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sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de novembro de 2010 9 DIÁRIO DO COMÉRCIO c idades EUROPA VERDE Na Alemanha, 13,5 milhões de metros quadrados de verde cobrem 15% dos telhados, segundo dados de 2001. Um dos principais é a cobertura do aeroporto de Frankfurt. Na Espanha, o maior teto verde do País é o do Banco Santander. Casa ecológica: jardim sobe a escada e vai para o telhado A instalação de telhados com plantas é cada vez mais comum no País. E os benefícios são muitos: clima ameno no interior da residência, ornamentação e até prevenção de enchentes, já que a água é liberada aos poucos para o chão. Na Europa, até aeroportos já possuem cobertura verde. Fotos: Divulgação Jardim suspenso: residência cujo telhado é coberto com plantas, medida cada vez mais comum no Brasil Agliberto Lima/DC - 03/12/2009 Prédio da Prefeitura de São Paulo possui um jardim na cobertura Patrícia Cruz/Luz Sérgio Rocha, do Tecnologia Sempre Viva: seis mil metros quadrados de telhados verdes em vários estados Valdir Sanches Q uando visita seus clientes, Sérgio Rocha se apresenta levando não uma convencional pasta na mão, mas uma caixa de plantas sobre o ombro. Como um chacareiro levaria sua cesta de verduras. A caixa é a alma de seu negócio. Ela pode dar conforto em uma casa, livrar um bairro de enchentes e ajudar a atmosfera global. O que Sérgio carrega é um módulo de telhado verde. O engenheiro agrônomo desenvolveu uma técnica própria para cobrir telhados com plantas. Em vez da laje bruta, ardendo ao sol, o frescor de um gramado e um canteiro de folhagens. A tal caixa sobre os ombros – o módulo – é de plástico e tem 40 centímetros por 50 centímetros, com 9 cm de altura. Reúne tudo o que se precisa para colocar plantas em telhados. Ela se encaixa a outras iguais, para cobrir a extensão desejada. Na parte de baixo existem copinhos que armazenam água. Acima deles vai o substrato (em lugar de terra), com cinco centímetros de altura: um preparado com argila e composto orgânico, como resíduos de cana. Aí são plantadas as mudas. Raízes – As raízes das plantinhas penetram no substrato e chegam aos copinhos de água. "Comida" e água à vontade. Os copinhos têm furos para drenagem. Se cair um temporal, o excesso de água sai para canaletas da caixa e é levado para o sistema de escoamento do telhado (calhas, por exemplo). Uma das vantagens do substrato é pesar bem menos do que terra vegetal. Assim, fará menor pressão sobre o telhado em que o sistema for aplicado. Bem, e que plantas é possível ter? Até árvores como uma jabuticabeira, garante Sérgio Rocha. Mas o comum são plantinhas que chegam a 40 cm de altura. As mais indicadas são as chamadas suculentas. Elas armazenam água em suas folhas. Isso é importante, porque as condições dos telhados verdes com frequência se assemelham às dos desertos. Durante o dia, lá em cima, diretamente sob a inclemência do sol, pode haver temperaturas superiores a 40° C; à noite, pode cair para 11° C. Além disso, os lugares estão sujeitos a ventos intensos, geadas. E a secas. Nos períodos de seca (ou quando o proprietário se esquecer de regar), as plantinhas suculentas usam a água guardada em suas folhas. Mas há uma variedade de outras plantas indicadas, como folhagens de diversos tipos e grama. Entre estas, a grama amendoim (de folhas arredondadas) e a esmeralda, igual à dos campos de futebol. Nestes casos, não se pode descuidar da regadura, a ser feita a cada três ou quatro dias (um sistema de irrigação simples pode ser instalado, com torneira no térreo). Árvores – Sérgio diz que o plantio de árvores, como a jabuticabeira, é possível com a criação de um canteiro. Ou uma técnica que consiste em concentrar mais terra sobre os módulos. Independente do tipo de planta, os telhados verdes exigem manutenção a cada seis meses. É preciso subir no telhado e ver se não surgiram plantas invasoras. Pássaros, morcegos, o vento, podem trazer sementes. Sérgio diz que já foram achadas sementes de árvores grandes, como figueira e imbaúba. Os telhados verdes beneficiam as casas, porque servem como isolante térmico. Menos calor dentro de casa, mais economia com ventiladores e ar condicionado. No tocante ao bairro, à cidade, contribuem para a qualidade do ar, já que as plantas retém o carbono poluente e liberam oxigênio na atmosfera. Efeito estufa – As plantinhas suculentas, diz Sérgio, retém 50 toneladas de carbono por hectare (10.000 metros quadrados). É uma boa contribuição para ajudar no combate ao aquecimento global, o vilão de nossos tempos. Os telhados verdes também colaboram na redução de enchentes. Retém a água da chuva, que vai sendo liberada aos poucos. Assim, deixam de despejar sobre o solo grandes volumes de água de uma vez, que se tornam tributários das inundações. Coberturas verdes em prédios surgiram em São Paulo como paisagismo. Na década de 1950, Burle Marx, memorável paisagista (1909- 1994), criou um jardim suspenso no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Também há um grande jardim sobre o Edifício Conde Matarazzo, onde está instalada a Prefeitura, na esquina da Rua Líbero Badaró com o Viaduto do Chá. Os telhados verdes, como tal, são uma técnica antiga no exterior. "Mas os primeiros modelos levavam muita terra, eram pesados", diz Sérgio. As técnicas modernas surgiram na Alemanha, em fins de 1960. Naquele país, 13,5 milhões de metros quadrados de verde cobrem 15% dos telhados (dados de 2001). O maior deles é o do Aeroporto de Frankfurt, com 45 mil m² de verde - o que ajuda a reduzir o ruído dos aviões. Na Espanha, o maior teto verde do País é o do Banco Santander, na cidade do mesmo nome. No Brasil, estamos começando. Em todo caso, só a Tecnologia Sempre Viva, empresa de Sérgio, instalou 6 mil metros quadrados em cidades de vários Estados brasileiros, em dois anos e meio de atividade. Técnica permite horta suspensa O telhado verde, com os módulos criados por Sérgio Rocha, tem três tipos. O básico, com mudas bem novas, uma se- mana a dez dias de plantio, por R$ 120 o metro quadra- do. O premiun, com mudas adultas, dois meses de plan- tio, a R$ 170 o m². E o grama- do, com grama adulta, de um só padrão, a R$ 125 o m². A esses valores devem-se acrescentar os custos da ins- talação, em média R$ 35 o m². E o frete, que depende da distância a ser percorrida. Hor ta – Além do telhado inteiro, há outras possibilida- des. Pode-se comprar 1 m² (cinco peças) de módulos va- zios, para fazer uma peque- na horta no quintal. Vão bem morango, alface, temperos. Basta encher os copinhos com água, e a parte de cima com terra. O metro quadrado custa R$ 60. Outra possibilidade é plan- tar grama. Neste caso, pode haver um tipo específico de serventia para quem tem ca- chorro em casa. Por ora, os módulos não estão em lojas ou supermer- cados. Da mesma forma não há representante em São Paulo da Tecnologia Sem- pre Viva, a empresa de Sér- gio. A sede fica em Itu, a 92 quilômetros da Capital. Quem quiser comprar os módulos, ou todo o telhado verde, deve ligar para (11) 2429-4720. (V.S.) Caboclo no Amazonas inspirou a tecnologia Patrícia Cruz/Luz Agência do Bradesco na rua Cardoso de Almeida: cliente verde U m prosaico telhadi- nho de galinheiro, feito por um caboclo de Manaus (AM), inspirou o meio de vida do agrônomo Sérgio Rocha e sua mulher, a especialista em agroecos- sistema Fabiana Scarda. O telhadinho tinha plantas em cima, para não expor as ga- linhas ao calor. Com a mesma técnica, aprimorada, o casal e um terceiro sócio, Ricardo Scarda, pai de Fabiana, já cobriram telhados de casas ou empresas em inúmeras cidades, entre elas São Paulo, Rio e Brasília. Em São Paulo, há clientes como o Banco do Brasil, de Pirituba, e o Bradesco de Perdizes. A Universidade de Campinas (Unicamp) e o mineiro Uberlândia Shop- ping Center também rece- beram a cobertura verde. Sérgio e Fabiana, ambos com 34 anos, se conhece- ram durante o antigo curso colegial, em Itu, onde nasce- ram. Fizeram faculdade, ele de agronomia em Botucatu, ela de ecologia, em Rio Cla- ro. Dois "verdes" acabariam logicamente na Amazônia. Em Tefé, no oeste do es- tado do Amazonas, Fabiana atuou na Reserva de Mami- rauá. A cidade está às mar- gens do Rio Solimões e do Lago de Tefé. Em suas praias, os ribeirinhos culti- vam alimentos como melan- cia e mandioca. Sérgio se- guiu Fabiana. Um ano depois faziam mestrado em Florianópolis. De volta a Manaus, acaba- ram conhecendo a perma- cultura, que usa meios eco- lógicos e economicamente viáveis para suprir necessi- dades básicas do homem. Assim como o galinheiro com telhado verde. "Quando vi o galinheiro achei genial", recorda Sér- gio. "Disse que o autor devia receber o Prêmio Nobel". Foi à internet, e descobriu que telhados verdes eram práticas mundiais. Mas ele e Fabiana se apaixonaram por isso. E desenvolveram seu próprio sistema. (V.S.)

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sábado, domingo e segunda-feira, 20, 21 e 22 de novembro de 2010 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

cidades

EUROPA VERDENa Alemanha, 13,5 milhões de metros quadrados de verde

cobrem 15% dos telhados, segundo dados de 2001. Um dosprincipais é a cobertura do aeroporto de Frankfurt. Na Espanha,

o maior teto verde do País é o do Banco Santander.

Casa ecológica: jardim sobea escada e vai para o telhado

A instalação detelhados com plantas écada vez mais comum

no País. E os benefíciossão muitos: clima

ameno no interior daresidência,

ornamentação e atéprevenção de

enchentes, já que aágua é liberada aos

poucos para o chão.Na Europa, até

aeroportos já possuemcobertura verde.

Fotos: Divulgação

Jardim suspenso: residência cujo telhado é coberto com plantas, medida cada vez mais comum no Brasil

Agliberto Lima/DC - 03/12/2009

Prédio da Prefeitura de São Paulo possui um jardim na cobertura

Patrícia Cruz/Luz

Sérgio Rocha, do Tecnologia Sempre Viva: seis mil metros quadrados de telhados verdes em vários estados

Valdir Sanches

Quando visita seusclientes, SérgioRocha seapresenta levando

não uma convencional pastana mão, mas uma caixa deplantas sobre o ombro.Como um chacareiro levariasua cesta de verduras. Acaixa é a alma de seunegócio. Ela pode darconforto em uma casa, livrarum bairro de enchentes eajudar a atmosfera global.O que Sérgio carrega é ummódulo de telhado verde. Oengenheiro agrônomodesenvolveu uma técnicaprópria para cobrir telhadoscom plantas. Em vez da lajebruta, ardendo ao sol, ofrescor de um gramado e umcanteiro de folhagens.A tal caixa sobre os ombros –o módulo – é de plástico etem 40 centímetros por 50centímetros, com 9 cm dealtura. Reúne tudo o que seprecisa para colocar plantasem telhados. Ela se encaixa aoutras iguais, para cobrir aextensão desejada.Na parte de baixo existemcopinhos que armazenamágua. Acima deles vai osubstrato (em lugar deterra), com cinco centímetrosde altura: um preparadocom argila e compostoorgânico, como resíduos decana. Aí são plantadas asmudas.Raízes – As raízes dasplantinhas penetram nosubstrato e chegam aoscopinhos de água. "Comida"e água à vontade. Oscopinhos têm furos paradrenagem. Se cair umtemporal, o excesso de águasai para canaletas da caixa eé levado para o sistema deescoamento do telhado(calhas, por exemplo).Uma das vantagens dosubstrato é pesar bem menosdo que terra vegetal. Assim,fará menor pressão sobre otelhado em que o sistema foraplicado.Bem, e que plantas épossível ter? Até árvorescomo uma jabuticabeira,garante Sérgio Rocha. Mas ocomum são plantinhas quechegam a 40 cm de altura.As mais indicadas são aschamadas suculentas. Elasarmazenam água em suasfolhas. Isso é importante,porque as condições dostelhados verdes comfrequência se assemelham àsdos desertos. Durante o dia,lá em cima, diretamente soba inclemência do sol, podehaver temperaturassuperiores a 40° C; à noite,pode cair para 11° C.Além disso, os lugares estãosujeitos a ventos intensos,

geadas. E a secas. Nosperíodos de seca (ou quandoo proprietário se esquecer deregar), as plantinhassuculentas usam a águaguardada em suas folhas.Mas há uma variedade deoutras plantas indicadas,como folhagens de diversostipos e grama. Entre estas, agrama amendoim (de folhasarredondadas) e aesmeralda, igual à doscampos de futebol.Nestes casos, não se podedescuidar da regadura, a serfeita a cada três ou quatro dias(um sistema de irrigaçãosimples pode ser instalado,com torneira no térreo).Árvores – Sérgio diz que oplantio de árvores, como ajabuticabeira, é possível coma criação de um canteiro. Ouuma técnica que consiste emconcentrar mais terra sobreos módulos.Independente do tipo deplanta, os telhados verdesexigem manutenção a cadaseis meses. É preciso subirno telhado e ver se nãosurgiram plantas invasoras.Pássaros, morcegos, o vento,podem trazer sementes.Sérgio diz que já foramachadas sementes de árvores

grandes, como figueira eimbaúba.Os telhados verdesbeneficiam as casas, porqueservem como isolantetérmico. Menos calor dentrode casa, mais economia comventiladores e arcondicionado. No tocante aobairro, à cidade, contribuempara a qualidade do ar, jáque as plantas retém ocarbono poluente e liberamoxigênio na atmosfera.Efeito estufa – Asplantinhas suculentas, dizSérgio, retém 50 toneladasde carbono por hectare(10.000 metros quadrados).É uma boa contribuiçãopara ajudar no combate aoaquecimento global, o vilãode nossos tempos.Os telhados verdes tambémcolaboram na redução deenchentes. Retém a água dachuva, que vai sendoliberada aos poucos. Assim,deixam de despejar sobre osolo grandes volumes deágua de uma vez, que setornam tributários dasinundações.Coberturas verdes emprédios surgiram em SãoPaulo como paisagismo. Nadécada de 1950, Burle Marx,

memorável paisagista (1909-1994), criou um jardimsuspenso no ConjuntoNacional, na AvenidaPaulista. Também há umgrande jardim sobre o EdifícioConde Matarazzo, onde estáinstalada a Prefeitura, naesquina da Rua Líbero Badarócom o Viaduto do Chá.Os telhados verdes, como tal,são uma técnica antiga noexterior. "Mas os primeirosmodelos levavam muita terra,eram pesados", diz Sérgio. Astécnicas modernas surgiramna Alemanha, em fins de 1960.Naquele país, 13,5 milhões demetros quadrados de verdecobrem 15% dos telhados(dados de 2001). O maiordeles é o do Aeroporto deFrankfurt, com 45 mil m! deverde - o que ajuda a reduzir oruído dos aviões. NaEspanha, o maior teto verdedo País é o do BancoSantander, na cidade domesmo nome.No Brasil, estamoscomeçando. Em todo caso, sóa Tecnologia Sempre Viva,empresa de Sérgio, instalou 6mil metros quadrados emcidades de vários Estadosbrasileiros, em dois anos emeio de atividade.

Técnica permite horta suspensa

Otelhado verde, comos módulos criadospor Sérgio Rocha,

tem três tipos. O básico, commudas bem novas, uma se-mana a dez dias de plantio,por R$ 120 o metro quadra-do. O premiun, com mudasadultas, dois meses de plan-tio, a R$ 170 o m!. E o grama-do, com grama adulta, de umsó padrão, a R$ 125 o m!.

A esses valores devem-seacrescentar os custos da ins-talação, em média R$ 35 o

m!. E o frete, que depende dadistância a ser percorrida.

Hor ta – Além do telhadointeiro, há outras possibilida-des. Pode-se comprar 1 m!(cinco peças) de módulos va-zios, para fazer uma peque-na horta no quintal. Vão bemmorango, alface, temperos.Basta encher os copinhoscom água, e a parte de cimacom terra. O metro quadradocusta R$ 60.

Outra possibilidade é plan-tar grama. Neste caso, pode

haver um tipo específico deserventia para quem tem ca-chorro em casa.

Por ora, os módulos nãoestão em lojas ou supermer-cados. Da mesma forma nãohá representante em SãoPaulo da Tecnologia Sem-pre Viva, a empresa de Sér-gio. A sede fica em Itu, a 92qui lômetros da Capi ta l .Quem quiser comprar osmódulos, ou todo o telhadoverde, deve ligar para (11)2429-4720. (V.S.)

Caboclo no Amazonasinspirou a tecnologia

Patrícia Cruz/Luz

Agência do Bradesco na rua Cardoso de Almeida: cliente verde

Um prosaico telhadi-nho de galinheiro,feito por um caboclo

de Manaus (AM), inspirou omeio de vida do agrônomoSérgio Rocha e sua mulher,a especialista em agroecos-sistema Fabiana Scarda. Otelhadinho tinha plantas emcima, para não expor as ga-linhas ao calor.

Com a mesma técnica,aprimorada, o casal e umtercei ro sócio, RicardoScarda, pai de Fabiana, jácobriram telhados de casasou empresas em inúmerascidades, entre elas SãoPaulo, Rio e Brasília.

Em São Paulo, há clientescomo o Banco do Brasil, dePirituba, e o Bradesco dePerdizes. A Universidade deCampinas (Unicamp) e omineiro Uberlândia Shop-ping Center também rece-beram a cobertura verde.

Sérgio e Fabiana, amboscom 34 anos, se conhece-ram durante o antigo cursocolegial, em Itu, onde nasce-ram. Fizeram faculdade, elede agronomia em Botucatu,

ela de ecologia, em Rio Cla-ro. Dois "verdes" acabariamlogicamente na Amazônia.

Em Tefé, no oeste do es-tado do Amazonas, Fabianaatuou na Reserva de Mami-rauá. A cidade está às mar-gens do Rio Solimões e doLago de Tefé . Em suaspraias, os ribeirinhos culti-vam alimentos como melan-cia e mandioca. Sérgio se-guiu Fabiana.

Um ano depois faziammestrado em Florianópolis.De volta a Manaus, acaba-ram conhecendo a perma-cultura, que usa meios eco-lógicos e economicamenteviáveis para suprir necessi-dades básicas do homem.Assim como o galinheirocom telhado verde.

"Quando vi o galinheiroachei genial", recorda Sér-gio. "Disse que o autor deviareceber o Prêmio Nobel".Foi à internet, e descobriuque telhados verdes erampráticas mundiais. Mas ele eFabiana se apaixonarampor isso. E desenvolveramseu próprio sistema. (V.S.)