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OPINIÃO DO PASSAGEIRO FLAP INTERNACIONAL 52 AV86: Guarulhos-Bogotá Manhã de dia feriado em São Paulo. Mar- ginais e avenidas ainda vazias por volta das 6h00 da manhã. Com a falta de tráfego pesado ajudando, apresentei-me exatamente duas horas antes da partida do voo AV86 rumo a Bogotá, programada para as 8h35. O check-in foi muito rápido e cortês, com notável simpatia por parte do atendente, sobretudo para aquele horário. Não havia fila no raio X e tampouco na imigra- ção, de modo que em pouco tempo dirigi-me à sala VIP da Delta Air Lines, que para este serviço é parceira da Avianca. Tive tempo de saborear sanduíches frios, salada de frutas, suco natural e café, pois não havia feito meu desjejum. Pouco tempo depois, os passageiros da classe executiva foram convidados ao embarque na aeronave estacionada no portão 13 do Terminal 1. Fui um dos primeiros a entrar na aeronave, matrícula N969AV, que simplesmente estalava de nova, pois fora recebida pela empresa colombiana em 29 de maio de 2009. O N969AV faz parte de uma frota de reluzentes e novos A330-200 que estão substituindo gradativamente os Boeing 767-200, 300ER e 757-200 nas rotas de longo curso da companhia. Bem-vindo a bordo do A330-200 da Avianca, o novo orgulho da frota de uma das mais antigas empresas aéreas da América Latina. No ano seguinte em que a companhia colombiana completou nove décadas de existência, experimentamos a classe executiva em uma viagem de ida e volta, sem escalas, entre o Brasil e o hub principal da companhia, no Aeroporto El Dorado, em Bogotá. Texto e fotos: Gianfranco Beting AV86 GRU-BOG AV85 BOG-GRU Recebido com simpatia, fui levado ao meu assento, 1A, primeira fileira no lado esquerdo. As três profissionais trabalhando nas cabines dianteiras acomodaram de forma muito amável os 17 passageiros que ocuparam os 18 assentos disponíveis na cabine dianteira. Há duas cabines de classe executiva na Avianca: esta, a principal, com três fileiras de seis assentos em cada; a ou- tra, atrás das portas P2, com mais 12 assentos dispostos em duas fileiras. Logo as comissárias passaram oferecendo drinques de boas-vindas, cardápios, necessaires e formulários de imigra- ção para todos os passageiros. No total, 148

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O P I N I Ã O D O PA S S A G E I R O

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AV86: Guarulhos-BogotáManhã de dia feriado em São Paulo. Mar-

ginais e avenidas ainda vazias por volta das 6h00 da manhã. Com a falta de tráfego pesado ajudando, apresentei-me exatamente duas horas antes da partida do voo AV86 rumo a Bogotá, programada para as 8h35. O check-in foi muito rápido e cortês, com notável simpatia por parte do atendente, sobretudo para aquele horário. Não havia fi la no raio X e tampouco na imigra-ção, de modo que em pouco tempo dirigi-me à sala VIP da Delta Air Lines, que para este serviço é parceira da Avianca. Tive tempo de saborear

sanduíches frios, salada de frutas, suco natural e café, pois não havia feito meu desjejum. Pouco tempo depois, os passageiros da classe executiva foram convidados ao embarque na aeronave estacionada no portão 13 do Terminal 1. Fui um dos primeiros a entrar na aeronave, matrícula N969AV, que simplesmente estalava de nova, pois fora recebida pela empresa colombiana em 29 de maio de 2009. O N969AV faz parte de uma frota de reluzentes e novos A330-200 que estão substituindo gradativamente os Boeing 767-200, 300ER e 757-200 nas rotas de longo curso da companhia.

Bem-vindo a bordo do A330-200 da Avianca,

o novo orgulho da frota de uma das mais

antigas empresas aéreas da América Latina. No

ano seguinte em que a companhia colombiana

completou nove décadas de existência, experimentamos

a classe executiva em uma viagem de ida e

volta, sem escalas, entre o Brasil e o hub principal da companhia, no Aeroporto

El Dorado, em Bogotá.

Texto e fotos: Gianfranco Beting

AV86 GRU-BOGAV85 BOG-GRU

Recebido com simpatia, fui levado ao meu assento, 1A, primeira fi leira no lado esquerdo. As três profi ssionais trabalhando nas cabines dianteiras acomodaram de forma muito amável os 17 passageiros que ocuparam os 18 assentos disponíveis na cabine dianteira. Há duas cabines de classe executiva na Avianca: esta, a principal, com três fi leiras de seis assentos em cada; a ou-tra, atrás das portas P2, com mais 12 assentos dispostos em duas fi leiras. Logo as comissárias passaram oferecendo drinques de boas-vindas, cardápios, necessaires e formulários de imigra-ção para todos os passageiros. No total, 148

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passageiros a bordo, mais 11 tripulantes, sendo três deles técnicos.

Portas fechadas, às 8h27, oito minutos antes do ETD, o trator empurrou o A330 para um pátio cheio de atividade em Guarulhos. Os dois motores Rolls-Royce Trent 772B-60 ganharam vida, girando em idle power. Potência suavemente aplicada, o A330 moveu-se às 8h32 rumo à cabeceira 09R, alinhando sem encontrar à sua frente qualquer tráfego. Potência de decolagem aplicada, o A330 iniciou sua corrida de decolagem com ímpeto às 8h37. Parecia pesado para enfrentar as 5 horas e 30 minutos de voo até o Aeroporto El Dorado. Nossas velocidades foram (V-1, V-R e V-2) respec-tivamente 145, 146 e 151 nós. O peso máximo de decolagem (MTOW) deste A330 é de 233 toneladas, mas nesta operação estávamos bem abaixo disso, com apenas 184,4 toneladas. Carre-

gávamos 35,2 toneladas de Jet A-1 nos tanques. O A330-200 consome em média 5.020 quilos de combustível por hora de voo. O combustível sempre levado a mais é carregado para permitir uma operação segura até o aeroporto de destino ou seu alternado (nesse caso, Cali), mais espera e previsão para tráfego e condições meteorológi-cas. Quem define quanto a mais é levado são os pilotos, antes de cada voo.

Executamos a subida por instrumentos Con-gonhas Uno, com transição Sorocaba. Após a partida, uma larga curva ascendente à direita nos colocou sobre o centro àquela hora praticamente deserto de São Paulo. Lá fora, alguma neblina e nuvens baixas emolduravam os motores à medida que a altitude e a velocidade de cruzeiro iam sendo conquistadas. Com pouco mais de 25 minutos, estabilizamos a 40 mil pés e a uma velocidade

de Mach 0,81, considerada econômica para esta etapa de 4.326 quilômetros. Nossa velocidade em relação ao solo (Ground Speed ou GS), já consi-derando o efeito relativo do vento à aeronave, era de 440 nós.

A simpática tripulação da Avianca não perdeu tempo e iniciou o serviço de café da manhã. Em minutos uma bandeja foi colocada à minha frente. Uma salada de frutas frescas, três tipos de pães, bebidas quentes e frias a escolher e duas opções de pratos quentes: omelete com linguiça ou quiche de queijo com peito de frango marinado. Boa apresentação e muito saborosa de forma geral. Durante toda a refeição, as profissionais da Avianca passaram várias vezes certificando-se de que tudo ia bem.

Retiradas as bandejas, era hora de examinar o sistema de entretenimento de bordo. A tela in-

dividual de 10 polegadas é excelente e o sistema de programação on demand surpreendeu positiva-mente. Intuitivo, cheio de opções de jogos, vídeos de curta e longa metragem, agradou bastante. A seleção de longas em especial: uma delas, bati-zada de “Oscar 2009”, apresentava os principais filmes laureados na famosa premiação. Assisti a Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino, tirando um pouquinho do meu atraso em relação às últimas produções cinematográficas. Também aproveitei para examinar a Avianca En Revista, a publicação de bordo da empresa, que me pareceu correta no tocante à produção, impressão e linha editorial.

Pouco depois, as comissárias passaram ofere-cendo artigos do duty-free e, a seguir, cuidaram de fechar as cortinas das janelas e verificar se mais alguém teria alguma necessidade especial. Apesar de adorar o filme, o escurinho da cabine e as três

A espaçosa e moderna cabine de comando, visitada ainda em solo em GRU.

O A330-200 tem se mostrado muito versátil na malha da Avianca.

A poltrona, aqui vista na posição de reclinação máxima, converte-se praticamente em um leito.

O sistema de entretenimento é excelente e tem tecnologia on-demand.

A qualidade dos mapas do sistema AirShow impressionou.

A Avianca optou pelos econômicos motores Rolls-Royce Trent para seus A330.

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horas de sono da noite anterior cobraram seu pre-ço. Momento perfeito para testar a poltrona-leito da classe executiva. Ao toque de um botão, elas se convertem em pequenos leitos. E são muito con-fortáveis, embora não reclinem 180 graus como em algumas das novas classes executivas. Ainda assim, em comparação com o antigo padrão dos 767 e 757, a novidade é muito bem-vinda. Não apenas são bastante confortáveis, como garantem boa privacidade. E o que mais me agradou: todas têm painéis de pontos de força que permitem conectar qualquer gadget eletrônico ou laptop com diferentes soquetes.

Dei um pulo no banheiro e me surpreendi com tantas flores (presentes também nas bandejas de refeições) e motivo de justificado orgulho na Co-lômbia. Em seguida, “apaguei” e dormi por uma hora. Acordei descansado. Lá fora, um teimoso

manto de nuvens obscurecia a visão do solo. Então, antes da chegada, um saboroso sanduíche quente de peito de peru foi oferecido, acompanhado de bebidas a escolher, além de um surpreendente e simpático bombom Sonho de Valsa.

Iniciamos a descida com pouco mais de cinco horas de voo. Manobramos seguindo a chegada por instrumentos Soacha Uno e cruzamos a ca-beceira com uma V-Ref de 127 nós. Segundos depois, um flare suave, e cravado às 12h00, hora local, ou 14h00, hora de Brasília, o comandante colocou as rodas principais do A330 de forma imperceptível em contato com a pista 13R, em um pouso tecnicamente perfeito. Terminamos a parte aérea do Avianca 86 completando o trajeto em 5 horas e 23 minutos. As malas não demora-ram a sair e pouco depois ganhava a calçada em frente ao terminal.

AV85: Bogotá-GuarulhosApresentei-me no Terminal Internacional do

Aeropuerto El Dorado às 19h30. Após um ágil e descomplicado check-in, fui para a sala VIP da Avianca aguardar a hora da partida de nosso voo de regresso ao Brasil, o AV85. A sala VIP é ampla e confortável, melhorando muito a experiência total da viagem. O embarque dos 150 passageiros no portão 2 foi organizado, a despeito das velhas instalações do terminal. Em minutos, ocupei minha poltrona, 1K, na primeira fileira da classe executiva do N973AV, o mais novo dos A330-200 na frota, entregue à Avianca em 7 de dezembro de 2009. Nosso horário publicado de partida era 21h36, com chegada prevista a Guarulhos às 5h31.

A tripulação do comandante Adolfo Ibañez, que tinha por chefe de cabine o sr. Jorge Otalora, ofereceu um drinque de boas-vindas e logo depois

passou distribuindo o necessaire, os cardápios, a manta e o travesseiro (muito bem embalados, como na ida) e certificando-se de que tudo estava certo para a partida. Fomos rebocados para o pátio às 21h34 e o motor 1 acionado. Quando tudo pare-cia (e estava) pronto para a partida, aí ocorreu um considerável atraso: um 757 da própria companhia foi rebocado na nossa frente e, com os pátios congestionados, impediu o início de nosso táxi. Afinal, quando finalmente tivemos nosso caminho liberado e efetivamente taxiamos, já eram 21h56 e a pista 13L, de onde partiríamos, foi considerada fechada para decolagens, como ocorre todos os dias às 22h00. Tivemos de mudar de pista e então rumamos para a 31R, em cumprimento à saída Aname 2B. Do total de 150 passageiros, somente 13 estavam na executiva e metade dos assentos desocupados na econômica, que neste A330 está

Em geral, muito boa a qualidade dos materiais impressos da companhia colombiana.

O café da manhã servido no AV86 estava satisfatório.

A delicadeza de um laço nas cobertas.

Recém-chegado de Madri, o N973AV é preparado para voar durante a madrugada rumo ao Brasil.

Muito confortável e bem equipada a sala VIP da empresa em Bogotá.

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configurada com 252 poltronas, sendo 222 delas na classe econômica.

Em função de sua carga relativamente leve de passageiros, o voo 85 partiria abaixo do peso máximo da decolagem, que é de 209,3 toneladas quando partindo de Bogotá. Embora o MTOW do A330-200 seja mesmo de 233 toneladas, ele só pode decolar da capital colombiana com 209.300 quilos em função de dois fatores: altitude de Bo-gotá, que degrada o desempenho operacional de qualquer aeronave, e o outro fator curioso são as montanhas que circundam a cidade. O cálculo de peso máximo deve levar em consideração que a aeronave seja capaz de voar acima das montanhas em uma subida monomotor.

Bem, de toda forma, partimos com 182 to-neladas, levando 37.000 quilos de combustível. A expectativa seria pousar em GRU com 10.300 quilos remanescentes. O comandante Ibañez co-locou um pouco mais de Jet A-1 nos tanques em função das condições de tempo em Guarulhos: teto baixo e chuva nos esperavam na chegada. Nosso alternado era Confins.

Depois destes imprevistos na partida, alinha-mos na pista 31R e a autorização para decolagem veio às 22h05. Os dois motores Trent foram acele-rados em regime de derated power para preservar os motores e, mesmo assim, o A330 não encontrou dificuldade para ganhar altura. Nossa V-1 foi de 144, nossa V-R de 145, rodando suavemente e subindo com uma V-2 de 150 nós. Trens em cima, o A330 negociou sua saída em meio ao tráfego aéreo de Bogotá naquela hora de pico.

Estabilizamos a 37 mil pés e a tripulação de cabine iniciou o serviço de jantar. Examinei o car-dápio: de entrada, filés de lombo de porco com molho de framboesas. Depois, duas opções de prato: ragu bovino com batatas crioulas e vegetais assados; peito de frango defumado com molho de queijo, vegetais e arroz. Fiquei na primeira opção e estava correta. Havia duas opções de sobreme-sas (uma típica colombiana) e mais um pequeno prato de frutas e queijos, que acompanhei com uma dose de Bailey’s on-the-rocks. Bebidas: a carta mostrava duas opções de vinhos brancos (Trivento Chardonnay e Casillero del Diablo Sauvignon) e duas de tintos – Trivento (Argentina) Cabernet e Trio (Chile) Merlot. O champanhe era um Concha y Toro Brut. Havia ainda vários coquetéis, uísque Johnnie Walker Black e vodca Absolut.

Exausto pelos dias anteriores, estiquei-me na poltrona e embarquei em um sono profundo e repa-rador, ainda que curto. Acordei com a aeronave em aproximação, sem nem ter tempo para aproveitar

Avaliação: as notas vão de 0 a 10 1- Reserva: nota 10Sem dificuldades e, com o e-tkt, tudo ficou rápido e fácil.

2- Check-in: nota 10Sem fila e com tratamento muito simpático.

3- Embarque: nota 7Eficiente e sem problemas no Brasil, mas desorganizado em Bogotá.

4- Assento: nota 8Pitch ótimo e conforto. Muito bom. Excelente painel eletrônico garantindo total conectividade.

5- Entretenimento: nota 9Sistema moderno com ampla oferta de seleção musical, games e vídeos. Fone de ouvido muito bom.

6- Serviço dos comissários: nota 10Perfeitos, impecáveis, como há muito não via. Jorge Ota-lora, o purser no voo de volta, merece um destaque por sua atitude, uma mescla perfeita de simpatia e profissio-nalismo.

7- Refeições: nota 6Padrão correto nos dois voos, mas sem nenhum desta-que, sendo melhor o originário em GRU.

8- Bebidas: nota 5Corretas, ok, mas sem muito brilho, sobretudo na seleção de vinhos.

9- Necessaire: nota 6Bem básico… Mas melhor do que nada!

10- Desembarque: nota 10Ágil, descomplicado, malas entregues rapidamente.

11- Pontualidade: nota 10Saída e chegada no horário na ida, apesar do atraso na partida da viagem de volta.

Nota final: 8,27

Comentário final: já havia voado antes na empresa colombiana – na classe econômica de um MD-80 entre Bogotá e Miami – e havia ficado favoravelmen-te impressionado. Nestes dois voos, encontrei um atendimento extremamente cortês, experimentei uma operação pontual, estiquei-me em uma confortável poltrona-leito, curtindo um sistema de entreteni-mento moderno, a bordo de aeronaves novinhas em folha. Operando diariamente com elevados níveis de ocupação na linha Brasil-Colômbia, a Avianca, agora oficialmente unida com a Taca, completou em 5 de dezembro de 2009 nada menos que 90 anos de vida. Só posso concluir que esta nonagenária está muito lúcida e enxutinha, pronta para continuar sua longeva carreira em voos cada vez mais altos.

a oferta de café da manhã. Naquele momento, já havíamos abandonado a nossa altitude final de cruzeiro, 41 mil pés, e não mais mantínhamos Mach 0,81, a velocidade econômica de cruzeiro do A330. Os motores haviam sido trazidos para marcha lenta e o N973AV voava com seu nariz apontado para baixo.

Lá fora, era noite fechada ainda, com as pri-meiras luzes do dia insinuando-se entre pesadas formações. O tráfego de chegada em Guarulhos era intenso. Efetuamos a STAR Pira 5 para a pista 09R após evitar algumas formações e pousamos suavemente às 5h30, cruzando a cabeceira com uma V-Ref de 131 nós. Estacionamos no terminal 1, no portão G00, concluindo o voo AV85 em 5 horas e 25 minutos.

As famosas flores colombianas, presentes a bordo nas bandejas e até mesmo nos banheiros.

Uma das opções de jantar no voo AV85.

O café da manhã é servido com graça e simpatia.

O chefe de cabine, sr. Jorge Otalora, deu um verdadeiro show de profissionalismo e simpatia.As tripulações da Avianca foram simplesmente impecáveis.