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PROJETO CONEXÕES DE SABERES CURSINHO PRÉ-VESTIBULAR GRATUITO Diálogos entre a universidade e as comunidades populares – APOIO: MEC/SECAD/UFPB/PRAC 38 GEOGRAFIA Profº Dilsom Barros GEOGRAFIA DO BRASIL - PSS II 1. O CONTEXTO ATUAL DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), iniciou-se o processo de INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL; deste momento em diante ocorreu uma imensa proliferação de empresas capitalistas pelo globo, a fim de implementarem suas relações de produção, conquistar mercado consumidor, implantar a cultura do consumismo ocidental e multiplicar seus lucros. Entre os Fatores que influenciaram a disseminação mundial de empresas, podemos considerar: a) Revolução Técnico-Científica (Ciência, Tecnologia e Produção, atuando juntos), financiada pelas próprias empresas capitalistas dos EUA; b) Ampliação dos meios de comunicação e de transportes, encurtando as distâncias e proporcionando velocidade na circulação de Mercadorias, estabelecendo uma maior aproximação entre os lugares; c) Disseminação de Empresas Multinacionais e Transnacionais pelo planeta à fora. Para sustentar os interesses capitalistas ocorreram implantações de Ditaduras Militares, sobretudo, nos países da América Latina. Após três décadas de intervenção na região e com o fim do Sistema Socialista – 1991 – o Capitalismo se sobressai como Sistema Hegemônico e entra na fase do Capital Monopolista-Financeiro-Especulativo. Uma nova ordem mundial se configura sustentada por novos parâmetros políticos e econômicos, a saber: Surge a teoria Neoliberal, promovendo as privatizações de empresas estatais e a menor interferência do Estado na economia; Ampliação e concentração de Capitais nas mãos de pequenos grupos e empresas Multinacionais; Criação da OMC (Organização Mundial do Comércio), em substituição ao GATT, que passa a regular as normas do Comércio Mundial e a Circulação de Informações e Mercadorias entre países; A transferência de Capitais e investimentos públicos e privados se intensifica sob domínio dos Países Desenvolvidos Centrais (G-7 – EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá), direcionados principalmente para paises emergentes: Brasil, México, África do Sul, China, Índia, Tailândia e Indonésia. Os Blocos Econômicos surgem com a necessidade de proteção para os países membros; Decisões passam a ocorrer nas cidades Globais (Nova Iorque, Tóquio, Londres, Paris, São Paulo, Jacarta). 1.1 O BRASIL NO CONTEXTO ATUAL DA INTERNACIONALIZAÇÃO DE ECONOMIA “O ingresso de grandes quantidades de capitais estrangeiros no Brasil, nos anos 50, proporcionado pelo Plano de Metas de JK, marcava o inicio da invasão estrangeira no país. O Brasil crescia como nunca tinha se visto antes; surgia um automóvel novo a cada dois minutos; a indústria acelerava o ritmo; abriam-se as portas para empresas estrangeiras; a elite aplaudia a invasão de dólares com tinta ainda fresca. Kubitschek garantia a remessa de divisas das empresas estrangeiras para suas origens e era o fiador dos empréstimos e responsável pelo pagamento da dívida contraída pelos empresários. A cidade de Brasília nascia no meio do país desabitado, onde os índios não conheciam sequer a invenção da roda. O salto para frente de JK deixaria a inflação e uma pesada dívida externa como herança agonizante sobre governos futuros”. Texto extraído do livro: As Veias Abertas da América Latina. Galeano, Eduardo. 7ª ed.. Editora Paz e Terra: RJ, 1979, pág. 233. O texto acima deixa bem claro quando e como o Brasil passa a ser importante no sistema econômico global. Se Getúlio Vargas, no inicio do seu segundo mandato, 1950, tentara desenvolver o país com capital nacional, JK foi o oposto. Ele optara pelo estrangeirismo financeiro. Um forte exemplo desta prática foi a chegada de empresas estrangeiras como a FORD e a GM, as primeiras a se instalarem no ABC paulista, entre 1955 e 1958. A figura 01, a seguir, ilustra duas épocas distintas com veículos da GM: 1956 e 2007. Fonte: www.webmotors.com.br Após JK o país foi governado por Jânio Quadros e João Goulart; este último com tendências varguistas e socialistas sofreu o golpe militar de 1964 que veio garantir a liberdade e os direitos das empresas estrangeiras atuarem no cenário nacional. Os generais da Ditadura forma aliados generosos dos empresários europeus e, sobretudo, estadunidenses. O milagre econômico brasileiro - entre 1968 e 1974 - fez o país viver momentos de elevado crescimento econômico com taxas positivas de 8, 9, 10, 11% de crescimento por ano. O então ministro da economia Delfim Neto chegou a afirmar que o “bolo brasileiro crescia para depois ser repartido com toda a nação”. Pura ilusão e mal carateísmo da corja política. O milagre não durou muito. Em 1973 houve o primeiro choque do petróleo elevando as alturas os preços internacionais do produto fazendo com que os lucros, acumulados no milagre brasileiro, fossem gastos para comprar o OURO NEGRO de que precisaria para continuar produzindo e abastecendo as industrias e os automóveis. Além de pagar mais caro pelo petróleo, os juros da divida externa eram galopantes fazendo, triplicando a conta a ser pago pelo poder público nacional. Enormes gastos em tão pouco tempo, o resultado não poderia ser diferente. A partir de 1980 iniciou-se a Década perdida – após o milagre econômico os anos que seguiram foram de crescimento quase zero, altas taxas de inflação, juros altos e divida externa elevada. De 1980 a 2006 o país se arrasta com horríveis fases e crises na economia. Divida externa dos países emergentes (em bi de dólares) India 104,4 Turquia 131,5 Indonesia 132,2 Argentina 132,3 Mexico 141,2 Federação Russa 147,5 China 168,2 Brasil 227,9 Fonte: Banco Mundial, 2004. Fonte: O Dia, 22/03/2007. (por Aroeira) 1958 2007

Apostila Saberes Geografia II

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Page 1: Apostila Saberes Geografia II

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Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), iniciou-se o processo de INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL; deste momento em diante ocorreu uma imensa proliferação de empresas capitalistas pelo globo, a fim de implementarem suas relações de produção, conquistar mercado consumidor, implantar a cultura do consumismo ocidental e multiplicar seus lucros.

Entre os Fatores que influenciaram a disseminação mundial de empresas, podemos considerar:

a) Revolução Técnico-Científica (Ciência, Tecnologia e Produção, atuando juntos), financiada pelas próprias empresas capitalistas dos EUA;

b) Ampliação dos meios de comunicação e de transportes, encurtando as distâncias e proporcionando velocidade na circulação de Mercadorias, estabelecendo uma maior aproximação entre os lugares;

c) Disseminação de Empresas Multinacionais e Transnacionais pelo planeta à fora.

Para sustentar os interesses capitalistas ocorreram implantações de Ditaduras Militares, sobretudo, nos países da América Latina. Após três décadas de intervenção na região e com o fim do Sistema Socialista – 1991 – o Capitalismo se sobressai como Sistema Hegemônico e entra na fase do Capital Monopolista-Financeiro-Especulativo.

Uma nova ordem mundial se configura sustentada por novos parâmetros políticos e econômicos, a saber: � Surge a teoria Neoliberal, promovendo as privatizações de

empresas estatais e a menor interferência do Estado na economia; � Ampliação e concentração de Capitais nas mãos de

pequenos grupos e empresas Multinacionais; � Criação da OMC (Organização Mundial do Comércio),

em substituição ao GATT, que passa a regular as normas do Comércio Mundial e a Circulação de Informações e Mercadorias entre países; � A transferência de Capitais e investimentos públicos e

privados se intensifica sob domínio dos Países Desenvolvidos Centrais (G-7 – EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá), direcionados principalmente para paises emergentes: Brasil, México, África do Sul, China, Índia, Tailândia e Indonésia. � Os Blocos Econômicos surgem com a necessidade de

proteção para os países membros; � Decisões passam a ocorrer nas cidades Globais (Nova

Iorque, Tóquio, Londres, Paris, São Paulo, Jacarta).

1.1 O BRASIL NO CONTEXTO ATUAL DA INTERNACIONALIZAÇÃO DE ECONOMIA

“O ingresso de grandes quantidades de capitais estrangeiros no Brasil, nos anos 50, proporcionado pelo Plano de Metas de JK, marcava o inicio da invasão estrangeira no país. O Brasil crescia como nunca tinha se visto antes; surgia um automóvel novo a cada dois minutos; a indústria acelerava o ritmo; abriam-se as portas para empresas estrangeiras; a elite aplaudia a invasão de dólares com tinta ainda fresca. Kubitschek garantia a remessa de divisas das empresas estrangeiras para suas origens e era o fiador dos empréstimos e responsável pelo pagamento da dívida contraída pelos empresários. A cidade de Brasília nascia no meio do país desabitado, onde os índios não conheciam sequer a invenção da roda. O salto para frente de JK deixaria a inflação e uma pesada dívida externa como herança agonizante sobre governos futuros”. Texto extraído do livro: As Veias Abertas

da América Latina. Galeano, Eduardo. 7ª ed.. Editora Paz e Terra: RJ, 1979, pág. 233. O texto acima deixa bem claro quando e como o Brasil passa a ser importante no sistema econômico global. Se Getúlio Vargas, no inicio do seu segundo mandato, 1950, tentara desenvolver o país com capital nacional, JK foi o oposto. Ele optara pelo estrangeirismo financeiro. Um forte exemplo desta prática foi a chegada de empresas estrangeiras como a FORD e a GM, as primeiras a se instalarem no ABC paulista, entre 1955 e 1958. A figura 01, a seguir, ilustra duas épocas distintas com veículos da GM: 1956 e 2007. Fonte: www.webmotors.com.br

Após JK o país foi governado por Jânio Quadros e

João Goulart; este último com tendências varguistas e socialistas sofreu o golpe militar de 1964 que veio garantir a liberdade e os direitos das empresas estrangeiras atuarem no cenário nacional. Os generais da Ditadura forma aliados generosos dos empresários europeus e, sobretudo, estadunidenses.

O milagre econômico brasileiro - entre 1968 e 1974 - fez o país viver momentos de elevado crescimento econômico com taxas positivas de 8, 9, 10, 11% de crescimento por ano. O então ministro da economia Delfim Neto chegou a afirmar que o “bolo brasileiro crescia para depois ser repartido com toda a nação”. Pura ilusão e mal carateísmo da corja política. O milagre não durou muito. Em 1973 houve o primeiro choque do petróleo elevando as alturas os preços internacionais do produto fazendo com que os lucros, acumulados no milagre brasileiro, fossem gastos para comprar o OURO NEGRO de que precisaria para continuar produzindo e abastecendo as industrias e os automóveis. Além de pagar mais caro pelo petróleo, os juros da divida externa eram galopantes fazendo, triplicando a conta a ser pago pelo poder público nacional.

Enormes gastos em tão pouco tempo, o resultado não poderia ser diferente. A partir de 1980 iniciou-se a Década perdida – após o milagre econômico os anos que seguiram foram de crescimento quase zero, altas taxas de inflação, juros altos e divida externa elevada. De 1980 a 2006 o país se arrasta com horríveis fases e crises na economia. Divida externa dos países emergentes (em bi de dólares)

India 104,4 Turquia 131,5 Indonesia 132,2 Argentina 132,3 Mexico 141,2 Federação Russa 147,5 China 168,2 Brasil 227,9

Fonte: Banco Mundial, 2004.

Fonte: O Dia, 22/03/2007. (por Aroeira)

1958

2007

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Atualmente o Brasil ocupa a 10ª posição na economia mundial, com um PIB de US$ 1,18 tri. Em 2006 o crescimento foi irrisório: apenas 2,9%, claculado pela metodologia antiga do IBGE. Com a nova maneira de calculo o cresimento ficou de 4,5%; indice ainda muito abaixo da maioria dos países latinos, e bem distante dos outros países emergente, conhecidos pela sigla BRICAS (Brasil, Rússia, India, China e Africa do Sul). De acordo com economistas, em 2020, o Brasil estará apresentando uma péssima condicão de desenvolvimento, pelo fato de poucos investimentos na educacão, ficando atras de Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, África do Sul, China e India.

Nos últimos 25 anos o crescimento médio do Brasil é da marca de 2,3%. Mas o país nunca havia iniciado um ano tão favorável e promissor como começou o ano de 2007: � balança comercial em alta; � mais de US$ 105 bi em caixa, de reserva; � moeda forte, o dólar vale R$ 20,8 em 15/03/2007; � BOVESPA atingiu o maior índice da história: 46.500 pontos; � P.A.C. o governo anuncia investir mais de R$ 500 bi até 2010 em infra-estrutura; � Risco país atinge o menor índice: 174 pontos. Balança comercial brasileira / 2006

ANO EXP IMP SALDO 1995 48 bi 50 bi -2 bi 2006 137 bi 93 bi +43 bi

Fonte: Receita Federal

Saldo da balança comercial tem recorde histórico de US$ 5,011 bi em janeiro.

As exportações em julho somaram US$ 11,061 bilhões (média diária de US$ 526,7 milhões), e as importações, foram de US$ 6,050 bilhões (média diária de US$ 288,1 milhões). Fonte: bahiainvest.com.br – 12/02/2007.

Na pauta das exportações brasileiras estão produtos

minerais e vegetais; commodities agrícolas; metais comuns; máquinas; aparelhos eletrodomésticos; automóveis (carros e ônibus), aviões e álcool/etanol.

As importações são de material de transporte, têxteis e manufaturas; alimentos; produtos industriais; química fina; remédios; tratores e aparelhos de raios-X.

Os principais Blocos Parceiros e compradores são: UE 25%

NAFTA 22% ASIÁTICO 20%

MERCOSUL 18% OUTROS 15%

Entre os parceiros individuais: EUA 17%

ARGENTINA 10% CHINA 8% JAPÃO 7%

Fonte: Receita Federal Na economia mundial o Brasil representa: � 1º lugar: açúcar, café, carne bovina, soja em grão, suco de laranja; � 2º lugar: farelo de soja, frango, óleo de soja; � 4º lugar: algodão, milho. Outros: papel e celulose, frutas.

A estas atividades convencionou-se chamar de agronegócio, ou seja, o campo brasileiro tornou-se um gigantesco setor de geração de riqueza para empresários nacionais e internacionais. Como resultado deste agronegócio o quado de desmatamento já consumiu 16% da Amazônia; 57% do Cerrado e 93% da Mata Atlântica. O que ocorre

também é que os países ricos impõem restrições ás exportações dos países pobres, como forma de retaliação contra a suposta exploração da mão-de-obra infantil e trabalho em regime de semi-escravidão.

Brasil tem apenas 1% de participação

no comercio mundial.

Apesar de o Brasil ser um país promissor, estar na economia mundial entre os 12 primeiros, a participação na fatia dos lucros são inexpressíveis: 1%. Entre os fatores desta pouquíssima parcela os empresários apontam para O "Custo Brasil" que é a expressão genérica para alguns fatores desfavoráveis à competitividade brasileira que não dependem das próprias empresas, ou seja, da qualidade de seus produtos, de seus custos. O entrave são os juros altos, o câmbio desfavorável, a burocracia, a falta de infra-estrutura e medo de negociar, além do protecionismo e o domínio mundial do comércio pelos países do G7.

Mercados integrados - atualmente ocorre uma ampla ligação e integração entre os mercados mundiais, para não dizer total, e estes dependem um dos outros, para facilitar as trocas de mercadorias e serviços; qualquer erro ou mal estar que acontecer em determinado local do mundo pode afetar a economia no Brasil. Exemplo: os juros nos EUA estão subindo desde 1º de março e cai a procura pela casa própria; a China anuncia que vai controlar a entrada de capitais estrangeiros no país; bolsas de Hong Kong estão em baixa há duas semanas; governo brasileiro contêm desvalorização da moeda e reduz taxa de juros. Fonte: Reuters: março/2007.

Com estas notícias observe os resultados da economia

no Brasil:

Data Dólar Euro Risco Brasil

Bolsa

Dia 26/02 2,8 2,59 173 46 mil pontos

Dia 06/03 2,18 2,77 223 39 mil pontos

Dia 29/03 2,05 2,72 172 45 mil pontos

Fonte: Banco Central

R$ 2,05 Dólar atinge a

menor cotação dos últimos seis anos

Manchete Jornal O Dia, RJ, 29/03/2007

1.2 MERCOSUL O Mercosul é hoje uma realidade econômica de

dimensões continentais com uma área total de pouco menos de 12 milhões de km² (quatro vezes maior do que a União Européia); o Mercosul possui um mercado consumidor potencial de 200 milhões de habitantes e PIB acumulado de mais de 1 Trilhão de dólares; está entre as quatro maiores economias do mundo, logo atrás do Nafta, União Européia e Japão. O Mercado Comum do Cone Sul (MRECOSUL), criado oficialmente em março de 1991, pelo Tratado de Assunção, é um bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, os membros fundadores e oficiais. Também estão no bloco o Chile, a Bolívia e a Venezuela, apenas como membros convidados, por enquanto. Futuramente, estuda-se a entrada destes novos membros oficialmente. O objetivo principal do Mercosul é eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles. Outro objetivo é

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estabelecer tarifa zero para a circulação de mercadorias, e num futuro próximo, uma moeda única poderá circular. Figura 02. Mapa do Mercosul com os países membros oficiais e associados:

Fonte: www.wikpedia.com.br

Os processos de integração classificam-se em diversos

tipos, segundo o grau de profundidade dos vínculos que se criam entre os países envolvidos:

1º - Zona de Preferência Tarifária - que assegura níveis tarifários preferenciais para o conjunto de países que pertencem à Zona.

2º - Zona de Livre Comércio - que consiste na eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias que incidem sobre o comércio entre dois ou mais países.

3º - União Aduaneira - que é uma ZLC dotada também de uma Tarifa Externa Comum, ou seja, um único conjunto de tarifas para as importações provenientes de países não-pertencentes ao bloco.

4º - Mercado Comum - em que circulam livremente não só bens, mas também serviços e os fatores de produção - capitais e mão-de-obra. O Mercado Comum pressupõe ainda a coordenação de políticas macroeconômicas. Dentro da classificação acima, o MERCOSUL é, desde 1995, uma União Aduaneira. Ou melhor, é um projeto de construção de um Mercado Comum cuja execução se encontra na fase de União Aduaneira.

Lula aponta necessidade de equilíbrio no

Mercosul.

Após encontro com o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, o presidente Lula afirmou que reconhece a necessidade de serem solucionadas às diferenças entre os sócios do bloco. Ele acrescentou: "O Mercosul é uma família, e, como toda família, temos por vezes nossos problemas, mas tenho a convicção de que saberemos resolvê-los pela via do diálogo e do entendimento". Fonte: Agência Brasil/Folha de São Paulo,

16/03/06

Uruguai pode se afastar do Mercosul O presidente Tabaré Vázquez indicou que o Uruguai pode deixar de ser membro pleno do

Mercosul para "se tornar um simples associado". E pode até assinar um Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos. O conflito das papeleiras, com a Argentina, envenenou a disposição uruguaia para se empenhar na integração sul-americana. O presidente do Brasil, Luis Inácio visitou o país vizinho para amenizar as divergências. Jornal La Nación, 2/03/2007.

1.3 DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

O Brasil e a nova divisão internacional do trabalho O Brasil atualmente está inserido na nova DIT como importante participante ativo na economia e como plataforma de exportações de eletrodomésticos, automóveis, e tecnologia secundária, controladas por multinacionais que usufruem do território brasileiro para (re)produzir seus investimentos em bens duráveis e em gêneros primários como: minerais e vegetais, alimentos industrializados, fruticultura selecionada e cultivada no país. O Brasil também é um importante nucleo de reprodução do capital financeiro expeculativo.

A DIT é o Papel que cada país, de acordo com suas características de desenvolvimento, exerce no comércio mundial. Três fases marcaram a D.I.T. são as seguintes:

1ª DIT – 1500 a 1789 - o pacto colonial entre a

metrópole, e as terras descobertas, forçava a negociação baseada no fornecimento de matérias-prima por parte da colônia; força de trabalho escravo e de serviência e aquisição de manufaturas européias.

O papel do Brasil era de dependência econômica, política e cultural de Portugal; pólo de exploração de recursos naturais, solo, água, madeira, ouro, etc. sem que a colônia obtivesse nenhum lucro.

2ª DIT – 1789 a 1960 - pacto industrial: com a revolução industrial as colônias, e depois países independentes, foram obrigados a manter o fornecimento de recursos naturais como ferro, ouro, prata, madeira, alimentos, para os paises que implantaram a indústria, inicialmente a Inglaterra e posteriormente a França, EUA, Alemanha, Itália, Bélgica. Por sua vez, os paises europeus exploravam as outras nações vendendo seus produtos industriais: telefones, trens, navios, tecidos, motores, etc. O Brasil colonial foi um dos pontos de maior importância para o desenvolvimento dos paises da Europa. Com a independência, não só o Brasil pagou caro por ela, como foi implantado aqui o interesse industrial europeus.

3ª DIT – 1960 até os dias atuais – com a revolução tecnológica, econômica e dos meios de comunicações, ficou mais fácil implantar uma idéia capitalista em qualquer parte do mundo. As empresas multinacionais são o exemplo mais claro desse processo; hoje o Brasil participa da 3ª DIT como parte da engrenagem que gira o capitalismo financeiro atual. A abertura para o capital estrangeiro no final da década de 1950 tornou o país um receptor de empresas e capitais estrangeiros. Os investimentos aqui se reproduzem da seguinte forma:

� Incentivos fiscais; � Impunidade para crimes ambientais, apesar de

existirem as leis; � Mão-de-obra barata com exercito de reserva; � Corrupção crônica nos setores público e privado,

facilitando aquisição de “benefícios” para aos capitalistas aliados aos políticos, juizes e empresários.

Hoje a bolsa de valores de São Paulo (BOVESPA) está

entre as 10 mais importantes do mundo e as 500 maiores empresas do planeta possuem filiais no Brasil, a exemplo de: LG, TIM, NOKIA, SHELL, IBM, FORD, COCA-COLA,

A R G E N T I N A

Brasil

Uruguai

Paraguai

Colômbia

Equador Peru Bolívia Chile

Venezuela

México

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McDONALD’S, FININVEST, VISA, etc. juntas as empresas representam 60% do capital interno do país.

Dentro da hierarquia mundial entre os países Brasil está entre os chamados emergentes (de emergir ou que está em andamento para um desenvolvimento), assim como México, Argentina, Índia, Rússia e África do Sul, Tailândia, Indonésia e Chile. Dentre todos estes Brasil e China são os que têm o maior poder atrativo para investimentos. A partir de uma melhor visibilidade e confiança internacional no país os investimentos em busca dos maiores lucros no capital especulativo, fizeram com que o risco país fosse reduzido de 5.000 pontos no ano de 2000 para 173 pontos em março de 2007. Os especialistas internacionais apontam alguns fatores que os fazem confiar no Brasil: � Política estável e moeda forte (valorização do real) � Democracia sólida, direitos assegurados de ir e vir, liberdade política; � Leis atuais e uma das constituições mais completa do mundo; � Mercado consumidor; � Fiel cumpridor dos acordos recentes com FMI; � Imensos potenciais agrícolas, biológicos, ambientais e minerais, a exemplo do álcool/etanol. � Hospitalidade e lazer, sem ódio, xenofobia ou preconceito com estrangeiros.

1.4 BRASIL: POTÊNCIA REGIONAL O Brasil é um país com dimensões continentais (8.514.635 km²), o maior território entre os países da América Latina. Alem disso tem a maior economia, a maior população, o maior mercado consumidor, maior indústria, maior rede de serviços, enfim, tem as melhores condições de assumir o posto de liderança na região latina, e sobretudo, no mercosul. No entanto, esta qualidade de liderança não é assumida pelo Brasil e nem tampouco desperta o interesse presidencial. Os conflitos, as discórdias, as rivalidades políticas e pessoais, e o orgulho, servem de entraves para uma maior união e coesão entre os países que seriam liderados pelo Brasil. Outro fator de enfraquecimento é o fato de outros países da América do Sul (de língua espanhola) não terem identificação e simpatia pelos brasileiros (de língua portuguesa). Esta não-identificação faz com que a Argentina, Chile e Venezuela procurem acordos e parcerias em outras regiões. Atualmente a postura de liderança politica é pretendida pelo general Hugo Chaves, presidente da Venezuela. Arrogante, ditador, desafiador, são os adjetivos que a imprensa internacional atribue a sua personagem, denominando esta postura de “chavismo”.

22.. OO PPRROOCCEESSSSOO DDEE CCOONNSSTTRRUUÇÇÃÃOO DDOO TTEERRRRIITTOORRIIOO NNAACCIIOONNAALL NNOO CCOONNTTEEXXTTOO DDAA DDIITT

2.1. O TERRITÓRIO COLONIAL, IMPERIAL E REPUBLICANO. Figura 03 e 04. Brasil século XVII Brasil século XX

Fonte: Boligian, 2004

Figura 07. Divisão atual do Brasil

1 • Centro-Oeste, 2 • Nordeste, 3 • Norte, 4 • Sudeste, 5 • Sul

Fonte: www.wikpedia.com.br O Brasil sofreu várias modificações no processo de

formação territorial ao longo dos seus 500 anos. Do século XVII até os dias atuais ocorreram etapas importantes, a saber: � 1750, Tratado de Madri - Portugal consegue o direito de posse das terras à oeste de Tordesilhas que pertenciam a Coroa Espanhola, sob a lei do Uti Possidetis; � Os bandeirantes iniciam o processo de conquista e povoamento da região central do Brasil; � Em 1903, o governo comprou o Acre, da Bolívia, pelo equivalente, hoje, a 500 milhões de reais. � Além da Bolivia, o Brasil tambem adquire terras do Peru, Paraguai, Uruguai e Guianas. � No governo do presidente Getulio Vargas surge o IBGE e a AGB (Associação dos Geográfos do Brasil), e os primeiros estudos para se conhecer as dimensõs territoriais do Brasil. � Na primeira divisão regional de 1940, continha: ⇒ Norte: AM, PA, MA, RO, ⇒ Nordeste: AL, PE, PB, RN, CE, PI ⇒ Leste: RJ, ES, BA, SE ⇒ Sul: SP, PR, SC, RS ⇒ Centro: MT, GO, MG � Desde a constituição nacional de 1988 o Brasil possui 5 regiões a saber: ⇒ Norte: AM, PA, AP, RO, RR, AC, TO ⇒ Nordeste: AL, PE, PB, RN, CE, PI, BA, SE, MA ⇒ Sudeste: SP, RJ, ES, MG ⇒ Sul: PR, SC, RS ⇒ Centro: MT, MS, GO, DF

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2.2. A DIVISAO TERRITORIAL DO TRABALHO E A DIFERENCIAÇÃO REGIONAL: AS REGIOES GEOECONOMICAS (NORDESTE, CENTRO-SUL E AMAZONIA) Figura 08. as três regiões geo-econômicas

Fonte: Boligian, 2004 Divisão geo-econômica no Brasil. Economicamente o

país está dividido em tres eixos: centro-sul, amazonia e nordeste. São regiões geoeconômicas. Nas últimas décadas, urna proposta de regionalização ainda não oficial difundiu-se entre os pesquisadores e na mídia em geral, que obedece a critérios ligados aos aspectos naturais e ao processo de formação socioespacial de nosso território. Neste caso os limites das regiões geoeconômicas não coincidem com os lirnites dos estados, corno acontece na divisão regional IBGE, já que a homogeneidade quanto as características socio-econômicas.

Amazônia: de modo geral, compreende toda a extensão da floresta Amazônica localizada em território brasileiro. A maior parte de sua área ainda é pouco habitada, mas o processo de povoamento vem se acelerando nas duas últimas décadas, com o avanço das fronteiras agrícolas.

Centro-Sul: região do país mais desenvolvida economicamente, compreende a maior parte do parque industrial e as áreas de atividades agrícolas mais modernas. Reúne cerca de 63% da população do país, que vive, a maioria, em cidades.

Nordeste: é a região na qual teve início o processo de povoamento do país. Apresenta grandes contrastes naturais e socioeconômicos entre as áreas litorãneas, mais úmidas e desenvolvidas economicamente, e o interior, com predomínio de clima semi-árido e graves problemas sociais.

Figura 09. áreas de atuação das superintendências

Fonte: Boligian, 2004

Área de atuação das superintendências de desenvolvimento. SUDENE, SUDECO, SUDAM, SUDESUL. Desde suas origens, os órgãos públicos de gestão territorial estiveram voltados ao planejamento regional, com o objetivo de investigar os desequilíbrios socioeconômicos existentes no país. O governo federal então criou as chamadas superintendências de desenvolvimento regional, com o propósito de diminuir as desigualdades e intervir espacialmente de forma a promover maior integração do território nacional.

A partir da década de 1960, vários projetos para a introdução de indústrias e a modernização de atividades agropecuárias passaram a ser implementados nas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e. Esses órgãos passaram a conceder incentivos fiscais, como a isenção de impostos para empresas instaladas no Centro-Sul e para mullinacionais que quisessem se instalar nessas regiões.

Podemos citar como ações importantes a criação da Zona Franca de Manaus pela Sudam; o incremento da atividade industrial nas regiões metropolitanas de Salvador, Recife e Fortaleza pela Sudene; a implantação de complexos agro- industriais nos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pela Sudeco; a implantação de projetos de ampliação e remodelamento de rodovias e de portos da região Sul pela Sudesul. Contudo, em diversas ocasiões, os projetos de desenvolvimento implantados por essas superintendências acabaram beneficiando as elites regionais, formadas por fazendeiros, industriais e grandes empresários, ou tiveram suas verbas desviadas por políticos. Isso levou tais órgãos a serem extintos pelo Governo Federal: a SUDECO e a SUDESUL, em 1990 e a SUDAM e a SUDENE em 2001, estas duas últimas substituidas pelas chamadas agências de desenvolvimento Adam e Adene, respectivamente.

NORDESTE ■Principais pólos turísticos 1 - complexo mineral metalúrgico 2 - moderna agricultura de grãos 3 - pólo têxtil e de confecçoes 4 - pólo agroindustrial (agricultura irrigada) 5 - pólo petroquímico Figura 10. atividades desenvolvidas no Nordeste

Fonte: Boligian, 2004

REGIÃO HIDROGRÁFICA DO SÃO FRANCISCO

A Região Hidrográfica do São Francisco coincide com a totalidade da bacia hidrográfica desse importante rio, conhecido como “rio da integração nacional”. O rio São Francisto e seus 168 afluentes drenam uma área total de 638.324. Este rio tem 2.700 km de extensão e abrange sete unidades da federação: Alagoas (2,3%), Bahia (48,2%), Distrito Federal (0,2%), Goiás (0,5%), Minas Gerais (36,8% da

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área da bacia), Pernambuco (10,9%) e Sergipe (1,1%). A vazão média anual máxima é de 5.244 m3Is, enquanto a média registra 3.037 m/s e a mínima corresponde a 1.768 m3/s. A região hidrográfica apresenta uma população de 12.823.013 habitantes (2.000). Nesta região estão presentes diferentes biomas, Floresta Atlântica, Cerrado, Caatinga (onde as condições climáticas são mais severas), além de ecossistemas Costeiros e Insulares. Do ponto de vista econômico, merece destaque a produção mineral, principalmente no Alto Rio da Velhas, trecho onde se situa a região metropolitana de Belo Horizonte e a região denominada Quadrilátero Ferrífero, onde se concentram grandes empreendimentos minerários. A região correspondente ao trecho sub-médio concentra grandes projetos de irrigaçáo. A maior limitação para a expansão da irrigação não está relacionada com a falta de terras aptas, mas sim com a disponibilidade de água. Em algumas áreas dessa região existem intensos conflitos pelo uso da água, principalmente no entorno de perímetros irrigados. Estima-se que o potencial total em termos de área irrigada no trecho sub-médio estëja próximo de 800.000 ha. No Vale do São Francisco, por sua vez, existem mais de 20 milhões de hectares de terras aptas para irrigação. Impactos ambientais podem ser observados como fatores de esgotamento do rio.

33.. DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO EECCOONNOOMMIICCOO EE AA QQUUEESSTTAAOO AAMMBBIIEENNTTAALL BBRRAASSIILLEEIIRROO EE PPAARRAAIIBBAANNOO

3.1. A NATUREZA COMO FONTE DE RECURSOS (RECURSOS NATURAIS, VEGETAIS, MINERAIS E ENERGETICOS PASSIVEIS DE SEREM UTILIZADOS PELO HOMEM) “Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza...”(Jorge BenJor) No trecho da música acima dá pra se ter uma idéia do que o autor quis representar. De fato o Brasil é, sem duvida, um país com grande potencial em recursos naturais. A zona costeira; o cerrado; a Amazônia; as minas do sudeste, do norte e do sul do pais; as grandes extensões de terras férteis e agricultáveis; a quantidade de minerais do nordeste; sem falar no binômio sol/praia, disponíveis o ano inteiro. O Brasil é mesmo rico por natureza. Petrobrás, Ultra e Braskem compram Ipiranga por US$ 4 bilhões. Folha On-line - 19/03/2007 A Petrobrás, o Grupo Ultra e a Braskem anunciaram hoje acordo para a aquisição do Grupo Ipiranga por US$ 4 bi. O Grupo Ipiranga opera nos setores de refino de petróleo, petroquímico e distribuição de combustível. 2006 – Brasil auto-suficiente em petróleo. Plataforma P-50. Folha On-line - 09/03/2006

(campanha publicitária Petrobrás)

A Petrobrás atinge a capacidade de 1,6 milhões de barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás natural. Pela primeira vez a produção é maior que a necessidade de consumo. Essa é a prova do uso cada vez mais intenso dos recursos naturais disponíveis no país. O petróleo e o gás natural, combustíveis fósseis, não-renováveis e altamente poluentes, estão localizados principalmente na costa brasileira. Alem dessas fontes de energia que movimentam o desenvolvimento nacional, temos outras fontes, como:

PRODUÇÃO DE ENERGIA NA AMÈRICA LATINA (em Mw)

Países Hídrica Térmica Nuclear Geotérmlc Total Brasil 48.411 6.769 657 0 55.837 México 8.847 21.633 675 753 31.808 Venezuel 10.675 8.925 0 0 19.600 Argentina 6.454 10.244 1.018 1 17.717 Chile 3.546 2.052 0 0 4.081

Energia Eólica, Energia Solar, Biodiesel, Álcool,

Pequena Central Hidrelétrica (PCH) e Biomassa são as fontes de energia alternativas que poluem menos e são totalmente renováveis. O Brasil possui as melhores condições para produção e exploração do BIODIESEL a partir da mamona, da soja, babaçu, girassol, entre outros. Sem considerar a alta capacidade ainda não explorada de energia das marés oceânicas.

Figura 11. matriz energética

Fonte: Ministério das Minas e Energia

Nacionalização do gás da Bolívia afeta 20 empresas multinacionais

A estatal boliviana (FPYP) passa a ter controle de no mínimo 50% mais um das empresas Chaco, Andina, Transredes, Petrobras Bolívia, Refinación e Companhia Logística de Hidrocarburos de Bolívia. Folha de S.Paulo. 02/05/2006

3.2 A INDUSTRIALIZAÇÃO

As primeiras indústrias brasileiras aparecem ainda no século XIX, porem, de maneira simples, tímida e pouco significativa. Podemos considerar que o processo de industrialização começa de fato a partir de 1930 quando o presidente Getúlio Vargas assumi a ideia de substituição de importações e fomenta a criação de indústrias nacionais. Outro momento de alavamcamento do porcesso industrial é nas decadas de 1960 e 1970.

A indústria no Brasil começa a se intalar nesses periodos na região sudeste já rica em café e pecuaria. Isso foi fator determinante para a concentração industrial nessa região. Os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e, sobretudo, São Paulo foram os mais beneficiados com a industrial. O vale do Paraiba (rio Paraiba do sul), que corta os tres estados é o maior exeplo de concentração industrial.

Mas, nos ultimos anos ocorre uma desconcentração das indutrias do sudeste migrando para o norte e nordeste, a partir de alguns fatos importantes: - Insentivos fiscais por patre dos estados nordestinos; - Proximidade de novas areas com recursos naturais; - Custo da produção, inchaço industrial e caos urbano na região sudeste; - Administração a distancia pelas vias de comunicação.

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Figura 12. Mapa da industrialização no brasil: pontos negro representam a nova fase da destribuição industrial no país.

Fonte: FIESP,2000.

3.2. A URBANIZAÇÃO Junto ao processo de industrialização ocorreu o processo

de urbanização, e isso foi uma tendencia mundial. No Brasil como a industria se comcentrou, primeiramente, no sudeste, foi lá tambem o cresecimento populacional e o centro receptor de migrantes do mundo inteiro e, sobretudo, do Nordeste do Brasil. Só no periodo de 1960 a 1980, 6 milhões de nordestinos subiram em paus-de-araras, para tentar um sonho de uma vida em São Paulo e Rio de Janeiro.

Atraidos pelas propagandas no rádio e na TV, anunciando que na indústria havia trabalho para todos e prometendo vida próspera para os trabalhadores, os nordestinos deixaram suas terras, os caminhos da roça, pera os becos da cidade grande. Sem instalações, os migrantes de todo país se instalaram em barracos inadequados e improprios a moradia. Uma enchurrada de gente para habitarem nas cidades sem capacidade de suportar tanta gente. Nasce assim ainda na decada de 1970 os problemas de caos urbano, que se intensificam a cada ano que se passa.

O fator de uma urbanização descontrolada é fruto da irresponsabilidade governamental que atua nos lados: de um fomenta a chegada de mais gente, agindo em beneficio dos empresarios industrias que precesam de exercito de reserva; de outro porque nao gerencia, nem organiza as instalações dos que chegam a cada dia.

Hoje a urbanização está mais que consolidada e é um fenomeno/problema de todo o Brasil. O fluxo de pessoas do CAMPO para CIDADE representa, atualmente, a condição de sermos, hoje, um país urbano.

ANO POPULAÇÃO

RURAL POPULAÇÃO

URBANA 1950 63,84% 36,16% 1980 30% 70% 2004 17% 83%

Fonte: IBGE, 2005

CIDADES COM FAVELAS (BRASIL)

CIDADES COM LOTEAMENTOS CLANDESTINOS

22,8% tem 2.362.708 casas

37% tem (32.592 unidades)

77,2% nao tem 63% nao tem Fonte IBGE, 2003

Taxa de desemprego no país sobe a 10,4% em junho, diz IBGE.

Recife tem maior taxa de desemprego entre cinco capitais,

aponta IBGE. Fonte anoticiadigital.com.br -20 de abril de 2006 A população desocupada da região metropolitana de Recife aumentou 21,7% em março. Para as seis maiores regiões metropolitanas do país, a taxa de desemprego em março ficou em 10,4%. São Paulo, com maior peso no resultado nacional, a taxa de desemprego em março ficou em 10,6%. Em Salvador a taxa de desemprego de março ficou em 13,7%; em Belo Horizonte, a taxa foi de 9,3%; no Rio de Janeiro, de 8,5% e em Porto Alegre, de 8,3%. Morar nas cidades significa está no espaço da cultura, da educação, do lazer, do comercio, etc., mas também é conviver com o caos urbano e problemas que se alastram cada vez mais como: violência, criminalidade, desemprego, falta de moradia, problemas de transportes, alimentação, educação e saúde, higiene sanitária, exclusão social, racismo e humilhação. Mesmo assim as pessoas resistem debaixo dos viadutos, nas favelas, morando em barracos de tábua, papelão ou lona de plástico, a espera de ajuda do CRIANÇA ESPERANÇA ou do NATAL SE FOME.

Grupo de 150 sem-teto invade prédio no Rio Agência Estado - 03/07/2006 Cerca de 150 pessoas, entre elas moradores de rua e desempregados, invadiram um prédio residencial de três andares, no Rio Comprido, zona norte do Rio, nesta segunda-feira. Acionada para garantir a liberação do imóvel, desocupado há 20 anos, a Polícia Militar precisou de reforço de efetivo e de gás de pimenta para liberar a entrada do edifício, onde um grupo de apoio permaneceu durante todo o dia, cantando e gritando palavras de ordem.

As cidades globais já não têm mais espaço para tanta gente e a previsão da ONU é que nos próximos 20 anos haja uma corrida ainda maior em busca da “feliz-cidade” imaginada.

Brasil terá 55 milhões de favelados em 2020

O mesmo relatório das Nações Unidas que afirma que metade da população mundial viverá em cidades no final do próximo ano prevê que o total de moradores nas favelas brasileiras será de 55 milhões em 2020, cerca de 25% da população do Brasil. Em 2005, pelos dados da ONU, 52,3 milhões de brasileiros eram favelados, 28% da população. O relatório Estado das Cidades do Mundo 2006-07, da Habitat, agência da ONU para a questão habitacional, adverte que as condições de vida nas favelas continuam piorando e que os velhos preconceitos persistem. Os favelados passam mais fome, recebem menos educação, têm menos chance de conseguir empregos formais e sofrem mais problemas de saúde do que o resto da população. Mesmo assim, o Brasil foi citado como exemplo por suas políticas de urbanização, saneamento básico e orçamento participativo. Sexta-feira, 16 de Junho de 2006 BOLG:

NELSON FR AN CO J O BIM/ RJ , BR AZIL .

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CIDADES MAIS POPULOSAS DO MUNDO

CIDADE POP. TOTAL

(milhões) POP de

FAVELADOS

1 Tóquio (Japão) 35.327.000 Não foi

encontrado

2 Cidade do

México 19.013.000 35%

3 Nova York 18.498.000 1%

4 Bombaim

(Índia) 18.336.000 42%

5 São Paulo 18.333.000 25%

6 Nova Delhi

(Índia) 15.334.000 33%

7 Calcutá (Índia) 14.299.000 30% 8 Buenos Aires 13.349.000 12%

9 Jacarta

(Indonésia) 13.194.000 15%

10 Xangai (China) 12.665.000 21% Fonte: revista Galileu. Novembro/2005. pág 37 / ONU, 2005

As cidades globais sao representadas pelas cidades de

São Paulo e do Rio de Janeiro. No ápice da hierarquia, conectam a rede urbana de nosso país à rede de metrópoles mundiais. Exercem forte influência econômica sobre todo o território nacional e concentram a maioria das sedes de grandes empresas nacionais e estrangeiras. Interferem também em importantes aspectos da vida cultural, científica e social do país.

Metrópoles nacionais: correspondem a algumas capitais estaduais que exercem grande influência em seus próprios estados e sobre extensas áreas de estados vizinhos. Concentram uma diversificada economia urbana, abrigando sedes de importantes empresas e de órgãos públicos. Exemplos: Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Fortaleza.

Metrópoles regionais: cidades com mais de 1 milhão de habitantes, abrigam uma economia diversificada, mas possuem uma área de influência menor que a das metrópoles nacionais. Exemplos: Campinas, Goiânia e Belém.

Capitais regionais: cidades de porte médio, que exercem influência sobre um vasto número de municípios a sua volta. Reúnem uma estrutura razoável de indústrias, de comércio e de serviços. Exemplos: Londrina, Ribeirão Preto, Cuiabá e Teresina.

Centros regionais: cidades de porte médio que estão sob a influência de metrópoles ou de capitais regionais, mas exercem influência sobre vários municípios próximos. Exemplos: Caxias do Sul, Maringá, Feira de Santana, Caruaru.

Centros locais: centros urbanos que, espalhados pelo país, estão subordinados a capitais e centros regionais, mas exercem uma pequena influência sobre os municípios vizinhos. Fonte: Boligian, 2004. Adaptado da Folha de S. Poulo, 2/5/1999. INDUSTRIALIZAÇÃO, MODERNIZAÇÃO DA ECONOMIA E URBANIZAÇÃO NO BRASIL

Tecnicamente, a urbanização consiste no aumento relativo da população das cidades, acompanhada, portanto, pela redução da porcentagem dos contingentes populacionais do campo. Na maioria dos exemplos históricos, a urbanização foi precedida ou ocorreu simultaneamente com a industrialização. No Brasil, as bases da industrialização foram lançadas na década de 1930, durante o governo de Getúlio Vargas, e a consolidação do processo deu-se nas décadas de 1950 e 1960. Dessa forma, desencadeou-se um quadro de modernização de toda a economia, que elevou as cidades à posição central na vida brasileira.

Por outro lado, a modernização também atingiu as atividades agrárias, gerando desemprego e miséria nas zonas rurais, o que levou um grande contingente populacional do campo em direção às cidades. Esse período foi marcado por intensas migrações, tanto no sentido do campo para as cidades, como, num quadro mais amplo, dos estados e regiões de economia agrária para o Sudeste industrializado.

O processo de modernização da economia brasileira, até os dias de hoje, não levou à superação da pobreza e das desigualdades sociais. A modernização aprofundou as desigualdades já existentes, geradas num passado distante, pois esteve apoiada numa maior concentração de rendas. Apesar da expansão das camadas médias, que apresentam um bom poder aquisitivo e contribuíram para a expansão do mercado consumidor, a diferença de rendimentos entre ricos e pobres é hoje muito maior do que no início da modernização.

OS MOVIMENTOS POPULACIONAIS E A URBANIZAÇÃO

O êxodo rural ou migração rural-urbana tem como causas principais a industrialização e geração de empregos nas cidades, além das transformações e problemas no campo, como a concentração fundiária, mecanização rural e mudanças nas relações de trabalho na agropecuária. No caso brasileiro, as grandes cidades, em que pesem os problemas sociais persistentes, ofereciam condições muito vantajosas para os numerosos contingentes que para lá se deslocavam: • empregos no setor secundário (indústria e construção civil); • rápida expansão do setor terciário, criando postos de trabalho no comércio, nos bancos, nos serviços em geral; • maiores oportunidades de lazer e entretenimento; • melhor infra-estrutura de saúde, transportes e saneamento básico.

O desenvolvimento urbano-industrial provocou uma aceleração das migrações regionais, durante os anos 1950, 1960 e 1970. O principal deslocamento populacional, que marcou esse período, ocorreu entre as regiões Nordeste e Sudeste. Milhões de pessoas transferiram-se para o eixo Rio-São Paulo, atraídas por uma inédita oferta de empregos, gerada no seio de uma rápida industrialização, o que também levou a uma urbanização caótica. (texto de APRENDIZ, simulado/2001). Na decada de 70, o IBGE, elabora a hierarquia urbana . inicialmente com 6 regiões metroplitanas. Atualmente temos 10 regiões metropolitamas: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Distrito Federal, Salvador, Recife, Fortaleza, Belem e Manaus. Veja mapa:

Figura 13. hierarquia urbana

Fonte: Boligian, 2004

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Cada uma dessas cidades atual com forte centralidade sobre uma área que é subordinada economicamente a metrópole.

3.3. AS NOVAS DINAMICAS DO CAMPO E O REDEFINIR DAS RELAÇOES CIDADE/CAMPO Figura 14. avanço da soja pelo centro-oeste

Fonte: Boligian, 2004

Uma parte do Brasil se orgulha dos excelentes resultados obtibos no campo nos ultimos anos. Veja tabela da produção de graos brasileiro. Produção Brasileira de Grãos (Mil Toneladas)

1995/96 1998/99 1999/00 2000/01 Algodão 761,6 923,8 1.187,4 1.521,9

Arroz 10.037,9 11.582,2 11.533,8 10.386,0 Feijão 2.992,7 2.870,8 3.079,8 2.587,1 Milho 32.644,6 32.417,2 31.640,8 41.535,2 Soja 23.189,7 30.765,0 31.886,6 37.218,3 Trigo 3.197,5 2.402,8 1.747,7 3.194,2

Outros 934,7 1.475,4 1.710,6 1.869,0 Total 73.758,7 82.437,2 82.786,7 98.311,7

Fonte: CONAB Este resultado apareceu fortemente por alguns fatores: � Intensificação de uso de máquinas e apliação da fronteira agricola nacional; � Pesquisa para melhoramento genetico de animais, pastagens e correçao de solo; � Investimentos estrangeiros;

Agronegocio: uma visão da elite Segundo o pensamento empresarial o agronegócio brasileiro poderia ter muito mais importância se fossem resolvidos os obstaculos: QUAIS SÃO OS OBSTÁCULOS � As principais barreiras internas para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro na opinião de líderes e empresarios rurais. 1 - Falta de investimentos em infra-estrutura 2 - Atraso na regulamentação da biotecnologia 3 - Redução nas verbas de pesquisa da Embrapa 4 - Invasões dos sem-terra 5 - Restriçõesno crédito 6 - Restrições ambientais para ocupação de novas áreas agrícolas. Fonte: Agro Exame especial, 2004. Transporte de safra no pais: 13% HIDROVIA 24% FERROVIA 63% RODOVIA

Figura 15. Plantação e transporte de laranja em Matão/SP

Fonte: Boligian, 2004 Figura 16. Mulher bóia-fria cortando cana em piracicaba/SP

Fonte: Boligian, 2004

O algodão, que com a abertura comercial muitos acreditavam ser um produto com cultivo em extinção, foi o de melhor desempenho quanto a produtividade, passando de 1.230 Kg/ha, em 1995/96, para 2.659 Kg/ha, em 2000/01, com um incremento de 116% no período. Os ganhos no Norte/Nordeste foram ainda mais surpreendentes, chegando a 140% no período. O lançamento da Cultivar BR 200 Marrom, algodão de fibra colorida, cuja cotação da pluma é cerca de 30% superior à do algodão de pluma de coloração normal, traz grandes perspectivas para a agricultura familiar no Nordeste. Além disso, esta variedade de ciclo trienal poderá ser de grande importância estratégica para a convivência do pequeno produtor com a seca. A Embrapa está fomentando a formação de consórcios de indústrias de confecção e de artesanatos, que estão exportando para a Europa coleções de moda e artesanato usando o algodão colorido como matéria-prima, com benefícios para todos os componentes da cadeia produtiva.

O arroz logrou um incremento de 24%, com um ganho ainda mais notável na Região Centro–Sul, da ordem de 28%. Apenas com o ecossistema de várzea, a Embrapa lançou 53 variedades de arroz. São grãos de alta produtividade, resistentes às principais doenças e de excelente qualidade industrial e culinária.

A soja teve um ganho de produtividade de 21% no período, alcançando 35% na Região Norte/Nordeste, graças às cultivares de soja adaptadas às várias regiões do Brasil, principalmente aos Cerrados.

O feijão registrou um ganho de 20%, alcançando um incremento de 37% na Região Centro-Sul. A produtividade nas lavouras gaúchas aumentou 43% graças as variedades criadas pela Embrapa. As atividades desenvolvidas beneficiaram 850 mil famílias gaúchas. Tecnologias desenvolvidas em parceria

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com outras instituições públicas de pesquisa se consolidaram em sistemas de produção, aumentando em 68% a área de cultura do feijão irrigado no Brasil.

Finalmente, o trigo logrou um incremento médio de 8%, no período. Outrossim, 28 variedades obtidas pela Embrapa estão plantadas em 55% da área frutícola nacional, garantindo inclusive que a qualidade do produto atenda às exigências do mercado.

Na pecuária, a contribuição desse setor tem sido crucial para o sucesso do plano de estabilização da economia e para a melhoria nos padrões alimentares das camadas mais pobres da população, em termos do consumo de proteína animal. Nos planos de estabilização anteriores a falta de carnes nas prateleiras dos supermercados foi a causa mais evidente do fracasso popular desses planos.

O setor avícola, pela estabilidade no fornecimento da carne de frango e ovos e pela manutenção dos preços, mesmo com o impacto do rápido crescimento da demanda (ocorrido em função da eliminação do imposto inflacionário), foi uma peça-chave para o sucesso do Plano Real.

Isso não ocorreu à toa. Intimamente ligado à expansão da produção de grãos, o desenvolvimento da avicultura, pode ser considerado como a síntese e o símbolo do crescimento e modernização do agronegócio no Brasil. A atividade avícola reúne em sua estrutura funcional os três elementos mais importantes no cálculo econômico do capitalismo em sua configuração atual: tecnologia de ponta, eficiência na produção e diversificação no consumo. Entre 1995 e 2001, a produção de carne de frango cresceu mais de 2,2 milhões de toneladas (54,6%). O Quadro I mostra a evolução da produção das principais carnes. Quadro I – Produção Brasileira de Carnes (Mil toneladas) 1995 1998 1999 2000 2001

Bovina 5.400 6.040 6.268 6.651 6.960

Avícola 4.050 4.853 5.526 5.977 6.261

Suína 1.470 1.699 1.834 1.967 2.109

TOTAL 10.920 12.592 13.628 14.595 15.330 Fonte: CNPC, UBA e ABIPECS. A BATALHA GENÉTICA

Enquanto o debate ideológico atrasa a discussão sobre transgênicos no Brasil, os competidores avançam.

O texto abaixo mostra a área ocupada por sementes modificadas e as colheitas aceitas em cada país: 1. BRASIL = Área plantada: 3 milhões de hectares Lavoura: 1 (soja) Posição do país em relação ao cultivo de transgênicos: sérias restrições • Entre os grandes produtores, é o único que não definiu claramente sua posição sobre o assunto. • Estudos mostram que a produção de soja transgênica deve dobrar na próxima safra • Há sinais de que o algodão transgênico já ocupa algumas áreas no país • Entre os grandes do agronegócio, é o único que restringe a pesquisa de produtos transgênicos. 2. ESTADOS UNIDOS = Área plantada: 43 milhões de hectares Lavouras: 4 (soja, milho, algodão e canola) Posição do país em relação ao cultivo de transgênicos: totalmente favorável. • O governo já liberou 56 plantas geneticamente modificadas aprovadas para plantio em escala industrial. 3. CÃNADÁ = Área plantada: 4,5 milhões de hectares Lavouras: 3 (soja, milho e canola) Posição do país em relação ao cultivo de transgênicos: totalmente favorável

• Segundo colocado em número de plantas transgênicas liberadas para o plantio. Existem 44 variedades aprovadas para cultivo 4. ARGENTINA = Área plantada: 14 milhões de hectares Lavouras: 3 (sola, milho e algodão) Posição do pais em relação ao cultivo de transgênicos: totalmente favorável • Um dos pioneiros na liberação da soja. Recentemente foi aprovado o plantio de algodão. O milho só é permitido em quantidades limitadas 5. CHINA = Área plantada: 3 milhões de hectares Lavoura: 1 (algodão) Posição do país em relação ao cultivo de transgênicos: totalmente favorável • Um dos maiores importadores de alimentos do mundo. Recentemente, foram aprovados seis produtos para consumo doméstico. 6. FRANÇA = Faz severas restrições aos transgênicos 7. ALÉMANHA = Faz severas restrições aos transgênicos 8. SUÍÇA = Faz severas restrições aos transgênicos 9. INGLATERRA = Faz severas restrições aos transgênicos. Fonte: Agro Exame especial, 2004.

3.4. A TERCEIRIZAÇÃO DA ECONOMIA O Brasil ficou conhecido mundialmente como um país

agrícola durante quase toda a sua história. A partir da implanta da atividade industrial, teve sua economia dividida entre os dois primeiros setores. Esta fase passou, o país se modernizou com novas tecnologias e criou possibilidades de inovações. Atualmente é a atividade do setor terciário (serviços) que comanda a economia brasileira. Esta transição se deu nos últimos 10 anos e tende a se intensificar. O avanço tecnológico, uma maior abertura da sua economia, as privatizações e a expansão das redes de telecomunicações estão entre os fatores responsáveis pela nova era econômica brasileira. PIB brasileiro por setor formal:

Setor % Primário

(agricultura, pesca, extrativismo vegetal e mineral) 7,8

Secundario (indúsrtia) 33,9 Terciario (serviços) 58,3

Fonte: IBGE, 2004 Os bancos informatizados; os serviços telefonicos; o

comercio pela internet, são provas da forte mudança de fonte de captação e produção de capital.

O setor primário ainda respira dentro da economia nacional com a produção no campo e temde a aumentar com insentivos do governo ao PROALCOOL e ao BIODIESEL e a EXPLORAÇÃO MINERAL. Por outro lado o segundo setor (indústria) vem em cosntante declinio e perde força a cada dia. Isso tem levado muitas empresas fecharem as portas e os empresarios aderirem a outras modalidades comerciais e financeiras. Produção industrial brasileira cai 1,7% em janeiro. Fonte bondenews.com.br - 04/03/2007 Cresce uso de internet banking no Brasil.

Fonte bondenews.com.br Mas, uma grande parte dos serviços no país são

oferecidos de maneira informal. Em todas cidades brasileiras há uma forte presença do comercio sem os aparatos das leis trabalhistas. Tanto clandestinos, como ambulantes, vendedores de rua ou profissionais liberais completam a lista da informalidade.

Informalidade corresponde a 39,8% do PIB brasileiro.

20/02/2007. O Globo

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3.5. A SOCIEDADE EM MOVIMENTO: CRESCIMENTO POPULACIONAL, MOVIMENTOS MIGRATORIOS, QUALIDADE DE VIDA E DESIGUALDADES SOCIAIS.

População Estimada em 20/03/2007

Brasil: 188.442.488 Mundo: 6.583.253.137

POPCLOCK

12:00 h. www.ibge.gov.br A população mundial, desde suas origens, que se

desloca em migração para outros locais seja em busca de alimentos, de moradia, de novas conquistas e descobertas ou por uma vida melhor. Figura 17. migrações segundo a teoria do estreito de Bering

Fonte: Boligian, 2004 No Brasil a população vem em constante crtescimento desde o momento em que foi descoberto. Aqui já existiam os povos indigenas, cujas teorias ainda nao apontam para uma certeza de onde vieram; a hipotese mais aceita oe a Teoria do ESTREITO DE BERING. A partir da colonização portuguesa a população foi ocupando diversas áreas do litoral e das margens dos rios principais, como o São Fransisco, onde foi fundada a vila de Penedo (Alagoas), por volta de 1550. na tabela a seguir, sobre o recenseamento obten-se as informações populacionais ao longo dos cinco séculos de ocupação e história. O grande momento de explosão demográfica nacional ocorreu em apenas 30 anos: entre 1950 e 1980. Em 1950 a população era de 50 milhões e em 1980 saltou para 120 milhões. Foi um crescimento assustador e nada pode conter o avanço da pobreza, do desemprego, do caos nas cidades e da violencia no campo e na cidade.

Atualmente o Brasil tem um crescimento populacional moderado: de apenas 1,3% ao ano, segundo o IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA). Populaçao brasileira ao longo dos periodos de censo completo:

Nº de censo DATA POP. TOTAL 1º 01. 08. 1872 9.930.478 2° 31. 12. 1890 14.333.915 3° 31. 12. 1900 17.438.434 4º 01. 09. 1920 30.635.605 5º 01. 09. 1940 41.236.315 6º 01. 07. 1950 51.944.397 7º 01. 09. 1960 70.191.370 8° 01. 09. 1970 93.139.037 90 01. 09. 1980 119.002.706

10° 01. 09. 1991 146.154.502 11º 01. 09. 2000 179.486.530 * 01. 09. 2010 201.453.526 * 01. 09. 2020 233.816.990

Fonte: IBGE, 2006 - * projeção. Estes são resultados de todos os recenseamentos já

feitos no Brasil. Mostra a evolução da população brasileira desde o final do século XIX.

Com esta taxa de crescimento o está dentro dos padrões internacionais, e a tendência e de cada vez crescer menos. Na europa, por exemplo, os países tem baixissimo crescimento ou até tem decrescimo do contingente populacional. Na França, Espanha, Inglaterra e Italia, o crescimento está abaixo de 1%; na Alemanha, Suécia e Holanda, atualmente ocorre um crescimento negativo, ou seja, abaixo de zero (- 0,3%/ano). O baixo crescimento brasileiro tem alguns fatores importantes, a saber: � Casamentos ocorrem mais tarde, aos 30, 35, 40 anos; � As mulhares preferem alcaçar autonomia e independencia finaceira para depois procurar um par, casar ou e ter filho(s); � O custo de vida na cidade está sempre aumentando, e ter filhos custa caro = 25 mil reais a cada ano. � As mulheres estao cada vez mais em busca do mercado de trabalho e status profissional; � O Estado estimula o planejamento familiar baseando-se nos padrões internacionais estipulados pela ONU; � Descobertas de novos meios de prevenção a gravides e metodos anti-concepcionais ou vasectomia nos homens (ainda sofre preconceito) Cresce o número de mulheres chefe de familia: Ano/Região

NORDESTE

SUDESTE

CENTRO-OESTE

SUL

1980 16,6% 14,6% 13,2%

12,1%

2000 24,1% 21,8% 20,1%

18,6%

Fonte: IBGE, 2005 Aqui no Brasl estamos vivendo uma fase de transição

demografica. Cada ves nesce menos, consequnetemente, teremos menos jovens, e os joves de hoje estao amadurecendo e se tornarão adultos e idosos vivendo por mais tempo. Hoje a expectativa de vida do brasiileiro é de 71 anos. Já foi de 55 anos atras e tende s chegar aos 75 em breve. Estamos vivendo mais e melhor é o que dizem as pesquisas especializadas. Figura 19. Estrutura da população brasileira 1980/2000

Fonte: Boligian, 2004

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O Brasil migrante As mudanças econômicas registradas no país no

último século desencadearam intensos deslocamentos populacionais. Inúmeras famílias deixaram seus lugares de origem para buscar uma vida melhor em outras partes, seja no campo ou nas cidades. De acordo com levantamentos recentes do IBGE, cerca de 40% dos brasileiros residem fora dos municípios em que nasceram. Essa estatística é em grande parte decorrente dos grandes fluxos migratórios ocorridos no país a partir da década de 1950. Observe o mapa na figura 18:

Fonte: Boligian, 2004

Fluxos migratórios do Nordeste para os grandes centros urbanos do Sudeste, ocorridos mais intensamente a partir da década de 1950, sobretudo em direção ao estado de São Paulo.; Fluxos migratórios do Nordeste e Sudeste para a região Centro- Oeste entre o final da década de 1950 eade 1970, principalmente devido à construção de Brasília; Fluxos migratórios do Nordeste para a Amazônia, em direção a novas áreas agrícolas e garimpos, a partir da década de 1960; Fluxos migratórios dos estados do Sul, além de São Paulo e de Minas Gerais, para as regiões Centro-Oeste e Norte, especialmente a partir da década de 1970, graças à expansão das áreas de fronteira agrícola na Amazônia. Fonte: Boligian, 2004. Adaptado de Centro de Estudos Migratórios. Migrações no Brasil: o peregrinar de um povo sem terra. São Paulo, Paulinas, 1986. 3.6. A RELAÇÃO SOCIEDADE/NATUREZA E A QUESTAO AMBIENTAL

Desde que homem tornou-se um ser racional que ele se vem modificando o meio ambiente de alguma maneira. Mas foi com o advento da revolução industrial, em 1789, que o homem passou a extrair mais intensamente os recursos naturais. A nova fase de atividade e produção dentro do sistema capitalista exigiu da natureza tudo o que ela disponia para serem transformados em mercadorias de valor de troca (compra/venda). As primeiras máquinas eram a vapor, sendo alimantadas pelo carvão mineral; logo depois estas passaram a ser movida pelo petróleo, que por suas possibilitou aumento de produção e consumo de materias-primas como ferro, aço, cobre, uranio, madeira, plantas, água, solo, ar.

Atras do avanço tecnologico viriam as sujeiras e os restos industriais, liquidando a beleza e a vida dos rios, das matas, dos solos e do ar. “A Poluição pode ser definida como a introdução no meio ambiente de qualquer matéria ou energia que venha a alterar as propriedades físicas ou químicas ou biológicas desse meio, afetando, ou podendo afetar, por isso, a "saúde" das espécies animais ou vegetais que dependem ou tenham contato com ele, ou que nele venham a provocar

modificações físico-químicas nas espécies minerais presentes”. Fonte: gpca.com.br

3.7. AS LUTAS SOCIAIS NA FASE ATUAL: O MST, OS SEM-TETOS E OS EXCLUIDOS

O Brasil possui contrastes gritantes e uma desigualdade social de alarmar qualquer um bom entendedor. Apesar de a midia brasileiro fazer mal uso da imagem do país, com propaganda enganosa, mostrando apenas o brasil das praias, do futebol, samba, carnaval e a elite em suas mansões, aqui é uma terra de excluidos. Excluidos de tudo: trabalho, educação, saude, moradia, alimentação, lazer, enfim da condiçoes de vida digna.

Assim, nos cabe engrossar os movimentos sociais que resistem atraves das lutas por direitos, outrora usurpados pelas práticas históricas de benecifiar uma minoria egoísta.

Estes movimentos estão nas areas fundamentais a vida: trabalhar, morar e estudar. São os movimentos dos trabalhadores rurais sem terra; movimento dos sem teto; movimento dos sem universidade.

Sem a possibilidade de luta e de conquista tudo vai continuar como já vem a anos: poucos com muito e muitos sem nada. Por isso é mais do que necessario, é urgente e vital para um país melhor, realizar a Reforma Agraria, Reforma Urbana e outras mais Formas e Reformas que possibilitem uma vida digna num país digno.

Figura 20. reforma agrária em questão.

Fonte:: Veja, 2005 A importância da reforma agrária para o futuro do país

A má distribuição de terra no Brasil tem razões históricas, e a luta pela reforma agrária envolve aspectos econômicos, políticos e sociais. A questão fundiária atinge os interesses de um quarto da população brasileira que tira seu sustento do campo, entre grandes e pequenos agricultores, pecuaristas, trabalhadores rurais e os sem-terra. Montar uma nova estrutura fundiária que seja socialmente justa e economicamente viável é dos maiores desafios do Brasil. Na opinião de alguns estudiosos, a questão agrária está para a República assim como a escravidão estava para a Monarquia. De certa forma, o país se libertou quando tornou livres os escravos. Quando não precisar mais discutir a propriedade da terra, terá alcançado nova libertação.

Com seu privilégio territorial, o Brasil jamais deveria ter o campo conflagrado. Existem mais de 371 milhões de hectares prontos para a agricultura no país, umas áreas enormes, que equivale aos territórios de Argentina, França, Alemanha e Uruguai somados. Mas só uma porção relativamente pequena dessa terra tem algum tipo de plantação. Cerca da metade destina-se à criação de gado. O que sobra é o

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que os especialistas chamam de terra ociosa. Nela não se produz 1 litro de leite, uma saca de soja, 1 quilo de batata ou um cacho de uva. Por trás de tanta terra à toa esconde-se outro problema agrário brasileiro. Até a década passada, quase metade da terra cultivável ainda estava nas mãos de 1% dos fazendeiros, enquanto uma parcela ínfima, menos de 3%, pertencia a 3,1 milhões de produtores rurais.

Figura 21. ocupação do solo

Fonte: Boligian, 2004 [Carta O BERRO] ANASTÁCIO, O INCRA E DOM PAGOTTO – 24/02/2007 - COLUNA DO TIÃO. [email protected]. Blog do Tião

A cena é distante, mas permanece viva como se fosse vivida agora. Num longínquo 1978, nos mundos de Alagamar, dois homens pequenos, magros e de aparências frágeis seguram galhos de mato e tangem os bois dos ricos que destruiam as lavouras dos pobres. Esses dois homens eram Dom José Maria Pires e Dom Hélder Câmara. Naqueles ontens eu ainda vestia cueiros na imprensa da Paraíba, mas lembro bem, as fotografias saíram nas manchetes dos jornais daqui e do país inteiro. Foram cenas tão fortes que obrigaram o Governo da época a desapropriar a Fazenda Alagamar, palco de conflites envolvendo patrões e sem terras, transformando-a no que é hoje, um acampamento bem sucedido de posseiros que cavam a terra e dela tiram sustento. Dom Hélder aposentou-se e morreu, Dom José deixou a ativa em razão da idade e isolou-se em Minas, veio Dom Marcelo e a pancada do bombo continuou, ou seja, os desvalidos, os pobres, aqueles que só têm a Deus para pedir ajuda continuaram sendo os protegidos do arcebispo. Claro que isso sempre revoltou o chamado latifúndio. Se um prelado não morreu debaixo de bala foi por medo dos assassinos, que sabiam a repercussão de um crime desses. Mas Margarida tombou, com a cara desmanchada por um tiro de 12 e Anastácio escapou fedendo de várias emboscadas. Disse Anastácio? Pois disse-o bem. É um Frei franciscano que se tornou conhecido entre nós pela opção de lutar a guerra dos sem terra, dos pés descalços, daqueles que nasceram sob o mesmo céu desse imenso planeta, porém sem os privilégios dos bem nascidos, dos nascidos ricos, dos donos de tudo. Isso lhe valeu muita correria, muito desassossego. Também valeu um mandato não renovado de deputado estadual. Não lhe valeu, contudo, a coragem, a coerência, o jeito autêntico de ser. Valeu até mesmo o ódio de um colega de batina! Isso mesmo, minha gente, um religioso, que deveria se irmanar ao velho Anastácio, saiu daqui para Brasília somente para fuxicar no ouvido de um senador e pedir-lhe que vetasse o nome do Frei para a Presidência do Incra. Alegou que Frei Anastácio, por ser invasor de terras, provocaria tumultos na Paraíba como dirigente do Incra. Esse religioso, o arcebispo Pagotto,é o oposto de Dom Helder, de Dom José e de Dom Marcelo. Enquanto os três últimos fizeram opção pelos pobres como manda a Bíblia, Dom Pagotto optou pelos ricos, pela direita rançosa, pelos homens

do dinheiro. Ressucitou a antiga luxúria da sua igreja, que gostava de endeusar quem muito tinha e desprezar quem não tinha nada. Bem diferente ele agiu quando tratou de intimidar testemunhas e vítimas da pedofilia praticada pelos seus padres de direita, quando comandou a diocese do Crato. Mas é compreensível. Anastácio não é pedófilo e é franciscano e franciscano, como sabemos, é o personagem sem eira nem beira da nossa querida Igreja Católica Apostólica Romana. Escrito por tiaolucena às 07h06 -Sou Parahyba e não nego!

Reforma Agrária por Miguel Rossetto: Uma Nova

Realidade Fundiária para o Brasil A construção coletiva de um País mais justo,

democrático e igualitário. Esse é o desafio que move o governo Lula a implantar um novo modelo de desenvolvimento para o Brasil, capaz de diminuir as imensas desigualdades sociais e econômicas que retratam uma nação com alto padrão de concentração de renda, da propriedade, do conhecimento, da justiça e de tantos outros pontos fundamentais para o exercício pleno da cidadania.

Figura 22. trabalhadores rurais em PE

Fonte:: Veja, 2005

Esse enorme desafio encontra importância estratégica no campo. A agricultura familiar possui um grande espaço de contribuição à geração de emprego e renda, o que expressa a necessidade de uma nova realidade fundiária para o Brasil, concentrada no fortalecimento da agricultura familiar e recuperação dos assentamentos da reforma agrária. Essa não é uma visão inócua. Está calcada tanto na expressão social, como no desempenho econômico da pequena propriedade.

A agricultura familiar responde hoje por 38% do valor bruto da produção agropecuárias do Brasil, 84% dos estabelecimentos rurais e por 77% da mão-de-obra do campo. Produz 84% da mandioca, 67% do feijão, 58% dos suínos, 54% da bovinocultura de leite, 49% do milho, 46% do trigo, 40% de aves e ovos e 31% do arroz que chegam à mesa dos brasileiros. Cerca de 80% dos municípios do País são essencialmente rurais, abrangendo 50 milhões de pessoas.

UMA BOA NOTÍCIA: OS MOVIMENTOS SOCIAIS AINDA ESTÃO VIVOS E MUITO ATUANTES, VEJAM

SÓ ESTÁ MATÉRIA. MNLM inicia calendário nacional de lutas por reforma urbana. - 20/06/2005 - Por Luciane Moura A Jornada por Reforma Urbana do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) que iniciou em Santa Maria (RS), no dia 1º de junho, com o Ato por Moradia Trabalho e Transporte Público de Qualidade se estenderá pelo país nos meses de junho e julho culminando com a marcha que chegará à Brasília na primeira quinzena de agosto. O calendário de atividades está sendo organizado pelo MNLM, Central dos Movimentos Populares (CMP), Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM), União Nacional de Moradia Popular (UNMP) e tem a participação de demais movimentos urbanos.

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Saiba mais sobre o MNLM Quem é: Um movimento político de massa que

organiza famílias de trabalhadores sem moradia e/ou com moradia sem condições dignas no projeto de reforma urbana de modo a atender os interesses e as reivindicações legítimas dessas populações.

Quando foi criado: A origem está relacionada as grandes ocupações de áreas e conjuntos urbanos que surgem a partir da década de 80; a realização do I Seminário Nacional Popular promovido pela CNBB; e a Emenda Popular da Reforma Urbana apresentada pelo Fórum Nacional de Reforma Urbana durante o processo de elaboração da atual Constituição Brasileira. O MNLM foi oficializado em julho de 1990 no primeiro encontro Nacional do Movimento realizado em Goiânia com a participação de 13 estados brasileiros.

Quais são os objetivos: O principal objetivo é a Reforma Urbana. A luta do MNLM é contra a concentração e especulação imobiliária; pela regularização fundiária e contra os despejos; pela participação das pessoas na construção da nova cidade; pela preservação ambiental; pela viabilização de geração de trabalho e renda; pela formação de cooperativas ou trabalhos coletivos; pelo planejamento urbanístico e saneamento e pelo acesso a saúde e a educação pública.

O MNLM ocupa NÃO invade: Existe bastante diferença entre uma e outra. De acordo com a pesquisa Análise do processo de reforma urbana no Assentamento Canaã feita em Santa Maria no RS, a invasão é quando a entrada se dá em um local que está sendo utilizado. Já a ocupação é quando o local não está atendendo a função social de propriedade prevista na Constituição, ou seja, encontra-se sem uso, abandonado. Conheça o Movimento dos Sem Universidade

O Movimento dos Sem Universidade (MSU) surgiu com esse nome em 2001, a partir da organização de movimentos sociais ligados aos cursinhos populares e hoje já possui representação em 10 estados brasileiros. A denominação foi dada pelo bispo de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, símbolo das lutas dos excluídos no Brasil. "O movimento atua com formação, ação, organização com parcerias sociais, no sentido de abrir as portas das universidades para o povo", ressalta o coordenador do MSU, Sérgio Custódio. Fonte: universia brasil

QEUSTÕES DE VESTIBULARES 1. (Dilsom Barros/2007) Sobre a economia da Paraíba analise os itens abaixo: I. O povoamento do Sertão paraibano foi impulsionado pela

necessidade de se estabelecer a pecuária e a agricultura no interior para suprir a demanda de alimentos para a população dos engenhos da Zona da Mata, no período colonial; II. Campina Grande é reconhecida nacionalmente como uma das mais importantes cidades do interior do nordeste do Brasil, por possuir vocação para o desenvolvimento de novas tecnologias, indústria e eventos culturais;

III. João Pessoa possui o título de cidade mais verde das Américas, condição esta adquirida pelas políticas de reflorestamento da Mata Atlântica implantada há décadas na capital;

IV. A Paraíba, a partir de 2007, contará com seu primeiro aeroporto internacional, com capacidade para 850 mil passageiros/ano; as novas instalações são para atender ao crescente número de turistas que procuram lazer no binômio sol/praia do nosso litoral, provando, assim, que no estado não há outros atrativos turísticos e serem explorados. V. Nos últimos anos, empresas de grande porte no setor de construção civil, a exemplo da Cerâmicas Elisabeth (SC), estão se transferindo das regiões Sul e Sudeste para a Paraíba, devido a descoberta de novos materiais e minerais no estado; Estão corretas as propostas: a)Todas as alternativas b)Apenas I e II c)Apenas II, III e IV d)Apenas I, II e V e)Nenhuma das alternativas 2. (Mackenzie/SP/2005) o “Custo Brasil” é a baixa competitividade das exportações provocadas por:

a) Dependência de componentes importados. b) Predominância de produtos agrícolas na nossa pauta

de exportação. c) Elevada carga tributária e problemas de infra-

estrutura. d) Distancia das regiões industriais dos portos. e) Disparidade salarial entre Brasil e os demais paises.

3. (UMC/2004) a criação do mercosul está relacionada, dentre outras causas, ao fato de que os países participantes: a) São emergentes, e, para aumentar suas possibilidades de desenvolvimento, devem competir em um bloco coeso. b) Decidiram que a integração regional é a forma mais adequada de inserção em um mundo globalizado. c) Pretendem fechar suas fronteiras econômicas para concluir, de forma independente, o processo de industrialização. d) Decidiram enfrentar, em igualdade de condições, a concorrência comercial que se estabeleceu com a criação do NAFTA. e) Formaram uma frente de oposição à proposta norte-americana de criação da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) 4. (UFC/2003) Sobre as empresas multinacionais e sua atuação em escala mundial, na atualidade, é correto afirmar : a) Vem acontecendo uma ampla distribuição geográfica dos investimentos e a mundialização das aplicações financeiras. b) Todos os lucros dessas empresas voltam para serem reinvestidos nos seus países de origem. c) A estrutura de produção tem pouca relação com o desenvolvimento científico, tecnológico e informacional.

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d) A aliança entre as empresas tem dificultado a ampliação e a garantia de novos mercados. e) A associação de muitas empresas foi possível eliminar, na sua totalidade, a existência de holdings e cartéis. 5. (UFMG/2003) A OMC tem sido o fórum de discussões que envolvem os interesses comerciais conflitantes entre países pobres e ricos. Considerando-se esses conflitos comerciais, é incorreto afirmar que: a) Os países pobres enfrentam barreiras comerciais, impostas por países ricos, sob a acusação de devastarem o meio ambiente, o que reduz a entrada de recursos necessários á modernização da exploração das riquezas naturais. b) Os países pobres vêm elevando as tarifas alfandegárias impostas aos produtos industriais doa países ricos, como forma de estimular o desenvolvimento da tecnologia nacional. c) Os países ricos, de modo geral, concedem subsídios aos seus produtores agrícolas, mas rechaçam atitudes semelhantes dos países periféricos em relação a produtos industriais de exportação. d) A informação representada refere-se a um importante fenômeno que ocorreu no mundo todo e que, no Brasil, se apresenta de forma bastante acentuada, como podemos analisar nos gráficos. e) Nenhuma das alternativas 6. (Dilsom Barros/2007) O Brasil é um dos países do mundo em que estão mais evidentes as contradições socioeconômicas internas e as contradições frente à economia mundial. Sobre a economia brasileira e as suas contradições, é possível afirmar, de modo correto, que: a) Apesar de sua condição de subdesenvolvimento, o País, nos últimos anos, ficou entre os quinze primeiros, no ranking mundial da economia. b)O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) tem apresentado melhoria nas regiões Sudeste, Centro e Sul, permanecendo inalterado nas regiões Nordeste e Norte do País. c)O crescimento econômico brasileiro alterou o mapa da exclusão social de sua população, em decorrência da redução da concentração da renda. d)a Balança Comercial brasileira apresenta atualmente índices negativos, graças a redução da exportação de produtos agrícolas. e)a economia informal foi substituída pela economia formal, em conseqüência do mal desenvolvimento econômico e educacional do País. 7. (Dilsom Barros/2007) O desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da economia estabeleceu, em relação aos espaços geográficos nacionais e internacionais, grandes paradoxos. Sobre esses paradoxos e suas conseqüências, é possível afirmar, de modo correto, que: a) Apesar do aumento crescente da rapidez e segurança dos transportes para longas distâncias, é decrescente o desenvolvimento no turismo nacional e internacional, em decorrência da instabilidade política e econômica mundial. b) A realidade virtual, “vivida” através de instrumentos eletrônicos e construída a partir de valores idealizados, contrapõe-se a paisagens reais, às vezes degradadas e inseguras, isolando os homens em locais fechados e desativando os locais de encontros e de eventos de massa nas cidades. c) A descoberta de vacinas e medicamentos para prevenção e cura de doenças infecciosas e degenerativas beneficiou os países ricos que os desenvolveram, enquanto os países pobres permaneceram à margem dos benefícios gerados pelos modernos avanços da medicina preventiva e curativa.

d) A intensa exploração dos recursos naturais, possibilitada pela ciência e pelo uso de tecnologia de ponta, acelerou o desenvolvimento econômico de algumas regiões do planeta, enquanto os seus efeitos poluentes e predatórios repercutiram sobre toda a Terra. e) Apesar do intenso processo de globalização da economia mundial, os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos constituem realidades independentes entre si, repetindo-se este modelo de isolamento cultural e de comunicação entre lugares de diferentes níveis de desenvolvimento dentro de um mesmo estado ou país. 8. (MACKENZIE-SP) observe os gráficos abaixo e responda qual é a alternativa correta.

Esse fenômeno refere-se ao processo de: a) Urbanização; b) Envelhecimento da população; c) Participação na População Economicamente Ativa (PEA); d) Privatização; e) Aumento da taxa de natalidade. Obs: Marque o gabarito de acordo com as 8 respostas anteriores:

Questão 11 a 18 A B C D E 1 O O O O O 2 O O O O O 3 O O O O O 4 O O O O O 5 O O O O O 6 O O O O O 7 O O O O O 8 O O O O O

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11. (Dilsom Barros/2007) A teoria determinista teve forte influência da teoria evolucionista de Darwin. Escolha a alternativa que apresenta, corretamente, princípio do determinismo geográfico fundamentado na teoria da evolução. a) As pessoas podem atuar no meio natural, gerando modificações e determinando seu desenvolvimento. b) A construção do espaço nas diferentes sociedades depende das interações entre elementos sociais, culturais, físicos e biológicos. c) As condições ambientais, em especial o clima, são capazes de influenciar o desenvolvimento intelectual e cultural das pessoas. d) Os grupos humanos devem crescer em seus próprios territórios. Não deve haver deslocamentos, uma vez que o homem é um elemento da paisagem. e) A relação entre a sociedade, o trabalho e a natureza é fundamental na apropriação dos recursos e na produção de espaços diferenciados. 12. (FGV-SP) Considere os textos apresentados.

Região 1 - A década de 70 marca uma profunda transformação nas estruturas de pequenas propriedades familiares, em função tanto do esgotamento dos espaços rurais pioneiros, já inteiramente ocupados, quanto da forte concentração da propriedade da terra ocorrida com o avanço das áreas sojiculturas altamente mecanizadas.

Região II - O predomínio de latifúndios pecuaristas, do tipo extensivo, e a progressiva ocupação das áreas de cerrado pela moderna agricultura mecanizada de grãos tendem a reforçar a tradicional estrutura de grandes propriedades poupadoras de mão-de-obra existente na região. Os textos referem-se a processos que, no Brasil, provocaram o êxodo rural e conseqüente aumento de população urbana nas regiões 1 e II, que são respectiva- mente: a) Sul e Centro-Oeste. b) Sul e Sudeste. c) Centro-Oeste e Norte. d) Sudeste e Norte. e) Norte e Nordeste. 13. (MACKENZIE-SP) Quando o FMJ exige que o país aumente a meta do superávit primário está, na verdade, solicitando que o Brasil: a) aumente as exportações dos produtos do setor primário da economia, com destaque para a soja e para o minério de ferro, que possuem grande aceitação no mercado internacional; b) em sua arrecadação, considerando as receitas da União, dos Estados e Municípios e descontando as despesas, apresente um saldo positivo e tenha condições de honrar o pagamento dos juros de suas dívidas. c) utilize os recursos arrecadados com impostos e o que foi economizado em obras públicas e projetos sociais, visando reativar a economia, além de gerar postos de empregos. c) Apresente uma balança comercial favorável, aliada à contenção de despesas garantindo, dessa forma, uma estabilidade cambial da moeda nacional em relação ao dólar. d) Aumente os investimentos em obras públicas e em projetos sociais, melhorando o poder aquisitivo da população, garantindo o aquecimento da economia e provocando o interesse de maiores investidores estrangeiros. e) N.D.A. 14. (MACKENZIE-SP) - As hidrelétricas respondem por mais de 90% da produção de eletricidade no Brasil. O crescimento da produção e do consumo final da energia hidrelétrica foi resultado da combinação de uma série de fatores, a saber:

I – o desejo governamental de minimizar a dependência do país em relação ao petróleo como fonte primária relativamente escassa em nosso território. II – a constatação de que a energia hidráulica é uma fonte energética primária em abundância e disponível, considerando os aspectos morfoclimáticos do país. III – o estímulo dado, a partir dos choques do petróleo, na década de 70, à substituição do óleo diesel pela eletricidade nas indústrias, que resultou, também, em diminuição da emissão de poluentes nas áreas de concentração industrial. Então: a) Apenas II e III estão corretos. b) Apenas I e III estão corretos. c) Apenas II está correto. d) Apenas I está correto. e) I, II e III estão corretos. 15. (Dilsom Barros/2007) Observe os mapas a seguir.

Fonte: Boligian, 2004

Com base nas informações, e seus conhecimentos, analise as seguintes frases:

I.Em 1960, o cultivo da soja estava praticamente restrito aos estados do Brasil Meridional.

II.II. Em 1975, as principais áreas de cultivo se restringiam a regiões do centro-sul do país.

III.Em 1999, a soja já era cultivada em todas as regiões do país. IV.O avanço do cultivo da soja no Centro-Oeste deveu-se à

aclimatação de espécies e ao desenvolvimento tecnológico. Assinale agora: a) Apenas I e II são corretas. b) Apenas II e III são corretas. c) Apenas III e IV são corretas. d) Apenas I, II e III são corretas. e) Todas são corretas.

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16. (PUC-PR) As afirmativas a seguir dizem respeito às relações entre o espaço urbano e o espaço industrial brasileiro. I. O crescimento da classe média e do proletariado urbano no Brasil criou condições pata a expansão das indústrias de bens de consumo duráveis no seio da economia brasileira. II. O Brasil, a partir da década de 1970, passou a experimentar um lento processo de descentralização de sua indústria do Sudeste em direção às outras regiões urbanas do país. III. A política de descentralização da indústria visava conter a centralização do crescimento econômico, responsável pelos movimentos migratórios para os grandes centros industriais e pelo aumento dos problemas sociais. IV. A descentralização da indústria da Região Sudeste favoreceu somente a Região Sul, em detrimento das demais. Assinale a alternativa em que estão corretas: a) Todas as afirmativas. b) Somente as afirmativas I, III e IV. c) Somente as afirmativas I, II e III. d) Somente as afirmativas I e IV. e) Somente as afirmativas II e III. 17. (UNIFESP-SP) Megacidades são aglomerações urbanas que: a) alojam centros do poder mundial e sedes de empresas transnacionais; b) concentram mais de 50% da população total, em países pobres; c) têm mais de 10 milhões de habitantes, tanto em países ricos quanto pobres; d) pertencem a países de grande importância no comércio mundial; e) não têm infra-estrutura de comunicação suficiente, apesar de serem grandes. 18. (Dilsom Barros/2007) Levando em consideração seus conhecimentos sobre o processo de urbanização no mundo e no Brasil, analise as seguintes frases: I. A importância de uma metrópole é dada menos por causa de sua população e mais pela influência que ela projeta sobre o espaço geográfico. II. As principais metrópoles do Sudeste surgiram em momentos históricos diferentes e tiveram suas funções modificadas ao longo do tempo. III. As cidades globais formam uma rede de núcleos urbanos por onde transita a maior parte dos fluxos de capitais que alimenta os mercados financeiros internacionais. IV. Dentre os agentes que produzem o espaço urbano, destaca-se o Estado, que tem presença marcante na produção, distribuição e gestão dos equipamentos e de consumos coletivos. Marque o gabarito de acordo com as 8 respostas anteriores:

Questão 11 a 18 A B C D E

11 O O O O O

12 O O O O O

13 O O O O O

14 O O O O O

15 O O O O O

16 O O O O O

17 O O O O O

18 O O O O O

O que é Vestibular?

Vestibular: Exame seletivo mais usual na maioria das universidades brasileiras, classificatório para candidatos a uma vaga no ensino superior. A forma mais garantida de ingressar numa boa universidade é estar bem preparado, o que envolve horas e horas de estudo e de dedicação.

Uma dica: Escolha não só pela facilidade do curso ou

no retorno financeiro, mas sim sua satisfação pessoal. Tenha bom senso! Mas é importante destacar que o mercado de trabalho está muito competitivo e é necessário um bom curso superior em uma boa universidade.

Dicas para escolher o curso: Não esquente muito a

cabeça com isso, até o dia de se inscrever você terá uma idéia melhor da sua vocação, se este dia chegar e você não souber o que quer, faça o seguinte:

- Pesquise sobre as profissões que você mais gosta, também dê uma olhada nas que você nunca ouviu falar, de repente alguma dessa é exatamente o que você sempre quis ser.

- Dê uma olhada no manual do ano passado, mas não se impressione com a relação candidato por vaga, ignore-a, você pode escolher o que tem 2 candidatos por vaga e ser seguido por milhões de inseguros oportunistas como você, então depois de se inscrever, ao sair a relação C/V do seu ano, verá que pode ser o curso mais concorrido de todos os tempos.

- Assim como a relação C/V, a Nota de Corte (nota que serve para te tirar da parada antes de sair a lista de aprovados) também não é confiável, por isso não se baseie nela para escolher o seu curso.

- Não seja tão fatalista, escolher uma profissão não é sinônimo de escolher o futuro, conheço um cara que fez Filosofia e é Analista de Sistemas, eu fiz Processamento de Dados no segundo grau e agora Ciências Sociais e nem por isso o curso anterior foi inútil.

- Lembre-se: você pode mudar de curso a qualquer momento dentro da faculdade ou mesmo fazer optativas em outros cursos.

- Não se engane, não há profissão que garanta que você vai ser rico ou pobre, o que há são probabilidades de acordo com o mercado de trabalho e a conjuntura econômica, por exemplo: um advogado pode ficar rico mais rápido do que um engenheiro, não obstante, se o engenheiro virar presidente da república, pode ser mais vantajoso ser engenheiro.

- Assim como ser médico não é sinônimo de que será o orgulho da mamãe e da esposa (ou marido), pode até ser, mas o cônjuge vai reclamar que você nunca pára em casa, vive estressado, toma “remedinhos estranhos” e um tem bip tocando a todo o momento.

- Portanto saiba que ganhar dinheiro só vai depender de você e não tanto da profissão escolhida, apenas saiba que sonhos têm seu preço, se você sonha em ser professor, vai baixando suas ambições financeiras ao nível das suas realizações.

Dicas para todas as matérias: 1) Invente musiquinhas para decorar coisas básicas que você sempre esquece (“decorebas, decúrias imprescindíveis”) 2) Leia resumos enquanto estiver andando, principalmente coisas simples, decorebas imprescindíveis, musiquinhas graciosas, macetes ... mas não se esqueça de tomar cuidado com buracos, carros, pessoas, postes, cocô de cachorro e todas estas pedras que poderão aparecer no meio do seu caminho. 3) Leia nos ônibus, trem, metrô..., mesmo em pé – tenha sempre uma folhinha de resumo para dar uma espiada e quando não for possível – lembre-se das musiquinhas.

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No cursinho: Tente fazer seriamente todos os simulados (geralmente é num dia ingrato, domingo de manhã, neste caso reserve o sábado para dormir, mesmo que você tenha certeza que consegue acordar às sete tendo ido dormir às cinco). Se você tiver a possibilidade de freqüentar um cursinho aproveite cada aula como se fosse a última, pois se você pensar muito no tempo em que ficará lá e na quantidade de matéria que eles querem enfiar na sua cabeça, você desiste. As pessoas ficam muito sensíveis nessa época, principalmente as meninas, portanto tome bastante cuidado para não achar que está apaixonada por algum professor (principalmente de Literatura), lembre-se de que ele passa por isso todos os anos e geralmente saberá te desprezar com educação. Sente-se nas primeiras cadeiras pelo menos durante um ano de sua vida, se entregue à turma do “gargarejo" ou do "nariz na lousa”, pois neste caso não vale a pena ser da “turma do fundão”, mas tudo depende de você, afinal não são todas as cadeiras que poderão ficar na frente. Não esquente muito a cabeça com as matérias que você odeia, tem coisas que não têm jeito, dedique-se o dobro às matérias de que você mais gosta (só dá certo para os que não odeiam todas elas), para as que não gosta procure dedicar-se a assuntos que entenda facilmente. Por fim restará apenas o chute. A importância do banheiro para o vestibulando Esse lugar de relaxamento, de privacidade e de prazer íntimo pode ser um grande aliado para o vestibulando, deixe resumos no cesto de revistas ao lado da privada, cole tabelas, macetes e decorebas imprescindíveis nas paredes, cante as musiquinhas no chuveiro, enfim, envolva toda a sua família nesse clima alegre de vestibular. Na hora da prova

Para alguns é bobagem esse negócio de que você não deve estudar um dia antes da prova, mas é bom manter a calma. Eu estudei até meia hora antes de entrar na sala, quer dizer, fiquei lendo algo que gostava e só não lí mais porque ia ficar com a cabeça muito cheia. Enfim, você faz o que quiser, cada um é cada um, se você prefere fazer nada, tudo bem, mas a dica mais importante é uma que você já deve saber há muito tempo: LEIA TUDO O QUE VÊ PELA FRENTE.

Será que preciso explicar tudo? Leia jornais pelo menos no domingo e uma revista semanal de sua preferência toda semana, acompanhe os fatos, pense sobre eles, tente fazer pequenos cronogramas sobre assuntos atuais, no final de tudo dê uma lida para refrescar a memória, lembre-se de que as provas de hoje estão muito mais interessadas em comprovar sua capacidade crítica e de conhecimento geral. Boa sorte e bons estudos! Equipe do vestibular1 http://www.vestibular1.com.br

BIBIOGRAFIA ANDRADE, Manoel Correia de. A terra e o homem no nordeste. Editora Universitária (UFPE). Recife: 1998, 305p

BOLIGIAN, Levon: espaço e vivência: vol. único: ensino médio / Levon Boligian & Andressa T. A. Boligian. Atual: São Paulo, 2004. COELHO, Marcos Amorim. Geografia geral: o espaço natural e sócio-economico: ensino 2º grau. 3ª ed ref. São Paulo: Moderna, 1992 (série sinopse). GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina. 7ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. STÉDILE, João Pedro (org). A questão agrária no Brasil. vol 1. Expressão Popular: São Paulo, 2005 Apostila I. Classe A colégio e curso. 2005. Gentilmente cedido pelo professor Aquilino Ramalho. DA INTERNET www.wikipedia.com/enciclopédia 2005 www.obancomundial.org www.economiaonline.com.br www.bcb.gov.br (banco central do Brasil) www.portalbrasil.net www.desempregozero.org.br www.mst.org.br/biblioteca www.onu.gov FILME Babel (2006, FOX) Matrix I (1994, Warner) O dia depois de amanhã (2004, FOX) O terminal (2004, COLUMBIA) Turistas (2006, FOX)