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1 DESTAQUES DO PERÍODO Banco Santander (Brasil) S.A. Release de Resultados em IFRS Primeiro Semestre de 2010 29 de julho de 2010 Disclaimer: eventuais declarações que possam estar escritas neste relatório relativas às perspectivas de negócios do Banco Santander, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da diretoria do Banco, bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro do Banco Santander e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras.

Banco Santander (Brasil) S.A. · 2010-07-29 · 1 DESTAQUES DO PERÍODO Banco Santander (Brasil) S.A. Release de Resultados em IFRS Primeiro Semestre de 2010 29 de julho de 2010 Disclaimer:

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1  

DESTAQUES DO PERÍODO 

   

 

 

 

   

 

 

  

Banco Santander (Brasil) S.A. Release de Resultados em IFRS  

Primeiro Semestre de 2010  29 de julho de 2010 

          

    Disclaimer: eventuais declarações que possam estar escritas neste relatório relativas às perspectivas de negócios do Banco Santander, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da diretoria do Banco, bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro do Banco Santander e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras.  

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2  

ÍNDICE 

ÍNDICE  

RESUMO DADOS DO PERÍODO  03 

DESTAQUES DO PERÍODO  04 

RATINGS  06 

AMBIENTE MACROECONÔMICO  07 

EVENTOS RECENTES                                                                                                                          08 

SUMÁRIO EXECUTIVO  09 

RESULTADOS DO SANTANDER NO BRASIL                                                                                                  

     RECONCILIAÇÃO GERENCIAL E CONTÁBIL  10      CONTA DE RESULTADOS GERENCIAL                                                                                                                     11      BALANÇO PATRIMONIAL  16      ANÁLISE DE RESULTADO POR SEGMENTO  21      CARTÕES  22 

GESTÃO DE RISCOS                                                                                                                          23 

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GOVERNANÇA CORPORATIVA                                                                                        25 

RESUMO BALANÇO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS                                                                         27 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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3  

RESUMO DE DADOS DO PERÍODO

RESUMO DE DADOS DO PERÍODO   

As informações deste release são baseadas nos resultados consolidados do Banco Santander (Brasil) S.A., preparados de acordo com as normas  internacionais  ‐  IFRS  (International Financial Reporting Standards). As demonstrações financeiras condensadas do primeiro semestre de 2010 estão disponíveis no site de Relações com Investidores e órgãos reguladores. 

Os dados abaixo, referentes aos resultados e indicadores de desempenho, são gerenciais, uma vez que se referem ao resultado contábil, ajustado pelo hedge fiscal do investimento na agência de Cayman. O ajuste, que impacta as linhas de impostos sobre a renda e os ganhos/perdas com ativos financeiros, não tem efeito sobre o lucro líquido. A reconciliação entre o resultado contábil e o resultado gerencial pode ser encontrada na página 10 deste relatório.  

 

1S10 1S09 Var.  2T10 1T10 Var. 1S10x1S09 2T10x1T10

RESULTADOS (R$ milhões)Margem de juros líquida 11.698 10.661 9,7% 5.865 5.833 0,5%Comissões Líquidas 3.332 3.016 10,5% 1.710 1.622 5,4%Despesas de Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (4.654) (4.827) ‐3,6% (2.251) (2.403) ‐6,3%Despesas Administrativas e de Pessoal (5.429) (5.380) 0,9% (2.774) (2.655) 4,5%Lucro líquido 3.529 2.445 44,3% 1.766 1.763 0,2%

BALANÇO PATRIMONIAL (R$ milhões)Ativo total 347.246 288.878 20,2% 347.246 316.049 9,9%Títulos e valores mobiliários 93.492 46.871 99,5% 93.492 74.829 24,9%Carteira de crédito¹ 146.529 134.173 9,2% 146.529 139.910 4,7%     Pessoa física 45.910 41.217 11,4% 45.910 43.992 4,4%     Financiamento ao consumo 26.119 24.593 6,2% 26.119 25.509 2,4%     Pequenas e médias empresas 32.260 31.845 1,3% 32.260 30.811 4,7%     Grandes empresas 42.240 36.519 15,7% 42.240 39.597 6,7%Captações de clientes 135.744 150.197 ‐9,6% 135.744 133.757 1,5%Patrimônio líquido 71.619 51.805 38,2% 71.619 70.729 1,3%Patrimônio líquido excluindo ágio² 43.307 24.542 76,5% 43.307 42.417 2,1%

INDICADORES DE DESEMPENHO (%)Retorno sobre o patrimônio líquido médio – anualizado 10,2% 9,9% 0,4 p.p. 10,4% 10,5% ‐0,1 p.p.Retorno sobre o patrimônio líquido médio excluindo ágio² ‐ anualizado 17,4% 21,9% ‐4,6 p.p. 17,8% 18,0% ‐0,3 p.p.Retorno sobre o ativo total médio – anualizado 2,2% 1,7% 0,5 p.p. 2,2% 2,2% ‐0,1 p.p.Índice de Eficiência³ 34,2% 36,5% ‐2,2 p.p. 35,4% 33,1% 2,4 p.p.Índice de Recorrência4 61,4% 56,1% 5,3 p.p. 61,6% 61,1% 0,6 p.p.Índice de Basiléia excluindo ágio² 23,4% 17,0% 6,4 p.p. 23,4% 24,4% ‐1,0 p.p.

INDICADORES DE QUALIDADE DA CARTEIRA (%)Índice de Inadimplência5  ‐ IFRS 6,6% 7,0% ‐0,5 p.p. 6,6% 7,0% ‐0,4 p.p.Índice de Inadimplência6  (acima de 90 dias) ‐ BR GAAP 4,7% 6,2% ‐1,5 p.p. 4,7% 5,4% ‐0,7 p.p.Índice de Inadimplência7  (acima de 60 dias) ‐ BR GAAP 5,6% 7,6% ‐2,0 p.p. 5,6% 6,4% ‐0,8 p.p.

Índice de Cobertura8 101,7% 97,1% 4,6 p.p. 101,7% 102,8% ‐1,1 p.p.

OUTROS DADOSAtivos sob administração ‐ AUM (R$ milhões) 109.493 85.503 28,1% 109.493 106.572 2,7%Nº de Cartões de Crédito e Débito (mil) 35.339 31.306 12,9% 35.339 34.004 3,9%Agências 2.097 2.091 0,3% 2.097 2.091 0,3%PABs 1.491 1.510 ‐1,3% 1.491 1.496 ‐0,3%Caixas eletrônicos 18.117 18.101 0,1% 18.117 18.102 0,1%Total de Clientes (mil) 23.514 21.465 9,5% 23.514 22.979 2,3%Total de Correntistas ativos9 (mil) 10.503 9.929 5,8% 10.503 10.379 1,2%Funcionários 51.789 51.146 1,3% 51.789 51.747 0,1%1. Informações gerenciais.

3. Eficiência: Despesas Gerais/Total de Receitas .

5. Operações vencidas há mais de 90 dias mais créditos normais com alto risco de inadimplência / carteira de crédito.6. Operações vencidas há mais de 90 dias  / carteira de crédito em BR GAAP.7. Operações vencidas há mais de 60 dias  / carteira de crédito em BR GAAP.8. Provisões de Crédito de Liquidação Duvidosa  / operações vencidas há mais de 90 dias mais créditos normais com alto risco de inadimplência.9. Clientes com movimentação de depósito à vista no período de 30 dias, de acordo com o Banco Central do Brasil.

4. Comissões líquidas / Despesas gerais.

2. Ágio apurado na aquisição do Banco Real e da Real Seguros Vida e Previdência. 

ANÁLISE GERENCIAL

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4  

DESTAQUES DO PERÍODO 

DESTAQUES DO PERÍODO 

RESULTADOS 

O lucro líquido do primeiro semestre de 2010 foi de R$3.529 milhões, com crescimento de 44,3% (ou R$1.084 milhões) em relação aos R$ 2.445 milhões do primeiro semestre de 2009. 

No segundo trimestre de 2010, o lucro líquido totalizou R$ 1.766 milhões, alta de 0,2% em relação ao primeiro trimestre. Excluindo‐se os efeitos extraordinários do primeiro trimestre de 2010, de R$37 milhões, o crescimento alcança 2,3%. 

O lucro antes de impostos do primeiro semestre de 2010 atingiu R$4.481 milhões, aumento de 43,9% ante igual período de 2009.  No trimestre, somou R$ 2.309 milhões com alta de 6,3% em relação ao primeiro trimestre de 2010. 

  

INDICADORES 

Evolução dos indicadores de Gestão em doze meses (1S10/1S09): 

− Eficiência¹: 34,2% no 1S10, com queda de 2,2 p.p.  

− Recorrência²: 61,4% no 1S10, com crescimento de 5,3 p.p. 

− ROAE³: 17,4% anualizado no 1S10, redução de 4,6 p.p. 

Evolução positiva dos indicadores de Solidez: 

− Índice de Basiléia4: 23,4% em junho de 2010, com aumento de 6,4 p.p. em doze meses  

− Cobertura: 101,7% em junho de 2010, com crescimento de 4,6 p.p. em doze meses.  

BALANÇO 

Ativos de R$ 347.246 milhões, com crescimento de 20,2% em doze meses 

Crédito a Clientes de R$ 146.529 milhões, com alta de 9,2% em doze meses 

Depósito Poupança alcançou R$ 26.721 milhões, evolução de 24,8% em doze meses  

Patrimônio Líquido totalizou R$ 43.307 milhões (excluindo ágio4 de R$ 28.312 milhões)  

NOSSAS AÇÕES ‐ Bovespa: SANB11 (Unit), SANB3 (ON), SANB4 (PN); NYSE (BSBR) 

Valor Mercado5 em 30/06/2010: R$ 71,9 bilhões e US$ 40,0 bilhões 

Número total de ações (lote de mil): 399.044.117 

Lucro Líquido6 no 1S10 por: 

• Lote de mil Ações ‐ R$ 17,69 

• Lote de dez Units ‐ R$ 18,57 1. Despesas gerais / Total de receitas 2. Comissões líquidas / Despesas gerais 3. Lucro líquido / Patrimônio líquido médio. Exclui o ágio da Aquisição do Banco Real e da Real Seguros Vida e Previdência 4. Exclui o ágio da Aquisição do Banco Real e da Real Seguros Vida e Previdência 5. Valor de mercado: número total de ações (ON+PN)/105 (Unit = 50 PN + 55 ON) x preço de fechamento da Unit (SANB11) e taxa de câmbio R$/U$ de 1,7995. 6. Lucro Líquido do primeiro semestre anualizado. Calculo não leva em consideração o fato de que dividendos atribuídos às ações preferenciais são 10% superiores que o montante atribuído às ações ordinárias.  

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5  

DESTAQUES DO PERÍODO

  

5.489 5.656 5.850 5.833 5.865

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Margem Líquida com JurosR$ milhões

6,9%0,5%

1.573 1.556 1.666 1.622 1.710

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Comissões LíquidasR$ milhões

8,7%

5,4%

1.613 1.472 1.5911.763 1.766

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Lucro LíquidoR$ milhões

9,5%0,2%

36,5 34,2

1S09 1S10

Índice de Eficiência%

‐2,2 p.p.

Pessoa Física31%

Pequenas e Médias

Empresas22%

Financ. Consumo

18%

Grandes Empresas

29%

Distribuição da Carteira de CréditoJun/10

21,917,4

1S09 1S10

ROAE1

%

1) Lucro líquido anualizado sobre o patrimônio líquido médio ajustado pelo ágio.

‐4,6 p.p.

Banco comercial

58%

Banco Global de Atacado

33%

Seguros e Gestão de

Ativos9%

Lucro antes de impostos por segmentos Jun/10

2.649 2.674 2.893 2.655 2.774

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Despesas Administrativas e de PessoalR$ milhões

4,7%4,5%

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6  

RATINGS 

RATINGS  

O Santander é classificado por agências internacionais de “rating” e as notas atribuídas refletem seu desempenho operacional e a qualidade de sua administração. A tabela abaixo apresenta as classificações de risco atribuídas ao banco pelas três principais agências de rating mundiais. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AGÊNCIA DE RATING Ratings Perspectiva Ratings Perspectiva

Escala Nacional  AAA (bra) Estável F1+ (bra) EstávelMoeda Local   BBB+ Positiva F2 Positiva

Moeda Estrangeira  BBB Positiva F2 Positiva

Escala Nacional brAAA Estável brA‐1 EstávelMoeda Local BBB‐ Estável A‐3 Estável

Moeda Estrangeira BBB‐ Estável A‐3 Estável

Escala Nacional Aaa.br Estável Br‐1 Estável

Moeda Local A2 Estável P‐1 Estável

Moeda Estrangeira Baa3 Estável P‐3 Estável

LONGO PRAZO CURTO PRAZO

Fitch Ratings

Standard & Poor’s

Moody’s

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7  

AMBIENTE MACROECONÔMICO

AMBIENTE MACROECONÔMICO 

Os  indicadores  econômicos  recentes  confirmaram  a acomodação  do  crescimento  econômico  esperada  para  o segundo  trimestre do  ano. Apesar do  crescimento  continuar forte nas comparações anuais, o ritmo é bem menos  intenso que  nos  primeiros  três  meses  do  ano,  principalmente  da produção industrial e das vendas no varejo. 

O  PIB  do  primeiro  trimestre  de  2010,  divulgado  em  junho, apresentou aumento de 2,7% em relação ao trimestre anterior (dados  dessazonalizados).  O  desempenho  reflete  a continuidade  da  recuperação  industrial  pelo  lado  da  oferta (puxado  pelo  fim  dos  incentivos  fiscais  no  último  dia  do trimestre,  que  gerou  uma  antecipação  do  consumo)  e  dos investimentos  pelo  lado  da  demanda.  Além  disso,  a agricultura,  que  tinha  apresentando  fraco  desempenho  no último trimestre de 2009, começou a mostrar recuperação. No mercado de trabalho, a taxa de desemprego atingiu 7,5% em maio, continuando sua trajetória de recuperação iniciada após março de 2009, quando atingiu  seu pico de 9,0%, durante a crise internacional. 

A  inflação  acumulada  em  doze  meses  iniciou  o  ano pressionada,  mas  arrefeceu  ao  longo  do  mês  de  junho, encerrando  o  primeiro  semestre  de  2010  em  4,8%  pouco acima do centro da meta, de 4,5%. Para os próximos meses do ano, espera‐se desaceleração do  IPCA, porém as expectativas do mercado continuam  indicando que a  inflação  ficará acima da meta  para  o  fim  de  2010. A  alta  nos  preços,  somada  ao aquecimento da economia afetaram  também as expectativas de  inflação para 2011, que passaram a se descolar do centro da meta. Com isso, o Banco Central elevou a taxa Selic em 75 pontos  base  nas  duas  reuniões  que  ocorreram  no  segundo trimestre, e em 50 pontos na reunião de julho, levando a taxa básica de juros a 10,75%. 

O  aquecimento  econômico  gerou  uma  piora  do  saldo comercial  e  no  balanço  de  serviços  e  rendas,  e,  com  isso, aumentou  o  déficit  em  transações  correntes. No  entanto,  a maior  entrada  de  capital  financeiro  (investimento  em carteira),  um  sinal  de  continuada  confiança  na  economia brasileira,  acabou  por  compensar  este  déficit.  Com  isso,  as 

 

reservas  internacionais  aumentaram  para  quase  US$  250 bilhões em maio  ‐ o que,  inclusive, melhora a percepção em relação ao Brasil. 

Mesmo  com  esta  entrada  de  capital,  no  entanto,  o  Real desvalorizou‐se 1,2% entre março e junho de 2010, superando o  patamar  de  R$1,80/US$,  em  um  trimestre  de  muita volatilidade cambial, no qual a moeda norte‐americana atingiu a mínima de R$1,73 no fim de abril e a máxima de R$1,88 no fim de maio. 

O  volume  do  crédito  total  do  Sistema  Financeiro  Nacional segue em trajetória firme de recuperação, mas ainda apoiado sobre uma  contribuição  considerável do  crédito direcionado, em especial do BNDES. Em maio, a  relação  crédito/PIB  ficou em 45,3%, no nível mais alto da história. 

O crédito a pessoas físicas mantém trajetória de recuperação, que pode ser explicada pela melhora no mercado de trabalho e,  portanto,  na  massa  salarial.  No  primeiro  trimestre,  as concessões  PF  avançaram  robustos  21,6%  em  relação  ao mesmo  período  de  2009,  e  em  abril  e  maio  esta  taxa  foi mantida.  Por  outro  lado,  as  operações  destinadas  à  pessoa jurídica  começam  a  dar  sinais  mais  consistentes  de recuperação,  pois  cresceram  apenas  3,9%  a.a.  no  primeiro trimestre  e  aceleraram  para  13,7%  a.a.  em  abril  e maio  de 2010.  

O início do ciclo de aperto monetário em abril já provocou alta nas taxas médias de juros dos empréstimos. Os prazos médios, por sua vez, estão mostrando uma tendência altista (ainda que lenta), indicando aumento nos investimentos. 

De maneira geral, a solidez da demanda  interna e do sistema financeiro foram fundamentais para puxar o forte crescimento brasileiro  no  primeiro  semestre  do  ano,  a  despeito  das incertezas  que  cercam  a  recuperação  econômica  global.  A manutenção de bons fundamentos macroeconômicos do país terá  papel  relevante  para  garantir  a  sustentabilidade  deste novo ciclo de crescimento da economia.  

ÍNDICES ECONÔMICO‐FINANCEIROS 2T10 1T10 2T09

Risco país (EMBI) 248 182 284Câmbio (R$/ US$ final) 1,801 1,781 1,951IPCA (em 12 meses) 4,84% 5,13% 4,80%Taxa Selic ‐ Meta (a.a.) 10,25% 8,75% 9,25%CDI¹ 2,22% 2,02% 2,38%Ibovespa (em pontos/fechamento) 63.407 70.372 51.465

1. Taxa efetiva no trimestre.

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EVENTOS RECENTES 

EVENTOS RECENTES  

DECLARAÇÃO  DE  JUROS  SOBRE  O  CAPITAL  PRÓPRIO  E  DE DIVIDENDOS 

Em  30  de  junho  de  2010,  o  Conselho  de  Administração  do Banco Santander (Brasil) S.A. aprovou a proposta da Diretoria Executiva, conforme  reunião  realizada no dia 23 de  junho de 2010,  de  distribuição,  ad  referendum  da  Assembléia  Geral Ordinária a ser realizada em 2011, de:  

(i) juros sobre o capital próprio relativos ao segundo trimestre de 2010, no montante bruto de R$ 400 milhões,  que  após  deduzido  o  valor  relativo  ao Imposto  de  Renda  Retido  na  Fonte  (“IRRF”), na forma da  legislação em  vigor,  importam o  valor líquido de R$  340 milhões;  

 

(ii) dividendos  intercalares  relativos  ao  primeiro trimestre  de  2010,  na  forma  do  art.  35,  II,  do Estatuto  Social  da  Companhia,  com  base  nos lucros  apurados  em  balanço  especialmente levantado  para  esse  fim,  em  31  de  março  de 2010, no montante de R$ 500 milhões.  

 

O  valor  dos  juros  sobre  o  capital  próprio  e  dos  dividendos intercalares  será  imputado  integralmente  aos  dividendos obrigatórios  a  serem distribuídos pela Companhia  referentes ao exercício  social de 2010, e  serão pagos a partir de 25 de agosto  de  2010,  sem  nenhuma  remuneração  a  título  de atualização monetária. 

 CONSTRUÇÃO DO PÓLO DE TECNOLOGIA ‐ CAMPINAS  

Em  10  de  junho  de  2010,  o  Banco  Santander  (Brasil)  S.A. comunicou  ao  mercado  a  construção  de  um  pólo  de tecnologia, pesquisa e processamento de dados na cidade de Campinas. O projeto terá um  investimento  inicial no valor de R$ 450 milhões, que será realizado ao longo de sua construção com  término  previsto  para  o  primeiro  trimestre  de  2012.  A construção  do  pólo  de  tecnologia  está  em  linha  com  as práticas de sustentabilidade do Banco Santander  (Brasil) S.A., contempla uma das estruturas tecnológicas mais modernas do país e reflete a estratégia do Banco Santander (Brasil) S.A. de expansão no Brasil. 

 

 

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SUMÁRIO EXECUTIVO

SUMÁRIO EXECUTIVO 

O  lucro  líquido  do  Santander  totalizou  R$  3.529 milhões  no primeiro  semestre  de  2010,  com  crescimento  de  44,3% comparado  com  igual período de 2009. No  trimestre o  lucro líquido  somou  R$  1.766  milhões,  crescimento  de  0,2%  em relação  ao  primeiro  trimestre  de  2010.  Desconsiderando  os resultados extraordinários observados no primeiro  trimestre, de R$ 37 milhões1, o resultado registra crescimento de 2,3%. 

O patrimônio  líquido  totalizou, em  junho de 2010, R$ 43.307 milhões,  excluindo  R$  28.312 milhões  referentes  ao  ágio  da aquisição do Banco Real e da Real Seguros Vida e Previdência. O retorno sobre o patrimônio líquido médio ajustado pelo ágio atingiu 17,4%, queda de 4,6 pontos em doze meses devido à diluição dos  recursos da Oferta Global de Ações em outubro de 2009. 

O  índice de eficiência atingiu 34,2% no segundo  trimestre de 2010,  com  melhora  de  2,2  pontos  em  relação  ao  mesmo período  de  2009.  Este  desempenho  é  consequência  do aumento das  receitas de margem com  juros e de comissões, de  9,7%  e  10,5%,  respectivamente,  e  do  controle  de  gastos com captura de sinergias, mantendo o aumento de despesas abaixo do índice de inflação. 

O  total de despesas administrativas e de pessoal apresentou crescimento  de  0,9%  em  doze  meses,  como  resultado  de controle  de  custos  e  captura  de  sinergias  provenientes  da aquisição do Banco Real que, até  junho de 2010,  somava R$ 1.446 milhões. 

‐  Indicadores  de  Solidez:  o  índice  de  Basiléia  em  junho alcançou 23,4%,  com  crescimento de 6,4 pontos percentuais em doze meses.  Já o  índice de  cobertura atingiu 101,7% em junho de 2010, com 4,6 pontos percentuais de aumento sobre junho de 2009. 

A  carteira  de  crédito  apresentou  crescimento  de  9,2%  em doze meses,  totalizando R$ 146.529 milhões. O segmento de pessoa física mostrou crescimento de 11,4% em doze meses e 4,4%  no  trimestre.  Os  produtos  que  apresentaram maiores crescimentos,  nessa  última  comparação,  foram:  consignado, cartões de crédito e crédito imobiliário. 

O  volume  de  crédito  do  segmento  de  pequenas  e  médias empresas somou R$ 32.260 milhões no segundo trimestre de 2010,  com  alta  de  1,3%  em  doze  meses.  Na  comparação trimestral o segmento mostrou grande recuperação, saindo de uma  queda  de  2,0%  no  primeiro  trimestre  de 2010(1T10/4T09) para uma alta de 4,7% no segundo trimestre de 2010(2T10/1T10).  

                                                            1 Ganho na alienação de ativos de R$ 64 milhões parcialmente compensados por provisão para contingências de R$ 28 milhões.   

O total de captações, incluindo captação de clientes2 e fundos de  investimentos,  atingiu  R$  245.237 milhões,  em  junho  de 2010, com 4,0% de crescimento com relação a junho de 2009. No período, os destaques foram: poupança, com crescimento de 24,8% e fundos de investimento, com evolução de 28,1%. 

 

PROCESSO DE INTEGRAÇÃO  

O  ano  de  2009  foi  decisivo  para  o  processo  de  integração.  Importantes  etapas  foram  concluídas,  novos  produtos, serviços e  funcionalidades  foram adicionados no dia‐a‐dia de nossos  clientes,  buscando  extrair  sempre  o melhor  de  cada Banco.  

Neste  primeiro  semestre  do  ano  de  2010,  todos  os  “gaps” derivados  da  unificação  das  plataformas  dos  dois  bancos foram desenvolvidos e  implantados e os projetos apresentam significativo grau de avanço. Estão sendo realizados os testes prévios  nos  sistemas,  relativos  à  migração  de  dados  de clientes e operações, bem como, os testes na nova plataforma tecnológica.  Também  estão  em  andamento  as  adequações necessárias  no  ambiente  das  agências  do  Banco  Real, preparando‐as para receber a marca Santander.   

Até  o  final  de  2010,  o  atendimento  aos  clientes  e  a marca estarão  unificados  em  todas  as  agências,  ATMs,  Internet Banking  e  canais  de  atendimento  aos  clientes. Nesta  etapa, ainda não haverá alterações nos produtos, serviços e números de agência e conta, para facilitar o dia a dia dos clientes.  Tais alterações  ocorrerão  a  partir  da  migração  tecnológica,  que acontecerá no primeiro semestre de 2011.  Ressaltamos que a principal  premissa  do  processo  de  integração  é  melhorar continuamente o padrão de atendimento e o nível de serviço prestado aos clientes. 

                                                            2 Inclui poupança, depósito à vista, depósito a prazo, debêntures, LCA e LCI 

 

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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL

RECONCILIAÇÃO ENTRE O RESULTADO CONTÁBIL E O RESULTADO GERENCIAL  

Para melhor compreensão dos resultados em IFRS, apresentamos, neste relatório, a demonstração do Resultado Gerencial, que inclui os ajustes realizados sobre a Demonstração de Resultado Publicada (Contábil). O ajuste realizado refere‐se ao hedge fiscal de investimentos realizados na agência de Cayman.  Desta forma, reclassificamos para a linha de Ganhos (Perdas) com ativos e passivos  financeiros  líquidos,  o  efeito  fiscal  do  hedge  que  é  contabilizado  originalmente  na  linha  de  impostos.  Todas  as informações,  indicadores  e  comentários  relativos  à  Demonstração  de  Resultados  neste  relatório  consideram  o  Resultado Gerencial, exceto quando citado.  

De acordo com as regras fiscais brasileiras, os ganhos (perdas) com a variação cambial (R$/US$) do investimento em dólar em Cayman não é  tributável  (dedutível). Esse  tratamento  fiscal  leva a exposição  cambial na  linha de  impostos. Uma posição de hedge, composta por derivativos, foi montada com o objetivo de tornar o Lucro Líquido protegido contra as variações cambiais relacionadas com esta exposição cambial na linha de impostos. Assim, a alíquota efetiva de impostos e o resultado com ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros ainda são impactados por variação na taxa de câmbio. 

 

     

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO 1S10 HEDGE 1S10 1S09 HEDGE 1S09 2T10 HEDGE 2T10 1T10 HEDGE 1T10(R$ Milhões) CONTÁBIL FISCAL GERENCIAL CONTÁBIL FISCAL GERENCIAL CONTÁBIL FISCAL GERENCIAL CONTÁBIL FISCAL GERENCIAL

Margem de juros líquida  11.698 11.698 10.661 10.661 5.865 5.865 5.833 5.833Resultado de renda variável 18 18 15 15 14 14 4 4

Resultado de equivalência patrimonial  23 23 257 257 13 13 10 10

Comissões líquidas 3.332 3.332 3.016 3.016 1.710 1.710 1.622 1.622

Receitas de tarifas e comissões 3.770 3.770 3.463 3.463 1.929 1.929 1.841 1.841

Despesas de tarifas e comissões (438) (438) (447) (447) (219) (219) (219) (219)

709 (189) 898 1.697 724 973 150 (140) 290 559 (49) 608

Outras receitas (despesas) operacionais  (105) (105) (163) (163) (60) (60) (45) (45)

Total de receitas  15.675 (189) 15.864 15.483 724 14.759 7.692 (140) 7.832 7.983 (49) 8.032

Despesas gerais (5.429) (5.429) (5.380) (5.380) (2.774) (2.774) (2.655) (2.655)

Despesas administrativas (2.657) (2.657) (2.668) (2.668) (1.357) (1.357) (1.300) (1.300)

Despesas de pessoal (2.772) (2.772) (2.712) (2.712) (1.417) (1.417) (1.355) (1.355)

Depreciação e amortização (579) (579) (645) (645) (293) (293) (286) (286)

Provisões (líquidas)¹ (919) (919) (1.809) (1.809) (290) (290) (629) (629)

Perdas com ativos (líquidas) (4.621) (4.621) (4.899) (4.899) (2.214) (2.214) (2.407) (2.407)

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa²   (4.654) (4.654) (4.827) (4.827) (2.251) (2.251) (2.403) (2.403)

Perdas com outros ativos (líquidas)  33 33 (72) (72) 37 37 (4) (4)

Ganhos líquidos na alienação de bens 165 165 1.089 1.089 48 48 117 117

Lucro operacional antes da tributação 4.292 (189) 4.481 3.839 724 3.115 2.169 (140) 2.309 2.123 (49) 2.172

Impostos sobre a renda (763) 189 (952) (1.394) (724) (670) (403) 140 (543) (360) 49 (409)Lucro líquido  3.529 ‐         3.529 2.445 ‐         2.445 1.766 ‐         1.766 1.763 ‐         1.763

1. Inclui provisões trabalhistas, cíveis e fiscais.2. Inclui recuperações de créditos baixados como prejuízo.

Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos)  + diferenças cambiais

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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL

 A margem  líquida com  juros no semestre atingiu R$ 11.698 milhões, aumento de  9,7%  em  relação  ao mesmo  período  do  ano  anterior.  O  incremento  nas receitas de Recursos livres e outros foi parcialmente compensado por redução em receitas de crédito e depósitos, no período.   

No semestre, o aumento em Recursos Livres e outros, em comparação a  igual período de 2009, tem, dentre os principais fatores que explicam sua variação, a remuneração dos  recursos do IPO, a incorporação da seguradora no Santander Brasil e o descasamento estrutural de taxa de juros do balanço do banco.  

As  receitas  oriundas  de  crédito  caíram  1,6%  no  primeiro  semestre  de  2010 comparado  ao  primeiro  semestre  de  2009,  devido  à  redução  de  0,4p.p.  no spread médio por alteração, principalmente, no mix da carteira.  A redução de 17,4% nas receitas de depósitos, por sua vez,  é conseqüência, principalmente, da redução do saldo médio de depósitos a prazo. 

No segundo trimestre de 2010, as receitas de juros atingiram R$ 5.865 milhões, alta de 0,5% em relação ao trimestre anterior. Destacamos o aumento das receitas oriundas de crédito (+4,5%) que somaram R$ 4.359 milhões, devido ao incremento no saldo médio de crédito (+2,7%) e do spread (+0,1pp) em virtude da maior concentração da carteira em pessoa física. A redução dos resultados de recursos livres e outros (‐10,7%) é explicada, principalmente, pela mudança na conjuntura macroeconômica (curva de juros, inflação, etc.) e o impacto negativo que gera no descasamento estrutural de taxa de juros do balanço. 

 

1S10 1S09 Var.  2T10 1T10 Var. 1S10x1S09 2T10x1T10

Créditos 8.533 8.674 ‐1,6% 4.359 4.173 4,5%Volume médio 137.299 135.006 1,7% 139.120 135.478 2,7%Spread (a.a.) 12,5% 13,0% ‐0,4 p.p. 12,6% 12,5% 0,1 p.p.

Depósitos 416 504 ‐17,4% 209 208 0,4%Volume médio2 104.111 115.028 ‐9,5% 101.727 106.494 ‐4,5%Spread (a.a.) 0,8% 0,9% ‐0,1 p.p. 0,8% 0,8% 0,0 p.p.

Recursos livres e outros 2.748 1.483 85,4% 1.297 1.452 ‐10,7%Total margem de juros líquida 11.698 10.661 9,7% 5.865 5.833 0,5%

2. Considera depósitos à vista, poupança e depósito a prazo.1. Os saldos e as receitas de crédito do ano de 2009 foram reclassificadas para fins de comparabilidade com o período atual, devido a re‐segmentação de clientes ocorrida em 2010.

MARGEM DE JUROS LÍQUIDA (R$ Milhões)1

5.489 5.656 5.850 5.833 5.865

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Margem Líquida com JurosR$ milhões

1S10 1S09 Var.  2T10 1T10 Var. (R$ Milhões) 1S10x1S09 2T10x1T10

Margem de juros líquida  11.698 10.661 9,7% 5.865 5.833 0,5%

Resultado de renda variável 18 15 20,0% 14 4 n.a

Resultado de equivalência patrimonial  23 257 ‐91,1% 13 10 30,0%

Comissões líquidas 3.332 3.016 10,5% 1.710 1.622 5,4%

Receitas de tarifas e comissões 3.770 3.463 8,9% 1.929 1.841 4,8%

Despesas de tarifas e comissões (438) (447) ‐2,0% (219) (219) 0,0%

Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos)  + diferenças cambiais

898 973 ‐7,7% 290 608 ‐52,3%

Outras receitas (despesas) operacionais  (105) (163) ‐35,6% (60) (45) 33,3%

Total de receitas  15.864 14.759 7,5% 7.832 8.032 ‐2,5%

Despesas gerais (5.429) (5.380) 0,9% (2.774) (2.655) 4,5%

Despesas administrativas (2.657) (2.668) ‐0,4% (1.357) (1.300) 4,4%

Despesas de pessoal (2.772) (2.712) 2,2% (1.417) (1.355) 4,6%

Depreciação e amortização (579) (645) ‐10,2% (293) (286) 2,4%

Provisões (líquidas)² (919) (1.809) ‐49,2% (290) (629) ‐53,9%

Perdas com ativos (líquidas) (4.621) (4.899) ‐5,7% (2.214) (2.407) ‐8,0%

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa³   (4.654) (4.827) ‐3,6% (2.251) (2.403) ‐6,3%

Perdas com outros ativos (líquidas)  33 (72) ‐145,8% 37 (4) n.a.

Ganhos líquidos na alienação de bens 165 1.089 ‐84,8% 48 117 ‐59,0%

Lucro operacional antes da tributação 4.481 3.115 43,9% 2.309 2.172 6,3%

Impostos sobre a renda (952) (670) 42,1% (543) (409) 32,7%Lucro líquido  3.529 2.445 44,3% 1.766 1.763 0,2%

1. Considera reclassificação do hedge fiscal de Cayman.2. Inclui provisões trabalhistas, cíveis e fiscais.3. Inclui recuperações de créditos baixados como prejuízo.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL¹

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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL

GANHOS (PERDAS) COM ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS (LÍQUIDOS) + DIFERENÇAS CAMBIAIS 

Os  ganhos  (perdas)  com  ativos  e  passivos  financeiros  (líquidos)  mais  diferenças  cambiais  no  primeiro  semestre  de  2010 somaram R$ 709 milhões, uma queda de 58,2%, quando comparado com os R$ 1.698 milhões no primeiro semestre de 2009. 

Excluindo‐se  o  efeito  do  hedge  fiscal  do  investimento  na  agência  de  Cayman,  o  resultado  alcançou  de  R$  898 milhões  no primeiro semestre de 2010, com 7,7% de redução sobre  igual período de 2009. O hedge fiscal é uma estratégia utilizada para minimizar os efeitos da variação cambial associados aos investimentos no exterior, no lucro líquido.  

 

COMISSÕES LÍQUIDAS 

As comissões líquidas somaram R$ 3.332 milhões no primeiro semestre de 2010, aumento de 10,5% em doze meses, sendo as melhores performances no período as comissões de seguros e previdência, cartões, além de fundos de investimento.  

As receitas com comissões de seguros, previdência e capitalização cresceram 37,4% em doze meses, totalizando R$ 722 milhões e participação de 22% no  total de comissões,  incremento de 5 p.p.  frente a  igual período de 2009. Este aumento expressivo deve‐se,  em  grande  parte,  pela  implementação  de  novos  produtos  prestamista  e  pelo  crescimento  nas  vendas  de  seguros residencial  e de acidentes pessoais impulsionado pela Rede Real.  O crescimento de 28,5% das reservas de previdência, em igual período, também contribuiu para o incremento das receitas.  

As  comissões de  cartões de  crédito  e débito, por  sua  vez,  registraram R$ 441 milhões no primeiro  semestre de 2010,  com crescimento em doze meses de 23,6%, principalmente devido ao aumento da base de cartões de 9.015 mil para 10.735 mil e da maior penetração de produtos. Um evento importante em 2010 foi a migração de toda a base de cartões do Banco Real para o sistema do Santander, o que gerou oportunidades de aumento de penetração de produtos e serviços associados a cartões, e adoção de melhores práticas.  

As comissões de fundos de investimentos foram de R$ 411 milhões no primeiro semestre de 2010, com crescimento de 15,0% em doze meses, resultado do aumento do saldo de ativos sob administração em 28,1% no período. No trimestre, as comissões de fundos atingiram R$ 210 milhões, com alta de 4,7%. 

O total de comissões no segundo trimestre de 2010 foi de R$ 1.710 milhões, alta de 5,4% em três meses, parcialmente devido a efeito sazonal para comissões de comércio exterior e mercado de capitais, uma vez que o primeiro trimestre habitualmente tem menor  volume  de  negócios.  Além  disso,  destacamos  o  crescimento  das  comissões  de  cartões  de  crédito  e  de  seguros  e previdência, de 6,7% e 11,0%, respectivamente, no período. 

 

 

GANHOS (PERDAS) COM ATIVOS E PASSIVOS  1S10 1S09 Var.  2T10 1T10 Var. FINANCEIROS (LÍQUIDOS)   (R$ Milhões) 1S10x1S09 2T10x1T10

Total 709 1.698 ‐58,2% 150 559 ‐73,1%Hedge Cayman (189) 724 ‐126,1% (140) (49) 185,4%Total sem hedge de Cayman  898 973 ‐7,7% 290 608 ‐52,2%

1S10 1S09 Var.  2T10 1T10 Var. 1S10x1S09 2T10x1T10

Tarifas bancárias 1.187 1.210 ‐1,9% 599 588 1,8%

Seguros, previdência e capitalização  722 526 37,4% 380 342 11,0%

Fundos de Investimento 411 358 15,0% 210 201 4,7%

Cartões de crédito e débito 441 357 23,6% 227 213 6,7%

Recebimentos 252 247 2,3% 128 125 2,7%

Cobrança 198 188 5,4% 102 96 5,8%

Arrecadação 54 59 ‐7,6% 26 28 ‐8,1%

Mercado de capitais 233 203 14,8% 125 108 15,9%

Comércio exterior 225 183 23,2% 123 102 20,9%

Outras¹ (140) (66) 112,5% (83) (56) 47,4%Total 3.332 3.016 10,5% 1.710 1.622 5,4%

1. Inclui impostos e outras.

COMISSÕES LÍQUIDAS (R$ Milhões)       

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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL

35,5 35,2 37,233,1 35,4

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Índice de Eficiência%

DESPESAS GERAIS (ADMINISTRATIVAS + PESSOAL) 

As  despesas  gerais  (administrativas  +  pessoal)  somaram  R$ 5.429 milhões  no  primeiro  semestre  de  2010,  aumento  de 0,9%  em  comparação  ao  mesmo  período  de  2009.  O crescimento  dos  gastos  abaixo  da  inflação  no  período  é resultado  do  esforço  de  controle  de  custos  e  captura  de sinergias.  

No segundo trimestre de 2010, as despesas gerais  foram de R$  2.774  milhões,  aumento  de  4,5%  em  comparação  ao primeiro trimestre.  

As despesas administrativas totalizaram R$ 2.657 milhões no primeiro semestre de 2010, com redução de 0,4% no período de  doze  meses.  Os  aumentos  de  despesas  com  serviços técnicos  especializados,  segurança  e  vigilância  e  outros  foi compensado  por  reduções  em  despesas  de  propaganda, promoções  e  publicidade,  comunicações  e  conservação  e manutenção de bens.  

Já  o  segundo  trimestre  de  2010  registrou  despesas  administrativas  de  R$  1.357 milhões,  com  alta  de  4,4%  em  relação  ao trimestre anterior, principalmente devido a aumento em processamento de dados, manutenção e conservação de bens e outras. 

As despesas com pessoal somaram R$ 2.772 milhões no semestre, com alta de 2,2% em doze meses. Verificou‐se alta moderada em salários, benefícios e encargos, além de redução em outras despesas com pessoal. 

No  segundo  trimestre  de  2010,  as  despesas  de  pessoal  foram  de  R$  1.417 milhões,  alta  de  4,6%  em  relação  ao  primeiro trimestre de 2010, principalmente pelo aumento de despesas com treinamento e salários. 

  

1S10 1S09 Var.  2T10 1T10 Var. 1S10x1S09 2T10x1T10

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

Serviços técnicos especializados de terceiros 756 671 12,7% 382 374 2,1%

Manutenção e conservação de bens 472 514 ‐8,2% 246 226 8,8%

Processamento de dados 501 495 1,2% 259 242 7,0%

Propaganda, promoções e publicidade 160 265 ‐39,6% 83 77 7,8%

Comunicações 280 312 ‐10,3% 135 145 ‐6,9%

Transporte e viagens 71 71 0,0% 38 33 15,2%

Segurança e vigilância 253 230 10,0% 124 129 ‐3,9%

Outras 164 110 49,1% 90 74 21,6%Total 2.657 2.668 ‐0,4% 1.357 1.300 4,4%

DESPESAS DE PESSOAL

Salários 1.750 1.664 5,2% 907 843 7,6%

Encargos 472 456 3,5% 234 238 ‐1,7%

Benefícios 381 362 5,2% 186 195 ‐4,6%

Treinamento 36 24 50,0% 24 12 100,0%

Outras 133 206 ‐35,4% 66 67 ‐1,5%Total 2.772 2.712 2,2% 1.417 1.355 4,6%

DESPESAS ADMINISTRATIVAS + DESPESAS DE PESSOAL 5.429 5.380 0,9% 2.774 2.655 4,5%

DESPESAS DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 579 645 ‐10,2% 293 286 2,4%

DESPESAS TOTAIS 6.008 6.025 ‐0,3% 3.067 2.941 4,3%

ABERTURA DE DESPESAS (R$ Milhões)

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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL

PROVISÕES DE CRÉDITO 

As despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa líquidas de recuperações somaram, no primeiro semestre de 2010, R$ 4.654 milhões, redução de 3,6% em relação à igual período de 2009, como consequência do ciclo de melhora dos índices de inadimplência observados a partir do quarto trimestre de 2009. 

No  segundo  trimestre de 2010, o banco  registrou despesas de provisão de R$ 2.251 milhões, queda de 6,3% em  relação ao primeiro trimestre.  

 

 

ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA (IFRS)  

O  índice  de  inadimplência  (carteira  vencida  há  mais  de  90  dias  mais créditos  normais  com  alto  risco  de  inadimplência)  alcançou  6,6%  no segundo  trimestre  de  2010,  com  queda  pelo  terceiro  trimestre consecutivo,  o  que  evidencia  a  continuidade  do  ciclo  de  melhora  da qualidade do crédito. 

No  segmento  de  pessoa  física,  observa‐se  queda  mais  acentuada  no trimestre, de 0,6 ponto percentual, passando de um  indicador de 8,8%, no  primeiro  trimestre,  para  8,2%  no  segundo  trimestre  de  2010.  O segmento de pessoas jurídicas também apresentou melhora, registrando uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. 

Cabe ressaltar que o índice de inadimplência em IFRS é mais conservador que  o  índice utilizado  no  Sistema  Financeiro Brasileiro,  portanto  não  é comparável com o indicador apurado em BR GAAP. 

 

ÍNDICE DE COBERTURA (IFRS)  

O  índice de cobertura é obtido por meio da divisão do saldo de provisão para créditos de  liquidação duvidosa, pelo saldo das operações vencidas há  mais  de  90  dias,  mais  créditos  normais  com  alto  risco  de inadimplência. No segundo trimestre de 2010, o indicador atingiu 101,7%, um ponto percentual abaixo quando comparado ao primeiro trimestre de 2010.  

ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA EM BR GAAP (ACIMA DE 90 DIAS)  

Os créditos vencidos há mais de 90 dias foram de, no segundo trimestre de 2010, 4,7% do  total da carteira, com queda de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Observa‐se melhora acentuada no nível de  inadimplência  tanto  para  pessoa  jurídica,  de  0,7  ponto  percentual, quanto  para  a  pessoa  física,  que  apresentou  redução  de  0,5  ponto percentual.   

 

 

RESULTADO DE CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO  1S10 1S09 Var.  2T10 1T10 Var. DUVIDOSA (R$ Milhões) 1S10x1S09 2T10x1T10

(4.989) (5.144) ‐3,0% (2.413) (2.576) ‐6,3%335 318 5,6% 163 173 ‐5,8%

Total (4.654) (4.826) ‐3,6% (2.251) (2.403) ‐6,3%

Despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosaReceita de recuperação de créditos baixados como prejuízo

97,1% 101,0% 101,7% 102,8% 101,7%

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Cobertura- IFRS

6,2%6,5%

5,9%5,4%

4,7%

7,4%7,9% 7,8%

7,2%6,7%

5,1% 5,3%4,2%

3,7%3,0%

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Índice de Inadimplência¹ - BR GAAP (Over 90)

PF

Total

PJ

1. Operações vencidas há mais de 90 dias / carteira de crédito em BR GAAP

7,0%7,7%

7,2% 7,0%6,6%

8,8%9,7%

9,3%8,8%

8,2%

5,7%6,1%

5,3% 5,3% 5,1%

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Índice de Inadimplência¹ - IFRS

PF

Total

PJ

1. Operações vencidas há mais de 90 dias mais créditos normais com alto risco de inadimplência / carteira de crédito gerencial.

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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL

 

ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA NPL (ACIMA DE 60 DIAS)  

O  indicador de  créditos  vencidos há mais de  60 dias  atingiu  5,6% no segundo trimestre de 2010, mantendo o movimento de queda iniciado no quarto trimestre de 2009. 

 

 

PROVISÕES PARA CONTIGÊNCIAS (LÍQUIDAS) 

As provisões (líquidas) somaram R$ 919 milhões no primeiro semestre de 2010, redução de 49,2% em relação à igual período de 2009, devido, principalmente, à redução em contingências diversas. Esta queda ocorreu porque no primeiro semestre de 2009 foram constituídas provisões para contingências adicionais com os recursos oriundos dos ganhos com a oferta de ações (IPO) da Cielo (antiga Visanet). 

 

 

IMPOSTOS SOBRE A RENDA 

No primeiro semestre de 2010, o total de impostos atingiu R$ 952 milhões, com aumento de 42,1% quando comparado a igual período do ano anterior.  

Ressaltamos que o total de  impostos  inclui  imposto de renda, contribuição social, PIS e COFINS, e  já exclui o efeito do hedge fiscal de Cayman, conforme já explicitado na página 10 deste relatório. 

1S10 1S09 Var.  2T10 1T10 Var. 1S10x1S09 2T10x1T10

Total de contingências fiscais, cíveis, trabalhistas e diversas

(919) (1.809) ‐49,2% (289) (629) ‐54,0%

PROVISÕES (R$ Milhões)

7,6% 7,7%6,8% 6,4%

5,6%

9,2% 9,4% 9,2%8,7%

8,0%

6,2% 6,1%

4,7% 4,4%3,6%

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

NPL¹ - BR GAAP

PF

Total

PJ

1. Operações vencidas há mais de 60 dias / carteira de crédito em BR GAAP.

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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL

  

Os  ativos  totais  somaram, em  junho de 2010, R$ 347.246 milhões,  crescimento de 20,2% em doze meses. O  crescimento é explicado, em grande parte, pela  incorporação da Seguradora, que está  refletida, principalmente, na  linha  “Instrumentos de Patrimônio” e “Passivos por contratos de seguros”, e pela aplicação dos recursos oriundos da Oferta Pública de Ações (sigla em inglês ‐ IPO). No trimestre, registrou crescimento de 9,9% decorrente do aumento na carteira de crédito e títulos públicos. 

 

      

Jun/10 Jun/09 Var.  Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10

Disponibilidades e reserva no Banco Central do Brasil  42.344 24.813 70,7% 36.835 15,0%

Ativos financeiros para negociação 35.902 15.809 127,1% 23.133 55,2%

Outros ativos financeiros ao valor justo no resultado 16.213 6.068 167,2% 15.873 2,1%

Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 1.076 4.627 ‐76,7% 1.225 ‐12,2%

Empréstimos e adiantamentos a clientes 221 1.150 ‐80,8% 232 ‐4,7%

Instrumentos de dívida 210 291 ‐27,8% 208 1,0%

Instrumentos de patrimônio 14.706 ‐               n.a. 14.208 3,5%

Ativos financeiros disponíveis para venda 42.579 30.593 39,2% 37.183 14,5%

Empréstimos e financiamentos  156.804 161.645 ‐3,0% 150.003 4,5%

Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 20.282 31.993 ‐36,6% 20.330 ‐0,2%

Empréstimos e adiantamentos a clientes 146.308 138.811 5,4% 139.678 4,7%

Provisão para perdas (9.786) (9.159) 6,8% (10.005) ‐2,2%

Ativos tangíveis  3.977 3.600 10,5% 3.835 3,7%

Ativos intangíveis  31.630 30.589 3,4% 31.587 0,1%

Ágio 28.312 27.263 3,8% 28.312 0,0%

Outros 3.318 3.326 ‐0,2% 3.275 1,3%

Ativo fiscal  15.250 13.386 13,9% 14.834 2,8%

Outros Ativos 2.547 2.375 7,2% 2.766 ‐7,9%Total do Ativo 347.246 288.878 20,2% 316.049 9,9%

Jun/10 Jun/09 Var.  Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10

Passivos financeiros para negociação  4.668           4.887           ‐4,5% 4.505 3,6%

Passivos financeiros ao custo amortizado 232.373       207.644       11,9% 203.499 14,2%

Depósitos do Banco Central do Brasil ‐               870              n.a. 117 n.a.

Depósitos de instituições de crédito  47.784         21.793         119,3% 24.092 98,3%

Depósitos de clientes  150.378       154.922       ‐2,9% 147.287 2,1%

Títulos de dívida e valores mobiliários  12.168         11.299         7,7% 11.271 8,0%

Dívidas subordinadas  10.082         10.996         ‐8,3% 9.855 2,3%

Outros passivos financeiros  11.961         7.764           54,1% 10.877 10,0%

Passivos por contratos de seguros 16.693         ‐               n.a. 16.102 3,7%

Provisões¹ 9.662           10.203         ‐5,3% 9.881 ‐2,2%

Passivos fiscais 9.199           7.352           25,1% 8.516 8,0%

Outros  passivos 3.032           6.987           ‐56,6% 2.817 7,6%

Total do passivo  275.627      237.073      16,3% 245.320 12,4%

Total do patrimônio líquido²  71.619         51.805         38,2% 70.729 1,3%Total do passivo e patrimônio líquido  347.246      288.878      20,2% 316.049 9,9%

1. Inclui provisões para pensões e contingências.

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO (R$ Milhões)

PASSIVO (R$ Milhões)

2. Inclui participação dos acionistas minoritário e ajuste de valor ao mercado.

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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL

Jun/10 Jun/09 Var.  Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10

Títulos Públicos 64.581 37.036 74,4% 47.930 34,7%

Títulos Privados, Cotas de Fundos e Outros 9.643 3.847 150,7% 8.199 17,6%

Cotas de Fundos PGBL / VGBL 14.706 ‐               n.a. 14.208 3,5%

Instrumentos Financeiros  4.563 5.988 ‐23,8% 4.491 1,6%Total 93.493 46.871 99,5% 74.829 24,9%

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (R$ Milhões)

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 

O  total de  títulos e valores mobiliários  somou R$ 93.493 milhões em  junho de 2010, crescimento de 99,5% em doze meses, principalmente em  razão da  incorporação da empresa Santander Seguros a partir de setembro de 2009. Com a consolidação desta empresa,  foram adicionados ativos de cotas de  fundos PGBL/VGBL além de outras cotas de  fundos  incluídas na rubrica Títulos Privados, Cotas de Fundos e Outros. Em comparação com março de 2010, o total de títulos e valores mobiliários cresceu 24,9% devido ao aumento na carteira de títulos públicos de 34,7% no período.  

 

 

CARTEIRA DE CRÉDITO 

A carteira de crédito gerencial totalizou R$ 146.529 milhões em junho de 2010, com crescimento de 9,2% em doze meses e 4,7% no  trimestre.  Cabe  ressaltar,  no  trimestre,  a  grande  recuperação  do  segmento  de  pequenas  e médias  empresas,  além  do significativo crescimento em grandes empresas e pessoa física.  

A apreciação do Real frente ao dólar teve  impacto na carteira de crédito na evolução anual. Desconsiderando este  impacto, o crédito teria crescido 10,4% na comparação com junho de 2009.  Além disso, no critério IFRS, a carteira de crédito não considera a compra de carteira de outros bancos com coobrigação. Incluindo o saldo dessas aquisições, o crescimento em doze meses do crédito (já desconsiderando o efeito cambial) seria de 11,5%. 

O  crescimento  da  carteira  em  BR GAAP,  que  atingiu  R$  150.837 milhões,  de  9,9%  em  doze meses,  portanto maior  que  o verificado em IFRS devido ao impacto das compras de carteira de outros bancos bem como a inclusão da carteira de parcerias da Financeira Aymoré Financiamentos. 

 

 

CRÉDITO PESSOA FÍSICA 

Em  junho de 2010, o crédito à pessoa física apresentou alta de 11,4% em doze  meses  e  4,4%  no  trimestre,  totalizando  R$  45.910  milhões.  Os produtos de maiores crescimentos no trimestre foram crédito consignado, cartões de crédito e crédito imobiliário. 

O volume da carteira de cartões cresceu 24,8% em doze meses e 6,1% no trimestre, atingindo R$ 8.869 milhões em junho de 2010.  

ABERTURA GERENCIAL DO CRÉDITO POR SEGMENTO Jun/10 Jun/09 Var.  Mar/10 Var. A CLIENTES (R$ Milhões) Jun10xJun09 Jun10xMar10

Pessoa física 45.910 41.217 11,4% 43.992 4,4%

Financiamento ao consumo 26.119 24.593 6,2% 25.509 2,4%

Pequenas e Médias empresas 32.260 31.845 1,3% 30.811 4,7%

Grandes Empresas 42.240 36.519 15,7% 39.597 6,7%

Total 146.529 134.173 9,2% 139.910 4,7%

Avais e fianças total 20.645 22.671 ‐8,9% 21.111 ‐2,2%Total Crédito com avais e fianças 167.174 156.844 6,6% 161.021 3,8%

Total Crédito em BR GAAP ‐ s/avais e fianças¹ 150.837 137.268 9,9% 144.124 4,7%

1.  A carteira no critério BR GAAP é maior que a carteira em IFRS porque inclui saldos de crédito adquiridos de outros bancos e  consolida a carteira de parcerias da financeira Aymoré.

41,2 42,3 43,2 44,0 45,9

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Pessoa FísicaR$ bilhões

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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL

O crédito consignado aumentou de R$ 9.123 milhões em junho de 2009 para R$ 11.962 milhões, alta de 31,1%, com compra de carteira. Comparando com março de 2010, o crescimento atingiu 12,6%. 

A carteira de crédito  imobiliário para pessoa  física  totalizou R$ 5.609 milhões, alta de 17,0% em doze meses e 4,6% em  três meses. 

 

FINANCIAMENTO AO CONSUMO 

A carteira de financiamento ao consumo, em junho de 2010, atingiu R$ 26.119 milhões, com alta de 6,2% em doze meses e 2,4% em três meses,  seguindo  a  tendência  de  recuperação  iniciada  no  quarto trimestre de 2009.  

 

 

 

 

 

CRÉDITO PESSOA JURÍDICA 

O  crédito direcionado  à pessoa  jurídica  atingiu R$  74.500 milhões em  junho  de  2010,  com  alta  de  9,0%  em  doze meses  e  5,8%  no trimestre. 

A  carteira  de  crédito  de  Grandes  Empresas  somou  R$  42.240 milhões,  com  crescimento  de  15,7%,  em  doze  meses  e  6,7%  no trimestre.    A  variação  no  trimestre  é  decorrente  do  aumento  da demanda por empréstimos no período. 

O volume de crédito destinado ao segmento de pequenas e médias empresas  totalizou R$ 32.260 milhões,  com alta de 1,3% em doze meses.  Na  comparação  trimestral,  o  segmento  mostrou  grande recuperação,  saindo  de  uma  queda  em  três  meses  de  2,0%  no primeiro  trimestre de 2010, para uma alta de 4,7% no  segundo. A melhora no ritmo de crescimento é resultado da reorganização das atividades comerciais e dos procedimentos operacionais visando dar maior  agilidade  e  eficiência  na  concessão  de  crédito  neste segmento.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

24,6 24,5 25,1 25,5 26,1

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Financiamento ao ConsumoR$ bilhões

36,5 35,0 38,6 39,6 42,2

31,8 31,2 31,4 30,8 32,3

68,4 66,2 70,1 70,4 74,5

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Pessoa JurídicaR$ bilhões

Pequenas e Médias EmpresasGrandes Empresas

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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL

CARTEIRA DE CRÉDITO PESSOA JURÍDICA E PESSOA FÍSICA POR PRODUTO 

A tabela abaixo apresenta a abertura por produtos da carteira de crédito. Como comentado anteriormente, os produtos com maiores  crescimentos,  em  doze meses  e  em  três meses,  em  Pessoa  Física  foram  consignado,  cartão  de  crédito  e  crédito imobiliário. 

Em Pessoa Jurídica, os destaques foram crédito  imobiliário, com aumento de 48,6%, e comércio exterior, com alta de 115,8%, em doze meses. 

 

CAPTAÇÃO 

O total de captações, incluindo captação de clientes e fundos de investimentos, atingiu R$ 245.237 milhões em junho de 2010, com  alta  de  4,0%  em  doze meses.  No  período,  os  destaques  foram  poupança,  com  crescimento  de  24,8%,  e  fundos  de investimento, com evolução de 28,1%. 

Em comparação com o trimestre anterior, houve alta de 2,0%, com destaque para captação por emissão de debêntures/LCI/LCA, que apresentaram crescimento de 34,8% e  fundos de  investimento, com alta de 2,7% no mesmo período de comparação. As captações de clientes somaram R$ 135.744 milhões em junho de 2010, com variação negativa de 9,6% com relação a junho de 2009 e positiva de 1,5% em relação a março de 2010. 

Jun/10 Jun/09 Var.  Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10

Depósitos à vista + Conta Investimento 13.888 14.121 ‐1,7% 13.699 1,4%

Depósitos de poupança 26.721 21.411 24,8% 25.781 3,6%

Depósitos a Prazo 60.051 87.463 ‐31,3% 68.252 ‐12,0%

Debêntures/LCI/LCA¹ 35.084 27.202 29,0% 26.025 34,8%

Captação de Clientes 135.744 150.197 ‐9,6% 133.757 1,5%

Fundos 109.493 85.503 28,1% 106.572 2,7%Total 245.237 235.700 4,0% 240.329 2,0%

1. Operações compromissadas com lastro em Debêntures, Letras de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito Agrícola.

CAPTAÇÃO (R$ Milhões)

ABERTURA GERENCIAL DA CARTEIRA Jun/10 Jun/09 Var.  Mar/10 Var. 

DE CRÉDITO POR PRODUTOS (R$ Milhões) Jun10xJun09 Jun10xMar10

Pessoa FísicaLeasing / Veículos1 2.290 1.874 22,2% 2.210 3,6%Cartão de Crédito 8.869 7.106 24,8% 8.357 6,1%Consignado2 11.962 9.123 31,1% 10.628 12,6%Crédito Imobiliário 5.609 4.794 17,0% 5.365 4,6%Crédito Rural 2.866 3.238 ‐11,5% 2.988 ‐4,1%Crédito Pessoal/Outros 17.759 16.894 5,1% 16.979 4,6%

Total Pessoa Física c/ compra de carteira 49.355 43.029 14,7% 46.527 6,1%

Total Pessoa Física 45.910 41.217 11,4% 43.992 4,4%

Pessoa JurídicaLeasing / Veículos 2.914 3.176 ‐8,2% 3.969 ‐26,6%Crédito Imobiliário 4.746 3.194 48,6% 4.324 9,8%Comércio Exterior  18.068 8.372 115,8% 15.102 19,6%Repasses 9.786 15.712 ‐37,7% 10.807 ‐9,4%Crédito Rural 1.743 2.129 ‐18,1% 2.056 ‐15,2%Capital de Giro/Outros 37.242 35.780 4,1% 34.151 9,1%

Total Pessoa Jurídica 74.500 68.363 9,0% 70.409 5,8%Financiamento ao consumo 26.119 24.593 6,2% 25.509 2,4%Carteira de Crédito Total 146.529 134.173 9,2% 139.910 4,7%Carteira de Crédito Total c/ compra de carteira 149.974 135.986 10,3% 142.445 5,3%

1. Incluindo o segmento financiamento ao consumo, a carteira total de veículos somou R$ 23.466 MM no 2T10, R$ 23.054 MM no 1T10 e R$ 21.802 MM no 2T09.2. Inclui compra de carteira

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RESULTADOS DO SANTANDER BRASIL 

RELAÇÃO ENTRE CRÉDITO E CAPTAÇÃO 

O quadro abaixo mostra as origens dos recursos aplicados nas operações de crédito. Além dos depósitos de clientes, líquido dos compulsórios,  é  necessário  adicionar  as  captações  de  linhas  externas,  de  linhas  internas  e  de  títulos  emitidos  no mercado internacional. 

No segundo trimestre de 2010, a relação entre a carteira de empréstimos e o funding total captado de clientes e  instituições financeiras foi de 109%. O aumento da relação crédito / captação deve‐se a dois fatores: aumento do compulsório por mudança na regulamentação e redução da captação de depósitos a prazo, principalmente com clientes institucionais. 

O banco encontra‐se em  confortável  situação de  liquidez,  com  fontes de  captação estáveis e adequadas para  cada  linha de empréstimo que concede a clientes. 

 

 ÍNDICE DE BASILÉIA – BR GAAP 

O  índice de Basiléia  alcançou 23,4%  em  junho de 2010, 6,4 pontos percentuais  acima  do  atingido  em  junho  de  2009,  principalmente devido ao aumento do Patrimônio Líquido em decorrência da Oferta Global de Ações ocorrida em outubro de 2009.  Lembrando que pelas regras brasileiras, o índice mínimo é de 11%.  

Em  doze  meses,  o  patrimônio  de  referência  nível  II  caiu  19,9%, fundamentalmente  devido  ao  resgate  antecipado  do  CDB subordinado no valor de R$1,5 bilhão em janeiro de 2010. 

O  indicador abaixo desconsidera o valor do ágio não amortizado no cálculo do patrimônio de referência.  

 

Jun/10 Jun/09 Var.  Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10

 Captações de Clientes 135.744 150.197 ‐9,6% 133.757 1,5%

(‐) Compulsório (39.624) (22.106) 79,2% (34.043) 16,4%

Captações de Clientes Líquidas de Compulsório 96.120 128.091 ‐25,0% 99.714 ‐3,6%

Obrigações por Repasses e empréstimos 23.316 21.161 10,2% 20.566 13,4%

Dívida subordinada 10.082 10.996 ‐8,3% 9.855 2,3%

Captação Externa 4.665 4.741 ‐1,6% 3.507 33,0%

Total Captações (A) 134.183 164.989 ‐18,7% 133.642 0,4%

Total Crédito Clientes (B) 146.529 134.173 9,2% 139.910 4,7%B / A (%) 109% 81% 27,9 p.p. 105% 4,5 p.p.

CAPTAÇÕES VS. CRÉDITO (R$ Milhões)

Jun/10 Jun/09 Var.  Mar/10 Var. Jun10xJun09 Jun10xMar10

Patrimônio de Referência Nível I Ajustado1 44.095 24.370 80,9% 43.912 0,4%

Patrimônio de Referência Nível II 8.211 10.256 ‐19,9% 8.451 ‐2,8%

Patrimônio de Referência Nível I e II1 52.306 34.626 51,1% 52.363 ‐0,1%

Patrimônio de Referência Exigido 24.632 22.413 9,9% 23.652 4,1%

Ativo ponderado pelo risco 223.927 203.755 9,9% 215.018 4,1%Índice de Basiléia II 23,4% 17,0% 6,4% 24,4% ‐1,0%

Valores Calculados com base nas informações consolidadas das instituições financeiras (conglomerado financeiro)1. Desconsidera o efeito do ágio referente a incorporação das ações do Banco Real  e AAB Dois Par, conforme determinado pela regra internacional.

RECURSOS PRÓPRIOS e BIS (R$ Milhões)

12,019,7

5,0

3,717,0

23,4

Jun/09 Jun/10

Índice de Basiléia%

Nível II

Nível I

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ANÁLISE DO RESULTADO POR SEGMENTO

ANÁLISE DE RESULTADO POR SEGMENTO 

O Banco opera com três segmentos de negócios: Banco Comercial, Banco Global de Atacado e Gestão de Ativos / Seguros. O segmento de Banco Comercial inclui produtos e serviços voltados aos clientes de varejo, financiamento ao consumo, empresas e clientes corporativos, exceto clientes globais atendidos pelo segmento Banco Global de Atacado. O segmento Banco de Atacado Global  compreende as operações  com os  clientes  corporativos globais, atividades de Tesouraria e Banco de  Investimento. O segmento de Gestão de Ativos / Seguros inclui a gestão de fundos de investimento, previdência privada, capitalização e seguros.  

No primeiro semestre de 2010, o Banco Comercial representou 58%  do  lucro  antes  de  impostos  em  IFRS. O  Banco Global  de Atacado  obteve  participação  de  33%  e  Gestão  de  Ativos/ Seguros, atingiu 9%.  

O lucro1 antes de impostos do segmento de Banco Comercial no primeiro  semestre  de  2010  somou  R$  2.501 milhões,  alta  de R$282 milhões ou  12,7%  em  relação  ao primeiro  semestre de 2009. 

O  lucro1  antes  de  impostos  do  Banco  Global  de  Atacado totalizou R$1.399 milhões no primeiro  semestre de 2010,  com queda  de  8,0%  em  doze meses  ou  R$  122 milhões  frente  ao mesmo  período  do  ano  anterior,  devido  ao menor  volume  de negócios. 

O segmento de Gestão de Ativos e Seguros apresentou  lucro13 antes de  impostos de R$ 393 milhões no primeiro semestre de 2010,  alta  de  289,0%  ou  R$292 milhões  quando  comparado  com  igual  período  do  ano  anterior,  devido  à  consolidação  da Seguradora e da Real Asset Management no terceiro trimestre de 2009.  

 

 

 

     

                                                            1Não exclui hedge de Cayman  

2.218 2.501

1S09 1S10

Lucro1 antes de ImpostosBanco ComercialR$ milhões

12,7%

1.520 1.399

1S09 1S10

Lucro1 antes de ImpostosBanco Global de AtacadoR$ milhões

‐8,0%

101

393

1S09 1S10

Lucro1 antes de ImpostosGestão de Recursos de Terceiros e SegurosR$ milhões

289,0%

Banco comercial

58%

Banco Global de Atacado

33%

Seguros e Gestão de

Ativos9%

Lucro antes de impostos por segmentos Jun/10

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22  

CARTÕES 

CARTÕES 

NÚMERO DE TRANSAÇÕES E FATURAMENTO 

No  segundo  trimestre  de  2010,  o  número  de  transações  de cartões  de  crédito  apresentou  crescimento  de  31,0%  em relação  a  igual  período  do  ano  anterior,  totalizando  158,9 milhões.  

O  faturamento  total  atingiu  R$  26,9  bilhões,  com  alta  de 16,1% em doze meses e 2,6% no trimestre.  

 

CARTEIRA DE CRÉDITO 

O volume da carteira de cartões cresceu 25,1% em doze meses e  6,0%  no  trimestre,  atingindo  R$  9,2  bilhões  em  junho  de 2010.  Deste  total,  33%  foi  de  carteira  financiada  e  67%  de carteira  não  financiada.  Essa  distribuição  permanece praticamente  estável  em  relação  ao  segundo  trimestre  de 2009.  O  crescimento  do  negócio  Cartões  está  ancorado  na estratégia de aumento da participação de mercado, por meio de  inovação de produtos, esforços de captação de clientes e qualidade do serviço prestado.  

Um  dos  exemplos  é  a  oferta  do  cartão  Flex,  que  tem  como característica  principal  oferecer  benefícios  para  equilibrar  as necessidades  financeiras  dos  clientes  de  menor  e  média renda. O Santander Van Gogh, segmento voltado ao cliente de alta renda, também passou a contar com os cartões Santander Elite Platinum e  Santander  Style Platinum, que  completam  a oferta  de  valor  do  segmento,  valorizando  o  relacionamento com o cliente.  

Outro  fator que  contribuiu para  a  expansão do negócio,  em 2010,  foi a busca pelo aumento da  rentabilidade da base de cartões, que ocorreu por meio da oferta de cartões adicionais e  produtos  associados,  como  seguros,  produtos  de financiamento e capitalização.   

BASE DE CARTÕES 

A inovação em produtos, o aproveitamento das oportunidades de  penetração  na  base  de  clientes  e  a  transferência  de melhores  práticas  entre  o  Banco  Real  e  o  Santander,  são fatores determinantes para o aumento da base de cartões de 12,9%  de  junho  de  2010  em  relação  a  junho  de  2009, atingindo 35,3 milhões de cartões de débito e de crédito. 

O total de cartões de crédito atingiu 10,7 milhões em junho de 2010, alta de 19,1% em doze meses e de 6,9% em três meses. 

Os  cartões  de  débito  somaram  24,6  milhões  em  junho  de 2010,  com  crescimento de 10,4% em um ano e de 2,7% em relação a março de 2010. 

 

 

 

 

 

 

 

 

23,2 24,528,3 26,3 26,9

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Faturamento TotalR$ bilhões

2,5 2,7 2,5 2,9 3,0

4,9 5,1 6,2 5,8 6,2

Jun/09 Set/09 Dez/09 Mar/10 Jun/10

Composição da Carteira de CartõesR$ bilhões

Financiado Não Financiado

121,3 129,4 138,9 148,6 158,9

2T09 3T09 4T09 1T10 2T10

Número de Transações de Cartões de Créditoem milhões

9,0 9,2 9,7 10,0 10,7

22,3 22,8 23,6 24,0 24,6

31,3 32,1 33,3 34,0 35,3

Jun/09 Set/09 Dez/09 Mar/10 Jun/10

Base de Cartõesem milhões

Cartões de Crédito Cartões de Débito

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GESTÃO DE RISCOS

GESTÃO DE RISCOS 

As  operações  do  Banco  Santander  estão  sujeitas  a  vários riscos. Para gerenciar estes riscos de forma eficaz, o Santander incorporou  as  funções  globais  de  gestão  de  risco  do  Grupo Santander  em  vários  níveis  de  sua  organização.  Além  disso, comitês presididos pela alta administração  supervisionam os relatórios  de  risco  financeiro,  de  crédito  e  de mercado  das divisões designadas para a gestão de risco. Limites de risco e exposições em jurisdições locais são adicionalmente sujeitas à aprovação do Grupo Santander. 

RISCO DE CRÉDITO 

O  processo  de  gerenciamento  de  risco  de  crédito  do  Banco Santander  é  desenhado  para  seguir  os  padrões  do  Grupo Santander,  ao mesmo  tempo  em  que  levam  em  conta  sua oferta de produtos e as exigências normativas específicas de suas  operações  no  Brasil.  Os  processos  de  aprovação  de crédito  do  Banco,  particularmente  a  aprovação  de  novos empréstimos e monitoramento de riscos, são estruturados de acordo  com  sua  classificação  de  clientes  e  produtos.  A aprovação e o monitoramento de crédito  são  conduzidos de forma  separada  e  em  diferentes  plataformas  tecnológicas para cada uma das redes operadas sob as marcas Santander e Banco  Real, mas  as  políticas  e  os  procedimentos  aplicados sãos os mesmos para  cada  rede, exceto pequenas  variações operacionais. 

MONITORAMENTO DE CRÉDITO 

As  linhas  de  crédito  para  clientes  de  serviços  bancários  de varejo  são  revisadas  semanalmente.  Este  processo  permite melhorias  na  exposição  de  crédito  de  clientes  que  tenham apresentado  uma  boa  qualidade  de  crédito.  Avisos  com antecedência  específicos  são  automaticamente  gerados  no caso da deterioração da qualidade de crédito de um cliente. 

Neste  caso,  um  processo  de  redução  de  risco  de  crédito projetado  para  impedir  inadimplência,  tem  início  com  a identificação  do  problema  de  solvência  do  cliente  (gastos  e outros compromissos financeiros) e o cliente é abordado pelo gerente de relacionamento. 

Avisos com antecedência são automaticamente gerados para empresas  de  pequeno  e médio  porte,  e  seu  desempenho  é monitorado mensalmente.  Além  disso,  a  situação  financeira de  cada  empresa  é  discutida  por  comitês  específicos,  na presença  da  área  comercial,  com  o  objetivo  de  melhorar continuamente a qualidade de sua carteira de crédito.  

As  linhas de  crédito para  clientes do  segmento Atacado  são revisadas anualmente, juntamente com a qualidade do crédito  

 

dos mesmos. Existe processo de monitoramento dos clientes e  caso  surja  qualquer  preocupação  específica  em  relação  à qualidade  do  crédito  de  um  cliente  específico,  um  sistema conhecido  como  FEVE  (Firmas  em  Vigilância  Especial)  é utilizado,  com  possíveis  ações  a  serem  tomadas  segundo  as seguintes  categorias:  “acompanhar  riscos”,  “reduzir  riscos”, “afiançar”  ou  “extinguir  riscos”.  Nestes  casos,  a  revisão  do cliente  poderá  ser  realizada  trimestral  ou  semestralmente, dependendo da classificação. 

RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO 

O Departamento de Recuperação de Crédito atua na cobrança e recuperação de créditos do Banco Santander. As estratégias e os canais de atuação são definidos de acordo com os dias de atraso  no  pagamento  e  com  os montantes  em  atraso,  que resultam  em um Mapa de Responsabilidades. Nos primeiros dias  da  inadimplência,  é  adotado  um  modelo  mais intensificado  de  cobrança,  com  estratégias  específicas,  com monitoramento  interno  mais  próximo.  Centrais  de atendimento,  inclusão  nos  órgãos  de  proteção  ao  crédito, cobrança  por  cartas  e  pela  rede  de  agências  são  utilizadas durante esta fase, com o intuito de recuperar os clientes. Nos casos  com  atraso  superior  a  60  dias  e  valores  mais expressivos, entram em ação equipes  internas especializadas em  reestruturação  e  recuperação  de  créditos  com  atuação direta  junto  aos  clientes  inadimplentes. Valores mais  baixos ou atrasos mais severos têm a recuperação realizada por meio de  esforços  terceirizados  de  cobrança  administrativa  ou judicial,  de  acordo  com  critérios  internos,  que  são remunerados em  função do êxito na  recuperação de valores em atraso. 

São  utilizadas  ferramentas,  como  a  pontuação comportamental, para estudar o desempenho de cobrança de certos grupos, na tentativa de diminuir custos e aumentar as recuperações. Estes modelos procuram medir a probabilidade de pagamento dos clientes ajustando os esforços de cobrança de  modo  que  os  clientes  de  menor  probabilidade  de recuperação recebem ações mais tempestivas e intensas. Nos casos de maior probabilidade de pagamento o foco é dado na manutenção  de  um  saudável  relacionamento  com  estes clientes. Todos os clientes com valores em atraso ou créditos re‐escalonados possuem restrições internas. 

Vendas  de  carteira  de  créditos  inadimplidos,  com  foco  em operações  em  situação  de  prejuízo,  também  são  realizadas periodicamente  através de processos de  leilão, nos quais  se avaliam as condições e características das operações para sua avaliação, sem retenção de risco. 

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GESTÃO DE RISCOS 

RISCO DE MERCADO 

Risco de mercado é a exposição em fatores de riscos tais como taxas  de  juros,  taxas  de  câmbio,  cotação  de   mercadorias, preços no mercado de ações e outros valores, em  função do tipo de produto, do montante das operações, do prazo, das condições do contrato e da volatilidade subjacente. 

O  Santander  opera  de  acordo  com  as  políticas  globais, enquadradas  na  perspectiva  de  risco  tolerado  pelo  Banco  e alinhado  aos  objetivos  no  Brasil  e  no  mundo.  Para  isso, desenvolveu  seu  próprio  modelo  de  Gestão  de  Riscos, seguindo os seguintes princípios: 

‐ Independência funcional; 

‐ Capacidade executiva sustentada no conhecimento e na proximidade do cliente; 

‐ Alcance global da função (diferentes tipos de riscos); 

‐ Decisões colegiadas, que avaliem todos os cenários possíveis e não comprometam os  resultados com decisões  individuais, incluindo o Comitê Executivo de Riscos Brasil, que fixa limites e aprova operações e o Comitê Executivo de Ativos e Passivos, que responde pela gestão do capital e riscos estruturais, o que inclui o risco‐país, a liquidez e as taxas de juros; 

‐ Gestão e otimização da equação de risco/retorno; e 

‐ Metodologias avançadas de gestão de riscos, como o Value at Risk – VaR  (simulação histórica de 521 dias, com um nível de  confiança  de  99%  e  horizonte  temporal  de  um  dia), cenários, sensibilidade da margem financeira, sensibilidade do valor patrimonial e plano de contingência. 

A estrutura de Riscos de Mercado é parte da Vice‐Presidência de Riscos de Crédito e Mercado, área independente que aplica as políticas de  risco,  levando  em  consideração  as  instruções do  Conselho  de  Administração  e  da  Divisão  de  Riscos  do Grupo Santander Espanha. 

Um  maior  detalhamento  da  estrutura,  metodologias  e sistemas de controle está descrito no relatório, disponível no endereço eletrônico www.santander.com.br. 

GESTÃO DE RISCOS OPERACIONAIS E TECNOLÓGICOS 

A gestão e controle do risco operacional e tecnológico buscam a  eficácia  do  sistema  de  Controles  Internos,  a  prevenção, mitigação  e  redução  dos  eventos  e  perdas  por  risco operacional. No modelo adotado, o Banco avalia as práticas e 

procedimentos  que  adota  atendendo  aos  requisitos  e diretrizes  do  Grupo  Santander,  as  exigências  do  Acordo  da Basiléia,  resoluções  relevantes  do  Banco  Central  e  as exigências da Lei Sarbanes‐Oxley de 2002 dos EUA. 

RISCO AMBIENTAL E SOCIAL 

O Banco Santander está atualmente implementando a Prática de Risco Socioambiental, que além da  concessão de  crédito, prevê a análise de questões socioambientais na aceitação de clientes. Segundo essa Prática, na concessão de crédito a área de Risco Socioambiental analisa  clientes pessoa  jurídica  com limites iguais ou acima de R$ 1 milhão, mercado de capitais e que  fazem  parte  de  14  setores  de  especial  atenção,  sendo eles: 

• Prospecção,  exploração  de  petróleo  ou  gás  natural; distribuidor  de  combustível  em  geral  e  postos  de combustíveis; 

• Mineração; 

• Metalurgia, siderurgia, ferro gusa e galvanoplastia; 

• Madeireira,  serraria,  desdobramento,  movelaria  e comércio; 

• Geração, transmissão e distribuição de energia; 

• Indústria em geral; 

• Agricultura e pecuária em geral; 

• Hospital e laboratório; 

• Coleta,  tratamento, reciclagem e disposição de resíduos sólidos doméstico, industrial e hospitalar; 

•  Transporte em geral, terminais, exceto de passageiros, e depósitos; 

• Construção civil em geral; 

• Construtora e incorporadora; 

• Pesca e aqüicultura; 

• Uso da diversidade biológica,  silvicultura e  subprodutos florestais 

A área analisa a gestão socioambiental do cliente verificando itens  como  áreas  contaminadas,  desmatamento,  violações trabalhistas e outros problemas para os quais existe o risco de aplicação de penalidades.  

Uma  equipe  especializada  com  formação  em  Biologia, Geologia,  Engenharia  Ambiental  e  Química  monitora  as práticas  socioambientais  dos  clientes,  e  uma  equipe  de analistas  financeiros  estuda  a  probabilidade  de  danos relacionados a tais práticas que podem afetar as garantias e a condição financeira dos clientes do Banco. 

 

 

 

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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GOVERNANÇA CORPORATIVA

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 

Um  dos  principais  objetivos  do  Santander  é  promover  a sustentabilidade  a  partir  da  prestação  de  serviços,  da mobilização  e  engajamento  de  colaboradores,  clientes, fornecedores  e  da  sociedade.  Entre  os  principais acontecimentos do segundo trimestre de 2010, destaque para o  lançamento  mundial  do  Segundo  Questionário  do  Forest Footprint  Disclosure  (FFD),  no  qual  o  banco  foi  a  primeira instituição  financeira  brasileira  a  endossar  o  projeto.  O questionário  é  uma  auto‐avaliação  das  empresas  com  o objetivo de medir o impacto de suas operações nas florestas e o que estão fazendo para gerenciá‐lo.  

No dia 23 de junho, o programa Amigo de Valor, iniciativa de engajamento de  funcionários, clientes e  fornecedores para o direcionamento  dos  recursos  do  Imposto  de  Renda  aos Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, recebeu  o  2º  Prêmio  de  Sustentabilidade,  na  categoria Inovação,  da  Cámara  Española.  O  prêmio  foi  concedido  a empresas  que  desenvolvem  projetos  de  ação  social  e  de proteção do meio ambiente, relevantes e significativos. 

Também  no mês  de  junho,  os  gerentes  de  relacionamento, atacado  e  varejo,  do  Santander  passaram  a  contar  com  o Netcurso  de  Negócios  Sustentáveis.  O  treinamento  leva  os participantes a descobrir novas oportunidades de negócios ao incorporar  os  aspectos  econômico,  social  e  ambiental  nas decisões comerciais e no relacionamento com o cliente. Além disso, Caminhos&Desafios, treinamento oferecido a clientes e fornecedores para práticas de sustentabilidade, encerrou sua primeira  turma  de  2010,  de  nº  27,  com  o  recorde  de participação, foram inscritos 118 CNPJs e 187 participantes.  

Já  o  programa  de  fomento  de  práticas  sustentáveis  para  a construção  civil,  a  Comunidade  Obra  Sustentável (http://www.comunidadeobrasustentavel.com.br/)  foi  aberto ao  público  em  20  de  abril.  Em menos  de  dois meses,  557 usuários  já  faziam  parte  da  rede  virtual,  1.181  de  visitas registradas e 13.197 páginas acessadas.  

Em relação à gestão de ricos, o Santander vem promovendo a Implementação  da  Prática  de  Risco  Socioambiental.  Com objetivo  de  assistir  os  clientes  e  garantir  um  treinamento eficaz na base do banco, a prática vem sendo perpetrada em diversos segmentos do mercado. Recentemente, em abril, foi a vez do segmento Corporate. Além disso, treinamentos para empresas  nas  áreas  de  risco,  comercial  e  produtos  também estão em andamento. 

Em  Abril,  foi  iniciado,  na  Universidade  do  Vale  do  Rio  dos Sinos  (Unisinos),  o  primeiro  Observatório  do  Cartão Universidade  (TUI) no Brasil,  iniciativa pioneira no âmbito da pesquisa  científica  que  proporciona  a  geração  de conhecimentos  técnicos  e  mercadológicos  para  ampliar  a 

prestação  de  serviços  às  universidades.  O  Observatório envolve  um  projeto  de  integração  do  Cartão  ao  transporte público,  que  já  é  modelo  para  outras  instituições  do  país. Também  foi  inaugurada  uma  agência  bancária  dedicada  à comunidade acadêmica na PUC Minas.  

No mês  de maio,  foram  abertas  as  inscrições  dos  Prêmios Santander  Universidades  2010,  com  um  novo  escopo  para impactar toda a cadeia de valor do ensino superior e apoiar de forma  estratégica  os  pilares  da  gestão  acadêmica:  ensino, pesquisa  e  extensão. A  iniciativa  está  sustentada  em quatro pilares: Ciência e  Inovação, Empreendedorismo, Universidade Solidária  e  Guia  do  Estudante,  que  juntos  oferecem  R$  1 milhão  em  prêmios  e  bolsas  de  estudos  na  Babson  College para  os  orientadores  dos  projetos  vencedores  de empreendedorismo. 

No mês de maio, o Universia reafirmou seu compromisso com a  Educação  Superior  na  Ibero  –  América  ao  reunir  1.057 Instituições  de  Ensino  Superior,  representadas  por  985 reitores e 34 países, no  II Encontro  Internacional de Reitores, na  cidade  de Guadalajara, México.  As  universidades,  com  o apoio  da  sociedade,  se  comprometeram  a  tomar  medidas concretas de desenvolvimento do Espaço  Iberoamericano do Conhecimento.   

Em Guadalajara, o presidente mundial do Santander, D. Emílio Botín, anunciou que o Brasil será o país‐sede do  III Encontro Internacional de Reitores Universia. Além disso, informou que o Santander destinará, nos próximos cinco anos, 600 milhões de euros para projetos e convênios com as universidades em todo  mundo,  reforçando  o  compromisso  do  Banco  com  a educação superior. 

GOVERNANÇA CORPORATIVA 

O  modelo  global  de  governança  corporativa  adotado  pelo Grupo  Santander  caracteriza‐se  especialmente  pela  defesa dos  direitos  dos  acionistas  e  a  transparência  na  gestão  e comunicação  com  os  públicos  estratégicos,  posicionando  as unidades européias do Banco Santander na Espanha entre as líderes em governança corporativa do continente. 

A partir dessas credenciais, o Banco Santander no Brasil  tem se dedicado ao aperfeiçoamento de suas políticas e práticas, reforçadas  também  pelos  ganhos  de  sinergia  e complementaridade resultantes da aquisição do Banco Real. 

Neste  contexto,  em  linha  com  as  melhores  práticas  de governança  corporativa,  o  Banco  Santander  listou,  em outubro de 2009, Units no Nível 2 da BM&FBovespa e ADRs na Nyse,  estando  sujeito  à  supervisão  da  Comissão  de  Valores Mobiliários (CVM) , Securities and Exchange Commission (SEC) e à Lei Sarbanes‐Oxley. 

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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E GOVERNANÇA CORPORATIVA 

O Nível 2 é um segmento especial de listagem do mercado de ações  da  BM&FBovespa,  destinado  exclusivamente  à companhias  que  atendam  à  requisitos  mínimos  e  aceitem submeter‐se  às  regras  de  governança  corporativa diferenciadas.  Em  www.santander.com.br/ri,  na  seção governança  corporativa,  pode‐se  encontrar  uma  completa descrição dos requisitos mínimos para ser listado no nível 2 de governança corportaiva da BM&FBovespa . Adicionalmente, o Santander decidiu estender o direito de 100% de “tag along” aos detentores de ações preferenciais. 

Preocupado  em  estar  cada  vez  mais  próximo  de  seus acionistas o Banco Santander criou, após a oferta pública de ações realizada em outubro de 2009, uma área específica para atendimento  aos  acionistas minoritários  –  Pessoas  Físicas  e Pessoas Jurídicas consideradas investidores não institucionais. O  objetivo  desta  área  é  oferecer  um  atendimento diferenciado e programas específicos de relacionamento para este público. Em conjunto com a já existente área de Relações com  os  Investidores,  atualmente  responsável  pelo relacionamento com os  investidores  institucionais e analistas de mercado, o  Santander Acionistas  reforça  a determinação do Banco Santander em estar cada vez mais próximo e atento às necessidades de seus acionistas. 

Para  fixar  e disseminar  as normas de  conduta  esperadas de todos  os  seus  funcionários,  o  Banco  Santander  mantém  o Código  de  Ética,  que  estabelece  valores  de  cidadania, dignidade,  trabalho,  respeito,  lealdade,  decoro,  zelo  e eficiência; o Código de Conduta nos Mercados de Valores; e os manuais  de  Prevenção  à  Lavagem  de Dinheiro,  de  Relações com a  Imprensa, e de Conduta na Gestão de Compras, que é global.  Além  disso,  respeita  uma  política  de  Segurança  da Informação  norteada  pelos  princípios  da  confidencialidade, integridade e disponibilidade. 

O Banco Santander conta com o Conselho de Administração, órgão  constituído  por  um  mínimo  de  cinco  membros  e máximo  de  doze  (dos  quais  20%  devem  ser  independentes) com mandato  de  dois  anos  e  se  reúne,  no mínimo,  quatro vezes  ao  ano.  Compete  a  este  Conselho  decidir  sobre  a condução dos negócios, fixar a orientação geral dos negócios e  operações  do  Banco  Santander,  alocação  de  capital  e grandes  investimentos.  Conta  com  o  apoio  da  Diretoria Executiva, a qual compete, entre outras atribuições, executar, dentro  da  orientação  geral  estabelecida  pelo  Conselho  de Administração, os negócios e operações definidas no Estatuto Social. O Conselho de Administração conta ainda com o apoio de comitês especializados. 

A  Administração  conta  ainda  com  o  Comitê  de  Auditoria, composto  por  no mínimo  três  e  no máximo  seis membros, nomeados  pelo  Conselho  de  Administração.  Foi  criado  e funciona de acordo com as normas do Banco Central do Brasil. 

Entre  suas  atribuições  pode‐se  destacar  a  revisão, previamente  à  publicação,  das  demonstrações  contábeis, inclusive  notas  explicativas,  relatórios  da  administração  e parecer do auditor independente. 

No dia 28 de abril de 2010, realizamos as Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária do Banco Santander, que teve mais de 90% de nossos acionistas presentes. Referidas Assembléias aprovaram  as  contas  dos  administradores  do  exercício  de 2009  e  a  destinação  do  lucro  do  exercício,  fixaram  a remuneração  global  dos  administradores  e  aprovaram  o aumento  de  capital  e  alteração  do  Estatuto  Social.  Tal alteração,  além  de  outros  itens,  contemplou  a  inserção  de regras  de  funcionamento  do  Conselho  de  Administração,  o que  resultou  em  um  aperfeiçoamento  das  práticas  de Governança Corporativa adotadas pelo Banco Santander. 

Nesta  mesma  data,  realizamos  a  reunião  do  Conselho  de Administração  que  aprovou  a  política  institucional,  os processos,  os  procedimentos  e  os  sistemas  necessários  à efetiva  implementação  da  estrutura  de  gerenciamento  do risco de crédito do Banco Santander, nos termos da Resolução nº 3.721, de 30.04.2009, do Conselho Monetário Nacional.  

 

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RESUMO DO BALANÇO PATRIMONIAL

RESUMO DO BALANÇO PATRIMONIAL 

 

 

 

 

 

Jun/10 Mar/10 Dez/09 Set/09 Jun/09

Disponibilidade e reserva no Banco Central do Brasil 42.344         36.835 27.269 21.261 24.813

Ativos financeiros para negociação 35.902         23.133 20.116 19.261 15.809

Outros ativos financeiros ao valor justo no resultado 16.213         15.873 16.294 16.986 6.068

Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 1.076           1.225 1.907 4.003 4.627

Empréstimos e adiantamentos a clientes 221              232 389 606 1.150

Instrumentos de dívida 210              208 211 294 291

Instrumentos de Patrimônio 14.706         14.208 13.787 12.083         ‐              

Ativos financeiros disponíveis para venda 42.579         37.183 46.406 44.763 30.593

Empréstimos e financiamentos  156.804       150.003 152.163 149.973 161.645

Empréstimos e adiantamentos a instituições de crédito 20.282         20.330 24.228 27.932 31.993

Empréstimos e adiantamentos a clientes 146.308       139.678 138.005 132.343 138.811

Provisão para perdas (9.786)          (10.005) (10.070) (10.302) (9.159)

Derivativos utilizados como hedge 107              133 163 157 178

Ativos não correntes para venda 93                41 171 53 58

Participações em coligadas 429              423 419 417 502

Ativo tangível 3.977           3.835 3.702 3.682 3.600

Ativo intangível 31.630         31.587 31.618 30.982 30.589

Ágio 28.312         28.312 28.312 28.312 27.263

Outros Intangíveis 3.318           3.275 3.306 2.670 3.326

Créditos Tributários 15.250         14.834 15.779 15.058 13.386

Outros créditos 1.918           2.169 1.872 3.642 1.637Total do Ativo 347.246      316.049 315.972 306.235 288.878

Jun/10 Mar/10 Dez/09 Set/09 Jun/09

Passivos financeiros para negociação 4.668 4.505 4.435 5.316 4.887

Outros passivos financeiros ao valor justo no resultado 2 2 2 2 363

Passivos financeiros ao custo amortizado 232.373 203.499 203.567 205.801 207.644

Depósitos do Banco Central do Brasil ‐               117 240 562 870

Depósitos de instituições de crédito 47.784 24.092 20.956 18.754 21.793

Depósitos de clientes1 150.378 147.287 149.440 154.548 154.922

Títulos de dívida e valores mobiliários  12.168 11.271 11.439 10.945 11.299

Dívidas subordinadas  10.082 9.855 11.304 11.149 10.996

Outros passivos financeiros  11.961 10.877 10.188 9.843 7.764

Passivos por contratos de seguros 16.693 16.102 15.527 13.812         ‐              

Derivativos utilizados como hedge  42 37 10 21 63

Provisões2 9.662 9.881 9.480 11.555 10.203

Passivos fiscais 9.199 8.516 9.457 9.287 7.352

Outros passivos  2.988 2.778 4.228 4.775 6.561

Total do passivo  275.627 245.320 246.706 250.569 237.073

Patrimônio líquido  70.942 70.069 68.706 55.079 51.135

Participação dos acionistas minoritários  3 1 1 5 5

Ajustes ao valor de mercado 674 659 559 582 665

Total do patrimônio líquido  71.619 70.729 69.266 55.666 51.805Total do passivo e patrimônio líquido  347.246 316.049 315.972 306.235 288.878

1. Inclui operações compromissadas.2. Provisões para pensões e contingências.

ATIVO (R$ Milhões)

PASSIVO (R$ Milhões)

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RESUMO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

RESUMO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL 

Para  melhor  compreensão  dos  resultados  em  IFRS,  apresentamos  a  demonstração  de  resultado  gerencial  que  difere  da demonstração contábil devido ao ajuste do hedge fiscal dos investimentos na agência de Cayman.  Reclassificamos para a linha de ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros líquidos, o efeito fiscal do hedge que é contabilizado originalmente na linha de  impostos. Abaixo, apresentamos por  trimestre os  resultados do hedge  fiscal que  são  reclassificados na demonstração de resultado gerencial. 

 

 

De acordo com as regras fiscais brasileiras, os ganhos (perdas) com a variação cambial (R$/US$) do investimento em dólar em Cayman não é  tributável  (dedutível). Esse  tratamento  fiscal  leva a exposição  cambial na  linha de  impostos. Uma posição de hedge, composta por derivativos, foi montada com o objetivo de tornar o Lucro Líquido protegido contra as variações cambiais relacionadas com esta exposição cambial na linha de impostos. Assim, a alíquota efetiva de impostos e o resultado com ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros ainda são impactados por variação na taxa de câmbio. 

 

2T10 1T10 4T09 3T09 2T09

Receitas com juros e similares  9.839 9.278 9.841 9.731 9.775

Despesas com juros e similares  (3.974) (3.445) (3.991) (4.075) (4.286)

Margem líquida com juros  5.865 5.833 5.850 5.656 5.489

Resultado de renda variável  14 4 8 7 8

Resultado de equivalência patrimonial  13 10 5 33 52

Comissões líquidas 1.710 1.622 1.666 1.556 1.573

Receita de tarifas e comissões  1.929 1.841 1.888 1.797 1.799

Despesas de tarifas e comissões  (219) (219) (222) (241) (226)

Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) + diferenças cambiais

290 608 306 240 459

Outras receitas (despesas) operacionais  (60) (45) (59) 106 (110)

Total de receitas  7.832 8.032 7.776 7.598 7.471

Despesas gerais (2.774) (2.655) (2.893) (2.674) (2.649)

Despesas administrativas (1.357) (1.300) (1.423) (1.345) (1.297)

Despesas de pessoal (1.417) (1.355) (1.470) (1.329) (1.352)

Depreciação e amortização (293) (286) (265) (339) (328)

Provisões (líquidas)¹ (290) (629) (482) (1.190) (1.250)

Perdas com ativos (líquidas) (2.214) (2.407) (2.125) (3.844) (2.518)

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa²   (2.251) (2.403) (2.148) (3.008) (2.467)

Perdas com outros ativos (líquidas)  37 (4) 23 (836) (51)

Ganhos líquidos na alienação de bens 48 117 34 2.280 1.040

Lucro operacional antes da tributação 2.309 2.172 2.045 1.831 1.766

Impostos sobre a renda (543) (409) (454) (359) (153)Lucro líquido  1.766 1.763 1.591 1.472 1.613

1. Inclui provisões trabalhistas, cíveis e fiscais.2. Inclui recuperações de créditos baixados como prejuízo.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO GERENCIAL ‐ AJUSTADA PELO HEDGE FISCAL DE CAYMAN (R$ Milhões) 

2T10 1T10 4T09 3T09 2T09

Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) + diferenças cambiais

(140) (49) 84 338 592

Impostos sobre a renda  140 49 (84) (338) (592)

HEDGE FISCAL DE CAYMAN (R$ Milhões)