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Artigo Em negociação, Fenaban rejeita as reivindicações da categoria O SEEB/CE fez o lançamento da Campanha Nacional 2013 na última sexta-feira, dia 16/8, no Centro de Fortaleza (pág.3) Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE Foto: Jailton Garcia Ao contrário do que disse o professor Pastore em artigo recente, o Brasil está longe de ver um acordo sobre a regulamentação da terceirização, pois, a depender dos em- presários e do governo, terceirizar continuará sendo sinônimo de precarizar. Os esforços para regulamentar a terceirização no País são antigos. Empre- sários e trabalhadores se debruçam sobre o tema há mais de 10 anos e constroem suas propostas. O que estão em jogo são os objetivos centrais da regulamentação que, no caso de empregadores e trabalhadores, são diametralmente opostos. De um lado, a classe patronal entende a terceirização como um instrumento de gestão cujo principal objetivo é a reduzir custos (se- gundo estudo da própria CNI), repassando para um terceiro a responsabilidade de parte de seus serviços. Desta forma, o empresário se desvencilha da responsabilidade com os trabalhadores, suas condições de trabalho e remuneração, da sua representação sindical e do passivo trabalhista, e o governo dribla o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, fugindo do controle de gastos e eximindo-se também de compromissos com direitos trabalhistas, saúde do trabalhador e condições de trabalho. Nos últimos meses, essas discussões vêm ganhando mais espaço na sociedade com o debate e a negociação em torno do PL 4330, do deputado Sandro Mabel, que tramita em fase final na Câmara dos Depu- tados. O conteúdo do Projeto apresentado por seu relator, deputado Arthur Maia, visa legalizar a precarização e ampliar de forma ilimitada a terceirização no Brasil, abrindo a possibilidade de terceirizar qualquer área e parte do processo produtivo, tanto no setor privado quanto no setor público. Em tese, se aprovado, o projeto acabará com o concurso público e abrirá a possibilidade de empresas sem nenhum trabalhador direto. Em pouco tempo, o Brasil será formado por um imenso contingente de trabalhadores terceirizados e precarizados, e um pequeno grupo de empresários cada vez mais ricos a custa dos direitos dos trabalha- dores. É a forma “moderna” da escravidão. Fruto da articulação política e da mobilização da CUT e das demais centrais sindicais foi constituída uma mesa de nego- ciação com representação de trabalhadores, empresários, governo e a presença do de- putado Arthur Maia. Depois de oito reuniões, nenhum movimento significativo foi feito pelo governo, pelos empresários ou pelo relator para mudar o conteúdo central do PL 4330. A sociedade brasileira não pode aceitar que o futuro da juventude e do País seja comprometido por um projeto de lei que joga no lixo os direitos até aqui conquistados, deixando expostos e desprotegidos os tra- balhadores, um PL que vem sendo chamado de “PL da Escravidão”. Ou empresários e governo assumem sua responsabilidade, ou a classe trabalhadora vai parar o Brasil. Jacy Afonso de Melo – Secretário nacional de Organização da CUT Trabalhadores e empresários estão longe de acordo sobre terceirização Sindicato mobiliza bancários para enfrentar o NÃO dos banqueiros Na segunda rodada de negociação da Campanha 2013, realizada nos dias 15 e 16/8, em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários cobrou respostas para as reivindicações, mas a Fenaban rejeitou todas as demandas da categoria, como o fim das metas abusivas, combate ao assédio moral e à insegurança, e recusaram o fim das demissões imotivadas e da rotatividade e o respeito à jornada de 6 horas (pág. 5)

Artigo Sindicato mobiliza bancários para enfrentar o …...interpreta divas da MPB, com repertório de Elis Regina, Eli-zeth Cardoso, Beth Carvalho, Vanessa da Mata, Roberta Sá,

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Page 1: Artigo Sindicato mobiliza bancários para enfrentar o …...interpreta divas da MPB, com repertório de Elis Regina, Eli-zeth Cardoso, Beth Carvalho, Vanessa da Mata, Roberta Sá,

Artigo

Em negociação, Fenaban rejeita as reivindicações da categoria

O SEEB/CE fez o lançamento da Campanha Nacional 2013 na última sexta-feira, dia 16/8, no Centro de Fortaleza (pág.3)

Fotos: Secretaria de Imprensa – SEEB/CE

Foto: Jailton Garcia

Ao contrário do que disse o professor Pastore em artigo recente, o Brasil está longe de ver um acordo sobre a regulamentação da terceirização, pois, a depender dos em-presários e do governo, terceirizar continuará sendo sinônimo de precarizar.

Os esforços para regulamentar a terceirização no País são antigos. Empre-sários e trabalhadores se debruçam sobre o tema há mais de 10 anos e constroem suas propostas. O que estão em jogo são os objetivos centrais da regulamentação que, no caso de empregadores e trabalhadores, são diametralmente opostos.

De um lado, a classe patronal entende a terceirização como um instrumento de gestão cujo principal objetivo é a reduzir custos (se-gundo estudo da própria CNI), repassando para um terceiro a responsabilidade de parte de seus serviços. Desta forma, o empresário se desvencilha da responsabilidade com os trabalhadores, suas condições de trabalho e remuneração, da sua representação sindical e do passivo trabalhista, e o governo dribla o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, fugindo do controle de gastos e eximindo-se também de compromissos com direitos trabalhistas, saúde do trabalhador e condições de trabalho.

Nos últimos meses, essas discussões vêm ganhando mais espaço na sociedade com o debate e a negociação em torno do PL 4330, do deputado Sandro Mabel, que tramita em fase fi nal na Câmara dos Depu-tados. O conteúdo do Projeto apresentado por seu relator, deputado Arthur Maia, visa legalizar a precarização e ampliar de forma ilimitada a terceirização no Brasil, abrindo a possibilidade de terceirizar qualquer área e parte do processo produtivo, tanto no setor privado quanto no setor público.

Em tese, se aprovado, o projeto acabará com o concurso público e abrirá a possibilidade de empresas sem nenhum trabalhador direto. Em pouco tempo, o Brasil será formado por um imenso contingente de trabalhadores terceirizados e precarizados, e um pequeno grupo de empresários cada vez mais ricos a custa dos direitos dos trabalha-dores. É a forma “moderna” da escravidão.

Fruto da articulação política e da mobilização da CUT e das demais centrais sindicais foi constituída uma mesa de nego-ciação com representação de trabalhadores, empresários, governo e a presença do de-putado Arthur Maia. Depois de oito reuniões, nenhum movimento signifi cativo foi feito pelo governo, pelos empresários ou pelo relator para mudar o conteúdo central do PL 4330.

A sociedade brasileira não pode aceitar que o futuro da juventude e do País seja comprometido por um projeto de lei que joga no lixo os direitos até aqui conquistados, deixando expostos e desprotegidos os tra-balhadores, um PL que vem sendo chamado de “PL da Escravidão”. Ou empresários e governo assumem sua responsabilidade, ou a classe trabalhadora vai parar o Brasil.

Jacy Afonso de Melo – Secretário nacional de Organização da CUT

Trabalhadores e empresários estão longe de acordo

sobre terceirização

Sindicato mobiliza bancários para enfrentar o NÃO dos banqueiros

Na segunda rodada de negociação da Campanha 2013, realizada nos dias 15 e 16/8, em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários cobrou respostas para as reivindicações, mas a Fenaban rejeitou todas as demandas da categoria, como

o fi m das metas abusivas, combate ao assédio moral e à insegurança, e recusaram o fi m das demissões

imotivadas e da rotatividade e o respeito à jornada de 6 horas (pág. 5)

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Cultura

Home Page: www.bancariosce.org.br – Endereço Eletrônico: [email protected] – Telefone geral : (85) 3252 4266 – Fax: (85) 3226 9194Tribuna Bancária: [email protected] – (85) 3231 4500 – Fax: (85) 3253 3996 – Rua 24 de Maio, 1289 - 60020.001 – Fortaleza – Ceará

Presidente: Carlos Eduardo Bezerra – Diretor de Imprensa: Marcos Aurélio Saraiva Holanda – Jornalista Resp: Lucia Estrela CE00580JP – Repórter: Sandra Jacinto CE01683JPEstagiária: Cinara Sá – Diagramação: Normando Ribeiro CE00043DG – Impressão: Expressão Gráfi ca – Tiragem: 11.500 exemplares

DICA CULTURAL

EDITAL DE ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA

Tribuna Bancária nº 1299 de 19 a 24 de agosto de 2013 – pág. 2

Uma queniana faz uma pausa em seu trabalho no lixão para ler um livro. Um casal de vietnamitas assiste televisão depois de estu-dar. Mirella, de 71 anos, ajuda seu marido Luigi a assear-se. Casada há 43 anos, a esposa dedicou os últimos seis anos de sua vida a tratar de Luigi, que sofre de Alzhei-mer. Esses e outros recortes da realidade fi guram entre as imagens vencedoras da edição 2012 de um dos mais importantes concursos de fotojornalismo do mundo: o World Press Photo, que premia as melhores imagens publicadas na imprensa a cada ano.

As fotografi as que estiveram na edição de 2012 estão expostas para o público de Fortaleza até 8/9, na Caixa Cultural. A 56ª edição da mostra World Press Photo traz 154 registros de 54 fotógrafos de 32 nacionalidades, subdivididos em categorias como esportes, retratos e notícias. Fundada em 1955, em Amsterdã, a WPP é uma organização independente, sem fi ns lucrativos. A premiação se tornou conhecida como a maior e mais prestigiada distinção de fotojornalismo do mundo.

A mostra que chega à Caixa Cultura Fortaleza é o resultado do concurso que, em 2013, atraiu fo-tógrafos de imprensa profi ssional e documentais do mundo todo. Para

Exposição World Press Photo reúne destaques do fotojornalismo

mundial na Caixa Culturalessa edição, foram apresentadas 103.481 imagens feitas por 5.666 fotógrafos de 124 países.

Premiados – A principal ven-cedora de 2012 foi a fotografi a do sueco Paul Hansen, que retrata a imagem de duas crianças palesti-nas mortas, vítimas de um míssil israelita. Já na categoria Esportes (individual), Wei Seng Chen (Ma-lásia), da AP, capturou o esforço de um jóquei na corrida de touros Pacu Jawi, popular competição indonésia que marca o fi m da temporada de colheita, em Batu Sangkar.

Nacional – O Brasil também está na mostra com registros do fotógrafo carioca Felipe Dana e do belga Frederick Buyckx, ambos premiados com Menção Honrosa. O fotógrafo do Rio de Janeiro re-cebeu honra ao mérito pelo retrato que fez de Natália Gonzalez, uma menina de 15 anos viciada em crack.

Mais informações:World Press Photo 2012.

Caixa Cultural Fortaleza – Galerias 1 e 2 (Av. Pessoa Anta, 287 – Praia de Iracema).

Visitação: até 8 de setembro, de terça-feira a domingo, das 10h as 20h. Contato: (85) 3453.2770.

Fotografi a do sueco Paul Hansen foi a grande vencedora de 2012

A quinta edição do projeto cultural Botequim dos Bancá-rios, que acontece no dia 30/8, última sexta-feira do mês, a partir das 18h30 até as 2h da madru-gada excepcionalmente, na sede do Sindicato, vai comemorar também o Dia do Bancário (dia 28 de agosto). Na ocasião, além da animação e da boa música, já tradicionais nas edições do Botequim, os bancários sindi-calizados concorrem ainda a vários prêmios.

No quadro Conversa de Botequim os poetas, Frederico Régis e Antonio Estevam, ambos funcionários do BNB, conver-sam com o apresentador do Ceará Caboclo, Dilson Pinheiro, sobre literatura, poesia e toda a magia do mundo literário.

Em mais de oitenta poe-mas, o painel poético do livro Enquanto Somos, do poeta Fre-derico Régis, apresenta matizes e ritmos variados, propondo ao leitor acurar a percepção das potencialidades e dos tropeços da existência. Com ilustrações de Manuela Guerreiro (educadora Waldorf) e inúmeras referências da literatura cearense contem-porânea, este é o terceiro livro do poeta editado e apoiado pelo Banco do Nordeste. Ele lançou ainda os livros Os Países e Mi-nutas do Caos, além de outras obras com pequenas tiragens e participação em outros livros e coletâneas.

A Conversa de Botequim terá ainda a participação do poeta Antônio Estevam, também funcionário do BNB, que falará da sua obra e sua relação de amor com a literatura.

Em seguida, como atração do Talento Bancário, a canto-ra Iara Vanessa, empregada da Caixa Econômica Federal, interpreta divas da MPB, com repertório de Elis Regina, Eli-zeth Cardoso, Beth Carvalho, Vanessa da Mata, Roberta Sá, Marisa Monte, entre outras.

Seguindo a programação, o Balé Folclórico Arte Popular de Fortaleza e o Coral do Sindicato farão apresentações especiais para os bancários.

Ao final, os bancários serão brindados com o show da banda Dona Zefa e, após, o som ele-trizante do DJ Guga de Castro, que apresentará o show Farra na Casa Alheia.

A Banda Dona Zefa tem uma sonoridade eclética, tendo em seu repertório os mais variados ritmos e estilos da cultura musi-cal brasileira e até mundial, indo do genuíno forró pé de serra,

Edição do Botequim em agosto será comemorativa ao

Dia do Bancário

ciranda, maxixe, carimbó, fre-vos, até a música clássica. Ritmos como tangos, boleros, choros e sambas também fazem parte dessa mistura erudito-popular. A banda é composta por quatro pernambucanos e um cearense. A banda Dona Zefa propõe uma grande brincadeira com o público, onde todos partici-pam, cantam e dançam nessa salada de ritmos. O Dona Zefa se apresenta às terças e sextas no Bar Arre Égua e às quartas e domingo na Crocobeach.

Já o Projeto Farra na Casa Alheia, do DJ Guga de Castro, se consolidou como um autên-tico e democrático espaço da música brasileira e adotou o conceituado Buoni Amici’s Sport Bar como sua casa. O projeto nasceu com um propósito bem simples: difundir os diversos gêneros musicais produzidos no Brasil, como samba, carim-bó, guitarradas, gêneros da região Norte, tradição musical nordestina, além de novas ex-perimentações da mais recente safra de artistas brasileiros. O DJ faz ainda incursões em ou-tros estilos musicais, passeando pela World Music como, Black music, soul, disco, funk, hip-hop, afro-beat, dubs, ska, latim music, balkan beats, kuduro, cumbia, dentre outros.

Promoção Vale Conta – Como essa é uma edição comemorativa do Dia do Ban-cário, os sindicalizados que se inscreverem previamente no site do Sindicato (www.bancariosce.org.br/sorteio.php) concorrerão a 10 vales contas no valor de R$ 100,00 cada, para ser abatido na despesa de cada um dos dez sorteados. As inscrições podem ser feitas até às 14 horas do dia da festa, 30/8.

Sorteios extras – Da mes-ma forma, quem se cadastrar no site concorre também a duas diárias para um final de semana com acompanhante na Praia das Fontes ou Jericoacoara (roteiro

definido pela coordenação do Botequim); uma TV LED 32’’; duas camisas oficiais da Seleção Brasileira (uma feminina e uma masculina). As inscrições podem ser feitas no mesmo endereço do Vale Conta (www.bancariosce.org.br/sorteio.php), também até às 14h do dia 30/8.

Clone – O Sindicato dos Bancários do Ceará oferece desde a 1ª edição do Botequim clone de cerveja, refrigerante, água e whisky. Significa que ao adquirir umas das bebidas mencionadas, o bancário recebe outra grátis.

Estacionamento grátis – No dia do evento, os bancários sindicalizados que chegarem terão acesso gratuito ao estacio-namento localizado em frente à sede do Sindicato (Rua 24 de Maio, 1250 – esquina com a Rua Meton de Alencar), até a sua lotação. As vagas serão ocupadas por ordem de chegada e serão disponibilizadas median-te apresentação da carteira de sindicalização.

Bancult – O Sindicato dos Bancários do Ceará continua em busca de talentos para compor a programação do Botequim dos Bancários. Bancários, sin-dicalizados ou não assim como seus dependentes, que possuem algum talento artístico devem acessar www.bancariosce.org.br/bancult.php e preencher o formulário para inscrever-se no Bancult – um banco de talentos. O Coletivo Cultural do SEEB/CE escolhe quem irá se apresentar em cada edição. “É importante ressaltar que nós não estamos procurando somente profis-sionais. O bancário que tiver um talento, até mesmo como hobby, e quiser divulgar para os colegas, pode se inscrever que, todos serão oportunamente aproveitados como atração no Botequim”, ressalta Tomaz de Aquino, diretor do Cultura do Sindicato dos Bancários.

SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS

NO ESTADO DO CEARÁ

EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado do Ceará, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 07.340.953/0001-48 e Registro Sindical nº 208.327-59, por seu presidente, abaixo nominado, convoca todos os empregados do Banco Votorantim S/A e BV Financeira S/A - Crédito, Financiamento e Investimento, da base territorial desta entidade, sócios e não sócios, para a Assembleia Geral Extraordi-nária que se realizará no dia 23 de agosto de 2013, às 18h30min, em primeira convocação, ou às 19h00min, em segunda convocação, em sua sede, na Rua 24 de Maio, 1289 - Centro, Fortaleza –CE, para discussão e aprovação da proposta de Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados dos empregados do Banco Votorantim e/ou BV Financeira, com vigência de 01-01-2013 a 31-12-2013.

Fortaleza(CE), 17 de agosto de 2013.

Carlos Eduardo Bezerra MarquesPRESIDENTE

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Lançamento

TERCEIRIZAÇÃO

Tribuna Bancária nº 1299 de 19 a 24 de agosto de 2013 – pág. 3

Com o Congresso Nacional tomado por milhares de traba-lhadores, entre os quais mais de 500 bancários, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados adiou de quarta-feira, 14/8, para o dia 3 de setembro, a votação do PL 4330 que regulariza a terceirização e permite a precarização das rela-ções de trabalho no Brasil.

Como existia o risco de algum parlamentar entrar com requeri-mento pedindo a colocação do projeto de lei em votação, os tra-balhadores e dirigentes sindicais que estavam em Brasília manti-veram a mobilização e a vigília no Congresso até quarta-feira, 14. “A nossa luta é para que o patronato e

Trabalhadores pressionam e adiam votação do PL 4330 para 3/9seus representantes no Congresso retirem o projeto de lei da CCJC e sentem na mesa de negociação para buscar um acordo que não seja prejudicial aos trabalhadores como é o PL 4330”, desafi ou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

“Vencemos mais uma batalha, mas não a guerra” – “A pressão dos trabalhadores deu resultados mais uma vez, forçando novamente os parlamentares a adiar a votação do PL. Quero fazer um agradecimento especial aos bancários e suas enti-dades sindicais, que tiveram partici-pação decisiva nessa mobilização”, afi rma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Ele, no entanto, faz uma ponde-

ração. “Vencemos mais uma batalha importante, mas ainda não ganha-mos a guerra. A ameaça continua e é imprescindível que intensifi quemos a mobilização, participando do dia nacional de luta no dia 22 de agosto e da greve geral do dia 30”, acres-centa Cordeiro.

Na avaliação do presidente da Contraf-CUT, os bancários estão entre as categorias que mais serão prejudicadas caso o PL 4330 seja aprovado. “Vai piorar as condições precárias de trabalho de quem já está terceirizado e acabará com os caixas e gerentes, que serão subs-tituídos por terceirizados fornecidos por empresas especializadas, com salários mais baixos e menos direi-tos”, denuncia. Além disso, Cordeiro

lembrou que já está em tramitação no Senado outro projeto, “tão ruim quanto o PL 4330”, de autoria do senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), ex-presidente da Confe-deração Nacional da Indústria (CNI).

Intensifi car convencimento dos parlamentares e do governo – Para o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, só a mobilização dos trabalhadores evitará a aprovação desses projetos que liberam por inteiro a terceirização no País. “A mobilização, principalmente dos bancários, fez a diferença em 11 de junho e em 10 de julho, quando o PL 4330 esteve prestes de ser votado na CCJC da Câmara, e de novo nesta

terça-feira”, apontou Miguel. “Os trabalhadores precisam aumentar a pressão e o trabalho de conven-cimento tanto dos parlamentares quanto do governo federal, para que melhore sua posição na mesa quadripartite, que esperamos que volte a se reunir em breve”.

Mobilização em Brasília – A capital federal amanheceu na terça-feira, 13/8, com os milhares de trabalhadores e dirigentes de entidades sindicais procedentes de todo o País combatendo em duas frentes. Uma, no aeroporto, recepcionando os parlamentares que chegavam de seus estados, e outra concentrada em frente ao complexo do Congresso.

Em Fortaleza, o lançamento da Campanha Nacional 2013 foi marcado pela descontração e mobilização da categoria. O Sindicato dos Bancários do Ceará realizou na sexta-feira, dia 16/8, um grande ato público no Cen-tro (Praça do Carmo), seguindo em passeata pelas ruas daquele corredor bancário. Em clima de muita animação, duas agremiações carnavalescas promoveram batuque com mais de 50 percussionistas, além do apitaço, faixas, cartazes e a distribuição de carta aberta à população com as prin-cipais reivindicações dos trabalhadores.

Ao longo da caminhada, os bancários e os batuqueiros fi zeram paradas estratégicas em várias agências do Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Nordeste do Brasil, HSBC, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, onde os diretores do Sindicato destacaram as reivindicações específi cas por banco, mostrando à população a importância da campanha da categoria e pedindo apoio dos fortalezenses.

No lançamento, os batuqueiros dos blocos “Princesa do Frevo” e “Ba-lakubaku da Folia”, além do apitaço, chamaram a atenção da população para a campanha dos bancários deste ano, cujo tema é “#vempraluta”. Na Campanha Nacional 2013, os bancários buscam melhorias na remuneração, mais segurança nas agências e mais contratações, além de valorização do emprego, fi m das metas abusivas, das demissões e do assédio moral (veja abaixo as principais reivindicações).

Nova mobilização – Seguindo o calendário de mobilizações da Campa-nha 2013, o Sindicato dos Bancários do Ceará fará na terça-feira, dia 20/8, passeata percorrendo as principais agências da Aldeota, tais como Banco do Nordeste, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Safra e HSBC, fazendo a mobilização da categoria e mostrando à sociedade a postura dos banqueiros na mesa de negociação. Ao fi nal da passeata haverá grande concentração no cruzamento das Avenidas Santos Dumont com Desembargador Moreira, a partir das 16 horas.

“Nós bancários queremos apoio da população para nossa campanha, pois lutamos por nossos direitos, pelo fi m da terceirização e por melhor atendimento à população. Nossa luta é para todos, inclusive clientes e usuários dos bancos” disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.

Bancários lançam Campanha 2013 com mobilização no Centro de Fortaleza

• Reajuste salarial de 11,93%, composto de 5% de aumento real, além da infl ação projetada de 6,6%.

• PLR: três salários mais R$ 5.553,15.• Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).• Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-

creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

• Melhores condições de trabalho, com o fi m das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

• Emprego: fi m das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

• Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

• Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fi m da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

• Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes.

As principais reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2013

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Negociação CAIXA

Tribuna Bancária nº 1299 de 19 a 24 de agosto de 2013 – pág. 4

Foto: Contraf-CUT

O Coman-do Nacional dos Bancários, co-ordenado pela Contraf-CUT e assesso rado pela Comissão de Empresa dos Funcioná-rios do Banco do Brasil, abriu na quarta-feira, 14/8, a mesa de negociação das reivindicações específi cas com o BB, em Brasí-lia, expressando o forte desejo dos trabalhado-res de que as discussões sejam efi cazes e que a empresa apresente propostas concretas para cada tema.

O Comando propôs que o primeiro eixo a ser debatido fosse sobre saúde, previdência e con-dições de trabalho, uma vez que grande parte das reivindicações entregues ao banco está relacio-nada ao assédio moral e violência organizacional e à cobrança de metas abusivas, que têm trazido sérias ameaças à saúde física e mental dos bancários, e também à carreira profi ssional.

Fim da discriminação é possível com Cassi e Previ para todos – O resultado mostra o quan-to é injustifi cado o BB discriminar ainda cerca de 15 mil funcionários em relação ao direito de usufruir a assistência médica da Cassi, bem como de terem os mesmos direitos que os mais de 100 mil funcionários benefi ciários da previdência com-plementar da Previ.

Enquanto um bancário contra-tado diretamente pelo BB custaria 175 mil pela Cassi – cálculo feito com salário de R$ 5 mil, com 30 anos de banco e 30 anos de expec-tativa de vida após aposentadoria –, um bancário oriundo da Nossa Caixa paulista custaria R$ 87 mil e um do Besc R$ 58 mil pelas regras dos planos das instituições incorporadas.

Plano de funções tem que ser revisto e gratifi cações au-mentadas – Os funcionários do BB também protestaram contra o absurdo que foi a implantação unilateral do plano de funções em janeiro deste ano, que reduziu os salários e as gratifi cações de funções. O objetivo da direção do banco foi reduzir custos de pessoal à base de retirar direitos conquistados em campanhas sa-lariais dos bancários. Enquanto isso, a direção do banco aumen-tou o passivo trabalhista em 14% nos últimos 12 meses, indo a três bilhões de reais.

Os representantes dos fun-cionários apontaram também que o BB precisa focar mais pro-gramas sociais como o Pronaf. A carteira de crédito do banco chegou a R$ 638 bilhões, sendo que a fatia do agronegócio che-gou a R$ 126 bilhões e o Pronaf

Bancários do BB querem Cassi e Previ para todos, contratações

e fi m do assédio moral

somente a R$ 26 bilhões.

Funcionalismo exige mais contratações – O BB reduziu em 276 o número de funcionários no último ano e aumentou em quase três milhões a base de clientes. Enquanto isso, há um clamor de ponta a ponta no País, inclusive dos administradores, por contra-tação e revisão na dotação das unidades. Nem é preciso dizer da imoralidade de lesar milhares de ci-dadãos aprovados nos concursos do BB, que não são chamados e muitos vêem o prazo de validade do certame se esgotar.

O banco prefere o inverso: dos poucos bancários que existem nas agências, a empresa permite que seus gestores retirem a maioria do atendimento ao público para escondê-los em falsas centrais de crédito, para cumprir metas de vendas de produtos. Perdem os clientes, perdem os bancários, perde o Brasil. Esses são alguns dados que demonstram a diferença de foco e de oposição entre as metas do acionista majoritário, o governo federal, e as metas da direção do BB. “É a questão da gestão do lucro e não da gestão da empresa pública com o foco na responsabilidade e no papel social da instituição”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.

Descumprimento de acor-dos e convenções – Na primeira mesa de negociação com a Fena-ban, a entidade dos banqueiros foi enfática ao dizer que é inad-missível os bancos descumprirem a Convenção Coletiva. Mas os gestores do BB publicaram ranking expondo nomes de bancários du-rante os 12 meses de vigência do contrato de trabalho. O BB ainda desrespeitou no primeiro semestre de 2013 a cláusula de folgas do acordo coletivo, pois não cumpriu o direito contratado na cláusula 39ª de os bancários manterem saldo de folgas e não fazerem mais traba-lho extraordinário enquanto isso.

BB diz ter boa expectativa com negociações – Nesta pri-meira rodada, o banco comentou o bom resultado do semestre tam-bém. Afi rmou que ele é fruto de sua força de trabalho e das estratégias

corretas adotadas pela empresa e governo. A empresa espera que as mesas de negociação tragam avanços sobre os temas debati-dos. Sobre a cobrança enfática das entidades sindicais sobre as metas abusivas e as formas de cobrança delas, o banco afi rmou não concordar também com co-branças indevidas ou violentas. Disse que isso não é orientação da empresa. Mas sinalizou que a mesa pode aprofundar a questão.

Cláusulas de saúde e fi m dos descomissionamentos – O tema saúde será retomado na próxima mesa de negociação, no dia 23/8. A cláusula 11 da minuta trata de diversos direitos sobre saúde ocupacional e a cláusula 32 refere-se à conquista contra os descomissionamentos imotivados.

Demais questões – As enti-dades sindicais voltaram a cobrar a reclassifi cação das faltas de luta contra o plano de funções e o PL 4330, porque o banco está classi-fi cando como faltas não abonadas e não justifi cadas. Também foi cobrado do BB que dê posse efe-tiva ao conselheiro representante dos trabalhadores no Conselho de Administração do banco porque o processo foi fi nalizado no semestre passado e o funcionalismo cobra pela agilidade no processo.

Denúncia à presidenta Dilma – No mesmo dia da nego-ciação, a Contraf-CUT entregou carta à presidenta Dilma Roussef denunciando a ausência de rumo da direção do BB e sua relação autoritária com o funcionalismo, com péssimas condições de trabalho, cobranças abusivas de metas e assédio moral, que estão provocando uma verda-deira epidemia de adoecimentos. Entregue a José Lopez Feijóo, assessor da Secretaria da Presidência da República, pelo presidente Carlos Cordeiro e pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a carta acusa a diretoria da empresa de gestão temerária por estar provocando grande passivo trabalhista e pede ao governo, acionista majoritário, que “dê um basta a tudo isso e determine alterações imediatas na condução do banco”.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva Nacional dos Empregados (CEE-Caixa), iniciou no dia 9/8, as negociações com a Caixa Econômica Federal acerca da pauta de reivindicações espe-cífi cas para a Campanha Nacional 2013. A rodada, que ocorreu em Brasília, abordou demandas sobre a saúde do trabalhador, o plano Saúde Caixa e as condições de trabalho.

Porém, antes de começar os debates, o Comando cobrou da empresa solução para questões ainda pendentes, a exemplo dos casos de descomissionamentos de dirigentes sindicais e de empe-cilhos colocados à distribuição de material das entidades associati-vas e sindicais em determinadas unidades de São Paulo, todos enquadrados como práticas an-tissindicais.

Os dirigentes sindicais cobra-ram também que a Caixa reveja sua posição de considerar como falta o dia não trabalhado em 11/7, em razão do dia nacional de luta promovido pelas centrais sindicais em favor da pauta da classe trabalhadora.

Saúde do trabalhador – Nos debates sobre saúde, o Comando defendeu a criação de unidades específi cas para Saúde do Trabalhador e Saúde Caixa, com estruturas técnica e admi-nistrativa compatíveis com suas atribuições, sendo, no mínimo, uma por estado. Cobrou também o reconhecimento das atividades de tesoureiro, avaliador de pe-nhor e caixa como insalubres, a extensão da pausa de 10 minutos a cada 50 trabalhados a todos os bancários que atendem público ou trabalham com entrada de dados, e a manutenção da titula-ridade e complementação salarial referente a CTVA para afastados por motivo de saúde, enquanto perdurar o afastamento.

Os representantes dos em-pregados reivindicaram ainda o custeio integral pela Caixa do tra-tamento das doenças do trabalho, inclusive para aposentados por invalidez em função de acidente de trabalho, e defenderam a extensão da licença-aleitamento para mães com crianças de até um ano.

O Comando cobrou ainda da Caixa procedimentos de efetivo combate a todas as formas de violência organizacional, sobre-tudo no que se refere ao assédio moral e ao assédio sexual. A im-posição de metas e as pressões

Empregados cobram solução para saúde e condições de trabalho

por resultados foram taxadas pelos dirigentes sindicais como exercício do assédio moral.

Saúde Caixa – Nas discus-sões sobre o Saúde Caixa, os representantes dos empregados propuseram a utilização do re-sultado anual para melhorias no plano, bem como o ressarcimento do valor integral dos procedimen-tos, em localidades em que não haja profi ssionais credenciados. O Comando reforçou a cobrança de transformação do caráter do Conselho de Usuários de consul-tivo para deliberativo e defendeu o fortalecimento dos comitês de acompanhamento da rede cre-denciada.

A defesa da extensão do Saúde Caixa para as pessoas que se aposentaram por PADV foi feita, uma vez mais, pelo presi-dente da Federação Nacional dos Aposentados, Décio de Carvalho, que representa o segmento na mesa de negociação. Na oportu-nidade, o dirigente cobrou ainda informações da empresa sobre a busca de solução para os mais de 15 anos de congelamento dos benefícios pagos pelo INSS aos aposentados pelo chamado Plano de Melhoria de Proventos e Pensões (PMPP).

Os representantes da Caixa asseguraram que a extensão do plano aos aposentados por PADV está sendo avaliada e que a con-clusão deve sair ainda em agosto. Sobre o PMPP, a informação é de que a Caixa adotou como procedimento acionar a Câmara de Arbitragem da Advocacia Geral da União (AGU), a fi m de trazer o INSS para a discussão do assunto.

Condições de trabalho – O Comando apresentou à Caixa a exigência de que a abertura de novas unidades se dê somente com a estrutura física, de segu-rança e ergonomia necessárias ao atendimento adequado da população. Cobrou também o fortalecimento das estruturas das Gilogs para o atendimento das demandas existentes.

Para o Comando, a melhoria das condições de trabalho exige o aumento do número mínimo de empregados por agência. A reivindicação feita é que haja dois tesoureiros por unidade, em dois turnos de trabalho, e no mínimo um TBN na retaguarda, por unidade.

A segunda rodada de nego-ciação da pauta de reivindica-ções específi cas da Campanha Nacional 2013 com a Caixa fi cou agendada para o dia 19/8.

Foto: Fenae

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Fenaban LUCRATIVIDADE

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Tribuna Bancária nº 1299 de 19 a 24 de agosto de 2013 – pág. 5

O Banco do Brasil, maior insti-tuição fi nanceira da América Latina, teve o maior lucro líquido da história dos bancos no País, com ganhos de R$ 10,03 bilhões no 1º semestre de 2013. Os dados são da consul-toria Economatica. Com isso, o BB desbanca o Itaú Unibanco entre os maiores lucros de bancos no País. O lucro de R$ 7,055 bilhões do Itaú Unibanco no 1º semestre é, agora, o segundo maior entre as instituições fi nanceiras. Nos últimos quatro anos, o Itaú havia registrado os maiores lucros da história dos bancos brasi-leiros no primeiro semestre.

O lucro do banco foi puxado pelo forte resultado do 2º trimestre, quando registrou lucro líquido de R$ 7,47 bilhões, cerca de duas vezes e meia acima do resultado positivo obtido um ano antes, impulsionado pela venda de ações de sua área de previdência, seguros e capitali-zação, BB Seguridade. No primeiro trimestre, o banco teve lucro líquido de R$ 2,56 bilhões.

Redução de 276 empregos – O balanço mostra que em junho de 2013, o BB possuía 113.720 trabalhadores, o que corresponde a uma redução de 276 postos de trabalho em 12 meses, já que em junho de 2012, o banco tinha 113.996 trabalhadores. Com o corte de em-pregos, o BB faz companhia ao Itaú, Santander e Bradesco, que também extinguiram postos de trabalho dos bancários no primeiro semestre, na contramão da economia brasileira, que gerou empregos no período.

“10 bilhões de reais de lucro em seis meses são mais que sufi cientes para que o Banco do Brasil atenda

Banco do Brasil desbanca Itaú e tem maior lucro da história dos bancos

as reivindicações de aumento real de salário, aumento do piso, PLR maior, aumento do mérito do plano de funções. Mas os funcionários continuam descontentes com a contradição da direção do banco e do governo: de um lado estabelecem redução de spread e juros e aumento de crédito, o que atende reivindica-ções históricas dos trabalhadores, porém, de outro lado, no Conselho de Administração do banco impõem que o BB tenha lucro com retorno de 17% sobre patrimônio líquido. Assim os funcionários sofrem com cobranças abusivas de metas e assédio moral”, analisa o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, e funcionário do BB, Carlos Eduardo Bezerra.

Outros números do balanço – O indicador de inadimplência do Banco do Brasil, com dívidas maiores que três meses, caiu para o menor patamar em 11 anos, segundo o balanço do banco. A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil encerrou junho em R$ 638,628 bilhões, expansão de 7,7% ante março e de 25,7% em 12 meses. Os destaques do período foram as carteiras pessoa jurídica e de agronegócios, que registraram aumentos em 12 meses de 28,8% e 32,8%, respectivamente.

Os ativos do Banco do Brasil al-cançaram R$ 1,21 trilhão no primeiro semestre de 2013, crescimento de 15,5% em 12 meses, favorecido principalmente pela expansão da carteira de crédito. O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (RSPL) no conceito ajustado do BB fi cou em 16,4% ao fi nal de junho ante 21,2% visto um ano antes.

Começou a tramitar na Assem-bleia Legislativa, o projeto de lei nº 174/13, de autoria do deputado An-tônio Carlos (PT), que dispõe sobre a segurança bancária no Estado do Ceará. A matéria visa estabelecer aplicação de regras aos estabeleci-mentos bancários, propiciando me-lhores condições de segurança para clientes, usuários e funcionários nas instituições fi nanceiras. A proposta se fundamentou na lei aprovada pela Câmara Municipal de Fortaleza, que, no ano passado, instituiu o Estatuto Municipal de Segurança Bancária.

No projeto, o parlamentar alega que a matéria fortalecerá a legislação vigente, uma vez que irá reunir num único documento as regras estabele-cidas nas leis: n.º 12.565, que torna obrigatória a instalação de Portas de Segurança nas agências bancárias; a lei n.º 15.004, que dispõe sobre a proibição de uso do capacete, ou qualquer outro objeto que difi culte a identifi cação do condutor/passageiro nas agências bancárias, instituições fi nanceiras do estado e estabeleci-mentos comerciais e públicos; e a lei n.º 14.961, que dispõe sobre a instalação de divisórias individuais, proibição do uso de celular, insta-lação de câmeras de segurança e contratação de empresa especia-lizada para as agências bancárias.

Ataques a bancos – Dados do Sindicato dos Bancários do Ceará mostram que quase cem ataques a bancos já foram registrados no

Projeto de lei propõe Estatuto da Segurança Bancária em todo o Ceará

Estado até a primeira quinzena de agosto, contra 117 em todo o ano de 2012.

O levantamento do Sindicato afi rma, ainda, que o número de ações são maiores no interior do Estado, apesar dos ataques a bancos também em Fortaleza terem crescido nos últimos anos. Somente este ano, no Interior, já foram contabilizados mais de 60 casos de assaltos, arrombamentos, saidinhas, dentre outros. “A fragi-lidade do sistema de segurança bancária, principalmente no que diz respeito à preservação da vida e da saúde, vem expondo os bancá-rios, seus familiares e clientes ao risco de morte, traumas, marcas e sequelas, que poderão refl etir futuramente sobre a saúde física e mental de quem torna-se vítima da violência”, disse o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.

O deputado Antônio Carlos (PT/CE) ressalta que a matéria foi construída após diversas discussões com entidades de representação de servidores, Federação Brasileira de Bancos (Fenabran), Ministério Públi-co e órgãos de defesa do consumi-dor, deixando claro que a fi nalidade é consolidar a legislação estadual. Garantir a segurança de todos os envolvidos, pondera o parlamentar, signifi ca o aperfeiçoamento contínuo na busca de meios para proteção da vida da população, do patrimônio privado e público, prevenindo e combatendo as ações delituosas.

Na abertu-ra da segun-da rodada de n e g o c i a ç ã o da Campanha 2013, realizada na quinta-feira, 15/8, em São Paulo, antes de entrar na dis-cussão do tema emprego, o Co-mando Nacio-nal dos Ban-cários cobrou respostas para as reivindica-ções sobre saú-de e condições de trabalho apresentadas na pri-meira rodada, mas a Fenaban re-jeitou as demandas da categoria sobre o fim das metas abusivas e avanços no combate ao assé-dio moral e à insegurança. Em relação ao emprego, os bancos recusaram o fim das demissões imotivadas e da rotatividade e o respeito à jornada de 6 horas. As negociações continuaram durante a sexta-feira, 16/8, mas também não houve avanço. A terceira rodada acontece nos dias 26 e 27/8.

“Somente a mobilização dos bancários vai fazer os bancos abandonarem sua postura de intransigência. Por isso é im-portante que todas as entidades intensifiquem a mobilização”, convoca Carlos Cordeiro, pre-sidente da Contraf-CUT e coor-denador do Comando Nacional.

Houve apenas um avanço na segunda rodada de negociação, diante da proposta do Comando de fazer uma pesquisa sobre o adoecimento crescente da categoria. Os bancos propuse-ram criar, ao final da campanha deste ano, um grupo de trabalho bipartite com a participação de especialistas para discutir o afastamento dos bancários por razões de saúde. O Comando propôs que o GT seja criado já, com a realização da primeira reunião durante a campanha para começar a discussão e com prazo fixado para concluir os trabalhos, buscando soluções para acabar com o adoecimento. Os representantes dos bancos ficaram de dar resposta na ter-ceira rodada de negociações.

Saúde e condições de trabalho – O Comando Nacio-nal insistiu nas reivindicações sobre saúde, condições de traba-lho e segurança para reiterar aos bancos que não fechará a cam-panha deste ano se não houver solução para essas importantes demandas da categoria. Por isso, antes de entrar no tema empre-go, que estava agendado para a

Banqueiros rejeitam reivindicações e Comando aponta mobilização como única solução

segunda rodada de negociações, os representantes dos bancários exigiram dos bancos respostas para as reivindicações apresen-tadas na primeira rodada, desta-cando: proibição de torpedos e emails enviados pelos gestores aos bancários para cobrança de metas; reduzir de 60 para 40 dias o prazo para os bancos respon-derem às denúncias de assédio moral encaminhadas pelos sin-dicatos; medidas de prevenção contra sequestros; melhoria da assistência às vítimas de assaltos e sequestros; manutenção do plano de saúde e odontológico para aposentados; folga de cinco dias por ano (abono assidui-dade); acabar com o prazo de 120 dias para adiantamento de salário aos bancários com alta do INSS, mas considerados inaptos pelos bancos.

Os representantes dos ban-queiros não apresentaram respostas, dizendo que essas reivindicações não estão “no radar” dos bancos.

O Comando também de-nunciou o descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em relação às cláusulas sobre proibição de transporte de valores pelos bancários, não exposição do ranking in-dividual dos funcionários e não reabilitação de trabalhadores afastados por motivos de saúde. A Fenaban ficou de atuar junto aos bancos para que a CCT seja cumprida.

Segurança bancária – Após cobrança do Comando Nacional, a Fenaban agendou uma reunião da mesa temática de segurança bancária para a próxima terça-feira, dia 20/8, em São Paulo, para apresentação da estatística de assaltos a bancos do primeiro semestre de 2013, conforme estabelece a CCT.

Fim das demissões e da rotatividade – O Comando denunciou a estratégia princi-palmente dos bancos privados de melhorarem o “índice de eficiência” reduzindo postos de trabalho e cortando custos com a prática da rotatividade. Os dados do Caged apontam uma redução de 4.890 empregos no 1º semestre. Nos últimos 12 meses, entre os meses de junho de 2012 e 2013, houve corte de 10 mil empregos no sistema financeiro.

Depois de mostrar os nú-meros, o Comando cobrou o atendimento das reivin-dicações, como garantia de emprego, proibição das de-missões imotivadas conforme estabelece a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), fim da ro-tatividade, respeito à jornada de 6 horas para todos e ma-nutenção da remuneração em caso de descomissionamento ou perda de gratificação. Os bancos, no entanto, rejeitaram todas essas demandas.

CALENDÁRIO DE LUTA

Agosto

20 – Dia Nacional de Luta no Ceará, com passeata dos bancários na Aldeota

28 – Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização

30 – Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro

03 – Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara

Foto: Jailton Garcia

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BANCO DO NORDESTE DO BRASILSindicato dos

Empregados em Estabelecimentos

Bancários no Estado do Ceará

Rua 24 de Maio, 1289 – Centro – CEP

60.020-001

Tribuna Bancária nº 1299 de 19 a 24 de agosto de 2013 – pág. 6

Fotos: Drawlio JocaSessenta por cento é o peso

das entrevistas no processo de concorrências internas para função comissionada no BNB. Somados aos 20% atribuídos ao item “di-nâmica de grupo”, o percentual sobe para 80% e desvirtua total-mente o processo ao privilegiar a subjetividade e relegar aspectos importantes para a aferição de capacidade, tais como: qualidade do trabalho (pontuação 20%), educação profi ssional (pontuação 4%), formação acadêmica (pontua-ção 4%), experiência profi ssional (pontuação 5%) e desempenho/resultados (pontuação 5%).

Os critérios de concorrência para função de superintendente, divulgados recentemente pela área de Desenvolvimento Humano do Banco, não demonstram exata-mente como uma entrevista pode aferir a capacidade de um candi-dato, mas ainda assim ter peso uma vez e meia maior que todos os demais fatores de avaliação. A dinâmica de grupo, por seu turno, vale por todos os demais requisitos, menos a entrevista.

O Sindicato dos Bancários do Ceará questiona essa metodolo-gia por entender que privilegia a subjetividade, aspecto bas-tante criticado pelo funciona-lismo cansado do apadrinha-mento em voga na Instituição. É inadmissível para o Sindica-to que uma di-nâmica de gru-po tenha peso cinco vezes maior que a formação aca-dêmica, cuja duração pode compreender em curso de graduação de quatro anos, um curso de especialização de um ano e meio, um curso de mestrado

Plenária discute os rumos da luta pelo cumprimento da decisão judicial

de dois anos e um curso de dou-torado de quatro anos.

Para o SEEB/CE, com esses critérios, o processo seletivo de concorrência e avaliação no BNB vai continuar acontecendo na base do Q.I. (Quem Indica), fortalecendo o compadrio e a infl uência cada vez maior de políticos e partidos na Instituição. O prejuízo desse tipo de práticas em um banco de desenvolvimento é para toda a sociedade, que acaba pagando a conta dos desmandos e da corrupção. O ônus recai também sobre o funcionalismo que vê ruir o sonho de uma carreira profi ssional baseada na meritocracia.

É o caso de bradar mais uma vez por uma renovação de fato na gestão do BNB, afastando de sua direção os altos mandatários re-manescentes da gestão Roberto Smith, acostumados a administrar o BNB como uma empresa par-ticular. O SEEB/CE cobra mais uma vez do Governo Federal a saída desses diretores, antes que contaminem por completo as ideias dos três que assumiram há pouco mais de um ano. Na área de DH, ao que parece, o vírus já se instalou.

Na última terça-feira, dia 13/8, cerca de cem benefi ciários da Ação de Equiparação das Funções Comis-sionadas do Banco do Nordeste ao Banco do Brasil participaram de uma plenária, na sede do Sindicato dos Bancários do Ceará, para discutir, apresentar esclarecimentos e deci-dir os próximos encaminhamentos sobre a questão.

O diretor do Sindicato e coor-denador da CNFBNB, Tomaz de Aquino, destacou que a ação é uma luta prioritária para as entidades e que sempre são buscados caminhos para um acordo. “Temos tentado, quase que diariamente, contatos com o diretor da área de Recursos Humanos do Banco, mas quando tentamos marcar alguma reunião específica sobre esse tema as respostas são sempre evasivas. A atual Direção não tem demonstrado disposição em resolver o assunto, assim como as gestões passadas”, afi rmou.

“A ação de equiparação está em segundo plano para o BNB. Portan-to, isso nos remete a uma refl exão de que devemos estar preparados para essa batalha, investir mais na mobilização e acreditar nos cami-nhos da Justiça”, completou. Tomaz confi rmou a realização da audiência de conciliação no dia 29/8, no Fórum Autran Nunes, quando o Banco terá de se posicionar sobre a proposta apresentada pelo Sindicato.

Entre as propostas de ações apresentadas na plenária estão: realização, antes do dia 29/8, de uma audiência pública em Brasília, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados; realização de uma manifestação, em frente ao Fórum Autran Nunes, durante a audiência de conciliação do dia 29/8, às 9h; e ampla divulgação de um vídeo denunciando a questão, em TVs abertas, internet e redes sociais.

“O Banco não se mostra sensí-vel e nós vamos mostrar isso para a juíza no dia da audiência. Nós estamos envidando todos os esfor-ços, tomando todas as iniciativas e acreditamos que a Justiça vai ser feita. Temos plena convicção disso, embora o ideal seja um acordo de-

Concorrências privilegiam critérios subjetivos e estimulam Q.I.

Ação de Equiparação do BNB

cente em um curto espaço de tempo”, fi nalizou Tomaz.

Todas as informações sobre a Ação de Equiparação (lista de be-nefi ciários, valores etc.) devem ser obtidas somente junto à assessoria técnica contratada pelo Sindicato, para evitar informações desencon-tradas. Para entrar em contato com a assessoria, envie e-mail para [email protected].

Entenda – Em 1987, os funcio-nários do BNB entraram em greve e conseguiram a equiparação salarial das funções comissionadas às co-missões do BB. O dissídio coletivo daquele ano determinou que a equi-paração se daria no ano seguinte, 1988, através da implantação de um novo plano de funções. Porém, o BNB descumpriu o dissídio, nunca equiparou os valores da remunera-ção e criou um gigantesco passivo trabalhista – que em outubro deste

ano completa 25 anos.O Sindicato dos Bancários

ingressou com ação na Justiça do Trabalho em 1991 para o cumpri-mento de dissídio. A ação judicial, que possui 1.638 benefi ciários, está na 3ª Vara do Trabalho de Fortaleza há 22 anos e foi julgada procedente pelo Tribunal Superior do Trabalho há quase 10 anos. Durante todos esses anos, o BNB vem postergan-do seu cumprimento com mano-bras judiciais; e os trabalhadores, juntamente com seus herdeiros e parentes próximos, lutando pelos seus direitos.

Mais de cem benefi ciários já fa-lecerem sem receber a equiparação. Diante da insensibilidade do Banco em resolver o problema, fi cam as perguntas: quantos anos mais os funcionários e aposentados do BNB precisarão esperar? Quantos mais morrerão até que o Banco pague o que deve?

IDHM melhorO Ceará passou da 20ª posição, em 1991,

para a 17ª colocação, em 2010, na classifi cação do Índice de Desenvolvimento

Humano dos Municípios (IDHM), no ranking dos 26 Estados brasileiros e mais o Distrito Federal,

segundo pesquisa divulgada dia 13/8, pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Comparado aos demais estados

do Nordeste, o Ceará saiu da quarta posição, em 1991, para a segunda em 2010, avançando assim nas condições de desenvolvimento humano de sua população. O primeiro do Nordeste é o Rio Grande

do Norte, em 16º lugar.

“Da maneira como está, o projeto traz a desorganização sindical, a redução

de salário dos trabalhadores, a retirada de

conquistas sociais. E isso não

aceitaremos. Vamos apostar sempre na

negociação, mas temos de ampliar a mobilização para

pressionar e lembrar os deputados que eles foram eleitos

para representar o povo brasileiro”Secretário-geral da CUT

Nacional, Sérgio Nobre, sobre o PL 4330, da terceirização

Pesquisa sobre saúdeO IBGE e o Ministério da Saúde começaram a fazer coletas de

dados para a primeira Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Além do questionário com perguntas sobre a saúde da população, a pesquisa

fará, pela primeira vez, um levantamento nacional domiciliar com aferição de pressão arterial, medição de peso/altura e coleta de sangue e urina. A pesquisa vai durar três meses e será feita em duas etapas,

serão visitados 80 mil domicílios em 1,6 mil municípios do País.

Aumenta taxa de sindicalizaçãoA taxa de sindicalização aumentou de 16,4% para 17%

nos últimos seis anos, permanecendo relativamente estável. Segundo o estudo feito pela Fundação Perseu Abramo, houve

crescimento de fi liação sindical entre trabalhadores com remuneração e escolaridade menores, negros, pardos e de origem indígena, mas

teve uma queda entre os trabalhadores brancos, com mais idade, maior escolaridade e rendimento.

Mais mulheres no poderOito em cada dez brasileiros ouvidos pelo

Ibope e pelo Instituto Patrícia Galvão (78% dos entrevistados) defenderam a obrigatoriedade de

uma divisão com o mesmo número de candidatos e candidatas nas listas partidárias para eleições. O levantamento foi feito com mais de 2 mil pessoas, acima de 16 anos. Mais de 1,4 mil consideraram

fundamental garantir que as mulheres representem a metade dos candidatos a cargos eletivos.

Atualmente, a legislação eleitoral garante 30% das candidaturas para as mulheres e apenas 10% do

tempo de propaganda eleitoral.