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Boletim Informativo Clube Niteroiense de Montanhismo Ano VIII – número 18 Niterói, Setembro de 2012 Fundado em 20/11/2004 Dedo de Deus 100 anos • Contusões X Arnica • CNM na Semana do Meio Ambiente • • Dicas relacionadas ao mosquetão • Ponta da Joatinga • • Contusões X Arnica • CNM na Semana do Meio Ambiente • • Dicas relacionadas ao mosquetão • Ponta da Joatinga •

Boletim CNM 2012-1

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Boletim InformativoClube Niteroiense de MontanhismoAno VIII – número 18

Niterói, Setembro de 2012Fundado em 20/11/2004

Dedo de Deus

100 anos

• Contusões X Arnica • CNM na Semana do Meio Ambiente • • Dicas relacionadas ao mosquetão • Ponta da Joatinga •

• Contusões X Arnica • CNM na Semana do Meio Ambiente • • Dicas relacionadas ao mosquetão • Ponta da Joatinga •

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guração dos circuitos circulares vai aumentar a visitação e ajudar, inclusive, no manejo das trilhas, visto que o fl uxo de visitantes diários da Unidade será dividido ao longo dos dois novos trajetos. Em harmonia com pressupostos da Rio+20, o projeto aposta na visão atual de um turismo ecológico que se baseia na colaboração da sociedade para garantir a preservação de áreas verdes, mediante um trabalho de educação ambiental agregado aos princípios de conduta consciente em ambientes naturais. Conhecer para conservar.Fonte: http://www.parquedatijuca.com.br/noticias.php

MUTIRÕES DO PNT

Aproveitando a oportunidade e espaço aberto para divulgação no boletim CNM, Lúcio M. Palma, da Mo-nitoria Ambiental e Voluntariado do Parque Nacional da Tijuca e, equipe, disponibilizam a todos o calendário dos próximos mutirões em 2012.

01/07 – PICO DA TIJUCA

14/07 – PEDRA DA GÁVEA

19/08 – PAPAGAIO/COCANHA

15/09 – MORRO DA TAQUARA

21/10 – FELIZARDO

10/11 – CACHOEIRA DAS ALMAS

02/12 – CIRCUITO SÃO MIGUEL / MUSEU DO AÇUDE

+ CONFRATERNIZAÇÃO

P A R T I C I P E M ! !

Por Alessandra Neves

O Parque Nacional da Tijuca inaugurou no dia 17 de junho, o maior sistema de trilhas sinalizado do Brasil, composto pelos circuitos Major Archer e Castro Maya, no Centro de Visitantes da Unidade, localizado no setor Flo-resta da Tijuca, Alto da Boa Vista. O evento, [...] foi a pri-meira ação do Projeto Travessias, que pretende implemen-tar e sinalizar trilhas em outros nove Parques Nacionais.

Os circuitos externo, Major Archer, e interno, Castro Maya, homenagem a dois importantes personagens histó-ricos, tiveram seus respectivos levantamentos topográfi cos iniciados em abril, quando receberam a sinalização indica-tiva que servirá de modelo para outros parques. Apesar de trabalhar apenas com trilhas pré-existentes em seu percur-so, a integração proposta destas é o grande diferencial do projeto, pois resgata diversos pontos turísticos de conside-rável valor histórico-cultural para a cidade, apresentando-os de maneira gradual no decorrer dos roteiros.

Idealizadas pelo atual Diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes, Pedro Cunha e Menezes, as trilhas circulares de longa duração do Parque Nacional da Tijuca conduzem os visitantes por mais de 30 quilômetros, contextualizando estruturas históricas dos séculos XVIII e XIX, como Capela Mayrink e as ruínas do Sítio Midosi, com panoramas clássicos da Unidade, como o Pico da Tijuca e o Bico do Papagaio. O circuito interno, com aproximadamente 12 quilômetros, leva dois dias para ser completado, enquanto o externo, com quase o dobro da extensão, 20 quilômetros, propõe um roteiro de quatro dias.

Outra novidade provém da sinali-zação rústica, que estabelece uma icono-grafi a simples e de fácil entendimento na compreensão dos trajetos a serem percor-ridos. Setas com tinta nas cores amarela e vermelha, inseridas principalmente em árvores e rochas. Além disso, dezenas de placas, sendo 52 de madeira plástica feita com resíduos industriais, vegetais, mine-rais, entre outros, indicarão os destinos e os sentidos dos percursos. Os mapas dos circuitos estarão disponíveis para down-load no site do Parque e em folhetos de-talhados, distribuídos gratuitamente em seus principais pontos.

O Instituto Chico Mendes (ICM-Bio), responsável pela gestão do Parque Nacional da Tijuca, acredita que a inau-

TENTANDO NOS ACHAR: TRILHAS CIRCULARES DO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA

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SEGURANÇA: ALGUMAS DICAS SOBRE MOSQUETÃO

drier. Na publicação, recomendam que o mosquetão esteja sempre preso a essa parte do equipamento, cuja fabrição prevê o suporte de, no mínimo, 16KN como recomenda a norma CE, assim como o baudrier. Fabricantes atuais preferem trabalhar numa margem de segurança mais alta para que com o passar do tempo a resistência do baudrier e do loop fi que sempre acima dos 16KN.

Encontramos loop, ao sair da fábrica, suportando até 32KN. Os testes de produção, em sua grande maioria, são feitos no loop e não nas alças do baudrier. Para tranquilidade dos escaladores, os testes mostram que a maior parte das quedas está abaixo de 4 KN.

Porém nem sempre os acontecimentos são como planejados. Há vários acidentes com comprometimento do loop em quedas com dissipação de energia de apenas 10 KN... bem abaixo dos 16 KN exigidos! Para fi carmos na zona de segurança: algumas técnicas recomendam que o escalador troque o baudrier a cada ano, independente de seu uso. Outros colocam uma tabela ligada a frequência de uso: para uso diário em 2 anos; em uso de 2 a 3 vezes por semana em 3 anos; com uso semanal troque em 4 anos; e somente uma vez por mês ou menos, compre um baudrier novo a cada cinco anos.

Uma dica em relação a segurança citada pelos Dafl on é colocar um cordelete kevlar ou dyneema de 5,5 mm ao lado do loop, para reforçá-lo. A resistência destes materiais nesta espessura varia de 13 a 18 KN. Outra recomendação dos autores é nunca colocar um mosquetão nas alças do baudrier, se não, você estará forçando este mosquetão em três pontos quando é projetado para suporte em apenas dois. Cuidado para não encontrar uma caveirinha!

Escale com Segurança!

Por Eny Hertz

Frequentemente surgem na lista de discussão do CNM sugestões sobre manutenção do mosquetão. Na página da Black Diamond há as seguintes recomendações.

Por sua vez, também são comuns considerações sobre a forma de uso de um mosquetão no loop e no corpo do baudrier na página da PETZL, onde há artigo com reco-mendações sobre seu uso seguro e adequado.

Comentários sobre a segurança do loop também são comuns. Flavio e Cintia Dafl on, autores do livro Escale Melhor e com Mais Segurança, falam sobre essa peça do bau-

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Há várias variedades dessa espécie. A Arnica montana também denominada de verdadeira é originária das regiões montanhosas da Europa e da Sibéria, sendo difícil de en-contrá-la no Brasil. Há ainda a Solidago chilensis nativa na parte meridional da América do Sul e a Porophyllum ruderale, todas as três espécies são usadas para os mesmos fi ns e são excelentes interna ou externamente para calos doloridos, bolhas, pan-cadas, traumatismo, contusões, quedas e fadiga muscular de qualquer natureza. A arnica-brasileira, Solidago chilensis, deve ser utilizada internamente com restrição, por apresentar toxina.

ATENÇÃO!• Todo medicamento deve ser usado com cautela. Qualquer

erva pode provocar reação alérgica e apresentar efeitos cola-terais em altas doses.

• A automedicação pode levar a erros de diagnósticos, à escolha de uma uma terapia inadequada e pode retardar o reconhe-cimento de uma doença, com a possibilidade de agravá-la.

• Consulte seu médico, antes de tomar qualquer tipo de remédio!

Fonte: Guia da medicina homeopática de Nilo Cairo; Plantas Medicinais no Brasil de Lorenzi e Matos e “Contusões – Remédios da despensa”, Revista Petros e Você – maio 2012

SAÚDE

Passe Arnica nas ContusõesPor Alessandra Neves e Eny Hertz

Depois de uma longa caminhada, travessia ou sim-plesmente após uma pequena queda na escalada é reco-mendado que se coloque gelo na área dolorida (cuidado para não queimar a pele com a baixa temperatura) por 20 minutos, três vezes ao dia nas primeiras 48 h. Este proce-dimento diminui o processo infl amatório. Uma excelente opção de tratamento paralelo é a Arnica, que pode ser ingerida ou usada como emplasto (não pode ser em pele com corte ou arranhada).

Há séculos que esta erva é indicada de forma preventi-va e terapêutica nas dores musculares e manchas escuras na pele causadas por contusões. Ela apresenta ação anti-infl a-matória, analgésica e anti-séptica. Ela é encontrada tanto nos quintais quanto nas lojas de produtos naturais e ou farmácias homeopáticas. O ideal é que assim que se chegue em casa tome-se a arnica e continue por no mínimo uma semana ou assim que perceber que não há mais manchas ou dores musculares.

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AMBIENTE

Limpeza na Margem da Lagoa de Itaipupor Eny Hertz

circulam na restinga, isso não temos dúvida. Já a maré e os rios acabam devolvendo o lixo jogado nas águas”, explica a ambientalista Ana Lemos, AMADARCY, uma das organizadoras do mutirão. Cadeiras, barracas, aramados, tampinhas, garrafas pets, caixas de isopor, além de copos de plástico e canudos foram encontrados em vários pontos.

O encontro aconteceu no Núcleo de Apoio aos Voluntários da Aldeia Guarani de Camboinhas, que fi ca dentro da restinga. No dia 05 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. “Todos podem abraçar essa causa. Se cada um fi zer a sua parte, já é de bom tamanho, porque ambien-talistas todos somos. Porém, cada um precisa levantar a bandeira”, acredita Ana. Durante o mutirão, o grupo recebeu lixo eletrônico e medicamentos usados. A Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) fi cou responsável pelo recolhimento do lixo e entrega de material como luvas e sacos recicláveis.

CONSCIENTIZAÇÃO

“Esta é a segunda vez que visitamos a restinga. É triste encontrá-la com tanto lixo. Em tempos de sustentabilida-de, ainda nos deparamos com a falta de conscientização das pessoas. Isso precisa ser plantado enquanto criança. Depois de adulto, fi ca bem mais difícil”, ensina o chefe de escotismo Carlos Eduardo Magalhães. Com ele, 15 crianças do Engenho do Mato também vestiram as luvas e deram início ao “trabalho” de limpeza.

A Lagoa de Itaipu é um dos ecossistemas mais impor-tantes para o equilíbrio da Região Oceânica de Niterói. É reconhecida também pela sua importância paisagística e cultural, e como fonte de renda e lazer para a população local e turistas. (O Fluminense)

Percebemos que esta tarefa precisará ser repetida algu-mas vezes tanto para retirar o que fi cou do lixo quanto para conscientização da população.

Alguns dedicando muito de seu tempo a uma causa, tornam-se notícia. A maioria dedicando parte de seu tem-po a uma causa, escreverão a história.

Para comemorarmos em 2012 o Ambiente, o Clube Niteroiense de Montanhismo – CNM, AMADARCY, Coalizão pelo Mar, Culinária Viva e Ateliê da Vida Simples organizaram um mutirão de limpeza. Somente a sociedade civil planejou e organizou. Nenhum político foi envolvido. Convidamos o Grupo de Escoteiros Guardiões da Honra para participar do evento. O mutirão ocorreu no dia 02 de junho. na página (http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/cidades/mutirao-para-limpar-restinga-da-lagoa-de-itaipu) encontra-se o texto abaixo na integra:

“A Operação de limpeza incluiu ambientalistas e moradores da região e todos têm o mesmo objetivo: salvar e preservar um dos principais espelhos d’água da Região Oceânica de Niterói.

Cenário de beleza e berço natural de diversas espécies de aves, a Restinga da Lagoa de Itaipu, em Niterói, tem sofrido nos últimos anos um dos piores impactos provocados pelo homem em seu ecossistema: o descarte inadequado de lixo. Por conta disso, grupos formados por am-bientalistas, incluindo moradores da região e escoteiros mirins realiza-ram mutirão de limpeza, na manhã de sábado, às margens da lagoa e na mata. “Aqui é uma área pública, de grande fl uxo de turismo e lazer, como pesca. Isso já vem sendo acumulado há bastante tempo. É o resultado do nosso viver urbano. O lixo é descartado por pessoas que

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100 Anos da Conquista do Dedo de DeusHISTÓRIA

vertical é vencido através de uma pirâmide humana, per-mitindo atingir a base de uma chaminé horizontal muito estreita, com 8 m de extensão, transposta com alguma di-fi culdade após a colocação de 4 grampos. Neste ponto é preciso enfrentar um lance externo e bastante exposto que exige a colocação de outros 3 grampos aos quais amarram o tronco; mais um obstáculo é vencido.

Ao todo foram fi xados 19 grampos de arganel (execu-tados por Texeira), alguns dos quais ainda lá se encontra-vam. Após acender uma fogueira com objetivo de sinalizar para Teresópolis, os conquistadores improvisaram uma co-bertura com ramagens e pernoitaram no cume. Não bas-tasse a persistente garoa, cai a tarde e começa a escurecer. Já não é mais possível prosseguir.

Retornam então, à base do primeiro paredão onde, numa reentrância de pedra, se acomodam para passar a noite. Na manhã do dia 9 de abril reiniciam a escalada superando, um a um, todos os lances vencidos no dia ante-rior. Chegam, fi nalmente, a uma chaminé bastante estreita mas de pouca difi culdade (“Arranca-botão”).

Outra chaminé vem a seguir, esta em forma de V, sen-do cravados 3 grampos no primeiro trecho e mais 2 no segundo, permitindo alcançar um platô bastante amplo. Neste ponto já é possível antever a próxima chegada ao cume, mas o obstáculo agora é o paredão negativo de uns 4 m. Colocando um grampo na base e outro a 1,5 m, fi xam

Localizado no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, o Dedo de Deus (1692m) se destaca pelo seu formato úni-co e beleza. Símbolo do Montanhismo Brasileiro, o Dedo de Deus é certamente a montanha mais conhecida da Serra dos Órgãos, quiçá do Brasil. Apesar de diversas montanhas terem sido escaladas em data anterior, é a conquista do Dedo de Deus que é considerada o marco do Montanhis-mo no Brasil pelo alcance do feito e infl uência que causou. Essa história começou em 1912 com a conquista do Dedo de Deus por cinco jovens teresopolitanos.

A CONQUISTA

No início do século XX diversos alpinistas estrangeiros haviam tentado sem sucesso chegar ao cume desta mon-tanha. Ao saber da notícia o ferreiro pernambucano José Texeira Guimarães, radicado em Teresópolis lançou a idéia da conquista. A ele juntaram-se Raul Carneiro e os irmãos Acácio, Alexandre e Américo Oliveira, todos de Teresópolis.

Algumas incursões para reconhecimento do local te-riam sido feitas pelo grupo, mas a investida que resultaria na conquista teve início na manhã de 6 de abril de 1912, sendo consumido um dia inteiro na caminhada de aproxi-mação e montagem do acampamento-base.

A chuva que caiu no dia seguinte não permitiu qual-quer avanço. Na manhã do dia 8 são retomados os traba-lhos e aí enfrentam o primeiro grande obstáculo: um pa-redão vertical de aproximadamente 12 m, com uma calha e fi ssura do lado direito. Ali são colocados, inicialmente 2 grampos de arganel.

Com auxílio de um tronco amarrado aos grampos é vencido um lance e alcançado um pequeno platô; mais 2 grampos e o mesmo recurso do tronco, e o paredão su-perado. O lance que viria a seguir, com 3m e igualmente

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a eles um tronco. Com auxílio de pirâmide humana, fazem subir Alexandre, o mais leve, o qual fi xa o último grampo, possibilitando, assim, a subida de todo o grupo.

Eram 17:00 do dia 9 de abril de 1912 e o Dedo-de-Deus fora fi nalmente conquistado! Consta que alguns conquista-dores teriam voltado ao Dedo dois anos após a conquista, mas naquela época não existiam associações de montanhismo e não se dispõe de qualquer registro desses eventos.

Às 10:00 do dia 10 de abril, após hastearem uma ban-deira nacional, os escaladores iniciaram a descida. Em Te-resópolis foram recebidos como heróis e seu feito notifi ca-do com grande destaque pela imprensa. Feito notável para a época, principalmente se considerarmos que não tinham qualquer noção de técnica de escalada nem o equipamento de segurança de que hoje dispomos.

ASCENSÃO ARROJADA

Pela primeira vez a bandeira brasileira tremula no “Dedo de Deus”.Telegrama que acabamos de receber de Therezopolis informa-nos da

arriscada expedição que fi zeram ao Dedo de Deus os arrojados excur-sionistas José Teixeira Guimarães, José Américo Oliveira Junior, Accacio José Oliveira, Raul Carneiro e Alexandre José Oliveira, que deram mos-tras de grande arrojo na perigosa empresa, e também de bello patriotismo, desfraldando naquelas alturas, virgens de vestígio humano, o auriverde pendão brasileiro.

É a primeira vez que a nossa bandeira fl utua em tão grande altitude.Jornal Correiro da Manhã, 09/04/1912 (terça-feira)

A PRIMEIRA ASCENSÃO AO DEDO DE DEUS

De Therezopolis escreve-nos o conceituado capitalista sr. Joaquim Freire, que assistiu á ascensão dos primeiros excursionistas que con-seguiram galgar os ásperos cimos do “Dedo de Deus”. “Escrevo-lhe com o espírito incendido e o coração transbordando alegria pelo acon-tecimento que hoje abalou os que, em Therezopolis, se interessam pelos feitos úteis.

Hoje, dia 8, ás 11:45 da manhã, foi galgado o cimo do grande obelisco conhecido pelo nome de “Dedo de Deus”, que na cordilheira dos òrgãos desafi ava as audácias humanas. A escalada do imponente obelisco, que até hoje era reputado inacessível, só não abalará o mundo scientifi co por ter sido feita por meros touristes, sem maiores preocupações.

As 11:45, ascenderam o cimo; ás 12:40 fi ncavam a primeira bandeira branca, e á 1 hora içaram a bandeira nacional.

Devo dizer-lhe, sem vaidades, mas intima satisfação, que fui eu quem primeiro desvendou os felizes profanadores do segredo que a Natu-reza tão avaramente escondeu nos píncaros daquela pedra.

Fui esperal-os à saída da picada, por onde haviam penetrado na serra e vi, com bastante magua, que entre alguns amigos delles só eu representava o elemento veranista. Conduzi-os ao Hotel Hygino, onde bebemos uma taça de champagne.

Remetto-lhe uma “magnólia silvestre”, colhida no cimo da pedra, onde há alguma vegetação e muita pedra solta.

Na próxima quarta-feira serei portador das photographias dos cinco he-róes. Será o Correio da Manhã o primeiro a estampar o retrato dos arrojados excursionistas, como foi o primeiro a receber a nova extraordinária ascensão.”

Fonte: Jornal “Cor reio da Manhã”, 10 de abril de 1912 (quarta-feira)

Nota: Há uma dúvida acerca da real data em que ocor-reu a conquista do “Dedo de Deus”, já que alguns textos informam ter sido o dia 08 de abril e, outros, em maioria, reportam o dia 09 de abril de 1912. Da fonte consultada, não resta dúvida quanto a ser o dia 08 de abril de 1912, uma segunda-feira, o dia da conquista. Ocorre que, por motivo que desconhecemos, a comemoração da conquista no dia nove se tornou uma tradição entre os montanhistas. Fica como registro histórico a matéria publicada no Jornal “Correio da Manhã”.

Na semana de 23 de abril a 01 de maio de 2012 parte da comemoração dos 100 anos da conquista foi com inva-sões de escalada, ofi cinas, palestras, campeonatos e encon-tros científi cos na Urca.

Fonte: http://www.semanademontanhismo.com.br/100anos/a-conquista-

do-dedo-de-deus

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Em Paraty-Mirim pernoitamos no camping do Seu Jesus, único camping da localidade, ele fi ca a poucos me-tros da praia de Paraty-Mirim. Acordamos cedo e saímos por volta das 8h com o objetivo de pegar um barco para a Praia do Engenho no Saco de Mamanguá. A travessia de barco dura cerca de 30’ ao custo de R$ 30,00 por pessoa, preço em Abril de 2012. Pegamos o barco e atravessamos o Saco de Mamanguá com um visual magnífi co e chega-mos a Praia do Engenho sem problemas. Em nosso pla-nejamento faríamos este trecho de 13,37km com desnível médio de 400m em nosso primeiro dia, pernoitando em Martim de Sá no fi m do dia. Partimos da Praia do En-genho em meio às vielas para encontrar o início da trilha para a Praia Grande de Cajaíba. A dica é ao sair do píer da Praia do Engenho tome à esquerda e depois direita sempre subindo. O início da trilha se dá no quintal de uma casa branca com uma caixa de água azul redonda. Passamos por dentro do quintal da casa e seguimos a trilha após a caixa de água que fi ca à direita da casa. Durante todo o trajeto até a Praia Grande de Cajaíba esse trecho é feito por dentro da mata subindo. Levamos cerca de 2,5h para chegar na Praia Grande de Cajaíba caminhando cerca de 5,27km e com desnível em torno de 430m com uma forte inclinação. A Praia Grande de Cajaíba é o início tradicio-

nal desta travessia, no fi nal da praia tem dois bares e o últi-mo pertence aos donos do único camping da Praia Gran-de de Cajaíba, praia com cerca de 1km de extensão de areia. No fi nal da praia seguimos a trilha para a Praia do Pouso da Cajaíba. Este trecho segue pelo litoral, passando por praias desertas e habitadas com colônias de pescado-res. Passamos por Itaoca (praia deserta), Calhaus (praia

Com a chegada da Semana Santa, eu, Alessandra Ne-ves e Ary Cardoso combinamos a Travessia da Ponta da Joatinga. Esta trilha cruza a Reserva Ecológica da Joatin-ga (Reserva Estadual) com área de 80.000km2, que está contida na APA de Cairuçu, que é federal, com área de 338.000km2, e tem cerca de 33km de extensão contando com desnível máximo de cerca de 500m.

Planejamos fazer esse percurso em 3 dias, saindo da Praia do Engenho no Saco de Mamanguá, com primeiro pernoite em Martim de Sá e segundo pernoite em Ponta Negra, terminando na Vila do Oratório em Laranjeiras. Sendo que esta travessia é feita normalmente em 5 dias. Saímos na quinta no início da tarde com a intenção de dormir em Paraty-Mirim para acordar cedo e dar início a travessia. Pegamos o ônibus por volta das 16h na Rodovi-ária de Niterói em direção a Paraty. Chegamos em Paraty por volta das 21h e na mesma Rodoviária tomamos o ôni-bus para Paraty-Mirim.

RELATO DE ATIVIDADE

A Travessia da Ponta da JoatingaPor Adriano Paz

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com colônia de pescadores) e Ipanema (praia deserta) até chegar em Pouso. Esse trecho durou cerca de 2h com extensão de 4,16km e pequeno desnível pois se caminha o tempo inteiro junto ao mar. No Pouso paramos para um lanche, descanso e hidratação, e depois partimos para Martim de Sá de barriga cheia e revigorados. Este último trecho para Martim de Sá percorremos em 1,5h cerca de 4Km com desnível de 300m. Chegamos em Martim de Sá ainda com o dia claro.

Martim de Sá é um lugar mágico, com uma praia sen-sacional. Um lugar paradisíaco que pode-se fi car por dias e dias. Lá só existe uma família residente, do Seu Maneco onde fi ca o camping do lugar. Ele é uma atração à parte com suas estórias sobre a região. Ele ainda dá uma de guia da região levando as pessoas para conhecer os pontos tu-

rísticos das redondezas. Se for a Martim de Sá não deixe de reservar um tempo para uma boa conversa com Seu Maneco. No dia seguinte fi camos na praia um bom tem-po, curtindo o lugar. Por volta das 10h nos aprontamos e partimos para Ponta Negra. Esse trecho é a parte da travessia mais pesada, com uma subida forte por dentro da mata.

Passamos pelo Saco das Enchovas, lugar onde moram dois dos fi lhos de Seu Maneco. Depois chegamos em Cai-ruçu. Lugarejo com várias casas de caiçara. Passamos rápido pelo lugar e adentramos na mata, onde encararíamos o tre-cho de mais forte subida da travessia. Este trecho é de na-vegação difícil. Se for fazer essa travessia pela primeira vez tome bastante cuidado. Na dúvida em alguma bifurcação, escolha o caminho que sobe. Se mesmo assim não conseguir se decidir, deixe a mochila e explore o caminho para ter certeza que está fazendo a escolha certa. Depois da exte-nuante subida, vem a descida não menos íngreme que exige bastante dos joelhos. Após este grande esforço chegamos à Ponta Negra percorrendo 11,40km em 5h com desnível de 580m. Ponta Negra é um lugarejo com várias casas, onde há uma colônia de pescadores. Lá existem dois campings, um próximo à praia e outro mais acima próxima à trilha de saída para a Vila de Oratório (Laranjeiras) que é o camping de Dona Branca, onde fi camos. Ponta Negra possui uma praia pequena, apinhada de casas à beira da praia. Algumas casas são restaurantes em alta temporada. Acordamos cedo e passeamos pelo lugarejo. Há uma diferença grande entre Ponta Negra e Martim de Sá, o primeiro é mais tumultua-do e mais habitado, o segundo mais bucó-lico. O caminhante sente a diferença no momento em que chega a Ponta Negra vindo de Martim de Sá. Após o passeio arrumamos as coi-sas e partimos para o último trecho da travessia em direção a Vila do Oratório em Laranjeiras.

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Este trecho é o mais fácil da travessia, segue pela costa sem pesadas subidas. Somente uma ligeira subida exigente antes de chegar a Praia do Sono. Partimos de Ponta Negra e após alguns minutos chegamos a Praia de Galetas, uma praia sem areia. Somente pedras de to-dos os tamanhos tocam as ondas. Atravessamos a praia equilibrando sobre as pedras e chegamos à ponte para atravessar o rio que deságua em um dos seus lados. Cru-zamos a ponte a adentramos a mata. Logo após chega-mos à entrada da Praia de Antiguinhos. Praia pequena e deserta, chega-se a ela por uma trilha à esquerda junto a um rio, saindo da trilha principal. Voltando a trilha principal chega-se à Praia de Antigos em 5 minutos. Praia mais extensa que Antiguinhos, deserta e com a mesma beleza. Cruzamos a praia sob um sol implacável, o dia estava belíssimo. Como todo bom montanhista, encontramos uma pedra no meio da praia e tratamos de escalá-la. Após esse breve intervalo, metemos o pé para a Praia do Sono, nossa próxima parada. Subimos a trilha e após alguns minutos estávamos no topo com a vista da bela Praia do Sono. Esta praia é muito bonita,

mas ao contrário das duas anteriores ela é bem mais mo-vimentada. A trilha de acesso desde a Vila do Oratório é bem demarcada e bastante utilizada por moradores e turistas. Mas apesar da grande movimentação, a Praia do Sono não deixa de mostrar seus encantos. Sua exten-são é de perder o fôlego, com boas ondas para o surfe. Demos uma parada para um lanche e uma hidratação. Após, seguimos para o ponto final dessa travessia. Ca-minhamos até o final da praia, subimos uma escadaria e adentramos em um trecho de mata com uma trilha bem aberta. Esta parte da travessia é de fácil navegação com dois pontos de abastecimentos de água. Percorremos esse trecho em mais ou menos 1h. Chegamos a Vila do Oratório com muitas estórias e lembranças. Foi um fim de semana desfrutado com belíssimas paisagens e gran-diosa companhia. Se tiverem oportunidade, não deixem de fazer essa travessia. Vale à pena pelo visual e com boa companhia fica perfeito.

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Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 18 11

Data - Responsável Atividade14/6/2012 - Alex Figueiredo Reunião Social16/6/2012 - Ary Carlos Escalavrado23/6/2012 - Eny Hertz Emil Mesquita, Paredão24/6/2012 - Alex Figueiredo Pedra de Itaocaia24/6/2012 - Eny Hertz Mauricio Mota (M2)30/6/2012 - Ary Carlos Cabeça de Peixe30/6/2012 - Eny Hertz Pracinha - Vias diversas04/7/2012 - Alex Figueiredo Reunião Social08/7/2012 - Alex Figueiredo Pedra de Itaocaia11/7/2012 - Leandro Pestana Pedalada pela Bocaina14/7/2012 - Ary Carlos Dedo de Nossa Senhora21/7/2012 - Alfredo Vieira Costão Pão de Açúcar21/7/2012 - Eny Hertz Gemini Azul24/7/2012 - Leandro Pestana Costão de Itacoatiara25/7/2012 - Leandro Pestana Bike + Caiaque26/7/2012 - Eny Hertz Reunião de Diretoria28/7/2012 - Mauro de Mello Paraíso Artifi cial29/7/2012 - Leandro Pestana Pedal Niterói- Arpoador04/8/2012 - Mauro de Mello Nitroglicerina04/8/2012 - Vinicius Farias Pedal Icaraí x Itaipuaçú08/8/2012 - Alex Figueiredo Reunião Social10/8/2012 - Vinicius Farias Almoço Delírio Tropical 11/8/2012 - Alfredo Vieira Travessia Petrô-Terê11/8/2012 - Vinicius Farias Pedal icarai x itacoa14/8/2012 - Alex Figueiredo Morro do Santo Inácio15/8/2012 - Leandro Collares Reunião Técnica CFG15/8/2012 - Vinicius Farias Passeio no Parque16/8/2012 - Alex Figueiredo Morro do Santo Inácio16/8/2012 - Vinicius Farias Almoço Delírio Tropical 18/8/2012 - João Henrique Enseada do Bananal18/8/2012 - Mauro de Mello Leonel Brizola19/8/2012 - Alfredo Vieira Caminhada dos Fortes23/8/2012 - Vinicius Farias Almoço Al-Kwait23/8/2012 - Vinicius Farias Passeio no Parque25/8/2012 - João Henrique Italianos com Secundo25/8/2012 - Leandro Collares Trilhas de Ibitipoca01/9/2012 - Ary Carlos Paredão Sangue Bão01/9/2012 - Vinicius Farias Pedal Icaraí Camboinhas02/9/2012 - Alex Figueiredo PICNIC CNM06/9/2012 - Mauro de Mello Encon Escaladores NE07/9/2012 - Eny Hertz Alto Mourão07/9/2012 - João Henrique Salinas, Tres Picos12/9/2012 - Eny Hertz Enseada do Bananal13/9/2012- Andréa Rezende Reunião Social15/9/2012 - Vinicius Farias Pedal -Passeio no Parque

ATIVIDADES

Atividades realizadas de Janeiro a SetembroData - Responsável Atividade08/1/2012 - Alex Figueiredo Pedra de Itaocaia14/1/2012 - Andréa Rezende Churrasco de confraternização18/1/2012 - Eny Hertz Pracinha - Vias diversas22/1/2012 - Ary Carlos Pedra da Gavea (PNT)02/2/2012 - Alex Figueiredo Morro do Santo Inácio (RJ)04/2/2012 - Alfredo Vieira Mergulho Ilha Grande04/2/2012 - Eny Hertz Entre Quatro Paredes09/2/2012 - Andréa Rezende Reunião Social12/2/2012 - Eny Hertz Novos Horizontes14/2/2012 - Alex Figueiredo Morro do Santo Inácio18/2/2012 - Alfredo Vieira Morro das Andorinhas09/2/2012 - Alfredo Vieira Ilhas Maricás26/2/2012 - Alfredo Vieira Rafting Rio Macae26/2/2012 - Vinicius Farias Pedal Icaraí x Itaipuaçu01/3/2012 - Alex Figueiredo Morro do Santo Inácio01/3/2012 - Alex Figueiredo Reunião Social04/3/2012 - Eny Hertz Costão de Itacoatiara08/3/2012 - Alex Figueiredo Morro do Santo Inácio10/3/2012 - Vinicius Farias Pedal Paineiras11/3/2012 - Vinicius Farias Pedal Zona Sul do Rio17/3/2012 - Alex Figueiredo Travessia Ponta da Joatinga17/3/2012 - Ary Carlos Cobiçado-Ventania18/3/2012 - Eny Hertz II Sem de Mínimo Impacto18/3/2012 - Eny Hertz Pracinha - Vias diversas18/3/2012 - Vinicius Farias Audax 200 Rio das Ostras31/3/2012 - Alex Figueiredo Morro do Santo Inácio01/4/2012 - Vinicius Farias World Bike Tour RJ05/4/2012 - Eny Hertz Emil Mesquita, Paredão12/4/2012 - Alex Figueiredo Morro do Santo Inácio12/4/2012 - Alex Figueiredo Reunião Social21/4/2012 - Ary Carlos Novos Horizontes21/4/2012 - Ary Carlos Via dos Bombeiros21/4/2012 - Eny Hertz Acamp Macaé de Cima21/4/2012 - Neuza Ebecken Circuito Mirandela22/4/2012 - Neuza Ebecken Pedra da Catarina - Mãe23/4/2012 - Eny Hertz Semana de Montanhismo01/5/2012 - Neuza Ebecken ATM04/5/2012 - Alex Figueiredo Morro do Santo Inácio06/5/2012 - Eny Hertz Paraíso Perdido (P3), Paredão09/5/2012 - Alex Figueiredo Reunião Social12/5/2012 - Alfredo Vieira Paredão Leila Diniz18/5/2012 - Alex Figueiredo Morro do Santo Inácio23/5/2012 - João Henrique Ás de Espadas, Paredão26/5/2012 - João Henrique Italianos com Secundo02/6/2012 - Eny Hertz Mutirão na Lagoa de Itaipu13/6/2012 - Eny Hertz Enseada do Bananal

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AvisosCURSO BÁSICO DE ESCALDA

EM 2012 NÃO REALIZAREMOS O CURSO BASICO DE ESCALDA

REUNIÕES SOCIAIS

As reuniões sociais do CNM são realizadas sempre na primeira quinta-feira de cada mês ímpar e na primei-ra quarta-feira de cada mês par, às 19:30h, em local a ser defi nido e divulgado.

Os encontros acontecem em clima de total descontração e informalidade, quando os sócios e amigos do CNM aproveitam para colocar a conversa em dia, trocando experiências, relatando excursões e vivências ou, simplesmente, desfrutando a companhia de gente simpática e fraterna.

São nas reuniões que tambem organizamos as atividades, damos ideias sobre escaladas, travessias, etc.

Periodicamente acontecem reuniões e seminários técnicos com o intuito de possibilitar miores detalhes e informações atualizadas aos sócios e interessados.

Informem-se sobre os temas das palestras técnicas e reuniões acessando o site:

http://www.niteroiense.org.br.

Compareçam e sejam muito bem vindos!!!

EXPEDIENTE

CNM - CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMOInício das Atividades em 26 de Março de 2003Fundado em 20 de Novembro de 2004Website: www.niteroiense.org.bre-mail: [email protected]: 8621-5631(Alex Figueiredo)

DiretoriaPresidente: Alex FigueiredoVice Presidente: Eny HertzDiretor Técnico: Luis AndradeDiretor de Meio-Ambiente: Ary CardosoConselho Fiscal: Alan Marra, Adriano Paz, Neuza EbeckenTesouraria: Leandro Collares

Informativo Nº 18: As matérias aqui publicadas não representam necessariamente a posição ofi cial do Clube Niteroiense de Montanhismo. Ressaltamos que o boletim é um espaço aberto a todos aqueles que queiram contribuir.

Envie sua matéria para [email protected]. Participe!!!

Edição e Diagramação:- Leandro Collares- Leandro do Carmo