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Trabalho de conclusão de curso I
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SUMÁRIO
CAPÍTULO I – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 1.1-Definição do Tema .............................................................................................. 03
1.2-Justificativa .......................................................................................................... 03
1.3-Caracterização do Público Alvo ...................................................................... 04
1.4-Caracterização do Tipo de Gestão do Empreendimento ........................... 04 CAPÍTULO II – ASPECTOS TEÓRICOS 2.1- O que é Cultura ................................................................................................ 05
2.2- O que é Patrimônio .......................................................................................... 06
2.3- Centro de Cultura ............................................................................................ 07
2.4- Centro de Convivência .................................................................................... 08
2.5- Linha Arquitetônica ........................................................................................... 08 CAPÍTULO III – ASPECTOS HISTÓRICOS 3.1- Introdução .......................................................................................................... 09
3.2- Informação: Forma e Fundo da Cultura Contemporânea .......................... 09
3.3- Centros de Cultura: Uma Invenção Contemporânea ................................. 10
3.4- A Ação Cultural e a Ação Informacional nos Centros de Cultura ............. 11
CAPÍTULO IV – CENTRO CULTURAL EM PELOTAS
4.1- Cultura ................................................................................................................ 12
4.2- Importância para a Cidade de Pelotas ......................................................... 13
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CAPÍTULO V – ANÁLISE DE PRECEDENTES
5.1- Centro Cultural Oscar Niemeyer ..................................................................... 14
5.2- Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou ................................................................ 18
5.3- MUSEU DE BELAS ARTES DE QUÉBEC – Brasil Arquitetura ............................... 21
5.4- Espaço Multifuncional Cidade Viva ............................................................... 27
CAPÍTULO VI – ESTUDO DO ENTORNO
6.1- Sítio e suas Características ............................................................................... 34
6.2- Edifícios em Destaque ...................................................................................... 45
6.3- Análise do Entorno ............................................................................................ 47
6.4- Imagens do terreno ........................................................................................... 48
CAPÍTULO VII - LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA 7.1- SEÇÃO II - da prevenção de incêndios .......................................................... 49
7.2- SEÇÃO XIII - das edificações ............................................................................ 49
7.3- CAPÍTULO I – Regras gerais .................................................................................51 CAPÍTULO VIII – O PROJETO
8.1- Programa de necessidades ............................................................................. 52
8.2- Pré Dimensionamento ...................................................................................... 53
8.3- Fluxograma ........................................................................................................ 55
8.4- Zoneamento ...................................................................................................... 56
8.5- Conceituação ................................................................................................... 57
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CAPÍTULO I – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
1.1- Definição do Tema
Um centro de cultura não é apenas uma área que abriga objetos. É uma área que
reúne cultura de diversas formas, como exposições, bibliotecas, cinematecas, etc. É
um local aberto à população em geral e tem como objetivo reunir pessoas interessadas
em cultura, manter um constante incentivo à criação e descoberta de arte, difundir a
cultura entre a população, informando sobre suas mais diversas formas, desde a
origem (história) até suas mais novas manifestações.
As informações fornecidas por um centro cultural não devem ser aceitas passivamente,
devem ser discutidas e seu público deve ser alternativo, não deve existir um público
preferencial.
A construção de um centro de cultura é uma decisão política que deve partir de um
desejo comum e deve ser discutida pela parte da sociedade, que de certa forma estará
ligada a ele.
1.2- Justificativa
A criação de um Centro Cultural em Pelotas justifica-se a partir da necessidade de mais
espaços culturais e artísticos na cidade.
Primeiro pelo fato dela ser conhecida como local historicamente cultural. Herança de
longa data de apoio e incentivo às artes e cultura. Outra justificativa é a existência de
vários centros formadores de músicos que necessitam local para demonstrar sua arte.
Comprovada a carência de oferta de locais adequados para a realização de shows
musicais de pequeno e grande porte na cidade, e também outros tipos de atividades
culturais justificam a necessidade de um centro cultural em Pelotas.
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1.3- Caracterização do Público Alvo
Artistas
O Centro Cultural estará aberto a todos os tipos de artistas como músicos, atores,
escultores, dançarinos.
Serão disponibilizados oficinas e cursos de arte, abertos para as pessoas que
desejarem trabalhar em sua área.
Também terá espaços de exposições e eventos para que os artistas possam mostrar
seus trabalhos desenvolvidos no Centro Cultural.
Espectadores
Os espaços destinam-se a públicos formados por grupos de diferentes características,
acompanhando a tendência dos espetáculos apresentados.
Por localizar-se em Pelotas, cidade pólo da região sul do Rio Grande do Sul, há de
supor-se que o público-alvo será acrescido por pessoas de localidades próximas, que
vem até aqui pela possibilidade de assistir aos eventos desenvolvidos no Centro
Cultural.
Também é preciso cuidar para acomodar o público de forma a não deixá-lo
descontente para não prejudicar a imagem do local, por isso terá também áreas de
convivência, restaurante, propondo uma comodidade para os usuários.
1.4- Caracterização do Tipo de Gestão do Empreendimento
Empreendimento Público sem fins lucrativos.
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CAPÍTULO II – ASPECTOS TEÓRICOS
Faz-se necessária a pesquisa e o estudo de assuntos bem como de conceitos
relacionados ao tema em questão, para que se possa ter embasamento teórico para a
elaboração da proposta de um partido arquitetônico adequado a um Centro Cultural.
2.1- O que é Cultura Igualdade de oportunidades e valorização da diversidade são características
conceituadas internacionalmente produzidas pela cultura de um determinado município.
Assim a cultura é um conceito muito abrangente, onde o Ministério da Cultura tenta
defini-la: “A cultura é constitutiva da ação humana: seu fundamento simbólico está sempre presente em qualquer prática social. Entretanto, no decorrer da história, processos colonialistas, imperialistas e expansionistas geraram concentrações de poder econômico e político produzindo variadas dinâmicas de subordinação e exclusão cultural. Na atualidade, como reação a esse processo de homogeneização cultural induzida em âmbito local e mundial, surgem iniciativas voltadas para a proteção e afirmação da diversidade cultural da humanidade. Tal perspectiva pressupõe maior responsabilidade do Estado na valorização do patrimônio material e imaterial de cada nação. Por essa ótica, a fruição e a produção de diferentes linguagens artísticas consolidadas e de múltiplas identidades e expressões culturais, que nunca foram objeto de ação pública no Brasil, afirmam-se como direitos de cidadania. Nesse contexto, reconhece-se hoje a existência de uma economia da cultura que, bem regulada e incentivada, pode ser vista como um vetor de desenvolvimento essencial para a inclusão social através da geração de ocupação e renda.” (http://www.cultura.gov.br/site/pnc/introducao/valores/)
Assim a herança que passará de geração para geração é a cultura do seu povo, com
seus costumes, modo de vida, culinária, e mais do que isso é fonte de renda para
muitas pessoas, pois com artefatos simbólicos da região consegue-se fazer
desta atividade, um meio lucrativo.
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2.2- O que é Patrimônio
Hoje no Brasil existe um órgão que cuida da preservação do patrimônio cultural, o
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sendo ele responsável
por garantir a memória de nossas culturas para as gerações futuras. O IPHAN
determina o que é patrimônio cultural como sendo ele material e imaterial, com base
nas suas definições consegue-se entender porque devemos cuidar de nossos bens
culturais. “O patrimônio cultural não se restringe apenas a imóveis oficiais isolados,
igrejas ou palácios, mas na sua concepção contemporânea se estende a imóveis
particulares, trechos urbanos e até ambientes naturais de importância paisagística,
passando por imagens, mobiliário, utensílios e outros bens móveis”. O patrimônio
cultural vai além das eventuais modalidades de cultura, sendo influenciado por alguns
segmentos da economia, como a construção civil e o turismo.
De acordo com Iphan, o seu patrimônio material “é composto por um conjunto de bens
culturais classificados segundo sua natureza nos quatro Livros do Tombo:
arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas.
“Eles estão divididos em bens imóveis, como os núcleos urbanos, e móveis como
coleções documentais e bibliográficas”.
A diversidade cultural que existe em nossa sociedade hoje é uma força que alavanca o
crescimento econômico, pois muitos turistas vêm em busca de conhecer as nossas
tradições. A troca de experiências faz com que haja o respeito mutuo e a compreensão
dos povos. Hoje as manifestações culturais de nosso país são conhecidas
mundialmente, como é o caso do carnaval. Porém hoje com os desastres naturais, os
roubos e os conflitos causados pelos homens, o patrimônio vai perdendo espaço e
sentido com o tempo, por isso é necessário preservar e proteger o patrimônio para as
gerações futuras.
A Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
define como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações, expressões,
conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e
lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e,
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em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio
cultural”.
“O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente
recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação
com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade,
contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade
humana”.
Deve-se cuidar para que as raízes dos povos não se acabem, nem se esqueçam
através do tempo, pois o único patrimônio que fica eternizado é a cultura e a educação,
que andam lado a lado em nossas vidas.
2.3- Centro de Cultura O centro de cultura é um espaço onde o principal objetivo é o aprimoramento
intelectual, através de uma manifestação de um atributo da sociedade, podendo ser
distintivo de um grupo ou de um único individuo, estimulando a prática de atividades
que ajudem a disseminar culturalmente a identidade do município e aperfeiçoando o
conhecimento da sociedade.
Para melhor aperfeiçoamento do tema, deve-se entender primeiramente qual o real
significado de cultura, que segundo Ferreira (1999, p.591) determina como sendo:
“O conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade. [Nas ciências humanas, opõe-se por vezes a idéia de natureza, ou de constituição biológica, e está associada a uma capacidade de simbolização considerada própria da vida coletiva e que é à base das interações sociais] [...] conjunto complexo dos códigos e padrões que regulam a ação humana individual e coletiva, tal como se desenvolvem em uma sociedade ou grupo específico, e que se manifestam em praticamente todos os aspectos de vida: modos de sobrevivência, normas de comportamento, crenças, instituições, valores espirituais, criações materiais.”
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O centro de cultura se caracteriza como um espaço de convivência, onde as diversas
formas de manifestação da cultura se mesclam, onde o individuo pode optar pela
biblioteca, cursos profissionalizantes, oficinas educativas, artesanato, palestras, teatro
e dança, fazendo a sociedade interagir com o espaço e renovar a cada dia a cultura no
município.
2.4- Centro de Convivência O centro de convivência surge para propor experiências inovadoras e troca de
conhecimentos, aonde ele vem para superar os desafios existentes em relação à
inclusão social. Assim o centro para convivência é um local que diferentes grupos de
pessoas se reúnem para encontros que proporcionem conversas, gincanas, trabalhos
manuais, jogos, tendo diversas atividades de lazer e reflexão.
Este tipo de espaço trás benefícios que além da interação proporcionada, o centro
também dá suporte psicossocial e pedagógico, tendo em vista que se trabalhará com
crianças e adolescentes, onde eles estarão formando suas opiniões e fazendo suas
escolhas. Dando este tipo de apoio reduz a porcentagem de adolescentes que devido à
fragilidade ou a algum aspecto emocional acabam caindo na criminalidade.
2.5- Linha Arquitetônica Além de transmitir sentimentos aos usuários e superar desafios construtivos, as obras
arquitetônicas devem ainda ter expressão e significado, conferindo-lhe autenticidade,
sendo uma obra única que será valorizada pela sua solução estrutural e relação com
seu entorno.
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CAPÍTULO III – ASPECTOS HISTÓRICOS
3.1- Introdução
O paradigma da Sociedade da Informação descreve as características fundamentais de
nossa sociedade: globalização; organização em rede; compressão do tempo e do
espaço; enfraquecimento do poder do Estado e aumento do poder regulador do
mercado; expansão do setor de serviços, do lazer e do turismo. À medida que a
Sociedade da Informação e do Conhecimento e a globalização foram se
desenvolvendo, o século XX assistiu à emergência de inúmeros centros de cultura nos
países desenvolvidos, tendência que foi prontamente importada para países como o
Brasil, México e até mesmo Cuba. Na Europa, França e Inglaterra criam e incentivam a
implantação de espaços culturais desde a década de 70, com a proposta de
democratizar a cultura para além das tendências da cultura de massa. No Brasil,
embora já houvesse o interesse nestes centros desde a década de 60, como coloca
Teixeira Coelho (1996), essa tendência tomou corpo a partir dos anos 80, com a
criação, na cidade de São Paulo, do centro cultural do Jabaquara e do Centro Cultural
São Paulo, ambos financiados pelo Estado.
3.2- Informação: Forma e Fundo da Cultura Contemporânea
A sociedade atual tem como característica principal a centralidade do conhecimento e
da informação, que se tornaram fonte de produtividade e poder. Para Milton Santos
(1994), o que marca o momento atual é “o papel verdadeiramente despótico da
informação”.
No mundo contemporâneo, a informação corresponde a uma maneira de construir a
cultura. Segundo Marteleto (1994), a cultura é construída pelos agentes e
instituições sociais em constante interação baseada na produção, difusão,
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recepção e apropriação de bens simbólicos. Este processo se dá atualmente através
do compartilhamento de informações. Hoje, o aprendizado do mundo é realizado não
por uma relação direta, mas antes, mediado pelas informações que ordenam nossa
cultura e dão sentido à nossa relação com o mundo. Ao mesmo tempo em que as
informações são geradas, preservadas e transmitidas através da cultura, a produção e
reprodução dos artefatos culturais, em nossa sociedade, se dá a partir do modo
informacional.
Em se tratando da dimensão sociológica da cultura, definida por Botelho (2001) como o
circuito artístico-cultural organizado, hoje os agentes culturais se organizam em torno a
um processo longo, que vai desde o surgimento da obra até o seu consumo pelo
público.
Nesse contexto em que o desenvolvimento e difusão generalizada das TIC’s na
Sociedade da Informação transformaram a informação em instrumento de mediação
entre o homem e a realidade, cultura e informação se aproximam e inter-relacionam. A
informação torna-se matéria-prima para a elaboração da cultura.
3.3- Centros de Cultura: Uma Invenção Contemporânea
A história dos centros de cultura no Brasil é recente. Não se falava no assunto até que
os países do primeiro mundo começassem construir estes espaços. A iniciativa
pioneira da França, com a construção do Centre National d’Art et Culture Georges
Pompidou, inaugurado em 1977, serviu de modelo para o resto do mundo. Em nosso
país, o movimento de criação dos centros de cultura iniciou-se na década de 80 e teve
um crescimento vertiginoso nos últimos vinte anos, provavelmente, vinculado às
possibilidades de investimento através de benefícios fiscais concedidos pelas leis de
incentivo à cultura.
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3.4- A Ação Cultural e a Ação Informacional nos Centros de Cultura
A ação cultural pode ser considerada como um processo de intervenção que utiliza o
modo operativo da arte, com seu caráter libertário e questionador, para revitalizar laços
sociais, promover a criatividade em grupo e criar condições para que ocorram
elaborações e práticas culturais.
Para Teixeira Coelho (1986) e Milanesi (1997), os centros devem realizar ações que
integrem três campos comuns ao trabalho cultural: criação, circulação e preservação.
Para o primeiro campo, devem-se incorporar ações que visam estimular a produção de
bens culturais. Devem-se promover oficinas, cursos e laboratórios; deve-se investir na
formação artística e na educação estética.
Uma vez produzido o bem cultural este deve ser tornado público, através de uma
política de eventos que possibilite a participação da sociedade. A circulação do bem
cultural e da informação, de acordo com Milanesi (1997), cria novas demandas
culturais e informacionais, e esta é uma condição básica do trabalho cultural. Para
evitar que os eventos transformem a casa de cultura em espaço de puro lazer, o autor
indica a necessidade de se atuar na formação de público para a recepção de bens
culturais, através de oficinas e debates de linguagens artísticas.
O terceiro campo do trabalho cultural realizado por um centro de cultura é o campo da
preservação. Depois de criado e tornado público, o bem cultural deve ser preservado,
para garantir a manutenção da memória cultural daquela coletividade.
Os três segmentos do trabalho cultural apresentado ― criação, circulação e
preservação ― têm no conhecimento e na informação sua matéria-prima. Da mesma
forma, as demais funções a que se destinam os centros de cultura, como formação
artística, estética e de público; fruição e recepção crítica de bens culturais; reflexão e
construção da identidade estão ancoradas no acesso à informação.
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CAPÍTULO IV – CENTRO CULTURAL EM PELOTAS
4.1- Cultura
Com a mistura étnica que caracteriza
Pelotas, não é surpreendente que
seja um rico centro cultural e político,
sendo conhecida como a Atenas Rio-
Grandense.
Berço e morada de inúmeras
personalidades da cultura nacional,
como do escritor regionalista João
Simões Lopes Neto (1865 - 1916),
autor de Cancioneiro Guasca (1910),
Contos Gauchescos (1912) e Lendas
do Sul (1913), de Hipólito José da
Costa - patrono da imprensa no Brasil, e do pintor Leopoldo Gotuzzo, cujos trabalhos
ultrapassaram as fronteiras de Pelotas conquistando prêmios e exposições até
na Europa, e o já citado Antônio Caringi (1905 - 1981), escultor pelotense reconhecido
internacionalmente, e do senador Joaquim Augusto de Assumpção, fundador do Banco
Pelotense.
Atualmente, o Centro Cultural Adail Bento Costa funciona, também, como a sede da
Secretaria Municipal de Cultura, contando com duas salas de exposições (Inah d'Ávila
Costa e Antônio Caringi) além do Bistrô, utilizado para eventos em geral. O prédio faz
parte do patrimônio tombado pelo IPHAN e fica localizado à Praça Coronel Pedro
Osório, 02.
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4.2- Importância para a Cidade de Pelotas
O centro cultural em Pelotas
será muito importante, pois
servirá como um ponto de
encontro de artistas, de
gerações. É um espaço muito
democrático, aberto para a
poesia, a dança, a fotografia,
as artes plásticas em geral,
para o teatro. É um lugar
muito bacana, com muita
história. A cultura é algo
dinâmico, vivo, feito e refeito
cotidianamente.
Independente dos eventos
que realiza, possibilita encontros, é um ponto onde artistas alternativos se reúnem para
tocar violão e trocar versos.
Justificativa:
Em minha pesquisa encontrei apenas o Centro Cultural Adail Bento Costa e o
Pachamama. Concluí que Pelotas necessita de um lugar aberto para artistas, com
espaços para exposições e oficinas, para mostrar o trabalho desenvolvido.
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CAPÍTULO V – ANÁLISE DE PRECEDENTES
5.1- Centro Cultural Oscar Niemeyer
Ficha Técnica Local- Goiânia, GO Início do projeto- 1999 Conclusão da obra- 2006 Área do terreno (esplanada)- 26.325 m² Área construída- 16.721 m² Arquitetura- Oscar Niemeyer
Situado na zona sudoeste de Goiânia, depois dos limites da BR-153 (que liga a cidade
ao Sul do país), o Centro Cultural Oscar Niemeyer é um amplo conjunto voltado à arte,
com 17 mil metros quadrados de área construída. O espaço leva o nome do arquiteto,
que nunca havia projetado uma obra na cidade. O desenho é simples: quatro volumes
com formas e usos distintos, sobre uma esplanada retangular. Na trajetória do
arquiteto, é comum a criação de conjuntos em que cada prédio, ocupado por um item
do programa, adota uma forma diferente, com uma composição espacial entre si.
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O Centro Cultural Oscar Niemeyer não foge à regra: são quatro edifícios diversos no
formato - uma cambota, um triângulo, um cilindro suspenso e um pavilhão - e na
ocupação (respectivamente, teatro, memorial, museu e biblioteca).
Atrás do monumento, está o Museu de Arte Contemporânea, um volume circular
suspenso de 2,8 mil metros quadrados, apoiado em pilar central. O acesso é feito por
uma rampa, que esconde parcialmente o grande esforço estrutural do edifício. No
primeiro piso, fica o espaço de exposição permanente, e o mezanino é dedicado a
mostras temporárias. Parte do programa está sob a esplanada, onde ficam a
administração, a reserva técnica e uma pequena galeria.
Fazendo às vezes de pano de fundo da composição (idéia reforçada pelo vidro preto),
a biblioteca, com 1,2 mil metros quadrados, é um pavilhão em pilotis, com três pisos e
cobertura destinada a um restaurante panorâmico com terraço.
O acesso principal do conjunto, pela BR-352, é feito através de uma escadaria larga.
No dia-a-dia, os visitantes chegam pelos fundos, onde fica o estacionamento de 530
vagas. Observada dali, a plataforma da esplanada transforma-se em laje, e percebe-se
que parte dela é ocupada: são dois cinemas (com 280 lugares cada), cinco lojas e um
bar, além de áreas técnicas. Tal como na Brasília dos primeiros anos, a composição
funciona à vista do visitante: a planície verde junto ao horizonte dá ênfase aos volumes
puros e força a sua composição geométrica.
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Plantas Baixas
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Análise conclusiva:
No projeto de Oscar Niemeyer o que mais me chama a atenção é sua composição
formal, no qual é formado por volumes bem marcantes, e sempre pensando muito na
parte funcional que o projeto irá desenvolver. No meu projeto também penso numa
composição formal marcante, e não esquecendo também de sua
funcionalidade.
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5.2- Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou
Ficha Técnica Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou Local- Nova Caledônia Conclusão da obra- 1998 Arquitetura- Renzo Piano
O Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou foi concebido pelo arquiteto italiano Renzo Piano
com a finalidade de comemorar o genuíno Kanak (também, Canaque), cultura da Nova
Caledônia. Localizado em uma península de Nouméa, na Ilha de Nova Caledônia,
Austrália, foi inaugurado em 1998. O centro é composto de 10 unidades de diferentes
tamanhos e funções, com a forma de concha posicionada verticalmente,
assemelhando-se às tendas tradicionais da Nova Caledônia. Sua aparência de
inacabado é um lembrete de que a cultura Kanak ainda está em processo de formação.
A ilha reside entre muita controvérsia política, foi sujeita à ocupação francesa por mais
de 100 anos. O seu líder cultural Jean-Marie Tjibaou tinha como objetivo fomentar a
independência Kanak, sendo, porém assassinado por um extremista, em 1989.
Tjibaou tinha a preocupação de que sua comunidade valorizasse suas raízes e
tradições, ao mesmo tempo em que fosse aberta para a cultura mundial.
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Piano desenvolveu o projeto com consultas à população local, aprendendo com a
cultura e a natureza. O arquiteto procurou refletir no projeto, as tradições da cultura
Kanak, tanto na funcionalidade quanto na aparência. Inspirado pela tradição, o Centro
Cultural Jean-Marie Tjibaou foi construído com tecnologia moderna, em madeira
laminada colada, estruturada por tubos de aço inoxidável. A estrutura foi feita para
resistir a furacões e terremotos. O complexo resistiu inclusive ao ciclone Erika. As
conchas estão agrupadas de três em três, como se fosse um povoado. A concha mais
alta possui 28m. Os caminhos para os pedestres os levam ao contato com a flora local
e seus significados míticos, muito fortes na cultura Kanak. Os telhados planos de vidro
e aço inoxidável são apoiados em colunas de Iroko (madeira local).
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Os volumes definidos por grelhas de madeira e vidro na base das paredes compõem o
sistema de resfriamento passivo. As estruturas verticais e horizontais modificam o
efeito dos ventos e as condições internas. As grelhas podem ser abertas ou fechadas,
conforme a direção e velocidade do vento e o ar interno é então expelido pela parte
mais alta do teto. Ao passar pelo edifício, o vento produz um som que representa os
sons da floresta e das vilas Kanaks.
Análise conclusiva:
No Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou, achei muito interessante por ser um projeto
sustentável e também por causa do uso de diversificado de materiais utilizados no
projeto, como o aço, madeira, vidro. É um diferencial no qual devo aplicar no meu
projeto.
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5.3- MUSEU DE BELAS ARTES DE QUÉBEC – Brasil Arquitetura
Ficha técnica Arquitetos: Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz Arquiteto Colaborador: Vitor Gurgel Projeto elaborado em: 2009 Localização: Québec, Canadá
Este projeto foi elaborado para participar do concurso de ampliação e adequação das
instalações de exposições e atividades culturais existentes no Museu Nacional de
Belas Artes de Québec, no Canadá.
Segundo os promotores do concurso o projeto do novo pavilhão trazia desafios, pois
existia complexidade no programa e limitação nos investimentos, ao que completa
dizendo, “o Museu está em busca de uma idéia forte, de um verdadeiro projeto de
arquitetura, e não apenas de um projeto de construção, que se apresente pela
disponibilidade de novos espaços. Existe uma complexidade real e um grande desafio,
pois deve ser um projeto que concilie o gesto de criação com o respeito ao
orçamento limitado e modesto para o empreendimento”.
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5.3.1 Aspectos Arquitetônicos
Com 12.200 m² de área privativa, o projeto foi elaborado para abrigar diferentes
espaços com a lógica da flexibilidade, criando espaços claros (luminosos) e atraentes
ao visitante. Assim o escritório distribuiu as atividades em quatro pavimentos,
garantindo a acessibilidade a todos eles através de rampas, escadas e elevadores.
Um projeto extremamente contemporâneo e funcional, onde o conceito principal está
na ordem espacial das atividades, deixando os visitantes livres para fazer seu próprio
percurso. A real intenção dos arquitetos era criar um edifício para marcar presença na
paisagem, com seus volumes e aberturas convidativas.
Os quatro pavimentos são compostos por grandes vãos livres para realização de
exposições e atividades culturais, contendo em todos os andares área de hall com
elevadores e escadas. Essa flexibilidade na montagem permite dispor de diferentes
formas as exposições, sem grandes dificuldades ou altos custos.
A estrutura do edifício acontece de forma intercalada, fazendo com que todos os
pavimentos funcionem como mezaninos uns dos outros. No subsolo se encontra o
túnel de ligação entre o novo pavilhão e o edifício existente conhecido como
Charles Baillairgé.
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O pavimento térreo destina-se a recepção dos visitantes, um local de acolhimento, pois
ele foi disposto de tal forma que ficasse amplamente aberto a visão da paisagem, este
espaço também pode ser utilizado para eventos de grande público.
Este estudo de caso foi escolhido com o objetivo de compor os materiais a serem
utilizados bem como tecnologias, como por exemplo, o uso do concreto armado e
protendido que é utilizado para estruturar todo o edifício e suportar grandes
sobrecargas apoiadas ou penduradas nas lajes.
5.3.2 Critérios de Análise
Contexto O projeto foi gerado para participar de um concurso no Canadá. Onde a intenção é expressar uma personalidade forte em meio à paisagem. E ainda demarcando uma relação de respeito com a igreja de Saint Dominique, ao lado. Acessibilidade Acessado pelo parque Champs-de-Bataille, o edifício com entrada principal ao nível da rua, se preocupa com a acessibilidade universal até o último pavimento, para isso foi implantado elevadores, rampas e escadas.
Programa
O programa não varia muito, o principal é grandes espaços para exposições, assim em
cada pavimento possui exposição temporária e um local técnico, que serve de apoio as
exposições. No pavimento térreo encontra-se a loja/café e no subsolo um auditório.
Assim o programa constitui de exposições, eventos, shows/palestras no auditório e a
loja/café.
24
Materiais e Tecnologia
Utilizando concreto armado e
protendido na estrutura do
edifício, faz com que ele se torne
imponente a paisagem.
As paredes externas são
compostas de múltiplas camadas
para que internamente haja
isolamento térmico e acústico,
além de que elas receberão
todas as instalações necessárias
aos pavimentos. A cobertura será
um terraçojardim visitável, para
que as pessoas possam desfrutar
da vista, e garantir a
sustentabilidade do edifício.
Grandes janelas foram projetadas para permitir a apreciação da vista, nelas também
foram instaladas cortinas de blackout motorizadas, possibilitando o fechamento para as
exposições, utilizando ainda vidros duplos com isolamento térmico e acústico que
reduzem em 30% de eficiência energética. Os arquitetos propõem a utilização de
materiais de demolição, como a madeira, o tijolo e o cobre, retirados da área de
implantação do novo pavilhão. Nos espaços internos, além das paredes estruturais
existem divisórias removíveis e deslocáveis, permitindo que seja modificada a dinâmica
espacial. A proposta ainda é a máxima utilização dos materiais locais, certificados com
CSA S478-95 (2001) – identificação canadense – que reduzirá em 50% dos resíduos
ocasionados pela construção.
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Análise da Forma
Todos os pavimentos seguem a mesma lógica, percebe-se que os arquitetos optaram
por utilizar as formas regulares, pois estão articuladas de uma forma consistente e
organizada, estas formas são geralmente simétricas, ao que é utilizado o triângulo, o
quadrado e o retângulo, não se sabe se foi algo planejado ou não. Assim as plantas
baixas se caracterizam como sendo um envoltório em formato de retângulo – forma
geométrica simples – porém a sua área útil é conformada como um triângulo. Todas as
plantas seguem a mesma forma, a única diferença é que são opostas de um pavimento
para o outro.
Mesmo na elevação nota-se que o elemento principal da composição ainda continua
sendo o retângulo, que coordena ou outros espaços.
26
Análise de Cores
A utilização de materiais de demolição em sua cor natural da um aspecto simples,
porém elegante ao edifício. O seu revestimento externo que chama a atenção na
paisagem é constituído por réguas verticais de madeira, vidros duplos com isolamento
térmico e acústico na cor natural azulado e rampas externas (volumes que sobressaem
do edifício) revestidas com folhas de cobre em tom verde água.
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5.4- Espaço Multifuncional Cidade Viva
Ficha técnica
Arquiteto: Kleimer Martins
Arquitetos Colaboradores: Antonio Cláudio Massa e Hélio Costa
Projeto elaborado em: 2006
Localização: BR 101 – Conde/PB
Este espaço multifuncional é fruto de um projeto da Igreja Batista de João Pessoa, que
visa contribuir nas áreas sociais da comunidade, promovendo a restauração da
dignidade e incentivando o apoio à família, educação, cultura e lazer, saúde, geração
de emprego e renda, ao meio ambiente, promoção da ética, direito, cidadania e valores
cristãos.
Assim o projeto tem como objetivo principal a reestruturação de famílias através da
evangelização, “tendo em vista que o Espaço Multifuncional atende as expectativas,
abrigando suas atividades básicas, otimiza o processo educacional e evangelístico, de
acordo com os princípios da missão integral da Igreja tornando-se parte
fundamental deste grande esforço de amor ao próximo”.
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5.4.1 Aspectos Arquitetônicos O edifício é distribuído em três pavimentos, sendo no térreo composto por
estacionamento, praças, jardins e passeios, ginásio, administrativo, vestiários e
banheiros, no 1º pavimento estão as arquibancadas, salas de aula, biblioteca e estúdio
de música e no 2º pavimento encontram-se os laboratórios, salas de aula e banheiros.
O projeto deveria satisfazer um grande número de pessoas que compartilhariam
atividades distintas, onde a flexibilidade dos espaços era o ponto chave, assim
buscaram-se métodos de construção diferenciados.
As áreas externas são tratadas como praças, contornado pelos jardins em volta da
edificação. Os acessos são centralizados de modo que a circulação organize os
espaços.
A circulação vertical é feita através de rampas, garantindo a acessibilidade e ainda
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sendo uma opção de menos custo, quando relacionado com os elevadores, no projeto
ainda estão dispostas escadarias nas extremidades com abertura zenital para
iluminação natural.
Com uma área construída de 8.483 m² o espaço multifuncional foi construído para
satisfazer um grande número de pessoas. Os objetivos principais enquanto elemento
arquitetônico era a valorização do entorno (com a criação de áreas externas e
aproveitamento da vegetação existente), conforto ambiental (adotando soluções para o
condicionamento natural), acessibilidade, custo (tecnologias, sistema construtivo e
materiais que fossem utilizados na região) e organicidade (por meio da integração
visual interna e externa).
5.4.2 Critérios de Análise
Contexto
O projeto consiste na interação com o público, em especial a famílias evangélicas, para
o ensinamento da religião e atividades básicas do processo educacional.
Acessibilidade
O acesso é bem claro, demarcando o eixo principal. Com circulação vertical feita
através de rampas e uma escada em cada extremidade do edifício, garante-se a
acessibilidade universal no empreendimento.
Programa
O programa é articulado através das seguintes áreas funcionais: área de apoio
(espaços destinados a recepção, espera e estar), áreas comuns e de
convivência (para o desempenho de atividades multifuncionais, por exemplo,
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culto, esportes e eventos), áreas úteis e operacionais (setor administrativo, salas de
aulas, biblioteca e laboratórios), área de serviços, circulação e áreas externas
(estacionamento, jardins e passeio).
Materiais e Tecnologia
O sistema estrutural é composto pelo concreto armado e estrutura metálica, desta
forma o projeto foi concebido de forma modular para reforçar a multifuncionalidade.
Imagem 38: Estrutura Modular. Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/
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Os pórticos de concreto armado são em módulos de 6 x 6 metros cada, dispostos em
torno de uma área central com vão de 42 x 86 metros, que possui uma cobertura com
estrutura metálica.
Imagem 39: Corte mostrando a estrutura da cobertura tensionada. Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/
Para dar conforto aos ambientes o arquiteto propôs soluções práticas e simples como a
ventilação direta, iluminação zenital e brises para proteção de iluminação direta.
Imagem 40: Brises para proteção solar. Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/
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Análise da Forma
Como a estrutura é modular a composição segue a mesma linha, para isso é utilizado
formas regulares estáveis, neste caso o retângulo, forma geométrica básica, assim a
planta é composta por elementos organizados e consistentes.
Imagem 41: Repetição do elemento. Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/
Na composição da planta se observa que por ela ser modulada os elementos se
repetem e assim fazendo uma leitura decrescente por ordem de dimensões, a partir do
acesso principal.
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Análise de Cores
O arquiteto opta por utilizar o branco na estrutura de concreto e a cor natural do metal
onde ele empregado. As cores aparecem apenas no ginásio de esportes onde o piso é
azul e laranja.
Imagem 42: Ginásio de esportes. Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/
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CAPÍTULO VI – ESTUDO DO ENTORNO
6.1- Sítio e suas Características:
O terreno escolhido está situado na Av. Ferreira Vianna, ao lado do prédio do Foro de Pelotas. A decisão por esse terreno se deu pelo fato de estar localizado em um dos eixos da cidade, a Av. Ferreira Vianna, via arterial conforme classificação do III Plano Diretor. Está definido como vazio urbano e é dotado de toda uma rede de infra-estrutura em seu perímetro. A região tem potencial para receber o aumento de fluxo que o projeto irá gerar, tanto de veículos como de pedestres.
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A proximidade com o sítio charqueador e a fácil ligação com a zona histórica de Pelotas também determinaram a escolha do terreno, que se encontra em uma área de crescente desenvolvimento devido aos novos empreendimentos que tem se instalado na zona, como é o caso do shopping, que está localizado ao lado do terreno, o qual deverá atrair grande movimento para região.
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Situação:
Foto Aérea
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Usos da Região:
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Número de Pavimentos:
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Sistema Viário
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Fluxos
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Eixos e anéis viários
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Vazios Urbanos
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Usos e Atividades
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Alturas limites das edificações
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6.2- Edifícios em Destaque:
Hipermercado Big
Construção com volume único, e grande destaque para a marca na fachada. A
organização espacial interna não se pode perceber pela fachada, notando-se somente
a garagem no plano mais inferior. Construção feita em elementos pré-fabricados de
concreto.
Foro de Pelotas
Construção composta por três volumes, o que se pode notar pela fachada. O prédio é
assimétrico, com destaque a marcação horizontal.O prédio está isolado no lote,
deixando com amplas possibilidades visuais. É uma construção nova, com grande
emprego de vidros reflexivos na fachada e revestimento cerâmico.
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Ministério Público
Prédio com composição simples, formado por um bloco único e adição de plano
inclinado na fachada frontal.A construção está bem solta no terreno, com recuos
laterais e frontal.Construção assimétrica, com predominância dos cheios sobre os
vazios.Estrutura esqueleto em concreto armado e revestimento com pastilhas
cerâmicas.
Procuradoria geral do Estado
Prédio com composição simples, destacando rasgos verticais com vidros nas fachadas.
O térreo é diferenciado em relação aos demais pavimentos.
Existe a simetria na fachada, com uma ruptura pelo elemento que configura a caixa do
elevador, mais alto em um dos lados do prédio. Os acabamentos são simples, sendo
as paredes rebocadas, com pintura branca e utilização de vidros fumê nas
fachadas.
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6.3- Análise do Entorno
O terreno está situado em uma área de grande desenvolvimento na cidade, onde muitos novos prédios estão sendo construídos e novas atividades vêm se instalando no local. É uma área ainda com muitos vazios, áreas com toda infra-estrutura necessária para o desenvolvimento de muitas atividades e que se encontram sem ocupação. Está próxima da zona central, localizada em uma via de fluxo bastante intenso. A ocupação mais densa se dá nas zonas de predominância do uso residencial, no bairro Cruzeiro do Sul e próximo a Av. Domingos de Almeida, no bairro Areal. Com as análises pode-se ver um grande uso de edificações comercial ao longo da via principal de acesso, com destaque para edificações como a do BIG, o Foro de Pelotas, Justiça Eleitoral, Ministério Público, entre outros.
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6.4- Imagens do terreno
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CAPÍTULO VII - LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA
Segundo o Código de Obras:
7.1- SEÇÃO II - DA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Art. 12 - Todos os prédios que abriguem instalações comerciais, industriais, de
diversões públicas, bem como edifícios residenciais com mais de uma economia e mais
de um pavimento, excetuando-se as isenções previstas na legislação e nas Normas
Técnicas, deverão possuir plano de prevenção e proteção contra incêndio, aprovado
pelo órgão competente.
7.2- SEÇÃO XIII - DAS EDIFICAÇÕES DESTINADAS A LOCAIS DE REUNIÃO DE
PÚBLICO
Art. 188 - São considerados locais de reunião:
II - Recreativos: as sedes sociais de clubes e associações, salões de bailes,
restaurantes, bares e congêneres com música ao vivo, boates e discotecas, boliches,
salas de jogos, parques de diversões, circos e congêneres, bares de funcionamento
noturno;
Art. 189 - Todo local de reunião deverá possibilitar o acesso universal, de acordo com
a legislação municipal em vigor e as normas da ABNT.
Art. 190 - Todo local de reunião deverá ter número de vagas para guarda de veículos
calculado de acordo com o Anexo 2.
Art. 192 - Os cinemas, teatros, auditórios, centros de convenções, boates,
discotecas e assemelhados deverão ser dotados de sistema de renovação
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mecânica de ar e de instalação de energia elétrica com iluminação de emergência,
conforme legislação e normas técnicas de prevenção e combate à incêndios.
Art. 193 - Deverão, obrigatoriamente, ser dotados de tratamento acústico,
independentemente da localização, boates, discotecas, clubes noturnos e sociais ou
outros estabelecimentos de comércio, serviço ou institucional, de qualquer natureza,
que apresentem música ao vivo, mecanizada ou qualquer tipo de poluição sonora.
2º. Deverá ser providenciado tratamento acústico do edifício, apresentando
isolamento de modo que as medições com o estabelecimento em funcionamento,
não ultrapassem o máximo de 5db (cinco decibéis) do ruído de fundo.
Art. 194 - As edificações previstas nesta seção deverão ter vãos de iluminação e
ventilação efetiva, cuja superfície não seja inferior a 1/10 (um décimo) da área do piso;
Parágrafo único: Quando não atendida à superfície mínima de ventilação, deverá
apresentar sistema de ventilação forçada, que garanta a renovação e a qualidade
do ar.
Art. 195 - As edificações constantes desta seção deverão ter instalações sanitárias
para uso do público, para cada sexo, na seguinte proporção:
a) Para o sexo masculino, 01 (um) conjunto de vaso sanitário e lavatório para cada
300 (trezentas) pessoas ou fração, e um mictório para cada 150 (cento e
cinqüenta) pessoas ou fração, conforme tabela de cálculo de lotação do Anexo
01;
b) Para o sexo feminino, 01 (um) conjunto de vaso sanitário e lavatório para cada
200 (duzentas) pessoas ou fração, conforme tabela de cálculo de
lotação do Anexo 01.
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Segundo o PDDU de Pelotas:
7.3- CAPÍTULO I – REGRAS GERAIS
Art. 123 - Em todo o perímetro urbano será permitida a edificação de até 10,00m (dez
metros) de altura, observadas as seguintes disposições, conforme mapa U-14 em
anexo à presente lei:
I - Recuo de ajardinamento de 4,00m (quatro metros), o qual poderá ser
dispensado através de estudo prévio do entorno imediato no caso de evidenciar-se,
no raio de 100,00m (cem metros), a partir do centro da testada do lote, a existência
de mais de 60% (sessenta por cento) das edificações no alinhamento predial;
II - Recuo de ajardinamento secundário, nos terrenos de esquina, nas
condições estabelecidas no inciso anterior, o qual se fará na testada do lote em
que não se faça o recuo de ajardinamento principal com, no mínimo, 2,50m (dois
metros e cinqüenta centímetros);
III - Isenção de recuos laterais;
IV - Taxa de ocupação máxima de 70% (setenta por cento);
V - Recuo de fundos mínimo de 3,00m (três metros).
Informações do mapa em anexo:
Altura máxima: Até 10,00 metros de altura em todo o perímetro urbano, como exceção
as Áreas de especial interesse – AEIs, a região Administrativa do Laranjal, à área
Rururbana, Núcleos de Urbanização Específica e Áreas industriais.
Até 13,00 metros de altura em logradouros com gabarito igual ou superior a 16,00
metros e terrenos com testada igual ou superior a 16,00 metros e terrenos com testada
igual ou superior a 12,00 metros.
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CAPÍTULO VIII – O PROJETO
8.1- Programa de necessidades
Setor Administrativo
Sala da administração
Sala de Reunião
Sala da diretoria
Sala dos professores
Copa dos funcionários
Banheiros
Setor de Serviço
Restaurante
Depósitos
Estacionamento
Banheiros
Setor Social/Lazer
Pátio interno
Auditório
Biblioteca e sala de estudos
Oficinas e cursos de arte
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8.2- Pré Dimensionamento
Setor Ambiente Atividade Área
Prevista Mobiliário
Administrativo
Sala da administração
Sala da administração do
Centro Cultural 30m²
Mesas, cadeiras e armários
Sala de Reunião Para reuniões administrativas
30m² Grande mesa e
cadeiras
Sala da diretoria Sala da direção 20m² Mesas, cadeiras e
armários
Sala dos professores
Sala dos professores 30m² Mesas, cadeiras e
armários
Copa dos Funcionários
Copa para uso dos funcionários
15m² Mesa pequena,
fogão, pia, geladeira e armário
Banheiros Femininos e Masculinos
para atender ao administrativo
30m² Boxes sanitários e
lavabo
Serviço
Restaurante Para atender aos
visitantes 200m² Mesas e cadeiras
Depósitos Espaço para
armazenamento de equipamentos
60m² Armazenamento de
obras e equipamentos
Banheiros Para atender aos
funcionários 25m²
Boxes sanitários e lavabo
Estacionamento Para utilização de
funcionários e usuários 60 vagas 60 vagas
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Setor Ambiente Atividade Área
Prevista Mobiliário
Setor social/Lazer
Pátio Interno de convivência
Espaço destinado ao lazer do público
550m² Estares com
bancos
Espaço para exposições e
Eventos
Espaço para abrigar eventos sociais
400m² Cavaletes e expositores
Auditório
Para realização de apresentações,
palestras e pequenos shows
250 pessoas
Poltronas
Biblioteca e salas de estudo
Espaço destinado à leitura
150m² Armários e mesas
Oficina de música Espaço para aula de
música 80m²
Armários, cadeiras e
mesas
Oficina de teatro Espaço destinado a
aulas de teatro 100m²
Depósito, espelhos e
cadeiras
Oficina de dança Espaço para aula de
dança 100m²
Vestiários e armários
Oficina de pintura Espaço para aula de
pintura 70m² Cavaletes
Oficina de escultura Espaço para aula de
escultura 70m² Mesas e cadeiras
Banheiros Sanitários para
visitantes 40m²
Boxes sanitários e lavabos
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8.3- Fluxograma
1º Pavimento 2º Pavimento
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8.4- Zoneamento
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8.5- Conceituação
Pretendo utilizar o terreno de uma maneira onde possa valorizar todos os espaços,
através da criação de um núcleo central de convivência, assim integrando todas as
áreas do centro cultural.
Na questão dos acessos ao prédio, decidi por fazer duas entradas, sendo uma entrada
principal pela Av. Ferreira Viana, onde é uma avenida bem conhecida, sendo assim
valorizando e facilitando o conhecimento do edifício, e também um acesso secundário
pela rua lateral ao terreno, rua esta de menor movimento, onde deverá ser localizado o
estacionamento.
Uso das áreas verdes como espaços de convivência.
No que diz respeito ao conforto ambiental deverá haver o uso de brises, para haver
menos incidência solar.
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Referências
http://www.cult.ufba.br/enecult2007/LucieneBorgesRamos.pdf
http://ayllumisticaandina.blogspot.com.br/2011/02/ong-pachamama-inaugura-centro-
cultural.html
http://intra.vila.com.br/sites_2002a/urbana/marcela/marcela_ccc.htm
http://www.ongpachamama.org/#!quem-somos
http://www.centrocultural.sp.gov.br/index.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Cultural_S%C3%A3o_Paulo
http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/oscar-niemeyer-centro-cultural-08-05-2007.html
http://blog.rklarquitetura.com.br/2009/10/centro-cultural-jean-marie-tjibaou.html
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.063/431
http://www.arcoweb.com.br/noticias-em-geral/peter-eisenman-inaugura-cidade-cultura-santiago-
compostela-13-01-2011.html
http://ensaiosfragmentados.blogspot.com.br/2011/03/cidade-da-cultura-de-galicia-
espanha_30.html
http://arquiteturacontemp.blogspot.com.br/2008/03/peter-eisenman.html