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por Sergio Navega, Publicações Digitais Intelliwise Epistemologia  e  Filosofia Um filósofo em seu "laboratório"

Apostila Epistemologia

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  • por Sergio Navega, Publicaes Digitais Intelliwise

    Epistemologia e F i losofia

    Um filsofo em seu "laboratrio"

  • Epistemologia e Filosofia Publicaes Digitais Intelliwise

    Este documento foi originalmente publicado como material didtico de um dos seminrios quecompe o "Curso de Formao Crtica de Analistas do Conhecimento". Esta verso foiespecialmente formatada para ser distribuda atravs das Publicaes Digitais Intelliwise. Algunsdos tpicos desenvolvidos neste material podem ficar um pouco obscuros, j que foramoriginalmente concebidos como suporte para uma exposio oral de mais de 3 horas. Se tiverqualquer dvida, durante o Perodo de Acesso deste material voc poder fazer quantas perguntasquiser ao instrutor. Para imprimir este material, use papel em formato carta.

    2000, 2002 Sergio Navega, Intelliwise ResearchEdio original de Abril de 2000

    1a. Edio Digital em Agosto de 2002

    Nenhuma parte deste material pode ser copiada, armazenada outransmitida por quaisquer que sejam os meios sem prvia autorizaopor escrito da Intelliwise Research and Training. Voc pode imprimireste material para uso pessoal. Se quiser utilizar partes deste materialpara finalidades didticas, consulte-nos para obter permisso. O autoresforou-se para produzir um material livre de erros e defeitos. Noentanto, nem o autor nem a Intelliwise Research podero serresponsabilizados pelo uso que se fizer das informaes aqui contidas.

    Em caso de dvidas sobre alguns dos pontos deste material, voc pode contatar Sergio Navegaatravs do E-mail: [email protected]. No se esquea de citar o ttulo do slide sobre o qualvoc quer explicaes. A home page de Sergio http://www.intelliwise.com/snavega

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    Epistemologia e Fi losofiaContedo

    In t roduoConhec imento, Crenas, Just i f icao

    Alguns F i lsofos da Idade MdiaEmpi r ismo e Rac iona l ismo

    Hume, Locke, Descartes, Kant

    O Raciocn io Indut ivoE lementos Fundamenta isFormatos Tp icosCr t icas e ParadoxosDefendendo a Induo

    Fi losof ia do Sculo XXPeirce, Vygotsky, Sear le, Dennet t

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    EpistemologiaA Fi losof ia do Conhecimento

    Estudo das razes que ex is tem para supor tar ascrenas (bel ie fs) que temos

    Epis temolog ia , em um de seus sent idos, normat iva, preocupa-se em aval iar se f izemos bemou mal a cr iao de nossas crenas

    - Just i f icao e suas estruturas- Conhec imento (crenas justi f icadas verdadeiras)- Aval iao metodolgica (c incia, cet ic ismo)- Or igens

    - Sensao- Memr ia- In t rospeco- Razo

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    Um Fest ival de "ismos"

    AssociacionismoPosit iv ismo LgicoCartesianismoEliminativismo Material istaVital ismoDual ismoBehavior ismoPragmat ismoFuncional ismoObjet iv ismoMonismoInterpretivismoFenomenologismoHumanismoReal ismoEpi fenomenal ismoMaterial ismoFisical ismoOperacional ismoNihi l ismoNatural ismoReducionismoEmergent ismoEstruturalismo, etc, etc, etc

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    Noes Associadas a Conhecimento

    Conhecimento

    Certeza,DvidaCetic ismo,Falibi l ismo

    CrenaModelosMentais

    JustificaoEpistemologia da

    Justi f icao

    Evidncia,Revisabilidade

    Empir ic ismo,Fi los.Cincia

    CausaoModelos

    da Cincia

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    Origens do Conhecimento

    Fontes deConhecimento

    Percepo Memria

    Raciocnio

    Introspeco

    OutrasIntuio, etc

    MtodosFortes

    (Dedutivos)

    MtodosFracos

    (Indutivos)

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    Tipos de Conhecimento

    Tipos deConhecimento

    De Objetos

    De ConceitosDe

    Proposies

    A Priori(inatas)

    EmpiricasPercepo,

    Testemunho

    Inferncia,Abduo

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    Crena Verdadeira Just i f icada(Just i f ied True Bel ief)

    Crena Joo acredita que a neve brancaJos acredita que a neve branca

    A neve branca

    A neve branca

    Maria acredita que a neve azulada

    Crena Verdadeira ou FalsaJoana acredita que todos os polt icos sohonestos

    Crena JustificadaPode-se argumentar (baseado em outrascrenas ou em evidncias factuais) emsuporte (ou seja, acerca da validade) dacrena em questo.

    O Caso do Fundacionalismo

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    Conhecimento = Crena Verdadeira Just i f icada?

    O Caso GettierEdmund Gett ier (1927 - ), paper de 3 pginas"Is Justif ied True Belief Knowledge?"

    "S sabe que p"1) p verdadeiro2) S acredita que p3) Crena de S em p just i f icada

    A definioposta emcheque

    Isto suf ic iente para CVJ? Segunto Get t ier , no

    O Caso da Ferrari - Prof. Carla acredita que um de seus alunos tem uma Ferrari - Rodrigo vem s aulas todos os dias de Ferrari - Cludia, na realidade, proprietria de uma Ferrari - Rodrigo usa o carro de um amigo - Cludia no gosta de se exibir, vem de Fusca todos os dias

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    Objet iv ismo X Subjet iv ismo

    Objetivismo

    Os pe ixes tem cauda

    Constatao objetiva, a val idade ou falsidade da frase verif icvel independente do gosto, predisposio oucrena individual de quem observa

    Subjetivismo

    Peixe cr del ic ioso

    Subjet ivo, verdade da frase depende de quem faz aassero, seu estado de espr i to no momento, gostopessoal, etc.

    D i ferem no uso de noesInt rapessoais e In terpessoais

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    Rene Descartes(1596 - 1650)

    O pai da Fi losofia Moderna,colocou as questesepistemolgicas no centro dessadisciplina

    Discourse on the Methodof r ight ly conduct ing one's reason and reaching thetruth in the sciences

    (1637)

    Meditat ions on First Philosophy (1641)

    Principles of Philosophy (1644)

    "Cogito Ergo Sum"Je pense, donc je suis

    Penso, logo existo

    - Alertou que os sentidos (viso, audio, etc) sofrequentemente no confiveis. Solidif icou as visesceticistas, segundo a qual frequentemente prudente noconf iar cegamente naquele que nos enganou ao menos 1vez.

    - Alguns chamam-no de 'Ctico Cartesianista'

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    Racional ismo X Empir ismo

    RacionalismoDescar tes, Hobbes, Le ibn iz , Frege

    Enfatiza a importncia da razo, incluindo a intuio,minorando a inf luncia das experincias sensrias(incluindo introspeco e emoes), como fatores deobteno de conhecimento

    EmpirismoLocke, Hume, Berkeley, Stuar t Mi l l

    Enfatiza a importncia das experincias sensriascomo fonte fundamental do conhecimento humanoNada em torno de ns pode ser dito como real a noser que sua existncia possa ser inferida do quecaptamos com nossos sent idos ou em introspecoem nossos estados subjet ivos

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    JohnLocke

    (1632 - 1704)

    An Essay ConcerningHuman Understanding(1690)

    Impor tanteEmpir ic is ta Br i tnico

    A mente ao nascer como uma folha de papelem branco, todas nossas idias so derivadasda experincia (Tabula Rasa)

    Empir icista em relao origem das idias

    Racional ista em relao or igem do conhecimento

    Sem a razo temos somente nossas crenas enenhum conhecimento.

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    DavidHume

    (1711 - 1776)

    ImportanteEmpir icista Bri tnico

    A Treat ise of Human Nature

    An Enqui ry Concern ing HumanUnderstanding

    A forquilha de HumeRelaes Entre IdiasArgumentos demonstrat ivos (dedut ivos) descobertosmeramente pe lo pensamento

    3 x 5 = metade de 30Todos os cangurus so animais

    Raciocnio Emprico Sobre Assuntos factuaisProvavelmente verdadeiros causais, no podem serdemonstrados pelo s imples pensamento pois podem serfalsos

    O Sol va i nascer amanhAlguns homens sol te i ros colecionam f igur inhas

    Fogo e calor esto tradicionalmente relacionados. Calordecorre do fogo o que nos levaria indutivamente a achar quetodo o calor que sentirmos so originrios do fogo

    Importncia da Associao de Idias-> Crit icado por muitos f i lsofos-> Uma das bases dos sistemas conexionistas atuais

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    Immanue lKant

    (1724-1804)

    Cri t ique of Pure Reason (1781)Inf luenciado por Hume, Kant ident i f icaum terce i ro t ipo de conhecimento, o"sintt ico a priori"

    Analtico Sintticoverdadeiro por veracidade dependedefinio de observao

    "a priori" "a posteriori"

    no d conhecimento informa-nos sobrenovo sobre o mundo o mundo

    "Rosas so Flores" Raposas so carnvoras

    Verdade veri f icvel Verdade veri f icvelpor anlise somente por observao

    Sinttico "a priori"- necessar iamente verdadeiro- independem de observao/exper incia- fornece conhecimento genuno sobre o mundo

    7 + 5 = 12Todo evento deve ter uma causa

    Fenomeno Coisas que percebemos, omundo como aparenta para ns

    Nomeno As coisas em si mesmas, inacessveis,real idade alm das aparncias

    Sabidamenteverdadeiros, mas

    informam-nos sobreo mundo

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    Considerando o Raciocnio Indutivo

    Induo: Inferncia dopart icular para o geral

    Fazemos frequentemente predies baseadosnas regular idades que encontramos no passado.Segundo Hume, no h sustentao racionalpara isso.

    Princpio Bsico da InduoO Futuro lembrar o Passado

    Justificao Indutiva da InduoInduo tem apresentado bons resultados nopassado, portanto deve ser confivel

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    Induo Enumerat iva ou Instanc ia l1) Es te pssego tem uma cov inha em c ima2) Este out ro pssego tem uma cov inha em c ima

    A Induo Enumerat iva

    .

    .

    .

    Todos os pssegos que v i a t agora tem cov inha

    conclusoindutiva

    Todos os pssegos temcovinhas

    Essa forma de in fernc ia chamada de no-demonstrat iva, po is no garante suas conc luses (notem r igor)A inferncia demonstrativa equivalente frase acima seria:"Alguns pssegos tem covinhas em cima"

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    Induo Hipott ica (ou in ferncia da melhor explanao)

    A Induo Hipott ica

    conclusoindutiva

    Maria conclui que h umhomem escondido atrs da

    cort ina

    Essa forma de in fernc ia tambm chamada deAbduo (c f . Pe i rce) . Tambm no-demonst ra t iva.

    Mar ia est vendo as pontas de doissapatos aparecendo embaixo da cor t ina

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    Formas Seguras e Per igosasde General izar

    General izaesLegais (Lawful)

    Todos os planetas se movem emrbitas elpticas

    Vulcan um novo planeta, portanto eledeve se mover em rbita elpt ica

    General izaesAcidentais

    Todas as moedas em meu bolso sode prata

    Se eu colocar esta moeda de 10centavos em meu bolso, ela ser deprata

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    Demonstrat ivos-> No podem demonstraruniformidade da natureza, pois no huniformidade

    Possibi l ist ico-> Tambm no pode, poispressupe uniformidade, seria raciocniocircular

    Teor ia Cient f ica como dinhei ro no bancovoc sabe que est l , mas. . .

    Falibilismo (Peirce e depois Popper)Nossa inabil idade em atingir a verdadefinal e definit iva em questes tericasacerca das cincias naturais. As teoriaspodem a qualquer momento tornarem-sefalsas, elas esto sempre vulnerveis.

    O Futuro Seguindo o Passado?

    Natureza tem diversas regularidades,coisas que ocorreram frequentemente nopassado e que parecem tender a ocorrer

    no futuro. A questo se isso suficientemente r igoroso para fundamentar

    raciocnios rigorosos.

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    Outras Inferncias No-Demonstrat ivas

    Alberto planeja viajar ao Rio amanh. Joana infere queamanh Alberto estar no Rio.

    No h demonstrat ividade nessa inferncia

    Alberto pode ser atropelado, pode perder o vo, podeter o avio sequestrado, pode decidir no ir na lt imahora, etc.

    As indues hipott icas e as demais no-demonstrat ivas(excludas as enumerat ivas) tem evidncias que podemsugerir diversas hipteses. Escolhe-se em geral a maissimples, muitas vezes respeitando o princpio de Ockham

    Joo pode concluir que todos os pssegos tem covinhasbaseado nas evidncias que v, embora Alberto possaestar cavando as covinhas antes de Joo examinar ospssegos. Mas esta hiptese no parece ter evidnciaspara suport-la e mais complexa do que a primeira.Induo tambm problemtica porque a hiptese de que Albertoesteja cavando as covinhas nos pssegos suportada pelasevidncias de pssegos com covinhas!

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    O Paradoxo dos Corvos

    Carl Gustav Hempel (1905- )Empir icista Lgico

    O Problema

    Todas as instncias de no-corvos no-pretosque encontrarmos servem para conf irmar nossa

    hiptese

    Evidncias que conf irmem uma hiptese h tambmconfirmam todas as hipteses h' que sejam logicamenteequivalentes a h .

    Todos os Corvos So PretosConfirmada por (ganha fora com) todos oscorvos pretos que encontramos. Entretanto,

    A BAB

    A B~ B~ A

    Observaes de guardanaposbrancos so confirmaes de

    corvos pretos!

    Problema Indutivo

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    Abduo Tambm Problemt ica

    Quando uma pessoa caminha na areia dapraia, ela deixa pegadas

    Estou vendo agora pegadas na areia destapraia

    Uma pessoa caminhou por esta praia

    Abduo

    Quando uma vaca caminha pela praia usandobotas, ela deixa pegadas na areia

    Estou vendo agora diversas pegadas na areiadesta praia

    Uma vaca usando botas andourecentemente nesta praia

    Abduo

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    Outro Ataque Induo

    Nelson Goodman (1906 - )"nova charada indut iva"

    Todas as esmeraldas que examinei at hoje foram verdesTodas as esmeraldas que examinei foram Verduis

    Portanto, todas as esmeraldas so verduis!

    t1 Janeiro 2001

    verde azul

    Verdul(grue)

    Verde antes de tAzul aps t

    Mas a part ir de 1o. Janeiro 2001 asesmeraldas no sero azuis, portanto

    no sero verduis!

    Goodman tenta salvar induo introduzindo o conceito de"entrenchment", o uso frequente das premissas emquesto em outras indues bem sucedidas (conceito daprojetibi l idade)

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    A Conjectura de Goldbach (1742)

    Christ ian Goldbach (1690 - 1764)

    Nmeros Pr imos2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, . . .

    ConjecturaQualquer nmero inteiro par maior do que 2 a

    soma de dois nmeros pr imos

    4 = 2 + 28 = 5 + 316 = 5 + 1120 = 13 + 724 = 19 + 5

    Ningum conseguiu provaressa conjectura.Indutivamente ela razovel, mas pode serfalsa!

    .

    .

    .

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    Inferncia VlidaA Induo Matemt ica

    Induo Matemtica no deve serconfundida com a induo "f i losfica". A

    primeira um mtodo vl ido(demonstrat ivo), com fora dedutiva

    1) Verif icar que vlido para o caso inicial (1)2) Supor que vl ido para um nmero p3) Provar que, se vale para p, tambm vale para (p+1)

    i = 1

    n

    i = 1 + 2 + 3 + . . . + n =n (n + 1)

    2

    i = 1

    p + 1i =

    p (p + 1)2

    + (p + 1) = p (p + 1)2

    +2 (p + 1)

    2=

    =

    (p + 1) (p + 2)2

    =

    q (q + 1)2

    q = p + 1 Q E DQuod Erat DemonstrandumQue era a ser demonstrado

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    Em Defesa da Induo

    Hans Reichenbach (1891-1953)Auto-definido como um "Empir icista Lgico"Prope uma defesa pragmtica

    Induo no como uma forma de inferncia, massim como um mtodo para obteno depossibi l idades, como uma aposta fei ta por um"jogador"

    Interpretao frequentista (probabilstica) daregularidade de ocorrncia dos eventos

    Chegada de novas evidncias reorganiza(corrige) as "apostas" iniciaisAposta Principal:Se h alguma concluso vl ida a ser obtida apart ir de sequncias de evidncias, ento omtodo indutivo conseguir eventualmente ach-las. Isto s no funcionaria caso no haja umponto para o qual as probabil idades observadastendam a convergir

    Induo ser bem sucedida se osucesso for possvel

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    Crt icas a Reichenbach

    H inmeros outros mtodos que podem dar amesma garantia do indutivo, ou seja, bonsresultados no longo prazo (convergncia)

    A garantia de convergncia dada apenas parao longo prazo (tempo arbitrariamente longo) eno para o curto prazo, onde pode haverdiscrepncias poderosas

    Reichenbach nada diz sobre as questeslevantadas por Hume (que a induo nada diz ans sobre porque devemos acreditar em suasconcluses)

    Mtodos probabil st icos (bayesianos,principalmente) esto em franca evoluo hoje

    Formao de conceitos e categorias baseadafortemente em mtodos indut ivos

    Sistemas conexionistas (redes neurais) usamextensivamente as idias inducionistas

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    Char les SandersPeirce

    (1839-1914)

    Or ig inador do Pragmat ismo

    Princ ipal f igura da Semit ica

    conesSemelhana com objetos representadosndice: Um cone que depende do objetorepresentado no fundamentalmente devidoa uma relao de simi lar idade, mas devidoa alguma associao arbitrr ia

    Signos NaturaisNuvens acinzentadas signif icam chuva

    Signos ConvencionaisLuz verde no semforo signif ica siga

    SmbolosSubsti tuem o referente em um contexto qualquer

    Semit ica se ocupa deSintaxe, Semnt ica e Pragmt ica

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    Alfred JulesAyer

    (1910-1989)Language, Truth and Logic (1936)The Problem of Knowledge (1956)Positivista Lgico

    Princpio Ver i f icador

    O signif icado de uma frase o seu mtodo de veri f icao

    sentena tem sentena sentido empir icamente

    verificvelSentenas veri f icadas ou falsi f icadas pelo mesmo conjunto deobservaes so empiricamente equivalentes e tem o mesmosignif icado

    Verif icacionismo um critrio paraapurar se algo tem sentido ou no, na

    concepo dos lgicos posit ivistas

    Karl Popper, inicialmente part idrio, revisou profundamente osconceitos lgico-posit ivistas

    => Verif icveis empiricamente => Analt icos (por definio)Concei tos re l ig iosos ou metaf s icos (como aexistncia de Deus ou no) so sem sent ido,porque no se encaixam em nenhuma dessascategor ias

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    Lev Semenov ichVygotsky(1896-1934)

    "Thought and Language"

    A const ruo soc ia l dal inguagem e da mente

    Impor tnc ia da cu l tura no desenvolv imentops ico lg ico; desenvolv imento no pode servisto fora de seu contexto social

    Funes cogni t ivas e levadas soimpor tantemente in f luenc iadas pe la l inguageme por outras fontes externas de representao

    Internal izao de at i tudes socia is;in ternal izao de fer ramentas menta isprovenientes do ambiente

    Mediao: uso de s ignos ou s mbolos noprocessamento menta l

    Logo aps sua morte, o regime deStal in baniu seus textos pormuitos anos

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    John R.Searle

    (1932 -

    F i lsofo daMente, Univers i ty

    of Cal i fornia atBerke ley

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    O Argumento do Quarto Chins

    - Como Func iona

    - Concluso de Sear le

    - Sear le Rebate Cr t icas- Systems Reply : O Todo Entende Decorar o code-book

    - Robot Reply : Cmeras e Microfones Manipulao de b i tmaps e cdigos sonoros

    - Bra in Simulator Reply: Simular neurnios Mecanismo hidrul ico de vlvulas e tubos

    A v iso equivocada de in tens ional idadequando se observa s is temas complexos

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    Jerry Fodor

    Modular idade da Mente

    LOT (Language o f Thought )

    Uni r F i losof ia da Mente comCincia Cogni t iva

    Zenon Pylyshyn

    Teor ia Proposic ional paraViso

    "Syntact ic Structures"

    Gramt ica Universa l

    rgos de L inguagem

    N o a m C h o m s k y

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    Daniel C. Dennett(1942 - )

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    Criaturas Darwinianas

    Diversas espciessubmetem-se ao

    ambiente

    Sobrevivem apenasas que conseguem

    se adequar sexigncias

    As espciessobreviventes se

    mult ipl icam

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    Criaturas Skinnerianas

    Criatura exibediversas reaesaos estmulos do

    ambiente

    reforado ocomportamento

    mais adequado, osoutros soatenuados

    Prximas si tuaesso enfrentadas

    pela criatura comcomportamentomais adequado

    (reforado)

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    Criaturas Popperianas

    Criatura simula oseu ambiente em

    sua mente,executando testes

    nesse ambientevirtual

    Criatura usa oresultado de suasimulao paraaumentar suas

    chances de acertono ambiente

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    Criaturas Gregorianas

    As Cr ia turas Gregor ianas impor tam domeio ambiente fer ramentas cu l tura is e

    tcnicas para auxi l iar em suas imulao do ambiente. Desta forma,

    enr iquecem seus processos des imu lao, aumentando as

    opor tun idades de sucesso eminteraes com o ambiente.

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    Referncias

    Brown, Stuart; Collinson, Dian; Wilkinson, Robert (1998) One Hundred Twentieth-CenturyPhilosophers. Routledge.

    Dancy, Jonathan; Sosa, Ernest (editors) (1997) A Companion to Epistemology. BlackwellPublishers Ltd.

    Dennett, Daniel C. (1996) Kinds of Minds. BasicBooks, Harper Collins Publishers, Inc

    Dennett, Daniel C. (1995) Darwins Dangerous Idea. Touchstone Book, Simon & Schuster

    Fodor, Jerry A. (1983) The Modularity of Mind. Bradford Book (1996)

    Fodor, Jerry A. (1975) The Language of Thought. Harvard University Press.

    Gullberg, Jan (1997) Mathematics From the Birth of Numbers. W. W. Norton & Company.

    Honderich, Ted (editor) (1995) The Oxford Companion to Philosophy. Oxford University Press.

    Japiass, Hilton; Marcondes, Danilo (1996) Dicionrio Bsico de Filosofia. Jorge Zahar Editor.

    Peirce, Charles Sanders. Semitica. Editora Perspectiva (1995) The Collected Papers of CharlesSanders Peirce

    Searle, John (1980) Minds, Brains and Programs. In Haugeland, John (editor) (1997) MindDesignII, MIT Press

    Teixeira, Joo de Fernandes (1998) Mentes e Mquinas. Editora Artes Mdicas

    Warburton, Nigel (1998) Philosophy, The Classics. Routledge.