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Capítulo 21 Sistemas operacionais Sistemas operacionais Um PC recém montado e com o disco rígido formatado está pronto para receber o sistema operacional. Seu dúvida os sistemas operacionais mais usados nos PCs são os derivados do Windows 95, como é o caso do Windows 98 e Windows ME (Millennium Edition). Os outros sistemas operacionais mais usados são o Windows 2000 e o Linux. Com o lançamento do Windows XP, a Microsoft está unificando a linha de sistemas para uso pessoal e para uso profissional. O Windows XP foi criado a partir do Windows 2000, e terá duas versões principais: Windows XP Professional, sucessor do Windows 2000, e Windows XP Home, sucessor do Windows ME. O Windows 2000 por sua vez é derivado do Windows NT. Apesar de ser visualmente muito parecido com o Windows ME, seu mercado alvo não é o mesmo, mas a maioria dos programas podem ser perfeitamente utilizados tanto no Windows 2000/NT como no Windows ME/9x. Em poucas palavras, a linha NT / 2000 / XP Professional é voltada para aplicações profissionais, enquanto a linha 95 / 98 / ME / XP Home é mais indicada para a computação doméstica, multimídia e jogos. As versões profissionais do Windows oferecem recursos especiais de segurança indicados para servidores e estações de trabalho. A FAT32 pode ser usada com esses sistemas, ou seja, um disco rígido no qual foram usados os programas FDISK e FORMAT, pode receber o Windows NT, 2000 ou XP Professional. O ideal entretanto é que seja usado o NTFS, sistema de arquivos mais avançado que a FAT, usada nas versões SOHO (Small Office / Home Office) do Windows.

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Capítulo 21 Sistemas operacionaisSistemas operacionaisUm PC recém montado e com o disco rígido formatado está pronto parareceber o sistema operacional. Seu dúvida os sistemas operacionais maisusados nos PCs são os derivados do Windows 95, como é o caso doWindows 98 e Windows ME (Millennium Edition). Os outros sistemasoperacionais mais usados são o Windows 2000 e o Linux.

Com o lançamento do Windows XP, a Microsoft está unificando a linha desistemas para uso pessoal e para uso profissional. O Windows XP foi criado apartir do Windows 2000, e terá duas versões principais: Windows XPProfessional, sucessor do Windows 2000, e Windows XP Home, sucessor doWindows ME.

O Windows 2000 por sua vez é derivado do Windows NT. Apesar de servisualmente muito parecido com o Windows ME, seu mercado alvo não é omesmo, mas a maioria dos programas podem ser perfeitamente utilizadostanto no Windows 2000/NT como no Windows ME/9x. Em poucas palavras,a linha NT / 2000 / XP Professional é voltada para aplicações profissionais,enquanto a linha 95 / 98 / ME / XP Home é mais indicada para acomputação doméstica, multimídia e jogos.

As versões profissionais do Windows oferecem recursos especiais desegurança indicados para servidores e estações de trabalho. A FAT32 podeser usada com esses sistemas, ou seja, um disco rígido no qual foram usadosos programas FDISK e FORMAT, pode receber o Windows NT, 2000 ouXP Professional. O ideal entretanto é que seja usado o NTFS, sistema dearquivos mais avançado que a FAT, usada nas versões SOHO (Small Office /Home Office) do Windows.

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O Linux é um outro sistema operacional, derivado do Unix, criado nos anos70. Foi modernizado e adaptado para PCs. Podemos então dizer que o Linuxé uma nova versão do sistema Unix, própria para funcionar emmicrocomputadores. O Linux não utiliza a FAT32, e sim, o seu própriosistema de arquivos. Entretanto pode ser instalado em um PC já formatadocom FAT32. Seu programa de instalação fará uma mudança nas partições dodisco rígido, podendo manter uma parte com FAT32 e uma parte para oLinux.

Neste capítulo veremos a instalação desses três sistemas operacionais, apesarde darmos mais ênfase à família do Windows 9x / ME / XP Home, já que é omais usado. Mostraremos também como realizar algumas configurações dehardware e ajustes de desempenho importantes.

Instalação do Windows MEDeixando de lado aspectos históricos, o Windows começou a se tornarpopular entre os usuários na sua versão 3.0, seguida pelas versões 3.1 e 3.11.Essas versões não eram exatamente sistemas operacionais, e sim, ambientesoperacionais. A rigor o sistema operacional ainda era o MS-DOS. Aquelasversões do Windows dependiam das funções de acesso a disco,gerenciamento de memória e outras tarefas básicas, todas realizadas peloMS-DOS. Nesta época o Windows e o MS-DOS eram vendidosseparadamente. Era preciso instalar inicialmente o MS-DOS, para depoisinstalar o Windows.

O Windows ME e seus antecessores

Em 1995 foi lançado o Windows 95, um verdadeiro sistema operacional,independente do MS-DOS. O MS-DOS foi descontinuado, mas podia serencontrado dentro do próprio Windows 95. A partir de então, a Microsoftlançou anualmente novas versões do Windows 95. Algumas são realmenteversões novas, outras são atualizações:

Ano Versão Código1995 Windows 95 4.00.9501996 Windows 95a ou OSR1 4.00.950a1997 Windows 95b ou OSR2 4.00.950b, 4.00.950c1998 Windows 98 4.10.19981999 Windows 98SE 4.10.2222A2000 Windows Millennium (ME) 4.90.30002001 Windows XP 2002

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Note que esta tabela indica, além do ano e versão, um código numérico. Estecódigo é mostrado quando usamos o comando Sistema no Painel deControle. É apresentado um quadro que indica o processador, a quantidadede memória e o código que identifica o sistema, como vemos na figura 1.

Figura 21.1

Descobrindo a versão do Windows.

Oficialmente os produtos lançados foram três: Windows 95, Windows 98 eWindows ME. O Windows 95 sofreu duas atualizações, em 1996 e 1997.Nesta época, a versão original de 1995 continuava sendo a oficial, vendidanas lojas. O usuário deveria instalar os pacotes Service Pack 1 e Service Pack2, obtidos pela Internet, para fazer o upgrade para as novas versões. Apenasno mercado OEM as novas versões eram utilizadas. Quem comprasse umcomputador em 1997, após a atualização OSR2, receberia instalado oWindows 95 OSR2 (OEM Service Release 2).

Apenas com o lançamento do Windows 98, o Windows 95 foidescontinuado. Em 1999, foi lançado o Windows 98 Second Edition (SE), edesta vez a Microsoft mudou a forma de distribuição. O Windows 98 originaldeixou de ser vendido e foi substituído pelo Windows 98SE, tanto nomercado de varejo como no mercado OEM, ou seja, em PCs novosfornecidos com o sistema instalado. Usuários do Windows 98 podiam fazer odownload da atualização que o transforma em Windows 98SE. Também erapossível aos usuários do Windows 98, comprar a atualização para 98SE,pagando apenas a taxa postal e o custo da mídia.

Em 2000 surgiu uma pequena confusão entre os usuários, logo desfeita. Foilançado o Windows 2000, na verdade a versão 5.0 do Windows NT.Usuários desavisados pensavam ser o sucessor do Windows 98. No final do

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ano 2000 foi lançado o verdadeiro sucessor do Windows 98, o chamadoWindows Millennium Edition, ou simplesmente, Windows ME. Como oWindows 95, Windows 98 e Windows ME são versões do mesmo sistema, écomum chamar os três pela designação Windows 9x.

Disco de inicialização

Quando um disco rígido está novo, precisa ser particionado e formatadocom os programas FDISK e FORMAT. Para isso precisamos de um disquetecom o boot do modo MS-DOS, e esses dois programas. Agora precisamosde um disquete capaz de realizar o boot e de dar acesso ao drive de CD-ROM no modo MS-DOS, para poder executar o programa de instalação doWindows ME. Felizmente existe uma forma fácil de gerar um disquete comtudo isso. Ao comprarmos o Windows ME, recebemos além do CD-ROM,um disquete de inicialização com esses recursos. Podemos ainda gerar umdisquete similar, partindo de um computador com o Windows já instalado.Usamos os seguintes comandos:

Iniciar / Configurações / Painel de Controle / Adicionar e Remover Programas / Disco de inicialização.

Depois que o disco estiver pronto, copie para ele o programaFORMAT.COM, que pode ser encontrado no diretório:

C:\WINDOWS\COMMAND

Se você estiver usando o disquete de inicialização que acompanha oWindows, não precisa gravar o FORMAT.COM. Aliás, não é muito bomfazer alterações diretas em disquetes originais. Você pode entretanto executaro boot por este disquete. Ele dará acesso ao drive de CD-ROM, e nodiretório \WIN9X do CD de instalação do Windows ME, você encontrará oprograma FORMAT.COM, necessário para a formatação lógica do discorígido.

O mais importante do disco de inicialização do Windows é que aoexecutarmos o boot é apresentado um menu, no qual podemos escolher aopção:

Iniciar o computador com suporte a CD-ROM

No diretório \WIN9X do CD-ROM de instalação do Windows, encontramosos arquivos necessários à instalação, além do programa INSTALAR.EXE,que realiza a instalação propriamente dita.

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Cópia do CD-ROM para o disco rígido

Podemos fazer a instalação a partir do CD-ROM, mas é recomendávelproceder de outra forma, copiando para o disco rígido, o diretório deinstalação do Windows. Além da instalação a partir do disco rígido ser maisrápida, não corremos o risco da instalação travar devido a algum problemaou incompatibilidade no drive de CD-ROM. Use então os comandos:

C:MD \WIN9XCD \WIN9XCOPY E:\WINX

Com esses comandos estamos criando no drive C um diretório WIN9X,entrando neste diretório e copiando para o mesmo, o conteúdo do diretório\WIN9X do CD-ROM de instalação (normalmente o drive E).

Etapa inicial da instalação

Terminada a cópia, usamos os comandos:

C:CD\WIN9XINSTALAR /P J

O parâmetro “/P J” é necessário para que sejam instaladas corretamente asfunções de gerenciamento de energia. Dependendo da placa de CPU,problemas podem ocorrer nessas funções caso este parâmetro não sejausado.

Ao usarmos o comando INSTALAR, entrará inicialmente em ação oprograma SCANDISK. Ele irá detectar e corrigir erros na estrutura lógicados discos rígidos, e ao finalizar, apresentará um relatório de erros. Ainstalação só poderá prosseguir se os eventuais erros forem corrigidos.

OBS: Se não quisermos que o SCANDISK seja usado, basta usar o comando INSTALAR /IS.

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Figura 21.2

O Scandisk é executado antes dainstalação.

Terminado o trabalho do SCANDISK, entrará em ação o programa deinstalação do Windows. Suas telas são gráficas, e os comandos podem serexecutados pelo mouse. É apresentado o quadro onde consta um contratode licença para uso do software. É preciso marcar a opção Aceitar o contratoe clicar em Avançar. A seguir o programa de instalação perguntará a “chavedo produto”, que é um código impresso em uma etiqueta, colada na partetraseira do CD de instalação (product key). É necessário fornecer estenúmero cada vez que o Windows é instalado ou reinstalado. O assistente deinstalação pergunta qual é o diretório (ou pasta) onde será feita a instalação.O local default é C:\WINDOWS. Se você quiser, pode escolher aqui outronome.

Finalmente é apresentado um onde temos que dizer o tipo de instalação a serfeita (Típica, Portátil, Compacta ou Personalizada). A instalação Típica é amais indicada. As outras opções são mais adequadas a computadoresportáteis, ou para PCs com pouca quantidade de memória RAM e poucoespaço em disco. Podemos escolher ainda a opção Personalizada (usaremoseste no nosso exemplo), que permite escolher um a um, os componentes doWindows a serem instalados.

Será mostrado a seguir um quadro para preenchimento do nome do usuárioe para o nome da empresa (opcional). No quadro da figura 3 podemosselecionar quais componentes e programas do Windows serão instalados. Oquadro tem uma lista de categorias, como Acessórios, Acessabilidade,Catálogo de endereços, Comunicações, Ferramentas de Sistema, Jogos, etc.

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Figura 21.3

Seleção dos componentes a sereminstalados.

Ao clicarmos sobre cada uma dessas categorias, temos acesso a um outroquadro com a lista dos programas da categoria selecionada. Na próximaetapa, é pedida uma identificação do computador para ser usado em rede. Ousuário precisa fornecer um nome para o computador, um nome para oGrupo de Trabalho, e uma descrição opcional. Essas informações serãousadas caso o computador seja conectado a uma rede. Por default, o nomedo computador é formado a partir do nome do usuário. O grupo detrabalho, por default, é o nome da empresa. Quando não é fornecido nomede empresa, é usado para o grupo de trabalho o nome “WORKGROUP”.Use aqui o mesmo nome já em uso na rede na qual este computador seráinstalado, caso contrário terá problemas para acessar a rede. Posteriormenteeste nome pode ser mudado através do quadro de configuração de rede.

Figura 21.4

Indicando o idioma.

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Será apresentada uma tela para indicação do idioma a ser utilizado (figura 4).As versões internacionais do Windows estão preparadas para reconhecerdiversos idiomas. A indicação feita aqui terá influência sobre os formatos dedata e hora, representação do ponto decimal, símbolo monetário, etc. Aseguir será perguntado o país.

Devemos agora informar o tipo de teclado utilizado. Curiosamente o tecladoapresentado como default (Português / Brasil padrão) não é o que utilizamos.Encontramos no Brasil dois tipos de teclado. Um deles tem uma tecla “Ç” aolado da tecla ENTER. Este é o chamado Teclado ABNT2. O outro tipo deteclado comum no Brasil é o modelo americano, que não tem a tecla “Ç”.Este modelo é o chamado Estados Unidos Internacional. Finalmente seráperguntado a a zona de tempo (fuso horário).

Neste momento o Windows irá gerar um disquete de inicialização, idênticoao obtido pelo método já ensinado (Painel de Controle / Adicionar eRemover Programas / Disco de Inicialização). Você poderá colocar umdisquete para este fim, ou clicar em Cancelar. Se não quiser que o Windowspeça para gerar este disquete, use o parâmetro “/IE” no comandoINSTALAR.

A próxima etapa é a cópia dos arquivos para o diretório C:\Windows dodisco rígido. Esta cópia demora alguns minutos. Terminada a cópia dosarquivos para C:\Windows, será pedida a retirada do disquete para que sejafeito o boot pelo disco rígido.

Depois de realizado o boot, continuará automaticamente o processo deinstalação. O Windows irá detectar o hardware presente no computador einstalar todos os drivers. Depois de alguns minutos estará terminada ainstalação. Será executado um novo boot e teremos finalmente a conhecidatela do Windows.

É preciso instalar os drivers

Até aqui vimos a parte fácil da instalação do Windows. Até mesmo usuáriosprincipiantes são capazes de fazê-lo. Muitos usuários, ao passarem porproblemas nos seus PCs, adotam uma solução válida, mas que não é simplescomo parece: formatam o disco rígido e instalam o Windows. Todos sãocapazes de chegar até aqui. Felizmente na maioria dos casos, chegar até aquié suficiente. Os problemas acontecem quando o Windows não possui driversapropriados para a placa de CPU e para as placas de expansão. O modem, aplaca de som, a placa de rede e outras placas, podem ficar inativos. A placa

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de vídeo pode ficar limitada a operar no modo VGA, com apenas 16 cores eresolução de 640x480. As interfaces IDE podem ficar limitadas a operar embaixa velocidade. Pior ainda, as funções de gerenciamento de recursos dehardware da placa de CPU podem não funcionar, e termos vários conflitosde hardware e travamentos. O barramento AGP pode ficar inoperante,causando anomalias e travamentos no uso de programas que usam gráficosem 3D. As funções de gerenciamento de energia podem ficar malconfiguradas, resultando em travamentos no desligamento do Windows ecom problemas nos modos de economia de energia.

Use o Gerenciador de Dispositivos (Iniciar / Configurações / Painel deControle / Sistema / Gerenciador de Dispositivos) e verifique se existemdispositivos com pontos de interrogação ou exclamação. Na figura 5 vemosque existem vários dispositivos nesta situação. Além disso a placa de vídeoestá operando no modo VGA, bem aquém das suas capacidades.

Figura 21.5

O Windows está instalado mas o trabalho ainda não acabou.

Para que tudo funcione corretamente é preciso tomar duas providências:

1) Instalar os drivers da placa de CPU2) Instalar os drivers dos dispositivos marcados com “?” ou “!”

Veremos essas configurações nas duas sessões seguintes.

Instalação dos drivers da placa de CPU

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Para controlar corretamente os dispositivos de hardware de um PC, oWindows precisa antes de mais nada controlar corretamente o chipset daplaca de CPU. Estão aqui incluídas as seguintes funções:

Controle do barramento AGP Controle das interfaces IDE em modo Ultra DMA Controle do gerenciamento de energia Controle dos recursos Plug and Play

Quanto mais nova é uma versão do Windows, maiores serão as chances depossuir drivers apropriados para o chipset da placa de CPU. Infelizmentequando uma placa de CPU é recém lançada, são grandes as chances dosdrivers que acompanham o Windows não serem adequados. Ao instalar, porexemplo, o Windows ME (set/2000) em PC cuja placa de CPU foi criada em1999, provavelmente o Windows terá os drivers apropriados para a placa. Seinstalarmos o mesmo Windows ME em um computador com uma placadesenvolvida em 2001, provavelmente os drivers do Windows não servirão.A grande dificuldade aqui é que esta inadequação de drivers não trazsintomas aparentes. Tudo pode estar correto no Gerenciador de Dispositivos,mas ocorrerem problemas nos modos gráficos 3D, lentidão no disco rígido,conflitos de hardware e problemas no gerenciamento de energia.

Para isso temos que instalar os drivers da placa de CPU. Eles sãoencontrados no CD-ROM que acompanha a placa de CPU, mas devemosusar preferencialmente a versão mais recente, encontrada no site dofabricante da placa de CPU ou do chipset.

Figura 21.6

Programa de instalação dos drivers deuma placa de CPU.

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A figura 6 mostra um exemplo de programa de instalação dos drivers deuma placa de CPU. Muitas vezes esses programas podem ser usados nãosomente para instalar os drivers do chipset, mas também para drivers deáudio e utilitários. Neste exemplo, os drivers do chipset são os chamados de“Via 4 in 1 drivers”.

Se os drivers que acompanham a placa de CPU estiverem desatualizados,pode ser necessário buscar a versão mais nova na Internet. Comeceprocurando o site do fabricante da placa de CPU. O endereço está indicadono manual da placa de CPU. Tome cuidado, pois os fabricantes de primeiralinha têm sites na Internet, mas muitos fabricantes de segunda e terceira linhanão têm. Ao comprar uma placa de CPU muito barata, você corre o risco deficar “no mato sem cachorro” se precisar de qualquer tipo de suporte dofabricante. Pior ainda é quando o usuário nem mesmo consegue identificar amarca da placa de CPU. Uma solução para o problema é usar o programaCTBIOS (em www.laercio.com.br e www.wimsbios.com), que faz estaidentificação e indica o endereço do site do fabricante.

Se não conseguirmos encontrar o site do fabricante da placa de CPU,podemos recorrer ao fabricante do chipset. Os principais fabricantes são:

Intel www.intel.comVIA www.via.com.twALI www.ali.com.twSiS www.sis.com.twNvidia www.nvidia.com

Bastante prático é o utilitário de instalação de drivers para os chipsets VIATechnologies. Os drivers mais recentes estão atualizados para todas asversões do Windows, e aplicam-se a todos os chipsets da VIA. São oschamados “Drivers 4 em 1”. Ao ser executado, o programa de instalaçãocheca quais dos drivers são necessários. O menu de instalação poderáapresentar 4, 3, 2, 1 ou nenhum driver a ser instalado, dependendo daadequação ou não dos drivers já instalados.

Instalação dos drivers das placas de expansão

Dependendo das placas de expansão e interfaces instaladas, algumas delaspoderão estar totalmente operacionais logo após a instalação do Windows, eoutras delas poderão estar com falta de drivers. No computador usado nonosso exemplo, instalamos as seguintes placas de expansão:

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Placa de vídeo Voodoo 3 3000 AGP Placa de rede D-Link 530TX Placa Sound Blaster Live Placa de modem Motorola SM56 PCI

O gerenciador de dispositivos ficou com o aspecto mostrado na figura 7.

Figura 21.7

Alguns dispositivos estão funcionais, outros não.

Dessas placas, a única que o Windows configurou e instalou driversapropriados foi a placa de rede D-Link 530TX, como vemos na figura 7. Asoutras placas foram instaladas com os seguintes problemas:

A placa de vídeo consta apenas como VGA O modem consta como “PCI Communication Device”, está com “?” A placa de som (“PCI Multimedia Áudio Device”) está com “?”

O dispositivo “PCI Input Controller” nada mais é que a interface de joystickexistente na placa de som, que também está sem drivers instalados.

Ajustando o monitor

Antes de instalar os drivers da placa de vídeo, é importante declararcorretamente a marca e o modelo do monitor. Isto permitirá que a placa devídeo possa ser ajustada da melhor forma possível para as capacidades domonitor usado. Os monitores modernos são PnP. São detectados durante ainstalação do Windows e não precisamos fazer configurações adicionais. Já osmonitores antigos podem ser apresentados como “Monitor desconhecido” ou“Monitor padrão”. Se o monitor estiver declarado desta forma, a imagem

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poderá perder o sincronismo quando os drivers da placa de vídeo foreminstalados. Para declarar a marca e o modelo do monitor, usamos Painel deControle / Vídeo / Configurações / Avançadas e selecionamos a guiaMonitor. Usamos o botão Alterar e será apresentada uma lista de marcas emodelos, como a que vemos na figura 8. Depois desta indicação podemospassar à instalação dos drivers da placa de vídeo.

Figura 21.8

Indicando a marca e o modelo do monitor.

Instalando os drivers da placa de vídeo

Esses drivers são obtidos no CD-ROM que acompanha a placa de vídeo,mas devemos dar preferência ao uso da versão mais recente, encontrada nosite do fabricante da placa de vídeo.

Existem duas formas de instalar drivers no Windows. O primeiro é o métodogeral, partindo do Gerenciador de Dispositivos e usando o comandoAtualizar Driver. Muitos fabricantes utilizam este método padrão, que seráapresentado mais adiante neste capítulo. O outro método é de utilizaçãomais simples e consiste em executar um programa de instalação.

Vejamos o exemplo da placa Voodoo 3 3000. O programa faz a instalaçãodos drivers e utilitários da placa de vídeo, e a seguir reiniciará o computador.O quadro de propriedades da placa de vídeo (Painel de Controle / Vídeo /Configurações / Avançadas) passará a contar com 4 novas guias:

3DFx Advanced Features 3DFx Color 3DFx Info 3DFx TV

A figura 9 mostra a guia 3DFx Advanced Features. Aqui podemos alteraropções de funcionamento da placa nos modos 3D. Existem ajustes

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individuais para a API Direct3D e outro para as APIs OpenGL e Glide.Normalmente não é necessário alterar as configurações usadas como padrão,mas podemos fazer aqui pequenas alterações para combinar melhor odesempenho e a qualidade de imagem. A guia 3DFx Color permite calibraras cores para que apareçam mais vivas no monitor. A maioria das placas devídeo possui esses ajustes.

Figura 21.9

Ajustes de desempenho e qualidade.

Quando instalamos os drivers de uma placa de vídeo, é normalmenteselecionado um modo gráfico com resolução de 640x480, com 8 ou 16 bitspor pixel. Podemos usar o quadro de configurações de vídeo para escolheruma resolução e um número de cores adequado, como 1024x768, com 32bits por pixel.

Outra providência importante é escolher a melhor taxa de atualização(refresh rate) para o monitor, em função da resolução utilizada. Para issousamos o botão Avançadas no quadro de configurações de vídeo e a seguirselecionamos a guia Adaptador (figura 10). Programamos agora o item Taxade atualização. O ideal é utilizar o maior valor possível, entretanto valoressuperiores a 75 Hz não trazem melhoramento visual. Muito pelo contrário,podem piorar a nitidez da imagem. Usamos então valores próximos a 75 Hz.

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Figura 21.10

Definindo a taxa de atualização do monitor.

DirectX

O Windows vem sempre acompanhado de uma versão relativamente recentedo DirectX. O mesmo ocorre com a placa de vídeo. Mesmo assim, nemsempre essas versões são as mais atualizadas. A melhor coisa a fazer é obtera versão mais nova do DirectX, em www.microsoft.com/directx/. Para checara versão do DirectX instalada em um PC, use Iniciar / Executar /DXDIAG.EXE. Na guia Sistema do DXDIAG, está indicada, além de outrasinformações, a versão do DirectX. A guia Exibir é usada para testar asfunções de vídeo: DirectDraw (para gráficos 2D), Direct3D (para gráficos 3D)e Textura AGP. O teste de textura AGP é muito importante. Ele checa umdos mais importantes recursos do barramento AGP, que é de mantertexturas na memória da placa de CPU e buscar automaticamente essastexturas para aplicar sobre os polígonos que formam as imagens em 3D.

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Figura 21.11

Testes do DirectDraw eDirect3D.

Na figura 12 vemos os testes do Direct3D e da textura AGP. Ambosmostram cubos girando. O teste do Direct3D é feito em duas etapas, aprimeira usando software, sem utilizar os recursos 3D da placa, e a segundautilizando aceleração 3D por hardware. O teste de textura AGP mostratambém um cubo girando, mas cada face possui a imagem de um logotipodo DirectX.

Figura 21.12

Teste de textura AGP.

Tão importante quanto montar um computador é realizar os testes comtodos os seus componentes de hardware, como é o caso do teste da placa devídeo em modo 3D feito pelo DXDIAG. É comum por exemplo o caso doesquecimento da instalação do AGP Miniport Driver, o que causa anomaliasnas imagens em modo 3D. Este esquecimento seria detectado se fossemrealizados os testes com o DXDIAG.

Drivers da placa de som

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Assim como ocorre com muitos dispositivos de hardware, o Windowspoderá instalar automaticamente os drivers da placa de som, masdependendo do modelo, poderá não ter os drivers apropriados. Neste casotemos que usar os drivers fornecidos pelo fabricante. Placas de som avulsassão fornecidas com um CD-ROM contendo os drivers apropriados, além dealguns utilitários de som. Placas de CPU com som onboard sãoacompanhadas de um CD-ROM contendo diversos drivers, inclusive os desom. Se a placa de som constar no Gerenciador de Dispositivos com umsímbolo “?”, significa que os drivers não puderam ser instalados. Na figura 7a placa de som aparece como “PCI Multimedia Audio Device” e “PCI InputController”. Os chamados “Audio Devices” são dois componentes de áudioda placa de som: o responsável pela digitalização e reprodução de sonsdigitais (sons WAVE) e o responsável pela geração de sons de instrumentosmusicais (MIDI). O item indicado como “PCI Input Controller” é a interfacepara joystick existente na placa de som.

O método “padrão Windows” para instalar um driver é clicar no itemproblemático (que está sem driver) no Gerenciador de Dispositivos,selecionar a guia Driver e clicar no botão “Atualizar Driver”.

Figura 21.13

Para encontrar o driver de um dispositivo dehardware.

Será apresentado o quadro da figura 13, que é o assistente para atualizaçãode driver. Ao usarmos a opção “Procurar automaticamente por um drivermelhor”, será feita uma busca no drive de disquetes e no drive de CD-ROM(devemos antes fornecer o CD-ROM que acompanha a placa). Serãoencontrados os drivers compatíveis com o dispositivo que está sendoinstalado. Caso seja encontrado mais de um driver, podemos escolher um. Oideal é escolher o mais recente.

Na figura 13 encontramos ainda a opção Especificar o local do driver. Estemétodo é útil quando o driver não está em disquete nem em CD-ROM. É o

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caso de quando obtemos o driver pela Internet e o descompactamos em umdiretório. Devemos então usar a segunda opção e indicar o diretório ondeestão os drivers.

Este é o método padrão para instalar drivers, mas muitos fabricantes optampor um processo mais simples para o usuário, que é usar um programa deinstalação.

Figura 21.14

Drivers da placa de som já instalados.

Terminada a instalação dos drivers, a placa de som passará a constar noGerenciador de Dispositivos em Controladores de Som, vídeo e jogo, comomostra a figura 14. No nosso exemplo estamos usando uma placa SoundBlaster Live, e seus drivers adicionam dispositivos em uma outra área,chamada “Creative Miscellaneous Devices”. Entre os dispositivos instaladosvemos a interface para joystick (Creative Gameport Joystick) e a emulação deSound Blaster 16 para o modo MS-DOS (Creative SB16 Emulation). Esterecurso faz com que a placa de som possa ser usada nos jogos para MS-DOS, como se fosse uma Sound Blaster 16. Nem todas as placas de somapresentam este recurso. A maioria delas funcionam apenas no Windows eficam desativadas no modo MS-DOS.

Depois de instalar a placa de som, convém realizar três tipos de testes:reprodução WAV, reprodução MIDI e CDs de áudio. Podemos usar porexemplo o programa Gravador de Som e abrir um dos arquivos WAVencontrados em C:\Windows\Media para fazer o teste de reprodução.Podemos ainda utilizar o Windows Media Player para abrir e reproduzir

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arquivos WAV e MIDI. Devemos ainda colocar no drive de CD-ROM, umCD de áudio para testar a sua funcionalidade. Terminados os testes básicoscom a placa de som, devemos instalar os utilitários que a acompanham.Normalmente são fornecidos programas de demonstração, programas paracomposição e edição de sons, conversores e reprodutores MP3, programasde configuração do alto falante, etc.

Muitas placas de som são quadrifônicas, permitindo ligar 4 alto-falantes (2dianteiros e 2 traseiros). Se for o caso, será preciso informar ao Windowspara utilizar os 4 alto-falantes. A configuração de alto-falantes é feita peloPainel de Controle, comando Sons e Multimídia. Selecionamos a guia Áudioe no campo Reprodução clicamos em Avançada. Será apresentado o quadroda figura 15, onde selecionamos a guia Alto-falantes, e podemos escolher aconfiguração adequada. Neste exemplo usamos alto falantes quadrifônicos.

Figura 21.15

Configuração dos alto falantes.

Configurando o modem e a placa de rede

Devemos instalar os drivers desses dois dispositivos. A instalação dos driverssegue o mesmo padrão já exemplificado para as placas de som. Podemosusar os drivers padrão Windows, ou então os drivers fornecidos pelofabricante.

A configuração do modem consiste em alguns ajustes feitos pelo Painel deControle e pelo Gerenciador de Dispositivos. A seguir temos que testar omodem, e podemos finalmente ter acesso à Internet e utilizar as funções deFax. Deixamos esses ensinamentos para o capítulo 28, dedicado aosmodems.

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A placa de rede também requer configurações posteriores à instalação dosseus drivers. Consulte o capítulo 33 para fazer essas configurações e testes.

Drivers WDMAté 1998 os fabricantes de hardware tinham muito trabalho com drivers.Precisavam fornecer drivers para o Windows 3.x, que ainda era muitoutilizado, além de drivers para Windows 95 e para Windows NT. Destaforma seus produtos poderiam funcionar em praticamente qualquercomputador.

Deixando de lado o velho Windows 3.x, havia ainda o problema de produzirdrivers diferentes para Windows 9x e para Windows NT. Esses drivers eramcompletamente diferentes. Praticamente todos os produtos tinham driverspara Windows 95, mas nem todos tinham drivers para Windows NT. Eracomum um usuário de Windows NT comprar, por exemplo, uma placa desom, e durante a instalação fazer a triste constatação de que a placa nãopossui drivers para o Windows NT.

Este problema foi quase totalmente resolvido a partir do lançamento doWindows 98, com a adoção dos drivers WDM (Windows Driver Model). Sãodrivers universais que operam tanto sob o Windows 9x como sob oWindows NT. Desta forma os fabricantes de hardware puderam passara aproduzir um único driver para ambos os sistemas. Usuários do Windows NTpassaram a ter maior disponibilidade de produtos de hardware. Algunsfabricantes ainda oferecem versões diferentes, mas o trabalho é bem menor,já que um único driver é desenvolvido, e nas etapas finais são feitospequenos ajustes complementares para cada sistema.

Ajustes de desempenhoCertos ajustes na configuração do Windows, relacionados ao desempenho,precisam ser feitos manualmente. O mais importante deles é a habilitação datransferêcia de dados do disco rígido em modo Ultra DMA. Se este ajustenão for feito, o disco rígido ficará limitado ao PIO Mode 4, resultando emuma taxa de transferência externa de apenas 16,6 MB/s. Discos rígidosmodernos, quando configurados corretamente, operam em modos ATA-33,ATA-66 e ATA-100, com taxas de transferência externas de 33 MB/s, 66MB/s e 100 MB/s, respectivamente.

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Figura 21.16

Habilitando o Ultra DMA.

A figura 16 mostra como habilitar a operação em Ultra DMA. Feita estaconfiguração, será usada a maior taxa de transferêcia externa possível, desdeque compatível com o disco rígido e com o chipset. Partindo do Gerenciadorde Dispositivos, aplicamos um clique duplo no item Generic IDE DISK. Noquadro de propriedades apresentado selecionamos a guia Configurações emarcamos a opção DMA. Note que o mesmo ajuste também pode ser feitono drive de CD-ROM. O computador será reinicializado para que asalterações façam efeito.

Figura 21.17

Medindo o desempenho dodisco rígido com o programaHD Tach.

A figura 17 mostra a medida do desempenho de um disco rígido feita com oprograma HD Tach. Este programa pode ser obtido em versão DEMO, no

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site www.tcdlabs.com. Usamos no teste um disco rígido e uma placa de CPUcompatíveis com o modo ATA-66. Deixamos inicialmente o Ultra DMAdesabilitado, e os resultados foram bastante fracos. A taxa de transferênciaefetiva ficou em torno de 7,5 MB/s (combinando a taxa de transferênciainterna e a externa). A taxa de transferência externa foi de apenas 7.6 MB/s.Este disco está operando em PIO Mode 4, no qual a taxa máxima teórica éde 16,6 MB/s.

Figura 21.18

Medida de desempenho com oUltra DMA habilitado.

Na figura 18 vemos a mesma medida de desempenho, mas desta vez com omodo Ultra DMA habilitado. A taxa de transferência efetiva ficou em tornode 22 MB/s, e a externa aumentou para 48 MB/s. Além da taxa efetiva terficado 3 vezes maior, tivemos uma substancial redução na taxa de utilizaçãoda CPU, também medida por este programa. Operando em PIO Mode 4, ataxa de ocupação da CPU era 97,1%. Isto significa que durante transferênciasdo disco, o processador fica com apenas 2,9% do tempo livre para executaroutras tarefas. Com o Ultra DMA, a taxa de ocupação do processador foi deapenas 4,3%, o que significa que o processador tem 95,7% do tempo livrepara executar outras tarefas durante as transferências do disco. Comosabemos, esta é uma das grandes vantagens do Ultra DMA, deixar oprocessador menos ocupado, fazendo com que aplicações com intensoacesso a disco não tornem o PC lento para aplicações que exigem maisprocessamento.

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Figura 21.19

Ajustando o sistema de arquivos para melhoraproveitamento da memória.

Uma outra providência importante para ter um melhor desempenho é ajustaro sistema de arquivos de forma que a memória disponível seja utilizadacomo cache de disco. Para fazer este ajuste, use o comando Sistema noPainel de Controle e selecione a guia Desempenho. Clique em Sistema dearquivos e Disco rígido. O quadro terá o aspecto mostrado na figura 19. Ocampo “Função deste computador” deve ser programado como Servidor derede. Não significa que o PC será usado como servidor, e sim que umamaior área de memória será usada para a memorização de localizações dearquivos e diretórios, tornando a cache de disco do Windows mais eficiente.Devemos também colocar no valor máximo o controle de otimização deleitura antecipada, como mostra a figura 19.

Gerenciamento de energiaPara fazer uso das funções de gerenciamento de energia do Windows, énecessário que os drivers do chipset estejam instalados. Nem sempre osdrivers de chipset que são incluídos no Windows funcionam corretamente. Épreciso instalar a versão mais nova dos drivers do chipset, fornecida no CD-ROM que acompanha a placa de CPU, ou melhor ainda, disponível no sitedo fabricante desta placa. Também é preciso que as placas de expansãoutilizadas (som, vídeo, modem, etc.) tenha os drivers mais recentes. Driversmais antigos podem não ser totalmente compatíveis com as funções degerenciamento de energia, sobretudo a hibernação.

Modo de hibernação

Apenas com o lançamento do Windows Millenium e com a disponibilidadede placas de CPU 100% compatíveis, finalmente podemos utilizar o modo deHibernação, no qual o computador é totalmente desligado, e o retorno aoWindows é feito em pouco mais de 10 segundos. O quadro de desligamento

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(Iniciar / Desligar) aparece com 4 opções: Desligar, Reiniciar, Modo deespera e Hibernar.

Figura 21.20

Quadro de desligamento.

No modo de hibernação, o conteúdo da memória RAM é totalmentetransferido para o disco rígido e o computador é desligado. O computadorfica então totalmente desligado, consumindo ZERO de energia elétrica. Podeser até mesmo desconectado da rede elétrica. Ao ligarmos novamente ocomputador, ao invés de ser realizado um boot, o BIOS faz a leitura doarquivo de hibernação, tranfere o seu conteúdo para a memóira e retorna aoWindows. O processo completo é muito mais rápido que o boot.

Modo de espera

Neste modo, a maioria dos circuitos do computador é desligado. O conteúdoda memória é mantido e o processador permanece paralisado, porém ligado.O monitor e o disco rígido são desligados. Ao pressionarmos uma tecla oumovermos o mouse, o sistema volta a ficar ativo, o que demora muito pouco,em torno de 5 segundos. Neste modo, o PC precisa permanecer ligado àrede elétrica, já que é preciso de uma pequena corrente elétrica para mantera memória, o processador e outros componentes da placa mãe em Stand by.

Configurado o gerenciamento de energia

Para confirmar se o suporte à hibernação está ativo, podemos simplesmentechecar se este comando está presente em Iniciar / Desligar. Podemos aindachecar o quadro de propriedades de Opções de energia. Este quadro podeser obtido de duas formas:

a) Painel de Controle / Opções de energiab) Propriedades de vídeo / Proteção de tela / Configurações dos recursos deeconomia de energia do monitor (figura 21).

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Figura 21.21

Para ter acesso às configurações de energia.

Neste quadro obtido teremos além das guias Esquemas de energia eAvançado, a guia Hibernar (figura 22). A opção Ativar o suporte àhibernação deverá estar marcada.

Figura 21.22

Quadro de configurações de energia.

O computador pode entrar em modo de espera e em hibernação de formaautomática, basta marcar os tempos necessários no quadro de opções deenergia, na guia Esquemas de energia (figura 23). Marque o tempo deinatividade a partir do qual o computador entrará em estado de espera (nonosso exemplo, usamos 20 minutos). Marque também o tempo deinatividade a partir do qual o sistema vai hibernar. No nosso exemplo,usamos uma hora.

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Figura 21.23

Configurando o tempo para o computador entrar emespera e em hibernação.

Assim que terminar o período de inatividade, será apresentado rapidamenteum quadro avisando que o computador está prestes a entrar em estado deespera. Se o teclado ou mouse forem movidos, o computador voltará a ficarativo. Se permanecer mais tempo em inatividade (no nosso exemplo, mais 40minutos, o que falta para completar 1 hora para a hibernação), o sistema iráhibernar.

Devemos configurar também os botões do gabinete disponíveis paracontrolar a energia do computador. Sempre deveremos ter presentes emqualquer PC, botões para Reset e Soft OFF (o Windows salva tudo e desligao computador). Se não existirem mais botões disponíveis, os estados deespera e hibernação deverão ser comandados pelo comando Iniciar /Desligar. Entretanto existem muitos teclados equipados com botões Power,Sleep e Wake. Neste caso podemos usar o botão Power do teclado paradesligar o computador, e o botão Power do gabinete para ativar ahibernação. Resumindo, os botões que podemos ter à nossa disposição sãoos seguintes:

Reset no gabinete Não pode ser reconfigurado. Deve ser usado exclusivamente para resetar o PC.

Power no gabinete Pode ser configurado através do quadro de opções de energia para:Desligar (e ligar)Hibernar (e sair da hibernação)Entrar em estado de espera (e retornar da espera).

Power no teclado Esta tecla é automaticamente reconhecida pelo Windows ME. Não pode ser reconfigurada. É usadaapenas para desligar o computador. Para ligá-lo novamente, usar o botão Power do gabinete.Algumas placas de CPU permitem manter o teclado energizado mesmo com o PC desligado parapoder ligar o computador por este botão.

Sleep no teclado Coloca o computador em estado de espera. Não pode ser reconfigurado. O Windows ME oreconhece automaticamente.

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Wake no teclado Faz o computador retornar do estado de espera. Não pode ser reconfigurado. O Windows ME oreconhece automaticamente. É redundante, pois para retornar, basta pressionar qualquer tecla oumover o mouse.

A figura 24 mostra como programar o funcionamento dos botõesligar/desligar e espera. Este botão de espera está presente em algunsgabinetes.

Figura 21.24

Configurando os botões de energia.

Partindo do princípio de que sempre deve existir um botão para desligar(Soft OFF) o computador, sugerimos que sejam usadas as seguintesconfigurações:

a) Quando o teclado não tem botões de energia e o gabinete possuiapenas o botão POWER:Botão Power do gabinete: use para desligar / ligar o computador. Configureno quadro da figura 24, o item: Quando eu pressionar o botão paraligar/desligar o meu computador: Desligar.Neste caso os modos de espera e hibernação poderão ser ativados apenaspelo menu Iniciar / Desligar.

b) Quando o teclado não tem botões de energia e o gabinete possuibotões POWER e ESPERA:Botão Power do gabinete: use para desligar / ligar o computadorConfigure no quadro acima, o item: Quando eu pressionar o botão paraligar/desligar o meu computador: DesligarBotão Espera do gabinete: use para colocar o computador em estado deespera.

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Configure no quadro acima, o item: Quando eu pressionar o botão paraadormercer o meu computador: EsperaNeste caso o modo de hibernação poderá ser comandado apenas pelocomando Iniciar / Desligar.

c) Quando o gabinete não possui botão ESPERA mas o teclado tem os 3botões de energia:Use o botão POWER do teclado para desligar o computador (ligaránovamente com o POWER do gabinete).Use o botão SLEEEP do teclado para colocar o computador em estado deespera.Use o botão Power do gabinete para colocar o PC em hibernação (voltarácom o Power do gabinete).

Quanto aos botões POWER e SLEEP do teclado, não precisa configurarnada, são automáticos. Para configurar o botão Power do gabinete para serusado na hibernação, escolha no quadro da figura 24, a opção: Quando eupressionar o botão para ligar/desligar o meu computador: Hibernar

d) Quando o gabiente possui botão ESPERA e o teclado possui os 3botões de energia:Sugerimos usar os botões da seguinte forma:

Power do teclado: DESLIGARSleep do teclado: ESPERAPower do gabinete: DESLIGAREspera do gabinete: HIBERNAR

Se quiser comprar um teclado com botões de energia (Power, Sleep eWake), evite aqueles nos quais esses botões são iguais às demais teclas. Adesvantagem deste tipo de teclado é que muito facilmente podemos esbarrarna tecla Power e desligar o computador. O ideal é que as teclas de energiasejam de pressão mais forte e em baixo relevo. A figura 25 mostra ambas asopções.

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Figura21.25

Botões deenergia doteclado.

AcentuaçãoAcentuação correta no teclado, no vídeo e na impressora já foi uma coisadifícil, e muitas vezes até impossível de conseguir. Finalmente com oWindows o uso de acentos e caracteres de línguas que não sejam a inglesatornou-se possível. A acentuação na tela e na impressora são automáticas noWindows, desde que sejam usadas fontes de caracteres internacionais. Amaioria das fontes do Windows recai neste caso. Uma fonte internacionaltem os caracteres acentuados e outros caracteres especiais como o “Ç”.Entretanto tome cuidado, pois ainda existem fontes do Windows que nãopossuem esses caracteres.

Acentuação no Windows

O Windows só dá algum trabalho na acentuação em relação ao teclado. Paraque a acentuação seja correta é preciso definir o idioma e o layout doteclado. Essas informações são fornecidas durante a instalação do Windows,mas muitos esquecem de fazê-lo, e como resultado, o teclado pode nãoacentuar corretamente.

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Figura 21.26

Configurando a acentuação do teclado no Windows.

Para que o teclado funcione corretamente sob o Windows, use o comandoTeclado no Painel de Controle e selecione a guia Idioma (figura 26). Deveráconstar o idioma Português-brasileiro, como mostra a figura. Se não constar,use o botão Adicionar. A outra configuração que devemos fazer nestequadro é a do layout do teclado. Para isso usamos o botão Propriedades.Será apresentado um pequeno quadro no qual podemos selecionar o layoutdo teclado. Os teclados existentes no Brasil recaem em duas categorias:

1) Estados Unidos – Interncional: Este é o teclado mais comum. É aqueleque não possui a tecla “Ç”.

2) Português – Brasil ABNT2: Este é o teclado que possui uma tecla “Ç”, aolado da tecla ENTER.

Feitas essas configurações, o Windows irá acentuar normalmente.

Acentuação no MS-DOS do Windows 9x

Quando fazemos a instalação do Windows 95 ou 98, são criadosautomaticamente arquivos CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT com osseguintes comandos:

No CONFIG.SYS:device=c:\windows\command\display.sys com=(ega,,1)country=055,850,c:\windows\command\country.sys

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No AUTOEXEC.BAT:mode con codepage prepare=((850) c:\windows\command\ega.cpi)mode com codepage select=850keyb br,,c:\windows\command\keyboard.sys

Esses comandos funcionam com o teclado de layout “Estados Unidos –Internacional” (sem “Ç”). Já a configuração do teclado ABNT consite emalterar a linha do KEYB no AUTOEXEC.BAT para:

KEYB BR,,C:\WINDOWS\COMMAND\KEYBRD2.SYS /ID:275

O KEYBOARD.SYS não dá suporte ao funcionamento do teclado ABNT,por isso é preciso usar o driver alternativo KEYBRD2.SYS. O misteriosocódigo a ser usado é o 275.

Quando esses comandos são usados corretamente no CONFIG.SYS e noAUTOEXEC.BAT, a acentuação do teclado funcionará tanto no modo MS-DOS quanto no Prompt do MS-DOS sob o Windows.

Acentuação no MS-DOS do Windows ME

O Windows ME desprestigiou o uso de programas para MS-DOS. Muitosdizem: já vai tarde. Vários outros usuários entretanto precisam utilizarprogramas antigos que operam sob o MS-DOS. Um dos problemas dessesusuários é o uso da acentuação pelo teclado, tanto nos de layout padrãointernacional como nos de versão brasileira (ABNT2). Mesmo utilizando asconfigurações regionais do Windows ME em português, não é feita aconfiguração automática para o teclado nas janelas do MS-DOS. A primeiracoisa a fazer é configurar o teclado para o ambiente Windows.

Para que o teclado funcione corretamente no ambiente Windows, utilize aconfiguração de idioma e layout no Painel de Controle, como já mostramos.O problema é o funcionamento do teclado no MS-DOS. Você pode utilizaro método de configuração do teclado no DOS, já mostrado para o Windows95 e 98. Este método funcionará quando realizarmos um boot através de umdisquete, desde que os arquivos CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT sejamconfigurados corretamente. A configuração pode ser feita tanto para oteclado comum (Estados Unidos – Interncional) quanto para o tecladoABNT, já que os arquivos KEYBORAD.SYS e KEYBRD2.SYS continuamno mesmo lugar. O problema é o KEYB.COM, necessário ao funcionamentodo teclado. Este programa não é instalado com o Windows, e não está nodiretório C:\Windows\Command, como ocorre nas versões anteriores doWindows. O KEYB.COM pode ser encontrado no disquete de inicializaçãoque acompanha o Windows ME. Basta copiá-lo então para o diretório

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C:\Windows\Command e os comandos que já apresentamos funcionarãoquando for realizado um boot por disquete.

Um pouco diferente é a configuração do teclado para o Prompt do MS-DOSsob o Windows. Existe um método recomendado pela Microsoft que consisteem criar um arquivo C:\WINDOWS\TECLADO.BAT com o seguinteconteúdo:

a) Para teclados com layout Estados Unidos – Internacional:mode con codepage prepare=((850) C:\WINDOWS\COMMAND\ega.cpi)mode con codepage select=850c:\windows\command\keyb br,,C:\WINDOWS\COMMAND\keyboard.sys > NULL

b) Para teclados com layout ABNTmode con codepage prepare=((850) C:\WINDOWS\COMMAND\ega.cpi)mode con codepage select=850c:\windows\command\keyb br,,C:\WINDOWS\COMMAND\KRYBRD2.SYS /ID:275 > NULL

Figura 21.27

Propriedades do MS-DOS.

Altere as propriedades do Prompt do MS-DOS para que o arquivoTECLADO.BAT seja executado no início do Prompt. Para isso, clique noícone do MS-DOS com o botão direito do mouse e no menu escolha aopção Propriedades. Selecione a guia Programa e no campo Arquivo de loteuse C:\WINDOWS\TECLADO.BAT, como mostra a figura 27.

A partir daí o teclado funcionará corretamente no Prompt do MS-DOS sob oWindows.

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Existe um outro método para fazer esta configuração que dispensa a criaçãodo arquivo TECLADO.BAT e não requer o programa KEYB.COM.Consiste em usar o programa MSCONFIG (Iniciar / Executar / MSCONFIG)e selecionar a guia Internacional (figura 28).

Figura 21.28

Configurações internacionais no MSCONFIG.

Selecione o idioma Português-Brasileiro e o quadro aparecerá com todos osseus campos corretamente preenchidos. Essas configurações são válidas parao teclado Estados Unidos – Internacional. Para o teclado ABNT, basta usar oarquivo KEYBRD2.SYS ao invés do KEYBOARD.SYS e preencher com 275o campo de Layout do teclado.

Instalação do Windows 2000O Windows 2000 corresponde à versão 5.0 do Windows NT, e seu visual ébastante parecido com o do Windows 98 e Windows ME. Seu processo deinstalação é ligeiramente diferente.

Uma das várias diferenças é o seu sistema de arquivos. O Windows 9x (95,98 e ME) utiliza o sistema FAT (File Allocation Table, ou Tabela deAlocação de Arquivos). O método usado pelo Windows 2000 écompletamente diferente, e é chamado de NTFS (NT File System). OWindows 2000 pode ainda trabalhar em discos com FAT32. A eficiência daFAT32 é menor que a do NTFS, mas usar FAT32 torna possível acessararquivos de forma simultânea pelo Windows ME e pelo Windows 2000.

Quando mostramos o particionamento e a formatação do disco rígido,usamos os programas FDISK e FORMAT, que resultam na FAT32. Deixar o

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disco inicialmente com FAT32 é uma boa idéia se quisermos executarprogramas de diagnóstico para checagem do disco rígido. Esses programasnormalmente operam no modo MS-DOS com FAT16 ou FAT32. Seja comofor, durante a instalação do Windows 2000 podemos optar por deixar o discoformatado com FAT32 ou fazer a sua conversão para NTFS. Se nãoquisermos usar os programas FDISK e FORMAT, podemos deixar o discorígido sem partição alguma. O programa de instalação do Windows 2000 irácriar partições do NTFS.

Preparação do disco rígido

A forma mais simples de instalar o Windows 2000 é executar um boot com oseu CD-ROM de instalação. Todas as placas de CPU modernas permitemexecutar o boot por um CD-ROM. Basta indicar no Advanced CMOSSetup, a seqüência de boot apropriada, por exemplo A: CD-ROM C: farácom que o boot pelo CD-ROM tenha preferência sobre o boot pelo discorígido.

Figura 21.29

Programa de instalação do Windows2000.

Ao executarmos o boot com o CD de instalação, entrará em ação oprograma mostrado na figura 29. Este programa não fará a instalaçãopropriamente dita, apenas dará início a ela. Ele vai preparar o disco rígido,copiará para ele os arquivos de instalação e executará um boot, que destavez deverá ser com o disco rígido, para que o processo de instalaçãocontinue.

Inicialmente será apresentado um contrato de licença do uso do software.Temos que concordar com este contrato para prosseguir com a instalação,teclando F8.

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Figura 21.30

Indicando a partição a ser usada.

A próxima tela (figura 30) pode assumir diferentes aspectos, dependendo daspartições existentes no disco rígido. Com ela podemos:

Deletar partições Criar partições FAT32 e NTFS Indicar a instalação para uma área ainda não particionada

Podemos até mesmo utilizar o recurso Dual Boot. Se o disco rígido tiver umapartição primária com o Windows ME já instalado, e um espaço livredescontando a partição primária, podemos utilizar este espaço para criaruma partição para instalar o Windows 2000. Ao ligarmos o computador seráapresentado um gerenciador de boot com o qual podemos escolher entre oWindows ME e o Windows 2000. No nosso exemplo usaremos o caso maissimples. Nosso disco rígido está inteiramente formatado com FAT32.Faremos a instalação nesta partição única, mas usaremos a conversão paraNTFS.

Figura 21.31

Indicando como a partição deve serusada.

Na tela da figura 31 indicamos como deve ser tratada a partição na qual oWindows 2000 vai ser instalado. Estamos usando uma partição com FAT32 efaremos a conversão para NTFS. Será apresentada uma tela onde temos que

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confirmar a conversão para NTFS. Isto tornará os dados desta partiçãoinacessíveis a sistemas que operam com FAT32, como Windows 9x e MS-DOS. Teclamos “C” para confirmar a conversão.

Será dado início à cópia dos arquivos do CD-ROM para o disco rígido. Noteque neste momento ainda não existe conversão para FAT32. Ela só será feitadepois que o próximo boot for realizado. Terminada a cópia dos arquivos,retiramos o CD-ROM e executamos um boot pelo disco rígido.

O processo de instalação

No início do próximo boot, entrará em ação uma forma gráfica do programade instalação. Ele começará com a conversão de FAT32 para NTFS,conforme comandamos na primeira etapa. Note que neste momento, osarquivos de instalação do Windows 2000 já foram copiados para o discorígido. A conversão será feita sem a perda desses dados. Feita a conversão,que demora alguns minutos, será executado mais um boot pelo disco rígido.Devemos ainda ter em mãos o CD-ROM de instalação, pois será pedidopara o restante do processo. O processo de instalação continuará com asseguintes etapas:

Detecção de dispositivos de hardware e instalação dos seus drivers Definição de país e idioma Definição do layout do teclado Informação do nome do usuário e empresa Entrada da Product-Key, a senha impressa na embalagem do CD Indicação de data, hora e fuso horário Instalação dos componentes de rede Mais um boot Informação do nome do usuário e senha

O processo é relativamente simples e em vários aspectos lembra um pouco ainstalação do Windows ME.

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Figura21.32

Tela do Windows2000.

Terminado o processo de instalação, teremos a área de trabalho do Windows2000, como mostra a figura 32. Como vemos, é bastante similar à doWindows 95 e Windows ME, exceto por alguns pequenos efeitos visuaisdiferentes. Os comandos também estão quase todos no mesmo lugar. Vejapor exemplo na figura 33 o comando de configurações de vídeo. Aquiindicamos a resolução número de cores a serem usados.

Figura 21.33

Configurações de vídeo no Windows 2000.

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Usando o botão Avançado, chegaremos ao quadro de propriedades domonitor e placa de vídeo, bem parecido com o do Windows 9x. Aquipodemos por exemplo selecionar a guia Monitor para regular a taxa deatualização.

O Gerenciador de Dispositivos é bastante parecido. Possui formato de janelaredimensionável ao invés de usar um quadro de tamanho fixo, masapresenta os mesmos itens de hardware exibidos no Windows 9x.

Figura 21.34

Gerenciador de dispositivos do Windows 2000.

Observe que no exemplo da figura 34, a placa de som, a placa de vídeo e aplaca de rede estão corretamente instalados com os drivers nativos doWindows 2000. Apenas o modem ficou sem drivers instalados, e consta emOutros dispositivos como Controlador de comunicação PCI simples. Parainstalar seus drivers, clicamos neste item, selecionamos a guia Driver eusamos o botão Atualizar Driver. Entrará em ação o assistente paraatualização de driver, mostrado na figura 34. Visualmente é um poucodiferente, mas opera de forma similar aos assistentes do Windows 98 eWindows ME.

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Figura 21.35

Assistente para atualização de driver.

Usamos na figura 36, a opção “Procurar por um driver adequado para odispositivo”, e poderemos assim usar o driver presente em um disquete, emum CD-ROM ou previamente descomprimido em um diretório.

Figura 21.36

Indicando como o driver vai ser encontrado.

Chegamos então a um quadro onde indicamos onde o driver deve serprocurado: disquete, CD-ROM, em um diretório do disco rígido, ou atémesmo na rede. O processo é bem parecido com o do Windows 9x. Este é ométodo padrão de instalação, mas assim como ocorre no Windows 9x,alguns fabricantes podem criar programas de instalação para os drivers.

No passado existiam diferenças entre drivers para Windows 9x e drivers paraWindows NT. A partir do Windows 98, a Microsoft padronizou o uso dedrivers WDM (Windows Driver Model). São drivers que servem tanto para oWindows 98/ME quanto para o Windows NT e 2000. Atualmente osfabricantes podem produzir um único driver para ambos os sistemas. Nãoexistem mais problemas de dispositivos que não funcionam no WindowsNT/2000 por falta de drivers. O Windows XP também traz uma unificação

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de drivers, que agora se aplicam tanto para a versão Home como para aversão Professional.

Drivers a serem instalados

Assim como ocorre no Windows 9x/ME, no Windows 2000 também temosque instalar drivers para a placa de CPU e para os demais dispositivos dehardware. É recomendável utilizar as versões mais recentes, disponíveis nossites dos fabricantes. Alguns fabricantes produzem drivers universais, outrosoptam por fornecer drivers separados para Windows 9x e Windows 2000.Com a substituição desses dois sistemas pelo Windows XP (Home eProfessional), a tendência é que tanto os drivers como os programas deinstalação sejam unificados.

Instalação do LinuxO Linux é um sistema operacional de utilização relativamente fácil, do pontode vista do usuário, apesar de ser um pouco mais difícil para quem precisainstalar, configurar parâmetros do sistema e adicionar hardware. Possui váriasinterfaces gráficas, entre as quais o KDE, que é muito parecido com oWindows. É acompanhado de programas como o Netscape para acesso àInternet e o Star Office, pacote de utilitários similar ao Microsoft Office.Várias empresas no Brasil fazem a distribuição do Linux, entre elas aConectiva (www.conectiva.com.br). Nos exemplos mostrados aqui usamos oConectiva Linux 6.0.

O Linux pode ser instalado em um disco rígido vazio, sem partições. Paraisso devemos usar o programa FDISK para eliminar as partições do discorígido. Se quisermos podemos deixar o disco rígido inteiramente ocupadopor uma partição do DOS/Windows. O programa de instalação do Linux irácortar esta partição, deixando espaço livre para que ele crie uma novapartição “não-DOS” para seu sistema de arquivos. Finalmente, podemos criaras partições no disco usando o FDISK, deixando um espaço livre, nãoocupado por partições, no qual o Linux será posteriormente instalado. Ogerenciador de boot do Linux permite que possamos escolher, na ocasião doboot, se queremos usar o Windows ou o Linux. Partições usadas peloWindows poderão ser acessadas pelo Linux.

Preparação de modems

Muitas pessoas vão dizer que o Linux exige modems “jampeados”. Estapalavra é realmente bem estranha, por isso a colocamos entre aspas. Ela émuito empregada informalmente entre os conhecedores de hardware, apesarde sintaticamente e tecnicamente estar errada. Ela se refere a dispositivos que

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possuem jumpers. No caso estamos falando dos modems de legado (nãoPlug and Play), que possuem jumpers para definir o endereço de E/S(COM1, COM2, COM3 ou COM4) e a IRQ a ser utilizada pelo modem. Oproblema aqui é que o Linux não reconhece automaticamente modems Plugand Play, e a solução mais simples para o problema é usar um modem delegado, ou seja, com jumpers. Esses modems podem ser configurados devárias formas:

COM3 ou COM4, usando uma interrupção livre, como IRQ9COM2, usando IRQ3

Se você quer usá-lo como COM2, terá que desabilitar a COM2 da placa deCPU, através do CMOS Setup. Em qualquer dos casos será preciso reservarno CMOS Setup, a IRQ a ser usada para o modem. Para isso use o menuPCI/PnP do CMOS Setup e programe a interrupção a ser usada pelo modemcomo Legacy/ISA.

O Linux pode também utilizar modems Plug and Play, desde que tenhamDSP (digital signal processor), ou seja, que eles não sejam Winmodems(também chamados de soft modems ou HSP modems). A configuração dosmodems com DSP pode ser feita manualmente no Linux, sem problemas,como mostraremos mais adiante.

Problemática é a instalação dos Winmodems. Não são modems verdadeiros,e sim, placas com alguns circuitos de modem. Os circuitos não existentes (oDSP, por exemplo) são implementados por software, que é executado peloprocessador da placa de CPU. Esses modems foram feitos para funcionar noWindows, e a maioria deles não funcionam no Linux. Seus fabricantes têmmostrado pouco interesse em compatibilizá-los com o Linux, mas váriosdeles já foram compatibilizados, não por seus fabricantes, mas porcolaboradores independentes.

O processo de instalação

Execute um boot com o CD de instalação do Linux. Todos os PCsmodernos permitem fazer o boot pelo drive de CD-ROM. Se isto não forpossível, como por exemplo no caso de PCs antigos, faça o boot pelodisquete de instalação que acompanha o Linux.

Ao executarmos o boot pelo CD de instalação do Linux, será mostrada atela do GRUB (figura 37). Podemos escolher o tipo de instalação e teclarENTER.

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x-42 Hardware Total

Figura 21.37

Início da instalação do Linux.

O programa de instalação começará perguntando o idioma. SelecionamosPortuguês do Brasil e clicamos em Próximo. O programa perguntará o tipode mouse instalado. Se neste ponto o mouse já estiver ativo, podemossimplesmente clicar em Próximo. Senão podemos usar as teclas TAB,espaço, setas e ENTER para selecionar um outro tipo de mouse quefuncione. Aqui normalmente não ocorrem problemas. Os dois principaistipos de mouse são o serial ligado na COM1 e o PS/2.

A seguir (figura 38) indicamos o modelo de teclado utilizado. Os modelosusados no Brasil são o ABNT2 (com tecla “Ç”) e o US English. Podemostestar o funcionamento das teclas de acentuação no campo inferior destequadro.

Figura 21.38

Configurando o teclado.

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Capítulo x - xxxxxxxxxxxxxxxxxx x-43

O instalador perguntará então o tipo de instalação a ser usada. A instalaçãopadrão é adequada para a maioria dos casos. Se espaço no disco rígido nãofor problema, podemos usar a instalação completa, assim como a instalaçãomínima é a recomendada para discos com pouco espaço (1 GB, porexemplo). Podemos ainda usar a instalação personalizada para escolher oscomponentes a serem instalados.

Se o disco rígido não tiver partições, será todo utilizado pelo sistema dearquivos do Linux. Se já existirem partições, será apresentada a tela doparticionador (figura 39). Aqui podemos ver as partições existentes einformar como o Linux deve ser instalado: usar o espaço restante ouredimensionar partições existentes para dar espaço para o Linux. Note quequando o disco não tem partições, este particionador não será mostrado, maspodemos forçar sua execução, bastando marcar a opção “Forçarparticionamento manual”. Recomendamos que você deixe o instalador criarautomaticamente as partições do Linux no espaço livre (não particionado) dodisco.

Figura 21.39

Particionador.

Um quadro de configurações de rede aparecerá se existir uma placa de redeinstalada. Você pode deixar com a opção “Sem interface de rede” econfigura-la posteriormente. Preencha apenas o campo “Nome da máquina”.

No quadro da figura 40 vemos a seleção da placa de vídeo. O Linux possuidrivers compatíveis com praticamente todas as placas de vídeo do mercado.A placa é detectada automaticamente pelo instalador e já aparece indicadacorretamente nesta lista. Caso não esteja, você pode experimentar outrasopções.

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x-44 Hardware Total

Figura 21.40

Selecionando a placa de vídeo.

Em um outro quadro indicamos a marca e o modelo do monitor. É bastanteextensa a lista apresentada, mas nos raros casos em que o seu monitor nãoaparece na lista, use uma das opções de monitores genéricos. Neste caso serápreciso indicar a resolução máxima e a taxa de atualização (refresh rate) paraesta resolução. Essas informações são encontradas no manual do monitor.

O quadro da figura 41 é usado para o cadastramento de usuários. Existemdois tipos de usuário: o administrador (username=root) ou superusuário, e osusuários comuns. Na parte superior deste quadro, preenchemos a senha parao administrador. Apenas o administrador poderá ter acesso a configurações einstalações de hardware, gerenciamento de rede e outras funções vitais. Osusuários comuns terão acesso a configurações “inofensivas ao hardware”,como papeis de parede e tamanho de fontes, por exemplo. Poderão aindater acesso aos aplicativos. É recomendável que mesmo quando o PC vai serusado por um único usuário, não seja usada a conta de superusuário no dia adia. Cadastre uma conta comum para usar a maior parte do tempo e deixe aconta de superusuário apenas para quando for realizar configurações einstalações.

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Figura 21.41

Cadastrando usuários e senhas.

O instalador perguntará a seguir (figura 42) qual é o gerenciador de boot aser usado na inicialização do Linux. Os gerenciadores oferecidos são bemparecidos, o LILO e o GRUB. Recomendamos usar o GRUB, que teminterface gráfica.

Figura 21.42

Selecionando o gerenciador de boot.

O instalador perguntará ainda se desejamos gerar um disquete de boot parao Linux, para usar em casos de emergência. Estará então terminada ainstalação. Retire o CD-ROM e disquete caso tenha sido usado, e deixe oboot ser executado.

O ambiente KDE

Para aqueles que já conhecem o Windows e querem aprender Linux, o KDEé uma excelente forma de começar. Ao ser executado o boot, é perguntado

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o gerenciador a ser utilizado. Escolhemos então KDE. Será também precisoefetuar o login do usuário.

Figura21.43

O ambiente KDE.

A figura 43 mostra o aspecto da área de trabalho no KDE. Qualquersemelhança com o Windows é meramente proposital. A maioria doscomandos que são realizados no Windows, são encontrados de formasemelhante no KDE.

O Linux é distribuído em diversas configurações. A configuração básica éacompanhada de vários utilitários e aplicativos, além do Netscape Navigatorpara acesso à Internet. Configurações mais completas incluem CDs comvários programas comerciais e de shareware, alguns de demonstração. Étambém acompanhado do Star Office, um pacote de utilitários similar aoMicrosoft Office.

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Figura 21.44

Centro de controle KDE.

Quem precisa instalar e configurar hardware no Windows precisa conhecer oPainel de Controle. No KDE, o correspondente é o Centro de ControleKDE. Ele é obtido com o comando K / Centro de Controle. Observe que obotão “K”, localizado na parte esquerda da barra de tarefas, é ocorrespondente ao botão Iniciar do Windows. A figura 44 mostra uma partedas informações obtidas com o Centro de Controle KDE. Neste exemploselecionamos o item Informações / PCI. Observe na parte direita da janela,várias informações sobre os dispositivos PCI, entre os quais:

Serial controller: Unknown vendor Unknown device (ver 1).Vendor id=12b9. Device id=1008,Medium devsel. IRQ5.I/O at 0xdc00 [0xdc01]

Essas informações serão importantes quando formos configurar o modem.Será preciso informar a IRQ (no nosso exemplo é 5) e o endereço de I/O (nonosso exemplo é 0xdc00.

Configurando o monitor

A placa de vídeo é configurada na ocasião da instalação do Linux. O mesmoocorre com o monitor, mas podemos posteriormente mudar estaconfiguração. Para isso usamos o utilitário Xconfigurator. Tome cuidado,pois o Linux é “case sensitive”. Isto significa que faz distinção entre letrasmaiúsculas e minúsculas. A palavra Xconfigurator, por exemplo, deve serusada exatamente assim, com “X” maiúsculo e o restante das letrasminúsculas. O Xconfigurator é executado em uma janela de Terminal, ummodo que lembra muito o velho Prompt do MS-DOS. Para executar oTerminal, usamos:

K / Sistema / Terminal (modo super-usuário)

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A janela do Terminal será aberta, como vemos na figura 45. Podemos entãoteclar Xconfigurator.

Figura 21.45

Executando o Terminal.

Uma outra forma de executar o Xconfigurator é usando K / Executar.Preenchemos o nome Xconfigurator e clicamos no botão Opções. Marcamosentão a opção “Executar no terminal”. O Xconfigurator começaráinformando a placa de vídeo detectada, como vemos na figura 46.

Figura 21.46

Placa de vídeo detectada.

A seguir é apresenta a seleção de monitor. Inicialmente selecionamos ofabricante na lista, e depois selecionamos o modelo. Podemos ainda usar aopção Personalizado, como mostra a figura 47.

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Figura 21.47

Escolhendo a marca e o modelo domonitor.

Podemos agora escolher um entre os vários modelos personalizados,baseados nas informações do manual do monitor: resolução e freqüênciavertical em cada uma dessas resoluções. A maioria dos monitores simples defabricação nos últimos anos aceita a opção “SVGA não entrelaçado,1024x768 em 60 Hz, 800x600 em 72 Hz”.

Figura 21.48

Configurando um monitor no modopersonalizado.

O programa fará mais algumas perguntas, como a faixa de freqüênciasverticais permitidas. A opção “50-90” é a mais indicada. Perguntará ainda aquantidade de memória de vídeo existente na placa de vídeo. Perguntaráainda uma “Configuração de Clockchip”, que pode ficar desativada.Finalmente perguntará as resoluções e modos gráficos que serão utilizados,como vemos na figura 49. A seguir serão feitos testes dessas resoluções emodos gráficos, e estará finalizada a configuração.

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Figura 21.49

Escolhendo os modos gráficos a seremusados.

Configurando o modem no Linux

Como já abordamos, a maioria dos modems atuais foram feitos parafuncionar no Windows, e o Linux não é capaz de reconhecê-los, configurá-los e usá-los. Algumas dessas restrições podem ser vencidas, mas nem todosos modems podem ser usados. Vejamos então os tipos de modems que oLinux reconhece e como utilizá-los.

Os modems que não são Plug and Play e não são soft modems funcionamperfeitamente no Linux. Eles até podem ser Plug and Play, mas é preciso quepossam ser ativados pelo BIOS, sem a necessidade de programações doWindows. Todos os modems que possuem jumpers recaem nesta categoria.Eles são os chamados “Legacy Modems”, ou “modems de legado”. Possuemjumpers para definir a porta serial e a IRQ que utilizam. Para que o Linux osutilize, basta usar o programa linuxconf e indicar a porta serial usada, comoveremos adiante.

Um pouco mais complicado é quando o modem é Plug and Play.Normalmente os modelos PCI recaem nesta categoria, mas existem tambémmodelos ISA Plug and Play. Modelos ISA Plug and Play podem operar dedois modos: Legado e Plug and Play. Para que operem no modo de legado,basta instalar os jumpers para definir a porta e a IRQ. Recomendamos queesses modems sejam configurados assim no Linux. Para que operem nomodo PnP, basta retirar os jumpers. Deixe os jumpers desses modemsinstalados e use a instalação padrão com o linuxconf, como mostraremosadiante.

Para usar um modem PCI que não seja Winmodem (ou seja, que executeseu trabalho 100% por hardware), é preciso descobrir o seu endereço de I/O

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e sua IRQ. Esta informação pode ser obtida com a ajuda do Centro decontrole KDE (figura 44). Neste exemplo temos:

Endereço de I/O: 0xdc00 Interrupção: IRQ 5

Execute então o Terminal em modo super-usuário e utilize os comandosmostrados na figura 50:

cd /dev./MAKEDEV ttyS14setserial /dev/ttyS14 port 0xdc00 irq 5 uart 16550aln -sf /dev/ttyS14 /dev/modem

Figura21.50

Ativando o modemPCI PnP com oTerminal.

Caso o programa setserial não esteja instalado, insira o CD de instalação doLinux e monte-o:

mount /mnt/cdrom

Instale o pacote:

rpm -ivh /mnt/cdrom/conectiva/RPMS/setserial-*

Os quatro comandos mostrados na figura 50 têm o seguinte significado:

1) Entra no diretório /dev2) Cria o dispositivo ttyS143) Programa os parâmetros da porta serial4) Cria um link para o modem

Terminados esses comandos, podemos usar, na própria janela do Terminal,o programa linuxconf (figura 51). Clique na guia Configuração.

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x-52 Hardware Total

Figura 21.51

O programa linuxconf.

Use neste programa a opção Serviços diversos. Será mostrada a janela dafigura 52, onde devemos clicar em Modem.

Figura 21.52

Clique em Modem.

Será mostrado o quadro da figura 53. Note que modems que possuemjumpers não necessitam dos 4 comandos especiais usados na figura 50.Podemos ir diretamente a esta janela para indicar a porta serial na qual estáligado o modem. No caso de modems PCI PnP, temos que usar no quadro

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Capítulo x - xxxxxxxxxxxxxxxxxx x-53

da figura 53, o botão Detect. Se tudo correr bem, o modem será encontradoe será usada a “porta” ttyS14 que criamos na janela da figura 50.

Figura 21.53

Indicando a porta serial onde está ligado o modem

Podemos agora clicar em OK e em Aceitar na figura 53. O modem estápronto para ser usado. Basta usar o discador KPPP (K / Internet / DiscadorKPPP). Preenchemos o número do provedor, o nome do usuário e a senha.Estabelecida a conexão, usamos o Netscape Navigator.

Aos poucos, drivers para soft modems estão sendo criados para o Linux.Você encontrará informações a respeito em www.linmodems.org.

Uso da memória no MS-DOSO fato de um PC possuir muita memória RAM não é suficiente para garantiro funcionamento dos programas do MS-DOS. Podemos ter, por exemplo,um PC com 256 MB de RAM, e encontrarmos problemas ao executar umsimples programa de MS-DOS que requer 600 kB. O problema não é aquantidade, e sim, o tipo de memória.

Programas para Windows dificilmente apresentam problemas de memória.Se um PC tem memória, então ela está disponível para os aplicativos doWindows. Mesmo quando não existe RAM suficiente, normalmente osprogramas conseguem funcionar usando a memória virtual, que é uma áreado disco rígido usada para simular uma quantidade maior de RAM. Aindaassim este método tem suas deficiências, como a lentidão e o fato de nemtodos os programas poderem operar com memória virtual.

A situação é diferente para os programas que operam sob o MS-DOS. Se fornecessário utilizar um aplicativo para MS-DOS, mesmo antigo, ou entãoalguns dos diversos jogos para este sistema operacional, será precisoconfigurar a memória adequadamente.

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x-54 Hardware Total

A memória necessária para os programas do MS-DOS pode ser classificadaem diversas modalidades:

Memória Convencional Memória Estendida Memória XMS Memória EMS UMB HMA

Esta organização de memória é a mesma do MS-DOS 5.0, e foi mantida noMS-DOS 6.x e no MS-DOS que fica embutido no Windows.

Mapa de memória

Imagine um computador com modestos 16 MB de memória RAM. Podemosrepresentar esta memória em um diagrama como mostra a figura 54. Estediagrama é chamado de mapa de memória.

Figura 21.54

Mapa de memória de um PCcom 16 MB de RAM.

Este suposto PC tem os seus 16 MB de RAM divididos da seguinte forma:

1 MB Este primeiro 1 MB de memória está dividido em duas regiões: 640 kB de memória convencional384 kB de memória “desabilitada”

15 MB A região de memória localizada a partir do endereço 1M (1024 k), até o final damemória RAM, é chamada de memória ESTENDIDA.

Seja qual for a quantidade de memória de um PC, a sua organização é muitosimilar ao mostrado na figura 54. Entre o endereço 0 k (o início da memória)e o endereço 640 k, temos a chamada memória convencional. Esta região dememória é usada pela maioria dos programas para MS-DOS. Depois doendereço, 640 k, é feita uma pausa na memória RAM. A região de memórialocalizada entre os endereços 640 k e 1024 k (1 M) é reservada para outrostipos de memória, sem ser a RAM. Nesta região encontramos:

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Capítulo x - xxxxxxxxxxxxxxxxxx x-55

ROMs com o BIOS da placa de CPU e de placas de expansão Memória de vídeo para os modos de baixa resolução

Nos PCs antigos, a memória RAM terminava no endereço 640 k. Até esteponto, a RAM é chamada de memória convencional. A partir daí, e até ofinal da memória (1024 k), tínhamos uma região totalizando 384 kB de me-mória, onde era localizada uma pequena miscelânea de memórias, consti-tuídas principalmente por memórias ROM e pela memória de vídeo, alémde algumas áreas vazias. Pelo fato desta área, chamada de memória superior,estar reservada para uso por esta miscelânea de memórias, não pode serocupada pela memória RAM. A RAM termina no endereço 640 k eprossegue a partir do endereço 1024 k. A partir do endereço 1024 k, a RAMé chamada de memória estendida.

A memória convencional e a memória estendida são nativas, isto é, nãonecessitam de nenhum software especial para que passem a existir. Isto é omesmo que dizer que o teclado é um dispositivo nativo do PC, já quefunciona sem nenhum software especial. Por outro lado, existem muitosdispositivos que só funcionam mediante a instalação de softwares apropri-ados (drivers), entre os quais podemos citar o drive de CD-ROM, o mouse ea placa de som.

Para comprovar como a memória convencional e a estendida estão dis-poníveis sem que nenhum software especial seja instalado, execute um bootlimpo (teclando F8 durante o boot e escolhendo a opção “Somente Promptdo modo de segurança) e a seguir use o comando:

MEM /C

Será mostrado um relatório como o mostrado abaixo. Este relatório foiobtido em um PC com 32 MB de memória RAM. Logo no início dorelatório existe uma lista com os nomes dos programas que estão carregadosna memória. No caso deste tipo de boot, encontraremos apenas o núcleo doMS-DOS (ocupando 77 kB) e o COMMAND (ocupando 10 kB), ambos namemória convencional.

RELATÓRIO 1Módulos usando memória abaixo de 1 MB:

Nome Total Convencional Memória Sup. -------- ---------------- ---------------- ---------------- MSDOS 78,416 (77K) 78,416 (77K) 0 (0K) COMMAND 10,064 (10K) 10,064 (10K) 0 (0K)

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x-56 Hardware Total

Livre 566,672 (553K) 566,672 (553K) 0 (0K)

Resumo da Memória:

Tipo de Memória Total Usado Livre ---------------- ----------- ----------- ----------- Convencional 655,360 88,688 566,672 Superior 0 0 0 Reservado 393,216 393,216 0 Estendida (XMS) 32,505,856 32,505,856 0 ---------------- ----------- ----------- ----------- Total de memória 33,554,432 32,987,760 566,672

Total menor que 655,360 88,688 566,672

Maior programa executável 566,560 (553K) Maior bl. memória superior livre 0 (0K)

Memória XMS

Convém agora apresentar um outro tipo de memória, chamado de XMS, eao mesmo tempo esclarecer a confusão que é feita entre a memória XMS e amemória estendida. A memória XMS (Extended Memory Specification)nada mais é que a própria memória estendida, exceto pelo fato do seu usoser gerenciado por um programa chamado Gerenciador de MemóriaEstendida. O programa Gerenciador de Memória Estendida que acompanhao Windows e o MS-DOS é o HIMEM.SYS. Antes do MS-DOS 5.0, muitosprogramas acessavam a memória Estendida de forma desordenada, o queimpedia, por exemplo, a convivência pacífica de vários programas emexecução simultânea em ambientes multitarefa, como é o caso do Windows.O gerenciador HIMEM.SYS funciona como um “guarda de trânsito”,responsável por fornecer áreas de memória estendida solicitadas pelosdiversos programas.

Com o passar dos anos, o acesso à memória estendida através do geren-ciador HIMEM.SYS tornou-se algo tão padronizado, que atualmente ostermos “memória estendida” e “memória XMS” são tomados como sinôni-mos. O próprio relatório sobre o uso da memória mostrado pelo programaMEM utiliza esta mesma confusão de nomes. A memória estendida, ao qualo programa MEM se refere, é na verdade a memória XMS. No relatório donosso exemplo, vemos que existem 31.744 kB de memória XMS (31 MB),dos quais todos os 31.744 kB estão “ocupados”, restando portanto 0 kB dememória XMS livre. Esses 31 MB de memória XMS estão “ocupados”, poisna verdade nem forma transformados em memória XMS. Quandoexecutamos o boot limpo, o gerenciador HIMEM.SYS não é ativado, e porisso, toda a memória estendida permanece “estendida à moda antiga”, ouseja, sem ser transformada em XMS.

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Capítulo x - xxxxxxxxxxxxxxxxxx x-57

O uso do HIMEM.SYS para ativar a memória XMS tem sido praticamenteintalterado, desde os tempos do MS-DOS 5.0. Consiste em usar, logo noinício do arquivo CONFIG.SYS, o seguinte comando:

DEVICE=C:\WINDOWS\HIMEM.SYS

Observe a seguir os arquivos CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT que oWindows gera na ocasião da sua instalação. Como podemos ver, sãoarquivos extremamente simples. Apenas são ativados alguns programasrelacionados com a apresentação correta de caracteres acentuados na tela, etambém com a acentuação pelo teclado.

CONFIG.SYSdevice=C:\WINDOWS\COMMAND\display.sys con=(ega,,1)Country=055,850,C:\WINDOWS\COMMAND\country.sys

AUTOEXEC.BATmode con codepage prepare=((850) C:\WINDOWS\COMMAND\ega.cpi)mode con codepage select=850keyb br,,C:\WINDOWS\COMMAND\keyboard.sys

Mesmo com essas versões default simples dos arquivos CONFIG.SYS eAUTOEXEC.BAT, veja no relatório obtido com o comando MEM/Cquando executamos o boot com a opção “Somente Prompt”.

RELATÓRIO 2Módulos usando memória abaixo de 1 MB:

Nome Total Convencional Memória Sup. -------- ---------------- ---------------- ---------------- MSDOS 16.992 (17K) 16.992 (17K) 0 (0K) DISPLAY 18.064 (18K) 18.064 (18K) 0 (0K) HIMEM 1.168 (1K) 1.168 (1K) 0 (0K) IFSHLP 2.864 (3K) 2.864 (3K) 0 (0K) SETVER 832 (1K) 832 (1K) 0 (0K) COMMAND 7.328 (7K) 7.328 (7K) 0 (0K) KEYB 6.944 (7K) 6.944 (7K) 0 (0K) Livre 601.024 (587K) 601.024 (587K) 0 (0K)

Resumo da Memória:

Tipo de Memória Total Usado Livre ---------------- ----------- ----------- ----------- Convencional 655.360 54.336 601.024 Superior 0 0 0 Reservado 393.216 393.216 0 Estendida (XMS) 32.505.856 69.632 32.436.224 ---------------- ----------- ----------- ----------- Total de memória 33.554.432 517.184 33.037.248

Total menor que 655.360 54.336 601.024

Maior programa executável 600.896 (587K) Maior bl. memória superior livre 0 (0K)

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x-58 Hardware Total

MS-DOS está residente na área de memória alta.

Observe neste relatório que o HIMEM.SYS está carregado na memória, eque existe memória XMS disponível, mesmo não tendo sido usado oHIMEM.SYS no arquivo CONFIG.SYS. Esta é uma característica do MS-DOS 7.0 e superior (ou seja, as versões de DOS que são embutidas noWindows 95 e superiores). O HIMEM.SYS é carregado automaticamente,mesmo que não seja usado no CONFIG.SYS.

O relatório mostra, em seu início, os nomes de programas que estãocarregados de forma residente na memória. Entre eles encontramos oMSDOS e o COMMAND, que são sempre carregados automaticamente naocasião do boot, sem que precisem ser especificados nos arquivos deinicialização (CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT).

Observe a linha:

Estendida (XMS) 32.505.856 69.632 32.436.224

A linha indica que existem 31 MB (31 x 1024 x 1024 = 32.505.856) de me-mória XMS total, que nada mais é que a quantidade de memória acima doendereço 1024 k. Desses 31 MB, 69.632 estão ocupados, sobrando um totalde 32.436.224 bytes. Como vemos, praticamente toda a memória estádisponível na forma de XMS. Toda esta memória também estará ativadaquando executamos um boot normal no Windows 9x. Qualquer aplicativopara Windows 9x (que requer memória XMS) poderá usar esta memória,sem que o usuário precise realizar configurações complicadas. O problema équando queremos utilizar aplicativos do MS-DOS...

Observe no primeiro relatório do programa MEM (Relatório 1) que existem553 kB de memória convencional livre, pois 87 kB estão sendo ocupadospelo MS-DOS e pelo COMMAND. Já no Relatório 2 encontramos diversosoutros programas carregados na memória convencional, entretanto, temosapenas 587 kB (621.024 bytes) de memória convencional livre. Isto é muitocurioso: mesmo com mais programas carregados na memória convencional,no Relatório 2 vemos que esses programas ocupam menos espaço. A razãodisso é que na situação do Relatório 1, o MS-DOS e o COMMANDocupavam, 77 kB e 10 kB, respectivamente, e no Relatório 2 ocupam 17 kB e7 kB.

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Capítulo x - xxxxxxxxxxxxxxxxxx x-59

Uma vez estanto ativa a memória XMS, passa a estar também disponíveluma área especial de memória, chamada HMA (High Memory Area, ouÁrea de Memória Alta). Observe no final do Rrelatório 2, a linha “MS-DOSestá residente na área de memória alta”. Esta área possui apenas 64 kB, e ficalocalizada logo no início da memória XMS, ou seja, entre os endereços 1024k e 1088 k. Apesar de pequena, foi suficiente para armazenar 60 kB do MS-DOS e 3 kB do COMMAND, e como resultado, foi possível desocupar 64kB da memória convencional. Isto parece uma ninharia em um computadormoderno, mas é vital para os programas do MS-DOS, que necessitam dememória convencional livre para poderem ser executados. Fica portanto,apresentado uma outra região de memória, a HMA.

HMA

Trata-se de uma pequena área de memória, localizada a partir do endereço 1M (1024 k), e ocupando 64 kB. Desde os tempos do MS-DOS 5.0, a HMAtem sido utilizada para armazenar partes do núcleo do MS-DOS, que deoutra forma estariam ocupando espaço na memória convencional ou namemória superior. A HMA faz parte da memória XMS, e é criada peloHIMEM.SYS. Antes do Windows 95, para fazer com que trechos do MS-DOS fossem transferidos para a HMA, era preciso usar em qualquer pontodo arquivo CONFIG.SYS (normalmente, por questão de organização, estecomando era acrescentado ao início do CONFIG.SYS) o comando:

DOS=HIGH

O simples uso do HIMEM.SYS não habilitava a transferência de trechos doMS-DOS para a HMA. Era preciso adicionar a linha “DOS=HIGH” noCONFIG.SYS. Entretanto, no Windows 9x, a transferência de partes do MS-DOS para a HMA é automática, desde que o HIMEM.SYS também estejaativado, o que ocorre, por exemplo, quando executamos o boot normal doWindows 9x, ou o boot com a opção “Somente Prompt”.

Para permitir a execução de aplicativos do MS-DOS, é importantíssimoliberar a maior quantidade possível de memória convencional. No relatório 1já apresentado, vemos que existem 553 kB de memória convencional livre.No relatório 2, este número aumentou para 578 kB, graças ao uso do HMA.Entretanto, em muitos casos, este total pode ser insuficiente. Pode sernecessário o carregamento de mais programas residentes, diminuindo aindamais a quantidade de memória convencional livre. É importante lembrar quecertos jogos para MS-DOS exigem mais de 600 kB de memória convencionallivre, apesar de não ultrapassarem seu valor máximo, que é de 640 kB.Muitos requerem 600, 610, alguns chegando a exigir até 615 kB.

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x-60 Hardware Total

Memória EMS e UMB

Também podemos ter acesso ao MS-DOS através do comando Prompt doMS-DOS, sob o Windows 9x. Se fizermos isto e executarmos o comandoMEM/C, teremos o relatório 3 mostrado abaixo.

RELATÓRIO 3Módulos usando memória abaixo de 1 MB:

Nome Total Convencional Memória Sup. -------- ---------------- ---------------- ---------------- MSDOS 16.992 (17K) 16.992 (17K) 0 (0K) DISPLAY 18.064 (18K) 18.064 (18K) 0 (0K) HIMEM 1.168 (1K) 1.168 (1K) 0 (0K) IFSHLP 2.864 (3K) 2.864 (3K) 0 (0K) SETVER 832 (1K) 832 (1K) 0 (0K) WIN 3.696 (4K) 3.696 (4K) 0 (0K) vmm32 2.752 (3K) 2.752 (3K) 0 (0K) KEYB 6.944 (7K) 6.944 (7K) 0 (0K) COMMAND 7.392 (7K) 7.392 (7K) 0 (0K) Livre 594.496 (581K) 594.496 (581K) 0 (0K)

Resumo da Memória:

Tipo de Memória Total Usado Livre ---------------- ----------- ----------- ----------- Convencional 655.360 60.864 594.496 Superior 0 0 0 Reservado 393.216 393.216 0 Estendida (XMS) 32.505.856 184.320 32.321.536 ---------------- ----------- ----------- ----------- Total de memória 33.554.432 638.400 32.916.032

Total menor que 655.360 60.864 594.496

Total Expandido (EMS) 33.030.144 (32M) Livre Expandido (EMS) 16.777.216 (16M) Maior programa executável 594.480 (581K) Maior bl. memória superior livre 0 (0K) MS-DOS está residente na área de memória alta.

Podemos notar algumas novidades neste relatório. A primeira é presença dosprogramas WIN e VMM32, ambos ocupando parte da memóriaconvencional. A outra grande diferença é que agora existe um outro tipo dememória: Memória Expandida (EMS). Este tipo de memória foi muito usadono final dos anos 80, e começou a cair em desuso a partir da difusão cadavez mais acentuada do uso da memória XMS. Mesmo assim, ainda existemmuitos programas para MS-DOS que a utilizam, como jogos e aplicativos.

A memória EMS é ativada por programas chamados “Gerenciadores dememória Expandida”. Desde o MS-DOS 5.0 até as mais recentes versões doWindows, é fornecido o gerenciador EMM386.EXE. Para os programas do

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Capítulo x - xxxxxxxxxxxxxxxxxx x-61

Windows 9x não é necessário usar este gerenciador. O Windows 9x possuium gerenciador interno que cria a memória EMS, sem que o usuário preciseutilizar o EMM386, e está disponível nas janelas do MS-DOS sob oWindows. Entretanto, algumas razões podem levar o usuário a usar oEMM386. A primeira delas é que a memória EMS é ativadaautomaticamente pelo Windows 9x, apenas nas seções do MS-DOS, obtidascom o comando “Prompt do MS-DOS”. Ao ser executado o boot com aopção “Somente Prompt”, não existirá memória EMS disponível, a menosque usemos o EMM386. A segunda razão que pode levar o usuário a ativaro EMM386 é que este programa executa uma função que não é ativada deforma automática pelo Windows 9x. Trata-se da criação da memória UMB(Upper Memory Blocks, ou Blocos de Memória Superior). A memória UMBserve para armazenar programas que de outra forma estariam ocupandoespaço na memória convencional. Para obter mais de 600 kB de memóriaconvencional livre, mesmo com vários programas residentes carregados namemória, é preciso utilizar os UMBs. Precisamos então conhecer o programaEMM386, a memória EMS e os UMBs, se quisermos maximizar a memóriaconvencional livre.

A memória EMS foi originada nos micros XT, nos quais o processador 8088só era capaz de acessar 1 MB de memória. Para permitir o aumento daquantidade de memória acessada pelo processador, utilizou-se no padrãoEMS, uma técnica de hardware chamada “chaveamento de bancos dememória”. Consiste em dividir a memória adicional (no caso, a memóriaEMS) em blocos de 64 kB, e deixar que apenas um desses blocos sejaacessado pelo processador a cada instante. Para acessar um determinadobloco, o gerenciador de memória EMS precisa primeiro especificar qual é obloco a ser acessado (isto era feito através de um comando de hardwareenviado para a placa de memória EMS), e depois disso acessar o blocodesejado, que agora estará visível dentro do espaço de endereçamento doprocessador.

Figura21.55

Acesso à memóriaEMS.

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x-62 Hardware Total

A operação de acesso à memória EMS é mostrada, de forma simplificada, nafigura 55. A barra horizontal localizada na parte inferior da figura representaa memória EMS, dividida em blocos de 64 kB. A outra barra horizontal, naparte superior da figura, representa o mapa da memória vista peloprocessador. Neste mapa, temos as seguintes regiões de memória:

Memória Convencional: Como sempre, de 0 k a 640 kMemória de vídeo: Localizada entre 640 k e 768 kROMS: Nas faixas 768 k - 896 k e 960 k -1024 kEMS PAGE FRAME: Entre 896 k e 960 k

O EMS PAGE FRAME é um bloco da memória superior, ocupando 64 kB,através do qual é feito o chaveamento de bancos da memória EMS. Ogerenciador envia um comando para o hardware que controa a memóriaEMS, fazendo com que o banco selecionado “apareça” no endereço do EMSPage Frame, podendo então ser acessado.

A explicação apresentada a respeito da memória EMS foi ligeiramentesimplificada, visando facilitar o seu entendimento. Vamos agora completá-la,removendo a simplificação feita. A figura 55 mostra o uso de blocos de 64kB, tanto para o EMS PAGE FRAME, como pela própria memória EMS.Entretanto, na verdade a memória EMS é organizada em blocos de 16 kB,chamados “páginas”. O EMS PAGE FRAME, com seus 64 kB, abriga 4páginas de 16 kB. O esquema exato é mostrado na figura 56.

Figura21.56

Acesso à memóriaEMS.

A divisão da memória EMS em páginas de 16 kB, apesar de ser ligeiramentemais complicada para a implementação e para a programação (apenas quemdesenvolve programas ou placas de memória EMS passam por esta

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Capítulo x - xxxxxxxxxxxxxxxxxx x-63

complicação), permite maior flexibilidade, já que até 4 trechos podem seracessados simultaneamente.

Nos tempos dos PCs XT e AT-286, a memória EMS era formada por umaplaca de expansão, contendo a memória e o hardware de controle. Já os PCsbaseados nos processadores 386 e superiores, passou a ser desnecessário ouso de qualquer tipo de hardware especial para implementar a memóriaEMS. Isto ocorre porque os processadores 386 e posteriores possuemrecursos de gerenciamento de memória que permitem implementar asfunções de chaveamento de bancos, sem a necessidade de hardwareadicional. A Microsoft criou um gerenciador de memória que implementaeste recurso, ou seja, usar uma parte da memória estendida como memóriaEMS. Este gerenciador é o EMM386.EXE, e trabalha em conjunto com oHIMEM.SYS. Para usar o EMM386.EXE devemos incluir, no início doarquivo CONFIG.SYS os comandos:

DOS=HIGH,UMBDEVICE=C:\WINDOWS\HIMEM.SYSDEVICE=C:\WINDOWS\EMM386.EXE RAM

Cabe aqui apresentar um detalhe muito importante. Quando não queremosusar o EMM386, não precisamos ativar o HIMEM.SYS no arquivoCONFIG.SYS, pois esta ativação é feita automaticamente durante o carre-gamento do Windows 9x. Entretanto, no instante em que o arquivoCONFIG.SYS é processado, o HIMEM.SYS ainda não está presente namemória. Portanto, para usar o EMM386.EXE, é obrigatório usar também oHIMEM.SYS no arquivo CONFIG.SYS. A linha de comando doHIMEM.SYS deve estar localizada antes da linha que ativa o EMM386.EXE,pois a memória EMS é obtida a partir da memória XMS.

Figura 21.57

A memória EMS é criada peloEMM386.EXE, a partir da memória XMS.

Observe o mapa de memória apresentado na figura 57. Toda a memórialocalizada a partir do endereço 1M é gerenciada como memória XMS, atra-vés do HIMEM.SYS. O programa EMM386.EXE “pede uma área de memó-

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x-64 Hardware Total

ria XMS” ao HIMEM.SYS, na qual será realizado o chaveamento de bancospara o EMS PAGE FRAME, criando o mesmo tipo de mecanismo usado nasprimeiras placas de memória EMS. No MS-DOS 5.0 e no Windows 3.1, erapreciso indicar na linha de comando do EMM386, qual a quantidade dememória XMS deveria ser convertida em EMS. A partir do MS-DOS 6.0, oEMM386 passou a deixar esta quantidade de memória em aberto. Isto si-gnifica que não tomará nenhum espaço da memória XMS se nenhum pro-grama estiver requisitando memória EMS, e poderá tomar até a totalidade damemória XMS para converter em EMS caso existam programas solicitandomemória EMS. Portanto, o tamanho da memória EMS passou a serautomático, variando desde o mínimo de 0 kB até a totalidade da memóriaXMS livre.

Com o uso do EMM386.EXE no arquivo CONFIG.SYS, programas paraMS-DOS que necessitem de memória EMS poderão obtê-la, não apenas noPrompt do MS-DOS ativado a partir do Windows 9x, mas também a partirdo boot com a opção “Somente Prompt”.

Muitos usuários não ativam a memória EMS, mesmo porque são cada vezmais raros os programas que necessitam deste tipo de memória. Entretanto,isto não invalida o uso do EMM386.EXE, pois este gerenciador, além decriar a memória EMS, cria também um outro tipo de memória importan-tíssimo para quem precisa de muita memória convencional livre. Trata-se dosUMBs (Upper Memory Blocks, ou Blocos de Memória Superior). Tratam-sede áreas de memória RAM que são transferidas para locais onde não existememória alguma, entre os endereços 640 k e 1024 k. Esta pequena área de384 kB foi reservada pela IBM, a princípio para abrigar a memória de vídeoe todas as ROMs existentes na placa de CPU e em placas de expansão.Entretanto, a técnica de usar ROMs em placas de expansão, muito comumno início dos anos 80, foi substituída pelo carregamento de drivers eprogramas residentes pelos arquivos CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT. Oresultado é que a área reservada para ROMs, na memória superior, possuidiversas lacunas livres. A figura 58 apresenta um típico mapa de memóriasuperior, da forma como se apresenta na maioria dos PCs.

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Capítulo x - xxxxxxxxxxxxxxxxxx x-65

Figura 21.58

Típico mapa da memória superior.

A utilização da memória superior resume-se na seguinte tabela:

Faixa de endereços Utilização640 k até 768 k Esta área de 128 kB é reservada para a memória de vídeo das placas SVGA. Apesar de

ser pequena, esta área permite acessar memórias de vídeo com grandes capacidades,como ocorre com as modernas placas SVGA, com 1 MB, 2 MB e 4 MB de memória devídeo. Para permitir este acesso através de uma área tão pequena, é usado ummecanismo de chaveamento de bancos de memória, similar ao empregado pela memóriaEMS.

768 k até 800 k Nesta área fica localizado o BIOS VGA. Trata-se de uma programa localizado em umamemória ROM com 32 kB, encontrada na placa VGA (ou SVGA).

800 k até 896 k Na maioria dos PCs, esta área está vazia. Seus 96 kB são usados para abrigar o EMSPAGE FRAME (64 kB) e os blocos de memória superior (32 kB).

896 k até 1024 k Esta área de 64 kB é ocupada pela ROM onde está localizado o BIOS da placa de CPU.

Ao ser executado, o EMM386 determina quais são as áreas livres localizadasna memória superior. Tipicamente, todas as áreas livres estarão entre osendereços 800 k e 896 k, já que as áreas restantes já estarão ocupadas pelamemória de vídeo, pelo BIOS da placa de CPU e pelo BIOS da placa devídeo. Dentro desta área livre, serão reservados 64 kB para o EMS PAGEFRAME, necessário para o acesso à memória EMS. A área livre restante (emgeral 32 kB) será usada como UMB, e nela poderão ser carregadosprogramas que de outra forma estariam ocupando a memória convencional.

Quando não é necessário utilizar memória EMS, podemos incluir na linha decomando eo EMM386, o parâmetro NOEMS. Isto fará com que não sejaformado o EMS Page Frame, resultando em mais 64 kB de memória UMBdisponível.

Carregando programas na memória superior

Com a criação dos UMBs, alguns programas podem ser transferidos paraesta área, através dos comandos DEVICEHIGH e LOADHIGH (ou LH).

DEVICEHIGH - No arquivo CONFIG.SYS, vários programas sãocarregados na memória através do comando DEVICE. Por exemplo:

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x-66 Hardware Total

device=C:\WINDOWS\COMMAND\display.sys con=(ega,,1)device=C:\WINDOWS\ANSI.SYS

Para fazer com que esses programas sejam carregados na memória superior,ao invés da memória convencional, basta usar, no lugar do comando“DEVICE”, o comando “DEVICEHIGH”. Por exemplo:

devicehigh=C:\WINDOWS\COMMAND\display.sys con=(ega,,1)devicehigh=C:\WINDOWS\ANSI.SYS

O HIMEM.SYS e o EMM386.EXE devem ser obrigatoriamente carregadoscom o comando DEVICE, e não com DEVICEHIGH.

LOADHIGH - Diversos programas são cerregados na memória de formaresidente através do arquivo AUTOEXEC.BAT. Para fazer com que essesprogramas fiquem na memória superior, basta usar, no início da linha decomando que ativa cada um deles, a palavra “LOADHIGH” (ou “LH”). Porexemplo, suponha que no arquivo AUTOEXEC.BAT esteja sendo carregadoo programa KEYB, através do comando:

keyb br,,C:\WINDOWS\COMMAND\keyboard.sys

Devemos então usá-lo na forma:

LH keyb br,,C:\WINDOWS\COMMAND\keyboard.sys

Muito cuidado. Esta técnica não consiste em acrescentar, de forma indis-criminada, as palavras devicehigh e loadhigh nas linhas dos arquivosCONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT. É preciso antes saber quais são as linhasdesses arquivos que ativam programas que ficam residentes. No caso doCONFIG.SYS, a mudança é muito simples, bastando trocar a palavraDEVICE por DEVICEHIGH. No caso do AUTOEXEC.BAT, é precisosaber quais linhas ativam programas residentes. Através do comandoMEM/C podemos ter uma lista dos programas instalados na memória. Deposse desta lista, consultamos os arquivos CONFIG.SYS eAUTOEXEC.BAT para determinar quais são as linhas de comando queativam os programas residentes.

Nem todos os programas residentes poderão ser armazenados na memóriasuperior. Pode não haver espaço suficiente. À medida em que o Windows,durante o processamento dos arquivos CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT,encontra comandos DEVICEHIGH e LOADHIGH, fará o carregamento na

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Capítulo x - xxxxxxxxxxxxxxxxxx x-67

memória superior. Quando não existir memória superior livre emquantidade suficiente, os próximos programas passarão a ocupar a memóriaconvencional.

O relatório abaixo foi obtido com o uso do comando DEVICEHIGH paracarregar o DISPLAY.SYS. Observe que este programa está agora namemória superior, fazendo com que a memória convencional livre some 619kB (633.392 bytes).

Módulos usando memória abaixo de 1 MB:

Nome Total Convencional Memória Sup. -------- ---------------- ---------------- ---------------- SYSTEM 33.008 (32K) 9.472 (9K) 23.536 (23K) HIMEM 1.168 (1K) 1.168 (1K) 0 (0K) EMM386 4.192 (4K) 4.192 (4K) 0 (0K) KEYB 6.944 (7K) 6.944 (7K) 0 (0K) DISPLAY 8.304 (8K) 0 (0K) 8.304 (8K) IFSHLP 2.864 (3K) 0 (0K) 2.864 (3K) SETVER 832 (1K) 0 (0K) 832 (1K) COMMAND 7.168 (7K) 0 (0K) 7.168 (7K) Livre 646.448 (631K) 633.392 (619K) 13.056 (13K)

Aumentando a memória UMB

Podemos aumentar um pouco mais a quantidade de memória convencionallivre, e ainda liberar mais memória superior, desde que façamos a desati-vação da memória EMS. Isto pode ser feito com muita segurança, já que osaplicativos para Windows não a utilizam, o mesmo ocorrendo com a maioriados programas para MS-DOS. Podemos então desativar a memória EMS,desde que fiquemos atentos. Um dia, um determinado programa para MS-DOS pode “reclamar” por falta de memória EMS. Para executar tal pro-grama, devemos ativar novamente a memória EMS.

A desativação da memória EMS é feita pelo parâmetro NOEMS, a seracrescentado na linha de comando do EMM386. Até agora, usamos oEMM386 na forma:

DEVICE=C:\WINDOWS\EMM386.EXE RAM

Quando é usado o parâmetro RAM, o EMM386 cria, tanto a memória EMScomo os blocos de memória superior (UMB). Para fazer com que o EMM386crie apenas os UMBs, deixando de lado a memória EMS (e aproveitando oespaço que seria usado pelo EMS PAGE FRAME para criar mais 64 kB deUMB), basta usar, ao invés do parâmetro “RAM” o parâmetro “NOEMS”:

DEVICE=C:\WINDOWS\EMM386.EXE NOEMS

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x-68 Hardware Total

Com esta providência a quantidade de memória convencional livreultrapassa os 620 kB. É memória convencional suficiente para executarqualquer programa para MS-DOS.

Bug no IO.SYS do Windows 95OSR2 e Windows 98

No Windows 95 OSR2 e no Windows 98 em português existe um sérioproblema para quem precisa utilizar programas em modo MS-DOS queexigem muita memória convencional. Até então, utilizando comandos degerenciamento de memória apropriados no CONFIG.SYS era possível obteraté cerca de 610 kB livres na memória convencional. Surgiu então umproblema que passou a incomodar bastante os usuários de jogos para omodo MS-DOS e outros programas para o MS-DOS. Ao invés dos mais de600 kB de memória convencional livre, o Windows 95 OSR2 e o Windows98 disponibilizam apenas cerca de 570 kB. Desta forma muitos programasnão podiam ser utilizados.

O problema é caracterizado pelo fato do arquivo HIMEM.SYS ocupar muitoespaço na memória convencional. Veja na figura 59 o relatório obtido pelocomando MEM/C no Windows 98. O HIMEM.SYS está ocupando 44 kB.No Windows 95 original, o HIMEM.SYS ocupava apenas 1 kB.

Figura 21.59

Relatório de uso da memória.

O problema ocorre nas versões para para o Brasil, Holanda, Dinamarca,Alemanha, Finlândia, França, Itália, Noruega, Portugal e Espanha doWindows 95 OSR2 e nas versões para o Brasil, Portugal, Polônia e Finlândiado Windows 98.

As versões em inglês do Windows 95 OSR2 e do Windows 98, bem como asversões para a maioria desses países, não apresentam este problema. Nessasversões, o HIMEM.SYS realmente ocupa apenas 1 kB de memóriaconvencional, sendo possível liberar mais de 600 kB de memóriaconvencional para os programas do MS-DOS. O problema é na verdade

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Capítulo x - xxxxxxxxxxxxxxxxxx x-69

causado pelo arquivo IO.SYS. Este arquivo ocupa muito espaço na HMA,impedindo que o HIMEM.SYS ocupe esta região e obrigando-o a ficar namemória convencional. A solução do problema consiste em obter uma novaversão do IO.SYS, já com o conserto realizado.

Assim como no caso do Windows 95, para o qual a Microsoft liberou oService Pack 1 e o Service Pack 2, também no caso do Windows 98 foiliberado o Service Pack 1, fazendo a sua atualização para Windows 98 SE,isento deste bug. Vejamos então como corrigir o problema:

a) No Windows 95 OSR2A Microsoft apresenta uma descrição do problema, análoga à que fizemosaqui, em:http://support.microsoft.com/support/kb/articles/q170/4/56.asp

Para corrigir o problema você deve fazer o download do arquivoIOSYSBRZ.EXE. Na página citada acima existe um link para obter estaatualização. Note que apesar de não ser muito divulgada, esta é umaatualização perfeitamente segura, feita pela própria Microsoft.

b) No Windows 98A atualização que corrige este problema é o Service Pack 1 para Windows98. Este pacote foi lançado juntamente com o Windows 98 segunda edição,em julho/99. Para fazer download desta atualização, acesse a páginawww.microsoft.com.br.

Acesso ao mouse em modo MS-DOS

No modo MS-DOS, para usar o mouse é preciso ter carregado na memóriaum mouse driver. O nome deste arquivo poderá variar bastante,dependendo do fabricante e do modelo do mouse, mas todos eles são, emgeral, compatíveis:

MOUSE.COMGMOUSE.COMMOUSE.SYSWITMOUSE.COMMIMOUSE.COM

O Windows 9x não requer o uso de um driver para o mouse. O controle domouse é feito automaticamente, usando um driver interno do próprioWindows. Este driver não requer nenhum tipo especial de instalação, e não

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x-70 Hardware Total

usamos nem no CONFIG.SYS nem no AUTOEXEC.BAT, o mouse driverfornecido pelo fabricante do mouse.

Quando abrimos uma janela do MS-DOS através do comando Prompt doMS-DOS, o próprio cursor do mouse do Windows 9x também terá efeitosobre a janela do MS-DOS. Quando uma janela do MS-DOS é convertidapara o modo de tela cheia, através do comando ALT-ENTER, o mousecontinuará ativo, e poderá ser utilizado por qualquer software para MS-DOS,mesmo os que operam em modo gráfico.

Entretanto, o driver de mouse do Windows 9x não estará ativo quandousarmos o modo MS-DOS, aquele que é obtido através de um boot com aopção “Somente Prompt do MS-DOS”. Para usar o mouse desta forma,devemos executar um mouse driver para MS-DOS, ativado através doarquivo AUTOEXEC.BAT.

Cache de disco para MS-DOS

Cache de disco é um software que utiliza uma área de memória para manteruma cópia dos dados mais recentemente lidos do disco rígido ou do drive deCD-ROM. O Windows já utiliza a sua própria cache de disco, mas no modoMS-DOS, caso seja necessário aumentar o desempenho do acesso a disco, épreciso utilizar um programa de cache apropriado. Recomendamos que sejausado o SMARTDRV, que acompanha o próprio Windows.

Para usar o SMARDRV, adicione no arquivo AUTOEXEC.BAT a linha decomando:

LH C:\WINDOWS\SMARTDRV.EXE

Este comando pode ser usado no AUTOEXEC.BAT do Windows 95/98, etambém no AUTOEXEC.BAT em disquete, no Windows ME. Para maioresinformações sobre o programa, use o comando:

SMARTDRV/?

Windows XPNo final do ano 2001 a Microsoft lançou o sistema operacional criado parasubstituir o Windows ME e o Windows 2000. É um novo sistema maisseguro, baseado no núcleo do Windows 2000, oferecido em duas versões:HOME, para usuários domésticos e PROFESSIONAL, para usuários

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corporativos. Essas duas versões substituem o Windows ME e o Windows2000, respectivamente.

O fim do Windows 9x

Chamamos genericamente de “Windows 9x”, as diversas versões de sistemasoperacionais derivadas do Windows 95, lançado em 1995. A partir de 1996foram lançadas diversas versões: Windows 95a (ou OSR1), Windows 95b (ouOSR2), Windows 98, Windows 98SE e Windows ME. As diferenças entreessas versões são os consertos em bugs de versões anteriores, melhoramentosvisuais e a inclusão de novos utilitários e aplicativos. Parece simples, mas portrás dessas diferenças existem grandes méritos, como a solidificação depadrões como o Plug and Play, o suporte a dispositivos de hardware, afacilidade de instalação desses dispositivos e as novas funções degerenciamento de energia. Em paralelo com essas versões, voltadas para omercado SOHO (ambiente doméstico e pequenas empresas), a Microsoftlançou também o Windows NT, voltado para o mercado corporativo. OWindows 2000 é na verdade a versão 5 do Windows NT. Trata-se de umsistema operacional diferente, apesar de ser capaz de executar a maioria dossoftwares para Windows 9x. Ao longo desses anos, o NT também sofreu umamadurecimento, com maior confiabilidade e segurança, além de terincorporado alguns recursos do Windows 9x. O Windows 2000 tem umainterface com o usuário muito parecida com a do Windows 9x, além deoutros recursos interessantes como Plug and Play e ACPI.

Um problema sério para os usuários do Windows NT era a falta de driverspara dispositivos de hardware, já que a maioria dos fabricantes produziaapenas drivers para Windows 9x. A partir do Windows 98, ocorreu umaunificação nos drivers das duas famílias de sistemas. Passou a ser utilizado opadrão WDM (Windows Driver Model). São drivers que funcionam tanto noWindows 9x como no Windows NT/2000. A unificação de drivers,tecnologias e interface visual das duas famílias de sistemas tornou viável amigração definitiva do núcleo NT. O velho núcleo do Windows 9x está sendoaposentado, e em seu lugar, o Windows XP Home usa o núcleo NT/2000,mais sólido e confiável.

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Figura21.60

Tela de logon doWindows XP.

Diferenças entre as versões Home e Professional

O núcleo é o mesmo, a interface com o usuário é a mesma, mas existemalgumas diferenças entre essas duas versões, além do preço. A versão Home éum subconjunto da versão Professional. Além de todos os recursos da versãoHome, a versão Professional conta ainda com:

Criptografia e proteção de dados Acesso remoto – a partir de um notebook ou outro PC, acesse o

computador principal Suporte a múltiplos processadores Mais recursos para operação em rede

Outros recursos são encontrados em ambas as versões, como:

Nova interface com o usuário Facilidades para manipulação de fotos, músicas e filmes Facilidades para criar pequenas redes Recuperação do sistema, similar à do Windows ME

Proteção de dados

Finalmente o grande público pode ter acesso a um recurso antes só disponívelcom o Windows NT/2000, que é a proteção de dados. No Windows 9x erapossível criar contas para usuários diferentes, inclusive com o uso de senhas,

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mas a diferenciação dizia respeito apenas à organização da área de trabalho,temas, papéis de parede e outras coisas simples. No novo sistema, as pastasMeus Documentos de cada usuário, quando protegidas por senhas, sãovisíveis apenas pelo usuário atual. Este recurso torna as coisas mais simplespara aqueles usuários que compartilham o computador com outros, como é ocaso do ambiente doméstico. Finalmente este recuso, disponível há muitosanos no Windows NT, e típico de ambientes corporativos, está agora aoalcance de qualquer usuário doméstico. Preparem-se portanto para o velhoproblema do “esquecimento de senha”, típico de quem utiliza senhas pelaprimeira vez.

Maior confiabilidade

Quem usa o novo sistema conclui que a confiabilidade é maior que a doWindows 9x. O Windows XP tem menos problemas de travamentos e “telaazul”, bem conhecidos dos usuários do Windows 9x. É verdade que oWindows NT/2000 trava menos que o Windows 9x, mas talvez sejaprecipitado dizer adeus aos velhos travamentos. PCs que usam o WindowsNT/2000 normalmente estão em ambientes corporativos, onde são usadosmenos programas, e normalmente de origem legal e em máquinas de melhorqualidade. PCs do ambiente doméstico muitas vezes têm hardware de máqualidade, usam programas piratas, sofrem instalações com maior freqüênciae são muito mexidos pelos usuários. Com certeza boa parte dos problemasvêm daí, e não do fato do Windows 9x ser menos confiável. Estejampreparados, pois o Windows XP Home, usado em máquinas de qualidadeinferior, sofrendo instalações quase diárias de novos programas e sofrendo asmais variadas mexidas e arrumadas de usuários diversos, sofrerá tanto quantoo Windows 9x.

Boot mais rápido

Muitos usuários relacionam o desempenho de um computador ou do sistemaoperacional com o tempo gasto no processo de boot. Seja como for, oWindows XP realiza um boot mais rápido que o do Windows 9x/ME.Tipicamente demora menos de 20 segundos. Para um boot ainda mais rápido,inferior a 10 segundos, pode ser usada a hibernação, recurso que funcionabem desde o Windows ME, apesar de já estar disponível em versõesanteriores. Na hibernação, todo o conteúdo da memória é armazenado em umarquivo especial, e o computador é desligado. Pode ser realmente desligadoda rede elétrica, com consumo ZERO de energia. Ao ser ligado, ao invés depassar por todo o processo de boot, apenas é feita a leitura do arquivo dehibernação, sendo transferido para a memória. O processo completo demorade 5 a 10 segundos, dependendo da velocidade do disco rígido e daquantidade de memória. O sistema faz ainda uma otimização em segundo

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plano, movendo para o início do disco os arquivos que são mais usados, o quetende a tornar o acesso mais rápido à medida em que os programas sãousados mais vezes.

Requisitos de hardware

A Microsoft avisa que para instalar o Windows XP é preciso que ocomputador seja no mínimo de 233 MHz com 64 MB de RAM e 1,5 GB deespaço livre no disco, mas que é recomendável ter um PC com 300 MHz oumais e 128 MB de RAM. Testes realizados por vários especialistasmostraram que PCs com mais de 500 MHz e 256 MB de RAM rodam bem oXP. É bom que usuários do K6-2/550 não fiquem muito animados. Esteprocessador é apenas um pouco mais veloz que o K6-2/300, devido àsaturação da cache L2, e não quase 2 vezes mais veloz, como a intuição nosleva a pensar. Usuários desses processadores, principalmente nos PCs com“tudo onboard”, preparem-se para sofrer com o baixo desempenho, assimcomo os que utilizam as versões mais modestas do Celeron. É claro que nãopodemos afirmar coisas como “acima de X MHz, rápido, abaixo de X MHz,lento”. Cada caso é um caso, e como ocorre com qualquer novo sistema,quanto mais antigo é o PC, mais lento tenderá a ser.

Compatibilidade de software

Praticamente todos os softwares que funcionavam no Windows 9x,funcionam também no XP. Certos programas entretanto precisam seratualizados, como anti-vírus e ferramentas de recuperação e otimização dedisco. Há bastante tempo os produtores de software têm criado produtoscompatíveis tanto com o Windows 9x/ME quanto com o Windows NT/2000,portanto serão bastante raros os casos de incompatibilidade. Os utilitárioscompatíveis com o Windows XP são os de versão 2002 ou superiores.

A polêmica ativação

Sem dúvida uma das questões mais discutidas é o processo de ativação doWindows XP, destinado a combater a pirataria. Uma vez instalado, oWindows XP funciona por um período de 30 a 60 dias (dependendo daversão). A partir daí não funcionará mais, até que o usuário faça a suaativação. O processo é rápido, dura apenas alguns segundos se feito pelaInternet. Pode ser também feito através de uma ligação telefônica tipo“0800”. Durante o processo é fornecido um código de ativação que liberará ouso do Windows XP naquele computador. O sistema não poderá ser instaladoem outro computador. Se o computador original sofrer muitos upgrades dehardware, passará a ser considerado um PC diferente, e será preciso ativar oWindows XP novamente. Se o disco rígido for formatado também serápreciso repetir a ativação. Muitas pessoas não estão gostando da ativação

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porque dificulta o uso do “amigosoft” (software obtido emprestado com umamigo), e também a instalação do mesmo sistema em várias máquinasdiferentes. Existem nos sites dedicados à pirataria, números de ativaçãogenéricos que funcionam com cópias ilegais, mas não é garantido o seufuncionamento, sobretudo quando são feitas atualizações no produto.Segundo a Microsoft, a única informação do usuário passada durante aativação é o país.

Nova interface gráfica

O que vemos na tela do computador não é o sistema operacionalpropriamente dito, e sim a sua interface com o usuário. Até mesmo uma novainterface pode ser instalada sobre um sistema antigo. Esta interface é apenasuma “casca” externa. O mais importante do sistema operacional é o seunúcleo, mas usuários principiantes tendem a pensar que esta interface é osistema operacional. Por isso, sempre que é lançada uma nova versão desistema operacional, são também feitas modificações nesta interface. OWindows XP utiliza uma interface mais bonita e colorida. Usuáriosdomésticos e principiantes vão gostar, mas aqueles que precisam trabalharsem distrações visuais podem usar o comando Temas no Painel de Controle eescolher a aparência clássica do Windows 2000 e ME.

Figura21.61

A nova interfacegráfica do WindowsXP.

Utilitários do Windows ME foram melhorados

Programas como o Internet Explorer, Windows Media Player e WindowsMovie Maker sofreram vários melhoramentos. Foi melhorado o suporte a

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scanners e câmeras digitais. Um outro recurso interessante é o suporte agravadores de CDs, que agora está embutido no próprio sistema operacional.O Media Player agora permite também reproduzir DVDs.

Porque usar o novo sistema?

Usuários de novos PCs receberão automaticamente o Windows XP, já que oWindows ME não será mais comercializado. Usuários de PCs antigos nãodevem fazer a troca de sistema, já que o Windows XP é mais exigente emtermos de hardware. Usuários domésticos que dão maior prioridade aosrecursos de multimídia e entretenimento, bem como a proteção de arquivos,terão vantagens em usar o novo sistema. O custo do Windows dependerá douso da versão full ou upgrade. A versão de upgrade (Home e Professional)pode ser usada em PCs com Windows 98, 98SE e ME. A versão de upgradepara XP Professional pode ser usada em PCs com o Windows NT 4,Windows 2000 ou XP Home. PCs com versões mais antigas do Windows nãopoderão usar versões de upgrades, que são mais baratas. Para facilitar a suadecisão você pode consultar www.microsoft.com ou www.microsoft.com.br,onde existem informações detalhadas e análises feitas pela mídiaespecializada.

Figura 21.62

A nova janela Meu Computador.

Conectividade

O Windows XP Home e o Windows XP Professional são o mesmo sistema.Ambos são construídos com o núcleo NT/2000, menos sujeito a problemasque o velho núcleo 9x, usado no Windows 95, 98 e ME. Portanto é bomressaltar que de agora em diante o Windows é um só, e que as diferençasficam por conta de alguns aplicativos e utilitários que acompanham osistema. Todos os recursos da versão Home estão incluídos na versãoProfessional, que conta ainda com outros recursos importantes para oambiente corporativo.

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Apesar do visual incrementado, o Windows XP tem características maisparecidas com as de um sistema profissional que a de um sistema voltadopara leigos. Foram por exemplo eliminadas as telas gráficas do processoinicial de instalação. O usuário tem que lidar com sóbrias telas de modotexto. Existe toda uma filosofia de compartilhamento do PC entre váriosusuários, gerenciamento de senhas e da figura do administrador,característica de máquinas e sistemas não orientados para leigos. Felizmentea maioria das configurações é feita de forma simples e rápida, através deassistentes.

Desktop remoto

Este é um recurso típico da versão Professional. Permite que um computadorseja acessado e controlado à distância. Não se trata apenas de acessararquivos e impressoras, recurso disponível desde o Windows 95 graças aoSevidor Dial-Up e mesmo no Windows 3.x com utilitários semelhantes. ODesktop remoto permite que a área de trabalho de um computador sejareproduzida em outro computador qualquer, passando a aceitar todos oscomandos, como se estivessem sendo feitas no PC original. O PC a sercontrolado deve obrigatoriamente usar o Windows XP Professional.

No computador que será controlado, fazemos o login como administrador eusamos Painel de Controle / Sistema / Remoto. Marcamos então a opção“permitir que usuários se conectem remotamente a este computador”.

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Figura 21.63

Habilitando a assistência remota

O outro PC, que pode fazer o controle através de uma rede ou da Internet,pode utilizar qualquer versão do Windows, superior à 95. Para que o controleseja feito é preciso que seja feita no PC “mestre” a instalação do programaRemote Desktop Connection. Este programa é encontrado no CD-ROM deinstalação do Windows XP Professional. Basta inserir o CD-ROM e usar oscomandos “Executar tarefas adicionais” e “Configurar a conexão com umaárea de trabalho remota”. O programa passará a constar no menu deacessórios / comunicações. O acesso será imediato se ambos os PCsestiverem na mesma rede. Também pode ser feito o acesso discado.

Ao usarmos este programa no computador que irá fazer o controle, éapresentado um quadro para indicação do nome do computador a seracessado. Clicamos em Conectar, e será apresentado a seguir um quadro paraa indicação de nome e senha. Deve ser utilizado o mesmo nome e senhaconfigurado no computador que será acessado.

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Figura 21.64

Indicando o nome do computador a seracessado.

Podemos utilizar o botão Opções para fazer algumas configurações úteis naconexão. Podemos por exemplo indicar a resolução e o modo gráfico a seremusados no Desktop que está sendo controlado.

Figura 21.65

Indicando as características do desktop a sercontrolado.

Será então apresentada uma janela com o conteúdo da área de trabalho docomputador que está sendo controlado à distância. O ideal é que asdimensões deste desktop sejam configuradas para serem menores que asdimensões do desktop do computador que faz o controle, para que possa serfeita a visualização completa sem o uso de barras de rolamento. Ocomputador original ficará indisponível durante o acesso remoto, maspodemos a qualquer momento, neste computador, terminar a conexão,voltando o controle a ser feito em local.

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Note que este recurso já estava disponível antes do advento do Windows XP,através de utilitários como o PC Anywhere, da Symantec. Com a suaincorporação ao Windows, seu uso tende agora a ser mais difundido.

Windows Messenger

Este recurso está presente também no Windows XP Home. Trata-se de umprograma que engloba as funções do ICQ, com recursos de videoconferência,como conversação por áudio e vídeo, e ainda o compartilhamento de controleda área de trabalho. Ao usarmos este comando, seremos inicialmentecadastrados no Passport.NET, uma espécie de central mantida pela Microsoft.Através desta central podemos realizar várias funções, entre elas, localizarpessoas na Internet, como ocorre no ICQ. A comunicação é feita entre doiscomputadores que utilizam o Windows XP. No primeiro computadorchecamos se o destinatário está on-line e comandamos um “convite” paraconexão. Podemos a partir daí trocar mensagens digitadas, além de utilizar acomunicação por áudio e vídeo. Um comando provoca a exibição da área detrabalho do primeiro computador no segundo computador. Este recurso podeser utilizado, por exemplo, para que o usuário do segundo computador prestesuporte no primeiro. O usuário do primeiro computador pode permitir que osegundo também tenha acesso à sua área de trabalho. A partir de então ambosos usuários controlam o primeiro computador. Fica assim extremamente fácilpara um usuário mais avançado ajudar um colega menos experiente comeventuais problemas. A tela do usuário que presta suporte mostrará a área detrabalho do primeiro computador, além de uma janela para comunicação portexto, e ainda voz e vídeo, caso ambos os PCs utilizem câmeras.

Figura 21.66

Videoconferência através do Windowsa Messenger.

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Este é mais um recurso que antes estava disponível (de forma limitada) comsoftwares como o PC Anywhere, e agora sendo incorporado no Windows XP,tende a ser mais popular.

O Painel de Controle do Windows XP

Para obter o Painel de Controle no Windows XP usamos o comando Iniciar /Painel de Controle. O seu aspecto é mais organizado, dividido em categorias,como vemos na figura 67. Se quisermos a visualização clássica basta clicarem “Alternar para o modo de exibição clássico”.

Figura 21.67

Painel de Controle no WindowsXP.

A figura 68 mostra o Painel de Controle já no modo de exibição clássica.Nele encontramos todos os comandos relacionados com o hardware, entreoutros, da mesma forma como estamos acostumados nas versões anterioresdo Windows.

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Figura 21.68

O modo de exibição clássica noPainel de Controle do WindowxXP.

Praticamente todos os comandos do Painel de Controle do Windows 9x e doWindows 2000 se aplicam ao Windows XP.

O Gerenciador de Dispostivos do Windows XP

É preciso usar alguns cliques adicionais para chegar ao Gerenciador deDispositivos do Windows XP. Usamos o comando Sistema no Painel deControle, e no quadro apresentado selecionamos a guia Hardware (figura69).

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Figura 21.69

Propriedades do Sistema.

Finalmente clicamos no botão Gerenciador de Dispositivos. Teremos então oacesso à janela do Gerenciador de Dispositivos, bem parecida com a doWindows 9x e similar à do Windows 2000 (figura 70).

Figura 21.70

Gerenciador de Dispositivos do WindowsXP.

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Cada item do Gerenciador de Dispositivos pode ser clicado, dando acessoao seu quadro de propriedades. Dependendo do dispositivo poderão existirdiversas guias não presentes em outros. Por exemplo, uma placa de rede temuma guia Avançado com configurações específicas sobre a transmissão erecepção de dados, além de uma guia de Gerenciamento de Energia. Nelaindicamos se um dispositivo pode ser desligado durante os modos deeconomia de energia, e também se o dispositivo pode tornar o computadornovamente ativo.

Figura 21.71

Propriedades de uma placa de rede.

Todos os dispositivos possuem uma guia Driver (figura 72), através da qualpodemos atualizar um driver, reverter um driver (voltar à versão antiga deum driver, caso uma versão nova tenha apresentado problemas) e desinstalarum driver.

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Figura 21.72

Guia de Drivers.

Os dispositivos possuem também uma guia Recursos. Nela podemos alterarendereços, canais de DMA e IRQ utilizados pelos dispositivos. Noteentretanto que nem todos os dispositivos permitem a alteração. O método dealteração é o mesmo utilizado nas versões anteriores do Windows.

Figura 21.73

Guia de recursos de hardware.

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A figura 74 mostra uma configuração que é um pouco diferente daencontrada no Windows 9x. Naquele sistema, a ativação das transferênciasem DMA era normalmente feita no quadro de propriedades de cadaunidade de disco ou CD-ROM. No Windows XP esta configuração é feita noquadro de propriedades da interface IDE. Temos acesso às configurações deDMA para os dispositivos Master e Slave de cada interface.

Figura 21.74

Configurações avançadas de uma interface IDE.

O Gerenciador de Dispositivos do Windows XP é realmente mais rico empossibilidades de configuração que os existentes em versões anteriores doWindows. Na figura 75 vemos um comando que já fez falta para muitosusuários, que é a configuração da região de um DVD. Alguns drives são pro-duzidos para uma região fixa, outros aceitam DVDs de qualquer região, out-ros permitem que a região seja alterada um número limitado de vezes.

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Figura 21.75

Alterando a região de um DVD.

/////// FIM ////////