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Apostila Aprovar Ano05 Fascículo08 Qui Fis

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pois ele negava as leis naturais. Neste con-texto, surgiram, em todas as partes do mun-do, movimentos que visavam resgatar osprincípios naturais, a exemplo da agricultu-ra natural (Japão), da agricultura regenera-tiva (França), da agricultura biológica (Esta-dos Unidos), além das formas de produçãojá existentes, como a biodinâmica e a orgâ-nica.Após a Conferência para o Desenvolvimen-to e o Meio Ambiente, a ECO-92, no Rio deJaneiro, chegou-se à conclusão de que ospadrões de produção e de atividades hu-manas em geral, notadamente a agrícola,teriam de ser modificados. A Agroecologia abrange esses estilos cita-dos anteriormente, dando um novo enfo-que a essas formas de produção alterna-tivas. Dessa forma, enquanto ciência, orien-ta a aplicação dos princípios e conceitos e-cológicos ao desenho e à gestão de agro-ecossistemas sustentáveis. Parte de que énecessário entender o funcionamento dosecossistemas naturais e revalorizar os co-nhecimentos e as capacidades dos atoreslocais para – a partir disso – desenhar siste-mas agrícolas sustentáveis. Trata-se de umanova abordagem da agricultura que integradiversos aspectos agronômicos, ecológi-cos e socioeconômicos, na avaliação dosefeitos das técnicas agrícolas sobre a pro-dução de alimentos e na sociedade comoum todo. Em rigor, pode-se dizer que agroecologia éa base científico-tecnológica para uma agri-cultura sustentável. O modelo de agricultu-ra sustentável baseia-se nos conhecimen-tos empíricos dos agricultores, acumuladosatravés de muitas gerações. Urge aliar es-ses conhecimentos às técnicas atuais, paraque, em conjunto, técnicos e agricultorespossam fazer uma agricultura com padrõesecológicos (respeito à natureza), econômi-cos (eficiência produtiva), sociais (eficiênciadistributiva) e com sustentabilidade a longoprazo.

O curso na UEA

Oferecido no Centro de Estudos Superioresde Parintins, o Curso Superior de Tecnolo-gia em Agroecologia da UEA busca a for-mação de profissionais voltados para a ino-vação tecnológica, visando ao desenvol-vimento sustentável de comunidades ruraisamazônicas nas suas diferentes categoriassociais: da Agricultura Familiar às compe-tências que permitem compreender a im-portância da Agroecologia para a formaçãodo cidadão crítico, participativo, capaz deintervir na realidade e transformá-la. Poressa razão, e centrado na proposta peda-gógica do curso, toda a parte prática foi

trabalhada por meio de projetos que pos-sibilitam a construção do conhecimentoagroecológico de forma coletiva, vinculadoà realidade amazônica, vislumbrando a pro-posição de alternativas de soluções para aproblemática contemporânea. O curso é dividido em seis períodos, comum total de 2.550 horas. Após a conclusão,o profissional formado pela UEA deverá: a)estar capacitado para contribuir no proces-so de transição (reconversão) tecnológicados atuais sistemas agrícolas, nas unida-des familiares, para sistemas agroecológi-cos; b) desenvolver e construir senso críticoe capacidade de compreensão, intervençãoe transformação da realidade, na perspec-tiva de desenvolver a sustentabilidade daregião; c) estimular processos de inclusãosocial e de fortalecimento da cidadania, pormeio de ações integradas, que tenham emconta as dimensões ética, social, política,cultural, econômica e ambiental; d) desen-volver ações que levem à conservação e àrecuperação dos ecossistemas e ao mane-jo sustentável dos agroecossistemas, visan-do assegurar que os processos produtivosagrícolas não causem danos ao meio am-biente e riscos à saúde humana e animal;e) dominar o conhecimento básico do ma-nejo integrado de pragas e doenças, domanejo da matéria orgânica do solo, paraotimizar os sistemas de produção nos dife-rentes ambientes amazônicos (várzea e ter-ra firme); f) dominar o conhecimento básicodos diferentes sistemas de manejo e pro-dução de pequenos, médios e grandesanimais (incluindo aqüicultura, meliponicul-tura e apicultura), com ênfase nos princí-pios agroecológicos; g) dominar o conhe-cimento básico dos diferentes sistemas deprodução vegetal (horticultura, fruticultura esilvicultura) com ênfase na agroecologia; h)dominar o conhecimento do manejo dosrecursos naturais (solo, fauna flora, recur-sos hídricos) e sua utilização com ênfasenos princípios agroecológicos, em benefí-cio das populações humanas que vivem naAmazônia; i) elaborar laudos, perícias, pa-receres e relatórios técnicos sobre projetosagropecuários no âmbito de sua competên-cia profissional; j) elaborar, executar e ge-renciar projetos técnicos ou de pesquisacientífica com ênfase em agroecologia, pro-teção e conservação do meio ambiente,visando eliminar as desigualdades sociais;l) estar capacitado para articular e buscaros vínculos entre a Instituição de Ensino e ouniverso da agricultura familiar, promoven-do a socialização do conhecimento cons-truído pelos agricultores no processo de pro-dução agroecológica com a comunidade es-colar.

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ÍndiceFÍSICAMovimento de projéteis ............ Pág. 03(aula 43)

GEOGRAFIAA indústria ................................ Pág. 05(aula 44)

BIOLOGIACitologia II ................................ Pág. 07(aula 45)

PORTUGUÊSRegência verbal II ................... Pág. 09(aula 46)

QUÍMICALigações químicas II ................. Pág. 11(aula 47)

GEOGRAFIAA evolução do capitalismo ...... Pág. 13(aula 48)

Referência bibliográfica ......... Pág. 15

Guia de Profissões

A evolução para um estilo de agricultu-ra alternativa, ainda não caracteriza-da como ciência, surgiu no fim da Pri-

meira Guerra Mundial, quando tiveram início,na Europa, as primeiras preocupações coma qualidade dos alimentos. Os primeiros mo-vimentos de agricultura nativa surgiram res-pectivamente na Inglaterra (agricultura orgâ-nica) e na Áustria (agricultura biodinâmica).Naquela época, as idéias da Revolução In-dustrial influenciavam a agricultura, criandomodelos baseados na produção em série esem diversificação.Após a Segunda Guerra Mundial, a agricul-tura sofreu um novo incremento, uma vezque o conhecimento humano avançava nasáreas da química industrial e farmacêutica.A produção cresceu, e houve grande eufo-ria em todo o setor agrícola mundial, quepassou a ser conhecido como RevoluçãoVerde. Por outro lado, duvidava-se que essemodelo de desenvolvimento fosse perdurar,

Tecnólogo em Agroecologia

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Movimento de projéteis

Corpos que se movimentam nas imediações dasuperfície terrestre, sem contato com o solo e su-jeitos apenas à atração gravitacional (força peso),estão submetidos à mesma aceleração: a da gra-vidade (g).

1. QUEDA LIVRE (MUV acelerado em trajetóriavertical).

Equações – Origem no ponto inicial (S0 = 0);velocidade inicial nula (v0 = 0); resistência do arnula.

As proporções de Galileu

A área de cada triângulo da figura abaixo énumericamente igual ao deslocamento d.

Conclusão:Em tempos iguais e consecutivos, um móvel emqueda livre percorre distâncias cada vez maiores,na proporção dos ímpares consecutivos: no pri-meiro segundo, o móvel cai uma distância d; nosegundo seguinte, percorre 3d; no terceiro segun-do, 5d, e assim por diante.

Caiu no vestibular

(UEA) A expressão popular que afirma que o ga-to tem “sete vidas” justifica-se pelo fato de elesconseguirem se sair bem de algumas situaçõesdifíceis. No caso de uma queda, por exemplo, elespodem atingir o chão, sem se machucar, se a ve-locidade final for cerca de 8m/s. De que altura má-xima eles podem cair, sem o perigo de perder umade suas “vidas”?

a) 2,0m b) 2,5m

c) 3,2m d) 4,0m e) 4,5mSolução:

Procuremos o tempo:

v = vo + gt ∴ 8 = 0 + 10t ∴ t = 0,8s

Consideremos g = 10m/s2 e calculemos a altura:

gt2 10.(0,8)2

S= –––– ∴ S= –––––––– ∴ S=3,2m2 2

Arapuca

(UEA) Um corpo é abandonado em queda livrede uma determinada altura. Observa-se que, nosdois primeiros segundos de seu movimento, elecai x metros. Já nos dois segundos seguintes, ocorpo desloca-se y metros. A razão x/y vale, por-tanto:

a) 1 b) 1/2

c) 1/3 d) 2 e) 3

Solução:

O intervalo é de 4s. Pelas proporções de Galileu,

o móvel percorre em 1s, 2s, 3s e 4s, respectiva-

mente: d, 3d, 5d e 7d. Então:

x = d + 3d = 4d

y = 5d + 7d = 12d

xA razão ––– vale:

y

x 4d 1––– = –––– = ––––

y 12d 3

2. LANÇAMENTO VERTICAL

Equações – Origem no ponto de lançamento (S0

= 0); trajetória orientada no sentido domovimento.

Caiu no vestibular

(UEA) Se uma pedra é lançada verticalmentepara cima, a partir do solo, com velocidade ini-cial vo = 30m/s, ela atingirá uma altura máximah, antes de voltar ao solo. Desprezando o atritocom o ar e fazendo g = 10m/s2, o valor de h será:

a) 45m b) 35m

c) 20m d) 10m e) 5mSolução:

Na altura máxima, o móvel pára (v = 0). Então:

v = vo + gt ∴ 0 = 30 + 10 . t ∴ t = 3s

A altura máxima atingida:

gt2 10.32

S= vo.t – ––– ∴ S= 30.3 – –––––– ∴ S=45m2 2

Arapuca

Um objeto de 2kg é lançado verticalmente parabaixo, com velocidade inicial de 20m/s. Atinge osolo 4s após o lançamento. De que altura o cor-po foi lançado? Com que velocidade ele atingeo solo?Solução:

A altura do lançamento:

gt2 10.16S= vo.t – ––– ∴ S= 20.4 – –––––– ∴ S=160m

2 2

A velocidade ao chegar ao solo:

v = vo + gt ∴ 20 + 10 . 4 ∴ v = 60m/s

Importante: observe que a massa do corpo

(2kg) não interferiu na resposta.

3. LANÇAMENTO HORIZONTAL

A partir de um ponto situado a uma altura h,

acima do solo, o móvel é lançado horizontal-mente e percorre uma trajetória parabólica, quepode ser construída utilizando-se a composiçãode dois movimentos independentes:a) Movimento horizontal – Nesse movimento, o

corpo percorre espaços iguais (designadospor L, na Figura 2) em tempos iguais:movimento uniforme (velocidade constante).

b)Movimento vertical – Nessa direção, o móvelestá em queda livre (MUV acelerado) a partirdo repouso. Os deslocamentos verticaisobedecem às Proporções de Galileu: 1d, 3d,5d, ..., (2n – 1)d.

01. (UFSC) Duas bolinhas, A e B, partem aomesmo tempo de uma certa altura H aci-ma do solo, sendo que A em queda livree B com velocidade vo na direção hori-zontal. Podemos afirmar que:

a) A chega primeiro ao solo.b) B chega primeiro ao solo.c) A ou B chega primeiro, dependendo da al-

tura.d) A ou B chega primeiro, dependendo da ve-

locidade inicial vo de B.e) As duas chegam juntas.

02. (UFPR) Uma bola rola sobre uma mesahorizontal de 1,225m de altura e vai cairnum ponto situado à distância de 2,5m,medida horizontalmente a partir da beira-da da mesa. Qual a velocidade da bola,em m/s, no instante em que ela abando-nou a mesa? (g = 9,8m/s2).

a) 5m/s b) 10m/s c) 15m/sd) 20m/s e) 25m/s

03. Um corpo de 2kg deve ser lançado hori-zontalmente do alto de uma rampa de al-tura 45m, devendo atingir um buraco a20m do pé da rampa. Qual deve ser o va-lor da velocidade de lançamento?

a) 12m/s b) 10,5m/s c) 8m/sd) 7,6m/s e) 6,6m/s

04. Um jogador chuta uma bola com uma ve-locidade inicial de 20m/s, sob um ângulode 60° com a horizontal. Calcule a alturamáxima que a bola irá atingir.

a) 5m b) 10m c) 15md) 20m e) 25m

05. (Fuvest-SP) Um gato, de um quilograma,dá um pulo, atingindo uma altura de 1,25me caindo a uma distância de 1,5m do localdo pulo (g = 10m/s2). A componente verti-cal da velocidade inicial e a velocidade ho-rizontal do gato valem, respectivamente.

a) 5m/s e 1,5m/sb) 1,5m/s e 5m/sc) 5m/s e 15m/sd) 0,5m/s e 1,5m/se) 5,5m/s e 1m/s

06. Uma bola rola sobre uma mesa de 80cmde altura, com velocidade constante de5m/s. Ao abandonar a mesa (g = 10m/s2),a bola cai, tocando o solo no ponto situa-do, em relação à mesa:

a) 3m b) 2m c) 1md) 0,5m e) 1,5m

07. Uma pedra de 4kg é lançada verticalmen-te de baixo para cima, com uma velocida-de inicial de 80m/s. qual a altura máximaalcançada pela pedra?

a) 320 b) 220m c) 120md) 20m e) Nenhuma é correta.

Aula 43

FísicaProfessor Carlos Jennings

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Importante – Para corpos lançados da mesmaaltura, o tempo de queda é o mesmo, indepen-dente das massas dos corpos e de suas veloci-dades horizontais de lançamento (desprezando-se os efeitos do ar).

Aplicação

Uma bolinha rola por toda a extensão de umamesa horizontal de 5m de altura e a abandonacom uma velocidade horizontal de 12m/s. Cal-cule o tempo de queda e a distância do pé damesa ao ponto onde cairá a bolinha (g = 10m/s2).Solução:Calculemos, inicialmente, o tempo de queda, con-siderando apenas o movimento vertical (queda li-vre – MUV acelerado):

gt2 10 H = ––– ∴ 5= ––– t2 ∴ 5= 5t2 ∴ t=1s

2 2Considerando agora o movimento horizontal (uni-forme), teremos:

SHvH = ––– ∴ SH = vH.t = 12 . 1 =12mt

(o corpo cairá a 12m do pé da mesa).

4. LANÇAMENTO OBLÍQUO

A velocidade de lançamento forma com a hori-zontal um ângulo distinto de 0° e de 90°.

A velocidade Vo pode ser decomposta em duascomponentes: Vox (componente da velocidadeno eixo dos x) e Voy (componente da velocidadeno eixo dos y):Vox = vo . cos θVoy = vo . sen θO lançamento oblíquo resulta da composição dedois movimentos independentes:a) Movimento horizontal – Esse movimento é

uniforme, uma vez que Vox é constante (despre-zando-se a resistência do ar).

b)Movimento vertical – Nesse movimento, avelocidade é variável, pois o corpo está sujei-to à aceleração da gravidade: na subida, omovimento é retardado (velocidade e acelera-ção têm sentidos contrários); na descida, omovimento é acelerado (velocidade e acelera-ção têm sentidos iguais).

Importante: o alcance é o mesmo paradiferentes corpos, lançados com a mesmavelocidade inicial e com ângulos de lançamentocomplementares (aqueles cuja soma vale 90°).

Arapuca

Um objeto é lançado obliquamente com umavelocidade inicial de 100m/s, que forma com ahorizontal um ângulo de 60°. Calcule a alturamáxima atingida pelo móvel e a distância doponto de lançamento ao ponto em que o móveltoca o solo.

Solução:As componentes da velocidade valem:vox=vo . cos θ =100 . cos 60°=100.0,5 =50 m/svoy = vo . sen θ = 100 . sen 60°= 100 . 0,866 =86,6m/sCalculemos o tempo de subida, usando aexpressão da velocidade vertical. No ponto maisalto, vy = 0:

gt2vy = voy – –––– ∴ 0 = 86,6 – 10t ∴ t= 8,66s

2A altura atingida pelo móvel (MUV retardado):

gt2 10 . (8,66)2

h = voy – ––– = 86,6 . 8,66 – ––––––––– = 375m2 2

Calculemos o alcance (distância horizontalpercorrida em MU). O tempo é o de subida maiso de descida (8,66s + 8,66s):

Sh = vox . t = 50 . 17,32 = 866m

Exercícios

01. (PUC-RJ) Uma pedra é lançada verti-calmente para cima. No ponto mais al-to da trajetória, pode-se dizer que a suavelocidade v e a sua aceleração a têmos seguintes valores, em módulo:

a) v = 0 e a = 0 b) v = g e a = 0

c) v = a d) v = 0 e a = g

e) v = 0 e a = g/2

02. De um ponto a 20m do solo, lança-se,verticalmente para cima, um objeto comvelocidade inicial de 10m/s. Desprezea resistência do ar e considere g = 10m/s2. Considere as afirmativas:I. A altura máxima atingida é de 25m, em

relação ao solo.II. O objeto atinge o solo com velocidade

de 10m/s, em módulo.III. O tempo, do lançamento até o retorno

ao solo, é de 2s.

São corretas:

a) Apenas a I. d) I e II. b) Apenas a II. e) II e III.c) Apenas a III.

03. (Udesc-SC) Um jogador de basquetearremessa uma bola verticalmente pa-ra cima, com velocidade inicial de 15m/s.Sabendo-se que a bola subiu durante1,5s, calcule, em metros, a altura má-xima que ela atingiu a partir do seuponto de lançamento, desprezando aresistência do ar.

a) 10,5m b) 11,25m c) 12,5m

d) 13m e) 14,4m

01. (PUC–SP) Você atira um corpo de 200gverticalmente para cima, a partir do solo,e ele atinge uma altura de 3m antes decomeçar a cair. Considerando a acelera-ção da gravidade 9,8m/s2 e nula a resis-tência do ar, a velocidade de lançamentofoi de:

a) 7,67m/s b) 8,76m/s c) 6,76m/sd) 7m/s e) 6m/s

02. Um pára-quedista, quando a 120m do so-lo, deixa cair uma bomba, que leva 4s pa-ra atingir o solo. Qual a velocidade dedescida do pára-quedista?

a) 1m/s b) 2m/s c) 5m/sd) 8m/s e) 10m/s

03. Um buriti cai do alto de um buritizeiro e,entre 1s e 2s, percorre 4,5m. As distân-cias percorridas durante o terceiro e oquarto segundos de queda são, respec-tivamente:

a) 5,5m e 6,5m d) 7m e 10,5mb) 6,5m e 7,5m e) 7,5m e 10,5mc) 7,5 e 10m

04. Um corpo em queda livre sujeita-se àaceleração gravitacional de 10m/s2. Elepassa por um ponto A com velocidadede 10m/s e por um ponto B com veloci-dade de 50m/s. A distância entre os pon-tos A e B é de:

a) 100m b) 120m c) 140md) 160m e) 240m

05. (FESP–PE) Do alto de um edifício, aban-dona-se uma bola de ferro que durante oúltimo segundo percorre 25m. A alturado edifício vale, em metros:

a) 45 b) 40 c) 35d) 80 e) 125

06. Um ouriço de castanha desprendeu-sedo alto de uma castanheira de 20m. Otempo de queda e a velocidade do ou-riço ao chegar ao solo são, respectiva-mente:

a) 2s e 20m/s d) 4s e 40m/sb) 20s e 2m/s e) 5s e 50m/sc) 3s e 30m/s

07. Do alto de uma torre, um garoto deixacair uma pedra, que demora 2s parachegar ao solo. Qual a altura dessatorre?

a) 10m b) 20m c) 30md) 40m e) 50m

08. Uma pedra é arremessada verticalmentepara cima, com velocidade inicial de30m/s. Calcule a altura máxima que elaatinge?

a) 15m b) 25m c) 35md) 45m e) 55m

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A indústria

As empresas transnacionais e os investimen-tos estatais

Plano de Metas – O governo de Juscelino Kubits-chek (1956-61) será sempre lembrado pela obses-são industrialista do Plano de Metas, sintetizadana rumorosa campanha publicitária dos “50 anosem 5”. Essa fase heróica representou a maturi-dade industrial do Brasil, mas também uma reo-rientação radical: a abertura do País aos investi-mentos estrangeiros diretos tomava o lugar doprotecionismo nacionalista de Vargas.

Nos “anos JK”, o Brasil deixou para trás, definiti-vamente, o modelo agroexportador e ergueu umaeconomia urbano-industrial dinamizada pela trans-ferência de filiais das empresas transnacionais. Apolítica de industrialização definiu o lugar do Pa-ís na nova divisão internacional do trabalho dopós-guerra.

Plano interno – O eixo do Plano Metas estava naimplantação de um moderno parque automobi-lístico, assentado sobre tecnologias transplanta-das diretamente dos Estados Unidos e da Euro-pa. No plano interno, a base industrial criada nasdécadas anteriores, a construção de rodovias ehidrelétricas, a expansão do refino de petróleo ea urbanização acelerada geravam um ambienteeconômico propício para a implantação das fábri-cas modernas de bens de consumo duráveis.

Plano internacional – No plano internacional, osconglomerados transnacionais viviam sua épocade ouro, multiplicando filiais e abrindo novas fron-teiras de investimentos. O dinamismo da econo-mia norte-americana e a reconstrução européiae japonesa geravam excedente de capital dispo-nível para investimentos no mundo subdesen-volvido.

Atuação do Estado – O Estado atuou no senti-do de viabilizar os investimentos externos, libe-rando as importações de equipamentos e má-quinas e criando mecanismos de crédito desti-nados a expandir o mercado consumidor inter-no. Os investimentos estatais em novos progra-mas rodoviários, energéticos e siderúrgicos as-seguravam o fluxo de matérias-primas para asindústrias e a infra-estrutura indispensável paraa ampliação do consumo. O mercado brasileirointegrava-se e oferecia elevadas margens de lu-cro para os capitais estrangeiros. Mais nitida-mente do que nunca, a expansão do PIB eraalavancada pelo crescimento acelerado do setorindustrial.

Milagre brasileiro – Um segundo ciclo de cres-cimento industrial acelerado correspondeu aosanos do chamado “milagre brasileiro”, durante afase de mais intensa repressão do regime militar.Entre 1968 e 1973, o PIB brasileiro cresceu a ta-xas médias anuais de 10%, um recorde impres-sionante: somente o Japão e a Alemanha do pós-guerra haviam registrado anteriormente um cres-cimento econômico tão acelerado. A política eco-nômica dos governos militares aprofundou o mo-delo estruturado nos “anos JK”. Durante o “mila-gre brasileiro”, o ritmo da expansão da produçãode bens de consumo duráveis e bens interme-diários equiparou-se ao atingido à época do Pla-no de Metas. Apenas o crescimento da produ-ção de bens de capital foi significativamentemais lento, embora também possa ser classifi-cado como notável.

A economia brasileira na globalização

Tríplice aliança – O ciclo do “milagre brasileiro”cristalizou um modelo industrial baseado em umatríplice aliança, da qual faziam parte o capital es-tatal, os conglomerados transnacionais e o gran-de capital nacional. O tripé conjugava os interes-ses dos oligopólios que lotearam o mercadobrasileiro; as empresas transnacionais domina-vam o setor de bens de consumo duráveis, oEstado atuava no setor de bens de produção, eo capital privado nacional estava presente, prin-cipalmente no setor de bens de consumo não-duráveis.

O Estado desempenhou funções estruturais natríplice aliança. Ao longo do esforço industrial,do pós-guerra e, principalmente, nas duas déca-das do regime militar, entre 1964 e 1984, as em-presas estatais assumiram a hegemonia na side-rurgia, na indústria química e petroquímica e namineração. Algumas gigantes companhias deholding – como a Siderbrás, na siderurgia, aEmbratel e a Telebrás, nas comunicações, e aEletrobrás, na geração de energia – controlavamsetores fundamentais para a modernização eco-nômica do País. Produzindo bens intermediá-rios, as estatais forneciam, a preços inferioresaos de mercado, os insumos e as matérias-pri-mas consumidos pelas transnacionais e pelasgrandes empresas nacionais.

A intensificação das funções produtivas do Es-tado caracterizou-se pela concentração de re-cursos em favor do Governo Federal e pela des-centralização administrativa, posto que as em-presas estatais assumiram progressiva autono-mia financeira e decisória. As principais empre-sas estatais adquiriram capacidade de autofi-nanciamento e de endividamento externo, inde-pendentemente de aprovação governamental. Apoderosa camada de tecnoburocratas que flo-resceu no interior dessas megaempresas aca-bou por se apropriar de parcela significativa dasdecisões sobre a aplicação dos recursos do or-çamento nacional.

O Programa Nacional de Desestatização

O modelo de industrialização por substituiçãode importações, que durou praticamente meioséculo, esgotou-se na década de 1980. A reces-são de 1981–1983 anunciou o decênio da tur-bulência.

A crise estrutural do modelo econômico brasi-leiro acompanhou uma tendência internacionalde esgotamento dos processos de industriali-zação por substituição de importações. Comono Brasil, a Argentina e o México conheceramas conseqüências do endividamento externo eda incapacidade do Estado de prosseguir finan-ciando a modernização industrial.

Os investimentos estrangeiros e as desigual-dades regionais

A política econômica brasileira, na década de1990, representou uma nítida opção pela inser-ção do país nos fluxos globalizados de investi-mentos. Essa opção materializou-se por umconjunto de reformas destinadas a recuperar acapacidade de atração de investimentos estran-geiros.Uma nova política monetária, expressa no PlanoReal, lançado em 1994, tinha a finalidade de es-tabilizar a economia nacional, interrompendo ocircuito de realimentação da inflação. Seu com-plemento foi uma série de reformas constitucio-nais e uma política fiscal voltadas para equilibraro orçamento público. O Estado deveria arreca-dar mais e gastar menos, para garantir a estabi-lidade da moeda.

01. (UFMT) Sobre a industrialização brasileira,analise as proposições, assinalando V(verdadeiro) ou F (falso):( ) A grande disponibilidade de mão-de-

obra imigrante e um eficiente sistemade transporte nas antigas áreas produ-toras de café favoreceram o surgimen-to da industrialização no Brasil, inicial-mente na cidade de São Paulo.

( ) Somente após a Segunda Guerra Mun-dial, quando a atividade industrial setorna relevante, é que se pode visua-lizar o início da integração do espaçonacional.

( ) Até a década de 70, a atividade indus-trial esteve concentrada no Sudestedevido, especialmente, a dois fatores:a complementaridade industrial e aconcentração de investimentos públi-cos no setor de infra-estrutura.

( ) A implantação dos distritos industriaisno Nordeste, na década de 50, contoubasicamente com investimentos priva-dos; os distritos encontram-se dissemi-nados nas mais importantes cidades doSertão.

02. (Cesgranrio–RJ) Primeiro foi a Chrysler, de-pois a Renault e, por último, a Volkswa-gen/Audi.

Os grandes investimentos na área auto-motiva que estão sendo feitos no Estadodo Paraná fazem parte de uma estratégiade:a) descarte de equipamentos obsoletos da

indústria automobilística internacional, quepassa por um processo de renovação desuas matrizes;

b) formação de mão-de-obra superqualificada,que permita a transferência dos centros depesquisa automotivos dessas empresas parao interior do Paraná;

c) aumento do número de empregos no ABCpaulista, que vai ter sua participação fortaleci-da no cenário nacional com a instalação des-sas empresas no sul do País;

d) desenvolvimento de veículos automotivos a-grícolas para serem utilizados na sofisticadaagricultura do Estado do Paraná, o celeironacional;

e) produção de veículos globais para seremvendidos no mercado brasileiro, no Mercosule também na Europa e nos Estados Unidos.

03. (Unicpar–PR) Por um processo acentuadode crescimento, dois ou mais sítios urba-nos acabam unindo-se, formando uma pai-sagem urbana contínua que, inclusive, difi-culta a delimitação territorial de cada umdos municípios integrados.O texto refere-se à:

a) rede urbana;b) conurbação;c) sementeira urbana;d) capital regional;e) aglomeração.

GeografiaProfessor Paulo BRITO

Aula 44

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A liberalização da economia expressou-se, prin-cipalmente, na drástica redução do protecionis-mo comercial, por meio da diminuição das taxasalfandegárias. O aumento acelerado das impor-tações tinha a finalidade de gerar um choque deconcorrência, aumentando a competitividadedas empresas instaladas no País. Outra finalida-de era a de reduzir os custos de importação debens de capital e insumos industriais, criandocondições favoráveis para os investimentos di-retos estrangeiros na indústria e nos serviços.

Esses investimentos, ao lado das pressões com-petitivas sobre as empresas já instaladas no Pa-ís, impulsionaram profundas transformações nasestruturas produtivas e configuraram um ciclode intensa modernização econômica. As empre-sas instaladas no País, transnacionais ou nacio-nais, incorporaram tecnologias avançadas e me-lhoraram seus níveis de produtividade. Contudonada disso modificou o panorama de concentra-ção geográfica da riqueza que caracterizava oespaço nacional.

A onda recente de investimentos externos nãoreduziu as desigualdades regionais. Na décadade 1990, a participação do Sudeste no PIB na-cional permaneceu quase constante e acima damarca de 58%. A participação do Sul, em tornode 17,5% e a do Nordeste foi, aproximadamen-te, de 13%, também sofrendo apenas mudançasinsignificantes. A parte do Centro-Oeste no PIBcontinuou a apresentar crescimento, saltandode cerca de 5% para algo como 6%. A RegiãoNorte, ao contrário, estagnou em menos de 5%da riqueza nacional.

Os Complexos Agroindustriais

Nesse processo, houve uma crescente mecani-zação das atividades agrícolas, especialmenteno Centro-Sul do país. Em conseqüência, ocor-reu uma intensa liberação de trabalhadores, ex-pulsos da agropecuária e forçados a procurarocupação na indústria e nos serviços. Dessemodo, a economia rural comportou-se comofonte de força de trabalho para a economiaurbana. Em 1950, cerca de 70% da populaçãoeconomicamente ativa do Brasil estava empre-gada no setor agropecuário. No ano 2000, a a-gropecuária empregava cerca de 23% da popu-lação ativa nacional.

A economia rural transformou-se em fornecedo-ra de matérias-primas para as indústrias e parao abastecimento dos mercados urbanos. Pararealizar essa função, os complexos agroindus-triais organizam-se em torno de cadeias produ-tivas que envolvem, além do plantio e da colhei-ta, o beneficiamento e a distribuição do produto.Os complexos agroindustriais movimentam ochamado agribusiness, ou seja, os lucrativosnegócios do campo brasileiro, que se estendempor todas as etapas das cadeias produtivas.Eles recebem a maior parte dos créditos cedi-dos pelo sistema financeiro para o setor agro-pecuário. Para eles também está voltada a mai-oria das pesquisas em novas tecnologias deprodução, desde sementes melhoradas por se-leção dirigida ou geneticamente manipuladasaté sofisticados programas de manejo dos solose de monitoramento climático.Grande parte dessas pesquisas foi e está sendodesenvolvida pela Empresa Brasileira de Agro-pecuária (Embrapa), criada no início da décadade 1970, e pelas Secretarias de abastecimentodos principais estados agrícolas do Brasil. Porcausa delas, mesmo os cultivos tradicionais noPaís, como o de arroz e o de feijão, têm ganha-do enorme.produtividade e passaram a integraros agribusiness.Entretanto a maioria dos estabelecimentos ru-

rais brasileiros continua a operar com níveis bai-xíssimos de produtividade, sem acesso às no-vas tecnologias ou a créditos. Em 1996, quandofoi publicado o último censo agropecuário, qua-se 90% dos estabelecimentos rurais brasileirosnão tinham sequer um trator. Muitos deles sãode tal forma precários, que o IBGE encontra difi-culdades em classificá-los como tais, pois seusresponsáveis abandonam as terras no períododa entressafra em busca de emprego nas áreasde agricultura moderna.

Exercício

01. As afirmativas a seguir referem-se àorganização do espaço da regiãomencionada no texto da reportagem.Analise-as e responda de acordo como esquema que segue:I. ( ) Ainda hoje, o cerrado é visto

como uma forma menor deambiente natural, um bioma desegunda classe. Por isso adestruição indiscriminada docerrado não chegou a sensibili-zar a opinião pública, como nocaso da Floresta Amazônica.

II. ( ) Antes da difusão de tecnologiasde correção e do manejo dossolos, o cerrado era visto comoimprestável para a agricultura, de-vido à sua elevada acidez, à suapobreza em nutrientes e à sua altaconcentração de alumínio.

III.( ) Antes da ocupação intensiva docerrado com a utilização de mo-derna base tecnológica, grandeparte desse bioma já se encon-trava comprometida pelo desma-tamento para a produção do car-vão destinado à indústria siderúr-gica.

IV.( ) A aparente monotonia das paisa-gens do cerrado esconde umavasta e rica biodiversidade vege-tal e animal, pois o clima regionalpredominante, quente e úmido,sem estação seca, permite o vi-goroso desenvolvimento da regi-ão.

a) Somente I, II e III estão corretas. b) Somente I, II e IV estão corretasc) Somente I, III e IV estão corretas. d) Somente II, III e IV estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas.

02. (UERN) A transformação do Brasil depaís agrário em país urbano industrialprovocou grandes mudanças na distri-buição da população pelos setores deatividades.Essas mudanças ocorridas com a Po-pulação Economicamente Ativa (PEA)podem ser expressas:a) pelo aumento do Setor Primário na Re-

gião Nordeste;b) pela redução do Setor Secundário na

Região Centro-Oeste; c) pela redução do Setor Terciário na Regi-

ão Norte;d) pela não-alteração do Setor Terciário na

Região Sul;e) pelo aumento expressivo do Setor Se-

cundário, principalmente na Região Su-deste, e pela redução do Setor Primário.

01. (Fuvest–SP) “Mais da metade do gênerohumano jamais discou um número de te-lefone. Há mais linhas telefônicas em Ma-nhattan do que em toda a África, ao suldo Saara” (Mbeki, vice-presidente daÁfrica do Sul, 1995).“Nos EUA, os brancos representam88,6% dos utilizadores da Internet e osnegros, 1,3%, embora correspondam a12% da população” (Adaptado de Douzet,1997). Considerando-se o texto acima, assinale aalternativa correta:a) O nível de vida das populações e o grau de

desenvolvimento tecnológico dos países ex-plicam a desigual distribuição da rede Inter-net.

b) A cibercultura é universal e constitui um ins-trumento de massificação e de construção deuma identidade cultural global.

c) Os fluxos de informação telefônica não de-vem ser confundidos com as infovias, quetêm uma distribuição mais igualitária nomundo.

d) Os custos da conexão virtual são mais ele-vados nos países ricos do que nos paísespobres, o que explica a sua desigual distri-buição.

e) O centro mundial de fornecimento de servi-ços da rede Internet são os Estados Unidos,devido à grande quantidade de telefonesdisponíveis.

02. (PUC–RJ) Com relação ao processo deurbanização brasileiro, podemos afirmarque:( ) A partir da década de 60, a integração do

território pelas redes de transportes e decomunicações e pelo mercado permitiu quea urbanização brasileira se tornasse, espaci-almente, um fenômeno generalizado.

( ) Entre as décadas de 60 e 80, a urbanizaçãoalcançou o estágio de metropolização, como aumento do número de cidades com maisde 1 milhão de habitantes.

( ) Durante as décadas de 60 e 70, a acelera-ção do ritmo de urbanização demonstrouque os setores industrial e financeiro subor-dinaram e transformaram a agricultura, inte-grando-a às necessidades do mercado ur-bano.

( ) A partir da década de 80, o ritmo de expan-são populacional das metrópoles nacionaisdiminuiu devido à tendência de relocaliza-ção das empresas, o que estimulou o cres-cimento das cidades médias.

03. (Fuvest–SP) No Brasil, a participação dotrabalho feminino no Setor Secundário jáfoi maior que nos dias atuais Essa dimi-nuição pode ser explicada, entre outrosfatores, pela:a) mudança na estrutura industrial, com a me-

nor participação dos ramos tradicionais, co-mo o têxtil, o de vestuário e o alimentício;

b) monopolização masculina do trabalho in-dustrial, decorrente das inovações tecno-lógicas;

c) diminuição da importância dos ramos daquímica e da eletrônica, tradicionais empre-gadores de mão-de-obra feminina;

d) manutenção da estrutura industrial e mono-polização do trabalho masculino;

e) manutenção da estrutura industrial e do de-senvolvimento tecnológico.

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Citologia II

1. Citoplasma celularO citoplasma celular ou hialoplasma é uma mas-sa líquida que contém diversas substâncias, ca-nais, bolsas e as chamadas organelas citoplas-máticas.A porção mais periférica do citoplasma chama-se ectoplasma (do grego ektos, fora), e a por-ção mais interna, endoplasma (do grego éndon,dentro).

Organelas citoplasmáticas

São indispensáveis ao funcionamento do orga-nismo vivo. É importante sabermos sua biogê-nese , suas funções e sua interação com as ou-tras organelas.

Ribossomos

Biogênese: nucléolo – Os ribossomos são as or-ganelas responsáveis pela síntese protéica. Sãopequenos grânulos, sem membrana envoltória,compostos de proteínas e RNA-ribossômico(rRNA). Às vezes, estão dispersos no citoplas-ma, aderidos à membrana nuclear ou à superfí-cie externa do retículo endoplasmático rugoso;outras vezes, unidos a um RNA-mensageiro(mRNA), formando um conjunto denominadopolissomo ou polirribossomo.Estão presentes em todas as células vivas e sósão visíveis ao microscópio eletrônico.

Esquema de ribossomo.

Retículo endoplasmático

Biogênese: Membrana plasmática – O retículoendoplasmático (do latim reticulu, pequena re-de) é uma rede de canais, na forma de tubos ebolsas achatados.O retículo endoplasmático só é encontrado emcélulas eucarióticas e só é visualizado por meiode microscópio eletrônico. É delimitado pormembrana lipoprotéica, podendo ou não apre-sentar ribossomos aderidos à sua face externa.

Tipos de retículo endoplasmático

Há dois tipos de retículo endoplasmático no ci-toplasma: o retículo endoplasmático liso ou a-granular (sem ribossomos) e o retículo endo-plasmático rugoso ou granular (com ribosso-mos), também conhecido como ergastoplasma.

REL RERRepresentação dos dois tipos de retículo endoplasmá-tico

Funções do retículo endoplasmático

REL – Transporte de substâncias, armazena-mento, síntese de lipídios (esterópides) e doto-xificação.RER ou Ergastoplasma – Transporte de subs-tâncias,armazenamento, síntese de proteínas.

Complexo de Golgi ou Sistema golgiense

Biogênese: REL – O complexo de Golgi consti-tui-se de inúmeras vesículas, bolsas e sáculosachatados lipoprotéicos oriundos do retículo en-doplasmático liso. Existe em células animais evegetais (dictiossomos), mas não está presenteem células procarióticas.

O complexo de Golgi é um sistema de sáculos e debolsas achatadas.

Funções do complexo de Golgi

As principais funções do complexo de Golgi sãoo armazenamento e a secreção de substânciase a liberação das secreções através dos grãosde zimógeno. Além disso, ele origina o acrosso-mo, ou capuz-cefálico do espermatozóide, e alamela média das células vegetais. Por último,também participa da síntese dos lisossomos.

Armazenamento e secreção

A secreção celular é o envio, para o exterior, desubstâncias produzidas pela célula. O complexode Golgi armazena substâncias sintetizadas noergastoplasma e, depois, secreta-as. Elas sãomucopolissacarídeos, compostos que formam oglicocálix; lipídios, como os hormônios sexuais eos hormônios das glândulas supra-renais; e omuco dos pulmões, do nariz e do estômago.Quando o complexo de Golgi secreta vesículaschamadas grânulos de secreção, elas desta-cam-se dele e migram para o meio extracelular.Nas células que secretam em grande quantida-de, como as células glandulares, o complexo deGolgi localiza-se entre o núcleo e o pólo secre-tor.

Lisossomos

Biogênese: Complexo de Golgi – Os lisossomos(do grego lísis, quebra; soma, corpo) são res-ponsáveis pela digestão intracelular e estão pre-sentes apenas em células animais. São peque-nas bolsas delimitadas por uma membrana lipo-protéica, visíveis somente à microscopia eletrô-nica e repletas de diferentes tipos de enzimasdigestivas.

Digestão intracelular

A digestão intracelular é aquela que acontecedentro da célula, portanto não é igual à que o-corre no tubo digestório (conforme antiga no-menclatura: tubo digestivo) dos animais. Paraque ela seja possível, enzimas digestivas sãosintetizadas no ergastoplasma, migrando, emseguida, para o complexo de Golgi, onde sãoempacotadas, originando os lisossomos. Nessafase, ainda não tendo efetuado a digestão celu-lar, o lisossomo é chamado lisossomo primário.Entretanto, quando envolve um corpúsculo, abresua membrana e nele despeja suas enzimas,passando a chamar-se lisossomo secundário ouvacúolo digestivo.

Ciclo lisossômico

A digestão heterofágica (do grego hétero, dife-rente; phageín, comer) ocorre com substânciasenglobadas pela célula, como na fagocitose ena pinocitose.O vacúolo, formado na digestão heterofágica,chama-se vacúolo digestivo (associação entrelisossomos e fagossoma).Os lisossomos também podem digerir substân-cias e velhas organelas citoplasmáticas da pró-pria célula (autofagia), reaproveitando seuscompostos em uma espécie de reciclagem, a-ção fundamental para a preservação da vida ce-lular. Esse processo é a digestão autofágica (dogrego autos, próprio; phageín, comer).O vacúolo digestivo, formado na digestão auto-fágica, recebe o nome de vacúolo autofágico.Após ter realizado a digestão, a célula aproveitacompostos que podem ser úteis, como aminoá-cidos, carboidratos e lipídios, e coloca para fora

Aula 45

BiologiaProfessor JONAS Zaranza

01. (Fuvest) Numa célula animal, a seqüênciatemporal da participação das organelas ci-toplasmáticas, desde a tomada do alimentoaté a disponibilização da energia, é:a) lisossomos, mitocôndrias, plastos.b) plastos, peroxissomos, mitocôndrias.c) complexo golgiense, lisossomos, mitocôn-

drias.d) mitocôndrias, lisossomos, complexo golgien-

se.e) lisossomos, complexo golgiense, mitocôn-

drias.

02. (Fuvest) Alimento protéico marcado comradioatividade foi fagocitado por paramé-cios. Poucos minutos depois, os paramé-cios foram analisados e a maior concentra-ção de radioatividade foi encontradaa) nos centríolos.b) nas mitocôndrias.c) na carioteca.d) no nucléolo.e) no retículo endoplasmático.

03. (UNB) Um antibiótico que atue nos ribosso-mos mata:

a) bactérias por interferir na síntese de proteínas.b) bactérias por provocar plasmólise.c) fungos por interferir na síntese de lipídios.d) vírus por alterar DNA.e) vírus por impedir recombinação gênica.

04. As mitocôndrias são consideradas as “casasde força” das células vivas. Tal analogia refe-re-se ao fato de as mitocôndriasa) estocarem moléculas de ATP produzidas na

digestão dos alimentos.b) produzirem ATP com utilização de energia li-

berada na oxidação de moléculas orgânicas.c) consumirem moléculas de ATP na síntese de

glicogênio ou de amido a partir de glicose.d) serem capazes de absorver energia luminosa

utilizada na síntese de ATP.e) produzirem ATP a partir da energia liberada na

síntese de amido ou de glicogênio.

05. (Fuvest-GV) A figura a seguir indica as di-versas etapas do processo que uma amebarealiza para obter alimentos.

A organela que se funde ao fagossomocontéma) produtos finais da digestão.b) enzimas que sintetizam carboidratos.c) enzimas digestivas.d) enzimas da cadeia respiratória.e) reservas energéticas.

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os restos inúteis, na forma de corpos residuais,pela exocitose.Todo esse processo de digestão celular é conhecido como ciclo lisossômico. Quando ocorre orompimento da membrana dos lisossomos, cha-mamos de autólise ou apoptose, liberando en-zimas hidrolíticas e causando destruição celular.Ex.: Decomposição de cadáver, redução da cau-da do girino.

Peroxissomos

Biogênese: REL – Os peroxissomos tambémsão bolsas originadas do retículo endoplasmáti-co liso, repletas de enzimas originadas do RER.São organelas diferentes dos lisossomos: pos-suem enzimas oxidantes (catalase), enquanto oslisossomos possuem enzimas hidrolisantes.Suas enzimas agem sobre substâncias oriundasde um catabolismo.

Centríolos

Biogênese: Autoduplicação – Os centríolos sãoformados por dois cilindros perpendiculares en-tre si. Cada um dos cilindros é composto de vá-rios tubos não-delimitados por membrana lipo-protéica e DNA.Podem ser vistos, com dificuldade, ao microscó-pio óptico. Ao microscópio eletrônico, constata-se que são formados por nove grupos de trêsmicrotúbulos.Suas funções básicas são as de auxiliar a divi-são celular, formando os fusos, e originar cílios eflagelos.

Os centríolos são formados por nove grupos de trêsmicrotúbulos. Cada centríolo fica perpendicular ao ou-tro.

Ocorrência e localização

Os centríolos estão presentes em células ani-mais e vegetais inferiores. Não ocorrem em ve-getais superiores (gimnospermas e angiosper-mas), bactérias, cianobactérias e fungos.Localizam-se, quase sempre, no pólo superiorda célula. Todavia, em alguns animais e vege-tais, quando a célula não está em processo dedivisão, ficam próximos ao núcleo, em um localchamado centro celular ou centrossomo.

Mitocôndrias

Biogênese: Autoduplicação – As mitocôndriassão organelas presentes em todos os seres eu-cariontes. Possuem a forma de bastonete e sãorevestidas por uma membrana dupla. A mem-brana externa é lisa, e a interna, pregueada,formando as cristas mitocondriais, onde estãoas enzimas respiratórias. O preenchimentointerno das mitocôndrias é chamado matrizmitocondrial.Em sua composição, além de lipídios, proteínase enzimas respiratórias, existem cálcio, magné-sio, fósforo, DNA, RNA e minúsculos ribosso-mos.

Esquema de mitocôndria.

Função e localização

A mitocôndria tem a função de produzir energia(ATP) para as atividades celulares por meio darespiração celular. Isso significa que regiões dacélula com maior necessidade de energia exi-gem mais mitocôndrias. Assim, por exemplo,

elas estão presentes em grande número na ba-se de cílios e flagelos, fornecendo energia parasua movimentação, e em células que trabalhamconstantemente, como o músculo cardíaco. Oconjunto de mitocôndrias de uma célula recebeo nome de condrioma.

2. NÚCLEO INTERFÁSICO

Estrutura nuclearExceto em seres procariontes, em que o núcleonão existe e o material nuclear está disperso nocitoplasma, os demais seres vivos possuem umou mais núcleos bem delimitados pela cariote-ca. Dentro do núcleo, mergulhados em uma so-lução semelhante ao hialoplasma, a cariolinfa,encontramos um ou mais nucléolos e os cro-mossomos.

Representação do núcleo

Carioteca

Também é chamada de membrana nuclear. Acarioteca tem constituição lipoprotéica, é duplae apresenta poros, por onde podem passargrandes moléculas em direção ao citoplasma eem sentido contrário. Ela comunica-se com o re-tículo endoplasmático, que lhe dá origem, e, fre-qüentemente, possui ribossomos aderidos à suaface externa.A carioteca permanece íntegra durante a vida dacélula e só se desmancha durante a divisão ce-lular. Diferentemente da membrana celular, a ca-rioteca não se regenera quando lesada.

Cariolinfa

A cariolinfa também é conhecida como nucleo-plasma, carioplasma ou suco nuclear. Ela é umasolução de água, proteínas e outras substân-cias, semelhante ao hialoplasma, que preencheo interior do núcleo.

Nucléolo

Pode existir um ou vários nucléolos dentro deum mesmo núcleo. O nucléolo não possui ne-nhuma membrana envoltória e é tão-somenteum agregado de rRNA e proteínas.O que dá origem ao nucléolo é um tipo especialde cromossomo chamado cromossomo organi-zador do nucléolo, em uma pequena parte cha-mada zona SAT, zona satélite ou zona organiza-dora do nucléolo.

Cromossomos

O cromossomo é uma estrutura que contém asinformações genéticas da célula. Ele é constitu-ído de uma molécula de DNA associada a pro-teínas chamadas histonas. Nos locais de conta-to entre o DNA e as histonas, formam-se granu-lações conhecidas como nucleossomos. Comosão formados por cromossos, são capazes deautoduplicar-se.O conjunto de cromossomos é chamado croma-tina. A cromatina pode ter regiões mais espiraliza-das, portanto mais condensadas e coráveis, e regiões menos espiralizadas, portanto menos con-densadas e menos coráveis. As regiões mais condensadas da cromatina são chamadas helorocromatina, e as menos condensadas, eucromatina.

Esquema de heterocromatina (condensada ou inativa)e eucromatina (condensada ou ativa).

01. No esquema, estão representadas eta-pas, numeradas de 1 a 3, de um impor-tante processo que ocorre no interiordas células, e algumas organelas envol-vidas direta ou indiretamente com esseprocesso.

——— split —->As etapas que correspondem a 1, 2 e 3,respectivamente, e algumas organelasrepresentadas no esquema, estãocorretamente listadas em:

a) absorção de aminoácidos, síntese protéi-ca e exportação de proteínas; retículoendoplasmático, lisossomo e mitocôndria.

b) fagocitose de macromoléculas, digestãocelular e egestão de resíduos; retículo en-doplasmático, complexo de Golgi e lisos-somo.

c) fagocitose de sais minerais, fotossíntese eexportação de compostos orgânicos; clo-roplastos e vacúolos.

d) absorção de oxigênio, respiração celular eeliminação de dióxido de carbono; mito-côndrias e vacúolos.

e) fagocitose de macromoléculas, digestãocelular e exportação de proteínas; mito-côndrias e lisossomos.

02. Células animais, quando privadas dealimento, passam a degradar partes desi mesmas como fonte de matéria-primapara sobreviver. A organela citoplasmá-tica diretamente responsável por essadegradação é

a) o aparelho de Golgi. b) o centríolo.c) o lisossomo. d) a mitocôndria.e) o ribossomo.

03. No esquema abaixo, as setas cheias in-dicam um fenômeno encontrado nas cé-lulas vegetais, caracterizado pela circu-lação do citoplasma no interior da célu-la, o que facilita a distribuição de subs-tâncias.

——- split —->Essa condição é conhecida como

a) endocitose. b) plasmólise.c) clamastose. d) osmose.e) ciclose.

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Textos

WaveLetra: Tom Jobim

Intérprete: Lenine

Vou te contarOs olhos já não podem verCoisas que só o coração pode entenderFundamental é mesmo o amorÉ impossível ser feliz sozinho

O resto é marÉ tudo que eu nem sei contarSão coisas lindas que eu tenho pra te darVem de mansinho a brisa e me dizÉ impossível ser feliz sozinho

Da primeira vez era a cidadeDa segunda o cais e a eternidadeAgora eu já seiDa onda que se ergueu no marE das estrelas que esquecemos de contarO amor se deixa surpreenderEnquanto a noite vem nos envolver

Regência Verbal 2

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS

1. DEFINIÇÃO

Transitivo indireto é o verbo que exige com-plemento com preposição. O complementochama-se objeto indireto.

2. PREPOSIÇÃO OBRIGATÓRIA

Quando o complemento do verbo transitivoindireto vem representado por um substan-tivo (ou por pronome que não seja átono), apreposição é obrigatória. A construção defrases sem ela constitui agressão à normaculta da língua escrita.

Veja construções certas e erradas:

1. Este é o homem que o Brasil precisa.(errado)

2. Este é o homem de que o Brasil precisa.(certo)

3. O filme que assisti impressionou-me.(errado)

4. O filme a que assisti impressionou-me.(certo)

3. COMPLEMENTO DOS VERBOSTRANSITIVOS INDIRETOS

Além dos substantivos, os verbos transitivosindiretos admitem como complemento:

a) lhe(s) – Pronome que só pode represen-tar pessoas ou seres vivos; deve ser usa-do com verbos que combinem com aspreposições a ou para.

Veja construções analisadas:

1. Assistimos ao filme proibido.Assistimos-lhe. (errado)Assistimos a ele. (certo)

2. Obedecemos às leis de trânsito.Obedecemos-lhes. (errado)Obedecemos a elas. (certo)

3. Obedeço sempre aos meus superiores.

Obedeço-lhes sempre. (certo)Obedeço sempre a eles. (certo)

4. Confio muito em Rosilda.Confio-lhe muito. (errado)Confio muito nela. (certo)

b) a ele(s), a ela(s), a isso – Pronomes quepodem representar pessoas ou coisas in-diferentemente.

Veja construções analisadas:

1. Referimo-nos às estrelas.Referimo-nos a elas. (certo)

2. Obedecemos à lógica do mercado.Obedecemos a isso. (certo)

c) me, te, se, nos, vos – Pronomes que sópodem representar pessoas.

Veja construções analisadas:

1. Coisas boas aconteceram a mim.Coisas boas aconteceram-me. (certo)

2. Cabe a ti a decisão de mudar de vida.Cabe-te a decisão de mudar de vida.(certo)

Arapuca

(FGV) Assinale a alternativa em que um ver-bo, tomando outro sentido, tem alterada asua predicação.a) O alfaiate virou e desvirou o terno, à

procura de um defeito. / Francisco viroua cabeça para o lado, indiferente.

b) Clotilde anda rápido como um raio. /Clotilde anda adoentada ultimamente.

c) A mim não me negam lugar na fila. /Neguei o acesso ao prédio, como mecabia fazer.

d) Não assiste ao prefeito o direito dejulgar essa questão. / Não assisti aofilme que você mencionou.

e) Visei o alvo e atirei. / As autoridadesportuárias visaram o passaporte.

4. PRONOMES COM DUPLA FUNÇÃO

Os pronomes átonos me, te, se, nos e vospodem fazer o papel tanto de objeto diretoquanto de objeto indireto. A diferença estána regência do verbo a que se filiam.

1. Eu tenho coisas lindas para te dar.Função do “te”: objeto indireto.

2. Eu nasci para te amar.Função do “te”: objeto direto.

3. A noite vem-nos envolver.Função do “nos”: objeto direto.

4. Nada nos falta aqui.Função do “nos”: objeto indireto.

5. Ele deu-se o luxo de viajar.Função do “se”: objeto indireto.

5. VTI: SEM VOZ PASSIVA

Os verbos transitivos indiretos não aceitam,em rigor, voz passiva. Alguns verbos, po-rém, por força do uso, são apassivados. É ocaso de obedecer, pagar, perdoar, respon-der. Mas, em provas de concursos, em quea língua culta padrão é preservada, taisconstruções são condenadas, com exceçãodaquelas com o verbo obedecer.

Veja construções certas e erradas:

1. O jogo foi assistido por toda a família.Construção errada porque o verboassistir (transitivo indireto) não aceitavoz passiva.

2. Toda a família assistiu ao jogo.

Caiu no vestibular

01. (FGV) Escolha a alternativa que preenchacorretamente as lacunas das frases abaixo.

1. Por acaso, não é este o livro ............. o

professor se refere?

2. As Olimpíadas ............. abertura assistimos

foram as de Tóquio.

3. Herdei de meus pais os princípios morais

............. tanto luto.

4. É bom que você conheça antes as pessoas

............. vai trabalhar.

5. A prefeita construirá uma estrada do centro

ao morro ............. será construída a igreja.

6. Ainda não foi localizada a arca ............. os

piratas guardavam seus tesouros.

a) de que, cuja, para que, com os quais, sobre

que, em que.

b) que, de cuja, com que, para quem, no qual,

que.

c) em que, cuja, de que, para os quais, onde,

na qual.

d) a que, a cuja, em que, com que, que, em

que.

e) a que, a cuja, por que, com quem, sobre o

qual, onde.

02. (FGV) Assinale a alternativa que completacorretamente as lacunas da frase:

“Eu ....... encontrei ontem, mas não .......

reconheci porque ....... anos que não ....... via.”

a) lhe, lhe, há, lhe.

b) o, o, haviam, o.

c) lhe, o, havia, lhe.

d) o, lhe, haviam, o.

e) o, o, havia, o.

03. (FGV) Caetano Veloso gravou uma can-ção, do filme Lisbela e o Prisioneiro. Trata-se de Você não me ensinou a te esquecer.A propósito do título da canção, pode-sedizer que:

a) A regra da uniformidade do tratamento é res-

peitada, e o estilo da frase revela a lingua-

gem regional do autor.

b) O desrespeito à norma sempre revela falta

de conhecimento do idioma; nesse caso,

não é diferente.

c) O correto seria dizer Você não me ensinou a

lhe esquecer.

d) Não deveria ocorrer a preposição a nessa

frase, já que o verbo ensinar é transitivo

direto.

e) Desrespeita-se a regra da uniformidade de

tratamento. Com isso, o estilo da frase acaba

por aproximar-se do da fala.

Aula 46

PortuguêsProfessor João BATISTA Gomes

Page 10: Apostila Aprovar Ano05 Fascículo08 Qui Fis

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Frase na voz ativa; construção certa.

3. As leis de trânsito nunca são obedecidas.Construção certa; o verbo obedecer(transitivo indireto) admite voz passiva.

4. Não se obedece nunca às leis de trânsito.Construção certa.

6. VTI + SE = SUJEITO INDETERMINADO

Os verbos transitivos indiretos, acompanha-dos do pronome se, não admitem plural. Éque, nesse caso, o se indica sujeito inde-terminado, obrigando o verbo a ficar na ter-ceira pessoa do singular.

Veja construções analisadas:

1. Precisam-se de pedreiros. (errado)

2. Precisa-se de pedreiros. (certo)Regência de “precisar”: VTI.Função do “se”: PIS (pronome que inde-termina o sujeito).Sujeito: indeterminado.

3. Aqui, obedecem-se às leis. (errado)

4. Aqui, obedece-se às leis. (certo)Regência de “obedecer”: VTI.Função do “se”: PIS (pronome que inde-termina o sujeito).Sujeito: indeterminado.

5. Tratam-se de acordos sociopolíticos.(errado)

6. Trata-se de acordos sociopolíticos. (certo)Regência de “tratar”: VTI.Função do “se”: PIS (pronome que inde-termina o sujeito).Sujeito: indeterminado.

7. OBJETO INDIRETO ORACIONAL

O complemento do verbo transitivo indireto,o objeto indireto, pode ser uma oração in-teira: é a oração subordinada substantivaobjetiva indireta.

Veja construções analisadas:

1. Lembro-me de que tudo entre nós eramflores... antes do casamento.Regência de “lembrar-se”: VTI.Função do “me”: pronome que integra overbo.Objeto indireto: “de que tudo entre nóseram flores... antes do casamento”.

2. Esqueci-me de que você é vegetariana.Regência de “esquecer-se”: VTI.Função do “me”: pronome que integra overbo.Objeto indireto: “de que você é vegeta-riana”.

Verbos transitivos diretos e indiretos

1. DOIS COMPLEMENTOS

Há verbos que possuem dupla predicação,exigindo dois complementos: um sem pre-posição (objeto direto), outro com preposi-ção (objeto indireto). São chamados detransitivos diretos e indiretos ou bitransi-tivos. Outros nomes: biobjetivos e transi-tivos-relativos

2. COMBINAÇÃO DE PRONOMES

Com verbos transitivos diretos e indiretos,pode ocorrer a combinação dos pronomesátonos, incomum na língua coloquial brasi-leira, mas muito empregada pelos autoresda literatura. Vejamos algumas frases:

a) Diziam-me coisas absurdas.= Diziam-mas (me + as).

b) Ofertaram-lhe flores miúdas.

= Ofertaram-lhas (lhe + as).

c) Elas nos deram flores.

= Elas no-las deram (nos + as).

d) Todos te mandaram lembranças.

= Todos tas mandaram (te + as).

e) Eu lhes peço desculpas.

= Eu lhas peço. (lhes + as).

3. ME, TE, NOS, VOS, LHE = POSSESSIVOS

Em construções do tipo “Roubaram-lhe o

carro”, o verbo não é transitivo direto e indi-

reto: é apenas transitivo direto, com o lhe

(ou me, te, nos, vos) na função de adjunto

adnominal. Nesse caso, os pronomes me,

te, nos, vos e lhe têm valor de possessivos:

correspondem a meu, teu, nosso, vosso e

seu.

Dificuldades da língua

ESTAR EM ou DE FÉRIAS?

1. Féria (sinônimos):

a) Dia semanal.

b) Jornal ou salário de trabalhadores.

c) Soma dos salários da semana.

d) Folga, descanso.

e) Em casa comercial, o dinheiro das

vendas realizadas no dia, na semana.

f) No calendário litúrgico, dia em que não

se comemora uma festa.

2. Férias (sinônimos):

a) Significa dias em que se suspendem os

trabalhos oficiais (datas patrióticas e dias

santificados); feriado.

b) Certo número de dias consecutivos desti-

nados ao descanso de funcionários, em-

pregados, estudantes, etc., após um pe-

ríodo anual ou semestral de atividades.

3. Entrar em ou de férias? – No sentido de

“começar a fruir, a gozar”, a construção cor-

reta é “entrar de férias”, “entrar de licença”.

a) Semana que vem, ela entrará de férias.

(certo)

b) Semana que vem, ela entrará em férias.

(errado)

c) Quando você entrará de férias? (certo)

d) Quando você entrará em férias?

(errado)

4. Sair em ou de férias? – No sentido de “afas-

tar-se, retirar-se”, a construção correta é “sair

em férias”.

a) Semana que vem, saio de férias. (errado)

b) Semana que vem, saio em férias. (certo)

5. Estar de ou em férias? – Dissociadas de ver-

bos ou associadas ao verbo estar, as expres-

sões “de férias” e “em férias” são corretas.

1. Mesmo em férias, continuou trabalhando.

(certo)

2. Mesmo de férias, continuou trabalhando.

(certo)

3. Vamos aproveitar: estamos de férias.

(certo)

4. Vamos aproveitar: estamos em férias.

(certo)

LISTA DE VERBOS TRANSITIVOSINDIRETOS

Eis a relação de verbos transitivos indiretos maisempregados no dia-a-dia. Ao lado deles, servindo-lhes de complemento, não se podem usar ospronomes o, a, os, as.

1. Abster-seA muito custo, absteve-se do álcool.

2. AcenarFinalmente, o governo acenou com apossibilidade de renúncia.

3. AcontecerAconteceu-nos, outrora, muito contratempo.

4. AderirChegou a hora de aderirmos à proposta daoposição.

5. Admirar-seAdmiramo-nos de sua coragem.

6. AludirNo discurso, ela aludiu ao nosso passado.

7. AnsiarSempre ansiei por dias melhores.

8. AntipatizarAntipatizamos com os índios tão logo os vimos.

9. AprazerApraz-me muito a tua presença.

10. ArgumentarTemos motivos para argumentar contra suasatitudes.

11. BastarPouca coisa basta ao homem sóbrio.

12. BaterNão se deve bater em crianças.

13. CaberCabe ao povo o direito de controlar as ações dogoverno.

14. CairA escolha para dar-lhe a notícia caiu em mim.

15. CarecerEsse seu argumento carece de fundamentos.

16. CederFiz tudo para não ceder à tentação.

17. CustarCustou-lhe acreditar na derrota.

18. ConfiarEu estava certo; não podíamos confiar neles.

19. Contentar-seEu me contento com pouca coisa.

20. Esquecer-seJamais me esquecerei de você.

21. FaltarNada me falta aqui...

22. GostarEstes são os filmes de que gosto.

23. Lembrar-seLembrei-me de minha infância e chorei.

24. ObedecerÉ importante que, na empresa, todos obedeçamàs determinações superiores.

Page 11: Apostila Aprovar Ano05 Fascículo08 Qui Fis

11

Ligações Químicas II

ORBITAL ATÔMICONum átomo, os estados estacionários da funçãode onda de um elétron são denominados orbi-tais atômicos. Entretanto os orbitais não repre-sentam a posição exata do elétron no espaço,que não pode ser determinada devido a suanatureza ondulatória; apenas delimitam umaregião do espaço na qual a probabilidade deencontrar o elétron é elevada.

OS ORBITAIS E OS NÚMEROS QUÂNTICOS

O valor do número quântico n (número quânticoprincipal ou primário, que apresenta os valores1, 2, 3, 4, 5, 6 ou 7) define o tamanho do orbital.Quanto maior o número, maior o volume do or-bital. Também é o número quântico que tem amaior influência na energia do orbital. O valor do número quântico l (número quânticosecundário ou azimutal, que apresenta osvalores 0, 1, 2,..., n–1) indica a forma do orbitale o seu momento angular. O momento angular édeterminado pela equação:

A notação científica (procedente da espectrosco-pia) é a seguinte:

l = 0, orbitais sl = 1, orbitais pl = 2, obitais dl = 3, orbitais fl = 4, orbitais g.

Para os demais orbitais, segue-se a ordem alfabé-tica.O valor do m (número quântico terciário oumagnético, que pode assumir os valores – l...0...+l) define a orientação espacial do orbital diantede um campo magnético externo. Para a proje-ção do momento angular diante de um campoexterno, verifica-se através da equação:

O valor de s (número quântico quaternário ouspin) pode ser +1/2 ou -1/2. Denomina-se orbi-tal espacial aquele sem o valor de s, e spinorbi-tal aquele que apresenta o valor de s.

Pode-se decompor a função de onda empregan-do-se o sistema de coordenadas esféricas daseguinte forma:Ψn, l, ml = Rn, l (r) Θl, ml (θ) Φml (ϕ) Onde: Rn, l (r) representa a distância do elétronaté o núcleo, e Θl, ml (θ) Φml (ϕ), a geometria doorbital. Para representar o orbital, emprega-se afunção quadrada, |Θl, ml (θ)|2 |Φml (ϕ)|2, já queesta é proporcional à densidade de carga e, por-tanto, à densidade de probabilidade, isto é, ovolume que encerra a maior parte da probabili-dade de encontrar o elétron ou, se preferir, ovolume ou a região do espaço na qual o elétronpassa a maior parte do tempo.

ORBITAL s

O orbital s tem simetria esférica ao redor do nú-cleo. Na figura seguinte, são mostradas duasalternativas de representar a nuvem eletrônicade um orbital s:Na primeira, a probabilidade de encontrar o elé-tron (representada pela densidade de pontos)diminui à medida que nos afastamos do núcleo.Na segunda, apresenta-se o volume esférico noqual o elétron passa a maior parte do tempo. Pelasimplicidade, a segunda forma é mais utilizada.Para valores de número quântico principal maio-res que um, a função densidade eletrônica apre-senta n–1 nós, nos quais a probabilidade tende azero. Nesses casos, a probabilidade de encontraro elétron se concentra a certa distância do núcleo.

ORBITAL pA forma geométrica dos orbitais p é a de duasesferas achatadas até o ponto de contato (o nú-cleo atômico), orientadas segundo os eixos decoordenadas. Em função dos valores que podeassumir o terceiro número quântico m (–1, 0 e+1 ), obtêm-se três orbitais p simétricos, orien-tados segundo os eixos x, z e y. De maneiraanáloga ao caso anterior, os orbitais p apresen-tam n–2 nós radiais na densidade eletrônica, demodo que, à medida que aumenta o valor donúmero quântico principal, a probabilidade deencontrar o elétron afasta-se do núcleo atômico.

ORBITAL d

Os orbitais d têm uma forma mais diversificada:quatro deles têm forma de 4 lóbulos de sinaisalternados (dois planos nodais, em diferentesorientações espaciais ), e o último é um duplolóbulo rodeado por um anel (um duplo conenodal ). Seguindo a mesma tendência, apresen-tam n-3 nós radiais.

LIGAÇÃO DE VALÊNCIA

Em química, a teoria da ligação de valênciatenta explicar a formação de ligações covalentes.

O modelo da teoria de ligação de valência

De acordo com a teoria de ligação de valência(TLV), a ligação entre dois átomos é conseguidaatravés da sobreposição de dois orbitais atômi-cos semipreenchidos. Sobreposição refere-se auma porção desses orbitais atômicas que ocu-pam o mesmo espaço.Nessa zona de sobreposição, existe apenas umpar de elétrons com spins desemparelhados,provocando a aproximação dos núcleos e dimi-nuindo a energia potencial do sistema. Logo os átomos tendem a posicionar-se de formaque a sobreposição de orbitais seja máxima,reduzindo a energia do sistema a um mínimo,formando ligações mais fortes e estáveis.

ORBITAIS σQuando o emparelhamento se dá através deorbitais segundo o eixo de ligação dos átomos,as ligações denominam-se ó. As orbitais quegeralmente formam ligações ó são as s e pz.

ORBITAIS πQuando o emparelhamento se dá através deorbitais fora do eixo de ligação dos átomos, asligações denominam-se π. Os orbitais quegeralmente formam ligações π são os px e py.

Aula 47

01. Qual a geometria molecular da água(H2O)? Dados os números atômicos: H=1;O=8.

a) Linearb) Angularc) Trigonal planad) Piramidale) Tetraédrica

02. Qual a geometria molecular da amônia(NH3)? Dados os números atômicos: H=1;N=7.

a) Linearb) Angularc) Trigonal planad) Piramidale) Tetraédrica

03. Determinar o número de ligações sigmaexistentes na molécula do etanol (H3C –CH2 – OH).

a) 0b) 2c) 6d) 7e) 8

04. Quantas ligações pi são encontradas namolécula do ácido cianídrico (HCN)?

a) 0b) 1c) 2d) 3e) 4

05. Assinale a alternativa que apresenta umamolécula com geometria linear.

a) CO2

b) H2Oc) CH4

d) PCl3e) SO3

06. Em qual dos compostos o carbono étrigonal plano?

a) CO2 b) CH4 c) COd) HCOOH e) HCN

07. Considere a seguinte cadeia carbônica:H2C=C=CH–CH2–CHO. O tipo de hibri-dização dos átomos de carbono, naordem em que foram apresentados, é:

a) sp2, sp, sp2, sp3, sp2

b) sp2, sp2, sp, sp3, sp3

c) sp3, sp2, sp3, sp, sp2

d) sp2, s, sp, sp2, spe) sp2, p, sp, sp2, sp

08. O ângulo entre as ligações na moléculado gás metano (CH4) é:

a) 90° b) 120° c) 180°

d) 240° e) 109°28’

QuímicaProfessor Pedro CAMPÊLO

Page 12: Apostila Aprovar Ano05 Fascículo08 Qui Fis

12

Exemplos:O2 – A configuração eletrônica do Oxigênio é1s2 2s2 2px

2 2py1 2pz

1.

Então há dois pares de elétrons 2p desemparelha-dos (para dois átomos de oxigênio). Sobrepondoos orbitais 2pz, forma-se uma ligação σ; sobrepon-do os orbitais 2py, forma-se uma ligação π.Assim, forma-se uma ligação covalente dupla entreos átomos, composta por uma ligação σ e uma π.N2 – A configuração eletrônica do Azoto é 1s2 2s2

2px1 2py

1 2pz1

Então há três pares de elétrons 2p desemparelha-dos (para duas moléculas de nitrogênio). Sobre-pondo os orbitais 2pz, forma-se uma ligação σ;sobrepondo os orbitais 2px e 2py, formam-se duasligações π.Assim, forma-se uma ligação covalente tripla entreos átomos, composta por uma ligação σ e duas π. HIBRIDIZAÇÃO DE ORBITAIS

Metano (CH4)A configuração eletrônica do Carbono é 1s2 2s2

2px1 2py

1 2pz0

Logo parece que o Carbono apenas pode esta-belecer duas ligações. Então como se pode ligara 4 átomos de hidrogênio?Primeiro, é necessário promover um elétron 2s a2p, ficando com uma configuração semelhanteà seguinte: 1s2 2s1 2px

1 2py1 2pz

1.Agora, já podemos considerar que cada um des-ses elétrons desemparelhados se une ao únicoelétron 1s do hidrogênio, formando 4 ligações σ.Uma das ligações seria resultante da sobreposiçãoda orbital 1s do hidrogênio com a 2s do carbono; eas 3 restantes resultariam da sobreposição dosorbitais 1s com os 2p. Daqui se deduziria que ageometria dessa molécula seria a de 3 ligaçõessegundo os eixos ortogonais e uma no espaçorestante. No entanto dados experimentais sugeremque todas as ligações são iguais, e distanciadasigualmente, formando ângulos de 109,5° entre si.Daqui surge a idéia de hibridização dos orbitais.Isso significa que, em vez de orbitais s e p,apenas existem 4 orbitais híbridos sp3, todosiguais em termos energéticos.

Etino (C2H2)

Considemos o carbono excitado 1s2 2s1 2px1 2py

1

2pz1; nessa molécula, também se dá hibridização

de orbitais, mas apenas de dois, do orbital s e deum p, formando ddois orbitais híbridos sp.Um desses orbitais sp vai-se ligar ao orbital 1s dohidrogênio (ligação σ), enquanto que o outro orbi-tal sp se liga a outro híbrido sp do outro átomo dehidrogênio (ligação σ). Os orbitais 2p restantes li-gam-se com os outros orbitais 2p do outro carbo-no, formando duas ligações π. Assim se explica aligação tripla entre os átomos de carbono.Eteno (C2H4)No eteno, em que há uma ligação dupla entre osátomos de carbono, podemos concluir que seformam 3 orbitais híbridos sp2, em que dois delesse ligam com os orbitais 1s dos hidrogênios (liga-ção σ); o restante liga-se ao orbital sp2 do outrocarbono (ligação σ); e o orbital 2p restante liga-seao outra orbital 2p, formando uma ligação π.LIGAÇÃO SIGMA

É uma ligação entre dois orbitais s ou um orbitals e um p, ou ainda entre dois orbitais p que seinterpenetram frontalmente. Normalmente o queocorre é o seguinte: os orbitais de dois átomosde carbono, por exemplo, que são do tipo p, seligam. A primeira ligação a ser formada é umsigma, porque os dos orbitais que estiveremmais próximos um do outro se interpenetramfrontalmente. Observa-se uma simetria cilíndricasobre o eixo que une o centro dos dois atomos.A densidade eletrônica (o par de elétrons daligação) vai se situar entre os núcleos dosátomos ligados; uma ligação sigma entre osátomos mais importantes para a química docarbono pode ser feita por um orbital híbrido dotipo sp, sp² ou sp³, e o orbital s do hidrogênio,ou com orbitais sp, sp² e sp³ de átomos maiores.

LIGAÇÃO PI

Em química orgânica, ligações pi (ou ligaçõesπ) são ligações químicas covalentes, quando oemparelhamento se dá através de orbitais forado eixo de ligação dos átomos. Os orbitais quegeralmente formam ligações pi são os px e py.É a ligação característica de compostos comduplas ou triplas ligações como o propeno e oetino. A densidade eletrônica de uma ligação pi

é nula no eixo internuclear ou plano nodal(região no meio do orbital onde o valor é zero).A ligação pi é mais fácil de ser rompida devido àaproximação lateral nos orbitais p.

GEOMETRIA MOLECULARGeometria molecular é o estudo de como osátomos estão distribuídos espacialmente emuma molécula. Esta pode assumir várias formasgeométricas, dependendo dos átomos que acompõem. As principais classificações são linear,angular, trigonal plana, piramidal e tetraédrica.Para se determinar a geometria de uma molécu-la, é preciso conhecer a teoria da repulsão dospares eletrônicos da camada de valência.

Teoria da repulsão dos pares eletrônicos

Baseia-se na idéia de que pares eletrônicos dacamada de valência de um átomo central, este-jam fazendo ligação química ou não, se com-portam como nuvens eletrônicas que se repe-lem, ficando com a maior distância angularpossível uns dos outros. Uma nuvem eletrônicapode ser representada por uma ligação simples,dupla, tripla ou mesmo por um par de elétronsque não estão a fazer ligação química. Essateoria funciona bem para moléculas do tipo ABx,em que A é o átomo central e B é chamado deelemento ligante. De acordo com essa teoria, ospares de elétrons da camada de valência doátomo central (A) se repelem, produzindo oformato da molécula ou íon.Assim, se houver 2 nuvens eletrônicas ao redorde um átomo central, a maior distância angularque elas podem assumir é 180 graus. No casode três nuvens, 120 graus etc.

Tipos de geometria molecular

a)Linear: Acontece em toda molécula biatômica(que possui dois átomos) ou em toda molécu-la em que o átomo central possui no máximoduas nuvens eletrônicas em sua camada devalência. Exemplo: Ácido clorídrico (HCl) egás carbônico (CO2).

b)Trigonal plana ou triangular: Acontece somen-te quando o átomo central tem três nuvens ele-trônicas em sua camada de valência. Estas de-vem fazer ligações químicas, formando um ân-gulo de 120 graus entre os átomos ligados aoátomo central. Caso 2 das nuvens eletrônicassejam de ligações químicas e uma de elétronsnão-ligantes, a geometria é angular, como foidescrito acima. O ângulo é de 120°

c) Angular: Acontece quando o átomo centraltem três ou quatro nuvens eletrônicas em suacamada de valência. No caso de três, duasdevem estar fazendo ligações químicas e umanão, formando um ângulo de 120 graus entreos átomos ligantes. Quando há quatro nuvens,duas devem fazer ligações químicas e duasnão, formando um ângulo de 105 graus entreos átomos.

d)Tetraédrica: Acontece quando há quatro nu-vens eletrônicas na camada de valência doátomo central, e todas fazem ligações quími-cas. O átomo central assume o centro de umtetraedro regular. O ângulo é de 109° 28’

e)Piramidal: Acontece quando há quatro nuvenseletrônicas na camada de valência do átomocentral, sendo que três fazem ligações quími-cas e uma não. Os três átomos ligados aoátomo central não ficam no mesmo plano. Oângulo é de 107°. O exemplo mais citado é oamoníaco (NH3).

01. Assinale a afirmação incorreta.

a) A molécula de O2 apresenta duas ligaçõespi.

b) 180° é o ângulo na molécula do CO2.c) A molécula do trióxido de enxofre (SO3) é

trigonal plana.d) A forma geométrica da molécula do gás

nitrogênio (N2) é linear.e) 120° é o ângulo entre as ligações na

molécula do BF3.

02. O número de ligações covalentes que umátomo faz é igual ao número de orbitaisincompletos que ele apresenta na cama-da de valência. Caso não existisse a hi-bridização, o carbono seria:

a) Monovalenteb) Bivalentec) Trivalented) Tetravalentee) Hexavalente

03. A partir da análise de Lewis, o par desubstâncias que apresenta a mesmageometria molecular é:

a) CH3Cl e SO3

b) NH3 e SO3

c) PCl3 e SO3

d) NH3 e PCl3e) NH3 e CH3Cl

04. Assinale a alternativa que apresenta aassociação incorreta.

a) BeH2 – linearb) BH3 – trigonal planac) CH4 – tetraédricad) PH3 – trigonal planae) H2S – angular

05. Qual das moléculas a seguir não apresentaligação pi?

a) CS2

b) N2

c) O2

d) F2

e) SO2

06. A cadeia carbônica H2C=C=CH–O–CHO,

a) Apresenta apenas ligações sigmas.b) Apresenta apenas ligações pi.c) Apresenta carbono do tipo sp3.d) Apresenta apenas carbonos do tipo sp2.e) Apresenta carbonos do tipo sp e sp2.

07. Na molécula do gás nitrogênio,encontramos:

a) Ligações iônicas.b) Apenas ligações sigma.c) Apenas ligações pi.d) Duas ligações covalentes.e) Ligações sigma e pi.

Page 13: Apostila Aprovar Ano05 Fascículo08 Qui Fis

13

A evolução do capitalismo

Migrações populacionais

[...] os movimentos migratórios significam a exis-tência de dois problemas: tanto a ruptura do e-migrante com o seu lugar de origem quanto anecessidade de reintegração social na condiçãode imigrante em seu lugar de destino. O primeiroé marcado pelo distanciamento físico das rela-ções familiares e de amizade, assim como peloabandono das imagens dos lugares que marcamo cotidiano das pessoas [...]. O segundo repre-senta a condição de forasteiro, de estranho, e aconseqüente necessidade de integração com onovo espaço físico e social. Ruptura e reintegra-ção são processos que acompanham os migran-tes, quase sempre com conflitos tanto de nature-za psicológica como sociocultural”. (Francisco C. Scarlato, População e Urbanização Brasi-

leira, in Geografia do Brasil, Jurandir L. S. Ross (org.)Edusp, 2002).

As migrações populacionais são “deslocamentosde populações entre regiões de um mesmo paísou entre países. [...] Com a tendência mundial auma estabilização do crescimento vegetativo daspopulações, as migrações estão constituindo-seno elemento mais importante da vida de grandescontingentes populacionais” (Oliva, Jaime e Giansanti, Roberto. Espaço e Modernida-

de: temas da Geografia Mundial. Atual. p. 190. 2001).

Esse intenso trânsito de pessoas que verifica-mos desde as últimas décadas do século XXpressupõe causas estruturais e econômicas. Aconcentração da riqueza e a expropriação cres-cente do trabalhador deterioram, cada dia mais,a vida de milhões de pessoas nos países po-bres. Até mesmo nos países centrais do capita-lismo, essa é uma realidade preocupante ecombustível para insensatas demonstrações dexenofobia. Ainda que existam causas político-ideológicas, naturais, religiosas, psicológicas ebélicas, os fatores que mais alimentam essetrânsito humano em direção aos países centraissão as ligados à economia. A busca por uma vi-da melhor, por ascensão social e a inserçãonessa nova realidade tecnológica é o verdadeiromotor dessa horda de migrantes.Todo movimento migratório se relaciona a duasáreas antagônicas. As repulsivas caracterizam-se pelo crescente desemprego, pela informali-dade e pelos baixos salários. Nelas encontra-mos ainda, de um lado, o atraso tecnológico daprodução e, de outro, a adoção de tecnologiaspoupadoras de mão-de-obra. Nota-se o drama eas conseqüências da intensa concentração deterras e a mecanização nas áreas rurais. Essesfatores acabam produzindo os excedentes po-pulacionais e disponibilizam milhares de famíliaspara a marcha em direção aos “oásis” econômi-cos desse capitalismo global. Por sua vez, asáreas atrativas oferecem melhores perspectivasde emprego, salário e oportunidades, portantomelhores condições de vida. Outras razões que colocam milhões de pessoasem movimento são as perseguições políticas,religiosas ou étnicas. Fazem parte desse grupoas guerras e os desastres naturais (enchentes,secas, vulcões em erupção, tsunamis, torna-dos). A degradação econômica, a corrupção po-lítica quase sempre aliada ao tráfico de drogas,a lavagem e os desvios de dinheiro público sãooutra face desse problema. Podemos incluirtambém nessa relação a violência perpetradapor grupos radicais, narcotraficantes e a violên-cia promovida pelo próprio Estado. Os governospodem contribuir para esse quadro, seja pelasua inépcia, seja pela sua incompetência pararesolver os males que afligem as sociedades. De

outra forma, a imposição de medidas truculentasem relação aos seus opositores, às minorias oupara manter sua influência política ou os interes-ses econômicos em alguma região do planetasão exemplos claros de como esse problema po-de ser agravado.

Classificação dos movimentos migratórios

Podemos classificar os movimentos migratóriossegundo alguns aspectos. Um movimento migra-tório pode ser encarado como espontâneo ouvoluntário quando a decisão da saída parte dopróprio sujeito. Exemplo disso são os Italianos,alemães, espanhóis, que vieram para a Américaa partir da segunda metade do século XIX. A mi-gração é forçada quando o sujeito é obrigado amigrar, não tomando parte da decisão da saída edos locais de destino. Foi isso o que aconteceucom os negros africanos durante a expansão eu-ropéia. Um fato idêntico se deu com muitos bra-sileiros que se viram obrigados a fugir do País apartir do Golpe Militar de 1964. O estado podeintervir nos movimentos migratórios, seja restrin-gindo, seja estimulando os fluxos de entrada oude saída. Uma nova onda xenófoba varreu os países cen-trais do capitalismo desde o final do século XX.Nos EUA e por toda a Europa, assiste-se à impo-sição de leis mais severas e restritivas aos imi-grantes que já estão dentro de suas fronteiras e,principalmente, àqueles que desejam cruzá-las.Mas nem sempre foi assim. A Conquista do Oes-te nos EUA, a reconstrução da Europa arrasadapela Segunda Guerra Mundial e até a expansãodas lavouras de café no Brasil foram acompa-nhadas de legislação e de atitudes que estimu-laram a entrada de imigrantes dos mais variadoscantos do planeta.Com relação ao espaço de movimentação, asmigrações podem ser internas ou nacionais eexternas ou internacionais. Quando o indivíduomuda de cidade, estado ou região, mas não saido seu país de origem, ele realiza a migração in-terna. Durante a industrialização de São Paulo, aconstrução de Brasília ou a exploração do látexna Amazônia, muitos nordestinos deixaram paratrás suas famílias e seu lugar na tentativa de me-lhorar de vida. No entanto, quando o migranteprocura melhorias nas condições de vida emoutro país, ele realiza o que chamamos migra-ção externa ou internacional.Porém, muitas vezes, esses movimentos sãomais complexos do que se imagina. Há casosem que o migrante desloca-se diretamente daárea rural de um país do Magreb (Argélia, Mar-rocos e Tunísia) para Paris ou para alguma gran-de cidade da Espanha. Nesse exemplo, a migra-ção é, ao mesmo tempo, rural-urbana (êxodo ru-ral), internacional (entre países) e transcontinen-tal (da África para a Europa).Outro dado importante é a duração do movimen-to migratório. Esse tempo pode ser provisório oudefinitivo. Na migração temporária, a saída do mi-grante é por tempo determinado, ou seja, já existea intenção de retorno. Exemplo disso encontra-mos em um turista em férias ou num profissionalque vai ao exterior para fazer um curso de espe-cialização. Em ambos, já existe implícita a inten-ção do retorno. Assim, podemos encontrar algu-mas variações para esses casos. O deslocamen-to diário do trabalhador de sua casa (subúrbio ouperiferia) para seu trabalho (centro), entre o inícioda manhã e o anoitecer, é uma migração reversí-vel, ou seja, de ida e de volta. Como esse movi-mento se completa no mesmo dia, chamamos is-so de migração pendular. Se esse mesmo movi-mento for realizado entre a periferia e o centrode duas cidades fronteiriças (entre países vizi-nhos), será chamado de migração transfronteiri-ça ou Commuting. Há outro movimento de ida ede volta que ocorre por ocasião das estações doano. Trata-se da transumância, que é um movi-mento sazonal realizado, geralmente, em relaçãoà economia agrícola. O turismo e as festas folcló-ricas ou religiosas também marcam essa sazo-nalidade dos movimentos migratórios de algunslocais. O oposto desses movimentos se chama

01. (Enem) TENDÊNCIAS NAS MIGRAÇÕESINTERNACIONAISO relatório anual (2002) da Organizaçãopara a Cooperação e DesenvolvimentoEconômico (OCDE) revela transformaçõesna origem dos fluxos migratórios.Observa-se aumento das migrações dechineses, filipinos, russos e ucranianoscom destino aos países membros daOCDE. Também foi registrado aumentode fluxos migratórios provenientes daAmérica Latina.

Trends in international migration – 2002. Internet:

<www.ocde.org> (com adaptações).

No mapa seguinte, estão destacados,com a cor preta, os países que mais rece-beram esses fluxos migratórios em 2002.

As migrações citadas estão relacionadas,principalmente, àa) ameaça de terrorismo em países perten-

centes à OCDE.b) política dos países mais ricos de incentivo à

imigração.c) perseguição religiosa em países muçulma-

nos.d) repressão política em países do Leste

Europeu.e) busca de oportunidades de emprego.

02. (Pucrs) O mundo apresenta redes demobilidade populacional que transcen-dem fronteiras internacionais em buscade melhores condições de vida. Nessedeslocamento, pode-se afirmar correta-mente quea) na América do Sul, os imigrantes que che-

garam nas duas últimas décadas são repre-sentados por refugiados políticos e por ja-poneses que vêem nas áreas metropolita-nas melhores condições de vida do que noseu país.

b) todos os países da América do Norte apre-sentam excelentes possibilidades econômi-cas para os imigrantes, continuando válidaa idéia de "fazer a América".

c) é dos países africanos a maioria dos imi-grantes que chegam atualmente ao Brasilpara trabalhar nas indústrias da GrandeSão Paulo.

d) a busca dos melhores salários oferecidospelos países produtores de petróleo atrai aoGolfo Pérsico muitos trabalhadores da Índiae de outras nações.

e) a porcentagem de população estrangeira naAustrália é superior à dos Estados Unidos,devido à proximidade com a África e àestabilidade econômica e política do país.

Aula 48

GeografiaProfessor HABDEL Jafar

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migração definitiva. Nela, não há o retorno daspessoas para sua região de origem. O êxodo ru-ral é um caso emblemático desse tipo de movi-mento. Na esperança de encontrar melhores con-dições de vida, muita gente abandona o campo emuda-se para as cidades.As motivações e as conseqüências dos proces-sos migratórios são múltiplas. Seguramente, osmovimentos modernos, em grande escala, resul-tam da modernização das sociedades. Mas, vis-tos mais de perto, notaremos que os deslocamen-tos populacionais variaram de intensidade, de rit-mo e de direção ao longo dos séculos XIX e XX.Porém jamais as discussões em torno dos fluxosmigratórios foram tão inflamadas como atual-mente. Além da magnitude de seus fluxos, sãomuitas as polêmicas e os conflitos que têmocorrido nos países receptores. Muito se temdiscutido sobre os prováveis efeitos no mercadoe na economia dos países que recebem migran-tes e, por outro lado, sobre o significado doscontatos entre universos culturais distintos.“Embora os deslocamentos de população sem-pre tenham existido, podemos situar a segundametade do século XIX como o primeiro momen-to de migrações maciças, com características in-tercontinentais. Complementado um processoiniciado ainda no século XVI, com a expansãomarítimo-comercial e com a ocupação de novosterritórios (a América e a Oceania, por exemplo),a partir de 1850, ocorre um grande deslocamen-to de europeus em direção a essas áreas. Entre1846 e 1890, foram cerca de 377 mil indivíduospor ano; entre 1891 e 1920, cerca de 910 mil,chegando aos 366 mil por ano no período entre1921 e 1929. Calcula-se que o êxodo europeutenha chegado a 50 milhões de pessoas. Noinício do século XX, também foi grande a emi-gração de japoneses, chineses e coreanos epovos do Oriente Médio para a América Latina epara os EUA”(Oliva, Jaime e Giansanti, Roberto. Espaço e Modernidade:

temas da Geografia Mundial. Atual. p. 190 e 191. 2001).

As melhores condições estruturais dos países de-senvolvidos ajudam a compreender que não foipor acaso que esses países se transformaram emáreas de atração populacional, enquanto paísessubdesenvolvidos ou mercados emergentes, co-mo o Brasil e a Argentina, tradicionais áreas atra-tivas, são agora repulsivas (os dois países atra-vessam um longo período de estagnação e decrises econômicas). Nas últimas décadas doséculo XX, presenciamos não somente a ida depessoas em direção à Europa (principalmenteAlemanha) e ao Japão, mas também o seu retor-no. Os EUA são um dos países que mais rece-bem imigrantes. Devido a problemas econômicose à falta de oportunidades, uma grande escaladamigratória tem-se estabelecido do México para osEstados Unidos.Após a Segunda Guerra Mundial, houve, no âm-bito global, uma série de conflitos, a reestrutura-ção de fronteiras e lutas étnicas que provoca-ram a migração de inúmeras pessoas. São jus-tamente os países mais pobres que mais emi-tem migrantes que se deslocam em razão daspéssimas condições de vida. A Europa recebe migrantes de países periféricosque para lá se dirigem em busca de trabalho. In-ternamente, isso também ocorre em países deindustrialização tardia como Portugal, Grécia eEspanha (áreas de emigração) e cujo destinosão países mais desenvolvidos como a Alema-nha, Reino Unido e França. O esfacelamento dobloco socialista iniciou um movimento migratórioque se dirigiu para a Europa Ocidental.Na Ásia, há cerca de 43 milhões de imigrantes.Conta, ainda, com refugiados da guerra civil noAfeganistão, que se abrigam no Irã, no Iraque eno Paquistão. Israel recebe populações da Co-munidade dos Estados Independentes, sendo31% de sua população constituída de imigran-tes. Tailândia e Cingapura, por se terem indus-trializado recentemente, atraem grande númerode pessoas.Na África, após a descolonização, as inúmerasguerras e conflitos de etnia e de fronteiras des-

locaram 16 milhões de pessoas de seus países.A Costa do Marfim tem 30% de sua populaçãocomposta de imigrantes. Os EUA e o Canadá a-traem populações dos países menos desenvol-vidos (24 milhões de pessoas). Na América doSul, grande parte dos imigrantes são os refugia-dos políticos das décadas de 1970 e 1980 quesaíram de seus países, como do Chile, por e-xemplo. Cerca de 5 milhões de pessoas se diri-giram para a Austrália, e 25% de sua populaçãoé composta de imigrantes.Em todo movimento migratório, além das causas,existem também as conseqüências. Entre elas, asmais importantes são a ocupação e o povoamen-to de uma determinada área, os impactos no de-senvolvimento econômico e as mudanças noscostumes. Observa-se, ainda, a perda de popu-lação economicamente ativa nas áreas de emi-gração (saída). Em alguns casos, é comum oaparecimento de rejeição ou de conflito entre osnativos e os imigrantes. Como exemplo disso,podemos citar a xenofobia, que se constitui emaversão ao estrangeiro; o apartheid (segregaçãoracial) e as tentativas de separatismo, que con-siste na perda de unidade territorial. Pelo opos-to, pode-se verificar a aceitação, a assimilação,a aculturação entre os povos que se encontrame que passam a dividir o mesmo espaço.Ocorre, ainda, como conseqüência desses mo-vimentos migratórios, a influência na relação en-tre o número de homens e o de mulheres. Nasáreas de imigração, pode ocorrer predomínio dehomens, pois, em um movimento migratório,estes predominam. Já nas áreas de emigração,geralmente ocorre um predomínio de mulheres,pois são elas, juntamente com as crianças ecom os velhos, que ficam para trás.

Exercício

01. (Cesgranrio) Destino dos MigrantesLatino-americanos

Fonte: Divisão de População das Nações Unidas(2002), Thomas-Hope, Circa Pulso Latino-Ameri-cano. O Globo, Rio de Janeiro, 30 abr. 2003.

Observando o mapa acima, relativo aoprocesso migratório latino-americano,e considerando, também, as caracte-rísticas do processo de imigração paraa América Latina, assinale a afirmaçãoINCORRETA.a) Os Estados Unidos são o principal pólo

de atração dos movimentos migratórioslatino-americanos há mais de um século.

b) Os latino-americanos, assim como a maiorparte dos migrantes, saem de seus paísesà procura de trabalho, de boas oportunida-des e de salários melhores.

c) As migrações latino-americanas parapaíses da União Européia vêm sofrendorestrições que dificultam a entrada e apermanência de trabalhadores estran-geiros.

d) A imigração européia para o Brasil, ape-sar de se haver intensificado no séculoXIX, em virtude da expansão cafeeira,sofreu restrições por causa dos proble-mas ocasionados pelo sistema de par-ceria.

e) O volume de migrações intra-regionais éconsideravelmente maior do que o da-quelas dirigidas a nações não latinas,apesar de o mapa indicar destinos varia-dos dos migrantes latino-americanos.

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01. (Mackenzie) Considere as afirmaçõesabaixo, a respeito dos efeitos positivosda imigração nos Estados Unidos daAmérica.I. A mão-de-obra estrangeira é mais ba-

rata, diminuindo o custo de produção.II. A mão-de-obra estrangeira disputa os

mesmos empregos com os trabalha-dores nacionais, pressionando os sa-lários para baixo.

III. A mão-de-obra estrangeira integra-sebem ao mercado de trabalho, suprin-do a carência de mão-de-obra qualifi-cada.

IV. A mão-de-obra estrangeira amplia omercado interno.

Estão corretas:

a) apenas I e II. b) apenas II, III e IV.c) apenas III e IV. d) apenas I e IV.e) I, II, III e IV.

02. (UFMG) Considerando-se os reflexosdas migrações internacionais naorganização do espaço mundial, éINCORRETO afirmar que, na atualidade,há

a) um aumento de ações decorrentes da xe-nofobia que caracteriza parcela da popu-lação dos países receptores de imigrantes.

b) um crescimento do contingente de imi-grantes ilegais, o que tem favorecido acriação de leis que dificultam e criminali-zam a presença deles nos países recep-tores.

c) uma plena integração cultural e socioeco-nômica, no país receptor, das geraçõesposteriores de imigrantes, tornadas cida-dãos nacionais.

d) uma tendência à mudança do perfil étnico,nos países receptores, em razão do núme-ro de imigrantes recebidos e de seu com-portamento demográfico diferenciado.

03. (UFG) As migrações atuais de trabalha-dores oriundos dos países pobres emdireção aos países ricos têm comocausas

a) a desigual densidade demográfica nospaíses pobres e a boa qualidade de vidanos paises ricos.

b) o desemprego estrutural nos países po-bres e a alta produtividade tecnológicados países ricos.

c) a competição pelo mercado de trabalhonos países pobres e o aumento do traba-lho informal nos países ricos.

d) o crescimento de conflitos sociais, nocampo, nos países pobres, e a estabili-dade econômica nos países ricos.

e) a crise fiscal nos países pobres e o inte-resse dos países ricos pelos salários bai-xos do migrante.

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DESAFIO LITERÁRIO (p. 4)01. C;02. B; 03. C; 04. B;05. E; 06. C;

DESAFIO QUÍMICO (p. 5)01. D;02. A; 03. D; 04. A;

DESAFIO QUÍMICO (p. 6)01. D;02. A;03. E;05. E;06. B;07. C;08. A;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 7)01. F, F, F, V e V;02. E;03. C;04. A;05. A;

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 8)01. F, V, V, F e F;02. C; 03. D;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 9)01. E;02. D;03. D;04. A;05. D;06. E;07. C;08. E;

DESAFIO MATEMÁTICO (p. 10)01. E;02. B;03. E;04. E;05. B;06. C;

DESAFIO FÍSICO (p. 11)01. a) 90N; c) 2,5m/s2

DESAFIO FÍSICO (p. 12)01. a) 1,6m/s2, b) 16m/s2, c) o móvel

continuará em MRU.;02. E, C, C;03. Quando o componente horizontal de

força aplicada superar a força de atrito,o caixote irá deslizar;

04. V, V, V, V, V e F

DESAFIO GRAMATICAL (p. 13)01. C;02. B, 03. E;04. E;05. D;

Gabarito donúmero anterior

Aprovar n.º 06

Calendário2008

LEITURA OBRIGATÓRIACinzas do Norte,de Milton Hatoum

TEXTO PARA LEITURA

Dalemer estava eufórico, bebia dançando aosom de músicas tocadas por homens tristes, sono-lentos, desafinados. Um primo distante das duasirmãs... Tua mãe queria acreditar nisso. Saí daquelefuneral e fui caminhando até o igarapé, onde acordeium canoeiro que me levou ao Morro. Fiqueiescondido no matagal, enciumado, pensando sehavia alguém, um homem dentro de casa: a vigíliados que se entregam a uma loucura mansa emelancólica, remoendo cenas e sussurros, dandomordidas no vento. No vão da porta, apareceu umamoça segurando um candeeiro. Pela altura e peloandar, reconheci Algisa. Vestia uma camiseta até omeio das coxas, e agora uma trança grossa ecomprida lhe caía nas costas. Pendurou o candeeirono galho da pitombeira e, com um pulo, sentou numamureta, balançando bem devagar as pernas,alisando a trança e depois esfregando os braços nus.Uns meninos que passavam mexeram com ela,assobiando e estalando os lábios. Ela pegou ocandeeiro, parou perto da porta, como quem estácom medo. Saí do matagal e gritei: “Fora daqui”; osmoleques correram. Fui falar com ela: ergueu ocandeeiro na altura dos ombros, uma parte do rostobrilhou sob a luz, e os olhos grandes e ansiosos meolharam como se pedissem socorro na noite insone,úmida, com poucas estrelas. “Que estás fazendoaqui fora?”, perguntei. E logo em seguida quis saberonde andava Alícia. Algisa, com a voz da tua mãe,perguntou: “Não foi para festa contigo?”. “Saiusozinha do Bosque”, eu disse. E desconfiei: “Tua irmãestá lá dentro com alguém”. Algisa espichou oslábios: “Vai lá e espia”. Entrei, vasculhei a casa, aípercebi que alguma coisa tinha acontecido na vidade tua mãe. Observei a cozinha, fui até os fundos e viuma geladeira nova, e voltei para o quartinho onde asduas dormiam e abri o guarda-roupa que eu mesmoencomendara de um marceneiro do Morro e senti osangue ferver. “Quem é?”, gritei. Algisa se assustou.“Como assim, quem é?” “O homem, o namorado deAlicia.” Ela gaguejou: “Não tem homem nenhum,não”. “Não? E a geladeira, as roupas novas? Por queela mentiu pra mim? Vocês não têm dinheiro pracomprar essas coisas. Quem foi que deu?” Algisaficou me olhando; depois foi até a cozinha, voltoucom uma garrafa de cerveja, me ofereceu um copo edisse: “Minha irmã é a única mulher no mundo?”.Essa era a tua tia, a outra Dalemer. Só paramos debeber na rede, e ela era fogosa que nem tua mãe, emurmurei o nome dela. Algisa reagiu com ciúme, enós dois éramos um par acasalado e enciumado. Osdois com ciúme de Alícia. Então ela revelou que airmã não ia dormir em casa, e estragou o restodaquela noite que iria durar mais de trinta anos. Comquem Alícia andava? Algisa não respondeu, masdisse coisa pior: “Minha irmã... encontrou um rapazrico, vai casar com ele”. Foi então que, afogado nocorpo da tua tia, que mal conheceste, comecei aodiar teu pai. Senti ódio e ciúme de Jano, e mearrependo de não ter contado tudo pra ti...

(Hatoum, Milton. Cinzas do Norte. São Paulo: Companhiadas Letras, 2005, pág. 53 - 54).

Aulas 188 a 198

Page 16: Apostila Aprovar Ano05 Fascículo08 Qui Fis

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