32
Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Aula 7As reformas religiosasO absolutismoA revolução inglesa

Page 2: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Contexto da reforma:Processo de centralização monárquica:

conflitos entre reis e Igreja.Lembrar do poder espiritual e temporal

exercido pela Igreja durante a Idade Média (a Igreja recebia vários tributos feudais oriundos de seus vastos domínios territoriais).

Com a formação dos Estados, essa prática passa a ser questionada pelos reis.

A Igreja condenava a usura – entrave para expansão capitalista em curso.

Page 3: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

• Burgueses: crise de religiosidade

Crise religiosaAbusos excessivos do clero: • condenavam a usura, mas a

praticavam;• Comércio de bens eclesiásticos;• Desrespeito ao celibato;• Venda de cargos eclesiásticos;• Venda de indulgências (do perdão dos

pecados).

Page 4: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

As críticas à Igreja se tornaram intensas: Thomas Morus e Erasmo de Roterdã – pregavam mudanças no interior da instituição.

Sacro Império Romano-Germânico Alemanha - região do Sacro Império –

região predominantemente feudal; a Igreja detinha grandes quantidades de terras

a nobreza desejava diminuir a influência e o poder da igreja na região.

Page 5: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Reforma luteranaInício: na região da atual Alemanha,

Martinho Lutero (membro do clero e professor da Universidade de Wittenberg) era contrário a várias práticas exercidas pela Igreja, dentre essas, a venda de indulgências.

1517: Lutero escreveu um documento conhecido como As 95 teses, no qual criticou publicamente a Igreja e o próprio Papa.

Diante dos fatos, o Papa Leão X ameaçou Lutero de excomunhão, mas Lutero queimou a bula que o condenava, instalando uma grave crise política.

Page 6: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Nobreza alemã: parte a favor do Papa, parte (grande maioria) contra.

Lutero foi considerado herege pela assembleia convocada pelo Imperador Carlos V, no entanto, foi acolhido por parte da nobreza. Nesse ínterim, realiza a tradução da Bíblia do latim para o alemão.

1530 – Cria a doutrina luterana: Vejamos os principais critérios:

rejeição ao tomismo – salvação pela fé;

Page 7: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

• único dogma – leitura da bíblia;• Extinção do clero regular, das

imagens religiosas e do celibato;• Existência de dois sacramentos:

batismo e eucaristia;• Negação da transformação do pão e

vinho no corpo e sangue de Cristo – transubstanciação;

• Submissão da Igreja ao Estado (atraiu, dessa forma, o apoio de grande parte da nobreza alemã).

Page 8: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa
Page 9: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

• Surge nesse momento revoltas camponeses contra a nobreza. Lutero acaba condenando as revoltas.

Reforma calvinista• Suíça: se separou do Sacro Império em

1499.• O francês João Calvino fundou em

Genebra uma nova corrente religiosa. Vejamos alguns de seus princípios:

• Predestinação absoluta (somente alguns homens destinados à salvação);

• Sinal de graça: vida de virtudes, sobriedade, trabalho, retenção de gastos;

Page 10: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Essas convicções religiosas se aproximavam dos valores capitalistas.

Expansão do calvinismo pela Europa:

Países Baixos, Dinamarca, Escócia (chamados de prebisterianos), Inglaterra (puritanos) e na França (huguenotes).

Page 11: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Reforma na Inglaterra

Promovida pelo rei Henrique VIII (1509-1547) criou em 1534 a Igreja Anglicana. Foi excomungado pelo papa e confiscou todos os bens da Igreja na Inglaterra.

O líder da Igreja era o próprio rei. O anglicanismo preservava aspectos do catolicismo e do calvinismo. Atendeu aos interesses políticos do rei e da burguesia.

Page 12: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa
Page 13: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Movimento de reação da Igreja católica contra a expansão das doutrinas protestantes.

Principais medidas:Fundação em 1534 da Companhia de

Jesus (jesuítas – expansão da fé católica);

Criação de escolas para formar membros do clero;

Proibição da venda de indulgências;

Page 14: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

• Restabelecimento da Inquisição – Tribunal do Santo Ofício (função de julgar as práticas heréticas);

• Criação do Index: lista de livros proibidos pela Igreja católica (leituras consideradas perigosas pela Igreja).

As novas doutrinas protestantes não foram destruídas pela contra reforma, mas essa última conseguiu expandir a fé católica, sobretudo, na América (lembre-se do trabalho dos jesuítas na catequização de várias etnias indígenas nas Américas portuguesa e espanhola).

Page 15: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa
Page 16: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

• Processo histórico → formação das monarquias centralizadas (desde o período da Baixa Idade Média)→ formação dos estados → reis buscam maior autoridade em seus governos.

• Principais teóricos que justificavam o poder absoluto dos reis:

• Nicolau Maquiavel (1469-1527). Obra - O Príncipe defende a separação entre moral e política (em relação sobretudo às convicções religiosas sobre o poder político). O autor é conhecido pela máxima: “os fins justificam os meios”.

Page 17: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

• Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704). Autor da obra Política Retirada da Sagrada Escritura. Argumentava que a autoridade dos monarcas era oriunda de uma vontade de Deus. Dessa forma, legitimava o poder absoluto e divino dos reis.

• Thomas Hobbes (1588-1679). Autor da obra Leviatã. Necessidade de um Estado absoluto para coibir a natureza perversa do homem, que, segundo o autor, levaria a sociedade humana ao caos. Solução: criação de um contrato, no qual a sociedade civil cederia seus direitos a um soberano (em prol da própria existência humana).

Page 18: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Absolutismo na França• Processo de centralização monárquica iniciado

desde o século X (com a dinastia Capetíngia).• Se estendeu ao longo da Baixa Idade Média e

foi interrompido pela Guerra dos Cem Anos.• Dinastia de Valois: retoma o processo de

centralização do Estado francês, inclusive em um contexto de disputas religiosas.

• Auge dos conflitos religiosos: noite de São Bartolomeu (1572) → nobreza católica X burguesia calvinista (huguenotes). Aproximadamente 30 mil pessoas foram mortas.

Page 19: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa
Page 20: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

• Dinastia Bourboun – Henrique IV pacificou o país e promoveu a liberdade de culto. Retomada da aliança rei – burguesia.

• Luís XIII – tomou medidas para transformar a França em uma grande potência da Europa.

• Guerra dos Trinta Anos (1618-1648): a dinastia dos Habsburgo (católicos) controlavam a Espanha e a Áustria. Se envolveu em conflitos com os Países Baixos, Dinamarca, Boêmia e Suécia que eram protestantes e faziam parte de seus domínios. A França saiu em defesa dos protestantes, iniciando a guerra. A vitória da França fortaleceu o absolutismo no país.

Page 21: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

• Luís XIV (1643-1715): auge do absolutismo francês.

• O ministro Colbert estruturou a doutrina mercantilista francesa (busca de colônias e criação de manufaturas).

• Construção do Palácio de Versalhes - nobreza repleta de privilégios.

• Contradições: ocorria uma expansão mercantil e manufatureira e a burguesia não conseguia ocupar cargos políticos.

• Nos próximos governos, a França passou a perder espaço para a Inglaterra como grande potência europeia.

Page 22: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

O absolutismo inglês

O processo de centralização da monarquia inglesa foi interrompido pela criação da Magna Carta (que limitava o poder do rei).

Vimos também que a Inglaterra enfrentou duas grandes guerras: Guerra dos Cem Anos e a Guerra das Duas Rosas (disputa pelo trono inglês).

Com o fim da guerra, a família Tudor assumiu o poder.

Page 23: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Dinastia Tudor: Henrique VIII: conseguiu submeter o parlamento ao seu poder e criou a Igreja Anglicana (lembre-se da reforma protestante).

Essa religião acabou agradando a burguesia inglesa (possuía características do catolicismo, mas com forte conteúdo calvinista também).

O catolicismo passou a ser restaurado como religião oficial do reinado da rainha Maria I (filha de Henrique VIII).

Page 24: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Mas com a próxima rainha, Elisabeth I (1558-1603) o anglicanismo volta a ser a religião oficial do país.

Em seu governo, a política mercantilista ganhou força (exploração de colônias e construção de uma grande frota marítima).

A invencível armada (poderosa marinha inglesa) atacou e pilhou navios e colônias espanholas.

Page 25: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Processo de cercamentos de terras agrícolas:

propriedades autosuficientes que eram usadas para o cultivo de vários itens agrícolas são destinadas à produção de poucos produtos → o mais comum foi a criação de ovelhas (extração da lã) para atender as manufaturas têxteis.

Page 26: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Vamos entender como era organizada a estrutura fundiária inglesa?

“Compreendemos agora todo o significado do termo open field = campos abertos, sem cercas, que se opõe à propriedade autônoma e fechada (...) o open field system preservou, por muito tempo, a pequena propriedade.” (MANTOUX, 1988, p. 134.)

Nas terras de uso comum (usadas para pastagem por exemplo) era permitido que a população mais pobre (que não possuía nenhuma propriedade) usufruísse das terras: “Enfim, abrigos, cabanas, habitações humildes nela se erguiam: as terras baldias tinham pouco valor para que se impedisse que alguns pobres nela se instalassem e vivessem (...)” (MANTOUX, 1988, p. 138).

Page 27: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Um nova estrutura agrária se estruturou no campo a partir dos cercamentos:

Terras beneficiando um único proprietário;

Atividades que não necessitavam de um grande número de trabalhadores camponeses → resultou na expulsão de grande parte dos camponeses de suas terras → êxodo rural.

Grande concentração de riquezas via o processo de cercamentos (aristocracia se “aburguesou”).

Page 28: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Nova dinastiaStuart: buscaram priorizar os

aspectos católicos do anglicanismo. Grande parte da burguesia passou a questionar o poder real (formaram o grupo dos puritanos).

No governo de Carlos I (1625-1648) os conflitos aumentaram, culminando em uma guerra civil: cavalheiros ao lado do rei e os cabeças redondas partidários do Parlamento.

burguesia puritana versus monarquia absolutista.

Page 29: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Comandados por Oliver Cromwell, o Parlamento inglês conseguiu a vitória (o rei foi decapitado e Oliver Cromwell proclamou uma República – mas governada com poderes ditatoriais.

Atos de Navegação: em prol dos interesses mercantis. Consistia em um conjunto de leis que protegiam o comércio inglês.

Morte de Cromwell - novos conflitos: restauração da dinastia Stuart (católica e monárquica)

Page 30: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Revolução Gloriosa 1688: afastamento do rei Stuart Jaime II.

Sob o comando da burguesia, o protestante Guilherme de Orange assumiu o trono. Este concordou com a Declaração de Direitos - Bill of Rights - (nem ele, nem seus sucessores poderiam submeter o Parlamento ao poder real).

Estabelecia-se, assim, a Monarquia constitucional inglesa.

Page 31: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Fontes

Slides 8 e 12. Disponível em: http://historiaaraposo8ano.wordpress.com/category/reforma/. Acesso em: 02/06/2012.

Slide 15. Disponível em: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/iconograficos/Jesuitas_catequizando_indios.html. Acesso em : 02/06/2012.

Slide 19: Disponível em: http://historianovaemfoco.blogspot.com.br/2010/01/noite-de-sao-bartolomeu.html. Acesso em : 02/06/2012.

Slide 27: MANTOUX, Paul. A revolução industrial no século XVII: estudos sobre os primórdios da grande indústria moderna na Inglaterra. São Paulo: Editora da Unesp, HUCITEC, 1988.

Page 32: Aula 7 As reformas religiosas O absolutismo A revolução inglesa

Prezados alunos (as)O resumo da presente aula foi produzido com

base na obra:VICENTINO, Cláudio; GIANPAOLO, Dorigo.

História para o ensino médio: história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2008.