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CONSIDERAÇÕES SOBRE OS PHALANGODOIDEA Soer. M COM DESCRIÇÃO DE NOVAS FORMA S C . DE MELLO-LEITÃ O Reune ROEWER na família Phalangodidas Simon um grande númer o de fórmas heterogénias, dividindo-a em 12 subfamílias, largamente espa - lhadas por todo o mundo . Parece-me que essa família se deixa natural - mente separar em tres, com caracteres bem diferenciados e nítidos , referentes á disposição dos olhos, á armadura e proporção dos palpo s e das patas anteriores . Como estas tres famílias são representadas n a fauna sul-americana, melhór se apreciarão suas afinidades nas chave s que abaixo proponho . A pequenez e dificil apreciação, em certos casos , do pseudoníquio, quasi nulo em legítimos Gonyleptidas, sobretudo em Pachylinae, diminuem o valôr sistemático desse caracter, como CANAL S já teve oportunidade de ponderar . Por isso procurei relegar o exam e do pseudoníquio para uma diagnose mais precisa, em casos dubios , salientando antes as particularidades de estructura mais evidentes . Das famílias de I4 aniatores são estranhos á região Neotrópica os On- copodidas e 4ssamiidas . As outras podem ser separadas pela seguint e CHAVE A -- Unguiculi tarsorum III et IV singuli, in adultis processibu s aduneis lateralibus binis (utrinque singulis) muniti . (America maxime australis . . TRIAENONYCHIDA E AA Unguiculi tarsorum III et IV bini, integri aut pectinati : B — Tuber oculiferum cotnmune bene limitatum deest ; oculi inte r se late disjuncti, sessiles aut uterque suo tumulo impositi : C — Processus terminalis (pseudonychium) tarsis III et IV deest : D — Oculi inter se late disjuncti, sessiles ; palpi longi et graciles ; I femoribus spinis destituti— . . . . BIANTIDA E DD Oculi inter se minus disjuncti, uterque suo tumulo impositi , prope processo mediano insigniter elevato ; pedes I femoribu s spinis seriatis armati . . . . PODOCTIDAE t. X n. 2, 80 de Junho de 1988 .

C. DE MELLO-LEITÃ O - Museu Nacional - UFRJ · Spiracula detecta. Articuli tarsales : 3, 6, 5, 5, Typus: Chersobleptes Bovallii Soerensen, 1932. ... abdominalis, segmenta dorsalia

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CONSIDERAÇÕES SOBRE OS PHALANGODOIDEA Soer.MCOM DESCRIÇÃO DE NOVAS FORMA S

C. DE MELLO-LEITÃ O

Reune ROEWER na família Phalangodidas Simon um grande númerode fórmas heterogénias, dividindo-a em 12 subfamílias, largamente espa-lhadas por todo o mundo. Parece-me que essa família se deixa natural -mente separar em tres, com caracteres bem diferenciados e nítidos ,referentes á disposição dos olhos, á armadura e proporção dos palpo se das patas anteriores. Como estas tres famílias são representadas n afauna sul-americana, melhór se apreciarão suas afinidades nas chave sque abaixo proponho. A pequenez e dificil apreciação, em certos casos ,do pseudoníquio, quasi nulo em legítimos Gonyleptidas, sobretudo emPachylinae, diminuem o valôr sistemático desse caracter, como CANALSjá teve oportunidade de ponderar . Por isso procurei relegar o examedo pseudoníquio para uma diagnose mais precisa, em casos dubios ,salientando antes as particularidades de estructura mais evidentes .Das famílias de I4aniatores são estranhos á região Neotrópica os On-copodidas e 4ssamiidas. As outras podem ser separadas pela seguint e

CHAVE

A -- Unguiculi tarsorum III et IV singuli, in adultis processibu saduneis lateralibus binis (utrinque singulis) muniti . (Americamaxime australis .

. TRIAENONYCHIDA EAA

Unguiculi tarsorum III et IV bini, integri aut pectinati :B — Tuber oculiferum cotnmune bene limitatum deest ; oculi inter

se late disjuncti, sessiles aut uterque suo tumulo impositi :C — Processus terminalis (pseudonychium) tarsis III et IV deest :D — Oculi inter se late disjuncti, sessiles; palpi longi et graciles ;

I femoribus spinis destituti— . . . . BIANTIDA E

DD Oculi inter se minus disjuncti, uterque suo tumulo impositi ,prope processo mediano insigniter elevato ; pedes I femoribusspinis seriatis armati . . . . PODOCTIDAE

t. X n. 2, 80 de Junho de 1988 .

136 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS PHALANOODOIDEA SOER .

CC — Processus terminalis (psedonychium) tarsis III et IV adest ;palporum longorum et graciliorum partes tibialis et tarsalis spi-nis armatae . , . STYGNIDAE

BB — Tuber oculiferum commune bene limitatum adest, oculis pro-ximis ferens :

C

Processus terminalis (pseudonychium) tarsis III et IV deest . . .PHALANGODIDAE

CC — Processus terminales (pseudonychium) tarsis III et IV adest :D

Palporum partes femoralis, tibialis et tarsalis late compressae ;pars exterior parti femorali plane adpressa ; margines palporumdenticulati, haud spinulati COSMETIDA E

DD

Palporum validorum partes ,femoralis, tibialis et tarsalis rotun-datae, partes tibialis et tarsalis spinas gerentes — . . . .GONYLEPTYDAE

Conforme se vê da chave acima a grande familia Phalangodidae,tal como a condidera ROEWER, é aqui dividida em tres familias distinc-tas : PHALANGODIDAE, compreendendo nove subfamílias, BIANTIDAE tres ePODCOTIDAE outras tres .

PUAI,ANGODIDAE

SOERESEN creou uma superfamília PHALANGODOIDEA, que divideem 14 famílias, tomando por base a divisão da porção basilar dos tar-sos anteriores (I), a presença ou ausencia do cômoro ocular, a armaçã odos fémures anteriores, a divisão do escudo dorsal e o desenvolviment odo lóbo maxilar do segundo par de patas, caracteres de importanciamuito variavel . Dessas quatorze famílias oito podem ser considerada scomo subfamílias de Phalangodidae, e que são Samoidae, Phalangodidae,Tricommatidae, Acrobunidae, Saracinidae, Epedanidae, correspondentes á ssubfamílis respectivas de ROEWER e mais Minuidae e Stygnopsidae . Essafamília Minuidae,, porém, é mal caracterizada, com gêneros de femure santeriores providos ou não de filas ventrais de tubérculos setíferos ,com quatro ou cinco areas dorsais (ás vezes no mesmo gênero) e deve ,portanto, ser subdividida em duas subfamílias. Essas nove subfamília sde Phalangodidae podem ser separadas pela seguinte chave, modificad adas de ROEWER e de SOERENSEN.

Ann . da Acad . Brasileira de Sciencias .

C. DE MELLO-LEITÃO 137

TABULA

• Scutum dorsale sulcis quinque divisam :--~ Tarsus IV scopula densa praeditus, pars ulterior tarsi 1 bipar-

tita . . . Samoina eBB

Tarsus IV scopula destitutus :C --- Femur 1 tuberculis setigeris armatum . . . Minuinae

CC -- Femur I tuberculis setigeris destitutum :D — Pars ulterior tarsi I bipartita :E I'obus maxilaris coxae II adest Phalangodinae -

EE

',obus maxilaris coxae II deest StygnopsinaeDD

Pars ulterior tarsi I tripartita TricommatinaeAA

Scutum dorsale sulcis quatuor divisam :B Tarsus IV scopula densa praeditus; pars ulterior tarsi I bipartit a

AcrobuninaeBB

Tarsus IV scopula-deest:C

Femur I tuberculis setigeris praeditum . . . . Minuidinae ,-CC

Femur I tubercnlis setigeris destitutum:D Pars ulterior tarsi I bipartita:E I,obus maxillaris coxae II discretus, latus, porrectus . Epedanina e

EE

Lobus maxillaris deest Isaeinae 4,

DD — Pars ulterior tarsi I tripartita Sarasinicinae'Destas dez subfamílias são estranhas á fauna neotrópica a s

Acrobuninae, Sarasinicinae e Epedaninae, proprias da Asia oriental . AsSamoinae que até recentemente eram conhecidas apenas de Samôa ,Fidgi . (?) e Seicheles, são representadas na região Neotrópica por u mgênero da Costa Rica—Psyctrapus Rwr . muito proximo de Samoa Soer.As Phalangodinae são de larguississima distribuição, quasi cosmopolita s(ausentes na Europa) . As Tricommatinae apresentam cinco gêneros eu-ropeus, formando um grupo bem distincto dos outros, que são todo sda América do Sul . As Stygnopsinae são do Méxixo e Brasil eIsaeinae do México . As outras duas subfamílias são exclusivas da Amé-rica do Sul . MINUIDINAE ( n. subfam,) se reduzem a dois gêneros que as -sim se separam:

Tuber oculiferum a màrgine anteriore scuti surgens, emi-nentia apicale preditum; scutum dorsale et segmenta libera inermia ;femora omnia ordinibus binis tuberculorum minoram, Betam subapi-calem gerentium munita; articuli tarsales 3, 5, 5, 5-6 Minuide sSoer.

t . X, n . 2, 30 de Junho de 1938 .

138

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS PHALANGODOIDEA SOER .

—Tuber oculiferum a margine anteriore scuti discretum, inerme ;scutum dorsale et segmenta libera inermia ; femore ordinibus singuli sinferioribus tuberculorum acutorum, setas robustas subapicales singu-las gerentium ; articuli tarsales 3, plusquam 6, 5 Pseudominu aM. L. (Typus : Euminua convolvulus Soer) .

A subfamília Minuznae corresponde aos Minuidae de Soerensen ,menos os dois generos acima referidos e Microminua Soer . q ue perten-ce ás Phalangodinae. Seus seis gêneros podem ser identificados pel achave abaixo, modificada da de SOERENSEN :

A

Pars patellaris palporum inermis Phera Soer.AA — Pars patellaris palporum spina interiore armata :

B

Tarsus I tripartitus .C

Sgmenta dorsalia libera tuberculis conicis tribus ornata .Euminua Soer.

CC

Segmenta dorsalia libera inermia . . . . Euminuoides Mel.-I4eit .BB

Tarsus I quatuorpartitus:C — Pars ulterior tarsi II bipartita . . . . Minua Soer.

CC

Pars ulterior tarsi II tripartita :D

Area III scuti abdominalis inermis . . . . Acanthominua Soer.DD -- Area III scuti dorsali tuberculis duabus munita . . . . Kalominu a

Soer.

Quato ás duas subfamilias mais ricas em gêneros, organizei ,para as da região neotrópica, quadros sintéticos de facil e pronta consul -ta, nos quais foram empregadas as seguintes abreviaturas :

A . . . . areaab absconditaArt . tars articuli tarsalesasp aspectusAuct auctorumde. . .

. detectado dorsalis (a margine discretus)E spina magnae spina parvai internam marginalisO. a. d operculum anale dorsal e

Ann . da Acad. Brasileira de Sciencisa .

C . DE MELLO-LEITÃO

1 39

O. a . v operculum anale ventrales rectaSe. d . 1 Segmenta dorsalia liber asi situsSp spiraculaT tuberculum magnumt tuberculum parvum~ . o tuber oculorumu pars ulterior inermis> plusquam sex

Aí aparecem os dois novos gêneros Bleptocherses e Phalangochilus ,o primeiro para Chersobleptes Bovallii Soer. e o segundo para uma nova es-pecie dos arredores do Rio de Janeiro .

PI,EPTOCHERSES g. n ,

Tuber oculiferum inerme, a margine anteriore discretum.Scutum sulcis quinque, quorum duo anteriores conjuncti . Areae etsegmenta dorsalia libera inermia; operculum anale dorsale spinam par-vam praeditum. Spiracula detecta. Articuli tarsales : 3, 6, 5, 5, Typus:Chersobleptes Bovallii Soerensen, 1932.

PHAI:,ANGOCHII,US g. n.

Tuber oculiferum altissimun, conicum, spinam antice curva mformans, ipso margine anteriore surgens . Scutum sulcis quinque ,quorum duo anteriores et duo posteriores conjuncti . Areae scut iabdominalis, segmenta dorsalia libera ac analia inermia. Palpi vixrobusti, partibus femorale et patellare inermibus . Spiracula detecta .Articuli tarsales 4, 6, 6, 6 . Pars ulterior tarsi I bipartita et tarsi I Itripartita . Typus .

Phalangochilus luteïpes ap, n .

(Pig . 1 )

Ç -4, 5mm .Pemures : 1,5—2,2—2—2,5mm .Patas : 5 7,5 -7 9,5mm.

t . X, n. 2, 30 de Junho de 1&36 .

CONSPECTUS PHALANGOUINARU M

T. o . Se. d. 1.

Auct. A IAsp . Si . I V IIIII

GENERA

Area e (asp .) 0 .e . 0.a .

d.

v .

Art . tars .

III IVII u.

ISp .

I VII II I

r' 1 - Pellobunus1-3 -Metapellobunus

2 - CleombrotusO -4 - Philacarus

4. 5 - Coecobunuso

- HeteromeloleptesC `^7 - ParaeonommaZ

-8 - Phalangodinus,.9 - Chersobleptes-10 - Metaconomma-11- Neoscotolemon-12 - Paramitraceras

~~► 13 - TimoleonR' -14 - PachylieusUj 15 - Pseudomitraceras O 16 - Phalangochilus

'17 - DapessusW '48 - Cynortinaa "19 - Pygophalangodus

- Bleptocherses (*).U' .21- Mochlus''22 - Cipp anus.23 - Parascotolemon

W -24 - Rrotasus C .25 - StygnopsisU `26 - I4aehnelia.e '-!!;7 - Ethobunus

..28 - Microminua

zOU

. . .

BanksRwr .Soer.Soer,Rwr .M- LRwr.Rwr.Soer .Rwr.Rwr.Camb.Soer .Rwr .Rwr .

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G. N .Rwr.Rwr.Rwr .Rwr .Soer.Rwr .

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de .de .de .ab .de .de .de .de .ab .de .de .de .de .de .de .ab .dedede

ab .ab.d eab .ded ea bde

3

(*) Typus : Chersobleptes Bovaelii Soerenoeu

Ann . da Acad . Brasileira de Sciencias .

C . DË MELLO-LEITÃO 14 1,

Todo o corpo e patas densamente granulosos, com granula-ções setiferas. Comoro ocular marginal, formando altissimo espinh ocurvo para diante . Areas do escudo dorsal inermes, a primeira e aquarta divididas por um sulco mediano . Tergitos livres e opércul oanal inermes, regularmente granulosos. Tarsos de 4, 6, 6, 6 segmen-tos; a porção terminal dos tarsos II com 3 .

Palpos : femur curvo em S, inerme ; patela inerme : tíbi aachatada, de borda interna inerme e borda externa armada de doi spequenos espinhos ; tarso com dois pequenos espinhos de cada lado .

Corpo negro. Patas negras . Todos os tarsos e os protarsosIII e IV amarelos .

Hab. : Jacarépaguá—Rio de Janeir oCol . : J. Couceir oTipo : N. 53926 do Museu nacionalAs Tricommatinae contam 22 generos, todos neotrópicos ,

os gals apresento um quadro semelhante ao das Phalangodinae .

ses generos é novo

TRICHOMINUA g. n .

• Tuber oculiferum altissimum, conicum, spinam antice cur-vam gerens, ex ipso margine anteriore surgens . Scutum sulcisquinque, quorum duo anteriores conjuncti . Areae, segmenta dorsali alibera I et II ac analia inermia ; segmentum dorsale liberum III spinamedia praeditum. Palpi vix robusti, partibus omnis spinis gracilibusarmatis . Spiracula detecta . Articuli tarsales 4, 5, 6, 6 . Pars ulteriortarsi I tripartita . Typus

Trichominua annulipes sp . n.

(Fig. 2)

5 Q 2,6mm .Femures : 0,8 1,5 1,3 -1,8mm.Patas : 3,3 5,2—4,5—5,5mm,

Borda anterior com pequena apófise bifida de cada lado edois granulos conicos dorsais, ao nivel da apófise . Comoro ocular con -

,tiguo á borda anterior, muito elevado em robusto espinho curv opara diante. Cefalotorax com alguns pequenos grânulos laterais e

para.Des-

t . X, n. 2, 30 de Junho de 1938 .

142 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS PHALANGODOIDEA SOER,

dois maiores atraz do cõmoro ocular . Area III com duas filas d egranulos ; as outras, os laterais, os tergitos e esternitos livres co muma ; o tergito III com pequeno espinho conico mediano . Opérculoanal, área estigmática e ancas irregularmente granulosas . Estigmasvisiveis, no sulco entre a area estigmática e o primeiro esternitolivre.

Palpos : trocanter com dois grânulos ; femur com dois grâ-nulos ventrais e um espinho apical interno ; patela inerme; tibia etarso com tres espinhos de cada lado ,

Todos os femures curvos ; II a IV com forte espinho apicalposterior. Tarsos de 4—5—6—6 segmentos .

Corpo castanho queimado, com as granulações maiores ama-relas; patas aneladas de fulvo e amarelo nos femures e tibias ; denegro e amarelo nos protarsos e tarsos .

Hab. : Morro de Caxambú—Petropoli sCol . : R. ArléTipo : N. 53 935 do Museu Naciona l

Recentemente o meu assistente, Sr. Roger Arlé colheu emJacarépaguá uma nova especie do gener o

PSEUDOPACHYI,US Roewe r

Pseudopachylus lissonotus sp . n.

(Fig. 3)

m 5 m.Femures : 2—3 6 2,5 3,5mm.Patas : 7—li ---8,5 12,5mm .Cafalotorax liso. Comoro ocular elevado em altissimo espi-

nho curvo para diante . Areas do escudo dorsal e tergitos livres co mesboço de grossas granulações pouco salientes, visiveis apenas e mcerta luz. Face ventral densamente granulosa, de pequeninas gra-nulações .

Palpos : trocanter com dois granulos ; femur com um granulobasilar e um espinho apical interno ; patela inerme ; tibia com 4 es-pinhos interuos e 1 externo ; tarso com 3 internos e 4 externos .

Colorido geral mogno amarelado ; queliceras e palpos amarelos .Tipo : N. 58240 do Museu Nacional .Dou a seguir a taboa das Tricommatinae.

Ann . da Acad. Brasileira de Sciencias .

C. DE MELLO-LEITÃO

14 3

CONSPECTUS TRICOMMATINARUM

IAI,‘)

Auct .GENERAT. o. Areae (asp . )

1

1II 111 ' IV V

Se, d . 1 .

1 11 III

Art. tars .

I II III IV

<Tricommatus

?Globibunus

)<Rivetinus

>Phalangodella .

-<)Iynthus

Zamora ,

»Cryptogeobius

)ÇSa1adonus

richomimw

KPseudopachylus

XLussanvira

)cPseudophalangodu s

KBacigalupo

XVima

XMetaphalangodella .

)(Vania Rwr> 11"/êc 'VA

Z d)Taquara M.—L.

>útuquisa Rwr

kPseudopucro1ia

Rwr

Gephyropachy1us . M.—L.

Passosa Rwr

Caporiacoius M.—L .

BÏANTIDAE

Compreende esta família, bem caracterisada por seus olhossesseis ou subsesseis e largamente separados, postos perto das bor-das laterais do cefalotorax, as subfamílias de ROEWER. Biantinae,

Rwr

Rwr

Rwr

Soer

Rwr

M .—L .

Rwr

g. n .

Rwr .

M.—L.

Rwr

M.—L.

Hirst

Rwr

1 ARwr S

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1

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S 6

5

t . X . n . 2, 30 de Junho de 1938 .

144 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS PHALANGODOIDEA SOER .

Stygnommatinae e Dibuninae . Na região Neotrópica foram apenas en-contradas as Stygno, mmatimae, representadas pelos generos Stygnomma

e Poascola Rwr. da Colombia e Costa Rica .

PODOCTIDAE

Esta família é caracterisada : a) pelos olhos distinctos docômoro mediano, ao qual são ou não contiguos, postos em pequena selevações granulosas ou providas de pequenas apófises ; b) pela pre-sença de filas de espinhos ventrais nos femures anteriores. Assimconsiderada ela compreende tres subfamílias de ROEWER Ibaloniinae,Podoctinae e Erecaninae, Dá ele, como distribuição geográfica das mes-mas, o sul da Asia, ilhas do Oceano Indico e Polinésia e Africa ori-ental (só as ultimas). O padre Pio Buck colheu entre folhas d ebromélias, no Rio Grande do Sul, um curiosissimo representanteda subfamília Podoctinae, tipo de novo gênero .

BRASILOCTIS g. n .

Pars media limbi anteriores eminentiam magnam conice ele-vatam, dentibus plurimis praeditum ferens . Oculi tumulis dentatiseminentia contiguos impositi . Scutum dorsale sulcis quinque divi-sam, sulci duo anteriores sulco longitudinali non conjuncti . AreaeI, II, III et IV tuberculis duobus digitatis praeditae ; area V etsegmenta dorsalia libera spinis tribos armata . Femur anticus spini sseriatis dorsalibus et ventralibus armatum . Palporum pars femorali sspinis inferioribus tantum armata . Articuli tarsales 3, 4, 4, 4, Parsulterior tarsorum I et II bipartita . Typus : Brasiloctis Bucki sp . n .

Este gênero é muito próximo de Metapodoctis Rwr., do qualse distingue por ter area I do escudo dorsal inteira e pelo numer ode segmentos dos tarsos (3, 4 . 4, 4 em vez de 3, 4, 5, 5) .

Brasiloctis Bucki sp. n .

(Fig . 4)

Corpo 2mm.

Borda anterior do cefalotorax apresentando, de cada lado ,uma fila curva de cinco tubérculos digitiformes. No meio ha umaltíssimo cone mediano, curvo para diante, ponteagudo, armado d e

Anu . da Acad . Brasileira de Sciencias .

C. DE MELLO-LEITÃO

14 5

uma fila de espinhos rombos dorsais e, na face anterior, um de cad alado. Cefalotorax com pequenos tubérculos, formando quatro cristaslongitudinais. Area I do escudo dorsal inteira . Area I a IV com doi stubérculos altos, digitiformes, muito oblíquos para traz . Nos tresquintos medios o escudo dorsal é rugoso, com pequenos tubérculos ,sendo liso dos lados. Areas laterais finamente granulosas . Area V etergitos livres com tres espinhos mais elevados, rombos, separado spor dois menores e apresentando de cada lado uma fila de tuberculo smamilares . Opérculo anal granuloso, com granulações rombas . Faceventral finamente granulosa .

Palpos : trocanter inerme; femur com dois robustos espinho sbasais inferiores ; patela com uma fila dorsal de pequenos espinhos ;tibia e tarso com tres de cada lado .

Patas anteriores (I) : ancas com filas de espinhos; trocanter comrobusto espinho inferior; femur com 1-1-1-1-1 espinhos inferiores e1-1-1-1-1 superiores, sendo o basilar e o terceiro ventrais e o quarto e oapical dorsal bem menores ; patela e tibia muito granulosas e com tu-bérculos setiferos. As outras patas inermes, apenas granulosas. Tarsosanteriores de 3 segmentos, os outros de quatro . Porção distal dos tar-sos I e II bipartida, dos outros tripartida .

Colorido geral castanho negro uniforme.

Hab, Porto Alegre. Tipo: N. 56265 do Museu Nacional .

t . X, n. 2, 30 de Junho de 1938 .

Fig . 1 — Phalangochilus luteipes g . n . sp . n .

Fig . 3 — Pseudopachylus lissonotus sp . n .

C. de Mello-Leitão