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FORMAÇÃO DE CUSTO E PREÇO DE VENDA Instrutor: Renato Antônio Pitz Outubro de 2008

Apostila Custo renato pitz - confecções

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FORMAÇÃO DE CUSTOE PREÇO DE VENDA

Instrutor: Renato Antônio Pitz

Outubro de 2008

Pitz Consultoria Empresarial e Treinamento

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO................................................................................................03

2. INPORTÂNCIA DAS INFORMAÇÕES DE CUSTO NA EMPRESA...............03CONCEITO DE CUSTO........................................................................................03OBJETIVO DE CONHECER SEUS CUSTOS......................................................04IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO SOBRE CUSTO....................................04CONSEQUÊNCIA DA AUSÊNCIA DE INFORMAÇÃO DE CUSTO...................04

3. SISTEMA DE CUSTO.....................................................................................05ANÁLISE DOS CUSTOS......................................................................................06OBJETIVOS..........................................................................................................07ESTRATÉGIA DE CUSTOS NO MERCADO.......................................................07

4. DEFINIÇÕES...................................................................................................07

5. MODELO COMPACTO DE CÁLCULO DO CUSTO PARA MICRO EMPRESAS DE CONFECÇÃO......................................................................09

6. ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO EMPRESARIAL.....................................26SISTEMA DE INFORMAÇÃO E PERÍODO ORÇAMENTÁRIO...........................27ORÇAMENTO DE RESULTADO E ORÇAMENTO DE VENDAS.......................27ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO.....................................................................28ORÇAMENTO DE CAIXA....................................................................................29IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DO ORÇAMENTO...............................................29

7. ESTRUTURA GERENCIAL DE RESULTADOS.............................................30

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1. INTRODUÇÃO

O mercado atual do vestuário, em face às conseqüências do plano de estabilização econômica, se tornou auto-seletivo, seja pela acomodação dos preços dos produtos, ou seja, pela modernização dos processos das empresas concorrentes. Esse cenário incitou a redução da lucratividade obtida pela maioria das empresas do setor de confecção.

A mudança nos hábitos de consumo vem deslocando, cada vez mais, a estratégia de fabricação das empresas na direção do trinômio: redução dos custos, aumento da produtividade e melhoria da qualidade.

Diante desse cenário, a empresa necessita aprimorar seus processos de forma a integrar suas competências, tornando o sistema mais dinâmico e flexível. O sistema de contabilidade de custo se torna uma ferramenta imprescindível nesse cenário.

A gestão estratégica dos custos, basicamente, consiste no planejamento e controle das despesas, custos e resultados financeiros do processo produtivo, definindo a capacidade produtiva e os recursos necessários, com o objetivo de atingir os padrões de competitividade definidos pelas exigências do mercado.

Pesquisa realizada no setor, por técnicos que prestam consultoria nas empresas através do CETIQT em todo território nacional, mostra que boa parte das confecções de micro e pequeno porte, fixam seus preços com base no mercado, isto é, não tem por hábito calcular corretamente seus custos ou desconhecem método de custeio que possa chegar ao preço final do produto de maneira científica. Em outros casos também o preço final é determinado pelo custo do tecido (consumo unitário de tecido) que é multiplicado por um número chamado mark-up, um multiplicador que normalmente tem sua procedência desconhecida.

O preço de venda deve ser determinado em função do custo industrial. O preço de venda não pode ser baseado, unicamente em pesquisa de mercado, antes de estabelecer este preço é necessário que saibamos o preço real estabelecido pelo custeio da empresa. Às vezes, o concorrente vende a preço de custo para atender seus compromissos inadiáveis de curto prazo. Outras vezes, por erro no cálculo, vende com prejuízo ou ainda se o cálculo estiver perfeito vende mais baixo do que a cotação da praça por que dispõe de melhores condições de organização, de técnica ou de processo.

2. IMPORTÂNCIA DAS INFORMAÇÕES DE CUSTO NA EMPRESA

CONCEITO DE CUSTO

Existem vários conceitos sobre custo. Procuramos, dentro dessa grande gama de conceitos, algumas definições de fácil compreensão e entendimento que sintetizam a essência e a importância do assunto:

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Custo é o valor expresso em moeda corrente (R$) de atividades e materiais efetivamente consumidos e aplicados na fabricação e comercialização de produtos;

Custo é a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais consumidos na fabricação e comercialização de determinado produto;

Custo é um preço pelo qual se obtém um bem.

OBJETIVOS DE CONHECER SEUS CUSTOS

O principal objetivo de conhecer e dominar o custo é aumentar a competitividade da empresa através de uma metodologia que determine os custos dos itens comercializados, sua rentabilidade e sua viabilidade comercial e econômica.

IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO SOBRE CUSTO

A competitividade provocada pela concorrência e a busca de crescimento sustentado, provocaram nas empresas a grande corrida para o desenvolvimento e gerenciamento dos custos dos seus itens, acentuando cada vez mais a importância de acompanhar sua evolução, seus respectivos preços de vendas, servindo de orientação nas decisões de permanência ou não destes itens, no rol dos produtos comercializados.

CONSEQÜÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE INFORMAÇÕES DE CUSTO

Graves são as conseqüências para a empresa da ausência de informação sobre seus custos. Dentre elas podemos enumerar:

1. Desconhecimento do lucro por produtos fabricados: Venda de produtos que podem não estar gerando o lucro

necessário; Má aplicação do capital de giro através da fabricação, para

estoque, de produto pouco rentável; Esforço de venda não orientado para a venda de produtos mais

lucrativos.2. Desconhecimento dos custos das atividades da empresa:

Dificuldade da empresa em incentivar ou fixar ações para redução de custos.

3. Menor lucro;4. Menor rentabilidade;5. Ameaça as suas estabilidades econômicas, financeiras e ao

crescimento da empresa.

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3. SITEMA DE CUSTOS

O sistema de custos em uma empresa é fundamental na determinação do nível de competitividade no mercado, pois é responsável em controlar a capacidade financeira diante da dinâmica da relação do trinômio custo - preço - valor agregado.

Os custos definem a eficiência dos recursos que a empresa possui para alcançar a lucratividade através do valor agregado ao produto sob o ponto de vista do cliente, que pode ser maior ou menor que o preço técnico (custos+lucro).

O valor agregado é incrementado nas etapas de criação e desenvolvimento do produto e estabelecido no processo de transformação da matéria-prima em produto final.

Representação básica de um sistema de custos na empresa:

Figura 01

Observando a figura 01, conclui-se que o lucro não faz parte do processo de transformação, ou seja, o sistema pode funcionar sem sua existência. Por conseguinte, a lucratividade da empresa deve ser conseqüência de um rendimento eficaz entre o valor agregado ao produto e as despesas necessárias para o processo funcionar. Outro detalhe importante a ressaltar é que o capital de giro significa a prioridade para manter o processo de transformação funcionando.

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O valor agregado ao produto é composto pelos custos que são embutidos no produto e outros valores adicionais como criatividade, inovação, credibilidade, imagem da marca, garantias e vantagens oferecidas aos clientes, que proporcionam ganho de mercado e fortalecimento da marca do produto.

3.1 ANÁLISE DOS CUSTOS

A análise dos custos sob o enfoque do sistema global da empresa é fundamental na avaliação do desempenho dos processos, visto que a lucratividade, além do valor agregado no momento da criação e projeto do produto, depende da otimização na utilização dos recursos desde o pedido do cliente até o resultado final do uso do produto. Os cinco pontos principais que influenciam a dinâmica dos custos na empresa são:

1. Análise e controle das despesas gerais;2. Administração e controle dos materiais diretos e indiretos;3. Índice de produtividade do processo produtivo;4. Cálculo do custo industrial (custo do material direto+custo da

produção) dos produtos;5. Relação valor agregado por custos do processo de transformação.

O cálculo preciso do custo industrial possibilita avaliação do desempenho da empresa quanto aos resultados e tendências das vendas, pois determina o lucro real em função do preço de venda dos produtos. Com os dados de custos e um sistema de cálculo do preço apurado, a empresa pode negociar com o cliente de forma consciente, avaliando a viabilidade do pedido, bem como o impacto no planejamento das vendas.

I. A Fórmula Básica Tradicional de Custo é:

PREÇO DE VENDA=CUSTO INDUSTRIAL+CUSTO COMERCIAL+LUCRO

O preço do produto é determinado, matematicamente, pela soma das despesas e a margem de lucro desejada pela empresa, ou seja, condição ideal. Entretanto, com exceção de alguns produtos diferenciados, o mercado é que geralmente define a faixa de preço viável que a empresa pode praticar.

II. A Fórmula de Mercado é:

LUCRO REAL=PREÇO DE MERCADO-CUSTO INDUSTRIAL-CUSTO COMERCIAL

O preço é determinado pelo mercado, onde a empresa deverá praticar esse preço e o lucro real dependerá dos custos industriais e financeiros. O mercado comanda o resultado da empresa.

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III. A Fórmula Estratégica da Empresa Deve Ser:

CUSTO INDUSTRIAL=PREÇO DE MERCADO-CUSTO COMERCIAL-LUCRO

O preço continua sendo determinado pelo mercado, mas a empresa decide manter o nível de lucratividade planejada e atua na otimização de seus custos com um trabalho de racionalização e agregação de valor ao produto.

3.2 OBJETIVOS

Controle e análise dos custos em função dos requisitos do mercado;

Auxílio na otimização dos recursos e redução das despesas; Ferramenta fundamental na negociação com os clientes; Determinação precisa dos custos unitários e preços dos produtos; Apoio na estratégia de preços no mercado diante da concorrência; Visualização e análise de cada tipo de custo, em relação ao peso e

importância em cada etapa do processo de fabricação.

3.3 ESTRATÉGIA DE CUSTO NO MERCADO

REQUISITOS FATOR DE COMPETITIVIDADEDIFERENCIAÇÃO DO

PRODUTOPREÇO

Criação e Desenvolvimento do produto Decisivo ImportanteProdutividade na produção Importante Decisivo

Preço da concorrência Pouco importante Muito importanteTecnologia de equipamentos Importante Muito importanteSistema flexível de produção Importante Decisivo

Marketing Muito importante ImportanteOtimização dos recursos Importante Muito importante

Lançamento de novos produtos Decisivo ImportanteImagem da marca Decisivo ImportanteConteúdo de moda Muito importante Importante

Diversificação Importante Importante

4. DEFINIÇÕES

Contabilidade de custoÉ o setor da empresa que gerencia o sistema de custos, analisando o

nível de desempenho do processo de fabricação e comercialização, no qual tange aos elementos de custo que determinam o resultado financeiro diante do mercado.

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Custo em uma empresa de bens de consumoÉ todo investimento aplicado no processo de transformação da matéria-

prima em produto final, com o principal objetivo de alcançar um ganho do capital investido (lucro) em conseqüência do valor agregado ao produto.

Capital de giroÉ o capital necessário para a manutenção dos ciclos operacionais do

processo de fabricação da empresa. O objetivo da empresa em relação ao capital de giro é manter o giro de fabricação sem sacrificar sua lucratividade.

Preço TécnicoPreço do produto calculado através de uma metodologia de custos que

considera todas as despesas industriais e comerciais da empresa na fabricação e comercialização do produto. O preço técnico inclui a margem de lucro desejada com base no desempenho financeiro e no rendimento dos custos, segundo a produtividade dos processos e a otimização dos recursos.

Preço de mercadoÉ a faixa de preço estabelecida pelo mercado, que varia com o tipo de

produto, com as coleções e estações durante o ano, o comportamento da concorrência, a utilização da economia, etc.

O preço de mercado é determinado pelo comportamento comercial & valor agregado ao produto sob o ponto de vista do cliente, ou seja, o valor que o cliente está disposto a pagar pela função do produto.

Valor agregadoÉ o valor incorporado ao produto em todas as fases dos processos de

fabricação e comercialização. O valor agregado é basicamente composto pela tradução da imagem da marca, pelo valor da criatividade e inovação contido no produto e pelos custos convertidos em valor na transformação do produto durante o processo.

Margem de lucroO lucro corresponde ao retorno financeiro do investimento realizado na

empresa para fabricar e comercializar os produtos.

InvestimentoTodo sacrifício financeiro que beneficiará exercícios e resultados

operacionais futuros, seja como resultado na lucratividade ou imagem da marca.

Custo fixoTodo custo ou despesa que permanece inalterado em função do

comportamento do volume de produção, dentro de um certo período de tempo. Exemplos: aluguel de instalações industriais.

Custo de mão-de-obra diretaCustos relacionados ao pessoal que trabalha em atividades

administrativas e gerenciais de apoio e suporte ao processo produtivo.

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RateioRepresenta a alocação de custos indiretos aos produtos na fabricação,

segundo critérios racionais.

Centro de custoÉ a determinação dos custos subdivididos em áreas, departamentos ou

setores com objetivo de controlar o comportamento das despesas em cada centro de acordo com índices ou limites estabelecidos pela gerência, no sentido de manter uma uniformidade no sistema de custo da empresa.

Margem de contribuição de um produtoÉ o preço de venda de um produto menos todo o gasto variável.

Determina o quanto cada produto contribui para a absorção dos custos fixos da empresa.

Margem de contribuição - preço de venda – custo variável unitário

5. MODELO COMPACTO DE CÁLCULO DE CUSTO PARA MICRO E PEQUENA EMPRESA DE CONFECÇÃO

Estrutura básica:CUSTO INDUSTRIAL CUSTO COMERCIAL

CUSTOS DE MATERIAIS DIRETOS

CUSTO DE PRODUÇÃO

CUSTO FINANCEIRO (%)

MARGEM DE LUCRO

- Tecido- Aviamentos- Acessórios- Embalagem- Silk- Bordado- Lavanderia- Etc

Custo/min X Tempo padrão da

peça

- ICMS- PIS- Cofins- Contribuição Social- Comissão- Impostos de renda- Juros

- Simples

% ESPERADO

PREÇO DE VENDA

Obs: Todas as despesas consideradas no cálculo dos custos têm como referência o momento da venda, ou seja, tudo ocorre teoricamente como fosse possível calcular o preço de venda do produto na hora da entrega do mesmo ao cliente. Geralmente, utiliza-se a base mensal no cálculo dos custos e preço de venda dos produtos.

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Despesas geraisTodas as despesas necessárias ao processo de transformação da

matéria-prima em produto final, com exceção dos materiais diretos.

Capacidade máxima real mensal (minutos)É a capacidade de produção da empresa, em minutos, baseada no setor

de costura, considerando apenas as costureiras que realizam operações em máquinas, pois se constituem os gargalos da fábrica que define a capacidade real de fabricação da empresa. Os outros setores não devem comprometer o setor de costura que realiza a montagem dos produtos.

Capacidade real = Nºcostureiras x min. Trabalhados/dia x dias/mês x x% produtividade 100

Custo por minutoCusto relativo a cada minuto do processo produtivo, este custo é de vital

importância para a análise de racionalização dos custos.

CUSTO/MINUTO = DESPESAS GERAIS CAP.MÁX. (MIN)

Tempo padrão da peçaSomatório dos tempos padrões, em minutos, das operações executadas

apenas pelas costureiras do setor de produção. Para efeito de precisão e simplificação do cálculo, consideram-se as operações de máquina de costura devido à facilidade da determinação dos tempos.

O setor de costura é o referencial de capacidade da empresa, ou seja, o que é produzido neste setor deve ser expedido sem ocorrência de gargalos nos próximos setores.

Custo de produçãoO custo de produção é relativo ao custo do tempo necessário para

transformação do produto através do processo produtivo, é calculado multiplicando o custo de um minuto operacional pelo tempo padrão.

CUSTO DE PRODUÇÃO = CUSTO/MIN X TEMPO PADRÃO

Custo IndustrialSomando-se o custo de produção aos custos de material direto, teremos

um custo sujeito a lucro, pois o preço formado no mercado deverá cobrir esse custo e mais despesas financeiras que incidem sobre o preço de venda.

CUSTO INDUSTRIAL = CUSTO DE MATERIAIS + CUSTO DE PRODUÇÃO

Custo comercialSão os custos necessários para comercialização do produto que incidem

percentualmente sobre o faturamento, ou seja, torna-se despesa quando o produto é

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vendido. Tudo que é despesa ou ganho de capital na operação de venda é custo comercial.

Custo financeiroSão as despesas relativas ao procedimento de comercialização que inclui

os impostos e tributos que incidem sobre o faturamento.

CUSTO COMERCIAL = CUSTO FINANCEIRO + LUCRO

Fórmula do Preço de Venda

Preço de Venda (R$)= Custo Industrial (R$) + Custo Financeiro (%) + Lucro (%)

1) Representando a equação em percentual:100% = %CI + %CF + %L

2) Colocando o custo industrial em evidência:%CI = 100% - (%CF + %L)

Aplicando regra de três:PV (R$)-----------------------------100%CI (R$)------------------------------100 – (%CF + %L)]

PREÇO DE VENDA = CUSTO INDUSTRIAL X 100________ 100 – (%CUSTO FINANCEIRO + % LUCRO)

Preço de venda com a incidência do lucro apenas sobre o capital de giro

Cálculo do preço de venda, considerando a margem de lucro incidindo apenas sobre o capital de giro ou custo industrial. Esse é considerado o método de cálculo correto de acordo com o conceito de sistema de custo. A fórmula anterior estabelece a incidência do percentual de lucro sobre o custo total do produto, ou seja, incluindo o custo financeiro que deve ser tratado como uma despesa cobrada pelo cliente a título de repasse, pois a empresa não utiliza no processo de transformação do produto.

PREÇO DE VENDA = (CUSTO INDUSTRIAL + %LUCRO) X 100 100 - (%CUSTO FINANCEIRO)

DISCRIMINAÇÃO DOS PRINCIPAIS CUSTOS

Custo industrial ou fabricaçãoPara começar a calcular os custos de uma confecção é necessário que

saibamos diferenciar os setores e classificar cada funcionário de acordo com sua

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finalidade produtiva. Vejamos como classificar os componentes do custo de fabricação de um produto e seus custos mensais, até o cálculo do preço de venda.

Custo industrialConsidera todas as despesas realizadas com os processos produtivos

Mão-de-obra direta; Mão-de-obra indireta; Custos indiretos de fabricação Material direto.

Levantamento dos custos totaisPara o cálculo do custo e preço de venda é necessário apurar os custos

mensais de mão-de-obra direta, indireta e custos indiretos de fabricação. Estes custos são normalmente computados a cada final de período pela contabilidade, que será nossa principal fonte de consulta. Os documentos para este levantamento são:

Custo de mão-de-obra direta, indireta e encargos sociais fornecidos pelo departamento de pessoal, através da folha de pagamento;

Custos indiretos através do plano de conta fornecido pela contabilidade.

Levantamento dos custos de mão-de-obra indiretaPodemos considerar como mão-de-obra indireta todo funcionário que não

contribui diretamente na transformação do produto, mas contribui para que o processo produtivo flua de maneira eficiente. Para um melhor entendimento, a mão-de-obra indireta pode ser classificada como indireta produtiva e indireta administrativa.

Mão-de-obra indireta produtivaMão-de-obra que contribui indiretamente para o processo produtivo como:

Gerente de produção; Supervisor; Mecânico; Modelista; Estoquista; Etc.

Mão-de-obra indireta administrativaMão-de-obra que contribui indiretamente ao processo produtivo como:

Vigia; Servente; Recepcionista; Chefe de pessoal; Auxiliar de escritório; etc

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Salário baseDeve ser considerado efetivamente o salário pago em carteira sem a incidência

dos encargos sociais. Para facilitar o entendimento usaremos como exemplo o cortador, pois nos outros funcionários utilizaremos o mesmo raciocínio de cálculo.

Função Salário Base R$Cortador 580,00

Encargos SociaisNesta coluna será calculada a incidência de encargos sobre mão-de-obra

direta, como exemplo utilizado abaixo:

Função Salário Base R$ Encargos Sociais R$Cortador 580,00

Levantamentos dos custos indiretos de fabricaçãoCustos indiretos de fabricação compreendem todas as despesas com as

operações do processo produtivo, exceto a matéria-prima e a mão-de-obra direta. São valores de serviços prestados por outras empresas tais como: empresas de transporte, fornecedores de luz, empresas de seguros e bancos, bem como os materiais, óleo de máquinas e peças de reposição, etc.

Despesas Itens relativos Custo totalAluguel do prédio Aluguel mensal 500,00Depreciação Máquinas e equipamentos 296,67Impostos e taxas IPTU, taxa de condomínio, água, gás

canalizado, taxa para recolhimento de lixo, etc130,00

Comunicação Telefone, correio, fax, etc 150,00Material de limpeza e higiene Papel higiênico, sabonete, desinfetante,etc 100,00Material de escritório Impressoras, caneta, lápis, folha para fax, folha

para computador, etc100,00

Seguros diversos Seguro do veículo, do prédio, seguro contra incêndio, etc

80,00

Manutenção Óleo para máquina, agulha, peça de reposição, etc

150,00

Alimentação Café, pão, leite, açúcar, ticket refeição, etc 400,00Pró-labore Retirada por sócio 400,00Energia Luz 250,00Honorário de terceiro Contador, mecânico externo, consultores, etc 400,00Frete de compra Compra de tecidos, aviamentos, etc 200,00Administração das vendas Confecção de amostras, cartela de cores,

participação em férias, desfiles, contrato de profissionais, propaganda, etc

400,00

Diversos Contas extraordinárias que não se enquadram no plano de conta acima

450,00

Sub total 4006,67

DepreciaçãoRepresenta a perda do valor do bem em função do desgaste de

utilização. O cálculo de depreciação pode ser visto sobre dois aspectos:

Depreciação para efeito contábil;__________________________________________________________________________________________

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Depreciação financeira ideal.

Obs: A empresa deve possuir um fundo de reserva para depositar o retorno do custo de depreciação, visando a reposição do equipamento.

Cálculo de depreciação para efeito contábilNo quadro abaixo são relacionados apenas os itens mais comuns

utilizados no cálculo do custo industrial, onde teremos a vida útil da máquina em função da utilização, a taxa anual e a taxa mensal que será computada pois o levantamento de custo é de base mensal.

Exemplo:Máquinas e equipamentos – Overloque de 3 fiosVida útil (valor pré-determinado) = 10 anos de utilização

Taxa anual: 100% = 10% a cada ano 10

Taxa mensal: 10% = 0,83 12 meses

Preço da compra máquina = R$ 1.500,00Custo de depreciação mensal de 1 máquina = R$1500,00x0,83 = R$12,45 100Custo mensal = quantidade de máquinas na empresa x custo por máquinaCusto por máquina = 6 x R$ 12,45 = R$ 74,70

Quadro de depreciaçãoItem depreciado Vida útil Taxa anual % Taxa mensal %

Máquinas e equipamentos

10 anos 10% 0,83%

Móveis e utensílios 10 anos 10% 0,83%Prédios e galpões 20 anos 5% 0,42%Veículos 5 anos 20% 1,67%Computadores 2 anos 50% 4,17%Instalações 5 anos 20% 1,67%

ExemploItem depreciado Valor atual Taxa

DeprecValor Deprec.Unit. mensal

Quantidade Valor deprec. Total mensal

Overloque 3 fios 1.500,00 0.0083 12,45 9 112,5Reta 1 agulha 800,00 0.0083 6,64 9 60,00Colarete 2.300,00 0.0083 19,09 3 57,50Caseadeira 3.500,00 0.0083 29,05 1 29,17Botoneira 4.500,00 0.0083 37,35 1 37,50

Total 23 296,67

Distribuição dos custos totais para o produto

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Após levantamento dos custos totais, mão-de-obra direta, mão-de-obra indireta e custos indiretos de fabricação, serão somados para distribuição aos produtos, para determinar o custo unitário de fabricação. As formas de distribuição mais utilizadas são:

Rateio sobre o valor da mão-de-obra direta; Rateio sobre o valor da matéria-prima; Valor por unidade produzida; Custo por minuto.

Custo total

(Exemplo)Mão-de-obra direta 17.381,69Mão-de-obra indireta 14.293,02Custos indiretos 4.006,67

Total 35.681,38

Dados técnicos

(Exemplo)Operadoras diretas 31Jornada de trabalho 528Dias úteis 21Produtividade 80%Minutos disponíveis 274982,40Custo por minuto 0,1297

Na “CLT” é considerada a jornada de trabalho em confecções industriais de 44 horas semanais, normalmente é utilizada a seguinte distribuição:

Semana de segunda a sexta-feiraHoras por dia = 44/5 = 8.8 horasMinutos por dia = 8.8 x 60 = 528 minutos

Dias úteisConsidera-se neste item os dias úteis trabalhados, no exemplo da planilha

é igual a 21 dias.

Minutos disponíveisSão os minutos mensais disponíveis para as atividades produtivas do

processo, estes minutos são calculados da seguinte forma:

Número de operadoras diretas =31

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Jornada de trabalho diária (minutos) = 528Dias úteis = 21Produtividade = 80%Minutos disponíveis = 31x528x21x80%= 274982,40 minutos/mês

Até aqui foi determinado o custo por minuto que será agregado a planilha individual de preço de venda que veremos a seguir, pois para cada modelo fabricado na confecção do vestuário tem diferenças entre eles no material direto utilizado, e no tempo de fabricação do processo produtivo.

Planilha Individual do Preço de Venda

Material Direto

Corresponde ao valor da matéria-prima (tecido) e insumos (aviamentos e material para embalagem).

O tecido representa uma parte considerável no custo do produto, sendo assim, procura-se controlar o máximo possível através de métodos técnicos de racionalização, com técnicas de encaixe, enfesto e corte. A ficha técnica do produto é o documento principal para obtenção deste custo, onde constam os dados técnicos coletados no processo de corte como consumo unitário com seu devido desperdício.

Consumo de tecido

Modelo Tamanho Largura (metro) Consumo (metro)Calça básica 44 1,40 1,30Calça social masculina 44 1,40 1,60Camisa básica manga curta 02 1,40 1,30Camisa básica manga longa 02 1,40 1,60Camiseta gola “careca” M 1,40 1,20Camiseta tipo “polo” M 1,40 1,20Camiseta tipo “regata” M 1,40 0,80Cueca/calcinha M 1,40 0,30Soutien M 1,40 0,20Boné adulto - 1,40 0,30Calção de futebol M 1,40 0,80Paletó 44 1,40 2,50

Preço de CompraValor adquirido através da nota fiscal de compra ou pela ficha de controle

de estoque.Exemplo: meia malhaPreço de compra = R$ 13,00 Kg

Crédito ICMS (somente regime normal)

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Considera-se para cálculo de custo o crédito na compra do material direto e débito para venda do produto confeccionado.

Exemplo: malha PiquetPreço de compra = R$ 13,00ICMS considerado = 18%

Preço creditadoPreço creditado = R$ 13,00 x 0,82 = R$ 10,66

Obs: os aviamentos serão calculados da mesma forma.

Consumo unitárioA obtenção do consumo unitário deve ser cuidadosa, alguns fatores,

como a grande quantidade de tamanhos e em muitos casos a variada largura do tecido, prejudicam no cálculo do custo unitário, por isso, o cálculo do consumo unitário de tecido quando feito pela média, não pode exceder a quatro tamanhos, pois se as vendas forem maiores nos tamanhos grandes, poderá haver distorção entre os menores e maiores tamanhos. O certo é utilizar a balança para determinar o consumo por tamanho, com isso, o cálculo fica mais preciso.

Os métodos mais utilizados em confecção para obtenção do consumo unitário de tecido são:

Método do consumo médio través do total de peças cortadas; Método do consumo médio através do risco padrão; Método do consumo real através da utilização de balanças

eletrônicas; Método do consumo médio pré-determinado através da utilização

do pantógrafo.

Método do consumo médio através do total de peças cortadas

Total de tecido utilizado no enfesto =80 metros Número de peças cortadas =tamanho “P” – 20 peças =tamanho “M” – 30 peças =tamanho “G” – 20 peças Total - 70 peças

Consumo médio = 80 / 70 peças = 1,14 metros por peça já incluído o desperdício.

Método do consumo médio através do risco padrão

Comprimento do risco = 3,5 metros Grade utilizada = P – M – G – GG

Consumo médio = 3,5 metros / 4 tamanhos = 0,87 metros

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Método de consumo através da utilização da balança eletrônica

Peso da roupa cortada =250 gramas Desperdício médio do risco =10%

Consumo médio = peso da roupa cortada = 250 = 277,78 gramascom desperdício (100-%desp.) 0,90 100

Transformação de gramas para metroNormalmente as empresas compram tecidos de vários fornecedores, com

variedade de largura, isso dificulta na hora do planejamento do risco. Para organizar melhor as ordens de risco, separando larguras para diminuir desperdício as empresas trabalham com metro corrido, com isso na hora de pesar a roupa cortada é necessário que transforme o consumo em peso para consumo em metros, desta forma o cálculo utilizado é o seguinte:

Consumo com desperdício =277,78 gramas Peso do metro corrido =250,00 gramas

1 metro--------------------------------250,00 g X metros------------------------------277,78 g X = 277,78 x 1 = 1,11 metros 250

Desperdício de material diretoO desperdício deve ser considerado no consumo unitário do material, é

importante para redução de custos de tecido que o corte calcule a cada ordem de corte o desperdício pois, o tecido, representa cerca de 60% do custo do produto é calculado da seguinte forma:

Em cada ordem de corte deve ser pesados separadamente o peso total, e o peso dos resíduos, pois se aplica a fórmula seguinte:

% desperdício = Peso do resíduo x 100 Peso total

O desperdício de aviamentos é comum no setor de costura. As sobras de linha, quebra de botões, etiquetas cortadas ou varridas pela faxineira, tem que ser levada em consideração na hora do cálculo do custo. Estes percentuais variam de empresa para empresa, isto é, vai depender do nível de organização que este material é distribuído no processo.

Percentuais de desperdício médio de material em processo:

Linha = média de 10% Etiquetas, botões, alfinetes = média de 5%

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Para efetuarmos o cálculo de custo do aviamento teremos que considerar o desperdício.

Exemplo:Consumo da etiqueta = 1 unidadeDesperdício médio = 5%Consumo com desperdício = 1 = 1 = 1.05 unidade (100-5) 0,95 100

Tabela para cálculo de consumo de linhaPara calcularmos a linha é necessário costurar uma amostra de 10 cm

para cada máquina existente no setor. Depois se desmancha com a ajuda de um alfinete a amostra de 10 cm, e verifica-se o consumo de linha e fio de poliéster, por tipo de máquina utilizada como exemplo na tabela abaixo:

Consumo de linha em um metro de costura

Reta 1 agulha (classe 301)Agulha = 1,40 mLançadeira = 1,40 m

Ziguezague (classe 304)Agulha = 2,65 mLançadeira = 2,65 m

Ponto corrente simples (classe 101)Agulha = 3,80 m

Ponto corrente (classe 401)Agulha = 2,40 mLooper = 2,95

Ponto corrente passante – 2 agulhas – 1 looper (classe 406)Agulha = 6,00 mLooper = 8,70 m

Ponto corrente – colarete (classe 602)Agulha = 5,10 mLooper = 9,80 mTrançador = 7,20 m

Overloque (classe 502)Agulha = 2,80 m Looper = 8,40 m

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Overloque (classe 504)Agulha = 3,05 mLooper = 5,00 mTrançador = 7,00 m

Interloque costura de segurança (classe 401 + 504)Agulha = 2,40 m = 3,05 mLooper = 2,95 m = 5,00 mTrançador = 7,00 m

Travete 42 pontosAgulha = 0,30 mLançadeira = 0,20 m

Botoneira (2 furos)Agulha = 0,16 m

Botoneira (4 furos)Agulha = 0,20 m

Caseadeira - ReeceAgulha = 0,17 mLançadeira = 0,46 m / 0,08 m

Quadro de consumo de linha dos principais modelos (média)considerando o total de linha e fio

Modelo Consumo (metrosCalça básica 263Calça social masculina 200Camisa básica manga curta 90Camisa básica manga longa 110Camiseta gola “careca” 60Camiseta tipo “pólo” 80Camiseta tipo “regata” 50Cueca / calcinha 75Soutien 60Boné adulto 90Calção de futebol 35Paletó 290

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Tempo padrãoÈ o tempo em minutos necessários para executar uma operação, onde foi

observado o ritmo da operadora em estudo e mais o acréscimo de tolerância necessário para cobrir eventuais paradas inevitáveis no serviço diário.

Seqüência para obtenção do tempo padrãoPara a determinação do tempo padrão, alguns fatores técnicos devem ser

levados em consideração:

Tipo do cronômetro; Quantidade de amostras na cronometragem; Avaliação de ritmo correta; Tolerância aplicada de acordo com a empresa.

Cronômetro

Digital ou mecânico

Prancheta para observaçõesUma prancheta leve, ligeiramente maior que a folha de observações, é

usada para segurar o papel e o cronômetro.

ExecuçãoO procedimento a ser seguido na execução do estudo de temo pode

variar com alguma liberdade, dependendo do tipo de operação em estudo e da aplicação a ser dada aos dados obtidos, entretanto os sete passos seguintes são necessários:

1. Obtenha e registre informações sobre a operação e a operadora em estudo;

2. Divida a operação em elementos e registre uma descrição completa do método;

3. Observe e registre o tempo gasto pela operadora;4. Determine o número de ciclos a ser cronometrado;5. Avalie o ritmo do operador;6. Verifique se foi cronometrado um número suficiente de ciclos;7. Determine o tempo padrão para cada operação.

Ficha de cronometragemModelo: camiseta gola carecaReferência: Cm 003Data: 20/05/2005

Informações sobre a operação Número de cronom Fatores técnicosOperação Máquina Operadora 01 02 03 04 05 06 TM %R TN %T TP

Pregar manga Overloque Márcia .88 .86 .84 .85 .86 .84 .85 .90 .76 15 .87Bainha Reta Lúcia .39 .37 .40 .41 .38 .39 .39 .100 .39 15 .45Arremate Manual Sueli .32 .33 .32 .35 .34 .35 .33 .110 .36 15 .41

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Exemplo da operação pregar mangaProcure orientar a operadora sobre o seu trabalho, deixando-a calma para

que o trabalho fique perfeito.Observe e registre o tempo gasto pela operadora para executar a

operação, registre no mínimo seis vezes para que possa ter valores consideráveis.

Registros = 0,88 min / 0,86 min / 0,84 min / 0,85 min / 0,86 min/ 0,84 minDetermine o tempo médio (TM)Fórmula:TM = 0,88+0,86+0,84+0,85+0,86+0,84 = 0,85 minutos 6

Avaliação de ritmoA avaliação do ritmo é o processo durante o qual o analista de estudos de

tempos compara o ritmo do operador em observação com o seu conceito de ritmo normal. A avaliação de ritmo depende do julgamento pessoal do analista de estudo de tempos e não há maneira alguma de se estabelecer um tempo padrão para uma operação sem ter que se basear no julgamento do analista.

Em confecção do vestuário o ritmo de uma operadora varia de 60% a 120%, sendo que 100% é considerado ritmo normal, no caso de ritmo 120% a operadora não consegue manter até o final do dia.

Observe a operadora e faça uma avaliação do ritmo de trabalho que ela está desenvolvendo.

Para facilitar use a seguinte avaliação técnica:

% Ritmo Avaliação Técnica60% a 69% Ritmo normalmente relativo a costureiras em fase de aprendizado.70% a 89% Normalmente nesta fase de ritmo a qualidade da operação é

melhor, porém o ritmo depende de maior segurança da operadora.90% a 100% Considera-se a faixa operacional produtiva, onde a naturalidade

dos movimentos representa uma adequação do ritmo à qualidade.101% a 120% Poucas operadoras conseguem estabelecer ritmos acima do

normal sem variar durante o dia.

No exemplo a operadora teve um ritmo de %R = 90%

Reajuste o tempo em função da costureira abaixo do ritmo normal. O objetivo do reajuste é estabelecer um ritmo para a operadora que não varie no período diário. Este ritmo normal é considerado valores de 100%

Fórmula: TN = Tempo médio TM x Ritmo observado = 0,76 minutos100

TolerânciaO tempo normal (TM) para uma operação não contém tolerância alguma é

simplesmente o tempo necessário para uma operadora qualificada execute a operação trabalhando em um ritmo normal. Entretanto não se pode esperar que a

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pessoa trabalhe o dia inteiro sem interrupções, estas interrupções podem ser classificadas da seguinte forma:

% Tolerância = %necessidades pessoais e fadiga + tempos improdutivos

1. Tolerância de necessidades pessoais e fadiga = 15%2. Tolerância de espera – tempos improdutivos – troca de linha, agulha,

modelo.

Além das observações acima teremos que observar os recursos de máquinas e equipamentos utilizados. As tolerâncias indicadas para confecção variam de 15% a 25%. Quanto mais organizada e automatizada a empresa, menor será sua tolerância.

Obs.: no exemplo da ficha de cronometragem a tolerância considerada foi de 15%.

Tempo padrãoFórmula: TP = Tempo normal (TN) = % tolerância TP = 0,76 x 1,15 = 0,87 minutos

% Produtividade no Setor de Costura

Classificação técnica da produtividade

Eficiência teórica = total de 100% de aproveitamento da capacidade

Eficiência normal = média de 80% de aproveitamento da capacidade

Eficiência prática = média de 60% de aproveitamento da capacidade

Estudos do setor mostram que 80% das confecções nacionais, atuam a 60% de sua capacidade total, por isso os custos devem ser reajustados em função da eficiência real da empresa.

Empresas que apresentam baixo índice de eficiência normalmente é devido à falta de conhecimento técnico de produção e em muitos casos a relação entre patrão e empregado quando não é boa, faz com que o pessoal trabalhe desmotivado, contribuindo para o aumento do custo operacional.

Fatores geradores de baixa produtividade

Rotatividade de pessoal; Faltas e atrasos; Material inadequado; Atraso no fornecimento de material; Quebra de máquina; Falta de treinamento operacional.

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Ficha de controle de produtividade – Anexo 1Para que possamos estabelecer o índice correto da produtividade do

processo produtivo é necessário acompanhar diariamente a produção de peças embaladas no acabamento, para que no final do mês tenhamos a eficiência média do setor como nos veremos no exemplo a seguir:

DadosMinutos disponíveis = jornada de trabalho x número de costureiras.

Colunas (data e referência).É importante frisar que em um dia de trabalho poderemos ter lançado na

ficha técnica mais de um tipo de modelo o que não irá alterar o método de cálculo. Foram considerados 23 dias úteis em função do setor trabalhar de segunda à sexta-feira.

Coluna tempo padrão (TP)Para que possamos calcular a eficiência é necessário obter o tempo

padrão de cada modelo para compararmos com o tempo realmente realizado no setor produtivo.

Coluna (peças produzidas)Referente à quantidade de peças produzidas no setor. Considera-se para

cálculo da produtividade, as peças embaladas.

Coluna (minutos produzidos)São os minutos realizados durante um dia de trabalho. Obtém-se da

seguinte forma:

Fórmula: minutos produzidos = peças produzidas x tempo padrão

Coluna % produtividadeA produtividade é a base para a análise produtiva do setor. No cálculo do

percentual de produtividade comparam-se os minutos produzidos com os minutos disponíveis do setor.

Fórmula: minutos produzidos x 100 minutos disponíveis

Ao final do mês a ficha será analisada para utilização da produtividade do setor de costura no cálculo de custo.

Ponto de Equilíbrio (Break – Even – Point)É o volume de produção ou movimentação financeira que não gera lucro

nem prejuízo. O ponto de equilíbrio é definido pelo momento no qual os custos totais incorridos nos processos da empresa são exatamente iguais à receita oriunda da comercialização deste volume de produção.

A análise do ponto de equilíbrio é muito importante no estudo da relação CUSTO – VOLUME – LUCRO. Possibilita o controle e avaliação do desempenho

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financeiro durante um período com a verificação do momento que a empresa deve alcançar o equilíbrio dos custos. Além disso, as informações obtidas no ponto de equilíbrio dão ao administrador uma capacidade de decisão mais realista na determinação do preço de venda e nas alterações que envolvem o volume de produção, despesas e o próprio lucro.

No ponto de equilíbrio RECEITA = CUSTO TOTAL

Representação Gráfica do Ponto de Equilíbrio

No ponto de equilíbrio:

FATURAMENTO=DESP.GERAIS+CUSTOMATERIAIS+DESP.FINANCEIRAS

PE X (Fat. Bruto/MT)=Desp.Gerais + PEx (C.Mat/MT)+PE x Desp. Fin./MT)

PE = Despesas Gerais___________________ (Fat / min.Total) – (C.mat. / min.Total) – (Desp.fin. / min. Total)

Despesas Gerais = Custo/minuto x Minutos totais produzidos

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Onde:Fat. = Faturamento bruto totalMT = Volume total de produção expressos em minutosC. mat = Custo total de materiais diretosDesp. Fin. = Total das despesas financeiras que incidem sobre o

faturamento bruto.

6. ELABORANDO O ORÇAMENTO EMPRESARIAL

O orçamento empresarial é uma projeção de resultados futuros da empresa. Ele permite a administração uma visão antecipada do desempenho desejado, possibilitando assim a tomada de decisões para extrair o máximo de oportunidades e prevenir eventuais problemas.

Podemos trabalhar o orçamento em três modalidades:

Orçamento de resultados e vendas; Orçamento de investimento; Orçamento de caixa.

Em muitas empresas, principalmente as pequenas e médias, não existe a cultura de planejamento, as decisões são tomadas por impulso e pelas necessidades.

A não prática de planejar leva, muitas vezes, estas empresas a atravessar sérias dificuldades financeiras, chegando inclusive, em diversos casos, ao encerramento de suas atividades. A percepção dos administradores da necessidade de trabalhar sobre planos preestabelecidos, possibilita o crescimento programado e sustentado de suas empresas.

O orçamento empresarial é uma extraordinária ferramenta de gestão, colaborando de forma planificada na eficácia e melhoria dos resultados.

6.1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO E PERÍODO ORÇAMENTÁRIO

Para elaboração de um orçamento é necessário um acurado sistema de informações e dados da empresa como: capacidade de produção, histórico de receitas e despesas passadas, etc.

Duas fontes importantes são a Estrutura Gerencial de Resultados e o Balanço Patrimonial Gerencial.

Também é importante definir as metas e objetivos a serem alcançados pela empresa como: aumento de capacidade produtiva, aumento de potencial de vendas, projeção de investimentos, etc.

Outros dados essenciais para elaboração do orçamento são os fatores externos que interferem na empresa como: política de juros, câmbio, projeção de inflação, capacidade de mercado, concorrência, tecnologia, etc.

É necessário também a definição do período que esse orçamento abrangerá e seus pontos de verificação. Geralmente o período abrangido é o anual com revisões periódicas podendo ser mensais, bimestrais, trimestrais ou semestrais.

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6.2 ORÇAMENTO DE RESULTADOS E ORÇAMENTO DE VENDAS

O orçamento de resultados projeta dados de recitas e despesas semelhantes aos da estrutura de resultados, possibilitando a administração visualizar sua capacidade de gerar lucros.

Para elaboração de um orçamento de resultados são necessários dados como: capacidade de produção e de vendas da empresa e análise do potencial do mercado com seus fatores limitantes como: concorrência, demanda, lançamento de novos produtos ou retirada de produtos de linha.

A próxima etapa são as projeções e metas para as vendas da empresa. O ideal é que se trabalhe com metas por produtos ou linhas de produtos, fazendo após um resumo do total de vendas a ser atingido.

Junto à projeção das vendas é necessário projetar também seus custos com impostos (PIS, COFINS, ICMS, SIMPLES), comissões, fretes, despesas administrativas de vendas, CMV.

Outro item a ser projetado é o das despesas fixas (mão-de-obra, seguros, telefone, energia, depreciação, etc).

Munidos destas informações, os responsáveis pela elaboração do orçamento da empresa tem condições de esboçar seu protótipo, que deverá ser aprovado pela direção da empresa.

Modelo de um orçamento de resultados / vendasITENS MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 TOTAL % RB

Receita sobre vendas 100.000 120.000 150.000 370.000 100%( - ) Impostos (30.000

)(36.000

)(45.000

)(111.000) 30%

Receita líquida 70.000 84.000 105.000 259.000 70%( - ) Custos de vendas (35.000

)(42.000

)(52.500

)(129.500) 35%

Margem de contribuição

35.000 42.000 52.500 129.500 35%

( - ) Custos fixos (18.000)

(21.600)

(27.000)

(66.600) 18%

Lucro operacional 17.000 20.400 25.500 62.900 17%Lucro acumulado 17.000 37.400 62.900 125.800 17%

6.3 ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO

Esta modalidade do orçamento projeta os investimentos a serem realizados na empresa no período orçamentário, os valores que serão aplicados no ativo permanente da empresa e suas origens.

Baseado nas projeções de vendas, a empresa analisa a necessidade ou não de aumentar sua capacidade produtiva, por meio da compra de mais equipamentos, ou pela renovação dos equipamentos existentes por outros de

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tecnologia mais avançada, ou necessidade de ampliação das instalações, ou fabricação de novos produtos, ou mix de todas estas situações.

Definido o investimento, é necessário definir a origem do capital necessário, se empréstimos, o valor e a forma de amortização e a capacidade da empresa de suportar este determinado nível de investimento.

De posse destas informações os responsáveis pelo orçamento elaboram o demonstrativo, conforme modelo, para análise e aprovação da direção da empresa.

Modelo de Orçamento de InvestimentoITENS MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 TOTAL % TOTAL

INVESTIMENTOSMáquinas / Equip. 13.000 15.000 0 28.000 33.8Veículos 0 25.000 0 25.000 30.2Móveis 0 0 1.200 1.200 1.5Construção 12,00 9.000 7.500 28.500 34.5TOTAL 25.000,00 49.000 8.700 82.700 100ORIGEMRec. Terceiros 15.000 29.400 5.220 49.620 60Rec. Próprios 10.000 19.600 3.480 33.080 40TOTAL 25.000 49.000 8.700 82.700 100

Obs: os juros e amortizações fazem parte do orçamento de caixa

6.4 ORÇAMENTO DE CAIXA

Como parte final do trabalho de orçamento, seus responsáveis preparam o orçamento de caixa, que deverá consolidar as projeções feitas no orçamento de vendas e no orçamento de investimento.

Ele é uma síntese de todo o movimento financeiro previsto nas outras duas modalidades de orçamento.

É importante lembrar que o orçamento de vendas e o orçamento de investimentos trabalham sob o regime de competência, isto é, demonstram os fatos quando gerados, enquanto o orçamento de caixa trabalha quando ocorrem os fluxos de receitas ou despesas.

O orçamento de caixa antecipa os saldos resultantes entre receitas e despesas, permitindo uma visão antecipada da situação da empresa, evitando assim, estrangulamentos financeiros.

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Modelo de Orçamento de CaixaITENS MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3

Saldo inicial 4.000 17.050 14.256EntradasVendas à vista 23.300 20.100 18.500Vendas a prazo 52.000 38.000 47.500Empréstimos 15.000 29.400 5.220TOTAL 94.300 104.550 85.476SaídasFornecedores 30.000 24.000 30.000Salários + Enc 7.500 5.800 6.500Impostos 14.000 10.000 13.000Investimentos 25.000 49.000 8.700Amortização 600 1.200 200Desp. Financ. 150 294 522TOTAL 77.250 90.294 58.922Saldo final 17.050 14.256 26.554

6.5 IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DO ORÇAMENTO

A análise do orçamento permite a administração projetar resultados futuros, evitando assim eventuais problemas para a empresa causados por um desbalanceamento entre recebimentos e despesas.

Permite também visualizar o seu desenvolvimento na busca de novas oportunidades, aumentando sua participação no mercado através da utilização de seu potencial pleno.

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7. ESTRUTURA GERENCIAL DE RESULTADOS

CÓD. DESCRIÇÃO VALOR R$ %1 RECEITA SOBRE VENDAS R$ 100.000,00 100,0 %

1.1 Receita sobre vendas à Vista R$ 30.000,00 30,0 %1.2 Receita sobre vendas à Prazo R$ 70.000,00 70,0 %

2 CUSTOS VARIÁVEIS DE VENDAS R$ 10.000,00 10,0 %2.1 ICMS R$ 5.000,00 5,0 %2.2 PIS / COFINS R$ 2.850,00 2,9 %2.3 Comissões de vendas R$ 2.150,00 2,2 %

3 CUSTOS VARIÁVEIS DE PRODUÇÃO R$ 45.000,00 45.0 %3.1 CMV R$ 31.500,00 31,5 %3.2 Prêmio de produtividade R$ 2.000,00 2,0 %3.3 Gastos gerais de fabricação R$ 11.500,00 11,5 %

4 CUSTO VARIÁVEL TOTAL R$ 55.000,00 55,0 %

5. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO R$ 45.000,00 45,0 %

6 CUSTOS FIXOS R$ 18.000,00 18,0 %6.1 Salários + Encargos R$ 9.000,00 9,0 %6.2 Pró-labore R$ 2.500,00 2,5 %6.3 Telefone R$ 500,00 0,5 %6.4 Água R$ 50,00 0,1 %6.5 Luz R$ 250,00 0,3 %6.6 Contabilidade R$ 500,00 0,5 %6.7 Seguros R$ 500,00 0,5 %6.8 Combustível R$ 2.000,00 2,0 %6.9 Material escritório R$ 200,00 0,2 %6.10 Despesas diversas R$ 2.500,00 2,5 %

7 LUCRO OPERACIONAL R$ 27.000,00 27,0 %8 PONTO DE EQUILÍBRIO R$ 40.000,00 40,0 %9 INVESTIMENTOS R$ 7.000,00 7,0 %

9.1 Leasing Máquinas R$ 3.500,00 3,5 %9.2 Leasing Veículos R$ 3.500,00 3,5 %

10 DESPESAS FINANCEIRAS R$ 2.000,00 2,0 %

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Rua Piratininga, 668 sala 15 Cep 87013-100 – Maringá, Pre-mail: [email protected] fone/fax: (44)3026-8020 cel:(44) 8405-9540

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Page 31: Apostila Custo renato pitz - confecções

11 LUCRO LÍQUIDO R$ 16.000,00 16,0 %

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