Carol Lee

En una sociedad que vive de es paldas a la muerte, la p r d i d a d( un ser q u e r i d o sobreviene sieni pre c o m o u n a sorpresa b r u t a l incluso cuando ha sido anunciada Este l i b r o , b a s n d o s e en cient( treinta entrevistas a profesiona les y vctimas de alguna prdida analiza las reacciones m s con n i res entre los d e u d o s y p r o p o r c i o n a las claves para enfocar e duelo positivamente.

Cmo afrontarla y superarla.

Carol Lee

La muerte de los seres queridosT r a d u c c i n de G u i l l e r m o Solana A l o n s o

PLAZA & JANES

NDICE

AGRADECIMIENTOS PRLOGO IT t u l o original: Good Grief D i s e o d e l a portada: J o s M . " M i r P r i m e r a e d i c i n : mayo, 1995 1994, C a r o l Lee de la t r a d u c c i n , G u i l l e r m o Solana A l o n s o 1995, Plaza & Janes Editores, S. A. E n r i c Granados, 86-88. 08008 B a r c e l o n a

La defensa frente a la p e n aHemos de protegernos la pareja contra una prdida, en especial si es

II

A d u l t o s c o n s c i e n t e s y los hijos ajenosLa desaparicin de un nio nos afecta de un modo peculiar y a veces nos empuja a hacer algo

III

O b j e t o s de d e s e oEl espritu del difunto en lo que fue suyo. Los extraos cmplices del viaje dentro-fuera

IVPrinted in Spain - Impreso en E s p a a I S B N : 84-01-52009-6 D e p s i t o legal: B. 18.425 - 1995 Fotocomposicin: Lorman Impreso en Cremagrafic Bernat Metge, 197. Sabadell (Barcelona) L 520096

R u p t u r a de la f i d e l i d a dLa diferencia entre llorar una muerte y un divorcio

V

Q u e lo pases bienUn panorama que pueden uno sufra de las causas del dolor y del modo en e ilustrar la pena que cada afectarnos

VI

C u a l q u i e r montaa bastante altaPara su la aceptacin de un dolor es e crucial reconocimiento social individual

VII

C o r a z o n e s de plstico en la p u e r t a d e l frigorfico.Por qu l,i es tan importante, y no siempre fcil, sinceridad

115

VIII

D e t e n e r el t i e m p oEl Tiempo, en la con pena. mayscula, Pero un desempea dolor no con el un gran papel superado tiempo

131

puede jugarnos

malas

pasadas

IX X XI

ResurreccionesVale ms admitir una prdida que negarla

149 169en pleno dolor

A p a c i g u a r al v i c a r i oLa conduela inesperada

E n c a d a final hay u n c o m i e n z oI.'.su/i

187en en la la infancia niez

A

nuestra

Linda

error creer que no de hecho, la

existe pena comienza

cuando,

pena

XII

N o basta c o n u n a p l a c a e n u n rosalLas dificultades y la del duelo ayuda en el seno de una familia prestada por profesionales

203

XIII

N o es la nica t r a g e d i aCmo a se ligan las penas y cmo saberlo afecta nuestras relaciones

221

EPLOGO

235

D a d palabras al dolor; la pena que no habla m u r m u r a en el f o n d o d e l corazn, y lo i n v i t a a romperse.MACBETH

AGRADECIMIENTOSQ u i e r o d a r las g r a c i a s a todas las p e r s o n a s q u e a c c e d i e r o n a responder a mis preguntas y que generosamente me c o n f i a r o n su t i e m po y sus relatos.

PRLOGOEl propsito de este l i b r o es e n s a n c h a r n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o de la n a t u r a l e z a y de la e x p e r i e n c i a d e l d o l o r , y de los m o d o s en qjue los seres h u m a n o s h a c e n frente a la p e n a o r e a c c i o n a n ante e l l a . P o r q u e si b i e n sta, c o m o el a m o r , / c o n s t i t u y e u n a d e las e x p e r i e n c i a s ms p r o f u n d a s d e l a v i d a , tambin e s u n a d e las ms d e s a t e n d i d a s . A u n q u e muchos advertimos que rechazar una pena puede tener m a l a s c o n s e c u e n c i a s , resulta difcil h a l l a r u n a d e s c r i p cin d e l o q u e s u p o n e a c e p t a r e l pesar y e l m o d o e n q u e vara y se a s e m e j a de u n a persona a otra. Parece existir la n o cin d e q u e l a p e n a est m a r g i n a d a d e l a v i d a c o r r i e n t e , q u e s e trata d e a l g o q u e p a d e c e m o s , c o m o u n a e n f e r m e d a d , y V q u e despus d e j a m o s atrs. P e r o esto no es p r o d u c t o de la e x p e r i e n c i a . C o m o t a m p o - . co la idea de q u e el d o l o r representa i m p o t e n c i a , y q u e expe- r r i m e n t a r l o c o n s t i t u y e en s un s i g n o de d e b i l i d a d . M u c h o s , si i n o l a m a y o r parte, d e los s e n t i m i e n t o s q u e e n v u e l v e n e l p r o c e s o d e l p e n a r pondran a p r u e b a a l e q u i v a l e n t e e m o c i o n a l d e u n atleta e n c o n d i c i o n e s olmpicas. Existe a m e n u d o , p o r e j e m p l o , e n e l s e n o d e las prdidas i n d i v i d u a l e s , u n a p r e o c u pacin p o r c u e s t i o n e s m o r a l e s q u e e m a n a d e esas e m o c i o nes. E n e l p r o c e s o d e l a p e n a est i n m e r s a u n a sensacin d e afrenta q u e e m e r g e , en e s p e c i a l tras la m u e r t e de los nios, c o m o u n a n e c e s i d a d d e j u s t i c i a . N u e s t r o s e n t i d o d e l a recti-

tud sobre la vida se siente p r o f u n d a m e n t e o f e n d i d o c u a n d o un nio m u e r e , y a m e n u d o t r a t a m o s , en n u e s t r a p e n a , de e n d e r e z a r esa situacin. En el c u r s o de las entrevistas q u e a p a r e c e n reflejadas en este l i b r o m e f u e r o n r e v e l a d o s m u c h o s a s p e c t o s i n e s p e r a d o s : el deseo de una mujer de que su dolor no acabara, el temor d e otra a s u d i f u n t o p a d r e , l a n e c e s i d a d q u e u n a t e r c e r a e x p e r i m e n t a b a d e p e r c i b i r e l o l o r d e las p r e n d a s d e u n a m a n t e m u e r t o . Tambin h u b o m u c h a s c o s a s esperadas, c o m o e l h e c h o de q u e e n f r e n t a r s e a u n a prdida es a m e n u d o ms d i fcil de lo q u e la imaginacin s i q u i e r a admitira, p o r e l l o r e sulta ms i m p o r t a n t e su investigacin. H e c o n c e b i d o este l i b r o c o m o u n a investigacin, n o p o r q u e y o sea i n s e n s i b l e a n t e las o b s e r v a c i o n e s d e tantas p e r s o nas q u e a p a r e c e n e n sus pginas, s i n o p o r t o d o l o c o n t r a r i o . Mi propsito no es slo referir u n a s h i s t o r i a s , s i n o tambin averiguar lo que significan para todos nosotros. Cmo, a l g u nos q u e han v i v i d o u n infierno, c o n s i g u e n c h a r l a r c o n t o d a n o r m a l i d a d e n u n a p a r a d a d e autobs a l c a b o d e u n m e s o u n ao? Este l i b r o s e o c u p a e n e s e n c i a d e e x p e d i c i o n e s . B u e n a parte d e l d e s p l a z a m i e n t o q u e e f e c t u a m o s h a c i a la p e n a , y a travs d e e l l a , e s l o q u e h e l l a m a d o e l v i a j e d e d e n t r o h a c i a f u e r a . C m o l o r e a l i z a m o s ? C m o l o g r a n las p e r s o n a s s a l var e l e n o r m e f o s o entre los s e n t i m i e n t o s i n t e n s o s c a u s a d o s p o r el d o l o r y un m u n d o e x t e r i o r a j e n o a su d e s o r d e n ntimo? Cmo r e t o r n a n a l m u n d o tras h a b e r s u f r i d o u n t r e m e n d o g o l pe? E l m u n d o n o s e d e t i e n e p o r e l d o l o r d e a l g u i e n ; s i n e m b a r g o , e s c a p a z d e sentir a l g u n a s p e n a s , d e s d e d e n t r o p o r as d e c i r l o . C m o empiezan o t r a vez las p e r s o n a s ? Q u les sirve de a y u d a en ese empeo? Q u les estorba? E s p o s i b l e q u e e x i s t a u n a jerarqua d e l d o l o r e n q u e l a m u e r t e d e u n a m i g o , p o r e j e m p l o , o c u p e u n a posicin i n f e rior, s o b r e t o d o a los o j o s d e l e m p r e s a r i o . En c a s o de f a l l e c i m i e n t o d e u n a m i g o ntimo, e s p o s i b l e q u e u n jefe c o m p r e n s i v o o t o r g u e m e d i a j o r n a d a d e p e r m i s o p a r a asistir a l e n t i e r r o . M u c h o s n o l a daran. C o m o u n d i r e c t o r d e p e r s o n a l me dijo: H e m o s d e tener g r a n c u i d a d o c o n a u t o r i z a c i o n e s d e e s a c l a s e p o r q u e , d e o t r o m o d o , l a gente s e tomara d e m a s i a d a s

A este r e s p e c t o h a y a l g o a lo q u e he d e n o m i n a d o p e n a general, q u e t o d o s a r r a s t r a m o s u n p o c o d e s d e nuestras prd i d a s c o r r i e n t e s d e l a niez, c o m o l a d e l a i n o c e n c i a . Existe un m o d o en que todos sufrimos una pena, aunque no hayamos perdido a nadie. De la m i s m a manera que sentimos amor, aunque no hayamos amado profundamente, padecem o s u n a p e n a general q u e f o r m a parte d e nuestra h u m a n i d a d y q u e est v i n c u l a d a a nuestros pesares p e r s o n a l e s . Existe e l e j e m p l o o b v i o d e l d u e l o nacional o c o l e c t i v o q u e b a s tantes d e n o s o t r o s e x p e r i m e n t a m o s tras u n a t r a g e d i a , p o r e j e m p l o , c u a n d o m u e r e n m u c h a s p e r s o n a s juntas o c u a n d o omos h a b l a r d e l a s e s i n a t o d e u n nio. Este l i b r o mostrar q u e nuestras p r o p i a s p e n a s de la niez, c u a n d o las r e c o n o c e m o s , n o s a y u d a n a sufrir prdidas i n e v i t a b l e s y a d e a d u l t o s , c o m o l a d e nuestros p a d r e s . E n otras p a labras, n o l l e g a m o s d e l t o d o d e s p r e v e n i d o s a nuestra p r i m e r a pena de adulto. Es e v i d e n t e q u e la gama d e l pesar, su i n t e n s i d a d y su duracin, vara segn l a p e r s o n a l i d a d d e c a d a u n o . H a y q u i e nes, p o r e j e m p l o , s i e n t e n p e n a s m u y v e h e m e n t e s . Las d e o t r o s , s i n e m b a r g o , s o n ms b e n i g n a s . La dea bsica q u e se d e s p r e n d e de esta investigacin es q u e el d o l o r no se acorn-

Este l i b r o e x p l o r a m u c h o s c a m i n o s ; p r e g u n t a a l a g e n t e qu siente c u a n d o r e m e m o r a u n a p e n a c i n c o , d i e z o i n c l u s o v e i n t e aos despus d e h a b e r l a s u f r i d o . Q u signific e n t o n ces? Sigue t e n i e n d o i m p o r t a n c i a ? A l g u n a s p e r s o n a s h a b l a n d e l e n c a d e n a m i e n t o d e sus d i v e r s o s pesares, d e q u e u n o rec u e r d a a o t r o . Qu pena tambin p l a n t e a m u c h o s i n t e r r o gantes. Q u es de los a n c i a n o s c u a n d o , refirindose a u n a m u j e r q u e h a p a s a d o d e los setenta, se r e l a c i o n a n ms c o n los m u e r t o s q u e c o n los vivos? Existe e l r i e s g o d e e n l o q u e cer de dolor?

l i b e r t a d e s . N u n c a s e m e ocurrira c o n c e d e r u n p e r m i s o a un trabajador por el mero h e c h o de que un amigo hubiera muerto... S o n e x c e s i v a s , p a r e c e , las p o s i b i l i d a d e s d e l d o l o r . N o p o d e m o s sentir t o d a s las m u e r t e s . Enloqueceramos si lo hicis e m o s . P e r o l a p e n a s e e n c a d e n a . N o surge e n e l vaco, y n u e v o s pesares a f e c t a n a las v i e j a s h e r i d a s sufridas. Cuntas prdidas s o m o s c a p a c e s d e l a m e n t a r ?

da a un e s q u e m a preestablecido. Antes era n o r m a l pensar q u e l a p e n a s i g n i f i c a b a pasar p o r u n a serie d e fases: l a i n c r e d u l i d a d p r i m e r o , el r e c h a z o despus y, ms t a r d e , la c u l p a y la ira p a r a l l e g a r p o r f i n a su aceptacin y disolucin. Y a n o s e c r e e q u e sea as. Q u i e n e s h a n e m p e z a d o a a d v e r tirlo c o n s e j e r o s de afligidos y p s i c o t e r a p e u t a s afirman el valor de que todos lo sepan. Porque si bien la pena posee unas etapas r e c o n o c i b l e s , i n c l u y e n d o i n c l u s o l a bsqueda (algunas p e r s o n a s i n t e n t a n h a l l a r e n t r e l a m u l t i t u d d e u n o s g r a n d e s a l m a c e n e s o de un espectculo el rostro de un ser a m a d o y a d e s a p a r e c i d o ) , e x i s t e n tambin otras m u y p e r s o n a les. I m p o r t a q u e s e p a m o s q u e n u e s t r o m o d o d e a c e p t a r o d e e x p e r i m e n t a r u n a p e n a t i e n e bastante e n c o m n c o n e l d e otras p e r s o n a s , p e r o q u e tambin r e v e l a m u c h o d e n o s o t r o s m i s m o s y de nuestras r e l a c i o n e s . A partir de aqu se p l a n t e a la cuestin de los hbitos y las c o s t u m b r e s d e l pesar. La p r e g u n t a de si v i e r o n el cadver o no trastorn a m u c h a s de las p e r s o n a s e n t r e v i s t a d a s . A l g u n a s se sentan b u r l a d a s p o r no h a b e r l o v i s t o , y otras, t r a u m a t i z a d a s p o r t o d o l o c o n t r a r i o . Estaban d e s e o s a s d e s a b e r qu decan a l r e s p e c t o otras q u e tambin h u b i e s e n s u f r i d o esa afliccin, p o r q u e se sentan a i s l a d a s y m a l i n f o r m a d a s c u a n d o t o m a r o n u n a decisin d e esa c l a s e . Haba otras, a l i e n a d a s p o r los tpicos. C o m e n t a r i o s d e : el t i e m p o t o d o lo cura o eres j o v e n , ya lo superars e r a , a sus o j o s , c o m o aadir el i n s u l t o al dao. E l l i b r o a n a l i z a tambin e l c o m p o r t a m i e n t o d e a q u e l l o s q u e n o sufren u n a p e n a c o n quienes l a p a d e c e n . H a y t e n d e n cias que apenas advertimos, c o m o la de d o m i n a r a quien exp e r i m e n t a u n a prdida. C u a n d o p a s a m o s u n b r a z o e n t o r n o de a l g u i e n p a r a c o n s o l a r l e , a v e c e s v a m o s un p o c o ms all y t r a t a m o s d e c o n t r o l a r l e , d e l o q u e y o l l a m o infantilizarle. Y l a t e n d e n c i a s e repite ms a m e n u d o c u a n d o los a d u l t o s l l o r a n , c o m o s i los s o l l o z o s d e u n a p e r s o n a m a y o r q u e b r a s e n ciertas n o r m a s .

E n estas pginas h a y p r e g u n t a s y r e s p u e s t a s implcitas r e s p e c t o a prdidas de t o d a s c l a s e s , en e s p e c i a l de a q u e l l a s s o b r e las q u e n o s e s u e l e e s c r i b i r . C u a n d o h a b l a r o n a c e r c a d e prdidas i m p o r t a n t e s , s o b r e su p e n a y de c m o s u p e r a r l a , m u c h a s p e r s o n a s c o n las q u e m e entrevist e x p r e s a r o n e l d e s e o d e s a c a r l a a l a l u z y a b o r d a r l a c o n s i n c e r i d a d . Estaban hartas d e q u e f u e s e u n tab. Les m o l e s t a b a en e s p e c i a l el p r e j u i c i o segn el c u a l la p e n a c o n s u m e u n t i e m p o q u e sera m e j o r invertir e n otras c o s a s . M u c h o s d e los e n t r e v i s t a d o s d i j e r o n q u e a c e p t a r u n a prdida o s u p e r a r l a les cost ms t i e m p o de lo q u e h a ban i m a g i n a d o . Tambin d e s c r i b i e r o n e l d o l o r c m o g u a r din d e c i e r t o perodo d e t i e m p o q u e , d e otro m o d o , p a saramos m u y m a l . N o s b r i n d a g r a n d e s o p o r t u n i d a d e s d e aprender.

los lmites entre n u e s t r a p e r s o n a l i d a d de a d u l t o y los s e n t i m i e n t o s d e a g r a v i o y o f e n s a q u e l a p e n a nos s u s c i t a , l o g r a n d o q u e a v e c e s los errores i n f a n t i l e s v u e l v a n a afectarnos?

H a y , e n m i opinin, u n fuerte a r g u m e n t o e n f a v o r d e l a necesidad de llorar y de n u e s t r a aceptacin de las lgrim a s ; p e r o tambin c a b e p r e g u n t a r s e p o r los lmites d e l a p e n a . D n d e situar l a f r o n t e r a entre las e m o c i o n e s m a n i f e s tadas y las ntimas? Cules s o n , d e n t r o de n o s o t r o s m i s m o s ,

P a r a c o n s e g u i r e l - m a t e r i a l q u e r e q u i e r e u n l i b r o d e este t i p o fue n e c e s a r i o e n t r e v i s t a r a p e r s o n a s d e m u y d i v e r s a s e x p e r i e n c i a s . A l m a n i f e s t a r m i g r a t i t u d h a c i a todas las q u e a c e p t a r o n r e c i b i r m e , q u i e r o d e c i r a l g o a c e r c a d e l m o d o e n q u e las localic y s o b r e c m o se d e s a r r o l l a r o n las e n t r e v i s t a s . E m p e z a n d o p o r esto ltimo, les garantic el a n o n i m a t o . Se trataba d e p r o t e g e r a u n o s seres h u m a n o s e n u n a poca e n q u e m u c h o s r e s u l t a b a n v u l n e r a b l e s , y tambin su f a m i l i a o sus a m i g o s . L o m i s m o c a b e d e c i r d e los p r o f e s i o n a l e s ; n o m e n c i o n o la identidad de consejeros de afligidos o psicoterapeutas c o n e l f i n d e s a l v a g u a r d a r tambin l a i d e n t i d a d d e q u i e n e s r e c u rren a sus s e r v i c i o s . En el c u r s o de la investigacin entrevist en d i f e r e n t e s partes d e G r a n Bretaa d e 1 2 0 a 1 3 0 p e r s o n a s . Establec c o n t a c t o c o n los p r o f e s i o n a l e s a travs de d i v e r s a s o r g a n i z a c i o n e s y encontr a las p e r s o n a s de m o d o s m u y d i v e r s o s ; a a l g u n a s , a travs de e n t i d a d e s c o m o e s c u e l a s , f a c u l t a d e s u n i v e r s i t a r i a s y e m p r e s a s ; a otras, p o r m e d i o de g r u p o s de a u t o a y u d a y a l resto p o r a l g u n a r e f e r e n c i a d e a l g u i e n . M e s i e n t o a g r a d e c i d a s o b r e t o d o a q u i e n e s , tras h a b e r s i d o entre-

v i s t a d o s , se e n c a r g a r o n de t e l e f o n e a r a c o n o c i d o s p a r a p e d i r les q u e h a b l a s e n c o n m i g o . A u n q u e , e n b u e n a m e d i d a , este l i b r o s e interesa p o r las prdidas i n d i v i d u a l e s , u n a parte e x a m i n a las c a u s a s d e l d o l o r e n u n c o n t e x t o ms a m p l i o , a l c u a l c r e o q u e c o r r e s p o n d e n . Existe, en c u a l q u i e r c a s o , u n a exploracin de distintas causas d e prdida: l a d i f e r e n c i a , p o r e j e m p l o , entre los s e n t i m i e n t o s q u e r o d e a n a l a desaparicin d e u n ser a m a d o p o r u n a s e p a racin, c o m o la d e l d i v o r c i o , y los q u e s i g u e n a un f a l l e c i miento. Adems, la investigacin p a r a este l i b r o me ha i n d u c i d o a c o n c e b i r la prdida y la p e n a r e v e l a d o r a s de un a s p e c t o p r o f u n d a m e n t e c r e a t i v o , d e m a n e r a tal q u e a m u c h o s s i n o a t o d o s nos engrandece. U n a m u j e r e n l a t r e i n t e n a afirm q u e s e haba b e n e f i c i a d o d e l a m u e r t e d e u n a a m i g a ntima de la niez: A v e c e s e x p e r i m e n t o u n a sensacin tan a g u d a d e g r a t i tud p o r estar v i v a q u e c a s i m e h i e r e , c o m o s i l a p r o p i a e x i s t e n c i a fuese as de tajante. Es u n a sensacin a r d i e n t e de v i v i r , de estar d e s p i e r t a y no m u e r t a . E n e s e n c i a , este l i b r o c o n s t i t u y e u n a afirmacin, s o b r e t o d o e n u n m u n d o tan a c t i v o , d e l v a l o r p o t e n c i a l d e l a p e n a i n d i v i d u a l . Es tambin un retrato de a q u e l l o q u e c o m p a r t i mos, que tenemos en comn.

I LA D E F E N S A FRENTE A LA P E N AHEMOS D E PROTEGERNOS C O N T R A U N A P R D I D A , EN ESPECIAL SI ES LA P A R E J A

N u e s t r a p r i m e r a reaccin i n s t i n t i v a ante u n a grave prdida es d e f e n d e r n o s d e l d o l o r q u e nos c a u s a . Esta defensa p u e d e c o b r a r m u c h a s f o r m a s , c o m o l a d e u n a frentica c o n s a g r a cin a d i v e r s o s q u e h a c e r e s . El p r o c e s o de d e f e n s a c o n t r a u n a p e n a es m u y fuerte s o b r e t o d o c u a n d o se trata de la d e s a p a r i cin de la p a r e j a , p o r q u e es la ms ntima de las prdidas. Es tambin la ms general d e b i d o a q u e b u e n a parte de n u e s tra v i d a s e h a l l a r e l a c i o n a d a c o n esa p e r s o n a . C u a n d o d e s a p a r e c e , a m e n u d o p e r d e m o s u n a a m i g a , una a m a n t e , u n a p o y o y a l g u i e n a q u i e n , en c i e r t o s e n t i d o , es p o s i b l e que c o n s i d e r e m o s d e nuestra f a m i l i a . N u e s t r a pareja p u e d e c u i dar de nosotros si n o s s e n t i m o s e n f e r m o s o angustiados y c o n vertirse, c u a n d o e n v e j e z c a m o s , en el guardin de nuestra h i s t o r i a . U n a m u j e r d i j o q u e s u m a r i d o haba s i d o testigo de su v i d a , y q u e se sinti borrada del m a p a humano en los meses q u e s i g u i e r o n a su m u e r t e . Es p r o b a b l e q u e , c o n la prdida de la pareja, e x p e r i m e n t e mos, la sensacin de q u e d a r t e m p o r a l m e n t e e l i m i n a d o s y b u s q u e m o s los m e d i o s de refrenar ste y otros s e n t i m i e n t o s d o l o -

rosos hasta q u e nos sea p o s i b l e a b o r d a r l o s . P e r o en la d e f e n s a c o n t r a el d o l o r de la prdida r e c u r r i m o s c o n f r e c u e n c i a a e s trategias q u e tambin nos i m p i d e n lograr un c o n s u e l o . U n a m u j e r e n l a t r e i n t e n a c u e n t a q u e despus d e u n a larga relacin se envolvi en u n a gruesa c a p a de grasa. Era u n a m a n e r a de p r e v e n i r la p o s i b i l i d a d de e s t a b l e c e r otra relacin y r e c i b i r u n n u e v o dao. C a s i d e i n m e d i a t o engord d i e z k i los, y otros c a t o r c e ms en el ao q u e sigui.

S u p o n a q u e l a c o m i d a m e c o n s o l a b a , para c o m p e n s a r l o q u e haba p e r d i d o , p e r o a q u e l l o l o q u e haca e n r e a l i d a d era p r i v a r m e de c o n s u e l o . As me a s e g u r a b a de q u e ningn h o m b r e se fijase en m, y de q u e n a d i e me h i r i e r a de n u e v o . Era mi m a n e r a de d i s i m u l a r el a g r a v i o . Rea y b r o m e a b a a propsito d e l p e s o , p e r o c u a n t o ms e n g o r d a b a y ms alegre pareca ms se esconda mi d o l o r . D e n t r o d e a q u e l l a e n o r m e h u m a n i d a d haba otra m u y h e r i d a , o c u l t a a los dems b a j o la c a p a de grasa. T r a n s c u r r i e r o n aos antes d e q u e y o r e c o n o c i e s e c u a n i n c o n s o l a b l e m e senta. A l g u n a s personas d i c e n h a b e r e x p e r i m e n t a d o u n s e n t i m i e n t o d e c o m p l e t a desesperacin i n m e d i a t a m e n t e despus de u n a m u e r t e o u n a separacin. N a d a en el m u n d o bastara, lo arreglara o hara q u e se s i n t i e r a m e j o r , c o m o no fuese r e c o b r a r al ser p e r d i d o . U n a de las terribles ironas de la p e n a , en el c a s o de la prdida de la p a r e j a , es q u e el ser q u e ha m u e r t o o d e s a p a r e c i d o sera p r e c i s a m e n t e la p e r s o n a q u e m e j o r consolara a l q u e q u e d a ; y a q u e era l a q u e tena ms c e r c a , q u i e n ms le conoca c o n todas sus d e b i l i d a d e s . Y en el m o m e n t o en q u e ms c o n s u e l o p r e c i s a , d e s a p a r e c e el ser q u e sola c o n s o l a r l a s i e m p r e . Esta c i r c u n s t a n c i a suscit e n u n a m u j e r d e v e i n t i n u e v e aos u n a sensacin de i n v i s i b i l i d a d despus de la sbita muerte d e l h o m b r e c o n q u i e n l l e v a b a tres c a s a d a . Era tanto l o q u e de su yo t i e r n o , ntimo y s e c r e t o haba d e s a p a r e c i d o c o n l q u e p o r un t i e m p o se sinti c o m o un f a n t a s m a . U n o s c u a n t o s meses antes d e s u m u e r t e d i s f r u t a m o s d e unas m a r a v i l l o s a s v a c a c i o n e s , u n a s e g u n d a l u n a d e m i e l , y me d i j o q u e s i e m p r e sera b e l l a a sus ojos y q u e ni p o r un i n s tante s e haba a r r e p e n t i d o n u n c a d e h a b e r s e c a s a d o c o n m i go. Me sent tan u n i d a a l en a q u e l l a s v a c a c i o n e s q u e me pareci ver el m u n d o a travs de sus o j o s , no de los mos. V-

vamos en u n a p e r f e c t a armona y me c o n s i d e r o a f o r t u n a d a p o r h a b e r l a c o n o c i d o . M a s c u a n d o muri tan d e repente (de u n a h e m o r r a g i a c e r e b r a l ) , fue c o m o s i c o n l tambin h u b i e se d e s a p a r e c i d o y o , o lo m e j o r de m al m e n o s . D u r a n t e un par de aos, la m u e r t e d e l e s p o s o evoc su f e l i c i d a d c o m o a l g o q u e e n t o n c e s estaba p a g a n d o , como s i n o h u b i e s e t e n i d o d e r e c h o a g o z a r d e tal dicha. Tambin d i c e q u e la sensacin de i n v i s i b i l i d a d persisti por un t i e m p o . C u a n d o sus ojos se c e r r a r o n , sent q u e a l g o de m se c e r r a b a c o n e l l o s . Es lo ms q u e p u e d o d e c i r . U n a visin de mi ser desapareci, p o r q u e n a d i e m e vea c o m o l. Para los otros, y o n o era b e l l a s i n o u n a m u j e r ms. A m e n u d o , se c o m p a r a la prdida de la pareja c o n la de un m i e m b r o , d e n o t a n d o q u e en las r e l a c i o n e s ntimas la m u e r t e o la separacin de u n a p e r s o n a afecta a la integridad d e l a o t r a . P u e d e existir u n a t r e m e n d a sensacin d e a m putacin tanto p o r u n a a u s e n c i a d e cario c o m o p o r dejar d e comer con alguien.

L a e x p e r i e n c i a resulta tan a b r u m a d o r a e n a l g u n o s q u e l l e ga a suscitar el m i e d o a u n a desintegracin c o m p l e t a , e i n c l u s o a la l o c u r a . P o n e a p r u e b a c u a l q u i e r c o n c e p t o q u e t e n g a m o s d e n o s o t r o s m i s m o s c o m o p e r s o n a s adultas c a p a c e s de ejercer un c o n t r o l . P o r q u e la desaparicin de la pareja (amante, m a r i d o , esposa) s e l l e v a b u e n a parte y e n o c a s i o nes casi t o d o d e l a v i d a c o n s t r u i d a e n comn a l o largo d e tanto t i e m p o . V i g a s , c i m i e n t o s , v e n t a n a s , tejado..., t o d o s e d e s p l o m a c o n a l g u n a s muertes. Y el h o g a r se a p a g a . En m u c h a s r e l a c i o n e s , c u a n d o a l g u i e n s e q u e d a s o l o , tras c u a l q u i e r nmero d e aos e n ntima compaa c o n otra p e r s o n a , l a r e a l i d a d i n m e d i a t a d e l a a u s e n c i a d e l a p a r e j a resulta i n s u f r i b l e . Perder la s e g u r i d a d de u n a relacin f i r m e y de la proteccin q u e a l g u i e n nos a p o r t a e s c o m o l a aparicin d e u n e n o r m e crter: H a s t a h a c e u n m i n u t o vivas c o m o s i e m p r e . Y d e r e p e n te estalla un t e r r e m o t o . Eso fue lo q u e sent a nivel emocional. En las s e m a n a s q u e s i g u i e r o n a la m u e r t e de mi m a r i d o , en v e z de ser la p e r s o n a c o r r i e n t e y r e s p o n s a b l e q u e yo era, m e convert e n u n a r u i n a . T o d o s o b r e v i n o c o n u n a c e l e r i d a d a t e r r a d o r a . U n instante antes, y o p r e p a r a b a l a c o m i d a e n l a c o c i n a ; un instante despus me estrujaba las m a n o s , i n c a p a z

de desempear la tarea ms s e n c i l l a . C o m o si h u b i e s e o l v i d a d o t o d o l o q u e hasta e n t o n c e s haca. A q u e l l a c o c i n a haba s i d o mi lugar h a b i t u a l d u r a n t e treinta aos, y all estaba y o , d e p i e , c o m o u n a extraa. La necesidad de defenderse contra experiencias c o m o sta p u e d e ser m u y p r o f u n d a e n a l g u n a s p e r s o n a s . D e h e c h o , resulta e s p a n t o s o p e r d e r d e repente t o d a c a p a c i d a d , sobre t o d o e n a q u e l l a s personas q u e v a l o r a n e n m u c h o sus p r o p i a s destrezas. Los q u e han s i d o c a p a c e s de grandes logros sienten un d e s e o de d e f e n d e r s e an m a y o r q u e q u i e n e s estn ms a c o s t u m b r a d o s a aceptar su p r o p i a v u l n e r a b i l i d a d . U n a d e tales personas e s u n h o m b r e a l c o m i e n z o d e l a c i n c u e n t e n a . A l h a b l a r d e sus s e n t i m i e n t o s tras l a muerte d e su e s p o s a a c a e c i d a seis aos atrs, c u a n d o e l l a tena a l g o ms de c u a r e n t a , compar la e x p e r i e n c i a c o n la de un c u a driltero de b o x e o . Cuadriltero p o r lo dems extrao, en q u e haba un s o l o b o x e a d o r y faltaba tambin el arbitro. El b o x e a d o r era l m i s m o , g o l p e a d o , l a n z a d o c o n t r a las c u e r d a s . Y c u a n d o r e b o t a b a , a l z a d o s los puos, era g o l p e a d o d e n u e v o . sta fue la descripcin ms a p r o x i m a d a q u e o b t u v e de sus s e n s a c i o n e s de las p r i m e r a s s e m a n a s , e i n c l u s o meses, d e s pus de la m u e r t e de su e s p o s a : C o m o s i m e g o l p e a s e n , c o m o s i fuese a c o m e t i d o d e u n a m a n e r a frentica. M e t a m b a l e a b a a c a d a i m p a c t o , a b a t i d o p o r el d o l o r de mi c u e r p o . Ese autntico p a d e c i m i e n t o fsico d e h a b e r l a p e r d i d o era e n v e r d a d i n s o p o r t a b l e .

Un j o v e n c e r c a n o a los treinta anos c o n s i d e r a q u e a los hombres les c u e s t a ms trabajo penar q u e a las mujeres, pueslo que estn m e n o s d i s p u e s t o s a llorar y a perder la c o m p o s tura y sufren p o r eso u n a c a r g a a d i c i o n a l . Para l es c o m o e n c o n t r a r s e en un atad: M u c h a s p e r s o n a s , sobre t o d o h o m b r e s , v i v e n e n atades, hermticamente c e r r a d o s y no s a b e n c m o salir de all. C r e e q u e la nica va de e s c a p e c o n s i s t e en la expresin de los s e n t i m i e n t o s y q u e s i , en e s p e c i a l los h o m b r e s lograsen m a n i f e s t a r l o s , abandonaran sus atades. Los atades q u e a l g u n o s de nosotros, h o m b r e s o m u j e res, a l z a m o s a nuestro a l r e d e d o r , s u e l e n ser defensas c o n t r a e l r e c h a z o . T e m e m o s n o ser a c e p t a d o s c o m o s o m o s y , e n c o n s e c u e n c i a , nos o c u l t a m o s . En otras p a l a b r a s , nos p r o t e g e mos de un m u n d o q u e t e m e m o s se muestre indiferente a nuestra v u l n e r a b i l i d a d . C u a n d o s o b r e v i e n e u n a p e n a nos e n c e r r a m o s e n esos atades c o m o para p r e v e n i r n o s d e l d o l o r . L o q u e c o n s e g u i m o s es cerrar el paso al c o n s u e l o , a u n q u e p a r e z c a irnico. Si p e r s i s t i m o s as p o r un t i e m p o d e m a s i a d o largo, ese atad ser peor q u e la p e n a q u e tratbamos de evitar, y el r e m e d i o nos har ms dao q u e la afliccin.

U n a m u j e r d i c e a propsito de su l u c h a c o n t r a el d o l o r fsico d e u n a p e n a : F u e c o m o si me a c u c h i l l a s e n u n a y otra v e z . Y c u a n d o te atrevas a respirar, c u a n d o i m a g i n a b a s q u e p o r fin se te permita respirar c o n n o r m a l i d a d r e t o r n a b a n las pualadas. D e s e a b a apartarme d e t o d o a q u e l l o , d e f e n d e r m e . Pero cmo? El efecto c a u s a d o p o r la prdida de u n a p e r s o n a c r u c i a l en nuestra v i d a p u e d e resultar m u y grave; c o m o s u c e d e c o n l a pareja. La conformacin de nuestra v i d a q u e d a a m e n a z a d a y a l t e r a d a . Esto se siente a su v e z de un m o d o fsico. U n a de las e x p r e s i o n e s e m p l e a d a s c o n ms f r e c u e n c i a p a r a d e s c r i b i r los efectos d e l pesar es q u e te golpea. Y u n a de las e x p e r i e n cias ms corrientes q u e la gente d e s c r i b e c o m o integrada en

Eso sucedi c o n u n a m u j e r q u e descubri q u e s e haba e n v u e l t o e n una b u r b u j a invisible. U n a s e m a n a despus d e q u e su m a r i d o la a b a n d o n a r a p o r otra, advirti q u e esa burbuja l a envolva c o m o u n a n u e v a p i e l . Era a l g o q u e n a d i e vea p e r o q u e e l l a no consegua r o m p e r ni soslayar: O a c o m o a travs d e u n a gruesa p i e l ; m e h a l l a b a r o d e a d a p o r e l l a , a u n o s centmetros de m; igual q u e si e s t u v i e s e d e n t r o d e u n e n o r m e g l o b o i n v i s i b l e . C o n eso q u i e r o d e c i r q u e era i n c a p a z de p e r c i b i r c o n n i t i d e z a n a d i e ni a n a d a f u e ra de m p o r q u e a q u e l l a piel era i m p e n e t r a b l e . Y t a m p o c o me era p o s i b l e or. O si oa a l g o me l l e g a b a c o m o si me h a blasen d e s d e m u y lejos, c o n s o n i d o s a p a g a d o s . M e suceda l o m i s m o c o n la r a d i o y c o n la televisin. A q u e l l a e x p e r i e n c i a me tena e x h a u s t a y d e s e s p e r a d a p o r q u e , si b i e n vea a los dems, yo era i n c a p a z de conectar

I n c l u s o tratndose d e a l g u i e n q u e n o f o r m a b a parte d e nuestra i n t i m i d a d , nos habamos a c o s t u m b r a d o a su e x i s t e n c i a c o m o parte d e a q u e l l o q u e los p s i c o a n a l i s t a s d e n o m i n a n decoracin de nuestra v i d a . Perteneca al paisaje de n u e s tro m u n d o , tal c o m o l o concebamos. A u n q u e v i v i e s e e n otro c o n t i n e n t e o rara v e z le viramos, tena un lugar en nuestra e x i s t e n c i a y f o r m a b a parte de nuestra p r o p i a h i s t o r i a p e r s o n a l . U s a n d o l a analoga d e l a decoracin, l a eliminacin d e u n pequeo p u n t a l d e ese e d i f i c i o p u e d e c r e a r n o s u n a s e n s a cin d e i n s e g u r i d a d . Si, c o m o s u c e d e a m e n u d o c o n l a p e n a , d e s a p a r e c e n a l m i s m o t i e m p o c i e r t o nmero d e p u n t a l e s , l a sensacin de i n s e g u r i d a d se t o r n a o p r e s o r a . Q u i z t o d o el m u n d o e n otras p a l a b r a s , nuestra p r o p i a decoracin p e r s o n a l s e d e r r u m b a r a p o r c o m p l e t o . Tal v e z n a d a h a y a f i r m e . L a sensacin d e q u e e l m u n d o d e las r e l a c i o n e s q u e h e mos c o n s t r u i d o est a m e n a z a d o y de q u e nuestra s e g u r i d a d se h a l l a en p e l i g r o nos p o n e a la d e f e n s i v a d e n t r o d e l d o l o r y suscita a g r e s i v i d a d o ira. Al fin y al c a b o no p a r e c e justo q u e h a y a m o s t e j i d o esos vnculos para v e r l o s l u e g o rotos.

c o n e l l o s . En o c a s i o n e s , la s o l a i d e a de salir a la c a l l e r e d o b l a b a su a n g u s t i a . Entonces fue c u a n d o empez a darse c u e n t a de q u e e l l a m i s m a era la a u t o r a de la burbuja, y q u e la haba c r e a d o c o m o u n a a u t o d e f e n s a c o n t r a s u p r o p i a r a b i a . Descubri q u e le enfureca el h e c h o de h a b e r s i d o a b a n d o n a d a , q u e senta u n p r o f u n d o d e s c o n c i e r t o . Y a u n q u e saba q u e l l o r a n d o a l i viara su a n g u s t i a , i g n o r a b a c m o h a c e r frente a la ira. As q u e se defendi ponindose a s a l v o de c u a l q u i e r otro p o s i b l e agravio. M e pareca c o m o s i a l g u i e n o a l g o , u n a f u e r z a m a l i g n a , m e h u b i e s e e n v u e l t o e n a q u e l l a p i e l . Pero m e e q u i v o c a b a : era creacin ma. Haba q u e d a d o m u y m a l h e r i d a y n o c o m prenda e l g r a d o d e m i irritacin. M e rode d e u n a c a p a p r o t e c t o r a p o r q u e no quera sufrir ms dao, p e r o la proteccin tambin impidi q u e o b t u v i e r a c o n s u e l o . U n a grave prdida, s o b r e t o d o e n e l c a s o d e u n a m u e r t e , nos g o l p e a de m a n e r a i m p l a c a b l e . T a n t o si a m a m o s a esa p e r s o n a c o m o si no fue se el c a s o , la o b r a en comn y la c o n v i v e n c i a d u r a n t e aos c o n ese ser d e s a p a r e c i d o h a n d e j a do en nosotros su h u e l l a .

U n a m u j e r d e u n o s c u a r e n t a aos declar haberse s e n t i d o m u y d o l i d a y f u r i o s a d u r a n t e la t e m p o r a d a q u e sigui a la m u e r t e d e u n a m i g o , a l g o ms j o v e n q u e e l l a . A n t e a q u e l l a desaparicin experiment u n a a m a r g u r a q u e n o conoci d i e c i o c h o meses despus, c u a n d o su p a d r e falleci. Se senta m u c h o ms u n i d a a ste q u e a su a m i g o , p e r o el f a l l e c i m i e n t o de su p r o g e n i t o r se le antoj ms fcil p o r q u e slo le entristeci, no le enfureci. Se rebel c o n t r a la m u e r t e d e l a m i g o y se descubri tan trastornada q u e t u v o q u e a b a n d o n a r el e n t i e rro a t o d a p r i s a p a r a p o d e r llorar a solas: Q u e r a restaarme las " h e r i d a s sin testigos. Me senta m u y c o n f u s a ; sin e m b a r g o adverta q u e l era d e m a s i a d o j o v e n p a r a m o r i r . Y o e n c o n t r a b a c i e r t a i n j u s t i c i a e n s u muerte, y no fui c a p a z de a c e p t a r l a p o r un t i e m p o . Me sent en la estacin, a esperar la l l e g a d a d e l tren q u e me devolvera a c a s a , y llor c u a n t o q u i s e . O t r a m u j e r q u e perdi a un a m i g o t u v o , unas cuantas n o c h e s despus, un sueo i n q u i e t a n t e y d e s a g r a d a b l e . So q u e l segua c o n v i d a , p e r o t e r r i b l e m e n t e d e l g a d o , casi esquelt i c o , a c o n s e c u e n c i a de su larga e n f e r m e d a d . L o agit c o n v i o l e n c i a , t r a t a n d o de o b l i g a r l e a q u e se r e a n i m a r a . C u a n d o despert, m i c r u e l d a d m e horroriz p o r q u e e n e l sueo pareca tan e n f e r m o q u e h u b i e r a d e b i d o d e j a r l o e n p a z . Despus comprend q u e haba d a d o r i e n d a s u e l ta a mi ira. N o s habamos s e n t i d o m u y u n i d o s y yo no quera que me abandonara. La ira c o n t r a los seres q u e h a n m u e r t o no es un mtodo i n frecuente de defensa si la persona desaparecida ha sido nuestra p a r e j a , c o n l a c u a l h e m o s c o m p a r t i d o p o r e l l o u n a i n t i m i d a d . U n h o m b r e c u y a e s p o s a muri tras v e i n t i o c h o aos d e m a t r i m o n i o descubri q u e las e m o c i o n e s suscitadas por su desaparicin e n t u r b i a b a n i n c l u s o e l m u t u o a m o r q u e s e h a ban t e n i d o . Su m a t r i m o n i o fue f e l i z y hasta la muerte de la e s p o s a l habra a s e g u r a d o q u e a m b o s estaban c o n v e n c i d o s de ese h e c h o y de su a m o r . Desempearon d i v e r s o s trabajos en distintas etapas de sus v i d a s , ayudndose m u t u a m e n t e c u a n d o era p r e c i s o . M i e n t r a s la e s p o s a e s t u v o e n f e r m a , d u r a n t e el perodo q u e precedi a su f a l l e c i m i e n t o , d i s p u s i e r o n de t i e m p o en los ltimos meses para e v o c a r su a m o r y h a b l a r de sus v i d a s . A pesar de e l l o , y

de q u e no se apart d e l l e c h o de su e s p o s a (sin c o n t a r adems a q u e l l o s v e i n t i o c h o aos de f e l i c i d a d ) , a la s e m a n a de m o r i r e l l a , a q u e l h o m b r e decidi q u e n o l e haba a m a d o . L l a m a a l g u i e n q u e nos conoca b i e n , y q u e tambin la haba v i s i t a d o d u r a n t e la e n f e r m e d a d , y le pregunt: Te d i j o a l g o a m i s espaldas? Te cont a l g o q u e n u n c a me confi? Y a q u e l l a m u j e r s e sinti m u y s o r p r e n d i d a p o r q u e jams h u b i e se i m a g i n a d o s e m e j a n t e c o m p o r t a m i e n t o en m. En r e a l i d a d , de repente tuve la conviccin de q u e mi m u j e r no me haba querido porque, de lo contrario, no hubiera muerto. N u n c a me habra h e c h o pasar p o r el d o l o r de su desaparicin. Es p r o b a b l e q u e a c u a l q u i e r p e r s o n a q u e jams h a y a s u f r i do una grave prdida le cueste trabajo c o n c e b i r q u e la f u e r z a del dolor llegue a borrar por un t i e m p o la realidad de un a m o r de v e i n t i o c h o aos. El h e c h o de q u e esto sea p o s i b l e , y d e h e c h o s u c e d e , a u n q u e p o r l o g e n e r a l slo d u r a n t e u n b r e ve perodo, revela c u a n fuertes l l e g a n a ser a v e c e s las e m o c i o n e s suscitadas p o r e l d o l o r . C r e a n defensas q u e , a c o r t o p l a z o , s o n c a p a c e s d e d i s p o n e r n o s a la l u c h a c o n t r a la p e n a : i m a g i n a m o s q u e nuestra e s p o s a no nos am. La d e f e n s a f u n c i o n a , a u n q u e slo sea p o r u n o s s e g u n d o s o u n o s m i n u t o s , hasta q u e r e c i b i m o s l a s i guiente c u c h i l l a d a d e l a v e r d a d . P e r o a l m e n o s h a h a b i d o d e s c a n s o , u n a pequea p a u s a a l m a r g e n d e l a d o l o r o s a r e a lidad. Es p o s i b l e q u e resulte difcil a c e p t a r de i n m e d i a t o la p l e n i t u d de esta r e a l i d a d , p o r q u e la a u s e n c i a de ese ser no slo hiere y d u e l e , s i n o q u e tambin d e s b a r a t a nuestra v o l u n t a d , y nos frustra. L o q u e s o b r e t o d o q u e r e m o s e s q u e esa p e r s o n a v u e l v a . Y se nos n i e g a lo q u e a n s i a m o s . P o r b r e v e t i e m p o e x p e r i m e n t a m o s u n d e s e o d e l o i m p o s i b l e , u n a n e c e s i d a d casi a v a s a l l a d o r a d e a l g o q u e n o p u e d e ser, e l retorno d e l d i f u n t o , d e a q u e l q u e s e fue. Q u e r e m o s q u e l a v i d a n o c a m b i e , q u e siga c o m o hasta e l h o r r i b l e a c o n t e c i m i e n t o . P e r o n o c o n s e g u i r e m o s lo q u e a n s i a m o s . Pese a nuestro d e s e o de no resultar p r i v a d o s d e l ser q u e r i d o , a pesar de t o d o s nuestros a n h e l o s , n a d a c a m b i a . H a d e s a p a r e c i d o , y eso e s t o d o . C o m o a d u l t o s , esto nos d e j a e n l a situacin casi i n i m a g i n a b l e d e q u e e n nuestra v i d a h a y a s u c e d i d o a l g o c r u c i a l sin una p a l a b r a o un gesto de c o n s u l t a . Fuera de c i r c u n s t a n c i a s

e x c e p c i o n a l e s , n a d i e pidi nuestra opinin sobre la muerte de un ser q u e r i d o . S u c e d e , sin ms. Se nos va a l g u i e n y no nos q u e d a opcin. En los f a l l e c i m i e n t o s r e p e n t i n o s , la p e r s o na en cuestin d e s a p a r e c e . H a c e un m o m e n t o estaba a n u e s tro l a d o , dicindonos s maana i r e m o s a q u e nos arreglen el c o c h e o c o m p r a r e m o s ese d i s c o q u e q u i e r e s e s c u c h a r . . . , y sas s o n las ltimas p a l a b r a s q u e nos d i r i g e . U n a m u j e r q u e , c e r c a ya de los c u a r e n t a aos, perdi a su p a d r e , todava r e c u e r d a e l s e n t i m i e n t o d e i m p o t e n c i a q u e suscit e n e l l a s u m u e r t e . P o r u n a t e m p o r a d a fue i n c a p a z d e creer q u e n o h u b i e s e n a d a q u e h a c e r . S i e m p r e fui m u y a c t i v a y estaba a c o s t u m b r a d a a e l a b o rar p l a n e s q u e ms tarde pona en prctica. En mi t r a b a j o , c u a n d o las c o s a s no \ban b i e n , recoga la m e s a y p r e p a r a b a u n p l a n para l o q u e fuera n e c e s a r i o . A l f i n a l p o c o i m p o r t a s i lo llevas o no a c a b o , p o r q u e lo q u e interesa es la concepcin d e l p l a n y sentir q u e p u e d e s r e a l i z a r l o . Eso fue l o q u e m e agobi tras l a m u e r t e d e m i p a d r e . N o haba n a d a , n a d a e n a b s o l u t o , q u e m e fuese d a d o h a c e r e n a q u e l c a s o , y c r e o q u e esa sensacin aument la p e n a q u e ya senta. Era la p r i m e r a v e z en mi v i d a q u e no consegua sust r a e r m e a la i n a c t i v i d a d . En mi m e n t e no haba p l a n a l g u n o q u e me sirviera para h u i r de esa situacin, y no me a g r a d a b a u n s e n t i m i e n t o as. T u v e q u e a p r e n d e r a a c e p t a r l o . A l m a r g e n de p e r d e r a mi p a d r e , aqulla fue mi tarea ms difcil. C u a n d o u n t e c h o s e d e s p l o m a , nos s e n t i m o s e n p e l i g r o ; p e r o u n a frustracin p r o f u n d a e s c a p a z d e e n f u r e c e r n o s . Nuestras defensas entran en j u e g o e intentan p r o t e g e r n o s , tanto de la i n s e g u r i d a d c o m o de la ira q u e nuestra frustracin nos p r o v o c a . H e m o s a p r e n d i d o a enfrentarnos c o n l a frustracin de nuestros deseos p e r o nuestra s u p e r v i v e n c i a e x i g e un e q u i l i b r i o , un c i e r t o v o l u m e n de xito y de logros. C r e a m o s u n a c a r r e r a , unas r e l a c i o n e s , u n a reputacin en t o r n o de ese e q u i l i b r i o y t o d o se e n t r e l a z a de u n a m a n e r a c o m p l e j a hasta c o n s t i t u i r e l e n t r a m a d o d e l o q u e s o m o s . C u a n d o s e nos p r i v a de alguien a quien amamos o incluso a quien no queremos, p e r o a c u y a p r e s e n c i a nos h e m o s a c o s t u m b r a d o , u n o d e los h i l o s p r i n c i p a l e s d e nuestra v i d a d e s a p a r e c e . Esto nos enfrenta c o n u n a sensacin de f r a c a s o y prdida al m i s m o t i e m p o . N o s arrebatan a a l g u i e n en q u i e n habamos

i n v e h i d o , c o n q u i e n c o n v i v i m o s y q u e particip de nuestra energa y de nuestras e m o c i o n e s . En el c a s o de un f a l l e c i m i e n t o , no slo nos r o b a n a a l g u i e n , s i n o q u e tambin nos v e m o s p r i v a d o s de la f u e r z a h a b i t u a l de nuestra d e s t r e z a y de nuestro p o d e r n e g o c i a d o r . La m u e r t e es lo nico en la v i d a quc> no se c o n s i g u e m o d i f i c a r p o r m u c h o q u e u n o se esfuerc e , q u e no cambiar c o n splicas, d i s i m u l o s , engaos o s o b o r n o s ; es i n a l t e r a b l e e i r r e v o c a b l e . I'or e l l o no resulta s o r p r e n d e n t e q u e la e x p e r i e n c i a d e l d o lor tras u n a grave prdida e n d u r e z c a a a l g u n o s , a u n q u e d e s d e luego es tambin p o s i b l e q u e tenga el efecto c o n t r a r i o . C i n c o aos despus de la m u e r t e de su e s p o s a , un v i u d o d i j o : - -Evoco la i m a g e n de u n o s s o l d a d o s q u e regresan de u n a guerra, y c r e o q u e el d o l o r te a p l a s t a o te f o r t a l e c e . Explic q u e el e f e c t o d e p e n d e de q u e a d m i t a s la prdida o la llores c o n desesperacin. Y juzg q u e esta ltima f o r m a de r e a c c i o n a r es igual q u e negarse a aceptar el d o l o r o d a r l e la espalda. E l d o l o r t e segrega. Q u i e n e s h a n p a s a d o p o r eso s o n y a diferentes. Es u n a de las cosas q u e has de a d m i t i r . Y q u i e n no est d i s p u e s t o a r e c o n o c e r l o , q u i e n d e s e e ser c o m o antes, p a gar las c o n s e c u e n c i a s . C r e o q u e a q u i e n e s intentan r e c h a z a d o , a c a b a por a b r u m a r l o s y se a c o b a r d a n . Es ilustrativa la i m a g e n blica y de los a f l i g i d o s c o m o s o l d a d o s q u e regresan m a l t r e c h o s d e u n frente e m o c i o n a l . P o r que u n o de los p r o b l e m a s q u e p l a n t e a el d o l o r es q u e a m e nudo se le c o n c i b e c o m o un remanso, en que lloran m u c h o los q u e sufren y h a c e n m u y p o c o . A l g u n a s p e r s o n a s c o n s i d e ran u n a d e b i l i d a d entregarse al d o l o r . En r e a l i d a d , m u c h a s de las e m o c i o n e s q u e acompaan a u n a g r a v e prdida s o n de h e c h o duras o airadas y d e s m i e n t e n la i d e a de q u e c o n s t i tuya un s i g n o de d e b i l i d a d entregarse a la p e n a . Si r e p a r a m o s en la m a n e r a en q u e un d o l o r nos frustra, d e s b a r a t a nuestra v o l u n t a d y nos c o n v i e r t e e n s o l d a d o s m a l t r e c h o s , l o q u e resultara i n a p r o p i a d o sera q u e nos c o m p o r tramos c o m o si n a d a h u b i e s e s u c e d i d o . Y estara tan f u e ra de lugar r e n u n c i a r a intentar d e f e n d e r n o s de algn m o d o del enemigo. Sera, sin d u d a , q u e a p e n a s reaccionsemos c u a n d o , de la n o c h e a la maana, nos a r r e b a t a n fsicamente a un ser q u e r i d o , q u e quiz estuvo a nuestro l a d o durante m u -

c h o s aos. En el c a s o de u n a muerte p r e m a t u r a resultara i n a u d i t o q u e unas e m o c i o n e s intensas n o f o r m a s e n parte d e esa e x p e r i e n c i a . A l g u i e n a q u i e n a m a m o s , y a c u y a p r e s e n c i a nos h e m o s a c o s t u m b r a d o ; d e s a p a r e c e d e nuestra v i d a . E n t o n c e s , en trminos de n e c e s i d a d e s , hbitos y ms caras e s p e r a n z a s d e nuestra e x i s t e n c i a , n e c e s i t a m o s m u c h o t i e m p o para a d a p t a r n o s a lo q u e ha s u c e d i d o ; y esto i m p l i c a la c o m prensin d e l o o c u r r i d o , c o l m a r ese h u e c o p o c o a p o c o , huir de un gran agujero negro o lograr q u e d e s a p a r e z c a . E n e l c a s o d e u n a prdida r e p e n t i n a , nuestras e m o c i o n e s v a g a n en t o r n o a n o s o t r o s , nos e m p u j a n y nos arrastran. Por un b r e v e perodo p u e d e n c o n v e r t i r s e en otros tantos nios r a b i o s o s y fantasmales q u e , t o d o s al t i e m p o , e x i j a n ser e s c u c h a d o s . En su f o r m a ms grave (que no es comn a todas las penas) tal v e z resulte difcil s o p o r t a r esa a c o m e t i d a e m o c i o nal q u e o s c i l a entre la desesperacin ms d e g r a d a n t e y u n a ira d e s e n f r e n a d a ; entre la sensacin de u n a i m p o t e n c i a casi a b s o l u t a y u n a f u r i a a r r e b a t a d o r a q u e es tanto ms d o l o r o s a c u a n t o q u e c a r e c e d e o b j e t o . Adonde t e lleva? Q u h a c e r c o n ella? En c u a l q u i e r c a s o , eres c a p a z de d o m i n a r l a o te d o m i n a ella? U n a m u j e r c o n p o c o ms d e treinta aos, q u e haca d i e z perdi e n a c c i d e n t e d e m o t o a l h o m b r e c o n q u i e n conviva, r e c u e r d a todava c o n t o d a n i t i d e z las tortsimas e m o c i o n e s q u e s i g u i e r o n a la m u e r t e de su p a r e j a . Se a c u e r d a tambin d e l antdoto, o d e f e n s a , a q u e recurri p a r a l u c h a r c o n t r a t o d a la ira q u e senta: p a s a b a h o r a tras h o r a p a r t i e n d o lea. Juzga q u e ese a g o t a d o r e j e r c i c i o fsico era la m a n e r a q u e e l l a tena de mitigar sus s e n t i m i e n t o s y de a h o g a r el m a l carcter de q u e d i o muestras d u r a n t e s u d o l o r . C o m e n c a m o s t r a r m e i r r i t a d a , frustrada y r a b i o s a p o r las cosas ms n i m i a s c o n las personas q u e me r o d e a b a n . C r e o q u e t o d o e l l o era u n reflejo d e l a ira q u e y o e x p e r i m e n t a b a , en e s p e c i a l p o r q u e la prdida s u f r i d a haba s i d o r e p e n t i n a e i n e s p e r a d a . M e e x a s p e r a b a n los dems p o r r a z o n e s q u e y o reconoca c o m o i n j u s t i f i c a d a s , p e r o eso n o m e j o r a b a m i c a rcter. Saba q u e e l p r o b l e m a r a d i c a b a e n m, q u e n o era c u l pa de los otros, mas de p o c o me serva ese c o n o c i m i e n t o . Por f o r t u n a v i v o en un lugar en q u e es p o s i b l e e n c e n d e r el f u e g o . As q u e parta lea. Lo r e c o m i e n d o e n c a r e c i d a -

mente. As me d e s e m b a r a z a b a de t o d a ira y a g r e s i v i d a d y d e j a b a d e m o s t r a r m e d e s a g r a d a b l e c o n las personas q u e , e n r e a l i d a d , no merecan ser tratadas de ese m o d o . A s p e c t o a d i c i o n a l d e l a desaparicin d e l a p a r e j a , q u e h a c e el d o l o r an ms difcil de soportar y nos p o n e a la d e fensiva en m u c h a s tareas a las c u a l e s h a c e r frente c u a n d o la p e r s o n a q u e las desempeaba m u e r e . C o n un m a r i d o , o u n a e s p o s a , p o d e m o s p e r d e r tambin u n a d m i n i s t r a d o r , u n j a r d i n e r o , la fuente de nuestros ingresos, un a m a n t e , un p a d r e para nuestros hijos y el nico ser en el m u n d o q u e e n t i e n d e nuestras b r o m a s o q u e a d m i r a nuestra b e l l e z a . U n a asistenta s o c i a l e m p l e a d a en u n a institucin geritrica se refiri a esos diferentes p a p e l e s . Y los relacion c o n el h e c h o de q u e a v e ces el d o l o r a b r u m e a a l g u i e n hasta el p u n t o de t o r n a r l e p u s i lnime. C u a n d o h a b l a m o s de la prdida en g e n e r a l , aludi a las p r i n c i p a l e s n e c e s i d a d e s de las personas afligidas q u e acudan a e l l a p a r a c h a r l a r y tener un t i e m p o y u n a ocasin de e x p r e sar el d o l o r a su m a n e r a . C u a n d o le pregunt p o r a l g o q u e , al m a r g e n de ese d e s a h o g o , resultara ms til a q u i e n e s se h a l l a b a n e n tales c i r c u n s t a n c i a s , m e d i o u n a respuesta s o r p r e n dente: C i n c o m i l libras. Ese d i n e r o les ayudara a c u i d a r de s m i s m o s y a pagar por un t i e m p o la realizacin de a q u e l l a s tareas de q u e el ser q u e r i d o se encarg hasta su m u e r t e . M u c h a s de las p e r s o n a s a q u i e n e s trato recibirn m u y b i e n esas c i n c o m i l l i b r a s . S q u e le p a r e c e bastante extrao esto q u e d i g o , p e r o les ayudara a m a n t e n e r su i n d e p e n d e n c i a e n u n a poca e n q u e tanto h a n p e r d i d o . Significara, p o r e j e m p l o , la p o s i b i l i d a d de ir en c o c h e a t o d o s los sitios q u e han de visitar para q u e les arreglen tantos asuntos c u a n d o t o dava se e n c u e n t r a n en un e s t a d o de shock. Supondra la s o lucin t e m p o r a l d e l p r o b l e m a q u e se les presenta c o n todas las tareas q u e h a n q u e d a d o sin h a c e r tras la m u e r t e d e l ser querido. Explic q u e m u c h o s de los h o m b r e s y las mujeres q u e h a n p e r d i d o a la pareja c o n la q u e c o n v i v i e r o n d u r a n t e largo t i e m p o se v e n o b l i g a d o s a h a c e r cosas a las c u a l e s no estaban h a b i t u a d o s . E i n c l u s o q u e n u n c a h i c i e r o n ni seran c a p a c e s

d e c o m e n z a r a h a c e r , a l m e n o s d e m o m e n t o . Si, p o r e j e m p l o , la p e r s o n a q u e ha m u e r t o e r a la q u e conduca el c o c h e , al q u e q u e d a no le quedar ms r e m e d i o q u e recurrir a los a u t o buses c u a n d o ms v u l n e r a b l e se siente. Si q u i e n muri se e n c a r g a b a de la c o c i n a o de h a c e r la c o m p r a , e n t o n c e s el q u e le ha s o b r e v i v i d o se ver e n f r e n t a d o c o n u n a tarea e s e n c i a l q u e , si b i e n es bastante s e n c i l l a , se le antojar extraa y aterradora. La asistenta s o c i a l prosigui: S o b r e t o d o s e a g u d i z a e n e l c a s o d e los a n c i a n o s ; c u a n d o a l g u i e n m u e r e , s o n tantas las cosas q u e e l d e s a p a r e c i d o solfa h a c e r y de las q u e a h o r a ha de e n c a r g a r s e el otro. Y m u c h o s , e n e s p e c i a l d u r a n t e las p r i m e r a s etapas d e l d u e l o , e x p e r i m e n t a n u n a gran preocupacin a l r e s p e c t o . D e c o n t a r c o n d i n e r o , b u e n a parte d e esa preocupacin desaparecera, o al m e n o s menguara. Te permitira pagar c i n c o libras a a l g u i e n p a r a q u e recorte el seto o arregle el jardn. No n e c e s i t a ras p r e o c u p a r t e de a v e r i g u a r c m o ir al j u z g a d o ; alquilaras un c o c h e para visitar el c e m e n t e r i o . En los meses q u e siguen a u n a m u e r t e , acudiras a la t u m b a d e l ser q u e r i d o s i e m p r e q u e q u i s i e r a s , sin q u e te i n q u i e t a r a el m e d i o de locomocin o n o d i s p o n e r d e l s u f i c i e n t e d i n e r o para a b o n a r l o . Las personas de escasos recursos haran m u c h o en b e n e f i c i o de su i n d e p e n d e n c i a gracias a esas c i n c o m i l libras, e i n c l u s o de su p r o p i a estimacin y de sus p o s i b i l i d a d e s . P o r q u e se q u e d a r o n sin b u e n a parte de las q u e tenan. H a n p e r d i d o a a l g u i e n q u e g a n a b a un s u e l d o o c o c i n a b a o l l e v a b a la c a s a . . . y se h a n visto p r i v a d a s de un rango s o c i a l . Si q u i e n d e s a p a r e ci a p o r t a b a el d i n e r o al hogar, p e r d i e r o n la fuente de sus i n gresos y eso s i g n i f i c a m u c h o . A c o r t o p l a z o , hasta q u e sean c a p a c e s de adaptarse, el d i n e r o servira para llenar a l g u n o s de esos h u e c o s . U n a m u j e r prxima a los o c h e n t a aos, q u e ha e x p e r i m e n t a d o los p r o b l e m a s e s b o z a d o s p o r esta asistenta s o c i a l , admiti q u e la e s c a s e z de d i n e r o aument ms su d o l o r y lo h i z o m e n o s s o p o r t a b l e . V i v e e n e l c a m p o y h a c e y a d i e z aos de la muerte de su m a r i d o . R e c u e r d a q u e un mes despus del f a l l e c i m i e n t o acudi a u n a floristera a c o m p r a r un r a m o de flores q u e llevar a l a t u m b a . C r i a d a e n u n a f a m i l i a que s i e m pre a n d u v o e s c a s a de d i n e r o , jams haba c o m p r a d o flores

a n t e s . Eligi las q u e ms le g u s t a b a n y c u a n d o pregunt p o r e i p r e c i o descubri q u e s u p e r a b a c o n m u c h o a l o q u e haba imaginado. A h o r a n o r e c u e r d o cunto e r a , p e r o slo haba c o g i d o unas p o c a s . M e d i o u n v u e l c o e l corazn c u a n d o l a c h i c a m e d i j o lo q u e valan. P e r o no me atrev a d e c i r l e q u e eran d e m a s i a d o caras para m. Estaba tan a v e r g o n z a d a . As q u e las compr y en v e z de d i r i g i r m e al c e m e n t e r i o , decid v o l v e r a c a s a . En el autobs pegu la frente al cristal de la v e n t a n i l l a para q u e no se notara q u e i b a l l o r a n d o . A h o r a , r i e n d o , aade: O d i a b a a q u e l l a s flores. C u a n d o llegu a c a s a , sent d e seos de tirarlas. C o n s i d e r a q u e sera m u y til tener la p o s i b i l i d a d de r e c i bir u n a pequea c a n t i d a d de d i n e r o a la m u e r t e d e l m a r i d o , o de la e s p o s a , a l g o en c i e r t o m o d o s e m e j a n t e a un pequeo c o m p l e m e n t o de la pensin. C u a n d o n o tienes d i n e r o , has d e p e n s a r e n t o d o : podrs c o m p r a r flores?, podrs a d q u i r i r u n o s z a p a t o s p a r a el e n t i e r r o o ser m e j o r ir c o n los q u e tienes, viejos? Y c u a n d o el s e p e l i o c o n c l u y e , no querrs i n v i t a r a n a d i e a tu c a s a si no p u e d e s ofrecerles u n o s canaps. C o m i e n z a s a sentirte m e z q u i n a , c o m o s i t e p r e o c u p a s e s d e l d i n e r o c u a n d o deberas llorar su m u e r t e . Y esa situacin te i n f u n d e u n a sensacin de culpa, de insensibilidad. El sentimiento de c u l p a procede del deseo de honrar al d i funto c o n c u a n t o sea p o s i b l e . A u n q u e n o sea p o s i b l e e x p r e sarlo e n trminos econmicos, p a r e c e v e r g o n z o s o tener q u e e s c a t i m a r a la h o r a d e l e n t i e r r o . C o m o las b o d a s , los f u n e r a les son c e r e m o n i a s en q u e los interesados q u i e r e n manifestar s u a m o r h a c i e n d o b i e n las c o s a s , d e l a m e j o r m a n e r a p o s i b l e . Pero el d i n e r o en s m i s m o es slo un blsamo p a r a las afrentas ms leves d e l d o l o r . En las p r i m e r a s etapas c o n t r a rrestamos los p e o r e s e m b a t e s de la p e n a a travs de u n o s mecanismos de defensa. Un psicoterapeuta ha definido el p r o c e s o d e d e f e n s a c o n t r a e l d o l o r c o m o u n a estrategia a l a c u a l , en cierta m e d i d a , recurrimos: T o d o s n e c e s i t a m o s defensas d e v e z e n c u a n d o , y c a d a u n o tiene s u p r o p i o m a r g e n d e t o l e r a n c i a d e e m o c i o n e s . N o es malo que por un tiempo, c u a n d o ha sobrevenido una

prdida, el q u e la p a d e c e se d e f i e n d a . Es r e c o n o c e r q u e le atae lo s u c e d i d o . Si sabes q u e ests defendindote d u r a n t e un b r e v e perodo y q u e e s o es n e c e s a r i o , p o r e j e m p l o , para a t e n d e r a tu trabajo, l u e g o comenzars a c o n c e d e r t e un t i e m p o p a r a entregarte a l d o l o r . Creo q u e es m e j o r q u e tales defensas sean f l e x i b l e s . C u a n d o se t o r n a n rgidas, p u e d e n resultar p e r j u d i c i a l e s . Si s o n f l e x i b l e s , la p e r s o n a en cuestin se sentir ms c a p a z de tolerar los sentitnientos q u e s o b r e v e n g a n y avanzar y retroceder, c o m o a o l e a d a s . Esta aceptacin de la d e f e n s a b a j o la f o r m a de un m e c a nismo creativo no constituye una muralla, sino que permite a l c o n j u n t o d e nuestra v i d a a b s o r b e r c o n l e n t i t u d e l d o l o r . L a p e n a d e j a as de ser el e n e m i g o interior, un a d v e r s a r i o q u e nos p r i v a de nuestras p r e c i a d a s reservas de v i t a l i d a d y e l a s t i c i d a d c o n la m i s m a v i o l e n c i a q u e los atades o la b u r b u j a antes m e n c i o n a d o s . En c u a l q u i e r c a s o , si p e r m i t i m o s q u e el d o l o r s e c o n v i e r t a e n e n e m i g o nuestro, s u s c i t a r e m o s u n c o m portamiento defensivo. Dos formas m u y c o m u n e s de defenderse contra el dolor s o n : p o r u n a parte, negar q u e s e h a y a p r o d u c i d o u n a prdida y, p o r otra, a p l a z a r la ocasin de l l o r a r l a p o r un t i e m p o . La p r i m e r a c o n s t i t u y e p o r lo general u n a estrategia a c o r t o p l a z o , d e l a q u e p r o p o r c i o n a e j e m p l o u n a asistenta s o c i a l q u e , c o m o parte d e s u trabajo, r e a l i z a visitas d o m i c i l i a r i a s a m u chos ancianos. E n o c a s i o n e s , y d u r a n t e u n o s c u a n t o s meses, n o a c e p t a rn la muerte de la p e r s o n a en cuestin. Visit a u n a a n c i a n a q u e , bastante t i e m p o despus d e l f a l l e c i m i e n t o d e s u m a r i d o , segua p r e p a r a n d o c o m i d a p a r a d o s . C r e o q u e u n a parte d e e l l a saba q u e haba m u e r t o , p e r o la otra no lo admita. Slo dej de c o m p o r t a r s e as c u a n d o advirti el coste econmico que aquello significaba. P r e d o m i n a m u c h o ms e l a p l a z a m i e n t o c o m o m e c a n i s m o de d e f e n s a . Tras ste a l i e n t a la s i g u i e n t e i d e a : Seguir a d e lante p o r a h o r a , d e j a n d o la p e n a tras de m. Y, si tengo suerte, tal v e z d e s a p a r e z c a y no n e c e s i t e h a c e r l e frente ms tarde. U n h o m b r e d e u n o s c u a r e n t a aos, q u e perdi a l a m u j e r c o n q u i e n l l e v a b a tres c o n v i v i e n d o , d i j o d e semejante e x p e r i e n c i a , c u a n d o fue e n t r e v i s t a d o seis meses despus:

Es c o m o i n t r o d u c i r slo un d e d o en el d o l o r y s a c a r l o al p u n t o . C r e o q u e an n o m e s i e n t o c o n v a l o r s u f i c i e n t e p a r a e n c a r a r m e d e v e r d a d c o n e s o . A l g u n a s maanas m e e n c u e n tro b i e n y se me antoja q u e p u e d o m i r a r h a c i a el f u t u r o . L u e go me p a r e c e q u e me asestan un puetazo en el estmago y c o m i e n z o a pensar q u e estoy p e r d i d o . Es c o m o si necesitase r o m p e r mi d o l o r a p e d a c i t o s . T e n g o tanto trabajo q u e h a c e r , y u n o d e mis hijos d e l p r i m e r m a t r i m o n i o se e n c u e n t r a en a p u r o s y n e c e s i t a a y u d a . . . As q u e h e d e ser fuerte. P e r o s q u e h a y a l g o p o r l o q u e d e b o p a sar o al m e n o s s i e n t o q u e est ah. A l c a b o d e u n mes d e l a , m u e r t e d e s u e s p o s a consigui h a l l a r un da varias horas libres y acab p a s e a n d o j u n t o al mar. Advert q u e p r o c u r a b a no m o j a r m e los z a p a t o s y pens q u e eso era lo q u e haca: p a s e a b a p o r el b o r d e (del d o l o r ) c u a n d o debera a r r o j a r m e de c a b e z a a l. Afirm q u e n e c e s i t a b a t i e m p o antes de l a n z a r s e a ese a z a roso trance de a c e p t a r p l e n a m e n t e su d o l o r , y concluy: E l p e l i g r o ser si no lo l o g r o . . . o si lo h a g o . Existe un c i e r t o riesgo en sustraerse al d o l o r , p o r q u e si no r e c o n o c e m o s l a prdida q u e h e m o s e x p e r i m e n t a d o y n o e x p r e s a m o s nuestra p e n a , sta p u e d e c o n v e r t i r s e d e n t r o d e n o sotros en un p e s o m u e r t o , q u e arrastraremos en la v i d a y nos mantendr p o s t r a d o s . P o r ese m o t i v o , el intento de soslayar el d o l o r es p r e c i s a m e n t e lo o p u e s t o de lo q u e se pretenda. En v e z de d e j a r n o s en l i b e r t a d p a r a pasear p o r la p l a y a y disfrutar de la vida, nos retiene o abate. I m p i d e d e s d e m u y d e n t r o d e nosotros q u e s o b r e v e n g a n m o m e n t o s mejores p o r q u e e n e l c a m i n o se a l z a un obstculo, un p e s o m u e r t o , un enemigo interior, u n a c a p a de grasa o u n a b u r b u j a m o r t a l .

II A D U L T O S C O N S C I E N T E S Y L O S HIJOS A J E N O SL A D E S A P A R I C I N D E U N N I O N O S AFECTA D E U N M O D O PECULIAR Y A VECES N O S EMPUJA A HACER A L G O

Mdicos y psiclogos c o n s i d e r a n q u e la m u e r t e de un nio es la p e n a ms d o l o r o s a q u e se p u e d e e x p e r i m e n t a r . U n a de las r a z o n e s p r i n c i p a l e s para e l l o es q u e afecta a n u e s tro s e n t i d o d e l a justicia y d e l e q u i l i b r i o d e l m u n d o . A c e p t a n d o d e a d u l t o s l a m u e r t e c o m o i n e v i t a b l e e n s m i s m a , nos es d a d o e n f r e n t a r n o s a la desaparicin de a l g u i e n q u e ha c o n o c i d o u n a larga v i d a . N o h a y gran c o s a q u e h a c e r a l r e s p e c t o . P e r o l a m u e r t e d e u n nio c o n s t i t u y e u n a c o n t e c i m i e n t o prematuro. Tal v e z sea sa la c a u s a de q u e , c o n harta f r e c u e n c i a , la prdida de un nio nos e m p u j e a la accin. En v e z de d e f e n d e r n o s , aislndonos en nuestra p e n a , p a r e c e q u e s e n t i m o s la n e c e s i d a d d e ponernos e n marcha, d e h a c e r a l g o , p o r q u e la m u e r t e de un pequeo o de un j o v e n nos o f e n d e en lo ms h o n d o . No se le ha c o n c e d i d o t i e m p o para desarrollarse, no hemos tenido la oportunidad de conocerle c o m o adulto. Ent o n c e s qu s e n t i d o t i e n e vivir? Q u s i g n i f i c a la vida? Q u i n o qu es el r e s p o n s a b l e de tal estado de cosas? A quin c u l p a r ?

Ante una muerte prematura, lo primero que hacemos es f o r m u l a r n o s estas preguntas y tratar de sealar al c u l p a b l e a travs de las respuestas. Es u n a tentativa de h a l l a r a un r e s p o n s a b l e de la prdida q u e ms i n a c e p t a b l e resulta. Y a u n q u e c u a l q u i e r m u e r t e p r e m a t u r a suscite interrogantes d e c u l p a , son e n e s p e c i a l v o c i f e r a n t e s c u a n d o s e refieren a l f a l l e c i m i e n t o d e q u i e n era m u y j o v e n . E l p r i m e r b l a n c o e s p o r lo comn u n o m i s m o . A m e n u d o nos a u t o c a s t i g a m o s y p e n samos de esta f o r m a : no deb p e r m i t i r q u e ese da faltara a c l a s e ; si yo no le h u b i e s e d e j a d o q u e t o m a r a ese tren tan t e m p r a n o . . . ; si yo no h u b i e s e insistido en q u e fuese c o n los scouts, todava vivira. En otras p a l a b r a s , i m a g i n a m o s q u e la t r a g e d i a es c u l p a nuestra. A u n q u e la bsqueda de a l g u i e n a q u i e n c u l p a r resulta n e g a t i v a , presenta un a s p e c t o p o s i t i v o , pues m a n t i e n e a la m e n t e o c u p a d a e n e n c o n t r a r u n s i g n i f i c a d o , u n a j u s t i c i a . Esa bsqueda es c a p a z de conseguir que unos padres, que hayan perdido a su h i j o , pequeo, a d o l e s c e n t e o s i q u i e r a j o v e n , c o n s e r v e n t o d a su c a p a c i d a d . Eso fue lo q u e sucedi a S h i r l e y c u a n d o su h i j o , d e d i e c i o c h o aos, muri a l z o z o b r a r d u r a n t e u n a b o r r a s c a l a embarcacin c o n l a q u e p a r t i c i p a b a e n u n a regata, frente a las costas de las B e r m u d a s . Al c a b o de u n o s das se lanz a u n a a c t i v i d a d frentica. N o fue d e l i b e r a d a , p e r o c a s i i n s t i n t i v a m e n t e las preguntas q u e bullan en su m e n t e la i n d u j e r o n a llegar a la raz de lo q u e haba s u c e d i d o a su h i j o .

un m a r infestado de t i b u r o n e s o q u e se qued atrapado en el interior de la n a v e . P e r o su i n s i s t e n c i a en c o n o c e r a a q u e l l o s c h i c o s y sus f a m i l i a s la llev p o r el c a m i n o q u e seguira d u r a n t e los tres aos siguientes. A pesar de lo p o c o q u e le h a ban c o n t a d o , r e s u l t a b a e v i d e n t e q u e existan serias d i s c r e p a n c i a s entre la versin de los a r m a d o r e s y la de los s u p e r v i v i e n t e s . Tambin t u v o la impresin de q u e a estos ltimos se les haba r e c o m e n d a d o q u e no h a b l a s e n d e m a s i a d o a c e r c a de lo s u c e d i d o , ni a sus padres ni a n a d i e ms. Eso h i z o q u e S h i r l e y intentara f o r z a r u n a investigacin o f i c i a l s o b r e el a c c i d e n t e en q u e , adems de su h i j o , otras d i e c i o c h o personas p e r d i e r o n la v i d a . Su ra fue u n a compaa e f i c a z para e l l a , y a u n q u e la indagacin no logr el resultado q u e e l l a pretenda, no lament el t i e m p o c o n s a g r a d o al esf u e r z o . S h i r l e y c o n s i d e r a q u e gan m u c h o en su bsqueda de respuestas y en q u e se h i c i e r a j u s t i c i a , y q u e n a d i e p u e d e arrebatarle e s o . D e s d e e n t o n c e s m a n t i e n e c o n t a c t o c o n m u c h a s personas q u e h a n p e r d i d o a sus hijos. S q u e u n a prdida s e m e j a n t e v u e l v e fuertes e i n v u l nerables a la mayora de n o s o t r o s ; p o r q u e si a l g u i e n te arrebata a tu h i j o y lo m a t a , n a d a p e o r p u e d e hacerte y a . Acaso es p o s i b l e q u e te daen c u a n d o c o m b a t e s p o r la j u s t i c i a o l u c h a s p o r a v e r i g u a r t o d o lo s u c e d i d o ? N u n c a ; as pues, eso te c o n v i e r t e e n u n e n e m i g o p e l i g r o s o , p o r q u e n a d a tienes q u e perder, pero ellos s m u c h o que temer de ti. Es m u y n o r m a l q u e se c u l p e , a c o r t o p l a z o , de la muerte de un h i j o a a l g u i e n (a u n o m i s m o o a otros): el d e s t i n o , un d i o s , u n a r m a d o r . Tal v e z p a r e z c a a l g o m u y n e g a t i v o , pero s e trata d e u n e p i s o d i o e s e n c i a l d e u n largo p r o c e s o q u e v a d e l a i m p o t e n c i a a la accin. C o n s t i t u y e parte de la tarea de reafirmacin d e l p r o p i o c o n t r o l s o b r e u n a c o n t e c i m i e n t o , l o g r a n d o q u e l a m e n t e l o s o p o r t e . A n t e a l g o q u e tan p r o f u n d a m e n t e nos afecta d e tal m a n e r a , s o m o s c a p a c e s d e c o n v e r t i r n u e s tras t u r b u l e n t a s e m o c i o n e s e n protestas a c e r c a d e l o q u e c o n s i d e r a m o s justo o normal. N u e s t r a m e n t e nos d i c e q u e h a d e existir u n a c a u s a y q u e , si la hay, a l g u i e n t i e n e q u e ser r e s p o n s a b l e de e l l a y a l g o se podr h a c e r al r e s p e c t o . C a s o de q u e h a y a un c u l p a b l e , ste ha de ser c a s t i g a d o ; y tal v e z as d e s a p a r e z c a la terrible s e n sacin de q u e no hay d e r e c h o a eso. Quiz castigar a a l g u i e n

Lo p r i m e r o q u e S h i r l e y h i z o fue visitar a los s u p e r v i v i e n t e s de la t r a g e d i a q u e , p o r mediacin de la Asociacin de A d i e s t r a m i e n t o de la Navegacin a V e l a , f u e r o n e n v i a d o s a L o n dres p o r va area. Q u e r a c o n o c e r c m o haban s i d o sus ltimas s e m a n a s de v i d a . Coma p e s c a d o en el barco? P o r q u e en c a s a ni lo p r o b a b a . Se baaba? Era feliz? T o d o s eran m u y jvenes y a l g u n o s haban s u f r i d o terribles q u e m a d u r a s solares. M e qued s o b r e c o g i d a a l saber cunto haban s u f r i d o . M e v i n o m u y b i e n mi c h a r l a c o n e l l o s . Abrac a l g u n o s y remos y l l o r a mos al m i s m o tiempo. Pero S h i r l e y , e n d e f i n i t i v a , n o h i z o e x c e s i v a s preguntas sobre l o s u c e d i d o p o r q u e los s u p e r v i v i e n t e s eran t o d o s m u y jvenes y a l g u n o s no haban s u p e r a d o el shockde la t r a g e d i a . Adems, tema saber lo p e o r : q u e su h i j o haba a c a b a d o en

sea la solucin a un d o l o r q u e se nos a n t o j a i n f i n i t o , y q u e tem e m o s sea p e r d u r a b l e . El d e s e o de j u s t i c i a o de c a s t i g o m a n t i e n e o c u p a d a la mente tras u n a prdida q u e p a r e c e i n s o p o r t a b l e p o r q u e c o n tradice todas nuestras e x p e c t a t i v a s de la v i d a . Es la m a n e r a c o m o la m e n t e trata de subsistir, al igual q u e u n a frgil c a n o a , entre torrentes de e m o c i o n e s a las q u e no est h a b i t u a do. E s u n m o d o d e e s f o r z a r s e p o r i m p e d i r q u e esa c a n o a n a u frague en los rpidos. En otras p a l a b r a s , se trata de evitar volverse locos. Nuestras r e a c c i o n e s d e intentar enderezar esa c a n o a d e m u e s t r a n m u y a las claras q u e la p e n a no nos e m p u j a slo a e m o c i o n e s y a c c i o n e s q u e a l g u n o s incluiran en el a p a r t a d o de debilidad. A u n q u e los s o l l o z o s y los s e n t i m i e n t o s de i m p o t e n c i a y desesperacin acompaen a todas las prdidas graves, tambin estn presentes e m o c i o n e s m u y enrgicas. Son tantas las e m o c i o n e s duras en el d o l o r (la ira y la a g r e s i v i d a d ) , c o m o las blandas (la tristeza). En c u a l q u i e r c a s o , la ira p a r e c e u n a respuesta r a z o n a b l e a la prdida de a l g o o de a l g u i e n a q u i e n a n h e l a m o s i n t e n s a m e n t e c o n s e r v a r . Esto s u c e d e s o b r e t o d o c u a n d o se trata de un nio. La razn es q u e la m u e r t e de un pequeo ejerce m u c h o s efectos en t o d o s nosotros. No slo arrebata a los padres u n a p e r s o n a a la c u a l an cran, s i n o q u e tambin o f e n d e a un' s e n t i d o g e n e r a l de la j u s t i c i a de la v i d a y de la razn de la e x i s t e n c i a en a q u e l l o s q u e n o s o m o s sus p a d r e s . A c e p t a m o s q u e los a n c i a n o s h a n d e m o r i r y, p o r m u c h a tristeza q u e s i n t a m o s ante la prdida de los a b u e l o s (mentores y p e r s o n a s q u e nos o r i e n t a r o n ) , p o r lo general esas d e s a p a r i c i o n e s no nos a g o b i a n . La prdida de un nio l a ms p r e m a t u r a d e las m u e r t e s trastorna u n o r d e n natural segn el c u a l se s u p o n e q u e h a n de m o r i r p r i m e r o los padres y personas de m a y o r e d a d y as nos i n f u n d e i n s e g u r i d a d y nos torna c o n s c i e n t e s d e l carcter a z a r o s o de la e x i s t e n c i a . N o s r e c u e r d a q u e n o controlbamos los a c o n t e c i m i e n t o s tanto c o m o creamos. La m u e r t e de un nio p o n e en p e l i g r o n e c e s i d a d e s h o n d a s e instintivas o cdigos de los c u a l e s a p e n a s s o m o s c o n s c i e n tes, pero q u e v a l o r a m o s en m u c h o . La i n o c e n c i a es u n a de las ms p r e c i a d a s de estas c o s a s . C o n c e b i m o s a los pequeos

c o m o g u a r d i a n e s d e l a i n o c e n c i a i n c l u s o o tal v e z sobre t o d o e n estos t i e m p o s tan v o l c a d o s e n e l c o n s u m o . Los p u b l i c i s t a s c o n o c e n m u y b i e n e l p o t e n c i a l d e gasto econmic o q u e l a i n o c e n c i a infantil l l e v a c o n s i g o , y l o e m p l e a n c u a n d o p u e d e n e n l a promocin d e sus p r o d u c t o s . Adems d e e x p l o t a r p o r m e d i o d e l a p u b l i c i d a d t e l e v i s i v a e l carcter adorable de los nios, el m e r c a d o los usa para sus p r o p i o s fines, vendindoles i n f i n i d a d de g o l o s i n a s , sin pensar para n a d a e n s u s a l u d . Los v a l o r e s c o m e r c i a l e s n o t o m a n e n c o n s i deracin la sabidura n a t u r a l q u e e m e r g e a travs de la i n o c e n c i a infantil y , d e h e c h o , tratan d e c o n t a m i n a r l a c o n v i r t i e n d o a los pequeos en c o n s u m i d o r e s . Sin e m b a r g o , nos s e n t i m o s atrados p o r la i n o c e n c i a . Form a parte d e nuestra f e h u m a n a , tanto r e l i g i o s a c o m o d e c u a l q u i e r c l a s e , la prohibicin de t r a i c i o n a r la i n o c e n c i a de un nio, y f o r m a parte de nuestra t r a g e d i a c u a n d o lo h a c e m o s . S i n a d v e r t i r l o de m a n e r a c o n s c i e n t e , r e c u r r i m o s a la i n o c e n c i a de los nios p a r a q u e nos rescate de las horas sombras y cnicas y nos o t o r g u e fe y e s p e r a n z a . La m u e r t e de un nio o f e n d e o s o c a v a la b e l l e z a , en su ms a m p l i o s e n t i d o . P o r q u e los pequeos s o n fsicamente atrayentes y a d o r a b l e s de un m o d o q u e los adultos p i e r d e n p o c o a p o c o a m e d i d a q u e los aos t r a n s c u r r e n . Los nios son n a t u r a l m e n t e b e l l o s , y d e s f a l l e c e m o s p o r la prdida de esa b e l l e z a c u a n d o desaparecen. Nuestro sentido innato de la j u s t i c i a es otra cuestin q u e p o n e en tela de j u i c i o la muerte de un pequeo. Pero es q u e h a y un Dios, se p r e g u n t a n m u c h o s tras la m u e r t e de un nio. P o r q u e los pequeos q u e m u e r e n n o h a n t e n i d o t i e m p o d e v i v i r , d e hacerse a d u l t o s . N i n g u n a p o s i b i l i d a d s e les h a o t o r g a d o . H a n c a r e c i d o sobre t o d o d e l a o p o r t u n i d a d d e c o n s t i t u i r sus p r o p i a s r e l a c i o n e s c o m o a d u l t o s y d e , a su v e z , tener h i j o s . Existe en la mayora de nosotros el d e s e o de q u e t o d o s rec i b a n un b u e n trato; y en e s p e c i a l los nios, lo q u e c o n s t i t u y e u n a de las r a z o n e s q u e c o n t r i b u y a n tanto a q u e nos s i n t a m o s m i s e r i c o r d i o s o s . Estn ah p a r a q u e los c u i d e m o s y a u n q u e nuestra a s i s t e n c i a sea p e r j u d i c i a l para e l l o s e n tantas o c a s i o nes, subsiste ese d o n s u y o q u e nos e m p u j a a a y u d a r l e s y, en c o n s e c u e n c i a , a d e s a r r o l l a r b u e n o s s e n t i m i e n t o s en nosotros. La m u e r t e sin s e n t i d o de un nio s u s c i t a u n a sensacin de

tristeza y de a g r a v i o q u e , en cierta m e d i d a , p r o c e d e de n u e s tro a n h e l o de s e g u r i d a d y j u s t i c i a . Los nios nos i m p o r t a n en razn a los s e n t i m i e n t o s q u e p r o v o c a n y a la o p o r t u n i d a d q u e nos b r i n d a n de e x p e r i m e n t a r l o s y de a c t u a r s o b r e e l l o s de la mejor manera posible. A s i m i s m o , l a m u e r t e d e u n pequeo nos q u i t a c o n f i a n z a en el futuro. Si no existen nios de los q u e esperar a l g o , no hay un futuro para los h o m b r e s . Para s e n t i r l o as no se n e c e s i ta tener hijos, y para saber q u e es c i e r t o no h a c e falta p e r d e r u n o . Los nios c o n s t i t u y e n un i m p e r a t i v o de nuestro f u t u r o . La m u e r t e de un pequeo p u e d e d e t e n e r el futuro p o r un t i e m p o , o al m e n o s su p e r s p e c t i v a . U n a combinacin de t o d o esto (las prdidas simblicas de i n o c e n c i a , fe, b e l l e z a y e s p e r a n z a y nuestro p r o p i o d e s e o de m i s e r i c o r d i a ) nos e m p u j a a d e f e n d e r los d e r e c h o s de los nios c o n ms energa q u e si f u e s e n nuestros. Es a l g o t e r r i b l e haber p e r d i d o e l p a s a d o , c o m o s u c e d e c u a n d o nuestra p a r e j a d e s a p a r e c e . Pero an es p e o r d e s t i n o p e r d e r la p e r s p e c t i v a de nuestro futuro. Esto e x p l i c a p o r qu los h o m b r e s se m u e s t r a n a m e n u d o tan tenaces en su p u g n a p o r la j u s t i c i a c u a n d o un nio o un j o v e n m u e r e . Justifica, c o m o e n e l c a s o d e S h i r l e y , l a c r e a cin de obras y f u n d a c i o n e s benficas q u e l l e v a n el n o m b r e de los h i j o s . Un m a t r i m o n i o q u e perdi a su hija don al p a tio d e l c o l e g i o u n b a n c o c o n s u n o m b r e . Y otro c u y a h i j a m u ri a c c i d e n t a l m e n t e de un d i s p a r o al c r u z a r el p u e r t o de K h y b e r c r e u n a fundacin p a r a artistas jvenes a la q u e d i o su n o m b r e . Tambin u s a b a n c a m i s e t a s c o n su foto i m p r e s a p o r q u e q u i s i e r o n q u e a l m e n o s u n a i m a g e n d e e l l a persistiera en sus actividades cotidianas. No es sorprendente el h e c h o de que la muerte de alguien j o v e n s u s c i t e t a n t a s preguntas y a c c i o n e s . Parte d e l d e s e o d e hacer a l g o r e s p o n d e a la n e c e s i d a d de d i s i p a r a l g u n a s de las e m o c i o n e s intensas q u e d e t e r m i n a esa desaparicin. Surge, p o r e j e m p l o , el afn de saberlo todo y de r e p a s a r l o u n a v e z y o t r a . S u c e d e as c o n c u a l q u i e r m u e r t e r e p e n t i n a , pero resulta m s p r o n u n c i a d o c u a n d o , adems d e ser i n e s p e r a d a , s e trata d e l a desaparicin d e u n a p e r s o n a m u y j o v e n . A e s t o se refiri B i l l c u a n d o habl d e l e s f u e r z o q u e dedic a H e n a r la i m a g e n de los ltimos das y horas de su h i j o .

ste fue a t r o p e l l a d o p o r u n c o c h e e n Estados U n i d o s , c u a n d o p a s a b a unas v a c a c i o n e s c o n u n o s parientes, p r i m o s lejanos. B i l l tom el p r i m e r avin h a c i a all y tard casi un mes en regresar. H a b l c o n t o d o e l m u n d o . M e entrevist c o n l a polica, fui l l a m a n d o d e casa e n c a s a , visit e l hospital a d o n d e l l e v a ron s u c u e r p o . N e c e s i t a b a q u e la gente m e c o n t a r a cosas de l. Pas horas, das, en el lugar en d o n d e muri, o c e r c a de l. P r e c i s a b a tener ante m esos ltimos p e d a z o s de su v i d a antes de d e s c a n s a r y e n c o n t r a r la p a z . C u a t r o aos ms tarde, B i l l se siente en p a z y no l a m e n t a lo que hizo. C r e o q u e a l g u n o s p e n s a b a n d e m q u e haba p e r d i d o e l j u i c i o , y quiz as ocurri d u r a n t e un t i e m p o . P e r o yo a m a b a a a q u e l m u c h a c h o y no permitira q u e d e s a p a r e c i e r a sin ms; no le dejara e n t e r r a d o hasta h a b e r a c a b a d o lo q u e tena q u e hacer. O t r o p a d r e , Eric, q u e perdi a su h i j a nica tras haberse d i v o r c i a d o , r e c u e r d a a l g o n o m u y diferente. Tambin e l l a muri en un a c c i d e n t e de trfico, a los d i e c i n u e v e aos. M e s p o s a llam p o r telfono p a r a d e c i r m e q u e Tess h a ba s i d o a t r o p e l l a d a c u a n d o p a s a b a u n fin d e s e m a n a e n casa d e u n a a m i g a , a r r o l l a d a e n u n p a s o d e peatones. A u n q u e la c a s a de su a m i g a se e n c o n t r a b a a casi d o s c i e n tos c i n c u e n t a kilmetros d e l lugar en q u e su ex e s p o s a resida, Eric f u e hasta all. P a s la m a y o r parte de la s e m a n a en a q u e l s i t i o . Tras estar en el h o s p i t a l a d o n d e l l e v a r o n su c u e r p o , fui al paso de p e a t o n e s . M e qued v i e n d o pasar e l trfico. N o consegua c r u z a r . All permanec d u r a n t e horas, m i r a n d o . . . Eric c o n s i d e r a q u e h i z o b i e n , q u e constitua u n a parte v i tal de su d u e l o estar en a q u e l s i t i o , v i e n d o pasar los c o c h e s por el lugar en q u e su h i j a muri. T o d a v a n o p u e d o e x p l i c a r m e porqu l o h i c e . Fue u n a e s p e c i e de instinto lo q u e me i n d u j o a p r o c e d e r as, y estuvo b i e n . M s tarde, despus de h a b e r visto pasar tantos c o c h e s por a q u e l s i t i o , me sent d i s p u e s t o a m a r c h a r m e ; p e r o , antes, ni u n o s c a b a l l o s salvajes me habran a p a r t a d o del lugar. Las e m o c i o n e s ante la prdida de un j o v e n p u e d e n r e s u l tar e s p e c i a l m e n t e difciles c u a n d o su m u e r t e no slo es sbita

y. p r e m a t u r a s i n o q u e , adems, resulta ser o b r a de u n a m a n o c r i m i n a l . se fue e l c a s o d e u n o s padres q u e a p a r e c i e r o n e n el p r o g r a m a Crime Limited d e l p r i m e r c a n a l de la B B C d e s pus del asesinato de su h i j a . Parte de su d o l o r g i r a b a en t o r no a las e s p e r a n z a s de q u e el a s e s i n o de su h i j a fuese j u z g a d o . Sentan q u e s u d u e l o n o concluira m i e n t r a s e l c r i m i n a l siguiese en l i b e r t a d . Sin e m b a r g o , s a c t i t u d cambi el da en q u e , a travs de la B B C , c o n o c i e r o n a un p r e s o q u e cumpla c o n d e n a p o r asesinato. N o s e corresponda c o n l a c l a s e h a b i tual de a s e s i n o c o n f o r m e a la m e n t a l i d a d de la p a r e j a . Era un h o m b r e c o r d i a l y r e f l e x i v o q u e l a m e n t a b a en lo ms h o n d o de su ser el c r i m e n q u e haba c o m e t i d o . C o m e n z a r o n a e s c r i b i r s e y el m a t r i m o n i o empez a e n t e n d e r l e m e j o r . En u n a ocasin, el p r e s o les refiri q u e a l g u nos de los r e c l u s o s de la prisin haban l l o r a d o c u a n d o les ley a q u e l l a s cartas en q u e le r e v e l a b a n sus s e n t i m i e n t o s a c e r c a de la prdida e x p e r i m e n t a d a . La p a r e j a se emocion al s a b e r l o y, a u n q u e tena la c e r t e z a de q u e la p e n a p o r la muerte de su h i j a jams acabara, p u d i e r o n librarse en c i e r ta m e d i d a de su d o l o r . Pero n o t o d o s s e d e j a n a y u d a r d e tal m a n e r a . V a l g a c o m o contraste al respecto el c a s o de otra f a m i l i a q u e mencion una asistenta s o c i a l . Su h i j a de siete u o c h o aos se precipit a la c a l z a d a y muri a t r o p e l l a d a p o r el c o c h e de u n a m u j e r . Es probable que la c o n d u c t o r a no tuviera p o s i b i l i d a d alguna de evitar el a c c i d e n t e , p e r o se senta a b r u m a d a p o r lo s u c e dido. El r e c o n o c i m i e n t o p o l i c i a l de las h u e l l a s q u e d e j a r o n los neumticos, c u a n d o el c o c h e fren en s e c o y patin, c o n f i r m q u e e l a t r o p e l l o n o haba s i d o c u l p a d e l a c o n d u c t o r a , p e r o la f a m i l i a no lo acept. Ms de un ao despus le g r i t a ron y la i n s u l t a r o n ante el t r i b u n a l q u e la declar nocente. A pesar de los m u c h o s aos t r a n s c u r r i d o s , a q u e l l a m u j e r sabe q u e n u n c a olvidar e l a c c i d e n t e ; s u v i d a qued d e s t r o z a d a p o r h a b e r m a t a d o a u n a nia, a u n q u e n o t u v i e r a c u l p a a l g u n a de aquella muerte. P a r e c e q u e esta f a m i l i a no d e s e a b a aceptar su frustracin o era i n c a p a z d e e l l o . N o t o l e r a b a h a b e r s i d o vctima d e u n o d e esos a c o n t e c i m i e n t o s q u e s o b r e v i e n e n a c u a l q u i e r a ; a c c i d e n t e , prdidas, d e c e p c i o n e s . . . En otras p a l a b r a s , no podan

p e r d o n a r a la v i d a p o r ser c o m o es, algo no s o m e t i d o por c o m p l e t o a sus d e s e o s . P o r esta razn, la f a m i l i a de la nia f a l l e c i d a no logr s o b r e p o n e r s e a pesar de la e v i d e n c i a del d o l o r r e v e l a d o p o r l a c o n d u c t o r a . E l e m p e c i n a m i e n t o , aquel afn de v e n g a n z a , ejerci a su v e z un t e r r i b l e efecto en a q u e lla m u j e r .

Este c a s o c o n t r a s t a c o n el de un m a t r i m o n i o a q u i e n entrevist, c u y o h i j o de d i e c i s i e t e aos muri tambin a t r o p e l l a d o . E l c o n d u c t o r , d e u n o s c i n c u e n t a aos, qued a b r u m a d o p o r esa m u e r t e . Tres das despus d e l a c c i d e n t e visit a la f a m i l i a del c h i c o . Judith, la madre, me dijo: Ignorbamos de quin se t r a t a b a . El a c c i d e n t e ocurri ante la c a s a de mi suegra y los testigos d e c l a r a r o n q u e el c o n ductor no tuvo c u l p a de aquello. Se qued a s o m b r a d a al v e r l o ante su p u e r t a . Tras p r e s e n tarse, le explic q u e haba i d o p a r a d e c i r l e s cunto le dola lo s u c e d i d o e i n q u i r i r si haba a l g o q u e l p u d i e r a hacer. E r a u n a p e r s o