Categoria de Uso Das Madeiras

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    CAPTULO 11 DURABILIDADE DA MADEIRA

    11.1 Projeto e construo com madeira

    A madeira um material orgnico que sofre biodeteriorao, ou seja, ataque defungos, moluscos, crustceos e insetos, como os cupins e brocas-de-madeira. Nodesenvolvimento de um projeto de estrutura de madeira necessrio garantir adurabilidade mnima de cada componente, dependendo da condio de uso eexposio aos organismos biodeterioradores, ou xilfagos. Este projeto deve tercomo foco a diminuio dos processos de instalao e desenvolvimento dessesorganismos e depende de uma srie de fatores, dentre os quais:

    Caractersticas da espcie botnica;

    Processo de produo da madeira (principalmente condies da secagem edo tratamento preservativo);

    Projeto (tipo de construo, propriedades dos materiais especificados, vidatil pretendida);

    Detalhes dos elementos (forma e dimenso das peas, nvel de proteocontra os agentes nocivos);

    Processo construtivo (condies de armazenamento, qualidade da mo deobra e tcnicas construtivas);

    Condies de manuteno e de utilizao;

    Condies desejadas para o meio ambiente.

    Portanto, para se abordar a questo da durabilidade deve-se identificar todos osfatores intervenientes em todas as fases de processamento e utilizao damadeira. A durabilidade das construes de madeira, enfocada pelo ngulo doprojeto e da construo deve obedecer aos seguintes princpios:

    Diminuir a ao do sol atravs de medidas construtivas;

    Isolar a construo das fontes de umidade ou, minimamente, limitar apermanncia da gua sobre a madeira;

    Limitar o uso de aberturas e furos por onde a gua possa penetrar einfiltrar;

    Criar barreiras que impeam a absoro de gua por capilaridade;

    Usar madeiras com teores de umidade compatveis com o meio em quesero aplicadas;

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    Diminuir a variao do teor de umidade da madeira por meio da proteode suas superfcies. Durante a construo, o armazenamento deve ser talque no ocorram variaes nos teores de umidade;

    Usar madeira que apresente durabilidade natural compatvel com acategoria de uso requerida, ou que tenha recebido tratamento qumicoadequado;

    Utilizar peas de madeira cujas faces superiores sejam inclinadas;

    Criar pingadeiras naturais;

    Evitar o represamento e facilitar a drenagem da gua;

    Elaborar medidas diferenciadas para locais que favorecem a condensaoda gua (por exemplo, vidros em esquadrias de madeira);

    Facilitar a limpeza e a ventilao das peas de madeira; Dificultar a ocorrncia de sujeira e lixo sobre a construo de madeira;

    Dimensionar adequadamente as peas de madeira para o alojamento doselementos de ligao evitando o aparecimento de fissuras, que socomprometedoras da vida til;

    Proteger os topos das peas de madeira;

    Preferir as peas cujas dimenses transversais sejam as menorespossveis, porque os problemas de secagem, que comprometem adurabilidade da madeira, crescem na medida em que estas dimensesaumentam;

    Tratar contra a corroso, quando necessrio, os elementos metlicos emcontato com a madeira. A presena da gua contribui para a corroso. Apossibilidade de ocorrncia de corroso galvnica e por tenso deve serconsiderada. Locais destinados a armazenamento de produtos qumicos(sais, fertilizantes, etc.) oferecem particularmente riscos significativos decorroso.

    11.2 Preservao da madeira - Sistema de categorias de uso

    O propsito do Sistema de Categorias de Uso oferecer uma ferramentasimplificada para a tomada de deciso quanto ao uso racional e inteligente damadeira, por meio de uma abordagem sistmica ao produtor e usurio quegaranta maior durabilidade das construes. O sistema consiste noestabelecimento de 6 categorias de uso baseadas nas condies de exposio ouuso da madeira, na expectativa de desempenho do componente e nos possveisagentes biodeterioradores presentes (Quadro 1).

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    Quadro 1 Categorias de uso da madeira

    CATEGORIADE USO CONDIO DE USO DA MADEIRA ORGANISMO XILFAGO

    1

    Interior de construes, fora de contato com o solo,fundaes ou alvenaria, protegidos das intempries,

    das fontes internas de umidade e locais livres doacesso de cupins-subterrneos ou arborcolas.

    Cupim-de-madeira-secaBroca-de-madeira

    2

    Interior de construes, em contato com a alvenaria,

    sem contato com o solo ou fundaes, protegidos dasintempries e das fontes internas de umidade.

    Cupim-de-madeira-seca

    Broca-de-madeiraCupim-subterrneoCupim-arborcola

    3Interior de construes, fora de contato com o solo e

    protegidos das intempries, que podem,ocasionalmente, ser expostos a fontes de umidade.

    Cupim-de-madeira-secaBroca-de-madeira

    Cupim-subterrneoCupim-arborcola

    Fungo embolorador/manchadorFungo apodrecedor

    4 Uso exterior, fora de contato com o solo e sujeitos asintempries.

    Cupim-de-madeira-secaBroca-de-madeira

    Cupim-subterrneoCupim-arborcola

    Fungo embolorador/manchadorFungo apodrecedor

    5Contato com o solo, gua doce e outras situaes

    favorveis deteriorao, como engaste em concretoe alvenaria.

    Cupim-de-madeira-secaBroca-de-madeira

    Cupim-subterrneoCupim-arborcola

    Fungo embolorador/manchadorFungo apodrecedor

    6 Exposio gua salgada ou salobra.Perfurador marinho

    Fungo embolorador/manchadorFungo apodrecedor

    A Figura 1 apresenta o potencial de ataque fngico (PAF) no Brasil, considerandoas normais climatolgicas de temperatura e nmero de dias de chuva nosperodos de 1931/1960 e 1961/1990. Esta Figura orientativa na elaborao deum projeto de sistema construtivo com madeira para avaliao dos riscos debiodeteriorao por fungos apodrecedores.

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    Figura 1 Potencial de ataque fngico (PAF) no Brasil

    (Fonte: Martins et al., 2003).

    ALTO PAF

    BAIXO PAF

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    11.2.1 Aplicao do sistema de categorias de uso

    O sistema de categoria de uso define medidas que devem ser adotadas durante afase de elaborao de projeto de uma construo com componentes de madeira,auxiliando na escolha do tratamento preservativo da madeira - produto e processo.Desta forma, ao se utilizar a madeira como material de engenharia, as seguintesetapas devem ser consideradas obrigatrias:

    1. Definio do nvel de desempenho necessrio para o componente ouestrutura de madeira, tais como: vida til, responsabilidade estrutural egarantias comerciais e legais.

    2. Avaliao dos riscos biolgicos aos quais as madeiras sero submetidasdurante a sua vida til ataque de fungos e insetos xilfagos e/ouperfuradores marinhos (item 11.2.2).

    3. Definio da espcie de madeira adequada ao uso e da necessidade dotratamento preservativo considerando: durabilidade natural da espcie,

    tratabilidade, processo de tratamento e produtos preservativos disponveis.O tratamento preservativo faz-se necessrio se a espcie escolhida no naturalmente durvel para a categoria de uso considerada e/ou se amadeira contm alburno, poro naturalmente suscetvel ao ataque deorganismos xilfagos.

    4. Escolha do processo de tratamento da madeira e do produto preservativoadequados (item 11.2.3).

    Este processo de deciso est representado pelo seguinte fluxograma:

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    Escolha do processo detratamento e do produto

    preservativo(Quadros 6, 7, 8, 9 e 10)

    Tratamento preservativodesnecessrio Madeira

    suficientementeimpregnvel?(Tratabilidade)

    sim

    sim no

    no

    DurabilidadeNatural

    adequada?

    Escolha da espcie de madeira

    PROJETO

    Definio do desempenhonecessrio (vida til,

    responsabilidade estrutural, entreoutros)

    Definio da Categoria de uso(Quadros 1, 2, 3, 4 e 5)

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    11.2.2 Componentes e/ou estruturas de madeira e categorias de uso

    Os quadros 2, 3, 4 e 5 relacionam as possveis aplicaes da madeira serrada,rolia, laminada e painis, como material de engenharia, com as categorias de usoprovveis.

    Quadro 2 Madeira serrada

    APLICAO CATEGORIA DE USO PROVVELAssoalho 2 e 3Bandeira (porta e janela) 2, 3 e 4Barrote 2 e 3

    Batentes 2, 3, 4 e 5Carretel/Bobinas 1, 2, 3 e 4

    (NBR 6236/1998)Cercas 4 e 5Colunas 2, 3, 4, 5 e 6Corrimo 2, 3 e 4Cruzeta 4Defensa 5 e 6Deque 3 e 4Dormente 5

    (NBR 7511/2005)Embalagens (no-descartveis) 1, 2, 3 e 4Escada 2, 3, 4 e 5Estacas 5Estrutura de telhado (a) 2, 3 e 4Forro 2 e 3Fundao 5 e 6Guarda-corpo 2, 3 e 4Guarda-roda, guarda-trilho 4 e 5Guarnies 2, 3 e 4Janela 1, 2, 3 e 4Lambri 2 e 3Montante 2 e 3Mveis 1, 2, 3 e 4Ornamentos 2, 3 e 4

    Prgola 4 e 5Playground 4 e 5Ponte/passarela (b) 4, 5 e 6Porta 1,2 e 3Parede (c) 2, 3 e 4Rodap 2, 3 e 4Soleira 2, 3 e 4Tabeira 4Telhas (shingles) 4Torre de resfriamento (d) 5Viga 2, 3 e 4Viga baldrame 5

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    Quadro 3 Madeira rolia

    APLICAO CATEGORIA DE USO PROVVEL

    Cerca 4 e 5Coluna 2, 3, 4 e 5Cruzeta 4Defensa 5 e 6Dormente 5Estrutura de telhado (a) 2, 3 e 4Fundao 5 e 6Guarda-roda; guarda-trilho 4 e 5Moires/Lasca 5

    (NBR 9480/1986)Mveis 1, 2, 3, 4 e 5Playground 4 e 5Ponte/passarela (b) 4, 5 e 6Poste (energia e telefonia) 5

    (NBR 8456/1984)Tabuleiro 4

    Quadro 4 Madeira laminada

    APLICAO CATEGORIA DE USO PROVVELArco 2, 3 e 5Coluna 2, 3, 4, 5 e 6Ponte/passarela (b) 4, 5 e 6Poste (energia e telefonia) 5

    Viga 2, 3 e 4

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    Quadro 5 Painis de madeira (e)

    APLICAO CATEGORIA DE USO PROVVELAssoalho 2, 3, 4 e 5Embalagens (no-descartveis) 1, 2, 3, e 4Mveis 1, 2, 3 e 4Parede (c) 2, 3 e 4

    Pisos automotivos4 (f)

    (Projeto de norma 00:001.64-001)Telha (shingles) 4Telhado (subcobertura) 2 e 3Viga-caixo 2, 3 e 4

    Notas dos Quadros 2, 3, 4 e 5:

    a) cumeeira, frechal, ripa, tera, tesoura, tirante, travamento e/ou caibro.b) tabuleiro, fundao, peas estrutural, guarda-corpo e/ou corrimo.c) contraventamento, montante, revestimento (siding).

    d) parede divisria, colunas, vigas e/ou ripas do eliminador de respingos edo enchimento.

    e) no caso dos painis foram considerados apenas os seguintes produtospassveis de tratamento: painel compensado e os painis reconstitudos,sendo, aglomerado, HDF, MDF, MDP e OSB.

    f) os pisos automotivos foram considerados como categoria de uso 4,devido as freqentes lavagens dos veculos, como nibus e trens; oprocesso de tratamento sob presso o recomendado.

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    11.2.3 Produtos preservativos e processos de tratamento

    11.2.3.1 Produto Preservativo

    Nesta norma, foram citados apenas os ingredientes ativos dos produtospreservativos devidamente registrados no IBAMA/ANVISA. Estas informaesforam encaminhadas em 11 de fevereiro de 2008, pelo IBAMA. A consulta aeste rgo sugerida, pois novos produtos podem ter sido registrados oualguns no so mais permitidos para uso em preservao de madeiras.

    Deve-se considerar a busca de produtos preservativos de menor impacto aomeio ambiente e higiene e segurana, sua disponibilidade no mercadobrasileiro, os aspectos estticos (alterao de cor da madeira, por exemplo),aceitao de acabamento e a necessidade de monitoramento/reaplicao.

    11.2.3.2 Processo de tratamento

    Produto algum poder conferir proteo satisfatria madeira se no forcorretamente aplicado. Dependendo da categoria de uso qual o componentede madeira estar sujeito na edificao, a aplicao dos produtos preservativospoder ser efetuada com base nos seguintes processos: sem presso ousuperficial, sob presso (clula cheia ou clula vazia), duplo-vcuo, adio cola (painis) e por difuso. A escolha do processo e do produto preservativo

    depender, principalmente, da espcie de madeira e das condies deutilizao das mesmas. O valor de um tratamento preservativo necessita daharmonizao dos seguintes fatores:

    1. da tratabilidade ou impregnabilidade da madeira (cerne e/ou alburno),caracterstica da espcie de madeira escolhida;

    2. do teor de umidade da madeira no momento do tratamento;

    3. do processo de tratamento;

    4. dos parmetros de qualidade necessrios: reteno e penetrao do

    produto preservativo na madeira.

    A especificao de um tratamento preservativo, baseado nas categorias deuso, deve requerer penetrao e reteno adequadas que dependem doprocesso de tratamento escolhido. As normas tcnicas e a experincia dofabricante podem relacionar estes parmetros de qualidade do tratamento,considerando minimamente:

    quanto maior a responsabilidade estrutural do componente de

    madeira, maior dever ser a reteno e penetrao do produtopreservativo;

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    uma maior vida til est normalmente associada a uma maiorreteno e penetrao do produto;

    algumas categorias de uso, como por exemplo, a categoria 5,incluem uma gama grande de condies de exposio (moires,torres de resfriamento....), portanto, diferentes retenes e

    penetraes podem ser selecionadas; para uma mesma categoria de uso, diferenas de micro e

    macroclima entre regies, podem exigir maiores retenes epenetraes;

    a economia em manuteno e a acessibilidade para reparos ousubstituies de um componente podem exigir maiores retenes epenetraes;

    o controle de qualidade de toda a madeira preservada dever serrealizado para garantir os principais parmetros de qualidade:penetrao e a reteno do preservativo absorvido no processo detratamento.

    Os Quadros 6, 7, 8, 9 e 10, apresentam as combinaes entre os produtospreservativos e os processos preconizados para o tratamento preventivo damadeira em funo da categoria de uso.

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    Quadro 6 Categorias de Uso 1 e 2

    APLICAOPROCESSO DETRATAMENTO

    PRESERVATIVO(INSETICIDA)

    RETENO MNIMAkg/m3(i.a.)

    Sem presso ousuperficial

    (a) (b)

    CiflutrinaCipermetrina

    ClorpirifsDeltametrina

    DiazinonEndosulfan

    No disponvel (c)

    Duplo vcuo Cipermetrina No disponvel(c)

    CA-B1,7 ou3,3 (f)

    CCA C ou CCB4,0 ou6,5 (f)

    Madeira serrada,rolia e laminada

    (seca)

    Sob presso(e)

    leo creosoto (g) 96

    Sem presso ousuperficial

    (a) (b)

    CiflutrinaCipermetrina

    ClorpirifsDeltametrina

    DiazinonEndosulfan

    No disponvel(c)

    Ciflutrin 0,02 (h)Cipermetrina 0,1 (h)Deltametrina 0,01(h)

    Adio cola(b)

    Fipronil No disponvel (c)Duplo vcuo Cipermetrina No disponvel (c)

    CA-B1,7 ou3,3 (f)

    Painelcompensado

    Sob presso(e) CCA C ou CCB 4,0 ou6,5 (f)

    Painelreconstitudo

    Adio cola(b)

    CipermetrinaCiflutrin

    DeltametrinaFipronil

    No disponvel(c)

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    Quadro 7 -Categoria de Uso 3

    PRESERVATIVOAPLICAO PROCESSO DETRATAMENTO Inseticida Fungicida

    RETENO MNIMAkg/m3(i.a.)

    Sem presso ousuperficial(a) (b) (i)

    CiflutrinaCipermetrina

    ClorpirifsDeltametrina

    DiazinonEndosulfan

    TribromofenolIPBC

    No disponvel(c)

    Duplo vcuo Cipermetrina IPBC No disponvel(c)

    CA-B1,7 ou3,3 (f)

    CCA C ou CCB 4,0 ou6,5 (f)

    Madeira serrada,rolia e laminada

    (seca)

    Sob presso(e)

    leo creosoto (g) 96

    Sem presso ousuperficial(a) (b) (i)

    Ciflutrina

    CipermetrinaClorpirifs

    DeltametrinaDiazinon

    Endosulfan

    TribromofenolIPBC

    No disponvel(c)

    Ciflutrin 0,02 (h)Cipermetrina 0,1 (h)Deltametrina 0,01(h)

    Adio cola(b) (i)

    Fipronil

    -

    No disponvel (c)Duplo vcuo Cipermetrina IPBC No disponvel (c)

    CA-B1,7 ou3,3 (f)

    Painelcompensado

    Sob presso

    (e) CCA C ou CCB 4,0 ou6,5 (f)

    Painelreconstitudo

    Adio cola(b) (i)

    CipermetrinaCiflutrin

    DeltametrinaFipronil

    - No disponvel (c)

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    Quadro 8 -Categoria de Uso 4

    PRESERVATIVOAPLICAO PROCESSO DETRATAMENTO Inseticida Fungicida

    RETENO MNIMkg/m3(i.a.)

    Duplo vcuo Cipermetrina IPBC No disponvel (c)

    CA-B 1,7 ou3,3 (f)

    CCA C ou CCB4,0 ou6,5 (f)

    Madeira serrada,rolia e laminada

    (seca), painelcompensado

    Sob presso(e)

    leo creosoto (g) 96Duplo vcuo Cipermetrina IPBC No disponvel (c)

    CA-B1,7 ou3,3 (f)

    Painelcompensado Sob presso

    (e)CCA C ou CCB

    4,0 ou6,5 (f)

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    Quadro 9 Categoria de Uso 5

    APLICAO PROCESSO DETRATAMENTO

    PRESERVATIVO(inseticida efungicida)

    RETENO MNIMAkg/m3(i.a.)

    PENETRAO

    Madeira rolia Difuso (j) Octaborato e fluoretode sdio

    No disponvel(c) 100 % do alburnoe parte do cerne

    CA-B3,3 ou5,0 (f)6,6 (l)

    CCA - C ouCCB (k)

    6,5 ou9,6 (f)12,8 (l)

    Madeira serrada,rolia, laminada e

    painelcompensado

    Sob presso(e)

    leo creosoto (g)96ou130 (f)192 (l)

    100 % do alburnoe poro

    permevel docerne

    Quadro 10 Categoria de Uso 6

    APLICAOPROCESSO DETRATAMENTO

    PRESERVATIVORETENO MNIMA

    kg/m3(i.a.)PENETRAO

    CCA C 40,0Sob presso(e) leo creosoto 400,0

    CCA - C e 24

    Madeira serrada,rolia, laminada e

    painelcompensado

    Sob pressoduplo tratamento

    (e) (m) leo creosoto 320

    100 % do alburnoe poro

    permevel docerne

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    Observaes dos Quadros 6, 7, 8, 9 e 10:

    a. Este tratamento conferir apenas uma proteo superficial da

    madeira, evitando algumas espcies de insetos ou fungos e suapermanncia (poder residual) depende da natureza e propriedadesdo produto preservativo. Portanto, a vida til do componente tratadodepende da durabilidade natural do cerne da madeira e a presenade alburno, suscetvel aos organismos xilfagos;

    b. Em locais/edificaes com ocorrncia de cupins-subterrneos e/oucupins arborcolas (categoria de uso 2), recomenda-se a adoo demedidas complementares de controle, tais como, tratamento do solo,iscas, reaplicao peridica, quando pertinente, e/ou monitoramentocontinuado;

    c. Ensaios de eficincia do produto preservativo devem ser exigidosdos fabricantes;

    d. A penetrao do produto preservativo depende da permeabilidade damadeira e dos parmetros de tratamento adotados;

    e. No caso de espcies de folhosas, o cerne normalmente notratvel, mesmo sob presso; portanto, uma maior vida til docomponente depende da alta durabilidade natural dessa poro damadeira. No caso de madeiras permeveis, como o pinus, ou oalburno da maioria das espcies de folhosas, possvel a totalimpregnao com o produto preservativo;

    f. Essa reteno de produto preservativo recomendada para

    componentes estruturais de difcil manuteno, reparo ousubstituio e crticos para o desempenho e segurana do sistemaconstrutivo;

    g. Devido sua natureza oleosa e propriedades qumicas, a pea demadeira tratada com leo creosoto pode apresentar problemas deexsudao do produto (migrao para a superfcie), alm de nopermitir acabamento com tintas, stains1 e vernizes. Portanto,recomenda-se seu uso nos componentes que no entram em contatodireto com as pessoas e/ou animais. Produto no recomendado parauso no interior de residncias;

    h. Produtos preservativos e valores de reteno sugeridos pela

    Associao Brasileira de Preservadores de Madeira ABPM para oPrograma Nacional de Qualidade da Madeira PNQM daAssociao Brasileira da Indstria de Madeira ProcessadaMecanicamente ABIMCI;

    i. Os tratamentos sem presso ou superficiais (pincelamento, imerso,asperso) e a adio de inseticida cola s podem ser adotados emestruturas com rpida drenagem superficial de gua. Alm disso,recomenda-se o uso de acabamento apropriado com inseticida e/oufungicida e resinas hidrorrepelentes incorporados, como os stains;

    1 Tipo de acabamento que no forma pelcula, constitudo de pigmento slido e resinas,algumas vezes com fungicida.

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    j. Produtos para o tratamento preventivo e curativo de postes ou peasrolias em contato com o solo; disponveis na forma de bastes, queso introduzidos no cerne da pea ou em bandagem para envolver apea na regio de afloramento no solo;

    k. Carecem informaes sobre o uso da madeira tratada com o produtopreservativo CCB em contato direto com a gua doce, salobra ousalgada;

    l. Essa reteno de produto preservativo recomendada paracomponentes estruturais crticos, como estacas de fundaestotalmente ou parcialmente enterradas no solo ou em contato comgua doce, utilizados em locais de clima severo e ambiente com altopotencial de biodeteriorao por fungos e insetos xilfagos.

    m. O processo de duplo-tratamento com os produtos preservativos CCAe leo creosoto deve ser adotado em regies de ocorrncia deSphaeroma terebrans e Limnoria tripunctata e na ausncia de

    informaes sobre estes organismos xilfagos no local de uso damadeira.

    11.2.4 Categorias de uso - precaues gerais

    As seguintes precaues gerais devem ser tomadas na utilizao dosistema de categoria de uso para definio do produto preservativo, do mtodode tratamento, da reteno e da penetrao do produto preservativo namadeira:

    1. Para madeiras tratadas, que podem estar em contato direto compessoas ou animais, recomendado o uso de acabamentosadequados, como stains, vernizes e/ou tintas, para evitar a migraoe/ou lixiviao do produto preservativo, devido sua natureza qumica;

    2. Adotar a categoria de uso mais agressiva quando diferentes partes deum mesmo componente apresentam diferentes categorias de uso;

    3. Situaes em que um componente fora de contato com o solo forsubmetido a intenso umedecimento, considerar uma situaoequivalente ao contato com o solo ou gua doce;

    4. Com componentes inacessveis quando em servio ou quando suafalha apresente conseqncias srias, aconselhvel considerar o uso

    de madeira de alta durabilidade natural ou um tratamento preservativoque proporcione maior reteno e penetrao do produto preservativona madeira (tratamento sob presso);

    5. Nas folhosas, a diferente durabilidade natural e tratabilidade do alburnoe cerne devem ser sempre consideradas;

    6. Se o risco de lixiviao do produto preservativo existe, considerar aproteo dos componentes durante construo e/ou transporte;

    7. Fatores como manuseio das peas tratadas, como cortes ou furaes,a integridade de acabamentos ou a compatibilidade do produtopreservativo com o acabamento podem afetar o desempenho damadeira preservada. recomendado que todos os furos, entalhes ou

    chanfros, necessrios em um componente de madeira, sejamrealizados antes do tratamento preservativo;

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    8. Deve-se exigir, para cada categoria de uso, um programa demanuteno, que considere as particularidades de cada situao eorientar os responsveis pela manuteno, bem como os usurios,sobre os fatores que diminuem a vida til da madeira na construo,

    buscando ampliar o espectro de participantes no processo.11.3 Qualidade de madeira secagem e pr-tratamento

    Para garantir a qualidade da madeira, durante o seu processamento industrial, importante a adoo de boas tcnicas de secagem da madeira e, casonecessrio realizao de tratamento profiltico (pr-tratamento) com produtospreservativos adequados.

    11.3.1 Secagem da Madeira

    A secagem uma das operaes mais importantes na produo de madeira deboa qualidade e, conseqentemente, do produto final. Esta operao apresentaas seguintes vantagens:

    1. Substancial reduo do peso, com a conseqente diminuio dos custosde transportes;

    2. Aumento de resistncia mecnica da madeira (compresso, flexo,cisalhamento, entre outras) e das propriedades fsicas, como dureza,resistncia eltrica e isolamento trmico;

    3. As contraes que acompanham o processo de secagem, ocorrem

    antes da madeira ser transformada no produto final, evitando-se asdeformaes, empenamentos e fendilhamento;

    4. A madeira somente pode receber tratamento preservativo e/ouacabamento com aplicao de stain, verniz, laca entre outros se secaadequadamente;

    5. A secagem vital para melhor trabalhabilidade da madeira, comotorneamento, molduragem, furaco, lixamento, etc.

    Dentre os diversos processos de secagem existentes, a secagem natural, ao ar

    livre, e artificial convencional em estufas, so os mais utilizados. Cabe,portanto, fazer uma criteriosa avaliao, para definir a adoo do processo queproporciona a melhor relao custo x benefcio.

    11.3.2 Tratamento profiltico ou pr-tratamento

    Este tratamento indicado para proteo temporria da madeira verde recm-serrada ou rolia, durante o processo de secagem natural, contra fungosmanchadores e emboloradores e/ou insetos xilfagos (brocas-de-madeira,principalmente). realizado, normalmente, por meio de imerso da madeira em

    um tanque com uma soluo contendo um produto preservativo de aofungicida e outro de ao inseticida. Devido ao processo de tratamento e

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    natureza dos produtos preservativos utilizados, o pr-tratamento confere umaproteo superficial madeira, pois, atinge somente suas camadassuperficiais.

    Existem disponveis no mercado diversos produtos destinados para este

    tratamento. Os principais princpios ativos que compem esses produtos e queesto devidamente registradas no IBAMA so:

    Ao Fungicida: Quinolinolato de Cobre 8, Carbendazin, Prochloraz,Tribromofenato de Sdio e Tanino.

    Ao Inseticida: Cipermetrina e Endosulfan.

    REFERNCIAS NORMATIVAS

    ABNT NBR 6232 Postes de madeira Penetrao e reteno de preservativoABNT NBR 6236 Madeira para carretis para fios, cordoalhas e cabos

    ABNT NBR 7511 Dormente de madeira - Requisitos e mtodos de ensaio

    ABNT NBR 8456 Postes de eucaliptos preservados para redes de distribuiode energia eltrica.

    ABNT NBR 9480 Moures de madeira preservada para cercas

    ABNT NBR 15570 Transporte - Especificaes tcnicas para a fabricao deveculos de caractersticas urbanas para transporte coletivo de passageiros

    DEFINIES

    Alburno

    Lenho situado entre a casca e o cerne, geralmente de colorao mais clara queeste e constitudo por elementos celulares ativos (na rvore viva). O mesmoque branco, brancal ou borne.

    Aglomerado

    Chapa ou painel de partcula de madeira ligadas por resina sinttica eprensadas a alta temperatura e presso.

    Apodrecimento

    Processo de deteriorao da madeira, causada por fungos apodrecedores, quealteram suas propriedades fsicas e mecnicas.

    Biodeteriorao

    Alteraes indesejveis produzidas pela ao, direta ou indireta, de seresvivos, em materiais usados pelo homem.

    Broca-de-madeira

    Insetos da Ordem Coleoptera que utilizam a madeira como alimento ou parareproduo. De maneira geral, o ataque por brocas-de-madeira se inicia

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    quando a fmea adulta deposita seus ovos na madeira. Alm da quantidade equalidade dos nutrientes presentes na madeira, o desenvolvimento dessesinsetos tambm influenciado por outros fatores, principalmente temperatura eumidade, dependendo da espcie. Desde a rvore viva, at a madeira em uso,

    diferentes grupos de brocas atacam a madeira nas diferentes fases de seubeneficiamento, sendo as seguintes famlias bostrichidae, lyctidae, scolytidae,platypodidae, anobiidae e cerambycidae.

    Clula cheia

    Tratamento da madeira em autoclave onde se aplica: vcuo inicial ao sistema;presso, aps a transferncia do produto preservativo; e vcuo final.

    Clula vazia

    Tratamento da madeira em autoclave onde se aplica: presso, aps atransferncia do produto preservativo; e vcuo final.

    CerneParte interna do lenho, envolvida pelo alburno, constituda por elementoscelulares sem atividade fisiolgica, geralmente caracterizada por possuircolorao mais escura que o alburno.

    Conferas

    Madeira produzida por rvores, do grupo das gimnospermas, cujas folhas emforma de agulha ou escamas no se desprendem com a mudana de estaesclimticas. So exemplos de conferas os pinheiros e os ciprestes.

    Cupim

    Insetos sociais da Ordem Isoptera, que podem atacar a madeira sadia ouapodrecida. Formam colnias compostas por diferentes categorias deindivduos: reprodutores, soldados e operrios e que deterioram a madeira.

    Cupim-arborcola

    So os cupins cujo ninho situa-se acima do solo, sobre algum suporte,geralmente uma rvore, da seu nome. No meio urbano, esses cupins podemser encontrados tambm em pontos altos das edificaes, como forros etelhados.

    Cupim-de-madeira-seca

    So os cupins cuja colnia se desenvolve em madeiras com baixo teor deumidade, abaixo de 30%, ou seja, em condies normais de uso da madeira.

    Cupim-subterrneo

    Estes cupins so assim denominados pelo fato de constiturem colniasfreqentemente abaixo da superfcie do solo. So espcies que necessitamuma fonte de umidade para sua sobrevivncia e suas colnias so bastantepopulosas. A ligao entre a colnia e a fonte de alimento feita por meio detneis construdos pelos insetos. O ninho pode estar localizado tanto na reaconstruda como nas imediaes da construo. Em edificaes infestadas por

    esses cupins bastante comum encontrar seus tneis nos espaos existentesentre lajes, na rede hidrulica e em condutes eltricos, assim como em

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    armrios embutidos, batentes, guarnies e outras peas em contato diretocom a alvenaria.

    Duplo-vcuo

    Processo de tratamento semelhante ao de clula cheia, mas a presso muitobaixa, e apropriado somente para a aplicao de produtos preservativos desolventes orgnicos de baixa viscosidade, em situaes onde uma penetraolimitada necessria. Esse processo muito usado em outros pases para otratamento de madeira utilizada, por exemplo, como janelas e portas, massomente com espcies de razovel permeabilidade.

    Durabilidade natural

    Caracterstica intrnseca de cada espcie botnica de madeira, ou seja, de suaresistncia ao ataque de organismos xilfagos (insetos, fungos e perfuradoresmarinhos). De modo geral, o conceito de durabilidade natural est sempre

    associado ao cerne da espcie de madeira, na medida em que, na prtica, oalburno de todas as espcies de madeira considerado no durvel ouperecvel.

    Folhosas

    Madeira produzida por rvores do grupo das angiospermas, que em climatemperado, perdem suas folhas no outono e inverno; entretanto, nos pasestropicais, esse fenmeno no ocorre para a maioria das espcies; no Brasil,so representadas, por exemplo, pelo eucalipto, ip, angico-preto.

    Fungos

    Microrganismos capazes de se desenvolver na madeira, causandomanchamento e/ou a deteriorao dos tecidos lenhosos.

    Fungo apodrecedor

    Fungo que utiliza os constituintes da madeira (celulose, hemicelulose e lignina)como fonte de alimento; causam profundas alteraes nas propriedades fsicase mecnicas da madeira.

    Fungo embolorador/manchador

    So fungos responsveis por uma importante alterao na superfcie damadeira, conhecida popularmente como bolor ou mancha azul. O bolor resulta

    da enorme produo de esporos que possuem colorao variada de acordocom a espcie de fungo. O fungo manchador altera a colorao do alburno,devido aos seus filamentos pigmentados ou produo de pigmentos. Essesorganismos no alteram significativamente as propriedades fsicas e mecnicasda madeira, sendo considerado um problema esttico.

    HDF (High Density Fiberboard painel de densidade alta)

    Chapa de fibra ou painel com densidade de massa superior a 800 kg/m.

    Ingrediente ativo

    Padro em cujos termos se definem, usualmente, a composio ponderal, em

    porcentagem, das formulaes preservativas. Esses padres podem serelementos, como boro ou xidos de elementos como CuO, ou substncias

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    qumicas orgnicas diversas. No sero expressos em ingredientes ativos oscompostos cuja nica finalidade a de evitar corroso ou corrigir pH dasoluo preservativa.

    Inseto xilfago

    Brocas-de-madeira ou trmitas que utilizam a madeira como fonte de alimentoou para sua reproduo.

    Madeira laminada

    Camadas de madeira slida coladas com sua gr na direo paralela direolongitudinal da pea. Uma nica camada de madeira denominada de lmina.

    Madeira preservada

    A que contm produto preservativo em quantidade suficiente, de maneira aaumentar, significativamente, a sua resistncia aos fungos e insetos xilfagos.

    MDF (Mediun Density Fiberboard painel de fibra de mdia densidade):Chapa ou painel de fibra de madeira com densidade de massa entre 500 e 800kg/m.

    MDP (Mediun Density Particleboard painel de partcula de mdiadensidade):

    Chapa ou painel de partcula de madeira em camadas, aglutinadas com resinasinttica, submetidas alta temperatura e presso. Estes painis soresultados do uso intensivo de tecnologia de prensas contnuas e pertence auma nova gerao de painis de partcula de mdia densidade totalmentedistintos dos aglomerados.

    Organismo xilfago

    Inseto ou fungo que utiliza a madeira como fonte de alimento (xylon = madeira;phagein = comer).

    OSB (Oriented Strand Board painel de partculas orientadas):

    Chapa de partcula ou painel formado por camadas de partculas ou feixes defibras com resinas fenlicas, que so orientados em uma mesma direo eento, prensados para sua consolidao.

    Painel aglomerado

    Chapa de partculas ou painel de madeiras formado por partculas aglutinadascom resina sinttica termofixa, consolidadas sob a ao de alta temperatura epresso.

    Painel compensado

    Composto por vrias lminas desenroladas, unidas cada uma,perpendicularmente outra, atravs de adesivo ou cola, sempre em nmeroimpar, de forma que uma compense a outra, fornecendo maior estabilidade epropriedades fsicas e mecnicas superiores s da madeira original.

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    Painel reconstitudo

    Painel em que a madeira bruta triturada, transformando-se em cavacos oufibras impregnados de resinas sintticas, como o aglomerado, MDF, HDF eOSB.

    Penetrao

    Profundidade alcanada pelo produto preservativo ou pelo(s) ingrediente(s)ativo(s) na madeira, expressa em milmetros.

    Ponto de saturao das fibras (PSF)Teor de umidade no qual as paredes das clulas das madeiras estocompletamente saturadas de gua, enquanto que as cavidades celulares estototalmente isentas de gua. O PSF varia de acordo com a espcie de madeira.

    Perfurador marinhoTermo utilizado para designar um grande nmero de organismos de diversos

    grupos, como algas, esponjas, crustceos, moluscos, briozorios eequinodermas, que podem perfurar os mais variados substratos, comoconchas, rochas e madeira, entre outros.

    Preservao da madeira

    Conjunto de medidas preventivas e curativas para controle de agentesbiolgicos (fungos e insetos xilfagos e perfuradores marinhos), fsicos equmicos que afetam as propriedades da madeira, adotadas nodesenvolvimento e na manuteno dos componentes de madeira no ambienteconstrudo.

    Pr-tratamentoVer definio de tratamento profiltico

    Produto preservativo

    Substncia ou formulao qumica de composio e caractersticas definidas,que deve apresentar as seguintes propriedades: alta toxidez aos organismosxilfagos; alta penetrabilidade atravs dos tecidos lenhosos permeveis; altograu de fixao nos tecidos lenhosos; alta estabilidade qumica; ser nocorrosivo aos metais; e no prejudicar as caractersticas fsicas e mecnicas damadeira.

    RetenoQuantidade de produto preservativo, contida de maneira uniforme numdeterminado volume de madeira, expressa em quilograma de ingrediente ativode produto preservativo por metro cbico de madeira tratvel.

    Stain

    Tipo de acabamento que no forma pelcula, constitudo de pigmento slido eresinas, algumas vezes com fungicida.

    Teor de umidade

    Contedo de gua apresentado por uma determinada massa de madeira seca.

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    Trmita

    Ver definio de cupim

    Tratabilidade

    Caracterstica intrnseca da espcie botnica relacionada permeabilidade damadeira aos produtos preservativos. Na medida em que a espcie propostano suficientemente tratvel ou impregnvel, no possvel ter-se certezaquanto ao seu tempo de vida til.

    Tratamento preservativo

    Conjunto de operaes destinadas a aplicar o produto preservativo na madeira,resultando numa impregnao adequada dos tecidos lenhosos, sem ocasionarleses prejudiciais estrutura das peas, ou alteraes sensveis em suascaractersticas fsico-mecnicas.

    Tratamento profiltico

    Aplicao de produto preservativo na superfcie da madeira para proteg-la,temporariamente durante o processo de secagem, contra o ataque de fungos einsetos.

    Tratamento sem presso ou superficial: Os processos sem presso, ousuperficiais, caraterizam-se por no utilizarem presso externa para forar apenetrao do preservativo na madeira, portanto, proporcionam baixa retenoe penetrao do produto preservativo na madeira. A impregnao baseadanos princpios da difuso e/ ou da capilaridade, os quais proporcionam umapenetrao do preservativo quase que superficial, na maioria das vezes. Como

    efeito, confere madeira uma proteo limitada contra os organismosxilfagos, sendo recomendados para a preservao de peas que estarosujeitas a baixos riscos de deteriorao biolgica. Essas consideraesreferem-se ao uso de produtos preservativos oleosos, oleossolveis ouemulsionveis aplicados s madeiras secas (teor de umidade abaixo de 30%na base seca), pelos processos de asperso, imerso e pincelamento.

    Tratamento sob presso: Os processos de impregnao que utilizampresses efetivas para forar a penetrao do preservativo so os maiseficientes para a preservao da madeira. Eles promovem a distribuio epenetrao mais uniforme do produto preservativo em todas as partespermeveis da madeira e com teor de umidade abaixo do ponto de saturaodas fibras (~30%), alm de favorecer o controle da quantidade de preservativoabsorvido (nvel de reteno) para uma proteo ampla da madeira, mesmo emcondies de alto risco de deteriorao biolgica. Estes processos sorealizados em instalaes industriais, denominadas usinas de preservao demadeiras. De um modo geral, podem-se dividir os processos sob presso emduas categorias: Clula Cheia e Clula Vazia.

    ABREVIATURAS

    CA-B produto preservativo a base de cobre e tebuconazole

    CCA-C arseniato de cobre cromatado tipo CCCB produto preservativo a base de cobre, cromo e boro

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    IPBC iodopropinil-butil-carbamato

    UNIDADES DE MEDIDA

    kg/m: quilograma de ingrediente ativo de produto preservativo por metrocbico de madeira tratvel - reteno