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Daniel Martins Sotelo
Cartas Pastorais
Goinia, 2003
CARTAS PAULINAS.As cartas paulinas foram escritas pelo prprio punho do apstolo Paulo conforme a maioria dos especialistas : I Tess., Gal., I e II Cor., Rom., Fil., Fm.
IntroduoA discusso acerca da autenticidade e da no autenticidade dos escritos de Paulo continua evidentemente em debates. As maiorias dos autores concluem que, estas cartas supracitadas so realmente e verdadeiramente do apstolo Paulo. As outras que foram atribudas so no autnticas ou pseudonmicas e as pastorais que no so do prprio punho de Paulo. A bibliografia no final consultada evidencia esta colocao acima acerca da autenticidade ou inautenticidade dos escritos do apostolo Paulo.
Comeamos por analisar os escritos autnticos do apstolo Paulo que so a primeira escrita por ele na cronologia: I Tess, Gal, I e II Cor, Rom, Fil., Fm.
I TESSIntroduo
Conforme os pesquisadores esta carta a mais antiga e a primeira escrita pelo apstolo. Esta carta foi escrita para uma comunidade em Tessalnica que foi fundada por Cassandro no ano 315 a.C., ele era general e cunhado de Alexandre o Magno. A cidade recebe o nome da esposa de Cassandro. Esta cidade era o entreposto da via Ignacia que ligava Roma a Bizncio. A cidade era um importante centro comercial deste perodo.
Paulo chega nesta cidade durante a 2 viagem missionria, na segunda metade do ano 49 d.C. vindo de Filipos (I Tess 2,2). Esta a cidade depois de Filipos a ser o campo missionrio de Paulo. Ele envia seu companheiro Timteo, depois manda a carta esta comunidade (I Tess.3,1-10). O apstolo Paulo antes estivera com Silvano e Timteo de Listra. Silvano o mesmo que seu companheiro Silas.
A comunidade discute sobre a questo dos mortos, a parusia, e questes morais. Estes assuntos so os problemas fundamentais deste escrito de Paulo comunidade.
Contedo.
I Tess.
1,1 introduo
1,2-3,13 - introduo
2,1-10 aes de graa - a parte principal e central
2,1-12 apologia de Paulo - sua defesa
2,13-16 agradecimento de Paulo
2, 17 -3,5 envio de Timteo e a lista de necessidades de Paulo.
3,6-10 alegria das boas novas trazidas por Timteo
3,11-13 a intercesso de Paulo
4,1-5,22 - exortao
4,1-12 a exortao moral
4,13-18 o destino cristo dos defuntos
5,1-11 exortao a cerca do retorno de Cristo.
5,12-22 exortao na vida de comunidade.
5,23-28 Final da carta
Motivo e inteno da carta.
A carta uma introduo moral e possui traos apologticos contra o paganismo. A carta tem como motivo principal as perguntas e respostas sobre a situao da comunidade: a astcia, a lisonja, a avareza, a procura da glria, a falsa interpretao e a arrogncia de uns membros da comunidade.
A questo sobre a vida aps a morte, a vinda de Cristo - parusia, a salvao e a ressurreio dos mortos so os motivos da carta. A carta uma parenese, uma forma literria conhecida no cristianismo primitivo, mais usada por Paulo.Data e local da composio
Quando Paulo escreveu esta carta estava em companhia de Silvano ou Silas e de Timteo. Paulo nota que o xito missionrio da Acia um sucesso. Ele deve ter escrito esta carta durante a estadia em Corinto onde estava entre 50 a 51 d.C. o que concorda com At. 18,5 que narra a reunio deles em Corinto.
Teologia de I Tess
A teologia desta carta elabora uma apologia de Paulo contra o paganismo. Ela uma parenese - exortao moral aos cristos desta comunidade para que permaneam estveis na vida em Cristo. Paulo exorta a comunidade espera escatolgica, a parusia ou a segunda vinda de Cristo. Outro fator importante na teologia desta epistola a crena na vida aps a morte. Indivduos estavam morrendo na comunidade e levantou-se a questo da salvao dos mortos, da ressurreio. Esta exortao do apstolo para que permanecessem fieis a vinda de Cristo.
Introduo
Esta carta uma biografia de Paulo e uma histria do cristianismo primitivo, uma teologia de Paulo.
Destinatrios.
Paulo Galcia, assim comea o escrito. A confuso inicia quando no se sabe identificar se Galcia uma cidade ou uma regio. Se for a regio, ela est relacionada com as tribos clticas ao norte na Bitnia, nos montes Balcs, sia menor. Esta regio est localizada entre Sangrios e Halis dois montes, vindo da o nome Galcia.Esta regio era composta pelas tribos de Pesino, de Ancira: hoje Ankara, e de Tvio, tudo na Turquia moderna. Foi uma regio visitada por Paulo: na Pisdia ou a Licania descrito em At. 13: Derbe , Listra, Macednia. Foi durante a primeira viagem missionria que ocorreu esta visita. Paulo prega nesta regio e talvez de Corinto na segunda ou na terceira visita tenha escrito esta carta que se deu entre 45 a 49 d.C. Talvez seja esta carta a primeira a ser escrita, a primeira obra do apstolo.
A epstola aos Glatas como a de Romanos denominada de testamento teolgico de Paulo. A partir desta carta ele desenvolve toda a sua teologia. Alguns autores enfatizam que esta carta pode ter sido escrita durante a sua 2 viagem e na visita aos Efsios, durante a sua estadia em feso.
GLATAS.
Introduo.
Esta carta a primeira de Paulo a ser escrita por ele. A defesa do seu apostolado, a luta contra os judaizantes sempre est evidente nesta carta. A graa e a justificao pela f so os temas centrais desta carta. A carta pode ser dividida da seguinte maneira:
1,1-5 prlogo
1,6-10 reprovao e comeo
1,11-2,21 teologia de Paulo
1,11-14 conduta de Paulo
1,15-24 atividade entre os pagos
2, 1-10 Paulo e o conclio apostlico
2,11-21 a disputa com Pedro
3,1-5, 12 teologia do apstolo
3,1-5 atitude espiritual dos Glatas
3,6-18 Abrao prefigura a justificao pela f
3,19-25 sentido da salvao pela lei
3,24-4,7 liberdade dos filhos de Deus
4,8-11 recair em pecado
4,12-20 chamado pessoal
4,21 liberdade e escravido
5,1-12 liberdade ante a lei
5,13-6,10 Parenese ou exortao
5,13-25 liberdade ante a lei e como proceder em esprito
5,26-6,10 exortaes
6,11-18 autgrafo da carta
Literatura da carta de Glatas
A carta uma doxologia ou hino de louvor com afirmaes cristolgicas. Narra as aes de graas pela f, mostra a admirao pela apostasia dos glatas e o apstolo ameaa a comunidade de antema. Paulo na carta demonstra: a ira, a ironia, o sarcasmo, traa as invectivas, e traz uma intercesso. A carta mostra a polmica de Paulo com outro apstolo - Pedro. A carta elaborada com diatribes (diatribe - crtica exacerbada, escrito ou discurso violento e injurioso contra algum).
Esta carta foi escrita motivada pela origem na comunidade com hereges e heresias. Estes so os adversrios do apstolo. As afirmaes de cumprimento de lei, os festeiros e a circunciso so os fatos originados para a discusso de Paulo: relaxamento moral e a libertinagem e a interpretao farisaica da lei. Glatas 4,10 narra o calendrio festivo: dias, meses, estaes, anos; culto aos dolos, religio celtica: gnsticos, cruz cltica, esoterismo, venerao a deusa astral e estoicismo, retorno ao paganismo, politesmo e nomsmo.
Os adversrios do apstolo Paulo eram os judeus cristos e os pagos cristos. So grupos ou partidos de Cefas-Pedro ou de Tiago que so anti-paulinos. Os judaisantes: a lei e a circunciso e os pagos- esticos e gnsticos. O confronto era o nomismo versus libertinismo.
Teologia de GalA carta foi escrita com o objetivo tambm apologtico contra os judaizantes, esticos, pagos, gnosticos, contra o nomismo e o libertinismo. Esta comunidade era a que tinha mais problemas e o apstolo alm de tudo se v privado de sua autoridade, pois havia grupos pr-petrinos.
CONCLUSO:
A carta uma doxologia, agradecimento da f. O apstolo condena a luta pelo poder na comunidade e profere o antema contra os hereges e as heresias. Ele condena e intercede pelos contendores da comunidade. A teologia baseia-se na justia pela f CORINTOS.Introduo
A carta mais ampla que Paulo escreveu, e a maior das 4 ou 5 cartas aos Corntios que se conhece. Esta uma epstola, tem forma epistolar no gnero literrio. A carta descreve a teologia da cruz atravs da concepo tica e eclesiolgica. Esta carta foi escrita em forma epistolar, mas tem um carter de liturgia eucarstica.
Contedo
1,1-3 prlogo
1,4-9 segunda introduo
1,10-4,21 partidrios polticos
1,10-17 a questo
1,18-2,5 a pregao da cruz
2,6-16 a pregao da sabedoria
3 partidos polticos
4 a luta pessoal de Paulo
5:6 problemas morais da comunidade
5,1-8 um caso de incesto
5,9-13 as imoralidades
6,1-11os processos de cristos nos tribunais pagos
6,12-20 fornicao
7 ascetismo
7,1-24 matrimnio, celibato e divrcio
7,25-38 virgindade
7,39-40 novo matrimnio das vivas
8,1-11,1 comer carne sacrificada a dolos
8 o amor
9 Paulo como modelo de renncia a seu direitos
10, 1-11,1 tratamento teolgico da glria de Deus
10,1-13 gerao do deserto
10,14-22 banquete sagrado idoltrico e a eucaristia
10,23-11,1 liberdade, conscincia e amor
11,2-34 anomalias na assemblia da comunidade
11, 2-16 uso do vu pelas mulheres no culto
11,17-34 anomalia na eucaristia do banquete do Senhor
12-14 os dons do Esprito
12,4-31 unidade da igreja
12,12-27 igreja corpo de Cristo
12,28-31 como aplicar o Esprito
13 amor com crtica e norma dos carismas
14 edificao da igreja nos carismas pelas lnguas e profecias.
15 ressurreio dos mortos
15,1-11 introduo
15,12-34 o fruto da ressurreio dos mortos
15,38-58 ressurre