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Apostila de métodos de pesquisa
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METODOLOGIA CIENTFICA: PLANEJAMENTO E TCNICAS
Rita de Cssia Akutsu
Marianna Coelho
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SUMRIO 1 A CINCIA ........................................................................................................................... 1 2 O CONHECIMENTO CIENTFICO ................................................................................. 2 2.1 ELEMENTOS DO MTODO CIENTFICO ..................................................................... 3 3 O MTODO CIENTFICO ................................................................................................. 4 4 TIPOLOGIA DA PESQUISA ............................................................................................. 5 4.1 MTODOS.......................................................................................................................... 6 4.2 MTODOS DE PROCEDIMENTOS ................................................................................ 8 4.2.1 Mtodo Histrico ............................................................................................................ 8 4.2.1 Mtodo Comparativo ..................................................................................................... 8 4.2.1 Mtodo Monogrfico ou Estudo de Caso ..................................................................... 8 4.2.1 Mtodo Estatstico .......................................................................................................... 8 4.2.1 Mtodo Funcionalista ..................................................................................................... 8 4.2.1 Mtodo Estruturalista .................................................................................................... 8 4.3 MTODOS DE ABORDAGEM ......................................................................................... 9 4.3.1 Pesquisa Quantitativa .................................................................................................... 9 4.3.2 Pesquisa Qualitativa ....................................................................................................... 9 4.4 MTODOS DE ACORDO COM O OBJETIVO GERAL ................................................. 10 4.4.1 Pesquisa Exploratria .................................................................................................... 10 4.4.2 Pesquisa Descritiva ......................................................................................................... 10 4.4.3 Pesquisa Explicativa ...................................................................................................... 10 4.5 MTODOS SEGUNDO O PROPSITO ........................................................................... 10 4.5.1 Pesquisa Aplicada ........................................................................................................... 10 4.5.2 Avaliao de Resultados ................................................................................................ 11 4.5.3 Avaliao Formativa ..................................................................................................... 11 4.5.4 Proposio de Planos ..................................................................................................... 11 4.5.5 Pesquisa Diagnstico ...................................................................................................... 11 4.6 MTODOS DE ACORDO COM O PROCEDIMENTO TCNICO ................................. 11 4.6.1 Pesquisa Bibliogrfica .................................................................................................... 11 4.6.2 Pesquisa Documental ..................................................................................................... 12 4.6.3 Pesquisa Ex-post-facto ................................................................................................... 12 4.6.4 Pesquisa de Levantamento ................................................................................ 12 4.6.5 Estudo de Caso ............................................................................................................... 12 4.6.6 Pesquisa-ao .................................................................................................................. 13 4.6.7 Pesquisa Participante ..................................................................................................... 13 4.7 CLASSIFICAO QUANTO AO LOCAL DE DESENVOLVIMENTO........................ 13 4.7.1 Pesquisa Bibliogrfica ................................................................................................... 13 4.7.2 Pesquisa de Laboratrio ................................................................................................ 13 4.7.3 Pesquisa de Campo ........................................................................................................ 14 5. MTODOS EPIDEMIOLGICOS................................................................................... 15 5.1. ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 15 5.2. SRIE DE CASOS ........................................................................................................... 15 5.3. ESTUDO TRANSVERSAL .............................................................................................. 15 5.4. CASO CONTROLE ........................................................................................................... 15 5.5. ESTUDO DE COORTE...................................................................................................... 15 5.6. ENSAIO CLNICO............................................................................................................. 16 6 TCNICAS DE PESQUISA .............................................................................................. 17 7 INSTRUMENTOS E TCNICAS DE PESQUISA 18 7.1 HISTRIA DE VIDA......................................................................................................... 18 7.2 FORMULRIO .................................................................................................................. 18 7.3 QUESTIONRIO................................................................................................................ 18 8 ETAPAS BSICAS DA PESQUISA CIENTFICA......................................................... 20 8.1 FASE 1- A DETERMINAO DO PROBLEMA ............................................................. 21 8.2 FASE 2 - A ORGANIZAO DA PESQUISA ................................................................. 21 8.3 FASE 3 - A EXECUO DA PESQUISA........................................................................ 21 8.4 FASE 4 REDAO.......................................................................................................... 21 9 ITENS DO PROJETO E O SEU SIGNIFICADO ........................................................... 23 9.1 INTRODUO .................................................................................................................. 23
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9.1.1 Tema ................................................................................................................................ 23 9.1.2 Problema de Pesquisa...................................................................................................... 23 9.1.3 Justificativa...................................................................................................................... 23 9.1.4 Objetivo Geral ................................................................................................................ 23 9.1.5 Objetivos Especficos ..................................................................................................... 23 9.2 REVISO DE LITERATURA ........................................................................................... 24 9.3 METODOLOGIA................................................................................................................ 24 9.3.1 Delineamento da Pesquisa.............................................................................................. 24 9.3.2 Populao e Amostra...................................................................................................... 24 9.3.3 Coleta de Dados............................................................................................................... 25 9.3.4 Anlise dos Dados............................................................................................................ 25 9.3.5 Definio de Termos........................................................................................................ 25 10. ESTRUTURA DO TEXTO MONOGRFICO............................................................... 26 10.1 ELEMENTOS PR-TEXTUAIS....................................................................................... 26 10.1.1 Capa Dura e Dorso ....................................................................................................... 26 10.1.2 Capa Interna ................................................................................................................. 27 10.1.3 Folha de Rosto .............................................................................................................. 27 10.1.4 Folha de Aprovao ...................................................................................................... 28 10.1.5 Dedicatria..................................................................................................................... 29 10.1.6 Agradecimentos............................................................................................................. 29 10.1.7 Epgrafe.......................................................................................................................... 30 10.1.8 Sumrio.......................................................................................................................... 30 10.1.9 Lista de Ilustraes/Figuras/Tabelas/Quadros............................................... 31 10.1.10 Lista de Abreviaturas, Siglas e Smbolos...................................................... 31 10.1.11 Resumo............................................................................................................. 31 10.1.12 Resumo em Lngua Estrangeira................................................................................. 32 10.2 ELEMENTOS TEXTUAIS................................................................................................ 32 10.2.1 Introduo...................................................................................................................... 32 10.2.2 Desenvolvimento............................................................................................................ 33 10.2.3 Concluses e Recomendaes....................................................................................... 34 10.3 ELEMENTOS PS-TEXTUAIS....................................................................................... 34 10.3.1 Referncias..................................................................................................................... 34 10.3.2 Glossrio......................................................................................................................... 40 10.3.3 Anexos............................................................................................................................. 40 10.3.4 Apndice......................................................................................................................... 40 10.3.5 Citaes.......................................................................................................................... 40 10.3.5 Citao Direta................................................................................................................ 41 10.3.6 Citao Indireta............................................................................................................. 41 10.3.7 Citao de Citao (apud)............................................................................................. 42 10. 4 CAPTULOS E PARGRAFOS ..................................................................................... 42 10.5 ESPACEJAMENTO 42 10.6 NUMERAO SEQENCIAL DAS SEES DO TEXTO 43 REFERNCIA BIBLIOGRFICA 45
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1 A CINCIA
As reflexes acerca da metodologia cientfica nos levam em primeiro plano a
origem da palavra derivada do Latim scientia (equivalente ao termo grego episteme), que,
por sua vez, origina-se do termo scire, que significa conhecer, aprender. H vrios conceitos
de cincia, mas na sua essncia o conceito de Silvio Oliveira (1999, p. 47) trata-se do estudo, com critrios metodolgicos, das relaes existentes entre causa e efeitos de um fenmeno qualquer, no qual o estudioso se prope a demonstrar a verdade dos fatos e suas aplicaes prticas.
A estrutura lgica da cincia manifesta-se por meio de procedimentos e
operaes intelectuais que possibilitam a observao racional e controle dos fatos,permitem
a interpretao e a explicao adequada dos fenmenos percebidos pela experincia ou pela
observao, fundamentado nos princpios da generalizao e estabelecem princpios e leis.
A classificao das cincias foi realizada por diversos autores e com vrios
critrios. As propostas de classificao vm dos gregos e passam pelo positivismo de
Comte, Carnap, Wundt e Bunge.
Baseando-se nos princpios de Bunge, Fabio Appolinrio (2004, p. 42) faz a
seguinte proposta de classificao das cincias:
Figura 1. Proposta de Classificao Geral das Cincias
FONTE: APPOLINRIO; FABIO (2004, p.42)
Cincias
Formais (puras)
Naturais
Sociais
Estudam as relaes abstratas e simblicas. Ex.: Matemtica e Filosofia (lgica)
Estudam os fenmenos naturais. Ex.: Fsica, Biologia, Qumica
Estudam os fenmenos humanos e sociais. Ex.: psicologia. Sociologia, Economia.
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2. O CONHECIMENTO CIENTFICO
A partir do sculo XVII, a dinmica do conhecimento baseou-se sempre no
conjunto de idias organizadas por Ren Descartes (1596-1650). Na lgica do
cartesianismo, para ser aceito como cientfico, o trabalho tem que ser observvel, racional,
sistematizado, metdico, experimental e testvel. O conhecimento cientfico deveria atingir
trs metas: a evidncia, a verdade e a certeza. A evidncia induz investigao. A busca da
verdade fundamenta a prtica e a certeza confirma o resultado da investigao cientfica
(OLIVEIRA, 2000).
Segundo Dencker e Vi (2002), a cincia contempornea no comporta idias
absolutas; pelo contrrio, retoma conceitos aristotlicos de relatividade da qualidade e
apresenta as seguintes caractersticas:
a) um mtodo de abordagem na explicao, na predio, na classificao e na
interpretao.
b) um processo cumulativo, no um produto acabado do conhecimento
c) Abrange conhecimentos do processamento, mesmo que esses ainda no estejam
sistematizados.
d) um corpo de verdades provisrias, em que a idia de probabilidade substitui a
noo de certeza absoluta, possibilitando e incentivando revises constantes e novas
descobertas.
Lakatos (1995, p.26) resume da seguinte forma o conhecimento cientfico:
Crtico Factual Claro e preciso Metdico Falvel Preditivo
Objetivo Transcender os fatos Comunicvel Sistemtico Geral Aberto
Racional Analtico Verificvel Acumulativo Explicativo til
QUADRO 1- CARACTERSTICAS DO CONHECIMENTO CIENTFICO Fonte: BUNGE (1974) apud LAKATOS; MARCONI (1995, p.26)
Diante do exposto conclumos que o conhecimento cientfico requer o uso de um
mtodo tambm cientfico e este conhecimento segue as seguintes fases: observao
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demonstrao, classificao e interpretao. O emprego do mtodo cientfico implica,
portanto, a existncia de elementos especficos.
2.1 ELEMENTOS DO MTODO CIENTFICO
a) Hiptese Operante: a proposio que deve ser demonstrada. Uma hiptese
uma tentativa de generalizao de uma explicao sobre o fato observado, cuja validade
deve ser comprovada.
b) Observao e Registro de Dados: feita por meio de critrios definidos e
precisos. Para que o controle da observao seja possvel preciso especificar as unidades
de nmero e medida que sero utilizadas como parmetro para avaliao da hiptese. Sem
uma determinao dos instrumentos de medida e da maneira como eles devero ser
empregados em todos os momentos da investigao, torna-se impossvel a elaborao de
uma interpretao precisa dos dados.
c) Classificao e Organizao dos Dados: para viabilizar a interpretao, todas as
informaes ou todos os dados recolhidos devem ser ordenados dentro de critrios precisos
e uniformes para permitir a anlise dos dados.
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3. O MTODO CIENTFICO
A pesquisa o ato pelo qual procuramos obter conhecimento sobre algo. Com
esta definio assim to ampla, podemos dizer que estamos pesquisando todos os dias.
A pesquisa constitui-se num procedimento racional e sistemtico, cujo objetivo
proporcionar respostas aos problemas propostos.
Pesquisa cientfica a realizao concreta de uma investigao planejada,
desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela cincia
(RUIZ, 1991, p. 48).
Nesse contexto, a metodologia pode ser definida como o estudo e a avaliao
dos diversos mtodos, com o propsito de identificar possibilidades e limitaes no mbito
de sua aplicao no processo de pesquisa cientfica (DIEHL; TATIM, 2004).
A metodologia permite, portanto, a escolha da melhor maneira de abordar
determinado problema, integrando conhecimentos a respeito dos mtodos em vigor nas
diferentes disciplinas cientficas.
O mtodo deriva da metodologia e trata do conjunto de processos pelos quais se
torna possvel conhecer uma realidade especfica, produzir um dado objeto ou desenvolver
certos procedimentos ou comportamentos. Ele compreende tanto um processo intelectual
como um processo operacional.
Entendido como processo intelectual, o mtodo a abordagem de um
problema mediante anlise prvia das vias possveis de aceso soluo. Como processo
operacional a maneira lgica de organizar a seqncia das diversas atividades para chegar
a um fim almejado.
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4. TIPOLOGIA DA PESQUISA
Para iniciarmos esta anlise faz-se necessrio explicitar os conceitos de mtodo e
tcnica de pesquisa:
a) Mtodos: so suficientemente gerais para se tornarem comuns a todas as cincias
ou a uma significativa parte delas (KAPLAN, 1969. p. 25).
b) Tcnicas: so o conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma cincia
ou arte; a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte prtica. Toda cincia
utiliza inmeras tcnicas na obteno de seus propsitos (MARCONI, 1990. p. 57).
Podemos deduzir a partir desta definio que o mtodo o mais geral, enquanto
a tcnica mais especfica, ou que ainda no tem o status de mtodo. A distino de mtodo
e tcnica definida por Ruiz (1991) como:
"A rigor, reserva-se palavra mtodo para significa o traado das etapas fundamentais da pesquisa, enquanto tcnica significa os diversos procedimentos ou a utilizao de diversos recursos peculiares a cada objeto de pesquisa, dentro das diversas etapas do mtodo
Os tipos de pesquisa podem ser classificados de vrias formas, por critrios que
variam segundo diferentes enfoques. Do ponto de vista das Cincias, por exemplo, a
pesquisa pode ser biolgica, mdica, fsico-qumica, matemtica, histrica, pedaggica,
social, etc. E este critrio amplamente utilizado por diversos autores. Este procedimento
tem sua lgica, uma vez que a pesquisa cientfica exige mtodos e tcnicas adequadas a cada
rea da cincia.
As pesquisas podem ser classificadas de acordo com diversos critrios: segundo
as bases lgicas da investigao - dedutivo, indutivo, hipottico-dedutivo, dialtico e
fenomenolgico; segundo a abordagem do problema pesquisa qualitativa, pesquisa
quantitativa; segundo o objetivo geral pesquisa exploratria, pesquisa descritiva, pesquisa
explicativa; segundo o propsito pesquisa aplicada, pesquisa de resultados, pesquisa
formativa, proposio de planos, pesquisa-diagnstico; segundo o procedimento tcnico
pesquisa bibliogrfica, pesquisa documental, pesquisa ex-post-facto, pesquisa de
levantamento, estudo de caso, pesquisa ao, pesquisa participante.
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4.1 MTODOS
Silva e Menezes (2000) definem da seguinte maneira os mtodos que fornecem
as bases lgicas da investigao:
a) Mtodo Dedutivo - Proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibnitz, pressupe que s a razo pode levar ao conhecimento verdadeiro. Por intermdio de uma
cadeia de raciocnio em ordem descendente, da anlise do geral para o particular, chega a
uma concluso. Em outras palavras, numa influncia dedutiva, se as premissas so
verdadeiras, a concluso necessariamente verdadeira. Os principais instrumentos de
deduo so os teoremas, as definies, os axiomas e os princpios. O percurso do raciocnio
faz-se da causa para o efeito.
Exemplo: Todo homem mortal.____________________ universal, geral; Pedro homem;_________________________particular; Logo, Pedro mortal _____________________concluso.
b) Mtodo Indutivo - Proposto pelos empiristas Bacon, Hobbes, Lock e Hume, considera que o conhecimento fundamentado na experincia, sem levar em conta
princpios pr-estabelecidos. No raciocnio indutivo, a generalizao deriva de observaes
de casos na realidade concreta. As constataes particulares conduzem elaborao de
generalizaes. Induo um termo ambguo, devido a diversas formas no dedutivas de
inferncia: analogia substantiva (semelhana de componentes), analogia estrutural
(semelhana de forma), induo de primeiro grau (dos exemplos a uma generalizao de
nvel baixo), induo de segundo grau (de generalizaes de nvel baixo a generalizao de
nvel mais alto), generalizaes estatsticas, etc. Nesse caso, a verdade das premissas no
basta para garantir a verdade da concluso; como o contedo da concluso excede o das
premissas, s se pode afirmar que, sendo verdadeiras as premissas, a concluso ser
provavelmente verdadeira. O percurso do raciocnio faz-se do efeito para a causa.
Exemplo: O calor dilata o ferro____________________ particular; O calor dilata o bronze __________________ particular; O calor dilata o cobre ___________________ particular; Logo, o calor dilata todos os metais ________ gerais, universal.
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c) Mtodo Hipottico-Dedutivo - Proposto por Popper, consiste na adoo da seguinte linha de raciocnio: quando os conhecimentos disponveis sobre um determinado assunto so
insuficientes para a explicao de um fenmeno, surge o problema. Para tentar explicar as
dificuldades expressas no problema, so formuladas conjecturas ou hipteses. Das hipteses
formuladas deduzem conseqncias que devero ser testadas ou falseadas. Falsear significa
tornar falsas todas as conseqncias deduzidas das hipteses. Enquanto o mtodo indutivo
limita-se s generalizaes empricas das observaes realizadas, o mtodo hipottico-
dedutivo permite chegar construo de teorias e leis.
d) Mtodo Dialtico - Fundamenta-se na dialtica proposta por Hegel, em que as contradies transcendem, dando origem a novas contradies, que passam a requerer
soluo. um mtodo de interpretao dinmica e totalizante da realidade, segundo o qual
os fatos no podem ser tomados fora de um contexto social, poltico, econmico. Trata-se de
um mtodo de investigao da realidade pelo estudo de sua ao recproca, da contradio
inerente ao fenmeno e da mudana dialtica que ocorre na natureza e na sociedade. O
mtodo dialtico contrrio a todo conhecimento rgido: tudo visto em constante
mudana, pois sempre h algo que nasce e se desenvolve e algo que se desagrega e se
transforma.
e) Mtodo Fenomenolgico - O mtodo fenomenolgico no dedutivo nem indutivo.
Preocupa-se com a descrio direta da experincia tal como ela . A realidade, construda
socialmente, entendida como o compreendido, o interpretado, o comunicado. Assim, ela
no nica: existem tantas quantas forem suas interpretaes e comunicaes, e o
sujeito/ator reconhecidamente importante no processo de construo do conhecimento.
empregado em pesquisa qualitativa.
Vale salientar que esta classificao no deve ser tomada de maneira rgida, uma
vez que algumas pesquisas, em funo de suas caractersticas, no se limitam facilmente a
um ou outro modelo.
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4.2 MTODOS DE PROCEDIMENTOS
Os mtodos de procedimentos na so exclusivos entre si, devendo ser aplicados
adequadamente a cada rea de pesquisa. Estes mtodos classificam-se em: histrico,
monogrfico, comparativo, estatstico, funcionalista e estruturalista, podem ser aplicados
concomitantemente no mesmo trabalho se adequados ao objetivo da pesquisa:
4.2.1 Mtodo Histrico - Constitui-se especificamente das investigaes de
acontecimentos, processos e instituies do passado para verificar a influncia destes na
sociedade atual.
4.2.2 Mtodo Comparativo - Realiza comparaes com o objetivo de verificar semelhanas
e explicar divergncias entre grupos do presente, ou entre estes com os do passado.
4.2.3 Mtodo Monogrfico, ou Estudo de Caso - Consiste na observao de determinados
indivduos, profisses, condies, instituies comunidades ou grupos com a finalidade de
obter generalizaes em estudos posteriores.
4.2.4 Mtodo Estatstico - Est baseado no uso da teoria das probabilidades. A
manipulao de ferramentas estatsticas permite analisar numericamente as relaes entre os
fenmenos e obter generalizaes sobre sua natureza, significado ou ocorrncia.
4.2.5 Mtodo Funcionalista - mais um mtodo de interpretao do que de investigao.
Enfatiza as relaes e o ajustamento entre os diversos componentes de uma cultura ou
sociedade. Deste modo, este tipo de pesquisa permite o estudo da sociedade do ponto de
vista das funes das suas unidades.
4.2.6 Mtodo Estruturalista - Foi desenvolvido por Lvi-Strauss; parte da investigao de
um fenmeno concreto, atinge o nvel abstrato mediante a constituio de um modelo que
represente o objeto estudado, retornando ao concreto, dessa vez como uma realidade
estruturada e relacionada com a experincia do sujeito social. Este mtodo caminha do
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concreto para o abstrato e vice-versa, dispondo, na segunda etapa de um modelo para
analisar a realidade concreta dos diversos fenmenos.
O termo estruturalismo usado para designar as correntes de pensamento que
recorrem noo de estrutura para explicar a realidade em todos os nveis.
4.3 MTODOS DE ABORDAGEM
De acordo com Diehl e Tatim (2004), a classificao segundo a abordagem do
problema so estratgias diferentes pela sua sistemtica e pela forma de abordagem do
problema em estudo. Esses desenhos podem rapidamente ser descritos como:
4.3.1 Pesquisa Quantitativa - Caracteriza-se pelo uso da quantificao tanto na coleta
quanto no tratamento das informaes por meio de tcnicas estatsticas, desde as mais
simples, como percentual, mdia, desvio-padro, s mais complexas, como coeficiente de
correlao, anlise de regresso etc., com o objetivo de garantir resultados e evitar
distores de anlise e de interpretao. Dentre estas destacamos um grupo especial - as
pesquisas de base epidemiolgica.
Entre os tipos de estudo quantitativos esto os estudos de correlao de variveis,
os quais, por meio de tcnicas estatsticas de correlao, procuram especificar seu grau de
relao e o modo como esto operando, podendo tambm indicar possveis fatores causais a
serem testados em estudos experimentais.
4.3.2 Pesquisa Qualitativa - Modalidade de pesquisa na qual os dados so coletados por
meio das interaes sociais (estudos etnogrficos e pesquisa participante) e analisados
subjetivamente pelo pesquisador. A pesquisa qualitativa preocupa-se com os fenmenos,
sendo que um fato tudo o que pode ser objetivamente observado e definido por consenso
social, enquanto um fenmeno remete-nos interpretao de um fato feita por um
observador. Ou seja, o fenmeno a interpretao subjetiva do fato. Na pesquisa qualitativa
o pesquisador tem ampla liberdade terico-metodolgica para realizar seu estudo. Os limites
de sua iniciativa so fixados pelas condies exigidas a um trabalho cientfico, mas ela deve
apresentar estrutura coerente, consistente, originalidade e nvel de objetivao capazes de
merecer a aprovao dos cientistas num processo intersubjetivo de apreciao.
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4.4 MTODOS DE ACORDO COM O OBJETIVO GERAL
4.4.1 Pesquisa Exploratria - Tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torn-lo mais explcito ou a construir hipteses. Na maioria dos
casos, envolve levantamento bibliogrfico, a realizao de entrevistas com pessoas que
possuem experincia prtica com o problema pesquisado e a anlise de exemplos que
estimulem a compreenso. So finalidades da pesquisa exploratria: proporcionar maiores
informaes sobre o assunto que se vai investigar e facilitar a delimitao do tema das
hipteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto. Por meio da pesquisa
exploratria, avalia-se a possibilidade de desenvolver um bom trabalho, estabelecendo-se os
critrios a serem adotados, os mtodos e as tcnicas adequadas.
4.4.2 Pesquisa Descritiva - O objetivo primordial a descrio das caractersticas de
determinada populao ou fenmeno ou ento o estabelecimento de relaes entre variveis.
Uma de suas caractersticas mais marcantes a utilizao de tcnicas padronizadas de coleta
de dados, tais como questionrio e observao sistemtica.
4.4.3 Pesquisa Explicativa - Esse um tipo de pesquisa mais complexa, pois, alm de
registrar, analisar, classificar e interpretar os fenmenos estudados, procura identificar os
seus fatores determinantes. Este tipo de pesquisa tem como objetivo aprofundar justamente
por este motivo que est sujeita a erros. destas pesquisas explicativas que resulta a
constituio do conhecimento cientfico.
Este tipo de pesquisa utiliza o mtodo experimental, que possibilita um controle
e manipulao mais significativa de variveis; estas pesquisas so chamadas de pesquisas
"quase experimentais".
4.5 MTODOS SEGUNDO O PROPSITO
4.5.1 Pesquisa Aplicada - Deve-se ater a projetos em que a soluo de problema de fato
aplicado na realidade.
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4.5.2 Avaliao de Resultados - Nesse caso avaliar significa atribuir valor a alguma
coisa. importante, pois, estabelecer critrios claros de avaliao no projeto e definir de
que ponto de vista ela ser feita. Avaliar envolve tambm uma comparao. A comparao
pode ser entre uma situao anterior e a posterior utilizao de determinado sistema ou
plano. Por outro lado, a comparao pode se dar no momento em que se introduz um
sistema novo de trabalho em grupo na fbrica A, mas se mantm o sistema tradicional na
fabrica B da mesma empresa. Posteriormente analisa-se a diferena em termos da satisfao
dos funcionrios e da produtividade.
4.5.3 Avaliao Formativa - Neste tipo de projeto, o propsito melhorar ou aperfeioar
sistemas e processos. A avaliao formativa normalmente implica um diagnstico do
sistema atual e sugestes de reformulao; por isso, requer certa familiaridade com o
sistema e, idealmente, a possibilidade de implementar as mudanas sugeridas e observar
seus efeitos.
4.5.4 Proposio de Planos - Visa apresentar propostas de planos ou sistemas para
solucionar problemas organizacionais. Alguns visam burocratizar e controlar sistemas;
outros buscam maior flexibilidade.
4.5.5 Pesquisa Diagnstico - Busca diagnstico interno ou do ambiente organizacional.
Difcil de ser realizada em virtude do sigilo organizacional.
4.6 MTODOS DE ACORDO COM O PROCEDIMENTO TCNICO
Para a classificao quanto ao procedimento tcnico que busca dar conta da
anlise dos fatos do ponto de vista emprico, preciso traar um modelo conceitual e
operativo de pesquisa, relativo ao planejamento do trabalho em sua dimenso mais ampla
que envolva tanto a diagramao quanto a previso de coleta e interpretao dos dados.
4.6.1 Pesquisa Bibliogrfica - desenvolvida a partir de material j existente,
principalmente livros e artigos cientficos. Embora praticamente todos os trabalhos
cientficos exijam algum tipo de pesquisa bibliogrfica, h pesquisas desenvolvidas
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exclusivamente a partir de fontes bibliogrficas. As principais fontes bibliogrficas so
livros de leitura corrente, livros de referncia (dicionrios, enciclopdias, anurios,
almanaques), publicaes peridicas e impressos diversos. Entre suas limitaes est a
possibilidade de no-representatividade e a subjetividade dos documentos.
4.6.2 Pesquisa Documental - Assemelha-se pesquisa bibliogrfica. A diferena
fundamental entre elas a natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliogrfica se utiliza
fundamentalmente das contribuies dos diversos autores sobre determinado assunto, a
pesquisa documental vale-se de materiais que ainda no receberam tratamento analtico, ou
que ainda podem ser re-elaborados de acordo com o objetivo do trabalho.
4.6.3 Pesquisa Ex-post-facto - Trata-se de um experimento que se realiza depois dos
fatos. No de fato um experimento, j que o pesquisador no tem controle sobre as
variveis. Na essncia, nesse tipo de pesquisa, so tomadas como experimentais situaes
que se desenvolveram naturalmente e trabalha-se sobre elas como se estivessem submetidas
a controles.
4.6.4 Pesquisa de Levantamento - As pesquisas desse tipo caracterizam-se pelo
questionamento direto das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente,
procede-se solicitao de informaes a um grupo significativo de indivduos acerca do
problema estudado para, em seguida, mediante anlise quantitativa, obter-se as concluses
correspondentes aos dados coletados. Quando o levantamento recolhe informaes de todos
os integrantes do universo pesquisado, tem-se o censo. So muito teis em estudos
descritivos.
4.6.5 Estudo de Caso - Caracteriza-se pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de
poucos objetos de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. Atualmente,
adotado na investigao de fenmenos das mais diversas reas do conhecimento. Pode ser
definido como um conjunto de dados que descrevem uma fase ou a totalidade do processo
social de uma unidade, em suas diversas relaes internas e em suas fixaes culturais, quer
essa unidade seja uma pessoa, uma famlia, um profissional, uma instituio social, uma
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comunidade ou uma nao. O estudo de caso apresenta uma srie de vantagens, dentre elas,
o estmulo a novas descobertas, a nfase na totalidade e a simplicidade dos procedimentos.
Entre as limitaes, a mais grave refere-se dificuldade de generalizao dos resultados
obtidos. Por essa razo cabe lembrar que, embora se processe de forma relativamente
simples, ele pode exigir do pesquisador nvel de capacitao mais elevado que o requerido
para outros delineamentos.
4.6.6 Pesquisa-ao - definida como um tipo de pesquisa com base emprica que
concebida e realizada em estreita associao com uma ao ou com a resoluo de um
problema coletivo e na qual os pesquisadores e participantes representativos da situao ou
do problema esto envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
4.6.7 Pesquisa Participante - Assim com a pesquisa-ao, caracteriza-se pela interao
entre os pesquisadores e os membros das situaes investigadas. Envolve, alm da distino
entre cincia popular e cincia dominante, posies valorativas, derivadas, sobretudo do
humanismo cristo e de certas concepes marxistas. Ademais, mostra-se bastante
comprometida com a minimizao da relao entre dirigentes e dirigidos e, por essa razo,
tem-se voltado, notadamente, para a investigao junto a grupos menos favorecidos, tais
como os constitudos por operrios, camponeses, ndios, etc.
4.7 CLASSIFICAO QUANTO AO LOCAL DE DESENVOLVIMENTO
As pesquisas podem, ainda, ser classificadas quanto ao local de seu
desenvolvimento em: bibliogrfica, de laboratrio e de campo.
4.7.1 Pesquisa Bibliogrfica - Tanto pode ser um trabalho em si mesmo, quanto se
constituir em procedimento preparatrio para a realizao de outra pesquisa.
4.7.2 Pesquisa de Laboratrio - No sinnimo de pesquisa experimental, ainda que a
grande maioria das pesquisas de laboratrio seja experimental.
14
4.7.3 Pesquisa de Campo - Desenvolvida principalmente nas cincias sociais; no se
caracteriza como experimental, pois no tem o objetivo de produzir ou reproduzir
fenmenos, embora, em determinada circunstncia seja possvel fazer uma pesquisa de
campo experimental.
Segundo as bases lgicas de investigao Dedutivo, Indutivo, Hipotticodedutivo, Dialtico, Fenomenolgico
Segundo o procedimento Histrico, Comparativo, Monogrfico ou estudo de caso, funcionalista, Estruturalista
Segundo a abordagem do problema Quantitativo, Qualitativo Segundo o objetivo geral (tipo de pesquisa)
Exploratria, Descritiva, Explicativa
Segundo o propsito (tipo de pesquisa)
Aplicada, Avaliao de resultados, Avaliao formativa, Proposta de planos, Diagnstico.
Segundo o procedimento tcnico da pesquisa Bibliogrfica, Documental, Ex-post-facto, Levantamento Estudo de caso, Pesquisa-ao, Pesquisa participante.
Segundo o local de desenvolvimento Bibliogrfica, Laboratrio, Campo
QUADRO 2 - CLASSIFICAO DOS MTODOS E TCNICAS DE PESQUISA
Cabe ressaltar que, apesar das vrias classificaes expostas aqui, elas no so
completas nem definitivas e por certo cabe um lugar em separado para apresentar os
critrios e normas de uma metodologia de pesquisa que tem toda uma forma, estrutura e
base conceitual especfica para tratar, principalmente, problemas ligados rea de sade.
Trata-se da Epidemiologia. Logicamente vamos apenas apresentar os conceitos dos
principais desenhos e suas principais caractersticas.
15
5. MTODOS EPIDEMIOLGICOS
Epidemiologia Ramo da Cincia da Sade que estuda, na populao, a ocorrncia,, a
distribuio e os fatores determinantes de eventos relacionados a sade (DOENA).
5.1. ESTUDO DE CASO
a primeira abordagem de um tema, sendo usado para avaliao inicial de um
tema pouco conhecido. Caracteriza-se por um nmero pequeno de indivduos. No h grupo
controle. Trata-se, portanto, de estudos no controlados.
5.2. SRIE DE CASOS
Tem a mesma abordagem do Estudo de Caso s que com um nmero maior de
indivduos. Para classificar como Srie ou Estudo de casos, o critrio o nmero de
indivduos includos o mais aceito at nove para o Estudo de Caso e no mnimo 10 para a
Srie de Casos. Em ambos os casos a caracterstica bsica deste delineamento no haver
grupo controle. Trata-se, portanto, de estudos no controlados.
5.3. ESTUDO TRANSVERSAL
As observaes e mensuraes so uma radiografia esttica do que ocorre em
um dado momento. Este momento definido pelo investigador que escolhe a poca da
coleta de dados. Existem dois tipos de estudo transversal: o Controlado e o No Controlado.
5.4. CASO CONTROLE
usado com pelo menos dois significados:
Investigao em que so tomados os cuidados necessrios para neutralizar os fatores que confundem a interpretao.
Pesquisa em que h formao de um grupo controle, em geral, constitudo no prprio desenrolar da investigao.
5.5. ESTUDO DE COORTE
um tipo especial de investigao que parte da causa para investigar os efeitos e
contm um grupo controle interno (no expostos), para comparao de resultados
encontrados no grupo de expostos. O grupo no aleatrio.
16
5.6. ENSAIO CLNICO
Parte-se da causa para o efeito. Os participantes so coletados aleatoriamente
para formar os grupos. Em seguida, procede-se a interveno, em que se deseja avaliar os
resultados.
Toda pesquisa cientfica que envolve seres humanos deve ser avaliada pelo
Comit de tica e Pesquisa da instituio onde est se desenvolvendo o projeto, constitudo
por uma equipe multiprofissional. O projeto de pesquisa deve tambm obedecer s normas e
diretrizes da Resoluo n196/96 sobre pesquisa envolvendo seres humanos, da Comisso
Nacional de tica em Pesquisa, do Ministrio da Sade, disponvel em
http://www.aids.gov.br/rescns.htm
Com o intuito de demonstrar a variedade de classificaes, apresentaremos a
seguir a classificao proposta pelo pesquisador Pedro Demo que reconhece pelo menos
quatro gneros de pesquisas, intercomunicadas:
a) Pesquisa terica, dedicada a estudar teorias;
b) Pesquisa metodolgica, que se ocupa dos modos de se fazer cincia;
c) Pesquisa emprica, dedicada a codificar a face mensurvel da realidade social;
d) Pesquisa prtica ou pesquisa-ao, voltada para intervir na realidade social.
17
6 TCNICAS DE PESQUISA
Tcnicas
As tcnicas so conjuntos de normas usadas especificamente em cada rea das
cincias, estando relacionadas com a coleta de dados, ou seja, a parte prtica de pesquisa.
As tcnicas de pesquisa podem ser agrupadas em:
a) Documentao indireta - inclui a pesquisa bibliogrfica e a pesquisa documental.
Estas diferem apenas pelo tipo de documentao consultada.
b) Documentao direta inclui a observao direta intensiva e a extensiva. Da
primeira faz parte a observao direta propriamente dita e as entrevistas. Da segunda fazem
parte as tcnicas de pesquisa de campo.
a) Documentao Indireta Peridicos, teses e dissertaes
b) Pesquisa Bibliogrfica Uso de Bancos de dados j existentes e que no foram produzidos para pesquisa em questo.
c) Pesquisa Documental Documentos histricos, documentos de empresas.
d) Observao Direta Extensiva Formulrios, questionrios, testes, histria de vida
e) Observao Direta Intensiva
18
7 INSTRUMENTOS E TCNICAS DE PESQUISA
7.1 HISTRIA DE VIDA uma estratgia de pesquisa que consiste da tentativa
deliberada para definir o desenvolvimento de uma pessoa num meio cultural e lhe dar
sentido terico. A histria de vida tanto compreende documentos autobiogrficos como os
biogrficos. Esta tcnica consiste basicamente de entrevista e anlise de documentos.
Ou seja, so instrumentos que tm por objetivo obter dados da experincia particular e
ntima do informante, que sejam relevantes para o esclarecimento do assunto em estudo.
7.2 FORMULRIO: uma lista formal, catlogo ou inventrio destinado coleta de
dados, cujo preenchimento feito pelo prprio investigador. Assim, o que caracteriza o
formulrio o contato face a face entre pesquisador e informante. A vantagem do
formulrio que ele passvel de ser aplicado em qualquer segmento da populao em
virtude da possibilidade de o pesquisador esclarecer dvidas e elucidar significados.
7.3 QUESTIONRIO: um instrumento com uma srie de perguntas organizadas com o
objetivo de levantar dados para uma pesquisa, cujas respostas so fornecidas pelo
informante ou pesquisado sem assistncia do investigador. , geralmente, enviado pelo
correio ou portador, sendo do mesmo modo devolvido ao investigador. possvel tambm
uma modalidade intermediria de aplicao coletiva com explicaes coletivas.
Quanto forma, as perguntas, em geral, so classificadas em trs categorias, a saber:
a) Perguntas abertas: permitem ao informante responder livremente, usando
linguagem prpria e emitir opinies;
b) Perguntas fechadas ou dicotmicas: o informante escolhe sua resposta entre
duas opes: sim ou no;
c) Perguntas de mltipla escolha: so perguntas fechadas, mas que apresentam uma
srie de possveis respostas, abrangendo vrias facetas do mesmo tema.
ATENO: Os formulrios e questionrios devem ser validados antes de serem enviados
aos informantes. Para tanto, so usadas principalmente quatro tcnicas:
19
Anlise Semntica tcnica de validao cuja principal caracterstica a leitura prvia do instrumento por informantes escolhidos pelo pesquisador, com as mesmas caractersticas
dos informantes definitivos.
Anlise de Juzes Esta tcnica consiste da anlise do instrumento por especialistas da rea em questo. No h um nmero fixo de integrantes, mas aconselha-se um mnimo de
cinco integrantes.
Grupo Focal - Tcnica que consiste da anlise do instrumento em grupo para o debate e anuncia dos itens que comporo o instrumento.
Testes Estatsticos so instrumentos que tm por objetivo obter dados de forma quantitativa.
importante lembrar ao pesquisador que quando optar por entrevistas (tcnica
de observao intensiva) algumas recomendaes devem ser seguidas: o pesquisador deve
ter facilidade de comunicao e ser capaz de se adaptar linguagem do entrevistado; deve
ter boa educao e preparo cultural para indagar, mesmo acerca de assuntos sobre os quais
no seja profundo conhecedor; deve ter esprito de observao agudo, para obter o mximo
de proveito do que for observado durante a entrevista (inclusive postura corporal); deve ser
imparcial para no influenciar o entrevistado com gestos, palavras ou opinies pessoais.
Claro que todas estas aptides so desejveis em qualquer pesquisador.
20
8 ETAPAS BSICAS DA PESQUISA CIENTFICA
Como fcil de deduzir diante da complexidade do tema, no existe um
modelo pronto e acabado para o procedimento das etapas de pesquisa. O pesquisador
dever, segundo o tema proposto para o estudo, ser o mais objetivo possvel, formulando um
modelo inicial que ser reformulado no decorrer da pesquisa. Cabe destacar que alguns
elementos so indispensveis e dentre eles destacamos:
a) Problema: um enunciado ou uma frmula. Do ponto de vista semntico uma
dificuldade ainda sem soluo quem precisa ser determinada com preciso para que seu
exame, avaliao crtica e soluo possam ser feitos por meio da investigao.
b) Hiptese: uma proposio, condio ou princpio que se supe verdadeiro at
que se chegue s suas conseqncias lgicas embora ainda no seja comprovado. Por esse
mtodo possvel verificar sua concordncia com fatos conhecidos ou que podem ser
verificados. A hiptese a resposta que o pesquisador supe que ir encontrar para o
problema formulado. Nas cincias sociais a hiptese chamada, muitas vezes, de questo
de pesquisa.
Para o desenvolvimento de uma pesquisa, primordial o uso de um conjunto de
normas e procedimentos racionais, sistematizados que devem ser cuidadosamente
planejados. Esse planejamento constitui-se por fases, em cada fase deve se definir mtodos,
tcnicas, procedimentos e demais determinantes para o desenvolvimento da pesquisa.
Para uma melhor compreenso descreveremos a seguir as fases e etapas do
processo de Pesquisa:
21
8.1 FASE 1- A DETERMINAO DO PROBLEMA
Selecionar o assunto a ser pesquisado Definir e formular o problema de pesquisa Realizar uma primeira prospeco sobre o problema de pesquisa Reunir e selecionar a documentao sobre o assunto-problema pesquisado Elaborar a reviso de literatura sobre o problema de pesquisa Elaborar o Projeto de pesquisa
8.2 FASE 2 - A ORGANIZAO DA PESQUISA
Descrever o objeto da pesquisa em relao a um referencial terico Formular as hipteses de trabalho Determinar tcnicas de experimentao ou descrever mtodos/estratgias de coleta de dados Construir os instrumentos necessrios coleta de dados Testar e validar os instrumentos escolhidos Definir a populao e a amostra da pesquisa Determinar o perodo e as estratgias de coleta
8.3 FASE 3 - A EXECUO DA PESQUISA
Estabelecer um cronograma de trabalho Coletar os dados Criticar os dados Analisar os dados
8.4 FASE 4 - REDAO
Redigir o texto preliminar, explicando o fenmeno observado Redigir o texto definitivo, incorporando ao texto, indicaes e crticas pertinentes
O projeto de pesquisa um passo muito importante para o sucesso da pesquisa
propriamente dita. A estrutura do projeto normalmente reproduz os estgios do processo
cientfico. Do ponto de vista acadmico, o projeto e o relatrio de pesquisa podem ser
considerados etapas de um mesmo processo, ou seja, o projeto de pesquisa conduz ao
relatrio de pesquisa (monografia, dissertao, tese). Os projetos so, em geral, apresentados
por ocasio do processo de seleo e no chamado exame de qualificao se a universidade
assim o exigir. Um projeto tambm apresentado quando se solicitam subsdios a rgo de
fomento pesquisa ou comits de tica. Diehl e Tatim (2004) propem um modelo de
projeto que apresentamos a seguir:
22
Seo/Parte Subdivises/Componentes
Capa Dados de identificao da instituio, unidade de ensino, curso,
disciplina, ttulo do trabalho, aluno, data e local.
Listas (se houver) Listas de figuras, quadros, tabelas, abreviaturas
Sumrio Enumerao dos principais captulos e sees do trabalho.
1-Introduo
Apresentao do tema.
1.1 Identificao e justificativa do problema
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
1.2.2 Objetivos especficos
2- Reviso de literatura
Subdivises de acordo com o desenvolvimento do assunto (inclusive
hiptese ou questo de pesquisa)
3- Metodologia (Desenho do
estudo e estratgia metodolgica)
3.1 Delineamento da pesquisa
3.2 Populao amostra
3.3 Plano de coleta de dados
3.4 Plano de anlise de dados
3.5 Variveis
Cronograma
Quadro com as etapas da pesquisa e o tempo previsto para a execuo de
cada uma delas.
Oramento
Quadro com a relao dos recursos necessrios, sua quantidade e custo.
Referncias bibliogrficas
Lista de todas as obras mencionadas no decorrer do texto.
QUADRO 3 - ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA FONTE: Diehl e Tatim (2004, p. 95-96).
23
9 ITENS DO PROJETO E O SEU SIGNIFICADO
9.1 INTRODUO
A introduo a parte do trabalho em que apresentado o cenrio no qual se
desenrola o problema, e o assunto apresentado como um todo, sem detalhes. De modo
geral, deve estabelecer o assunto, definindo-o claramente, sem deixar dvidas quanto ao
campo de abrangncia; explicar a finalidade e os objetivos do trabalho, esclarecendo sob que
ponto de vista ser tratado o tema; e fazer referncia aos principais tpicos do texto, com o
fornecimento de roteiro ou da ordem de exposio. Os principais pontos que devem constar
da introduo so:
9.1.1 Tema: a explicao do tema apia-se na bibliografia, nos documentos e em outras
fontes necessrias definio. Deve identificar a rea na qual se concentra o problema,
apresentando-o dentro de um contexto mais amplo, com breve referncia ao esquema terico
e com consideraes sobre a escolha do local e do modo como o tema foi escolhido.
9.1.2 Problema de Pesquisa: deve ser apresentado de forma clara e precisa e redigido em
forma de pergunta, com a identificao das variveis e de suas relaes.
9.1.3 Justificativa: deve demonstrar a importncia da problemtica, com a apresentao das
razes em defesa do estudo, da relao com o tema/problema com o contexto social, da
justificativa no plano terico prtico, da fundamentao da viabilidade da pesquisa e das
referncias aos possveis aspectos inovadores do trabalho.
9.1.4 Objetivo Geral: determina o que se pretende realizar para obter a resposta ao
problema proposto, de um ponto de vista geral. Nesse caso utilizam-se verbos abrangentes
(preferencialmente um nico verbo) como avaliar, analisar, investigar. O objetivo
deve ser amplo o suficiente para ser desmembrado nos objetivos especficos.
9.1.5 Objetivos Especficos: determinam os aspectos a serem estudados, necessrios ao
alcance do objetivo geral. a definio daquilo que pode ser cobrado no final do trabalho
(verificvel). So objetivos intermedirios e instrumentais que, num mbito mais concreto,
24
permitem atingir o objetivo geral. Os verbos devem ter carter operacional, como
identificar, medir, verificar.
9.2 REVISO DE LITERATURA
O objetivo da reviso de literatura subsidiar a formulao da hiptese ou
questo de pesquisa servindo tambm como plataforma inicial a partir da qual o estudo se
desenvolver.
A reviso deve se limitar s contribuies mais importantes diretamente ligadas
ao assunto, com a meno ao nome de todos os autores no texto ou em notas e,
obrigatoriamente, nas referncias bibliogrficas.
Alm do exame das correntes tericas, deve definir aquela que ser utilizada,
com a apresentao das questes ou hipteses a serem trabalhadas. As hipteses ou questes
de pesquisa devem mostrar o que o pesquisador visualiza antes de realizar a pesquisa como
resposta mais adequada ao problema em estudo.
9.3 METODOLOGIA (Desenho do estudo e estratgia metodolgica)
Nessa seo, devem ser claramente descritos o desenho do estudo ou mtodos (j
discutido na tipologia da pesquisa), os procedimentos tcnicos e os instrumentos ou
estratgias a serem adotadas. Os seguintes tpicos no devem faltar:
9.3.1 Delineamento da Pesquisa: nesse tpico, o pesquisador define o tipo da pesquisa
(mtodo) a ser realizada para atingir o objetivo geral, que deve aqui novamente ser
enunciado. A pesquisa deve ser classificada quanto ao objetivo, tcnica e classificao
do estudo (qualitativo, quantitativo ou ambos).
9.3.2 Populao e Amostra: a populao dever ser descrita da forma mais completa
possvel, incluindo todas as caractersticas que interessam (critrios de incluso e excluso).
A amostra inclui sua descrio e a do processo para selecion-la bem como informaes
sobre o seu tamanho e as formas utilizadas para determin-lo.
25
9.3.3 Coleta de Dados: trata-se da definio dos instrumentos (entrevistas, questionrios,
observao), dos dados se primrios ou secundrios, da preparao (elaborao, pr-teste,
discusso) e do procedimento de aplicao.
9.3.4 Anlise dos Dados: se qualitativa, deve definir o procedimento (anlise de contedo);
se quantitativa deve especificar o tratamento (se estatstica descritiva ou anlises mais
complexas) e o instrumento (se Excel, SPSS).
9.3.5 Definio de Termos: definies gerais e operacionais das variveis relacionadas
problemtica do estudo.
Aps a execuo da pesquisa, necessrio a confeco do relatrio final ou
relatrio tcnico-cientfico. O procedimento geral baseia-se em publicaes da ABNT que,
contudo, em face das circunstncias e das necessidades, podem ser alteradas. De um modo
geral, a estrutura recomendada para um trabalho acadmico compreende partes pr-textuais,
textuais e ps-textuais.
A monografia uma exigncia para a obteno do titulo de especialista nos
cursos de ps-graduao Lato Sensu oferecidos pelo CET.
Tambm denominada de monografia cientfica, deve oferecer uma ou algumas
contribuies para a cincia, ainda que essas contribuies sejam iniciais ou introdutrias
(VIEIRA, 1996, p.2).
indispensvel para a realizao de uma monografia que ela seja antecedida da
elaborao de um projeto de pesquisa. Ao fazer o projeto, o aluno adquire e amplia
conhecimentos sobre o tema escolhido, verifica a viabilidade da realizao do estudo
proposto e define o objetivo do trabalho, os resultados a alcanar e os mtodos para
consegui-lo. Segundo Loureiro e Campos (1999), um projeto bem feito permite iniciar a
monografia com um mnimo de dificuldades.
Trabalhos acadmicos so exposies por escrito sobre temas atribudos em
disciplinas de cursos de graduao ou de ps-graduao.
26
10. ESTRUTURA DO TEXTO MONOGRFICO
O termo monografia designa um tipo essencial de trabalho cientfico. Considera-
se monografia aquele trabalho que reduz sua abordagem a um nico assunto, a um nico
problema com um tratamento especificado.
De acordo com Loureiro e Campos (1999), a monografia uma experincia de
trabalho por meio da qual o aluno aprende a organizar uma bibliografia sobre determinado
assunto, bem como suas prprias idias, de modo a apresent-las, por escrito, de forma
coerente, inteligvel e encadeada. uma oportunidade nica para a aplicao dos conceitos e
modelos estudados ao longo do curso de formao acadmica1.
Apesar da diversidade de tipos de monografias, existe uma ordenao lgica dos
elementos que a compem, que deve ser obedecida. de fundamental importncia
observncia s normas definidas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT)
para apresentao grfica do texto (MIRANDA, 1999, p.30).
Os elementos que compem a monografia dividem-se em:
10.1 ELEMENTOS PR-TEXTUAIS
O tipo de letra a ser utilizado dever ser o Arial/Times New Roman, fonte 12, em
todo corpo do trabalho. Excees devero ser feitas quanto ao tamanho da letra a ser
utilizada na capa, folha de rosto e folha de aprovao, itens e ttulos e resumo, conforme
discriminado em cada um desses itens.
10.1.1 Capa Dura e Dorso - A capa elemento obrigatrio e nela devem constar os
elementos essenciais necessrios identificao do documento. a folha que reveste a obra.
A capa deve ser em cor azul Royal e com letras douradas. Todos os dados devem ser
digitados em letra maiscula, espaamento entre linhas de 1,5 cm, alinhamento centralizado
e sem pontuao. A letra utilizada ser com fonte 14 e recurso tipogrfico negrito.
O dorso dever conter o nome do aluno, a modalidade de trabalho, e o ano, todos
com fonte 12, conforme segue:
1 Texto elaborado a partir das Normas NBR 14724 e 10520 /ABNT de agosto/2002 e NBR 6024/2003 por Prof Rita Akutsu.
27
OBS: Os elementos que compem a capa so escritos em letras maisculas, fonte
tamanho 12, centralizado e negrito, com exceo ao ttulo, que deve ter fonte tamanho
14.
10.1.2 Capa Interna - Elemento obrigatrio. Nela devem constar os elementos necessrios
identificao do documento. Deve constar na parte superior o nome da Instituio e do
Curso, a categoria do trabalho, o ttulo e subttulo, se houver e recurso tipogrfico negrito,
nome do aluno, local (cidade e unidade da federao) e ano. Todos os dados devem ser
digitados em maisculo, espaamento entre linhas de 1,5 cm, alinhamento centralizado e
sem pontuao.
OBS: Os elementos que compem a capa so escritos em letras maisculas, fonte
tamanho 12, centralizado e negrito, com exceo ao ttulo, que deve ter fonte tamanho
14.
10.1.3 Folha de Rosto - Elemento obrigatrio que deve conter os elementos essenciais
identificao da obra. A folha de rosto deve conter todos os dados da Capa, incluindo uma
nota explicativa a respeito da natureza do trabalho, contendo nome da Instituio na qual
est sendo apresentado o trabalho, seu objetivo acadmico e o nome do orientador. Essa
nota explicativa deve ser digitada em letra com tamanho menor (10 ou 11), alinhamento
justificado, espaamento entre linhas simples (1 cm), com recuo da margem esquerda de 7
centmetros. Nome do professor/orientador escrito com letras maisculas/minsculas,
alinhado a 8cm da margem esquerda. Local (cidade da instituio) ms e ano em letras
maisculas.
28
10.1.4 Folha de Aprovao - Elemento obrigatrio que deve conter o nome do autor
(centralizado, fonte 12), ttulo do trabalho (centralizado, fonte 14 e com recurso tipogrfico
29
negrito) e o texto explicativo da folha de rosto (alinhado esquerda, justificado, fonte 11 e
espaamento entre linhas simples). Deve conter, ainda, a data da aprovao (alinhado
esquerda, fonte 12) e o nome dos membros componentes da banca examinadora, com suas
respectivas titulaes e instituies (centralizado, fonte 12).
Obs. A data de aprovao e assinaturas dos membros componentes da banca examinadora so colocadas aps a defesa do trabalho. Os elementos que a compem so escritos em letras com fonte tamanho 12.
10.1.5 Dedicatria - Elemento opcional, no qual o autor do trabalho presta uma
homenagem ou dedica seu trabalho a algum que contribuiu de alguma forma para sua
consecuo. Geralmente, breve e aparece figurada na metade inferior da pgina, a 7 cm da
margem esquerda com espaamento simples.
10.1.6 Agradecimentos - Elemento opcional; pode se referir tanto a pessoas quanto a
entidades que contriburam de alguma forma para a elaborao do trabalho. A formatao
deve obedecer ao corpo do trabalho: pargrafo americano, espaamento entre linhas de 1,5
cm, sendo que cada pargrafo deve ser separado por um espao (1,5 cm). Com relao
palavra AGRADECIMENTOS, deve figurar na primeira linha dessa pgina, com recurso
tipogrfico negrito, alinhamento centralizado e letras maisculas, com letra fonte 12. Aps
trs espaos, deve-se iniciar o texto.
30
10.1.7 Epgrafe - Elemento opcional. Deve conter uma citao de um pensamento que, de
certa forma, embasou ou inspirou o trabalho. Deve ser posicionada na metade inferior da
pagina e transcrita como aparece no original, com espaamento entre linhas simples (1 cm),
recuada da margem esquerda a 7 cm, sendo mencionados, abaixo do texto, o nome do autor,
o ano e a pgina da referida obra. No se deve ser recurso tipogrfico itlico.
10.1.8 Sumrio - Elemento obrigatrio. Deve conter a enumerao das principais divises,
sees e captulos de um trabalho na mesma ordem em que se encontram na obra com a
indicao da pgina inicial correspondente.
O alinhamento das sees no sumrio dever ser feito pela margem esquerda, sem
reentrncias, e uma linha pontilhada deve interligar a coluna de divises e subdivises
coluna de pginas.
A palavra SUMRIO deve figurar na primeira linha dessa pgina, centralizada,
com letras maisculas, recurso tipogrfico negrito e espaamento entre linhas de 1,5 cm e,
aps trs espaos, deve-se iniciar a primeira seo. Os elementos pr-textuais, a saber, lista
de ilustraes, lista de abreviaturas, siglas e smbolos e resumo devem constar no sumrio.
Entretanto, no deve haver indicao do nmero da pgina.
As sees que compem o sumrio devem acompanhar a seqncia do trabalho e
apresentao tipogrfica. A formatao desses itens, que aparecem na prpria pgina do
sumrio, deve obedecer espaamento entre linhas de 1,5 cm, alinhamento esquerda, sem
reentrncias e um espao (1,5 cm) para separar as sees primrias. Os subitens devem ter
alinhamento esquerda, respeitando que o incio dos itens (numeral) se d abaixo da
primeira linha do ttulo.
No caso de ttulos que ultrapassem uma linha, a segunda linha e as subseqentes
alinham-se esquerda com a letra da primeira linha. O limite direita ditado pelo final da
linha pontilhada, que liga os elementos e a indicao do nmero da pgina inicial da seo
no texto.
Os ttulos das sees devem estar representados em letras maisculas, negritadas,
fonte 12. Os subttulos principais devem estar representados em letras maisculas, sem
negrito. Subttulos com 3 numerais indicativos devero ser representados em letras
31
minsculas, com negrito. Subttulos com quatro numerais devem ser representados em letra
minscula, sem negrito.
10.1.9 Lista de Ilustraes/Figuras/Tabelas/Quadros - Elemento condicionado
necessidade do trabalho. Deve conter a relao de Figuras ou Tabelas ou Quadros ou Mapas
ou Organogramas na mesma ordem em que aparecem no texto, devendo figurar em pginas
distintas com apresentao semelhante a do sumrio. Os diversos elementos, a saber,
Tabelas, Figuras, Quadros, etc, devem constar em pginas separadas, intituladas como: Lista
de Tabelas, Lista de Quadros, desde que a lista apresente, no mnimo, cinco itens.
Entretanto, quando o nmero de elementos das diversas listas for inferior a cinco, estas
podem ser reunidas numa s lista denominada Lista de Ilustraes.
A ordem das listas obedece seguinte seqncia: Lista de Figuras, Lista de
Tabelas, Lista de Quadros e Lista de Grficos.
A palavra LISTA (e sua seqncia) deve figurar na primeira linha dessa pgina,
com letras maisculas, alinhamento centralizado, recurso tipogrfico negrito, espaamento
entre linhas de 1,5 cm e, aps trs espaos, deve-se iniciar a primeira chamada.
A formatao desses itens que aparecem na prpria pgina da LISTA deve
obedecer espaamento entre linhas de 1,5 cm e alinhamento esquerda sem reentrncias.
10.1.10 Lista de Abreviaturas, Siglas e Smbolos - Elemento condicionado necessidade
do trabalho. Deve conter a relao, em ordem alfabtica, de abreviaturas, siglas e smbolos
utilizados no corpo do trabalho com a mesma padronizao da Lista de Ilustraes.
10.1.11 Resumo - Elemento obrigatrio. Deve conter a apresentao concisa dos pontos
relevantes de um texto, especificando a justificativa, os objetivos, mtodos, resultados e
concluses do trabalho. Deve ser redigido de forma impessoal, com o verbo na voz ativa,
no ultrapassando 500 palavras, em um pargrafo nico, com espaamento simples (1 cm),
seguido de trs palavras-chave. A palavra RESUMO deve figurar na primeira linha dessa
pgina, com letras maisculas, alinhamento centralizado, recurso tipogrfico negrito e, aps
trs espaos de 1,5 cm, deve-se iniciar o cabealho.
32
O cabealho deve conter: sobrenome do autor em letras maisculas seguido do
nome. Ttulo do trabalho em negrito. 2005. Nmero de folhas do trabalho. Monografia -
Programa de Ps-Graduao em Gastronomia, Centro de Excelncia em Turismo- UnB.
Braslia, 2005.
Aps o cabealho, identificar o Orientador e a data de apresentao da
monografia. O texto deve ser iniciado aps dois espaos de 1,5 cm.
Consiste na apresentao concisa dos pontos principais de um texto. Devem ser
apresentados, de forma clara, os objetivos, o desenvolvimento e as concluses.
Constitui-se em uma seqncia de frases objetivas e no uma simples
enumerao de tpicos. Deve ser seguido das palavras representativas do contedo do
trabalho, isto , palavras-chave e/ou descritores.
Na redao do resumo:
evitar termos redundantes: O autor trata neste trabalho...; evitar adjetivos, preferindo a substantivao; usar frases precisas e informativas; no utilizar pargrafos. No final do resumo devem constar as palavras-chaves j determinados pelos aluno e
orientador e que tambm constaro dos Dados Internacionais de Catalogao-na-
Publicao.
10.1.12 Resumo em Lngua Estrangeira - Consiste em uma verso do resumo em idioma
de divulgao internacional. Deve ser seguido das palavras representativas do contedo do
trabalho, isto , palavras-chave, na lngua.
10.2 ELEMENTOS TEXTUAIS
10.2.1 Introduo - A introduo a parte inicial do texto na qual se expe o assunto como
um todo. Nela deve constar a importncia ou relevncia do tema, a justificativa da sua
escolha, a exposio dos objetivos, a meno de outros trabalhos desenvolvidos a respeito
do tema, e por ltimo, o plano de desenvolvimento do assunto (subdivises do trabalho).
Nesta parte do trabalho, fundamental que seja embasado o foco de importncia do tema
33
para a comunidade cientfica, social, financeira e cultural. Tem por objetivo situar o leitor na
questo, colocando-o a par da relevncia do problema e do mtodo de abordagem. A
Introduo tem por finalidade a formulao simples e clara do tema de pesquisa e
apresentao reduzida do status questionis e fixa os seguintes componentes:
Justificativa: a justificativa a parte do captulo da introduo que enfatiza a importncia do tema no contexto do desenvolvimento do trabalho. na qual se justificam os porqus da escolha do tema e sua relevncia. Diz respeito s contribuies para com a teoria/prtica.
Objetivo Geral: no item objetivo geral, abordado o foco de desenvolvimento do
trabalho.
Objetivos Especficos: neste item abordam-se as etapas e os focos de desenvolvimento parcial do trabalho, definidos com o intuito de alcanar o objetivo geral.
Limitantes: os limites so descritos com intuito de delimitar focos de atuao e pesquisa.
10.2.2 Desenvolvimento - O desenvolvimento, tambm chamado de corpo do trabalho, a
parte mais importante e, tambm, a mais extensa do texto. Divide-se geralmente em sees e
subsees que diferem entre si de acordo com a natureza do problema, dos objetivos e da
metodologia adotada. Deve ser pautado pela lgica na seqncia das idias, caracterizando
harmonia interna e homogeneidade. Segundo Becker, Farina e Scheid (apud LOUREIRO e
CAMPOS, 1999, P.18), o principal objetivo do desenvolvimento o de comunicar os
resultados da pesquisa, mediante a exposio e a fundamentao lgica do tema.
Tambm faz parte do desenvolvimento a utilizao de ilustraes (figuras,
tabelas e quadros) para completar e ilustrar as idias dos textos, quando for conveniente.
Tem por finalidade expor e demonstrar: a fundamentao lgica do trabalho.
Prope o que vai provar, em seguida, explica, discute e demonstra. composto de um
pequeno texto inicial e por captulos ou partes redacionais e comunicativas a posteriori.
Esta parte do trabalho cientfico precisa apresentar objetividade, clareza e
preciso, e sua exposio supe o cumprimento de trs estgios:
Explicao Discusso Demonstrao
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Tal contedo dividido sistematicamente em captulos e/ou partes. Sendo que
cada qual trar um subtema derivado do tema geral proposto. Esta fundamentao deve ser
exposta e provada atravs de reconstruo racional que tem por objetivo explicar (tornar
evidente, descrevendo, classificando e definindo), discutir e demonstrar (comparando
dialeticamente as vrias posies dos autores) e diagnosticar (aplicar a argumentao
apropriada natureza do trabalho). partir de verdades garantidas para novas verdades.
10.2.3 Concluses e Recomendaes - A concluso deve ter o texto como fundamento,
contendo dedues lgicas correspondentes aos objetivos da pesquisa. Pode, tambm, ser
um resumo da argumentao desenvolvida no corpo do trabalho ou uma sntese das
concluses parciais enunciadas.
A concluso no um simples resumo final, mas , sim, fundamentalmente a
afirmao sinttica da idia central e dos pormenores apresentados no texto. Por isso deve
conter comentrios e conseqncias prprias da pesquisa. a sntese de toda reflexo; a
superao dos conflitos conceituais e de contradies detectadas durante a anlise do
problema.
As recomendaes de continuidade de pesquisas ou aplicaes, bem como de
anlise de novos contextos correlatos, podem e devem acontecer.
10.3 ELEMENTOS PS-TEXTUAIS
10.3.1 Referncias - Elemento obrigatrio. Deve conter a relao das obras citadas no
trabalho, devendo ser apresentadas no final do mesmo em ordem alfabtica e ordenadas de
forma consecutiva, de modo a permitir sua identificao. muito importante no contexto do
trabalho, permitindo pesquisas posteriores a outros pesquisadores, bem como classifica a
abrangncia da pesquisa realizada pelo autor do trabalho em questo.
Essa documentao assume formas extremamente variadas, desde livros,
revistas, documentos legislativos e materiais cartogrficos, at fontes audiovisuais,
eletrnicos e informao verbal, sendo suas referncias regulamentadas, na sua maioria, pela
ABNT.
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A palavra REFERNCIAS deve figurar na primeira linha dessa pgina, com
letras maisculas, alinhamento esquerda, recurso tipogrfico negrito, sem numerao
anterior, e aps trs espaamentos de 1,5 cm, deve-se iniciar a apresentao das referncias.
As referncias devem ser apresentadas com espaamento entre linhas simples (1
cm), sem recuo na margem esquerda, alinhamento justificado e um espao de 1,5 cm para
separar uma referncia da outra. D-se a entrada pelo sobrenome do autor, com todas as
letras maisculas, seguindo do prenome e outro(s) sobrenome(s), se houver. A seguir,
apresenta-se o ttulo da obra, com destaque tipogrfico negrito (somente para ttulo e no
para subttulo), o nmero da edio (se houver), o nome da cidade, o nome da editora (ou
rgo editor) e o ano da publicao.
Obra escrita por um autor: menciona-se o sobrenome do autor em letras maisculas, seguido do prenome e outro(s) sobrenome(s), com a(s) primeira(s) letra(s) maiscula(s).
Pode-se abreviar os nomes iniciais do autor, ou no. No entanto, deve constar exatamente
como aparecem na ficha catalogrfica. O ttulo da obra, com destaque tipogrfico negrito,
deve conter somente a primeira letra maiscula, enquanto que as demais letras devem estar
em minscula (maiscula s em caso de nomes prprios). A seguir figura o nmero da
edio e o nome da cidade, que deve apresentar-se somente com a primeira letra maiscula
(no se utiliza a sigla do Estado, exceto quando existir a cidade em dois estados e no caso do
Distrito Federal: Braslia,DF; Petrpolis,RJ). Seguido de dois pontos, figura o nome da
editora, com as primeiras letras maisculas e o ano de edio da obra.
EXEMPLOS:
ANDERY, M. A. Para compreender a cincia. Rio de Janeiro: Espao e Tempo, 1968.
CASTRO, C. M. A prtica da pesquisa. So Paulo: McGraw- Hill Brasil, 1977.
BOBBIO, N. As ideologias e o poder em crise. 4.ed. Braslia, DF: UnB, 1995. FISCHMANN, A. Implementao de estratgias: identificao e anlise de problemas. 1987. 200 f. Tese (Livre-Docncia em Administrao de Empresas) - Faculdade de Economia, Administrao e Contabilidade, Universidade de So Paulo, So Paulo, 1988. HOUAISS, A. (Ed.). Novo dicionrio Folha Websters: ingls/portugus, portugus/ingls. Co-editor Ismael Cardim. So Paulo: Folha da Manh, 1996. Edio exclusiva para o assinante da Folha de So Paulo.
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Obras do mesmo autor: o nome do autor de vrias obras referenciadas sucessivamente pode ser substitudo nas referncias seguintes primeira por um travesso simples de 6
toques, seguido de um espao e ponto. Essa prtica, no entanto, opcional e, no caso de
mudar a pgina, no se deve iniciar uma nova pgina somente com o trao de seis toques,
sendo, ento, obrigatrio repetir o nome do autor.
EXEMPLOS:
FREYRE, GILBERTO. Casa Grande & Senzala: formao da famlia brasileira sob o regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: Olympio, 1943. ______. Sobrados e mocambus: decadncia do patriarcado rural no Brasil. So Paulo: Ed Nacional, 1956.
Obra escrita por dois ou trs autores: mencionam-se todos os autores na ordem em que aparecem na publicao, separados por ponto e vrgula (o sobrenome sempre antecedendo o
nome), seguido do ttulo da obra, nmero da edio (se constar na ficha catalogrfica), local
(cidade), editora e ano. Se um livro apresentar o nome do autor completo, observe essa
ordem. Se em outro livro o nome do autor aparecer abreviado, no ser necessrio
padroniz-lo, podendo haver, portanto, nas referncias de um trabalho, nomes completos e
nomes abreviados. No se pode adotar et al. (que significa e outros) nas referncias se no
constar na ficha catalogrfica do material lido. Caso aparea nas referncias o nome
(sobrenome) de dois, trs, quatro ou mais autores, o nome de todos deve constar,
obrigatoriamente, no corpo do trabalho. No se usa, por exemplo, et al. No corpo do
trabalho e, nas referncias, o nome de todos os autores.
EXEMPLOS:
GROUEFF, S.; CARTIER, J. P. O enigma do cosmo. Rio de Janeiro: Primor, 1978. SOUZA, J.; SILVA, J.; ANDRADE, R.C. Cincia na historiografia. So Paulo: Atlas,1970. WARDE, M. J. O Banco Mundial e as polticas educacionais. So Paulo: Cortez,1996.
Obras annimas: a entrada se d pelo ttulo da obra, seguida do nmero da edio (se houver), local (cidade), editora, ano e nmero de pginas (quando constar).
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EXEMPLOS:
AS FLORES. 3. ed., Curitiba: Educa, 1980.
GRANDE Enciclopdia Larousse Cultural. Rio de Janeiro: Nova Cultural, 1998.
GLOSSRIO de termos tcnicos, estatsticos e educacionais. Florianpolis: SEC/UDI, 1977. 70 p.
Captulo ou parte de uma obra do mesmo autor: menciona-se o sobrenome do autor, seguido do nome. O ttulo do captulo ou da parte apresentado sem destaque tipogrfico.
Utiliza-se o termo In.:, seguido de um trao de seis toques (indicando que do mesmo
autor), o ttulo da obra com destaque tipogrfico negrito, local (cidade), seguido de dois
pontos, o nome da editora, ano, finalizando com o nmero de pginas iniciais e finais.
EXEMPLOS:
COUTINHO, A. Simbolismo, impressionismo e modernismo. In.: ______. Introduo literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Livraria So Jos, 1959, p. 207-210. GENTILI, P. A complexidade do bvio: os significados da privatizao no campo educacional. In.: ______. A falsificao do consenso simulacro e imposio na reforma educacional do neoliberalismo. Petrpolis, RJ: Vozes, 1998. p. 72 100.
Captulo ou parte de uma obra de autores diferentes: menciona-se o sobrenome do autor, seguido do nome. O ttulo do captulo ou da parte apresentado sem destaque tipogrfico.
Utiliza-se o termo In.:, o nome do(s) autor(es) responsvel(is) ou do(s) organizador(es).
(Org.) ou editor(es) (Ed), o ttulo da obra com destaque tipogrfico negrito, local (cidade),
seguido de dois pontos, nome da editoria, ano, finalizando com o nmero de pginas.
EXEMPLOS:
ALVAREZ-URA, F. A escola e o esprito do capitalismo. In.: COSTA, M. V. Escola bsica na virada do sculo: cultura poltica e currculo. So Paulo: Cortez, 1996. p. 133 144. FRIGOTTO, G. Os delrios da razo: crise do capital e metamorfose conceitual no campo educacional. In.: GENTILI, A. H. Pedagogia da excluso: crtica ao neoliberalismo em educao. Petrpolis, RJ: Vozes, 1995. p. 77 108.
Peridicos (revistas e jornais) em partes e no todo: menciona-se o sobrenome do autor, seguido do nome. Apresenta-se o ttulo do artigo (sem destaque tipogrfico), o ttulo do
peridico (com destaque tipogrfico negrito), a cidade, o nmero do volume, o nmero do
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fascculo, a pgina inicial final, o ms e o ano. Quando constar o ano ao invs de volume,
o correto transformar ano em volume.
EXEMPLOS:
BEVILQUA, C. Unificao internacional do direito privado. Revista de Crtica Judiciria. Rio de Janeiro, v.4, n.8, p. 235 243, out. 1928. GOMES, M. T. Ser que voc um lder? Revista Voc S.A., So Paulo, Abril Cultural, n.1, p. 45 51, abr. 1998. NAVESN, P. Lagos andinos do banho de beleza. Folha de So Paulo, So Paulo, 28 jun. 1999, Folha Turismo, Caderno 8, p. 13. REVISTA BRASILEIRA DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAO. So Paulo, FEBAB, 1973 1992. COSTA JUNIOR, N.; LEAL, R.. Mercosul e a globalizao dos mercados de capitais: testes de causalidade. Revista de Administrao, So Paulo, v. 32, n. 1, p. 80-88, jan./mar. 1997.
Trabalhos acadmicos (monografias, dissertaes, teses, etc.): menciona-se o sobrenome do autor, seguido do nome. Apresenta-se somente o ttulo do trabalho com
destaque tipogrfico negrito (somente o ttulo, o subttulo no), seguido do ano e do nmero
total de pginas. Na seqncia, apresenta-se a discriminao do carter do trabalho (tese,
dissertao, monografia) e, caso tenha informaes do campo do trabalho apresentado, deve-
se inclu-lo entre parnteses (Doutorado em Economia, Mestrado em Engenharia de
Produo). Acrescenta-se um trao, seguido do nome da instituio onde foi desenvolvido o
trabalho, nome da cidade e, finalmente, repete-se o ano de publicao do trabalho.
EXEMPLOS:
ARAUJO, G. A. M. Mscaras inteirias Tukna: possibilidades de estudo de artefatos de museu para conhecimento do universo indgena. 1986. 102 f. Dissertao (Mestrado em Cincias Sociais) Fundao Escola de Sociologia e Poltica de So Paulo, So Paulo, 1985.
Enciclopdias e dicionrios: citaes de obras dessa natureza seguem a mesma ordem proposta para trabalhos acadmicos e outras.
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OBS: O item traduo, indicando a pessoa ou instituio responsvel pela traduo do
documento, considerado como dado complementar, no sendo obrigatrio aparecer nas
referncias.
EXEMPLOS:
ABBAGNANO, N. Dicionrio de filosofia. 2. ed. Trad. Alfredo Bosi. So Paulo: Martins Fontes, 1998. DICIONRIO de Economia. So Paulo: Abril Cultural, 1985.
Trabalhos apresentados em congressos, conferncias e outros: trabalhos dessa natureza devem seguir os mesmos passos de citaes de livros ou textos comuns.
EXEMPLOS:
MARTIN NETO, L; BAYER, C.; MELNICZUK, J. Alteraes qualitativas da matria orgnica e os fatores determinantes da sua estabilidade num solo podzlico vermelho-escuro em diferentes sistemas de manejo. In.: CONGRESSO BRASILEIRO DE CINCIA DO SOLO, 26., 1997, Rio de Janeiro, Resumos... Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Cincias do Solo, 1997. p. 443, ref. 6 141.
Referncias Legislativas: inicia-se pela jurisdio (ou cabealho da entidade, no caso de se tratar de normas), seguido do ttulo, numerao, e data, ementa e dados da publicao.
Quando necessrio, ao final da referncia, acrescentam-se notas relativas a outros dados para
identificar o documento.
EXEMPLOS:
BRASIL. Constituio (1988). Constituio da Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF: Senado Federal/Centro Grfico, 1988. SO PAULO. Secretaria de Estado de Sade. Comisso Interinstitucional de Sade. Resoluo n.12/89; Aprova o Programa Estadual de Sade Bucal. Dirio Oficial do Estado de So Paulo, So Paulo, 18 jan. 1989. Seo 1. p.8.
Documentos eletrnicos: aos documentos eletrnicos devem ser acrescentados o endereo eletrnico (site) e a data em que foi acessado (dia, ms e ano).
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EXEMPLOS:
SILVA, D. et al. Informtica e ensino: viso crtica dos softwares educativos e discusso sobre as bases pedaggicas adequadas ao seu desenvolvimento. Publicao eletrnica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por [email protected]. Acesso em: 12 dez. 1999. TEIXEIRA, ANSIO S. O que administrao escolar? So Paulo, 1976; Disponvel em: http://www.prossiga.br/anisioteixeira . Acesso em: 12 dez. 1999.
10.3.2 Glossrio - Lista em ordem alfabtica de palavras ou expresses tcnicas de uso
restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definies.
10.3.3 Anexos - Elemento condicionado necessidade do trabalho; deve conter todo
documento auxiliar no elaborado pelo autor, tais como: quadros, tabelas, legislao,
estatutos, regimentos, ilustraes, etc. A apresentao grfica dos anexos deve seguir a
mesma padronizao utilizada para os apndices.
10.3.4 Apndice - Elemento condicionado necessidade do trabalho e deve conter todo o
material elaborado pelo prprio autor, tais como tabelas, grficos, desenhos, mapas ou
outras figuras ilustrativas; tcnica de pesquisa utilizada (questionrios, formulrio,
entrevista, histria de vida e semelhantes); organogramas, fluxogramas ou cronogramas.
Deve-se apresentar inicialmente uma folha distinta, intitulada como APNDICE(S), com as
seguintes caractersticas: a palavra APNDICE(S) deve figurar na primeira linha da pgina,
com letras maisculas, alinhamento esquerda, recurso tipogrfico negrito, devendo fazer
parte do sumrio. Na pgina seguinte, aparecerem, na seqncia, o(s) apndices: Apndice
A: ttulo do apndice; Apndice N: o nome desse apndice, e assim por diante. As sees
do(s) Apndice(s) no devem aparecer no sumrio.
10.3.5 Citaes - Citao a meno, no texto, de uma informao colhida em outra fonte.
Pode ser uma transcrio ou parfrase, direta ou indireta, de fonte escrita ou oral
(LOUREIRO; CAMPOS, 1999, p.31).
Nas citaes que constarem no corpo do trabalho, o sobrenome dos autores
poder figurar com a primeira letra maiscula ou todas as letras minsculas. No entanto, a
forma escolhida dever ser padronizada em todo o trabalho.
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EXEMPLO:
De acordo com Lakatos e Marconi (1991, p.76), a cincia no o nico caminho de acesso ao conhecimento e verdade.
10.3.5 Citao Direta: a transcrio literal, exatamente igual ao documento consultado.
Deve-se citar o sobrenome do autor, seguido do ano da obra e do nmero da pgina. As
citaes de at trs linhas devem apresentar-se no corpo do trabalho, entre aspas, no sendo
utilizado o recurso tipogrfico itlico ou negrito. Citaes superiores a trs linhas
apresentam-se em pargrafo prprio, recuadas a 4 cm da margem esquerda, com letra menor
e com espaamento entre linhas simples (1 cm).
EXEMPLO: Um homem se humilha se castram seu sonho, seu sonho sua vida e vida trabalho e sem o seu trabalho um homem no tem honra e sem a sua honra se morre se mata. No d pra ser feliz, no d pra ser feliz, no d pra ser feliz [...] (GONZAGUINHA, 1983, p.1).
Devem ser indicadas as supresses, interpolaes, comentrios nfases ou
destaques da seguinte forma:
a) Supresses: [...]
b) Interpolaes, acrscimos ou comentrios: [ ]
c) nfase ou destaque: grifo ou negrito ou itlico.
10.3.6 Citao Indireta: o texto redigido pelo autor com base em idias de outro(s)
autor(es), que deve, contudo, traduzir fielmente o sentido do texto original.
EXEMPLOS:
A lei no pode ser vista como algo passivo e reflexivo, mas como uma fora ativa e parcialmente autnoma, a qual meditiza as vrias classes e compete aos dominantes a se inclinarem s demandas dos dominados (GENOVESE, 1974). Segundo Lima (1983), funo pode dar a idia de algo relacionado a atividade ou tarefa.
No caso de citao de obra (direta ou indireta) com dois ou mais autores, indicam-se
os sobrenomes dos mesmos, na ordem em que aparecem na publicao, separados por ponto
e vrgula se estiverem dentro de parnteses, e com a conjuno e se estiverem fora dele.
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Pode-se utilizar outros canais de informaes, como dados obtidos atravs de informao
oral (anotaes de aulas, palestras, debates, entrevistas), desde que se comprove de onde foi
obtido o material. Neste caso, deve-se acrescentar uma nota de rodap, personalizada e no
auto-numerada, na mesma pgina, ao leitor de onde conseguiu a informao.
10.3.7 Citao de Citao (apud): a meno de um trecho de um documento ao qual no
se teve acesso, mas do qual se tomou conhecimento apenas por citao em outro trabalho.
EXEMPLOS:
A Ginstica Rtmica Desportista GRD, sistematizada no incio d