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CEABN InBIO Quem somos e o que fazemos? O Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves (InBIO) é um Centro de Investigação do Instituto Superior de Agronomia (ISA), da Universidade de Lisboa, que integra o InBio, uma Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva (Laboratório Associado FCT), em parceria com o CIBIO, da Universidade do Porto. As nossas áreas de investigação estão relacionadas com a Biodiversidade em Ecossistemas Agrícolas e Florestais, com o Desenho Ecológico e Arquitectura Paisagista, com a Gestão e Ecologia do Fogo e com a Gestão da Vida Silvestre. A nossa aposta é tornar a informação da nossa investigação disponível e efectiva na sociedade e para isso a nossa Educação Ambiental e a nossa comunicação está direccionada para a disseminação dos nossos resultados à sociedade. 15/06/2015 Newsletter 01 Continua... Esforçamo-nos para produzir conhecimento científico para uma sociedade mais consciente e sustentável. Queremos fornecer as bases científicas necessárias para a tomada de decisões políticas ou de gestão relacionadas com o uso sustentado dos recursos agro- florestais. A nossa missão

CEABN Newsletter 1 - isa.ulisboa.pt · respostas às orlas pela mesma espécie em paisagens com diferentes padrões e histórias de fragmentações. ... Otis tarda, e sisão, Tetrax

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CEABN InBIO

Quem somos e o que fazemos? O Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves (InBIO) é um Centro de Investigação do Instituto Superior de Agronomia (ISA), da Universidade de Lisboa, que integra o InBio, uma Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva (Laboratório Associado FCT), em parceria com o CIBIO, da Universidade do Porto. As nossas áreas de investigação estão relacionadas com a Biodiversidade em Ecossistemas Agrícolas e Florestais, com o Desenho Ecológico e Arquitectura Paisagista, com a Gestão e Ecologia do Fogo e com a Gestão da Vida Silvestre. A nossa aposta é tornar a informação da nossa investigação disponível e efectiva na sociedade e para isso a nossa Educação Ambiental e a nossa comunicação está direccionada para a disseminação dos nossos resultados à sociedade.    

15/06/2015 Newsletter 01

Continua...

Esforçamo-nos para produzir conhecimento científico para uma sociedade mais consciente e sustentável. Queremos fornecer as bases científicas necessárias para a tomada de decisões políticas ou de gestão relacionadas com o uso sustentado dos recursos agro-florestais.

A nossa missão

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A equipa CEABN é composta predominantemente por biólogos, engenheiros florestais e arquitectos paisagistas especializados em gestão de recursos naturais, num total de 52 pessoas entre investigadores, investigadores de pós-doutoramento, estudantes de doutoramento, assistentes à investigação, técnicos de apoio à administração e à comunicação. Os nossos projectos O nosso centro encontra-se actualmente a trabalhar em vários projectos de investigação. Na área da Biodiversidade em Ecossistemas Agrícolas e Florestais, a investigação realizada no “ORLAS - Escalonamento Ecológico de Efeitos de Orla: Padrões, Mecanismos e Modelação Preditiva” tem como objectivo desenvolver funções de resposta à orla escalonadas ecologicamente e analisar as respostas às orlas pela mesma espécie em paisagens com diferentes padrões e histórias de fragmentações. A Ecologia e Gestão do Fogo está a desenvolver trabalho no projecto “MedWildFireLab - Impactos das alterações globais no comportamento e uso do fogo em ecossistemas florestais Mediterrânicos” que tem como objectivo desenvolver novas estratégias de gestão integrada de fogo, identificando as mudanças necessárias ao nível das politicas e as necessidades futuras de investigação.

Olhar a Biodiversidade em Ecossistemas Agrícolas e Florestais Nesta área de investigação queremos melhorar os conhecimentos sobre os impactos na biodiversidade das acções de ordenamento e gestão em sistemas agrícolas, agro-silvo-pastoris e florestais, contribuindo assim para uma melhor compreensão das consequências ambientais, das políticas agrícolas e florestais nacionais e europeias. Temos desenvolvido trabalhos relacionados com a monitorização da biodiversidade a nível nacional e europeu, como também temos desenvolvido trabalhos mais específicos relacionados com a avaliação do impacto das actividades agrícolas e das alterações do uso do solo na estepe cerealífera, ou a avaliação do impacto da construção e funcionamento de infra-estruturas (e.g. barragens) na biodiversidade.

Francisco Moreira, Coordenador da área Biodiversidade em Ecossistemas Agrícolas e Florestais.

“O maior desafio desta área de investigação é prever de que forma alterações nas políticas agrícolas e florestais vão impactar as populações de espécies e habitats com interesse de conservação, bem como nos designados serviços dos ecossistemas, e de que forma as alterações climáticas interagem com estas acções de gestão para impactar na biodiversidade. Os resultados da área desta investigação podem ser usados na monitorização do estado da biodiversidade, na avaliação do impacto ambiental de políticas agrícolas e florestais, na definição de políticas e de práticas de gestão "amigas do ambiente", na quantificação dos serviços dos ecossistemas com interesse para proprietários e gestores agrícolas e florestais”.

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Já o projecto “ENHANCE - Potenciar parcerias para a gestão do risco das catástrofes naturais na Europa” procura desenvolver e analisar novas formas de melhorar a resiliência da sociedade no que diz respeito aos impactos das catástrofes naturais. No que diz respeito ao Desenho Ecológico e à Arquitectura Paisagista, através do recurso a técnicas de engenharia natural estamos a realizar um projecto de estabilização de um talude na auto-estrada A21 (Nó da Malveira-Venda do Pinheiro). Este projecto de requalificação ambiental e estrutural do talude é desenvolvido com a aplicação das técnicas de engenharia natural que utiliza as raízes das plantas como material de construção vivo para consolidar a estabilidade e para evitar a erosão superficial do talude. Também desde 2009 que o CEABN InBio colabora com a Agência Portuguesa do Ambiente, com especialistas em paisagem, que contribuem para a avaliação dos impactes ambientais na paisagem. Desde 1999 que a Educação Ambiental do CEABN InBIo aposta em permanência numa campanha sobre a água com o objectivo de evidenciar a importância da água na agricultura e na paisagem rural, demonstrar a importância do ordenamento e gestão do espaço rural para a gestão da água e desenvolver noções relativas à suas interdependências: a água nos seres vivos, na paisagem e no planeta.

Olhar para a Gestão da Vida Silvestre

Esta área de investigação pretende contribuir com conhecimento científico para fundamentar a gestão sustentável e a conservação da fauna. Em particular pretende-se compreender a relação entre a fauna e seus habitats e como é que alterações de uso do solo poderão potencialmente afectar aquela relação. No âmbito desta linha tem sido conduzida investigação sobre ecologia e gestão de espécies cinegéticas (e.g. a rôla-comum, Streptopelia turtur), efeitos de alterações de práticas agrícolas em espécies com interesse de conservação (e.g. abetarda, Otis tarda, e sisão, Tetrax tetrax) e efeitos de herbívoros silvestres na ecologia do ecossistema (dinâmica da vegetação, nutrientes, produtividade).  

Miguel Bugalho, Coordenador da área Gestão da Vida Silvestre

“É essencial encontrar mecanismos de gestão sustentável dos ecossistemas e das espécies silvestres que neles ocorrem para simultaneamente satisfazer objectivos de conservação da natureza que gerem retorno a quem faz a gestão daqueles ecossistemas. Tem sido produzidos resultados que contribuem para um melhor conhecimento das espécies e suas interdependências com os ecossistemas nomadamente os ecossistemas florestais. Este conhecimento servirá de suporte a uma gestão sustentada daquelas espécies”.

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Olhar para o Desenho Ecológica e para a Arquitectura Paisagista                                O objectivo desta área de trabalho é o de integrar os processos naturais como fundamentos para o desenho ecológico e o planeamento de ecossistemas e paisagens humanizadas. Para atingir esse objectivo utilizamos os conhecimento ecológicos para o desenho de estruturas verdes no interior das cidades (silvicultura urbana), ou para a integração das perspectivas histórica, cultural e ecológica no estudo das paisagens.

             

Olhar para a Ecologia e Gestão do Fogo Nesta área de investigação, o CEABN InBIo procura fornecer aos diferentes grupos de utilizadores informação relevante sobre vários aspectos do fogo, desde as intervenções para a sua prevenção à escala da paisagem, até acções de formação sobre a sua ecologia e gestão. O CEABN tem estado envolvido em vários projectos de investigação nesta área que podem ser classificados em 4 linhas de investigação principais: impactos do fogo na vida silvestre e na paisagem, a utilização do fogo como ferramenta de gestão, vigilância e prevenção de incêndios e gestão pós-fogo e recuperação de áreas ardidas.

Francisco Rego, Coordenador da área Ecologia e Gestão do Fogo

Cristina Castel-Branco, Coordenadora da área Desenho Ecológico e Arquitectura Paisagista

“Os resultados da Ecologia têm permitido saber, por exemplo, no caso do Pinheiro Bravo, as características das árvores que melhor as protegem da passagem do fogo (espessura da casca e altura da copa, por exemplo) e essa informação é passada para a Gestão que a utiliza para definir os limites de utilização do fogo controlado em pinhais ou para prever a mortalidade dos pinheiros depois da passagem dum incêndio. Também para o sobreiro os modelos de mortalidade permitem prever as consequências da passagem de um incêndio tendo em atenção os anos após o descortiçamento. O conhecimento da dinâmica da paisagem em relação com o fogo tem permitido saber quais os padrões gerais das transições entre tipos de coberto florestal o que é importante para o ordenamento do território. Os desafios que a Ecologia e Gestão do Fogo enfrenta na actualidade estão associados à procura de modelos que permitam conhecer a possibilidade de utilização do fogo controlado noutros ecossistemas em que as questões da manutenção da biodiversidade sejam importantes, como no caso de várias comunidades arbustivas. Também no caso do eucalipto, o conhecimento dos modelos de regeneração seminal após fogo permitirão adquirir ferramentas que possibilitem que a gestão florestal daqueles povoamentos possa evitar o estabelecimento de regeneração para além dos limites das plantações”.

Educação Ambiental A Educação Ambiental do CEABN InBIO procura investigar e implementar métodos eficazes de comunicação de conhecimento ecológico aos diferentes grupos de utilizadores. Para além da utilização de métodos de disseminação de conhecimento mais convencionais (e.g. publicações em revistas científicas, livros, workshops e cursos), o CEABN tem apostado fortemente na disseminação de resultados através de programas de educação agro-ambiental dirigidos sobretudo a crianças em idade escolar. Têm sido também realizados estudos sobre as necessidades de alguns grupos de utilizadores (e.g. associações de agricultores e de produtores florestais, Ministério da Agricultura, Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas) que têm permitido direccionar as actividades de formação do CEABN no sentido de colmatar as lacunas existentes. Desde 2002 o CEABN, em conjunto com o Departamento de Engenharia Florestal do ISA, tem também organizado seminários públicos, com uma periodicidade mensal, onde os resultados dos diferentes projectos têm vindo a ser apresentados e discutidos.

Onde nos pode encontrar? [ISA, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa]

[Facebook: CEABN InBio]

[Website: www.isa.ulisboa.pt/ceabn]

[Youtube: www.youtube.com/CEABNinbio]

Conceição Colaço, Responsável pela Educação Ambiental.