paris. E na semana do

lançamento, Le Roi Soleil já foi classificado entre as melhores vendas de álbum na

França.

Ver: emmanuelmoire.com/

Álbum: La où je pars (2006)

Gravadora: Warner

Vídeo: youtube.com/watch?v=Rp6JsJj-vpA

Letra:

On a toujours le droit, de douter, décevoir, ceux qui sont restés et baisser les bras qu’on levait 100 fois,

longtemps même, mais

On a toujours le droit, de pleurer, certains soirs, tenu au secret, quand la vie n’est pas, ce qu’on rêvait là,

longtemps même, avant même, de voir

REFRAIN :

Je donne un sourire sans savoir ou ça le mène s’il peut consoler pour qu’il me revienne

Je donne un sourire et soudain on a le même, le temps d’essayer, tout vaut la peine

On a toujours le droit de tomber, de s’asseoir, sans se relever, de se dire pourquoi encore un combat,

longtemps même, avant même d’y croire, d’y croire

REFRAIN :

Je donne un sourire sans savoir ou ça le mène s’il peut consoler pour qu’il me revienne

Je donne un sourire et soudain on a le même, le temps d’essayer, tout vaut la peine

Donner un sourire et la terre devient l’Eden, l’Eden

REFRAIN :

Je donne un sourire sans savoir ou ça le mène, s’il peut consoler pour qu’il me revienne

Je donne un sourire et soudain on a le même, le temps d’essayer, tout sourire, la Terre devient l’Eden

36

14. Ma philosophie

Gênero musical: Groove, R’n’B

Intérprete: Amel Bent

Amel Bent nasceu em 21 de junho, no dia da Festa da Música, mais do que um sinal

para essa compositora auto-didata. Ao participar da edição 2004 da Nouvelle Star, a

cantora é eliminada diante ao Kurt Cobain francês, Steeve Estatof, e ainda assim é

considerada a grande vencedora na opinião do público. Sua popularidade a leva a

gravar, aos 19 anos apenas, seu primeiro álbum “Un jour d’été”. Graças à colaboração

de Diam’s, o álbum se torna disco de ouro em algumas semanas, fazendo de Amel a

revelação do R&B do ano. O título de maior sucesso Ma philosophie passará a ser

cantado por todos. Essa conquista vem seguida das músicas Ne retiens pas tes larmes e

Le droit à l’erreur”, em 2005; depois Eye of the tiger”, reprise de Survivor, em 2006.

Ver: amelbent.com/

Álbum: Un jour d’été (2005)

Gravadora: Jive / BMG

Vídeo: youtube.com/watch?v=D38EUIll1pM

Letra:

Je n'ai qu'une philosophie

Être acceptée comme je suis

Malgré tout ce qu'on me dit

Je reste le poing levé

Pour le meilleur comme le pire

Je suis métisse mais pas martyre

J'avance le coeur léger

Mais toujours le poing levé

Lever la tête, bomber le torse

Sans cesse redoubler d'efforts

La vie ne m'en laisse pas le choix

Je suis l'as qui bat le roi

Malgré nos peines, nos différences

Et toutes ces injures incessantes

Moi je lèverai le poing

Encore plus haut, encore plus loin

REFRAIN :

Viser la Lune

Ça me fait pas peur

Même à l'usure

J'y crois encore et en coeur

Des sacrifices

S'il le faut j'en ferai

J'en ai déjà fait

Mais toujours le poing levé

Je ne suis pas comme toutes ces filles

Qu'on dévisage, qu'on déshabille

Moi j'ai des formes et des rondeurs

Ça sert à réchauffer les coeurs

Fille d'un quartier populaire

J'y ai appris à être fière

Bien plus d'amour que de misère

Bien plus de coeur que de pierre

37

Je n'ai qu'une philosophie

Être acceptée comme je suis

Avec la force et le sourire

Le poing levé vers l'avenir

Lever la tête, bomber le torse

Sans cesse redoubler d'efforts

La vie ne m'en laisse pas le choix

Je suis l'as qui bat le roi

{au REFRAIN, x3}

38

15. Montréal –40ºC

Gênero musical: Pop-rock

Intérprete: Malajube

Banda de rock quebequense formada por Julien Mineau (vocal, teclados, guitarra),

Francis Mineau (bateria, voz, guitarra), Thomas Augustin (teclados, vocal), Mathieu

Cournoyer (baixo) e Renaud Bastien (teclados, guitarra). Recebeu três indicações ao

prêmio Junos Awards 2007 e já ganhou os prêmios de Revelação do Ano e Melhor

Álbum Alternativo da ADISQ 2006. Depois do álbum Trompe l’Oeil, a banda já viajou

todo o Canadá, França e Estados Unidos, chamando a atenção da indústria musical e

do público com suas letras inteligentes. Em 2007 o álbum será lançado no Reino

Unido, Europa, Japão e Austrália.

Ver: malajube.com/fr/

Compositor: Julien Mineau/ Malajube

Álbum: Trompe l’oeil (2006)

Gravadora: Dare to Care Records

Vídeo: youtube.com/watch?v=8aGSi3pmpuI&noredirect=1

Letra:

Trop pauvre pour les pilules, j’fais la putain pourtant j’suis nul

Et toutes ces choses que j’éjacule

J’cours contre la montre, j’cours mais j’recule

Oh Montréal

T’es tellement froide

Une ours polaire dans l’autobus

J‘m’inspire du pire

Pour m’enrichir

Et je t’aime tellement que j’hallucine

Papapapapadapada

J’passe sous silence ton arrogance

Tu gardes le rythme tu m’mets en transe

Papapapapadapada

J’ai c’que j’mérite et quelle jouissance (x2)

Ah, et quelle jouissance...

Papapapapadapada

Ton visage sur mon magazine

Ton palmarès de concubines

Oh Montréal

T’es tellement froide

Une ours polaire dans l’autobus

J‘m’inspire du pire

Pour m’enrichir

Et je t’aime tellement que j’hallucine

Papapapapadapada

J’passe sous silence ton arrogance

Tu gardes le rythme tu m’mets en transe

Papapapapadapada

J’ai c’que j’mérite et quelle jouissance (x2)

Le chat ronfle et tu parles dans ton sommeil

Et pourtant, je n’arrive pas à fermer l’œil

39

16. Partons vite

Gênero musical: Balada

Intérprete: Kaolin

Kaolin é um grupo de pop-rock constituído por quatro amigos, originários de

Montluçon. Seu percurso foi bem clássico: o grupo começou tocando nos bares; em

1999 e 2001, auto-produziram dois títulos e a partir de 2002, passaram a ser

produzidos pelo reputado americano Dave Fridmann. Sua independência é marcada

pelo novo álbum de 2006 Mélanger les couleurs, que veio para se impor, sobretudo

com a envolvente Partons vite, que nos dá vontade de sair à procura de nossa alma

gêmea.

Ver: label-athome.com/kaolin.html

Compositores Guillaume Cantillon, Ludwig Martins, Julien Cantillon e Olivier Valty

Album: Mélanger les couleurs (2006)

Gravadora: Barclay

Vídeo: dailymotion.com/bisonravi1987/video/xmwok_kaolin-partons-vite

Letra:

Allez danse, danse, vient dans mes bras,

Allez tourne, tourne, reste avec moi,

Allez partons vite si tu veux bien, dès le jour,

Le soleil brille très haut tu sais,

Mais j’aime ça, je t’attendais

Alors partons vite si tu veux bien, sans retour…

Ris plus fort et parle-moi

De nos projets, de nos rêves tout ça

Donne-moi la main, embrasse-moi, mon amour

Le temps comme ami, moi je veux bien

Mais les amis ça va, ça vient,

Alors partons vite brûler le jour et la nuit

Evidemment, tu l’aimes encore,

Je le vois bien tu sais, et puis alors ?

Mais pour l’instant ferme tes yeux, passe ta main dans mes cheveux

Je veux entendre, ton cœur qui bat, tu sais, je crois qu’il chante pour moi

Mais en douceur comme ça tout bas, comme un sourd

Mon cœur lui s’emballe, il vole haut, peut être un peut trop haut pour moi

Mais je m’en fou, je suis vivant pour de bon

Allez danse, danse, regarde-moi

Allez tourne, tourne, ne t’arrête pas

Allez partons vite, si tu veux bien, dès le jour

le soleil brille, profitons-en

Je t’attendrai, je t’aime tant

Alors vas-t’en vite si tu veux bien, sans retour

Evidemment, tu l’aimes encore,

Ça crève les yeux mon Dieu,

Tu l’aimes encore

Mais pour l’instant ferme tes yeux, passe ta main dans mes cheveux

40

Allez danse mon amour ! Allez danse !

Faisons de nos enfants des droits !

Fait tourner le monde mon amour, fait tourner le monde

Allez danse, danse, retourne-toi

Allez tourne, tourne, ne t’arrête pas

Allez partons vite, si tu veux bien, dès le jour

J’ai manqué d’air je m’en souviens,

Toutes ses années sans toi sans rien

Même mes chansons se baladaient le cœur lourd

Evidemment, tu l’aimes encore,

Ça crève les yeux mon Dieu, ça crève les yeux mon Dieu

Mon Dieu….

41

17. Quand je manque de toi

Gênero musical: Pop

Intérprete: Garou

Garou, que na verdade se chama Pierre Garand, nasceu em 12 de junho de 1976 em

Sherbrooke, no Quebec e sonhava ser arqueólogo. Porém, com a ajuda de seu pai, que

lhe deu um violão quando tinha apenas três anos de idade, pegou gosto pela música e

logo aprendeu também a tocar piano, guitarra e trompete. Em 1995 ele cria o grupo The

Untouchables, que tocava basicamente cover de grandes sucessos do rock. Ficou muito

famoso na França depois de interpretar o personagem Quasímodo na comédia musical

Notre-Dame de Paris. Em 2000 ingressou na carreira solo com o álbum Seul, e já está

no seu terceiro CD. Ganhou diversos prêmios e fez várias turnês, passando pelo

Quebec, Polônia, Rússia, Líbano, França e Suíça.

Ver: garouland.com

Compositor: Jacques Vénéruso

Álbum: Garou (2006)

Gravadora: Sony

Vídeo: youtube.com/watch?v=8C_qdNN3DAI

Letra:

Je peux laisser derrière

Ces nuits artificielles

Noyées de lumière

Où plus rien n’est réel

Sans hésiter.

Je connais la valeur

De ces gloires fragiles

Où on vit le meilleur

Puis le plus difficile

Je peux m’en passer

Mais quand

Je manque de toi

Je manque de tout

De mon sang, de mes forces

Ma peau, mon écorce

Mon souffle de vie

Quand

Je manque de toi

Je manque de tout

De mon air, de mon ciel,

De tout l’essentiel

Qui remplit ma vie

Je pourrais ignorer

Ces regards de déesses

Qui savent bien cacher

Ce qui les interesse

Sans un regret.

Je pourrais arrêter

Ma course et mes combats

Si un jour je sentais

Qu’ils m’éloignent de toi

Je le ferais.

42

Mais quand

Je manque de toi

Je manque de tout

De mon sang, de mes forces

Ma peau, mon écorce

Mon souffle de vie

Quand

Je manque de toi

Je manque de tout

De mon air, de mon ciel,

De tout l’essentiel

Qui remplit ma vie

Quand

Je manque de toi

Je manque de tout

De mon sang, de mes forces

Ma peau, mon écorce

Mon souffle de vie

Quand

Je manque de toi

Oh je manque de tout

De tout l’essentiel

Qui remplit ma vie

Quand

Je manque de toi

C’est toi l’essentiel

Tu remplis ma vie

Je manque de toi

Je manque de toi

43

18. San Ou - La Rivière

Gênero musical: World

Intérprete: Dezil'

Revelado por uma pequena ligação que cresce constantemente, o quarteto originário de

Seychelles está a um passo de conseguir carreira internacional depois de um começo

bastante promissor em 2003, com a gravação de um álbum sob o nome de “GH Boys”.

O grupo já ocupa o topo da posição da classificação do “Paradise FM” durante várias

semanas, com o título San ou. Martin, Juan, compositores e Djs eméritos, e seus

companheiros Michael e Sandra, lançam-se finalmente como Dezil’ em 2005, trazendo

uma fusão eletrizante de zouk, de reggae e de ragga/dancehall.

Ver: musique.ados.fr/Dezil.html

Compositores: Martin Lebon, Juan Romain (letra); Eddie Telemaque (música)

Álbum: Welcome to the paradise (2005)

Gravadora: Vogue

Vídeo: youtube.com/watch?v=5vryT61Vh7o

Letra:

REFRAIN 1 :

Une minute, j’pleure la rivière

Une heure loin je pleure la mer

Un jour sans toi, baby, c’est trop beaucoup,

Je vais pleurer un océan

Toi que j'aime infiniment.

Sans ou mon baby

Zanmen mon pou ere

REFRAIN 2 :

Une minute, j’pleure la rivière

Une heure loin je pleure la mer

Un jour sans toi, baby, c’est trop beaucoup,

Ou pou blesse mon sentiment

Ça fait longtemps que je t’attends

Sans ou mon baby

De toi j’ai trop rêvé

Baby girl, c’est ton amour ma seule richesse,

C’est pour cela que j’ai toujours donné mes caresses.

Nous sommes seuls là, faisons notre promesse

Que jamais nous va séparer, tu vas rester ma princesse.

A chaque fois tu es absent, mon connais vedir détresse

Quand tu es à mes côtés, ma douleur lé passé vitesse !

Ne laisse pas Satan nous contrôler pour faire des mauvais gestes

Je vais pleurer un océan, pour que tu sois ma princesse.

{au REFRAIN : 1 & 2}

Je veux te faire savoir que mes paroles sont sincères.

Donne ou tou mon lamour akoz ou kone mon vre valer

Si un jour on se sépare, tu vas me quitter en pleurs

Donne ou tou mon lamour akoz ou kone mon vre valer

Parfois je suis coupable, j'essaye déclarer mon innocence

Tu me pardonnes parce que tu m'aimes et tu me donnes aucune sentence.

La seule façon d'oublier mes tracas, c'est par ta présence

Une minute sans toi chérie je me sens en défaillance.

44

{au REFRAIN : 1}

Quand je suis avec toi la vie est vraiment un plaisir !

I vré ou kontan mwan annou regardron fitir

Regarde moi dans les yeux et dis moi ce que tu désires

Je te promets sans aucun doute je vais tout accomplir.

Letan i presye oter mwan sa pli grand plezir

Serre-moi, attrape-moi, continue de tenir

Je vais donner ma vie pour voir ce sourire sur ta figure

Car si on se sépare je sais que c'est moi qui vais souffrir.

{au REFRAIN : 1 & 2}

45

19. Si seulement je pouvais lui manquer

Gênero musical : Pop

Intérpretes : D'aimé/ Calogero

Nasceu na Sicília, em 1971. Iniciou sua carreira em plena explosão new wave, em

meados dos anos 80, como Charly. Mas junto à Pascal Obispo, decide retomar o seu

nome original e seguir como compositor e intérprete. Grava o primeiro álbum em 1999

e o segundo em 2002, neste se entregando à criação de 12 músicas novas, marcadas por

diversas influências, de Cure a Ennio Morricone. E para convencer o público amante

de sons variados e rock, ele também sabe tocar piano e guitarra como arranjos

eletrônicos. Ele se torna um compositor de primeira classe na sociedade francesa, o que

recompensa os diversos prêmios, como duas vezes vencedor da Victoires de la

Musique. Seus dois últimos discos, o álbum “3” (2004) e o disco duplo lançado em

2005 obtiveram um grande sucesso, em particular com os sucessos.

Ver: calogero.artiste.universalmusic.fr/

Compositores: Michel Jourdan, Julie D'Aime (letra); Calogero, Gioacchino (música)

Álbum: Live 1.0 (2004)

Gravadora: Mercury

Vídeo: youtube.com/watch?v=_x01B_THShA

Letra:

Il suffirait simplement

Qu’il m’appelle

Qu’il m’appelle

D’où vient ma vie

Certainement pas du ciel

Lui raconter mon enfance

Son absence

Tous les jours

Comment briser le silence

Qui l'entoure

Aussi vrai que de loin

Je lui parle

J'apprends tout seul

A faire mes armes

Aussi vrai qu' j'arrête pas

D'y penser

Si seulement

Je pouvais lui manquer

Est ce qu'il va me faire un signe

Manquer d'amour

N'est ce pas un crime

J'ai qu'une prière à lui adresser

Si seulement

Je pouvais lui manquer

Est ce qu'il va me faire un signe

Manquer d'amour

46

N'est ce pas un crime

J'ai qu'une prière à lui adresser

Si seulement

Je pouvais lui manquer

Je vous dirais simplement

Qu'à part ça

Tout va bien

A part d'un père

Je ne manque de rien

Je vis dans un autre monde

Je m'accroche tous les jours

Je briserai le silence

Qui m'entoure

Aussi vrai que de loin

Je lui parle

J'apprends tout seul

A faire mes armes

Aussi vrai qu' j'arrête pas

D'y penser

Si seulement

Je pouvais lui manquer

Est ce qu'il va me faire un signe

Manquer d'amour

N'est ce pas un crime

J'ai qu'une prière à lui adresser

Si seulement

Je pouvais lui manquer

47

20. Y’a du monde

Gênero musical: Pop-rock

Intérprete: Dany Bédar

Nascido em uma pequena cidade da província de Quebec chamada Val-d’Or, aos 19

anos Bédar se muda para Montreal com o objetivo de se tornar um autor-compositor-

intérprete. Em 1999 é convidado pela banda La Chicane a fazer participações como

baixista e também ajuda a compor. Em 2002 lança seu primeiro álbum solo, Fruit, e

vende 100.000 cópias, fazendo um dueto com Boom Desjardins. A música Y’a du

monde, do seu segundo CD, permanece por 4 semanas em 1º lugar no “Top 100

Francophone” da BDS e consagra-se o grande ganhador da noite de gala da ADISQ

2005 (grande premiação da Associação Quebequense da Indústria Fonográfica), com os

prêmios de Melhor Álbum Pop-rock e Melhor Intérprete Masculino. É considerado um

dos cantores mais importantes de sua geração, sendo muito querido no Quebec, onde se

prepara para gravar o terceiro CD, depois de ter lançado recentemente um CD acústico.

Ver: danybedar.mu/

Compositor: Dany Bédar

Álbum: Écoute moi donc (2004)

Gravadora: DEJA Musique

Vídeo: youtube.com/watch?v=rjGXmqobcec

Letra:

Y'a du monde

Aujourd'hui

Sur le plateau

J't'aime fort

mais y faut pas que j't'aime trop

Y'a du monde pour qui

C'est trop facile

J't'aime encore mais

J'suis seul sur mon île

Pas question pour te dire

Que t'es en retard

Y'é pas trop tard

Y'a du monde qui

S'embrassent sur la rue

J't'aime encore mais

t'es juste pas rendu

Y'a des fleurs qui sèchent

dans mes mains

J't'aime encore mais

J'veux pus être là demain

Chu tanné

Y fait chaud

J'en ai plein le dos

Je pèse mes mots

Y'a du monde que j'arrive

pas à me rappel(l)er

Si c'est bordeau ou

ben si c'est laurier

T'arrive pas, j'm'inquiète pas trop

J't'aime encore

Y fait de moins en moins

en moins beau

48

Pas question pour te dire

que t'es en retard

Chu tanné

Y fait chaud

J'en ai plein le dos

V'la la pluie

le mauvais temps

Chu pas content

J't'aime pus autant

Y'é trop tard

49

EXPLOITATION PÉDAGOGIQUE

À partir du niveau d’apprentissage où se trouvent les élèves, nous proposons à la suite une

série d’exercices linguistiques concernant la musique.

À chaque exercice il pourra être sélectionnée par le professeur une chanson quelconque,

en prenant compte de plusieurs critères: les intentions du professeur quant au thème et à

l’exploitation des difficultés structutrales et lexicales présentes dans les paroles; la présentation de

données culturelles ou de chansons ou interprètes d’autrefois ou de nos jours; la sélection de

chansons d’origine francophone ou française; la préférence des élèves quant au rythme etc.

I. Exercices de compréhension orale*

II. Écoutez la chanson et remplissez les blancs*.

III. Exercices de phonétique

1. Observez les rimes de la chanson. Les mêmes sons se produisent par quels phonèmes?

2. Relevez les mots soulignés*. Présentez d’autres deux mots qui ont les mêmes difficultés

phonétiques.

IV. Exercices de morphologie

1. Donnez le classement morphologique des mots soulignés.

2. À partir des mots soulignés*, présentez d’autres mots de la même famille, mais d’une autre classe

(des noms concernant les verbes, des verbes concernants les noms etc)

3. Quel est le genre des noms soulignés*?

4. Quel est l’infinitif, auxiliaire et participe passé des verbes soulignés*?

V. Exercices de syntaxe

1. De quelle fonction syntaxique les mots soulignés* jouent le rôle?

2. Exprimez la même idée des vers indiqués* avec une autre structure syntaxique.

au choix du professeur

50

VI. Exercices de morphosyntaxe

1. Expliquez l’emploi des pronoms (négatives, formes verbales...) soulignés*.

2. Expliquez l’absence/présence de l’élément grammatical “x”.

VII. Exercices de sémantique

1. Expliquez en français ce que vous comprenez par les mots (expressions) soulignés*.

VIII. Exercices sur le lexique

1. Présentez un synonyme/antonyme des mots soulignés*.

IX. Exercices de compréhension textuelle

1. Classez comme vraies (V) ou fausses (F) les assertives suivantes*.

2. Répondez aux questions suivantes*.

X. Exercices de production écrite

1. Faites un résumé du sujet de la chanson en 5 lignes.

2. À partir du thème de la chanson, écrivez un texte de 20 lignes.

XI. Exercices de traduction

1. Comment traduisez-vous la strophe (le vers, l’expression, le mot) soulignée*.

51

BIBLIOGRAFIA

BOIRON, M. Génération française 3. Vichy: CAVILAM, Bureau Export de la Musique Française,

Ministère des Affaires Étrangères, 1999.

BOIRON, M. Génération française 4. Vichy: CAVILAM, Bureau Export de la Musique Française,

Ministère des Affaires Étrangères, 2001. BUREAU Export de la Musique Française. In bloom: a

collection of french celtic music. 2001.

BUREAU Export de la Musique Française. In bloom: a collection of french chanson. 2002.

BUREAU Export de la Musique Française. In bloom: a collection of french jazz music. 2002.

BUREAU Export de la Musique Française. In bloom: a collection of french world music. 2001.

BUREAU Export de la Musique Française. So frenchy, so chic! 2 v. 2001.

BUREAU Export & French Music Bureau. French talent 2003.2003.

CHAMBERLAND, R., GAULIN, A. La chanson québécoise de LaBolduc à aujourd’hui:

anthologie. Québec: Nuit Blanche, 1994.

CRESPO, F. et al. L’air du temps: dossier chanson. Paris: Ministère des Relations Extérieures,

1985.

LABEL France, n. 36. Paris: Ministère des Affaires Étrangères, juillet 1999.

LAPORTE, M. La Chanson française. Paris: Hachette, 1993. Col. “Lecture facile”. Série “Vivre en

français”.

QUÉBEC français, Québec, n. 119, automne 2000.

QUÉBEC français, Québec, n. 124, hiver 2001-2002.

Sites consultados:

http://musique.ados.fr

http://www.bandapart.fm

http://www.dailymotion.com

http://www.mcm.net/

http://www.musimax.com

http://www.musiqueplus.com

http://www.postedecoute.ca

http://www.qim.com

http://www.tv5.com

http://www4.fnac.com/Shelf/article.aspx?PRID=1803191

http://www.mcm.net/programmes/top50/

http://recherche.hit-parade.com/general/recherche.asp?p7=musique

http://musique.ados.fr/

http://www.infodisc.fr

http://www.disqueenfrance.com

http://www.paroles.net

http://www.tv5.org/TV5Site/programmes/accueil_continent.php

http://www.youtube.com

http://www.repertoiredesartistesquebecois.org/index.asp

http://www.qim.com/

52

Contatos com os autores:

[email protected]

[email protected]

Dados da Gráfica

Novagraf Gráfica e Editora Ltda.

CNPJ 05.639.593/001-54

Rua João Baptista Ferreira, 221

Parque Industrial Campo Verde

São José do Rio Preto, SP

CEP 15076-110

Brasil 55

Fone: 17 3218-5660 / 3218-5666