20
167 CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DOS LINGULIDA (BRACHIOPODA :INARTICULATA) DA FORMAÇÃO PONTA GROSSA, DEVONIANO, BACIA DO PARANÁ, MUNICÍPIO DE CHAPADA DOS GUIMARAES, MATO GROSSO, BRASIL Elvio P. BOSETTI Raquel QUADROS RESUMO O presente trabalho aborda inícialmente considerações referentes à geologia da área em estudo bem como breve análise das condições bioestratígráficas da fauna Devoniana da Formação Ponta Grossa no Estado do Mato Grosso. Apresenta ainda estudos comparativos entre a posição taxonômica dos Lingulídeos aí ocorrentes bem como estudo comparativo entre as populações de Lin gula dos Estados do Paraná e Mato Grosso. ABSTRACT The present paper is initially about considerations referring to geology of study as well as a brief analysis of the conditions bioestratigraphics conditions of the Ponta Grossa Formation in the State of Mato Grosso. Presenting studies of taxonomic positions of the lingulids populations ocurring at the formation in the State of Mato Grosso as well as study of the comparing lingulids of the State of Paraná and Mato Grosso. GEOLOGIA LOCAL A área de estudo possui 292 km 2 e situa-se no flanco noroeste da Bacia do Paraná, entre os paralelos 15~2O’12” 5 - 15%O’ 5 e os meridianos 55 0 43’5Q” W -55~52’52” W. Nessa região foram reconhecidas 5 unidades estratigráficas: Subunidade 6 (Grupo Cuiabá), Formação Furnas e Ponta Grossa (Grupo Paraná), Formação Botucatu (Grupo São Bento) e a Formação Cachoeirinha (Coberturas Terciárias). (2) universidade Estadual de Ponta Grossa - Departamento de Geociências - Av. Gal. cados Cavalcanti s/n, Ponta Grossa, PR, Brasil. CEP: 84030-000. lei. (042)2239355. (3) universidade Federal de Mato Grosso - Instituto de Ciências Exatas e da lerra. RuaS. Paulo Quadra 01, Casa 15, Jardim Europa Cuiaba - Ml CEP: 78.050.000. 168

Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

Embed Size (px)

DESCRIPTION

publicado em:

Citation preview

Page 1: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

167

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DOS LINGULIDA (BRACHIOPODA :INARTICULATA) DA

FORMAÇÃO PONTA GROSSA, DEVONIANO, BACIA DO PARANÁ, MUNICÍPIO DE

CHAPADA DOS GUIMARAES, MATO GROSSO, BRASIL

Elvio P. BOSETTI

Raquel QUADROS

RESUMO

O presente trabalho aborda inícialmente considerações referentes à geologia da área em estudo

bem como breve análise das condições bioestratígráficas da fauna Devoniana da Formação Ponta

Grossa no Estado do Mato Grosso. Apresenta ainda estudos comparativos entre a posição taxonômica

dos Lingulídeos aí ocorrentes bem como estudo comparativo entre as populações de Lin gula dos

Estados do Paraná e Mato Grosso.

ABSTRACT

The present paper is initially about considerations referring to geology of study as well as a brief

analysis of the conditions bioestratigraphics conditions of the Ponta Grossa Formation in the State of Mato

Grosso. Presenting studies of taxonomic positions of the lingulids populations ocurring at the formation

in the State of Mato Grosso as well as study of the comparing lingulids of the State of Paraná and Mato

Grosso.

GEOLOGIA LOCAL

A área de estudo possui 292 km2 e situa-se no flanco noroeste da Bacia do Paraná, entre os

paralelos 15~2O’12” 5 - 15%O’ 5 e os meridianos 55043’5Q” W -55~52’52” W. Nessa região foram

reconhecidas 5 unidades estratigráficas: Subunidade 6 (Grupo Cuiabá), Formação Furnas e Ponta Grossa

(Grupo Paraná), Formação Botucatu (Grupo São Bento) e a Formação Cachoeirinha (Coberturas

Terciárias).

(2) universidade Estadual de Ponta Grossa - Departamento de Geociências - Av. Gal. cados Cavalcantis/n, Ponta Grossa, PR, Brasil. CEP: 84030-000. lei. (042)2239355.

(3) universidade Federal de Mato Grosso - Instituto de Ciências Exatas e da lerra. RuaS. Paulo Quadra01, Casa 15, Jardim Europa Cuiaba - Ml CEP: 78.050.000.

168

Page 2: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

O Grupo Paraná, por seu caráter fossilifero, constituiu-se no objeto de maior detalhamento da

pesquisa. As demais são referidas por seu papel de embasamento ou cobertura do Grupo em questão.

O Grupo Cuiabá, que está representado na região pela Subunidade 6 ocupa 86 Km2 da área

pesquisada. Apresenta-se sob a forma de cristas e esporões ao longo da borda ocidental da área. A

subunidade 6 é composta por fihitos conglomeráticos com clastos de quartzo, filitos e quartizitos, com

intercalações subordinadas de metarenitos de idade Proterozóico Inferior. Essa Subunidade serve de

embasamento para os sedimentitos do Grupo Paraná. O contato com a Formação Furnas é discordante.

FORMAÇÃO FURNAS

Esta unidade distribui-se numa superfície de 34 km2 e aparece principalmente sob a forma de

paredões acinzentados de direção E - W na porção sul e N - 5 na porção oeste, contornando quase toda

a área. Essa formação tem sua maior espessura estimada em 74 m nos morros São Jerônimo e Tope

de Fita. Litologicamente pode ser dividida em duas seqüências distintas: a)- seqüência inferior, com

espessura de aproximadamente 12 m, inicia por um conglomerado basal mal selecionado e de coloração

branca amarelada. A matriz varia de areia grossa a silte, perfazendo 60 a 80% da rocha. O material

grosso é composto por grânulos e seixos, principalmente de quartzo, na proporção de 20 a 40% do total.

Sua espessura no morro São Jerônimo é de 1 m, em alguns pontos, pode atingir 1,5 m. Os 11 m

restantes são constituídos por intercalações de arenitos conglomeráticos, grossos a finos, com esparsos

grânulos e seixos (0 até 5 cm) e, em alguns locais, lentes de argila. Também são encontrados níveis

pouco espessos de conglomerados, intercalados nos arenitos. Suas cores são branca, e amarela ou

vermelha pela presença de óxido de ferro. As estruturas observadas consistem em estratificações

cruzadas acanaladas, tabulares, e sigmoidais, ocorrendo também laminação plano-paralela e laminação

cruzada (~cIimbing-rippIe crossIamination’); b)- seqüência superior - formada por espesso pacote de

aproximadamente 62 m constituídos por intercalações de arenitos médios a finos, silticos e argilosos,

freqüentemente micáceos. A cor varia de branca a amarela sendo comum as tonalidades roxas e

vermelhas devido a grande ocorrência de óxido de ferro nessas rochas. Em direção ao topo aparecem

níveis vermelhos caracterizados por sua constituição argiloferruginosa, que torna a seqüência mais

resistente à erosão. Um outro tipo de ocorrência de óxido de ferro nessa porção são as concentrações

em forma de nódulos. Os sedimentitos da seqüência superior mostram-se bastante bioturbados pela ação

de organismos escavadores. A freqüência dessas bioturbações aumenta consideravelmente em direção

ao topo por vezes destruindo completamente as estruturas dos arenitos. Como estruturas primárias tem-

se a presença de estratificações cruzadas sigmoidais, tabulares, laminações plano paralelas e onduladas.

Sanford e Lange (1960), Oliveira e Muhlmann (1965), Lange e Petri (1967),Gonçalves e

Page 3: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

Schneider (1970), Fúifaro et aIii (1980), e Meio (1985), propõem para a Formação Furnas (= Unidade 1

e 2 de Melo, 1985) aflorante no estado de Mato Grosso -Chapada dos Guimarães -, um período de

deposição, contemporânea à Formação Furnas e Membro Jaguariaiva da Formação Ponta Grossa no

centro da Bacia, de idade Emsiana. Em virtude da persistência temporal de sua sedimentação pode

atingir níveis superiores na coluna como o D (Eifeliano).

FORMAÇÃO PONTA GROSSA

Essa unidade ocupa uma área de aproximadamente 75 km2 nas porções centro, sul e sudeste.

Se apresenta sob a forma de colinas suaves com cotas oscilando entre 600 e 800 m. A sua espessura,

observada em aforamentos próximos às escarpas da Formação Furnas, oscila entre 30 e 50 m. Em

direção à cidade de Chapada dos Guimarães atinge espessuras superiores a 80 m. Na área em estudo,

o contato inferior com a Formação Furnas é gradacionaí e arbitrado no ponto onde os pelitos passam a

predominar sobre os arenitos. Esse contato pode ser observado no caminho que leva ao Salto Véu de

Noiva e na subida do Morro Tope de Fita.

A litologia da Formação Ponta Grossa é predominantemente constituída por pelitos e

subordinadamente por arenitos finos, que ocorrem no meio e topo da seqüência. Óxidos de ferro acham-

se disseminados em todo o pacote. Em alguns locais se concentram sob a forma de nódulos, crostas e

nos tubos produzidos pelas bioturbações. Quando verticalizados esses tubos são cilíndricos e restritos

aos arenitos finos, apresentam diâmetros não superior a 1 cm e comprimento máximo de 8 cm. Nos

peiitos, esses tubos são achatados, sem orientação definida e paralelos a acamadamento. Nos níveis

fossilíferos os óxidos de ferro participam no tipo de preservação dos fósseis. A cor dos sedimentitos varia

entre cinza, azul, vermelha e amarela e, ocasionalmente, no topo do aforamento 6 ocorrem também em

arenitos finos. Na base da seqüência as estruturas primárias mais freqüentes são: estratificação cruzada

acanalada, tangencial e sigmoidai. Nas porções média e superior predominam a laminação piano-

paralela, acamadamento lenticular e marcas de ondulações simétricas, sendo essas últimas pouco

freqüentes.

CONTEÚDO FOSSILÍFERO E DISTRIBUIÇÃO

Na Formação Ponta Grossa, Chapada dos Guimarães - MT, os fósseis são numerosos porém

escassamente distribuídos. Os seus níveis de ocorrência predominam em porções siItosas e estão

limitados preferencialmente na base, por uma seqüência arenosa bioturbada e no topo por um seqüência

de argilitos. O aforamento Buriti constitui a exceção, seus horizontes fossifíferos estão vinculado; a níveis

argilosos e mais excepcionalmente no topo, a uma seqüência arenosa.

Nos pacotes siltosos contendo fósseis, a laminação plano-paralela é a estrutura primária mais

freqüente, marcas de onda e lentes de areia são de ocorrência mais rara. As seqüências argilosas com

níveis fossilíferos, bem como o pacote arenoso são maciços. Por conseguinte, a probabilidade de

Page 4: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

obtenção de fósseis inteiros é maior nos níveis siltosos, onde eles ocorrem nos planos de laminação.

Nos argilitos são freqüentes, fósseis (Lingula spp.) em disposição perpendicular aos

acamadamento o que, facilita ainda mais, a fragmentação quando da extração. Este fato dificultou a

análise sistemática do grupo.

O óxido de ferro que se encontra disseminado na Formação Ponta Grossa teve grande

participação na forma de preservação dos fósseis. Esses, constituíam pontos de descontinuidade na

rocha retendo o óxido de ferro e, conseqüentemente, tornando-se mais litificados e individuaiizados da

matriz. Essa retenção ocorreu de formas variadas, independente do tipo de organismo. A fossilização

mais comumente encontrada é o molde (interno e/ou externo e contra molde). A substituição freqüente

em alguns grupos específicos (mutationelidos e esperiferídeos). Por vezes é encontrado num mesmo

espécimen dois ou mais tipos de preservação. No caso de Língula as impressões são mais comuns,

ocorrendo ainda substituição da concha.

De maneira geral, nos níveis de ocorrência os fósseis estão dispostos desordenadamente, a

exceção de conchas de Tentaculites que ocasionalmente mostram uma orientação. Nos organismos

bivaíves a maior freqüência é de conchas desarticuladas, no entanto, nas formas pequenas (até 1 cm),

e nos pelecípodes predominam as valvas articuladas.

Os braquiópodes, constituem a assembléia mais numerosa e característica. Pelecípodes,

gastrópodes, Tentaculltes, trilobitas e crinóides são os outros organismos que ocorrem em proporções

menores.

Os braquiópodes estão representados por espécimens de: Língula BRUGUIËRE, 1797;

Craniops tormbetana (CLARKE, 1889); Orbiculoidea baíní (SCHARPE, 1856); “Schurchertella’

Australostrophia mesembria (CLARKE, 1913); Chonostrophia andina sp.nov.; Notiochonetes

falklandica (MORRIS e SCHARPE, 1846); Coelospira HALL, 1894; Australocoelia tourteloti BOUCOT

e GILL, 1956; Australospirifer iheringi (KAYSER, 1900); Plicoplasia plano-convexa (7) (KNOD, 1908);

Derbyina smith (DERBY, 1890); Derbyina whitiorum CLARKE, 1913; Derbyina (DERBY, 1890);

Podolela KOZLOWSKI, 1929; Mutationellidaes Ind. Nesse conjunto se destacam, em termos numéricos,

espécimens de Australocoella tourtelott Derbyina smith e D. whitiorum. Ocorrem ainda pelecípodes,

gastrópodes, crinoides e trilobitas, no entanto, fracamente representados.

Nos níveis superiores registrou-se uma assem6léia distinta constituída apenas por indivíduos do

gênero Língula, em sedimento argiloso. Uns poucos espécimens de pelecípodes foram encontrados

associados. De um nível arenoso foi possível obter uma pequena coleção de fragmentos de

esperiferídeos indeterminados, junto com alguns outros indivíduos de Orbiculoidea sp..

O total de braquiópodes da assembléia de fósseis da Formação Ponta Grossa em Mato Grosso

consiste de 12 gêneros, 10 espécies e 2 grupos de nomenclatura aberta.

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS LINGULÍDEOS DEVONIANOS DA BACIA DO PARANÁ

Os Lingulídeos ocorrentes no Devoniano da Bacia do Paraná são conhecidos desde 1876,

Page 5: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

quando Luthero Wagner percorreu parte do estado homônimo, com o intuito de coletar material geológico

para a expedição científica patrocinada pela primeira Comissão Geológica do Império do Brasil. No

Paraná, o grupo é o mais abundante dentre os braquiópodes, que por sua vez são os predominantes

dentre a fauna Devoniana do Estado. Para a região em estudo no presente trabalho, tal afirmativa não

pode ser feita, visto as pesquisas estarem apenas iniciando. A fossilização é similar em amostras

provenientes de vários aforamentos Devonianos da bacia. E a disposição das valvas, ora nos planos de

acamadamento, ora em posição perpendicular à este também já foi registrada pêlos autores em diversos

níveis do Devoniano do Paraná. Outra característica do grupo, em ambas as regiões é de sua fraca

presença quando ocorrentes nas assembléias típicas da Província Maivinokáfríca e sua total

predominância em níveis siltosos e argilosos onde associam-se quase que exclusivamente com moluscos

peIecípodes constituintes da endofauna. Aí caracterizam a típica comunidade de Língula

(BOUCOT,1971), constituídas pôr uma grande quantidade de espécimens, em vários estágios

ontogenéticos, e apresentando as diversas formas e espécies já sistematizadas por BOSETTI, 1989.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O MATERIAL ESTUDADO

Os exemplares pertencentes à coleção estudada procedem de três localidades do Município de

Chapada dos Guimarães (MT), quais sejam: aforamento Serra de Atimã, aforamento Lagoinha e

aforamento Véu de Noiva. Constam de aproximadamente 150 exemplares, a grande maioria

fragmentados devido à friabiiidade do sedimento, mal preservados em suas características internas

devido ao tipo de fossilização, sendo que os da localidade de Serra de Atimã, apresentam melhor grau

de preservação. O tamanho das valvas varia de pequeno (menores que lSmm de comprimento) a grandes

(maiores que 25mm de comprimento). De maneira muito semelhante aos Iingulídeos do centro da bacia,

sempre ocorre um padrão de predominância de dimensões em cada comunidade observada. O

aforamento Serra de Atimã registra formas grandes, o aforamento Véu de Noiva, formas médias e o

aforamento Lagoinha, formas pequenas, todos apresentando indivíduos em vários estágios de

crescimento, inclusive formas jovens, de tamanho bastante reduzido em comparação com os indivíduos

adultos.

A fossilização observada é a de impressões internas, externas e compostas, e ainda substituição

da concha. Nas impressões internas, em poucos exemplares, identifica-se a linha perimeal da impressão

muscular do músculo-oblíquo-lateral-mediano preservada. Este fato permitiu identificação específica de

pequena parte do material. Nas amostras onde o grau de preservação foi menor aplicou-se a para-

sistemática proposta por Bosetti (1989).

Page 6: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

SISTEMÁTICA

Phylum: Brachiopoda DUMÉRIL, 1806

Classis: Inarticulata HUXLEY, 1869

Ordo: LingulidaWAAGEN, 1885

Superfamilia: Lingulãceae MENKE, 1828

Familia: Lingulidae MENKE, 1828

Genus: Lingula BRUGUIÉRE, 1797173

Diagnose: Valvas alongadas, margens laterais suavemente convexas a sub pararelas, ornamentadas

apenas pôr linhas de crescimento concêntricas e finas estrias. Concha fina, fracamente espessa nas

áreas de aderência muscular. Internamente sem septo, baixa crista mediana pode estar presente na valva

braquíal, estendendo-se da impressão muscular central às impressões musculares laterais anteriores

(modif. de MOORE, 1965).

Espécie tipo: Lingula anatina LAMARCK, 1801

Língula sagittalis BOSETTI, 1989A

Estl-Fig.-G e K

1913 Língula lepta CLARKE, Mon. Srv. Geol. Miner. Brasil, 1:308, est. 26, figs. 3 e 5 (non figs. 4, 6

e 7)

1987 Língula sp. QUADROS, Tese Doutor. lnst. Geoc. Univ. Fed. Rio Grande do Sul (inédito), est 1,

figs. 7,10,14 e 15 (non figs. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9,11,12,13,16,17, 18, 19)

Diagnose: Concha linguloide, bordo anterior sub-quadrangular com os ângulos anterolaterais

arredondados; bordo posterior ovalado. Impressões do músculo oblíquo- lateral-mediano em forma de

«seta”, com o vértice voltado em direção ao bordo anterior.

Descrição: O contorno geral da concha é longitudinalmente longo e lateralmente estreito, espatulado.

O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,7 vezes mais longas que largas. O

Page 7: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

tamanho da concha varia de pequeno (menores que lSmm de comprimento) a grande (maiores que

25mm de comprimento), a maior largura da concha situa-se sempre na margem anterior do terço

mediano.

O bordo anterior é de contorno sub-quadrangular com ângulos antero-laterais arredondados,

idêntico em ambas as valvas. O bordo posterior é ovalado na valva braquial e pouco mais agudo na valva

pedicular, devido à presença do bico, mais pronunciado nesta valva; no entanto essa divergência é muito

pequena e pouco visível.

As margens laterais são sub-paralelas, pouco convexas, quase retas, divergindo suavemente

em direção ao bordo posterior do terço mediano em direção ao bordo posterior. A abertura angular das

margens laterais é de 940 em média.

A valva pedicular apresenta a fenda deltidial bem definida, situada no centro e ápice do bordo

posterior. O umbo é bem marcado e de forma triangular.

Na valva braquial pode ocorrer um sulco mediano - quando se tem moldes ou impressões

internas - ou ainda uma crista mediana - quando se tem moldes ou impressões externas -, de

comprimento variado e largura de 0,Smm em média. O sulco ou crista podem estender-se pôr todo o

comprimento da valva ou apenas na região mediana, onde sempre são mais acentuados. Podem

encontrar-se parcial ou totalmente mascarados.

A ornamentação consta de linhas de crescimento concêntricas e finas estrias. as linhas de

crescimento são presentes em toda a extensão das valvas, podendo encontrar-se parcial ou totalmente

erodidas e mascaradas. Podem ser de espaçamento fino e contínuo e ou ainda de espaçamento largo

e descontínuo; estas duas características podem estar associadas na mesma valva, podendo também

ocorrer o truncamento das linhas. Essas linhas possuem contorno idêntico tanto na concha adulta quanto

nos estágios ontogenéticos observáveis, com exceção do protegulum. As estrias partem do umbo e

irradiam-se até os limites do bordo anterior, são de traço muito leve e fino, quase imperceptíveis a olho

nu, portanto bastante susceptíveis à erosão, podendo encontrar-se mascaradas nos espécimens mal

preservados.

Impressões musculares são visíveis principalmente nas valvas braquiais, embora neste caso

estejam muito mal preservadas. Obteve-se a distinção nesta valva em amostras do Paraná, impressões

dos seguintes músculos: adutor-posterior, oblíquo-interno-anterior, obl íquios-laterais-longitudinais e

obliquo-lateral-mediano. Esta última impressão sempre é a mais bem preservada e de mais fácil distinção,

possui forma de “seta” com o vértice voltado para o bordo anterior, e é a única diagnosticável no material

descrito neste trabalho.

Discussão: Língula sagítalis Bosetti (1 989)é proposta com base na identificação da linha perimeal das

impressões musculares do músculo oblíquo-lateral-mediano. Este critério avaliador de espécies de

Língula, tem sido utilizado com sucesso na identificação de formas atuais (Emig, 1977 e foi aplicado em

formas fósseis por Plaziat, 1978 e 1986).

Page 8: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

Língula liliata Bosetti, 1989.

Estampa III fig. C

Diagnose: Concha lingulóide, bordo anterior sub-oval, bordo posterior ovalado. Impressões do músculo

obliquo-lateral-mediano em forma de “flor-de-lis”.

Descrição: O contorno geral da concha é longitudinalmente longo e lateralmente alargado. O coeficiente

comprimento/largura é médio, aproximadamente 1,55 vezes mais longas que largas. O tamanho da

concha é médio (entre 15 e 25mm de comprimento). A maior largura da concha situa-se sempre na

margem anterior do terço mediano.

O bordo anterior é de contôrno sub-oval na valva braquial. O bordo posterior é ovalado. As

margens laterais são sub-paralelas, pouco infiadas na região mediana, divergindo suavemente em

direção ao bordo anterior e convergindo acentuadamente a partir da margem posterior do terço mediano.

A abertura angular das margens laterais é de 95O ·

A ornamentação consta de linhas de crescimento concentricas, presentes em toda a extensão

das valvas. São de espaçamento fino e contínuo. As linhas possuem contorno idêntico. As linhas

possuem contôrno idêntico ao da concha adulta em todos os estágios ontogenéticos visíveis, com

exceção do Protegulum.

Impressões do músculo obliquo-lateral-mediano são visíveis na região mediana. Estas

impressões possuem contorno idêntico à flor-de-lis.

Discussão: Língula líliata Bosettt 1989 é proposta com base na forma da linha perimeal da impressão

do músculo oblíquo-lateral-mediano. Essa impressão possui forma idêntica à flor de lis, o que a difere L.

liliata Bosettt 1989 de L. sagittalis Bosetti, 1989 e L. sagíttalis var. quadrata Bosetti, 1989 que possuem

impressão do mesmo músculo em forma de “seta”. A amostragem de L. liliata Bosetti, 1989 também

pequena, na região em estudo. No estado do Paraná L. lilíata é espécie rara, ocorrendo em proporções

bastante menores do que L. sagittalis o mesmo não acontecendo no Mato Grosso, devido ao pequeno

número de amostras disponíveis neste estado em comparação com as amostras do estado do Paraná.

PARA-SISTEMÁTICA

Lingulóides quadrangulares - Morfotipos BTipo B1 - sub-quadradoEstampa 1 fig. H

Diagnose: Concha Iingulóide, o bordo anterior apresenta contorno sub-quadrangular e o

Page 9: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

coeficiente comprimento/largura é pequeno, (1,3), conferindo à concha aspecto curto e

largo.

Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente curta e lateralmente

alargada. O coeficiente comprimento/largura é pequeno, aproximadamente 1,3 vezes mais longas que

largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande(maiores que 25mm de

comprimento). A maior largura da concha situa-se sempre na margem anterior da região mediana. O

bordo anterior é de contorno sub-quadrangular com ângulos antero-laterais arredondados. o bordo

posterior é de contorno ovalado na valva braquial e pouco mais agudo na valva pedicular, devido à

presença do bico; no entanto esta divergência é muito pequena e pouco visível.

As margens laterais são abauladas, com maior inflagem na região mediana, devido àtrma

alargada da concha; essas margens estreitam-se visivelmente a partir da região posterior. A abertura

angular das margens laterais, tomando-se o bordo posterior em relação ao bordo anterior é de 940 a 96O

.

A valva pedicular contém a fenda deltidial, bem definida, situada no centro e ápice do bordo

posterior, na valva braquial é possível observar um sulco mediano de comprimento variado e largura de

aproximadamente 0,5 a 1,Smm, que pode percorrer todo o comprimento da valva ou apenas a região

mediana, onde sempre é mais acentuado. Em alguns exemplares o sulco pode estar parcial ou totalmente

mascarado.

Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de

crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas e podem ser de espaçamento fino e

constante ou ainda de espaçamento largo e inconstante. Essas características podem eMar associadas

na mesma valva, podendo ainda ocorrer o truncamento das linhas, principalmente nas margens laterais

medianas. As linhas de crescimento mostram contorno idêntico em todos os estágios ontogenéticos

visíveis, com exceção do protegulum. As estrias partem do umbo e irradiam-se até o início da região

mediana, são de traço leve e fino, quase imperceptíveis a olho nu.

No interior do plano das valvas ocorrem impressões musculares, mal preservadas, parcial ou

totalmente mascaradas, dos músculos oblíquo-lateral-mediano (na região mediana) e oblíquo-anterior

(na região anterior), as impressões musculares são incompletas e de difícil observação e distinção.

Lingulóides quadrangulares - Morfotipos B

Tipo B2 - oblongoEst. 1 Fig. B e L

1987 Língula sp. QUADROS, Tese Doutor. lnst. Geoc. UFRGS (inédito), est. 1 figs. 6 e 8, non figs. 1,

2, 3,4, 5, 7, 9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19.

Page 10: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

Diagnose: Concha lingulóide, o coeficiente comprimento/largura é grande (1,8), conferindo à concha uma

forma longa e estreita.

Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente longa e lateralmente

estreita. O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,8 vezes mais longas que

largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande (maiores de 25mm de

comprimento).

O bordo anterior é de contorno sub-quadrangular, com os ângulos antero-laterais arredondados.

O bordo posterior é de contorno ovalado na valva braquial, As margens laterais são sub pararelas, pouco

abauladas, devido à forma estreita da concha; estas margens estreitam-se visivelmente a parte da região

posterior. A aventura angular das margens laterais, tomando-se o bordo posterior, em relação ao bordo

anterior é de 940

Na valva braquial é possível observar um sulco mediano, de comprimento variado e largura de

0,5 a 1,Smm, que pode estar presente em toda a extensão das valvas ou apenas na região mediana,

onde sempre é mais acentuado. Em alguns exemplares o sulco é parcial ou totalmente mascarado.

Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de

crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas e podem ser de espaçamento fino e

constante ou ainda de espaçamento largo e inconstante. Essas duas características podem estar

associadas na mesma valva, as linhas mostram contorno idêntico ao da concha adulta em todos os

estágios ontogenéticos visíveis, com exceção do protegulum, que se encontra mascarado em todas as

valvas estudadas. As estrias partem do umbo e irradiam-se até o final da região mediana, são de traco

leve e fino, quase imperceptíveis a olho nu.

Lingulóides quadrangulares - Morfotipos BTipo B3 - espatuladoEstampa 1 figs. D, E, F, 1, J, M, N, P, Q.

1913 Língula lepta CLARKE, Mon. Serv. Geol. Miner. do Br. est 26 fig. 4, non figs. 3, 5,6,7.

1913 Língula cf. manni HALL (KOZLOWSKI), Ann. PaI. Mus. Hist. Nat. Paris, est. 1 fig. 1, nonfig. 2.

Diagnose: Concha lingulóide, o bordo anterior é sub-quadrangular com ângulos anterolaterais

arredondados, o bordo posterior é ovalado. as margens laterais divergem suavemente em direção ao

bordo anterior. O coeficiente comprimento/largura é grande (1,6). Concha alongada, estreita e espatulada.

Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente longa e lateralmente

estreita. O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,6 vexes mais longas que

largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande (maiores que 25mm de

comprimento). A maior largura situa-se sempre na margem anterior da região mediana.

O bordo anterior é de contorno sub-quadrangular, com ângulos antero-laterais arredondados. O

Page 11: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

bordo posterior é ovalado na valva braquial e pouco mais agudo na valva peduncular, devido a presença

do bico; no entanto esta divergência é muito pequena e pouco visível. As margens laterais são sub-

paralelas, quase retas divergindo suavemente em direção ao bordo anterior e convergindo

acentuadamente a parte da região posterior. A abertura angular das margens laterais, tomando o bordo

posterior em relação ao bordo anterior é de 94o . A valva pedicular contém a fenda deltidial bem definida,

situada no centro e ápice do bordo posterior. O umbo nesta valva é bem desenvolvido e de forma

triangular.

Na valva braquial pode ocorrer um sulco mediano, de comprimento variado e largura de 0,5 a

lmm. O sulco pode estar presente em todo o comprimento ou apenas a região mediana, onde sempre é

mais acentuado; pode encontrar-se parcial ou totalmente mascarado.

Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de

crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas, podem ser de espaçamento fino e constante

ou ainda de espaçamento largo e inconstante. Estas duas características podem estar associadas na

mesma valva. As linhas possuem contorno idêntico em todos os estágios ontogenéticos visíveis, com

exceção do protegulum. As estrias partem do umbo e irradiam-se até os limites do bordo anterior, são

de traço leve e fino, quase imperceptíveis a olho nu.

No interior do plano das valvas é possível observar impressões musculares, mal preservadas,

dos músculos adutor-posterior (na região posterior), oblíquo-lateral-mediano (na região mediana), oblíquo-

interno-anterior (na região mediana), obliquos-lateraisanteriores (na região anterior), adutores-anteriores

(na região anterior), oblíquo-anterior (na região anterior) e laterais-longitudinais (nas margens laterais).

Estas impressões musculares apresentam-se incompletas, mal preservadas e de difícil observação e

distinção.

Em algumas valvas ocorrem a concha ou fragmentos da concha original, substituídos pôr óxido

de ferro. Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento, presentes em toda a

extensão das valvas; podem ser de espaçamento fino e constante ou de espaçamento largo e

inconstante. As linhas mostram contorno idêntico ao da concha adulta em todos os estágios

ontogenéticos, com exceção do protegulum.

No interior do plano das valvas ocorrem impressões musculares, mal preservadas, parcial ou

totalmente mascaradas, do músculo oblíquo-lateral-mediano (na região mediana). As impressões

musculares são incompletas e de difícil distinção.

Lingulóides triangulares - Morfotipos CTipo C3 - agudoEstampa 1 fig. O

1913 Língula keideli CLARKE, Mon. Serv. Geol. Miner. do Br. est. 26 fig. 10,, non fig. 8 e9.

Diagnose: Concha Iingulóide, bordo anterior de contorno sub-oval com ângulos anterolaterais mal

definidos, bordo posterior triangular agudo. Coeficiente comprimento/largura grande (1,6). Concha longa,

Page 12: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

estreita e aguda.

Descrição: O contorno geral da concha lhe confere uma forma longitudinalmente longa e lateralmente

estreita. O coeficiente comprimento/largura é grande, aproximadamente 1,6 vezes mais longas que

largas. O tamanho varia de médio (entre 15 e 25mm de comprimento) a grande (maiores que 25mm de

comprimento). A maior largura da concha situa-se na margem anterior da região mediana.

O bordo anterior é de contorno sub-oval, com ângulos antero-laterais mal definidos. O bordo

posterior é agudo. As margens laterais são abauladas devido à convergência angular; estreitam-se

suavemente a partir da região anterior até atingir o ápice do bordo posterior. A abertura angular das

margens laterais é de 94O a 96O .

Na valva braquial é possível observar na porção mediana um sulco ou uma crista medianos.

Dependendo se se trata de moldes internos ou moldes externos. O sulco é de comprimento variado e

largura d 0,5 a 1 ,Smm. Inicia no umbo e pode atingir toda a região ou ainda todo o comprimento da valva,

sendo mais acentuado na região posterior. A crista mediana é também de comprimento variado e largura

de 0,5 a lmm. Pode percorrer apenas a região posterior ou ainda até o limite da região anterior. Tanto o

sulco como a crista medianos podem encontrar-se parcial ou totalmente mascarados.

Como ornamentação apresenta linhas concêntricas de crescimento e finas estrias. As linhas de

crescimento estão presentes em toda a extensão das valvas e podem ser de espaçamento fino e

constante ou de espaçamento largo e inconstante. estas duas características podem estar associadas

na mesma valva. As linhas mostram contorno idêntico ao da concha adulta em todos os estágios

ontogenéticos visíveis; com exceção do protegulum. As estrias são de traço leve e fino, podem

apresentar-se bem marcados ou não. Irradiam-se a partir do umbo e prolongam-se pôr toda a extensão

das valvas, podendo atingir os limites da região anterior.

No interior do plano das valvas =e possível observar impressões musculares, mal preservadas,

parcial ou totalmente mascaradas dos músculos adutor-posterior (na região posterior), oblíquo-interno-

anterior (na região mediana), obliquo-lateral-mediano (na região mediana), oblíquo-lateral-anterior (na

região anterior), adutores-anteriores (na região anterior) e obliquo-anterior (na região anterior), as

impressões musculares são incompletas e de difícil observação e distinção.

Em algumas valvas é possível observar fragmentos da concha original, substituídos pôr óxido

de ferro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Da análise dos dados pode-se inferir: ( a) que a resposta comportamental das “comunidades de

Língula” é bastante semelhante nos jazigos devonianos do Paraná e Mato Grosso, ( b) similaridade nas

condições ambientais durante a deposição do nível sedimentar em estudo, ( c) o tipo de fossilização é

a mesma, diferindo na qualidade, sendo melhor naquelas amostras provenientes do Estado do Paraná.

Com o prosseguimento das pesquisas, espera-se obter um maior refinamento dos dados que

permitam uma mais segura reconstrução paleoambiental.

Page 13: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

AGRADECIMENTOS

A equipe do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSETTI, E. P. de 1989. Paleontologia dos Lingulida (Brachiopoda: Inarticulada) da Formação PontaGrossa, Devoniano, Bacia do Paraná, Brasil. Disert. Mestr. Inst. de Geo. UFRGS. 136 p, 2 map, 10est. Porto Alegre, RS.

BOUCOT, A. J. de 1971. Malvinokaffric Devonian marine comunity distribuition an implications forGondwana. Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, 43 (suplemento): 23 - 49,fig. 1,2.

CLARKE, J. M. de 1913. Fósseis Devonianos do Paraná. Mono graphias do Serviço Geológico eMineralógico do Brasil, Rio de Janeiro, 1:1-353, pI. 1-27.

EMIG, C. C. de 1977. Refléxions sur la taxonomie des especes Língula (Brachiopodes, lnarticulés). C.r. hebd. Séanc. Acad. Sci., París, 285: 523-525.

EMIG, C. C. de 1982. Taxonomie du genre Língula (Brachiopodes, Inarticulés). Bull. Mus. natn. Hist.Nat., París, 40 sér., 4 section A, n0s 3-4: 337-367.

FÚLFARO, V. J.; GAMA JÚNIOR, E. G. & SOARES, P. C. de 1980. Revisão estratigrá fica da Baciado Paraná. São Paulo, PAU LIPETRO, 1 55p. Relatório BP008/80, interno.

GONÇALVES, A. & SCHNEIDER, R. L. de 1970. Geologia do Centro Leste de Mato Grosso. PontaGrossa, PETROBRÃS, DESUL n0 394 DEPEX - SEDOC, 2v. Relatório Técnico Interno.

KOZLOWSKI, R. de 1913. Fóssiles Dévoniens de I’état de Paraná (Brésil). Annales de Paléontologíe,Paris, 8 (3): 1-19, est. 1-3.

LANGE, F. W. & PETRI, 5. de 1967. The Devonian of the Paraná Basin. Boletim Paranaense deGeociências, Curitiba, 21/22: 5-55, fig. 1-5.

MELO, J. H. G. de 1985. A Província Malvinocáfrica no Devoniano do BrasiL Univ.Fed. Rio de Janeiro - Inst. de Geoc. v.1 880p., v.2 467p. v.3 182 fig. Dissertação deMestrado em Ciências.

OLIVEIRA, M. A. M. & MUHLMANN, H. de 1965. Geologia de Semi-Detalhe da Região de Mutum,Jaciara, São Vicente e Chapada dos Guimarães. Ponta Grossa, PETROBRÃS, DEBESP300/DEPEX-SEDOC, 63p., anexo 1-25. Relatório interno.

PLAZIAT, J. C. ; PAJAUD, D.; EMIG, C. C. & GALL, J. C. de 197& Environement et distributionbathymétrique des Lingules Conséquences dans les intérpretations páleogeographiques. BuIl. Soc.GéoI. Fr., 20 (3): 309-314.

QUADROS, R. de 1987. Paleontologia dos Brachiopoda - Lingulida, Strophomenida,Spiriferida, Terebratulida - Devonianos, da Serra de Atimã e Arredores, MatoGrosso - BrasiL Porto Alegre, Univ. Fed. R. Gde. Sul, Inst. Geoc., 73p. est. 1-13.Tese de Doutorado Geociências.

SANFORD, R. M. & LANGE, F. W. de 1960. Basin study approach to oil evaluation of ParanáMiogeosyncle of South Brazil. Bull. Am. Assoc. of Petr. Geoii, Tulsa, 44 (8):1316-70, aug.

ESTAMPAS

1-A Morfotipo B-B1, valva braquial. Afloramento Serra de Atima.

Ampliação: xl,69 - UFMT MPI9Il-B Morfotipo B-B2, valva pedicular. Afloramento Serra de Atimã.

Ampliação: xl,9 - FMT MPI83aI-C Língula lílíata, valva braquial. Aforamento Serra de Atimã.

Ampliação: xl,5 - UFMT MP192

Page 14: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

l-D Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Serra de Atima.

Ampliação: xl ,87 - UFMT MP275m1-E Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Serra de Atima.

Ampliação: x2,14 - UFMT MP187l-F Morfotipo B-B3, valva braquial. Afloramento Serra de Atima.

Ampliação: xl,87 - UFMT MP19Oa

I-G Língula sagittalís, valva braquial. Aforamento Serra de Atimã.

Ampliação: x2,0 - UFMT MP178a

I-H Morfotipo B-B1, valva pedicular. Aforamento Serra de Atimã.

Ampliação: xl,61 - UFMT MP 179a

1-1 Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Serra de Atima. Ampliação: xl,56 - UFMT MP184

l-J Morfotipo B-B3, valva braquial. Afloramento Serra de Atima. Ampliação: xl ,67 - UFMT MP2751

I-K Língula sagittalis, valva braquial. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,7 - UFMT MPI85a

I-L Morfotipo B-B2, valva braquial. Aforamento lndependê ncia. Ampliação: x2,68 - UFMT MP193

l-M Morfotipo B-B3, valva pedicular. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,75 - UFMT MPI83b

I-N Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,0 - UFMT 109

1-O Morfotipo C-C3, valva pedicular. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,93 - UFMT 96

l-P Morfotipo B-B3, valva braquial. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,0 - UFMT 57

l-Q Morfotipo B-B3, valva braquial. Afloramento Lagoinha. Ampliação: x2,0 - UFMT 89

li-A Exemplar fragmentado com sulco mediano, valva pedicular. Aforramento Serrade Atimã.Ampliação: xl,94

ll-B Valva pedicular fragmentada. Aforamento Serra de Atimã.Ampliação:xl,93

Il-C Amostra fragmentada apresentando a concha substituída. Aforamento Lagoinha.

Ampliação: x2,76

Page 15: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

II-D Amostra apresentando mascaramento da ornamentação. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,6

lI-E Valva fragmentada. Aforamento Serra de Atimã.

Ampliação: x 1,61Il-F Valva fragmentada. Aforamento Serra de Atimã.

Ampliação: xl,66

il-G Valva fragmentada. Aforamento Independência.

Ampliação: x2,0iI-H Valva mal preservada. Aforamento Serra de Atimã.

Ampliação: x3,0

11-1 Amostra apresentando linhas de crescimento truncadas.

Ampliação: xl,7

lI-J Espécime encontrado em concreção. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,0

ll-k Valva apresentando bico bem pronunciado. Aforamento Independência. Ampliação: xl,6

Il-L Formas jovens. Aforamento Lagoinha.

Ampliação: x3,5

lI-M Formas jovens. Aforamento Lagoinha.

Ampliação: x3,62

111-A Valva braquial apresentando impressão muscular mal preservada. Aforamento Serra de Atimã.

Ampliação: x2,0

lll-B Valva braquial apresentando fragmento da concha substituída. Aforamento Serra de Atimã.

Ampliação: xl ,92

lll-C Valva braquial apresentando concha substituída. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x2,2

llI-D Valva mal preservada. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl ,88

111-E Valva mal preservada. Aforamento Lagoinha.

Ampliação: x2,6

lll-F Valva apresentando substituição da concha. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl,87

Page 16: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano

lll-G Valvas sobrepostas. Aforamento Lagoinha.

Ampliação: x2,45

III-H Valvas sobrepostas. Aforamento Lagoinha. ~,

Ampliação: x3,O

111-1 Valva fragmentada. Aforamento Serra de Atimã. Ampliação: xl ,66

1V-A Forma jovem. Aforamento Lagoinha.

Ampliação: x5,2

IV-B Forma jovem. Aforamento Lagoinha.

Ampliação: x2,53

IV-C Fragmentos de concha substituidos. Aforamento Lagoinha.

Ampliação: xl ,84

IV-D Valva fossilizada fora do plano de acamadamento. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,23

1V-E Valva fragmentada. Aforamento Lagoinha. Ampliação: x3,O

IV-F Valva fragmentada apresentando nítidamente a impressão muscular do músculo oblíquo-lateral-

mediano em forma de “seta’. Lin gula sagittalis BOSETTI 1989. Ampliação: x2,07

Page 17: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano
Page 18: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano
Page 19: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano
Page 20: Bosetti & quadros (1996) simposio sul americano do siluro devoniano