Arcadismo e Romantismo - Questoes e Gabarito

Embed Size (px)

Citation preview

Professora Rosngela Saad da Costa

Exerccios com gabarito sobre Arcadismo e RomantismoARCADISMO 01. Assinale o que no se refere ao Arcadismo: a) poca do Iluminismo (sculo XVIII) Racionalismo, clareza, simplicidade. b) Volta aos princpios clssicos greco-romanos e renascentistas (o belo, o bem, a verdade, a perfeio, a imitao da natureza). c) Ornamentao estilstica, predomnio da ordem inversa, excesso de figuras. d) Pastoralismo, bucolismo suaves idlios campestres. e) Apia-se em temas clssicos e tem como lema: inutilia truncat (corta o que intil). 02. Indique a alternativa errada: a) Cultismo e conceptismo so as duas vertentes literrias do estilo barroco. b) O arcadismo afirmou-se em oposio ao estilo barroco. c) O conceptismo correspondeu a um estilo fundado em agudezas ou sutilezas de pensamento, com transies bruscas e associaes inesperadas entre conceitos. d) O Cultismo correspondeu, sobretudo, a um jogo formal refinado, com uso abundante de figuras de linguagem e verdadeira exaltao sensorial na composio das imagens e na elaborao sonora. e) O Arcadismo tendeu obscuridade, complicao lingstica e ao ilogismo. Nos exerccios 3 e 4, assinale, em cada um, a(s) afirmao(es) improcedente(s) sobre o Arcadismo. (Podem ocorrer vrias em cada exerccio). 03. A respeito da poca em que surgiu o Arcadismo: a) o sculo XVIII ficou conhecido como sculo das luzes; b) os enciclopedistas construram os alicerces filosficos da Revoluo Francesa; c) o adiantamento cientifico uma das marcas desta poca histrica; d) a burguesia conhece, ento, acentuado declnio em seu prestgio; e) em O Contrato Social, Rousseau aborda a origem da Autoridade. 04. EXCLUDA 05. Entre os escritores mais conhecidos do Grupo Mineiro, esto: a) Silva Alvarenga, Mrio de Andrade, Menotti del Picchia. b) Santa Rida Duro, Ceclia Meireles, Toms Antnio Gonzaga. c) Baslio da Gama, Paulo Mendes Campos, Alvarenga Peixoto. d) Cludio Manuel da Costa, Toms Antnio Gonzaga, Alvarenga Peixoto. e) Alvarenga Peixoto, Fernando Sabino, Cludio Manuel da Costa.

06. Qual a alternativa que apresenta uma associao errada? a) Barroco / Contra-Reforma. b) Arcadismo / Iluminismo c) Romantismo / Revoluo Industrial. d) Arcadismo / Anti-Classicismo e) Arcadismo / Racionalismo 07. Poema satrico sobre os desmandos administrativos e morais imputados a Lus da Cunha Menezes, que governou a Capitania das Minas de 1783 e 1788: a) Marlia de Dirceu b) Vila Rica c) Fbula do Ribeiro do Carmo d) Caras Chilenas e) O Uruguai 08. Em seu poema pico, tenta conciliar a louvao do Marqus de Pombal e o herosmo do ndio. Afasta-se do modelo de Os Lusadas e emprega como maravilhoso o fetichismo indgena. So heris desse poema: a) Cacambo, Lindia, Moema b) Diogo lvares Correia, Paraguau, Moema c) Diogo lvares Correia, Paraguau, Tanajura d) Cacambo, Lindia, Gomes Freira de Andrade e) n.d.a. 09. (ITA) Uma das afirmaes abaixo incorreta. Assinale-a: a) O escritor rcade reaproveita os seres criados pela mitologia greco-romana, deuses e entidades pags. Mas esses mesmos deuses convivem com outros seres do mundo cristo. b) A produo literria do Arcadismo brasileiro constitui-se, sobretudo, de poesia, que pode ser lrico-amorosa, pica e satrica. c) O rcade recusa o jogo de palavras e as complicadas construes da linguagem barroca, preferindo a clareza, a ordem lgica na escrita. d) O poema pico Caramuru, de Santa Rita Duro, tem como assunto o descobrimento da Bahia, levado a efeito por Diogo lvares Correia, misto de missionrios e colonos portugus. e) A morte de Moema, ndia que se deixa picar por uma serpente, como prova de fidelidade e amor ao ndio Cacambo, trecho mais conhecido da obra O Uruguai, de Baslio da Gama. 10. (ITA) Dadas as afirmaes: I) O Uruguai, poema pico que antecipa em vrias direes o Romantismo, motivado por dois propsitos indisfarveis: exaltao da poltica pombalina e antijesuitismo radical. II) O(A) autor(a) do poema pico Vila Rica, no qual exalta os bandeirantes e narra a histria da atual Ouro Preto, desde a sua fundao, cultivou a poesia buclica, pastoril, na qual menciona a natureza como refgio. III) Em Marlia de Dirceu, Marlia quase sempre um vocativo; embora tenha a estrutura de um dilogo, a obra um monlogo s Gonzaga fala, raciocina;

constantemente cai em contradio quanto sua postura de pastor e sua realidade de burgus. Est(o) correta(s): a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas I e II d) Apenas I e III e) Todas 01. Entre os escritores mais conhecidos do Grupo Mineiro, esto: a) Santa Rida Duro, Ceclia Meireles, Toms Antnio Gonzaga b) Alvarenga Peixoto, Fernando Sabino, Cludio Manuel da Costa c) Baslio da Gama, Paulo Mendes Campos, Alvarenga Peixoto d) Silva Alvarenga, Mrio de Andrade, Menotti del Picchia e) Cludio Manuel da Costa, Toms Antnio Gonzaga, Alvarenga Peixoto 02. (ITA) Uma das afirmaes abaixo incorreta. Assinale-a: a) A morte de Moema, ndia que se deixa picar por uma serpente, como prova de fidelidade e amor ao ndio Cacambo, trecho mais conhecido da obra O Uruguai, de Baslio da Gama b) O poema pico Caramuru, de Santa Rita Duro, tem como assunto o descobrimento da Bahia, levado a efeito por Diogo lvares Correia, misto de missionrios e colonos portugus c) A produo literria do Arcadismo brasileiro constitui-se, sobretudo, de poesia, que pode ser lrico-amorosa, pica e satrica d) O escritor rcade reaproveita os seres criados pela mitologia greco-romana, deuses e entidades pags. Mas esses mesmos deuses convivem com outros seres do mundo cristo e) O rcade recusa o jogo de palavras e as complicadas construes da linguagem barroca, preferindo a clareza, a ordem lgica na escrita 03. Qual a alternativa que apresenta uma associao errada? a) Arcadismo / Iluminismo b) Arcadismo / Racionalismo c) Arcadismo / Anti-Classicismo d) Barroco / Contra-Reforma e) Romantismo / Revoluo Industrial 04. EXCLUDA 05. Poema satrico sobre os desmando administrativos e morais imputados a Lus da Cunha Menezes, que governou a Capitania das Minas de 1783 e 1788: a) Fbula do Ribeiro do Carmo b) Caras Chilenas c) Marlia de Dirceu d) O Uruguai e) Vila Rica

Nos exerccios 6 e 7, assinale, em cada um, a(s) afirmao(es) improcedente(s) sobre o Arcadismo. (Podem ocorrer vrias em cada exerccio). 06. Quanto linguagem rcade: I - prefere a ordem indireta, tal como no latim literrio; II - tornou-se artificial, pedante, inatural; III - procura o comedimento, a impessoalidade, a objetividade; IV - manteve as ousadias expressionais do Barroco; V - promove um retorno s virtudes clssicas da clareza, da simplicidade e da harmonia. a) II, IV, V b) III, IV c) II, V d) I, II, IV e) I, II, III, IV, V 07. A respeito da poca em que surgiu o Arcadismo: a) os enciclopedistas construram os alicerces filosficos da Revoluo Francesa b) em O Contrato Social, Rousseau aborda a origem da Autoridade c) a burguesia conhece, ento, acentuado declnio em seu prestgio d) o adiantamento cientifico uma das marcas desta poca histrica 08. (ITA) Dadas as afirmaes: I - O Uruguai, poema pico que antecipa em vrias direes o Romantismo, motivado por dois propsitos indisfarveis: exaltao da poltica pombalina e antijesuitismo radical. II - O(A) autor(a) do poema pico Vila Rica, no qual exalta os bandeirantes e narra a histria da atual Ouro Preto, desde a sua fundao, cultivou a poesia buclica, pastoril, na qual menciona a natureza como refgio. III - Em Marlia de Dirceu, Marlia quase sempre um vocativo; embora tenha a estrutura de um dilogo, a obra um monlogo s Gonzaga fala, raciocina; constantemente cai em contradio quanto sua postura de pastor e sua realidade de burgus. Est(o) correta(s): a) I e III b) I e II c) II e III d) I, II e III 09. EXCLUDA 10. Em seu poema pico, tenta conciliar a louvao do Marqus de Pombal e o herosmo do ndio. Afasta-se do modelo de Os Lusadas e emprega como maravilhoso o fetichismo indgena. So heris desse poema: a) Diogo lvares Correia, Paraguau, Moema b) Diogo lvares Correia, Paraguau, Tanajura c) Cacambo, Lindia, Moema

d) Cacambo, Lindia, Gomes Freira de Andrade e) n.d.a. ROMANTISMO LISTA 1 1. I. Preferncia pela realidade exterior sobre a interior. II. Anteposio da f razo, com valorizao da mstica e da intuio. III. Poesia descritiva de representao dos fenmenos da natureza. Detalhismo. IV. Gosto pelo pitoresco, pela descrio de ambientes exticos. V. Ateno do escritor aos detalhes para retratar fielmente o que descreve. Caractersticas gerais do Romantismo se acham expressas nas proposies: a) II e IV b) II e III c) I e IV d) II e V 2. No prprio do Romantismo: a)Explorar assuntos nacionais como histria, tradies, folclore; b) Idealizar a mulher, tornando-a perfeita em todos os sentidos; c)Explorar assuntos ligados antigidade clssica, imitando-lhe os poetas e prosadores; d) Valorizar temas fnebres e soturnos. 3. De acordo com a posio romntica, correto afirmar que: a) A natureza expressiva no Romantismo e decorativa no Arcadismo. b) Com a liberdade criadora implantada no Romantismo, as regras fixas do Classicismo caem e "o poema comea onde comea a inspirao e termina onde termina esta". c) A viso do mundo romntica centrada no sujeito, no "eu" do escritor, da a predominncia da funo emotiva na linguagem do Romantismo. d) Todas as alternativas anteriores esto corretas. 4. Poderamos sintetizar uma das caractersticas do Romantismo pela seguinte aproximao de opostos: a) Cultivando o passado, procurou formas de compreender e explicar o presente. b) Pregando a liberdade formal, manteve-se preso aos modelos legados pelos clssicos. c) Embora marcado por tendncias liberais, ops-se ao nacionalismo poltico. d) Voltado para temas nacionalistas, desinteressou-se do elemento extico, considerando-o incompatvel com exaltao da ptria. 5. A viso do mundo, nostlgica nos romnticos, explica-se: a) Pelas inmeras guerras havidas na poca do Romantismo. b) Pela inadaptao aos valores absolutistas implantados pela monarquia brasileira.

c) Pelo descontentamento da nobreza, que deixa o poder, e de parte da burguesia, que ainda no havia assumido ou que tivesse ficado margem dele. d) Pela contemplao de um Brasil conservador, baseado no latifndio, no escravismo e na monarquia. 6. "Deus! Oh, Deus! Onde ests que no respondes? Em que mundo, em qu'estrelas tu t'escondes Embuado nos cus? H dois mil anos te mandei meu grito, Que embalde desde ento corre o infinito... Onde ests, senhor Deus?..." Esta a primeira estrofe de um poema que exemplo de: a) Lirismo subjetivo, marcado pelo desespero do pecador arrependido. b) Lirismo religioso, exprimindo o anseio da alma humana em procura da divindade. c) Lirismo romntico de tema poltico-social, exprimindo o anseio do homem pela liberdade. d) Romantismo nacionalista repassado da saudade que atormenta o poeta do exlio. 7. Assinale a alternativa que traz apenas caractersticas do Romantismo: a) idealismo, religiosidade, objetividade, escapismo, temas pagos. b) predomnio do sentimento, liberdade criadora, temas cristos, natureza convencional, valores absolutos. c) egocentrismo, predomnio da poesia lrica, relativismo, insatisfao, idealismo. d) idealismo, insatisfao, escapismo, natureza convencional, objetividade. 8. UM NDIO "um ndio descer de uma estrela colorida brilhante de uma estrela que vir numa velocidade estonteante e pousar no corao do hemisfrio sul na Amrica num claro instante (...) vir impvido que nem Muhammad Ali vir que eu vi apaixonadamente como Peri vir que eu vi tranquilo e infalvel como Bruce Lee vir que eu vi o ax do afox filhos de Ghandi vir" (Caetano Veloso) O trecho anterior mostra, com uma viso contempornea, determinado tipo de tratamento dado ao ndio brasileiro em certo perodo de nossa literatura. Assinale a alternativa em que aparecem os nomes de dois autores que manifestaram tal tendncia. a) Gonalves de Magalhes e lvares de Azevedo

b) Castro Alves e Tobias Barreto c) Fagundes Varella e Visconde de Taunay d) Gonalves Dias e Jos de Alencar. 9. "A verdadeira poesia deve inspirar-se num entusiasmo natural e exprimir-se com naturalidade, sendo simples, pastoril, bucolicamente ingnua e inocente." Esta afirmao caracteriza a esttica __________ uma vez que exalta elementos ligados _________, opondo-se ao culto do interior que identifica o ___________. As lacunas acima devero ser preenchidas, respectivamente, com os termos: a) romntica, natureza, Simbolismo b) rcade, civilizao, Romantismo c) parnasiana, esttica, Arcadismo d) rcade, natureza, Romantismo 10. Machado de Assis representa a transio entre: a) Arcadismo e Romantismo b) Barroco e Romantismo c) Romantismo e Realismo d) Parnasianismo e Simbolismo ROMANTISMO LISTA 2 1. "Quantas coisas (...) brotam ainda hoje, modas, bailes, livros, painis, primores de toda casta, que amanh j so p ou cisco? Em um tempo em que no mais se pode ler, pois o mpeto da vida mal consente folhear o livro, que noite deixou de ser novidade e caiu na voga; no meio desse turbilho que nos arrasta, que vinha fazer uma obra sria e refletida? Perca pois a crtica esse costume em que est de exigir, em cada romance que lhe do, um poema." As proposies anteriores, de Jos de Alencar, fazem aluso a um problema caracterstico do movimento romntico. Aponte-o: a) o movimento romntico, afeito ao lirismo e sentimentalidade, busca realizar uma prosa fundamentalmente impregnada de valores poticos. b) o autor preocupa-se com satisfazer o gosto de um pblico pouco exigente no que diz respeito a obras de acabamento literrio mais sofisticado. c) tendo em vista a caracterizao da sociedade burguesa, o romance deve conter preferencialmente ao, que seja o retrato dos agitados tempos modernos. d) o autor, j que se reconhece gnio, e pelo pblico, aceito como tal e deve nortear as multides que o lem com sua palavra sbia e simples. O texto seguinte refere-se s questes 2 e 3. "O problema da nacionalidade literria foi colocado, dentro da atmosfera do Romantismo, em termos essencialmente polticos. Misturadas literatura e

poltica, a autonomia poltica transferia-se para literatura, e confundiram-se independncia poltica e independncia literria." 2. Segundo o texto, para os romnticos: a) a autonomia poltica e a autonomia literria foram duas faces de um mesmo processo de emancipao b) autonomia poltica e autonomia literria mantiveram entre si uma relao de causa e efeito c) a autonomia literria sempre se seguiu emancipao poltica d) emancipao poltica e emancipao literria foram processos que se concretizaram independentemente um do outro 3. Segundo o texto: a) Romantismo foi uma escola literria de atmosfera essencialmente poltica b) no Romantismo, literatura e poltica interpenetram-se e exercem influncia mtua, numa interdependncia dialtica c) pode-se dizer que a poltica usou a literatura em suas campanhas, mas o inverso no vlido, pois a literatura no se valeu da poltica d) independncia poltica e independncia literria so fenmenos distintos, que s se misturam em conseqncia de um erro de interpretao 4. A proposta de diviso dos romances alencarianos baseia-se num critrio: a) cronolgico b) temtico c) estilstico d) geogrfico 5. Assinale o poema de Gonalves Dias que no apresenta a temtica indianista: a) Ainda uma vez - Adeus b) I-Juca Pirama c) Marab d) Leito de Folhas Verdes 6. O lirismo social da poesia de Castro Alves: a) tematiza a liberdade dentro, principalmente, de um enfoque individualista b) tematiza a liberdade exclusivamente referenciada ao negro escravizado c) tematiza a liberdade tanto com um enfoque individualista como coletivo; e, em especial, referenciada ao negro escravizado d) tematizava a liberdade de modo geral, e apenas acidentalmente referenciada ao negro escravizado 7. Poema castro-alivino que no aborda a temtica social: a) O Livro e a Amrica b) Vozes dfrica c) Ode ao Dous de Julho d) n.d.a 8. Qual a alternativa que apresenta grupos de classificao dos romances alencarianos?

a) urbanos, indianistas, histricos e regionalistas b) urbanos, indianistas, histricos e psicolgicos c) urbanos, indianistas, psicolgicos e satricos d) urbanos, histricos, psicolgicos e trgicos 9. Assinale a alternativa falsa. O Romantismo: a) procura o elemento nacional b) prope ruptura com o passado c) foi introduzido no Brasil por Gonalves de Magalhes d) a valorizao do que "nosso" 01. Ins, no episdio Ins de Castro, da obra Os Lusadas, de Cames, to idealizada quanto as virgens sonhadas em lvares de Azevedo na primeira parte da Lira dos Vinte Anos. Por que, ento, parece-nos real? Texto para as questes 02 e 03 Namoro a Cavalo Eu moro em Catumbi. Mas a desgraa Que rege a minha vida malfadada Ps l no fim da rua do Catete A minha Dulcinia namorada. Alugo (trs mil ris) por uma tarde Um cavalo de trote (que esparrela!) S para erguer meus olhos suspirando minha namorada na janela... Todo o meu ordenado vai-se em flores E em lindas folhas de papel bordado, Onde eu escrevo trmulo, amoroso, Algum verso bonito... mas furtado. 02. Por que a poesia acima foge dos padres da 1 e 3 partes da Lira dos Vinte Anos? 03. O que aproxima e o que diferencia a mulher de Namoro a Cavalo e as mulheres da primeira parte da Lira? 04. (FUVEST 2001) Teu romantismo bebo, minha lua, A teus raios divinos me abandono, Torno-me vaporoso... e s de ver-te Eu sinto os lbios meus se abrir de sono. Neste excerto, o eu-lrico parece aderir com intensidade aos temas de que fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tdio. Essa atitude do eu-lrico manifesta a:

a) ironia romntica b) tendncia romntica c) melancolia romntica d) averso dos romnticos natureza e) fuga romntica para o sonho 05. (FUVEST 2001) Assim, o amor se transformava to completamente nessas organizaes*, que apresentava trs sentimentos bem distintos: um era uma loucura, o outro uma paixo, o ltimo uma religio. ............ desejava; ............. amava; .............. adorava (*organizaes = personalidades) Neste excerto de O Guarani, o narrador caracteriza os diferentes tipos de amor que trs personagens masculinas sentem por Ceci. Mantida a seqncia, os trechos pontilhados sero preenchidos corretamente com os nomes de: a) lvaro / Peri / D. Diogo b) Loredano / lvaro / Peri c) Loredano / Peri / D. Diogo d) lvaro / D. Diogo / Peri e) Loredano / D. Diogo / Peri 06. O texto abaixo um fragmento do romance O Guarani, de Jos de Alencar: Cenrio De um dos cabeos da Serra dos rgos desliza um fio de gua que se dirige para o norte, e engrossado com os mananciais, que recebe no seu curso de dez lguas, torna-se rio caudal. o Paquequer: saltando de cascata em cascata, enroscando-se como uma serpente, vai depois se espreguiar na vrzea e embeber no Paraba, que rola majestosamente em seu vasto leito. Dir-se-ia que, vassalo e tributrio desse rei das guas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra os rochedos, curva-se humildemente aos ps do suserano. Perde ento a beleza selvtica; suas ondas so calmas e serenas como as de um lago, e no se revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam sobre elas: escravo submisso sofre o ltego do senhor. No neste lugar que ele deve ser visto; sim trs ou quatro lguas acima de sua foz, onde livre ainda, como o filho indmito desta ptria da liberdade. Ai, o Paquequer lana-se rpido sobre seu leito, e atravessa as florestas como o tapir, espumando, deixando o plo esparso pelas pontas do rochedo, e enchendo a solido com o estampido de sua carreira. De repente, falta-lhe o espao, foge-lhe a terra; o soberbo rio recua um momento para concentrar as suas foras, e precipita-se de um s arremesso, como o tigre sobre a presa. Depois, fatigado do esforo supremo, se estende sobre a terra, e adormece numa linda bacia que a natureza formou, e onde o recebe como em um leito de noiva, sob as cortinas de trepadeiras e flores agrestes. A vegetao nestas paragens ostentava outrora todo o seu luxo e vigor; florestas virgens se estendiam ao longo das margens do rio, que corria no meio das arcarias de verduras e dos capitis formados pelos leques das palmeiras.

................................................................................................ ........................................................... A, ainda a indstria do homem tinha aproveitado habilmente da natureza para criar meios de segurana e defesa. De um e outro lado da escada seguiam dois renques de rvores, que, alargando gradualmente, iam fechar como dois braos o seio do rio; entre o tronco dessas rvores, uma alta cerca de espinheiros tornava aquele vale impenetrvel. (Jos de Alencar. O Guarani. 17. ed. So Paulo, tica, 1992. p. 15-6) Justifique as afirmaes abaixo sobre o romance O Guarani, de Jos de Alencar: a) A utilizao de recursos estilsticos permite-nos dizer que o cenrio criado pelo narrador manifesta o tema da integrao da natureza e da cultura. b) O romance tem um componente das novelas medievais da cavalaria, j que, no Romantismo, havia um culto Idade Mdia. 07. Se uma lgrima as plpebras me inunda, Se um suspiro nos seios treme ainda, pela virgem que sonhei... que nunca Aos lbios me encostou a face linda! (lvares de Azevedo) A caracterstica do Romantismo mais evidente nesta quadra : a) o espiritualismo b) o pessimismo c) a idealizao da mulher d) o confessionalismo e) a presena do sonho 08. Minhalma triste como a rola aflita Que o bosque acorda desde o albor da aurora, E em doce arrulo que o soluo imita O morto esposo gemedora chora. A estrofe apresentada revela uma situao caracteristicamente romntica. Aponte-a. a) A natureza agride o poeta: neste mundo, no h amparo para os desenganos morosos. b) A beleza do mundo no suficiente para migrar a solido do poeta. c) O poeta atribui ao mundo exterior estados de esprito que o envolvem. d) A morte, impregnando todos os seres e coisas, tira do poeta a alegria de viver. e) O poeta recusa valer-se da natureza, que s lhe traz a sensao da morte. 09. Assinale a alternativa que traz apenas caractersticas do Romantismo: a) idealismo religiosidade objetividade escapismo temas pagos.

b) predomnio do sentimento liberdade criadora temas cristos natureza convencional valores absolutos. c) egocentrismo predomnio da poesia lrica relativismo insatisfao idealismo d) idealismo insatisfao escapismo natureza convencional objetividade. e) n.d.a. 1 (FUVEST) O retorno Idade Mdia, em Portugal, foi a manifestao de uma caracterstica do Romantismo. a) Qual a manifestao correspondente no Romantismo brasileiro? b) Exemplifique sua resposta, citando um autor e sua respectiva obra. 2 As afirmaes abaixo se referem ao Romantismo, exceto uma. Assinale-a: a) Tem como caracterstica bsica a expresso do eu, do mundo interior do artista. b) Teve incio na Alemanha e na Inglaterra, no sculo XVIII. c) Representou um perodo decisivo no desenvolvimento da literatura brasileira. d) Sua fase mais importante no Brasil coincidiu com a permanncia de D. Joo VI no Rio de Janeiro. 3 Observe as afirmaes abaixo: I. O eu romntico, objetivamente incapaz de resolver os conflitos com a sociedade, lana-se evaso no tempo, recriando a Idade Mdia Gtica e embuchada; no espao, fugindo para ermas paragens e para o Oriente extico. II. A natureza romntica expressiva. Ao contrrio da natureza rcade, decorativa, ela significa e revela. Prefere-se a noite ao dia, pois sob a luz do real impe-se ao indivduo, mas na treva que latejam as foras inconscientes da alma: o sonho, a imaginao. III. No romantismo, finda a epopia, expresso herica j em crise no sc. XVII, substituda pelo poema poltico e pelo romance histrico, livre das peias de organizao interna que marcavam a narrativa em verso. Renascem, por outro lado, formas medievais de estrofao e d-se o mximo relevo aos metros livres, de cadncia popular, as redondilhas maiores e menores, que passam a competir com o nobre decasslabo. Esto corretas: a) todas. b) apenas a I. c) apenas a I e a II. d) apenas a II e a III. e) apenas a I e a III. 4 Identifique a caracterstica romntica predominante em cada um dos trechos seguintes: a) Quero morrer! Este mundo Com seu sarcasmo profundo Manchou-me de lodo e fel!

Minha esperana esvaiu-se Meu talento consumiu-se Dos martrios ao tropel! b) Nem uma luz de esperana, Nem um sopro de bonana Na fronte sinto passar! Os invernos me despiram, E as iluses que fugiram Nunca mais ho de voltar. Editora Exato 3 c) Hora do pr do sol hora fagueira, Que encerras tanto amor, tristeza tanta! Quem h que de te ver no sinta enlevos, Quem h na terra que no sinta as fibras Todas do corao pulsar-lhe amigas Quando desse teu manto as pardas franjas Soltas, roando a habitao dos homens H o prazer tamanho que embriaga, H o prazer to puro, que parece Haver anjos dos cus com seus acordes A msera existncia acalentado! d) Essa menina minha vida! o meu sangue... o meu farol para os cus. Quem rouba mata-me de uma vez. Venha a morte ... fique ela para chorar por mim... um dia contar como um homem soube amar... e) O pas estrangeiro mais belezas Do que a ptria no tem. 5 (UFJF) Em relao ao Romantismo brasileiro, todas as afirmaes so verdadeiras. Exceto: a) expresso do nacionalismo atravs da descrio de costumes e regies do Brasil. b) anlise crtica e cientfica dos fenmenos da sociedade brasileira. c) desenvolvimento do teatro nacional. d) expresso potica de temas confessionais, indianistas e humanistas. e) caracterizao do romance como forma de entretenimento e moralizao. 6 Apresentamos a seguir quatro afirmaes sobre o indianismo romntico. Julgue se os itens abaixo esto corretos ou errados: 1 O ndio foi visto como motivo artstico e no como figura histrica; da a forma idealizada com que foi representado na literatura.

2 A descrio do ndio nas obras romnticas reflete fielmente a realidade histrica da poca: s depois do Romantismo que ele passou a ser idealizado. 3 A corrente indianista pode ser vista como uma espcie de resposta brasileira ao medievalismo dos escritores europeus. 4 Jos de Alencar e Gonalves Dias so os dois autores indianistas mais importantes do Romantismo. 7 Assinale C ou E: 1 No Brasil, porque no existia herana medieval, o indianismo representou o elemento nacional por excelncia. Isto se traduz em nacionalismo. 2 O culto do eu (subjectum) predomina sobre a perspectiva do outro (objectum). Isto se traduz em subjetivismo. 3 Lugar de paz e de tranqilidade, a natureza inspirou o artista e alimentou o sonho do poeta. Trata-se do culto da natureza. 4 Os escritores buscavam um mundo real e concreto, cultivando os sentidos e a observao. Isto se traduz em anlise da realidade. 5 Os personagens so tipos concretos, vivos, retratados psicologicamente. a retratao do presente. 8 (UEPA) Que caracterstica do romantismo percebemos na descrio abaixo? A alvura de sua tez fresca e pura escurecia o mais fino jaspe [...] A seiva dessa mocidade, o vio dessa alma no se expandia no rubor da ctis, mas no olhar ardente e esplndido dos grandes olhos negros e no sorriso mimoso dos lbios que eram um primor da natureza. a) O nacionalismo que, entre ns, expressou-se, sobretudo, atravs do tratamento positivo dado s mulheres brasileiras. b) A idealizao no texto ao apresentar as personagens. c) O desvendamento do mundo psicolgico das personagens que, em nosso romantismo, trao prenunciador do realismo. d) O pantesmo, que consiste em relacionar traos humanos com atributos de Deus. e) O uso da natureza como reflexo dos sentimentos do narrador, produzindo a prosopopia. 9 (UFJF/MG) Em relao ao Romantismo brasileiro, todas as afirmaes so verdadeiras. Exceto: a) expresso do nacionalismo atravs da descrio de costumes e regies do Brasil. b) anlise crtica e cientfica dos fenmenos da sociedade brasileira. c) desenvolvimento do teatro nacional. d) expresso potica de temas confessionais, indianistas e humanistas. e) caracterizao do romance como forma de entretenimento e moralizao. ARCADISMO GABARITO 1. C 2. E 3. D

4. EXCLUDA 5. D 6. D 7. D 8. D 9. E 10. D GABARITO 01 - E 02 - A 03 - C 04 - D 05 - B 06 - D 07 - C 08 - A 09 - B 10 D ROMANTISMO GABARITO - LISTA 1 1. A / 2. C / 3. D / 4. A / 5. C / 6. C / 7. C / 8. D / 9. D / 10. C / GABARITO LISTA 2

1. B 2. A 3. B 4. B 5. A 6. C 7. D 8. A 9. B1. RESOLUO: Cames traduz na subjetividade da beleza e na subjetividade do amor um novo conceito, pois deixa de situar o amor no distanciamento de uma imagem, para inseri-lo e enraiz-lo na proximidade do real e na autenticidade da vivncia; j lvares de Azevedo, deixa-se conduzir pela imaginao adolescente e casta, fruto de experincias amorosas frustradas. 2. RESOLUO: Enquanto a primeira e terceira partes apresentam poesias de tendncia tipicamente romnticas, este satrico, debochando dos sentimentos, irnica e bem-humorada. 3. RESOLUO: Em comum elas tm a distncia, pois com nenhuma delas o poeta concretiza o amor. No entanto, as mulheres da primeira e terceira partes so etreas e idealizadas; as da Segunda so vulgares, caem no ridculo. 4. A 5. B 6. RESOLUO: a) A natureza antropomorfizada, animizada e culturalizada. - antropomorfismo: elementos da natureza vistos como seres humanos - livre, soberbo, altivo, sobranceiro, filho indmito desta ptria de liberdade, escravo submisso etc. - dinamicidade: atribui-se vida natureza atravs de verbos que indicam movimento - enroscando-se como uma serpente, se espreguiar etc. - culturalizao: comparaes da natureza com artefatos feitos pelo homem a bacia onde o Paquequer adormece visto como um leito de noiva, as trepadeiras e flores agrestes, como cortinas, os galhos das rvores, como arcos etc.

b) No romance alencariano, as personagens pautam sua conduta por normas cavalheirescas. D. Antonio um senhor feudal: habita num castelo, que abriga vassalos em torno do suserano. O cdigo de honra desses homens fundamenta-se na lealdade ao senhor. Alm disso, o espao em que a relao dos dois rios apresentada sugere vassalagem. 7. C 8. C 9. C 1 a) O indianismo. b) uma busca s razes, origem do brasileiro. Como exemplo, Jos de Alencar, em O Guarani. 2D 3C 4 a) Evaso na morte. b) Desiluso, mal do sculo. c) Refgio na natureza. d) Supervalorizao do amor. e) Nacionalismo. 5B 6 C, E, C, C 7 C, C, C, E, E 8B 9B