apostila para concurso público de lingua portuguesa

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APOSTILA PARA CONCURSOS PBLICOS LNGUA PORTUGUESA Encont re o mat erial de est udo para seu concurso preferido em www.acheiconcursos.com.brContedo: 1. Compreenso e interpretao de textos. 2. Tipologia textual. 3. Ortografia oficial. 4. Acentuao grfica. 5. Emprego das classes de palavras. 6. Emprego do sinal indicativo de crase. 7. Sintaxe da orao e do perodo. 8. Pontuao. 9. Concordncia nominal e verbal. 10. Regncia nominal e verbal. 11. Significao das palavras. 12. Redao de correspondncias oficiais. www.acheiconcursos.com.br1COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTO Fazerusocompetentedalnguaacapacidadedelereproduziradequadamentetextos diversos, produzidos em situaes diferentes e sobre diferentes temas. Pensar em texto pensar em nossavidadiria.Sempreestamosenvolvidosemleituras,escritas,observaeseanlise.Quantas decises importantes no dependem, nica e exclusivamente, de uma boa leitura ou redao de texto? O que interpretar um texto? Apalavrainterpretarvemdolatiminterpretaree significaexplicar,comentarouaclararo sentidodossignosousmbolos.Talvocbulocorrespondeaogregoanlysis,quetemosentidode decompor um todo em suas partes, sem decompor o todo, para compreend-lo melhor. Interpretar um texto entend-lo, penetr-lo em sua essncia, observar qual a ideia principal, quais os argumentos que comprovam a ideia do autor, como o texto est escrito e outros detalhes. No tarefa fcil, pois vivemos em um mundo que no privilegia a compreenso profunda de nossa prpria existncia.Tentaremos,nestematerial,auxili-loafazerumaboaanlisedotextoemseuconcurso para que voc obtenha o sucesso esperado. Saber ler corretamente Quando se diz que um candidato deve saber ler, esta afirmao pode parecer banal, a no ser que esclarea melhor o sentido da expresso "saber ler". Ler adequadamente mais do que ser capaz dedecodificaraspalavrasoucombinaeslinearmenteordenadasemsentenas.Ocandidatodeve aprendera"enxergar"todoocontextodenotativoeconotativo.precisocompreenderoassunto principal,suascausaseconsequncias,crticas,argumentaes,polissemias,ambiguidades,ironias etc.Leradequadamentesempreresultadodaconsideraodedoistiposdefatores:os propriamentelingusticoseoscontextuaisousituacionais,quepodemserdenaturezabastante variada. Bom leitor, portanto, aquele capaz de integrar estes dois tipos de fatores. CARACTERSTICAS DE UM TEXTO Unidade O principal atributo de um texto para ser considerado como tal a unidade. A origem do termo"texto"estrelacionadaa"novelo",ouseja,umemaranhadodeassuntos.Assim, todootexto perpassa uma ideia maior desenvolvida em partes. Observe como isso se d no texto a seguir. Destruir a natureza a forma mais fcil de o homem se aniquilar da face da terra. Dizimando certasespciesdeanimais,porexemplo,interferenacadeiaalimentar,causandodesequilbriosque produziroa extino de seresessenciaisharmoniado planeta.Jogandodiariamente toneladasde produtos qumicos poluentes, o ser humano causa a destruio do meio ambiente. Perceba que o texto anterior est dividido em trs perodos, cada um com uma ideia especfica. No entanto, o tema principal a destruio do meio ambiente. A est a nossa unidade. Geralmente, as bancas exigem do candidato, no concurso, algumas questes relacionadas a essa unidade.Clareza Clareza a capacidade que o autor teve de construir um texto facilmente compreensvel pelo leitor.Nemsempreoconcursoproporcionarumtrechocomclareza.Porisso,muitaateno. Geralmente, em provas para tribunais, o Cespe, por exemplo, exagera em textos complexos. Observe a prova a seguir: Para alm das razes de mtodo, pode-se aduzir tolerncia uma razo moral: o respeito pessoa alheia. Tambm nesse caso, a tolerncia no se baseia na renncia prpria verdade, ou na indiferena a qualquer forma de verdade. Creio firmemente em minha verdade, mas penso que devo obedecer a um princpio moral absoluto: o respeito pessoa alheia. As boas razes da tolerncia no nos devem fazer esquecer que tambm a intolerncia pode tersuasboasrazes.Todosnsjnosvimos,cotidianamente,explodiremexclamaesdotipo" intolervel que... ", "como podemos tolerar que... " etc. www.acheiconcursos.com.br2Nesseponto,cabeesclarecerqueoprpriotermo"tolerncia"temdoissignificados,um positivo e outro negativo, e que, portanto, tambm tem dois significados, respectivamente, negativo e positivo, o termo oposto. Em sentido positivo, a tolerncia se ope intolerncia em sentido negativo; evice-versa,aosentidonegativodetolernciasecontrapeosentidopositivodeintolerncia. Intolerncia, em sentido positivo, sinnimo de severidade, rigor, firmeza, qualidades que se incluem todas no mbito das virtudes; tolerncia em sentido negativo, ao contrrio, sinnimo de indulgncia culposa, de condescendncia com o mal, com o erro,por falta de princpios, por cegueira diante dos valores. evidente que, quando fazemos o elogio da tolerncia, reconhecendo nela um dos princpios fundamentais da vida livre e pacifica, pretendemos falar da tolerncia em sentido positivo. Tolernciaemsentidonegativoseopeafirmezanosprincpios,ouseja,justaoudevida exclusodetudooquepodecausardanoaosindivduosousociedade.Seassociedades despticas de todos os tempos e de nosso tempo sofrem de falta de tolerncia em sentido positivo, as nossas sociedades democrticas e permissivas sofrem de excesso de tolerncia em sentido negativo, detolerncianosentidodedeixarascoisascomoesto,denointerferir,denoseescandalizar, nem se indignar com mais nada. Noberto Bobbio. A Era dos Direitos (com adaptaes) A partir das ideias do texto, julgue os itens seguintes. 1.Tomados em sentido negativo, tolerncia e seu antnimo podem ser considerados sinnimos para os quais no se apresentam "boas razes". 2.Sereconhecidacomoumdosprincpiosdavidalivreepacfica,atolernciapodeincluir severidade,rigor,firmeza.Taisatitudes,noentanto,combinamemmuitasditadurasnomundo contemporneo com a intolerncia das sociedades despticas. 3.Tolernciaemsentidopositivoconflitantecomacoerncia,poisimplicaindiferenaaqualquer forma de verdade. 4.Em sentido positivo, intolerncia ope-se, por exemplo, a "cegueira diante dos valores". 5.Exclamaesqueevidenciamindignaodiantedesituaesdanosassociedadeeaos indivduos enquadram-se no conceito de intolerncia em sentido positivo. Coerncia Assuntosrelacionadoscoernciaaparecemcommuitafrequncianosconcursos.Muitos candidatosencontramdificuldadepararespondersquestes.Issonoocorrercomvoc.Vamos esclarecer com muitos detalhes para voc no ter surpresas no momento do concurso. Coerncia a lgica e a organizao da estrutura do texto. Ela envolve o texto como um todo deformaqueoleitoroentenda.Oprimeiroaspectoaserobservadoemrelaoorganizao. Observe o texto a seguir. A cidade do Rio de Janeiro j foi sede de trs representaes significativas do poder pblico: prefeitura municipal, governo estadual e governo federal. O governo estadual (...). A prefeitura municipal (...). O governo federal (..). O autor citou as trs sedes em ordem crescente e abordou de forma desorganizada. Falha de coerncia. O segundo aspecto em relao coerncia est na lgica. Observe o trecho a seguir. Braslia a melhor cidade do Brasil. A qualidade de vida apresenta dados que se destacam no cenrio nacional:baixacriminalidade,alto poder aquisitivoeboasopesdelazer. Tambm o clima propicia agradveisdiasduranteoanointeiro.Infelizmente,muitaspessoasquemoramaquireclamamdos preos cobrados nos aluguis de apartamentos apertados. Opargrafoabordainicialmenteumavisopositivaemrelaocidadee,nofinal,explora uma ideia contrria ideia principal. Oaspecto maisimportante,noentanto, diz respeitocapacidade demanter a lgicamesmo www.acheiconcursos.com.br3com alterao do sentido original. Isso tem ocorrido muito em concursos. Observe a prova a seguir: Como se tornar o nmero 1 Chegaraopostomaisaltodeumaempresanotarefaparaacomodados.Exigetalento, dedicao, persistncia e principalmente uma boa dose de sacrifcio. Segundo consultores de recursos humanos,justamenteesseempenhoeespritodelideranaqueasempresasvalorizamnos ocupantes de cargos mais altos. "A pessoa deve ter iniciativa, capacidade de tomar decises, fazer as coisas acontecerem", diz o diretor da Top Human Resources, de So Paulo. A qualificao profissional tambm um dos principais aspectos para se alcanar o posto mais alto. "Qualquer executivo tem de investir sempre em sua educao", enfatiza outro diretor de recursos humanos. "Seno voc ser um computador sem software", completa. Traar metas profissionais outro aspecto fundamental para quem quer chegar ao topo. Nesse caso, a ambio acaba sendo uma boa aliada. A intuio tambm uma boa arma na hora de dar um palpite em uma reunio. E, quem sabe, pode valer aquela promoo esperada... Conhecerpassoapassocadaetapadoprocessodeproduodaempresaedosetorum dos principais fatores que levaram M.C.P. a uma carreira bem-sucedida. Ele aponta ainda a importncia de valorizar os colegas. "Ningum consegue as coisas sozinho. fundamental reconhecer a participao do grupo e sempre motiv-lo". A primeira regra da cartilha daqueles que anseiam alcanar um alto cargo em uma corporao, deacordocomesses consultores, no permanecerestagnadoem umafuno ou empresa porum longo perodo. Daniela Paiva. Emprego e formao profissional. In: Correio Braziliense. Considerando o desenvolvimento das ideias do texto acima, julgue a pertinncia das inseres sugeridas em cada pargrafo indicado nos itens abaixo, de modo a preservar os argumentos utilizados, as relaes de coeso e coerncia e a correo gramatical do texto. 1. Ao final do segundo pargrafo: Ciente disso, o economista R. B. nunca passou mais de um ano sem participar de algum tipo de especializao e considera que a aprendizagem que vai permi-tir que algum permanea na funo e obtenha resultados melhores. 2.Aofinaldoterceiropargrafo:"Pois,senosabeoquequer,dificilmenteoprofissionalvai alcanar uma funo significativa", alerta um consultor paulista. 3.Aofinaldoquartopargrafo:"Correrriscoscombomsensoeterumaboaperceposo necessrios para se tornar um lder", acrescenta um diretor da Executive Search. 4.Aofinaldoquintopargrafo:Eleplanejou,detalhepordetalhe,suacarreiradeexecutivona empresaX,qualificando-sepormeiodecursosespecializadosededicandotempo,almdo horrio de expediente, ao aprimoramento de lnguas e pesquisas sobre o mercado. 5.Aofinaldosextopargrafo:OexecutivodaCBI,J.S.,concordacomM.C.P.eacrescenta: "Voc tem de reconhecer a importncia de cada um e as dificuldades de sua equipe". 6.Oadjetivo"acomodados",noprimeiroperodo,estempregado,textualmente,emoposioao conjuntodesubstantivosexpressosem"talento,dedicao,persistnciaeprincipalmenteumaboa dosedesacrifcio",noperodoseguinte,que,porsuavez,podemserinterpretadoscomoresumidos em "esse empenho", no terceiro perodo. 7.Paraqueotextofosseadequadoaotemaeaosleitoresempotencial,oestilomuitoinformalde linguageme,especialmente,ottulodeveriamsofrerajustesretricosdemodoasetornaremmais coerentes com o gnero argumentativo utilizado. 8.Oempregodeoutro(terceiropargrafo),tambm (quartopargrafo)eainda(sextopargrafo) mostraquediferentesclassesgramaticaispodemdesempenharafunodemantercoesotextual entre os pargrafos e no texto como um todo. 9.Aousar,tofrequentemente,orecursododiscursoalheio,oautordotextotomaocuidadode marcar por aspas aquelas afirmaes acerca das quais no tem muita certeza ou que so empregadas com ironia. 10. De acordo com o desenvolvimento da argumentao, a troca de lugar entre o ltimo perodo sint-www.acheiconcursos.com.br4tico do texto e o primeiro preservaria a coerncia e a coeso textuais. COESO"Acoesononosrevelaasignificaodotexto;revela-nosaconstruodotextoenquanto edifcio semntico". (M. Halliday) Ametforaacimarepresentadeformabastanteeficazosentidodecoeso,assimcomoas partesquecompemaestruturadeumedifciodevemestarbemconectadas,bem"amarradas",as vriaspartesdeumafrasedevemseapresentarbem"amarradas",conectadasparaqueotexto cumpra sua funo primordial - veculo entre o articulador deste e seu leitor. Portanto,coesoessa"amarrao"entreasvriaspartesdotexto,ouseja,o entrelaamento significativo entre declaraes e sentenas. Vejam, pode-se dizer: Procurei Tlio, mas ele havia partido. Porm, no se pode dizer: Mas ele havia partido. Procurei Observe que a sequncia lgica das oraes est presente em: "Procurei Tlio" e depois "Mas ele havia partido." Existem, em nossa lngua, dois tipos de coeso: a lexical e a gramatical.Acoesolexicalobtidapelasrelaesdesinnimosouquasesinnimos,hipernimos, nomes genricos e formas elididas. Jacoesogramaticalconseguidaapartirdoempregoadequadodepronome,adjetivos, pronomessubstantivos,pronomespessoaisde3.pessoa,elipse,determinadosadvrbiose expresses adverbiais, conjunes e numerais. Vejamos, agora, alguns exemplos de coeso: 1. Eptetos Epteto a palavra ou frase que qualifica pessoa ou coisa. Glauber Rocha fez filmes memorveis. Pena que o cineasta mais famoso do cinema brasileiro tenha morrido to cedo. Glauber Rocha foi substitudo pelo qualificativo o cineasta mais famoso do cinema brasileiro. 2. Nominalizaes Ocorrenominalizaoquando se emprega um substantivo que remete aumverbo enunciado anteriormente. Elesforamtestemunharsobreocaso.O juizdisse,porm,quetaltestemunhono eravlidopor serem parentes do assassino. Pode tambm ocorrer o contrrio: um verbo retomar um substantivo j enunciado. Ele no suportou a desfeita diante de seu prprio filho. Desfeitear um homem de bem no era coisa para se deixar passar em branco. 3. Palavras ou expresses sinnimas ou quase sinnimas o pronome retoma o substantivoestabelece a oposio entre as duas oraeswww.acheiconcursos.com.br5 Os quadros de Van Gogh no tinham nenhum valor em sua poca. Houve telas que serviram at de porta de galinheiro. 4. Repetio de uma palavra Podemos repetir uma palavra (com ou sem determinante) quando no for possvel substitu-Ia por outra.A propaganda,sejaela comercialou ideolgica, est sempre ligada aos objetivos eaos interesses da classe dominante. Essa ligao, no entanto, ocultada por uma inverso: a propaganda sempre mostra que quem sai ganhando com o consumo de tal ou qual produto ou ideia no o dono da empresa, nem os representantes do sistema, mas, sim, o consumidor. Assim, a propaganda mais um veculo da ideologia dominante. (Aranha,MariaLciadeArruda&MARTINS,MariaHelenaPires.Filosofando:introduofilosofia.So Paulo, Moderna, 1993, p. 50) 5. Um termo-sntese Opascheiodeentravesburocrticos. precisopreencherum sem-nmerodepapis.Depois, pagar uma infinidade de taxas. Todas essas limitaes acabam prejudicando o importador. A palavra limitaes sintetiza o que foi dito antes. 6. Pronomes Vitaminas fazem bem sade. Mas no devemos tom-las ao acaso. Ocolgioumdosmelhoresdacidade.Seus dirigentessepreocupammuitocomaeducao integral.Aquele poltico deve ter um discurso muito convincente. Ele j foi eleito seis vezes. HumagrandediferenaentrePauloeMaurcio.Esteguardarancordetodos,enquantoaquele tende a perdoar. 7. Numerais Nosepodedizerquetodaaturma estejamalpreparada.Umtero pelomenospareceestar dominando o assunto. Recebemosdoistelegramas. Oprimeiroconfirmavaa suachegada;osegundo dizia justamente o contrrio. 8. Advrbios pronominais (aqui, ali, l, a) No podamos deixar de ir ao Louvre. L est a obra-prima de Leonardo da Vinci: a "Mona Lisa". 9. Elipse Oministrofoioprimeiroachegar.(Ele) Abriuasessosoitoempontoe(ele) fezentoseu discurso emocionado. 10. Repetio do nome prprio (ou parte dele) Manuel da Silva Peixoto foi um dos ganhadores do maior prmio da loto. Peixoto disse que ia gastar todo o dinheiro na compra de uma fazenda e em viagens ao exterior. Lvgia Fagundes Telles uma das principais escritoras brasileiras da atualidade.Lvgia autora de "Antes do baile verde", um dos melhores livros de contos de nossa literatura. 11. Metonmia Metonmia o processo de substituio de uma palavra por outra, fundamentada numa relao de contiguidade semntica. O governotem-sepreocupadocom osndices de inflao. O Planalto diz que no aceitaqualquer remarcao de preo. www.acheiconcursos.com.br6 Santos Dumont chamou a ateno de toda Paris. O Sena curvou-se diante de sua inveno. 12. Associao Na associao, uma palavra retoma outra porque mantm com ela, em determinado contexto, vnculos precisos de significao. SoPaulosemprevtimadasenchentesdevero.Osalagamentosprejudicamotrnsito, provocando engarrafamentos de at 200 quilmetros. Apalavraalagamentossurgiuporestarassociadaaenchentes.Maspoderiatersidousada uma outra como transtornos, acidentes, trasbordamento do Tiet, etc.Ruptura da Coeso As rupturas da coeso podem ser voluntrias: insero de um comentrio, interveno do autor ou do narrador, o uso de apstrofes, etc. Ex.: gostaria de dizer - no sei se devo - que ele nunca agiu bem como amigo. anacolutos (ruptura da coeso sinttica) Ex.: no sei, creio que ele no chegar. As rupturas de coeso, quando involuntrias, constituem erro: frasesinacabadas,ambiguidadesemrelaoaoantecedentedopronome,errosde concordncia, etc. Exs.:Entre a cadeira e a mesa, creio que ela gostaria mais dela. Muitos de ns e o Joo teve vontade. Acampanhadofamosojornalistaemfavordopresidentelevou-oao desentendimento com o jornal. ERROS DE LEITURA Extrapolar Trata-sede umerromuito comum. Ocorre quandosamos do contexto,acrescentandoideias quenoestopresentes.Ainterpretaoficacomprometida.Frequentemente,relacionamosfatos reais a outros contextos. Reduzir Trata-se de um erro oposto extrapolao. Ocorre quando damos ateno apenas a uma parte ou aspecto do texto, esquecendo a totalidade do contexto. Destacamos, desse modo, apenas um fato ouumarelaoquepodemserverdadeiros,porminsuficientesselevarmosemconsideraoo conjunto das ideias. Contradizer Ocorrequandochegamosaumaconclusoqueseopeaotexto.Associamosideiasque, embora no texto, no se relacionam entre si. FUNES DA LINGUAGEM O desenvolvimento humano e o avano das civilizaes dependem do progresso alcanado em suas atividades, a descoberta do fogo, a diviso do trabalho, as mquinas, as tecnologias; mas, acima detudo,daevoluodosmeiosderecebercomunicaoedesecomunicar,deregistraro conhecimentoedodesenvolvimentodaescritaefontica.Ohomemnecessitacomunicarpara progredir, quanto mais avanada for a capacidade de comunicao de um conjunto de indivduos mais rpida ser a sua progresso. A capacidade de comunicao de um conjunto de indivduos (uma tribo, um pas, etc), decorrente da sua cultura, portanto a comunicao e a cultura esto interligadas e uma impulsiona a outra. www.acheiconcursos.com.br7O homem criou alm do mundo natural um mundo artificial. Essa segunda natureza criada pelo homem recebe o nome de cultura. Cultura todo fazer humano que pode ser transmitido de gerao a gerao.A linguagem , portanto, um elemento da cultura de um povo.AS FUNES DA LINGUAGEM SOFunoReferencialouDenotativa-aquelaquetraduzarealidadeexterioraoemissor.Ex.:os jornais sempre utilizam esse tipo de linguagem pois, relatam fatos verdadeiros, oslivros didticos, de histria, geografia, etc., tambm usam essa mesma linguagem. FunoEmotivaouExpressiva-aquelaquetraduzopiniesouemoesdoemissor.Essa linguagemsecaracterizaquandoalgumexpressasuaopiniosobredeterminadoassunto.Ex.:"Eu acho que aquele rapaz no est passando bem, parece que est com febre". FunoFtica-aquelaquetemporobjetivoprolongarocontatocomoreceptorouiniciaruma conversa, caracteriza-se pela repetio de termos. Ex.: "O que voc acha dos polticos? - Olha, no meu pontodevista,sabe, eu achoque,...bem...comoeu estavadizendo,ospolticos, sabe comon? isso a". Funo Conativa ou Apelativa - aquela que tem por objetivo influir no comportamento do receptor, por meio de um apelo ou ordem. As propagandas veiculadas na televiso so um bom exemplo desse tipo de linguagem. Ex.: "Compre o sabo espumante, que borbulha melhor do que qualquer outro!". Socaractersticasdessa funo:verbos no imperativo, presenade vocativos; pronomes de segunda pessoa. FunoMetalingustica-aquelaqueutilizaocdigoparaexplicaroprpriocdigo.Umbom exemplo dessa funo so os dicionrios da lngua portuguesa. FunoPotica-aquelaqueenfatizaaelaboraodamensagemdemodoaressaltaroseu significado.Aoutilizaressafunooautorsepreocupacomrimasecomparaesbemescolhidas, dandoimportnciafundamentalmaneiradeestruturaramensagem.Emborasejamaiscomumem poesia,essafunopodeapareceremqualquertipodemensagemlingustica.Ex.:"suaalmasua palma" (provrbio), Gilberto Gil (nome de artista). SIGNIFICANTE E SIGNIFICADOAlingustica,almdapartesonora,estcarregada deumsignificado,umaideia.Portanto,o signolingusticoconstitui-sededuaspartes:oSignificantequeoladomaterial(ossonsdalngua faladaouasletrasnalnguaescrita),eoSignificadoqueoladoimaterial,ouseja,aideiaque transmitida pelos fonemas (sons ou pelas letras). a) "Comprei um geladeira nova!" b) "Minha namorada est uma geladeira comigo!" Note que o mesmo signo (geladeira) tem dois significados diferentes dependendo do contexto emqueaparece,nafrasea,geladeirasignificaummveldestinadoamanterseuinteriorembaixa temperatura,nafraseb,geladeirapodesignificarfrieza,desprezo,ausnciadesentimentos. Deduzimosento,queosignificantegeladeiratemmaisdeumsignificado.Nocasoa,osignoest empregado em sentido denotativo. Denotao-consisteemutilizarosignonoseusentidoprprioenico,nopermiteoutra interpretao. No caso b, a palavra est empregada em sentido conotativo, porque ao signo foi atribudo um novo significado. Conotao-consisteemdarnovossignificadosaovalordenotativodosigno.Ovalordenotativoou conotativo do signo depende do contexto em que este signo se encontra. Ex1: Joo da Silva negro. Ex2: Seu futuro ser negro.Sinomnia - Propriedade de duas ou mais formas lingusticas apresentarem o mesmo significado:Exemplos: coragem/destemor; ligeiro/lpido/rpido/veloz; tolo/boboObs.: No existe sinomnia perfeita, j que dificilmente um vocbulo substitui outro com perfeita equivalncia de sentido. Quando dizemos que, algum apresentou uma dvida tola, no corresponde ao mesmo que dizer que, algum apresentou uma dvida boba. A palavra boba neste caso teria uma conotao mais vulgar.www.acheiconcursos.com.br8Polissemia - Propriedade que uma mesma palavra tem de assumir vrios significados dependendo do contexto em que ela ocorre. veja os exemplos que seguem:No d para comparar gua com vinho. (ser possvel)Quem d aos pobres, empresta a Deus. (fazer doao de algo)D pena de ver o estado daquele homem. (provocar)Deu com a cara na porta. (bater)Ela deu uma boa explicao. (apresentar) EXERCCIOS Nos testes de 1 a 3, textos de autoria de Castro Alves, alm da potica, qual a funo predominante? 1. Que fazes, Jorge, a estas horas mortas? A noite est tristonha e friorenta; Vai aquecer da prostituta ao colo De libertino a fronte macilenta. Vai escaldar esta alma morta e fria Aos beijos do cognac quincendeia*. * incendeia a forma correta, mas no rima com fria do verso anterior. Pode-se ver a um exemplo de licena potica. Funo: ________________________________ 2. E as flores suspiravam molemente Da brisa ao receber os doces beijos. E o mar batia tmido nas praias Qual seio de donzela a arfar desejos. E as nuvens l no cu brancas passavam, Como garas formosas que adejavam. Funo: ________________________________ 3. Fugi desvairada! Na moita intrincada Rasgando uma estrada, Fugaz me embrenhei. Apenas vestindo Meus negros cabelos, E os seios cobrindo Com os trmulos dedos, Ligeira, voei!. Funo: ________________________________ www.acheiconcursos.com.br9Nos testes de 4 a 9, complete as lacunas: 4.Afuno_______________________definidaporJakobsoncomoarelaodamensagem consigo mesma. a funo esttica por excelncia: nas artes, o referente a mensagem, que deixa de ser o instrumento da comunicao para passar a ser objeto. (Pierre Guiraud) 5.Afuno_______________________abasedetodacomunicao;defineasrelaesentrea mensagem e o objeto a que se refere; sendo o principal problema formular a respeito do referente uma informao verdadeira, quer dizer, objetiva, observvel, verificvel. (idem) 6. A funo _______________________ define as relaes entre a mensagem e o emissor. (idem) 7.Afuno_______________________temporfimoafirmar,omanteroucortaracomunicao. (idem) 8.Afuno_______________________defineasrelaesentreamensagemeoreceptor,jque toda a comunicao tem por finalidade obter deste ltimo uma reao. (idem) 9.Afuno_______________________temporfinalidadedefinirosentidodossignosquepodem no ser compreendidos pelo receptor. (...) A funo _______________________, pois,refere o signo ao cdigo de onde retira a sua significao. (idem) Preencha os parnteses das questes de 10 a 15, com a letra conveniente: a emotiva; b conativa; c referencial; d ftica; e metalingustica; f potica. 10. ( ) Amrica do Sul Amrica do Sol Amrica do Sal (Oswald de Andrade) 11. () Naquelemomento no supusque um caso to insignificante pudesse provocardesavena entre pessoas razoveis. (Graciliano ramos) 12. ( ) D. Glria gostava de conversar com Seu Ribeiro. (idem) 13.()Acabastesdeleraltima pginadeumlivroquerido,dovossoescritorpredileto.(castro Alves) 14. ( ) Ol, como vai? Bem obrigado, e voc? 15. ( ) Os complementos verbais e nominais so termos integrantes da orao. www.acheiconcursos.com.br10GABARITO 1. conativa ou apelativa 2. referencial, informativa ou cognitiva 3. emotiva, expressiva ou de exteriorizao psquica 4. potica ou esttica 5. referencial, informativa ou cognitiva 6. emotiva, expressiva ou de exteriorizao psquica 7. ftica 8. conativa ou apelativa 9. metalingustica metalingustica 10. f 11. a 12. c 13. b 14. d 15. e NVEIS DE LINGUAGEM LINGUAGEM FORMAL E INFORMAL Alnguaumsistemadesignosoraisegrficosquecompemumcdigoqueserveos indivduosemsuasnecessidadesdecomunicao.Alngua,comoveculodacomunicao,pode apresentar vrias modalidades. 1. Lngua comum: lngua-padro do pas, aceita pelo povo e imposta pelo uso. 2. Lngua regional: a lngua comum, porm com tonalidades regionais na fontica e no vocabulrio, sem,noentantoquebraraestruturacomum.(Quandosequebraressaestrutura,apareceroos dialetos). 3. Lngua popular: a fala espontnea do povo, eivada de plebesmos, isto , de palavras vulgares, grosseiras e gria; tanto mais incorreta quanto mais inculta a camada social que a usa. 4.Lnguaculta:usadapelaspessoasinstrudas,orienta-sepelospreceitosdagramtica normativa e caracteriza-se pela correo e riqueza vocabular. 5. Lngua literria: a lngua culta em sua forma mais artificial, usada pelos poetas e escritores em suas obras. 6.Lnguafalada:utilizaapenassignosvocais,aexpressooral;maiscomunicativaeinsinuante, porqueaspalavrassosubsidiadaspelasonoridadeeinflexesdavoz,pelojogofisionmico, gesticulao e mmica; prolixa e evanescente. 7. Lngua escrita: o registro formal da lngua, a representao da expresso oral, utiliza-se de signos grficosedenormasexpressas;notoinsinuantequantoalnguafalada,massbria,exatae duradoura. Para efeitos didticos, vamos considerar apenas dois nveis de linguagem: oinformaloucoloquial,usadomaiscomumenteemconversasentreamigos,conhecidos mais ntimos; o formal ou culto, usado em situaes de maior cerimnia, quando devem ser observadas as normas gramaticais. Exemplos:a)Aquela ali uma perua. (nvel informal ou coloquial) b)Aquela senhora est muito enfeitada. (nvel formal ou culto) c)Houve uma grande confuso no colgio e muitos brigaram. (nvel formal) www.acheiconcursos.com.br11d)Aconteceu um rebu na escola e o pau quebrou. (nvel informal) LINGUAGEM FORMAL EXEMPLO OSupremoTribunalFederaldeterminouobloqueioimediatodosbensdetodososdiretores envolvidos no escndalo do Banco do Brasil. A priori, a instituio dever prestar contas dos gastos de seisdiretoriasqueforamaliciadaspormeiodepropinaparaaliberaodeverbasaagncias publicitrias.LINGUAGEM INFORMAL EXEMPLO Brother, dentro dessa nova edio do Concurso 500 testes tem tudo para que minha prova role na maior. S de Portugus so mais de 800 questes. Ah, tem uma lista de livros e dicas para todos ficarem por dentro do que moleza que caiu na prova. Vou encarar este estudo. LINGUAGEM VULGAR a linguagem dos palavres e termos obscenos. GNEROS LITERRIOS Romance: possui um ncleo principal, mas outras tramas se desenvolvem tambm. um texto longo, tanto na quantidade de acontecimentos narrados quanto no tempo em que se desenrola o enredo. Novela: uma narrativa menos longa que o romance e se utiliza de menos enredos paralelos. Conto:umanarrativacurta.Otempoemquesepassareduzidoecontmpoucaspersonagens que existem em funo de um ncleo. Crnica: por vezes confundida com o conto. A diferena bsica entre os dois que a crnica narra fatosdodiaadia,relataocotidianodaspessoas,situaesquepresenciamosejatprevemoso desenrolar dos fatos. Fbula: Esemelhanteaumcontoemsuaextensoeestruturanarrativa.Odiferencialsed, principalmente, no objetivo do texto, que o de dar algum ensinamento, uma moral. Outra diferena queaspersonagenssoanimais,mascomcaractersticasdecomportamentoesocializao semelhantes s dos seres humanos. Parbola: a verso da fbula com personagens humanas. O objetivo o mesmo, o de ensinar algo. Para isso so utilizadas situaes do dia a dia das pessoas. Aplogo:semelhantefbulaeparbola,maspodeseutilizardasmaisdiversasealegricas personagens:animadas ou inanimadas,reaisou fantsticas,humanasouno.Damesma forma que as outras duas, ilustra uma lio de sabedoria. Anedota: um tipo de texto produzido com o objetivo de motivar o riso. E geralmente breve e depende de fatores como entonao, capacidade oratria do intrprete e at representao. Nota-se ento que ogneroseproduznamaioriadasvezesnalinguagemoral,sendoquepodeocorrertambmem linguagem escrita. Lenda: uma histria fictcia a respeito de personagens ou lugares reais, sendo assim a realidade dos fatoseafantasiaestodiretamenteligadas.Alendasustentadapormeiodaoralidade,torna-se conhecida e s depois registrada atravs da escrita. O autor, portanto o tempo, o povo e a cultura. Normalmente fala de personagens conhecidas, santas ou revolucionrias. Editorial: os editoriais so textos de uma publicao peridica em que o contedo expressa a opinio da empresa, da direo ou da equipe de redao, sem a obrigao de se ater a alguma imparcialidade ouobjetividade.Geralmente,grandesjornaisreservamumespaopredeterminadoparaoseditoriais em duas ou mais colunas logo nas primeiras pginas internas. TEXTO LITERRIO E NO LITERRIO Aclassificaocomoliterrioounodependedoobjetivoprincipaldoautor.Apreocupao comacomunicaodedadosobjetivos,conhecimentoscientficos,notciasdeterminaumtextono literrio.ocasodojornalismo,dasrevistassemanais,dastesesacadmicas,dasreceitas,do contedoqueaprendemosemdiversasmatriasescolares.Afunoreferencialpredominanotexto no literrio. www.acheiconcursos.com.br12Jotextoliterrionotemessafunonemessecompromissocomarealidadeexterior: expressodarealidadeinterioresubjetivadeseuautor.Sotextosescritosparaemocionar,que utilizamalinguagempotica.Funoemotivaepoticapredominamnotextoliterrio.Exemplode texto literrio o romance, poema, conto, novela. TIPOS DE DISCURSOS Direto: o narrador reproduz a fala da personagem por meio das prprias palavras dela. Ele afirmou: "No sei se conseguirei!" Indireto: o narrador usa suas palavras para reproduzir uma fala de outrem. Ele afirmou que no sabe se conseguir. Indireto-livre:Onarradorproduzumtextoemqueretirapropositadamenteoconectivo,provocando umelopsicolgiconodiscurso.Afaladapersonagem,queseriaumdiscursodireto,mantmsuas caractersticasdiretasedesenvolvidacomopartedotextonarrativodonarradorenodaprpria personagem. Ele afirmou que no era cachorro. Quem ele pensa que ? Quem ele pensa que sou?www.acheiconcursos.com.br13INTERPRETAO DE TEXTOS - QUESTES DO CESPE (TRE-MT, Cespe - Tcnico Judicirio - 2005) 01. A argumentao do texto acima permite inferir que a) a sociloga Rosely Coimbra participou de uma pesquisa de abrangncia latino-americana. b) o cientista poltico Humberto Dantas coordenou um estudo sobre a cidadania brasileira. c)arepresentaopolticadosbrasileirossereduzparticipaoemassembliasdemovimentos grevistas. d) o brasileiro vem substituindo a vocao filantrpica e paternalista do pas pela espontaneidade. e)arealidadesocialdopasmudapoucodevidopoucaparticipaodosbrasileirosnascausas pontuais. 02. No texto acima, a expresso "esse propsito" (l.1) refere-se a a) acordar de manh todos os dias. b) mudar o mundo. c) ter parceiros. d) mudar de vida. www.acheiconcursos.com.br14e) vivenciar o momento presente. (TRE-MA, Cespe - Tcnico Judicirio - 2005) 03.A respeito das estruturas e dos sentidos do texto acima, assinale a opo correta. a) Para os gregos, o tempo finda-se com a era da opulncia e do declnio dos homens. b)Otermo"tambm"(l.8)podeserdeslocadoparaaposioimediatamenteapsaformaverbal "Causa" (l.7), sem prejuzo para as informaes do texto e para a correo gramatical. c) Aoutilizar a expresso "Na nossaprpria cultura" (l.12), o autorope a culturabrasileira cultura romana. d) A noo de tempo, de acordo com os gregos antigos, comportava eras, que deram origem noo moderna do tempo fragmentado em meses. e)Infere-sedo texto que os romanosconsideravam afundaode Romaum fato muito relevante do curso de sua histria. (TRE-GO, Cespe - Analista Judicirio - 2009) www.acheiconcursos.com.br1504. Julgue se as seguintes estruturas do texto explicitam uma relao textual de comparao. I. "causar mais confuso do que esclarecer" (l.5) II. "nem todo tipo de censura representa uma interferncia" (l.6-7) III. "at considerada necessria" (l.9) IV. "to odiosas quanto a censura poltica" (l.16-17)Esto certos apenas os itensa) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. www.acheiconcursos.com.br1605. Assinale a opo correspondente frase do texto que representa a sntese de suas ideias. a)Oconceitodeverdadetemsidoabordadoecompreendidodediferentesformaspordiversos pensadores e por diversas escolas filosficas. (l.1-3) b)Osfilsofosgregoscomearamabuscaraverdadeemrelaoouoposiofalsidade,iluso, aparncia. (l.3-5) c)Assim,umelementonecessrioverdadeeraavisointeligvel;emoutraspalavras,oatode revelar, o prprio desvelamento. (l.8-10) d) A formulao do problema do critrio de verdade ocupou os adeptos da gnosiologia (l.15-17) 06. A respeito do texto, julgue os itens seguintes. I.Tantoparaosgregoscomoparaoslgicos,averdadeconstituaumareflexo,acessvelaos sentidos, no ilusria sobre o mundo. II. Em latim, o conceito de verdade estava associado experincia e dependia de verificao. www.acheiconcursos.com.br17III. Para filsofos mais modernos, a verdade relaciona homem e mundo e varia nas diferentes pocas e discursos. Assinale a opo correta. a) Apenas o item I est certo. b) Apenas o item III est certo. c) Apenas os itens I e II esto certos. d) Apenas os itens II e III esto certos. 07. Assinale a opo incorreta a respeito da funo textual das estruturas lingusticas do texto. a)Noencadeamentodosargumentosdotexto,aexpressoessaconcepo(l.5)remeteideia anterior, de verdade em relao ou oposio falsidade, iluso, aparncia (l.4-5). b)Aexpressoemoutraspalavras(l.9)temafunodeintroduzirumaexplicaoouum esclarecimento sobre como o conceito de viso inteligvel (l.9) deve ser compreendido. c)Odesenvolvimentodasideiasdotextomostraqueaexpressognosiologia(l.17)deveser interpretada como sinnimo de critrio de verdade (l.16). d) Na organizao da coeso textual, as duas ocorrncias do vocbulo mais (l.28 e 29) associam as ideias das oraes em que ocorrem s dos pargrafos anteriores, mas sua omisso no prejudicaria a correo ou a coerncia textuais. 08. Depreende-se da argumentao do texto que a)acriaodeumconhecimentops-modernoapoia-senautopiadaideologiaedaprtica consumista. b)tantoumainterpretaomonopolizadaquantoafaltadeinterpretaosoprejudiciais humanidade. c)tantoacinciamodernaquantooutrasformasderacionalidadeprejudicaramalutacontraos monoplios de interpretao. d) o fim dos monoplios de interpretao teve como uma de suas consequncias o enfraquecimento da religio, do Estado, da famlia e dos partidos. 09. No desenvolvimento das ideias do texto, introduz-se uma ideia de causa com o uso www.acheiconcursos.com.br18a) de para (l.5). b) de como (l.8). c) de destruindo (l.9). d) do sinal de dois-pontos depois de ignorar (l.14). (PC-RN, Cespe - Agente - 2009) Brinkmanship Em 1964,o cineastaStanley Kubrick lanava o filmeDr. Strangelove. Nele,umoficialnorte-americanoordenaumbombardeionuclearUnioSoviticaecometesuicdioemseguida,levando consigo o cdigo para cancelar o bombardeio. O presidente norte-americano busca o governo sovitico na esperana de convenc-lo de que o evento foi um acidente e, por isso, no deveria haver retaliao. ,ento,informadodequeossoviticosimplementaramumaarmadefimdomundo(umaredede bombasnuclearessubterrneas),quefuncionariaautomaticamentequandoopasfosseatacadoou quandoalgumtentassedesacion-la.ODr.Strangelove,estrategistadopresidente,apontauma falha: se os soviticos dispunham de tal arma, por que a guardavam em segredo? Por que no contar ao mundo? A resposta do inimigo: a mquina seria anunciada na reunio do partido na segunda-feira seguinte. Pode-seanalisarasituaocriadanofilmesobaticadaTeoriadosJogos:umabomba nuclear lanada pelo pas A ao pas B. A poltica de B consiste em revidar qualquer ataque com todo o seu arsenal, o qual pode destruir a vida no planeta, caso o pas seja atacado. O raciocnio que leva B aadotartalpolticabastantesimples:atopasmaisfracodomundoestsegurosecriaruma mquinadedestruiodomundo,ouseja,aotersuasobrevivnciaseriamenteameaada,opas destri o mundo inteiro (ou, em seu modo menos drstico, apenas os invasores). Ao elevar os custos para o pas invasor, o detentor dessa arma garante sua segurana. O problema que de nada adianta um pas possuir tal arma em segredo. Seus inimigos devem saber de sua existncia e acreditar na sua disposio de us-la. O poder da mquina do fim do mundo est mais na intimidao do que em seu uso.O conflito nuclear fornece um exemplo de uma das concluses mais surpreendentes a que se chega com a Teoria dos Jogos.O economista Thomas Schellingpercebeu que, apesar de o sucesso geralmente ser atribudo a maior inteligncia, planejamento, racionalidade, entre outras caractersticas que retratam o vencedor como superior ao vencido, o que ocorre, muitas vezes, justamente o oposto. At mesmo o poder de um jogador, considerado,no senso comum, como uma vantagem, pode atuar contra seu detentor. Schellingdenominoubrinkmanship(debrink, extremo)a estratgiadedeliberadamentelevar uma situao s suas consequncias extremas. UmexemplousadoporSchellingobemconhecidojogodofrango,queconsisteemdois indivduosaceleraremseuscarrosnadireoumdooutroemrotadecoliso;oprimeiroaviraro volante e sair da pista o perdedor. Se ambos forem reto, os dois jogadores pagam o preo mais alto com sua vida. No caso de os dois desviarem, o jogo termina em empate. Se um desviar e o outro for reto, o primeiro ser o frango, e o segundo, o vencedor. Schelling props que um participante desse jogo retire o volante de seu carro e o atire para fora, fazendo questo de mostr-lo a todas as pessoas presentes. Ao outro jogador caberia adecisodedesistiroucausarumacatstrofe.Umjogadorracionaloptariapeloquelhecausasse menos perdas, sempre perdendo o jogo. Fabio Zugman.Teoria dos jogos. Internet: (com adaptaes). 10. Com base no texto, assinale a opo correta. a)Infere-sedaleituradotextoqueossoviticosestavamapontodedispararaarmadefimdo mundo. b) As expresses o primeiro a virar o volante e sair da pista perde e quem virar o volante e sair da pista perde estabeleceriam a mesma regra descrita no penltimo pargrafo do texto para determinar o resultado do jogo do frango. c) Conclui-se da leitura do texto que, em 1964, a capacidade nuclear da Unio Sovitica era menor do que a norte-americana. d) De acordo com a teoria de Schelling, a situao narrada no filme terminaria com a derrota sovitica, se o governo daquele pas se comportasse como um ser racional. www.acheiconcursos.com.br19e)Segundootexto,umoficialnorte-americanopropsoempregodaestratgiadenominada brinkmanship para desmoralizar politicamente o governo da Unio Sovitica. 11. Com base no texto, julgue os itens abaixo. I. Com base no perodo Fica subentendido que ele est protegendo as suas fontes em Braslia (l.33-35),conclui-sequeofalsoinformado(l.33)emquestofoiinstadoaemitirumaopiniosobrea poltica brasiliense. II. No h elementos no texto, para alm daqueles apresentados pelo Falso que interpreta (l.36), que corroborem a ideia de que o socialismo avana na Europa. III.Segundo o que defende o Falso que interpreta (l.36),se o usode gordura animal nos pases do Mercado Comum Europeu diminui, o socialismo avana na Europa. IV. A palavra inslita (l.44) tem o sentido de normal ou comum.V.Aperguntaexpressanaslinhas48e49pressupequeonarradordotextoacreditaquetodaa Reforma se explica a partir da priso de ventre de Lutero. A quantidade de itens certos igual a a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5. www.acheiconcursos.com.br2012. Assinale a opo que apresenta um ttulo que melhor resume o tpico desenvolvido no texto. a) Como extrair do cotidiano um episdio surpreendente b) O bvio nunca bvio c) O indivduo so indivduos d) Poesia no inspirao e) A poesia surge do espanto (TCE-TO, Cespe - Tcnico de Controle Externo - 2009) TEXTO I No posso pagar o aluguel da casa. Dr. Gouveia aperta-me com bilhetes de cobrana. Bilhetes inteis, mas Dr. Gouveia no compreende isso. H tambm o homem da luz, o Moiss das prestaes, uma promissria de quinhentos mil-ris, j reformulada. E coisas piores, muito piores. O artigo que me pediram se afasta do papel. verdade que tenho o cigarro e tenho o lcool, mas, quando bebo demais ou fumo demais, a minha tristeza cresce. Tristeza e raiva. Ar, mar, ria, arma, ira. Passatempo estpido. Dr. Gouveia um monstro. Comps, no quinto ano, duas colunas que publicou por dinheiro na seo livre de um jornal ordinrio. Meteu esse trabalhinho num caixilho dourado e pregou-o na parede, por cima do bureau. Est cheio de erros e pastis. Mas Dr. Gouveia no os sente. O esprito dele no temambies.Dr.Gouveiasse ocupacomotemporal:arendadaspropriedadeseocobre queo tesouro lhe pinga. Noconsigoescrever.Dinheiroepropriedades,quemedosempredesejosviolentosde mortandadeeoutrasdestruies,asduascolunasmalimpressas,caixilho,Dr.Gouveia,Moiss, homemdaluz,negociantes,polticos,diretoresecretrio,tudosemovenaminhacabea,comoum bandodevermesemcimadeumacoisaamarela,gordaemoleque,reparando-sebem,acara balofadeJulioTavaresmuitoaumentada.Essassombrassearrastamcomlentidoviscosa, misturando-se, formando um novelo confuso. Afinaltudodesaparece.E,inteiramentevazio,ficotemposemfimocupadoemriscaras palavras e os desenhos. Engrosso as linhas, suprimo as curvas, at que deixo no papel alguns borres compridos, umas tarjas muito pretas. Graciliano Ramos. Angstia. 32. ed. So Paulo: Record, 1986, p. 8-9 (com adaptaes). 13. Assinale a opo correta com relao s ideias do texto. www.acheiconcursos.com.br21a) O texto descreve a situao de pobreza e tristeza na qual o narrador se encontra por dever dinheiro ao Dr. Gouveia e ao Moiss. b) Infere-se do texto que Dr. Gouveia, Moiss e Julio Tavares so, na verdade, personagens de um livro que est sendo escrito pelo narrador. c)Onarradordotextoconsideraquebeberefumarumentretenimentoestpidoqueaumentasua tristeza. d) Depreende-se do texto que o narrador foi acometido por um transtorno psicolgico devido ao fato de ter publicado um artigo, por necessidade financeira, em um jornal de m qualidade. e) Infere-se do ltimo pargrafo do texto que a confuso mental impossibilita o narrador de exercer seu ofcio de escrever. TEXTO II O ferro ao pescoo era aplicado aos escravos fujes. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa tambm, direita ou esquerda,at aoalto da cabea, e fechada atrs com chave.Pesava, naturalmente,maseramenoscastigoquesinal.Escravoquefugiaassim,ondequerqueandasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado. H meio sculo, os escravos fugiam com frequncia. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravido.Sucediaocasionalmenteapanharempancada,enemtodosgostavamdeapanhar pancada.Grandeparteeraapenasrepreendida;haviaalgumdecasaqueserviadepadrinho,eo mesmo dono no era mau; alm disso, o sentimento da propriedade moderava a ao, porque dinheiro tambmdi.Afugarepetia-se,entretanto.Casoshouve,aindaqueraros,emqueoescravode contrabando,apenascompradonoValongo,deitavaacorrer,semconhecerasruasdacidade.Dos que seguiam para casa, no raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganh-lo fora, quitandando. Quem perdiaum escravopor fugadavaalgumdinheiroaquemlholevasse.Punhaanncios nas folhas pblicas, com os sinais do fugido, o nome,a roupa, o defeito fsico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificao. Quando no vinha a quantia, vinha a promessa: gratificar-se-generosamente, ou receber uma boagratificao. Muita vez oannciotrazia emcima ou ao ladoumavinheta,figuradepreto,descalo,correndo,varaaoombro,enapontaumatrouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o aoitasse. Machado de Assis. Pai contra me. In: John Gledson. 50 contos de Machado de Assis. So Paulo: Cia. das Letras, 2007, p. 466-67 (com adaptaes). 14. O texto trata a) da facilidade de se libertar da escravido e iniciar uma nova vida. b) da dificuldade de prender um escravo que fugia pela segunda vez. c) do rigor da lei aplicado s pessoas que ajudavam na libertao dos escravos. d) da fuga de escravos que no aceitavam a escravido. e) da forma de manuseio e fabricao de instrumentos inventados para castigar os escravos. TEXTO III A poltica de cotas visa combater uma histrica distoro existente na educao brasileira. Do totalde1,8milhode alunosqueconclui o ensino mdioanualmente,80%so de escolaspblicas. Contudo,nasuniversidadesmantidas peloEstado,elessominoria.ParaoministrodaEducao,a adoo de cotas pode reduzir esse descompasso e no trar prejuzos a segmentos da sociedade: Os brancos que estudaram na escola pblica tm direitos to resguardados quanto os negros e indgenas queestudaramemescolapblica.Umgruponoestsendoprivilegiadoemdetrimentodooutro,j que a distribuio proporcional. DeacordocomoMinistriodaEducao,asinstituiesdeensinosuperiormantidaspelo governo federal ofereciam 127 mil vagas em 2003. Hoje ofertam mais de 227 mil, um nmero pequeno diante da gigantesca demanda, mas o suficiente para compensar ao menos 80% das vagas que podem ser restringidas aos alunos de escolas particulares com a adoo da medida. Das 59 universidades federais, ao menos 16 estabeleceram algum tipo de cota no vestibular. O exemplo que mais se aproxima do projeto de lei que est em discusso no Senado o da Universidade FederaldaBahia (UFBA). Desde 2005, a instituio reserva45%dasvagas aosalunosegressosde www.acheiconcursos.com.br22escolaspblicas.Ascadeirassopreenchidasdeacordocomaproporodecadaetnianaregio metropolitanadeSalvador.Osafrodescendentes,porexemplo,tmdireitoaocupar85%dasvagas destinadas a cotistas. Rodrigo Martins. Critrios indefinidos. In: Carta Capital. n. 257, 24/12/2008, p. 36-7 (com adaptaes). 15. Com relao s ideias do texto, assinale a opo correta. a)Infere-sedotextoqueoensinomdiodasescolaspblicasbrasileirasnoofereceamesma qualidade que oensino dasescolasparticulares, oquejustificao fatodeque os alunos egressos de escolas pblicas sejam a minoria nas universidades mantidas pelo Estado. b) Infere-se do texto que o Ministrio da Educao est desenvolvendo um programa que estabelecer um conjunto de intervenes que vise melhorar o ensino das escolas pblicas, inclusive universidades, de forma a proporcionar escola pblica de qualidade para os alunos cotistas. c)Deacordocomotexto,aadoodecotasnotrazprejuzoparaosestudantesbrancos,poisas vagas das instituies de ensino superior esto sendo ampliadas. d)Deacordocomo texto,tramita,noSenado,umprojetodelei quediscute a criaode vagas nas universidades e a porcentagem de reserva dessas vagas para os alunos de baixa renda. e) Depreende-se do texto que, nas universidades pblicas da Bahia, 85% das vagas so ocupadas por afrodescendentes que possuem o direito de ser includos em programas de cotas. GABARITO01. A 02. B 03. E 04. B 05. A 06. D 07. C 08. B 09. B 10. D 11. B 12. E 13. E 14. D 15. A www.acheiconcursos.com.br23INTERPRETAO DE TEXTOS - QUESTES SIMULADAS TEXTO I Nomundo,talcornoaFsicaodescreve,nadapodeocorrerquesejaverdadeiramentee intrinsecamente novo. Inventar-se-, talvez, um novo engenho, mas sempre ser possvel, atravs de anlise, ver nele uma nova combinao de elementos que sero isto ou aquilo, mas no sero novos. Novidade,emFsica,simplesnovidadedearranjosecombinaes.Emoposioaesseponto, insiste o historicismo, a novidade social, assim real, irredutvel ao novo dos arranjos. Na vida social, os mesmosfatores,postosemarranjonovo,nuncaserorealmenteosmesmosvelhosfatores.Onde nada se pode repetir com exatido, a novidade real estar sempre emergindo. E sustenta-se que esse umsignificativotraoateremcontaquandosefocalizaodesenvolvimentodenovosestgiosou perodos da Histria, cada um dos quais diferir intrinsecamente de qualquer outro. (POPPER. Karl. A misria do historicismo.) 01. O texto de Karl Popper nos permite afirmar: a) No mundo, nada pode ocorrer que seja verdadeiramente e intrinsecamente novo. b) Em Fsica, poucas coisas so novas. c) No mundo, tal como a Fsica o descreve, possvel ver o novo como simples novidade de arranjos e combinaes. d) As novidades intrnsecas das leis da Fsica implicam novidades na vida social. e) A Fsica e a Histria descrevem o novo da mesma forma. 02. Podemos tambm concluir, com base no texto, que: a) O historicismo se ape s novidades da Fsica. b) De acordo com o historicismo, a novidade social novidade real, irredutvel ao novo dos arranjos. c) As novidades da vida social obrigam os fsicos a rever suas posies. d)Avidadosfsicoscomplicadapelasnovidadessociais,poiselesestohabituadosaorigorde imutveis leis da Fsica. e) O historicismo surgiu aps a Fsica. TEXTO II Oenriquecimento(ampliao)deumalnguaconsisteem"usar","praticar"alngua.As palavrassocomopeasdeumcomplicadojogo.Jogandoagenteaprende.Aprendeasregrasdo jogo.Aspeasusadassoasmesmas,masnuncasousadasdamesmamaneira.Nodeixar-se carregar pelo jogo do uso somos levados s inmeras possibilidades da lngua. As possibilidades so semprediferentes,nuncaiguais.Mastodasasdiferenascabemnamesmaidentidade.Todasas palavrasfiguramnosvriosdiscursoscomodiferentes:diferentessoaspalavrasnodiscurso cientfico,literrio,filosfico,artstico,teolgico.Mascabemsemprenamesmaidentidade.So expresses possveis da linguagem. (BUZZI, Arcangelo R. . Introduo ao Pensar) 03. De acordo com o texto: a) as palavras da lngua correspondem s peas do jogo. b) as palavras da lngua correspondem s regras do jogo. c) as peas do jogo correspondem s regras do jogo. d) jogos diferentes exigem peas diferentes. e) frases diferentes exigem palavras diferentes. 04. Segundo o texto: a) quem joga combina palavras. www.acheiconcursos.com.br24b) quem joga combina regras. c) quem fala combina peas. d) quem fala combina palavras. e) tanto quem fala como quem joga combina regras. 05. O texto afirma que: a) seria til aplicar, na aprendizagem das regras do jogo, o mesmo mtodo que se emprega ao apren-der uma lngua. b) aprender uma lngua to complicado como aprender as regras de um jogo. c) as lnguas so complicadas porque a maioria de suas regras so comparveis a jogos complexos. d) o conhecimento das regras de jogos complicados facilita o entendimento das regras da lngua. e) se chega s possibilidades da lngua da mesma forma que s regras do jogo, praticando. TEXTO III Atelevisoprocuraatenderaogostodapopulaoaquesedirige.Assim,acomodaessa grande massa de consumidores a antigos hbitos e tradies, em vez de propor, aos que assistem a ela, inquietaes novas e uma viso mais crtica do mundo em que vivem. 06. Segundo o texto, a) Porque se dirige a um pblico desinteressado, a televiso no se preocupa com a qualidade de seus programas. b) A televiso no se preocupa em elevar o nvel de seus programas j que o pblico que a ele assiste no se interessa por problemas srios. c)Emboraresultedogostodeumpblico inquietocomseusvalores, atelevisonega-seamudar o aspecto formal dos programas. d)Ointeressedebaixonvelculturalmereceumatelevisoquenoquestionaemprofundidadeos problemas do mundo. e)Ointeressedopblicodeterminaoscontedosveiculadospelatelevisoque,assim,sefurtas propostas culturais novas. 07. Conclui-se do mesmo texto que: a) A tendncia dos espectadores interessarem-se por programas de televiso que vm ao encontro de seus hbitos e tradies. b) Assistir televiso implica a aceitao de hbitos e tradies que favorecem o surgimento das ideias que mudam a face do mundo. c)Opbliconormaldatelevisopreferequeosprogramasvenhamdeencontroaseushbitose tradies. d) O papel principal da televiso consiste em criar inquietaes nos telespectadores. e) A televiso em alguns lugares propicia uma viso crtica do mundo. TEXTO IV Ospaisprecisariammantercertosvaloresbsicos,queservemcomomodelosparaseus filhos.precisotransmitiraestesmaiornooderesponsabilidadeetambmlhesmostrarque possvel eles prprios, com os mecanismos de que dispem, mudarem algumas coisas. 08. De acordo com o texto: a) Filhos que no so responsveis perturbam os valores bsicos que os pais tentam transmitir-lhes. b) Pais que no servem como modelos para seus filhos no mudam nada em sua prpria vida, nem na deles. www.acheiconcursos.com.br25c) Para que os filhos mudem, preciso que primeiro mudem seus pais. d) Os filhos podem absorver certos valores, que lhes sero teis para encontrar seu prprio caminho. e) Os filhos s podem mudar alguma coisa em sua vida se aprenderem com a experincia dos pais. TEXTO V Mas isso mesmo que nos faz senhores da terra, e esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impresses e a validade dos nossos afetos. Deixa l dizer Pascal que o homem um canio pensante. No; uma errata pensante, isso sim. Cada estao da vida uma edio que corrige a anterior, e que ser corrigida tambm, at a edio definitiva, que o editor d de graa aos vermes. 09. De acordo com o texto: a) Cabe aos escritores privilgio de registrar e analisar todas as emoes passadas. b)Ohomem tem acapacidade de visitarnovamente e reavaliar,pormeioda memria,os temposj vividos. c)Avaidadeeainseguranaemocionaldohomemfazemcomquetodasassuasrecordaes busquem melhorar as imagens anteriores. d)Aintelignciahumana,emconstanteprogressonodecorrerdosanos,permitearevisode conceitos filosficos ultrapassados. e) Os erros humanos no diminuem a eterna capacidade de regenerao do homem. TEXTO VI Desdeomomentoemqueohomem,nosvosdesuainteligncia,seelevaacimadas circunstnciasordinriasdavida,desdequeoseupensamentose lana no espao,possudodesse desejo ardente, dessa inspirao insacivel de atingir ao sublime, no possvel marcar-lhe um dique, ponto que lhe sirva de marco. 10. Conclui-se do texto que: a)Ohomem,emvezdeprocurarconhecerosmistriosdoUniverso,deviapreocupar-secomseus problemas terrenos. b) As circunstncias da vida impelem o homem a altos voos de inteligncia. c) A tendncia do homem ao sublime a razo de ser de seu esprito religioso. d) O homem se debate entre a mediocridade da vida cotidiana e a sublimidade do esprito. e) O anseio de conhecimento e de perfeio do homem no admite que se tente impor-lhe limites. TEXTO VII Ascondies emquevivem ospresos,emnossoscrceressuperlotados,deveriamassustar todososqueplanejamsetomardelinquentes.Masacriminalidadesvemaumentando,causando medo e perplexidade na populao. Muitasvozestmselevantadoemfavordoendurecimentodaspenas,damanutenoou ampliaodaLeidosCrimesHediondos,dadefesadasociedadecontraocrime,enfim,doquese convencionouchamar"doutrinadaleiedaordem",apostandoemtaiscaminhoscomoformade dissuadirnovasprticascriminosas,geralmentevalem-sedeargumentosretricoseemocionais, raramente escorados em dados de realidade ou em estudos que apontem ser esse o melhor caminho a seguir.Emborasedutoraeaparentementesintonizadacomosentimentogeraldeindignao,tal correnteapontaparaocaminhoerrado,paraoretomoaodireitopenalvingativoeirracional,to combatido pelo iluminismo jurdico. Ocorodessasvozesaumentaexatamentequandoogovernoacabadeencaminharao CongressooanteprojetodoCdigoPenal,elaboradoporrenomadosjuristas,comparticipaoda sociedadeorganizada,comoobjetivoderacionalizaraspenas,reservandoaprivaodaliberdade somenteaosquecometeremcrimesmaisgravese,mesmoparaesses,tendosempreemvista mecanismos de reintegrao social. Destaca-se o emprego das penas alternativas, como a prestao www.acheiconcursos.com.br26de servios comunidade, a compensao por danos causados, a restrio de direitos etc. Contra a ideia de que o bandido um facnora que optou por atacar a sociedade, prevalece a noodequesoasvergonhosascondiessociaiseeconmicasdoBrasilquegerama criminalidade; enquanto essas no mudarem, no h mgica: os crimes vo continuar aumentando, a despeito do maior rigor nas penas ou da multiplicao de presdio. (adaptado de WEIS, Carlos. Dos delitos e das penas) 11. O autor do texto mostra-se a) Identificado com o coro das vozes que se levantam em favor da aplicao de penas mais rigorosas. b) Identificado com doutrina que se convencionou chamar "da lei e da ordem". c)Contrrioquelesqueencontramnascausassociaiseeconmicasarazomaiordasprticas criminosas. d)Contrriocorrentedosquedefendem,entreoutrasmedidas,aampliaodaLeidosCrimes Hediondos. e)Contrrioquelesquedefendemo empregodaspenasalternativasemsubstituio privaoda liberdade. 12. Considere as seguintes afirmaes: Iumasimplescoincidnciaofatodequeaintensificaodasvozesfavorveisao endurecimentodaspenasocorresimultaneamenteaoenvioaoCongressodoanteprojetodoCdigo Penal.IIAafirmaodequehvozesemfavordamanutenodaLeidosCrimesHediondosdeixa implcito que a vigncia futura dessa lei est ameaada. III Estabelece-se uma franca oposio entre os que defendem a "doutrina da lei e da ordem" e os que julgam ser o bandido um facnora que age por opo. Em relao ao texto, est correto somente o que se afirma em a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. 13.Estcorretamentetraduzidoosentidodeumaexpressodotexto,considerando-seocontexto, em:a) Embora sedutora e aparentemente sintonizada -- Malgrado atrativa e parcialmente sincronizada b) Forma de dissuadir = modo de ratificar c) To combatido pelo iluminismo jurdico = de tal modo restringindo pelo irracionalismo jurdico d) A despeito do maior rigor nas penas = em conformidade com o agravamento das punies e) Mecanismos de reintegrao social = meios para reinsero na sociedade 14. Por "iluminismo jurdico" deve-se entender a a) doutrina jurdica que defende o carter vindicativo da legislao. b) corrente dos juristas que representam a "doutrina da lei e da ordem". c) tradio jurdica assentada em fundamentos criteriosos e racionalistas. d) doutrina jurdica que se vale de uma argumentao retrica. e) corrente dos juristas que se identificam com o sentimento geral de indignao. 15. Est correto o emprego da expresso sublinhada na frase: a) O carro de cujo dono voc diz ser amigo est venda. www.acheiconcursos.com.br27b) um carro cujas as prestaes esto sendo pagas com dificuldade. c) A manifestao poltica qual ele recusou participar ser amanh. d) So graves os momentos em que ela est atravessando. e) As despesas de cujas voc me preveniu foram, de fato, muito altas. 16. So complementos verbais ambos os termos sublinhados na frase: a) Mostrou-se pouco disposto a colaborar conosco,b) chegada a hora de a ona beber gua.c) No desejo nunca desconfiar de sua amizade.d) Deram-me razo para acreditar nele e) Se crescer a dvida, no terei como pag-la. TEXTO VIII Veja: O assdio sexual, ento, uma questo menor? Friedan: No diria isso, A preocupao com o assdio sexual , apesar de todos os exagerados, uma expresso do poder pblico e respeito que ns, mulheres, adquirimos nosltimos anos. Noaceitamos mais passivamenteabusos sexuais, estupro, nada. No admitimos mais ser vtimas no trabalho, na escola ou em qualquer outro lugar. Mas nopodemosconcentrartodaanossaenergiaemaspectosquesosintomas,enocausasda desigualdade contra a qual lutamos. 17. Assinale a opo que indica uma deduo possvel da entrevista acima. a)Houve,por partedas mulheres,entre asquaisaentrevistada seinclui,ummomento de aceitao passiva de injustias. b) O poder pblico tem demonstrado respeito pelo problema do assdio sexual, apesar da explorao do fato pela imprensa, que exagera bastante. c) O assdio sexual acaba gerando a desigualdade entre os que as mulheres, entre as quais se inclui a entrevistada, continuem lutando pelos direitos conquistados. d)Apolmicasobreoassdiosexualmanifestaresquciosdepreconceitoscontraamulher,con-siderada sempre uma vtima na sociedade. e)Oassdiosexual,segundoaentrevistada,nodeveserumaquestomenor,porqueconstituio principal fator agravante da desigualdade entre os sexos. TEXTO IX Porqueoshomensolhavamdemaisparaasuamulher,mandouquedescesseabainhados vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava ateno, e ele foi obrigado a exigir queeliminasseosdecotes,jogasseforaossapatosdesaltosaltos.Dosarmriostirouasroupasde seda,dagavetatiroutodasasjoias.Evendoque,aindaassim,umououtroolharvirilseacendia passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos. Agora podia viver descansado. Ningum a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, no mais atravessava praas. E evitava sair. To esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que flusse em silncio pelos cmodos, mimetizada com os mveis e as sombras. Umafinasaudade,porm,comeouaalinhavar-seemseusdias.Nosaudadedemulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela. Ento lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos. Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou otecidonumagaveta,esqueceuobatom.Econtinuouandandopelacasadevestidodechita, enquanto a rosa desbotava sobre a cmoda. (Marina Colasanti) www.acheiconcursos.com.br2818. Assinale a opo incorreta em relao ao texto anterior. a) Pode-se inferir do texto que a posio da mulher no lar e na sociedade muitas vezes definida em contraste com a posio do homem. b) O texto reflete sobre a condio humana, destacando a opresso que a mulher pode sofrer em seu casamento. c) O fato de o homem e a mulher no terem sido nomeados pode revelar desejo da autora em dar um tratamento universal ao tema tratado. d) Os eventos narrados obedecem a urna ordem cronolgica. e)Em"tosquiou-lheoslongoscabelos"e"nempensavamaisemlheagradar",osdoispronomes tonos possuem a mesma funo sinttica. 19. Assinale a opo incorreta em relao ao texto anterior, a) Por meio de discurso direto, o leitor conhece a personalidade das personagens deste texto. b) H exemplo de sinestesia na expresso "fina saudade" e metfora em "olhar viril". c)Pode-seinferirqueocortedesedaestparasensualidadeeoprazer,assimcomoovestidode chita est para a represso da feminilidade. d)Nosegundoperododoprimeiropargrafo,avrgulaantesdo"e"ocorredevidomudanade sujeito entre as oraes. e) O texto de certa forma ironiza as relaes em que predominam o cime, a vaidade e a submisso. TEXTO XI No se sabia bem onde nascera, mas no fora decerto em So Paulo, nem no Rio Grande do Sul,nemnoPar.Erravaquemquisesse encontrarnelequalquerregionalismo:Quaresmaeraantes detudo brasileiro. Notinha predileopor estaou aquela parte de seu pas,tanto assim que aquilo que o fazia vibrar de paixo no eram os pampas do Sul com o seu gado, no era o caf de So Paulo, no eram o ouro e os diamantes de Minas, no era a beleza da Guanabara, no era a altura da Paulo Afonso,noeraoestrodeGonalvesDiasouompetodeAndradeNeveseratudoissojunto, fundido, reunido, sob a bandeira estrelada do Cruzeiro. Logo aos dezoito anos quis fazer-se militar; mas a junta de sade julgou-o incapaz. Desgostou-se, sofreu, mas no maldisse a Ptria. O ministrio era liberal, ele se fez conservador e continuou mais doquenuncaaamara"terraqueoviunascer".Impossibilitadodeevoluir-sesobosdouradosdo Exrcito, procurou a administrao e dos seus ramos escolheu o militar. Era onde estava bem. No meio de soldados, de canhes, de veteranos, de papelada inada de quilos de plvora, de nomes de fuzis e termos tcnicos de artilharia, aspirava diariamente aquele hlito de guerra, de bravura, de vitria, de triunfo, que bem o hlito da Ptria. Durante os lazeres burocrticos, estudou, mas estudou a Ptria, nas suas riquezas naturais, na suahistria,nasuageografia,nasualiteraturaenasuapoltica.Quaresmasabiaasespciesde minerais,vegetais eanimais,queo Brasilcontinha; sabia o valordo ouro,dos diamantes exportados por Minas, as guerras holandesas, as batalhas do Paraguai, as nascentes e o curso de todos os rios. Defendia com azedume e paixo a proeminncia do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo. Para isso ia at ao crime de amputar alguns quilmetros ao Nilo e era como este rival do "seu" rio que elemaisimplicaria.Aidequemocitassenasuafrente!Emgeral,calmoedelicado,omajorficava agitado e malcriado, quando se discutia a extenso do Amazonas em face da do Nilo. Haviaumanoaestapartequesededicavaaotupi-guarani.Todasasmanhs,antesquea "Aurora, com seus dedos rosados abrisse caminho ao louro Febo", ele se atracava at ao almoo com o Montoya, Arte y diccionario de ia lengua guarani ms ben tupi,e estudava o jargo caboclo com afincoepaixo.Narepartio,ospequenosempregados,amanuenseseescreventes,tendonotcia desseestudo do idiomatupiniquim,deram no sesabeporque emcham-loUbirajara,Certavez,o escrevente Azevedo, ao assinar o ponto, distrado, sem reparar quem lhe estava s costas, disse em tom chocarreiro: "Voc j viu que hoje o Ubirajara est tardando?". Quaresma era considerado no Arsenal: a sua idade, a sua ilustrao, a modstia e honestidade de seu viver impunham-no ao respeito de todos. Sentindo que a alcunha lhe era dirigida, no perdeu a dignidade,noprorrompeuemdoestoseinsultos.Endireitou-se,concentrouepince-nez,levantouo dedo indicador no ar e respondeu: SenhorAzevedo,nosejaleviano.Noqueiralevaraoridculoaquelesquetrabalhamem www.acheiconcursos.com.br29silncio, para a grandeza e a emancipao da Ptria. (BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. Rio de Janeiro: Record, 1998) 20. Em Triste Fim de Policarpo Quaresma, romance publicado originalmente em 1915, Lima Barreto narra urna histria ocorrida durante os primeiros anos da Repblica brasileira. Com base no fragmento dessaobraapresentadaacima,assinaleaopocorretaparaumapossvelinfernciadocontedo textual.a) Quaresma era, na verdade, carioca, pois vivia na cidade do Rio de Janeiro. b) Quaresma gostava de comer carne do Sul e de tornar caf de So Paulo. c) Quaresma era muito religioso, por isso imaginava o Brasil unificado. d) Ao se ver recusado pela junta de sade do Exrcito, Quaresma tomou-se conservador, em oposio ao governo que era ento liberal. e) Quaresma queria ser militar por causa dos excelentes salrios pagos pelo Exrcito. 21. Tendo como referncia as ideias contidas no texto, assinale a opo incorreta.a)Noobstanteoseumodopacatodeviver,Quaresmaperdiaacalmaquandosediscutiamcertos assuntos de seu interesse. b)Quaresmapassouaestudartupi-guaraniparapodertrabalharjuntosaosndios,incutindo-lheso sentimento patritico que o dominava. c) Infere-se do texto que os estudos feitos por Quaresma sobre o Brasil poderiam t-lo influenciado na assimilao de um sentimento ufanista. d) No quarto pargrafo, o narrador usou aspas para enfatizar o sentimento de posse e de nacionalismo da personagem em relao ao rio Amazonas. e) Quaresma antipatizava com o rio Nilo por ser este mais extenso que o rio Amazonas. 22. Ainda com base no texto, assinale a opo correta. a) Todas as manhs, Quaresma discutia com Montoya, um colega de trabalho que vivia zombando do interesse do heri pelo estudo do tupi-guarani. b) Infere-se do texto que o antropnimo "Ubirajara" de origem indgena. c) Quaresma no gostava da lngua espanhola, por isso a classificava de "jargo caboclo". d) Foi o escrevente Azevedo que deu a Quaresma a alcunha de "Ubirajara". e) Por causa de suas excentridades, Quaresma no gozava do respeito de seus colegas de trabalho. 23. No texto, no constitui qualidade caracterstica de Quaresma a: a) modstia. b) cultura. c) honestidade. d) jocosidade. e) respeitabilidade. GABARITO 01. C 02. B 03. A 04. D 05. E 06. E 07. A 08. D 09. E 10. E 11. B 12. D 13. E 14. C 15. A 16. D 17. A 18. E 19. A 20. D 21. E 22. B 23. D www.acheiconcursos.com.br30COESO E COERNCIA TEXTUAIS - QUESTES DE CONCURSOS (TRE-MT - Cespe, Tcnico Judicirio - 2005) 01. No texto acima, haveria erro gramatical ou incoerncia textual, caso se procedesse a) substituio de "na" (l. 2) por para a.b) substituio de "e" (l. 3) por ponto-e-vrgula. c) retirada de "em" (l. 6). d) substituio de "de um" (l. 9) por do.e) insero de vrgula imediatamente antes de "e ora" (l. 10). 02. No texto acima, provoca-se erro gramatical, caso se elimine o termo a) "se" (l. 4). b) 'as pessoas' (l. 7). c) 'seus' (l. 8). d) "os" (l. 12). e) "se" (l. 12). www.acheiconcursos.com.br3103. No texto acima, a correo gramatical e a coerncia textual sero mantidas, caso se substitua a) "sobre" (l. 1) por a cerca.b) "de" (l. 3) por pelos.c) "com" (l. 4) por por.d) "numa" (l. 5) por em uma.e) "com o" (l. 9) por no.04. Julgue as propostas de continuidade para o texto acima expressas nos itens abaixo. I.Assim,nemsempreoprogressosignificasucessonocampoeconmicoousocial.Antesde prolongarmos a comemorao de ano novo, convm fazer uma pausa para investigar esses resultados que ainda podem nos envergonhar. II.Contudo,antesdemaisnada,paracontinuarcomasboasnotcias,devemosprosseguircomas reformasindispensveis.Paratanto,sernecessriomuitoempenhoerduotrabalho,almda vigilncia permanente das instituies. III. Por outro lado, devemos nos perguntar: isso desenvolvimentosustentvel, ou apenas um fugidio momentopositivonalongasucessodealtosebaixos?Tudodependedecomonoscomportarmos daqui para a frente. A coerncia textual seria mantida com a(s) proposta(s) de continuidade apresentada(s) a) no item II, apenas. b) nos itens I e II, apenas. c) nos itens I e III, apenas. d) nos itens II e III, apenas. e) em qualquer um dos itens. www.acheiconcursos.com.br3205.Odesenvolvimentodotextoacimaincluiautoreleitoresnaargumentao,comoempregoda primeirapessoadoplural.Assinaleaopoemqueasubstituiopropostaresultariaemerro gramatical ou incoerncia textual, se a argumentao fosse alterada, para focalizar o Brasil na terceira pessoa do singular.a) "termos" (l. 2) por terb) "nossa" (l. 3) por ac) "nossas" (l. 4) por as d) "aumentaram" (l. 4) por aumentoue) "nosso" (l. 5) por o06.Desconsiderandoosajustesnecessriosnasiniciaismaisculaseminsculas,assinaleaopo em que a substituio proposta para o texto acima provoca erro e incoerncia textual.a) Na linha 3, porque no lugar do ponto depois de "sozinho". b) Na linha 4, que no lugar da vrgula depois de "sei". c) Na linha 5, por isso, precedido de vrgula, no lugar do ponto antes de "Comece". d) Na linha 8, e no lugar da vrgula depois de "ereta". e) Na linha 8, se no lugar de dois-pontos depois de "Pronto". (TRE-GO - Cespe, Analista Judicirio - 2009) 07. Julgue as seguintes propostas de continuidade para o texto acima. www.acheiconcursos.com.br33I.Porisso,ahostilidadesformasdelinguagemdegruposminoritriosconstituiumaformade preconceito. II.Assim,qualquer"verdade"reprimidarepresentaumaarmadilhadepreconceitosecensuras. III. Portanto, so verdades falsas porque so invisveis. H continuidade gramaticalmente correta e argumentativamente coerente para o texto apenasa) no item I. b) no item III. c) nos itens I e II. d) nos itens II e III. 08. Assinale a opo que preenche, de forma coesa e coerente, as lacunas do texto abaixo. O fenmeno da globalizao econmica ocasionou uma srie ampla e complexa de mudanas sociais nonvelinternoeexternodasociedade,afetando,emespecial,opoderreguladordoEstado. __________aestonteanterapidezeabrangncia__________taismudanasocorrem,preciso considerar que em qualquer sociedade, em todos os tempos, a mudana existiu como algo inerente ao sistema social. (Adaptado de texto da Revista do TCU, n 82) a) No obstante com que b) Portanto -- de que c) De maneira que a que d) Porquanto ao que e) Quando de que 09.Marqueasequnciaquecompletacorretamenteaslacunasparaqueotrechoaseguirseja coerente. Avisosistmicaexcluiodilogo,derestonecessrionumasociedade__________formade codificaodasrelaessociaisencontrounodinheiroumalinguagemuniversal.Avalidadedessa linguagemnoprecisaserquestionada,__________osistemafuncionanabasedeimperativos automticos que jamais foram objeto de discusso dos interessados. (Barbara Freytag. A Teoria Critica Ontem e Hoje, pg. 61, com adaptaes) a) em que posto que b) onde em que c) cuja j que d) na qual todavia e) j que porque 10. Leia o texto a seguir e assinale a opo que d sequncia com coerncia e coeso. Emnossosdias,aticaressurgeeserevigoraemmuitasreasdasociedadeindustrialeps-industrial.Elaprocuranovoscaminhosparaoscidadoseasorganizaes,encarando construtivamenteasinmerasmodificaesquesoverificadasnoquadroreferencialdevalores.A dignidade do indivduo passa a aferir-se pela relao deste com seus semelhantes, muito em especial com as organizaes de que participa e com a prpria sociedade em que est inserido. (Jos de vila Aguiar Coimbra - Fronteiras da tica, So Paulo, Editora Senac, 2002). a) A sociedade moderna, no entanto, proclamou sua independncia em relao a esse pensamento re-ligioso predominante. b)Mesmohoje,nemsempresomuitoclarososlimitesentreessamoraleatica,pois vrios pen-sadores partem de conceitos diferentes. c)Nodeestranhar,pois,quetantoaadministraopblicaquantoainiciativaprivadaestejam ocupando-se de problemas ticos e suas respectivas solues. d)Acincia tambmproduz a ignorncia namedida emqueas especializaes caminham para fora www.acheiconcursos.com.br34dos grandes contextos reais, das realidades e suas respectivas solues. e) Paradoxalmente, cada avano dos conhecimentos cientficos, unidirecionais produz mais desorienta-oeperplexidadenaesferadasaesaimplementar,paraasquaissepressupeacertoe segurana. 11. Assinale a opo que no constitui uma articulao coesa e coerente para as duas partes do texto. O capital humano a grande ncora do desenvolvimento na Sociedade de Servios, alimentada pelo conhecimento,pelainformaoepelacomunicao,queseconfiguramcornopeas-chavena economia e na sociedade do sculo XXI. ___________,nomundops-moderno,umpasouumacomunidadeequivalesuadensidadee potencialeducacional,culturalecientfico-tecnolgico,capazesdegerarservios,informaes, conhecimentos ebens tangveis eintangveis, que criem as condies necessriaspara inovar, criar, inventar.(CAMARGO, Aspsia. Um novo paradigma de desenvolvimento) a) Diante dessas consideraes, b) necessrio considerar a ideia oposta de que, c) Partindo-se dessas premissas, d) Tendo como pressupostos essas afirmaes, e) Aceitando-se essa premissa, preciso considerar que, 12. Assinale a opo que no representa uma continuao coesa e coerente para o trecho abaixo. preciso garantir que as crianas no apenas fiquem na escola, mas aprendam, e o principal caminho para isso, alm de investimentos em equipamentos, o professor. preciso fazer com que o professor sejaumprofissionalbemremunerado,bempreparadoededicado,ouseja,investirnacabea,no corao e no bolso do professor. a)Qualquer esforo dessa natureza jtemsido feito h muitos anos ecomprovouqueosresultados so irrelevantes, pois no h uma importao de tecnologia educacional. b) Tal investimento no custaria mais, em 15 anos, do que o equivalente a duas Itaipus. c)Esseesforofinanceirocustariamuitomenosdoqueoqueserprecisogastardaquia20ou30 anos para corrigir os desastres decorrentes da falta de educao. d) Isso custaria muitas vezes menos que o que foi gasto para criar a infra-estrutura econmica. e)Umempreendimentodessanaturezaexigecomoumacondiopreliminar:umagrandecoalizo nacional,entrepartidos,lideranas,Estados,MunicpioseUnio,todosvoltadosparaoobjetivode chegarmos a 2022, o segundo centenrio da Independncia, sem a vergonha do analfabetismo. (Adaptado de Cristovam Buarque. O Estado de S.Paulo, 9/7/2003) 13. Os trechos abaixo compem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os para que componham um texto coeso e coerente e indique a opo correta. () O primeiro desses presidentes foi Getlio Vargas, que soube promover, com xito, o modelo de substituio de importaes e abriu o caminho da industrializao brasileira, colocando, em definitivo, um ponto final na vocao exclusivamente agrria herdada dos idos da colnia. () Ocicloeconmicosubsequentequenossurpreendeu,semdvida,foiamodernizao conservadora levada prtica pelos militares, de forte colorao nacionalista e alicerado nas grandes empresas estatais. () Hoje, depois de todo esse percurso, o Brasil uma economia que mantm a enorme vitalidade do passado,porm,hmaisdeduasdcadas,procura,semencontrar,orioparasairdolabirintoda estagnaoeretomarnovamenteocaminhododesenvolvimentoedacorreodosdesequilbrios sociais, que se agravam a cada dia. () Com JK, o pas afirmou a sua confiana na capacidade de realizar e pde negociar em igualdade comosgrandesinvestidoresinternacionais,mostrando,naprtica,queofereciarentabilidadee segurana ao capital. ( ) Em maisdeumsculo,doispresidenteseumciclorecenteda economiaatraram asatenes www.acheiconcursos.com.br35pelo xito nos programas de desenvolvimento. () Juscelino Kubitschek veio logo depois com seu programa de 50 anos em 5, tomando a indstria automobilsticaumarealidade,construindomodernainfra-estruturaepromovendoaarrancadade setores estratgicos, como a siderurgia, o petrleo e a energia eltrica. (KAPAZ, Emerson. "Dedos cruzados". In: Revista Politica Democrtica n6, p. 39) a) 1 2 4 5 6 3b) 2 3 5 1 4 6c) 2 5 6 4 1 3d) 5 2 4 6 3 1e) 3 5 2 1 4 614. Indique a opo que completa com coerncia e coeso o trecho a seguir. Nahierarquiadosproblemasnacionais,nenhumsobrelevaemimportnciaegravidadeaoda educao.Nemmesmoosdecartereconmicolhepodemdisputaraprimazianosplanosde reconstruonacional.Pois,seaevoluoorgnicadosistemadeumpasdependedesuas condies econmicas, a)subordina-seoproblemapedaggicoquestomaiordafilosofiadaeducaoedosfinsaque devem se propor as escolas em todos os nveis de ensino. b) impossvel desenvolver as foras econmicas ou de produo sem o preparo intensivo das foras culturais.c)soelasasreaiscondutorasdoprocessohistricodearregimentaodasforasderenovao nacional. d)oentrelaamentodasreformaseconmicaseeducacionaisconstituifatordesomenosrelevncia para o soerguimento da cultura nacional. e) s quais se associam os projetos de reorganizao do sistema educacional com vistas renovao cultural da sociedade brasileira. 15.Marqueoelementocoesivoqueestabelecearelaolgicaentreasideiasapresentadasneste texto adaptado de Darcy Ribeiro. Depois escolha a sequncia correta.I O Brasil foi regido primeiro como uma feitoria escravista, exoticamente tropical, habitada por ndios nativosenegrosimportados._________,comoumconsulado,emqueumpovosublusitano, mestiadodesanguesafrosendios,viviaodestinodeumproletariadoexternodentrodeuma possesso estrangeira. X Paralelamente Y Depois II Os interesses e as aspiraes do seu povo jamais foram levados em conta, _________ssetinha ateno e zelo no atendimento dos requisitos de prosperidade da feitoria exportadora. X aonde Y porque III Essa primaziadolucro sobrea necessidadegeraumsistemaeconmicoacionado porum ritmo acelerado de produo do que o mercado externo exigia, com base numa fora de trabalho afundada no atraso, famlica, _________ nenhumaatenosedavaproduoereproduodassuas condies de existncia. X pois Y cuja IV_________,coexistiramsempreumaprosperidadeempresarial,quesvezeschegavaasera maior do mundo, e uma penria generalizada da populao local. X Em consequncia www.acheiconcursos.com.br36Y Seno V.Alcanam-se,_________,paradoxalmente,condiesideaisparaatransfiguraotnicapela desindianizaoforadadosndiosepeladesafricanizaodonegro,que,despojadosdesua identidade, se vem condenados a inventar uma nova etnicidade englobadora de todos eles. X ao contrrio Y assim a) X, X, Y, X, Y b) Y, X, X, Y, X c) X, Y, X, Y, Y d) X, Y, Y, Y, X e) Y, Y, X, X, Y 16. Marque o item em que os dois perodos formam uma sequncia coerente e coesa. a) Na virada do sculo XX ao XXI, um dos grandes modismos concentrou-se na chamada globalizao, apesar de h muito os historiadores tratarem de outras muito anteriores. Paradoxalmente, toda civilizao, produto de uma ou mais culturas, tende a transbordar ao criar seu ecmeno, seu universo de interior a exterior. b) Cada globalizao caracteriza-se pela tecnologia, meios de produo usados, no s da cultura ma-terial, tambm da intelectual, interagindo uma na outra. Ainda que a lista seja grande, vem da China ndia, s principais cidades gregas, Roma, aos mongis, aos muulmanos, de inicio rabes. c)Emsuascampanhashegemnicas,atcertopontoprevisveis,nemporissoaceitveisporseus alvos, especialistas estadunidenses em pases estrangeiros, esmeram-se em condenar, por exemplo, o patrimonialismo de outras sociedades, para assim ainda mais min-las e enfraquec-las. Enquanto os mesmos especialistas nada dizem, nem escrevem, contra o familismo econmico e polticodentrodosEstadosUnidosapontodedoispresidentesfazerempresidentesseus filhos: John Adams a John Quincy Adams e George Bush a George W. Bush. d) Quanto aos Estados, produtos e protetores das culturas e civilizaes que os geraram, eles no tm amigos, nem inimigos, e sim aliados e adversrios, em alianas, conflitos e alianas cambiantes. Porquanto, as culturas, o que somos, e as civilizaes, seus produtos, o que fazemos, convivem coexistindo, lutando entre si ou convivendo em ciclos menos ou mais longos conforme suas resistncias e fecundidade. d) A defesa da biosfera est no cerne da questo por motivos to bvios porm que tanto tardaram a serentendidoseatendidos:oplanetaTerra,noqualamaiorparteguaear,oplanetaTerraa espaonave na qual a humanidade viaja. Amaiordessaparticipaopolticafazpartedoreferidoefundamentalesforohumanistae estratgico, um em nada excluiu o outro, antes se completam indissoluvelmente. (Baseado em Vamiteh Chacon) 17.Ostrechosabaixoconstituemumtexto,masestodesordenados.Ordene-osnosparntesesde forma coesa e coerente e indique a opo correspondente. ()Elassurgemdentrodeumaestratgiadedesenvolvimentoemqueoacessoaocrdito fundamental para o avano da organizao econmica e social dos agricultores. () Este debate deve ser realizado constantemente com os agricultores, indicando possveis caminhos a serem seguidos de acordo com cada realidade. ( ) As cooperativas de crdito no surgem para so-lucionar de forma definitiva o problema do crdito junto aos agricultores familiares. ()Osnovossistemasnascidosdesseesclarecimentoedessedebatenopodemrepetirerros histricos do governo e das cooperativas tradicionais em relao ao crdito rural. () Entretanto, ao mesmo tempo em que se pensa nesse tipo de crdito, preciso ter clareza sobre a realidadedomeioruralbrasileiro,emqueaalternativaparamuitosagricultoressemterraoucom www.acheiconcursos.com.br37pouca terra no passa necessariamente por ele, mas por polticas agrrias (reforma agrria, fundo de terras, crdito fundirio e lei de arrendamento) e de gerao de empregos rurais e urbanos. (Adaptado de Gilson Abreu Bittencourt) a) 1, 3, 5, 4, 2 b) 2, 4, 1, 5, 3 c) 3, 5, 2, 1, 4 d) 4, 2, 3, 1, 5 e) 5, 1, 4, 2, 3 18.Ostrechosabaixo constituemum texto,masesto desordenados.Ordene-os e assinaleaopo que apresenta a sequncia que organiza o texto de forma coesa e coerente. () Por isso, foi apresentado Mesa da Cmara o Projeto de Lei n' 6.680/2002, que obriga o chefe do ExecutivoaencaminharanualmenteaoCongressoNacional,comoparteintegrantedaPrestaode Contas de que trata a Constituio, o mapa da excluso social brasileira. ()OprojetojestnacomissodeSeguridadeSocialeFamlia,ondeorelatorapresentarseu parecernoretornodostrabalhosparlamentares,apsaseleies.Depois,servotado conclusivamentepelaComissodeDesenvolvimentoUrbanoeInterior,pelaComissode Constituio, Justia e Redao. () Tal proposta classificada pelo seu autor como Lei de Responsabilidade Social, em comparao com a Lei de Responsabilidade Fiscal que impe ao Governo determinadas medidas visando atingir metas financeiras. ( ) Para comprovar essa responsabilidade social, omapa deverfazer um diagnstico da excluso porregioeestados,combasenosindicadoressociais,referentesexpectativadevida,renda, desemprego,educao,sade,saneamentobsico,habitao,populaoemsituaoderisconas ruas, reforma agrria e segurana. ()OprincipalproblemaqueoPasenfrentanahoradedefinirumplanejamentoestratgicode combate excluso social a falta de divulgao de informaes e estatsticas oficiais sobre a nossa realidade social. ()Osdadosdecadaitemserocomparadoscomosdoanoanterior,afimdeavaliaraaodo governo em cada rea. a) 1, 3, 5, 2, 4, 6 b) 2, I, 4, 5, 6, 3 c) 2, 6, 3, 4, 1, 5 d) 3, 4, 1, 6, 2, 5 e) 6, 3, 4, 5, 1, 2 19.Aspropostasabaixodoseguimentocoerenteelgicoaotrechocitado,excetoumadelas. Aponte-a."Provavelmente devido proximidade com os perigos e a morte, os marinheiros dos sculos XV e XVI erammuitoreligiosos.Praticavamumtipodereligiopopularemqueosconhecimentosteolgicos eram mnimos e as supersties muitas." a)Entreessas,figuravamomedodezarparnumasexta-feiraeodeolharfixamenteparaomar meia-noite.b)CristvoColombo,talvezomaisreligiosoentretodososnavegantes,costumavaanteporacada coisa que faria os dizeres: "Em nome da Santssima Trindade farei isto." c)Apesardisso,osinstrumentosnuticosrepresentavamprogressosparaanavegaoocenica, facilitando a tarefa de pilotos e aumentando a segurana e confiabilidade das rotas e viagens. d) Nos navios, que no raro transportavam padres, promoviam-se rezas coletivas vrias vezes ao dia e, nos fins de semana, servios religiosos especiais. e)Constituamexpressodareligiosidadedosmarinheirosconstantespromessasaossantos,indivi-duais e coletivas. www.acheiconcursos.com.br38GABARITO01. C 02. E 03. D 04. D 05. D 06. E 07. A 08. A 09. C 10. C 11. B 12. A 13. C 14. A 15. E 16. C 17. B 18. C 19. C www.acheiconcursos.com.br39TIPOLOGIA TEXTUAL NARRAO, DESCRIO E DISSERTAO NARRAO: Desenvolvimento de aes. Tempo em andamento. DESCRIO: Retrato atravs de palavras. Tempo esttico. DISSERTAO: Desenvolvimento de ideias. Temporais/Atemporais. TextoEmumcinema,umfugitivocorredesabaladamenteporumaflorestafechada,fazendo zigue-zagues. Aqui tropea em uma raiz e cai, ali se desvia de um espinheiro, l transpe um paredodepedrasciclpicas, em seguidaatravessa uma correntezaafortesbraadas,mais adiantepulaumregatoeagorapassa,emcarreiravertiginosa,porpequenaaldeia,onde pessoas se encontram em atividades rotineiras. Neste momento, o operador pra as mquinas e tem-se na tela o seguinte quadro: um homem (o fugitivo), com ambos os ps no ar, as pernas abertas em largussima passada como quemcorre,ummeninocomumcachorronosbraosestendidos,orostocontorcidopelo pranto,comoquemofereceoanimalzinhoaumasenhoradeolharseveroqueapontauma flechaparaalgumpontoforadoenquadramentodatela;umrapaztroncudopuxa,poruma corda, uma gua que se faz acompanhar deum potrinho to inseguro quanto desajeitado; um pajvelho,acocorado pertode umachoa,tirabaforadasdeum longo e primitivocachimbo; umavelhagordaesujadormeemumajbastantedesfiadarededeembirafina,pendurada entre uma rvore seca, de galhos grossos e retorcidos e uma cabana recm-construda, limpa, alta, de palhas de buriti muito bem amarradas... Antes de exercitar com o texto, pense no seguinte: Narrarcontarumahistria. A Narrao umasequncia deaes que se desenrolam na linha do tempo,umasapsoutras.Todaaopressupeaexistnciadeumpersonagemouactantequea prticaemdeterminadomomentoeemdeterminadolugar,porissotemosquatrodosseis componentesfundamentaisdequeumemissorounarradorseserveparacriarumatonarrativo: personagem,ao,espaoetempoemdesenvolvimento.Osoutrosdoiscomponentesdanarrativa so: narrador e enredo ou trama. Descreverpintarumquadro,retratarumobjeto,umpersonagem,umambiente.Oatodescritivo diferedonarrativo,fundamentalmente,pornosepreocuparcomasequnciadasaes,coma sucesso dos momentos, com o desenrolar do tempo. A descrio encara um ou vrios objetos, um ou vrios personagens, uma ou vrias aes, em um determinado momento, em um mesmo instante e em uma mesma frao da linha cronolgica. a foto de um instante. A descrio pode ser esttica ou dinmica. A descrio esttica no envolve ao. Exemplos:"Uma velha gorda e suja." "rvore seca de galhos grossos e retorcidos." A descrio dinmica apresenta um conjunto de aes concomitantes, isto , um conjunto de aes queacontecemtodasao mesmotempo,comoemumafotografia.Notexto,apartirdomomentoem queooperadorpraasmquinasprojetoras,todasasaesquesevemnatelaestoocorrendo simultaneamente, ou seja, esto compondo uma descrio dinmica. Descrio porque todas as aes acontecem ao mesmo tempo, dinmica porque inclui aes. Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de ideias, de juzos, de pensamentos. Exemplos:"As circunstncias externas determinam rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o homem..." "Nem a vontade, nem a razo podem agir independentemente de seu condicionamento passado." www.acheiconcursos.com.br40Nesses exemplos, tomados do historiador norte-americano Carlton Hayes, nota-se bem que o emissornoesttentandofazerumretrato(descrio);tambmnoprocuracontarumahistria (narrao);suapreocupaosefirmaemdesenvolverumraciocnio,elaborarumpensamento, dissertar. Quasesempreostextos,querliterrios,quercientficos,noselimitamaserpuramente descritivos, narrativos ou dissertativos. Normalmente um texto um complexo, uma composio, uma redao,ondesemisturamaspectosdescritivoscommomentosnarrativosedissertativose,para classific-locomonarrao,descriooudissertao,procureobservarqualocomponente predominante. Exerccios de fixao Classifique os exerccios a seguir como predominantemente narrativos, descritivos ou dissertativos. I. Macunama em So Paulo QuandochegaramemSoPaulo,ensacouumpoucodotesouroparacomereme barganhandoo resto na bolsa apurou perto de oitentacontos deris. Maanape erafeiticeiro. Oitenta contos no valia muito mas o heri refletiu bem e falou pros manos: - Pacincia. A gente se arruma com isso mesmo, quem quer cavalo sem tacha anda de a-p... Com esses cobres que Macunama viveu. (ANDRADE, Mrio de. Macunama, o heri sem nenhum carter. 15 ed., So Paulo, Martins, 1968. p. 50.) II. SubrbioOsubrbiodeS.Geraldo,noanode192...,jmisturavaaocheirodeestrebariaalgum progresso. Quanto maisfbricas se abriam nosarredores, mais o subrbio seerguiaem vidaprpria sem que os habitantes pudessem dizer que a transformao os atingia. Os movimentos j se haviam congestionadoenosepoderiaatravessarumaruasemdeixar-sedeumacarroaqueoscavalos vagarosospuxavam,enquantoumautomvelimpacientebuzinavalanandofumaa.Mesmoos crepsculoseramagora enfumaadosesanguinolentos.Demanh,entreos caminhes quepediam passagem paraa nova usina,transportando madeira e ferro, as cestas depeixese espalhavam pela calada, vindas atravs da noite de centros maiores. (LISPECTOR, Clarice. A cidade sitiada. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1982. p. 13.) III. So Paulo Queaconteceria,entretanto,seseconseguissedarderepenteatodosessespriasuma moradiacondigna,umavidasegundop