Casa de baterias

Embed Size (px)

Citation preview

E D I O N 6 4 J U N H O 2 0 0 7

LogWebR E F E R N C I A E M

J

O

R

N

A

L

Logstica Supply Chain Transporte Multimodal Comrcio Exterior Movimentao Armazenagem Automao Embalagem

L O G S T I C A

Informe Publicitrio

Fulguris:

Liderana de mercado em baterias industriais

R. Baro de Penedo, 450 q

Cumbica q Guarulhos q Guarulhos

SP q SP

q CEP 07222-015 q CEP 07220-000

Av. Santos Dumont, 2.153 q Cumbica q

www.fulguris.com.br

q e-mail: [email protected]

q Tels.: 11 6412-1922

q 6413-5605

E D I O N 6 4 J U N H O 2 0 0 7

LogWebR E F E R N C I A E MEMPILHADEIRAS

J

O

R

N

A

L

Logstica Supply Chain Transporte Multimodal Comrcio Exterior Movimentao Armazenagem Automao Embalagem

L O G S T I C A

LogWeb(veja na pg. 15) Natura e Rapido Cometa fazem parceria em Pernambuco(Pgina 3)

O Jornal Mudou

Treinamento fundamentalAS ATRIBUIES VO MUITO ALM DO TRANSPORTE(Pgina 24)SALAS DE BATERIAS

Retrak e Haulotte unem empilhadeira e plataforma(Pgina 9)

(Pgina 14)

PLATAFORMAS NIVELADORAS DE DOCA

Foto: Stock.xchng

ABC Integrated Logistics completa uma dcada

Construir e manter requerem cuidados especiaisPara que as salas de baterias atendam s necessidades de manter a produtividade permitindo que os veculos industriais eltricos operem sem paradas alguns cuidados devem ser tomados. (Pgina 10)

COMRCIO EXTERIOR

PRECISO UMA MEXIDA GERAL PARA MELHORAR(Pgina 30)

LOGSTICA SETORIZADA

Garantia de segurana na carga e descargaCom o uso destas plataformas, evita-se acidentes com a queda das mercadorias transportadas e reduz-se o custo da operao de carga e descarga, aumentando a produtividade. (Pgina 20)

AS EXIGNCIAS DA LOGSTICA FARMACUTICA(Pgina 34)

Multimodal

Afinal, a empilhadeira mal conduzida pode representar riscos segurana operacional, alm de problemas de avaria dos produtos transportados, consumo excessivo de combustvel e outros. (Pgina 4)

OPERADORES LOGSTICOS

JORNAL

4

n

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

Palavrado Leitor

TRANSPORTE HIDROVIRIO NO BRASILO modal hidrovirio uma soluo logstica de transporte vivel para a economia brasileira, e que enfrenta algumas dificuldades de expanso e explorao por falta de estrutura e investimento no setor. Sabemos que a bacia fluvial brasileira bastante extensa, que precisa ser mais aproveitada, podendo vir a ser um facilitador para suprir as deficincias do modal rodovirio. Isto tambm se aplica aos portos, onde temos estruturas precrias, alguns navios de grande porte no atracam em determinados portos, inclusive no porto de Salvador, faltam investimentos em equipamentos de movimentao de carga e contineres, poucos armazns devidamente estruturados, operadores porturios e terminais operando no limite mximo em seus ptios para contineres, etc. Mas no podemos perder a esperana, o papel do transporte no desenvolvimento da economia de grande importncia. Quando no existe um bom sistema de transporte, as extenses de mercado ficam limitadas, elevando os custos de produo e impactando diretamente nos preos. Entretanto, com melhores nveis de servios, os custos ficam mais competitivos, gerando uma maior competio. medida que os servios de transportes com custos menores vo se disponibilizando, a estrutura econmica comea a assemelhar-se de uma economia desenvolvida, ou seja, contribui para o aumento da competitividade no mercado, garantindo menores preos dos produtos. Wendel Leal Coordenador de Operaes - EADI Salvador Logstica e Distribuio Envie suas opinies, sugestes e crticas para o jornal LogWeb: [email protected]

JORNALn

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

5

EditorialEQUIPAMENTOS E SERVIOS DIVERSOSequipamentos pertinentes ao setor so destacados D iversos jornal LogWeb,e serviosneste nmero do na forma de grandes reportagens. Por exemplo, no que se refere a equipamentos, temos como destaques as empilhadeiras cujo enfoque da reportagem o treinamento dos operadores; as salas de baterias, ressaltando itens como os cuidados especiais na hora de construir e manter, alm da manuteno das baterias e dos carregadores de baterias; e as plataformas niveladores de doca, onde so abordados os tipos, os problemas gerados pela falta de uso destes equipamentos e os aspectos legais relacionados ao uso. No caso dos servios, so trs as matrias especiais. A primeira est focada nas atribuies dos operadores logsticos. A segunda, voltada para o comrcio exterior, analisa os problemas logsticos na rea e os efeitos da ampliao do comrcio com mercados no tradicionais e das visitas de autoridades estrangeiras na ampliao do mercado externo para o Brasil. A ltima envolve a logstica farmacutica: os problemas enfrentados para a contratao de frete por parte da indstria farmacutica, as obrigaes e exigncias em relao ao transporte e manuseio destes produtos. Como os nossos leitores fiis podem constatar, a cada edio buscamos apresentar sempre assuntos novos, por mais abrangente que seja o segmento de logstica. E aproveitamos para tambm convidar estes mesmos leitores a enviarem sugestes de temas a serem abordados, a indicarem cases e tambm a fazerem crticas s nossas abordagens. Como sempre destacamos, o jornal feito para e com os nossos leitores.Wanderley G. Gonalves Editor [email protected]

CENTRO DE DISTRIBUIO

Natura e Rapido Cometa fazem parceria em PernambucoNatura empresa do setor de cosmticos e produtos de higiene e de perfumaria acaba de expandir seu processo logstico para o Nordeste e inaugurar um Centro de Distribuio em Jaboato dos Guararapes, PE, para atender o Recife, a Regio Metropolitana e parte do interior de Pernambuco. O responsvel pela operao do novo espao, desde o transporte dirio de produtos da fbrica em Cajamar, SP, para Pernambuco, at a separao e entrega dos pedidos das consultoras do Estado, o provedor de soluo logstica Rapido Cometa (Fone: 81 3464.5317). Para o vice-presidente da operao Brasil, Maurcio Bellora, a instalao do CD marca a continuao do projeto de expanso da logstica da Natura. Estamos descentralizando a logstica da empresa em busca da melhoria dos servios prestados e da reduo no prazo de entrega dos nossos produtos s consultoras, explica. Este o segundo CD da empresa fora de So Paulo. O primeiro foi inaugurado em outubro ltimo, em Matias Barbosa, MG, tambm para atender o Nordeste. Com a inaugurao do novo espao em Pernambuco que opera com uma equipe de mais de 80 funcionrios, em 3.000 m2 de rea, e tem capacidade para

A

Amrico Filho, do Rapido Cometa: novo CD gera emprego e desenvolvimento econmico para Pernambuco

120 caixas por hora o centro mineiro atender os demais estados da Regio. O projeto mais uma iniciativa da Natura para estar ainda mais prxima de seus consumidores e auxiliar no desenvolvimento da comunidade local, ressalta Bellora. Amrico Filho, diretor comercial do Rapido Cometa, destaca que essa uma parceria de mais de quatro anos com apenas o trabalho de transporte de mercadoria. Depois do desafio de montar a unidade de Matias Barbosa, conseguimos junto ao Governo do Estado os incentivos para a instalao desse CD que, alm de emprego, gera tambm desenvolvimento econmico para Pernambuco, declara.q

JORNAL

LogWeb

Editor (MTB/SP 12068) Wanderley Gonelli Gonalves [email protected] Assistente de Redao Carol Gonalves [email protected] Diagramao Ftima Rosa Pereira

Marketing Jos Luz Nammur [email protected] Diretoria Executiva Valeria Lima [email protected] Diretoria Comercial Deivid Roberto Santos [email protected]

Assistente Comercial (Estagiria) Maui Nogueira [email protected] Administrao/Finanas Lus Cludio R. Ferreira [email protected] Representante Comercial: SP: Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 [email protected]

Publicao mensal, especializada em logstica, da LogWeb Editora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br Redao, Publicidade, Circulao e Administrao: Rua dos Pinheiros, 240 - conjunto 12 - 05422-000 - So Paulo - SP Fone/Fax: 11 3081.2772 Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582 Redao: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949 Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Os artigos assinados e os anncios no expressam, necessariamente, a opinio do jornal.

FOTO: ARMANDO ARTONI

JORNAL

6

n

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

EMPILHADEIRAS

Treinamento dos operadores fundamentalAfinal, a empilhadeira mal conduzida pode representar riscos segurana operacional, alm de problemas de avaria dos produtos transportados, consumo excessivo de combustvel e outros.irigir uma empilhadeira requer ateno especial, mais ainda que um simples veculo, considerando a visibilidade, as caractersticas da mquina e a carga transportada. Por isso, o treinamento dos operadores das empilhadeiras fundamental, avalizam vrios profissionais do setor entrevistados pelo jornal LogWeb. Por exemplo, Jean Robson Baptista, da Empicamp Comrcio e Servios de Empilhadeiras (Fone: 19 3289.3712), diz que so vrios os fatores que definem a importncia do treinamento de operadores. Em minha opinio, os principais so atender legislao vigente e conscientizar os operadores sobre a importncia da segurana. Por sua vez, o gerente de psvendas da Linde Empilhadeiras (Fone: 11 3604.4772), Luiz Claudio Cintra Soncini, considera que um operador bem treinado saber tirar melhor proveito das caractersticas do equipamento que opera, alm de estar preparado para manuse-lo de forma segura, evitando, assim, custos com danos ou perda da carga ou at, em alguns casos, nus trabalhistas. Sendo assim continua

D

Geralmente, o cliente solicita o treinamento na aquisio de equipamentos novos

Soncini inaceitvel que um colaborador seja designado a operar uma empilhadeira sem que tenha sido treinado adequadamente. Alm disso, a empresa tem por obrigao identificar a necessidade de reciclar este treinamento para cada um de sua equipe. Neste ponto, creio que uma reciclagem pelo menos anual seja ideal, completa o gerente de ps-venda da Linde. Outro que aponta a importncia do treinamento Renato Dezen Arena, engenheiro de assistncia tcnica snior da Nacco Materials Handling Group Brasil (Fone: 11 5683.8500). O treinamento dos operadores de empilhadeiras um item extremamente importante para a NMHG Brasil, como fabricante de empilhadeiras, e deve ser considerado como prioritrio, na rea de movimentao de materiais, em qualquer empresa. Operadores treinados para operar correta e adequadamente seus equipamentos conseguem o mximo rendimento, alm de propiciar uma grande economia, ao analisarmos os custos de operao e manuteno dos mesmos. Isto ocorre porque operadores treinados recebem instrues bsicas sobre capacidade residual, estabilidade e utilizao de acessrios. Ainda de acordo com Arena, a necessidade de treinamento contnuo baseada no fato de os equipamentos de movimentao e armazenagem evolurem rapidamente, assim, o treinamento busca evitar que vcios de operao, adquiridos em equipamentos antigos, possam prejudicar o rendimento operacional, explica o engenheiro. Valentim Maia, supervisor tcnico da Retrak (Fone: 11

Falta de treinamento tambm provoca o uso indevido das funes da mquina, aumentando o custo de manuteno

6431.6464), diz que o treinamento de operadores de empilhadeiras deve visar sempre a valorizao e o desenvolvimento tcnico-profissional, buscando seu conhecimento do sistema logstico implantado e ferramentas disponveis, respeitando e praticando todas as normas de segurana existentes e agregando as necessrias para a operao do Centro de Distribuio em questo. O treinamento de operadores, em regra geral, tem seu contedo voltado para a parte tcnica operacional e o uso dos recursos das empilhadeiras. Tambm se faz necessrio agregar a este uma forte conscientizao atravs de aes, palestras e campanhas, diz Maia. Ele tambm considera importante o uso dirio de ferramentas capazes de medir a eficcia das aes e propor novas aes, se necessrias. Temos vrios tipos de treinamentos, todos com dois focos: um que prioriza a empilhadeira e seus recursos e outro que

prioriza a operao e suas necessidades. Devemos priorizar a necessidade especfica do CD em questo, familiarizando os operadores com os recursos e as limitaes das empilhadeiras disponveis para as necessidades da operao, completa o supervisor da Retrak. Para Luiz Gallo, gerente comercial da Skam Empilhadeiras Eltricas (Fone: 11 4582.6755), treinar operadores um dever e um ato de segurana. Sabemos que conscientizando os operadores de empilhadeiras muitos transtornos sero evitados. A segurana nas operaes e o uso correto das mquinas previnem acidentes e que as mquinas sejam mal utilizadas, conta. Ainda de acordo com o gerente comercial da Skam, a reciclagem dos treinamentos deve ser feita uma vez por ano em um perodo de um dia para relembrar os operadores das suas obrigaes quanto segurana, pois, na prtica, eles sabem as

funes adequadas nas manobras das empilhadeiras, mas no quesito segurana todos precisam estar sempre conscientes dos perigos que podem incorrer quando se pratica brincadeiras ou disputas a bordo de uma empilhadeira. Marcos Tausendfreund, coordenador de engenharia de servios da Still Brasil (Fone: 11 4066.8100), informa que a importncia do treinamento do operador de uma empilhadeira deve ser vista por dois aspectos importantes: a aplicao da NR11 Transporte, Movimentao, Armazenagem e Manuseio de Materiais e a necessidade de se conhecer o equipamento a ser utilizado. De acordo com ele, a necessidade de um treinamento de forma oficial imposta pela Norma, mas o procedimento e os detalhes no so nela trabalhados, permitindo uma gama de interpretaes e formas de aplicao. Um treinamento de operao em equipamentos de movimentao e armazenagem de material requer instruo sobre regras de segurana de operao e do prprio equipamento, direo defensiva e, principalmente, o correto manejo da mquina. Hoje temos usurios para diversos tipos e modelos, que se classificam diferenciadamente quanto tcnica construtiva e quanto aplicao, e isso confunde muito o usurio quando este no tem o preparo adequado. Tausendfreund tambm afirma que no mercado existem empresas de cursos para habilitao de operadores que, de maneira geral, enfocam treinamento em equipamentos contrabalanados a combusto. Estes treinamentos servem como base para operao de equipamentos eltricos, onde se necessita uma adequao, que pode ser feita pelo fabricante ou servio autorizado do equipamento. O primeiro treinamento pode ser feito por iniciativa do interessado funo/profisso de operador de empilhadeira ao contatar a Still. Porm, na maioria dos casos, o cliente empresarial solicita o treinamento na

Amaral, da Brasif: comum a ocorrncia de acidentes devido falta de habilitao

JORNALn

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

7

Maia, da Retrak: treinamento deve visar a valorizao e o desenvolvimento tcnicoprofissional

aquisio de equipamentos novos. A chamada reciclagem de treinamento no obrigatria, mas em muitos casos aplicada no perodo de reavaliao mdica anual, no chamado Exame Mdico Peridico, completa o coordenador da Still.

PROBLEMASSobre os problemas que podem ocorrer pela falta de treinamento dos operadores de empilhadeiras, Jos Renato da Costa Corra, supervisor rental da Bauko (Fone: 11 3693.9340), alega que o mais crtico o relacionado segurana operacional, havendo ainda os problemas de avaria dos produtos transportados, consumo excessivo de combustvel, operao inadequada, gerando danos ao equipamento, baixa produtividade e outros. De fato, na opinio de Mauricio Amaral, diretor da Brasif Rental (Fone: 0800 709.8000), um dos maiores problemas gerados envolve os acidentes. A Brasif Rental possui em sua frota mais de 1.200 equipamentos, todos com operao dos clientes. comum a ocorrncia de acidentes, quase sempre devido falta de habilitao dos operadores, problema esse que a Brasif Rental vem combatendo atravs de um programa chamado Pegue leve com o equipamento pesado, que visa treinar e conscientizar os operadores para uma melhor utilizao. Ainda segundo Amaral, outras desvantagens que a falta de treinamento provoca incluem, alm dos j citados, o uso indevido de suas funes, acarretando um maior custo de manuteno. Um operador sem treinamento pode gerar vrios problemas para a operao, como aci-

dentes com pedestres, tombamentos, queda de carga, colises, ritmo inadequado ao trabalho muito lento e danos precoces ao equipamento por uma operao, s para citar as mais importantes, completa Fabiano Fag, gerente de vendas da Clark (Fone: 19 3881.1599). Durval Farias, diretor da Commat (Fone: 21 3867.1723), tambm destaca que o principal problema com a falta de treinamento para cada tipo de empilhadeira e operao a segurana, alm do custo que o mau uso causa por problemas com acidentes, quebras de estruturas, quebra de empilhadeiras e perda de pneus. Na Commat, para nossos operadores terceirizados, procuramos aprender o que nosso parceiro faz, qual a velocidade que ele precisa para dimensionar a frota e treinar nossos operadores, explica Farias. Dovlio Ferrari, vendedor da Mapel - Manuteno, Peas, Empilhadeiras (Fone: 19 3278. 1822), lista os problemas em risco de acidentes com o prprio operador e com outras pessoas, queda da carga e at tombamento da empilhadeira. De acordo com ele, os problemas tambm esto ligados ao desconhecimento da capacidade de carga da empilhadeira, dos critrios de segurana de operao e do

Treinamento em duas categorias

1.TREINAMENTO OPERACIONAL GENRICO Treinamento mais voltado para a segurana Trata-se daquele treinamento em que o operador recebeu a capacitao para o servio e que, segundo a legislao vigente, dever ocorrer anualmente, em forma de reciclagem. Este treinamento prov ao operador as regras bsicas de operao, habilitando-o a operar a empilhadeira com segurana. Apesar de ser considerado bsico, devido s condies que so apresentadas ao profissional qualidade dos equipamentos, ambiente de operao, presso operacional , bem como em funo do relaxamento do profissional, deve tambm ser incansavelmente reciclado e rememorado, para que traga bons resultados. comum ver operadores j experientes cometendo erros grosseiros de operao devido a diversas circunstncias, por vezes sem o seu controle, e em outros momentos por sua prpria negligncia. Tal treinamento dever capacitar, de forma simples, o operador de empilhadeira a avaliar as condies da carga, bem como a sua habilitao pessoal e do equipamento de poder manuse-la. Conceitos bsicos de equilbrio da carga, centro de gravidade da carga, velocidade segura de operao, forma de operao frente ou r, conforme as caractersticas da carga, condio e inclinao do piso e visibilidade , procedimentos bsicos de segurana e os riscos inerentes da operao, que so bastante grandes, devem ser sempre enfatizados, para que sejam bem aculturados.

2.TREINAMENTO OPERACIONAL ESPECFICO Contedo focado no desempenho e produtividade o treinamento em que o operador de empilhadeira, j capacitado para lidar com este tipo de equipamento e carga de forma segura, recebe a orientao especfica da operao pela qual ser responsvel. Normalmente composto de um contedo que explica as caractersticas da carga a ser transportada e, tambm, proporcionando o conhecimento da rea de atuao especfica, o treinamento dever capacit-lo a desenvolver suas atividades de forma mais produtiva. Prende-se muito a proporcionar o conhecimento do fluxo dos materiais, bem como das diversas fases de produo do seu servio seja ele ligado manufatura ou logstica interna de recebimento e expedio. Este treinamento dever contemplar, ainda, aspectos particulares da operao a ser realizada, como descrio dos riscos especficos situao e locais de maior risco , explicitao das conseqncias de as atividades no atingirem o desempenho esperado em produtividade em casos de operao just-in-time, por exemplo , assim como as necessidades de cuidados com as cargas, dando-lhe a noo exata dos custos dos materiais transportados, de forma a se exigir o cuidado especfico para no danific-los.

Fonte: Tradimaq

JORNAL

8

n

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

significado de centro de carga, o que poder levar at a acidentes em caso de operao em rampas e plataformas. Tambm preciso saber sempre se o local comporta o peso da carga mais o peso da empilhadeira. Luiz Alberto Souza de Jesus, instrutor/demonstrador da Motiva Mquinas (Fone: 71 2101.9234), tambm aponta o desconhecimento das normas de segurana na utilizao das empilhadeiras e dos limites de capacidades das empilhadeiras em funo do tipo de torre e opcionais. Os problemas que podem ocorrer so acidentes ocasionados por falta de orientao de uso correto do equipamento, podendo at mesmo comprometer a integridade fsica do operador e dos companheiros de trabalho que se encontrarem prximos ao equipamento. Tambm a falta de treinamento operacional pode prejudicar a vida til do equipamento, fazendo com que o mesmo no tenha um desempenho de acordo com o esperado. importante considerar que todo operador de mquinas com fora motriz obrigado por lei (NR11) a possuir habilitao de operador de empilhadeira. A avaliao de der Tadeu Thomazini Alves, gerente de ps-vendas da Paletrans (Fone: 16 3951.9999). Carlos Henrique Filizzola, gerente de logstica, qualidade e segurana da Tradimaq Logstica (Fone: 31 2104. 8012), distribuidora das empilhadeiras Yale em Minas Gerais, bastante didtico em sua anlise sobre os problemas que podem ocorrer pela falta de treinamento dos operadores de empilhadeiras. Para ele, o treinamento de operadores de empilhadeiras fundamental para o bom andamento da logstica interna das empresas. Visando a segurana ou a produtividade, deve ser uma atividade considerada crtica pelos gestores de operaes. Ocorre que a atividade deste profissional, apesar de ser normalmente rotineira, cercada de situaes imprevistas, que a cada momento testam sua capacidade de adaptao e flexibilidade, podendo ser dividida em duas categorias distintas, diz Filizzola (ver quadro na pgina 5).

TREINAMENTO: QUEM DEVE EFETUAR?Sobre quem deve efetuar o treinamento a prpria empresa, o fabricante/distribuidor das empilhadeiras ou empresas especializadas em treinamento e como escolher, Baptista, da Empicamp, alerta que o primeiro treinamento deve ser feito por empresa especializada. Ela deve ser bem selecionada, no apenas pensando em habilitar o operador, j que a empresa especializada e capacitada tem a viso voltada a verificar se a pessoa est ou no apta a operar empilhadeiras, e isto pode ser verificado atravs de testes escritos e exames mdicos.

O representante da Empicamp tambm afirma que difcil encontrar uma empresa de treinamento que tenha os equipamentos disponveis com as configuraes que o cliente tem em suas dependncias, mas tambm seria pouco proveitoso dar um curso de empilhadeiras a combusto para um operador de equipamentos retrteis neste exemplo, apesar das normas de segurana serem similares, o equipamento no , o que no ensinaria o operador a utilizar baterias tracionrias e carregadores, bem como aprender sobre a dirigibilidade do equipamento. Para solucionar isto, o dono do equipamento pode ceder o mesmo para o treinamento, de forma que o operador aprenda no equipamento que utilizar. Mas importante verificar, antes, se o instrutor conhece o equipamento no qual ele treinar o operador, diz Baptista. Ele destaca ainda que as demais reciclagens podem ser feitas nas dependncias da empresa, especializando o operador no equipamento que ele opera. Neste caso, alm da segurana, importante enfatizar os itens que influenciam no rendimento do equipamento, como bateria tracionria, check-list, carregador de baterias e perifricos em geral. Para equipamentos eltricos, se possvel tambm enviar os operadores pelo menos uma vez s fbricas ou cursos de baterias tracionrias, para que se familiarizem com o equipamento e saibam como oper-lo, completa. Por sua vez, o gerente de ps-vendas da Linde afirma que os treinamentos devem iniciar-se com a contratao de empresas especializadas, isentas de vcios e aptas a transmitir os princpios bsicos de operao. Na concluso desta primeira etapa, a empresa fabricante de empilhadeiras deve ser envolvida para que apresente a seu cliente as caractersticas especficas de seu equipamento. Depois de tudo isso ainda segundo Soncini , creio ser interessante que a equipe de superviso de operao tenha capacitao suficiente para identificar possveis desvios durante a operao das mquinas, orientando seus colaboradores a seguir risca as instrues dadas anteriormente. Arena, da Nacco, tambm alega que o treinamento deve ser ministrado pre-

Gallo, da Skam: preciso conscincia dos perigos das brincadeiras a bordo da empilhadeira

ferencialmente por empresas especializadas com slido conhecimento dos equipamentos ou pelo fabricante/distribuidor das empilhadeiras. Apesar de muitas empresas terem pessoal capacitado a ministrar um treinamento para operadores, isto deve ser evitado para que vcios de operao no sejam transmitidos s novas geraes, diz o engenheiro de assistncia tcnica snior. Finalmente, para escolhermos quem dever ministrar o treinamento, devemos levar em considerao o grau de conhecimento que a instituio/treinador que o far possui dos equipamentos em questo. Normalmente, o fabricante/distribuidor seria a primeira opo e, na seqncia, instituies especializadas nesta funo, completa. Bento Gonalves Neto, gerente de filial da Retec Comrcio Servios e Representao (Fone: 34 3231.9226), afirma que, para efetuar os treinamentos, indicamos empresas especializadas e, quando no forem fabricantes ou representantes dos equipamentos, que conheam integralmente as caractersticas e funes especficas das mquinas. Na escolha do prestador de servios em treinamento devemos sempre verificar se este possui capacidade tcnica necessria, devendo tambm dispor de material e mtodo didtico que consiga alcanar o pblico alvo, transmitindo integralmente o contedo proposto. Maia, da Retrak, j considera que a escolha deve ser interna, levando sempre em considerao as duas caractersticas bsicas oferecidas por vrias empresas idneas e, tambm, por fabricantes e distribuidores, no esquecendo das necessidades especficas do CD em questo. O treinamento pode ser ministrado por diversos profissionais da rea. O Senai, por exemplo, dispe de cursos

JORNALn

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

9

PROCEDIMENTOSDiante do exposto, quais os procedimentos para treinar o operador? Corra, da Bauko, explica que fundamental a reciclagem constante dos operadores com cursos e vdeos de treinamento, priorizando os problemas mais freqentes e buscando sempre minimiz-los. A exigncia do cumprimento dos procedimentos de segurana e operacionais adotados na operao importante para gerar disciplina operacional. Alm do programa implementado pela Brasif Rental mencionado, a Brasif Mquinas oferece tambm treinamentos nas instalaes do cliente ou no Centro de Treinamento da Brasif Mquinas, incluindo uma parte terica e outra prtica, com nfase na segurana, ressalta Amaral. Fag, da Clark, diz que a sua empresa tambm disponibiliza, juntamente com todo equipamento novo, o vdeo A segurana comea em voc com 32 minutos de durao, que contempla informaes essenciais sobre Inspeo Diria, tanto visual como funcional, Instrues de Segurana e Avisos, Operao correta em Rampas e capacidade de carga. Alm disso, os distribuidores Clark oferecem cursos focando no s a segurana na operao, como, tambm, atravs de atos seguros, obter a melhor produtividade da mquina. J o diretor da Commat ressalta que este tipo de treinamento comea com a higiene pessoal e do equipamento, pois mos ou ps sujos com leo podem trazer prejuzos enormes, lembrando da importncia do operador estar ciente de sua importncia dentro da operao que participa. J tivemos casos de contratarmos um quarteto de cordas (violo) para que, no treinamento, nossos operadores entendessem como um instrumento (operador/empilhadeira) faz falta quando falha, diz Farias, lembrando, ainda, da importncia em se conhecer a parte mecnica, hidrulica e eletrnica das empilhadeiras, pois somente assim haver um bom conjunto operador/empilhadeira. J Ferrari, da Mapel, afirma que o primeiro critrio saber se o operador habilitado, se no tem problemas de viso e audio. Outros itens apontados por ele incluem: informar durante o treinamento ao operador todo critrio de operao e segurana, o que deve e o que no deve ser feito com a empilhadeira e que ele deve respeitar os critrios de segurana estabelecidos pela empresa. O operador dever saber o que deve ser feito antes de iniciar a operao e o que fazer caso constate alguma irregularidade na empilhadeira. Tambm deve saber sempre a capacidade da mquina que est operando, o peso e o tamanho da carga a ser transportada e o que centro de carga, para avaliar se a empilhadeira tem a capacidade necessria para a operao. Finalizando, o instrutor deve avaliar cada participante para

Alves, da Paletrans: operador de mquinas com fora motriz obrigado por lei a ter habilitao

Fag, da Clark: um operador sem treinamento pode gerar danos precoces ao equipamento

especficos para o treinamento de operadores de empilhadeiras, tanto eltricas como a combusto, todos certificados. Os fabricantes tambm dispem desse servio e os cursos podem ser ministrados ainda por representantes especializados as empresas que se utilizam de mquinas eltricas e desejarem cursos de operadores, podem entrar em contato com a Skam que agendaremos datas, completa Gallo, da Skam. Tausendfreund, da Still Brasil, destaca que a possibilidade dos treinamentos de operao serem ministrados por multiplicadores internos em empresas com estrutura adequada plausvel, desde que os mesmos tenham sido preparados especificamente para o fato. No entanto, o fabricante quem conhece melhor o seu produto e consegue, inclusive, melhorar a produtividade, aumentando a disponibilidade do equipamento e reduzindo, com isto, os custos de manuteno do equipamento. Na Still, o cliente, ao comprar um equipamento, pode adquirir um treinamento operacional conforme sua necessidade, completa.

ter certeza de que o que foi apresentado durante o treinamento foi entendido, completa o representante da Mapel. Entre os procedimentos para treinar o operador citados pelo instrutor da Motiva esto: ter um plano de aula, preparar material didtico, disponibilizar uma empilhadeira e uma sala de treinamento e preparar local para realizar aula prtica, alm de que, os operadores devem possuir carteira de habilitao. Tambm se deve limitar o nmero de operadores em no mximo seis. Os procedimentos envolvem apresentar ao operador todo o equipamento, incluindo a mquina propriamente dita, o carregador e a bateria, e ensinlo a utilizar os itens de segurana, simular operao com e sem carga, orientar quando necessria a manuteno preventiva e a forma correta de operao do equipamento para obter uma maior vida til e que tenha o desempenho desejado, explica Alves, da Paletrans. Filizzola, da Tradimaq, entende que os procedimentos a serem treinados devem ser os genricos e os especficos. bom lembrar que qualquer treinamento, segundo as boas prticas dos sistemas de qualidade, deve ter: contedo e carga horria compatveis; equilbrio entre teoria e prtica; linguagem adequada; tcnicas de ensino mais pragmticas, de forma a apresentar ludicamente situaes do dia-a-dia do operador com ilustraes, fotos, filmes e desenhos; avaliao dos treinandos pelo instrutor; avaliao do treinamento e do instrutor por parte dos alunos; registro formal com assinatura dos participantes e do instrutor; e avaliao da aderncia do treinamento por parte dos superiores depois da realizao do treinamento verificao da eficcia. q

Baptista, da Empicamp: o primeiro treinamento deve ser feito por empresa especializada

JORNAL

10

n

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

AgendaJulho 2007 FeirasAlitech 1 Feira dos Fornecedores e Tecnologia para a Indstria de Alimentao Perodo: 3 a 6 de julho Local: Lajeado RS Realizao: EFEP Informaes: www.efep.com.br [email protected] Fone: (51) 3357.3131 Gourmet & Cia. 7 Feira de Tecnologia, Equipamentos, Alimentos e Bebidas para Bares, Restaurantes, Hotis e Similares Perodo: 9 a 12 de julho Local: Pinhais RS Realizao: Fispal Informaes: www.diretriz.com.br [email protected] Fone: (41) 3075.1100 Agrishow Semi-rido Perodo: 10 a 14 de julho Local: Petrolina - PE Realizao: Publi Informaes: www.agrishow.com.br [email protected] Fone: (11) 5591.6326 Fispal Food Service2007 23 Feira Internacional de Produtos e Servios para Alimentao Fora do Lar Perodo: 23 a 26 de julho Local: So Paulo SP Realizao: Fispal Informaes: www.fispal.com [email protected] Fone: (11) 5694.2666 Fipan2007 13 Feira Internacional de Panificao, Confeitaria e do Varejo independente de Alimentos Perodo: 24 a 28 de julho Local: So Paulo SP Realizao: Associao dos Industriais de Panificao e Confeitaria de So Paulo Informaes: www.fipan.com.br [email protected] Fone: (11) 3291.3700 Expoportos2007 4 Feira de Logstica e Comrcio Exterior Perodo: 31 de julho a 2 de agosto Local: Serra - MS Realizao: Rota Service Informaes: www.rotaeventos.com.br [email protected] Fone: (27) 3319.8110

JORNALn

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

11

PARCERIA

CursosMetodologia Prtica para Dimensionamento de Estoques - MPDE Perodo: 3 e 4 de julho Local: So Paulo SP Realizao: IMAM Informaes: www.imam.com.br [email protected] Fone: (11) 5575.1400 Curso de Extenso de Logstica Empresarial nfase em Transportes, Gerenciando a Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) Perodo: 4, 11, 18 e 25 de julho Local: So Paulo SP Realizao: Ceteal Informaes: www.ceteal.com.br [email protected] Fone: (11) 5581.7326 Introduo ao Cdigo de Barras e Identificao (Curso Gratuito) Perodo: 16 de julho Local: So Paulo Realizao: GS1 Brasil Informaes: www.gs1brasil.org.br [email protected] Fone: (11) 3068.6229 Logstica em Armazns Refrigerados Cadeia do Frio Perodo: 16 de julho Local: So Paulo SP Realizao: Tigerlog Informaes: www.tigerlog.com.br [email protected] Fone: (11) 6694.1391 Misso Tcnica Internacional MBA Logstica Perodo: 16 a 20 de julho Realizao: CEL - Coppead/RFRJ Informaes: www.centrodelogistica.com.br [email protected] Fone: (21) 2598.9812 Formao de Custos de Armazns com Excel Perodo: 31 de julho Local: Campinas SP Realizao: Cebralog Informaes: www.cebralog.com/agenda.php [email protected] Fone: (19) 3289.4181 No portal www.logweb.com.br, em Agenda, esto informaes completas sobre os diversos eventos do setor a serem realizados durante o ano de 2007.

Retrak e Haulotte unem empilhadeira e plataforma elevatriaRetrak (Fone: 11 6431. 6464), do segmento de locao de empilhadeiras, e a Haulotte Group (Fone: 11 4208.4206), fabricante europia de plataformas elevatrias, acabam de fechar parceria. De acordo com Miguel B. Almeida, responsvel pela diviso plataformas da Retrak, a parceria se deu em considerao crescente solicitao de alguns clientes de empilhadeiras por plataformas. Por isso, agregamos um novo produto e atendemos a uma necessidade de mercado, j que os atuais locadores de plataformas focam, principalmente, empresas de engenharia, empreiteiras, etc, conta. A Retrak tem como foco principal atender demanda na indstria e no comrcio, segmentos que representam

A

mais de 80% do seu faturamento. O esprito jovem e empreendedor dos dirigentes da Retrak, a viso de futuro e o vislumbre de

novos mercados fizeram com que ela abrisse seu leque de produtos, aproveitando o know-how adquirido com a locao de empilhadeiras e entrasse no novo e crescente mercado de locao de plataformas elevatrias, avalia Angel Maestro, diretor geral da Haulotte. Segundo ele, a frota de plataformas elevatrias no mercado brasileiro, apesar de em franco crescimento, ainda muito pequena se comparada a de outros pases e ao potencial do mercado local. A abertura do segmento de locao de plataformas elevatrias por uma empresa de prestgio reconhecido no mercado aportar ao mercado nacional, carente de plataformas elevatrias, uma grande opo em termos de disponibilizao destes equipamentos, declara.

Com a parceria, que Maestro, da Haulotte, chama de relao simbitica na qual ambas as empresas obtm ganhos , a Retrak, destaca Almeida, se fortalece, agregando um novo produto em uma atividade semelhante, utilizando a mesma equipe de vendas, manuteno, etc. Para a Haulotte, a parceria significa que ter um forte locador de equipamentos em So Paulo, que a ajudar a desenvolver a marca no Brasil, complementa o representante da Retrak. Ele aproveita para revelar que um dos motivos da escolha do parceiro que a Haulotte tem mostrado no Brasil uma poltica bastante agressiva, principalmente com prazos de entrega, a fim de atender crescente demanda por este tipo de produto. q

JORNAL

12

n

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

SALAS DE BATERIAS

FATORES A SEREM CONSIDERADOSSobre os fatores a serem analisados na hora de construir a sala de baterias, Novaes, da Aesa, destaca que devemos considerar o ponto na planta onde a sala ser construda. Ele diz que a distncia entre o ponto de maior fluxo das empilhadeiras e a sala de baterias no deve ser muito grande: quanto mais prxima da operao for a sala, menor ser o tempo da troca de uma bateria sem carga e maior ser a disponibilidade da empilhadeira. Outro benefcio importante a autonomia da bateria, que no perder sua carga pelo fato de o equipamento no trafegar grande distncia da sala ao local da operao. Construir a sala de baterias em layout plano e no mesmo andar de operao das empilhadeiras garante uma maior segurana no deslocamento dos equipamentos at a sala e contribui para aumentar a autonomia de trabalho dos equipamentos. Outro fator importante a segurana: uma sala de baterias no pode, em hiptese alguma, ser construda em local fechado, sem ventilao, com p direito baixo e desprotegida das intempries naturais. Baterias produzem gases e estes, encapsulados em ambiente fechado, so prejudiciais sade, ensina o supervisor de logstica e ps-venda da Aesa. Ele tambm destaca que mesmo construda em condies corretas para que os gases produzidos pelas baterias se dissipem no ambiente, ideal que a sala tenha um sistema de exausto elico ou eltrico que canalize mais rapidamente os gases para a rea externa da planta coberta. A rede eltrica dever, tambm, estar preparada para receber os carregadores de baterias, normalmente trifsicos, em tenso de 220 a 440 V. Qualquer deficincia na tenso eltrica dos carregadores prejudicar a carga das baterias e, conseqentemente, sua autonomia de trabalho, complementa Novaes. Pegoretti e Bitencourt, da Moura, apontam fatores parecidos: localizao prxima ao maior fluxo de trabalho das empilhadeiras e uma boa ventilao natural, alm de que preciso ter uma rea mnima suficiente para conter todos os requisitos necessrios para movimentao, manuteno, limpeza das baterias, equipamentos de trabalho dirio e de proteo individual e prever possveis ampliaes futuras. A estes, Cunha, da Allbat, acrescenta sistema de carga e destinao adequada dos resduos lquidos.

Construir e manter requerem cuidados especiaisPara que as salas de baterias atendam s necessidades de manter a produtividade nas reas de movimentao e armazenagem de materiais permitindo que os veculos industriais eltricos operem sem paradas alguns cuidados devem ser tomados no seu planejamento e operao.undamentais onde operam veculos industriais eltricos, as salas de baterias se tornam parte fundamental das plantas das empresas dos mais diversos segmentos e setores. Mas, quando optar pela construo de uma sala de baterias? Ora, parece bvio que o primeiro fator determinante para se ter uma sala de baterias na planta a quantidade de equipamentos em operao e a carga/hora de trabalho destes equipamentos. Quando temos at trs equipamentos em operao em apenas um turno, comum o prprio operador treinado responsabilizar-se pela troca e carga das baterias. Mas, com uma frota significante mais de cinco empilhadeiras eltricas trabalhando em trs turnos, intervalos de troca cada vez menores e em mdia trs baterias por equipamento, necessrio um local adequado que disponha de todo ferramental e suporte, como em um pit-stop. Isso agiliza a troca das baterias, aumenta a disponibilidade dos equipamentos e permite um controle da carga, alm da manuteno preventiva e corretiva das baterias e carregadores. A avaliao de Alberto Santos Novaes, supervisor de logstica e ps-venda da Aesa Empilhadeiras (Fone: 11 3488.1466). Com relao quantidade de baterias utilizadas como fator bsico para a construo da sala de baterias concordam Sandro Luis Ravazi, gerente comercial da Newpower Sistemas de Energia Baterias Fulguris (Fone: 11 6413.5604), Edmilson Anjos Ferreira, diretor, e Antonio Donizetti Mazzetti, gerente comercial, ambos da Matrac Cosita de uma operao rpida e confivel de substituio de bancos de baterias, alm da condio de armazenamento e manuteno adequada das baterias. A sala de baterias fundamental quando houver a necessidade de concentrao e controles em um nico espao do manuseio, carga e manuteno de baterias, dedicando ateno necessria a um bem de alto valor agregado bateria tracionria , oferecendo condies adequadas de segurana, de limpeza, de fluxo de movimentao, de higienizao e de exausto, refletindo em aumento de produtividade e melhoria de processo, evitando condies extremas de trabalho, explica, por sua vez, Carlos Alberto Alves Fonseca, gerente geral da Easytec Indstria e Comrcio (Fone: 21 2683.2483). Por ltimo, quanto a este aspecto, Simei Trindade de vila, desenhista/projetista da Saturnia Sistemas Energia (Fone: 15 3235.8136), acrescenta aos itens j citados: a logstica da empresa, a localizao e a limitao para estabelecer-se a sala de carga.

F

Uma sala de baterias no pode ser construda em local fechado, sem ventilao e desprotegida das intempries naturais

mrcio e Servio (Fone: 11 6905.4108), Ivan Pegoretti, chefe de departamento tcnico, e Marcelo Mota de Bitencourt, gerente de vendas, estes dois da Acumuladores Moura (Fone: 81 2121.1653). Porm, para Ravazi, a sala se faz necessria quando a quantidade de baterias for maior do que 10 peas, enquanto que os representantes da Moura afirmam que se faz necessria a construo de uma sala de baterias sempre que a mquina utilizar mais que uma bateria. Alm disto, Pegoretti e Bitencourt apontam dois outros fatores que justificam a construo: quando o ambiente de operao e recarga das baterias tiver temperaturas acima de 35 C ou abaixo de 0 C e o ambiente de trabalho for de produtos perecveis. Alm disso, deve-se projetar

a sala prevendo facilidade de locomoo de mquinas e manuteno das baterias. Outro fator importante a reduo do tempo de troca de bateria das mquinas, proporcionando, tambm, uma rpida manuteno preventiva e corretiva dentro das salas, aumentando a vida til das mesmas e, conseqentemente, reduzindo os custos e agilizando o processo logstico, destaca Nestor Mitsuhashi, engenheiro da Nife Baterias Industriais (Fone: 11 6155.3800). Outros profissionais do setor apontam fatores diferentes dos j mencionados que indicam a necessidade de se ter uma sala de baterias. Fernando Cunha, diretor da Distribuidora Allbat (Fone: 11 2828.7636), diz que ela fundamental quando a empresa neces-

H vrios tipos de baterias tracionrias no mercado

JORNALn

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

13

A manuteno das baterias requer cuidados especiais

Outro profissional que faz uma ampla anlise dos fatores a serem considerados Fonseca, da Easytec. Segundo ele, devem ser levados em conta: segurana, otimizao de processo, reduo de custo operacional, melhoria no controle de performance de cada bateria e equipamentos de qualidade assegurada. Aproveito para adicionar alguns pontos importantes no pro-

jeto da sala de baterias: a temperatura deve ser de 5 a 25 C e deve haver baixa umidade relativa do ar; preciso ter, no mnimo, 2,5 m de altura do nvel da bateria em carga at o teto; as distncias apropriadas entre carregadores alinhados lado a lado so de 50 mm entre eles e a 100 mm da parede (mnimo); para baterias alinhadas em racks, a distncia deve ser de 20 mm (mnimo); em ambientes com ventilao e exausto foradas, a diferena de altura entre o insuflador e o exaustor deve ser de 2 m para haver o correto movimento de fluxo de ar. Ravazi, da Newpower, expe os seguintes fatores: ergonomia, facilidade de entrada e sada das mquinas, facilidade na troca de baterias, aparelhos destinados a essa troca, exaustores, etc. Ferreira e Mazzetti, da Matrac, j apontam a rea disponvel, o modelo das mquinas e o tamanho das baterias. Tambm devem ser observadas as normas de segurana internas da empresa, como sadas de emergncia, iluminao e ambiente bem ventilado, com reas adequadas para o manuseio

da sala, que deve ser calculado em funo da quantidade e tipo das baterias a serem carregadas em conjunto.

O QUE PODE DAR ERRADO?Com base no que foi apresentado, os entrevistados falam sobre o que pode dar errado na hora de construir uma sala de baterias e como evitar os erros. A falta de um planejamento detalhado por conta do no conhecimento de todas as necessidades do cliente para o dimensionamento o principal motivo de erros na construo das salas de baterias. Geralmente no so previstas ampliaes, troca de ar das salas, rea adequada para lavar as baterias, localizao adequada da sala e ampliao da rede eltrica. Para evitar os erros, deve-se solicitar o suporte gratuito de empresas especializadas no assunto, como fabricantes de baterias, carregadores e empilhadeiras, alm de obter todas as informaes sobre as mquinas, baterias, carregadores e a carga a ser movimentada, explicam o chefe de departamento tcnico e

Geralmente, o prprio fabricante oferece treinamento

Tratamento de efluentes fundamental na sala de baterias

e a movimentao dos equipamentos e baterias, explica, por seu lado, Mitsuhashi, da Nife. vila, da Saturnia, revela que os fatores a serem ponderados incluem os requisitos adequados de projeto, estudar a localizao e as limitaes para a sala de baterias e atender aos requisitos mnimos de ventilao necessrios para a operao segura, como dimensionamento da troca de ar

o gerente de vendas da Moura. Novaes, da Aesa, lembra que os erros comuns esto relacionados s dimenses da rea e tenso da rede eltrica. Para evitar estes erros, no projeto da construo da sala preciso prever um aumento da demanda nas operaes logsticas e, conseqentemente, aumento no nmero de equipamentos, ou seja, construir uma sala

O que uma sala de baterias deve conter reaLayout de fcil acesso para as empilhadeiras, corredores e box que permitam empilhadeira parar o mais prximo possvel das baterias, o que garante uma troca rpida e segura Piso preparado e pintado com tinta especial que resista ao do cido sulfrico produzido pelas baterias Piso sem irregularidades muito grandes, tipo fendas de dilatao, para no provocar acidentes com os carrinhos Cobertura, evitando contato direto dos equipamentos com gua da chuva e exposio ao sol P direito alto, para melhorar a ventilao do ambiente, inibindo a ao dos gases produzidos pelas baterias que esto em processo de carga Sistemas de energia eltrica, hidrulica, ar comprimido e tratamento de efluentes adequados rea reservada para lavagem e manuteno das baterias Sinalizao de rea restrita Considerar que para cada bateria com capacidade mdia de 300 Ah/24 VCC necessrio 1,5 m e, para baterias maiores (600 Ah/48VCC), deve-se acrescentar mais 1 m de rea til por bateria, incluindo carregador, rea para circulao, troca da bateria e pequenas manutenes, como limpeza das baterias

Equipamentos Carregadores de baterias em quantidades adequadas Talhas eltricas ou pneumticas, guinchos, pontes rolantes ou prticos com capacidade ideal para remover as baterias de lugar e aloc-las nas empilhadeiras Carro transportador para sacar a bateria da mquina, devendo-se para este considerar o peso da bateria a ser removida, bem como o projeto da mquina, pois h algumas nas quais a retirada da bateria por cima e a bateria iada, e em outras a retirada lateral, utilizandose, neste caso, carrinhos com roletes para sacar a bateria Equipamentos de lavagem para limpeza das baterias e da rea, caso ocorra contaminao por derramamento de cido Equipamentos de medio, teste e aferio da carga e descarga das baterias deionizador, densmetro, multmetro, alicate-ampermetro, termmetro, etc. Suportes para as baterias, evitando que fiquem em contato direto com o piso Suporte para os carregadores, instalados de forma a permitir fcil acesso aos seus comandos e tomadas Estrados Coluna de gua destilada/desmineralizada para reposio de gua das baterias Sistema de Gerenciamento da Rotina (PDCA, TPM, Gesto vista, etc.)

SeguranaChuveiro e lava-olhos de emergncia para serem utilizados pelos operadores da sala ou operadores das empilhadeiras, caso ocorra acidente com o cido ou os gases da bateria Sistema de ventilao e exausto elico ou eltrico para remover os gases da sala e injetar oxignio puro no ambiente EPIs para os usurios e operadores da sala (culos de segurana, capacete, botas com biqueira, aventais e luvas) Roupa em tecido que no permita contato fcil do corpo do operador com o cido Drenos de escoamento, bandejas e bacias de conteno para evitar o derramamento direto do cido no piso, evitando contaminao e corroso Depsito para conteno e neutralizao de gua acumulada Painel eltrico de fcil acesso, que garanta ligar e desligar os carregadores em caso de acidente ou manuteno Carregadores com sistema eletrnico inteligente que autoprograme o tempo de carga, descanso das baterias e desarmem automaticamente em caso de trmino do ciclo de carga e acidente por curto-circuito Extintor de incndio para equipamentos eltricos Produto para neutralizao de soluo cida

JORNAL

14

n

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

de baterias otimizando o layout nem sempre um bom caminho, preciso prever a necessidade de a sala receber 20% a 30% do nmero de baterias utilizadas nas operaes, informa o supervisor de logstico e ps-venda. Novaes tambm destaca que comum problemas com a rede eltrica que alimenta a sala de baterias. Para minimiz-los importante observar no projeto de construo o modelo e a tenso dos carregadores que iro equipar a sala. Caso isso no seja possvel, por ainda no existirem os equipamentos que iro operar na planta, considerar, atravs de uma pesquisa de mercado, os carregadores que necessitam de uma tenso menor ou maior. Cunha, da Allbat, outro que aponta o dimensionamento como o principal erro: rea inadequada para manobras, tanto dos equipamentos quanto dos bancos de baterias a serem substitudos. J Fonseca, da Easytec, aconselha que, para obteno de sucesso na construo da sala, sem chance de erros, necessrio contratar empresas idneas e especializadas neste segmento que tenham know-how, profissionais treinados e capacitados para atender real necessidade do cliente, objetivando a melhor relao custo/benefcio. Deve-se seguir os conselhos dos tcnicos, no existe uma norma que diga como se fazer a sala, o que existe uma linha de conduta a ser adotada, completa Ravazi, da Fulguris, com a concordncia de Ferreira e Mazzetti, da Matrac, que aconselham a procurar sempre orientaes de especialistas. Mitsuhashi, da Nife, informa que acidentes ou necessidade de reparos em baterias e mquinas pela falta de treinamento dos funcionrios ou terceirizao para empresas no especializadas, impossibilidade de ampliaes futuras em razo da localizao, no observao das principais normas de segurana e tratamento ambiental so os erros possveis de serem cometidos. Tal prejuzo pode ser evitado solicitando a ajuda dos fabricantes de baterias e carregadores. Alguns

fabricantes tm feito um timo trabalho com respeito ao assunto, inclusive fornecendo desenhos sugestivos de salas de baterias e treinamento tcnico, completa o engenheiro da Nife. vila, da Saturnia, alerta que um planejamento incompleto, sem abordagem sistemtica, falta de preciso nas estimativas, j que envolve custos, recursos e tempo, onde no se preveja todos os parmetros para o correto dimensionamento e execuo de sala de bateria, pode levar a um projeto que no atender as expectativas do cliente. Assim, segundo ele, recomendvel obter-se primeiramente todas as informaes referentes s baterias, carregadores/retificadores, mquinas, rea disponvel e viso futura para ampliao.

Como executar a manuteno das bateriasManuteno preventiva x Limpeza externa da caixa e parte superior na regio das tampas deenchimento normalmente, na limpeza, utiliza-se bicarbonato de sdio diludo em gua, o que inibe a ao do cido, evitando acidente com o operador e corroso de outros materiais Efetuar aperto nos bornes entre vasos, nos terminais e nas tomadas, evitando que um mau contato fornea, nos testes, medidas que no sejam reais Conferir o nvel dos vasos, completando, caso necessrio. Normalmente, o nvel eletroltico deve cobrir as placas de chumbo contidas em cada vaso Efetuar todos os testes possveis utilizando o carregador, o densmetro ou os prprios componentes da empilhadeira Anotar todas as medidas necessrias antes, para conferncia com as mdias aps a manuteno e carga, certificando-se que a bateria est em perfeita condio para ser utilizada

x MANUTENO DAS BATERIAS FUNDAMENTAL PARA A PRODUTIVIDADEConsiderando a importncia da baterias no processo logstico da empresa, quando preciso fazer a manuteno das mesmas como saber a hora de fazer esta manuteno? O supervisor de logstica e ps-venda da Aesa diz que, normalmente, quem opera a sala de baterias deve estar treinado para fazer manutenes preventivas peridicas nas baterias (limpeza, troca de bornes e cabos, tomadas, troca da tampa dos vasos, medio da densidade e nvel eletroltico e pintura das caixas). Mas, o que determina o tempo de parar uma bateria para uma manuteno mais complexa ou corretiva normalmente a reduo da autonomia. A informao do operador no check-list dirio facilita o diagnstico das condies da bateria em relao s outras e empilhadeira. Normalmente controlamos a vida til de uma bateria utilizando planilhas, grficos de tempo de descarga, carga, tempo de descanso, aumento e reduo na autonomia. extremamente importante este controle para garantir a durabilidade e a hora certa de parada para as manutenes. Os fabricantes de baterias tracionrias fornecem treinamento e manuais de manutenes e segurana que informam passo a passo os cuidados que se deve ter com uma bateria durante sua utilizao estes manuais contm tabelas de intervalos para execuo de manutenes. Tambm importante, sempre que adquirir uma bateria, procurar manter contato com o fa-

x x x

Manuteno corretiva x Os testes e procedimentos devem ser executados semelhantes aos x xda manuteno preventiva Proceder a testes na rede eltrica, nos carregadores, na empilhadeira e em seus fios e cabos antes de condenar uma bateria a uma manuteno corretiva: pode ocorrer do defeito no ser da bateria Caso a manuteno requeira a remoo parcial ou total dos vasos, remover o cido com ferramentas ideais e armazenar em recipientes apropriados, evitando acidentes corporais ou materiais ou de ordem ambiental Baterias tracionrias produzem gases devido ao aquecimento dos vasos, portanto indispensvel que o profissional na manuteno utilize os equipamentos de proteo individual necessrios para este procedimento A desmontagem e montagem de uma bateria pedem mo-de-obra especializada. Caso a empresa no disponha deste profissional, recomenda-se acionar a assistncia tcnica do fabricante Fonte: Aesa

x

x

A sala de baterias deve oferecer condies de segurana

bricante e seu departamento de ps-venda, aconselha Novaes. Ravazi, da Newpower, diz que aconselhvel que a manuteno de baterias seja feita pelo menos uma vez ao ms, levando-se em considerao que no haja nenhum tipo de problema extra. Os controles de carga devem ser dirios por eles que so identificados problemas maiores. Quando se aponta nos controles dirios que uma bateria, por exemplo, est

com a carga desequalizada, est na hora certa de aplicar-se a manuteno. Deve-se comear pela carga de equalizao, que precisa ser feita com a bateria j plenamente carregada e por profissional da rea. Caso a bateria tenha algum perifrico quebrado, este deve ser trocado. Prestar ateno aos cabos e conectores importante para que danos no permitam mau contato e, por fim, a limpe-

za. Deve-se lavar externamente a bateria com soluo de gua e bicarbonato de sdio, usando-se uma diluio de 10%. As rolhas da bateria devem estar bem fechadas para no permitir a entrada dessa soluo nos elementos. Aps a neutralizao da sujeira com essa soluo, deve-se enxagu-la com gua normal e secar com pano limpo, ensina o gerente comercial da Newpower. J os representantes da Matrac aconselham que a manuteno deve ser feita por empresas especializadas e, de preferncia, autorizada por fabricantes. O engenheiro da Nife pondera que a correta manuteno, que inclui a preventiva e a corretiva, um fator que ir influenciar na performance e no tempo de vida til das baterias. Por isso, o treinamento dos funcionrios imprescindvel para um bom programa de manuteno. Os itens de verificao de manuteno preventiva podem ser semanais, mensais ou anuais. Os maiores problemas enfrentados pelos usurios de baterias tracionrias so: procedimentos inadequados de manuteno e m utilizao, decorrentes do desconhecimento geral em relao a um dos itens mais crticos das empilhadeiras eltricas, as baterias, que so diretamente responsveis pelo seu desempenho. Os fabricantes podem auxiliar os usurios fornecendo os itens de manuteno necessrios para estabelecer um programa de manuteno adequado, sua periodicidade e as recomendaes necessrias em caso de falha do equipamento, afirma Mitsuhashi. Os representantes da Moura tambm lembram que todas as baterias tracionrias tm de ter uma manuteno preventiva diria e manutenes corretivas quando for identificada a necessidade. Na utilizao das baterias deve haver um acompanhamento dirio das suas condies. Existem manutenes como, por exemplo, a dessulfatao, que deve ser realizada periodicamente para evitar a queda da autonomia e vida til das baterias. Nos casos mais complexos, como a falha de uma clula, preciso entrar em contato com o fabricante, explicam. Pegoretti e Bitencourt tambm informam que a principal causa da falha prematura da bateria decorrente da falta de uma manuteno preventiva em diversos casos, quando a solicitao da assistncia tcnica do fabricante acionada, o problema j est irreversvel. vila, da Saturnia, tambm avalia que a manuteno um item imprescindvel para a vida

JORNALn

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

15

Manuteno em carregadores de baterias tracionriasManuteno PreventivaVerificar: disjuntores de entrada CA barramento de troca de tenso da rede CA limite de corrente/tenso instrumentos de medidas CA e CC do painel circuitos de protees e sinalizaes teclado de membrana equilbrio das fases sistema de ventilao forada temperatura do transformador e da ponte retificadora e testar peas sobressalentes (se houver)

Notciasr p i d a s

LimpezaDeve ser feita limpeza com pincel macio, a seco, ou espanador, dependendo de cada caso, ou, se possvel, com jato de ar seco, com os cuidados necessrios para evitar danos aos componentes Em caso de peas mveis com problema de funcionamento por presena de poeira, recomendvel sua substituio por pea sobressalente. Para contatos eltricos recomendvel a limpeza com pano umedecido com benzina ou solvente e untado em vaselina. Deve-se tomar cuidado em desenergizar os circuitos envolvidos na manuteno

Inovadoor lana porta industrial para frigorficos

Baterias tracionrias tm de ter manuteno preventiva diria

da bateria. Para determinar-se quando fazer a manuteno segundo ele deve-se, a princpio, conhecer como a bateria opera, qual a profundidade de descarga que a mesma atinge em seu ciclo de trabalho, pois a manuteno est diretamente associada condio de operao, que pode ser leve, mdia ou pesada, o que determina quando e como realizar a manuteno na bateria. O desenhista/projetista da Saturnia tambm lembra que preciso sempre seguir o contido no manual da bateria e o recomendado pelo fabricante, obedecendo-se os requisitos de segurana, utilizando-se EPIs, tomando os devidos cuidados com a segurana individual, coletiva e tambm com o meio ambiente.

Freqncia de ManutenoAs recomendaes que seguem tm o carter de sugesto e devem ser adaptadas para cada nova situao que se apresente. Semanal: Inspeo visual Mensal: Verificao de tenso e corrente de sada quando da aplicao de cargas variveis no sistema Verificao do sistema de ventilao forada Verificao das condies de contato de barramentos de troca de tenso, teclado de membrana e cabos Anual: Toda a lista de verificaes da inspeo mensal Verificao e simulao das sinalizaes, alarmes de protees, verificao dos sensores e as respectivas atuaes Teste de materiais sobressalentes Reviso das conexes de interligaes de potncia Reviso das interligaes internas Fonte: Powerbras

Inspeo VisualDeve ser feita com muita freqncia, pois da verificao do estado das sinalizaes depende a indicao das ocorrncias no equipamento e seus componentes. Os pontos das conexes dos cabos, fixaes e mdulos em geral devem ser observados quanto existncia de mau contato - coloraes escuras nos pontos de conexes indicam mau contato. Vazamento em capacitores eletrolticos e contatos em conectores de encaixe devem integrar uma adequada inspeo visual. Todos os apertos necessrios devem ser feitos sempre com as ferramentas adequadas, especialmente nos semicondutores e seus dissipadores.

CARREGADORES TAMBM DEVEM PASSAR POR MANUTENONo somente as baterias tracionrias devem passar por manuteno: os seus carregadores tambm. As manutenes preventivas para os carregadores de baterias devem ser efetuadas no mnimo a cada 6 meses, ou corretivamente, quando for percebida alguma das anomalias: aquecimento excessivo; cheiro de queimado; presena de fumaa; desligamento antes do perodo normal de

recarga (geralmente 8 horas); baterias com eficincia de operao abaixo do normal; apresentao nos displays, no caso dos eletrnicos, de indicaes de falhas de funcionamento; e desativamento constante dos disjuntores trmicos da rede eltrica, explica Bento Gonalves Neto, gerente de filial da Retec Comrcio Servios e Representao (Fone: 34 3231 9226). Ele tambm ensina que as manutenes dos carregadores devem sempre seguir os manuais de instruo dos fabricantes, que de forma geral indicam a verificao dos seguintes itens: estado geral dos cabos, tomadas e pinos de ligao s baterias; estado do cabo e da tomada de ligao rede predial; verificao da cor-

rente fornecida s baterias nos estgios de recarga; reaperto dos conectores e terminais eltricos e eletrnicos; e verificao da alimentao predial quanto a oscilaes dentro dos limites indicados pelo fabricante. A falta de manuteno ou a manuteno incorreta dos carregadores afeta diretamente a vida til das baterias tracionrias, bem como provoca o consumo desnecessrio de energia eltrica. Os carregadores so projetados para que, em um determinado tempo, seja enviada s baterias uma corrente que, naquele estgio, venha suprir a necessidade da recarga. Dentre os estgios de recarga temos tambm a equalizao dos elementos das baterias que proporcionam, quando em funcionamento ideal, a melhor eficincia de trabalho da bateria e, tambm, maior longevidade desta, completa Gonalves Neto. Pelo seu lado, Seiji Sato, diretor da Powerbras Indstria Eletrnica (Fone: 21 2562.0652), destaca que, como todo equipa-

mento, os carregadores de baterias tm de receber manutenes preventivas peridicas, em intervalos de tempo e nveis de detalhes diferentes. Principalmente por se tratar de um equipamento que, em sua grande maioria, trabalha 24 horas por dia. As principais conseqncias da falta de uma manuteno correta, executada por tcnico habilitado e com a periodicidade necessria, so: no caso de um funcionamento inadequado do circuito de controle do carregador, todo o processo de carga da bateria estar comprometido, o que, com toda certeza, ir prejudicar a bateria e diminuir sua vida til; pela mesma ocorrncia, o prprio carregador poder ser danificado, at mesmo inviabilizando sua recuperao; e ainda, como conseqncia da mesma falha, os usurios, principalmente os que utilizam um grande nmero de equipamentos, tero um elevado consumo de energia, aumentando o custo de sua operao, desnecessariamente, finaliza. q

A Inovadoor (Fone: 41 3365. 5682), fabricante de portas industriais, acaba de lanar a porta flexvel Isofrio, indicada para ambientes refrigerados como indstrias, frigorficos, supermercados e centros de armazenagem, processamento e distribuio. A Isofrio resistente a choques e possui velocidade de abertura e fechamento de at 1 m/s, o que reduz a troca trmica entre a antecmara e a cmara frigorfica. comercializada em duas verses: 707, indicada para ambientes refrigerados positivos (at 0 C) e temperatura ambiente sem risco de gelo, e 708, indicada para ambientes negativos (at -25 C). Alm disso, interrompe automaticamente o ciclo atravs de sistema de segurana contra acidentes, possui capacidade de 240 aberturas/fechamento por hora e vedao completa contra luz e vento. Tambm oferece proteo e esterilidade contra contaminaes, poeira e insetos, baixo consumo de energia e iseno de rudos e raios UV. O lanamento das portas Isofrio de alto trfego representa uma evoluo no mercado de portas para cmaras frias. Elas oferecem desempenho superior s portas de correr automticas em reteno e recuperao de frio, economizando energia, declara Miguel de Paiva Rezende, diretor comercial da empresa.

JORNAL

16

n

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

OPERADOR LOGSTICO

ABC Integrated Logistics completa dez anosABC Integrated Logistics (Fone: 11 4125.8007) empresa que oferece solues personalizadas em transporte rodovirio, logstica integrada e de eventos completa este ano uma dcada de existncia. Com sede em So Bernardo do Campo, SP, filiais em Rezende, RJ, Curitiba, PR, representantes em Uruguaiana e So Borja, RS, parceiros no Chile e escritrios na Argentina e no Peru, a empresa conta atualmente com 90 funcionrios, frota com 18 caminhes, 21 pranchas e 37 bas. Alm disso, nos ltimos anos, apresentou um crescimento anual mdio de 20%. Danilo Guedes, diretor administrativo-financeiro da ABC Integrated Logistics, conta que a trajetria da empresa comeou com operaes voltadas

A

Guedes: empresa opera com grandes montadoras de caminhes

para o transporte internacional de cargas, atendendo principalmente a Argentina e o Chile. Em busca contnua por novos segmentos de mercado, a ABC Cargas passou a operar com as grandes montadoras de caminhes e encarroadores de nibus, transportando caminhes e nibus por meios prprios para o Brasil e Amrica do Sul, atravs de pranchas hidrulicas, equipamentos produzidos especificamente para essa finalidade, continua o diretor. Hoje, a ABC Integrated Logistics roda mais de 91 mil quilmetros

dirios, 2,730 milhes mensalmente e 33,360 milhes de quilmetros por ano. Entre as principais vocaes da companhia esto o transporte internacional de cargas e os transportes nacional e internacional de caminhes e nibus. Com mdia de 1.000 veculos transportados por ms, a empresa tem forte presena no mercado de veculos novos, oferecendo duas modalidades neste segmento: sobre prancha (embarcados) e rodando. Alm disso, a ABC tambm realiza o transporte de praticamente todo tipo de carga e organiza a gesto de eventos e a participao de seus clientes, seja na rea de vendas, divulgao de novos produtos ou na fixao de imagem. Como diferencial da companhia, Guedes cita o conceito de posicionamento de carga no transporte de veculos zero quilmetro. construdo um histrico de todos os pontos de checagem, chegadas e sadas de fronteiras, postos alfandegrios, passagens por aduanas intermedirias, at a entrega final do produto em seu destino. Em todos os processos, a tecnologia tem se feito presente para melhor nos preparar para o futuro e disponibilizar a informao de forma gil e de qualidade, completa o diretor. q

OPERADOR LOGSTICO

CSI Cargo e Renault fecham contratoos prximos trs anos, a CSI Cargo (Fone: 41 3381.2314) controlada pelo Grupo Cargo ser responsvel pela logstica interna da Renault, de acordo com contrato firmado em maro ltimo. A operao envolver aproximadamente 350 pessoas e sero investidos pela operadora logstica R$ 4 milhes em equipamentos de movimentao, como empilhadeiras, rebocadores e transpaleteiras. As reas de atuao sero a logstica industrial das trs fbricas do complexo Ayrton Senna, em So Jos dos Pinhais, PR, da qual fazem parte a CVP (veculos de passeio), a CVU (veculos utilitrios) e a CMO (motores).

N

Para Orlando Bruggr, diretor de logstica da Renault Mercosul, o que levou a CSI Cargo a vencer os demais concorrentes foi a demonstrao fsica de capacidade tcnica aliada a custos competitivos. Alm disso, o fator proximidade tambm foi levado em considerao, uma vez que as duas empresas se situam em So Jos dos Pinhais. Andr Ceballos, diretor presidente da CSI Cargo, acredita que a empresa conquistou o contrato em virtude, principalmente, do know-how comprovado pelos servios prestados prpria Renault Argentina, a Volkswagen/Audi e a Scania.

O ponto principal desse contrato, avalia a Renault, ser a reduo de custos logsticos. E, para atingir esse objetivo, o diretor-presidente da operadora logstica anuncia que contar com um quadro de profissionais altamente qualificados que integram a rea de planejamento logstico. Abordando a definio de layout, dimensionamento de equipamentos e redesenho dos processos de movimentao de materiais teremos impacto nos custos logsticos da planta. Isto ir trazer, tambm, reduo de dano de material e/ou equipamentos, interrupo de produo e estoques elevados, entre outros, finaliza Ceballos.q

JORNALn

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

17

CONTROLE DE ARMAZNS

EMPILHADEIRAS

MWM International Motores implementa SAGA

Clark comemora 90 anos de atuao

A AMWM International Motores (Fone: 11 3882. 3200), que atua no desenvolvimento de tecnologia diesel, acaba de implementar o Sistema Automatizado de Gerenciamento de Armazm, o SAGA, em sua planta de Santo Amaro, na capital paulista. Trata-se de uma ferramenta de WMS Warehouse Management System que opera integrada ao SAP, possibilitando o controle de toda a movimentao, estocagem, abastecimento e a rastreabilidade de itens produtivos e motores. Para tanto, foram adquiridos 32 coletores, instaladas 16 antenas e configurados 2.500 endereos de estocagem e abastecimento na planta. A empresa espera amortizar o investimento para a instalao do SAGA, que foi de US$ 206 mil entre hardware, software e servios, em at 18 meses de operao. Segundo comenta Carlos Panitz, gerente de Planejamento e Logstica da MWM, o SAGA no apenas uma ferramenta de controle de estoques, ele gerencia de maneira inteligente a alocao dos recursos. Alm disso, adequamos a ferramenta para suportar o processo de abastecimento das linhas por kanban e por kits, diz. O gerente tambm lembra que um dos diferenciais do SAGA o conceito de convocao ativa, ou seja, as tarefas so alocadas automaticamente para os recursos disponveis. Se um lote de peas foi consumido na linha, o sistema gera uma convocao automtica para que um usurio disponvel realize a tarefa. Por outro lado, ele destaca que a utilizao do sistema de radiofreqncia permite que toda comunicao acontea em tempo real. qJORNAL

marca de empilhadeiras Clark, que atua no mercado brasileiro desde 1958, est completando 90 anos. A primeira empilhadeira foi inventada em 1917 por Eugene Badley Clark e, desde ento, a empresa vem introduzindo conceitos como transmisses automticas, utilizao de protetores dos operadores, cinto de segurana padro para todos os equipamentos, aba de segurana contra tombamento lateral e vlvulas hidrulicas para proteo do sistema, em caso de pane, entre outras. Alm de presente no Brasil, a Clark (Fone: 19 3881.1599) conta com instalaes e fbricas na China, Estados Unidos, Coria, Costa Rica, Espanha e Alemanha. E, falando em Brasil, desde 2003 pertencendo ao grupo coreano Young, An, a empresa est situada na cidade de Valinhos, SP, oferecendo operaes de vendas de mquinas e uma rede de distribuidores composta por 13 empresas tradicionais no ramo de equipamentos, totalizando 23 pontos em todo o territrio nacional. Tambm fornece suporte tcnico e peas de reposio para toda a frota. Como parte da comemorao dos 90 anos, a empresa apresenta sua nova linha de empilhadeiras para o mercado brasileiro: os modelos a combusto C60/70/80 e C20/25/30/35 e o modelo eltrico-pneumtico GEX25. Daniela Gomes, coordenadora de marketing da Clark, explica que os modelos C60/70/80 oferecem uma nova oportunidade para o mercado de mquinas de oito toneladas no que se refere questo custo x benefcio. O grande diferencial da linha est na alta capacidade de carga e em sua estrutura compacta, que permite o trabalho em reas de difcil acesso: uma grande vantagem em relao aos modelos similares, destaca. equipada com motor de 100 HP, transmisso automtica de trs velocidades, freio a disco em banho de leo e chassi robusto. J os modelos C20/25/30/35 so mquinas compactas e robustas que

proporcionam conforto e ergonomia com baixo custo operacional, declara Daniela. Os modelos de duas a trs toneladas da linha eltrica da Clark funcionam em corrente alternada de 80 V e operam em qualquer terreno mesmo em operaes severas , utilizando as mesmas condies de uma empilhadeira a combusto. As mquinas, que tambm trabalham sem restrio quanto ao tipo de piso, tm capacidade para vencer rampas com inclinao de at 38%. So totalmente blindadas e atendem demanda de reduo de rudos e poluio em reas fechadas, um grande diferencial para o mercado alimentcio, salienta a coordenadora de marketing, lembrando que alm dessas novidades, a Clark anuncia a reformulao do site, com espao para cotaes on-line. Entre as tendncias na rea, Daniela cita o crescimento da competitividade entre as marcas de empilhadeiras e os novos modelos lanados, que aumentam as oportunidades para as empresas de todos os segmentos. Sobre as perspectivas da Clark em relao ao mercado brasileiro de empilhadeiras, a coordenadora de marketing relata que elas so bastante positivas, pois novas contrataes sero realizadas a partir do segundo semestre deste ano, alm do incio da montagem de parte das mquinas na unidade em Valinhos, principalmente dos modelos a combusto. Alguns acessrios das empilhadeiras esto sendo adquiridos no Brasil, em vez de serem importados, e a tendncia pela aquisio de produtos brasileiros crescer na medida do crescimento da demanda do mercado. Todas essas mudanas melhoraro nossa competitividade e contribuio com o mercado brasileiro e, com certeza, traro melhores custos, finaliza.q

O

LogWeb

mudou de endereo!

Agora estamos na Rua dos Pinheiros, 240 - cj. 12Nosso telefone/fax continua o mesmo: 11 3081.2772

JORNAL

18

n

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

INVESTIMENTO

Tito investe em melhoria de seus processos e tecnologiaTito Global Trade Os maiores fluxos de Services (Fone: 11 mercadorias so de 2102. 9300), provedoIllinois, Ohio, Nova ra de servios em logstica inJersey, Nova Iorque e ternacional, comrcio exterior Califrnia para Viracoe gesto aduaneira, anuncia inpos, Guarulhos, Manaus, vestimentos da ordem de US$ Vitria, Curitiba, Recife, 1 milho nas reas de QualiBuenos Aires, Cidade do dade e Melhoria de Processos, Mxico, Guatemala, PaGerenciamento de Projetos nam, entre outras loca(PMO) e TI. Alm disso, a emlidades. presa est otimista com a preJ no modal martiviso de negcios para 2007 e mo, a empresa utiliza, prev um crescimento de 30%. principalmente, os porDesde 1999, para atender tos de Miami, Los Bermdez: Com a nossa solicitaes especficas de alAngeles, Norfolk, Nova estrutura, oferecemos uma guns de seus clientes, a Tito Iorque e Houston. Os soluo completa para tem expandido sua atuao no principais destinos das todas as Amricas exterior com a abertura de cargas de exportao dos filiais na Argentina, Mxico e Estados EUA so: Santos, Vitria, Manaus, Suape e Unidos (Miami e Doral) para oferecer Buenos Aires. Um dos grandes diferenoperaes aliceradas nas legislaes de ciais da Tito a capilaridade das operaes. comrcio internacional dos pases em que Com a nossa estrutura, oferecemos uma soatua, alm de contar com uma rede consoluo completa para todas as Amricas, lidada de agentes. ressalta Bermdez. Como se sabe, diversos acordos e traDESEMBARAO ADUANEIRO tados internacionais vm incrementando o Reinaldo dos Santos, gestor operacional comrcio entre pases e regies por todo o da Tito, tambm destaca que a empresa mundo. A empresa assessora ainda seus referncia na gesto aduaneira de liberao clientes quanto melhor forma de usar as de mercadorias importadas do setor normas e as regras desses acordos comerciais automotivo no Aeroporto de Guarulhos. e capitalizar oportunidades de negcios, Conforme ranking da Infraero, a Tito foi a declara Hermeto Bermdez, CEO da Tito. mais eficiente no ms de abril. O tempo Ele tambm informa que a empresa foi mdio registrado foi de 18h27m, diz ele. apontada pela Infraero como a mais gil O gestor operacional tambm informa operadora aduaneira nas importaes do que, de janeiro a abril, a empresa reduziu segmento automotivo atravs do Aeroporto em 35,8% o tempo de desembarao das Internacional de Viracopos (Campinas, importaes em Guarulhos. Segundo a SP), o que valeu a indicao para o PrInfraero, em janeiro, a operao totalizou mio Fnix 2006 e o ttulo Destaque Ca28h46m; em fevereiro, 21h34m, e, em mardeia Logstica Viracopos do mesmo ano. o, registrou 23h01m. H 72 anos no mercado, a Tito desenAinda segundo Santos, trata-se de provolve atividades na rea de gesto e cessos areos de uma grande montadora, consultoria aduaneira, agenciamento de cujo brao logstico mundial contratou a cargas, outsourcing e gerenciamento de Tito para a execuo de seus procedimenprojetos especiais em logstica internatos aduaneiros, tambm nos modais marcional. Entre os seus principais clientes timo e rodovirio. Os principais benefesto empresas do setor automobilstico, cios com a reduo do tempo de desembaqumico e alimentcio. rao aduaneiro para a empresa so dimiA companhia possui escritrios em So nuio no custo de armazenagem, baixo Caetano do Sul, Santos, Suzano, Viracopos nvel de inventrio e atendimento de forma e Guarulhos, SP; Porto Alegre, Uruguaiarpida e eficiente ao cliente final, pois so na, So Borja, Novo Hamburgo e Rio Granpeas de reposio posteriormente enviade, RS; e Salvador, BA. Na Argentina, tem das para lojas e oficinas, explica. unidades em Buenos Aires, Zarate e Paso O gestor operacional completa afirmande Los Libres, e no Mxico, na Cidade do do que, com relao aos processos areos, Mxico. a Tito j conquistou sete vezes a liderana Para operaes nos Estados Unidos, a no ranking de melhor performance no AeTito conta ainda com um hub em Miami, roporto de Viracopos, tambm em imporque coordena os fluxos de todas as regies taes do setor automotivo. q do pas para todas as Amricas.

A

JORNALn

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

19

Palavrado Leitor

MATRIA SOBRE FAST-FOODNa edio n 62, de abril de 2007, na matria Fast Food: Rapidez na mesa e na estrada, respondi aos questionamentos para a reportagem, no entanto, foi citado que toda a nossa estrutura (4 pargrafo do sub-item infra-estrutura) atende 125 pontos de venda. Na verdade, 125 pontos esto relacionados ao nmero de lojas do China in Box, e no total atendemos quase 600 pontos de venda. Daniel Garcia Gerente de operaes da Fast & Food, responsvel pela logstica e distribuio dos insumos e produtos negociados da China in Box

UNITIZAO DE CARGASCumprimento o Jornal LogWeb pela publicao da matria Unitizao de Cargas [Edio 63, maio de 2007]: abrangente, direta e muito til... e tambm oportuna, porque h muitos palpiteiros no mercado. Agora temos ordem na casa. Mauro V. de Chermont Scio-Gerente Chermont Engenharia e Consultoria Ltda. ... gostaria de parabenizar sobre a matria em referncia [unitizao de cargas]. Tema e informaes relevantes, alm de excelente abordagem... contribui muito para a atualizao dos profissionais de logstica e embalagens no Brasil. Marcelo Gaspar Managing Director Nefab Embalagens

Envie suas opinies, sugestes e crticas para o jornal LogWeb: [email protected]

JORNAL

20 publicitrio Informe

n

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

Fulguris: muito mais que baterias tracionrias

DIVERSIDADEMarco Antonio Vac Junior, diretor da Fulguris, explica que a empresa fabricante de baterias industriais, e que, portanto, no se dedica apenas produo de baterias tracionrias para empilhadeiras, paleteiras e rebocadores. Tambm fabricamos baterias estacionrias para o setor de telecomunicaes, usinas hidroeltricas e outras aplicaes, alm de baterias especiais para trens do Metr, sistemas de emergncias, locomotivas eltricas e para partida de locomotivas a diesel, sinalizao martima, sistemas de incndio e iluminao

Agilidade, respeito ao meio ambiente, ao colaborador, ao fornecedor e ao cliente, garantia, qualidade, melhoria contnua, evoluo. Todas estas caractersticas raras de serem encontradas em um fabricante de baterias podem ser constatadas na Newpower Sistemas de Energia, fabricante das baterias Fulguris. Em primeiro lugar, vale destacar que a empresa est mudando para uma nova planta fabril, com mais de 40.000 m2 de rea, contando com 365 funcionrios, estaes de tratamento de efluentes e de resduos, dois laboratrios um qumico e um eltrico , mquinas de ltima gerao e as mais modernas do mundo. Esta nova instalao j est sendo considerada a maior da Amrica do Sul em termos de produo de baterias industriais.

de emergncia, entre outras. O diretor tambm conta que a empresa est no mercado h 45 anos, tendo sido fundada sob o comando de seu av, Jos Vac. Ela nasceu fabricando baterias automotivas, e logo se tornou um sucesso, explica Marco Antonio. Mais adiante, j sob o comando de seu pai, Marco Antonio Vac, a Fulguris manteve um crescimento contnuo, apesar dos sucessivos planos econmicos que sempre dificultaram a vida do empresrio brasileiro. O meu pai um profissional bastante inteligente e, em 1975, com uma viso futurista, transformou aquela fbrica de baterias automotivas em uma fbrica de baterias industriais. Naquela poca, comeou a haver a concorrncia das grandes empresas multinacionais na rea de baterias automotivas, e tambm a proliferao de pequenas empresas, sem garantia de qualidade, que ofereciam as baterias na informalidade. Assim, diante de um mercado incerto poca, meu pai decidiu partir para a fabricao de baterias industriais. A esta deciso seguiu-se um perodo de sucesso e prosperidade e, em 2003, Marco Antonio Vac Junior assumiu o comando da companhia. Daquela poca para c, partimos para a modernizao das instalaes que culminou com a nova fbrica , a consolidao da marca e o aprimoramento da gesto dos negcios, o que nos levou condio de lder absoluto no mercado de baterias tracionrias. Tanto que j recebe-

mos um prmio como fornecedor da Nacco e acabamos de fechar um grande contrato de OEM Original Equipment Manufacturer para o grupo ESA, com as marcas Linde e Still. Ou seja, dada a nossa inquestionvel qualidade, nos tornamos lderes e referncia no mercado nacional e, portanto, temos condies de estabelecer parcerias muito competitivas com os nossos clientes, diz o diretor da Fulguris.

VANTAGENS COMPETITIVAS COMPETITIVASQuando assumiu a direo, Marco Antonio tratou de identificar os pontos fortes da empresa para trabalhar na melhora contnua. E conseguiu destacar as grandes vantagens competitivas dela. A primeira a qualidade dos funcionrios. Por qu? O diretor conta que, ao contrrio do que acontece em outras empresas do setor, na Fulguris no h perda de funcionrios, os quais passam por constantes reciclagens e qualificao, e tambm so tratados com todo o respeito. Temos profissionais em vrias atividades com at 30 anos de empresa. Isto um ponto forte da organizao, j que cada um sabe quais so as expectativas dos clientes e trabalha com base em resultados, conta. Para o diretor, o sucesso da empresa tambm est baseado no fato de reunir um quadro de executivos na parte tcnica, comercial e administrativa com longo tempo de atuao no mercado e altamente capacitados.

Ainda em termos de ambiente de trabalho, o mantido na Fulguris, ainda segundo Marco Antonio, saudvel, buscando valorizar o tratamento humano e a sinergia necessria para o bom desenvolvimento da organizao. Temos um ambiente divertido, mas profissional, e lidamos bem com o setor humano. Tambm realizamos treinamentos internos e oferecemos cursos externos para os nossos clientes e fornecedores, para que tenham a melhor produtividade, completa. Outro ponto forte a qualidade. Os produtos concorrentes foram sendo barateados para atender s expectativas dos acionistas, e no dos clientes, o inverso do que ocorre na Fulguris, onde buscamos atender s expectativas dos clientes com produtos de qualidade e de longa vida til. Vale lembrar que tambm somos certificados na ISO 9001 e que nossas baterias tracionrias tm uma durao mdia de seis anos, contra, no mximo, quatro anos das outras. As baterias Fulguris tambm oferecem mais horas de trabalho/dia que a mdia dos concorrentes. Marco Antonio destaca, ainda, que o dinamismo outra caracterstica da empresa. Temos uma equipe de profissionais tcnicos bastante competentes e rpidos para atender s exigncias do mercado. A Fulguris consegue inovar e criar ambiente de satisfao junto aos clientes, e mais: tenta exceder as expectativas de todos que esto na cadeia do processo produtivo, ou seja, o colaborador, o fornecedor e o cliente.

Resumindo, o diretor explica que, como diferencial da Fulguris para se tornar uma referncia no mercado, procura cuidar bem dos seus profissionais e, em troca, pede que estes valorizem os seus clientes, fornecedores e produtos que fabricam. Neste contexto, vale ser destacado o aspecto do ps-vendas, onde a empresa bastante forte. Enquanto a concorrncia desenvolve produtos mais fracos e no atende quando o cliente precisa, oferecemos produtos mais fortes e fazemos tudo pelo cliente, diz ele. Marco Antonio lembra que qualquer empresa pode enfrentar problemas em seus produtos e que a Fulguris no mede custos para solucion-los. Ou seja, executa atendimentos em garantia, de forma rpida, no abandonando o cliente a sua sorte, que uma prtica comum no setor, abandonar o cliente no psvenda, num raciocnio que parece claro, porm errado: a ausncia de assistncia leva a um mau uso do produto, sua morte prematura e compra de novo produto. Ao contrrio disso, ensinamos como usar melhor a bateria e como obter uma vida til maior. Dessa maneira, mostramos que nossas baterias so mais durveis e confiveis, completa. Ainda em termos de diferencial, a Fulguris produz toda a matria-prima utilizada na fabricao das baterias, inclusive faz a extrao e o processamento do chumbo e a sua reciclagem, atendendo demanda legal para a retirada de produtos perigosos do mercado e poupando a extrao desnecessria dos mesmos.

JORNALn

LogWebREFERNCIA EM LOGSTICA

n

EDION64JUNHO2007

21

FLUXO DO CHUMBOPRODUO DE CHUMBO EM MINAS GERAIS RECOLHIMENTO E RECICLAGEM DAS BATERIAS ESGOTADAS

COM A PALAVRA, ALGUNS CLIENTES DA FULGURISCom a Fulguris encontramos qualidade, pontualidade e bons preos. Se todos os nossos fornecedores fossem assim, estaramos no cu. Flvio Canal - Diretor Kontatec Sistemas Eltricos Conhecemos a Fulguris e sua historia h mais de 30 anos, e acompanhamos sua progresso no mercado. Identificamos coisas que muito se assemelham ao perfil da Matrac, ou seja, qualidade, seriedade e crescimento, entre outras, que acabaram unindo nossas empresas h trs anos, nos quais trilhamos at o momento uma parceria de sucesso. O Marco Antonio mais uma vez nos surpreende com o esprito empreendedor e se lana em um novo desafio que a nova fbrica, a qual, com certeza, j objeto de orgulho para todos ns, o que confirma mais uma vez nossa deciso acertada em trabalhar de mos dadas com o maior fabricante de baterias tracionrias do Brasil. Edmilson dos Anjos - Diretor - Matrac

PRODUO DE LIGAS E BATERIAS EM GUARULHOS

UTILIZAO DA BATERIA PELO CLIENTE AT O TRMINO DA VIDA TIL

Sandro Ravazi, gerente da diviso tracionria, lembra que a Fulguris consolidou sua posio de liderana no mercado de baterias graas a sua forte opo por qualidade e no ps-venda de seus produtos. H poucos anos, as fbricas de baterias encontraram um divisor de guas: ou primava-se pela qua