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para atender às necessidades de organiza-ção e produção dos diversos segmentosenvolvidos, visando à qualidade e à susten-tabilidade econômica, ambiental e social.

ATRIBUIÇÕES

O tecnólogo em Produção Pesqueira ge-rencia e implementa empreendimentos decoleta, processamento e comercialização depescado de rios e lagos. Esse profissionalatua colaborando em diagnósticos de po-tencialidades pesqueiras, análise do contex-to técnico e socioeconômico do setor pes-queiro regional e tendências de mercado.E, ainda, elabora projetos de viabilidade téc-nico-econômica, quantifica e compatibilizaas necessidades de recursos humanos, ma-teriais, equipamentos e implementos. O profissional graduado em Produção Pes-queira também estará apto a dominar astécnicas de montagem de aparelhos de cap-tura adequados a cada espécie, conside-rando a modalidade de pesca aos tipos deferramentas apropriadas. Estará apto a ge-renciar empresas de beneficiamento depescado e sistemas de armazenagem e dis-tribuição, além da comercialização dos pro-dutos. Além disso, estará capacitado paraauxiliar diretamente os profissionais da En-genharia de Pesca, Biologia, Oceanografia,Agronomia, Veterinária, Zootecnia, Econo-mia e Administração entre outros.

MERCADO DE TRABALHO

O profissional poderá atuar em órgãospúblicos, como o Ministério do Meio Ambi-ente; a Secretaria Especial de Aqüicultura ePesca da Presidência da República (SEAP/AM); as Agências Estaduais de Meio Am-biente e Recursos Hídricos; os Institutos eCentros de Pesquisas; as Instituições de En-sino Superior (federais, estaduais e munici-pais); e as Agências e Secretarias Esta-duais e Municipais. E, na iniciativa privada,como indústrias e empresas pesqueiras emgeral (processamento, conservação e ma-nipulação); empresas de pesca: embarca-ções regionais e equipamento empregado;fazendas de aqüicultura (cultivos de orga-nismos aquáticos – tecnologia em aqüicul-tura); e instituições de ensino superior(federais, estaduais e municipais).

O CURSO NA UEA

O cenário pesqueiro no Amazonas apre-senta um enorme potencial de desenvolvi-mento, devido à alta piscicosidade de suaságuas e às excelentes condições ambien-tais presentes no Estado. Entretanto a faltade mão-de-obra qualificada para esses se-tores da produção inviabilizava seu desen-volvimento. A partir desse contexto, o go-verno do Estado vem investindo na ativi-dade pesqueira, oferecendo, por meio daUniversidade do Estado do Amazonas(UEA), o curso de Tecnologia em ProduçãoPesqueira.

Ofertado pela primeira vez no Vestibular de2007 da UEA, o curso é voltado para a rea-lidade do setor pesqueiro na Amazônia etem entre seus objetivos o de contribuirpara o fortalecimento desse setor, forman-do profissionais capacitados em viabilizarsoluções tecnológicas e competitivas parao progresso da cadeia produtiva do pes-cado. Com aulas ministradas no Núcleo deEnsino Superior da UEA em Manacapuru, ocurso é realizado em seis semestres. O cur-rículo é composto por 31 disciplinas obri-gatórias, que perfazem 2 mil e 400 horas.Desse total, incluem-se disciplinas do CicloBásico/Geral e do Específico/Profissional,além do Estágio Supervisionado de 300 ho-ras (de acordo com a Grade Curricular).

ÁREA DE ATUAÇÃO

O curso de Tecnologia em Produção Pes-queira da UEA habilita o tecnólogo a de-senvolver atividades nas grandes áreas dapesca, como na Investigação Pesqueira (es-tudo da dinâmica de populações e avalia-ções dos estoques pesqueiros de uma re-gião), na Tecnologia da Pesca (emprego detécnicas de localização e de captura de ani-mais aquáticos), na Tecnologia do Pescado(conservação, industrialização e controlehigiênico-sanitário dos subprodutos pes-queiros), na Aqüicultura (técnicas de cria-ção e reprodução de animais aquáticos emcativeiro), na Administração e no ComércioPesqueiro (gerência e implementação noordenamento das atividades pesqueiras,públicas ou privadas), no Planejamento daProdução Pesqueira (contribuindo na ela-boração e implementação de programas eprojetos em pesca e aqüicultura no âmbitotecnológico) e na Extensão Pesqueira (difu-são e transferência de tecnologias, na or-ganização dos pescadores, visando ao de-senvolvimento econômico e social da Re-gião).

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ÍndiceQUÍMICATabela Periódica ...................... Pág. 03(aula 25)

LITERATURAO Barroco (1601 – 1768) .......... Pág. 05(aula 26)

HISTÓRIAPré-colonização (1501 – 1630)

................................................... Pág. 07(aula 27)

FÍSICAMovimentos circulares ............ Pág. 09(aula 28)

GEOGRAFIAA população amazonense ........ Pág. 11(aula 29)

BIOLOGIACitologia II ............................... Pág. 13(aula 30)

Referências bibliográficas ...... Pág. 15

Guia de Profissões

Seguindo as normas da Lei de Dire-trizes e Bases e balizado pela Reso-lução CNE/CP n.o 3/2002, publicada

em 28/12/2006, no Diário Oficial da União,os Cursos Superiores de Tecnologia sãoespecializados em segmentos de uma oumais áreas profissionais e possuem forma-ção direcionada para aplicação, desenvol-vimento e difusão de tecnologias e de ca-pacidade empreendedora, em sintonia como mundo do trabalho.O curso superior de Tecnologia em Produ-ção Pesqueira está inserido, conforme ma-triz classificatória para organização dos Cur-sos Superiores de Tecnologia, na área pro-fissional de Recursos Naturais, que com-preende tecnologias relacionadas à produ-ção animal, vegetal, mineral, aqüícola epesqueira. Abrange ações de prospecção,avaliação técnica e econômica, planeja-mento, extração, cultivo e produção refe-rente aos recursos naturais. Inclui, ainda,tecnologia de máquinas e implementos, es-truturada e aplicada de forma sistemática

Tecnológo em Produção Pesqueira

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Tabela periódica

1. HISTÓRICO

1.1 Dobereiner (1829) reuniu os elementos emgrupos de três. Cada grupo recebeu o nome detríade. Ele observou que a massa atômica de umelemento da tríade era, aproximadamente, a mé-dia aritmética das massas atômicas dos outrosdois.Exemplo: Li=7; Na=23; K=39.

7 + 3923 = –––––––

21.2 Chancourtois (1863) dispôs os elementosnuma escala espiral traçada nas paredes de umcilindro, em ordem crescente de massa atômica.Tal classificação recebeu o nome de parafuso te-lúrico. Os elementos semelhantes apareciam nu-ma geratriz do cilindro. Tal classificação, no en-tanto, funcionou apenas até o cálcio.

1.3 Newlands (1864) dispôs os elementos emcolunas verticais de sete elementos em ordemcrescente de massas atômicas. Observou que,de sete em sete elementos, havia repetição depropriedades, fato que recebeu o nome de Leidas Oitavas.

A classificação funcionou até o cálcio.

1.4 Dmitri Ivannovitch Mendeleyv (1869)apresentou uma classificação que é a base daclassificação moderna. Adotou a seguinte lei pe-riódica: “As propriedades físicas e químicas doselementos são funções periódicas de suas mas-sas atômicas”.

Os elementos foram distribuídos em oito colunasverticais (grupos homólogos) e em 12 colunas ho-rizontais (séries heterólogas), em ordem crescentede suas massas atômicas. Os grupos foram nume-rados de I a VIII, e cada grupo dividido em doissubgrupos.

Na época de Mendeleyev, eram conhecidos, apro-ximadamente, 60 elementos. Os gases nobres eas terras raras (com exceção do cério) eram des-conhecidos. Mendeleyev deixou lacunas na tabe-la, reservadas para os elementos que viriam aser descobertos.Entre o cálcio e o titânio, deixou uma lacuna para

o elemento eka-boro (abaixo do boro). Mende-leyev deixou essa lacuna porque o titânio nãoapresenta propriedades semelhantes às do boro.Mais tarde, o eka-boro foi descoberto e é o atualescândio.Mendeleyev previu também a existência do eka-alumínio (abaixo do alumínio; é o gálio) e do eka-silício (abaixo do silício; é o germânio). O casodo eka-silício ficou famoso, pois todas as pro-priedades previstas por Mendeleyev foram maistarde verificadas pelo seu descobridor, Winkler.Na mesma época, Lothar Meyer, trabalhando in-dependentemente, elaborou uma tabela seme-lhante à de Mendeleyev, mas o trabalho desteúltimo foi mais completo.

2. CONSTRUÇÃO DA TABELA

Os elementos são colocados em faixas horizon-tais (períodos) e faixas verticais (grupos ou famí-lias).Em um grupo, os elementos têm propriedadessemelhantes; em um período, as propriedadessão diferentes.Na tabela, há sete períodos. O número do perío-do é igual ao número de camadas que o átomodo elemento apresenta na eletrosfera.Há ainda nove grupos numerados de 0 a 8. Comexceção dos grupos 0 e 8, cada grupo está sub-dividido em dois subgrupos, A e B. O grupo 8 échamado de 8B e é constituído por três faixasverticais.

Nota – Em 1985, a IUPAC determinou chamar ca-da coluna da tabela periódica de grupo. Hoje, osgrupos são numerados de 1 a 18.

3. POSIÇÃO DOS ELEMENTOS NA TABELA

3.1 Elementos representativos ou típicos – Últi-mo elétron colocado em subnível s ou p, gruposA (1,2,13 a 17), estão nos extremos da tabela.

O número de elétrons na camada de valência éo número do grupo.

Exemplo: Oxigênio, O(Z=8) → 1s2, 2s2, 2p4 →K=2, L=6 portanto, grupo 6ª ou 16.

3.2 Gases nobres – Oito elétrons na camada devalência. Grupo 0 ou 8.a, hoje 18.Exceção: 2He → 1s2

3.3 Elementos de transição – Último elétron co-locado em subnível d, grupos B (3 a 12), estãono centro da tabela.

A soma do número de elétrons dos subníveisnsx (n – 1)dy é o númeor do grupo (x + y).

01. Os elementos representados pelas confi-gurações eletrônicas I, II, III e IV perten-cem, respectivamente, aos grupos databela periódica:

I) 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s1

II) 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s1, 3d10

III) 1s2, 2s2, 2p5

IV)1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d1

a) 1, 11, 17, 3b) 1, 1, 17, 15c) 1, 11, 15, 13d) 1, 11, 15, 2e) 1, 1, 17, 13

02. Nesta questão, os elementos químicosestão genericamente representados porA, B, C, D e E. Considere as informaçõesa seguir sobre esses elementos.

• O átomo neutro do elemento A tem 10elétrons.

• A, B– e C+ são isoeletrônicos.• D pertence ao 5.o período e ao mesmo

grupo de C, da classificação periódica.• Entre os elementos de transição, E é o

de menor número atômico.

Com base nessas informações, é incor-reto afirmar:

a) A é um gás nobre.b) B é um halogênio.c) C é um metal alcalino terroso.d) A configuração eletrônica da camada de va-

lência de D é 5s1.e) E pertence ao 4.° período da classificação

periódica.

03. O elemento químico cuja configuraçãoeletrônica é: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2,3d10, 4p3 localiza-se no:

a) Terceiro período e no grupo 3 da tabelaperiódica.

b) Quarto período e no grupo 5 da tabelaperiódica.

c) Terceiro período e no grupo 4 da tabelaperiódica.

d) Quarto período e no grupo 5 da tabelaperiódica.

e) Quinto período e no grupo 4 da tabelaperiódica.

04. Esta questão refere-se ao elemento quí-mico A, cujos elétrons mais energéticostêm configuração 4p2. Qual a localizaçãode A na tabela periódica?

a) Grupo 2 e 2.° período.b) Grupo 13 e 4.° período.c) Grupo 14 e 4.° período.d) Grupo 14 e 5.° período.e) Grupo 2 e 4.° período.

05. O elemento com número atômico 117 seriaum:

a) Elemento do grupo do oxigênio.b) Metal representativo.c) Metal de transição.d) Gás nobre.e) Um halogênio.

Aula 25

QuímicaProfessor Pedro CAMPÊLO

Classificação de Dmitri Ivannovitch Mendeleyv

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Exemplo: Vanádio, V(Z=23) → 1s2, 2s2, 2p6, 3s2,3p6, 4s2, 3d3 → soma x + y = 5 → grupo 5B

3.4 Elementos de transição interna – Últimoelétron colocado em subnível f, estão divididosem duas classes:a)Lantanídeos (metais terras raras) – Grupo 3B

e 6.° período. Elementos com Z de 57 a 71.b)Actinídeos – Grupo 3B e 7.° período.

Elementos com Z de 89 a 103.

3.5. Alguns grupos famosos:a) 1 (1A): metais alcalinos.b)2 (2A): metais alcalinos terrosos.c) 16 (6A) calcogênios.d)17 (7A) halogênios.e) 18 (8A, 0) gases nobres.

3.6 Observações:a) No caso do cobre, da prata e do ouro (grupo

11, 1B), um elétron do subnível ns2 transfere-se para o subnível (n – 1)d9, contrariando a re-gra de preenchimento. Assim, o cobre (Z=29)deveria ter a seguinte configuração:1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d9

Na realidade, a configuração do cobre é:1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s1, 3d10

b)No caso do cromo e do molibdênio (grupo 6,6B), um elétron do subnível ns2 transfere-separa o subnível (n – 1)d4, constituindo maisuma exceção ao Diagrama de Linus Pauling.O cromo (Z=24) deveria ter a seguinteconfiguração:1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d4

A verdadeira configuração do cromo é:1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s1, 3d5

Exercícios propostos

01. Assinale a alternativa que apresenta onúmero atômico do elemento perten-cente ao grupo 15 do 4.° período.

a) Z = 15 b) Z = 25 c) Z = 33d) Z = 43 e) Z = 51

02. O aço tem como um dos componentesque lhe dá resistência e ductibilidade oelemento vanádio; sobre o vanádio po-demos afirmar que seu subnível maisenergético e seu período são, respec-tivamente:

a) 4s2 e 4.° período.b) 4s2 e 5.° período.c) 3d3 e 4.° período.d) 3d3 e 5.° período.e) 4p2 e 4.° período.

03. Um elemento neutro possui configura-ção eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5. Es-se elemento é um:

a) metal alcalino terroso.b) halogênio.c) metal do primeiro período de transição.d) gás nobre.e) elemento do grupo do nitrogênio.

04. A espécie X–2 com 8 elétrons na camadamais externa (camada de valência) podeser do elemento X, que, na tabela perió-dica, pertence ao grupo:

a) 1 b) 2 c) 16d) 17 e) 18

05. Considerando as partículas constituin-tes do íon Mg2+ e a posição do ele-mento no quadro periódico, pode-seafirmar que esse íon:

a) tem a mesma configuração eletrônicaque o átomo de argônio.

b) tem um núcleo com 14 prótons.c) tem um núcleo com 14 elétrons.d) apresenta números iguais de prótons e

elétrons.e) apresenta dois níveis completamente

preenchidos.

06. Qual das alternativas apresenta o nú-mero atômico de um elemento quepertence ao grupo 16 da tabela perió-dica?

a) 10 b) 18 c) 26d) 28 e) 34

07. O elemento Urânio (Z = 92) é um:

a) metal de transição interna.b) metal de transição externa.c) metal representativo.d) metal alcalino.e) Metal alcalino terroso.

01. O subnível de maior energia do átomo decerto elemento químico é 4d7. Esse ele-mento é um metal:

a) representativo do 4.° período da tabelaperiódica.

b) representativo do 5.° período da tabelaperiódica.

c) de transição do 5.° período da tabelaperiódica.

d) de transição do 4.° período da tabelaperiódica.

e) de transição do 7.° período da tabelaperiódica.

02. Os átomos isóbaros X e Y pertencem ametal alcalino e alcalino terroso do mes-mo período da Classificação Periódica.Sabendo-se que X é formado por 37 pró-tons e 51 nêutrons, pode-se afirmar queo número atômico e o de massa de Ysão, respectivamente:

a) 36 e 87.b) 37 e 87.c) 38 e 87.d) 38 e 88.e) 39 e 88.

03. O halogênio do 5.° período da tabela pe-riódica tem número atômico igual a:

a) 17.b) 27.c) 35.d) 45.e) 53.

04. Sobre o elemento de número atômico 26é incorreto afirmar:

a) É um metal.b) Pertence ao 3.° período da tabela periódica.c) É um elemento de transição.d) Pertence ao grupo 8 da tabela periódica.e) Tem como subnível mais energético o 3d.

05. Não é metal alcalino:

a) Li (Z=3)b) Na (Z=11)c) K (Z=19)d) Rb (Z=37)e) La (Z=57)

06. Qual dos seguintes elementos não é ummetal representativo?

a) A (Z = 85)b) B (Z = 81)c) C (Z = 56)d) D (Z = 38)e) E (Z = 13)

07. Os elementos localizados no 4.° períododa tabela periódica apresentam 4:

a) elétrons no subnível mais externo.b) elétrons no nível mais externo.c) elétrons na camada de valência.d) camadas eletrônicas.e) subníveis de energia.

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Barroco (1601 – 1768)1. INTRODUÇÃO

a) Duração no Brasil: 1601 a 1768 (todo oséculo XVII e mais da metade do séculoXVIII).

b) Obra inauguradora: Prosopopéia, poemaépico de Bento Teixeira.

c) Outros nomes para o movimento:

Seiscentismo: em homenagem aos anosde 1600 no Brasil.

Grupo Baiano: no Brasil, o Barroco lite-rário desenvolve-se na Bahia (Salvador).

Gongorismo: em homenagem ao poetaespanhol Luiz de Gôngora; é também adenominação do Barroco na Espanha.

Marinismo: denominação do Barroco naItália, pela influência de Giovanni BattistaMarino.

Efuísmo: denominação do Barroco na In-glaterra.

Preciosismo: denominação do Barrocona França.

d) Origem: movimento fundado na Espanhapara combater a simplicidade do Classi-cismo; adota, assim, uma arte rebusca-da,sobrecarregada de figuras de lingua-gem.

2. PAINEL HISTÓRICO-CULTURAL DOBARROCOa) O Barroco é conhecido como a arte da

Contra-Reforma.

b) A reação da Igreja Católica ao protestan-tismo luterano e calvinista principia coma convenção do Concílio de Trento, reali-zado entre 1544 e 1563, na localidade deTrento, norte da Itália.

c) A cúpula da Igreja Católica, reunida emTrento, resolve iniciar uma Contra-Refor-ma, que atua por meio de um órgão exe-cutivo: a Santa Inquisição, sistema ecle-siástico, ideológico-administrativo, de cen-sura, que, por intermédio do Tribunal doSanto Ofício, investiga, leva a julgamentoe condena aqueles que não contribuempara a preservação, a defesa e a manu-tenção da Doutrina Católica.

d) Três vítimas famosas da perseguição daContra-Reforma: Galileu Galilei, GiordanoBruno e Copérnico.

e) Assim, a época barroca é marcada pelacontradição: de um lado, o Humanismoclássico e o Renascimento, com apelosao racionalismo, ao prazer e ao apegoaos bens materiais (é o Antropocentris-mo). De outro, o homem é pressionadopela Igreja Católica a um regresso aoTeocentrismo medieval, à renúncia aosprazeres, à mortificação da carne.

f) O Barroco literário convive, pois, com va-lores opostos: fé x razão, alma x corpo,bem x mal, perdão x pecado, espírito xmatéria, Deus x homem, virtude x prazer.

g) O ensino, em Portugal e no Brasil, é pro-fundamente verbal e religioso, voltadopara os dogmas da Igreja Católica.

h) A capital do Brasil é Salvador, Bahia. Lávivem a elite intelectual e política brasi-leira.

i) Na sociedade brasileira dos séculos XVIIe XVIII, ainda não há um público leitorpara consumir obras literárias. O movi-mento barroco não pode, pois, espalhar-se pelo Brasil inteiro, de norte a sul. Ficarestrito a dois núcleos culturais da época:Pernambuco (onde nasce, com Pro-sopopéia, de Bento Teixeira) e Salvador(onde vive Gregório de Matos).

3. CARACTERÍSTICAS DO BARROCO

a) CULTISMO ou GONGORISMO – É o jo-go de palavras; é o rebuscamento da for-ma, é a obsessão pela linguagem culta,erudita. Viram moda a inversão da frase(hipérbato) e o uso de palavras difíceis.

É o abuso no emprego de três figuras delinguagem: a metáfora, a antítese e o hi-pérbato.

O principal cultista do barroco mundial éo espanhol Luiz de Gôngora. No Brasil,Gregório de Matos.

b) CONCEPTISMO – É o aspecto cons-trutivo do Barroco, voltado para o jogodas idéias e dos conceitos.

É a preocupação com as associaçõesinesperadas, seguindo um raciocínio ló-gico, racionalista.

O principal conceptista do barroco mun-dial é o espanhol Francisco de Quevedo.No Brasil, padre Antônio Vieira.

c) TEOCENTRISMO xANTROPOCENTRISMO – O rebusca-mento da arte barroca é reflexo do dile-ma em que vive o homem do seiscentis-mo (os anos de 1600). Daí as preferên-cias por temas opostos: espírito e maté-ria, perdão e pecado, bem e mal, céu einferno. Tudo isso gera a preocupaçãocom a brevidade da vida (carpe diem).

4. AUTORES DO BARROCOBRASILEIRO

1. BENTO TEIXEIRA

Inicia o Barroco no Brasil com o poemaépico Prosopopéia.

2. GREGÓRIO DE MATOS

É o “Boca do Inferno”, poeta maior doBarroco brasileiro.

3. PADRE ANTÔNIO VIEIRA

É o maior orador sacro de nossa litera-tura.

4. MANUEL BOTELHO DE OLIVEIRA

É o autor de Música do Parnaso (1705),primeira obra publicada por um autorbrasileiro.

BENTO TEIXEIRA

Origem e formação – Vem jovem de Portu-gal para o Brasil; forma-se no Colégio da Ba-hia, tornando-se professor de primeiras letras.

Crime – Alegando adultério, assassina a es-posa (1594); fugindo à prisão, refugia-se emPernambuco, no convento dos beneditinos,em Olinda.

Intenção laudatória – A redação de Proso-popéia acontece durante o isolamento no

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CRONOLOGIA HISTÓRICO-LITERÁRIA DO BARROCO NO BRASIL

1601 Publicação de Prosopopéia, de BentoTeixeira; início do Barroco no Brasil.

1608 Em fevereiro, no dia 6, nasce o padreAntônio Vieira, em Portugal.

1611 Fundação da atual cidade de Fortaleza.

1612 Os franceses dão nome de São Luís aopovoado que se tornará a capital do Ma-ranhão.

1614 Vieira, com apenas 6 anos, chega ao Brasil.

1621 A sede do governo do Brasil passa a ser aBahia.

1624 Primeira Invasão Holandesa ao Brasil.

1625 Morre Giovanni Battista Marino, poeta doBarroco italiano.

1627 Morre Luiz de Gôngora, poeta do Barrocoespanhol.

1630 Segunda Invasão Holandesa ao Brasil.

1634 Antônio Vieira ordena-se padre.

1636 Nasce, em Salvador, Gregório de MatosGuerra, que se torna o maior poeta doBarroco brasileiro.

Nasce, em Salvador, Manuel Botelho deOliveira, autor de Música do Parnaso, obrapublicada em 1705.

1640 Restauração do trono português. PadreAntônio Vieira prega o Sermão pelo bomsucesso das armas de Portugal contra as deHolanda, na igreja de Nossa Senhora daAjuda, em Salvador, Bahia.

1645 Morre Francisco de Quevedo, poeta doBarroco espanhol.

1652 Pe. Antônio Vieira transfere-se para oMaranhão.

1654 Expulsão definitiva dos holandeses doBrasil.

1655 Vieira profere o Sermão da Sexagésima naCapela Real, em Lisboa.

1661 Gregório de Matos forma-se em Direito eingressa na magistratura, em Portugal.

1680 Fim do Barroco em Portugal.

1683 Dom Pedro II torna-se rei em Portugal.

1694 Destruição do Quilombo dos Palmares,depois de 50 anos de resistência.

1696 Morre Gregório de Matos em Pernambuco.

1697 Em julho, falece, na Bahia, o padre AntônioVieira.

1711 Morre, em Salvador, Manuel Botelho deOliveira, autor de Música do Parnaso.

1729 Nasce Cláudio Manuel da Costa, primeiropoeta do Arcadismo brasileiro.

1744 Nasce no Porto, Portugal, Tomás AntônioGonzaga, o maior poeta do Arcadismobrasileiro, autor de Marília de Dirceu.

Aula 26

LiteraturaProfessor João BATISTA Gomes

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convento. Tudo indica que o motivo não é ou-tro senão o de agradar os poderosos, princi-palmente Jorge de Albuquerque Coelho, do-natário da Capitania de Pernambuco.

PROSOPOPÉIA

Epopéia – Poemeto épico, em 94 estâncias(o mesmo que estrofes) de oitava-rima (as es-trofes de oito versos têm os dois últimos ri-mando entre si), em versos decassílabos (dezsílabas métricas), conforme ensina Camões,em Os Lusíadas.

Enredo – O livro conta os feitos históricosde Jorge de Albuquerque Coelho, governa-dor de Pernambuco, a quem o autor preten-de agradar.

Plágio – A imitação de Os Lusíadas é freqüen-te, desde a estrutura até as construções sin-táticas. Isso tira da obra o valor literário pre-tendido, ficando a fama histórica de ser o li-vro inaugurador do Barroco brasileiro.

CLASSIFICAÇÕES:

a) Primeiro poema épico de nossa literatura.

b) Poema laudatório (que contém louvor).

PERSONAGENS:

a) Proteu (narrador). Na mitologia grega,“Proteu” é deus marinho, capaz de setransformar em animais, em água e emfogo.

b) Jorge de Albuquerque (herói).

GREGÓRIO DE MATOS

Nascimento e morte – Gregório de MatosGuerra nasce em Salvador, Bahia, em 7 deabril de 1636. Falece em Pernambuco, em1696.

Viagem a Portugal – De família abastada,Gregório estuda com os jesuítas de Salva-dor. Em 1650, com 14 anos, embarca paraPortugal (Lisboa), aonde vai com o propó-sito de estudar Direito.

Juiz em Portugal – Matricula-se na Universi-dade de Coimbra, onde se forma em julhode 1661 e passa a exercer a magistratura.

Volta ao Brasil – Interrompe a carreira dejuiz para voltar ao Brasil (por volta de 1680).Nessa altura, já tem seu talento de repentis-ta e zombeteiro reconhecido.

Poesia satírica – Apesar de exercer funçõesreligiosas e de ter um irmão padre (Eusébiode Matos), Gregório não perdoa a Igreja Ca-tólica baiana: faz sátiras ferinas contra pa-dres e freiras, chegando mesmo a usar pala-vrões em pleno século XVII.

E nos frades há manqueiras?... Freiras...E que ocupam os serões?... Sermões.Não se ocupam em disputas?... Putas.

Com palavras dissolutasMe concluís, na verdade,Que as lidas todas de um fradeSão freiras, sermões e putas.

Veja o que diz o poeta sobre a Sé da Bahia,órgão central da Igreja Católica no Brasil:

A nossa Sé da Bahia,com ser um mapa de festas,é um presepe de bestas,se não for estrebaria.

Sátiras políticas – Depois de ridicularizar aIgreja Católica, Gregório volta sua pena satí-

rica contra o governador-geral da Bahia, An-tônio de Sousa Meneses, que esteve à fren-te do governo de maio de 1682 a junho de1684.

Nariz de embono – Agressão sem igual so-fre Antônio Luiz Gonçalves da Câmara Couti-nho, governador-geral do Brasil entre outu-bro de 1690 e maio de 1694; dizem que oilustre político tem o maior nariz da Históriado Brasil, e que aceita ser xingado de tudo,menos de “narigudo”. Contra ele, Gregóriodirige a seguinte quadra:

Nariz de embono,Com tal sacada,Que entra na escadaDuas horas primeiro que o dono.

Caramurus: alvos prediletos – A verdade éque ninguém escapa à língua ferina do Bocado Inferno: autoridades, comerciantes, pa-dres, freiras, juízes, militares, brancos, pre-tos, mulatos, índios. Mas há dois alvos pre-diletos: o relaxamento moral da Bahia e oscaramurus (primeiros colonos nascidos noBrasil e que aspiram à condição de fidalgos).O soneto cujo excerto apresentamos a se-guir é famoso por tratar de tal questão.

A cada canto um grande conselheiro,Que nos quer governar cabana e vinha,Não sabem governar sua cozinha,E podem governar o mundo inteiro.

Exílio – Tantas apronta o poeta baiano que éexilado do Brasil, para Angola. Dizem queuma das causas do exílio são estes versosque acusam o governador-geral de pede-rasta e amante dos seus criados:

Mandou-vos acaso El-ReiCom as fêmeas não dormir,Senão com vosso criado,Que é bomba dos vossos rins?

Poesia lírico-amorosa – Gregório produztambém poesia lírico-amorosa, consideradaa de melhor teor literário.

Cultismo – A poesia sacra de Gregório deMatos às vezes é simples pretexto para exer-cício do cultismo. Veja o jogo de palavras naestrofe a seguir.

O todo sem parte não é todo,A parte sem o todo não é parte,Mas se a parte o faz todo, sendo parte,Não se diga que é parte, sendo todo.

OBRAS DE GREGÓRIO DE MATOS

Manuscritos – Enquanto vive, os seus poe-mas circulam de mão em mão, de forma ma-nuscrita, ou oralmente, de boca em boca

Obras publicadas – As obras de Gregóriode Matos somente são publicadas no séculoXX, entre 1923 e 1933, pela Academia Bra-sileira de Letras, em seis volumes:

I. Sacra (contém todos os poemas religio-sos).

II. Lírica (contém todos os poemas lírico-amorosos).

III. Graciosa (contém poemas que exploramo humor).

IV e V. Satírica (contém todos os poemasque exploram a sátira).

VI. Última (contém poemas misturados).

01. (FGV) Foi um movimento literário doséculo XVII, nascido da crise de valoresrenascentistas. Caracteriza-se na literaturapelo culto dos contrastes, a preocupaçãocom o pormenor e a sobrecarga defiguras como a metáfora, as antíteses,hipérboles e alegorias. Essa linguagemconflituosa reflete a consciência dosestados contraditórios da condiçãohumana.

Trata-se do:

a) Romantismo.

b) Trovadorismo.

c) Humanismo.

d) Realismo.

e) Barroco.

02. (UFAM) Leia a estrofe seguinte:

A vós correndo vou, Braços Sagrados,

Nessa Cruz sacrossanta descobertos,

Que para receber-me estais abertos,

E por não castigar-me estais cravados.

a) Arcadismo

b) Barroco

c) Romantismo

d) Parnasianismo

e) Simbolismo

03. Que figuras do Barroco sobressaem naestrofe abaixo de Gregório de Matos?

Anjo no nome, Angélica na cara,

Isso é ser flor e Anjo juntamente,

Ser Angélica flor, e Anjo florente,

Em quem, senão em vós se uniformara?

a) Prosopopéia e antítese.

b) Antítese e metáfora.

c) Metáfora somente.

d) Metáfora e hipérbole.

e) Antítese e hipérbole.

04. Assinale o item de correlação incorreta.

a) Quinhentismo: século XVI no Brasil.

b) Seiscentismo: século XVII e mais da

metade do século XVIII no Brasil.

c) Neoclassicismo: século XVIII no Brasil.

d) Romantismo: século XVIII e parte do século

XIX no Brasil.

e) Realismo: século XIX no Brasil.

05. Assinale o item de correlação incorreta.

a) Prosopopéia: poema épico.

b) Na Festa de São Lourenço: peça teatral.

c) Obras Poéticas: poemas líricos.

d) Suspiros Poéticos e Saudades: romance.

e) Cartas Chilenas: poemas satíricos.

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Pré-colonização (1501–1530)

Papel secundário – Nos primeiros trinta anos doséculo XVI, o Brasil ocupou um papel secundáriono conjunto de prioridades portuguesas. Não seencontraram riquezas aparentes que pudessemconcorrer com os enormes lucros provenientesdo comércio com o Oriente ou somar-se a eles.

Rota de passagem – A nova terra não possuía,também, uma população organizada que pudes-se ser subjugada para render tributo pelo simplesdireito de viver. Assim, o Brasil tornou-se apenasuma rota de passagem, quase que obrigatória,para as embarcações que praticavam o comércioindiano; aqui, elas realizavam abastecimentos efaziam reparos, quando necessários.

A EXPLORAÇAO DO PAU-BRASIL

O pau-brasil foi colocado, desde o início da colo-nização, sob o monopólio do Estado (estanco), esua exploração foi arrendada, em 1502, a um doscomerciantes portugueses liderados pelo cristão-novo, Fernando de Noronha, por um prazo inicialde três anos.Se os portugueses, entretidos com o comérciooriental, não valorizavam suficientemente o pau-brasil – a ibirapitanga dos indígenas –, o mesmonão se pode dizer de mercadores de outros paí-ses, sobretudo franceses.Desde 1504, há noticias de comerciantes france-ses traficando essa madeira diretamente com oindígena brasileiro. Os lucros eram grandes, umavez que nada se pagava à Coroa portuguesa, que,para combater o contrabando, armou duas expe-dições comandadas por Cristóvão Jacques: aprimeira em 1516 e a segunda em 1526.Tanto os franceses como os portugueses utiliza-ram a mão-de-obra indígena nos trabalhos deexploração dos recursos naturais, sobretudo dopau-brasil.Os selvagens, em troca de quinquilharias (produ-tos de baixo custo para os europeus), cortavam,serravam e carregavam o pau-brasil, transportan-do-o, nos ombros nus (às vezes duas ou três lé-guas de distância), por montes e sítios escabro-sos até a costa. Essa relação com os indígenasdenomina-se escambo.

A COLONIZAÇAO BRASILEIRA

O primeiro passo, no sentido de ocupar as terrasbrasileiras, foi o envio da expedição de MartimAfonso de Souza, que deixou Lisboa em 3 de de-zembro de 1531, com a incumbência primordialde varrer os franceses da “costa do pau-brasil”e desenvolver, ao máximo, a exploração da novaterra, fazendo-lhe reconhecimento, preparando-a para empreendimentos futuros que garantis-sem o seu domínio aos portugueses.A expedição aportou em janeiro de 1532, em SãoVicente, onde Martim Afonso instalou o que seriaa primeira vila do Brasil. Esse primeiro núcleo ofi-cial foi instalado no litoral sul, local de fácil acessoao Prata, o que demonstrava o interesse mercan-tilista pelo domínio dessa região.As informações enviadas à Metrópole relatavama ausência de metais preciosos e a existência deum solo com grande potencial para investimen-tos agrícolas. Valorizando tais informações, o Es-tado português tomou a iniciativa de inauguraruma nova estratégia colonial: o desenvolvimentoda agricultura voltada para exportação, possibili-tando a ocupação, o povoamento e a valoriza-ção econômica dessas terras. Isso é o que sedenomina colonização.

O início da efetiva ocupação territorial da colôniafez que Portugal estabelecesse sua primeira em-presa colonial em terras brasileiras. Em conformi-dade com sua ação exploratória, Portugal viu naprodução do açúcar uma grande possibilidade deganho comercial. A ausência de metais precio-sos e o anterior desenvolvimento de técnicas deplantio nas Ilhas do Atlântico ofereciam condiçõespropícias para a adoção dessa atividade.

A ECONOMIA AÇUCAREIRA (XVI-XVII)

Durante os séculos XVI e XVII, a colonização bra-sileira esteve ligada ao cultivo da cana e ao pre-paro do açúcar. Para a montagem da custosa agroindústria açu-careira – o engenho –, recorreu-se, inicialmente,aos recursos particulares, por meio de conces-sões das sesmarias. As sesmarias foram distribuídas não só a portu-gueses, como também a estrangeiros, desde queprofessassem a fé católica.Mas presume-se que muitas vezes se recorreuao capital externo, sobretudo flamengo (holan-dês), que já se encontrava amplamente envolvi-do nos negócios do açúcar na Europa.Os portugueses eram os mais experientes na pro-dução do açúcar, desde o século XV introduzidanas Ilhas do Atlântico, enquanto a comercializa-ção era feita pelos flamengos (holandeses).A grande propriedade era monocultora e voltadapara o mercado externo, utilizando mão-de-obraescrava, no início com os índios e, posteriormen-te, com os negros africanos.A sociedade açucareira que se organizou era oreflexo da economia agrária, escravista. No en-genho, havia uns poucos trabalhadores assalaria-dos – o feitor, o mestre de açúcar e mesmo o ca-pelão ou padre – que se sujeitavam ao poder e àinfluencia do grande proprietário.Os escravos viviam nas senzalas – habitações deum único compartimento –, na maior promiscui-dade; eram responsáveis por todos os trabalhosnos canaviais, nas oficinas e na casa-grande.Qualquer reação contra o sistema de escravidãoera reprimida violentamente. Os negros, entretan-to, não permaneceram de braços cruzados dian-te dessa realidade opressiva. Enquanto existiu es-cravidão, ocorreu também reação. O símbolo daresistência foi a formação dos quilombos, aldea-mentos de negros fugitivos. Eles surgiram por to-da parte onde imperou a escravidão: Alagoas,Sergipe, Bahia, Mato Grosso, Pernambuco, Riode Janeiro e São Paulo.O mais conhecido foi, sem dúvida, o Quilombodos Palmares, situado no atual Estado de Alago-as, cuja resistência durou cerca de 65 anos. Seusmocambos – pequenos casebres cobertos comfolhas de palmeiras – chegaram a se estenderpor 27 mil km². Assim, Palmares constituía-seem constante chamamento, um estímulo, umabandeira para os negros escravos das vizinhanças– um constante apelo à rebelião, à fuga para o ma-to, à luta pela liberdade.O Quilombo dos Palmares foi destruído em 1695,atacado pela expedição chefiada pelo bandeiran-te Domingos Jorge Velho.Zumbi, grande chefe de Palmares, conseguiu fu-gir com algumas dezenas de homens, mas, nodia 20 de novembro de 1695, foi aprisionado edecapitado, sua cabeça foi colocada num poste,em praça pública, para servir de exemplo aosque o consideravam imortal. A data da morte deZumbi ficou registrada nos anais da História comoo “Dia da Consciência Negra”, para que se possasempre lembrar que os negros até hoje lutam con-tra a marginalização e a discriminação de que sãovítimas.

MINERAÇÃO (XVIII)

As notícias sobre os primeiros achados auríferosdos paulistas, provavelmente realizados entre1693–1695, rapidamente se espalharam por todaa Colônia.

01. (PUC–RS) Responder à questão sobre operíodo pré-colonial brasileiro, com baseno texto a seguir:“... Da primeira vez que viestes aqui, vós ofizestes somente para traficar. (...) Não recu-sáveis tomar nossas filhas e nós nos julgá-vamos felizes quando elas tinham filhos.Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar.Apenas vos contentáveis com visitar-nosuma vez por ano, permanecendo, entre nós,somente durante quatro ou cinco luas[meses]. Regressáveis então ao vosso país,levando os nossos gêneros para trocá-loscom aquilo que carecíamos.”(MAESTRI, Mário. “Terra do Brasil: a conquistalusitana e o genocídio tupinambá”. São Paulo:Moderna, 1993, p.86)

O texto anterior faz alusão ao comércio quemarcou o período pré-colonial brasileiro co-nhecido por:

a) Mita. d) Mercantilismo.b) Escambo. e) Corvéia.c) Encomienda.

02. Levando em conta que o monopólio co-mercial constituía um dos elementos moti-vadores da expansão marítima portuguesa,podemos considerar como acontecimentodo período da pré-colonização do Brasil(1501-1530):

a) A instalação dos primeiros engenhos deaçúcar no litoral brasileiro.

b) O envio pela Coroa portuguesa de algumasexpedições exploradoras ao litoral brasileiro,para combater os corsários franceses queestavam contrabandeando pau-brasi.

c) O envio ao sertão brasileiro dos bandeirantesem busca dos índios e dos metais preciosos.

d) O arrendamento da exploração do pau-brasila grupos privados.

e) A invasão holandesa ao nordeste brasileiropara controlar os centros produtores de açú-car.

03. A colonização do Brasil se fez sob forte im-pulso da economia européia, então em rit-mo acelerado de expansão. Sob esse pris-ma, a economia açucareira:

a) permitiu o início da ocupação efetiva do Bra-sil e gerou lucros para a metrópole, que pas-sou a colocar o produto brasileiro em largaescala nos mercados europeus;

b) veio retardar o desenvolvimento da economiaportuguesa interessada exclusivamente nocomércio proveniente das feitorias asiáticas;

c) foi um momento inicial da exploração colonial,logo abandonado pela mineração aurífera des-coberta no sertão centro-sul do Brasil;

d) nunca rendeu a Portugal o que a metrópoledesejava, por ter sido o litoral brasileiro inva-dido por holandeses durante grande parte doperíodo colonial;

e) iniciou-se no Sul criando uma sociedade ba-seada em duas classes.

Aula 27

HistóriaProfessor DILTON Lima

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Esse verdadeiro rush, até então nunca visto, foiapreendido por Antonil que, por volta de 1710, es-creveu: “A sede insaciável do ouro estimulou a tan-tos deixarem suas terras e a meterem-se por cami-nhos tão ásperos como são os das minas, que di-ficultosamente se poderá dar conta do númerodas pessoas que atualmente lá estão”. (Giovanni Anto-nio Andreoni (Antonil). Cultura e Opulência no Brasil. InFrancisco de Assis Silva. História do Brasil)

A ambição pelo ouro atingiu também a populaçãodo reino. Calcula-se, em média, a entrada de trêsa quatro mil pessoas por ano, durante o tempo dacorrida do ouro.

Intendência – Com a descoberta de zonas aurí-feras nas Minas Gerais, a Coroa portuguesa criouuma intendência em cada local em que se desco-bria ouro, dirigida por um funcionário nomeadopelo Estado e diretamente vinculado a ele. O des-cobridor de cada novo veio aurífero deveria co-municar ao intendente, o mais rápido possível, oseu achado.

Quinto – Sobre a riqueza aurífera, a Coroa portu-guesa exigia a cobrança de tributos. Ficou deci-dido que a quinta parte do ouro extraído pertenciaao Estado. Esse imposto ficou conhecido comoquinto.

Capitação – Em 1730, ocorreu uma redução pa-ra 12%, mas o Estado passou a exigir um impos-to dos mineradores sobre os escravos de sua pro-priedade. Esse imposto ficou conhecido comocapitação.

Derrama – Em 1750, a capitação foi extinta, re-tomando-se os 20% do quinto, mas a Coroa por-tuguesa fixou uma meta de 100 arrobas anuais aser arrecadada. Caso a região mineira não alcan-çasse tal quantidade, o governo executaria a der-rama, ou seja, a cobrança do impostos atrasa-dos. Essa atitude do governo português represen-tava um verdadeiro confisco e ainda era realizadocom violência.

Conseqüências políticas – Esse novo ciclo eco-nômico trouxe conseqüências políticas. Em 1763,ocorreu a mudança da capital da Colônia de Sal-vador (Bahia) para o Rio de Janeiro (Sul), mos-trando a preocupação do Estado em colocar asede do governo mais próximo da região minei-ra, a fim de melhor controlar a saída do ouro, evi-tando, assim, o contrabando.

Desenvolvimento artístico – A mineração foimarcada por um notável desenvolvimento artís-tico na escultura, mormente no barroco, cujomaior destaque foi Antônio Francisco Lisboa, o“Aleijadinho”.

CRIAÇÃO DE GADO OU PECUÁRIA

Atividade complementar da economia açucareira.Essa atividade era praticada nos próprios enge-nhos de cana-de-açúcar, onde se empregava aforça dos animais para fazer funcionar as moen-das; podemos dizer que o gado foi a força motrizdos engenhos. O gado também era usado comotransporte até os portos de embarque do açúcar,e sua carne, depois de seca ao sol, destinava-seà alimentação nos engenhos.

Diferentemente do ocorrido na atividade açuca-reira, na pecuária utilizou-se mão-de-obra livre eindígena.

NEM SÓ DE AÇUCAR E OURO VIVEU OBRASILO projeto colonizador brasileiro foi montadocom base na agricultura voltado para exporta-ção. Para garantir o sucesso desse projeto, foiultilizada paralelamente a produção de aguar-dente (cachaça), tabaco (fumo) e rapadura.Foram produtos necessários na realização dotráfico negreiro (comércio de escravos). A pro-dução de tabaco concentrou-se na Bahia e emAlagoas. O algodão tornou-se um grande produto de ex-portação devido à revolução industrial, ocorridana Inglaterra, na segunda metade do séculoXVIII.A industria têxtil transformou o algodão em ma-téria-prima fundamental, pois houve a ampliaçãodos mercados consumidores desse produto.

Arapuca

01. Durante a época Moderna, o sistemade plantation:a) Propagou-se pela Europa Ocidental e

caracterizou-se pela pequena explora-ção agrícola, pelo trabalho assalariado epela produção em pequena escala degêneros alimentícios.

b) Disseminou-se pelo continente africanoe caracterizava-se pela prática do escam-bo entre os conquistadores europeus eas tribos nativas.

c) Instalou-se no continente americano etinha como características o latifúndio, aescravidão e a produção em larga esca-la de matérias-primas e gêneros tropi-cais.

d) Foi uma particularidade da América decolonização ibérica e caracterizava-sepela grande propriedade agrícola, escra-vidão e produção de manufaturados.

e) Foi uma especificidade da América an-glo-saxã e tinha como características apequena propriedade, o trabalho familiare o desenvolvimento do mercado internocolonial.

02. Assinale a alternativa INCORRETA so-bre o período açucareiro.a) Utilização da mão-de-obra escrava que

garantiu o desenvolvimento de uma so-ciedade aristocrática.

b) A organização social brasileira assenta-va-se na produção do açúcar, produzidoem grande escala, porém em pequenaspropriedades.

c) O trabalho nesse período foi predomi-nantemente escravo, mas também seutilizou a mão-de-obra livre.

d) Além de patriarcal e aristocrática, asociedade colonial brasileira estavamarcada pelo seu caráter rural.

01. Assinale a afirmativa que sintetiza a lógi-ca dos empreendimentos coloniais emrelação ao trabalho:

a) A mão-de-obra indígena era mais facilmenteobtida por ser menos dispendiosa e pelagrande quantidade de índios disponíveis naprópria Colônia.

b) A necessidade de grandes contingentesde trabalhadores levou os portugueses arecorrerem ao trabalho indígena.

c) A questão da mão-de-obra foi um problemaconstante no período, conduzindo à escra-vização de índios e africanos.

d) A escravização do gentio constitui-se numaquestão polêmica que contrapôs, freqüen-temente, lavradores e missionários.

e) O trabalho compulsório mostrou-se o maisadequado ante as diretrizes mercantilistasde ocupação e exploração coloniais.

02. Estima-se que entre 1700 e 1760 aporta-ram em nosso litoral, vindas de Portugale das ilhas do Atlântico, cerca de 600 milpessoas, em média anual de 8 a 10 mil.Sobre essa corrente imigratória, é corre-to afirmar que:

a) continuava a despejar, como nos dois sé-culos anteriores, pessoas das classes su-balternas, interessadas em fazer fortunana América portuguesa.

b) era constituída, em sua maioria, e pela pri-meira vez, de negros trazidos para alimen-tar a voracidade por mão-de-obra escravanas mais variadas atividades.

c) tratava-se de gente da mais variada condi-ção social, atraída principalmente pela pos-sibilidade de enriquecer na região das Mi-nas.

d) representava uma ruptura com a fase ante-rior, pelo fato de agora ser atraída visandosatisfazer a retomada do ciclo açucareiroe o início do algodoeiro.

e) caracterizava-se pelo grande número decristãos-novos e pequenos proprietáriosrurais, atraídos pelas lucrativas atividadesde abastecer o mercado interno.

03. O Tratado de Methuen, firmado em 1703entre Portugal e Inglaterra, estabelecia:

a) livre entrada de tecidos e outros manufatu-rados ingleses;

b) empréstimos ingleses, de longo prazo, pa-ra serem aplicados em um esforço de in-dustrialização;

c) igualdade tarifária para os vinhos portugue-ses e franceses;

d) permissão de entradas de capitais inglesesno Brasil;

e) prioridade às mercadorias portuguesas nocomércio com a Inglaterra.

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Movimentos circulares

Na Cinemática Escalar, estudamos a descriçãode um movimento em trajetória conhecida, utili-zando as grandezas escalares. Agora, veremoscomo obter e correlacionar as grandezas veto-riais descritivas de um movimento, mesmo quenão sejam conhecidas previamente as trajetórias.

Deslocamento Vetorial

A figura ilustra um deslocamento escalar (∆S) deum barco, de A para B, num trecho do rio Purus.→rA e

→rB são vetores-posição com origem em O.

Ao ir de A para B, o barco realizou um desloca-mento ∆r, com origem no ponto A e extremidadeno B, dado pela diferença entre o vetor-posiçãono fim do deslocamento e o vetor-posição noinício:∆→

r = →rB –

→rA

Importante: em trajetória curvilínea, é fácilverificar que |∆r| < |∆S|.

Velocidade Vetorial Média

Numa trajetória qualquer (retilínea ou curvilínea),a velocidade vetorial média é definida pela razãoentre o vetor deslocamento e o correspondenteintervalo de tempo:

∆→r→

vm = ––––∆t (o vetor velocidade média tem a mesma direçãoe o mesmo sentido do vetor deslocamento).

Aplicação 1Numa curva de rio, em certo instante, um homemobserva um barco deslocar-se desde a posição A,a 6m do ponto O em que está posicionado. De-pois de 5s, o barco está na posição B, a 8m domesmo referencial. Determine o módulo davelocidade vetorial média do movimento dobarco.

Dados os módulos dos vetores-posição, r1 = 6me r2 = 8m, podemos calcular o módulo dodeslocamento vetorial:

Módulo da velocidade vetorial média:∆r 10→

vm = –––– = ––––– = 2 m/s∆t 5

Velocidade Vetorial Instantânea

A direção, o sentido e a "rapidez" (módulo) domovimento, em cada ponto da trajetória, são oselementos que o vetor velocidade instantânearepresenta.

1. Em um movimento retilíneo:A velocidade vetorial, em dado instante, tem osentido do movimento e a direção da reta emque ele ocorre:

2. Em um movimento curvilíneo:A velocidade vetorial instantânea tem direçãotangente à curva, no ponto considerado, esentido indicado pela orientação do vetor:

Atenção: uma grandeza vetorial só é constantese forem constantes sua direção, seu sentido esua intensidade. Assim, o único movimentoque tem velocidade vetorial constante é omovimento retilíneo uniforme.

Aceleração Vetorial Instantânea

É a aceleração vetorial de um móvel em cadaponto de sua trajetória.Vamos decompor o vetor aceleração instan-tânea, tomando como base a direção do vetorvelocidade:

1. Aceleração tangencial (→at) – Compõe a

aceleração vetorial na direção do vetor veloci-dade (

→v ) e indica a variação do módulo deste.

Possui módulo igual ao da aceleração escalar:∆vat = a = ––– ∆t

Importante:1. Em movimentos acelerados,

→at e

→v têm o

mesmo sentido, como na figura, acima.2. Em movimentos retardados,

→at e

→v têm

sentidos contrários.3. Em movimentos uniformes,

→at é nula, já que

o módulo de→v não varia nesses movimentos.

2. Aceleração centrípeta ou normal (→ac) –

Componente da aceleração vetorial na direçãodo raio de curvatura (R); indica a variação dadireção do vetor velocidade (

→v ); tem sentido

apontando para o centro da trajetória (por isso,centrípeta) e módulo dado por:

v2ac = ––––

RImportante: nos movimentos retilíneos,

→ac é nula

porque o móvel não muda de direção nessesmovimentos.

3. Aceleração vetorial resultante – A obtençãoda intensidade da aceleração resultante pode serfeita aplicando-se o Teorema de Pitágoras notriângulo retângulo em destaque na figura acima:a2 = a2

t+ a2c

Aplicação 2Um corpo descreve uma trajetória circular dediâmetro 20cm, com velocidade escalar de5m/s, constante. Nessas condições, calcule aaceleração à qual fica submetido o corpo.

Como D=20cm, o raio R=10cm=0,1m; v=5m/s.O módulo da velocidade não muda (v constante),então: at = 0. A aceleração do corpo é:

v2

a2 = a2t + a2

c ⇒ a2 = a2t ⇒ a = ac = ––––

Rv2 52

a =–––– = ––––– = 250m/s2

R 0,1

MOVIMENTOS CIRCULARES

Deslocamento escalar – O perímetro de umacircunferência corresponde à medida do arcorelativo a uma circunferência completa (uma volta):S = 2πR (Unidade no SI: metro – m).A correspondente medida, em radianos, dessearco vale:

S 2π Rθ = ––– = ––––– = 2π radR R

01. Considere a Terra perfeitamente esférica esuponha um aro nela ajustado, na linha doequador (que mede aproximadamente 40000km).

Se o comprimento desse aro foraumentado de 1m, surgirá uma folga xentre ele e a Terra, como está indicado nafigura. Dentre as alternativas, assinaleaquela que traz o maior animal capaz depassar por essa folga:a) Pulga. b) Aranha. c) Rato.d) Gato. e) Elefante.

02. Um móvel parte do repouso e percorreuma trajetória circular de raio 100m, emmovimento acelerado uniformemente, deaceleração escalar igual 1m/s2. Calcule,após 10s, as componentes tangencial ecentrípeta da aceleração.

03. Uma roda gigante de raio igual a 6m estáem rotação uniforme e completa uma voltaa cada 50s. A freqüência da roda (em Hz) ea velocidade angular da roda (em rad/s)valem, respectivamente:

a) 0,2 e 1,3 b) 0,02 e 0,13c) 0,1 e 0,01 d) 2 e 13e) 4 e 26

04. (UFPA) Uma partícula em MCU percorre250cm em π segundos, com aceleraçãode 500cm/s2. Qual é o período de seumovimento?

a) 1s b) 2s c) 3sd) 4s e) 5s

05. Um ventilador, inicialmente em repouso, éligado e, 2s após, apresenta umavelocidade angular de 6rad/s. Determine,em rad/s2, a aceleração angular média doventilador.

a) 1,0 b) 2,0 c) 3,0d) 4,0 e) 5,0

06. (FEI–SP) Uma partícula descreve umacircunferência com movimento uniforme.Pode-se concluir que:a) Sua velocidade vetorial é constante.b) Sua aceleração tangencial é não-nula.c) Sua aceleração centrípeta tem módulo

constante.d) Sua aceleração vetorial resultante é nula.e) Suas acelerações tangencial e resultante são

iguais em módulo.

Aula 28

FísicaProfessor CARLOS Jennigs

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Assim, quando um corpo se desloca sobre umacircunferência, podemos fornecer a sua posiçãomencionando o ângulo central correspondente.

Deslocamento angular – A medida algébricado ângulo que define a posição do corpo, emrelação à origem, é chamada de fase (θ).A variação sofrida pela fase (∆θ ), num dadointervalo de tempo, recebe o nome dedeslocamento angular: ∆θ = θ – θo (unidadeno SI: radiano – rad).Relação entre os deslocamentos escalar eangular – É uma constante de valor igual aoraio da circunferência:∆S ∆S ––– = R ⇒ ∆θ = –––∆θ RVelocidade escalar linear e velocidadeangular – Do mesmo modo como definimos avelocidade escalar média (vm= ∆S/∆t), podemosdefinir a velocidade angular média:

∆θωm= ––– (unidade no SI: rad/s).∆tRelação entre velocidade escalar média eangular média – Opera-se por meio do raio:

vmωm = ––– ∴ vm = ωm RR

Relação entre aceleração centrípeta e veloci-dade angular:

v2 (ω R)2

ac = ––– = –––––– ⇒ ac = ω2R R R

Aceleração escalar linear e aceleração angular– Do mesmo modo como definimos a aceleraçãoescalar média (am = ∆v/∆t), podemos definir aaceleração angular média:

∆ωγm = ––––∆tRelação entre aceleração escalar média eangular média – Opera-se por meio do raio:

amγm = –––– ⇒ am = γm RR

MOVIMENTOS PERIÓDICOS

Aqueles que se repetem identicamente emintervalos de tempo iguais.1. Freqüência (f) – Representa o número devoltas (n) que o móvel efetua por unidade detempo:

nf = ––– (unidade no SI: rotações por segundo∆t (rps), que recebe o nome de hertz – Hz).

2. Período (T) – Representa o intervalo detempo correspondente a uma volta completa:

∆tT = –––– (unidade no SI: segundo – s).

n

Relação entre T e f – O período é o inverso dafreqüência:

f = 1/T ou T = 1/f

Relação entre ω, T e f :∆θ 2πω = –––– ∴ ω = –––– ∴ ω = 2π f∆t T

Aplicação 3Um móvel percorre uma trajetória circular de 4mde raio, dando 4 voltas em 8s. Quais as veloci-dades tangencial e angular do móvel?

Solução:Comecemos pelo período:4 voltas → 8s1 volta → TEntão: T =2sAgora, a velocidade tangencial:

2π R 2. 3,14 .4v = ––––– = ––––––––– = 12,56m/s

T 2Finalmente, a velocidade angular:

2π 2. 3,14 ω = –––– = –––––––– = 3,14rad/sT 2

MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU)

Características:• Trajetória: circunferência.• Movimento periódico.• Velocidade vetorial: constante em módulo e

variável em direção e sentido.• Aceleração tangencial: nula.• Aceleração centrípeta: constante em módulo

e variável em direção e sentido.• Freqüência e período: constantes.

Funções horárias escalar e angular (de fase):

Aplicações

04. (FGV) A função horária do espaço, para umMCU de raio 2m, é S = 5 + 4t (SI). Determine:

a) A função horária de fase.Solução:R = 2m; S = 5 + 4t

S 5 + 4t θ = ––– = ––––––– ∴ θ = 2,5 + 2tR 2

b)As velocidades escalar e angular do movi-mento.

Solução:Das funções horárias do espaço e da fase,respectivamente, retiramos:v = 4m/s e ω = 2rad/s

c) As acelerações tangencial e centrípeta paraesse movimento.

Solução:at = 0 (MCU);

v2 42

ac = ––– = –––– = 8m/s2

R 2

05. Encontre uma expressão da velocidadeescalar linear v de um ponto da superfície daTerra, referida apenas ao movimento de rotação,em função da latitude L. A Terra, suposta esféri-ca, tem raio R e seu período de rotação é T.Solução:

Um ponto P qualquer, de latitude L, da superfícieterrestre descreve uma circunferência de raio rem relação ao eixo da Terra, com velocidadeangular dada por:

2πω = –––– (I)T

Do triângulo destacado, temos:r

cosL = –––– ⇒ r = RcosL (II)R

A velocidade escalar linear é dada por:v =ω r (III) Substituindo (I) e (II) em (III), obtemos:

2πRcosLv = ––––––––––

TMOVIMENTO CIRCULAR UNIFORMEMENTEVARIADO (MCUV)Características:• Trajetória: circunferência.• Velocidade vetorial: variável em módulo,

direção e sentido.• Aceleração tangencial: constante em módulo,

variável em direção e sentido.• Aceleração centrípeta: variável em módulo,

direção e sentido.Expressões do MCUV:

Um satélite em órbita circular em torno da Ter-ra realiza um movimento que, além de circular,é uniforme. Em telecomunicações, destacam-se os satélites denominados geoestacioná-rios. Esses satélites descrevem uma circunfe-rência com cerca de 42 000km de raio, no mes-mo plano do equador terrestre, e mantêm-sepermanentemente sobre um mesmo local daTerra, completando, portanto, uma volta a ca-da 24 horas.

A Lua completa uma volta ao redor da Terra emaproximadamente 27 dias (período de transla-ção). Nesse mesmo intervalo de tempo, elatambém completa uma rotação em torno deseu eixo (período de rotação). Em virtude des-sa igualdade de períodos de translação e rota-ção da Lua, ela nos mostra sempre a mesmaface. A outra face (face oculta) só ficou conhe-cida com o advento da era espacial.

Exercício

01. Um carro de corrida movimenta-se numapista circular efetuando 60 voltas comple-tas em 1h30min. Quanto tempo o carrodemora, em média, para efetuar uma voltacompleta?

a) 4min b) 3,5min c) 2sd) 1,5min e) 1min

02. Uma partícula em MCUV tem sua veloci-dade angular alterada de 2π rad/s para10π rad/s, durante 20s. Calcule o númerode voltas que a partícula efetua nesse in-tervalo de tempo.

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A população amazonense

Até a década de 1970, o ritmo de crescimento po-pulacional da Região Norte era muito pequeno.Devido à sua grande extensão, à falta de meiosde comunicação e ao pequeno desenvolvimentoeconômico, a Região não atraía migrantes, per-manecendo pouco populosa.

A partir de então, o quadro começou a se modi-ficar em razão de vários fatores: descoberta deminérios, instalação de garimpos, derrubada degrandes extensões da floresta para o estabeleci-mento de projetos agropecuários e construção deestradas de rodagem. Foram importantes tambémos incentivos governamentais para o povoamentoe a colonização.Observe, no gráfico, o crescimento populacionalda Região Norte nas últimas décadas.

Região Norte: crescimento da população*

Fonte: IBGE. Censo demográfico 2000 (Sinopse

preliminar). * Em 1990, não houve recenseamento.

O Norte tem 12.900.704 habitantes. Como a ex-tensão territorial da Região é grande, a densida-de demográfica é de apenas 3,4 habitantes porquilômetro quadrado, a mais baixa do Brasil.A população está distribuída de forma muito irre-gular pelo espaço regional. Algumas poucas áreasem Roraima, em Rondônia, no Amapá, no Pará,em Tocantins e no Acre apresentam densidadesdemográficas superiores a 25 habitantes por qui-lômetro quadrado; somente as áreas onde estãosituadas as cidades de Belém e Manaus ultrapas-sam os 100 habitantes por quilômetro quadrado.As cidades e os povoados concentram-se às mar-gens dos rios, mantendo as características inici-ais da ocupação do espaço.Somente duas cidades da Região Norte apresen-tam população superior a um milhão de habitan-tes. Uma delas é Belém, uma das metrópoles re-gionais brasileiras; a outra é Manaus, que devegrande parte de seu recente crescimento demo-gráfico à Zona Franca aí instalada.Ao estudar a geografia da Região Norte, uma dasmaiores transformações observadas, é o rápidoprocesso de urbanização ocorrido nos últimosanos. Até os anos 1970, a maior parte da popu-lação morava na zona rural. A partir de então, asituação inverteu-se. No entanto isso não aconte-ce em todos os estados da Região. Algumas áreassão bastante urbanizadas, enquanto em outrasa maioria da população vive na zona rural.

Um espaço de conflitos

Conflitos – A construção de grandes rodovias,os projetos de mineração e a expansão da agro-pecuária na Região Norte têm sido realizados àcusta de muitas lutas, perseguições e mortes debrancos e de indígenas.

Sem-terra – O número de sem-terra na Região égrande e tem aumentado ainda mais nos últimosanos. São seringueiros, castanheiros, lavradores,peões de fazendas de pecuária e migrantes deoutras regiões brasileiras que se instalam emáreas desocupadas, aparentemente sem dono,para morar e produzir. Essa ocupação gera umasérie de conflitos, como se verifica no sul e nosudeste do Pará.

Esses conflitos ocorrem principalmente nas áreasem que há um grande avanço da pecuária e damineração, que não deixam espaço para peque-nas propriedades.Também os indígenas da região sofrem com aexpansão agropastoril e mineradora. Embora oBrasil tenha terras indígenas delimitadas nas cha-madas reservas, que são protegidas por lei, essasterras muitas vezes são invadidas.Um dos exemplos dessa luta pela terra foi o queaconteceu com a tribo dos ianomâmis, habitantesde Roraima. Na década de 1980, a reserva dessatribo foi invadida por dezenas de milhares de ga-rimpeiros. Desde então, a população ianomâmisofreu um verdadeiro processo de extermínio, ví-tima da destruição de seu ambiente e de doençastransmitidas pelos invasores.Como vimos, o Norte constitui a última fronteirade expansão econômica do País, e por isso aindase verificam aí muitos conflitos. Nos últimos anos,porém, têm-se ampliado na Região os mecanis-mos de organização de diversas categorias so-ciais, como seringueiros, produtores rurais e in-dígenas. Isso sem contar a formação de gruposambientalistas e de defesa dos direitos humanos.É preciso reconhecer que essas iniciativas têmsido respostas à forte intervenção do Estado, quemarcou – e ainda marca – a organização desseespaço regional.

O povoamento

Primeiras expedições – Durante mais de cemanos, após a chegada dos portugueses ao Brasil,a Amazônia só era conhecida por expedições quepara lá se dirigiam para aprisionar índios ou embusca das drogas do sertão (cacau, canela, bau-nilha, madeiras aromáticas), que eram vendidasà Europa e rendiam algum dinheiro aos explora-dores.

Ocupação e povoamento – A ocupação e o po-voamento da Amazônia tiveram início no séculoXVII, quando o governo português resolveu ins-talar, junto à foz do rio Amazonas, uma fortifica-ção que deu origem à cidade de Belém. Um pou-co mais tarde, foi funda do o núcleo que originoua cidade de Bragança.

No século seguinte, ocorreram dois tipos de açãopovoadora: as missões religiosas, que tinham oobjetivo de catequizar os índios, e as expediçõesmilitares, organizadas para defender o território.Somente a partir do fim do século XIX, começoua ocupação do interior da Amazônia com a explo-ração da borracha.

No século XX, centenas de imigrantes japonesesinstalaram-se em núcleos coloniais, principalmen-te no Pará, na chamada região Bragantina, entreas cidades de Belém e Bragança. Aí fundaramuma colônia agrícola (Tomé-Açu) e introduzirama agricultura comercial de pimenta-do-reino.

Aula 29

GeografiaProfessor Paulo BRITO

01.

Associando-se as tabelas, está corretoafirmar que:a) o segundo maior colégio eleitoral brasileiro

está mais suscetível a práticas clientelistasdevido à baixa escolaridade da população.

b) os analfabetos funcionais não são suscetí-veis ao populismo, na Região Sul, porqueessa região recebeu imigrantes europeus:

c) o menor colégio eleitoral do Brasil é menossuscetível à corrupção porque a população,cuja escolaridade é mais elevada, controlamais facilmente os políticos.

d) o maior colégio eleitoral do país está livre dovoto de cabresto porque apresenta a menortaxa de analfabetismo funcional.

e) o desconhecimento dos candidatos, peloeleitor, aliado à alta taxa de analfabetismo,inibe o populismo na Região Centro Oeste,área de migração.

02. (UFSM–RS) Sobre o contingente da popu-lação indígena brasileira, a partir do sé-culo XX, pode-se afirmar que:I. se verifica uma tendência de aumento des-

se contingente, principalmente em funçãoda delimitação de reservas indígenas.

II. essa população, hoje muito reduzida (me-nos de 0,5%), está concentrada, principal-mente, nas regiões Norte e Centro-Oeste.

III. a superfície total das terras indígenas equi-vale a um percentual pouco significativo daárea do Brasil.

IV. ocorre um etnocídio no modo de vida, noshábitos, nas crenças na língua, na tecnolo-gia e nos costumes.

Estão corretas: a) apenas I e II. b) apenas II e III. c) apenas I e IV. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV.

03. (UTAM) O que significa a expressão“Investimentos Demográficos”?a) Despesas com alimentação, saúde e

educação de menores de idade.b) Métodos anticoncepcionais como

laqueadura ou vasectomia para adiminuição do índice de natalidade oucomo planejamento familiar.

c) Grandes contingentes de pessoas combaixo grau de instrução ocupando o mer-cado de trabalho urbano.

d) Despesas do Estado com educação,aposentadorias, programa de assistênciasocial e saúde da população.

e) Gastos de Estado para o pagamento deaposentadorias e pensões para a popula-ção da terceira idade.

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Outros grupos de japoneses fixaram-se no Ama-pá e no médio curso do Amazonas, onde se de-dicaram à plantação de juta.

A borracha e o povoamento

A borracha já era conhecida pelos indígenas daAmazônia quando, na primeira metade do sécu-lo XIX, o norte-americano Goodyear criou proces-so de vulcanização, que tomava esse materialmais resistente e elástico. A borracha passou aser muito usada na Europa e nos Estados Unidos,o que significou grande procura e valorização doproduto no mercado mundial.

No fim do século XIX, intensificou-se a extraçãodo látex das seringueiras nativas na Região Ama-zônica. A exploração da borracha é feita de mo-do rudimentar, e, como as seringueiras estão dis-persas pela floresta, a atividade de extração ocu-pa grandes extensões de terra.

O seringal, como é chamada à área de explora-ção das seringueiras, pertence ao seringalista,que controla toda a produção e contrata os serin-gueiros.

A princípio, os seringueiros eram os próprios na-tivos da região, mas, com o aumento da neces-sidade de produção, foi preciso atrair migrantesde outras regiões. O grupo mais numeroso foi ode nordestinos, que, fugindo da seca, migraramaos milhares para a Amazônia, no fim do séculoXIX.

Os seringueiros nordestinos trabalhavam em con-dições muito desfavoráveis. Além dos perigos dafloresta e da malária, ainda eram explorados pe-los seringalistas. Ganhavam muito pouco e eramobrigados a consumir roupas, utensílios e alimen-tos dos armazéns que pertenciam aos própriosseringalistas. Como esses produtos eram vendi-dos a preços muito elevados, o seringalista aca-bava recebendo de volta o dinheiro gasto com opagamento dos empregados, que ainda ficavamdevendo, acumulando enormes dívidas.

A procura internacional pela borracha era tãogrande no fim do século XIX e início do séculoXX que esse produto passou a ser o segundoem valor nas exportações brasileiras. Era supera-do apenas pelo café, produzido no Sudeste. Aexploração da borracha possibilitou o enriqueci-mento de um pequeno grupo de pessoas, quese concentraram principalmente em Manaus.

Durante alguns anos, o Brasil liderou a produçãomundial de borracha. Como o produto era cadavez mais procurado, a Inglaterra decidiu fazergrandes plantações de seringueiras em suas co-lônias do Oriente. Em poucos anos, essas plan-tações passaram a produzir mais e com custosmais reduzidos que os seringais da floresta Ama-zônica. A partir de 1913, o Brasil perdeu sua po-sição de líder mundial na produção de borracha,e muitos seringais foram abandonados. A Regiãologo entrou em decadência.

A integração regional

O espaço rural da Região Norte começou a semodificar a partir dos anos de 1960. O fator prin-cipal que contribuiu para essa transformação foio esforço do Governo Federal para integrar o Nor-te ao Centro-Sul do País. Entre as medidas esta-belecidas pelo governo, cabe destacar:

• A criação da Superintendência do Desenvolvi-mento da Amazônia (Sudam), do Banco daAmazônia (Basa) e da Superintendência daZona Franca de Manaus (Suframa).

• O incentivo à concretização de projetos agro-

pecuários como forma de expandir a fronteira

do país e incentivar a migração para a Região.

• A colonização dirigida por meio de numerosos

Projetos oficiais do Incra e de projetos privados,

política que durou até fins da década de 1970.

• O investimento em infra-estrutura, como a cons-

trução de grandes rodovias: Transamazônica,

Cuiabá–Porto Velho, Cuiabá–Santarém, Porto

Velho–Manaus.

• A implementação de projetos de exploração

mineral, como o do Grande Carajás, iniciado

na década de 1980.

• A instalação de projetos militares que visavam

ao controle da fronteira norte do País, à iden-

tificação de riquezas minerais e à ocupação

do “grande vazio demográfico” da Região.

A maioria das medidas acabou, por não consi-

derar os interesses da população local, sobre-

tudo a indígena, voltando-se principalmente para

atender à expansão de atividades econômicas e

de empresas do Centro-Sul. Com isso, surgiram,

na Região, vários conflitos sociais, como os que

opõem índios, fazendeiros e posseiros. Também

afloraram conflitos de ordem ambiental, já que os

objetivos e o modo de ocupação variam confor-

me os diferentes interesses em jogo: desmatar

ou não desmatar, represar ou não os rios, etc.

Exercício

01. (UFSM–RS) A cara do Brasil é feita comtodas as cores. A riquíssima fotografiaétnica vem sendo revelada no decorrerdo processo histórico que formou nos-so povo. Quanto à composição étnicada população brasileira, pode-se afir-mar:

I. Em números absolutos, houve umadiminuição da população indígena,desde o descobrimento até hoje,provocada pela morte em conflitose pelas epidemias.

II. Os brancos que compõem a popu-lação brasileira possuem, em suamaioria, origem européia; nesse con-junto, italianos e alemães formam osgrupos mais numerosos na forma-ção étnica do Brasil.

III. A população brasileira passa por umprocesso de “embranquecimento”motivado pelos cruzamentos entrebrancos e outras etnias, diminuindo,progressivamente, o número de ne-gros e mestiços.

Está(ão) correta(s):

a) apenas I;

b) apenas II;

c) apenas III;

d) apenas I e II;

e) apenas I e III.

01. (UTAM) Os municípios de Itacoatiara, Pa-rintins, Iranduba e Presidente Figueire-do têm como principal base econômi-ca, respectivamente:

a) Piscicultura, turismo, reserva de nióbio,avicultura.

b) Pólo madeireiro, pecuária, hortifrutigran-jeiro, jazidas de cassiterita.

c) Pólo de construção naval, guaraná, den-dê, juta.

d) Garimpos, fruticultura, indústria argilífera,cereais.

e) Juta, banana, castanha, pescado.

02. Criado principalmente no Pará, esse ti-po de gado apresenta boas possibilida-des de criação na várzea amazonense,visto que, em Parintins, adaptou-se mui-to bem e, nos últimos anos, vem ex-pandindo para o Centro-Sul do País.Estamos falando dos:

a) ovinos b) suínosc) bovinos d) búfalos e) n.d.a.

03. (UTAM) Vale do Javari – RonaldoBarbosa e João Melo:

“Javari, ltuí – Javari, Curuçá – Javari –Bacia dos belos Matis, ltuí”. “Berçobrabo dos Mayorum, Curuçá – Sinafeliz dos Kulina; ltacuai – Berço fortedos Marubu, Javari – Cacete de mortedos Quixitos Kaniwá...”

O trecho acima refere-se a uma regiãodas terras indígenas na Amazônia queestá:

a) Ao norte do Amazonas, entre Roraima eVenezuela.

b) No sudoeste do Amazonas, entre Acre ePeru.

c) Ao sul da Amazônia, entre Pará Tocantinse Mato Grosso.

d) No sudeste da Amazônia.e) A leste do Amazonas, na fronteira com o

Pará.

04. Quando se estudam as principais ativi-dades econômicas da população de umestado, país ou região, é muito comumrelacionar o número de pessoas que tra-balham na agricultura com o número depessoas que trabalham na indústria. Anomenclatura utilizada para designar oconjunto de pessoas que trabalham,respectivamente, na agricultura e naindústria é:

a) setor primário e setor secundário.b) setor primário e setor terciário.c) setor primário e setor quaternário.d) setor secundário e setor primário.e) setor de economia formal e setor de

economia informal.

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Citologia II

1. ESTUDO DA CÉLULA

Membrana plasmática

Defininição – A membrana celular é um fino re-vestimento que envolve a célula, tão delgada quenão é possível vê-la ao microscópico óptico; porisso, só foi descoberta após a invenção do mi-croscópio eletrônico. Até então, por se observarsomente o citoplasma contido e com caracterís-ticas diferentes das do meio externo, apenas seimaginava que ela pudesse existir.

Outros nomes – A membrana celular também éconhecida como membrana plasmática, mem-brana citoplasmática ou plasmalema. Possui cer-ca de 75 angström de espessura, o que a tornavisível somente ao microscópico eletrônico; é pormeio dele que distinguimos duas faixas escuras,uma interna e outra externa, envolvendo umafaixa central mais clara.

O modelo do mosaico fluido

Composição – A membrana celular é lipopro-téica, isto é, composta de lipídios e proteínas.Os lipídios são fosfolipídios, colesterol e glico-lipídios.

Em 1972, os cientistas americanos S. J. Singer eG. Nicholson imaginaram um modelo para expli-car sua arquitetura. Esse modelo ficou conheci-do como “modelo do mosaico fluido”. Nele, amembrana celular é uma dupla camada de lipí-dios, em que estão mergulhadas, em movimen-to, proteínas. Na superfície, glicoproteínas (glicí-dios + proteínas) e glícolipídios (glicídios + lipí-dios) formam uma espécie de tapete, chamadoglicocálix, que parece ter funções de identificare reter substâncias úteis à célula. Cada célulatem seu glicocálix, como uma espécie de impres-são digital.

Função da membrana celular

A membrana celular tem como principal funçãoconter o citoplasma, separando os meios intra eextracelular. O resultado disso é uma composiçãointerior diferente daquela do meio em que a célu-la se encontra.

Propriedades da membrana celular

A membrana celular é viva, elástica e, se por aca-so for rompida, tem a capacidade de regenerar aparte perdida. É descontínua, interrompida porporos que a atravessam de um lado a outro. Alémdisso, conduz eletricidade. Realiza o transportede substâncias, permitindo que algumas entreme saiam passando através dela. Por ser permeá-vel a algumas substâncias e a outras não, isto é,por apresentar permeabilidade seletiva, é deno-minada semipermeável.

De todas as propriedades, a principal delas é asua capacidade de selecionar substâncias quedevem sair ou entrar na célula.

Transporte através da membrana celular

A célula, para viver, deve permitir a entrada desubstâncias e, depois, garantir a eliminação deresíduos inúteis ou até nocivos. A entrada e asaída dessas substâncias através da membranacelular podem ser feitas por transporte passivo,sem que a célula gaste energia, ou por trans-porte ativo, com gasto de energia celular.

Transporte passivo

O transporte passivo é a entrada e a saída desubstâncias sem que a célula gaste energia(ATP). Ele pode ser de três tipos: difusão, difu-são facilitada e osmose.

Difusão facilitada

A difusão facilitada é o transporte passivo desubstâncias que conta com a ajuda de com-postos presentes na membrana celular. Essescompostos, chamados permeases, acoplam-seà substância que está no meio extracelular, faci-litando sua entrada. Um exemplo disso é o trans-porte da glicose. Embora já se encontre em mai-or concentração no meio extracelular, sua entra-da na célula torna-se mais fácil pela presençadas permeases.

Esquema da difusão facilitada

Osmose

A osmose só é possível quando dois meios deconcentrações diferentes estão separados poruma membrana semipermeável. É o que acon-tece entre a célula e o meio extracelular.

A célula possui membrana semipermeável e umcitoplasma em que se encontram água – o sol-vente – e substâncias como açúcares, gorduras,proteínas e outras – os solutos. O meio extrace-lular também possui as mesmas substâncias ecompostos.

Quando a concentração de solutos em um meioé mais alta que em outro, o meio é hipertônicoem relação ao outro, que é hipotônico. Quandomeios diferentes possuem concentrações iguais,são isotônicos.

Imagine duas soluções em que o soluto seja aglicose, e o solvente seja a água; imagine aindaambas estejam separadas por uma membranasemipermeável, que só deixa passar a água,mas impede a passagem da glicose.

Esquema da osmose

Se a membrana que separa dois meios de con-centrações diferentes for impermeável, não ha-verá trânsito de nenhum lado. Caso a membra-na seja permeável ao soluto, não haverá osmo-se, mas sim difusão.

01. (UF-PR) A seguir, pode-se observar a repre-sentação esquemática de uma membranaplasmática celular e de um gradiente deconcentração de uma pequena molécula“X” ao longo dessa membrana.

Com base nesse esquema, considere asseguintes afirmativas:

I. A molécula “X” pode-se movimentarpor difusão simples, através dos lipí-dios, caso seja uma molécula apolar.

II. A difusão facilitada da molécula “X”acontece quando ela atravessa a mem-brana com o auxílio de proteínas carrea-doras, que a levam contra seu gradien-te de concentração.

III. Se a molécula “X” for um íon, ela pode-rá atravessar a membrana com o auxí-lio de uma proteína carreadora.

IV. O transporte ativo da molécula “X” ocor-re do meio extracelular para o citoplas-ma.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são verdadei-ras.

b) Somente as afirmativas II e IV são verdadei-ras.

c) Somente as afirmativas I e III são verdadei-ras.

c) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadei-ras.

e) Somente a afirmativa III é verdadeira.

02. (Fuvest) O gráfico a seguir mostra as con-centrações relativas de alguns íons no ci-toplasma da alga verde “Nitella” e na águacircundante. A partir dos conhecimentossobre permeabilidade da membrana celu-lar, qual a melhor interpretação para os da-dos mostrados no gráfico?

a) Os íons difundem-se espontaneamente atra-vés da membrana.

b) A diferença de concentração iônica deve-seà osmose.

c) A diferença de concentração iônica deve-seà pinocitose.

d) A carga elétrica atrai os íons para dentro dacélula.

e) Ocorre transporte ativo dos íons através damembrana.

Aula 30

BiologiaProfessor JONAS Zaranza

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01. (Unesp) Nos túbulos do néfron há inten-so transporte ativo. Portanto as célulasdas paredes desses túbulos são ricasem:

a) mitocôndrias;b) DNA;c) lisossomos;d) ribossomos;e) retículo endoplasmático.

02. (UFC) Que processo, provavelmente, es-taria ocorrendo em grande extensão, emcélulas cuja membrana celular apresen-tasse microvilosidades?

a) Detoxificação de drogas.b) Secreção de esteróides.c) Síntese de proteínas.d) Catabolismo.e) Absorção.

03. (Fuvest) A membrana celular é impermeá-vel à sacarose. No entanto culturas delêvedos conseguem crescer em meiocom água e sacarose. Isso é possívelporque:

a) a célula de lêvedo fagocita as moléculasde sacarose e digere-as graças às enzi-mas dos lisossomos.

b) a célula de lêvedo elimina enzimas diges-tivas para o meio e absorve o produto dadigestão.

c) as células de lêvedo cresceriam mesmosem a presença desse carboidrato ou deseus derivados.

d) as células de lêvedo têm enzimas que car-regam a sacarose para dentro da célula,onde ocorre a digestão.

e) a sacarose transforma-se em amido, poração de enzimas do lêvedos, e entre ascélulas, onde é utilizada.

04. (Fuvest) Na figura a seguir, as setas nume-radas indicam o sentido do fluxo de águaem duas células.

Qual das alternativas identifica correta-mente os processos responsáveis pelosfluxos indicados?

a) I – osmose, II – osmose, III – osmose.b) I – osmose, II – osmose, III – transporte

ativo.c) I – osmose, II – transporte ativo, III –

transporte ativo.d) I – transporte ativo, II – transporte ativo, III

– osmose.e) I – transporte ativo, II – transporte ativo, III

– transporte ativo.

2. OSMOSE EM CÉLULA VEGETAL

Transporte ativo

O transporte ativo é a passagem de substânciasatravés da membrana com gasto de energia pelacélula. Um exemplo é o processo chamado bom-ba de sódio e potássio.

Bomba de sódio e potássio

As células, em repouso, contêm quase vinte ve-zes mais íons de potássio (K+) em seu meio in-terno que no meio externo. No meio externo, po-rém, há quase vinte vezes mais íons de sódio(Na+) que no meio interno. Como esses íons ten-dem a difundir-se, a tendência natural seria queessas concentrações se equilibrassem. Mas amembrana celular bombeia potássio para dentroe sódio para fora (contra a tendência natural), gas-tando energia para isso. Esse mecanismo debombeamento é a bomba de sódio e potássio.A bomba de sódio e potássio auxilia a contraçãomuscular: para que a célula muscular possa con-trair-se, ela bombeia potássio para dentro e só-dio para fora; ao relaxar, faz o contrário.

Esquema da bomba de sódio e potássio

Obs.: A importância da bomba de ions sódio epotássio é gerar impulsos nervosos e musculares.

Esquema da bomba de sódio e potássio

Transporte em quantidade

A célula modifica sua superfície quando necessitaincorporar ou eliminar substâncias grandes que,por seu tamanho, romperiam a membrana casofossem atravessá-la. Esse transporte de substân-cias é feito em bloco e pode ocorrer por meio dedois processos: endocitose e exocitose,

Endocitose – Do grego éndon (movimento paradentro) kytos (célula), é o englobamento de partí-culas pela célula. Pode ocorrer por fagocitose oupinocitose. Na endocitose, a membrana celularrompida é, mais tarde, reaproveitada.

Fagocitose – As partículas maiores, ao serem en-globadas por uma célula, inicialmente permane-cem envoltas pela membrana celular em uma es-pécie de bolsa. Essa bolsa, formada por membra-na celular e partículas englobadas, é o fagosso-mo (do grego phagein, comer; soma, corpo).

Esquema de fagocitose

Pinocitose – Do grego pinein (beber), é o englo-bamento de substâncias solúveis e partículas lí-

quidas pela célula. Essas substâncias entram emcontato com a membrana celular, que se imagi-na em direção ao citoplasma, formando um ca-nal semelhante a uma goteira, o canal de pino-citose ou goteira pinocítica. Essa canal conduzas partículas e o líquido englobados, envoltospela membrana celular, formando uma espéciede vesícula, o pinossomo.

Esquema de pinocitose

Algumas células chegam a englobar, por dia, qua-se seu próprio volume em líquidos. Um exemplosão as células renais, que fazem pinocitose en-globando pequenas proteínas, como a albumi-na, presentes no sangue.

Especializações da membrana celular

Para adaptar-se melhor às funções que a céluladesempenha, a membrana pode apresentar mo-dificações. Essas modificações recebem o nomede “especializações da membrana celular”.

Microvilosidades

As microvilosidades são especializações da mem-brana celular; em um pequeno espaço, a super-fície é capaz de absorver muito mais substân-cias em um tempo menor.

As microvilosidades aumentam a velocidade de ab-sorção da célula porque aumentam a superfície decontato.

Observadas ao microscópio eletrônico, essas es-pecializações assemelham-se a uma escova;assim, também podem ser chamadas de “bordaem escova”.

Desmossomos

Há células, como as hemácias, que vivem sepa-radas umas das outras. As células, porém, mui-tas vezes, agrupam-se formando tecidos, quesofrem impactos e apresentam células com es-pecializações em suas membranas que aumen-tam a aderência entre elas, mantendo-as juntase firmes. Uma dessas especializações são osdesmossomos. Eles existem entre as membra-nas de duas células vizinhas, são formados poruma espécie de cimento celular e tonofibrilas,que são filamentos de uma proteína chamadaqueratina. Essa proteína mantém as célulasfirmes como estacas,

Zona de oclusão

Como o nome diz, a zona do oclusão é umaregião que fecha a parte superior entre duascélulas vizinhas. Vedando qualquer espaço,impede que moléculas infiltrem-se por entre elas.

Esquema das especializações da membrana

Invaginação de base

Função : reabsorção de água no túbulo renal.

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DESAFIO MATEMÁTICO (p. 3)01. B; 02. B;03. C;04. C;05. A;06. A;07. B;08. C;09. A;10. C;

DESAFIO FÍSICO (p. 5)01. C;02. C; 03. C; 04. D;

DESAFIO FÍSICO (p. 6)01. E;02. 6s; 03. 40m; 04. 132m/s;05. 15m/s2;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 8)01. B;02. B; 03. C; 04. E;05. E;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 9)01. D;02. C; 03. E;

DESAFIO HISTÓRICO (p. 10)01. B;02. A; 03. V, F, V, V, F e V; 04. A;

EXERCÍCIO (p. 10)01. A;02. A; 03. E; 04. E;

DESAFIO BIOLOGICO (p. 11)01. B;02. D; 03. D;

DESAFIO BIOLOGICO (p. 12)01. A;02. E; 03. C;

EXERCÍCIO (p. 12)01. E;02. D; 03. D;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 13)01. A;02. A;03. B;04. C;05. C;06. C;07. D;08. A;09. A;10. A;11. B;12. D;

Gabarito donúmero anterior

Aprovar n.º 04

Calendário2008

Aulas 76 a 113

LEITURA OBRIGATÓRIAO humor do português, de João Batista Gomes

Cachorro-quente— Acho que estou viciado...— Em drogas?— Não. Algo pior. — Pior que drogas?!— Não consigo dormir antes de comer um ca-

chorro-quente. — Com hífen ou sem?— Espere um pouco. Eu aqui preocupado com

esse aumento exagerado de apetite, essa verdadei-ra fome canina, e você vem falar de hífen!

— É que existe uma boa diferença entre comer“cachorro quente” sem hífen e comê-lo com hífen.

— Agora, fiquei curioso. Qual a diferença?— Comer “cachorro quente” sem hífen é pegar

o próprio animal, esquentá-lo e depois comê-lo. Sefor esse o seu caso, procure trata-mento. Ou umacadela... E cuidado com a Sociedade Protetora dosAnimais.

— E com hífen?— “Cachorro-quente” com hífen é um tipo de

sanduíche feito com pão e salsicha (atente na gra-fia) quente.

— Quer dizer que um simples hífen pode mudaro significado de uma palavra?

— Pode sim. Sinta a diferença entre “ferro ve-lho” sem hífen e “ferro-velho” com hífen...

— Sinta você. Esse negócio de ferro não com-bina comigo.

— Se você não quer aprender...— Quero sim. Pode explicar que sou todo ouvido. — Antes do ferro, vai outra dica: a expressão cor-

reta é “sou to-do ouvidos”, com ouvidos no plural.— Isso é frescura. O importante é que a pessoa

se comunique. Você entendeu ou não entendeu oque eu disse?

— Entendi. Mas há uma boa diferença entre alinguagem oral e a escrita. Embora usemos umalinguagem desleixada no dia-a-dia, convém domi-nar a modalidade culta, própria para ocasiões emque temos de demonstrar a nossa erudição.

— Está bem, está bem. Peço desculpas maisuma vez. O ferro-velho com hífen é o estabeleci-mento que vende peças usadas?

— Isso mesmo. É onde se vendem ou se com-pram peças usadas ou sucatas.

— E o emprego de velho e idoso? Parece quea palavra idoso vem sendo usada para substituirvelho. Há diferença entre as duas?

— Quando se trata de gente ou de seres vivos,as duas palavras podem ser usadas. Para coisas,só vale o adjetivo velho: mesa ve-lha, ferro velho,casa velha, roupas velhas.

— E quem tem mania de chamar os outros develho? “E aí, meu velho?”, “Como vai, mano velho?”

— É tratamento de intimidade, de camaradagem,empregado principalmente para quem não é velho.

— Então, mano velho, estou indo. Está quasena hora de comer um cachorro-quente. Com hífen,é claro.

(O humor do português, pág.37 e 38)

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