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Boletim da Indústria Paraense 2014

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

Simão Robison Oliveira JateneGovernador do Estado do Pará

José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará

Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará - Fapespa

Eduardo José Monteiro da CostaDiretor-Presidente

Alberto Cardoso ArrudaDiretor Científico

Geovana Raiol PiresDiretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural

Maria Glaucia MoreiraDiretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação

Andrea dos Santos CoelhoDiretora de Pesquisas e Estudos Ambientais

Ciria Aurora Ferreira PimentelDiretora Administrativa

Eduardo Alberto da Silva LimaDiretor de Planejamento, Orçamento e Finanças

Sibele Maria Bitar de Lima CaetanoDiretora de Operações Técnicas

Fundação Amazônia de Amparoa Estudos e Pesquisas do Pará

FapespaTravessa Nove de Janeiro, 1686 - São BrásCEP. 66.060-575 - Belém - Pará - BrasilFone: 55 XX 91 3323-2550www.fapespa.pa.gov.br

Page 3: Boletim da Indústria Paraense 2014

EXPEDIENTE

Publicação Oficial:© 2015 Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – FapespaTodos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.

1ª edição - 2015Elaboração, edição e distribuiçãoFundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará – Fapespa

Endereço: Tv. Nove de Janeiro, 1686, entre Av. Gentil Bittencourt e Av. Conselheiro Furtado.Bairro: São Braz – Belém – PA, CEP: 66.060-575Fone: (91) 3323 2550Disponível em: www.fapespa.pa.gov.br

Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise ConjunturalGeovana Raiol Pires

Coordenadoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômica e Análise ConjunturalEdson da Silva e Silva

Equipe TécnicaEdson da Silva e SilvaMarcelo Monteiro Lopes

Produção Editorial:Helen da Silva BarataIngrid Nery MendesJuliana Cardoso SaldanhaKarina Lan’ArcSimone de Campos

Revisão:Juliana Cardoso Saldanha

Normalização:Anderson Alberto Saldanha TavaresAngela Cristina Nascimento SilvaJacqueline Queiroz Carneiro

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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)_____________________________________________________________________ F981b Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (FAPESPA) Boletim da Indústria Paraense 2014 / Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural. – Belém, 2014. 13 f.: il. 1. Indústria - Pará. 2. Indústria Extrativa. 3. Indústria de Transformação. 4. Indústria - ICMS. I. FAPESPA. II. Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural. III. Título. CDD: 23 ed. 338

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BOLETIM DA INDÚSTRIA 2014Fundação Amazônia de Amparo

a Estudos e Pesquisas do Pará

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BOLETIM DA INDÚSTRIA PARAENSE 2014

A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa), por meio da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural, divulga o Boletim da Indústria Paraense com os principais resultados do setor. A análise é realizada com base nos resultados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que faz referência ao acumulado no ano de 2014, observando o comportamento dos subsetores Extrativo Mineral e Indústria de Transformação.

Neste boletim, com o objetivo de entender a análise aos demais subsetores da Indústria paraense, a exemplo da indústria da construção civil, são utilizadas informações referentes ao desempenho do mercado de trabalho formal, além da arrecadação de ICMS do setor industrial e de energia elétrica.

PRODUÇÃO FÍSICA INDUSTRIAL

A produção física industrial do Pará em 2014 cresceu 8,1%, em relação ao ano de 2013, desempenho contrário ao do nacional, que encerrou o ano com retração de 3,2% (Gráfico 1).

Esse resultado da indústria paraense foi oposto ao obtido nos dois últimos anos, quando foram registradas variações negativas de 1,6% (2013)

Fonte: PIM/IBGE, 2015.Elaboração: FAPESPA, 2015.

Gráfico 1 – Variação (%) da produção física da Indústria Geral por Unidades de Federação em 2014

e 2% (2012). O crescimento da Indústria Geral do Pará foi o maior entre os estados brasileiros, seguido dos estados do Espírito Santo (5,6%), Mato Grosso (3,0%), Goiás (1,7%) e Pernambuco (0,1%). As demais Unidades Federativas apresentaram variações negativas na produção física industrial.

-6,2-5,5

-4,3-3,9

-3,2-3

-2,9-2,9-2,8

-2,20,1

1,73

5,68,1

-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10

SPPRRS

AMBRRJCE

MGBHSCPE

GOMTESPA

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BOLETIM DA INDÚSTRIA 2014

O desempenho positivo da Indústria Geral (8,1%) foi impulsionado pela indústria Extrativa Mineral (10,7%), influenciada principalmente pela extração de minério de ferro, que em 2014, em relação a 2013, apresentou crescimento das quantidades exportadas pelo Pará em 3%,

Gráfico 2 – Variação (%) da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação paraense de 2010 a 2014

Fonte: PIM/IBGE, 2015.Elaboração: FAPESPA, 2015.

8,1

2,8

-1,6 -2

8,1

18,8

7,2

-2,9-1,7

10,7

0,6

-0,9 -0,4-2,9

-0,7-5

0

5

10

15

20

2010 2011 2012 2013 2014

Indústria geral Indústrias extrativas Indústrias de transformação

mesmo ante a redução do preço do minério no mercado internacional. Quanto à Indústria de Transformação, que vem apresentando retração na atividade produtiva ao longo dos últimos quatro anos, em 2014 também obteve resultado negativo (-0,7%).

Observando o desempenho mensal da Indústria paraense ao longo de 2014, em comparação com igual mês do ano anterior, na série sem ajuste sazonal, a Indústria Geral descreveu trajetória favorável na maioria dos meses de 2014, em relação a 2013 (Gráfico 3). Esse comportamento, no primeiro semestre, apresentou crescimento da produção física superior ao do ano anterior, principalmente nos meses de abril e maio. Por parte da Indústria de Transformação, esse período

esteve associado ao bom desempenho dos setores de alimentos e bebidas influenciados por datas comemorativas, além de anteceder as férias de julho, mês no qual o consumo de bebidas aumenta. Em relação à Indústria Extrativa, o primeiro semestre de 2014 teve, em alguns dos segmentos extrativos, aumento na demanda internacional, o que elevou a produção, como foram os casos do minério de ferro e da bauxita calcina, cujas quantidades exportadas subiram ambos 14%.

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Gráfico 3 – Variação mensal (sem ajuste sazonal) da Indústria Geral paraense em 2014 e 2013

Fonte: PIM/IBGE, 2015.Elaboração: FAPESPA, 2015.

O bom desempenho da indústria geral no primeiro semestre de 2014 também pode ser justificado pelas variações negativas do setor industrial ocorridas no mesmo período em 2013, principalmente nos meses de abril e maio (Gráfico 3). O comportamento em 2013 foi influenciado pelo desempenho negativo da Indústria Extrativa (Gráfico 4). Ressalta-se a produção física nesse período, especialmente por parte da Indústria Extrativa, normalmente é de tendência positiva, situação não observada em 2013, quando naquele momento, a demanda global de minério de ferro já sinalizava retração no consumo da commodity mineral, fato esse induzido pelo aumento do estoque mundial de aço que pressionou os preços do minério de ferro para baixo, impactando na retração da produção física do estado.

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2013 12,5 -6,2 -11,4 -24,1 -20,5 -3,2 6,7 2,7 3,8 5 3,6 5,92014 -0,7 4 12,6 37 27,3 6,4 -1 5,8 5,8 5,1 7 1,4

-30-20-10

01020304050

(%)

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BOLETIM DA INDÚSTRIA 2014

Gráfico 4 – Variação mensal da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação paraense em 2013

Gráfico 5 – Variação mensal da Indústria Geral, Extrativa e de Transformação paraense em 2014

Fonte: PIM/IBGE, 2015.Elaboração: FAPESPA, 2015.

Fonte: PIM/IBGE, 2015.Elaboração: FAPESPA, 2015.

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dezIndústria geral 12,5 -6,2 -11,4 -24,1 -20,5 -3,2 6,7 2,7 3,8 5 3,6 5,9Indústria extr. 17,4 -5,2 -12,5 -30,5 -24 -1,4 8,7 5,2 7,1 6 2,6 5,1Indústria de transf. -0,5 -8,7 -8,6 -2,6 -8,4 -9,1 -0,4 -5,7 -6,7 1,2 7,2 9,5

-40

-30

-20

-10

0

10

20

(%)

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dezIndústria geral -0,7 4 12,6 37 27,3 6,4 -1 5,8 5,8 5,1 7 1,4Indústria extr. -2 6,9 18,3 52 35,3 8,3 -1,7 7,8 6,9 7,4 10,4 2,6Indústria de transf. 3,5 -4,1 -2,4 1,3 4,3 -0,5 1,8 -1,7 1,7 -3,4 -5 -3,7

-10

0

10

20

30

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50

60

(%)

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BOLETIM DA INDÚSTRIA 2014Fundação Amazônia de Amparo

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Tabela 1 – Variação (%) da produção física da Indústria paraense em 2013 e 2014

No segundo semestre de 2014, de agosto a novembro, o índice de produção física da indústria paraense esteve acima do registrado no mesmo período de 2013, série interrompida em dezembro, com a variação de 1,4%, já que no mesmo mês do ano anterior, o crescimento foi de 5,9% (Gráfico 3). Tanto a Indústria Extrativa quanto a de Transformação contribuíram para esse resultado, uma vez que a primeira, apesar de variação positiva de 2,6%, cresceu a uma taxa inferior à registrada em novembro e a segunda manteve a retração pelo terceiro mês seguido, de outubro a dezembro (Gráfico 5).

Na Indústria de Transformação, apesar da variação negativa (-0,7) em 2014, os segmentos de alimentos e bebidas aumentaram 0,7% e 11,4%, respectivamente (Tabela 1). Segundo o IBGE (2015), esses segmentos foram influenciados principalmente pelos avanços na fabricação de refrigerantes, cervejas e chope, no segundo; e de produtos embutidos de salamaria e outras preparações, água de coco, óleo de dendê em bruto e carnes de bovinos congeladas, no primeiro.

Outro segmento, com elevação na produção física, foi o de fabricação de produtos de madeira, com variação de 4,6% em 2014, em relação a 2013, influenciado, principalmente, pelos avanços na fabricação de madeira serrada, aplainada ou polida (IBGE, 2015), resultado que pode ser ratificado pelo aumento da quantidade exportada de madeiras perfiladas de 44%, no mesmo período.

Com desempenho negativo semelhante ao da média da Indústria de Transformação, a fabricação de produtos minerais não metálicos decresceu 7,2%, produtos esses que têm na construção civil um dos principais setores de indução da produção, setor que em 2014 apresentou desaceleração no nível de sua atividade produtiva, principalmente em empreendimentos ligados ao segmento habitacional. Outro segmento com retração foi o da metalurgia (-2,8%), pressionado, em grande parte, pela redução na fabricação de ferro-gusa, resultado que pode ser ratificado pela redução de postos de trabalhos no segmento em alguns municípios do Pará, observado principalmente em Marabá (FAPESPA, 2015).

Fonte: PIM/IBGE, 2015.Elaboração: FAPESPA, 2015.

Indústria 2013 2014 dez14/dez13

Indústria Geral -2 8,1 1,4 Indústria Extrativa -1,7 10,7 2,6 Indústria de Transformação -2,9 -0,7 -3,7 Fabricação de produtos alimentícios 14,8 0,7 -2,4 Fabricação de bebidas -1,6 11,4 27,8 Fabricação de produtos de madeira -14,2 4,6 9,3 Fabricação de celulose, papel e produtos de papel -68,5 -5 8,8 Fabricação de produtos de minerais não-metálicos 5,5 -7,2 -14,7 Metalurgia -13,9 -2,8 -9,3

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BOLETIM DA INDÚSTRIA 2014

EMPREGO DO SETOR INDUSTRIAL

A dinâmica produtiva do setor industrial do Pará pode ser conferida, também, através da geração de emprego. Nesse sentido, tanto a indústria Extrativa Mineral quanto a de Transformação geraram em 2014, saldo positivo de trabalhos com carteira assinada, totalizando, juntas, 2.537 novos vínculos empregatícios no ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério de Trabalho e Emprego (MTE). A Extrativa Mineral, que em 2013 havia registrado saldo negativo de 51 vínculos, em 2014, criou 877 novos empregos. O crescimento produtivo do setor de 10,7%, aliado à geração de trabalho,

ratifica o potencial produtivo das atividades ligadas ao extrativismo mineral na economia do estado, sobretudo na produção de minério de ferro, minério de cobre, bauxita, manganês e caulim, por exemplo.

Quanto à Indústria de Transformação, apesar de ter apresentado declínio (-0,7%) na produção física em 2014, registrou criação de 1.660 novos empregos. Isso se deve a segmentos do setor industrial paraense, que apresentaram crescimento produtivo no ano, como foi o caso da fabricação de alimentos (0,7%) e bebidas (11,4%), que juntos responderam pela geração de 1.542 novos vínculos trabalhistas em 2014(Tabela 1).

Setores 2013 2014

Indústria Extrativa e de Transformação -51 2.537 Indústria Extrativa 5 877 Indústria de Transformação -56 1.660 Indústria de produtos minerais não metálicos 901 67 Indústria metalúrgica 38 10 Indústria mecânica 439 475 Indústria do material elétrico e de comunicações 26 20 Indústria do material de transporte 43 85 Indústria da madeira e do mobiliário -2.101 -503 Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica -171 187 Indústria da borracha, fumo, couros, peles, similares, ind. diversas 23 -28 Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria 107 -416 Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos -61 182 Indústria de calçados -5 39 Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico 705 1.542 Construção Civil 17.982 3.401 Serviços Industriais de Utilidades Pública (SIUP) 496 46

Tabela 2 – Saldo de emprego celetista no Pará em 2013 e 2014

Fonte: CAGED/MTE, 2015.Elaboração: FAPESPA, 2015.

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ARRECADAÇÃO DE ICMS

Ainda de acordo com o CAGED, a indústria de metalurgia, a de minerais não metálicos e a de papel e produtos de papel também contribuíram para o incremento no estoque de empregos do estado, com a criação de novos vínculos trabalhistas, respectivamente, 10, 67 e 187 contratos formais com carteira assinada. Por outro lado, a indústria madeireira, mesmo tendo apresentado variação positiva no índice da produção física de 4,6% em 2014, vinha de uma retração de 14,2% em 2013, de modo que o crescimento na produção física não foi suficiente para melhorar o desempenho do segmento na geração de emprego, uma vez que encerrou 2014 com redução de 503 empregos no contingente de trabalhadores do segmento.

Além desses segmentos, o CAGED divulga também resultados de indústrias que não são desagregados pela PIM, mas que se revelam

Diante do bom desempenho da Indústria Geral do estado, mesmo ante a conjuntura mundial e nacional, o Pará, em 2014, também apresentou incrementos na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 13,5% a mais que em 2013, segundo dados provisórios do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ). O montante arrecadado referente ao setor industrial em 2014 foi de R$ 2,033 bilhões, respondendo por 38,31% de toda a arrecadação de ICMS da região Norte do país, ficando atrás somente do estado de Amazonas (48,62%). Quanto à arrecadação de ICMS de energia elétrica do setor industrial do Pará em 2014 cresceu 29,80% em relação a 2013, variando de R$ 53,233 milhões (corrigido pelo IPCA a preços de 2014) em 2013 para R$ 69,098 milhões em 2014.

importantes na dinâmica produtiva e da geração de emprego no estado, como por exemplo, material elétrico e de comunicações e material de transporte, todos com saldo positivo na geração de emprego formal no estado em 2014 (Tabela 2).

Outras duas indústrias, a Construção Civil e o SIUP, que não são abrangidas pela PIM/IBGE, mas compõem o setor industrial, obtiveram saldos positivos em 2014, apesar de menores que os obtidos em 2013 (Tabela 1). A desaceleração da Construção Civil justifica-se pela redução no ritmo de seus dois pilares produtivos: os grandes empreendimentos (mineral e energético) e as construções habitacionais, dois segmentos econômicos que, em 2014, sofreram desaceleração no nível de suas atividades produtivas, sendo responsáveis pela redução no número de trabalhadores contratados em relação a 2013 (FAPESPA, 2015).

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BOLETIM DA INDÚSTRIA 2014

NOTA METODOLÓGICA

A análise da indústria paraense toma como referência os índices regionais da produção física industrial do estado, divulgados na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com base nessa pesquisa e outros indicadores para o setor, a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (FAPESPA) realiza trimestralmente o Boletim da Indústria Paraense, levando em consideração quatro variáveis: o índice da produção física industrial, as exportações, a geração de emprego e a arrecadação do ICMS no setor industrial.

Para a construção do Boletim, o resultado da PIM-PF demonstrado através do Índice de Produção Física, é analisado levando em consideração: índice mês/mêst-1, produção do mês atual, em relação ao mês anterior e produção

do mês atual, em relação ao mesmo mês do ano anterior; índice acumulado no ano, produção do acumulado do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os dados de exportação são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), sendo utilizadas somente as exportações provenientes do setor industrial, no período que trata o Boletim. O emprego, por sua vez, tem no Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED), a fonte das informações e segue o mesmo critério de utilização das exportações. Da mesma forma, faz-se uso também dos dados de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cuja fonte é o Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ). O cruzamento dessas variáveis, juntamente com os dados da PIM, permite uma relativa leitura do setor industrial paraense.

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BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação de Estatística do trabalho. 2014. Disponí-vel em: <http://www.mte.gov.br/pdet> Acesso em janeiro de 2015.

______. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior – MDIC. Balança Comercial. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna>. Acesso em janeiro de 2015. CONFAZ. Conselho Nacional de Política fazendária. Comissão Técnica Permanente do ICMS. Boletins do ICMS e demais impostos estaduais. Disponível em:http://www1.fazenda.gov.br/confaz/boletim/. Acesso em fevereiro de 2015. IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática SIDRA, 2013. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/> Acesso em fevereiro de 2015. IBGE, Indicadores IBGE, dezembro de 2014. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/2014/pimpfregional/pim-pf-regional_201412caderno.pdf. Acesso em fevereiro de 2015.

FAPESPA, Boletim do Mercado de Trabalho Paraense em 2014. Disponível em: http://www.fapespa.pa.gov.br/?q=content/mercado-de-trabalho. Acesso em fevereiro de 2015.

REFERÊNCIAS