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Relatório de Sustentabilidade 2009

CESP - RELA TÓRIO DE SUSTENTABILID ADE 2009ri.cesp.com.br/wp-content/uploads/2013/05/rs2009.pdf · O Programa de Manejo Pesqueiro da CESP proporcionou o repovoamento de ... lobo-guará

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Relatório de Sustentabilidade 2009

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Destaques 5

Missão e Visão 6

Sobre o Relatório 6

Mensagem da Administração 7

A CESP 9

Perfil 9

Estrutura Organizacional 13

História 16

Estratégia e Vantagens Competitivas 18

Governança Corporativa 20

Premiações 25

Gestão Econômica 26

Cenário 26

Desempenho Operacional 28

Desempenho Econômico-financeiro 31

Mercado de Capitais 35

Gestão Social 37

Gestão Ambiental 52

Indicadores Ambientais Consolidados 72

Balanço Social 73

Demonstrações de Valor Adicionado 74

Indicadores GRI 75

Informações Corporativas 80

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Destaques

■ As Receitas Operacionais no período alcançaram R$ 3.084,0 milhões,registrando um crescimento de 3,3% em relação ao ano de 2008;

■ O Resultado do Serviço alcançou R$ 1.324,7 milhões;

■ O EBITDA Ajustado de 2009 somou R$ 1.849,1 milhões, 13,7% superior aovalor ajustado de R$ 1.626,5 milhões em 2008;

■ O Resultado Financeiro (Receitas – Despesas Financeiras) de 2009 foipositivo em R$ 99,8 milhões, ante o resultado negativo de R$ 1.394,2 milhõesde 2008;

■ A provisão para redução ao valor recuperável de ativos de R$ 57,9 milhões,introduzida pela nova legislação contábil, impactou negativamente o resultadoda Companhia, que registrou Lucro Líquido de R$ 762,7 milhões em 2009,ante o prejuízo líquido de R$ 2.351,6 milhões em 2008.

■ O Programa de Manejo Pesqueiro da CESP proporcionou o repovoamento de3,8 milhões de alevinos nos seus reservatórios.

■ Os três Centros de Fauna trabalham com um plantel de 567 animais de 60espécies, algumas delas consideradas em extinção, como cervo do pantanal,onça pintada, cachorro do mato vinagre, mutum, jacutinga, lobo-guará ejacaré do papo amarelo.

■ Em 2009 a CESP produziu 2,5 milhões de mudas de 150 espécies nativas daMata Atlântica utilizadas na implantação de reflorestamento em áreaspróprias, de terceiros e na recuperação de áreas degradadas, atingindo umtotal acumulado de 7.096 hectares de área reflorestada até 2009.

■ O Programa de Educação Ambiental da CESP atende aproximadamente 66 milpessoas, principalmente crianças em idade escolar.

■ A CESP mantém um Programa de Mudanças Climáticas com a elaboração epublicação do inventário de gases de efeito estufa e a fixação de metas deredução dessas emissões em 10% entre 2007 e 2011. Em 2009 foi concluído osegundo inventário de gases de efeito estufa, referente ao ano de 2008,tendo em vista a manutenção dos objetivos de redução das emissões, tendosido a primeira empresa do setor a divulgar o inventário completo de GEE.

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Missão e Visão

Missão

Produzir energia elétrica para atender a demanda do setor elétrico brasileiro

VisãoSer reconhecida pelos acionistas e sociedade como uma empresa deexcelência.

Sobre o Relatório

Este Relatório de Sustentabilidade está baseado nas diretrizes GRI (Global

Reporting Initiative), padrão internacional em relatórios de sustentabilidade,no qual são apresentados os resultados da Companhia no exercício de2009.

As informações relatadas abrangem a estrutura completa da CESP, incluindotodas suas usinas e eclusas, e faz parte do conjunto de indicadoresselecionados por um grupo de trabalho, composto por integrantes dediversas áreas da Companhia, de acordo com os princípios dematerialidade e relevância para a Companhia e suas partes interessadas.

O Relatório de Sustentabilidade 2009 da CESP enquadra-se no nível “C” dasdiretrizes GRI e é uma iniciativa que visa divulgar e reforçar o compromissoda CESP com o desenvolvimento sustentável e aproximar a companhia desuas partes interessadas.

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Mensagem da Administração A CESP, desde a criação em 1966, tem procurado pautar sua atuaçãocom base em práticas sustentáveis, compatíveis com aresponsabilidade socioambiental que lhe cabe na condição de grandeempresa geradora de energia hidrelétrica. Essas práticas se expressamno modelo de gestão adotado para o desenvolvimento dos programassociais e ambientais decorrentes de obrigações legais impostas pelalegislação e demais exigências estabelecidas pelos órgãos reguladorese licenciadores, bem como por deliberação da própria empresa,quando ela decide avançar os limites legais e implementar ações decaráter voluntário.

Dentre os princípios que regem o modelo de gestão corporativo daCESP, podem ser citadas a conservação do meio ambiente por meiodo manejo responsável da fauna e da flora e a melhoria da qualidadede vida das comunidades afetadas pelos empreendimentos.

Várias iniciativas foram implementadas ao longo dos 43 anos dehistória, sintonizadas com o que atualmente convencionou-sedenominar “sustentabilidade”.

No plano ambiental, foi elaborada uma Política de Meio Ambiente eestá em curso o processo de implantação do Sistema de GestãoAmbiental nas Unidades de Produção. Também foi adotado umPrograma de Mudanças Climáticas, sendo a CESP a primeira empresado Setor Elétrico a divulgar, em 2009, o inventário completo do Gás deEfeito Estufa – GEE, atendendo às diretrizes do Programa BrasileiroGHG Protocol.

Outras ações visam abranger as partes interessadas, como a criaçãode canais de comunicação abertos para a sociedade, a adoção depráticas transparentes de relacionamento com investidores e o apoio aentidades que cumprem importante papel social relacionado asegmentos específicos.

Internamente, foi implantado o Código de Conduta visando formalizara adoção de princípios éticos balizadores das atividades daCompanhia.

Foram criadas as Políticas Social, Empresarial, de Relações Sindicais,de Relações com Entidades Internas, de Segurança e Saúde, políticasespecíficas para o quadro de empregados como o plano de cargos esalários, remuneração por resultados, assistência médica, assistênciaodontológica, auxílio-alimentação, contratação de aprendizes e a nãocontratação de mão-de-obra infantil, todas com o objetivo de vincularcompromissos efetivos aos princípios declarados.

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A CESP também realiza investimentos em capacitação eaprimoramento profissional, promoção de campanhas de saúde esegurança no trabalho.

O programa de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D incentiva apesquisa e desenvolvimento de inovações tecnológicas,contemplando temas de geração de energia elétrica, meioambiente, pesquisa estratégica, supervisão, controle e proteção desistemas, qualidade e confiabilidade e medição, com foco nacontribuição pelo desenvolvimento de novas tecnologias.

A certificação pela NBR ISO 9001:2008 trouxe ganhos de qualidadee transparência nos processos de produção da Empresa,assegurando a qualidade na produção de energia comocomprovam os índices técnicos monitorados pelos órgãosnormativos e reguladores do setor elétrico.

A CESP é mantenedora de entidades que promovem atividadeseducacionais, culturais e de preservação de acervo, como aFundação do Patrimônio Histórico da Energia e Saneamento de SãoPaulo e o Museu da Memória Regional, em Primavera, no intuito depreservar a história e a cultura regional, entre outros.

Entre os projetos sociais, o Instituto Criança Cidadã – ICC, semdúvida, é o de maior representatividade. Projeto vitorioso, fundadoem 1987 como Instituto CESP Criança, quando as ONGs não eramtão atuantes, o ICC encerrou o ano de 2009 com mais de 5.500atendimentos em seus quatro projetos sócio-educativosdesenvolvidos nas 15 unidades, sendo nove Creches Pré-Escola,três Circos Escola, duas Casas de Solidariedade e uma Casa deCultura.

A manutenção da Companhia na carteira do Índice deSustentabilidade Empresarial - ISE da BM&FBovespa, pela quartavez, e o reconhecimento, por meio da outorga de prêmios e selos,como Empresa Líder em Mudança Climática, concedido pela revistaÉpoca, Selo Paulista de Diversidade, outorgado pela Secretaria deRelações Institucionais do Estado de São Paulo, Selo de EmpresaCidadã 2009/2010, concedido pela Câmara Municipal de São Paulo,Medalha Rosa da Solidariedade do Fundo Social de Solidariedadedo Estado de São Paulo – FUSSESP, concedida por Decreto doGovernador do Estado de São Paulo, acatando proposta doConselho Deliberativo daquele fundo e do Conselho Estadual deHonrarias e Mérito, refletem o reconhecimento do trabalhorealizado pela CESP na área de responsabilidade socioambiental.

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A CESP

Perfil

A Companhia Energética de São Paulo – CESP, sociedade de economia mista de capital abertocontrolada pelo Governo do Estado de São Paulo, tem como atividades principais o planejamento,construção e operação de sistemas de geração e comercialização de energia elétrica.

Com sede em São Paulo, a Companhia foi criada a partir da fusão de 11 empresas, em 1966, com oobjetivo de gerar energia para possibilitar o crescimento da economia paulista e da região Sudeste. ACompanhia é responsável por 56,8% da energia produzida no Estado de São Paulo e 9% de toda aenergia elétrica gerada no Brasil.

Como concessionária de serviço público de energia elétrica, a CESP tem suas atividades reguladas efiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), vinculada ao Ministério de Minas eEnergia, e opera suas usinas de forma integrada com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A produção de energia elétrica das usinas da CESP, programada e executada de acordo com osProcedimentos de Rede e sob a coordenação do ONS, tem como base de sua eficiência a associaçãodos recursos fundamentais de disponibilidade, recursos hídricos e oportunidades de alocação deprodução no Sistema Interligado Nacional (SIN).

Usinas

Quarta maior geradora de energia elétrica do país, seu parque gerador, exclusivamente hidráulico, écomposto por seis usinas, com capacidade instalada total de 7.455,3 megawatts (MW), localizadas nasbacias dos rios Paraná, Tietê e Paraíba do Sul.

Usina Engenheiro Souza Dias (Jupiá)

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As seis hidrelétricas estão estrategicamente localizadas no centro econômico e região mais populosado Brasil e são de fundamental importância para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Evolução Histórica das Usinas (Potência Instalada - valores em MW)

2009

Rio Paraná

Ilha Solteira 3.444,00

Engenheiro Souza Dias (Jupiá) 1.551,20

Eng. Sergio Motta (P. Primavera) - 3UGs 1.540,00

Rio Tietê

Três Irmãos 807,50

Rio Paraibuna

Paraibuna 85,00

Rio Jaguari

Jaguari 27,60

Total Geral 7.455,30

1966

Em operação

Barra Bonita 140,76

Álvaro de S. Lima (Bariri) - 2UGs 95,40

Armando Salles de Oliveira (Limoeiro) 32,20

Euclides da Cunha 108,80

Caconde (Graminha) 80,40

Jurumirim 97,80

Lucas Nogueira Garcez (Salto Grande) 70,40

Termoelétricas a Gás

Votuporanga 10,00

Juquiá 10,00

Flórida Paulista 20,00

Pequenas Hidrelétricas 12,00

Total 677,76

Em construção

Álvaro de S. Lima (Bariri) - 1UG 47,70

Ibitinga 131,49

Mário Lopes Leão (Promissão) 200,00

Chavantes 400,00

Engenheiro Souza Dias (Jupiá) 1.411,20

Ilha Solteira 3.230,00

Jaguari 27,60

Total 5.447,99

Total Geral 6.125,75

1999 (pré-cisão)

CESP

Ilha Solteira 3.444,00

Engenheiro Souza Dias (Jupiá) 1.551,20

Eng. Sergio Motta (P. Primavera) - 3UGs 302,40

Três Irmãos 807,50

Paraibuna 85,00

Jaguari 27,60

Total 6.217,70

Paranapanema

Armando A. Laydner (Jurumirim) 97,80

Canoas I (em construção) 82,80*

Canoas II (em construção) 72,00*

Chavantes 414,00

Escola de Engenharia Mackenzie (Capivara) 640,00

Escola Politécnica (Taquaraçu) 554,00

Lucas Nogueira Garcez (Salto Grande) 70,40

Rosana 372,00

Total 2.148,20

* montante não incluso no total

Tietê

Barra Bonita 140,76

Álvaro de S. Lima (Bariri) - 2UGs 143,10

Ibitinga 131,49

Mário Lopes Leão (Promissão) 264,00

Avanhandava 347,40

José Emilio de Moraes (Água Vermelha) 1.396,20

Mogi Guaçu 7,20

Caconde (Graminha) 80,40

Euclides da Cunha 108,80

Armando Salles de Oliveira (Limoeiro) 32,20

Total 2.651,55

Total Geral 11.017,45

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Usina Hidrelétrica Ilha Solteira

A Usina Hidrelétrica Ilha Solteira, que começou a operar em 1973, é a maior usina da CESP e do Estadode São Paulo e a segunda maior usina brasileira. Está localizada no Rio Paraná, entre os municípios deIlha Solteira (SP) e Selvíria (MS).

Com potência instalada de 3.444 MW, é composta por 20 unidades geradoras, barragem de 5.605 m decomprimento e reservatório de 1.195 km² de área.

Os reservatórios das usinas de Ilha Solteira e de Três Irmãos estão interligados pelo Canal PereiraBarreto, com 9.600 m de comprimento, propiciando a operação energética integrada dos doisaproveitamentos hidrelétricos. Em agosto de 2009, por meio do Sistema de Gerenciamento daOrganização, foi renovada a certificação ISO 9001:2008 do processo de Geração de Energia Elétrica em14,4 Kv na Unidade de Produção Ilha Solteira/Três Irmãos.

Usina Hidrelétrica Eng. Souza Dias (Jupiá)

A Usina Hidrelétrica (Jupiá), construída com tecnologia inteiramente brasileira, começou a operar em1969 e localiza-se no Rio Paraná, entre as cidades de Castilho (SP) e Três Lagoas (MS). Sua potênciainstalada totaliza 1.551,2 MW, com 14 unidades geradoras principais e dois grupos turbina-geradorpara serviço auxiliar (potência instalada de 4.750 kW em cada grupo).

O reservatório de Jupiá possui área de 330 km² e sua barragem estende-se por5.495 m de comprimento. Além disso, a Usina dispõe de eclusa, que possibilita a navegação no RioParaná e a integração hidroviária Tietê-Paraná.

Com vista firmada na melhoria contínua dos processos, a Usina Jupiá ampliou o escopo do Sistema deGestão da Qualidade – ISO 9001:2008, integrando a subestação de 138 e 440kV.

Usina Ilha Solteira

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Usina Hidrelétrica Eng. Sérgio Motta (Porto Primavera)

A Usina Hidrelétrica Eng. Sérgio Motta (Porto Primavera) conta com área de reservatório de 2.250 km² ea barragem mais extensa do Brasil de 11.380 metros de comprimento. Localizada no Rio Paraná, entreos municípios de Rosana (SP) e Batayporã (MS), a 28 km da confluência com o Rio Paranapanema,iniciou sua operação em 1999 e totaliza 1.540 MW de potência instalada em 14 unidades geradoras.

A usina dispõe de eclusa para navegação no Rio Paraná e sistema de transposição para peixes,constituído de um elevador e uma escada com 476 m de comprimento.

Em 2008, o prazo de concessão da usina Eng. Sergio Motta (Porto Primavera) foi prorrogado por 20anos, até 19.05.2028, conforme Portaria nº 110 do Ministério de Minas e Energia, que determinou oestabelecimento do Primeiro Termo de Aditivo ao Contrato de Concessão nº 003/2004, de 12.11.2004.

O processo de Geração de Energia Elétrica, compreendendo desde as bordas do reservatório, até oponto de medição do barramento blindado de 13,8 kV foi certificado em conformidade com osrequisitos da NBR ISO 9001:2008.

Aproveitamento Múltiplo Três Irmãos

Três Irmãos é a maior usina hidrelétrica construída no Rio Tietê, com barragem de 3.710 m decomprimento e área de reservatório de 785 km². A usina está localizada no Rio Tietê, entre osmunicípios de Andradina e Pereira Barreto (SP), a 28 km da confluência com o Rio Paraná. A operaçãona usina foi iniciada em 1993 e sua potência instalada total de 807,50 MW é garantida pela operação decinco unidades geradoras.

Seu reservatório é interligado ao de Ilha Solteira pelo Canal Pereira Barreto, o que possibilita aoperação integrada das duas usinas e a navegação entre os ramos norte e sul da Hidrovia Tietê-Paraná.Além disso, duas eclusas interligadas por um lago intermediário permitem a transposição dasembarcações e a navegação pela mesma hidrovia.

Em agosto de 2009, por meio do Sistema de Gerenciamento da Organização, foi renovada acertificação ISO 9001:2008 do processo de geração de energia elétrica.

Usina Hidrelétrica Paraibuna

A Usina Hidrelétrica Paraibuna, que leva o nome do Rio e Município nos quais se localiza, teve suaoperação iniciada em 1978 e totaliza potência instalada de 85 MW, com duas unidades geradoras.

A área total do seu reservatório é de 224,40 km², compostos pela interligação dos reservatórios da UHEParaibuna (177 km²) e da Barragem de Paraitinga (47,40 km²). Suas barragens estão entre as mais altasdo Brasil, com 94 m e 104 m de altura, respectivamente. Seus sistemas de controle de cheias - vertedortulipa em Paraitinga e válvulas dispersoras em Paraibuna, regulam a vazão do Rio Paraíba do Sul,responsável pelo fornecimento de água a várias cidades do Vale do Paraíba e do Estado do Rio deJaneiro.

O processo geração de energia elétrica em 13,7kV, regularizando a vazão do Rio Paraíba do Sul,promovendo o manejo de flora e fauna, educação ambiental e travessias lacustres da unidade deprodução Rio Paraíba, compreendendo as usinas hidrelétricas Paraibuna e Jaguari estão certificadaspela NBR ISO 9001:2008.

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Usina Hidrelétrica Jaguari

A Usina Hidrelétrica Jaguari, localizada no Rio Jaguari entre os municípios de Jacareí e São José dosCampos (SP), está em operação desde 1972 e possui potência instalada de 27,6 MW, em duas unidadesgeradoras.

O reservatório da usina totaliza área de 56 km² e sua principal finalidade é permitir o controle da vazãodo Rio Paraíba do Sul.

Estrutura Organizacional

A Estrutura Organizacional da CESP é constituída no sentido de adequar-se a seus programas eprojetos e tornar ágil e afinada com as premissas de empresa competitiva.

Para isso, a Direção da CESP utiliza o conhecimento e vivência da equipe interna, aliados à experiênciado corpo gerencial nos vários níveis decisórios da Empresa.

Os grandes desafios associados à conjuntura econômico-financeira levam-nos a priorizar açõesvisando à racionalização empresarial e à otimização de recursos, a busca da qualidade total e daexcelência gerencial em todos os níveis.

Organograma Geral 2009

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Gestão

A Diretoria da Empresa e o corpo gerencial definiram os Objetivos Estratégicos que deram origem aoPlano de Ação 2009-2012. As recomendações aprovadas pelo Conselho de Administração foramdesdobradas pelo corpo diretivo e executivo da CESP em objetivos estratégicos e macro-projetos,indicadores e metas.

Utilizou-se a matriz SWOT (identificação de barreiras, oportunidades, necessidades não atendidas,pontos fortes e fracos) para a definição dos objetivos estratégicos, levando em consideração a visão daPresidência relativa aos desafios da Empresa:

· Preservar os valores e tradição da CESP;· Preparar a Empresa para investir na expansão da sua capacidade de geração;· Elevar a eficácia da organização;· Preparar a Empresa para a renovação do seu quadro de colaboradores;· Valorizar a marca CESP;· Consolidar a sustentabilidade empresarial (governança e práticas sócio-ambientais).

Assim foram estabelecidos os temas estratégicos: Aspectos Regulatórios, Sustentabilidade e EficiênciaOperacional.

Foi definido o Mapa Estratégico nas perspectivas: Aprendizado e Crescimento; Processos Internos;Mercados e Partes Interessadas; Resultados Econômico-Financeiros e Sustentabilidade.

A sistemática de monitoramento dos resultados dos objetivos, metas e macro-projetos será por meiodo Balanced Scorecard-BSC.

Usina Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera)

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Sustentabilidade Empresarial

Com a finalidade de integrar e alinhar suas práticas socioambientais nos processos e nas principaisdecisões econômico-financeiras da Empresa, contemplando as boas práticas de governançacorporativa, foi criado o Comitê de Sustentabilidade.

O Comitê elabora anualmente um Plano de Sustentabilidade, alinhado aos objetivos estratégicos daEmpresa e dá continuidade ao trabalho de disseminação do programa de sustentabilidade, mediante arealização de palestras, com a finalidade de envolver todos os empregados na criação e manutençãoda cultura empresarial, de adoção de práticas de preservação do meio ambiente, boas práticas sociaise de governança corporativa.

Sistema de Gestão da Qualidade – Certificação NBR ISSO 9001:2008

A CESP tem buscado manter a certificação NBR ISO 9001, obtendo visibilidade dentro do cenáriointernacional, com ganhos de transparência em seus processos, dentro de conceitos universaisassociados à norma.

Dentro desse enfoque, a CESP manteve a atualização de suas certificações na versão NBR ISO9001:2008, como segue:

· “Avaliação e recuperação de estruturas civis por meio de injeções em concreto e ensaioslaboratoriais”-Laboratório CESP de Engenharia Civil;

· “Geração de energia elétrica em 138 e 440 kV da Usina Hidrelétrica Eng. Souza Dias (Jupiá)”;· “Geração de energia elétrica em 14,4 kV da Unidade de Produção Ilha Solteira/Três Irmãos”;· “Geração de energia elétrica em 13,8 kV na Usina Hidrelétrica Eng. Sérgio Motta (Porto Primavera)”;· “Controle da produção de energia elétrica da CESP”-Centro de Controle de Produção;· “Avaliação da segurança de barragens da CESP”- Equipe de Segurança de Barragens;· “Sistema de capacitação e desenvolvimento de empregados da CESP”-Área de Capacitação e

Desenvolvimento;· “Gestão da manutenção civil das instalações de geração da CESP”-Divisão de Engenharia de

Manutenção Civil e Segurança de Barragens;· “Engenharia de manutenção eletromecânica das Unidades de Produção da CESP” – Divisão de

Engenharia de Manutenção Eletromecânica.

Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)

A CESP continua na carteira do ISE para o período de novembro de 2009 a dezembro de 2010. Pelaquarta vez, nas cinco edições desde a sua criação, em 2005, a permanência da CESP entre as 34empresas de 15 setores da economia que compõem a carteira do ISE ratifica o compromisso daCompanhia com o desenvolvimento de suas atividades conciliado com as questões ambientais esociais, demonstrando seu alto grau de comprometimento com práticas de sustentabilidade egovernança corporativa.

O índice, que passa por avaliação anual, reflete o retorno de uma carteira composta por ações deempresas com os melhores desempenhos em todas as dimensões que medem a sustentabilidadeempresarial baseados no Triple Botton Line (TBL) que avalia, de forma integrada, elementos ambientais,sociais e econômico-financeiros. Aos princípios do TBL foram adicionadas outras três dimensões:governança corporativa, características gerais e natureza do produto.

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História

Em 21 de julho de 1966, por força do Decreto nº 46.495, o Governo do Estado de São Paulo nomeouuma comissão para estudar a unificação de suas 11 empresas de energia elétrica, nas quais eraacionista majoritário, com o objetivo de uniformizar o trabalho efetuado por aquelas empresas. Oestudo, comandado pelo governo, visou, além de adotar políticas e procedimentos padronizados naárea energética, criar as condições para que se implantasse a infra-estrutura capaz de atender àcrescente demanda por energia na Região Sudeste, por meio da obtenção de financiamentos para osetor, inclusive, de órgãos do exterior.

Das empresas estudadas, cinco eram companhias estaduais (Usinas Elétricas do Paranapanema –USELPA; Companhia Hidroelétrica do Rio Pardo – CHERP; Centrais Elétricas de Urubupungá S.A. –CELUSA; Companhia Melhoramentos de Paraibuna – COMEPA e Bandeirante de Eletricidade S.A. –BELSA) e seis empresas controladas pelas estaduais (S.A. Central Elétrica Rio Claro – SACERC e suasassociadas Empresa Luz e Força de Mogi Mirim S.A., Companhia Luz e Força de Jacutinga S.A. eEmpresa Melhoramentos de Mogi Guaçu S.A., todas controladas pela CHERP, além da Empresa Luz eForça Elétrica de Tietê S.A. e da Companhia Luz e Força de Tatuí, ambas controladas pela BELSA).

1966: Após a realização de uma assembléia para votação dos laudos de avaliação e constituição daCESP, em 5 de dezembro 1966, o Governador do Estado, por meio do Decreto nº 47.322, do dia 6 domesmo mês, ratificou os estatutos da companhia tendo sido constituída a Centrais Elétricas de SãoPaulo S.A. (CESP) que passou a atuar nas atividades de geração (construção e operação de usinas),transmissão e distribuição de eletricidade.

1971: É realizada a abertura do capital social da companhia, em 27 de dezembro de 1971, conformeaprovação na Assembléia Geral Extraordinária de 16 de agosto de 1971.

1969 a 1975: Inauguração das UHE Álvaro de Souza Lima (Rio Tietê - Bariri - SP), UHE Ibitinga (Rio Tietê– Ibitinga - SP), Eng. Souza Dias (Jupiá, no Rio Paraná – Castilho – SP e Três Lagoas - MS), UHEChavantes (Rio Paranapanema - Chavantes - SP), UHE Jaguari (Rio Jaguari - Jacareí - SP) e UHE IlhaSolteira (Rio Paraná – Ilha Solteira – SP e Selvíria - MS), na época a maior do País.

Início da operação da eclusa de Barra Bonita (Rio Tietê - Barra Bonita - SP) e aquisição do controleacionário da Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL.

1977: Em 27 de outubro a CESP passa a denominar-se Companhia Energética de São Paulo,assinalando suas atividades no campo das energias alternativas. Inauguração da Usina HidrelétricaPromissão, hoje Mário Lopes Leão (Rio Tietê – Promissão – SP).

1977 a 1994: Inauguração das UHE Paraibuna (Rio Paraibuna –Paraibuna – SP), UHE Escola deEngenharia Mackenzie (Capivara) (Rio Paranapanema – Taciba- SP e Porecatu – PR), UHE José Ermiriode Moraes (Água Vermelha) (Rio Grande – Indiaporã, Guarani d’Oeste e Iturama - MG), UHE NovaAvanhandava (Rio Tietê - Buritama e Brejo Alegre – SP), AM Três Irmãos – (Rio Tietê – Pereira Barreto eAndradina – SP), UHE Escola Politécnica (Taquaruçu) – (Rio Paranapanema – Sandovalina – SP eItaguajé - PR), UHE Rosana – (Rio Paranapanema – Teodoro Sampaio – SP e Diamante do Norte – PR).

Inauguração da então Hidrovia do Álcool, de Barra Bonita até Ibitinga (SP).

Tombamento da Usina do Corumbataí pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico,Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat

1996: A Companhia é incluída no Programa Estadual de Desestatização (PED), instituído pela LeiEstadual nº 9361, de 05/07/1996. A partir desse período, a CESP foi submetida a profundo processo de

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reestruturação societária e patrimonial, parte de um extenso plano de ação que visava à recuperaçãoda empresa, determinando medidas para reduzir seu grau de endividamento mediante a venda deativos, finalizar obras inacabadas, maximizar a qualidade e eficiência e atender ao novo MarcoRegulatório.

1997: Venda do controle acionário da distribuidora de energia elétrica CPFL – Companhia Paulista deForça e Luz.

1998: A ELEKTRO, subsidiária integral criada para realizar as atividades de distribuição de energiaelétrica é vendida.

1999: Em 1º de abril, como resultado da cisão parcial da CESP, teve início a operação comercial de trêsnovas empresas, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), a Companhia deGeração de Energia Elétrica Paranapanema, com sete usinas que totalizavam 2.307 MW de potênciainstalada (vendida para a Duke Energy em 1999) e a Companhia de Geração de Energia Elétrica Tietê,com nove usinas e 2.644 MW de potência instalada. Essas duas geradoras foram privatizadas no ano de1999.

Ainda em abril foi alienado o controle acionário da COMGÁS – Companhia de Gás de São Paulo,distribuidora de gás canalizado no município de São Paulo, que estava com a CESP desde 1984.

Inauguração da Usina Hidrelétrica Engº. Sérgio Motta (Porto Primavera), com entrada em operação dastrês primeiras unidades geradoras que totalizavam 302,4 MW, e inauguração das UHE Canoas I e II, noRio Paranapanema.

2001: O racionamento de energia elétrica em todas as regiões do país, com exceção do sul, levou asempresas geradoras a perdas de receita. Diante das condições adversas, a CESP implementou algumas

Usina Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera)

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ações que mitigaram o impacto negativo das medidas de exceção relacionadas ao racionamento deenergia elétrica, tanto para a Companhia como para a sociedade, sendo as mais importantes:

Processo de sobre potência de 100,8 MW para 110,0 MW para todas as unidades geradoras jáinstaladas na UHE Eng. Sérgio Motta (Porto Primavera). Essa operação propiciou um ganho próximo de10% na capacidade nominal de cada máquina; e

A antecipação do cronograma de operação das máquinas de nºs. 9, 10 e 11, também da UHE Eng.Sérgio Motta (Porto Primavera), em média, em 72 dias, o que possibilitou à CESP gerar cerca de580.000/700.000 MWh de energia livre.

Com isso, a CESP foi a geradora que mais acrescentou energia nova de origem hidráulica no mercadonacional, 410/500 MW, o que representou, na época, aproximadamente 34% de toda a energiahidroelétrica nova disponibilizada no País, diminuindo o impacto do racionamento.

2002: Mesmo com um cenário desfavorável, marcado pelo racionamento de energia no mercadointerno, pelo atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos e pelo stress do nível de aversão dorisco-país às vésperas da troca de governo, a CESP renegociou seus compromissos internacionais decurto prazo com os detentores de Bônus, operação que alcançou US$ 676 milhões. Além disso, outroUS$ 1,3 bilhão foi obtido, basicamente, mediante o lançamento de CTEEs – Certificados a Termo deEnergia Elétrica no mercado doméstico, o que permitiu, especialmente, a conclusão da usina Eng.Sergio Motta (Porto Primavera), que teve sua última unidade geradora acionada em novembro de 2003.

2006: Em julho desse ano, preparando-se para a Oferta Pública de Ações ao mercado - OPA, as açõesda CESP passaram a ser negociadas no Nível 1 das Práticas Diferenciadas de Governança Corporativada Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA, tendo sido incorporadas ao Estatuto Social daCompanhia um conjunto de boas práticas de Governança que incluem: a criação de uma nova classede ações preferenciais - a Preferencial Classe B - à qual foi concedido o direito de recebimento de 100%do valor pago às ações ordinárias em caso de alienação do controle da Companhia (“tag-along”);mandato de 2 anos para os membros da Diretoria e do Conselho de Administração; 20% dos membrosdo Conselho de Administração obrigatoriamente independentes; a adesão à Câmara de Arbitragem daBOVESPA para a resolução de controvérsias de natureza societária.

Em agosto foi concluído o processo de capitalização da Companhia mediante Oferta Pública de Açõesao mercado - OPA, no montante de R$ 3,2 bilhões, tendo o acionista controlador integralizado omontante de R$ 1,2 bilhão, resultante da venda do controle acionário da CTEEP - Companhia deTransmissão de Energia Elétrica Paulista, privatizada no âmbito do Programa Estadual deDesestatização do governo do Estado de São Paulo. O mercado respondeu pelos restantes R$ 2,0bilhões, com a integralização em PNB’s, ações que passaram a concentrar a liquidez das ações da CESPno mercado.

Estratégia e Vantagens Competitivas

A CESP tem sua administração orientada para os seguintes aspectos prioritários:

Reestruturação de seu Endividamento

A Companhia tem por principal objetivo a redução de seu endividamento e mantê-lo adequado a suageração de caixa. Quando do lançamento das ações preferenciais nominativas da classe B, acompanhia tinha se comprometido perante os investidores a reduzir, a médio prazo, a relação da dívidalíquida por EBITDA de 10,1 vezes, de dezembro de 2005, para 3,5 vezes. Em dezembro de 2008, arelação já era 4,3 vezes, e a Companhia terminou 2009 com a relação em 3,0 vezes, mantendo seucompromisso de redução de endividamento.

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Foco na Eficiência e Otimização Operacional

O rigoroso programa de investimentos na manutenção das instalações e no treinamento de seustécnicos tem mantido a eficiência e o alto padrão na produção de energia elétrica, como pode serconstatado por meio dos índices de disponibilidade de unidades geradoras e taxa de falhas. Com isso,a Companhia fortifica a base que torna seu negócio cada vez mais competitivo e, assim, eleva a criaçãode valor para seus acionistas.

Otimização do Portfólio de Clientes

Em 2009, cerca de 57% da energia foram direcionados para o mercado regulado, 38% a consumidoreslivres e comercializadoras e 5% da energia foi vendida na Câmara de Comercialização de EnergiaElétrica (CCEE). Para os próximos anos, a estratégia da CESP é maximizar as vendas a consumidoreslivres, que apresentam maior flexibilidade na forma de contratação e definição de preços,proporcionando melhores resultados financeiros para a Companhia.

Aprimoramento das Práticas de Governança Corporativa

Em2006, a CESP aderiu ao Nível 1 das Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa da Bovespa eadotou, espontaneamente, algumas práticas de governança corporativa exigidas no Nível 2 e NovoMercado, que foram incorporadas no Estatuto Social.

Sustentabilidade é um dos pilares que norteiam a Gestão da Companhia

Nos 43 anos de sua história, a CESP vem desenvolvendo programas, políticas e ações que demonstrama efetiva aplicação de princípios de sustentabilidade e de responsabilidade social que norteiam suasatividades e envolvem suas partes interessadas. Prova desse compromisso com a sustentabilidade é apresença da Companhia no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa. Além disso,a empresa mantém o Comitê de Sustentabilidade, que é responsável por integrar e alinhar suaspráticas socioambientais nos processos e nas principais decisões econômico-financeiras daCompanhia, contemplando as boas práticas de governança corporativa.

As diretrizes de gestão e estratégias da CESP dão à Companhia as seguintes vantagens competitivas:

Perfil de Contratação Adequado

A atual energia assegurada da Companhia está contratada até 2012, a preços competitivos ereajustados com base na inflação, o que proporciona estabilidade de geração de caixa.

Eficiência Operacional

A qualidade do desempenho operacional da CESP, refletida no excelente desempenho dos índices dedisponibilidade de máquinas e taxa de falhas, é resultado, principalmente, da eficiência na produção deenergia proporcionada pela manutenção de suas instalações e treinamento de seus técnicos.

Geração Consistente de Caixa Operacional e Reduzida Necessidade deInvestimentos

Com forte capacitação técnica e funcionários experientes na utilização dos equipamentos emanutenções preventivas programadas, a CESP controla seus custos operacionais de forma eficiente, oque levou a manter sua margem EBITDA superior a 65% nos últimos três anos aliado ao fato de que aCompanhia não tem, a curto prazo, projetos de investimentos para expansão do seu parque gerador.

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Administração Experiente

O corpo gerencial e os cargos de direção são integrados por profissionais com ampla e sólidaexperiência na atividade de geração de energia hidrelétrica. Os membros da diretoria da Companhiapossuem, em média, mais de 30 anos de atuação no setor elétrico.

Governança Corporativa

Nível 1 das Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa

A CESP aderiu, em julho de 2006, ao Nível 1 das Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa daBOVESPA, que se constitui em um conjunto de regras que disciplina as relações entre o acionistacontrolador, o Conselho de Administração, a diretoria executiva, os demais acionistas e, em especial, omercado financeiro. Todos esses públicos recebem informações com qualidade, agilidade etransparência.

Outras Práticas de Governança Corporativa

Além dos procedimentos exigidos pelo Nível 1 de Governança Corporativa, a CESP adotou,adicionalmente, as seguintes práticas, incorporadas no Estatuto Social:

· Adesão à Câmara de Arbitragem do Mercado da BOVESPA, para dirimir dúvidas de carátersocietário;

· “Tag Along” 100% - Direito aos acionistas detentores de ações preferenciais classe B (CESP 6) àvenda conjunta das ações, pelas mesmas condições, em caso de alienação do controle acionário;

· Mandato de dois anos para a Diretoria e Conselho de Administração;· Conselho de Administração composto por 20% de conselheiros independentes.

Composição Acionária

Acionistas (31/12/2009) ON PNA PNB TOTAL

Fazenda do Estado de São Paulo 94,08% - 7,20% 35,98%

Cia. Metropolitano - METRÔ 1,21% - - 0,40%

Cia. Paulista de Parcerias - CPP - - 6,56% 4,21%

Cia. Saneamento Básico de S.P. - SABESP 0,01% - - 0,01%

Subtotal - Estado de São Paulo 95,30% 0,00% 13,76% 40,59%

BNDES Participações S.A. - - 8,89% 5,71%

Capital Group International, INC - - 5,05% 3,24%

Deutsche Bank AG London - - 5,11% 3,28%

Eletrobrás S.A. 0,03% 82,08% - 2,05%

Santander Inv. em Participações 0,89% - 6,39% 4,40%

Outros Acionistas (Free floating) 3,78% 17,92% 60,80% 40,73%

Subtotal - Demais Acionistas 4,70% 100,0% 86,24% 59,40%

TOTAL 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

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O capital social integralizado da Companhia, de R$ 5.975.433 mil está dividido em 109.167.558 açõesordinárias, 8.119.548 ações preferenciais classe A e 210.215.567 ações preferenciais classe B.

Dividendos

Os dividendos da CESP são destinados de acordo com a seguinte prioridade:a) aplicação de 5%, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, até o limite

de 20% do capital social;b) do saldo, será destinado valor para pagamento do dividendo anual prioritário e obrigatório das

Ações Preferenciais A, de 10% calculado sobre o valor do capital social integralizado representadopor Preferenciais A, a ser rateado ente ações preferenciais desta classe;

c) do saldo, será destinado valor para pagamento de dividendo anual obrigatório às ações ordinárias eàs Ações Preferenciais B correspondente a 10% do valor do capital social integralizado representadopor estas ações, a ser rateado igualmente entre elas;

d) do saldo, até 20% a Companhia poderá destinar conforme deliberação da Assembléia Geral, parareinversão na expansão das atividades de seu objeto social, até o limite de 10% de seu capitalsocial;

e) o saldo terá a destinação deliberada em Assembléia Geral, observadas as retenções permitidas emlei, sendo que, no caso de distribuição de saldo remanescente às ações ordinárias e Preferenciais Ae Preferenciais B, esta se fará em igualdade de condições.

O pagamento de juros a título de remuneração de capital próprio poderá ser deduzido do montantede dividendos a pagar, na forma da legislação vigente.

Relações com Investidores

A CESP dispõe de uma área de relações com investidores (RI), dentro da Diretoria Financeira, quecoordena a distribuição das informações ao mercado financeiro em geral, investidores, analistas demercado, instituições financeiras, órgãos reguladores e fiscalizadores, por meio de reuniões públicasanuais, teleconferências dos resultados trimestrais, reuniões privadas com analistas de mercado,administradores de fundos e investidores. No transcorrer de 2009 foram realizadas cerca de 50 dessasreuniões, além de participações em eventos do tipo “Utilities Day”. Outras ferramentas como o “mailinglist”, “website” corporativo, módulo do RI (HTTP://ri.cesp.com.br), e-mail [email protected] e o Falecom RI que permite resposta a questões específicas em até 3 dias úteis, completam a comunicação daCESP com o mercado.

Ouvidoria

A CESP dispõe, em seu website, de um canal de relacionamento com a finalidade de defender osinteresses do cidadão dentro da Companhia e atua como instância final, acolhendo, esclarecendo erespondendo todas as consultas formuladas, inclusive, provocando ações de transformação internavisando a melhoria da qualidade dos serviços prestados pela Companhia. Em 2009, as manifestaçõesrecebidas estiveram relacionadas com o Concurso Público, black-out ocorrido em 10 de novembropassado e consultas sobre corte, queda e religação de energia, assuntos que dizem respeito àprestação de serviços pelas empresas distribuidoras e que foram redirecionados para aquelasempresas. A Ouvidoria pode ser acessada pelo website corporativo, ícone “OUVIDORIA”.

Conselho de Administração

O Conselho de Administração da CESP é o órgão de deliberação colegiada responsável peloestabelecimento das políticas e diretrizes gerais dos negócios, incluindo a estratégia de longo prazo daCompanhia. É composto por no mínimo três e no máximo 15 membros, com mandatos de dois anos ereeleição permitida, conforme previsto no Estatuto Social.

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As reuniões do Conselho acontecem, ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempreque necessário, e são realizadas com a presença da maioria de seus membros em exercício.

Seus membros são eleitos pelos acionistas da CESP, em assembléia geral. Dos atuais 15 integrantes,um conselheiro independente foi indicado pelos acionistas preferencialistas minoritários, um eleitopelos empregados da Companhia, dois conselheiros independentes e os demais, eleitos pelocontrolador, a Fazenda do Estado de São Paulo.

Os currículos de todos os membros do Conselho de Administração da CESP estão disponíveis em:http://ri.cesp.com.br/ri/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&tipo=9&conta=28

Diretoria

A Diretoria da CESP é composta por até seis membros, acionistas ou não, sendo responsável pelaadministração dos negócios e a prática de todos os atos necessários ou convenientes, bem como pelaexecução das deliberações tomadas pelo Conselho de Administração.

Os Diretores da Companhia, que possuem mandato de dois anos, sendo permitida a reeleição, têmresponsabilidades individuais estabelecidas pelo Conselho de Administração, pelo Estatuto Social epelo Regimento Interno. As reuniões de Diretoria são convocadas pelo Diretor-Presidente ou por

Conselho de Administração (31/12/2009)Dilma Seli Pena Presidente

Aloysio Nunes Ferreira Filho Conselheiro (eleito por controlador)

Andrea Sandro Calabi Conselheiro (eleito por controlador)

André Luis de Lacerda Sousa Conselheiro (eleito por controlador)

Antonio Mardevânio Gonçalves da Rocha Conselheiro (eleito pelos empregados)

Carlos Pedro Jens Conselheiro Independente

Fernando Carvalho Braga Conselheiro (eleito por controlador)

Fernando de Lima Granato Conselheiro (eleito por controlador)

Francisco Vidal Luna Conselheiro (eleito por controlador)

Gesner José de Oliveira Filho Conselheiro (eleito por controlador)

Guilherme Augusto Cirne de Toledo Conselheiro (eleito por controlador)

Isabel da Silva Ramos Kemmelmeier Conselheira Independente (eleito por minoritários)

Marcos Antonio de Albuquerque Conselheiro (eleito por controlador)

Mauro Ricardo Machado Costa Conselheiro (eleito por controlador)

Nelson Vieira Barreira Conselheiro Independente

Diretoria (31/12/2009)Guilherme Augusto Cirne de Toledo Diretor-Presidente

Jorge Luiz Avila da Silva Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

Armando Shalders Neto Diretor Administrativo

Iramir Barba Pacheco Diretor de Engenharia e Construção

Vilson Daniel Christofari Diretor de Geração Oeste e

Diretor de Geração Leste (acumulado)

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solicitação da maioria dos membros da diretoria, sendo instaladas com a presença da maioria de seusmembros.

Os currículos de todos os membros da Diretoria da CESP estão disponíveis em: http://ri.cesp.com.br/ri/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&tipo=9&conta=28

Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal da CESP, instalado em caráter permanente, é constituído por cinco membros efetivose suplentes em igual número, eleitos em Assembléia Geral para mandato de um ano. O acionistacontrolador ou titular detentor das ações ordinárias de emissão da Companhia indica três membrosefetivos e seus respectivos suplentes para representá-lo e os acionistas detentores de açõespreferenciais, na qualidade de acionista minoritário e preferencialista da Companhia, indicam doismembros efetivos e seus respectivos suplentes para representá-lo.

A principal responsabilidade do Conselho Fiscal é supervisionar as atividades da administração emanter os acionistas informados de suas constatações.

Para isso, como órgão independente e não relacionado aos Auditores Independentes, revisa asDemonstrações Financeiras da Companhia e aconselha os acionistas a respeito de seu conteúdo, alémde se reportar a eles em assuntos relacionados ao orçamento da CESP, mudanças em sua capitalização,distribuição de dividendos e reorganizações societárias.

Os currículos de todos os membros do Conselho Fiscal da CESP estão disponíveis em: http://ri.cesp.com.br/ri/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&tipo=9&conta=28

Gestão de Riscos

A Companhia em 2008 iniciou o Projeto de implantação do modelo de Gestão de Riscos Corporativos,com base nos princípios do Commitee of Sponsoring Organizations – COSO e Control Objectives forInformation and Related Technology – COBIT.

Em 2010 a Companhia finalizará a implantação do projeto de gestão de riscos corporativos, que serásuportado pelos seguintes agentes:

Conselho FiscalAgnaldo César Breves Efetivo (eleito por minoritário e preferencialista)

Amancio Acúrcio Gouveia Efetivo (eleito por minoritário e preferencialista)

Geraldo José Sertório Collet Silva Efetivo (eleito por controlador)

José Rubens Gozzo Pereira Efetivo (eleito por controlador)

Pedro Pereira Benvenuto Efetivo (eleito por controlador)

Anna Paula Dorce Armonia Suplente (eleito por minoritário e preferencialista)

Atilio Gerson Bertoldi Suplente (eleito por controlador)

Carlos Eduardo Esposel Suplente (eleito por controlador)

Dirceu Rioji Yamazaki Suplente (eleito por controlador)

Roberto Gomez Suplente (eleito por minoritários e preferencialista)

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Comitê de Riscos

Composto pelos Diretores da Companhia, representante da Gestão Empresarial, representante daAuditoria Interna. Compete ao Comitê apoiar a Presidência na definição das diretrizes e estratégias paraa gestão de riscos e controles, incluindo o apetite e tolerância a riscos, avaliar os riscos e planos deação apresentados pelos gestores da Companhia e orientar o direcionamento à Coordenadoria deGestão de Riscos, em consonância com as diretrizes e estratégias definidas pela Presidência.

Coordenadoria de Gestão de Riscos

Compete a Coordenadoria gerenciar as ações para identificação, avaliação e monitoramento dos riscose comunicação periódica ao Comitê de Riscos.

Orientar os Gestores de Riscos Descentralizados - GRD quanto a metodologia de auto-avaliação decontrole, visando garantir a eficiência dos controles que mitigam os riscos mapeados. Compete àCoordenadoria assessorar a Presidência, Comitê de Riscos e demais stakeholders em assuntosrelacionados à gestão de riscos e controles, fornecendo reporte adequado e oportuno.

Gestão Descentralizada de Riscos

Composição – formado por representantes de cada diretoria.Compete ao Gestor de Riscos Descentralizado auxiliar os gerentes na identificação, avaliação, controle,monitoramento e resposta aos riscos inerentes aos objetivos (estratégicos, operacionais, conformidadee comunicação) em suas esferas de responsabilidades e monitorar sua execução e efetividade.Compete ao Gestor posicionar periodicamente a Coordenadoria de Gestão de Riscos e a respectivadiretoria a respeito dos riscos e controles em sua esfera de atuação, monitorar as deficiências doscontroles, identificadas por meio do modelo de auto-avaliação de controles (AAC*), objetivando amelhoria contínua dos controles internos da Companhia.

(*) Auto-avaliação de Controles (AAC) – Metodologia implantada na Companhia para que os gestoresde cada processo avaliem e monitorem continuamente a efetividade dos controles em relação àmitigação de riscos que podem impedir o alcance dos objetivos da companhia.

Código de Conduta

Em resposta às crescentes exigências da sociedade e, em especial, do mercado de capitais, quanto àdivulgação dos princípios éticos adotados pela companhia, a CESP implantou em 2009 o seu Código deConduta, que atende às exigências da sociedade quanto à adoção de princípios éticos comonorteadores das atividades da Companhia, e deverá contribuir positivamente no seu relacionamentointerno e externo, elevando o nível de confiança do mesmo com todos os seus parceiros (investidores,fornecedores, clientes, credores, autoridades e seus próprios colaboradores).

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Premiações

Prêmio de Mudanças Climáticas

A CESP recebeu o título Empresa Líder em Mudança Climática pelo 1° Prêmio de Mudanças Climáticas,realizado pela revista Época. O objetivo do prêmio foi avaliar o esforço das empresas em mediremissões e estabelecer metas de redução.

Selo Paulista da Diversidade

Em agosto de 2009 a Companhia recebeu o Selo Paulista da Diversidade, outorgado em razão docompromisso com programas e projetos que valorizam a diversidade. A CESP é parceira da Associaçãode Deficientes Visuais e Amigos (Adeva) no projeto Desenvolvendo Talentos. O selo foi criado pelaSecretaria de Relações Institucionais do Estado.

Selo Empresa Cidadã 2009/2010

Por suas iniciativas na área de responsabilidade social corporativa a Empresa recebeu o Selo EmpresaCidadã 2009/2010, outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo.

Medalha Rosa da Solidariedade

Por suas iniciativas na área de responsabilidade social corporativa, a Companhia recebeu a MedalhaRosa da Solidariedade do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo – FUSSESP,concedida por Decreto do Governador do Estado de São Paulo, acatando proposta do ConselhoDeliberativo daquele fundo e do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito.

Divulgação externa - Release

O release “CESP paga a acionistas juros sobre o capital próprio” foi classificado como um dosTopMax20 de 2009 pelo site de divulgação de textos jornalísticos Maxpress. A matéria que informasobre os juros a serem pagos aos acionistas teve 15.948 acessos no ano.

Usina Três Irmãos

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Gestão Econômica

Cenário

Ambiente Macroeconômico

Em 2009 o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou queda de 0,19% contra crescimento de 5,14%registrado em 2008, refletindo o impacto da crise financeira mundial que atingiu todos os países domundo, em maior ou menor grau, principalmente os países mais desenvolvidos. Apesar de registrarPIB negativo em 2009, é importante ressaltar que trimestralmente, o PIB foi negativo apenas noprimeiro trimestre do ano, voltando a ser positivo a partir do segundo trimestre, até registrar forte altano quarto trimestre, quando cresceu 4,3%, registrando o mesmo patamar do período pré-crise.

Em 2009 o Dólar registrou sua maior desvalorização histórica em relação ao Real, depreciando-se em25,5% em 2009 ao encerrar o ano cotado a R$ 1,74.

Para combater os efeitos da crise, o Banco Central do Brasil reduziu consistentemente a Taxa Básica deJuros (SELIC), que iniciou 2009 em 13,65% e fechou o ano em 8,65%, enquanto que a inflação medidapelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, do IBGE, registrou alta de 4,31% no ano.

Apesar dos impactos da crise financeira mundial, o país conseguiu manter sua balança comercial comsuperávit de US$ 25,4 bilhões em 2009 e alcançar R$ 153,0 bilhões em exportações no período.

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Ainda em 2009, o Brasil foi escolhido para sediar dois dos maiores eventos esportivos mundiais. Será opaís sede da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e das Olimpíadas em 2016, com a realização dosJogos no Rio de Janeiro. Esses dois eventos já estão impactando forte e positivamente a demandaagregada do país, atraindo investimentos tanto internos quanto externos, tendo em vista a realizaçãode obras de infra-estrutura que viabilizem a realização desses eventos, e que contribuirão para ocrescimento e desenvolvimento econômico do país no curto e médio prazo.

Desse modo, os indicadores macroeconômicos demonstraram que o Brasil passa por um ótimomomento econômico, tendo sido um dos últimos países a sentir os efeitos da crise financeira mundial,e o primeiro a recuperar o patamar pré-crise, retomando o ritmo de crescimento econômico anterior ese tornando, junto com China, India e Russia, um dos quatro mais importantes e promissores mercadosmundiais na próxima década.

Setor de Energia Elétrica

O setor de energia elétrica brasileiro é regulado e fiscalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica(ANEEL). O país está dividido em quatro submercados interligados pelo sistema de transmissão: Norte,Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste e Sul.

O Operador Nacional do Sistema (ONS) é responsável pela operação e confiabilidade do SIN - SistemaInterligado Nacional, monitorando todas as regiões para que não haja desabastecimento de energia emnenhuma região do país.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) é responsável pela contabilização de energiaem todos os submercados, elaborando as regras de comercialização, como também divulgando opreço da energia por semana em cada submercado, mediante chancela da ANEEL – Agência Nacionalde Energia Elétrica.

Geração

A capacidade de geração do país alcançou 106.301 megawatts (MW) produzidos por 2.180empreendimentos em operação ao final de 2009, de acordo com dados da ANEEL. As UsinasHidrelétricas representam 71,01% dessa geração, e as Usinas Termelétricas 23,59%, sendo os 5,4%restantes provenientes das Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCH (2,78%), Usinas Nucleares – UTN(1,89%), Eólicas (0,57%) e Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGH (0,16%).

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Consumo

O consumo de energia elétrica em 2009 alcançou um total de aproximadamente 388 mil GWh, segundodados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), valor 1,14% inferior ao consumido em 2008.

Desempenho Operacional

Produção de Energia Elétrica

A produção de energia elétrica das usinas da CESP no acumulado de 2009 alcançou 39.831.522 MWh, oque representa 4.547 MW médios, aproximadamente 16% além de sua energia assegurada nominal de3.916 MW médios anuais.

Produção total anual (2009)Usinas MWh

Ilha Solteira 16.790.454

Três Irmãos 3.130.441

Jupiá 9.294.037

Porto Primavera 10.102.152

Paraibuna 376.926

Jaguari 137.512

Total 39.831.522

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Comercialização

A CESP comercializa sua energia assegurada nos seguintes ambientes:

Ambiente de Contratação Regulado – ACR: através dos contratos de Compra de Comercialização deEnergia no Ambiente Regulado (CCEAR’s) firmados com as distribuidoras e Contratos de Compra eVenda de Energia Elétrica (CCVE’s) com as distribuidoras com carga inferior a 500 GWh/ano.

Ambiente de Contratação Livre – ACL: CCVE´s de curto, médio e longo prazos, negociados com asgeradoras, comercializadoras e consumidores livres.

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE: local onde as diferenças entre a energiaproduzida, assegurada e contratada são contabilizadas e liquidadas.

Leilões

Entre 2004 e 2007 a CESP teve 2.518 MW contratados no ACR, de acordo com os resultados dosseguintes leilões de energia:

Clientes

Os clientes da CESP são as principais distribuidoras de energia elétrica do país, que compram suaenergia por meio de contratos de longo prazo, através dos leilões realizados no mercado regulado e,no mercado livre, para consumidores finais e comercializadoras, que adquirem sua energia por meio decontratos bilaterais de médio e longo prazos.

Sistema Elétrico da CESP

A CESP atende seus compromissos comerciais em conformidade com a legislação e as regras eprocedimentos de comercialização da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE),compromissos operacionais de acordo com os procedimentos de rede preconizados pelo OperadorNacional do Sistema Elétrico (ONS) e de acordo com as exigências regulatórias da Agência Nacional deEnergia Elétrica (ANEEL).

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Os indicadores de disponibilidade (conceito de produtividade) e de indisponibilidade forçada (conceitode confiabilidade) avaliam o desempenho operacional da Companhia e permitem a busca da excelênciana geração de energia elétrica.

Historicamente a CESP tem conseguido manter seus indicadores técnicos em padrões superiores aosda média do setor.

Ambos os indicadores apresentados, TEIFa – Taxa Equivalente de Indisponibilidade Forçada apurada eID – Índice de Disponibilidade, são estabelecidos na Resolução ANEEL nº 688/2003, cujas referênciasde desempenho são igualmente estabelecidas por aquela agência.

Fonte: ABRAGE

O Índice de Disponibilidade alcançado pela CESP em 2009, de 0,929, superou o valor de referênciaestabelecido pela ANEEL,(0,896. Por meio desse índice, o ONS mede a eficiência das usinas do SistemaInterligado Nacional (SIN).

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A TEIFa alcançada pela CESP em 2009, de 0,0059, é muito inferior ao valor de referência estabelecidopela ANEEL, 0,0252, indicando a confiabilidade operacional das unidades geradoras.

Os bons resultados e alcance das metas estabelecidas comprovam o excelente desempenho damanutenção das usinas e a condução correta de sua operação.

Indicadores Econômico-Financeiros 2009 2008 Var.Preço Médio Geral – R$ por MWh 87,69 80,26 9,26%

Margem Operacional 49,93% 41,22% +8,71 p.p.

Variação do Dólar -25,49% 31,94% n.m.

Endividamento do Ativo 0,48 0,54 -11,11%

Liquidez Corrente 0,53 0,57 -7,02%

Manutenção

Para garantir as atuais condições de segurança, disponibilidade e confiabilidade da produção e atenderaos requisitos estabelecidos pelos órgãos reguladores, a CESP deu continuidade em 2009 aosprogramas de revitalização, modernização e automação e do monitoramento dos equipamentos.

Casa de máquinas da Usina Três Irmãos

Desempenho Econômico-Financeiro

Ações UsinasPlano de Ampliações e Reforços do

Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) Todas as usinas

Plano de Automação das Usinas UHE Jaguari, UHE Três Irmãos,

UHE Ilha Solteira e UHE Jupiá

Substituição dos disjuntores DLF 420 instalados

nos “bays” de unidades geradoras UHE Ilha Solteira

Reforma geral da unidade geradora 03 UHE Jupiá

Reforma geral da unidade geradora 19 UHE Ilha Solteira

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Receitas

Em 2009, as Receitas de fornecimento e suprimento de energia elétrica totalizaram R$ 3.084, 1 milhões.Esse resultado é 3,3% maior que o obtido em 2008.

Destaques Operacionaise Financeiros (R$ mil) 2009 2008 Var.

Receita Operacional 3.084.862 2.986.866 3,3%

Deduções à receita operacional (431.255) (507.173) -15,0%

Receita Operacional Líquida 2.652.807 2.479.693 7,0%

Resultado do Serviço 1.324.662 1.022.179 29,6%

EBITDA Ajustado 1.849.143 1.626.461 13,7%

Margem EBITDA Ajustada 69,7% 65,6% +4,1 p.p.

Resultado Financeiro 99.789 (1.394.212) n.m.

Lucro (Prejuízo) Líquido 762.713 (2.351.639) n.m.

A receita decorrente das vendas de energia elétrica no ambiente de contratação regulada representou57% do total, superando o ambiente de contratação livre, que responde por 38%. A Câmara deComercialização de Energia Elétrica – CCEE, por sua vez, totalizou 5% das Receitas.

Deduções da Receita

As Deduções da Receita totalizaram R$ 431,3 milhões em 2009, redução de 15,0% comparados aos R$507,2 milhões de 2008, representando 14% em relação à Receita Bruta.

Composição das R$ (milhões)

Vendas de Energia 2009 2008 Var.

Ambiente de Contratação Livre - ACL 1.185 1.328 -10,8%

Ambiente de Contratação Regulada - ACR 1.747 1.476 18,4%

Energia de Curto Prazo - CCEE 148 179 -17,3%

Total 3.080 2.983 3,3%

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Despesas Operacionais

As Despesas Operacionais em 2009 totalizaram R$ 1.328,2 milhões, variando em -8,9% no comparativocom 2008.

EBIT e EBITDA

Em 2009 o EBIT atingiu R$ 1.324,7 milhões, devido, principalmente, a menores níveis de provisõesoperacionais e despesas de compra de energia de curto prazo no exercício. A margem EBITDA fechouo ano em 69,7% e o EBITDA Ajustado somou R$ 1.849,1 milhões, crescimento de 13,7% comparadosaos R$ 1.626,5 milhões de 2008.

Resultado Financeiro

O Resultado Financeiro em 2009 foi de R$ 99,8 milhões (positivos), comparado ao resultado negativode R$ 1.394,2 milhões apresentado em 2008.

Despesas Operacionais (R$ mil) 2009 2008 Var.

Pessoal (196.969) (179.413) 9,8%

Entidade de previdência a empregados - Contribuição do Plano (7.161) (8.386) -14,6%

Materiais (10.360) (9.588) 8,1%

Serviços de terceiros (66.995) (57.382) 16,8%

Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos (167.582) (166.726) 0,5%

Energia de curto prazo - CCEE (17.252) (139.490) -87,6%

Encargos de uso do sistema de transmissão /serviços do sistema (336.991) (305.714) 10,2%

Taxas do setor elétrico (14.910) (11.035) 35,1%

Créditos de COFINS/PIS s/ encargos de uso da rede 31.487 39.595 -20,5%

Depreciação (480.665) (480.804) 0,0%

Provisões Operacionais (43.826) (213,478) -64,5%

Outras despesas (16.931) (15.093) 12,2%

Total (1.328.145) (1.457.514) -8,9%

% da Receita Líquida 50,1% 58,8% -8,7 p.p.

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O Resultado Financeiro positivo decorreu da apropriação de receitas de variações cambiais positivas,esta decorrente da valorização de 25,49% do real frente ao dólar no ano de 2009, em contraposição àsdespesas com encargos de dívidas e variações monetárias no exercício.

Lucro (Prejuízo) Líquido

A Companhia registrou lucro de R$ 762,7 milhões em 2009, ante o prejuízo de R$ 2.351,6 milhõesregistrado em 2008, decorrentes das operações, dos eventos comentados e após a apropriação deImposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Tributável (recolhimento) e de imposto de rendadiferidos (passivo) sobre variações cambiais positivas e da reversão de dividendos no valor de R$ 145,0milhões.

Foi constituída Reserva de Lucros a Realizar no montante de R$ 580,0 milhões, referentes à variaçãocambial não realizada financeiramente. A citada reserva, se não absorvida por prejuízos, será realizadano período de 2011 a 2019.

Endividamento

Em seu balanço patrimonial de 2009, a CESP registrou Dívida Total no valor de R$ 5.339,5 milhões, umaredução de 24,0% em comparação com 2008. A dívida em moeda estrangeira teve uma redução maisacentuada, de 30,5%, devido a valorização real, enquanto a dívida em moeda nacional teve umaredução de 4,2%.

Na mesma data, as Disponibilidades (inclui juros pagos) totalizavam R$ 229,9 milhões.

A Dívida Líquida totalizou R$ 5.109,6 milhões, uma redução de 21,8% na comparação com 2008.

EBITDA Ajustado (R$ mil) 2009 2008 Var.

Lucro (Prejuízo) Líquido (762.713) (2.351.639) n.m.

Imposto de Renda e Contribuição Social (Líquido) (314.962) (700.501) n.m.

Resultado Financeiro (99.789) 1.394.212 n.m.

Entidade de previdência a empregados - Deliberação CVM 371/2000 (105.370) 177.285 n.m.

Outras Receitas / despesas líquidas (antes não operacional) 394.202 35.728 1.003,3%

Provisão p/ redução ao valor recuperável de ativos 57.994 2.467.094 -97,7%

EBIT 1.324.662 1.022.179 29,6%

Depreciação 480.655 480.804 0,0%

Provisões Operacionais (líquido) 43.826 123.478 -64,5%

EBITDA Ajustado 1.849.143 1.626.461 13,7%

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Mercado de Capitais

A CESP possui ações negociadas no Nível 1 da BM&FBovespa de práticas diferenciadas de governançacorporativa e estão registradas para negociação sob os códigos: “CESP3” (ações ordinárias), “CESP5”(ações preferenciais “A”), e “CESP6” (ações preferenciais “B”). A Companhia possui ainda um programade ADR (American Depositary Receipts), com títulos negociados no mercado de balcão norte-americano (OTC – Over the Counter) sob os códigos CSQSY para os ADRs representativos de açõesordinárias e CESQY para os ADRs representativos de ações preferenciais.

As ações da Companhia fazem parte, atualmente, dos seguintes índices de mercado:

Ibovespa Índice Bovespa

ITAG Índice de Ações com Tag Along Diferenciado

IGC Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada

ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial

IEE Índice de Energia Elétrica

IBrX Índice Brasil

IBrX 50 Índice Brasil 50

IVBX – 2 Índice Valor Bovespa

MLCX Índice Mid-Large Cap

Apesar da crise financeira mundial eclodida em 2008, a CESP cumpriu fielmente os seus compromissosfinanceiros e pelo terceiro ano consecutivo conseguiu manter o seu fluxo de caixa em equilíbrio, sem anecessidade de recorrer ao mercado de capitais. Este fato é decorrente da elevação de 3% dofaturamento, que alcançou R$ 3,1 bilhões e da redução do custo do serviço em 9%, que registrou R$1,3 bilhão.

A Companhia apresentou redução substancial do serviço da dívida, elevação do Patrimônio Líquido,redução da exposição cambial, bem como a relação do Endividamento Líquido sobre o EBTIDA de 3,0vezes.

Tais indicadores, aliados aos baixos custos operacionais, exposição a preços de energia crescentes,baixa necessidade de investimentos de capital em manutenção, baixa necessidade de capital de giro ecréditos fiscais que reduzem o pagamento de impostos futuros nos permitem afirmar que a CESPapresenta forte capacidade futura de geração de caixa.

Empréstimos e Financiamentos (R$ mil) Total

Moeda Estrangeira 1.891.456

Moeda Nacional 1.124.302

Outras Dívidas 2.323.735

TOTAL do Endividamento (1) 5.339.493

Recursos (2) 229.881

Disponibilidades 229.457

Despesas Pagas Antecipadamente (juros) 424

Endividamento Líquido (1)-(2) 5.109.612

Composição dos empréstimos

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Comportamento das ações da CESP na BM&FBovespa

Acompanhando a trajetória de alta da BM&FBovespa, em 2009, as ações da CESP registraramexpressiva evolução. As ações Ordinárias (CESP3) encerraram o ano com valorização de 68,7%,cotadas a R$19,40, as Preferenciais Classe A apresentaram alta de 105,9% e eram negociadas a R$27,18, já as Preferenciais Classe B chegaram a uma valorização de 54,9% com cotação, em 31 dedezembro, de R$ 24,03.

O gráfico abaixo apresenta a evolução dos preços unitários das ações no decorrer do ano, bem comoas quantidades negociadas, com a menor quantidade (77 milhões) observada no primeiro trimestre de2009 e a maior quantidade negociada (119 milhões) no segundo trimestre.

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Gestão Social

A CESP norteia suas decisões de negócios nas expectativas, demandas e necessidades de suas partesinteressadas. Nessa linha, foca sua gestão social em políticas e canais de relacionamento específicos acada um de seus públicos estratégicos - público interno, acionistas e investidores, governo,fornecedores, clientes e consumidores, comunidade, entre outras partes interessadas relacionadas àsatividades da companhia ou aos seus impactos.

Público Interno

A gestão de recursos humanos da CESP objetiva a valorização de seu capital humano, base do sucessoe da constante busca da excelência na geração de energia elétrica da Companhia. Para isso,compromete-se com a aprendizagem, capacitação e satisfação de todos os seus empregados.

Em 2009 a CESP contou com 1.284 empregados. Seu quadro de estagiários corresponde a 3,5% doquadro de funcionários, e o quadro de aprendizes, a 13%.

Indicadores do quadro funcional 2009 2008 2007

Total de empregados 1.284 1.321 1.387

Admissões 7 3 16

Demissões 46 43 47

Taxa de rotatividade 3,58% 3,45% 3,47%

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Benefícios

A CESP oferece a todos seus empregados, além das obrigações legais, outros recursos em forma debenefícios fundamentais para o desenvolvimento profissional, à saúde, ao conforto e ao atendimentodas necessidades básicas dos empregados e seus familiares.

Cesta básica alimentícia e benefício alimentação,lanche matinal e cesta básica, totalizandoR$ 531,24/mês2009: R$ 6,7 milhões

Auxílio transporte2009: R$ 171 mil

Assistência médico/hospitalar, odontológica,laboratorial, psiquiátrica, fonoaudiológica,fisioterapeutica e terapia ocupacional.2009: R$ 14,8 milhões

Plano de previdência privado composto de 70% debenefício contribuição paritária empresa eempregado e 30% de contribuição comcontribuição livre por parte do empregado e porparte da empresa até o limite de 2,5% do saláriobase.2009: Contribuição de R$ 7,1 milhões.

Alimentação

Transporte

Saúde

Fundação CESP

Saúde e Segurança

Em consonância ao seu compromisso com a excelência na geração de energia elétrica, a Companhiaconsidera o respeito à vida, a proteção à saúde e a segurança no trabalho de seus empregados e deprestadores de serviço como componentes essenciais do desempenho empresarial e responsabilidadeprimordial ao seu objetivo de geração de valor a todos os seus públicos.

A gestão da Segurança e Saúde da CESP é fundamentada na busca permanente do bem estar epromoção da saúde e qualidade de vida dos empregados e prestadores de serviço, no cumprimento dalegislação pertinente em vigor e na busca da melhoria contínua dos processos produtivos, através daprevenção, controle e eliminação dos riscos associados ao trabalho. Para isso, são desenvolvidosdiversos procedimentos e ações preventivas e corretivas, descritos a seguir.

Segurança no Trabalho

A CESP vem mantendo resultados positivos na área de segurança do trabalho, com a superação demetas e registro de Taxa de Segurança de 99,61%, resultados das constantes ações de conscientizaçãodos empregados e da atuação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs), dosServiços Especializados de Segurança e Medicina do Trabalho (SEESMET) e das Brigadas de Incêndio.As CIPAs, SEESMET e Brigadas representam 18,4% dos empregados e são compostas por um total de236 pessoas.

Durante seu turno de trabalho, os empregados contam com o Serviço de Atendimento “Área Protegida24 horas”, que consiste no transporte de pessoas que apresentam problemas de saúde ou lesões, pormeio de ambulância simples ou com Unidade de Terapia Intensiva e médico para primeiros socorros.

Com foco na prevenção de acidentes e visando o bem estar dos colaboradores e prestadores deserviços, a equipe de Segurança do Trabalho desenvolveu atividades rotineiras de inspeções nasinstalações da CESP com elaboração de relatório técnico, destacando-se as seguintes atividades:

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· Controle de Estatística de Acidentes (Cesp e Empreiteiras), atualizadas e disponíveis para estudos demelhorias;

· Curso de direção defensiva nas unidades, início da implantação de norma interna de trânsito eprovidências para melhoria do trânsito interno (crachá, sinalização, educação, comportamentoseguro, etc.);

· Elaboração e acompanhamento do PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais(atualização em todas as unidades) e LTCAT, com ênfase aos riscos previstos na NR10;

· Realização de Laudos de Insalubridade e Periculosidade;· Realização de Cursos e Treinamentos (CIPA, Combate à Incêndio, Máscara Autônoma,

Procedimentos de Segurança, NR10, NR33, Ponte Rolante, Primeiros Socorros);· Realização do treinamento para Multiplicadores da NR10, uma equipe que irá treinar os novos

empregados e aplicar o treinamento complementar;· Contratação de Palestrantes para as SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes) nas

unidades da Empresa e acompanhamento desses eventos;· Apresentação de trabalho sobre Ergonomia no 6º SENSE- Seminário Nacional de Segurança e

Saúde no Setor Elétrico Brasileiro e participação de integrantes da equipe de segurança naorganização do evento;

· Participação nas reuniões de desenvolvimento da nova NBR sobre Sistema de Gestão deSegurança e Saúde, promovida pela ABNT;

· Implantação, em conjunto com a CIPA, do aplicativo de “Sugestões de Segurança” em São Paulo;· Diagnóstico das necessidades para revisão ao atendimento às NRs- Normas Regulamentadoras do

Ministério do Trabalho;· Implantação de melhorias, equipamentos e treinamentos para atendimento à NR33;· Participação nas reuniões do Comitê de Segurança do Sindicato da Indústria da Energia no Estado

de São Paulo (SIESP).

Em 2009, cabe destacar o recorde da usina Eng. Sérgio Motta (Porto Primavera), que completou 1.353horas (756.300 homens horas expostos ao risco) sem acidentes com afastamento de empregados.

Indicadores de saúde e segurança no trabalho 2009 2008 2007

Média de horas extras por empregado/ano 5,20 3,01 2,63

Número total de acidentes de trabalho com empregados 12 25 24

Número total de acidentes de trabalho com terceirizados/contratados 17 33 18

Média de acidentes de trabalho por empregado/ano 0,01 0,02 0,02

Acidentes com afastamento temporário de empregados e/ou

de prestadores de serviço (%) 0,01 1,09 0,56

Acidentes que resultaram em lesões com afastamento permanente do cargo (%) 0 0 0

Acidentes que resultaram em morte 0 0 0

Dias perdidos 7.293 6.701 5.820

Doenças ocupacionais (no de funcionários) 6 4 4

Taxa de freqüência total da empresa para empregados 1,81 2,39 2,75

Taxa de freqüência total da empresa para terceirizados/contratados Não disponível

Absenteísmo 2,11 1,33 1,25

Promoção da Saúde

A CESP investe na saúde e promoção do bem estar de todos os seus colaboradores por meio darealização de exames periódicos e análise dos resultados, que permitem o planejamento e execução deiniciativas para melhoria da qualidade de vida, redução das doenças ocupacionais e acidentes de

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trabalho, além de racionalizar o padrão de utilização dos serviços de saúde de todos os seusempregados.

Ações de medicina preventiva

A atenção da CESP com a saúde dos empregados se evidencia por sua atuação, que excede ocumprimento das exigências legais tanto em ações afirmativas na área da saúde, promovendocampanhas e programas, como no estabelecimento do perfil dos exames médicos complementares,que também vão além das exigências legais.

São Paulo

· Campanha de combate ao mosquito Aedes Aegypti (prevenção Dengue), aos empregados lotadosna Sede, com realização de palestra, apresentação teatral e distribuição de cartilha

desenvolvida pelo Setor Medicina do Trabalho;· Campanha de imunização da influenza, para empregados CESP, estagiários e aprendizes, total de

534 doses aplicadas;· Palestra/treinamento em primeiros socorros e RCP (Reanimação cardio-pulmonar);· Palestra sobre prevenção da Gripe A (H1N1);· Outras atividades: consultas ambulatoriais de rotina;· Administração de medicação/curativos para empregados e terceirizados;· Controle da Hipertensão Arterial e orientação sobre a mesma;· Contratação do Serviço de Atendimento Área Protegida – 24 horas, que consiste no transporte de

pessoas que apresentam problemas de saúde ou lesões decorrentes de acidentes, através deambulância simples ou, se for o caso, com UTI – Unidade de Terapia Intensiva e médico, para algumtipo de recurso médico de primeiros socorros;

· Triagem de todos os empregados CESP, ACIMA DE 50 ANOS, com a pesquisa de sangue oculto nasfezes para a prevenção de tumor de cólon.

Porto Primavera

· Campanha de imunização contra gripe;· Palestras preventivas: Gripe H1N1 e Reanimação cardio-pulmonar;· Palestras de Primeiros Socorros;· Outras atividades: consultas ambulatoriais de rotina (231) ; medicamentos utilizados nos

empregados; maletas de primeiros socorros (4.521 comprimidos e ampolas); palestra na SIPAT eatendimentos realizados pela enfermagem.

Jupiá· Campanha doação de sangue;· 36 bolsas de sangue para o hemocentro de Três Lagoas-MS;· Campanha de imunização contra gripe;· Vacinação de 327 empregados;· Palestras preventivas: Gripe A (H1N1), luta contra o tabagismo, Primeiros Socorros, doenças do

coração;· Treinamento de Primeiros Socorros;· Ginástica laboral.

Ilha Solteira

· Visitas técnicas aos locais de trabalho;· Atendimento e acompanhamento diário dos empregados afastados por licença médica;· Participação semanal (todas as segundas-feiras) do momento de segurança;· Acompanhamento semanal de todos os empregados que trabalham em área de risco e que

apresentam sobrepeso, obesidade e hipertensão arterial, com aferição da pressão arterial everificação do peso;

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· Participação das reuniões da CIPA e apresentação de orientações a respeito de prevenção daDengue, orientações sobre prevenção de riscos posturais, formas de levantamento correto de peso,prevenção da gripe A (H1N1), e orientação;

· Reunião com os empregados encarregados da limpeza Ilha Solteira e Três Irmãos sobre higienizaçãodos locais de trabalho, sobre higienização dos veículos CESP e ônibus;

· Reunião com os empregados da limpeza e cozinha em Três Irmãos sobre higienização dos locais detrabalho e veículos;

· Apresentação do uso do desfibrilador;· Treinamento de primeiros socorros com os empregados lotados nas Unidades de Produção Ilha

Solteira/Três Irmãos em conformidade com a NR-10;· Participação nas reuniões de preparação da SIPAT/2009;· Participação da gincana de segurança da SIPAT/2009 com apresentação de procedimentos de

primeiros socorros;· Participação da SIPAT/2009, UHE Ilha Solteira/ Três Irmãos com verificação de peso corporal,

verificação de pressão arterial e verificação de índice de massa corpórea e orientações dietéticas;· Participação da SIPAT/2009, Laboratório de Engenharia Civil, com verificação da pressão arterial e

Medida de Glicemia Digital;· Orientação sobre o uso do protetor auricular correto para as atividades, higienização dos mesmos, a

todos os empregados expostos à ruídos e realização da audiometria no ambulatório da CESP.

Ações de promoção da saúde e bem estar

A área de Serviço Social desenvolve conjuntamente com a área de Medicina do Trabalho, atividadesreferentes aos programas de ações preventivas e corretivas tais como:

· Ações desenvolvidas com intuito de melhorar a qualidade de vida dos empregados da empresa napromoção da saúde e bem estar físico social e psicológico. Estes trabalhos foram realizados atravésde palestras motivacionais, vivências, workshops, música, massagem na cadeira, promoção dasaúde e bem estar;

· Conscientização dos empregados, quanto à importância do exame médico periódico e na prevençãoe cuidados com a saúde e bem-estar;

· Atendimentos individuais, através de orientações e encaminhamentos das demandas apresentadas(funeral, convênios médicos, visitas domiciliares e hospitalares orientação financeira, etc.);

· Atendimentos e encaminhamentos de dependentes dos empregados;· Atendimentos às áreas da empresa, visando dirimir conflitos;· Atendimentos de funeral, readaptação funcional e dependentes químicos;· Atendimentos de mudança de área por insatisfação, ou por outros motivos;· Contatos para organização e realização da SIPAT Semana Interna de Prevenção a Acidentes de

Trabalho, oferecendo temas que contribuam com problemas identificados pelo Serviço Social, nacapital e nas Unidades de Produção de Paraibuna e Jaguari.

Concurso Público

Autorizada pelo Governo do Estado, a CESP realizou em novembro de 2009 Concurso Público paraprovimento de 201 vagas. O concurso foi realizado pela Vunesp – Fundação para o Vestibular daUniversidade Estadual Paulista.

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Treinamento e Desenvolvimento

Visando o aprimoramento e atualização constante de seus empregados, a CESP promove programasde treinamento e desenvolvimento com cursos, palestras, seminários, congressos e eventos. Em 2009,foram investidos aproximadamente R$ 600 mil em treinamentos e as atividades contaram com 2.285participações de empregados, totalizando 29.606 horas oferecidas e uma média geral de 23 horas dedesenvolvimento profissional por empregado/ano.

Além disso, a CESP oferece oportunidades para que seus empregados possam ampliar suaaprendizagem contínua, por meio de cursos de idiomas e extensão, dentre os quais merecemdestaque:

Programa de Concessão de Bolsa de Estudos

A CESP oferece bolsas de estudos com o objetivo de colaborar com a formação escolar dosempregados que freqüentam cursos pagos de primeiro, segundo ou terceiro grau. Em 2009, oprograma beneficiou 42 empregados.

Programa de Estágio Remunerado

Destinado aos estudantes de nível universitário e técnico, o Programa visa proporcionar-lhes aoportunidade de aprimoramento de sua formação escolar, conhecendo a profissão na prática, e oferecebolsa de complementação, auxílio alimentação e assistência médico-hospitalar. Em 2009 a CESPrecebeu 29 estagiários.

Usina Paraibuna

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Programa de Aprendizes

Procurando cumprir seu papel social, que extrapola a geração de energia, a CESP contratou 83aprendizes oriundos de famílias carentes, sendo:

· Capital: 56;· Unidade de Produção Porto Primavera: 7 aprendizes;· Unidade de Produção Jupiá: 20 aprendizes.

O Programa, implantado na Cesp antes da legislação específica, foi a ela adequado e proporciona aosjovens a oportunidade do primeiro emprego.

Na Sede, os aprendizes são empregados por meio de contrato com as seguintes entidades sem finslucrativos: CAMP Caxingui – Centro de Aprendizagem e Monitoramento Profissional do Caxingui eNURAP – Núcleo Rotary de Aprendizagem Profissional. No interior são oriundo das seguintesentidades: APROMEP – Associação Pró-Menor de Primavera e Missão Salesiana de Mato Grosso.

Especificamente na Sede, durante sua permanência na empresa que é de um ano, os aprendizes e ostutores participaram de diversas atividades que visam à promoção do desenvolvimento pessoal eprofissional:

· Programa de Orientação Profissional· Ciclo de aprimoramento e Desenvolvimento, com palestras sobre Atualização Gramatical e sobre

Mercado de Trabalho

O Programa de Aprendizagem da CESP/EMAE foi apresentado em diversos fóruns específicos noperíodo.

Participação em Eventos Externos

Em 2009 a CESP participou de uma série de eventos técnicos a fim de buscar o intercâmbio deinformações e a ampliação do conhecimento na área de atuação de seus especialistas e técnicos.

Internamente, foram realizados outros eventos como a comemoração dos 35 anos da Usina IlhaSolteira, 10 anos da Usina Porto Primavera, 40 anos da Usina Jupiá e 40 anos do Laboratório CESP deEngenharia Civil (LCEC), além do Workshop sobre Segurança de Barragens, reunindo empregados eespecialistas, Programa de Sustentabilidade, Programa de Gestão de Riscos, Semana Interna dePrevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat), Encontro Intercipas, Semana Interna de Meio Ambiente(Sima), Prêmio CESP de Produtividade & Qualidade, Seminário Interno sobre Risco Regulatório e oMérito CESP, que neste ano homenageou 159 empregados que completaram 15 a 30 anos de serviçosprestados à Companhia.

Remuneração

A CESP implantou um Plano de Cargos e Salários em 1990, constituído de famílias de cargos dos níveisoperacional, técnico/administrativo e universitário, sendo que todos os empregados que compõem ocorpo gerencial estão enquadrados em cargos de nível universitário.

Conforme cláusula constante do Acordo Coletivo de Trabalho, a CESP disponibiliza verbacorrespondente a 2,0% (dois por cento) sobre a folha de pagamento nominal de dezembro do anoanterior para a implantação do Planejamento de Cargos e Salários sob regras previamenteestabelecidas pela Companhia.

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Relacionamento Sindical

A CESP fundamenta suas relações com os Sindicatos no efetivo reconhecimento de que são essasentidades os legítimos representantes dos empregados na apresentação de reivindicações e nacondução de negociações, visando à solução de questões nas relações do trabalho.

Entidades Internas

A Companhia reconhece e respeita o direito de seus empregados de se afiliarem e atuarem emEntidades Internas, com personalidades jurídicas próprias, legalmente instituídas. A CESP propõe-se areceber e apreciar propostas e sugestões das Associações que visem o aprimoramento das atividadesda Empresa e do relacionamento com seus empregados.

Acionistas

A CESP se relaciona com seus acionistas institucionais por meio da área de Relações com Investidorese pessoas físicas por meio de área específica. O atendimento também é feito pela instituição financeiraque detém a custódia das ações da Companhia.

Governo

A CESP mantém relacionamento com o Governo por meio de sua participação em várias entidades dosetor:· Representação, como Usuária de Recursos Hídricos, no segmento “Concessionárias e Autorizadas

Hidrelétricas” perante o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), na Câmara Técnica deElaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos e na Associação Brasileira de Geradores deEnergia Elétrica;

· Grupos de trabalho da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (ABRAGE)e Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia (APINE), por meio das quais aCESP atua perante o Congresso Nacional, no acompanhamento de processos de construção de leissetoriais;

· Atividades de acompanhamento regulatório, perante a Agência Reguladora de Energia Elétrica(ANEEL) e Agência Nacional de Águas (ANA), participando das audiências públicas queconsubstanciam as resoluções emitidas; e

· Comitês de Bacias Hidrográficas Estaduais e Federais, representando o Estado, ou como Usuária deRecursos Hídricos, participando da definição de investimentos públicos nas bacias.

Fornecedores

Todos os contratos de serviços firmados entre a CESP e seus fornecedores contemplam cláusulasrelativas a questões de responsabilidade social, ambiental e direitos do trabalho, nas quais a CESPcondiciona o pagamento à comprovação de conformidade por parte do fornecedor contratado.

Política de Não Contratação e Combate à Mão-de-obra Infantil

Consolidando a tradição da CESP de compromisso com o futuro das crianças e explicitando suafilosofia de respeito e fomento ao desenvolvimento dos jovens, bem como a sua posição de totalrepúdio ao Trabalho Infantil, a CESP aprovou e publicou, em 2007, sua Política Social Empresarial, comcláusula específica ao tema, que estabelece:

“Vedar a utilização de qualquer forma de contratação de trabalho infantil, direta ou indiretamente, na

Empresa” e “Excluir qualquer fornecedor de bens e serviços, que explore, direta ou indiretamente,

mão-de-obra infantil ou escrava, trabalho forçado ou compulsório, devendo constar em todos os

editais públicos essa exigência”.

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Clientes e Consumidores

A CESP atua de acordo com sua Política de Qualidade buscando a excelência operacional para sempreatender aos requisitos dos clientes e garantir sua satisfação. Por meio da ouvidoria, a Companhiadisponibiliza aos clientes um canal de relacionamento e comunicação que tem como missão defenderseus interesses dentro da CESP.

A ouvidoria atua como instância final, com a finalidade de acolher, esclarecer e responder toda equalquer manifestação, de forma a provocar ações de transformação interna e melhorar a qualidadedos serviços prestados pela CESP. A Ouvidoria pode ser acessada pelo “site” corporativo, no ícone“OUVIDORIA”.

Comunidade

A CESP alia seu foco de qualidade na geração de energia para o crescimento regional aodesenvolvimento sustentável e integrado das cidades e populações onde constrói seus reservatórios eopera suas usinas.

A Companhia acredita no conceito de que é preciso conhecer a realidade socioeconômica e físico-biótica de cada reservatório e de seu entorno para empreender um conjunto de ações que gerem valora todos os públicos envolvidos. Nesse sentido, nas últimas quatro décadas, foram desenvolvidos eimplantados pela CESP inúmeros programas e ações no seu entorno nas áreas de reflorestamento,manejo pesqueiro, remanejamento populacional, educação ambiental, conservação da fauna esalvamento arqueológico, entre outros.

Projetos Sócio-Econômicos

A CESP desenvolveu, ao longo de sua história, programas de atenuação dos impactos sócio-econômicos nas áreas de influência de suas usinas hidroelétricas, beneficiando agricultores,pecuaristas e pescadores das comunidades que foram criadas ou modernizadas com essas ações daCompanhia.

Reassentamentos

A infra-estrutura básica executada pela CESP no projeto de reassentamento consiste na construção deestradas internas, rede de energia elétrica e hidráulica, perfuração de poços para abastecimentod’água, construção de casas de alvenaria de 52,2 m², campo de futebol, centro comunitário, postos desaúde e escolas, entre outros. Nos reassentamentos rurais são fornecidas sementes para a primeira

Reservatório de Porto PrimaveraConstrução de 26 pontes, 17 galerias, 370 kmde estradas, 11 km de proteção de encostas,três portos fluviais, cinco áreas de lazer, duasestações de tratamento de esgoto, 893 casas(em nove reassentamentos populacionais ruraise quatro urbanos), além de diversas edificaçõesurbanas (creches, hospitais, escolas, etc.) eestrutura de saneamento básico (redes de água,esgoto, águas pluviais etc.)

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safra e cinco hectares de área preparada com correção do solo em cada lote, além de cesta básicamensal até a colheita da primeira safra para cada família reassentada.

Os técnicos da CESP também repassam às famílias orientações sobre saúde, educação e trabalho emcomunidade, otimizando seus resultados econômicos. Entre os cursos realizados estão: organizaçãocomunitária, derivados de leite, formação e manejo de capineiras e conservação de hortaliças.

Após conhecer em detalhes o perfil de cada família, a Companhia atua na preparação das famílias paraa mudança, provendo-as com as condições necessárias para reinserção no novo contexto geográfico,social e econômico, focando nos seguintes objetivos:

• viabilizar a permanência da família no novo local, apresentando alternativas de produção e melhoriade renda;

• adequar a produção ao perfil da família e às características da nova propriedade;• facilitar o acesso à assistência técnica e aos financiamentos oficiais;• evitar a terceirização total ou parcial da exploração da terra; e• contribuir para que a família reassentada alcance condições de vida melhores do que as de origem.

Reassentamento Fazenda Santo Antônio - Caiuá

Curso de capacitação profissional com a população reassentada

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Com isso, a CESP procura garantir às famílias de produtores rurais, impactadas pela formação dereservatórios, soluções socialmente justas, economicamente viáveis e que, além disso, atendam aosseus anseios e expectativas.

Já foram concluídos os reassentamentos agropecuários, decorrentes da formação do reservatório daUHE Eng. Sérgio Motta (Porto Primavera) nas Fazendas de Santa Ana (Anaurilândia - MS), Aruanda(Bataguassu/Anaurilândia - MS), Pedra Bonita (Brasilândia - MS), Buritis (Paulicéia - SP), Santo Antonio(Caiuá - SP), Lagoinha (Presidente Epitácio - SP) e Piaba (Três Lagoas - MS), com a concessão de 410lotes dotados de infra-estrutura local e comunitária básicas para 361 famílias beneficiárias, em umaárea total de 15.530,39 ha.

Uso e ocupação das bordas de reservatórios

A CESP desenvolve o programa de regularização de uso e ocupação das bordas dos reservatórios como objetivo de preservar os recursos hídricos, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênicoda fauna e da flora e proteger o solo no entorno dos seus reservatórios, as quais somam cerca de 6.550quilômetros de perímetro.

Esse programa de regularização de uso dessas áreas visa tornar compatível a área de propriedade daCompanhia com os outros usos múltiplos, em particular as atividades socioeconômicas atraídas peloreservatório.

Para proporcionar o desenvolvimento econômico sem degradar o meio ambiente local, foi elaboradoum conjunto de normas, com base na legislação ambiental, para disciplinar o uso das bordas dereservatórios. Em seguida, foi desenvolvido o aplicativo GEORIAP (Relatório de InformaçõesAmbientais e Patrimoniais em base georreferenciada) e atualização de bases georreferenciadas cominformações de ocupação das bordas dos reservatórios, a partir do qual são analisadas as solicitaçõesde regularização de uso de áreas desapropriadas pela CESP.

Novo Parque Figueiral - Presidente Epitacio

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Controle de Cheias

A CESP possui um Plano de Controle de Cheias para orientar a comunidade que se inicia na época daseca com a realização da reciclagem técnica de empregados e revisão de equipamentos e estruturas decontrole de vazões.

A partir de novembro é acionado o Comitê de Gestão de Cheias, que coordena as atividades do plano eorganiza a divulgação de informações nos municípios das áreas de influência dos reservatórios. Para aCESP, a transparência de suas ações aliada à rapidez e precisão das informações à comunidade sãofundamentais para a organização das populações ribeirinhas em casos críticos de cheias.

O Plano inclui a divulgação de informações no site da CESP, no ícone “TELECHEIA – Operação deReservatórios”, informações em tempo real e históricos de níveis de montante e jusante, vazõesafluentes e defluentes e chuvas nos empreendimentos, e de um e-mail para contato da comunidade([email protected]). Os “releases” divulgados e publicados pela mídia regionaltambém estão disponíveis nesse site.

Boletim Informativo de Vazões - BIV

O boletim veicula, sistematicamente, com informações de vazões e níveis verificados nos reservatóriosda Empresa, permitindo aos destinatários o acompanhamento da evolução das vazões, portanto, dasituação hidrológica no período. O BIV é enviado aos órgãos ligados à Defesa Civil, como Ministério daIntegração Nacional, Departamento Estadual da Defesa Civil, ANA, ONS, Corpo de Bombeiros,Prefeituras Municipais e Delegacias Fluviais. Anualmente, antes do período chuvoso, é feita aatualização da listagem dos destinatários do BIV.

Usina Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera)

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Discagem Direta Gratuita – DDG - TELECHEIA

O telefone gratuito do serviço TELECHEIA (0800-647-9001) fornece informações das vazões praticadasno dia anterior, vazões programadas para o dia atual e vazões previstas para o dia seguinte dosEmpreendimentos da CESP. Este serviço está disponível ao longo do ano, ininterruptamente.

Programa de Visitas

O Programa de Visitas das usinas da CESP é uma das formas com as quais a empresa se relaciona comas comunidades que vivem em torno desses empreendimentos, alunos e pessoas interessadas emconhecer de perto como funcionam as usinas. Em 2009 a Companhia recepcionou 63.429 visitantes.

Ações Sociais

A CESP desenvolve uma série de ações de educação ambiental e de responsabilidade social, por meiode afiliação ou colaboração com entidades que atuam na área educacional, cultural e social.

Creche pré-escola Educação para o trabalho

Principais instituições apoiadasAdeva - Associação de Deficientes Visuais e Amigos

Associação Paulista Viva

Associação Viva e Deixe Viver

Coep - Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida

Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente

Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia

Fundação Dorina Nowill

Fundação História da Energia e Saneamento

Instituto Criança Cidadã - ICC

Instituto Educacional Amélia Rodrigues

Instituto Criança Cidadã (ICC)

Há mais de duas décadas a CESP mantém em operação um programa educacional para crianças,jovens e adultos, o Instituto Criança Cidadã – ICC, antigo Programa CESP Criança, que tem em seusregistros mais de 1 milhão de atendimentos diretos realizados, beneficiando inúmeras famílias deregiões de grande vulnerabilidade social da cidade de São Paulo e do município de Guarulhos.

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O ICC é um programa de excelência idealizadopela CESP para minimizar os problemasenfrentados por essas comunidades, quesomente em 2009, ano 10 de sua constituiçãocomo associação de caráter privado sem finslucrativos, contou com mais de 5.500 pessoasinscritas em seus quatro projetos sócio-educativos, que receberam, através de uma redede Unidades Educacionais composta de 09Creches Pré-Escola, 03 Circos Escola, 01 Casa deCultura e 02 Casas da Solidariedade, alimentaçãobalanceada, supervisionada por nutricionista;apoio integral ao desenvolvimento da criança,desenvolvido por uma equipe multidisciplinar desaúde; educação infantil básica, arte educação eeducação para o trabalho, oferecida poreducadores, coordenadores e diretoreseducacionais treinados para tal fim, e atividadesvoltadas ao esporte e lazer, ao desenvolvimentocomunitário e à geração de renda.

Incorporado aos demais investimentos sociaisque a CESP realiza na Capital e em muitos outrosmunicípios do Estado de São Paulo, por meio deprojetos próprios, ou não, o ICC, por suacapacidade técnica e administrativa, tem sua açãoreconhecida e certificada por órgãos eorganizações públicas e privadas e também,premiada, como fora mais recentemente peloFundo Social de Solidariedade do Estado de SãoPaulo, com a medalha Rosa da Solidariedade epela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos,que lhe conferiu um Selo Comemorativo, alusivoaos seus 10 anos.

Atividades desenvolvidas nas Unidades Educacionais

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Fundadora do ICC, a CESP, maior incentivadora da instituição na promoção do atendimento dequalidade e transformador que realiza, com demais parceiros que se uniram a ela para darcontinuidade ao projeto que criou em 1987, tem no trabalho do ICC a confirmação de sua vocaçãocomo empresa que efetivamente assume e cumpre o papel de empresa socialmente responsável.

Em 2009 e também ao longo de sua história, o ICC é uma instituição do terceiro setor que apresentaresultados significativos no trabalho de guarda e proteção e também de socialização, segurança eaprendizado que realiza junto a seus usuários.

Coral CESP

O Coral CESP foi criado em 1988, como uma iniciativa sócio-cultural da Empresa. É formado porempregados, empregados aposentados da CESP e pessoas da comunidade. Tem como principalobjetivo promover a integração dos empregados e da comunidade por meio da música.

Com um repertório variado, constituído por Música Popular Brasileira, Folclórica, Espiritual, Sacra eLitúrgica, além de hinos e canções internacionais. Possui acervo musical composto por CD’s gravadose os recursos arrecadados da venda são revertidos para projetos educacionais do Instituto CriançaCidadã.

O Coral CESP realiza apresentações por todo o estado e outras localidades do país. Tem participaçõesem festivais, encontros de corais, celebrações litúrgicas e oficiais.

Voluntariado

A CESP possui um Programa de Voluntariado Empresarial que amplia a participação nas açõesrelacionadas à responsabilidade social e aproxima a Companhia dos interesses dos empregados,prestadores de serviços, acionistas, governo e sociedade.

O principal público–alvo da realização do programa é a comunidade localizada no entorno dasunidades da CESP.

Coral CESP

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Gestão Ambiental

Ciente da relevância dos impactos gerados ao meio ambiente pela construção/operação dosempreendimentos hidrelétricos de sua responsabilidade, a CESP tem procurado conduzir sua gestãoambiental de forma compatível com a responsabilidade socioambiental que lhe cabe, atuandohistoricamente além dos limites legais na prevenção, redução ou compensação das interferênciasprovocadas.

A gestão ambiental é orientada pelos princípios que regem a Política de Meio Ambiente e tem porobjetivo a conservação ambiental dos ecossistemas em toda a área de influência de seusempreendimentos, além de atender às exigências da legislação ambiental vigente e dos órgãosambientais licenciadores.

Política de Meio ambiente

A CESP Companhia Energética de São Paulo, tendo como consideração básica a integração da geraçãode energia elétrica ao Sistema de Gestão Ambiental, a fim de harmonizar suas atividades com asquestões ambientais, compromete-se a:

1. Incorporar as variáveis ambientais às políticas e diretrizes da empresa;2. Desenvolver suas atividades, considerando o cumprimento da legislação ambiental;3. Otimizar a utilização dos recursos naturais, buscando, na fonte, a redução dos poluentes , oriundos

de suas atividades;4. Buscar a melhoria contínua dos processos da empresa, quanto aos aspectos ambientais;5. Estabelecer e manter programas para promover o desenvolvimento sustentável, procurando

assegurar às gerações presentes e futuras o direito de uma convivência harmônica com a natureza.

Distrito de Primavera

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Licenciamentos dos Empreendimentos

Os órgãos ambientais licenciadores exigem das Companhias do setor uma série de licenças/autorizações ambientais para a construção, implantação e operação das usinas hidrelétricas. As usinasda CESP atendem a todas as exigências legais e encontram-se, atualmente, licenciadas conformeexposto a seguir:

UHE Eng. Sérgio Motta (Porto Primavera)

Licença de Operação - LO IBAMA nº 121/00 com validade estendida até a expedição de nova LO, jásolicitada pela CESP.

UHE Ilha Solteira e UHE Eng. Souza Dias (Jupiá)

Empreendimentos anteriores a 1986, objeto de regularização ambiental a cargo do IBAMA/DF, em cursodesde o ano de 1998. A CESP concluiu em 2009 os PACUERAs – Planos de Conservação e Uso doEntorno de Reservatórios Artificiais - nos moldes preconizados pela Resolução CONAMA 302 e deacordo com Termo de Referência emitido pelo IBAMA. Os planos, já enviados ao IBAMA serãoavaliados e submetidos à consulta pública para posterior expedição da Licença de Operação dessesempreendimentos.

UHE Três Irmãos

Licença de Operação concedida pela deliberação CONSEMA em 1990 - com validade estendida até aexpedição de nova LO, já solicitada pela CESP à Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

UHE Paraibuna e UHE Jaguari

Empreendimentos anteriores a 1986, em situação regular, conforme parecer emitido em 1999 peloDepartamento de Avaliação de Impacto Ambiental – DAIA, da Secretaria do Meio Ambiente do Estadode São Paulo.

Licenças Complementares e Autorizações

As demais licenças/autorizações referentes às obras complementares ou atividades específicas sãorenovadas nos prazos fixados pelos órgãos licenciadores, ou encerradas quando for o caso.

Programas Ambientais

Visando mitigar e compensar os impactos causados pela construção e operação de seusempreendimentos, a CESP desenvolve atividades de implantação que abrangem programas ambientaisfísico-bióticos e sócio-econômicos, programas de monitoramento e manejo de reservatórios, além depesquisas e desenvolvimento de tecnologia ambiental.

Cabe registrar que, muito antes da formalização da legislação ambiental, a CESP implementou, poriniciativa própria, programas de minimização de impactos ambientais, em todas as UHEs de suapropriedade e que vários desses programas estenderam-se além das medidas propostas pelos estudosambientais ou das exigências legais impostas pelos órgãos ambientais. Exemplo disso são amanutenção nas UHEs de duas estações de hidrobiologia e aqüicultura, três centros de produção demudas de árvores nativas e três centros de conservação de fauna silvestre, sendo um deles exclusivo àreprodução de aves da Mata Atlântica.

A maior parte dos programas ambientais já foi encerrada com a evolução das etapas de implantaçãodos empreendimentos.

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A seguir, são relatados alguns dos programas em andamento:

Educação Ambiental

As diversas atividades que compõem o Programa de Educação Ambiental visam dissimular oconhecimento, estimulando os cidadãos a exercerem a cidadania plena contribuindo com ainternalização de novos valores e comportamentos, além de responderem o questionamento cada vezmaior da sociedade em relação às alterações ambientais provocadas por grandes empreendimentos.De forma mais genérica busca-se obter a adesão e o compromisso por parte de colaboradores, dentroe fora da Companhia para com o tema da sustentabilidade ambiental.

Dentre as atividades realizadas no programa destacam-se: passeios educacionais com o Barco eÔnibus de Educação Ambiental, cursos, palestras, visitas orientadas ao Centro de Conservação deFauna de Ilha Solteira, atividades lúdicas, exposições em eventos comemorativos, totalizando em 2009um público de 66.675 participantes.

Remanejamento da População

O objetivo principal desse programa é proporcionar condições de reposição de moradia e continuidadedas atividades produtivas às famílias diretamente afetadas pela perda de patrimônio, seja por meio daimplementação de projetos de reassentamento ou por concessão de cartas de crédito de cunhoindenizatório.

Foram concluídos os reassentamentos agropecuários, decorrentes da formação do reservatório da UHEEng. Sérgio Motta (Porto Primavera) nas Fazendas de Santa Ana (Anaurilândia-MS), Aruanda(Bataguassu/Anaurilândia-MS), Pedra Bonita (Brasilândia-MS), Buritis (Paulicéia-SP), Santo Antonio(Caiuá-SP), Lagoinha (Presidente Epitácio-SP) e Piaba (Três Lagoas-MS), com a concessão de 410 lotesdotados de infra-estrutura local e comunitária básicas para 361 famílias beneficiárias, em área de15.530,39 ha.

Educação Ambiental

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Em todos os projetos de reassentamento é realizado um trabalho de assistência técnica e extensãorural, tendo em vista as atividades produtivas que incluem o cultivo de culturas diversificadas epecuária leiteira. Em alguns deles, são desenvolvidas atividades na área de saúde (palestraspreventivas, aplicação de vacinas e exames laboratoriais) e de apoio social (palestra sobre direitosprevidenciários do trabalhador rural), além de cursos de industrialização caseira. Também têm sidoconduzidas as etapas visando à regularização e emancipação dos projetos.

Manejo da Fauna Silvestre

A implantação de uma usina causa perda de habitats da fauna terrestre e redução da complexidadeestrutural dos ambientes remanescentes na área diretamente afetada. Além disso, pode ocorrertambém a perda de habitats críticos (sítios de reprodução e pouso de animais migratórios, entre outros)e de conectividade da paisagem (rotas migratórias, corredores de dispersão e fluxo gênico), comimpactos na variabilidade genética das populações.

Para minimizar os impactos de suas atividades na biodiversidade, a CESP desenvolve o programa demanejo da fauna silvestre com planos de conservação das espécies mais afetadas por seusempreendimentos, de modo a garantir as condições necessárias para sua reprodução e perenidade.

Cervo-do-Pantanal

Centro de Conservação AcervoCervo-do-Pantanal - Promissão 43 cervos

Fauna Silvestre - Ilha Solteira 82 mamíferos (18 espécies)

67 répteis (oito espécies)

79 aves (22 espécies)

Aves Silvestres - Paraibuna 346 aves

Total 617

Acervo 2009

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Há três grandes programas em desenvolvimento: manejo e conservação de grandes felídeos,conservação do cervo-do-pantanal e monitoramento de fauna silvestre realocada.

São mantidos três centros de conservação de animais silvestres nas regiões onde a CESP atua,dedicados à pesquisa, manejo e educação ambiental, nos quais é feito o manejo conservacionista deespécies impactadas por meio da reprodução e repovoamento de habitat.

· Centro de Conservação de Fauna Silvestre de Ilha Solteira· Centro de Conservação de Aves Silvestres de Paraibuna· Centro de Conservação do Cervo-do-Pantanal de Promissão

Manejo Pesqueiro

A formação de reservatórios afeta as características físicas, químicas e biológicas dos rios. Podemocorrer alterações na abundância das espécies, com proliferação excessiva de algumas e redução deoutras. Esses processos são agravados por ocupação das bacias, práticas agrícolas inadequadas, perdadas matas ciliares e poluição das águas, empobrecendo a diversidade biológica e reduzindo osestoques pesqueiros.

Nesse contexto, a CESP tem o compromisso de desenvolver o manejo dos recursos pesqueiros deseus reservatórios, integrando informações biológicas, ecológicas, sociais, culturais, econômicas epolíticas para embasar decisões que possibilitem a conservação da biodiversidade e a sustentabilidadedas atividades pesqueiras.

O Programa de Manejo Pesqueiro, desenvolvido há aproximadamente 40 anos, inclui monitoramentopermanente da qualidade ecológica dos reservatórios, por meio de levantamentos limnológicos quepesquisam qualidade da água e produtividade dos ambientes e organismos aquáticos:

Estação de Hidrobiologia e Aquicultura de Jupiá

Repovoamento dos reservatórios 2009Reservatórios - Rios Paraná e Tietê Alevinos

Eng. Sérgio Motta (Porto Primavera) 450.000

Ilha Solteira 661.000

Eng. Souza Dias (Jupiá) 1.077.000

Três Irmãos 1.200.000

Total 3.338.000

Reservatórios - Rio Paraíba do Sul Alevinos

Paraibuna 240.787

Jaguari 274.400

Total 515.187

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Monitoramento da ictiofauna: acompanhamento das espécies de peixes que habitam os reservatóriose aspectos de sua alimentação e reprodução, incluindo áreas de desova e desenvolvimento de formasjovens como larvas e alevinos;

Monitoramento da produção pesqueira: implantação e controle de equipamentos de transposição parapeixes, como o elevador e escada da UHE Eng. Sérgio Motta (Porto Primavera).

Com base nesses monitoramentos são definidas as medidas de manejo adequadas a cada reservatório,que envolvem a produção de alevinos, a estocagem (repovoamento) e o monitoramento genético daspopulações manejadas. O programa compreende também a cooperação científica com instituiçõesnacionais e estrangeiras, buscando também contribuir com a formulação da legislação de pesca nosórgãos competentes.

Manejo da Flora e Reflorestamento

O programa consiste em um conjunto de atividades que resultam na conservação da flora, do solo edos recursos hídricos nas áreas do entorno dos reservatórios da CESP. Tais atividades compreendemcoleta de sementes, produção de mudas, reflorestamento ciliar dos reservatórios e de seus afluentes,revegetação das áreas degradadas em canteiros de obras das usinas e conservação genética dasespécies arbóreas.

Centros de Produção de Mudas (Jupiá, Paraibuna e Primavera): produção anual de 2.500.000 de mudasde alta qualidade genética e fisiológica de árvores como ipês, figueiras, perobas, jequitibás, aroeiras,guaritas, ipês e embaúbas, entre outras.

Programa de Reflorestamento Ciliar: recuperação das matas ciliares dos reservatórios da CESP e deseus afluentes, essenciais para a conservação dos recursos hídricos, do solo e das espécies da flora eda fauna.

Centro de Produção de Mudas de Primavera

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Programa de Fomento Florestal: doação de mudas, projetos e assistência técnica necessária para arecuperação de matas ciliares de reservatórios e afluentes em áreas de terceiros, por meio deContratos de Cooperação Recíproca com os proprietários rurais interessados, aos quais cabe implantare conservar as áreas reflorestadas.

Coleta de sementes: procedimento que impede a perda de variabilidade genética das espéciesmanejadas, por meio da coleta de amostragem representativa da variabilidade genética das diversasespécies locais e dos genes existentes em cada população de árvores, fazendo do reflorestamento umaferramenta efetiva de conservação dessas espécies.

Implantação e manutenção de reflorestamento: tecnologia de restauração florestal desenvolvida pormeio de cooperação com o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, vinculado à Escola Superior deAgricultura Luiz de Queiroz/USP e fundamentada nos conceitos de sucessão ecológica e de diversidadede espécies. Com esse processo as espécies são plantadas de modo a garantir a sustentabilidade damata no longo prazo.

Manutenção de áreas de preservação: parceria com a Prefeitura Municipal de Birigui no Projeto deRevegetação em Áreas de Preservação Permanente, em 43,18 ha, com plantio, até novembro de 2011,de 71.890 árvores de espécie nativa da mata atlântica, com o objetivo de revitalização mediantedesassoreamento e recomposição da mata ciliar do Córrego Ribeirão dos Baixotes.

Áreas reflorestadas – total acumulado até 2009Área Própria / Usinas Área Implantada (ha)

Eng. Sérgio Motta 1.720,00

Três Irmãos 2.960,00

Total 4.680,00

Fomento Florestal / Usinas Área Implantada (ha)

Eng. Sérgio Motta 995,00

Três Irmãos, Eng. Souza Dias e Ilha Solteira 749,54

Paraibuna / Jaguari 672,07

Total 2.416,61

Reflorestamento Ciliar - reservatório da Usina Três Irmãos

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Unidades de Conservação

Estão em fase de implantação cinco unidades de conservação nos estados de São Paulo e Mato Grossodo Sul, sendo três parques estaduais e duas reservas particulares do patrimônio natural:· Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema (MS) - 73.345,15 ha· Parque Estadual do Aguapeí (SP) - 9.043,97 ha· Parque Estadual do Rio do Peixe (SP) - 7.720,00 ha· Reserva Particular do Patrimônio Natural Cisalpina (MS) - 6.261,25 ha· Reserva Particular do Patrimônio Natural Foz do Aguapeí (SP) - 13.953,79 ha

As unidades de conservação irão contribuir para a proteção dos ecossistemas típicos de cada região;conservar a fauna e a flora, principalmente as espécies raras, endêmicas, em perigo ou ameaçadas deextinção; contribuir para a manutenção da diversidade genética; e propiciar pesquisa científica,educação ambiental e recreação.

A área das cinco unidades totalizará 110 mil hectares de matas nativas, refúgios ecológicos de espéciesde animais e ampla biodiversidade.

Monitoramento

São desenvolvidos cinco programas de monitoramento com a finalidade de acompanhar e registrar asmudanças das condições ambientais provocadas pela implantação da UHE Eng. Sérgio Motta (PortoPrimavera), assim como a eficácia dos programas de mitigação dos impactos físico-bióticos e sócio-econômicos da CESP. São eles:. Monitoramento da estabilidade das encostas marginais;. Monitoramento do nível freático e da qualidade da água subterrânea;. Monitoramento das características limnológicas e da qualidade da água superficial;. Monitoramento da ictiofauna e dos recursos pesqueiros e. Monitoramento e avaliação do programa de remanejamento de populações.

RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural Foz do Aguapeí

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Práticas Sustentáveis

É inegável a notória relevância adquirida pelo tema sustentabilidade nos tempos atuais. A CESP, cienteda responsabilidade que lhe cabe, tem buscado alinhar-se ao esforço de contribuir com o avanço daspráticas sustentáveis, tendo incorporado ao seu cronograma de trabalho, atividades sintonizadas comessa temática.

Diversos projetos ambientais são desenvolvidos por iniciativa da própria CESP de forma sincronizadacom o 5º princípio de sua Política Ambiental, tendo por finalidade “empreender ações sustentáveis quecontribuam em última análise com o esforço de assegurar às gerações presentes e futuras o direito deuma convivência harmônica com a natureza”.

As ações de conservação são implantadas em parceria com a comunidade científica, de forma apromover o intercâmbio de informações com entidades e institutos de pesquisa do Brasil e do Exterior.

Sistema de Gestão Ambiental

Em 2001 a CESP implantou o Sistema de Gestão Ambiental nas UHEs Ilha Solteira e Três Irmãos a fimde aprimorar as práticas e procedimentos relativos à conservação do meio ambiente.

O diagnóstico inicial do sistema realizado identificou 171 aspectos ambientais relacionados com asatividades das usinas, agrupados em: Geração de Resíduos Sólidos; Geração de Resíduos SólidosPerigosos; Geração de Efluentes; Emissões Atmosféricas e Radiações, Ruídos e Vibrações.

A partir daí, foram estabelecidos objetivos e metas de melhoria ambiental que têm sido mensalmentemonitorados:· Redução da emissão de resíduos;· Medição de fumaça de óleo diesel;· Aumento da destinação correta de resíduos;· Operação da estação de tratamento de esgoto;· Melhoria no controle de resíduos perigosos;· Redução do consumo de papéis e copos plásticos descartáveis;· Redução no consumo de panos para limpeza com a utilização de toalhas recicláveis;· Redução no consumo de solventes com a utilização de tanques para lavagem de peças;· Eliminação do consumo de detergentes industriais;· Procedimentos documentados para execução de atividades com cuidados ambientais;· Melhoria da imagem da empresa por meio da orientação a visitantes; e· Criação de áreas para fumantes.

Para cada uma das metas há um programa associado, dos quais, podem ser citados:

Disposição de Resíduos

A CESP destina todos os seus resíduos, inclusive os industriais e perigosos, de acordo com aclassificação estipulada pela legislação vigente e da norma NBR-10.004 da ABNT - Associação Brasileirade Normas Técnicas.

Além disso, as Usinas de Produção da CESP estão ampliando a sua abrangência, de forma a integrar asiniciativas já existentes em um programa mais amplo, que contemple questões como o uso de materialreciclável e campanhas de conservação de água e energia elétrica, dentre outras.

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Disposição de Resíduos Industriais, Perigosos e Efluentes

Esses resíduos são acumulados em almoxarifados de acordo com o previsto na legislação específica,após o que empresam contratadas, especializadas em descontaminação ou incineração, os reutilizam,reciclam ou dispõem em aterro industrial.

As lâmpadas fluorescentes estão sendo armazenadas e regularmente enviadas a empresas dedescontaminação contratadas para essa finalidade.

Os efluentes líquidos são destinados a estações de tratamento específicas nas usinas ou lançados narede pública de tratamento.

Nas Usinas Jaguari e Paraibuna, pertencentes à Unidade de Produção do Rio Paraíba, foram instaladasestações de tratamento de esgoto permitindo o lançamento de efluentes nos corpos d’água, de formaambientalmente correta.

Encontra-se em fase final de execução a ligação da rede de esgotos da Usina de Ilha Solteira à estaçãode tratamento, sendo que com o término dessa ligação, todas as usinas da CESP terão seus efluentestratados, atendendo as exigências legais e ambientais e as práticas de sustentabilidade adotadas pelaCESP.

Além disso, os óleos, graxas, solventes e metais, são doados ao Fundo de Solidariedade do Estado deSão Paulo.

Substituição e Descarte de Equipamentos Contaminados com Óleo Ascarel

A CESP deverá concluir, em 2015, a substituição e descarte de todos os equipamentos(transformadores, capacitores, seccionadores, trafos de excitação e TPC) que usam o óleo ascarelcomo líquido refrigerante na UHE Ilha Solteira, antecipando-se aos termos estabelecidos na LeiEstadual nº 12.288, de 22.02.2006, que prevê como prazo limite, o ano de 2020. O ascarel teve suautilização proibida em razão dos efeitos nocivos provocados ao meio ambiente.

Os novos transformadores do tipo seco são encapsulados em resina epóxi com sistema reforçado defibras de vidro que não propagam chama e não liberam gases tóxicos, fatores que preservam a saúdedos empregados e contribuem com os aspectos ambientais da sustentabilidade.

Retirada e Disposição de Lixo

O lixo comum é enviado regularmente a aterros e lixões municipais licenciados na região de influênciadas usinas. Por sua vez, o lixo hospitalar originado pelos ambulatórios médicos instalados em PortoPrimavera, Ilha Solteira e Jupiá, de acordo com a legislação vigente e orientação do órgão ambiental doEstado de São Paulo, é enviado regularmente aos aterros municipais, nos locais reservados para essefim. O mesmo procedimento é adotado com os resíduos produzidos no Ambulatório Veterinário doCentro de Conservação de Fauna Silvestre de Ilha Solteira.

No caso da sede da CESP, em São Paulo, os resíduos sólidos dos serviços de saúde são tratados pelaPrefeitura Municipal, por meio do Processo de Desativação Eletrotérmica (ETD), que consiste emtriturar o material e depois aquecê-lo, em processo semelhante ao funcionamento do microondasdoméstico.

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Projetos de Coleta Seletiva

Desde 2004, a equipe de trabalho de Educação Ambiental da CESP, por meio da criação de umaPatrulha Ecológica no Reassentamento Santo Antônio do Rio do Peixe (Caiuá – SP), atua em umprograma de coleta seletiva do lixo rural.

A Patrulha Ecológica é formada por beneficiários do projeto que buscam levantar os problemasambientais, elegendo como prioridade a disposição correta dos resíduos sólidos produzidos pelacomunidade.

Em 2009, a coleta alcançou 93,0% dos resíduos, com o recolhimento de 1.357 Kg de materiais comoplástico, metal, papelão, alumínio, garrafas pet, entre outros materiais não recicláveis. Os recursosobtidos com a venda dos materiais recicláveis são revertidos em obras objetivando o lazer dapopulação.

Nas usinas Eng. Souza Dias (Jupiá), Paraibuna e Jaguari foram constituídos grupos multidisciplinaresdenominados ECOTIME, com integrantes de todas as áreas das Unidades de Produção, visando reunirsubsídios para a implantação de projeto de coleta seletiva e reciclagem de materiais. No ano de 2009,foram recolhidos 5.956 Kg de materiais.

Semana Interna do Meio Ambiente

Em 2009 foi realizada a quinta versão da semana interna do meio ambiente, que tem como objetivoproporcionar aos empregados em geral informações sobre os trabalhos ambientais desenvolvidos pelaCESP e outras empresas buscando, assim, despertar uma conscientização relativa aos temas daresponsabilidade socioambiental e sustentabilidade.

A programação da semana, que contou com 534 participantes, inclui a apresentação de vídeoseducativos, filmes, teatro de fantoches, painéis e palestras apresentadas por técnicos e gerentes daCESP e por autoridades convidadas.

Museu de Memória Regional

O Museu de Memória Regional, instalado na área do viveiro de mudas de Porto Primavera, cujoobjetivo é contribuir com a preservação de traços da identidade histórico-cultural e do meio natural daregião recebeu, em 2009, 7.373 visitantes. O acervo reunido consiste de 2.500 fotos, 264 depoimentos(214 em áudio e 50 em vídeo) e 20 peças entre artesanato, mobiliário, utensílios e equipamentos deprodução.

Comunicação com Partes Interessadas

Com o intuito de atender às demandas de partes interessadas em relação ao meio ambiente e visandomaior transparência na execução de suas atividades, a CESP mantém um canal aberto com acomunidade, denominado CESP Inform ([email protected]).

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Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Científico (P&D)

Em relação ao tema de pesquisa, dos vinte e seis projetos do 1° ciclo 2005/2006 aprovados em 2007pela ANEEL, vinte e cinco projetos foram selecionados para serem executados, distribuídos em quatrotemas principais:

· Geração de energia elétrica;· Meio ambiente;· Pesquisa estratégica e supervisão;· Controle e proteção de sistemas elétricos.

A grande maioria dos projetos (68%) estava inserida nos temas Geração de Energia Elétrica (noveprojetos) e Pesquisa Estratégica (sete projetos), restando quatro projetos relacionados ao MeioAmbiente e (cinco projetos) relacionados à Supervisão, Controle e Proteção de Sistemas Elétricos.

Com relação aos temas de pesquisa do 2° ciclo 2006/2007 aprovado pela ANEEL, e em execução apartir de maio/2009, os dez projetos selecionados contemplam a seguinte temática:

· Geração de energia elétrica;· Meio ambiente;· Pesquisa estratégica;· Supervisão;· Controle e proteção de sistemas elétricos;· Qualidade e confiabilidade, e· Medição.

A grande maioria dos projetos (70%) estava localizada entre Supervisão, Controle e Proteção deSistemas Elétricos (cinco projetos), Geração de Energia Elétrica (dois projetos), restando um projetorelacionado ao Meio Ambiente, um projeto de Qualidade e Confiabilidade e um projeto de Medição.

Para o 3° ciclo 2007/2008, em execução a partir de junho/2009, um projeto anual de Gestão doPrograma de P&D, contemplando a temática Geração de Energia Elétrica, mas visando Qualidade eConfiabilidade do processo interno.

Destaque dos projetos na linha de pesquisa de maior relevância para a responsabilidade social

Em relação à linha de pesquisa de maior relevância para a responsabilidade social todos os projetosapresentaram enfoque na parte de Crescimento do Potencial de Inovação Tecnológica Nacional.

Apresentação dos resultados dos projetos do 1º ciclo 2005/2006

Da relação dos vinte e cinco projetos que compõem essa carteira, dezenove projetos foram finalizadosaté 2009, a saber: 11 projetos anuais finalizados em 2008, sem necessidade de prorrogação de prazo e8 projetos plurianuais finalizados em 2009, alguns com necessidade de prorrogação de prazo,apresentando os seguintes resultados:

a) Monitoramento e medição dinâmica do torque em eixo de turbina (metodologia de análise) - (12

meses)

Desenvolvimento de um procedimento de monitoramento do rendimento do gerador por métodoalternativo ao convencional (calorimétrico), baseando-se na medição dinâmica de deformação do eixoda turbina sob condição de carga. Monitorar o rendimento relativo da turbina hidráulica acoplada aogerador em associação às medições de posição das palhetas do distribuidor, pás do rotor e níveis dosreservatórios. Monitorar a eficiência do gerador e acompanhar a variação da eficiência relativa de

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turbinas ao longo do tempo de modo a intervir para correção de cavitação e outros desgastes queimpliquem na queda do seu rendimento.

b) Otimização do potencial de geração (metodologia) - (12 meses)

Propósito de maximizar o potencial de geração das usinas hidrelétricas através do aumento daeficiência de suas unidades. Esta metodologia permitirá analisar inicialmente o desempenho das usinasatuais em termos das condições originais de projeto, incrementar a eficiência da geração, contribuir naconsolidação da competência no tratamento simultâneo dos problemas de despacho ótimo e re-potenciação de unidades hidrelétricas.

c) Controle dimensional de perfis de pás (metodologia) - (12 meses)

Medição e digitalização tridimensional da superfície de pás de turbinas utilizando-se um equipamentode medição computadorizado com software de reconstrução de superfície. Para tanto, como produto, odesenvolvimento de diversos softwares para determinar a geometria da superfície a ser utilizada emprocedimentos de correção através do preenchimento com solda e em avaliação de integridadeestrutural;

d) Programação de impedimento operativo (software) - (12 meses)

Estudo dos procedimentos de intervenção de equipamentos de usinas hidroelétricas visandoracionalizar processos, eliminar retrabalhos e minimizar falhas, obtendo-se com isto um ganho maiorem segurança para as pessoas envolvidas no processo e para os equipamentos e instalações dosistema de potência;

e) Avaliação estrutural de componentes de hidrogerador (metodologia) - (12 meses)

Modelagem utilizada para identificar os equipamentos estratégicos e estabelecer critérios para asegurança estrutural dentro de parâmetros de confiabilidade e disponibilidade operacional, identificaros componentes de unidades geradoras com maiores taxas de defeitos e falhas para estabelecercriticidade estrutural, identificar principais fontes de sobrecargas em equipamentos (manobras, partidase paradas, rejeições de carga, perturbações do sistema) para estudo de simulação, definir limitesoperacionais de um componente do hidrogerador dentro dos critérios de segurança. A metodologiapermite aumentar e otimizar a confiabilidade na manutenção dos componentes evitando problemas decampo;

f) Sistema especialista executivo de coleta e pré-análise de oscilográficos (software) - (12 meses)

Aquisição, gerenciamento e pré-análise de dados de oscilografia e eventos envolvendo a proteção demáquinas geradoras. Auxiliam nas principais tarefas rotineiras que demandariam a presença de umespecialista humano, com agilidade e precisão. As informações geradas são disponibilizadas de formarápida, facilitando a tomada de decisão de operadores e analistas. A principal inovação tecnológica doprojeto residiu no desenvolvimento e operacionalização de um sistema automático de análise deoscilografia de grande utilidade para o setor elétrico brasileiro, em função da quase inexistência desistemas similares nas usinas de geração no país;

g) Previsão de áreas inundáveis (software) - (12 meses)

Modelo matemático para análise e simulação do escoamento no rio Paraná no trecho entre a UHE PortoPrimavera e Porto São José, englobando a confluência com o rio Paranapanema, onde se localiza oaproveitamento de Rosana. Trecho com características peculiares devido à grande largura das seçõestransversais e a existência de planícies de inundação que não contribuem com o escoamento principal,resultando em valores irreais para as velocidades e os coeficientes de rugosidade resultantes dascalibrações. São apresentadas simulações de diferentes cenários operacionais para demonstração dasolução implementada possibilitando uma melhor avaliação na operação de controle de cheias e comisso uma melhoria da qualidade do serviço prestado, pois permite avaliar com base nas previsões dasafluências mapearem as possíveis áreas sujeitas a inundação;

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h) Previsão do despacho de geração por patamar de carga em base semanal (software) - (12 meses)

Comparação entre os modelos NEWAVE (desagregado pelo HYDROSIM LP e pelo SUISHI-O) e ODINpara o despacho mensal do SIN. Ferramentas que permitem um aprimoramento no suporte aoplanejamento da operação envolvendo simulação individualizada das usinas, que permite a integraçãocom outros sistemas de informação da CESP e a previsão dos patamares de carga em base semanalque proporcionam à programação da operação melhor referência para estudos e planejamento decurto prazo. Como produto: para se obter um despacho mensal por usina, principal insumo para odespacho semanal por patamar de carga, esse modelo se mostra mais eficiente do que aquele emcurso, o que sugere uma qualidade nos serviços internos da Empresa.

i) Sistema especialista multinível (software) - (12 meses)

Interpretação, em tempo real, de ocorrências de perturbações e falhas em usinas hidroelétricas, combase nos dados e informações do sistema de supervisão e controle e sistema de proteção existente. Oresultado interpretado pelo sistema, para o usuário, deverá ser simples, seguro e objetivo no sentidode que permita uma rápida tomada de decisão com o mínimo de alternativas. Ferramenta poderosa aooperador da usina, propiciando segurança na tomada de decisões, diminuindo a necessidade deconsultas aos manuais, aos supervisores e aos técnicos de manutenção, diminuindo o temponecessário para a recomposição do sistema após uma ocorrência. Maior autonomia aos operadorespara as tomadas de decisões. A alteração desta rotina interna propiciará uma redução no tempo derecomposição do sistema.

j) Redução de empuxo magnético (metodologia) - (12 meses)

Estruturação de uma metodologia de análise e implantação de modificação de enrola-mentosestatóricos de hidrogeradores visando à redução do empuxo magnético desbalanceado. Este assuntotem merecido atenção especial por fabricantes e usuários em função da necessidade de medidas paramitigar o fenômeno de vibração provocado por assimetrias no entreferro.

k) Sistema automatizado de inspeção por ultra-som (software) - (12 meses)

Sistema de ultra-som para inspeção de grades de proteção de dutos de entrada de turbinas dehidrogeradores através da aplicação da técnica de pulso-eco para formação de imagensbidimensionais. Sistema mecânico linear para varredura por superfície, de forma a analisar a grade naposição vertical. Sistema mecânico de varredura setorial com mecanismo de translação e rotação deum tubo guia e dois atuadores, de forma a analisar a grade na posição horizontal.

l) Ferramenta de análise de risco regulatório (software) - (12 meses)

Estudo das questões inerentes à política energética brasileira especialmente no tocante a energiaelétrica e seus desdobramentos regulatórios, identificando a parcela de responsabilidades pelainsegurança (risco) regulatória no valor das empresas concessionárias de geração de energia elétrica.Os benefícios para o setor elétrico estão qualificados no desenvolvimento de uma ferramentaqualitativa que permita a ANEEL e aos agentes identificar que parcela do risco e da construção de valordas empresas pode ser atribuível a regulação.

m) Formulação de estratégia comercial (metodologia) - (12 meses)

Apoio à avaliação de estratégias de contratação de energia do parque gerador da CESP com objetivode otimizar a gestão de um portfólio de contratos de energia em horizonte de longo prazo,considerando os ambientes de comercialização definidos no novo modelo setorial, de modo amaximizar a rentabilidade sob restrições de risco consideradas aceitáveis.

n) Corrosão sob tensão (metodologia) - (24 meses)

Determinação da influência dos parâmetros do material dos equipamentos hidromecânicos de usinashidrelétricas e do meio de exposição nos processos de corrosão sob ten-são. Estudo realizado atravésda montagem de protótipos a nível de bancada para posterior aplicação em escala piloto nosreservatórios das Usinas Hidrelétricas da CESP. Desenvolvimento de especificações de materiais paraequipamentos hidromecânicos de usinas hidrelétricas, que sejam resistentes à corrosão sob tensão.

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o) Avaliação estratégica da contratação de energia elétrica (metodologia) - (24 meses)

Desenvolvimento de metodologia para precificação e avaliação de risco de contratos de energiaelétrica, sejam eles padronizados ou formatados para demandas específicas, levando em consideraçãocontratos a termo decorrentes dos resultados dos leilões do ambiente regulado e os contratos flexíveispara o ambiente livre, que poderão incluir opções exóticas. O desenvolvimento de tal metodologia épasso decisivo para a CESP acompanhar o desempenho de seu portfólio de contratos em termos darelação benefício/risco.

p) Sistema de suporte à decisão (software) - (24 meses)

Sistema computacional de apoio a decisão para o despacho ótimo de unidades geradoras das usinashidrelétricas da CESP através da elaboração de um estudo de levantamento, consolidação e validaçãodos dados físicos das usinas da CESP, desenvolvimento de um modelo de previsão de vazõesincrementais em base horária baseado na integração de um modelo físico chuva-vazão e modelosbaseados em redes neurais, desenvolvimento de um modelo de otimização para o despacho deunidades geradoras que estabeleça o compromisso ótimo entre a produtividade das usinas e o custode partida e parada das unidades geradoras, desenvolvimento de um modelo de simulação hidráulicaem base horária que leve em consideração o tempo de viagem da água entre usinas adjacentes e asrestrições operacionais e de uso múltiplo das usinas.

q) Estudo do assoreamento de reservatório (metodologia) - (24 meses)

Quantificação da deposição de sedimentos para estudo da operação e da vida útil do reservatórioformado pela barragem da UHE Três Irmãos através da comparação do levantamento batimetricoproposto, com os mapas do IBGE e alguns levantamentos batimetricos realizados pela CESP em 1990,já em posse do núcleo de hidrometria. Na área ambiental, avaliação das conseqüências ambientais doassoreamento dos reservatórios.

r) Valoração de serviços ancilares (metodologia) - (24 meses)

Procedimentos, orientações e metodologias para a construção de mecanismos de remuneração denovas adequações realizadas pelos geradores térmicos e hidráulicos por exigências sistêmicas visandoo desenvolvimento de estudos teóricos e práticos (através de simulações). Elaboração de metodologiarelativa aos mecanismos de regulação, à necessidade temporal do serviço e procedimentos deressarcimento e/ou precificação do serviço no que diz respeito à: controle primário e secundário defreqüência, reserva de potência para controle primário e secundário, reserva de prontidão, suporte depotência reativa, esquemas de corte de geração, auto-restabelecimento.

s) Monitoramento de barragens (sistema) - (24 meses)

Desenvolvimento de um sistema para automação da coleta dos dados oriundos dos instrumentosdistribuídos ao longo de barragens de usinas hidrelétricas e desenvolvimento de um sistema para otratamento e integração dos dados coletados ao sistema SICESP (responsável pelo agrupamento etratamento de dados dos instrumentos) utilizando como sistema piloto a UHE Porto Primavera.

Identificação da categoria dos projetos entre pesquisa básica,pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental

Os 25 projetos aprovados e selecionados para execução no 1º ciclo 2005/2006, estavam alocados nastrês categorias de pesquisa: pesquisa básica dirigida, pesquisa aplicada e desenvolvimentoexperimental. A grande maioria dos projetos, aproximadamente 76% (19 projetos) estava na categoriade pesquisa aplicada, sendo que dos 23% restantes, estavam 2 em pesquisa básica dirigida e 4 emdesenvolvimento experimental.

Os 10 projetos aprovados, selecionados e em execução a partir de março/2009, do 2° ciclo 2006/2007,estão alocados nas três categorias de pesquisa: pesquisa básica dirigida, pesquisa aplicada edesenvolvimento experimental. A grande maioria dos projetos, aproximadamente 50%, está na

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categoria de desenvolvimento experimental, sendo que dos 50% restantes, (4 projetos) em pesquisaaplicada e (1 projeto) em pesquisa básica dirigida.

Com relação ao 3° ciclo 2007/2008, encontra-se em execução a partir de junho/2009, (1 projeto anual)de Gestão do Programa de P&D onde figuram atividades como: dedicação horária dos membros daequipe de gestão desse Programa na Empresa, participação dos membros dessa equipe em eventosrelacionados a pesquisa, desenvolvimento e inovação, participação em cursos de gestão tecnológica,divulgação de resultados dos projetos de P&D já concluídos ou em execução, elaboração de semináriose workshops sobre o programa de P&D da Empresa, buscas de anterioridade no INPI dos produtosobtidos dos projetos finalizados ou em finalização.

Em função das novas regras dadas pelo Manual de P&D da ANEEL versão/2008, foi aberta apossibilidade das concessionárias do setor elétrico participar de projetos estratégicos quecompreendem estudos e desenvolvimentos de grande relevância para o setor, resultando em novosconhecimentos tecnológicos, e que exigem esforço conjunto e coordenado entre essas empresas e asentidades executoras. Os temas estratégicos foram divulgados pela ANEEL, durante os meses denovembro e dezembro/2008, em Audiências Públicas. A CESP participa em 6 Temas Estratégicos comoEmpresa cooperada (Tema 1-Linhas de Pesquisa 1, 2, 4 e 5 e Temas 3 e 9), e de 1 Tema Estratégicocomo Empresa proponente (Tema 1-Linha de Pesquisa 3). Todos esses projetos têm a duração previstade 2 anos, iniciados a partir de 2010.

Descrição dos procedimentos, critérios, e metodologia para estimação de retornodos investimentos pretendidos

A estimação do retorno sobre os investimentos pretendidos é elaborada através do cál-culo daviabilidade econômica de cada projeto. Assim, é possível contabilizar o investi-mento de cada projetoem relação aos benefícios que os mesmos irão proporcionar.

Informação da metodologia de transferência dos resultados para cada projeto

A transferência de resultados está baseada na execução de treinamentos, realização de oficinas detrabalho, cursos relacionados ao tema, apresentações em seminários, con-gressos, workshops,palestras e publicações em revistas especializadas, além disso, quando necessário, a elaboração domanual do usuário.

Apresentação dos resultados para a entidade parceira, como contribuições para a capacitaçãotécnica dos pesquisadores e benefícios econômicos, de infra-estrutura e para a reputação dainstituição participante

A apresentação dos resultados foi alocada em quatro partes relacionadas a produção, capacitação,instituição e concessionária. Assim, além da apresentação do produto final do projeto (produção)também são apresentados os resultados relacionados às conces-sionárias (melhoria do processointerno; melhoria da qualidade do serviço prestado) e às instituições (reconhecimento como centroacadêmico; participação em conferências, seminários e congressos; demanda por serviços deconsultoria; prêmios; artigos em revistas e anuais), assim como os treinamentos, workshops e outroscursos que serão oferecidos como forma de capacitação. A participação de doutorandos e mestrandostambém está incluída na parte de resultados relacionados à capacitação.

Descrição da relação com as entidades participantes dos projetos, como institutos de pesquisa,centros técnicos, universidades e outras empresas

As entidades participantes: Universidades, Institutos de Pesquisas e empresas são executoras dosprojetos onde a CESP figura como proponente mantendo também uma equipe técnica atuante.

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Identificação da participação financeira entre os participantes de projetos cooperados

A participação da CESP nos seis Temas Estratégicos como Empresa cooperada, corresponde a umaporte total de R$ 1.419.884,33, conforme rateio acordado entre as demais concessionáriasparticipantes. Com relação ao projeto Tema Estratégico onde a CESP figura como Empresa proponente,serão alocados R$ 938.532,00, referente a 30% do valor total do projeto.

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Recursos aplicados em Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Científico (R$ Mil)Por temas de pesquisa (Manual de P&D-ANEEL) Meta 2009 2008 2007

Eficiência energética (A) NA

Fonte renovável ou alternativa (B) 0 0 0 0

Meio ambiente (C) 3.565 733 936 287

Qualidade e confiabilidade (D) 1.595 731 433 79

Planejamento e operação (E) 9.281 1.311 2.286 1.266

Supervisão, controle e proteção (F) 6.522 1.659 1.654 1.355

Medição (G) 763 58 274 52

Transmissão de dados via rede elétrica (H) NA

Novos materiais e componentes (I) 0 0 0 0

Desenvolvimento de tecnologia de combate à fraude e furto (J) NA

Total de investimentos em P&D (K) 21.726 4.492 5.583 3.039

Recursos aplicados em Eficiência Energética (A)

sobre Total investido em P&D (K) (%) NA

Recursos aplicados em Fonte Renovável ou Alternativa (B)

sobre Total investido em P&D (K) (%) 0 0 0 0

Recursos aplicados em Meio Ambiente (C)

sobre Total investido em P&D (K) (%) 16 16 17 9

Recursos aplicados em Qualidade e Confiabilidade (D)

sobre Total in- vestido em P&D (K) (%) 7 16 9 2

Recursos aplicados em Planejamento e Operação (E)

sobre Total investido em P&D (K) (%) 43 29 41 42

Recursos aplicados em Supervisão, Controle e Proteção (F)

sobre Total investido em P&D (K) (%) 30 37 27 45

Recursos aplicados em Medição (G)

sobre Total investido em P&D (K) (%) 4 2 6 2

Recurso aplicado em Transmissão de Dados Via Rede Elétrica (H)

sobre Total investido em P&D (K) (%) NA

Recursos aplicados em Novos Materiais e Componentes (I)

sobre Total investido em P&D (K) (%) 0 0 0 0

Recursos aplicados em Desenvolvimento de Tecnologia de Combate à

Fraude e Furto (J) sobre Total investido em P&D (K) (%) NA

C E S P - R E L A T Ó R I O D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 9

Mudanças Climáticas

Em 28/06/2007, a CESP aprovou a criação do Programa de Mudança Climática, em conformidade comsua Política de Meio Ambiente, visando à promoção do desenvolvimento sustentável, o exercício daresponsabilidade social e a gestão ambiental de suas atividades.

Em junho de 2009, foi concluído o segundo inventário de gases de efeito estufa - ano de 2008,referente aos trabalhos do Programa de Mudança Climática e Seqüestro de Carbono, tendo sidoregistrada a emissão de 9.697,73 toneladas de carbono equivalente (tCO2), a partir do uso diverso decombustíveis, energia elétrica adquirida, resíduos orgânicos (conservação de gramados, taludes debarragens, macrófitas aquáticas, entre outros), esgoto, utilização de fertilizantes e fuga de hexafluoretode enxofre (SF6). A partir do primeiro inventário, ano 2007, foi implantado um Programa de Redução deEmissão, cuja meta foi fixada em 10%, até 2011.

A CESP estuda, ainda, a inserção de suas atividades no mercado de carbono, pela aprovação deprojetos de desenvolvimento limpo - MDL do tratado de Kyoto e/ou do mercado voluntário.

Controle de Combustível

No decorrer de 2009, a CESP implantou o sistema de fornecimento e controle de combustível por meiode cartão magnético. Os serviços prestados por terceiros na plataforma da web tem controle em temporeal agregando ao serviço de gestão de frota, praticidade, transparência no abastecimento e controletotal do consumo de combustível e da quilometragem percorrida pelos veículos, além da possibilidadede monitoramento de veículos e condutores. O sistema em questão é uma ferramenta importante parao projeto de inventário de gases de efeito estufa realizado no âmbito do programa de mudançaclimática.

Controle do Mexilhão Dourado

O mexilhão dourado é uma espécie invasora de molusco de água doce com grande capacidade deincrustação, rápida taxa de crescimento e grande força reprodutiva. Os principais problemas causadospela espécie ao processo de geração são: obstrução de tubulações, filtros e sistemas industriais ealterações nos ecossistemas aquáticos e nas rotinas de pesca.

Para minimizar o efeito da invasão desse molusco nas usinas, a CESP implementou o Programa deManejo e Controle do Mexilhão Dourado, que vem sendo desenvolvido de maneira conjunta eintegrada pelas áreas de meio ambiente e de manutenção.

As metodologias adotadas para controle da infestação em estruturas de resfriamento das usinas,causada pelo mexilhão dourado se baseiam no monitoramento de sua presença em equipamentos quepossam afetar diretamente a geração de energia elétrica. As principais medidas tomadas são aexecução de limpezas periódicas, com remoção mecânica e destinação adequada dos resíduos dainfestação, e a adição de ativos nos sistemas de resfriamento das unidades geradoras, visando evitar aincrustação das larvas de mexilhões.

Com a comprovada eficiência das técnicas de controle do mexilhão dourado, o Ministério do MeioAmbiente, em 2004, solicitou à CESP que assumisse a coordenação da implantação da Força-TarefaNacional para o Controle de Mexilhão Dourado na região da bacia hidrográfica do Alto Paraná.

Desde então, vem sendo realizado um amplo trabalho de conscientização sobre o mexilhão dourado ede técnicas para seu controle. Foi produzido material educativo sobre o assunto e divulgadasinformações sobre a espécie às populações ribeirinhas, por meio de atividades desenvolvidas nobarco-escola e no ônibus-escola utilizados pelo Programa de Educação Ambiental.

69

C E S P - R E L A T Ó R I O D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 9

70

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

Trata-se de um programa criado em 1972, responsável por catalisar a ação internacional e nacional paraa proteção do meio ambiente no contexto do desenvolvimento sustentável. Seu mandato é proverliderança e encorajar parcerias no cuidado ao meio ambiente, inspirando, informando e capacitandonações e povos a aumentar sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações.

Com o desenvolvimento de um Plano Preliminar de Implementação, a CESP tornou-se signatária daDeclaração Internacional sobre Produção Mais Limpa do PNUMA. O Plano especifica as ações pelasquais a CESP planeja tornar concretos os seis princípios da Declaração: “Liderança”, “Conscientização,Educação e Formação”, “Integração”, “Pesquisa e Desenvolvimento” e “Transparência”.

C E S P - R E L A T Ó R I O D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 9

71

C E S P - R E L A T Ó R I O D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 9

72

Indicadores Ambientais Consolidados Ano base Ano Unidade

2009 2008 de medida Meta

Recuperação de Áreas Degradadas

Implantação de reflorestamento em área própria 468,26 473,4 ha 500

Recuperação de áreas de empréstimo 35 45 ha 80

Implantação de fomento florestal em área de terceiros 296 282,15 ha 250

Número de mudas de espécies florestais produzidas 2.585.000 3.000.000 n° 2.500.000

Manejo de Fauna Silvestre

Número de espécies manejadas 48 49 n° —

Número de indivíduos referente às espécies manejadas 271 209 n° —

Conservação da Ictiofauna

Quantidade de monitoramentos ictiológicos e limnológicos 57 57 n° 60

Número de espécies produzidas para estocagem 12 10 n° 10

Número de alevinos utilizados para estocagem 3.903.000 3.830.000 n° 3.500.000

Preservação de Áreas de Patrimônio da União

Quantidade de regularizações de uso de áreas da CESP 172 1.336 n° —

Geração e Tratamento de Resíduos

Quantidade de plantas aquáticas retiradas na tomada 2.800,50 3.063,50 m³/ano —

de água das usinas

Educação Ambiental

Quantidade de municípios atendidos 72 86 n° 80

Quantidade de unidades de ensino e entidades atendidas 112 127 n° 110

Número de alunos atendidos 35.730 27.260 n° 30.000

Número de professores capacitados 198 303 n° 350

Número de visitantes dos Centros de Conservação da Fauna 34.397 30.690 n° 32.000

Número de empregados atendidos 1.600 2.270 n° 1.500

Pesquisa & Desenvolvimento – P&D

Quantidade de projetos em desenvolvimento 5 3 n° —

Recursos aplicados em P&D para o Meio Ambiente 733 476 R$ mil —-

C E S P - R E L A T Ó R I O D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 9

73

BALANÇO SOCIAL

1 - Base de cálculo 2009 R$ Mil 2008 R$ Mil

Receita líquida (RL) - DRE 3.084.062 2.479.693

Lucro operacional bruto (LOB) - DRE 1.687.563 1.160.921

Folha de pagamento bruta (FPB) 204.130 187.799

2 - Indicadores sociais internos R$ Mil % FPB % RL R$ Mil % FPB % RL

Alimentação 6.686 3,28% 0,22% 6.677 3,56% 0,27%

Encargos sociais compulsórios 48.659 23,84% 1,58% 40.393 21,51% 1,63%

Previdência privada 7.161 3,51% 0,23% 8.386 4,47% 0,34%

Saúde 14.864 7,28% 0,48% 9.870 5,26% 0,40%

Capacitação e desenvolvimento profissional 528 0,26% 0,02% 624 0,33% 0,03%

Creches ou auxílio-creche 51 0,02% 0,00% 69 0,04% 0,00%

Outros 94 0,05% 0,00% 112 0,06% 0,00%

Total - Indicadores sociais internos 78.043 38,23% 2,53% 66.131 35,21% 2,67%

3 - Indicadores sociais externos R$ Mil % LOB % RL R$ Mil % LOB % RL

Educação 3.107 0,18% 0,10% 2.380 0,21% 0,10%

Total das contribuições para a sociedade 3.107 0,18% 0,10% 2.380 0,21% 0,10%

Tributos (excluídos encargos sociais) (1) 471.394 27,93% 15,28% 456.822 39,35% 18,42%

Total - Indicadores sociais externos 474.501 28,12% 15,39% 459.202 39,55% 18,52%

4 - Indicadores ambientais R$ Mil % LOB % RL R$ Mil % LOB % RL

Investimentos relacionados com a operação da empresa 28.553 1,69% 0,93% 38.565 3,32% 1,56%

Total - Indicadores ambientais 28.553 1,69% 0,93% 38.565 3,32% 1,56%

5 - Indicadores do corpo funcional 2009 2008

Nº de empregados(as) ao final do período 1.284 1.321

Nº de estagiários(as) 26 36

Nº de empregados(as) acima de 45 anos 1.047 992

Nº de mulheres que trabalham na empresa 186 194

% de cargos de chefia ocupados por mulheres 9,46% 11,90%

Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais 15 18

6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial

Relação entre a maior e a menor remuneração da empresa 18,1 18,9

Número total de acidentes de trabalho 5 com afastamento e 7 sem afastamento 1 com afastamento e24 sem afastamento

Os projetos sociais e ambientais desenvolvids pela empresa foram definidos por: ( ) direção (x) direção e ( ) todos os ( ) direção (x) direção e ( ) todos os

gerências empregados gerências empregados

Os padrões de segurança e salubridade do ambiente de trabalho foram definidos por: ( ) direção e ( ) todos os (x) todos os ( ) direção e ( ) todos os (x) todos os

gerências empregados empregados + Cipa gerências empregados empregados + Cipa

A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção e (x) todos os ( ) direção ( ) direção e (x) todos os

gerências empregados gerências empregados

A participação dos lucros ou resultados contempla: ( ) direção ( ) direção e (x) todos os ( ) direção ( ) direção e (x) todos os

gerências empregados gerências empregados

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de

responsabilidade social e ambientao adotados pela empresa: ( ) não são ( ) são sugeridos (x) são exigidos ( ) não são ( ) são sugeridos (x) são exigidos

considerados considerados

Quanto à participação de empregados(as) em

programas de trabalho voluntário, a empresa: ( ) não se ( ) apoia (x) organiza e ( ) não se ( ) apoia (x) organiza e

envolve incentiva envolve incentiva

Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): (1) Em 2009: 2.435.971 Em 2008: 1.894.478

Distribuição do Valor Adicionado: 21% governo 7% colaboradores(as) 26% governo 8% colaboradores

31% acionistas 41% terceiros 0% retido 0% acionistas 66% terceiros 0% retido

C E S P - R E L A T Ó R I O D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 9

DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Valores em milhares de reais)

2009 2008GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Receitas operacionais 3.084.062 2.986.866

Reversão / Provisão para créditos de liquidação duvidosa - PCLD (Nota 27) -8.440 2.736

3.075.622 2.989.602

Menos:Insumos

Encargos de uso do sistema de transmissão/serviços do sistema 336.991 305.714

Energia de curto prazo 17.525 139.490

Serviços de terceiros 66.995 57.382

Materiais 10.361 9.588

Outros custos operacionais 11.775 10.560

443.374 522.734

VALOR ADICIONADO BRUTO 2.632.248 2.466.868

Retenções Depreciação 480.655 480.804

VALOR ADICIONADO LÍQUIDO GERADO 2.151.593 1.986.064

TRANSFERÊNCIAS Receitas financeiras 94.310 123.224

Variações cambiais líquidas 665.346 -664.037

Entidade de previdência - Deliberalão CVM nº 371-2000 105.370 -177.285

Imposto de renda e Contribuição social diferidos (ativo) 35.919 458.194

900.945 -259.904

OUTRAS Provisões operacionais / RTE (Nota 27) -35.386 -126.214

Outras despesas/(receitas) líquidas (Nota 27) -394.202 -35.728

Imposto de renda e Contribuição social diferidos (passivo) -184.111 330.260

-613.699 168.318

VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 2.438.839 1.894.478

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Pessoal: Remuneração do trablaho (Não inclui INSS) 156.989 146.004

Remuneração dos administradores 2.803 2.322

Entidade de previdência a empregados - Contribuição ao plano 7.161 8.386

166.953 156.712

Financiadores e aluguéis Juros e encargos de dívidas 425.028 498.110

Variações monetárias 234.839 355.289

Arrendamento e alugueis 5.155 4.533

665.022 857.932

Intrasetoriais - Encargos e regulamentares: Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos 167.582 166.726

Reserva global de reversão (RGR) 68.766 74.147

Pesquisa e desenvolivmento (P&D) 26.378 24.562

Taxa de fiscalização - ANEEL / Outros encargos 14.910 11.035

277.636 276.470

Tributos e contribuições sociais:Federal INSS 37.177 31.087

COFINS 226.991 217.851

PIS 49.279 47.295

( - ) Crédito COFINS/PIS sobre Encargos de uso do Sistema de transmissão/energia -31.487 -39.595

Imposto de renda 102.881 62.697

Contribuição social 63.889 25.256

448.730 344.591

Estadual / Municipal ICMS 59.744 143.195

ISS 97 123

59.841 143.318

508.571 487.909

Outros: Provisão de redução ao valor recuperável de ativos 57.944 2.467.094

Acionistas: Lucro (prejuízo) líquido do exercícios 762.713 -2.351.639

TOTAL 2.438.839 1.894.478

74

C E S P - R E L A T Ó R I O D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 9

Perfil

Estratégia e Análise

1.1 Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão

sobre a relevância da sustentabilidade para a organização 7 e 8

1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades 18 a 20 e 52 a 70

Perfil Organizacional

2.1 Nome da organização 9

2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços 9 a 13

2.3 Estrutura operacional 13

2.4 Localização da sede 9

2.5 Numero de países em que a organização opera As operações da CESP estão todas

localizadas no Brasil.

2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade 9

2.7 Mercados atendidos 9

2.8 Porte da organização 9

2.9 Principais mudanças durante o período coberto Não houveram mudanças estruturais ou

operacionais significativas no período

coberto pelo relatório

2.10 Prêmios recebidos no período 25

Parâmetros para o Relatório

Perfil do Relatório

3.1 Período coberto pelo relatório 6

3.2 Data do relatório anterior mais recente Este é o segundo ano consecutivo em

que a Companhia publica o Relatório de

Sustentabilidade

3.3 Ciclo de emissão dos relatórios 6

3.4 Dados para contato 80

3.5 Processo para definição do conteúdo do relatório 6

3.6 Limite do relatório 6

3.7 Declaração sobre quaisquer limitações especíificas quanto

ao escopo ou ao limite do relatório 6

3.8 Base para elaboração do relatório no que se refere a

joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas,

operações terceirizadas e outras organizações 6

3.10 Explicação das conseqüências de quaisquer reformulações Não houveram reformulações de

de informações fornecidas em relatórios anteriores informações fornecidas em relação ao

relatório anterior

3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores Não houveram mudanças significativas

no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição no que se refere a escopo, limite ou

aplicados no relatório métodos de medição em comparação

com o relatório anterior

Sumário de Conteúdo da GRI

3.12 Tabela que identifica a localização das informações no relatório 75 a 79

Indicadores GRI Página Observações

75

C E S P - R E L A T Ó R I O D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 9

76

Governança, Compromissos e EngajamentoGovernança

4.1 Estrutura de governança 20 a 23

4.2 Indicação caso o presidente do mais alto órgão de 20 a 23 A Presidente do Conselho de governança

também seja um diretor executivo Administração da CESP não e membro da

Diretoria Executiva

4.3 Para organizações com uma estrutura de A estrutura de administração da CESP não é

administração unitária, declaração do número de unitária

membros independentes ou não executivos do

mais alto órgão de governança

4.4 Mecanismos para que acionistas e empregados 22 Parcialmente respondido

façam recomendações ou dêem orientações ao mais

alto órgão de Governança

4.7 Processo para determinação das qualificações e 20 Parcialmente respondido

conhecimento dos membros do mais alto órgão de

governança para definir a estratégia da organização,

para questões relacionadas a temas econômicos,

sociais e ambientais

4.8 Declarações de missão e valores, códigos de 6, 24, 52, 59 e 60 Parcialmente respondido

conduta e princípios internos relevantes para o

desempenho econômico, ambiental e social, assim

como estágio de sua implementação

4.9 Procedimentos do mais alto órgão de governança 20 a 23 Parcialmente respondido

para supervisionar a identificação e gestão por parte da

organização do desempenho econômico,

ambiental e social

4.10 Processos para a auto-avaliação do desempenho A CESP não possui processo formalizado de

do mais alto órgão de governança, especialmente com auto-avaliação de desempenho do Conselho

respeito ao desempenho econômico, ambiental e social de Administração

4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas 47 a 51 e 69 e 70

desenvolvidas externamente de caráter econômico,

ambiental e social, que a organização subscreve

ou endossa

4.13 Participação significativa em associações e/ou 44

organismos nacionais/internacionais de defesa em que

a organização: possui assento em grupos responsáveis

pela governança corporativa; integra projetos

ou comitês; contribui com recursos de monta alem da

taxa básica como organização associada

Engajamento com Stakeholders

4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados 37 a 51

pela organização

4.15 Base para identificação e seleção dos stakeholders 37 a 51

com os quais se engajar

Indicadores GRI Página Observações

C E S P - R E L A T Ó R I O D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 9

77

EconômicoAspecto: Desempenho Econômico

EC1 Valor Econômico direto gerado e distribuído 74

EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as 69 Parcialmente respondido

atividades da organização devido a mudanças climáticas

EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de beneficio 38

definido que a organização oferece

Aspecto: Presença de Mercado

EC6 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores 44 Parcialmente respondido

locais em unidades operacionais importantes

Aspectos: Impactos Econômicos Indiretos

EC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-estrutura 45 a 51

e serviços oferecidos, principalmente para beneficio publico,

por meio de engajamento comercial, em espécie ou

atividades pro bono

EC 9 Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos 45 a 51

significativos, incluindo a extensão dos impactos

Meio Ambiente

Aspecto: Energia

EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo Não se aplica o negócio de geração

de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, de energia elétrica

e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas

Aspecto: Água

EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água Não se aplica ao negócio da CESP

Aspecto: Biodiversidade

EN12 Descrição dos impactos significativos na biodiversidade de 53 a 60

atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas

de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas

EN13 Habitats protegidos ou restaurados 53 a 60

EN14 Estratégia, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de 53 a 60

impactos na biodiversidade

Aspecto: Emissões, Efluentes e Resíduos

EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases causadores do 69

efeito estufa, por peso

EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases causadores do 69

efeito estufa e as reduções obtidas

EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação 60 e 61 Parcialmente respondido

EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição 60 e 61 Parcialmente respondido

Aspecto: Produtos e Serviços

EN26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e Não se aplica o negócio de geração

serviços e a extensão da redução desses impactos de energia elétrica

EN27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em Não se aplica o negócio de geração

relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto de energia elétrica

Indicadores de desempenho Página Observações

C E S P - R E L A T Ó R I O D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 9

78

Práticas Trabalhistas e Trabalho DecenteAspecto: Emprego

LA1 Total de trabalhadores por tipo de emprego, 37 Parcialmente respondido

contrato de trabalho e região

LA2 Numero total e taxa de rotatividade de empregados por faixa etária, 37 Parcialmente respondido

gênero e região

LA3 Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não 38

são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio

período, discriminados pelas principais operações

Aspecto: Relações entre os Trabalhadores e a Governança

LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de 44

negociação coletiva

Aspecto: Segurança e Saúde no Trabalho

LA6 Percentual de empregados representados em comitês formais de 38

segurança e saúde, compostos por gestores e trabalhadores, que

ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de

segurança e saúde ocupacional

LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo 39

e óbitos relacionados ao trabalho, por região

LA8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção 39 a 41

e controle de risco em andamento para dar assistência a

empregados, seus familiares ou membros da comunidade com

relação a doenças graves

Aspecto: Treinamento e Educação

LA10 Média de horas de treinamento por ano, por empregado, 42 e 43 Parcialmente respondido

discriminadas por categoria funcional

LA11 Programas para gestão de competências e aprendizagem continua 42 e 43 Parcialmente respondido

que apóiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e

para gerenciar o fim da carreira

LA12 Percentual de empregados que recebem regularmente analises 42 e 43

de desempenho e de desenvolvimento de carreira

Direitos Humanos

Aspecto: Praticas de Investimento e de Processos de Compra

HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que 45 Todos os contratos padrão da

foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as Companhia possuem clausula de

medidas tomadas direitos humanos (proibindo mão-de-

obra infantil e qualquer tipo de

trabalho escravo)

Aspecto: Não Discriminação

HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas Não foram registrados casos de

discriminação em 2009

Aspecto: Trabalho Infantil

HR6 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência 44 e 45 Não foram identificadas operações

de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição com risco de trabalho infantil em

do trabalho infantil 2009

Indicadores de Desempenho Página Observações

C E S P - R E L A T Ó R I O D E S U S T E N T A B I L I D A D E 2 0 0 9

79

Aspecto: Trabalho Forçado ou Análogo ao Escravo

HR7 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência 44 Não foram identificadas operações

de trabalho forcado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para com risco de trabalho escravo em

contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo 2009

Aspecto: Direitos Indígenas

HR9 Número total de casos de violação de direitos dos povos indígenas Não foram registrados casos de

e medidas tomadas violação de direitos dos povos

indígenas em 2009

Aspecto: Comunidade

SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e praticas para 45 a 51

avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades,

incluindo a entrada, operação e saída

Aspecto: Corrupção

SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção Não foram registrados casos de

corrupção em 2009

SO5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração 44

de políticas públicas e lobbies

Responsabilidade pelo Produto

Aspecto: Saúde e Segurança do Cliente

PR1 Fases do ciclo de produtos e serviços em que os impactos na Não se aplica o negócio de geração

saúde e segurança são avaliados visando melhoria, e o percentual de de energia elétrica

produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos

PR2 Numero total de casos de não-conformidade com regulamentos Não se aplica o negócio de geração

e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por de energia elétrica

produtos e serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida,

discriminados por tipo de resultado

Aspecto: Rotulagem de Produtos e Serviços

PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por Não se aplica o negócio de geração

procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços de energia elétrica

sujeitos a tais exigências

PR4 Numero total de casos de não conformidades com regulamentos Não se aplica o negócio de geração

e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem de de energia elétrica

produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado

Aspecto: Conformidade

PR9 Valor monetário de multas (significativas) por não-conformidade Não foi registrada nenhuma multa

com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de por estes aspectos em 2009

produtos e serviços

Indicadores de Desempenho Página Observações

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São Paulo – SPTel: (11) 5613-2100WWW.cesp.com.br

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