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Eugênia Maria Dantas Ione Rodrigues Diniz Morais Organização do Espaço DISCIPLINA A dinâmica entre o global e o local na globalização Autoras aula 04 Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:_______________________________________ VERSÃO DO PROFESSOR VERSÃO DO PROFESSOR

Autoras - PROEAD · viabilizadas pelo meio técnico-científi co-informacional no período da globalização. Focalizaremos, nesta aula, as características do meio técnico-científi

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Eugênia Maria Dantas

Ione Rodrigues Diniz Morais

Organização do EspaçoD I S C I P L I N A

A dinâmica entre o global e o local na globalização

Autoras

aula

04Material APROVADO (conteúdo e imagens)(conteúdo e imagens) Data: ___/___/___

Nome:_______________________________________

VERSÃO DO PROFESSORVERSÃO DO PROFESSOR

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Aula 04  Organização do EspaçoCopyright © 2008 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.

Divisão de Serviços Técnicos

Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”

Governo Federal

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro da EducaçãoFernando Haddad

Secretário de Educação a Distância – SEEDCarlos Eduardo Bielschowsky

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ReitorJosé Ivonildo do Rêgo

Vice-ReitoraÂngela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a DistânciaVera Lúcia do Amaral

Universidade Estadual da Paraíba

ReitoraMarlene Alves Sousa Luna

Vice-ReitorAldo Bezerra Maciel

Coordenadora Institucional de Programas Especiais - CIPEEliane de Moura Silva

Coordenadora da Produção dos MateriaisMarta Maria Castanho Almeida Pernambuco

Coordenador de EdiçãoAry Sergio Braga Olinisky

Projeto GráficoIvana Lima (UFRN)

Revisores de Estrutura e LinguagemEugenio Tavares Borges (UFRN)Janio Gustavo Barbosa (UFRN)Thalyta Mabel Nobre Barbosa (UFRN)

Revisora das Normas da ABNT

Verônica Pinheiro da Silva (UFRN)

Revisoras de Língua Portuguesa

Janaina Tomaz Capistrano (UFRN)Sandra Cristinne Xavier da Câmara (UFRN)

Revisor Técnico

Leonardo Chagas da Silva (UFRN)

Revisora TipográficaNouraide Queiroz (UFRN)

IlustradoraCarolina Costa (UFRN)

Editoração de ImagensAdauto Harley (UFRN)Carolina Costa (UFRN)

Diagramadores

Bruno de Souza Melo (UFRN)Mariana Araújo (UFRN)

Ivana Lima (UFRN)Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN)

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___ Nome:______________________

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Copyright © 2008 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa daUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.

Divisão de Serviços Técnicos

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Governo Federal

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

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ReitorJosé Ivonildo do Rêgo

Vice-ReitoraÂngela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a DistânciaVera Lúcia do Amaral

Universidade Estadual da Paraíba

ReitoraMarlene Alves Sousa Luna

Vice-ReitorAldo Bezerra Maciel

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Coordenadora da Produção dos MateriaisMarta Maria Castanho Almeida Pernambuco

Coordenador de EdiçãoAry Sergio Braga Olinisky

Projeto Gráfi coIvana Lima (UFRN)

Revisores de Estrutura e LinguagemEugenio Tavares Borges (UFRN)Janio Gustavo Barbosa (UFRN)Thalyta Mabel Nobre Barbosa (UFRN)

Revisora das Normas da ABNT

Verônica Pinheiro da Silva (UFRN)

Revisoras de Língua Portuguesa

Janaina Tomaz Capistrano (UFRN)Sandra Cristinne Xavier da Câmara (UFRN)

Revisor Técnico

Leonardo Chagas da Silva (UFRN)

Revisora Tipográfi caNouraide Queiroz (UFRN)

IlustradoraCarolina Costa (UFRN)

Editoração de ImagensAdauto Harley (UFRN)Carolina Costa (UFRN)

Diagramadores

Bruno de Souza Melo (UFRN)Mariana Araújo (UFRN)

Ivana Lima (UFRN)Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN)

Apresentação

Nas aulas anteriores, estudamos a relação homem/natureza e sua importância para a emergência do meio geográfi co. Além disso, discutimos um dos conceitos básicos da Geografi a: o de espaço geográfi co.

Prosseguindo a análise sobre o espaço, iremos abordar um tema de suma importância para entendermos a sociedade atual. Trata-se das relações globais-locais (e vice-versa), viabilizadas pelo meio técnico-científi co-informacional no período da globalização. Focalizaremos, nesta aula, as características do meio técnico-científi co-informacional, o signifi cado do processo de globalização, a relação entre Revolução Técnico-Científi ca e globalização e, nesse contexto, a dinâmica entre o local e o global na atualidade.

ObjetivosCaracterizar o meio técnico-científi co-informacional.

Apreender o signifi cado do processo de globalização.

Entender a relação entre a Revolução Técnico-Científi ca e a globalização.

Compreender a dinâmica das relações entre o local e o global no contexto da globalização.

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Aula 04  Organização do Espaço2 Aula 04  Organização do Espaço

Navegando pelas teias do meio técnico-científi co-informacional e da globalização

Você já parou para pensar como as coisas mudaram nos últimos tempos? Parece que tudo se acelerou e se tornou mais próximo...

Você sabia que, em 1950, um avião cumpria o percurso entre Londres (Inglaterra) e Nova York (EUA) em 18 horas e que, desde 1976, os aviões supersônicos l (aqueles que têm uma velocidade maior que a do som) levam apenas cerca de 3,5 horas para fazer essa mesma rota? Você já observou quantas pessoas do seu convívio têm celular? E quantas usam a internet, se comunicando com pessoas que estão em outros países e até em outros continentes? Pois é, os meios de transporte e comunicação estão no centro de todas essas modifi cações que nos dão a impressão de que o mundo fi cou menor. O que será que aconteceu no fi nal do milênio?

Figura 1 - Meios de transportes e comunicação.

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Aula 04  Organização do Espaço Aula 04  Organização do Espaço 3

Zarpando...

Você está sendo convidado a fazer essa maravilhosa viagem em busca do conhecimento que permitirá entender o que tem provocado ou contribuído para tantas mudanças.

As últimas décadas do século XX e o início do século XXI estão sendo marcados por mudanças signifi cativas que afetam a forma de pensar e de agir do homem. Tais mudanças estão vinculadas ao nível de desenvolvimento científi co-tecnológico, que infl uenciou as relações sociais e ampliou os horizontes da criação, inovação e reinvenção do saber-fazer humano, imprimindo um novo ritmo de vida, assinalado pela aceleração do tempo e pelo encurtamento das distâncias. Analisando esse período, Santos (1994, p. 29) assim se manifesta: “acelerações são momentos culminantes na História, como se abrigassem forças concentradas, explodindo para criarem o novo”.

Mudanças... acelerações... forças concentradas, precisamos esclarecer do que estamos a tratar. Por isso, é oportuno perguntar: em que reside a força motriz que impulsiona as céleres mudanças? De quais mudanças estamos falando?

As referências dizem respeito à nova fase vivenciada pelo sistema capitalista e pela sociedade moderna, do fi nal da década de 1970 até os dias atuais, em que se destacam a Revolução Técnico-Científi ca ou Terceira Revolução Industrial e a globalização. Tais fenômenos são interligados e interdependentes, constituindo-se faces do processo de mudanças econômicas, políticas e culturais que delinearam um novo padrão tecnológico e um novo perfi l social.

Você já leu ou ouviu falar nestes termos: Revolução Técnico-Científi ca ou Terceira Revolução Industrial e globalização? O que apreendeu sobre eles?

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Em nossa viagem pelos caminhos da Ciência, iremos buscar o conhecimento necessário para que possamos compreender a sociedade em que vivemos. Por isso, outras perguntas insistem em aparecer: por que a Revolução Técnico-Científi ca também é chamada de Terceira Revolução Industrial? O que caracteriza essa revolução? Qual a relação entre esse fenômeno e a globalização? Qual o signifi cado do termo globalização? A que se refere esse processo? Partindo de tais questionamentos, caminhemos em busca de suas respostas como forma de buscar a compreensão dos fenômenos em destaque.

Pelo enredo da Revolução Técnico-Científi ca

Considerando o elenco de questões formuladas, enfrentemos o desafi o de elucidá-las. Nesse trajeto, a História é nossa companheira e, a partir de seus registros, permite resgatar aspectos que são fundamentais. Embalados pelo prazer da leitura, façamos

uma viagem no túnel do tempo...

Reportemo-nos à segunda metade do século XVIII, quando surge o processo de industrialização. Sua origem está diretamente vinculada ao capitalismo, sistema socioeconômico baseado em uma economia de mercado e em uma sociedade de classes.

Você compreendeu a defi nição relativa ao sistema capitalista? Como aprender mais é sempre positivo, faça uma paradinha no roteiro para pesquisar: consulte livros que abordam o tema “capitalismo” e leia sobre as características de uma economia de mercado e de uma sociedade de classes. Com certeza, ao fi nal da pesquisa, você terá ampliado sua compreensão sobre esse sistema político-econômico.

Até os dias atuais, a industrialização, sob o ponto de vista da complexidade tecnológica, se realizou a partir de três etapas, descritas a seguir.

n Primeira Revolução Industrial – Ocorreu entre a segunda metade do século XVIII até meados do século XIX, sendo defl agrada a partir do Reino Unido, que, especialmente a Inglaterra, assumiu a dianteira desse processo porque contava com equipamentos, capital e estabilidade política. Nesta fase, em que predominou o uso da máquina e do transporte a vapor, a fonte de energia básica foi o carvão; destacaram-se as indústrias têxtil, naval e siderúrgica.

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n Segunda Revolução Industrial – Teve início nas últimas décadas do século XIX e se estendeu até os anos de 1970, aproximadamente. Neste período, o poder da Inglaterra foi declinando e em seu lugar surgiram outras potências, principalmente, os Estados Unidos - EUA. A atividade industrial difundiu-se para outros países da Europa (Alemanha e França), além dos EUA e Japão. Houve a descoberta da eletricidade e a invenção dos motores elétricos, que provocaram expressivas inovações técnicas. As transformações se multiplicavam e surgia um novo mundo e um novo estilo de vida. As indústrias petroquímica e automobilística são os ramos emblemáticos desta fase em que o petróleo foi a principal fonte de energia.

n Terceira Revolução Industrial ou Revolução Técnico-científi ca – Foi desencadeada a partir dos últimos decênios do século XX, especialmente na segunda metade da década de 1970. Portanto, esta é a etapa da industrialização atual, cujas características serão mais detalhadamente apresentadas a seguir.

Torna-se importante registrar que a difusão da industrialização não ocorre de forma igualitária entre os países do mundo, não sendo possível considerar que todos estão no mesmo nível de desenvolvimento industrial.

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Com essa sucinta caracterização das etapas da industrialização da humanidade, torna-se claro o motivo pelo qual a fase atual é chamada de Terceira Revolução Industrial. Nossa investida, agora, é desvendar as suas características. Pronto para continuar?

A Terceira Revolução Industrial ou Revolução Técnico-Científi ca aporta-se em um ciclo de inovações, ancorado na informática, na biotecnologia, na automatização e na robotização dos processos produtivos, na síntese de novos materiais e no desenvolvimento de novas tecnologias de geração de energia. Nesse sentido, uma das características marcantes dessa fase é a importância e o papel que assumem o conhecimento e a tecnologia avançada. Diferentemente das revoluções anteriores, as atividades econômicas de destaque não são aquelas que transformam matérias-primas em produtos manufaturados, mas aquelas que produzem serviços: idéias, técnicas, designs, programas etc. Portanto, a Revolução Técnico-Científi ca baseia-se na informática, ou seja, no entrelaçamento da indústria de computadores e softwares com a das telecomunicações.

Será que essa revolução chegou ao meu município? Será que você faz parte desse mundo da informática e das telecomunicações? Refl ita sobre o que estudou, procure identifi car as características da Revolução Técnico-Científi ca e estabelecer em que ela se diferencia das anteriores. Esta é uma paradinha necessária para você fazer as conexões entre a referida revolução e o meio em que você vive, respondendo a questão: Quais as referências dessa revolução no cotidiano do meu lugar?

Esse tema tem sido alvo de estudos de cientistas de diversas áreas, cujas leituras também são bastante variadas. Produzindo uma visão esclarecedora desse momento histórico, Castells (1999, p. 22) afi rma que “uma revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação está remodelando a base material da sociedade em ritmo acelerado.” Deriva de tal processo uma nova sociedade, capitalista e informacional, embora apresente diferenciações que dizem respeito às especifi cidades históricas e culturais existentes entre os países e a relação que estes mantêm com o capitalismo global e a tecnologia informacional.

Para Santos (1993, p. 35), a referida fase, corresponde ao momento no qual se constitui, sobre territórios cada vez mais vastos, o que identifi cou de meio técnico-científi co, ou seja,

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“o momento histórico no qual a construção ou reconstrução do espaço se dará com um crescente conteúdo de ciência, de técnicas e de informação.” Considerando que os objetos técnicos tendem a ser ao mesmo tempo técnicos e informacionais, porque já surgem como informação, e tem como principal fonte de energia de seu funcionamento a informação, o autor propõe que se utilize a defi nição de meio técnico-científi co-informacional. Neste cenário, a informação é considerada o vetor fundamental do processo social e os territórios são devidamente equipados para facilitar a sua circulação (SANTOS, 2002, p. 239).

Identifi que os fenômenos responsáveis pelas mudanças que marcaram os últimos decênios do século XX e o início do século XXI.

Explique por que a fase atual é chamada de Terceira Revolução Industrial e em que ela se diferencia das anteriores.

Descreva as principais características da Revolução Técnico-Científi ca ou III Revolução Industrial.

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”Reduzindo a marcha... para um alerta importante”:

Os cientistas sociais não têm dúvida de que vivemos a era da informação, do espaço dos fl uxos, das relações virtuais, da sociedade em rede. Todavia, é preciso reconhecer que a base tecnológica que sustenta a Terceira Revolução Industrial, mesmo tendo o poder de articular o planeta, está desigualmente distribuída no espaço e é, também, desigualmente apropriada pela sociedade.

Neste contexto, o meio técnico-científi co-informacional representa a feição geográfi ca da globalização. Assim, o meio geográfi co, por ser técnico-científi co-informacional, tende a ser universal e mesmo onde sua ocorrência assume uma escala pontual, ele assegura o funcionamento dos processos da chamada globalização (SANTOS, 2002, p. 240).

Cumprimos o primeiro percurso da nossa viagem e, através dessa exposição, você deve ter percebido os marcos da trajetória do desenvolvimento científi co e tecnológico que conduziram ao estágio atual em que impera o meio técnico-científi co-informacional. Merecemos um pouso mais demorado para refl etir sobre o conteúdo estudado.

Conceitue meio técnico-científi co-informacional.

Cite dois exemplos que demonstrem como a Revolução Técnico-Científi ca afetou o seu município.

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sua

resp

osta2.

Pelas trilhas da globalizaçãoPassada a primeira etapa, a viagem continua e temos novos horizontes a desbravar. No

início do nosso roteiro, defi nimos objetivos que desejamos alcançar. Você já percebeu por onde vamos trilhar?

Na perspectiva de compreendermos a relação entre a III Revolução Industrial, viabilizadora do meio técnico-científi co-informacional, e o fenômeno da globalização, caminhemos em busca de seu signifi cado e de suas referências.

Conforme anteriormente mencionado, a Revolução Técnico-Científi ca e a globalização constituem fenômenos interdependentes, que se desenvolvem sob um mesmo enredo histórico: o fi nal do século XX e início do novo milênio. Já tendo estudado as características dessa revolução, torna-se fundamental desvendar o signifi cado de globalização e os seus mecanismos de funcionamento para compreendermos as relações de interdependência entre os fenômenos citados.

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A palavra globalização tornou-se amplamente utilizada nos últimos anos, passando a fazer parte da mídia cotidianamente, chegando a ser identifi cada como uma “palavra da moda” (BAUMAN, 1999, p. 7). O termo disseminou-se ao longo da década de 1980, inicialmente, em universidades norte-americanas, no âmbito dos cursos de administração de empresas. A difusão do termo está diretamente vinculada ao aprofundamento da internacionalização capitalista, através das multinacionais, que exigiu a defi nição de estratégias de atuação global para essas empresas.

Quanto à origem da palavra globalização, uma outra possibilidade remete ao campo da comunicação, mais especifi camente aos escritos de Mashall McLuhan (1969), que ao analisar a crescente interconexão mundial como resultado dos avanços das telecomunicações, criou a metáfora de “aldeia global”.

Embora sendo um termo cujo emprego é recente, “como fenômeno concreto, a globalização é nada mais do que um processo histórico, que, aliás, vem de longa data.” (SENE, 2003, p. 37). Suas raízes remetem ao fi nal do século XV e início do século XVI, quando se deu a expansão capitalista através das Grandes Navegações, que defl agrou a criação do chamado mercado mundial.

Entre os séculos XVIII e XIX, a ocorrência da I e da II Revolução Industrial constituíram-se novas etapas do processo de mundialização capitalista, caracterizadas pelo desenvolvimento dos trustes e cartéis e pelo imperialismo.

No início do século XX, confl itos entre Estados imperialistas conduziram à Primeira e à Segunda Guerras Mundiais, respectivamente de 1914-1918 e 1939-1945. Nesse intervalo, houve a crise da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, que levou à Grande Depressão dos anos de 1930. Apesar dessas ocorrências, até meados do século XX, o capitalismo prosseguiu em sua expansão, embora em ritmo lento e desigual.

Sinal amarelo... Atenção!

Pesquise sobre a I Guerra Mundial, a queda da Bolsa de Valores de Nova York, a Grande Depressão e a II Guerra Mundial. Procure saber sobre o contexto de ocorrência desses eventos que redefi niram o curso da História da humanidade: Por que e como aconteceram? Quais os países envolvidos? Quais as conseqüências que produziram?

Para essa atividade, utilize como fonte bibliográfi ca: Hobsbawm (1995).

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Aula 04  Organização do Espaço Aula 04  Organização do Espaço 11

No entanto, após a II Guerra Mundial, o sistema capitalista vivenciou três décadas de crescimento econômico, via expansão e consolidação das multinacionais, responsáveis pela mundialização da produção. Esse crescimento rebateu desigualmente sobre os Estados-nações, evidenciando com maior nitidez as características entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Nesse período, foram gestadas as principais condições para a emergência da globalização.

Você conseguiu apreender as informações? Percebeu a importância da História para compreendermos os fenômenos que estamos estudando?

Convidamos você a uma breve pausa para organizar as idéias. Tratamos da origem do termo e, em seguida, dos antecedentes históricos do processo. Para contribuir com sua compreensão, que tal pesquisar sobre o signifi cado de palavras como cartel, truste e imperialismo? Ah! Também será interessante saber quais as características dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

Sinal verde! Podemos avançar...

A leitura desse fenômeno em uma perspectiva histórica permite a interpretação de que corresponde a atual fase de expansão do capitalismo. Para Santos (2000, p. 23), constitui “o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista”, em que as economias nacionais se reorganizam em função da hegemonia do mercado global. No dizer de Sene (2003, p. 40) “a globalização, calcada nos avanços da revolução técnico-científi ca ou informacional, é, ao mesmo tempo, continuidade e aceleração do processo de mundialização capitalista.”

Na tentativa de apreender a época em que vivemos, recorremos a Stiglitz (2002, p. 36), que assim defi ne a globalização: “Fundamentalmente, é a integração mais estreita dos países e dos povos do mundo que tem sido ocasionada pela enorme redução de custos de transportes e de telecomunicações e a derrubada de barreiras artifi ciais aos fl uxos de produtos, serviços, capital, conhecimento e (em menor escala) de pessoas através das fronteiras.” A base material desse processo está na revolução tecnológica que tem avançado através da informática (computação microeletrônica), das telecomunicações, da biotecnologia e da engenharia genética, da invenção de novos materiais, dentre outros (GORENDER, 1995, p. 93).

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Aula 04  Organização do Espaço12 Aula 04  Organização do Espaço

Mas, afinal o que é essa tão falada

globalização?

Considerando o exposto, depreende-se que a globalização é um processo multifacetado que tem entre suas características centrais a aceleração em todos os setores da vida. A aceleração contemporânea está ancorada nas novas tecnologias, que viabilizam o aumento da velocidade do deslocamento de capitais, mercadorias, informações e pessoas provocando mudanças econômicas, políticas, sociais, culturais e espaciais. Essas mudanças atingem, inclusive, a percepção das pessoas e das empresas em relação ao espaço geográfi co local e mundial, intensifi cando a inter-relação dos países e dos povos, propiciando, entre outros, um maior intercâmbio cultural e a difusão de certos valores, como democracia, desenvolvimento sustentável, respeito aos direitos humanos, os quais tendem a se universalizar. Mas, é importante ressaltar que, apesar de todas essas possibilidades positivas, a base tecnológica que dá suporte à globalização também é utilizada para conexões de redes que operam na ilegalidade (por exemplo, tráfi co de drogas, prostituição, entre outros) e para manifestações antiglobalização, permitindo inferir que os questionamentos formulados por seus adeptos restringem-se a certos aspectos do fenômeno.

Refl etindo sobre as múltiplas dimensões da globalização, constata-se que a econômica é a mais focalizada e, dentre os fl uxos que gera, o fi nanceiro é o mais veloz e aquele que melhor representa o fenômeno em pauta. Chesnais (1996, p. 239) enfatiza que “a esfera fi nanceira representa o posto avançado do movimento de mundialização do capital, onde as operações atingem o mais alto grau de mobilidade, onde é mais gritante a defasagem entre as prioridades dos operadores e as necessidades mundiais.” A hegemonia do setor fi nanceiro na globalização econômica articula-se aos avanços tecnológicos nas telecomunicações e na informática, os quais tornaram o dinheiro eletrônico, desmaterializado, virtual. A transferência de expressivas somas de dinheiro de um lugar para outro tornou-se uma atividade relativamente simples, envolvendo a digitação de números e códigos em um teclado, ou seja, o domínio da linguagem e das ferramentas digitais.

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Dadas às condições técnicas da “era da informação”, as relações em escala mundial são assinaladas pela supressão ou relativização das distâncias, posto que os sistemas de comunicação possibilitam o intercâmbio de informações em tempo real, interligando instantaneamente os diferentes espaços do planeta. Dessa forma, é perceptível que a Revolução Técnico-Científi ca, ao produzir as tecnologias de informação, viabilizou a existência do meio técnico-científi co-informacional, instituindo a sociedade em rede, no âmbito do capitalismo globalizado.

Sobressaltos na estrada em busca do conhecimento? Então, façamos uma outra pausa visando continuar a trajetória de forma segura! Revisite os objetivos da aula e veja que, nesta etapa, o desafi o é entender o signifi cado da globalização e a relação existente entre tal fenômeno e o meio técnico-científi co-informacional. Por isso, vale o esforço para responder as atividades propostas e avaliar se o objetivo foi alcançado.

A que se refere o processo de globalização?

Qual a relação entre globalização e capitalismo?

Qual o papel do meio técnico-científi co-informacional na globalização?

A globalização é um processo que atinge exclusivamente a economia?

Percurso bem pavimentado, navegando pelas teias do meio técnico-científi co-informacional e da globalização, enfi m vislumbramos a última etapa de nossa aula. Nossa investida agora é compreender a dinâmica entre o global e o local na tessitura de relações mediatizadas pelo meio técnico-científi co-informacional, em plena globalização.

Os conhecimentos já adquiridos sobre o assunto nos colocam diante da afi rmação de que o desenvolvimento técnico-científi co e a globalização repercutem desigualmente tanto entre os países, como no interior de seus territórios. Segundo Sene (2003, p. 119), “os avanços tecnológicos nos transportes e nas telecomunicações mudaram a perspectiva do mundo de forma bastante desigual, segundo a posição das pessoas no espaço geográfi co e sua inserção na sociedade.” A “geografi a das redes” (SANTOS, 2002), que se institui com a globalização, revela que este é um processo extremamente seletivo em termos de lugares e de pessoas, construindo-se a partir de dinâmicas de inclusão-exclusão, articulação-fragmentação.

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Aula 04  Organização do Espaço14 Aula 04  Organização do Espaço

Sinal amarelo! Atenção!

Isso não parece contraditório? Se o fenômeno é, como o próprio nome revela, globalizador, como pode ser seletivo e excludente? A globalização não é global? Vamos prosseguir e, sem pressa, avançar pelas sinuosas estradas do conhecimento...

A análise do contexto atual revela que a globalização é, de fato, um processo que seleciona os lugares e as pessoas e, ao se manifestar assim, gera a exclusão. Nesse cenário, os fl uxos da globalização atingem o planeta Terra inteiro, mas não a totalidade do espaço geográfi co mundial, ou seja, não todos os seus lugares. Na “geografi a das redes”, os países industrializados dominantes (EUA, Japão e países europeus), além dos países recentemente industrializados (emergentes), embora nem todos os lugares de seus territórios nacionais, estão fortemente articulados à globalização. Enquanto isso, parte do espaço latino-americano e asiático e a maioria do espaço africano encontram-se marginalizados do processo.

Isso demonstra que, a despeito do nome, a globalização está longe de ser global, posto que a densidade da técnica, do capital e do conhecimento está altamente concentrada, em termos geográfi cos, assim como os fl uxos de investimentos e comerciais. Sendo assim, na chamada “geografi a das redes”, como pensar as relações entre o global e o local? Qual o sentido de lugar no âmbito de uma sociedade globalizada?

O caráter seletivo e excludente da globalização produz a fragmentação espacial, pinçando os espaços que interessam a lógica do capitalismo global, transformando-os em nichos de produção e/ou consumo, e relegando à margem os demais espaços, que não se mostram atraentes sob a ótica economicista do sistema. Dessa forma, paralelamente aos circuitos que vinculam local e global no sistema-mundo, há toda uma massa de excluídos (HAESBAERT, 1999, p. 28).

Nesse contexto, os lugares podem assumir diferentes signifi cados, podendo representar pontos de conexão, nós da teia de relações globalizadas, ou núcleos de enfrentamento das forças fragmentadoras dos fl uxos hegemônicos, focos de resistência. Isso porque é no lugar que se materializam as relações sociedade-espaço geográfi co; nele, as pessoas vivem e interagem entre si e com a paisagem, constroem as relações do cotidiano. Para Felipe (2002, p. 235):

o local é o lugar da fi xidez, onde os moradores criam signifi cados, símbolos e imagens, que vão forjar as identidades e as aderências que prendem o indivíduo e o seu grupo social a esse espaço particular, resultado da memória, da produção e da técnica, mas, acima de tudo, resultado de suas vidas.

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Atividade 4

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Considerando a perspectiva do local em sua articulação com a dinâmica global, é possível apontar as duas faces desse mesmo processo. Haesbaert (1999, p. 25), ao analisar a dinâmica global-local, evidencia que “a luta entre uma face homogeneizadora e uma face heterogeneizadora demonstra que processos globais implantam-se no local, adaptando-se a ele, ao mesmo tempo em que o local pode globalizar-se na medida em que expande pelo mundo determinadas características locais.” Na visão desse autor, pode-se ter uma dinâmica do global para o local e o seu inverso, do local para o global. Considerando a primeira perspectiva, tem-se que o local não é necessariamente um simples refl exo do global, visto que impõe condições para a realização da globalização (por exemplo, espaços de produção de frutas tropicais no Semi-Árido do Nordeste). Na segunda, o local produz a diversidade no âmbito do global, tornando mais complexas as características da globalização (por exemplo, culinária chinesa que se projetou para o mundo).

Desse modo, as relações global-local contemporâneas não estão pautadas apenas na globalização homogeneizadora, que padroniza as desigualdades, e em localismo diferenciadores que resistem, promovendo a heterogeneização. Essas relações se fi rmam tanto na possibilidade da globalização de se condensar em nível local, quanto na perspectiva de que o local pode se projetar globalmente. É possível ainda que condições originalmente locais possam se tornar globais e que a própria globalização, com o seu potencial de transformação, possam re-criar ou reinventar o local. Dessa forma, pode-se afi rmar que, com a globalização, o local contém o global, mas o global também contém o local.

Assim, embora a globalização tenha atingido uma escala planetária, aportada no discurso da homogeneização e uniformização dos lugares, tornou-se evidente que esse processo também produziu desigualdades e acentuou as diferenças. A despeito da universalização das técnicas e do imperativo do meio técnico-científi co informacional, na atualidade, não há um espaço global, mas apenas espaços da globalização, ligados por redes. (SANTOS, 2002). São estes os espaços que defi nem a dinâmica das relações entre o local e o global na atualidade.

Explique por que a globalização não é, efetivamente, global.

Examine as faces da articulação entre o global e o local no contexto da globalização.

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Resumo

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Chegamos ao fi nal da nossa aula. Desejamos que a travessia pelos temas meio técnico-científi co-informacional, globalização e relações global-local tenha sido proveitosa e que você se sinta capaz de compreender melhor, através desse estudo, a sociedade em que vivemos. Gostaria de saber mais sobre o assunto? Consulte livros, revistas e jornais, ouça noticiários de TV e de rádio, acesse a internet. Lembre-se de que você é um cidadão inserido numa sociedade globalizada!

Nesta aula, aprendemos que a sociedade do fi nal do século XX e início do novo milênio vivencia a Revolução Técnico-Científi ca, que produziu expressivos avanços tecnológicos os quais remodelaram a forma de pensar e de se comportar do homem atual, criando o meio técnico-científi co-informacional. Nesse contexto, surgiram as condições para a emergência do fenômeno da globalização, que se traduz pela possibilidade de articulação e interdependência entre países e povos do planeta. No âmbito desse fenômeno, desenvolve-se uma dinâmica global-local, que se fi rma tanto na possibilidade da globalização de se condensar em nível local, quanto na perspectiva de que o local pode se projetar globalmente.

Auto-avaliaçãoElabore um texto analítico estabelecendo as relações entre o meio-técnico-científi co-informacional e a globalização e as perspectivas de articulação entre o global e o local nesse contexto.

Na sua avaliação, a cidade em que você vive está fortemente, razoavelmente ou fracamente articulada à globalização? Por quê?

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ReferênciasBAUMAN, Zigmunt. Globalização: as conseqüências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede: a era da informação – economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CHESNAIS, François. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.

FELIPE, José Lacerda Alves. O local e o global no Rio Grande do Norte. In: VALENÇA, Márcio Moraes; GOMES, Rita de Cássia Conceição (Org.). Globalização e desigualdade. Natal: A. S. Editores, 2002.

GORENDER, Jacob. Estratégias dos estados nacionais diante do processo de globalização. Revista Estudos Avançados, São Paulo: IEA-USP, v. 9, n. 25, 1995.

HAESBAERT, Rogério. Região, diversidade territorial e globalização. Geographia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, 1999.

HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

MCLUHAN, Mashall. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Cultrix, 1969.

SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: HUCITEC, 1993.

______. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científi co-informacional. São Paulo: HUCITEC, 1994.

______. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de janeiro: Record, 2000.

______. A natureza do espaço: técnica e tempo, espaço e razão. São Paulo: EDUSP, 2002.

SENE, Eustáquio de. Globalização e espaço geográfi co. São Paulo: Contexto, 2003.

STIGLITZ, Joseph E. A globalização e seus malefícios. São Paulo: Futura, 2002.

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Aula 04  Organização do Espaço

EMENTA

n Eugênia Maria Dantas

n Ione Rodrigues Diniz Morais

Objeto de estudo da geografia; as correntes filosóficas que embasam o pensamento geográfico; espaço, território,lugar,

região e paisagem nas diversas abordagens geográficas; a importância das redes no estudo geográfico do mundo

globalizado; a ciência geográfica na sociedade pós-moderna:paradigmas, perspectivas e dificuldades; as formas de

abordagens dos temas geográficos no Ensino de geografia; atividades práticas voltadas para a resolução de problemas

referentes ao espaço geográfico em situações de ensino

Organização do Espaço – GEOGRAFIA

AUTORAS

AULAS

4º S

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xxxx

01 Despertando para a leitura do espaço

02 Aprofundando o conceito de espaço

03 A Organização do Espaço: um desafio inter-trans-disciplinar?

04 A dinâmica entre o global e o local na globalização

05 Paisagem como categoria da análise geográfica

06 Lugar e (des) identidade

07 Território e territorialidade: abordagens conceituais

08 Território e territorialidade: abordagens conceituais (parte II)

09 Por entre territórios e redes: múltiplas leituras

10 Região e a Geografia tradicional

11 Região no contexto da renovação da geografia

12 Organização do espaço: do universo conceitual ao ensino da Geografia

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