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AVALIANDO A RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

AVALIANDO A RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA · 2018-01-24 · desenvolvimento sustentável e cidadania corporativa) que melhor se encaixe no contexto de suas operações e que

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AVALIANDO ARESPONSABILIDADE SOCIAL

CORPORATIVA

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

Guia Prático

AVALIANDO A

RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA/

O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Fevereiro de 2010

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

www.iiabrasil.org.br / B Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Índice

Introdução .......................................................................................................................... 3 Sumário Executivo .............................................................................................................. 3 Definições de CSR .............................................................................................................. 4 Responsabilidade por CSR ................................................................................................. 4 Riscos ................................................................................................................................ 5

Reputação .............................................................................................................. 5 Conformidade ......................................................................................................... 5 Responsabilidade ................................................................................................... 5 Operacional ............................................................................................................ 5 Mercado de Ações ................................................................................................... 5 Mercado de Trabalho .............................................................................................. 6 Mercado de Vendas ................................................................................................ 6 Relacionamentos Externos de Negócios ................................................................. 6 Atividades de Negócios de CSR .............................................................................. 6 Reporte de CSR ...................................................................................................... 7

Abordagens para Avaliar a CSR ......................................................................................... 8 Auditoria ................................................................................................................. 8 Facilitação............................................................................................................ 10 Consultoria ........................................................................................................... 10

Considerações de Auditoria ............................................................................................. 10 Uso de uma Opinião de Auditoria ......................................................................... 10 Independência e Objetividade .............................................................................. 10 Habilidades e Corpo de Conhecimento ................................................................ 10 Recursos ............................................................................................................... 11 Modelo de Maturidade de CSR ............................................................................. 11

Desenvolvimento do Programa de Auditoria Interna (Considerações) ............................. 12 Anexo A – Auditoria por Elemento .................................................................................... 15

Governança .......................................................................................................... 15 Ética ..................................................................................................................... 15 Ambiente .............................................................................................................. 15 Transparência ...................................................................................................... 16 Saúde e Segurança .............................................................................................. 16 Direitos Humanos e Condições de Trabalho ......................................................... 17 Investimento Comunitário .................................................................................... 17

Anexo B – Auditando por Grupo de Partes Interessadas .................................................. 18 Funcionários e suas Famílias .............................................................................. 18 O Ambiente ........................................................................................................... 18 Clientes ................................................................................................................ 18 Fornecedores ........................................................................................................ 18 Comunidades Vizinhas ......................................................................................... 19 Acionistas e Investidores ..................................................................................... 19

Anexo C – Teoria de Partes Interessadas ......................................................................... 20 Anexo D – Recursos Adicionais ........................................................................................ 21 Membros da Equipe do Guia Prático ................................................................................ 22

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www.iiabrasil.org.br / 3 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Introdução Organizações no mundo todo estão adotando

declarações de missão e atividades de governança

relacionadas à responsabilidade social corporativa

(corporate social responsibility – CSR) e ao

desenvolvimento sustentável. Clientes, funcionários

e partes interessadas públicas têm expectativas

crescentes para que as organizações ajam de forma

responsável e sustentável e o escrutínio público

dessas atividades está crescendo. Esta atenção

crescente estende-se além da organização, para seus

parceiros e fornecedores. Os regulamentos

crescentes relacionados ao ambiente e o local de

trabalho estão levando a novas práticas e sistemas de

gestão. Em resposta, as organizações estão

desenvolvendo metas de desempenho, sistemas de

mensuração e sistemas de reporte relativos a

estratégias de CSR e desenvolvimento sustentável.

Diretores executivos de auditoria (DEAs) devem

entender as diferentes formas pelas quais eles

podem apoiar a gerência em relação a programas e

reporte de CSR e desenvolvimento sustentável1.

Este guia foi desenvolvido para auxiliar no

planejamento e implementação das estratégias e

programas de auditoria interna relacionados.

Organizações adotam a terminologia (ex., CSR,

desenvolvimento sustentável e cidadania corporativa)

que melhor se encaixe no contexto de suas

operações e que seja consistente com as estratégias

adotadas. Para os propósitos deste guia, CSR se

refere a responsabilidade social, desenvolvimento

sustentável e cidadania corporativa.

Sumário Executivo A CSR apresenta riscos e oportunidades

significantes para as organizações. As partes

interessadas esperam que os conselhos e a gerência

1 Os auditores em conformidade com as Performance and Program Standards for the Professional Practice of Environmental, Health and Safety Auditing (Board of Environmental Health and Safety Auditor Certifications) também podem estar qualificados.

aceitem a responsabilidade e implementem

estratégias e controles para gerenciar seu impacto

sobre a sociedade e o ambiente, para se envolver

com as partes interessadas em suas iniciativas e para

informar o público sobre seus resultados. A

proliferação de regulamentos e normas voluntárias

tornou a gestão de CSR um empreendimento

complexo.

Os auditores internos devem entender os riscos e

controles relacionados aos objetivos de CSR.

Quando apropriado, o DEA deve planejar auditar,

facilitar as autoavaliações de controle, verificar

resultados e consultar com relação a vários assuntos.

Os auditores internos devem manter as habilidades e

conhecimentos necessários para entender e avaliar

as estratégias de governança, riscos e controles de

CSR.

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www.iiabrasil.org.br / 4 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Definições de CSR Organizações governamentais e não governamentais

publicaram muitas definições de CSR, incluindo:

CSR é o compromisso contínuo do negócio

de se comportar com ética e contribuir para

o desenvolvimento econômico, melhorando

a qualidade de vida da força de trabalho e de

suas famílias, assim como da comunidade

local e da sociedade como um todo.2

Geralmente, a CSR é entendida como sendo

as formas como as firmas integram as

preocupações sociais, ambientais e

econômicas em seus valores, cultura,

tomada de decisões, estratégias e operações

de forma transparente e responsável, e

portanto estabelecem práticas melhores

dentro da empresa, criam riqueza e

melhoram a sociedade.3

Algumas organizações focam nos objetivos

econômicos e de CSR, nos quais o ambiente está

incluído como um elemento de CSR, assim como

ética, transparência, saúde e segurança, governança

corporativa, direitos humanos e investimentos

comunitários. Outras organizações seguem a

estratégia de reporte Triple Bottom Line, que cobre

três métricas de sucesso: econômica, ambiental e

responsabilidade social. Este tema prevalece em

empresas de recursos, como mineração, silvicultura

e petróleo, nas quais o ambiente tem sido um

importante foco de defensores, governos e

comunidades. Essas organizações frequentemente se

referem a seus objetivos como desenvolvimento

sustentável:

Para o empreendimento comercial, o

desenvolvimento sustentável significa adotar

estratégias e atividades de negócios que

satisfaçam as necessidades do negócio e de

2 World Business Council for Sustainable Development, em tradução livre. 3 Governo do Canadá, em tradução livre.

suas partes interessadas hoje, enquanto

protegem, sustentam e melhoram os

recursos humanos e naturais que serão

necessários no futuro.4

Responsabilidade por CSR O conselho5 tem responsabilidade geral sobre a

eficácia dos processos de governança, gerenciamento

de riscos e controle interno associados à CSR.

A gerência é responsável por garantir que os

objetivos de CSR sejam estabelecidos, que os riscos

sejam gerenciados, que o desempenho seja

mensurado e que as atividades sejam

apropriadamente monitoradas e reportadas. Pode

haver um executivo de CSR responsável por

coordenar essas atividades ou essa responsabilidade

pode ser alocada aos executivos responsáveis por

cada função individual (tais como o diretor de ética,

o vice presidente de ambiente, saúde e segurança, o

gerente geral de recursos humanos e o diretor de

questões comunitárias e públicas).

Se a organização tem recursos limitados para gastar

com CSR, esses recursos devem ser direcionados

para alimentar crianças famintas, educar a força de

trabalho aborígene ou dar início a um programa de

reciclagem? Todas são causas merecedoras. O

desafio que a gerência encara é garantir que as

atividades de CSR da organização sejam

coordenadas e alinhadas com as iniciativas e

princípios estratégicos, com as decisões apropriadas

de riscos/recompensas sendo tomadas. Programas de

CSR para caridade, segurança do produto e do

trabalhador, poluição e direitos humanos

frequentemente geram reações emocionais e

pessoais e os gerentes podem se influenciar por tais

4 Esta definição captura o espírito do conceito originalmente proposto pela World Commission on Environment and Development e é substancialmente parecida com a definição usada pelo World Business Council for Sustainable Development. 5 Neste guia, “conselho” será usado para se referir ao conselho de administração ou grupo de supervisão semelhante e aos comitês a que tenham sido delegadas responsabilidades específicas de CSR.

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www.iiabrasil.org.br / 5 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

reações para apoiar objetivos pessoais. A gerência é

responsável por garantir que os princípios de CSR da

organização sejam comunicados, entendidos e

integrados nos processos de tomada de decisões.

Geralmente, atividades de CSR são dominantes na

organização; assim, cada funcionário tem a

responsabilidade de garantir o sucesso dos objetivos

de CSR.

Riscos As organizações estão expostas a uma variedade de

riscos associados a atividades de CSR. O conselho e

a gerência são responsáveis por conduzir uma

avaliação de riscos e determinar o que é importante

para sua organização e os controles que

implementarão para gerenciar esses riscos.

O DEA deve entender esses riscos e usar esse

conhecimento ao considerar atividades de CSR no

universo de auditoria, no plano de auditoria e nas

abordagens de auditoria. Os auditores internos

devem entender esses riscos para ajudá-lo a

desenvolver procedimentos de auditoria apropriados.

Reputação

A marca ou reputação da organização pode ser

prejudicada por conta de violações legais ou de

princípios, erros ou omissões em informações de

CSR divulgadas, mau desempenho em comparação

com objetivos/metas ou a aparência de indiferença a

questões sociais. Se ativistas acreditam que uma

organização não está reagindo a suas preocupações,

eles podem se tornar acionistas para apresentar

soluções relativas a seus interesses de CSR. As

organizações têm a oportunidade de melhorar sua

reputação ao se comportar de forma socialmente

responsável e ao envolver as partes interessadas nas

decisões que as afetam.6

6 Para mais informações sobre envolvimento de partes interessadas, veja o Anexo C.

Conformidade

As organizações podem não atingir a conformidade

por conta da extensão, complexidade e volume de

regulamentos relativos ao ambiente, saúde e

segurança, trabalho, governança, contribuições

políticas, conflitos de interesses, fraude, etc. O risco

de conformidade também surge das obrigações

contratuais com terceiros, tais como clientes,

sindicatos ou empregados, e da adoção voluntária de

normas. O risco de conformidade aumenta para

organizações que operam em múltiplos países.

Responsabilidade

O risco de responsabilidade existe nos termos e

condições de CSR contratuais e na garantia de

conformidade de terceiros. Ativistas ou classes

específicas/ grupos de interesses especiais podem

tomar medidas legais por supostos danos causados

pela organização.

Operacional

O risco surge dos “pontos de pressão” de CSR nos

processos de manufatura da organização, nos

produtos, serviços e no impacto sobre o ambiente.

Outros exemplos de possíveis cenários de riscos

incluem: mau desempenho de outras metas devido a

estratégias inapropriadas de CSR, ou a superênfase

em estratégias de CSR; incapacidade de integrar

objetivos de CSR nos processos, ou de educar a

equipe apropriadamente; incapacidade de

desenvolver sistemas bem controlados para

iniciativas de CSR; riscos associados com o reporte

de atividades e resultados de CSR (ex., informações

imprecisas ou incompletas e estratégias inadequadas

de comunicação e reporte). Além disso, organizações

internacionais podem achar desafiador aplicar o

mesmo padrão em diversos países.

Mercado de Ações

As organizações podem perder investidores ou

limitar seu público de investidores, se não se

qualificarem para Investimentos Socialmente

Responsáveis ou fundos semelhantes.

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www.iiabrasil.org.br / 6 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Mercado de Trabalho

Os funcionários querem trabalhar para organizações

que respeitem seus direitos, tenham uma cultura de

integridade e se comprometam com preocupações

sociais e comunitárias.

Mercado de Vendas

Clientes podem boicotar produtos ou serviços por

motivos ambientais ou sociais. As organizações têm a

oportunidade de aumentar suas vendas e sua

publicidade se forem reconhecidas por grupos de

“consumidores socialmente responsáveis”.

Relacionamentos Externos de Negócios

Clientes, fornecedores ou parceiros podem violar

termos e condições de CSR, princípios ou leis; ainda

assim, a organização pode ser incluída como

malfeitora por associação. Desenvolver e monitorar

controles sobre e para relacionamentos externos de

negócios pode ser um desafio para algumas

organizações.7

Atividades de Negócios de CSR As atividades de negócios de CSR geralmente

incluem:

1. Determinar e comunicar políticas e

procedimentos para áreas incluindo

governança corporativa, ética de negócios,

recursos humanos e contratações, gestão da

cadeia de fornecimento, relações com as

partes interessadas, doações e contribuições

políticas, o ambiente e saúde e bem estar.

2. Determinar objetivos, metas de

desempenhos e estratégias, tais como:

Reduzir as emissões de carbono.

7 Consulte o Guia Prático do IIA, Auditando Relacionamentos Externos de Negócios, para informações adicionais.

Conformidade com leis e regras.

Doar uma porcentagem dos lucros

líquidos a organizações de caridade.

Aumentar a mão-de-obra local.

Reduzir incidentes de segurança.

Reduzir o desperdício.

Criar uma cultura de transparência.

Facilitar o voluntariado de funcionários.

Tornar-se um empregador de

preferência e estender a cultura ética

pela cadeia de fornecimento.

3. Comunicar e incorporar princípios e

controles de CSR nos processos de tomada

de decisões do negócio.

Riscos de CSR são considerados como

parte das aprovações do projeto.

A cultura é baseada em tomar as

decisões corretas pelos motivos

corretos.

Avaliações de valor do ciclo de vida são

usadas para avaliar os impactos dos

produtos ou operações.

4. Monitorar, mensurar o desempenho, analisar

tendências e fazer o benchmarking de

atividades tais como:

Emissões.

Incidentes de saúde e segurança.

Incidentes de fraude.

Quantias de doação e patrocínio.

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www.iiabrasil.org.br / 7 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Benefícios econômicos a regiões

específicas.

Satisfação dos funcionários.

Incidentes de não conformidade.

Compromissos com partes interessadas,

atividade de recuperação.

5. Envolvimento da parte interessada,

incluindo8:

Grupos de orientação ou foco como

parte da pesquisa e desenvolvimento.

Envolvimento no desenvolvimento de

políticas e feedback.

Processos de gestão de reclamações

(incluindo proteção dos reclamantes em

relação a retaliação ou intimidação).

6. Auditar:

Divulgações em relatórios públicos.

Controles internos e sistemas de gestão.

Conformidade contratual com termos e

condições de CSR (tanto internamente

quanto com relações externas de

negócio).

7. Reportar resultados interna e externamente,

assim como processos de governança para

tais divulgações.

Reporte de CSR Muitas organizações reportam seus resultados de

CSR ao público. Relatórios ajudam os públicos, tais

como investidores, funcionários, fornecedores e

clientes, a tomar decisões conscientes sobre seu

8 Consulte o Anexo C para informações adicionais relativas a teoria e envolvimento de partes interessadas.

envolvimento com a organização. Cada organização

toma uma decisão de negócio quanto ao

custo/benefício de produzir tais informações e sobre

quais informações específicas incluir.

Os métodos de reporte podem incluir a publicação

de um relatório único de CSR, integrar as

informações de CSR ao relatório anual e preparar

apostilas com informações específicas de CSR sobre

tópicos ou eventos em especial para distribuição

pública. Os formatos de distribuição incluem: sites,

apostilas, press releases, documentos regulatórios,

panfletos e apresentações em reuniões públicas com

as partes interessadas, vídeos, infomerciais e

comerciais.

Há diversas leis que exigem que as organizações em

setores específicos divulguem publicamente certas

práticas e atividades de CSR, principalmente para

conformidade ambiental e de governança

corporativa. Por exemplo:

No Canadá, bancos e firmas incorporadas

federalmente de crédito e seguros com mais

de $1 bilhão em ativos são obrigadas por lei

a produzir declarações anuais públicas de

responsabilidade, delineando suas

contribuições para a economia e a

sociedade.

No Reino Unido, a legislação exige que

administradores de fundos de pensão

publiquem um comentário em suas

declarações de investimento, dizendo até

que ponto suas políticas de investimentos

abordam questões sociais, éticas e

ambientais.

Na França, as leis exigem que as empresas

reportem os impactos sociais e ambientais

de suas atividades.

As organizações que reportam seus resultados de

CSR encaram desafios a escolher quais assuntos

reportar, ao desenvolver e apresentar métricas de

desempenho e na comparabilidade das informações.

Antes, as organizações encaravam esses desafios

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www.iiabrasil.org.br / 8 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

quando apresentavam informações financeiras; no

entanto, anos de desenvolvimento de normas de

contabilidade e reporte diminuíram isso. Para

informações de CSR, há organizações desenvolvendo

normas de reporte voluntário, tais como a Global

Reporting Initiative, mas a comparabilidade

continuará sendo um desafio até que as normas

sejam obedecidas pela maioria das organizações no

mundo todo. Organizações sem fins lucrativos

internacionais que fazem benchmarking de relatórios

de CSR também estão influenciando o processo de

reporte, dando prêmios àqueles que melhor atendem

seus critérios de avaliação.

Para atender às demandas das partes interessadas e

reduzir a chance do relatório ser visto como uma

jogada de marketing, muitas organizações estão

usando processos de verificação e avaliação para

todos ou parte dos relatórios9. As organizações vêm

usando revisores internos (incluindo auditores

internos), terceiros independentes, painéis

comunitários ou de consultores especialistas, ou

uma combinação dessas opções para conduzir um

processo de avaliação. Os terceiros incluem firmas

de auditoria externa, especialistas em ciências

ambientais e direitos humanos e outros consultores

relevantes. Há também organizações internacionais

sem fins lucrativos, tais como a AccountAbility, que

produzem normas (AA1000) para avaliação dos

relatórios de CSR, para ajudar a fortalecer o

processo de avaliação. Organizações profissionais de

contabilidade também publicaram normas para

avaliação de informações não financeiras, incluindo

informações CSR. As organizações que precisam

atender muitas partes interessadas quanto à sua

conformidade com termos e condições de CSR

podem escolher certificar-se como atendendo

normas ISO ou SA800010.

Outro desafio à credibilidade e transparência é que

se espera que as organizações apresentem os pontos

9 Considere avaliar o uso de questões de CSR em estratégias de publicidade durante uma auditoria operacional de marketing. 10 A Social Accountability International, uma organização sem fins lucrativos, estabeleceu a SA8000 como uma norma internacional de melhoria das condições de trabalho.

negativos assim como os positivos, os fracassos assim

como os sucessos. Para algumas organizações, isso

pode representar uma mudança em sua cultura e

isso pode provocar um risco de responsabilidade.

Abordagens para Avaliar a CSR A definição de auditoria interna:

A auditoria interna é uma atividade independente e

objetiva de avaliação e consultoria, desenvolvida para

agregar valor e melhorar as operações de uma

organização. Ela auxilia uma organização a alcançar

seus objetivos a partir da aplicação de uma abordagem

sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a

eficácia dos processos de gerenciamento de riscos,

controle e governança.11

Como parte do processo de avaliação de risco e

planejamento de auditoria, o DEA considera os

riscos de CSR e se deve incluir todos ou parte dos

processos em seu universo de auditoria e planos de

auditoria. O DEA também deve estar ciente das

questões de CSR, para responder a quaisquer

solicitações especiais feitas pelo conselho ou alta

administração.

Auditoria

A atividade de auditoria interna pode escolher avaliar

os programas de CSR como um todo e determinar se

a organização tem controles adequados para alcançar

seus objetivos de CSR. Essa opção provavelmente

exigiria uma alocação significante de recursos, por

conta do amplo escopo do tema. Não é provável que

tal auditoria seja conduzida para desenvolver a

primeira opinião sobre os controles de CSR; em vez

disso, o DEA desenvolveria um plano de um a três

anos, para obter informações suficientes e confiáveis

sobre os diversos elementos de CSR dentro da

organização.

11 Ênfase acrescentada para este trabalho.

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www.iiabrasil.org.br / 9 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Há muitas abordagens para auditar controles de

CSR, incluindo:

1. Auditorias separadas de cada elemento de

CSR, refinadas adicionalmente em

auditorias sobre estes temas na sede

corporativa, subsidiárias e em relações

externas de negócio. Os processos de gestão

podem ser avaliados com base nas estruturas

de controle interno ou qualidade, tais como

COSO12, ISO13, etc., ou conformidade com

as expectativas do cliente (obrigações

contratuais). Elementos típicos de CSR

incluem:

Governança.

Investimentos comunitários.

Ambiente.

Ética.

Saúde e segurança.

Transparência.

Condições de trabalho e direitos

humanos.

2. Auditorias de programas de CSR, relativas a

cada grupo relevante de partes interessadas

afetado pelas atividades de CSR, refinadas

adicionalmente em auditorias desses temas

na sede corporativa, subsidiárias e com

relações externas de negócio. As partes

interessadas podem incluir:

Clientes.

Funcionários e suas famílias.

O ambiente.

12 Controle Interno – Estrutura Integrada, do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission, www.coso.org. 13 International Organization for Standardization, www.iso.org.

Comunidades vizinhas.

Acionistas.

Fornecedores.

Alguns dos grupos de partes interessadas poderiam

incluir organizações não governamentais (ONGs) e

grupos ativistas que representem as partes

interessadas ou interesses específicos.

3. Conjuntos de temas, tais como:

Local de trabalho: empregador de

preferência, saúde e segurança, práticas

de gestão ambiental, diversidade e

igualdade, treinamento e

desenvolvimento, ética, governança e

direitos humanos.

Mercado: qualidade e segurança do

produto, publicidade e vendas

responsáveis, gestão responsável da

cadeia de fornecimento, práticas de

desenvolvimento e teste de produtos,

administração de produtos, práticas de

divulgação e privacidade.

Ambiente: uso responsável da água, ar,

terra, desperdício, vida animal e energia

e conformidade regulatória.

Comunidade: filantropia, apoio

econômico local, geração de

capacidade, voluntariado e

envolvimento das partes interessadas.

4. Auditorias dos controles internos sobre o

gerenciamento de riscos, registrando,

mensurando e reportando as atividades de

CSR dentro de cada departamento ou

função coberta no plano de auditoria. Por

exemplo, haveria uma seção padrão no

programa de auditoria com passos de

auditoria que cobririam os mesmos testes de

CSR conduzidos em cada auditoria. Ao final

de 10 auditorias, o DEA teria 10 amostras de

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www.iiabrasil.org.br / 10 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

resultados de atividades de CSR para usar

de base para uma conclusão geral da eficácia

operacional do controle interno.

5. Auditorias de avaliação de divulgações

públicas de informações financeiras ou não

financeiras relacionadas a CSR ou qualquer

um dos elementos individuais de CSR. A

maioria das organizações com objetivos

declarados de CSR fornecem informações

públicas sobre sua abordagem e resultados.

Essas auditorias poderiam ser conduzidas

com o DEA como gestor de projeto,

coordenando recursos internos e externos

conforme necessário, ou um auditor interno

poderia ser designado a uma equipe de

avaliação coordenada por outra pessoa sênior

dentro da organização.

6. Auditorias de conformidade contratual de

terceiros, incluindo conformidade com os

termos e condições de CSR. Um papel

proativo também pode ser desempenhado.

Por exemplo, auditores internos poderiam

conduzir uma revisão como parte de um

processo para a pré-qualificação dos

fornecedores.

Depois de concluídos os programas de auditoria

relativos a CSR, uma opinião sobre os controles

gerais de CSR poderia ser desenvolvida.

Facilitação

A atividade de auditoria interna pode facilitar uma

autoavaliação dos controles e resultados de CSR por

parte da gerência. Este processo seria desenvolvido

com base em uma avaliação de riscos e nos

resultados em itens de ação para melhorias nos

controles.

Consultoria

A atividade de auditoria interna pode consultar

quanto ao desenvolvimento e implementação de

projetos para programas e relatórios de CSR ou

servir como conselheiro para governança de CSR,

gerenciamento de riscos e controles internos.

Considerações de Auditoria Uso de uma Opinião de Auditoria

A alta administração ou o conselho pode escolher

declarar publicamente que depende de seus

controles internos para produzir informações

confiáveis para o reporte público. A gerência

também pode pedir que o DEA forneça uma

declaração para o relatório de CSR, dizendo que a

atividade de auditoria interna prestou avaliação sobre

a informação contida no relatório. O DEA deve

assegurar que os elementos do Guia Prático

Formulando e Expressando Opiniões de Auditoria

Interna tenham sido revisados antes de emitir uma

opinião sobre o programa de CSR da organização.

Deve-se tomar cuidado ao gerenciar a

responsabilidade associada à opinião, se for

publicada.

Independência e Objetividade

Frequentemente, a atividade de auditoria interna

pode ter um papel operacional nos processos de

CSR, ocasionando o surgimento de preocupações

sobre sua independência e objetividade. Por

exemplo, a auditoria interna pode ser responsável

por investigações e monitoramento de resultados de

alegações de fraude ou violações da lei. Informações

sobre investigações de fraude e não conformidade

podem fazer parte do programa e relatórios de CSR

para o público. Isso colocaria os auditores em uma

posição de avaliar e reportar sobre suas próprias

atividades, o que ameaça sua independência e

objetividade. No entanto, isso pode ser resolvido

usando auditores independentes para avaliar esta

porção do programa e relatórios de CSR.

Habilidades e Corpo de Conhecimento

A IPPF fornece orientações fidedignas para a função

da auditoria interna, incluindo requisitos de

proficiência e zelo profissional devido. Se a atividade

de auditoria interna estiver em conformidade com a

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www.iiabrasil.org.br / 11 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

IPPF, então está qualificada para assumir os papéis

listados acima.

Qualquer atividade de auditoria interna que não

tenha, coletivamente, habilidades e conhecimentos

apropriados não deve assumir um trabalho de

auditoria interna, facilitação ou consultoria.

Competências específicas de CSR poderiam incluir

a especialidade em regulamentos, sistemas de gestão

e melhores práticas relativas ao ambiente14, saúde e

bem estar, segurança, ciência e engenharia, ética,

investimentos comunitários, contratações, direitos

humanos, condições de trabalho e governança.

Idiomas e outras habilidades de comunicação

também são considerações importantes ao discutir

questões delicadas, tais como condições de trabalho

e violações éticas, e para o desenvolvimento de

pesquisas.

Se a atividade de auditoria interna estiver envolvida

na facilitação de uma autoavaliação de controle,

habilidades de facilitação são fundamentais. Os

auditores que tiverem a Certificação do IIA em

Autoavaliação de Controle podem ser valiosos neste

processo.

Recursos

O número de auditores e habilidades necessárias

depende da abordagem de auditoria.

Agrupar auditores internos com especialistas na

temática envolvida é útil; é uma oportunidade para o

auditor aprender o assunto e para outros

funcionários aprenderem mais sobre uma abordagem

lógica a avaliar a eficácia de processos e controles

internos. Os especialistas não devem ser membros

da área sendo auditada. Eles podem ser funcionários

em departamentos similares de subsidiárias ou

outras divisões.

Se a organização contratar um prestador externo de

serviço para prestar avaliação quanto aos relatórios

de CSR, o DEA deverá considerar os benefícios de

emprestar um membro para a equipe de avaliação.

14 Tais como aquelas com a certificação de Certified Professional Environmental Auditor (CPEA).

Tais benefícios podem incluir oportunidades de

treinamento de auditores internos; as lições

aprendidas no projeto são mantidas dentro da

organização e o auditor interno pode auxiliar a

equipe em avaliar a informação mais eficazmente

devido a seu conhecimento da organização.

A organização deve avaliar os prós e contras de usar

membros de uma organização não governamental

(ONG) em sua equipe de auditoria ou avaliação,

incluindo; será necessário mais tempo para treinar

partes externas quanto ao processo de auditoria; as

partes externas podem não ser regidas por normas de

confidencialidade; por sua natureza, ONGs têm

interesses especiais e seus representantes não serão

parciais e objetivos e podem não priorizar questões

da mesma forma que a organização; um relatório que

inclua uma declaração positiva de uma ONG é

considerado mais confiável; novas ideias e olhares

podem ajudar a organização a melhor compreender

as questões e atividades de CSR; a ONG teria um

melhor entendimento da organização.

Modelo de Maturidade de CSR

O DEA considera o nível de maturidade de CSR da

organização no momento da auditoria interna e o

nível para qual a organização pretende progredir.

Esta informação ajudará o auditor a estruturar

recomendações como descobertas de auditoria ou

como ideias para ajudar a organização a caminhar em

direção à sua meta.

Uma amostra de escala da maturidade poderia

incluir:

1. A alta administração e o conselho não deram

início a qualquer objetivo ou estratégia de

CSR.

2. A estratégia de CSR é “atingir a

conformidade com leis e compromissos

contratuais”.

3. Reconhecimento ad hoc de riscos e

estratégias específicas de CSR para alcançar

os objetivos existe em algumas divisões da

organização. A meta da organização é

exceder os requisitos de conformidade. O

reporte é seletivo.

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

www.iiabrasil.org.br / 12 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

4. Um conjunto de estratégias e métricas de

desempenho de CSR, integradas e

gerenciadas – e reportadas ao público – com

processos de governança está em prática.

5. A CSR é uma característica primária da

missão, princípios e métricas de

desempenho da organização. Relatórios

formais são produzidos para o público,

processos de envolvimento das partes

interessadas estão em prática e fatores de

CSR são incorporados nos processos de

tomada de decisões de negócio por toda a

organização, incluindo nos níveis do

conselho.

Desenvolvimento do Programa de Auditoria Interna (Considerações) A discussão a seguir (e informações contidas nos

Anexos A e B) inclui conceitos para ajudar os

auditores internos a pensar acerca de diversos

assuntos ao desenvolver o programa de auditoria.

Como o escopo e programa de auditoria são

baseados em uma avaliação de riscos para a

organização, nem todos os conceitos presentes nesta

orientação serão relevantes.

Considere a proliferação de informações de CSR

que a organização produz. As mensagens são

consistentes e atuais nos relatórios públicos,

discursos e panfletos/materiais de apresentação e

nos sites da organização? Como a divulgação e

atualização são controladas? As mensagens são

relevantes para a missão, metas, objetivos e

compromissos da organização?

A organização tomou a decisão de reportar

informações consistentes com as normas de reporte,

tais como a Global Reporting Initiative? As

informações podem ser comparadas com os

concorrentes ou organizações da indústria?

Como as estratégias e prioridades de CSR são

estabelecidas e comunicadas? Como são integradas

aos processos de tomada de decisões e aprovação

(ex., orçamentos, dotações, fusões, aquisições e joint

ventures, avaliação de desempenho e bônus,

treinamento de liderança e relações com as partes

interessadas)? O que é priorizado quanto há

objetivos concorrentes?

A estrutura organizacional das responsabilidades e

autoridade de CSR está documentada para todos os

elementos? Os cargos responsáveis estão ocupados

por indivíduos experientes e qualificados?

A organização é signatária de normas voluntárias de

desempenho? Por quê, ou por que não? As normas

foram adotadas pela gerência ou pelo conselho?

Como elas são integradas nas práticas de gestão?

Como a conformidade é monitorada na organização?

As normas incluem:

AccountAbility AA1000 – normas com base

em princípios, que fornecem a base para

melhorar o desempenho de sustentabilidade

das organizações.

Amnesty International – focada em proteger e

defender os direitos humanos no mundo

todo.

Princípios CERES – 10 princípios que

cobrem as principais preocupações

ambientais.

Clean Clothes Campaign (Código de

trabalho) – tem a intenção de melhorar as

condições de trabalho nas indústrias de

vestimenta e roupas esportivas.

Electronic Industry Code of Conduct (EICC)

– normas para trabalho, saúde, segurança e o

ambiente na produção e na cadeia de

fornecimento.

Eco-management and Audit Scheme (EMAS)

da European Commission – reporte público

sobre desempenho ambiental.

Eurosif Transparency Guidelines.

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

www.iiabrasil.org.br / 13 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Ethical Trading Initiative – busca melhorar

as vidas dos trabalhadores nas cadeias de

fornecimento globais.

Base Code – melhores práticas em códigos

de conduta.

Fair Labor Association (FLA) – busca

melhorar as condições de trabalho.

Código de conduta do local de trabalho.

Global Reporting Initiative 2002 – apresenta

diretrizes de reporte internacionais.

Global Sullivan Principles of Social

Responsibility – princípios que

incentivam que as empresas apoiem a

justiça econômica, social e política.

Greenhouse Gas Protocol Initiative, da

Câmara de Comércio Internacional.

Estatuto de negócio para desenvolvimento

sustentável.

Green-e – programa de proteção

independente ao consumidor para a

venda de energia renovável e reduções

das emissões de gás de efeito estufa no

mercado do varejo.

Imagine Canada – conhecimento

avançado e relacionamentos para

promover organizações de caridade e

sem fins lucrativos eficazes e

sustentáveis.

Ethical Program – normas de arrecadação de

fundos e contabilidade financeira.

Caring Company Program – oferece

orientações e normas que ajudam os

membros a se tornarem melhores cidadãos

corporativos.

Interfaith Center on Corporate

Responsibility (ICCR).

International Labor Organization

Conventions (ILO Tripartite

Convention) – 28 recomendações

relacionadas a empreendimentos

multinacionais e políticas sociais.

Protocolo de Kyoto.

OECD Guidelines for Multinational

Enterprises – abordam uma ampla

variedade de questões de

responsabilidade.

Estrutura e princípios Natural Step.

Convenção para combater suborno.

Princípios de governança corporativa.

Iniciativa Responsible Care (indústria

química).

Declaração do Rio de Janeiro sobre

Ambiente e Desenvolvimento – o

direito das pessoas ao desenvolvimento.

Os signatários têm a responsabilidade

de salvaguardar o ambiente.

Social Accountability 8000 – uma

norma global para tornar os locais de

trabalho mais humanos.

Nações Unidas.

Universal Declaration of Human Rights e

instrumentos relacionados.

UN Global Compact.

Climate Neutral Network.

Principles for Responsible Investment.

Voluntary Principles on Security and

Human Rights – princípios de direitos

humanos e segurança nas indústrias da

mineração e petróleo.

Worldwide Responsible Apparel

Production (WRAP) – 12 normas de

práticas de trabalho, condições das

fábricas e conformidade ambiental e

alfandegária.

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

www.iiabrasil.org.br / 14 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Como a organização gerencia a conformidade com as

leis locais e internacionais?

Sua organização atende as normas exigidas para

inclusão em fundos de investimento ambiental ou

social? Por quê, ou por que não? Agências de

triagem incluem:

Dow Jones Sustainability World Index

(DJSI).

Morningstar Socially Responsible

Investment Index.

FTSE 4 Good Global Indexes.

EIRIS – Ethical Investment Research

Services.

Jantzi Social Index.

A atividades de CSR – principalmente as ambientais

e de direitos humanos – de relações externas de

negócio podem impactar a reputação da

organização? Se sim, então os contratos devem

incluir termos e condições de desempenho de CSR e

a conformidade deve ser testada. A atividade de

auditoria interna pode estar envolvida em tais testes

ou receber relatórios sobre os resultados dos testes

conduzidos por outros.

As atividades de CSR de clientes podem impactar a

reputação da organização? A organização poderia se

abster de vender produtos a organizações com

práticas irresponsáveis ou insustentáveis? Ela

oferece programas para incentivar ou facilitar que os

clientes sejam responsáveis com seus produtos?

Quão bem são controlados os mecanismos em

prática para captura de informações de CSR e

desenvolvimento e reporte de métricas de

desempenho? Quais planilhas são usadas e há

controles adequados de planilhas para garantir

informações completas, precisas e oportunas?

Se sua organização publica um relatório de CSR:

O processo de divulgação para resultados de

CSR é tão rigoroso quanto para reporte

financeiro?

Ele contém mensagens claras, alinhadas com

a visão e compromissos da empresa?

Ele contém um relatório balanceado (isto é,

o bom e o ruim), métricas de desempenho e

tendências?

Ele ajuda o leitor a entender as questões e as

responsabilidades da organização?

Como o programa de CSR da organização se

compara com outros?

Ele concorreu a prêmios, tais como o

Asian CSR Awards, o Arabian CSR

Awards, China CSR Awards e o

International Community Service Award

concedido pelo Business Civic

Leadership Center da Câmara de

Comércio americana? Ele recebeu

reconhecimento em outros programas

de benchmarking, tais como o Corporate

Equality Index da Human Rights

Campaign, o “Top Shareholder-Friendly

Companies” da Institutional Investor,

Global Challenges Index, Pegasus

Corporate Social Responsibility Awards,

TERI Corporate Awards ou revista

Ethisphere?

Qual a qualidade do relatório de CSR?

Ele foi usado como referência de

benchmarking por organizações

independentes tais como o CSR Awards

da PR News, Carbon Disclosure

Leadership Index, CERES ou Stratos

Inc.?

A organização pediu feedback? O que o

feedback dizia e qual foi a resposta da

organização?

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

www.iiabrasil.org.br / 15 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Anexo A – Auditoria por Elemento Com esta abordagem de auditoria, considere como a

conformidade com as leis, regulamentos e obrigações

contratuais é gerenciada para todos os elementos.

Governança

Os membros do conselho têm informações

suficientes e relevantes para desempenhar

seus papéis e responsabilidades? Os termos

de referência, pautas e minutas do conselho

são fontes de informação sobre as

responsabilidades de governança e

supervisão do conselho e monitoramento de

CSR? O pacote de informações do conselho

que a gerência envia antes de reuniões exibe

o tipo de informação fornecida para

membros do conselho para monitorar

atividades de CSR? Os orçamentos

aprovados pelo conselho têm recursos

suficientes alocados para alcançar os

objetivos de CSR?

O conselho e a gerência reportam

informações financeiras e não financeiras

confiáveis às partes interessadas?

Ética

Anti-corrupção é a questão ética mais

importante em um contexto de CSR. A

anticorrupção está incluída na avaliação de

riscos, código de conduta e políticas da

organização?

Há um sistema de reporte para as partes

interessadas reportarem preocupações e

alegações de violações éticas? Há sistemas

apropriados de proteção em prática para os

que compartilharem suas preocupações?

Há normas ou protocolos de investigações

em prática para coletar evidências, gerenciar

casos e proteger os direitos das partes

envolvidas na investigação? O processo é

confiável? A análise da causa raiz e melhoria

dos controles fazem parte do processo de

resolução? As ações disciplinares são

apropriadas e consistentes?

Há um processo para divulgação de conflitos

de interesses? A aceitação ou limitações são

documentadas e as condições são

monitoradas?

Quais métodos existem para fornecer

conselhos de ética, treinamento e

conscientização, para ajudar as partes

interessadas a entender os princípios,

processos e a aplicação prática do Código de

Conduta da organização?

As mensurações e métricas de desempenho

do programa de ética são mantidas e

reportadas? O benchmarking e a análise de

tendências são conduzidos e reportados à

alta administração e ao conselho?

Ambiente

As avaliações de impactos sociais e

ambientais são conduzidas:

Como parte dos programas de

gerenciamento de riscos?

Como parte dos processos de tomada de

decisões e aprovação de investimentos?

Elas incluem o risco de conflito?15

As avaliações de valor do ciclo de vida são

feitas para bens e desenvolvimento de

produtos?

Existem processos de aquisição verde ou

socialmente responsável em prática? Como

são monitorados?

15 O risco de conflito existe quando guerras, agitação civil, agitação trabalhista ou ativismo podem impedir o atingimento das metas e objetivos da organização, incluindo metas de CSR. Em uma avaliação de impacto de risco de conflito, a organização analisa as características de um investimento proposto e os impactos potenciais (negativos e positivos, intencionais e não intencionais) que ele pode ter sobre tensões na região ou comunidade.

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

www.iiabrasil.org.br / 16 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Os incidentes são reportados, gerenciados e

resolvidos apropriadamente?

As mensurações e métricas de desempenho

do programa ambiental são mantidas e

reportadas? O benchmarking e análise de

tendências também são conduzidos e

reportados à alta administração e ao

conselho?

Os resultados de auditorias – internas,

regulatórias e externas – são revisados e os

compromissos são monitorados e

acompanhados até sua conclusão?

Os conceitos de reduzir, reutilizar e reciclar

são integrados nas operações?

As avaliações de riscos consideram o ar (gás

de efeito estufa e outras emissões, mudanças

climáticas e emissões de carbono), água (uso

e efluente), terra (apropriação, espaços de

recreação, lixo e descarte de resíduos

perigosos, conservação e administração) e

animais (testes de produtos, ecossistemas e

biodiversidade)?

Existem planos de emergência ambiental?

Esses planos garantem o equilíbrio entre a

privacidade de informações pessoais e o

acesso a informações por parte dos

funcionários e da comunidade?

A organização calcula suas emissões de

carbono e tem programas de compensação

em prática? Se sim, os cálculos são precisos

e completos e as estratégias são eficazes?

Transparência

A organização gerencia as informações das

partes interessadas apropriadamente,

garantindo o equilíbrio entre a privacidade

das informações pessoais e o acesso à

informação?

A responsabilidade é um princípio

claramente declarado e é demonstrado em

um reporte equilibrado dos fracassos e

sucessos?

Há controles eficazes de divulgação para

garantir o reporte justo, consistente e

oportuno?

A organização segue normas apropriadas de

contabilidade?

Existem políticas e práticas de envolvimento

das partes interessadas?

As políticas relativas a CSR estão disponíveis

para o público (ex., no site)?

Há um plano de gestão de crises que inclua

a comunicação com as partes interessadas?

Saúde e Segurança

Avaliações de riscos de saúde e segurança

são feitas como parte da tomada de decisões

sobre investimentos, do desenvolvimento de

produtos e de processos de aprovação? Elas

incluem o risco de conflito e violência no

local de trabalho?

Os programas de gestão de saúde e

segurança estão inclusos nos processos de

aquisição? Como são monitorados?

Os incidentes são reportados, comunicados,

gerenciados e resolvidos apropriadamente?

Os resultados das investigações e resoluções

dos incidentes são reportados

apropriadamente com o reconhecimento da

proteção das informações pessoais?

As mensurações e métricas de desempenho

do programa de saúde e segurança são

mantidas e reportadas? O benchmarking e

análise de tendências também são

conduzidos e reportados à alta administração

e ao conselho?

Os resultados das auditorias – internas,

regulatórias e externas – são revisados e os

compromissos são monitorados e

acompanhados até sua conclusão?

As partes interessadas recebem informações

suficientes para tomar decisões informadas

quanto aos riscos de saúde e segurança?

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

www.iiabrasil.org.br / 17 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

As partes interessadas recebem treinamentos

e equipamentos suficientes para trabalhar

com segurança?

Existem programas de segurança dos

produtos (durante o ciclo de vida do

produto) e de recall em prática?

Há um programa de administração de

produtos abrangente para avaliar e minimizar

os riscos dos produtos do início ao fim

(avaliação de valor do ciclo de vida)?

Direitos Humanos e Condições de

Trabalho

A compensação considera pagamentos

justos, salários mínimos e oportunidades de

emprego?

A organização tem um programa de

segurança e considerou os direitos humanos

ao desenvolver e implementar medidas de

segurança, especialmente em regiões de

conflito?

Há políticas e programas eficazes para

prevenir e gerenciar discriminação e assédio?

Quais normas de trabalho estão em prática

(trabalho infantil, trabalho forçado, horas de

trabalho, igualdade de emprego e

diversidade)?

A organização aceita a liberdade de

associação e o direito de negociação coletiva

para os funcionários?

Há uma avaliação de risco de conflito e

impacto? Como o conflito é gerenciado? Há

um plano de gestão de crises?

Há um sistema de gestão de reclamações

para que problemas sejam reportados,

investigados e resolvidos?

Existem práticas de aquisição socialmente

responsável? Se sim, como são monitoradas?

Investimento Comunitário

Quais práticas de filantropia (doações e

ações de caridade) estão em prática e como

as decisões são tomadas? Um exemplo

poderia ser a adoção de normas de “doação”

voluntária (ex., o programa Imagine no

Canadá, nos quais os signatários doam 1 por

cento dos lucros todo ano).

O custo e benefícios das fundações foram

considerados (ex., benefícios tributários,

doações focadas)?

A organização distingue o custo/benefício de

patrocínios em comparação com a

filantropia?

A organização incentiva o voluntariado?

Quais programas estão em prática?

A organização facilita a filantropia de

funcionários ou clientes, ou contribui com a

filantropia de funcionários ou clientes?

Avaliações de impacto social e ambiental são

feitas? Como as partes interessadas estão

envolvidas nessas avaliações?

Há um sistema de reclamações para que a

comunidade reporte problemas ou

preocupações? As reclamações são

gerenciadas e resolvidas com eficácia?

Há cotas ou esforços similares para apoiar os

fornecedores locais, nativos ou de interesses

especiais?

Foram estabelecidas parcerias estratégicas

dentro da comunidade?

Como a organização contribui para o

desenvolvimento econômico local (ex.,

compras nos mercados locais e regionais;

educação e treinamento local para reduzir

desemprego; infraestrutura de apoio que a

presença da organização possa enfatizar)?

Como as estratégias de investimento

comunitário são mensuradas, monitoradas e

avaliadas? Por quem?

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

www.iiabrasil.org.br / 18 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Anexo B – Auditando por Grupo de Partes Interessadas Ao usar esta abordagem de auditoria, considere

como a conformidade com leis, regulamentos e

obrigações contratuais é gerenciada para todos os

elementos.

Funcionários e suas Famílias

Voluntariado.

Facilitação da filantropia de funcionários ou

clientes, ou contribuição com a filantropia

de funcionários ou clientes.

Saúde e segurança no ambiente de trabalho

e em casa.

Pagamento justo e pronto, salários mínimos

e oportunidades de emprego.

Discriminação e assédio.

Normas de trabalho (trabalho infantil,

trabalho forçado, horas de trabalho,

igualdade de emprego e diversidade).

Liberdade de associação e o direito de

negociação coletiva.

Privacidade das informações pessoais; acesso

à informação.

Envolvimento e respeito ao povo nativo.

Metodologia da avaliação de risco de conflito

e impacto.

Sistemas de gestão de reclamações.

Alternativas a demissões e cortes na equipe.

Um modelo claro de negócio para mão-de-

obra terceirizada.

Disponibilidade de um recurso ou indicação

para aconselhamento confidencial.

Satisfação dos funcionários.

Religião no local de trabalho.

O Ambiente

(Veja Anexo A – Ambiente)

Envolvimento ambiental das partes

interessadas / envolvimento de organizações

não governamentais (ONGs).

Clientes

Facilitação da filantropia de funcionários

e/ou clientes ou contribuição com a

filantropia de funcionários e clientes.

Processos de segurança e recall de produtos.

Privacidade de informações pessoais; acesso

à informação.

Discriminação e assédio.

Envolvimento e respeito ao povo nativo.

Publicidade justa e de imagem apropriada

(transparência e honestidade).

Anticorrupção (concorrência justa, suborno

e conflito de interesse).

Sistema de gestão de reclamações; satisfação

do cliente.

Fornecedores

Preços e termos de pagamento justos.

Programas de capacitação local.

Privacidade de informações pessoais; acesso

à informação.

Discriminação e assédio.

Envolvimento e respeito ao povo nativo.

Anticorrupção (suborno, conflito de

interesse e concorrência justa).

Sistema de gestão de reclamações; satisfação

do fornecedor.

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

www.iiabrasil.org.br / 19 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Incorporação dos valores sociais, de saúde,

segurança e ambientais nas decisões de

compras.

Auditorias de fornecedores, incluindo a

revisão dos termos e condições de CSR.

Comunidades Vizinhas

Filantropia (doações e ações de caridade).

Programas de operações seguras e resposta

de emergência.

Relações com a comunidade, satisfação da

comunidade.

Programas de capacitação local.

Parcerias para desenvolver habilidades e

custo-eficácia com negócios locais.

Programas de apoio econômico local.

Privacidade de informações pessoais; acesso

à informação.

Envolvimento e respeito ao povo nativo.

Metodologia da avaliação de risco de conflito

e impacto.

Sistema de gestão de reclamações.

Projetos de qualidade de vida comunitária.

Buscar equilibrar o impacto do negócio

e criar comunidades nas quais os

funcionários e seus vizinhos sintam-se

felizes de morar. Isso inclui parques,

campanhas de caridade, etc.

Educação comunitária.

Acionistas e Investidores

Otimizar efeitos de doações e patrocínios.

Eficácia tributária, conformidade legal.

Oportunidades de branding.

Privacidade de informações pessoais; acesso

à informação.

Responsabilidade e transparência.

Controles de divulgação – ao público e aos

investidores.

Conformidade com regulamentos sobre

valores mobiliários, incluindo boa

governança.

Estratégias de sustentabilidade de longo

prazo.

Conformidade com normas de

contabilidade.

Direitos dos acionistas.

Anticorrupção (suborno, conflito de

interesse, representação indevida e

conformidade).

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www.iiabrasil.org.br / 20 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Anexo C – Teoria de Partes Interessadas Na visão tradicional da firma – a visão dos acionistas

(a única reconhecida no direito comercial na maioria

dos países) –, os acionistas são os proprietários da

empresa e a firma tem a obrigação fiduciária de

colocar suas necessidades em primeiro lugar para

agregar valor para eles.

Em modelos mais antigos de entrada-saída da

corporação, a firma converte as entradas dos

investidores, funcionários e fornecedores em saídas

usáveis (vendáveis) que os clientes compram,

portanto devolvendo parte do benefício capital à

empresa. Neste modelo, a empresa aborda apenas as

necessidades e desejos destas quatro partes:

investidores, funcionários, fornecedores e clientes.

No entanto, a teoria das partes interessadas, ou

stakeholders, argumenta que há outras partes

envolvidas, incluindo órgãos governamentais, grupos

políticos, associações de comércio, funcionários em

potencial, clientes em potencial e o público como

um todo. Às vezes, até mesmo os concorrentes são

vistos como partes interessadas.

Cada parte interessada tem algum interesse especial

que será impactado pelas operações de uma

organização e, portanto, fará exigências sociais ou

legais. Como a organização escolhe agir influenciará

a resposta da parte interessada. Construir

relacionamentos e confiança mútua é uma

consideração importante para sustentabilidade.

O envolvimento das partes interessadas é um

processo formal de gestão de relacionamentos. A

teoria do envolvimento sugere que a gerência está

em uma melhor posição para agir se ouvir, primeiro,

os problemas e ideias dos stakeholders, tomar o

melhor caminho alinhado com seus princípios e

objetivos, envolver as partes interessadas no

monitoramento do progresso e reportar

periodicamente. A organização deve determinar

quem são suas partes interessadas primárias, aquelas

com as quais o envolvimento é importante para a

organização.

“Companhias que desenvolvem relacionamentos

fortes e mutuamente benéficos com os stakeholders

também tendem a usufruir de um desempenho

financeiro melhorado.”16

16 Fonte: Boston College, conforme citado em http://www.interpraxis.com/stakeholderengagement.htm

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www.iiabrasil.org.br / 21 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Anexo D – Recursos Adicionais

Para mais informações sobre auditorias de ética e

conformidade, mensurações e métricas, consulte o

Open Compliance and Ethics Group no site

www.oceg.org.

A Global Reporting Initiative é uma norma de

reporte ao público: www.globalreporting.org.

Orientações do IIA

Guia Prático: Auditando Relacionamentos

Externos de Negócios.

Guia Prático: Formulando e Expressando

Opiniões de Auditoria Interna.

Prática Recomendada 2130.A1-2: Avaliando

a Estrutura de Privacidade de uma

Organização.

“Managing the Business Risk of Fraud, A

Practical Guide”.

Seminário do IIA: Evaluating Organizational

Ethics.

Seminário do IIA: Evaluating Social

Responsibility and Sustainable Development.

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

www.iiabrasil.org.br / 22 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Membros da Equipe do Guia Prático: Lynn C. Morley, CIA

Carlos Reyes Balza, CIA

David W. Zechnich, CIA

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IPPF – Guia Prático Avaliando a Responsabilidade Social Corporativa/o Desenvolvimento Sustentável

www.iiabrasil.org.br / 23 Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de:

Sobre o Instituto

Fundado em 1941, The Institute of Internal Auditors

(IIA) é uma associação profissional com sede global

em Altamonte Springs, Fla., EUA. O IIA é a voz da

profissão de auditoria interna em todo o mundo,

autoridade reconhecida, líder valorizado, advogado

chefe e principal educador.

Sobre os Guias Práticos

Os Guias Práticos são uma declaração do IIA para

auxiliar uma grande variedade de partes interessadas,

incluindo aquelas que não pertençam à profissão da

auditoria interna, a entender questões significantes

de governança, riscos ou controle e a delinear os

papéis e responsabilidades relacionados dos

auditores internos quanto a uma questão

significante. Os Guias Práticos fazem parte da

Estrutura Internacional de Práticas Profissionais

(IPPF) do IIA. Como parte da categoria de

orientação Fortemente Recomendada, a

conformidade não é obrigatória, mas é altamente

recomendada, e a orientação é endossada pelo IIA

por meio de processos formais de revisão e

aprovação. Para mais materiais de orientação

fidedignos fornecidos pelo IIA, visite nosso website:

www.iiabrasil.org.br ou www.theiia.org

Isenção de Responsabilidade

O IIA publica este documento para fins informativos

e educacionais. Este material de orientação não tem

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